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VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO PC-PR - Delegado

Legislação compilada pelo Estratégia Carreira Jurídica

Olá, pessoal! Tudo bem?


Aqui é Ricardo Torques, coordenador do Estratégia Carreira Jurídica. Além
disso, sou professor de Direito Processual Civil, Direito Eleitoral e Direitos
Humanos.
Instagram: www.instagram.com/proftorques
E-mail da coordenação: ecj@estrategiaconcursos.com.br
Aguardo seu contato. ;) Dúvidas, críticas e sugestões são sempre bem-vindas.
Em nome de nossos professores, gostaria de lhes apresentar o Vade-Mécum Estratégico para Delegado da
PC-PR, que foi preparado com muito cuidado para que possa lhe ajudar nesse caminho rumo à aprovação.
O Vade-Mécum Estratégico é uma compilação das normas do seu concurso. Queremos que ele seja um
material de consulta, a ser utilizado em toda a sua preparação. Será seu companheiro sempre que você
estiver assistindo nossas videoaulas ou lendo os nossos livros digitais (PDFs). Acreditamos que ele fará
diferença na sua preparação, tendo em vista que a maioria das questões cobram a literalidade da legislação
em suas questões. Não será diferente com a FUNPAR-UFPR.
Tenho a convicção de que poderemos lhe ajudar muito nessa caminhada. Por isso, deixo o convite para que
você conheça os nossos cursos completos em vídeo, livro digital (PDF) e com acesso direto ao professor
por meio do fórum de dúvidas.
Como nossa equipe está focada no concurso de Delegado da PCPR, lançamos também rodadas de tópicos
específicos e temas aprofundados, combinado com questões inéditas (objetivas e discursivas), além de
peças. É um material para preparação em alto nível, feito por Delegados. As rodadas serão semanais. Vale
a pena conferir!
Além disso, faremos revisão de véspera presencial em Curitiba/PR. Os ingressos são limitados.
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(pacote regular + rodadas + curso discursivo) e aulão de véspera presencial.

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delegado/

Grande abraço,
Ricardo Torques

AVISO IMPORTANTE! Nesse Vade-Mécum Estratégico, não inserimos todas as leis completas, mas apenas
aquelas partes que estão previstas no seu edital.

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SUMÁRIO
Direito Administrativo ................................................................................................................................................................ 4
Decreto-Lei nº 200/1967 ......................................................................................................................................................... 4
Lei nº 13.303/2016................................................................................................................................................................... 8
Lei nº 11.107/2005 .................................................................................................................................................................. 32
Lei nº 8.112/1990 ................................................................................................................................................................... 36
Lei nº 6.174/1970 ................................................................................................................................................................... 67
Lei Complementar nº 14/1982 ............................................................................................................................................. 100
Lei nº 8.987/1995 ................................................................................................................................................................. 139
Lei nº 13.460/2017 ............................................................................................................................................................... 147
Lei nº 11.079/2004 ............................................................................................................................................................... 151
Direito Constitucional .............................................................................................................................................................. 159
Constituição Da República Federativa Do Brasil De 1988 ..................................................................................................... 159
Direito Penal ............................................................................................................................................................................ 217
Decreto-Lei nº 2.848/1940 ................................................................................................................................................... 217
Direito Processual Penal ......................................................................................................................................................... 269
Decreto-Lei nº 3.689/1941 .................................................................................................................................................. 269
Legislação Penal Especial ........................................................................................................................................................ 332
Lei nº 11.343/2006 ............................................................................................................................................................... 332
Lei nº 8.072/1990 ................................................................................................................................................................. 348
Lei nº 7.716/1989 ................................................................................................................................................................. 349
Lei nº 13.869/2019 ............................................................................................................................................................... 351
Lei nº 9.455/1997 ................................................................................................................................................................. 355
Lei nº 8.069/1990 ................................................................................................................................................................ 356
Lei nº 10.826/2003 ............................................................................................................................................................... 401
Lei nº 9.296/1996 ............................................................................................................................................................... 409
Lei nº 4.737/1965.................................................................................................................................................................. 410
Lei nº 7.210/1984 ................................................................................................................................................................. 457
Lei nº 8.078/1990 .................................................................................................................................................................480
Lei nº 9.613/1998 .................................................................................................................................................................492
Lei nº 9.605/1998................................................................................................................................................................ 498
Lei nº 9.099/1995.................................................................................................................................................................506
Lei nº 10.259/2001 ............................................................................................................................................................... 515
Lei nº 9.503/1997 ................................................................................................................................................................. 517
Lei nº 8.137/1990 ................................................................................................................................................................. 520
Lei nº 12.850/2013 ............................................................................................................................................................... 523
Lei nº 10.741/2003 ............................................................................................................................................................... 530
Lei nº 12.037/2009 ............................................................................................................................................................... 542

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Lei nº 7.960/1989 ................................................................................................................................................................. 543


Lei nº 1.521/19651 ................................................................................................................................................................ 544
Lei nº 11.340/2006 ............................................................................................................................................................... 548
Decreto-Lei nº 3.688/1941 ................................................................................................................................................... 555
Lei nº 12.830/2013 ............................................................................................................................................................... 561
Lei nº 13.964/2019 ............................................................................................................................................................... 561
Direito Civil .............................................................................................................................................................................. 578
Lei nº 10.406/2002 ............................................................................................................................................................... 578
Direitos Humanos .................................................................................................................................................................... 614
Declaração Universal dos Direitos Humanos/1948 ............................................................................................................... 614
Decreto nº 0040/1991 .......................................................................................................................................................... 616

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II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade


DIREITO ADMINISTRATIVO jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital
exclusivo da União, criado por lei para a exploração de
atividade econômica que o Govêrno seja levado a exercer
Decreto-Lei nº 200/1967 por fôrça de contingência ou de conveniência administrativa
podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em
Dispõe sôbre a organização da Administração Federal, direito. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de
estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá 1969)
outras providências. III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de
O Presidente da República , usando das atribuições que lhe personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para
confere o art. 9°, § 2º, do Ato Institucional nº 4, de 7 de a exploração de atividade econômica, sob a forma de
dezembro de 1966, decreta: sociedade anônima, cujas ações com direito a voto
pertençam em sua maioria à União ou a entidade da
TÍTULO I Administração Indireta. (Redação dada pelo Decreto-
DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL Lei nº 900, de 1969)
Art. 1º O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade
República auxiliado pelos Ministros de Estado. jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em
Art. 2º O Presidente da República e os Ministros de Estado virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento
exercem as atribuições de sua competência constitucional, de atividades que não exijam execução por órgãos ou
legal e regulamentar com o auxílio dos órgãos que entidades de direito público, com autonomia
compõem a Administração Federal. administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos
órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos
Art. 3º Respeitada a competência constitucional do Poder da União e de outras fontes. (Incluído pela Lei nº
Legislativo estabelecida no artigo 46, inciso II e IV, da 7.596, de 1987)
Constituição , o Poder Executivo regulará a estruturação, as
atribuições e funcionamento do órgãos da Administração § 1º No caso do inciso III, quando a atividade fôr submetida
Federal. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de a regime de monopólio estatal, a maioria acionária caberá
1969) apenas à União, em caráter permanente.

Art. 4° A Administração Federal compreende: § 2º O Poder Executivo enquadrará as entidades da


Administração Indireta existentes nas categorias constantes
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços dêste artigo.
integrados na estrutura administrativa da Presidência da
República e dos Ministérios. § 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo
adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas
categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do
própria: Código Civil concernentes às fundações. (Incluído pela
a) Autarquias; Lei nº 7.596, de 1987)

b) Emprêsas Públicas; TÍTULO II


DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
c) Sociedades de Economia Mista.
Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão
d) fundações públicas. (Incluído pela Lei nº 7.596, de aos seguintes princípios fundamentais:
1987)
I - Planejamento.
Parágrafo único. As entidades compreendidas na
Administração Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja II - Coordenação.
área de competência estiver enquadrada sua principal III - Descentralização.
atividade. (Renumerado pela Lei nº 7.596, de 1987)
IV - Delegação de Competência.
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
V - Contrôle.
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para CAPÍTULO I
executar atividades típicas da Administração Pública, que DO PLANEJAMENTO
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
Art. 7º A ação governamental obedecerá a planejamento
administrativa e financeira descentralizada.
que vise a promover o desenvolvimento econômico-social

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do País e a segurança nacional, norteando-se segundo § 1º A descentralização será posta em prática em três planos
planos e programas elaborados, na forma do Título III, e principais:
compreenderá a elaboração e atualização dos seguintes
a) dentro dos quadros da Administração Federal,
instrumentos básicos:
distinguindo-se claramente o nível de direção do de
a) plano geral de govêrno; execução;
b) programas gerais, setoriais e regionais, de duração b) da Administração Federal para a das unidades federadas,
plurianual; quando estejam devidamente aparelhadas e mediante
convênio;
c) orçamento-programa anual;
c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante
d) programação financeira de desembôlso.
contratos ou concessões.
CAPÍTULO II
§ 2° Em cada órgão da Administração Federal, os serviços
DA COORDENAÇÃO
que compõem a estrutura central de direção devem
Art . 8º As atividades da Administração Federal e, permanecer liberados das rotinas de execução e das tarefas
especialmente, a execução dos planos e programas de de mera formalização de atos administrativos, para que
govêrno, serão objeto de permanente coordenação. possam concentrar-se nas atividades de planejamento,
supervisão, coordenação e contrôle.
§ 1º A coordenação será exercida em todos os níveis da
administração, mediante a atuação das chefias individuais, § 3º A Administração casuística, assim entendida a decisão
a realização sistemática de reuniões com a participação das de casos individuais, compete, em princípio, ao nível de
chefias subordinadas e a instituição e funcionamento de execução, especialmente aos serviços de natureza local, que
comissões de coordenação em cada nível administrativo. estão em contato com os fatos e com o público.

§ 2º No nível superior da Administração Federal, a § 4º Compete à estrutura central de direção o


coordenação será assegurada através de reuniões do estabelecimento das normas, critérios, programas e
Ministério, reuniões de Ministros de Estado responsáveis princípios, que os serviços responsáveis pela execução são
por áreas afins, atribuição de incumbência coordenadora a obrigados a respeitar na solução dos casos individuais e no
um dos Ministros de Estado (art. 36), funcionamento das desempenho de suas atribuições.
Secretarias Gerais (art. 23, § 1º) e coordenação central dos § 5º Ressalvados os casos de manifesta impraticabilidade ou
sistemas de atividades auxiliares (art. 31). inconveniência, a execução de programas federais de
§ 3º Quando submetidos ao Presidente da República, os caráter nitidamente local deverá ser delegada, no todo ou
assuntos deverão ter sido prèviamente coordenados com em parte, mediante convênio, aos órgãos estaduais ou
todos os setores nêles interessados, inclusive no que municipais incumbidos de serviços correspondentes.
respeita aos aspectos administrativos pertinentes, através § 6º Os órgãos federais responsáveis pelos programas
de consultas e entendimentos, de modo a sempre conservarão a autoridade normativa e exercerão contrôle e
compreenderem soluções integradas e que se harmonizem fiscalização indispensáveis sôbre a execução local,
com a política geral e setorial do Govêrno. Idêntico condicionando-se a liberação dos recursos ao fiel
procedimento será adotado nos demais níveis da cumprimento dos programas e convênios.
Administração Federal, antes da submissão dos assuntos à
decisão da autoridade competente. § 7º Para melhor desincumbir-se das tarefas de
planejamento, coordenação, supervisão e contrôle e com o
Art. 9º Os órgãos que operam na mesma área geográfica objetivo de impedir o crescimento desmesurado da
serão submetidos à coordenação com o objetivo de máquina administrativa, a Administração procurará
assegurar a programação e execução integrada dos serviços desobrigar-se da realização material de tarefas executivas,
federais. recorrendo, sempre que possível, à execução indireta,
Parágrafo único. Quando ficar demonstrada a inviabilidade mediante contrato, desde que exista, na área, iniciativa
de celebração de convênio (alínea b do § 1º do art. 10) com privada suficientemente desenvolvida e capacitada a
os órgãos estaduais e municipais que exerçam atividades desempenhar os encargos de execução.
idênticas, os órgãos federais buscarão com êles coordenar- § 8º A aplicação desse critério está condicionada, em
se, para evitar dispersão de esforços e de investimentos na qualquer caso, aos ditames do interesse público e às
mesma área geográfica. conveniências da segurança nacional.
CAPÍTULO III CAPÍTULO IV
DA DESCENTRALIZAÇÃO DA DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA
Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal (Vide Decreto nº 83.937, de 1979)
deverá ser amplamente descentralizada.

