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Estratégias
1) Leitura do texto Anne Frank no site Educação.
2) O ideal seria que os alunos fizessem uma leitura integral do "Diário de Anne Frank". Caso isso não
seja possível, convém selecionar apenas alguns trechos para leitura em sala de aula. A leitura desses
trechos pode ser feita tanto nas aulas de história (pelo caráter testemunhal da obra) quanto nas aulas
de português (pelo valor literário da obra em si, que revela a sensibilidade da autora).
3) Apresentar imagens de Anne Frank também pode contribuir para aumentar a empatia entre os
alunos e a autora do diário. Fotografias onde apareçam pessoas que morreram nos campos de
extermínio nazistas ajudam a lembrar que cada vítima do nazismo tinha um rosto, um nome, uma
família, uma identidade. Resgatar a individualidade das vítimas desse genocídio é uma forma de
lembrar que estamos falando de pessoas e não de meros números em estatísticas.
4) Diferenças culturais à parte, uma adolescente brasileira dos dias de hoje pode perfeitamente se
identificar com uma adolescente judia que vivia na Europa daquela época. É importante que os alunos
percebam que Anne podia ser um deles ou uma pessoa que conhecessem: irmã, amiga, namorada etc.
Ao estabelecer essa empatia, os estudantes podem perceber com mais facilidade que a história não
estuda apenas as ações dos líderes políticos e militares, mas também o cotidiano das pessoas comuns
e anônimas.
Atividades
1) A partir da leitura, as seguintes questões podem ser levantadas para discussão em sala de aula:
Você arriscaria sua vida para ajudar a esconder pessoas que estivessem sendo vítimas de uma
perseguição injusta?
Você aceitaria correr os riscos a que se submeteram os cidadãos não-judeus que ajudaram a
esconder judeus dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial?
Trata-se de questões éticas que nos fazem lembrar que muitas vezes a coisa mais certa a fazer é
também a mais difícil. Incentivar os alunos a colocarem-se no lugar do outro, especialmente daqueles
que são vítimas do preconceito, de injustiças e da violência é uma forma de promover valores como a
solidariedade e a tolerância.
2) Outra atividade que pode ser feita a partir do diário é propor que, seguindo o exemplo de Anne
Frank, os alunos escrevam sobre violências ou injustiças que eles próprios testemunharam. Para evitar
constrangimentos, explique aos alunos que esses depoimentos por escrito podem ser anônimos.
Depois, leia-os em voz alta. Se preferir, pode distribuir os textos aleatoriamente para os alunos lerem (o
que aumenta a probabilidade de que cada aluno leia o depoimento escrito por outro colega)
3) Outro tipo de atividade que pode ser feita é propor aos alunos que adaptem o "Diário de Anne Frank"
para uma peça de teatro. Trata-se de uma atividade que pode envolver toda a classe. Nesse caso,
deve-se dividir a classe em grupos, cada um incumbido de uma tarefa específica: um grupo pode ficar
encarregado de adaptar o texto, outro de fazer os cenários, outro de interpretar as personagens e assim
por diante.
Sugestões e dicas
Convém complementar a utilização do "Diário de Anne Frank" com outras obras e fontes sobre o
assunto. A exibição de um filme como "A Lista de Schindler", dirigido por Steven Spielberg, e/ou a
leitura de "Maus", de Art Spiegelman, podem ser excelentes complementos que reforçam a denúncia
contra o nazismo.
Outro material que pode ser usado como complemento ao assunto é o documentário "Mensagens para
um Futuro Mais Tolerante com trechos de depoimentos de sobreviventes do Holocausto. O
documentário foi produzido pelo Centro da Cultura Judaica, em São Paulo, e foi dirigido por Anita
Pinkuss e Paulo Baroukh.
O documentário foi fruto do Projeto Lembrar, coordenado por Anita Pinkuss, que colheu depoimentos
no Brasil de sobreviventes do Holocausto. O Centro da Cultura Judaica disponibiliza esse
documentário, devidamente acompanhado de um guia com orientações aos professores,para a
distribuição em escolas.
Para ver o documentário clique aqui
Túlio Vilela
formado em história pela USP, é professor da rede pública do Estado de São Paulo e um dos autores de "Como Usar as Histórias
em Quadrinhos na Sala de Aula" (Editora Contexto).