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Art. 11. A delegação de competência será utilizada como responsabilidade dos respectivos Ministros, que são os seus
instrumento de descentralização administrativa, com o Comandantes Superiores. (Redação dada pelo
objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às Decreto-Lei nº 900, de 1969)
decisões, situando-as na proximidade dos fatos, pessoas ou
§ 3º A aprovação dos planos e programas gerais, setoriais e
problemas a atender.
regionais é da competência do Presidente da República.
Art . 12 . É facultado ao Presidente da República, aos
Art. 16. Em cada ano, será elaborado um orçamento-
Ministros de Estado e, em geral, às autoridades da
programa, que pormenorizará a etapa do programa
Administração Federal delegar competência para a prática
plurianual a ser realizada no exercício seguinte e que servirá
de atos administrativos, conforme se dispuser em
de roteiro à execução coordenada do programa anual.
regulamento.
Parágrafo único. Na elaboração do orçamento-programa
Parágrafo único. O ato de delegação indicará com precisão
serão considerados, além dos recursos consignados no
a autoridade delegante, a autoridade delegada e as
Orçamento da União, os recursos extra-orçamentários
atribuições objeto de delegação.
vinculados à execução do programa do Govêrno.
CAPÍTULO V
Art. 17. Para ajustar o ritmo de execução do orçamento-
DO CONTRÔLE programa ao fluxo provável de recursos, o Ministério do
Art. 13 O contrôle das atividades da Administração Federal Planejamento e Coordenação Geral e o Ministério da
deverá exercer-se em todos os níveis e em todos os órgãos, Fazenda elaborarão, em conjunto, a programação
compreendendo, particularmente: financeira de desembôlso, de modo a assegurar a liberação
automática e oportuna dos recursos necessários à execução
a) o contrôle, pela chefia competente, da execução dos dos programas anuais de trabalho.
programas e da observância das normas que governam a
atividade específica do órgão controlado; Art. 18. Tôda atividade deverá ajustar-se à programação
governamental e ao orçamento-programa e os
b) o contrôle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da compromissos financeiros só poderão ser assumidos em
observância das normas gerais que regulam o exercício das consonância com a programação financeira de desembôlso.
atividades auxiliares;
TÍTULO IV
c) o contrôle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda
DA SUPERVISÃO MINISTERIAL
dos bens da União pelos órgãos próprios do sistema de
contabilidade e auditoria. (Vide Lei nº 6.036, de 1974)
Art. 14. O trabalho administrativo será racionalizado Art . 19. Todo e qualquer órgão da Administração Federal,
mediante simplificação de processos e supressão de direta ou indireta, está sujeito à supervisão do Ministro de
contrôles que se evidenciarem como puramente formais ou Estado competente, excetuados unicamente os órgãos
cujo custo seja evidentemente superior ao risco. mencionados no art. 32, que estão submetidos à supervisão
direta do Presidente da República.
TÍTULO III
DO PLANEJAMENTO, DO ORÇAMENTO-PROGRAMA E Art. 20. O Ministro de Estado é responsável, perante o
DA PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA Presidente da República, pela supervisão dos órgãos da
Administração Federal enquadrados em sua área de
Art. 15. A ação administrativa do Poder Executivo obedecerá competência.
a programas gerais, setoriais e regionais de duração
plurianual, elaborados através dos órgãos de planejamento, Parágrafo único. A supervisão ministerial exercer-se-á
sob a orientação e a coordenação superiores do Presidente através da orientação, coordenação e contrôle das
da República. atividades dos órgãos subordinados ou vinculados ao
Ministério, nos têrmos desta lei.
§ 1º Cabe a cada Ministro de Estado orientar e dirigir a
elaboração do programa setorial e regional correspondente Art. 21. O Ministro de Estado exercerá a supervisão de que
a seu Ministério e ao Ministro de Estado, Chefe da Secretaria trata êste título com apoio nos Órgãos
de Planejamento, auxiliar diretamente o Presidente da Centrais. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de
República na coordenação, revisão e consolidação dos 1969)
programas setoriais e regionais e na elaboração da Parágrafo único. No caso dos Ministros Militares a
programação geral do Governo. (Redação dada pela supervisão ministerial terá, também, como objetivo, colocar
Lei nº 6.036, de 1974) a administração, dentro dos princípios gerais estabelecidos
§ 2º Com relação à Administração Militar, observar-se-á a nesta lei, em coerência com a destinação constitucional
finalidade precípua que deve regê-la, tendo em vista a precípua das Fôrças Armadas, que constitui a atividade afim
destinação constitucional das Fôrças Armadas, sob a dos respectivos Ministérios. (Incluído pelo Decreto-Lei
nº 900, de 1969)
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Art. 22. Haverá na estrutura de cada Ministério Civil os V - Avaliar o comportamento administrativo dos órgãos
seguintes Órgãos Centrais: (Vide Lei nº 6.228, de supervisionados e diligenciar no sentido de que estejam
1975) confiados a dirigentes capacitados.
I - Órgãos Centrais de planejamento, coordenação e VI - Proteger a administração dos órgãos supervisionados
controle financeiro. contra interferências e pressões ilegítimas.
II - Órgãos Centrais de direção superior. VII - Fortalecer o sistema do mérito.
Art. 23. Os órgãos a que se refere o item I do art. 22, têm a VIII - Fiscalizar a aplicação e utilização de dinheiros, valôres
incumbência de assessorar diretamente o Ministro de e bens públicos.
Estado e, por fôrça de suas atribuições, em nome e sob a
IX - Acompanhar os custos globais dos programas setoriais
direção do Ministro, realizar estudos para formulação de
do Govêrno, a fim de alcançar uma prestação econômica de
diretrizes e desempenhar funções de planejamento,
serviços.
orçamento, orientação, coordenação, inspeção e contrôle
financeiro, desdobrando-se em: (Vide Decreto nº X - Fornecer ao órgão próprio do Ministério da Fazenda os
64.135, de 25.12.1969) (Vide Lei nº 6.228, de 1975) elementos necessários à prestação de contas do exercício
financeiro.
I - Uma Secretaria Geral.
XI - Transmitir ao Tribunal de Contas, sem prejuízo da
II - Uma Inspetoria Geral de Finanças.
fiscalização deste, informes relativos à administração
§ 1º A Secretaria Geral atua como órgão setorial de financeira e patrimonial dos órgãos do Ministério.
planejamento e orçamento, na forma do Título III, e será
Art. 26. No que se refere à Administração Indireta, a
dirigida por um Secretário-Geral, o qual poderá exercer
supervisão ministerial visará a assegurar, essencialmente:
funções delegadas pelo Ministro de Estado.
I - A realização dos objetivos fixados nos atos de constituição
§ 2º A Inspetoria Geral de Finanças, que será dirigida por um
da entidade.
Inspetor-Geral, integra, como órgão setorial, os sistemas de
administração financeiro, contabilidade e auditoria, II - A harmonia com a política e a programação do Govêrno
superintendendo o exercício dessas funções no âmbito do no setor de atuação da entidade.
Ministério e cooperação com a Secretaria Geral no
III - A eficiência administrativa.
acompanhamento da execução do programa e do
orçamento. IV - A autonomia administrativa, operacional e financeira da
entidade.
§ 3º Além das funções previstas neste título, a Secretaria-
Geral do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral Parágrafo único. A supervisão exercer-se-á mediante
exercerá as atribuições de Órgão Central dos sistemas de adoção das seguintes medidas, além de outras
planejamento e orçamento, e a Inspetoria-Geral de Finanças estabelecidas em regulamento:
do Ministério da Fazenda, as de Órgãos Central do sistema
a) indicação ou nomeação pelo Ministro ou, se fôr o caso,
de administração financeira, contabilidade e
eleição dos dirigentes da entidade, conforme sua natureza
auditoria. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de
jurídica;
1969)
b) designação, pelo Ministro dos representantes do Govêrno
Art. 24. Os Órgãos Centrais de direção superior (art. 22, item
Federal nas Assembléias Gerais e órgãos de administração
II) executam funções de administração das atividades
ou contrôle da entidade;
específicas e auxiliares do Ministério e serão,
preferentemente, organizados em base departamental, c) recebimento sistemático de relatórios, boletins,
observados os princípios estabelecidos nesta lei. (Vide balancetes, balanços e informações que permitam ao
Lei nº 6.228, de 1975) Ministro acompanhar as atividades da entidade e a
execução do orçamento-programa e da programação
Art . 25. A supervisão ministerial tem por principal objetivo,
financeira aprovados pelo Govêrno;
na área de competência do Ministro de Estado:
d) aprovação anual da proposta de orçamento-programa e
I - Assegurar a observância da legislação federal.
da programação financeira da entidade, no caso de
II - Promover a execução dos programas do Govêrno. autarquia;
III - Fazer observar os princípios fundamentais enunciados e) aprovação de contas, relatórios e balanços, diretamente
no Título II. ou através dos representantes ministeriais nas Assembléias
e órgãos de administração ou contrôle;
IV - Coordenar as atividades dos órgãos supervisionados e
harmonizar sua atuação com a dos demais Ministérios.

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f) fixação, em níveis compatíveis com os critérios de nomeado em comissão, pelo critério de confiança e livre
operação econômica, das despesas de pessoal e de escolha, entre bacharéis em Direito.
administração;
TITULO V
g) fixação de critérios para gastos de publicidade, DOS SISTEMAS DE ATIVIDADES AUXILIARES
divulgação e relações públicas;
Art. 30. Serão organizadas sob a forma de sistema as
h) realização de auditoria e avaliação periódica de atividades de pessoal, orçamento, estatística,
rendimento e produtividade; administração financeira, contabilidade e auditoria, e
i) intervenção, por motivo de interêsse público. serviços gerais, além de outras atividades auxiliares comuns
a todos os órgãos da Administração que, a critério do Poder
Art. 27. Assegurada a supervisão ministerial, o Poder Executivo, necessitem de coordenação central. (Vide
Executivo outorgará aos órgãos da Administração Federal a Decreto nº 64.777, de 1969)
autoridade executiva necessária ao eficiente desempenho
de sua responsabilidade legal ou regulamentar. § 1º Os serviços incumbidos do exercício das atividades de
que trata êste artigo consideram-se integrados no sistema
Parágrafo único. Assegurar-se-á às emprêsas públicas e às respectivo e ficam, conseqüentemente, sujeitos à
sociedades de economia mista condições de funcionamento orientação normativa, à supervisão técnica e à fiscalização
idênticas às do setor privado cabendo a essas entidades, sob específica do órgão central do sistema, sem prejuízo da
a supervisão ministerial, ajustar-se ao plano geral do subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa
Govêrno. estiverem integrados.
Art. 28. A entidade da Administração Indireta deverá estar § 2º O chefe do órgão central do sistema é responsável pelo
habilitada a: fiel cumprimento das leis e regulamentos pertinentes e pelo
I - Prestar contas da sua gestão, pela forma e nos prazos funcionamento eficiente e coordenado do sistema.
estipulados em cada caso. § 3º É dever dos responsáveis pelos diversos órgãos
II - Prestar a qualquer momento, por intermédio do Ministro competentes dos sistemas atuar de modo a imprimir o
de Estado, as informações solicitadas pelo Congresso máximo rendimento e a reduzir os custos operacionais da
Nacional. Administração.

III - Evidenciar os resultados positivos ou negativos de seus § 4° Junto ao órgão central de cada sistema poderá
trabalhos, indicando suas causas e justificando as medidas funcionar uma Comissão de Coordenação, cujas atribuições
postas em prática ou cuja adoção se impuser, no interêsse e composição serão definidas em decreto.
do Serviço Público. Art. 31. Aestruturação dos sistemas de que trata o artigo 30
Art. 29. Em cada Ministério Civil, além dos órgãos Centrais e a subordinação dos respectivos Órgãos Centrais serão
de que trata o art. 22, o Ministro de Estado disporá da estabelecidas em decreto. (Redação dada pelo Decreto-
assistência direta e imediata de: Lei nº 900, de 1969)

I - Gabinete.
Lei nº 13.303/2016
II - Consultor Jurídico, exceto no Ministério da Fazenda.
Dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da
III - Divisão de Segurança e Informações.
sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no
§ 1º O Gabinete assiste o Ministro de Estado em sua âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
representação política e social, e incumbe-se das relações Municípios.
públicas, encarregando-se do preparo e despacho do
O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do
expediente pessoal do Ministro.
cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
§ 2º O Consultor Jurídico incumbe-se do assessoramento Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
jurídico do Ministro de Estado.
TÍTULO I
§ 3º A Divisão de Segurança e Informações colabora com a DISPOSIÇÕES APLICÁVEIS ÀS EMPRESAS PÚBLICAS E
Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional e com ÀS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
o Serviço Nacional de Informações. CAPÍTULO I
§ 4º No Ministério da Fazenda, o serviço de consulta jurídica DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
continua afeto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa
aos seus órgãos integrantes, cabendo a função de Consultor pública, da sociedade de economia mista e de suas
Jurídico do Ministro de Estado ao Procurador-Geral, subsidiárias, abrangendo toda e qualquer empresa pública e
sociedade de economia mista da União, dos Estados, do

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Distrito Federal e dos Municípios que explore atividade III - informe sobre execução da política de transações com
econômica de produção ou comercialização de bens ou de partes relacionadas;
prestação de serviços, ainda que a atividade econômica
IV - análise das condições de alavancagem financeira da
esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja de
sociedade;
prestação de serviços públicos.
V - avaliação de inversões financeiras e de processos
§ 1º O Título I desta Lei, exceto o disposto nos arts. 2º, 3º, 4º,
relevantes de alienação de bens móveis e imóveis da
5º, 6º, 7º, 8º, 11, 12 e 27, não se aplica à empresa pública e à
sociedade;
sociedade de economia mista que tiver, em conjunto com
suas respectivas subsidiárias, no exercício social anterior, VI - relatório de risco das contratações para execução de
receita operacional bruta inferior a R$ 90.000.000,00 obras, fornecimento de bens e prestação de serviços
(noventa milhões de reais). relevantes para os interesses da investidora;
§ 2º O disposto nos Capítulos I e II do Título II desta VII - informe sobre execução de projetos relevantes para os
Lei aplica-se inclusive à empresa pública dependente, interesses da investidora;
definida nos termos do inciso III do art. 2º da Lei
VIII - relatório de cumprimento, nos negócios da sociedade,
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 , que explore
de condicionantes socioambientais estabelecidas pelos
atividade econômica, ainda que a atividade econômica
órgãos ambientais;
esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja de
prestação de serviços públicos. IX - avaliação das necessidades de novos aportes na
sociedade e dos possíveis riscos de redução da rentabilidade
§ 3º Os Poderes Executivos poderão editar atos que
esperada do negócio;
estabeleçam regras de governança destinadas às suas
respectivas empresas públicas e sociedades de economia X - qualquer outro relatório, documento ou informação
mista que se enquadrem na hipótese do § 1º, observadas as produzido pela sociedade empresarial investida
diretrizes gerais desta Lei. considerado relevante para o cumprimento do comando
constante do caput .
§ 4º A não edição dos atos de que trata o § 3º no prazo de 180
(cento e oitenta) dias a partir da publicação desta Lei Art. 2º A exploração de atividade econômica pelo Estado
submete as respectivas empresas públicas e sociedades de será exercida por meio de empresa pública, de sociedade de
economia mista às regras de governança previstas no Título economia mista e de suas subsidiárias.
I desta Lei.
§ 1º A constituição de empresa pública ou de sociedade de
§ 5º Submetem-se ao regime previsto nesta Lei a empresa economia mista dependerá de prévia autorização legal que
pública e a sociedade de economia mista que participem de indique, de forma clara, relevante interesse coletivo ou
consórcio, conforme disposto no art. 279 da Lei nº 6.404, de imperativo de segurança nacional, nos termos do caput do
15 de dezembro de 1976 , na condição de operadora. art. 173 da Constituição Federal .
§ 6º Submete-se ao regime previsto nesta Lei a sociedade, § 2º Depende de autorização legislativa a criação de
inclusive a de propósito específico, que seja controlada por subsidiárias de empresa pública e de sociedade de economia
empresa pública ou sociedade de economia mista mista, assim como a participação de qualquer delas em
abrangidas no caput . empresa privada, cujo objeto social deve estar relacionado
ao da investidora, nos termos do inciso XX do art. 37 da
§ 7º Na participação em sociedade empresarial em que a
Constituição Federal .
empresa pública, a sociedade de economia mista e suas
subsidiárias não detenham o controle acionário, essas § 3º A autorização para participação em empresa privada
deverão adotar, no dever de fiscalizar, práticas de prevista no § 2º não se aplica a operações de tesouraria,
governança e controle proporcionais à relevância, à adjudicação de ações em garantia e participações
materialidade e aos riscos do negócio do qual são partícipes, autorizadas pelo Conselho de Administração em linha com
considerando, para esse fim: o plano de negócios da empresa pública, da sociedade de
economia mista e de suas respectivas subsidiárias.
I - documentos e informações estratégicos do negócio e
demais relatórios e informações produzidos por força de Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de
acordo de acionistas e de Lei considerados essenciais para a personalidade jurídica de direito privado, com criação
defesa de seus interesses na sociedade empresarial autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital
investida; social é integralmente detido pela União, pelos Estados,
pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
II - relatório de execução do orçamento e de realização de
investimentos programados pela sociedade, inclusive Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante
quanto ao alinhamento dos custos orçados e dos realizados permaneça em propriedade da União, do Estado, do Distrito
com os custos de mercado; Federal ou do Município, será admitida, no capital da

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empresa pública, a participação de outras pessoas jurídicas justificou a autorização para suas respectivas criações, com
de direito público interno, bem como de entidades da definição clara dos recursos a serem empregados para esse
administração indireta da União, dos Estados, do Distrito fim, bem como dos impactos econômico-financeiros da
Federal e dos Municípios. consecução desses objetivos, mensuráveis por meio de
indicadores objetivos;
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de
personalidade jurídica de direito privado, com criação II - adequação de seu estatuto social à autorização legislativa
autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas de sua criação;
ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União,
III - divulgação tempestiva e atualizada de informações
aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a
relevantes, em especial as relativas a atividades
entidade da administração indireta.
desenvolvidas, estrutura de controle, fatores de risco, dados
§ 1º A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia econômico-financeiros, comentários dos administradores
mista tem os deveres e as responsabilidades do acionista sobre o desempenho, políticas e práticas de governança
controlador, estabelecidos na Lei nº 6.404, de 15 de corporativa e descrição da composição e da remuneração da
dezembro de 1976 , e deverá exercer o poder de controle no administração;
interesse da companhia, respeitado o interesse público que
IV - elaboração e divulgação de política de divulgação de
justificou sua criação.
informações, em conformidade com a legislação em vigor e
§ 2º Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de com as melhores práticas;
economia mista com registro na Comissão de Valores
V - elaboração de política de distribuição de dividendos, à luz
Mobiliários sujeita-se às disposições da Lei nº 6.385, de 7 de
do interesse público que justificou a criação da empresa
dezembro de 1976 .
pública ou da sociedade de economia mista;
CAPÍTULO II
VI - divulgação, em nota explicativa às demonstrações
DO REGIME SOCIETÁRIO DA EMPRESA PÚBLICA E DA financeiras, dos dados operacionais e financeiros das
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA atividades relacionadas à consecução dos fins de interesse
SEÇÃO I coletivo ou de segurança nacional;
DAS NORMAS GERAIS
VII - elaboração e divulgação da política de transações com
Art. 5º A sociedade de economia mista será constituída sob partes relacionadas, em conformidade com os requisitos de
a forma de sociedade anônima e, ressalvado o disposto competitividade, conformidade, transparência, equidade e
nesta Lei, estará sujeita ao regime previsto na Lei nº 6.404, comutatividade, que deverá ser revista, no mínimo,
de 15 de dezembro de 1976 . anualmente e aprovada pelo Conselho de Administração;
Art. 6º O estatuto da empresa pública, da sociedade de VIII - ampla divulgação, ao público em geral, de carta anual
economia mista e de suas subsidiárias deverá observar de governança corporativa, que consolide em um único
regras de governança corporativa, de transparência e de documento escrito, em linguagem clara e direta, as
estruturas, práticas de gestão de riscos e de controle informações de que trata o inciso III;
interno, composição da administração e, havendo
IX - divulgação anual de relatório integrado ou de
acionistas, mecanismos para sua proteção, todos
sustentabilidade.
constantes desta Lei.
§ 1º O interesse público da empresa pública e da sociedade
Art. 7º Aplicam-se a todas as empresas públicas, as
de economia mista, respeitadas as razões que motivaram a
sociedades de economia mista de capital fechado e as suas
autorização legislativa, manifesta-se por meio do
subsidiárias as disposições da Lei nº 6.404, de 15 de
alinhamento entre seus objetivos e aqueles de políticas
dezembro de 1976, e as normas da Comissão de Valores
públicas, na forma explicitada na carta anual a que se refere
Mobiliários sobre escrituração e elaboração de
demonstrações financeiras, inclusive a obrigatoriedade de o inciso I do caput .
auditoria independente por auditor registrado nesse órgão. § 2º Quaisquer obrigações e responsabilidades que a
empresa pública e a sociedade de economia mista que
Art. 8º As empresas públicas e as sociedades de economia
explorem atividade econômica assumam em condições
mista deverão observar, no mínimo, os seguintes requisitos
distintas às de qualquer outra empresa do setor privado em
de transparência:
que atuam deverão:
I - elaboração de carta anual, subscrita pelos membros do
I - estar claramente definidas em lei ou regulamento, bem
Conselho de Administração, com a explicitação dos
como previstas em contrato, convênio ou ajuste celebrado
compromissos de consecução de objetivos de políticas
com o ente público competente para estabelecê-las,
públicas pela empresa pública, pela sociedade de economia
observada a ampla publicidade desses instrumentos;
mista e por suas subsidiárias, em atendimento ao interesse
coletivo ou ao imperativo de segurança nacional que
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II - ter seu custo e suas receitas discriminados e divulgados II - ser responsável por aferir a adequação do controle
de forma transparente, inclusive no plano contábil. interno, a efetividade do gerenciamento dos riscos e dos
processos de governança e a confiabilidade do processo de
§ 3º Além das obrigações contidas neste artigo, as
coleta, mensuração, classificação, acumulação, registro e
sociedades de economia mista com registro na Comissão de
divulgação de eventos e transações, visando ao preparo de
Valores Mobiliários sujeitam-se ao regime informacional
demonstrações financeiras.
estabelecido por essa autarquia e devem divulgar as
informações previstas neste artigo na forma fixada em suas § 4º O estatuto social deverá prever, ainda, a possibilidade
normas. de que a área de compliance se reporte diretamente ao
Conselho de Administração em situações em que se
§ 4º Os documentos resultantes do cumprimento dos
suspeite do envolvimento do diretor-presidente em
requisitos de transparência constantes dos incisos I a IX
irregularidades ou quando este se furtar à obrigação de
do caput deverão ser publicamente divulgados na internet
adotar medidas necessárias em relação à situação a ele
de forma permanente e cumulativa.
relatada.
Art. 9º A empresa pública e a sociedade de economia mista
Art. 10. A empresa pública e a sociedade de economia mista
adotarão regras de estruturas e práticas de gestão de riscos
deverão criar comitê estatutário para verificar a
e controle interno que abranjam:
conformidade do processo de indicação e de avaliação de
I - ação dos administradores e empregados, por meio da membros para o Conselho de Administração e para o
implementação cotidiana de práticas de controle interno; Conselho Fiscal, com competência para auxiliar o acionista
controlador na indicação desses membros.
II - área responsável pela verificação de cumprimento de
obrigações e de gestão de riscos; Parágrafo único. Devem ser divulgadas as atas das reuniões
do comitê estatutário referido no caput realizadas com o
III - auditoria interna e Comitê de Auditoria Estatutário.
fim de verificar o cumprimento, pelos membros indicados,
§ 1º Deverá ser elaborado e divulgado Código de Conduta e dos requisitos definidos na política de indicação, devendo
Integridade, que disponha sobre: ser registradas as eventuais manifestações divergentes de
conselheiros.
I - princípios, valores e missão da empresa pública e da
sociedade de economia mista, bem como orientações sobre Art. 11. A empresa pública não poderá:
a prevenção de conflito de interesses e vedação de atos de
I - lançar debêntures ou outros títulos ou valores mobiliários,
corrupção e fraude;
conversíveis em ações;
II - instâncias internas responsáveis pela atualização e
II - emitir partes beneficiárias.
aplicação do Código de Conduta e Integridade;
Art. 12. A empresa pública e a sociedade de economia mista
III - canal de denúncias que possibilite o recebimento de
deverão:
denúncias internas e externas relativas ao descumprimento
do Código de Conduta e Integridade e das demais normas I - divulgar toda e qualquer forma de remuneração dos
internas de ética e obrigacionais; administradores;
IV - mecanismos de proteção que impeçam qualquer espécie II - adequar constantemente suas práticas ao Código de
de retaliação a pessoa que utilize o canal de denúncias; Conduta e Integridade e a outras regras de boa prática de
governança corporativa, na forma estabelecida na
V - sanções aplicáveis em caso de violação às regras do
regulamentação desta Lei.
Código de Conduta e Integridade;
Parágrafo único. A sociedade de economia mista poderá
VI - previsão de treinamento periódico, no mínimo anual,
solucionar, mediante arbitragem, as divergências entre
sobre Código de Conduta e Integridade, a empregados e
acionistas e a sociedade, ou entre acionistas controladores
administradores, e sobre a política de gestão de riscos, a
e acionistas minoritários, nos termos previstos em seu
administradores.
estatuto social.
§ 2º A área responsável pela verificação de cumprimento de
Art. 13. A lei que autorizar a criação da empresa pública e da
obrigações e de gestão de riscos deverá ser vinculada ao
sociedade de economia mista deverá dispor sobre as
diretor-presidente e liderada por diretor estatutário,
diretrizes e restrições a serem consideradas na elaboração
devendo o estatuto social prever as atribuições da área, bem
do estatuto da companhia, em especial sobre:
como estabelecer mecanismos que assegurem atuação
independente. I - constituição e funcionamento do Conselho de
Administração, observados o número mínimo de 7 (sete) e o
§ 3º A auditoria interna deverá:
número máximo de 11 (onze) membros;
I - ser vinculada ao Conselho de Administração, diretamente
ou por meio do Comitê de Auditoria Estatutário;
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II - requisitos específicos para o exercício do cargo de diretor, SEÇÃO III


observado o número mínimo de 3 (três) diretores; DO ADMINISTRADOR
III - avaliação de desempenho, individual e coletiva, de Art. 16. Sem prejuízo do disposto nesta Lei, o administrador
periodicidade anual, dos administradores e dos membros de de empresa pública e de sociedade de economia mista é
comitês, observados os seguintes quesitos mínimos: submetido às normas previstas na Lei nº 6.404, de 15 de
a) exposição dos atos de gestão praticados, quanto à licitude dezembro de 1976 .
e à eficácia da ação administrativa; Parágrafo único. Consideram-se administradores da
b) contribuição para o resultado do exercício; empresa pública e da sociedade de economia mista os
membros do Conselho de Administração e da diretoria.
c) consecução dos objetivos estabelecidos no plano de
negócios e atendimento à estratégia de longo prazo; Art. 17. Os membros do Conselho de Administração e os
indicados para os cargos de diretor, inclusive presidente,
IV - constituição e funcionamento do Conselho Fiscal, que diretor-geral e diretor-presidente, serão escolhidos entre
exercerá suas atribuições de modo permanente; cidadãos de reputação ilibada e de notório conhecimento,
V - constituição e funcionamento do Comitê de Auditoria devendo ser atendidos, alternativamente, um dos requisitos
Estatutário; das alíneas “a”, “b” e “c” do inciso I e, cumulativamente, os
requisitos dos incisos II e III:
VI - prazo de gestão dos membros do Conselho de
Administração e dos indicados para o cargo de diretor, que I - ter experiência profissional de, no mínimo:
será unificado e não superior a 2 (dois) anos, sendo a) 10 (dez) anos, no setor público ou privado, na área de
permitidas, no máximo, 3 (três) reconduções consecutivas; atuação da empresa pública ou da sociedade de economia
VII – (VETADO); mista ou em área conexa àquela para a qual forem indicados
em função de direção superior; ou
VIII - prazo de gestão dos membros do Conselho Fiscal não
superior a 2 (dois) anos, permitidas 2 (duas) reconduções b) 4 (quatro) anos ocupando pelo menos um dos seguintes
consecutivas. cargos:

SEÇÃO II 1. cargo de direção ou de chefia superior em empresa de


DO ACIONISTA CONTROLADOR porte ou objeto social semelhante ao da empresa pública ou
da sociedade de economia mista, entendendo-se como
Art. 14. O acionista controlador da empresa pública e da cargo de chefia superior aquele situado nos 2 (dois) níveis
sociedade de economia mista deverá: hierárquicos não estatutários mais altos da empresa;
I - fazer constar do Código de Conduta e Integridade, 2. cargo em comissão ou função de confiança equivalente a
aplicável à alta administração, a vedação à divulgação, sem DAS-4 ou superior, no setor público;
autorização do órgão competente da empresa pública ou da
3. cargo de docente ou de pesquisador em áreas de atuação
sociedade de economia mista, de informação que possa
da empresa pública ou da sociedade de economia mista;
causar impacto na cotação dos títulos da empresa pública ou
da sociedade de economia mista e em suas relações com o c) 4 (quatro) anos de experiência como profissional liberal
mercado ou com consumidores e fornecedores; em atividade direta ou indiretamente vinculada à área de
atuação da empresa pública ou sociedade de economia
II - preservar a independência do Conselho de Administração
mista;
no exercício de suas funções;
II - ter formação acadêmica compatível com o cargo para o
III - observar a política de indicação na escolha dos
qual foi indicado; e
administradores e membros do Conselho Fiscal.
III - não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade
Art. 15. O acionista controlador da empresa pública e da
previstas nas alíneas do inciso I do caput do art. 1º da Lei
sociedade de economia mista responderá pelos atos
Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990 , com as
praticados com abuso de poder, nos termos da Lei nº 6.404,
alterações introduzidas pela Lei Complementar nº 135, de 4
de 15 de dezembro de 1976 .
de junho de 2010.
§ 1º A ação de reparação poderá ser proposta pela
§ 1º O estatuto da empresa pública, da sociedade de
sociedade, nos termos do art. 246 da Lei no 6.404, de 15 de
economia mista e de suas subsidiárias poderá dispor sobre a
dezembro de 1976 , pelo terceiro prejudicado ou pelos
contratação de seguro de responsabilidade civil pelos
demais sócios, independentemente de autorização da
administradores.
assembleia-geral de acionistas.
§ 2º É vedada a indicação, para o Conselho de Administração
§ 2º Prescreve em 6 (seis) anos, contados da data da prática
e para a diretoria:
do ato abusivo, a ação a que se refere o § 1º.

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I - de representante do órgão regulador ao qual a empresa SEÇÃO IV


pública ou a sociedade de economia mista está sujeita, de DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Ministro de Estado, de Secretário de Estado, de Secretário
Municipal, de titular de cargo, sem vínculo permanente com Art. 18. Sem prejuízo das competências previstas no art. 142
o serviço público, de natureza especial ou de direção e da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 , e das demais
assessoramento superior na administração pública, de atribuições previstas nesta Lei, compete ao Conselho de
dirigente estatutário de partido político e de titular de Administração:
mandato no Poder Legislativo de qualquer ente da I - discutir, aprovar e monitorar decisões envolvendo
federação, ainda que licenciados do cargo; práticas de governança corporativa, relacionamento com
II - de pessoa que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, partes interessadas, política de gestão de pessoas e código
como participante de estrutura decisória de partido político de conduta dos agentes;
ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e II - implementar e supervisionar os sistemas de gestão de
realização de campanha eleitoral; riscos e de controle interno estabelecidos para a prevenção
III - de pessoa que exerça cargo em organização sindical; e mitigação dos principais riscos a que está exposta a
empresa pública ou a sociedade de economia mista,
IV - de pessoa que tenha firmado contrato ou parceria, como inclusive os riscos relacionados à integridade das
fornecedor ou comprador, demandante ou ofertante, de informações contábeis e financeiras e os relacionados à
bens ou serviços de qualquer natureza, com a pessoa ocorrência de corrupção e fraude;
político-administrativa controladora da empresa pública ou
da sociedade de economia mista ou com a própria empresa III - estabelecer política de porta-vozes visando a eliminar
ou sociedade em período inferior a 3 (três) anos antes da risco de contradição entre informações de diversas áreas e
data de nomeação; as dos executivos da empresa pública ou da sociedade de
economia mista;
V - de pessoa que tenha ou possa ter qualquer forma de
conflito de interesse com a pessoa político-administrativa IV - avaliar os diretores da empresa pública ou da sociedade
controladora da empresa pública ou da sociedade de de economia mista, nos termos do inciso III do art. 13,
economia mista ou com a própria empresa ou sociedade. podendo contar com apoio metodológico e procedimental
do comitê estatutário referido no art. 10.
§ 3º A vedação prevista no inciso I do § 2º estende-se
também aos parentes consanguíneos ou afins até o terceiro Art. 19. É garantida a participação, no Conselho de
grau das pessoas nele mencionadas. Administração, de representante dos empregados e dos
acionistas minoritários.
§ 4º Os administradores eleitos devem participar, na posse e
anualmente, de treinamentos específicos sobre legislação § 1º As normas previstas na Lei nº 12.353, de 28 de dezembro
societária e de mercado de capitais, divulgação de de 2010 , aplicam-se à participação de empregados no
informações, controle interno, código de conduta, a Lei nº Conselho de Administração da empresa pública, da
12.846, de 1º de agosto de 2013 (Lei Anticorrupção), e sociedade de economia mista e de suas subsidiárias e
demais temas relacionados às atividades da empresa controladas e das demais empresas em que a União, direta
pública ou da sociedade de economia mista. ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto.
§ 5º Os requisitos previstos no inciso I do caput poderão ser
dispensados no caso de indicação de empregado da § 2º É assegurado aos acionistas minoritários o direito de
empresa pública ou da sociedade de economia mista para eleger 1 (um) conselheiro, se maior número não lhes couber
cargo de administrador ou como membro de comitê, desde pelo processo de voto múltiplo previsto na Lei nº 6.404, de
que atendidos os seguintes quesitos mínimos: 15 de dezembro de 1976 .

I - o empregado tenha ingressado na empresa pública ou na Art. 20. É vedada a participação remunerada de membros da
sociedade de economia mista por meio de concurso público administração pública, direta ou indireta, em mais de 2
de provas ou de provas e títulos; (dois) conselhos, de administração ou fiscal, de empresa
pública, de sociedade de economia mista ou de suas
II - o empregado tenha mais de 10 (dez) anos de trabalho subsidiárias.
efetivo na empresa pública ou na sociedade de economia
mista; Art. 21. (VETADO).

III - o empregado tenha ocupado cargo na gestão superior Parágrafo único. (VETADO).
da empresa pública ou da sociedade de economia mista,
comprovando sua capacidade para assumir as
responsabilidades dos cargos de que trata o caput .

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SEÇÃO V pelos conselheiros eleitos por empregados, nos termos do §


DO MEMBRO INDEPENDENTE DO CONSELHO DE 1º do art. 19.
ADMINISTRAÇÃO § 4º Serão consideradas, para o cômputo das vagas
Art. 22. O Conselho de Administração deve ser composto, destinadas a membros independentes, aquelas ocupadas
no mínimo, por 25% (vinte e cinco por cento) de membros pelos conselheiros eleitos por acionistas minoritários, nos
independentes ou por pelo menos 1 (um), caso haja decisão termos do § 2º do art. 19.
pelo exercício da faculdade do voto múltiplo pelos acionistas § 5º (VETADO).
minoritários, nos termos do art. 141 da Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976 . SEÇÃO VI
DA DIRETORIA
§ 1º O conselheiro independente caracteriza-se por:
Art. 23. É condição para investidura em cargo de diretoria da
I - não ter qualquer vínculo com a empresa pública ou a
empresa pública e da sociedade de economia mista a
sociedade de economia mista, exceto participação de
assunção de compromisso com metas e resultados
capital;
específicos a serem alcançados, que deverá ser aprovado
II - não ser cônjuge ou parente consanguíneo ou afim, até o pelo Conselho de Administração, a quem incumbe fiscalizar
terceiro grau ou por adoção, de chefe do Poder Executivo, seu cumprimento.
de Ministro de Estado, de Secretário de Estado ou Município
§ 1º Sem prejuízo do disposto no caput , a diretoria deverá
ou de administrador da empresa pública ou da sociedade de
apresentar, até a última reunião ordinária do Conselho de
economia mista;
Administração do ano anterior, a quem compete sua
III - não ter mantido, nos últimos 3 (três) anos, vínculo de aprovação:
qualquer natureza com a empresa pública, a sociedade de
I - plano de negócios para o exercício anual seguinte;
economia mista ou seus controladores, que possa vir a
comprometer sua independência; II - estratégia de longo prazo atualizada com análise de
riscos e oportunidades para, no mínimo, os próximos 5
IV - não ser ou não ter sido, nos últimos 3 (três) anos,
(cinco) anos.
empregado ou diretor da empresa pública, da sociedade de
economia mista ou de sociedade controlada, coligada ou § 2º Compete ao Conselho de Administração, sob pena de
subsidiária da empresa pública ou da sociedade de seus integrantes responderem por omissão, promover
economia mista, exceto se o vínculo for exclusivamente com anualmente análise de atendimento das metas e resultados
instituições públicas de ensino ou pesquisa; na execução do plano de negócios e da estratégia de longo
prazo, devendo publicar suas conclusões e informá-las ao
V - não ser fornecedor ou comprador, direto ou indireto, de
Congresso Nacional, às Assembleias Legislativas, à Câmara
serviços ou produtos da empresa pública ou da sociedade de
Legislativa do Distrito Federal ou às Câmaras Municipais e
economia mista, de modo a implicar perda de
aos respectivos tribunais de contas, quando houver.
independência;
§ 3º Excluem-se da obrigação de publicação a que se refere
VI - não ser funcionário ou administrador de sociedade ou
o § 2º as informações de natureza estratégica cuja
entidade que esteja oferecendo ou demandando serviços ou
divulgação possa ser comprovadamente prejudicial ao
produtos à empresa pública ou à sociedade de economia
interesse da empresa pública ou da sociedade de economia
mista, de modo a implicar perda de independência;
mista.
VII - não receber outra remuneração da empresa pública ou
SEÇÃO VII
da sociedade de economia mista além daquela relativa ao
DO COMITÊ DE AUDITORIA ESTATUTÁRIO
cargo de conselheiro, à exceção de proventos em dinheiro
oriundos de participação no capital. Art. 24. A empresa pública e a sociedade de economia mista
deverão possuir em sua estrutura societária Comitê de
§ 2º Quando, em decorrência da observância do percentual
Auditoria Estatutário como órgão auxiliar do Conselho de
mencionado no caput , resultar número fracionário de
Administração, ao qual se reportará diretamente.
conselheiros, proceder-se-á ao arredondamento para o
número inteiro: § 1º Competirá ao Comitê de Auditoria Estatutário, sem
prejuízo de outras competências previstas no estatuto da
I - imediatamente superior, quando a fração for igual ou
empresa pública ou da sociedade de economia mista:
superior a 0,5 (cinco décimos);
I - opinar sobre a contratação e destituição de auditor
II - imediatamente inferior, quando a fração for inferior a 0,5
independente;
(cinco décimos).
II - supervisionar as atividades dos auditores independentes,
§ 3º Não serão consideradas, para o cômputo das vagas
avaliando sua independência, a qualidade dos serviços
destinadas a membros independentes, aquelas ocupadas

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prestados e a adequação de tais serviços às necessidades da empresa pública ou a sociedade de economia mista
empresa pública ou da sociedade de economia mista; divulgará apenas o extrato das atas.
III - supervisionar as atividades desenvolvidas nas áreas de § 6º A restrição prevista no § 5º não será oponível aos órgãos
controle interno, de auditoria interna e de elaboração das de controle, que terão total e irrestrito acesso ao conteúdo
demonstrações financeiras da empresa pública ou da das atas do Comitê de Auditoria Estatutário, observada a
sociedade de economia mista; transferência de sigilo.
IV - monitorar a qualidade e a integridade dos mecanismos § 7º O Comitê de Auditoria Estatutário deverá possuir
de controle interno, das demonstrações financeiras e das autonomia operacional e dotação orçamentária, anual ou
informações e medições divulgadas pela empresa pública ou por projeto, dentro de limites aprovados pelo Conselho de
pela sociedade de economia mista; Administração, para conduzir ou determinar a realização de
consultas, avaliações e investigações dentro do escopo de
V - avaliar e monitorar exposições de risco da empresa
suas atividades, inclusive com a contratação e utilização de
pública ou da sociedade de economia mista, podendo
especialistas externos independentes.
requerer, entre outras, informações detalhadas sobre
políticas e procedimentos referentes a: Art. 25. O Comitê de Auditoria Estatutário será integrado
por, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 5 (cinco) membros,
a) remuneração da administração;
em sua maioria independentes.
b) utilização de ativos da empresa pública ou da sociedade
§ 1º São condições mínimas para integrar o Comitê de
de economia mista;
Auditoria Estatutário:
c) gastos incorridos em nome da empresa pública ou da
I - não ser ou ter sido, nos 12 (doze) meses anteriores à
sociedade de economia mista;
nomeação para o Comitê:
VI - avaliar e monitorar, em conjunto com a administração e
a) diretor, empregado ou membro do conselho fiscal da
a área de auditoria interna, a adequação das transações com
empresa pública ou sociedade de economia mista ou de sua
partes relacionadas;
controladora, controlada, coligada ou sociedade em
VII - elaborar relatório anual com informações sobre as controle comum, direta ou indireta;
atividades, os resultados, as conclusões e as recomendações
b) responsável técnico, diretor, gerente, supervisor ou
do Comitê de Auditoria Estatutário, registrando, se houver,
qualquer outro integrante com função de gerência de
as divergências significativas entre administração, auditoria
equipe envolvida nos trabalhos de auditoria na empresa
independente e Comitê de Auditoria Estatutário em relação
pública ou sociedade de economia mista;
às demonstrações financeiras;
II - não ser cônjuge ou parente consanguíneo ou afim, até o
VIII - avaliar a razoabilidade dos parâmetros em que se
segundo grau ou por adoção, das pessoas referidas no inciso
fundamentam os cálculos atuariais, bem como o resultado
I;
atuarial dos planos de benefícios mantidos pelo fundo de
pensão, quando a empresa pública ou a sociedade de III - não receber qualquer outro tipo de remuneração da
economia mista for patrocinadora de entidade fechada de empresa pública ou sociedade de economia mista ou de sua
previdência complementar. controladora, controlada, coligada ou sociedade em
controle comum, direta ou indireta, que não seja aquela
§ 2º O Comitê de Auditoria Estatutário deverá possuir meios
relativa à função de integrante do Comitê de Auditoria
para receber denúncias, inclusive sigilosas, internas e
Estatutário;
externas à empresa pública ou à sociedade de economia
mista, em matérias relacionadas ao escopo de suas IV - não ser ou ter sido ocupante de cargo público efetivo,
atividades. ainda que licenciado, ou de cargo em comissão da pessoa
jurídica de direito público que exerça o controle acionário da
§ 3º O Comitê de Auditoria Estatutário deverá se reunir
empresa pública ou sociedade de economia mista, nos 12
quando necessário, no mínimo bimestralmente, de modo
(doze) meses anteriores à nomeação para o Comitê de
que as informações contábeis sejam sempre apreciadas
Auditoria Estatutário.
antes de sua divulgação.
§ 2º Ao menos 1 (um) dos membros do Comitê de Auditoria
§ 4º A empresa pública e a sociedade de economia mista
Estatutário deve ter reconhecida experiência em assuntos
deverão divulgar as atas das reuniões do Comitê de
de contabilidade societária.
Auditoria Estatutário.
§ 3º O atendimento às previsões deste artigo deve ser
§ 5º Caso o Conselho de Administração considere que a
comprovado por meio de documentação mantida na sede
divulgação da ata possa pôr em risco interesse legítimo da
da empresa pública ou sociedade de economia mista pelo
empresa pública ou da sociedade de economia mista, a
prazo mínimo de 5 (cinco) anos, contado a partir do último

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dia de mandato do membro do Comitê de Auditoria vinculadas ao fortalecimento de sua marca, observando-se,
Estatutário. no que couber, as normas de licitação e contratos desta Lei.
SEÇÃO VIII TÍTULO II
DO CONSELHO FISCAL DISPOSIÇÕES APLICÁVEIS ÀS EMPRESAS PÚBLICAS,
ÀS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E ÀS SUAS
Art. 26. Além das normas previstas nesta Lei, aplicam-se aos
SUBSIDIÁRIAS QUE EXPLOREM ATIVIDADE
membros do Conselho Fiscal da empresa pública e da
sociedade de economia mista as disposições previstas na Lei ECONÔMICA DE PRODUÇÃO OU COMERCIALIZAÇÃO
nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 , relativas a seus DE BENS OU DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, AINDA
poderes, deveres e responsabilidades, a requisitos e QUE A ATIVIDADE ECONÔMICA ESTEJA SUJEITA AO
impedimentos para investidura e a remuneração, além de REGIME DE MONOPÓLIO DA UNIÃO OU SEJA DE
outras disposições estabelecidas na referida Lei. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS.
CAPÍTULO I
§ 1º Podem ser membros do Conselho Fiscal pessoas
naturais, residentes no País, com formação acadêmica DAS LICITAÇÕES
compatível com o exercício da função e que tenham SEÇÃO I
exercido, por prazo mínimo de 3 (três) anos, cargo de DA EXIGÊNCIA DE LICITAÇÃO E DOS CASOS DE
direção ou assessoramento na administração pública ou DISPENSA E DE INEXIGIBILIDADE
cargo de conselheiro fiscal ou administrador em empresa.
Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação
§ 2º O Conselho Fiscal contará com pelo menos 1 (um) de serviços às empresas públicas e às sociedades de
membro indicado pelo ente controlador, que deverá ser economia mista, inclusive de engenharia e de publicidade, à
servidor público com vínculo permanente com a aquisição e à locação de bens, à alienação de bens e ativos
administração pública. integrantes do respectivo patrimônio ou à execução de
obras a serem integradas a esse patrimônio, bem como à
CAPÍTULO III
implementação de ônus real sobre tais bens, serão
DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA PÚBLICA E DA precedidos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas as
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA hipóteses previstas nos arts. 29 e 30.
Art. 27. A empresa pública e a sociedade de economia mista § 1º Aplicam-se às licitações das empresas públicas e das
terão a função social de realização do interesse coletivo ou sociedades de economia mista as disposições constantes
de atendimento a imperativo da segurança nacional dos arts. 42 a 49 da Lei Complementar nº 123, de 14 de
expressa no instrumento de autorização legal para a sua dezembro de 2006 .
criação.
§ 2º O convênio ou contrato de patrocínio celebrado com
§ 1º A realização do interesse coletivo de que trata este pessoas físicas ou jurídicas de que trata o § 3º do art. 27
artigo deverá ser orientada para o alcance do bem-estar observará, no que couber, as normas de licitação e contratos
econômico e para a alocação socialmente eficiente dos desta Lei.
recursos geridos pela empresa pública e pela sociedade de
economia mista, bem como para o seguinte: § 3º São as empresas públicas e as sociedades de economia
mista dispensadas da observância dos dispositivos deste
I - ampliação economicamente sustentada do acesso de Capítulo nas seguintes situações:
consumidores aos produtos e serviços da empresa pública
ou da sociedade de economia mista; I - comercialização, prestação ou execução, de forma direta,
pelas empresas mencionadas no caput , de produtos,
II - desenvolvimento ou emprego de tecnologia brasileira serviços ou obras especificamente relacionados com seus
para produção e oferta de produtos e serviços da empresa respectivos objetos sociais;
pública ou da sociedade de economia mista, sempre de
maneira economicamente justificada. II - nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada
a suas características particulares, vinculada a
§ 2º A empresa pública e a sociedade de economia mista oportunidades de negócio definidas e específicas,
deverão, nos termos da lei, adotar práticas de justificada a inviabilidade de procedimento competitivo.
sustentabilidade ambiental e de responsabilidade social
corporativa compatíveis com o mercado em que atuam. § 4º Consideram-se oportunidades de negócio a que se
refere o inciso II do § 3º a formação e a extinção de parcerias
§ 3º A empresa pública e a sociedade de economia mista e outras formas associativas, societárias ou contratuais, a
poderão celebrar convênio ou contrato de patrocínio com aquisição e a alienação de participação em sociedades e
pessoa física ou com pessoa jurídica para promoção de outras formas associativas, societárias ou contratuais e as
atividades culturais, sociais, esportivas, educacionais e de operações realizadas no âmbito do mercado de capitais,
inovação tecnológica, desde que comprovadamente respeitada a regulação pelo respectivo órgão competente.

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Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas público, segundo as normas da legislação específica, desde
públicas e sociedades de economia mista: que o objeto do contrato tenha pertinência com o serviço
público.
I - para obras e serviços de engenharia de valor até R$
100.000,00 (cem mil reais), desde que não se refiram a XI - nas contratações entre empresas públicas ou sociedades
parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda a obras e de economia mista e suas respectivas subsidiárias, para
serviços de mesma natureza e no mesmo local que possam aquisição ou alienação de bens e prestação ou obtenção de
ser realizadas conjunta e concomitantemente; serviços, desde que os preços sejam compatíveis com os
praticados no mercado e que o objeto do contrato tenha
II - para outros serviços e compras de valor até R$ 50.000,00
relação com a atividade da contratada prevista em seu
(cinquenta mil reais) e para alienações, nos casos previstos
estatuto social;
nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo
serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser XII - na contratação de coleta, processamento e
realizado de uma só vez; comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou
reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de
III - quando não acudirem interessados à licitação anterior e
lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas
essa, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo
exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda que
para a empresa pública ou a sociedade de economia mista,
tenham como ocupação econômica a coleta de materiais
bem como para suas respectivas subsidiárias, desde que
recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as
mantidas as condições preestabelecidas;
normas técnicas, ambientais e de saúde pública;
IV - quando as propostas apresentadas consignarem preços
XIII - para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou
manifestamente superiores aos praticados no mercado
prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta
nacional ou incompatíveis com os fixados pelos órgãos
complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante
oficiais competentes;
parecer de comissão especialmente designada pelo
V - para a compra ou locação de imóvel destinado ao dirigente máximo da empresa pública ou da sociedade de
atendimento de suas finalidades precípuas, quando as economia mista;
necessidades de instalação e localização condicionarem a
XIV - nas contratações visando ao cumprimento do disposto
escolha do imóvel, desde que o preço seja compatível com o
nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro
valor de mercado, segundo avaliação prévia;
de 2004 , observados os princípios gerais de contratação
VI - na contratação de remanescente de obra, de serviço ou dela constantes;
de fornecimento, em consequência de rescisão contratual,
XV - em situações de emergência, quando caracterizada
desde que atendida a ordem de classificação da licitação
urgência de atendimento de situação que possa ocasionar
anterior e aceitas as mesmas condições do contrato
prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras,
encerrado por rescisão ou distrato, inclusive quanto ao
serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou
preço, devidamente corrigido;
particulares, e somente para os bens necessários ao
VII - na contratação de instituição brasileira incumbida atendimento da situação emergencial e para as parcelas de
regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou obras e serviços que possam ser concluídas no prazo
do desenvolvimento institucional ou de instituição dedicada máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e
à recuperação social do preso, desde que a contratada ininterruptos, contado da ocorrência da emergência,
detenha inquestionável reputação ético-profissional e não vedada a prorrogação dos respectivos contratos, observado
tenha fins lucrativos; o disposto no § 2º ;
VIII - para a aquisição de componentes ou peças de origem XVI - na transferência de bens a órgãos e entidades da
nacional ou estrangeira necessários à manutenção de administração pública, inclusive quando efetivada mediante
equipamentos durante o período de garantia técnica, junto permuta;
ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal
XVII - na doação de bens móveis para fins e usos de interesse
condição de exclusividade for indispensável para a vigência
social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência
da garantia;
socioeconômica relativamente à escolha de outra forma de
IX - na contratação de associação de pessoas com alienação;
deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada
XVIII - na compra e venda de ações, de títulos de crédito e de
idoneidade, para a prestação de serviços ou fornecimento
dívida e de bens que produzam ou comercializem. (Vide
de mão de obra, desde que o preço contratado seja
ADIN 5624) (Vide ADIN 5846) (Vide ADIN 5924) (Vide
compatível com o praticado no mercado;
ADIN 6029)
X - na contratação de concessionário, permissionário ou
§ 1º Na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a
autorizado para fornecimento ou suprimento de energia
contratação nos termos do inciso VI do caput , a empresa
elétrica ou gás natural e de outras prestadoras de serviço
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pública e a sociedade de economia mista poderão convocar pela contratação direta e o fornecedor ou o prestador de
os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para serviços.
a celebração do contrato nas condições ofertadas por estes,
§ 3º O processo de contratação direta será instruído, no que
desde que o respectivo valor seja igual ou inferior ao
couber, com os seguintes elementos:
orçamento estimado para a contratação, inclusive quanto
aos preços atualizados nos termos do instrumento I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que
convocatório. justifique a dispensa, quando for o caso;
§ 2º A contratação direta com base no inciso XV II - razão da escolha do fornecedor ou do executante;
do caput não dispensará a responsabilização de quem, por
III - justificativa do preço.
ação ou omissão, tenha dado causa ao motivo ali descrito,
inclusive no tocante ao disposto na Lei nº 8.429, de 2 de SEÇÃO II
junho de 1992 . DISPOSIÇÕES DE CARÁTER GERAL SOBRE LICITAÇÕES
§ 3º Os valores estabelecidos nos incisos I e II E CONTRATOS
do caput podem ser alterados, para refletir a variação de Art. 31. As licitações realizadas e os contratos celebrados por
custos, por deliberação do Conselho de Administração da empresas públicas e sociedades de economia mista
empresa pública ou sociedade de economia mista, destinam-se a assegurar a seleção da proposta mais
admitindo-se valores diferenciados para cada sociedade. vantajosa, inclusive no que se refere ao ciclo de vida do
Art. 30. A contratação direta será feita quando houver objeto, e a evitar operações em que se caracterize
inviabilidade de competição, em especial na hipótese de: sobrepreço ou superfaturamento, devendo observar os
princípios da impessoalidade, da moralidade, da igualdade,
I - aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa,
possam ser fornecidos por produtor, empresa ou da economicidade, do desenvolvimento nacional
representante comercial exclusivo; sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório, da
II - contratação dos seguintes serviços técnicos obtenção de competitividade e do julgamento objetivo.
especializados, com profissionais ou empresas de notória § 1º Para os fins do disposto no caput , considera-se que há:
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de
publicidade e divulgação: I - sobrepreço quando os preços orçados para a licitação ou
os preços contratados são expressivamente superiores aos
a) estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou preços referenciais de mercado, podendo referir-se ao valor
executivos; unitário de um item, se a licitação ou a contratação for por
b) pareceres, perícias e avaliações em geral; preços unitários de serviço, ou ao valor global do objeto, se
a licitação ou a contratação for por preço global ou por
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias empreitada;
financeiras ou tributárias;
II - superfaturamento quando houver dano ao patrimônio da
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou empresa pública ou da sociedade de economia mista
serviços; caracterizado, por exemplo:
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou a) pela medição de quantidades superiores às efetivamente
administrativas; executadas ou fornecidas;
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; b) pela deficiência na execução de obras e serviços de
g) restauração de obras de arte e bens de valor histórico. engenharia que resulte em diminuição da qualidade, da vida
útil ou da segurança;
§ 1º Considera-se de notória especialização o profissional ou
a empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, c) por alterações no orçamento de obras e de serviços de
decorrente de desempenho anterior, estudos, experiência, engenharia que causem o desequilíbrio econômico-
publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica financeiro do contrato em favor do contratado;
ou outros requisitos relacionados com suas atividades, d) por outras alterações de cláusulas financeiras que gerem
permita inferir que o seu trabalho é essencial e recebimentos contratuais antecipados, distorção do
indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do cronograma físico-financeiro, prorrogação injustificada do
objeto do contrato. prazo contratual com custos adicionais para a empresa
§ 2º Na hipótese do caput e em qualquer dos casos de pública ou a sociedade de economia mista ou reajuste
dispensa, se comprovado, pelo órgão de controle externo, irregular de preços.
sobrepreço ou superfaturamento, respondem § 2º O orçamento de referência do custo global de obras e
solidariamente pelo dano causado quem houver decidido serviços de engenharia deverá ser obtido a partir de custos

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unitários de insumos ou serviços menores ou iguais à § 1º As licitações e os contratos disciplinados por esta Lei
mediana de seus correspondentes no Sistema Nacional de devem respeitar, especialmente, as normas relativas à:
Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), no
I - disposição final ambientalmente adequada dos resíduos
caso de construção civil em geral, ou no Sistema de Custos
sólidos gerados pelas obras contratadas;
Referenciais de Obras (Sicro), no caso de obras e serviços
rodoviários, devendo ser observadas as peculiaridades II - mitigação dos danos ambientais por meio de medidas
geográficas. condicionantes e de compensação ambiental, que serão
definidas no procedimento de licenciamento ambiental;
§ 3º No caso de inviabilidade da definição dos custos
consoante o disposto no § 2º, a estimativa de custo global III - utilização de produtos, equipamentos e serviços que,
poderá ser apurada por meio da utilização de dados comprovadamente, reduzam o consumo de energia e de
contidos em tabela de referência formalmente aprovada por recursos naturais;
órgãos ou entidades da administração pública federal, em
IV - avaliação de impactos de vizinhança, na forma da
publicações técnicas especializadas, em banco de dados e
legislação urbanística;
sistema específico instituído para o setor ou em pesquisa de
mercado. V - proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico
e imaterial, inclusive por meio da avaliação do impacto
§ 4º A empresa pública e a sociedade de economia mista
direto ou indireto causado por investimentos realizados por
poderão adotar procedimento de manifestação de interesse
empresas públicas e sociedades de economia mista;
privado para o recebimento de propostas e projetos de
empreendimentos com vistas a atender necessidades VI - acessibilidade para pessoas com deficiência ou com
previamente identificadas, cabendo a regulamento a mobilidade reduzida.
definição de suas regras específicas.
§ 2º A contratação a ser celebrada por empresa pública ou
§ 5º Na hipótese a que se refere o § 4º, o autor ou financiador sociedade de economia mista da qual decorra impacto
do projeto poderá participar da licitação para a execução do negativo sobre bens do patrimônio cultural, histórico,
empreendimento, podendo ser ressarcido pelos custos arqueológico e imaterial tombados dependerá de
aprovados pela empresa pública ou sociedade de economia autorização da esfera de governo encarregada da proteção
mista caso não vença o certame, desde que seja promovida do respectivo patrimônio, devendo o impacto ser
a cessão de direitos de que trata o art. 80. compensado por meio de medidas determinadas pelo
dirigente máximo da empresa pública ou sociedade de
Art. 32. Nas licitações e contratos de que trata esta Lei serão
economia mista, na forma da legislação aplicável.
observadas as seguintes diretrizes:
§ 3º As licitações na modalidade de pregão, na forma
I - padronização do objeto da contratação, dos instrumentos
eletrônica, deverão ser realizadas exclusivamente em
convocatórios e das minutas de contratos, de acordo com
portais de compras de acesso público na internet.
normas internas específicas;
§ 4º Nas licitações com etapa de lances, a empresa pública
II - busca da maior vantagem competitiva para a empresa
ou sociedade de economia mista disponibilizará
pública ou sociedade de economia mista, considerando
ferramentas eletrônicas para envio de lances pelos
custos e benefícios, diretos e indiretos, de natureza
licitantes.
econômica, social ou ambiental, inclusive os relativos à
manutenção, ao desfazimento de bens e resíduos, ao índice Art. 33. O objeto da licitação e do contrato dela decorrente
de depreciação econômica e a outros fatores de igual será definido de forma sucinta e clara no instrumento
relevância; convocatório.
III - parcelamento do objeto, visando a ampliar a Art. 34. O valor estimado do contrato a ser celebrado pela
participação de licitantes, sem perda de economia de escala, empresa pública ou pela sociedade de economia mista será
e desde que não atinja valores inferiores aos limites sigiloso, facultando-se à contratante, mediante justificação
estabelecidos no art. 29, incisos I e II; na fase de preparação prevista no inciso I do art. 51 desta Lei,
conferir publicidade ao valor estimado do objeto da
IV - adoção preferencial da modalidade de licitação
licitação, sem prejuízo da divulgação do detalhamento dos
denominada pregão, instituída pela Lei nº 10.520, de 17 de
quantitativos e das demais informações necessárias para a
julho de 2002 , para a aquisição de bens e serviços comuns,
elaboração das propostas.
assim considerados aqueles cujos padrões de desempenho
e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, § 1º Na hipótese em que for adotado o critério de
por meio de especificações usuais no mercado; julgamento por maior desconto, a informação de que trata
o caput deste artigo constará do instrumento convocatório.
V - observação da política de integridade nas transações
com partes interessadas.

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§ 2º No caso de julgamento por melhor técnica, o valor do VI - constituída por sócio que tenha sido sócio ou
prêmio ou da remuneração será incluído no instrumento administrador de empresa suspensa, impedida ou declarada
convocatório. inidônea, no período dos fatos que deram ensejo à sanção;
§ 3º A informação relativa ao valor estimado do objeto da VII - cujo administrador tenha sido sócio ou administrador
licitação, ainda que tenha caráter sigiloso, será de empresa suspensa, impedida ou declarada inidônea, no
disponibilizada a órgãos de controle externo e interno, período dos fatos que deram ensejo à sanção;
devendo a empresa pública ou a sociedade de economia
VIII - que tiver, nos seus quadros de diretoria, pessoa que
mista registrar em documento formal sua disponibilização
participou, em razão de vínculo de mesma natureza, de
aos órgãos de controle, sempre que solicitado.
empresa declarada inidônea.
§ 4º (VETADO).
Parágrafo único. Aplica-se a vedação prevista no caput :
Art. 35. Observado o disposto no art. 34, o conteúdo da
I - à contratação do próprio empregado ou dirigente, como
proposta, quando adotado o modo de disputa fechado e até
pessoa física, bem como à participação dele em
sua abertura, os atos e os procedimentos praticados em
procedimentos licitatórios, na condição de licitante;
decorrência desta Lei submetem-se à legislação que regula
o acesso dos cidadãos às informações detidas pela II - a quem tenha relação de parentesco, até o terceiro grau
administração pública, particularmente aos termos da Lei civil, com:
nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 .
a) dirigente de empresa pública ou sociedade de economia
Art. 36. A empresa pública e a sociedade de economia mista mista;
poderão promover a pré-qualificação de seus fornecedores
b) empregado de empresa pública ou sociedade de
ou produtos, nos termos do art. 64.
economia mista cujas atribuições envolvam a atuação na
Art. 37. A empresa pública e a sociedade de economia mista área responsável pela licitação ou contratação;
deverão informar os dados relativos às sanções por elas
c) autoridade do ente público a que a empresa pública ou
aplicadas aos contratados, nos termos definidos no art. 83,
sociedade de economia mista esteja vinculada.
de forma a manter atualizado o cadastro de empresas
inidôneas de que trata o art. 23 da Lei nº 12.846, de 1º de III - cujo proprietário, mesmo na condição de sócio, tenha
agosto de 2013 . terminado seu prazo de gestão ou rompido seu vínculo com
a respectiva empresa pública ou sociedade de economia
§ 1º O fornecedor incluído no cadastro referido no caput não
mista promotora da licitação ou contratante há menos de 6
poderá disputar licitação ou participar, direta ou
(seis) meses.
indiretamente, da execução de contrato.
Art. 39. Os procedimentos licitatórios, a pré-qualificação e
§ 2º Serão excluídos do cadastro referido no caput , a
os contratos disciplinados por esta Lei serão divulgados em
qualquer tempo, fornecedores que demonstrarem a
portal específico mantido pela empresa pública ou
superação dos motivos que deram causa à restrição contra
sociedade de economia mista na internet, devendo ser
eles promovida.
adotados os seguintes prazos mínimos para apresentação
Art. 38. Estará impedida de participar de licitações e de ser de propostas ou lances, contados a partir da divulgação do
contratada pela empresa pública ou sociedade de economia instrumento convocatório:
mista a empresa:
I - para aquisição de bens:
I - cujo administrador ou sócio detentor de mais de 5% (cinco
a) 5 (cinco) dias úteis, quando adotado como critério de
por cento) do capital social seja diretor ou empregado da
julgamento o menor preço ou o maior desconto;
empresa pública ou sociedade de economia mista
contratante; b) 10 (dez) dias úteis, nas demais hipóteses;
II - suspensa pela empresa pública ou sociedade de II - para contratação de obras e serviços:
economia mista;
a) 15 (quinze) dias úteis, quando adotado como critério de
III - declarada inidônea pela União, por Estado, pelo Distrito julgamento o menor preço ou o maior desconto;
Federal ou pela unidade federativa a que está vinculada a
b) 30 (trinta) dias úteis, nas demais hipóteses;
empresa pública ou sociedade de economia mista,
enquanto perdurarem os efeitos da sanção; III - no mínimo 45 (quarenta e cinco) dias úteis para licitação
em que se adote como critério de julgamento a melhor
IV - constituída por sócio de empresa que estiver suspensa,
técnica ou a melhor combinação de técnica e preço, bem
impedida ou declarada inidônea;
como para licitação em que haja contratação semi-
V - cujo administrador seja sócio de empresa suspensa, integrada ou integrada.
impedida ou declarada inidônea;

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Parágrafo único. As modificações promovidas no VI - contratação integrada: contratação que envolve a


instrumento convocatório serão objeto de divulgação nos elaboração e o desenvolvimento dos projetos básico e
mesmos termos e prazos dos atos e procedimentos executivo, a execução de obras e serviços de engenharia, a
originais, exceto quando a alteração não afetar a preparação montagem, a realização de testes, a pré-operação e as
das propostas. demais operações necessárias e suficientes para a entrega
final do objeto, de acordo com o estabelecido nos §§ 1º, 2º e
Art. 40. As empresas públicas e as sociedades de economia
3º deste artigo;
mista deverão publicar e manter atualizado regulamento
interno de licitações e contratos, compatível com o disposto VII - anteprojeto de engenharia: peça técnica com todos os
nesta Lei, especialmente quanto a: elementos de contornos necessários e fundamentais à
elaboração do projeto básico, devendo conter
I - glossário de expressões técnicas;
minimamente os seguintes elementos:
II - cadastro de fornecedores;
a) demonstração e justificativa do programa de
III - minutas-padrão de editais e contratos; necessidades, visão global dos investimentos e definições
relacionadas ao nível de serviço desejado;
IV - procedimentos de licitação e contratação direta;
b) condições de solidez, segurança e durabilidade e prazo de
V - tramitação de recursos;
entrega;
VI - formalização de contratos;
c) estética do projeto arquitetônico;
VII - gestão e fiscalização de contratos;
d) parâmetros de adequação ao interesse público, à
VIII - aplicação de penalidades; economia na utilização, à facilidade na execução, aos
impactos ambientais e à acessibilidade;
IX - recebimento do objeto do contrato.
e) concepção da obra ou do serviço de engenharia;
Art. 41. Aplicam-se às licitações e contratos regidos por esta
Lei as normas de direito penal contidas nos arts. 89 a 99 da f) projetos anteriores ou estudos preliminares que
Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 . embasaram a concepção adotada;
SEÇÃO III g) levantamento topográfico e cadastral;
DAS NORMAS ESPECÍFICAS PARA OBRAS E SERVIÇOS
h) pareceres de sondagem;
Art. 42. Na licitação e na contratação de obras e serviços por i) memorial descritivo dos elementos da edificação, dos
empresas públicas e sociedades de economia mista, serão componentes construtivos e dos materiais de construção,
observadas as seguintes definições: de forma a estabelecer padrões mínimos para a
I - empreitada por preço unitário: contratação por preço contratação;
certo de unidades determinadas; VIII - projeto básico: conjunto de elementos necessários e
II - empreitada por preço global: contratação por preço certo suficientes, com nível de precisão adequado, para,
e total; observado o disposto no § 3º, caracterizar a obra ou o
serviço, ou o complexo de obras ou de serviços objeto da
III - tarefa: contratação de mão de obra para pequenos licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos
trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de técnicos preliminares, que assegure a viabilidade técnica e o
material; adequado tratamento do impacto ambiental do
IV - empreitada integral: contratação de empreendimento empreendimento e que possibilite a avaliação do custo da
em sua integralidade, com todas as etapas de obras, obra e a definição dos métodos e do prazo de execução,
serviços e instalações necessárias, sob inteira devendo conter os seguintes elementos:
responsabilidade da contratada até a sua entrega ao a) desenvolvimento da solução escolhida, de forma a
contratante em condições de entrada em operação, fornecer visão global da obra e a identificar todos os seus
atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização elementos constitutivos com clareza;
em condições de segurança estrutural e operacional e com
as características adequadas às finalidades para as quais foi b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente
contratada; detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de
reformulação ou de variantes durante as fases de
V - contratação semi-integrada: contratação que envolve a elaboração do projeto executivo e de realização das obras e
elaboração e o desenvolvimento do projeto executivo, a montagem;
execução de obras e serviços de engenharia, a montagem, a
realização de testes, a pré-operação e as demais operações c) identificação dos tipos de serviços a executar e de
necessárias e suficientes para a entrega final do objeto, de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como
acordo com o estabelecido nos §§ 1º e 3º deste artigo; suas especificações, de modo a assegurar os melhores
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resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter c) documento técnico, com definição precisa das frações do
competitivo para a sua execução; empreendimento em que haverá liberdade de as
contratadas inovarem em soluções metodológicas ou
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de
tecnológicas, seja em termos de modificação das soluções
métodos construtivos, instalações provisórias e condições
previamente delineadas no anteprojeto ou no projeto básico
organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter
da licitação, seja em termos de detalhamento dos sistemas
competitivo para a sua execução;
e procedimentos construtivos previstos nessas peças
e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão técnicas;
da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia
d) matriz de riscos;
de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados
necessários em cada caso; II - o valor estimado do objeto a ser licitado será calculado
com base em valores de mercado, em valores pagos pela
f) (VETADO);
administração pública em serviços e obras similares ou em
IX - projeto executivo: conjunto dos elementos necessários avaliação do custo global da obra, aferido mediante
e suficientes à execução completa da obra, de acordo com orçamento sintético ou metodologia expedita ou
as normas técnicas pertinentes; paramétrica;
X - matriz de riscos: cláusula contratual definidora de riscos III - o critério de julgamento a ser adotado será o de menor
e responsabilidades entre as partes e caracterizadora do preço ou de melhor combinação de técnica e preço,
equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, em pontuando-se na avaliação técnica as vantagens e os
termos de ônus financeiro decorrente de eventos benefícios que eventualmente forem oferecidos para cada
supervenientes à contratação, contendo, no mínimo, as produto ou solução;
seguintes informações:
IV - na contratação semi-integrada, o projeto básico poderá
a) listagem de possíveis eventos supervenientes à assinatura ser alterado, desde que demonstrada a superioridade das
do contrato, impactantes no equilíbrio econômico- inovações em termos de redução de custos, de aumento da
financeiro da avença, e previsão de eventual necessidade de qualidade, de redução do prazo de execução e de facilidade
prolação de termo aditivo quando de sua ocorrência; de manutenção ou operação.
b) estabelecimento preciso das frações do objeto em que § 2º No caso dos orçamentos das contratações integradas:
haverá liberdade das contratadas para inovar em soluções
I - sempre que o anteprojeto da licitação, por seus elementos
metodológicas ou tecnológicas, em obrigações de
mínimos, assim o permitir, as estimativas de preço devem
resultado, em termos de modificação das soluções
se basear em orçamento tão detalhado quanto possível,
previamente delineadas no anteprojeto ou no projeto básico
devendo a utilização de estimativas paramétricas e a
da licitação;
avaliação aproximada baseada em outras obras similares ser
c) estabelecimento preciso das frações do objeto em que realizadas somente nas frações do empreendimento não
não haverá liberdade das contratadas para inovar em suficientemente detalhadas no anteprojeto da licitação,
soluções metodológicas ou tecnológicas, em obrigações de exigindo-se das contratadas, no mínimo, o mesmo nível de
meio, devendo haver obrigação de identidade entre a detalhamento em seus demonstrativos de formação de
execução e a solução pré-definida no anteprojeto ou no preços;
projeto básico da licitação.
II - quando utilizada metodologia expedita ou paramétrica
§ 1º As contratações semi-integradas e integradas referidas, para abalizar o valor do empreendimento ou de fração dele,
respectivamente, nos incisos V e VI do caput deste artigo consideradas as disposições do inciso I, entre 2 (duas) ou
restringir-se-ão a obras e serviços de engenharia e mais técnicas estimativas possíveis, deve ser utilizada nas
observarão os seguintes requisitos: estimativas de preço-base a que viabilize a maior precisão
orçamentária, exigindo-se das licitantes, no mínimo, o
I - o instrumento convocatório deverá conter:
mesmo nível de detalhamento na motivação dos
a) anteprojeto de engenharia, no caso de contratação respectivos preços ofertados.
integrada, com elementos técnicos que permitam a
§ 3º Nas contratações integradas ou semi-integradas, os
caracterização da obra ou do serviço e a elaboração e
riscos decorrentes de fatos supervenientes à contratação
comparação, de forma isonômica, das propostas a serem
associados à escolha da solução de projeto básico pela
ofertadas pelos particulares;
contratante deverão ser alocados como de sua
b) projeto básico, nos casos de empreitada por preço responsabilidade na matriz de riscos.
unitário, de empreitada por preço global, de empreitada
§ 4º No caso de licitação de obras e serviços de engenharia,
integral e de contratação semi-integrada, nos termos
as empresas públicas e as sociedades de economia mista
definidos neste artigo;
abrangidas por esta Lei deverão utilizar a contratação semi-

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integrada, prevista no inciso V do caput , cabendo a elas a III - de pessoa jurídica da qual o autor do anteprojeto ou do
elaboração ou a contratação do projeto básico antes da projeto básico da licitação seja administrador, controlador,
licitação de que trata este parágrafo, podendo ser utilizadas gerente, responsável técnico, subcontratado ou sócio, neste
outras modalidades previstas nos incisos do caput deste último caso quando a participação superar 5% (cinco por
artigo, desde que essa opção seja devidamente justificada. cento) do capital votante.
§ 5º Para fins do previsto na parte final do § 4º, não será § 1º A elaboração do projeto executivo constituirá encargo
admitida, por parte da empresa pública ou da sociedade de do contratado, consoante preço previamente fixado pela
economia mista, como justificativa para a adoção da empresa pública ou pela sociedade de economia mista.
modalidade de contratação integrada, a ausência de projeto
§ 2º É permitida a participação das pessoas jurídicas e da
básico.
pessoa física de que tratam os incisos II e III do caput deste
Art. 43. Os contratos destinados à execução de obras e artigo em licitação ou em execução de contrato, como
serviços de engenharia admitirão os seguintes regimes: consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão
ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da empresa
I - empreitada por preço unitário, nos casos em que os
pública e da sociedade de economia mista interessadas.
objetos, por sua natureza, possuam imprecisão inerente de
quantitativos em seus itens orçamentários; § 3º Para fins do disposto no caput , considera-se
participação indireta a existência de vínculos de natureza
II - empreitada por preço global, quando for possível definir
técnica, comercial, econômica, financeira ou trabalhista
previamente no projeto básico, com boa margem de
entre o autor do projeto básico, pessoa física ou jurídica, e o
precisão, as quantidades dos serviços a serem
licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e
posteriormente executados na fase contratual;
obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a
III - contratação por tarefa, em contratações de profissionais estes necessários.
autônomos ou de pequenas empresas para realização de
§ 4º O disposto no § 3º deste artigo aplica-se a empregados
serviços técnicos comuns e de curta duração;
incumbidos de levar a efeito atos e procedimentos
IV - empreitada integral, nos casos em que o contratante realizados pela empresa pública e pela sociedade de
necessite receber o empreendimento, normalmente de alta economia mista no curso da licitação.
complexidade, em condição de operação imediata;
Art. 45. Na contratação de obras e serviços, inclusive de
V - contratação semi-integrada, quando for possível definir engenharia, poderá ser estabelecida remuneração variável
previamente no projeto básico as quantidades dos serviços vinculada ao desempenho do contratado, com base em
a serem posteriormente executados na fase contratual, em metas, padrões de qualidade, critérios de sustentabilidade
obra ou serviço de engenharia que possa ser executado com ambiental e prazos de entrega definidos no instrumento
diferentes metodologias ou tecnologias; convocatório e no contrato.
VI - contratação integrada, quando a obra ou o serviço de Parágrafo único. A utilização da remuneração variável
engenharia for de natureza predominantemente intelectual respeitará o limite orçamentário fixado pela empresa
e de inovação tecnológica do objeto licitado ou puder ser pública ou pela sociedade de economia mista para a
executado com diferentes metodologias ou tecnologias de respectiva contratação.
domínio restrito no mercado.
Art. 46. Mediante justificativa expressa e desde que não
§ 1º Serão obrigatoriamente precedidas pela elaboração de implique perda de economia de escala, poderá ser celebrado
projeto básico, disponível para exame de qualquer mais de um contrato para executar serviço de mesma
interessado, as licitações para a contratação de obras e natureza quando o objeto da contratação puder ser
serviços, com exceção daquelas em que for adotado o executado de forma concorrente e simultânea por mais de
regime previsto no inciso VI do caput deste artigo. um contratado.
§ 2º É vedada a execução, sem projeto executivo, de obras e § 1º Na hipótese prevista no caput deste artigo, será
serviços de engenharia. mantido controle individualizado da execução do objeto
contratual relativamente a cada um dos contratados.
Art. 44. É vedada a participação direta ou indireta nas
licitações para obras e serviços de engenharia de que trata § 2º (VETADO).
esta Lei:
SEÇÃO IV
I - de pessoa física ou jurídica que tenha elaborado o DAS NORMAS ESPECÍFICAS PARA AQUISIÇÃO DE
anteprojeto ou o projeto básico da licitação; BENS
II - de pessoa jurídica que participar de consórcio Art. 47. A empresa pública e a sociedade de economia mista,
responsável pela elaboração do anteprojeto ou do projeto na licitação para aquisição de bens, poderão:
básico da licitação;

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I - indicar marca ou modelo, nas seguintes hipóteses: SEÇÃO VI


DO PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO
a) em decorrência da necessidade de padronização do
objeto; Art. 51. As licitações de que trata esta Lei observarão a
b) quando determinada marca ou modelo comercializado seguinte sequência de fases:
por mais de um fornecedor constituir o único capaz de I - preparação;
atender o objeto do contrato;
II - divulgação;
c) quando for necessária, para compreensão do objeto, a
identificação de determinada marca ou modelo apto a servir III - apresentação de lances ou propostas, conforme o modo
como referência, situação em que será obrigatório o de disputa adotado;
acréscimo da expressão “ou similar ou de melhor IV - julgamento;
qualidade”;
V - verificação de efetividade dos lances ou propostas;
II - exigir amostra do bem no procedimento de pré-
qualificação e na fase de julgamento das propostas ou de VI - negociação;
lances, desde que justificada a necessidade de sua VII - habilitação;
apresentação;
VIII - interposição de recursos;
III - solicitar a certificação da qualidade do produto ou do
processo de fabricação, inclusive sob o aspecto ambiental, IX - adjudicação do objeto;
por instituição previamente credenciada. X - homologação do resultado ou revogação do
Parágrafo único. O edital poderá exigir, como condição de procedimento.
aceitabilidade da proposta, a adequação às normas da § 1º A fase de que trata o inciso VII do caput poderá,
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ou a excepcionalmente, anteceder as referidas nos incisos III a VI
certificação da qualidade do produto por instituição do caput , desde que expressamente previsto no
credenciada pelo Sistema Nacional de Metrologia, instrumento convocatório.
Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro) .
§ 2º Os atos e procedimentos decorrentes das fases
Art. 48. Será dada publicidade, com periodicidade mínima enumeradas no caput praticados por empresas públicas, por
semestral, em sítio eletrônico oficial na internet de acesso sociedades de economia mista e por licitantes serão
irrestrito, à relação das aquisições de bens efetivadas pelas efetivados preferencialmente por meio eletrônico, nos
empresas públicas e pelas sociedades de economia mista, termos definidos pelo instrumento convocatório, devendo
compreendidas as seguintes informações: os avisos contendo os resumos dos editais das licitações e
I - identificação do bem comprado, de seu preço unitário e contratos abrangidos por esta Lei ser previamente
da quantidade adquirida; publicados no Diário Oficial da União, do Estado ou do
Município e na internet.
II - nome do fornecedor;
Art. 52. Poderão ser adotados os modos de disputa aberto
III - valor total de cada aquisição. ou fechado, ou, quando o objeto da licitação puder ser
SEÇÃO V parcelado, a combinação de ambos, observado o disposto
no inciso III do art. 32 desta Lei.
DAS NORMAS ESPECÍFICAS PARA ALIENAÇÃO DE
BENS § 1º No modo de disputa aberto, os licitantes apresentarão
lances públicos e sucessivos, crescentes ou decrescentes,
Art. 49. A alienação de bens por empresas públicas e por conforme o critério de julgamento adotado.
sociedades de economia mista será precedida de:
§ 2º No modo de disputa fechado, as propostas
I - avaliação formal do bem contemplado, ressalvadas as apresentadas pelos licitantes serão sigilosas até a data e a
hipóteses previstas nos incisos XVI a XVIII do art. 29; hora designadas para que sejam divulgadas.
II - licitação, ressalvado o previsto no § 3º do art. 28. Art. 53. Quando for adotado o modo de disputa aberto,
Art. 50. Estendem-se à atribuição de ônus real a bens poderão ser admitidos:
integrantes do acervo patrimonial de empresas públicas e I - a apresentação de lances intermediários;
de sociedades de economia mista as normas desta Lei
aplicáveis à sua alienação, inclusive em relação às hipóteses II - o reinício da disputa aberta, após a definição do melhor
de dispensa e de inexigibilidade de licitação. lance, para definição das demais colocações, quando existir
diferença de pelo menos 10% (dez por cento) entre o melhor
lance e o subsequente.
Parágrafo único. Consideram-se intermediários os lances:
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I - iguais ou inferiores ao maior já ofertado, quando adotado repercussão, no meio social, da finalidade para cujo
o julgamento pelo critério da maior oferta; atendimento o bem será utilizado pelo adquirente.
II - iguais ou superiores ao menor já ofertado, quando § 8º O descumprimento da finalidade a que se refere o § 7º
adotados os demais critérios de julgamento. deste artigo resultará na imediata restituição do bem
alcançado ao acervo patrimonial da empresa pública ou da
Art. 54. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de
sociedade de economia mista, vedado, nessa hipótese, o
julgamento:
pagamento de indenização em favor do adquirente.
I - menor preço;
Art. 55. Em caso de empate entre 2 (duas) propostas, serão
II - maior desconto; utilizados, na ordem em que se encontram enumerados, os
seguintes critérios de desempate:
III - melhor combinação de técnica e preço;
I - disputa final, em que os licitantes empatados poderão
IV - melhor técnica;
apresentar nova proposta fechada, em ato contínuo ao
V - melhor conteúdo artístico; encerramento da etapa de julgamento;
VI - maior oferta de preço; II - avaliação do desempenho contratual prévio dos
licitantes, desde que exista sistema objetivo de avaliação
VII - maior retorno econômico;
instituído;
VIII - melhor destinação de bens alienados.
III - os critérios estabelecidos no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23
§ 1º Os critérios de julgamento serão expressamente de outubro de 1991 , e no § 2º do art. 3º da Lei nº 8.666, de
identificados no instrumento convocatório e poderão ser 21 de junho de 1993 ;
combinados na hipótese de parcelamento do objeto,
IV - sorteio.
observado o disposto no inciso III do art. 32.
Art. 56. Efetuado o julgamento dos lances ou propostas,
§ 2º Na hipótese de adoção dos critérios referidos nos incisos
será promovida a verificação de sua efetividade,
III, IV, V e VII do caput deste artigo, o julgamento das
promovendo-se a desclassificação daqueles que:
propostas será efetivado mediante o emprego de
parâmetros específicos, definidos no instrumento I - contenham vícios insanáveis;
convocatório, destinados a limitar a subjetividade do
II - descumpram especificações técnicas constantes do
julgamento.
instrumento convocatório;
§ 3º Para efeito de julgamento, não serão consideradas
III - apresentem preços manifestamente inexequíveis;
vantagens não previstas no instrumento convocatório.
IV - se encontrem acima do orçamento estimado para a
§ 4º O critério previsto no inciso II do caput :
contratação de que trata o § 1º do art. 57, ressalvada a
I - terá como referência o preço global fixado no instrumento hipótese prevista no caput do art. 34 desta Lei;
convocatório, estendendo-se o desconto oferecido nas
V - não tenham sua exequibilidade demonstrada, quando
propostas ou lances vencedores a eventuais termos aditivos;
exigido pela empresa pública ou pela sociedade de
II - no caso de obras e serviços de engenharia, o desconto economia mista;
incidirá de forma linear sobre a totalidade dos itens
VI - apresentem desconformidade com outras exigências do
constantes do orçamento estimado, que deverá
instrumento convocatório, salvo se for possível a
obrigatoriamente integrar o instrumento convocatório.
acomodação a seus termos antes da adjudicação do objeto
§ 5º Quando for utilizado o critério referido no inciso III e sem que se prejudique a atribuição de tratamento
do caput , a avaliação das propostas técnicas e de preço isonômico entre os licitantes.
considerará o percentual de ponderação mais relevante,
§ 1º A verificação da efetividade dos lances ou propostas
limitado a 70% (setenta por cento).
poderá ser feita exclusivamente em relação aos lances e
§ 6º Quando for utilizado o critério referido no inciso VII propostas mais bem classificados.
do caput , os lances ou propostas terão o objetivo de
§ 2º A empresa pública e a sociedade de economia mista
proporcionar economia à empresa pública ou à sociedade de
poderão realizar diligências para aferir a exequibilidade das
economia mista, por meio da redução de suas despesas
propostas ou exigir dos licitantes que ela seja demonstrada,
correntes, remunerando-se o licitante vencedor com base
na forma do inciso V do caput .
em percentual da economia de recursos gerada.
§ 3º Nas licitações de obras e serviços de engenharia,
§ 7º Na implementação do critério previsto no inciso VIII
consideram-se inexequíveis as propostas com valores
do caput deste artigo, será obrigatoriamente considerada,
globais inferiores a 70% (setenta por cento) do menor dos
nos termos do respectivo instrumento convocatório, a
seguintes valores:
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I - média aritmética dos valores das propostas superiores a Art. 59. Salvo no caso de inversão de fases, o procedimento
50% (cinquenta por cento) do valor do orçamento estimado licitatório terá fase recursal única.
pela empresa pública ou sociedade de economia mista; ou
§ 1º Os recursos serão apresentados no prazo de 5 (cinco)
II - valor do orçamento estimado pela empresa pública ou dias úteis após a habilitação e contemplarão, além dos atos
sociedade de economia mista. praticados nessa fase, aqueles praticados em decorrência do
disposto nos incisos IV e V do caput do art. 51 desta Lei.
§ 4º Para os demais objetos, para efeito de avaliação da
exequibilidade ou de sobrepreço, deverão ser estabelecidos § 2º Na hipótese de inversão de fases, o prazo referido no §
critérios de aceitabilidade de preços que considerem o preço 1º será aberto após a habilitação e após o encerramento da
global, os quantitativos e os preços unitários, assim fase prevista no inciso V do caput do art. 51, abrangendo o
definidos no instrumento convocatório. segundo prazo também atos decorrentes da fase referida no
inciso IV do caput do art. 51 desta Lei.
Art. 57. Confirmada a efetividade do lance ou proposta que
obteve a primeira colocação na etapa de julgamento, ou que Art. 60. A homologação do resultado implica a constituição
passe a ocupar essa posição em decorrência da de direito relativo à celebração do contrato em favor do
desclassificação de outra que tenha obtido colocação licitante vencedor.
superior, a empresa pública e a sociedade de economia
Art. 61. A empresa pública e a sociedade de economia mista
mista deverão negociar condições mais vantajosas com
não poderão celebrar contrato com preterição da ordem de
quem o apresentou.
classificação das propostas ou com terceiros estranhos à
§ 1º A negociação deverá ser feita com os demais licitantes, licitação.
segundo a ordem inicialmente estabelecida, quando o preço
Art. 62. Além das hipóteses previstas no § 3º do art. 57 desta
do primeiro colocado, mesmo após a negociação,
Lei e no inciso II do § 2º do art. 75 desta Lei, quem dispuser
permanecer acima do orçamento estimado.
de competência para homologação do resultado poderá
§ 2º (VETADO). revogar a licitação por razões de interesse público
decorrentes de fato superveniente que constitua óbice
§ 3º Se depois de adotada a providência referida no § 1º
manifesto e incontornável, ou anulá-la por ilegalidade, de
deste artigo não for obtido valor igual ou inferior ao
ofício ou por provocação de terceiros, salvo quando for
orçamento estimado para a contratação, será revogada a
viável a convalidação do ato ou do procedimento viciado.
licitação.
§ 1º A anulação da licitação por motivo de ilegalidade não
Art. 58. A habilitação será apreciada exclusivamente a partir
gera obrigação de indenizar, observado o disposto no § 2º
dos seguintes parâmetros:
deste artigo.
I - exigência da apresentação de documentos aptos a
§ 2º A nulidade da licitação induz à do contrato.
comprovar a possibilidade da aquisição de direitos e da
contração de obrigações por parte do licitante; § 3º Depois de iniciada a fase de apresentação de lances ou
propostas, referida no inciso III do caput do art. 51 desta Lei,
II - qualificação técnica, restrita a parcelas do objeto técnica
a revogação ou a anulação da licitação somente será
ou economicamente relevantes, de acordo com parâmetros
efetivada depois de se conceder aos licitantes que
estabelecidos de forma expressa no instrumento
manifestem interesse em contestar o respectivo ato prazo
convocatório;
apto a lhes assegurar o exercício do direito ao contraditório
III - capacidade econômica e financeira; e à ampla defesa.
IV - recolhimento de quantia a título de adiantamento, § 4º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo aplica-
tratando-se de licitações em que se utilize como critério de se, no que couber, aos atos por meio dos quais se determine
julgamento a maior oferta de preço. a contratação direta.
§ 1º Quando o critério de julgamento utilizado for a maior SEÇÃO VII
oferta de preço, os requisitos de qualificação técnica e de DOS PROCEDIMENTOS AUXILIARES DAS LICITAÇÕES
capacidade econômica e financeira poderão ser
dispensados. Art. 63. São procedimentos auxiliares das licitações regidas
por esta Lei:
§ 2º Na hipótese do § 1º, reverterá a favor da empresa
pública ou da sociedade de economia mista o valor de I - pré-qualificação permanente;
quantia eventualmente exigida no instrumento II - cadastramento;
convocatório a título de adiantamento, caso o licitante não
efetue o restante do pagamento devido no prazo para tanto III - sistema de registro de preços;
estipulado. IV - catálogo eletrônico de padronização.

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Parágrafo único. Os procedimentos de que trata § 1º Poderá aderir ao sistema referido no caput qualquer
o caput deste artigo obedecerão a critérios claros e órgão ou entidade responsável pela execução das atividades
objetivos definidos em regulamento. contempladas no art. 1º desta Lei.
Art. 64. Considera-se pré-qualificação permanente o § 2º O registro de preços observará, entre outras, as
procedimento anterior à licitação destinado a identificar: seguintes condições:
I - fornecedores que reúnam condições de habilitação I - efetivação prévia de ampla pesquisa de mercado;
exigidas para o fornecimento de bem ou a execução de
II - seleção de acordo com os procedimentos previstos em
serviço ou obra nos prazos, locais e condições previamente
regulamento;
estabelecidos;
III - desenvolvimento obrigatório de rotina de controle e
II - bens que atendam às exigências técnicas e de qualidade
atualização periódicos dos preços registrados;
da administração pública.
IV - definição da validade do registro;
§ 1º O procedimento de pré-qualificação será público e
permanentemente aberto à inscrição de qualquer V - inclusão, na respectiva ata, do registro dos licitantes que
interessado. aceitarem cotar os bens ou serviços com preços iguais ao do
licitante vencedor na sequência da classificação do certame,
§ 2º A empresa pública e a sociedade de economia mista
assim como dos licitantes que mantiverem suas propostas
poderão restringir a participação em suas licitações a
originais.
fornecedores ou produtos pré-qualificados, nas condições
estabelecidas em regulamento. § 3º A existência de preços registrados não obriga a
administração pública a firmar os contratos que deles
§ 3º A pré-qualificação poderá ser efetuada nos grupos ou
poderão advir, sendo facultada a realização de licitação
segmentos, segundo as especialidades dos fornecedores.
específica, assegurada ao licitante registrado preferência
§ 4º A pré-qualificação poderá ser parcial ou total, contendo em igualdade de condições.
alguns ou todos os requisitos de habilitação ou técnicos
Art. 67. O catálogo eletrônico de padronização de compras,
necessários à contratação, assegurada, em qualquer
serviços e obras consiste em sistema informatizado, de
hipótese, a igualdade de condições entre os concorrentes.
gerenciamento centralizado, destinado a permitir a
§ 5º A pré-qualificação terá validade de 1 (um) ano, no padronização dos itens a serem adquiridos pela empresa
máximo, podendo ser atualizada a qualquer tempo. pública ou sociedade de economia mista que estarão
disponíveis para a realização de licitação.
§ 6º Na pré-qualificação aberta de produtos, poderá ser
exigida a comprovação de qualidade. Parágrafo único. O catálogo referido no caput poderá ser
utilizado em licitações cujo critério de julgamento seja o
§ 7º É obrigatória a divulgação dos produtos e dos
menor preço ou o maior desconto e conterá toda a
interessados que forem pré-qualificados.
documentação e todos os procedimentos da fase interna da
Art. 65. Os registros cadastrais poderão ser mantidos para licitação, assim como as especificações dos respectivos
efeito de habilitação dos inscritos em procedimentos objetos, conforme disposto em regulamento.
licitatórios e serão válidos por 1 (um) ano, no máximo,
CAPÍTULO II
podendo ser atualizados a qualquer tempo.
DOS CONTRATOS
§ 1º Os registros cadastrais serão amplamente divulgados e SEÇÃO I
ficarão permanentemente abertos para a inscrição de DA FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
interessados.
Art. 68. Os contratos de que trata esta Lei regulam-se pelas
§ 2º Os inscritos serão admitidos segundo requisitos suas cláusulas, pelo disposto nesta Lei e pelos preceitos de
previstos em regulamento. direito privado.
§ 3º A atuação do licitante no cumprimento de obrigações Art. 69. São cláusulas necessárias nos contratos
assumidas será anotada no respectivo registro cadastral. disciplinados por esta Lei:
§ 4º A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou I - o objeto e seus elementos característicos;
cancelado o registro do inscrito que deixar de satisfazer as
exigências estabelecidas para habilitação ou para admissão II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
cadastral. III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, a
Art. 66. O Sistema de Registro de Preços especificamente data-base e a periodicidade do reajustamento de preços e
destinado às licitações de que trata esta Lei reger-se-á pelo os critérios de atualização monetária entre a data do
disposto em decreto do Poder Executivo e pelas seguintes adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;
disposições:
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IV - os prazos de início de cada etapa de execução, de atualizada monetariamente na hipótese do inciso I do § 1º


conclusão, de entrega, de observação, quando for o caso, e deste artigo.
de recebimento;
Art. 71. A duração dos contratos regidos por esta Lei não
V - as garantias oferecidas para assegurar a plena execução excederá a 5 (cinco) anos, contados a partir de sua
do objeto contratual, quando exigidas, observado o celebração, exceto:
disposto no art. 68;
I - para projetos contemplados no plano de negócios e
VI - os direitos e as responsabilidades das partes, as investimentos da empresa pública ou da sociedade de
tipificações das infrações e as respectivas penalidades e economia mista;
valores das multas;
II - nos casos em que a pactuação por prazo superior a 5
VII - os casos de rescisão do contrato e os mecanismos para (cinco) anos seja prática rotineira de mercado e a imposição
alteração de seus termos; desse prazo inviabilize ou onere excessivamente a
realização do negócio.
VIII - a vinculação ao instrumento convocatório da
respectiva licitação ou ao termo que a dispensou ou a Parágrafo único. É vedado o contrato por prazo
inexigiu, bem como ao lance ou proposta do licitante indeterminado.
vencedor;
Art. 72. Os contratos regidos por esta Lei somente poderão
IX - a obrigação do contratado de manter, durante a ser alterados por acordo entre as partes, vedando-se ajuste
execução do contrato, em compatibilidade com as que resulte em violação da obrigação de licitar.
obrigações por ele assumidas, as condições de habilitação e
Art. 73. A redução a termo do contrato poderá ser
qualificação exigidas no curso do procedimento licitatório;
dispensada no caso de pequenas despesas de pronta
X - matriz de riscos. entrega e pagamento das quais não resultem obrigações
futuras por parte da empresa pública ou da sociedade de
§ 1º (VETADO).
economia mista.
§ 2º Nos contratos decorrentes de licitações de obras ou
Parágrafo único. O disposto no caput não prejudicará o
serviços de engenharia em que tenha sido adotado o modo
registro contábil exaustivo dos valores despendidos e a
de disputa aberto, o contratado deverá reelaborar e
exigência de recibo por parte dos respectivos destinatários.
apresentar à empresa pública ou à sociedade de economia
mista e às suas respectivas subsidiárias, por meio eletrônico, Art. 74. É permitido a qualquer interessado o conhecimento
as planilhas com indicação dos quantitativos e dos custos dos termos do contrato e a obtenção de cópia autenticada
unitários, bem como do detalhamento das Bonificações e de seu inteiro teor ou de qualquer de suas partes, admitida a
Despesas Indiretas (BDI) e dos Encargos Sociais (ES), com os exigência de ressarcimento dos custos, nos termos previstos
respectivos valores adequados ao lance vencedor, para fins na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 .
do disposto no inciso III do caput deste artigo.
Art. 75. A empresa pública e a sociedade de economia mista
Art. 70. Poderá ser exigida prestação de garantia nas convocarão o licitante vencedor ou o destinatário de
contratações de obras, serviços e compras. contratação com dispensa ou inexigibilidade de licitação
para assinar o termo de contrato, observados o prazo e as
§ 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes
condições estabelecidos, sob pena de decadência do direito
modalidades de garantia:
à contratação.
I - caução em dinheiro;
§ 1º O prazo de convocação poderá ser prorrogado 1 (uma)
II - seguro-garantia; vez, por igual período.
III - fiança bancária. § 2º É facultado à empresa pública ou à sociedade de
economia mista, quando o convocado não assinar o termo
§ 2º A garantia a que se refere o caput não excederá a 5%
de contrato no prazo e nas condições estabelecidos:
(cinco por cento) do valor do contrato e terá seu valor
atualizado nas mesmas condições nele estabelecidas, I - convocar os licitantes remanescentes, na ordem de
ressalvado o previsto no § 3º deste artigo. classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas
condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive
§ 3º Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto
quanto aos preços atualizados em conformidade com o
envolvendo complexidade técnica e riscos financeiros
instrumento convocatório;
elevados, o limite de garantia previsto no § 2º poderá ser
elevado para até 10% (dez por cento) do valor do contrato. II - revogar a licitação.
§ 4º A garantia prestada pelo contratado será liberada ou Art. 76. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover,
restituída após a execução do contrato, devendo ser reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em
parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios,
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defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de da preservação da identificação dos respectivos autores e da


materiais empregados, e responderá por danos causados responsabilidade técnica a eles atribuída.
diretamente a terceiros ou à empresa pública ou sociedade
SEÇÃO II
de economia mista, independentemente da comprovação
DA ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS
de sua culpa ou dolo na execução do contrato.
Art. 77. O contratado é responsável pelos encargos Art. 81. Os contratos celebrados nos regimes previstos nos
trabalhistas, fiscais e comerciais resultantes da execução do incisos I a V do art. 43 contarão com cláusula que estabeleça
contrato. a possibilidade de alteração, por acordo entre as partes, nos
seguintes casos:
§ 1º A inadimplência do contratado quanto aos encargos
trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à empresa I - quando houver modificação do projeto ou das
pública ou à sociedade de economia mista a especificações, para melhor adequação técnica aos seus
responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objetivos;
objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das II - quando necessária a modificação do valor contratual em
obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu
§ 2º (VETADO). objeto, nos limites permitidos por esta Lei;

Art. 78. O contratado, na execução do contrato, sem III - quando conveniente a substituição da garantia de
prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá execução;
subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o IV - quando necessária a modificação do regime de execução
limite admitido, em cada caso, pela empresa pública ou pela da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento,
sociedade de economia mista, conforme previsto no edital em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos
do certame. termos contratuais originários;
§ 1º A empresa subcontratada deverá atender, em relação V - quando necessária a modificação da forma de
ao objeto da subcontratação, as exigências de qualificação pagamento, por imposição de circunstâncias
técnica impostas ao licitante vencedor. supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a
§ 2º É vedada a subcontratação de empresa ou consórcio antecipação do pagamento, com relação ao cronograma
que tenha participado: financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de
fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;
I - do procedimento licitatório do qual se originou a
contratação; VI - para restabelecer a relação que as partes pactuaram
inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição
II - direta ou indiretamente, da elaboração de projeto básico da administração para a justa remuneração da obra, serviço
ou executivo. ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio
§ 3º As empresas de prestação de serviços técnicos econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de
especializados deverão garantir que os integrantes de seu sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de
corpo técnico executem pessoal e diretamente as consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos
obrigações a eles imputadas, quando a respectiva relação da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior,
for apresentada em procedimento licitatório ou em caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea
contratação direta. econômica extraordinária e extracontratual.

Art. 79. Na hipótese do § 6º do art. 54, quando não for gerada § 1º O contratado poderá aceitar, nas mesmas condições
a economia prevista no lance ou proposta, a diferença entre contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas
a economia contratada e a efetivamente obtida será obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento)
descontada da remuneração do contratado. do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular
de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de
Parágrafo único. Se a diferença entre a economia 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
contratada e a efetivamente obtida for superior à
remuneração do contratado, será aplicada a sanção prevista § 2º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os
no contrato, nos termos do inciso VI do caput do art. 69 limites estabelecidos no § 1º, salvo as supressões resultantes
desta Lei. de acordo celebrado entre os contratantes.

Art. 80. Os direitos patrimoniais e autorais de projetos ou § 3º Se no contrato não houverem sido contemplados preços
serviços técnicos especializados desenvolvidos por unitários para obras ou serviços, esses serão fixados
profissionais autônomos ou por empresas contratadas mediante acordo entre as partes, respeitados os limites
passam a ser propriedade da empresa pública ou sociedade estabelecidos no § 1º.
de economia mista que os tenha contratado, sem prejuízo § 4º No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o
contratado já houver adquirido os materiais e posto no local
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dos trabalhos, esses materiais deverão ser pagos pela II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou
empresa pública ou sociedade de economia mista pelos no contrato;
custos de aquisição regularmente comprovados e
III - suspensão temporária de participação em licitação e
monetariamente corrigidos, podendo caber indenização por
impedimento de contratar com a entidade sancionadora,
outros danos eventualmente decorrentes da supressão,
por prazo não superior a 2 (dois) anos.
desde que regularmente comprovados.
§ 1º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia
§ 5º A criação, a alteração ou a extinção de quaisquer
prestada, além da perda desta, responderá o contratado
tributos ou encargos legais, bem como a superveniência de
pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos
disposições legais, quando ocorridas após a data da
eventualmente devidos pela empresa pública ou pela
apresentação da proposta, com comprovada repercussão
sociedade de economia mista ou cobrada judicialmente.
nos preços contratados, implicarão a revisão destes para
mais ou para menos, conforme o caso. § 2º As sanções previstas nos incisos I e III do caput poderão
ser aplicadas juntamente com a do inciso II, devendo a
§ 6º Em havendo alteração do contrato que aumente os
defesa prévia do interessado, no respectivo processo, ser
encargos do contratado, a empresa pública ou a sociedade
apresentada no prazo de 10 (dez) dias úteis.
de economia mista deverá restabelecer, por aditamento, o
equilíbrio econômico-financeiro inicial. Art. 84. As sanções previstas no inciso III do art. 83 poderão
também ser aplicadas às empresas ou aos profissionais que,
§ 7º A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste
em razão dos contratos regidos por esta Lei:
de preços previsto no próprio contrato e as atualizações,
compensações ou penalizações financeiras decorrentes das I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por
condições de pagamento nele previstas, bem como o meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer
empenho de dotações orçamentárias suplementares até o tributos;
limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do
II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os
contrato e podem ser registrados por simples apostila,
objetivos da licitação;
dispensada a celebração de aditamento.
III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar com
§ 8º É vedada a celebração de aditivos decorrentes de
a empresa pública ou a sociedade de economia mista em
eventos supervenientes alocados, na matriz de riscos, como
virtude de atos ilícitos praticados.
de responsabilidade da contratada.
CAPÍTULO III
SEÇÃO III
DA FISCALIZAÇÃO PELO ESTADO E PELA SOCIEDADE
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
Art. 85. Os órgãos de controle externo e interno das 3 (três)
Art. 82. Os contratos devem conter cláusulas com sanções
esferas de governo fiscalizarão as empresas públicas e as
administrativas a serem aplicadas em decorrência de atraso
sociedades de economia mista a elas relacionadas, inclusive
injustificado na execução do contrato, sujeitando o
aquelas domiciliadas no exterior, quanto à legitimidade, à
contratado a multa de mora, na forma prevista no
economicidade e à eficácia da aplicação de seus recursos,
instrumento convocatório ou no contrato.
sob o ponto de vista contábil, financeiro, operacional e
§ 1º A multa a que alude este artigo não impede que a patrimonial.
empresa pública ou a sociedade de economia mista rescinda
§ 1º Para a realização da atividade fiscalizatória de que trata
o contrato e aplique as outras sanções previstas nesta Lei.
o caput , os órgãos de controle deverão ter acesso irrestrito
§ 2º A multa, aplicada após regular processo administrativo, aos documentos e às informações necessários à realização
será descontada da garantia do respectivo contratado. dos trabalhos, inclusive aqueles classificados como sigilosos
pela empresa pública ou pela sociedade de economia mista,
§ 3º Se a multa for de valor superior ao valor da garantia
nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 .
prestada, além da perda desta, responderá o contratado
pela sua diferença, a qual será descontada dos pagamentos § 2º O grau de confidencialidade será atribuído pelas
eventualmente devidos pela empresa pública ou pela empresas públicas e sociedades de economia mista no ato
sociedade de economia mista ou, ainda, quando for o caso, de entrega dos documentos e informações solicitados,
cobrada judicialmente. tornando-se o órgão de controle com o qual foi
compartilhada a informação sigilosa corresponsável pela
Art. 83. Pela inexecução total ou parcial do contrato a
manutenção do seu sigilo.
empresa pública ou a sociedade de economia mista poderá,
garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes § 3º Os atos de fiscalização e controle dispostos neste
sanções: Capítulo aplicar-se-ão, também, às empresas públicas e às
sociedades de economia mista de caráter e constituição
I - advertência;
transnacional no que se refere aos atos de gestão e
aplicação do capital nacional, independentemente de
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estarem incluídos ou não em seus respectivos atos e acordos financeira, orçamentária, patrimonial e operacional das
constitutivos. empresas públicas, das sociedades de economia mista e de
suas subsidiárias no Brasil e no exterior, obrigando-se, os
Art. 86. As informações das empresas públicas e das
jurisdicionados, à adoção das medidas corretivas
sociedades de economia mista relativas a licitações e
pertinentes que, em função desse exame, lhes forem
contratos, inclusive aqueles referentes a bases de preços,
determinadas.
constarão de bancos de dados eletrônicos atualizados e com
acesso em tempo real aos órgãos de controle competentes. Art. 88. As empresas públicas e as sociedades de economia
mista deverão disponibilizar para conhecimento público,
§ 1º As demonstrações contábeis auditadas da empresa
por meio eletrônico, informação completa mensalmente
pública e da sociedade de economia mista serão
atualizada sobre a execução de seus contratos e de seu
disponibilizadas no sítio eletrônico da empresa ou da
orçamento, admitindo-se retardo de até 2 (dois) meses na
sociedade na internet, inclusive em formato eletrônico
divulgação das informações.
editável.
§ 1º A disponibilização de informações contratuais
§ 2º As atas e demais expedientes oriundos de reuniões,
referentes a operações de perfil estratégico ou que tenham
ordinárias ou extraordinárias, dos conselhos de
por objeto segredo industrial receberá proteção mínima
administração ou fiscal das empresas públicas e das
necessária para lhes garantir confidencialidade.
sociedades de economia mista, inclusive gravações e
filmagens, quando houver, deverão ser disponibilizados § 2º O disposto no § 1º não será oponível à fiscalização dos
para os órgãos de controle sempre que solicitados, no órgãos de controle interno e do tribunal de contas, sem
âmbito dos trabalhos de auditoria. prejuízo da responsabilização administrativa, civil e penal do
servidor que der causa à eventual divulgação dessas
§ 3º O acesso dos órgãos de controle às informações
informações.
referidas no caput e no § 2º será restrito e individualizado.
Art. 89. O exercício da supervisão por vinculação da empresa
§ 4º As informações que sejam revestidas de sigilo bancário,
pública ou da sociedade de economia mista, pelo órgão a
estratégico, comercial ou industrial serão assim
que se vincula, não pode ensejar a redução ou a supressão
identificadas, respondendo o servidor administrativa, civil e
da autonomia conferida pela lei específica que autorizou a
penalmente pelos danos causados à empresa pública ou à
criação da entidade supervisionada ou da autonomia
sociedade de economia mista e a seus acionistas em razão
inerente a sua natureza, nem autoriza a ingerência do
de eventual divulgação indevida.
supervisor em sua administração e funcionamento, devendo
§ 5º Os critérios para a definição do que deve ser a supervisão ser exercida nos limites da legislação aplicável.
considerado sigilo estratégico, comercial ou industrial serão
Art. 90. As ações e deliberações do órgão ou ente de
estabelecidos em regulamento.
controle não podem implicar interferência na gestão das
Art. 87. O controle das despesas decorrentes dos contratos empresas públicas e das sociedades de economia mista a ele
e demais instrumentos regidos por esta Lei será feito pelos submetidas nem ingerência no exercício de suas
órgãos do sistema de controle interno e pelo tribunal de competências ou na definição de políticas públicas.
contas competente, na forma da legislação pertinente,
TÍTULO III
ficando as empresas públicas e as sociedades de economia
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
mista responsáveis pela demonstração da legalidade e da
regularidade da despesa e da execução, nos termos da Art. 91. A empresa pública e a sociedade de economia mista
Constituição. constituídas anteriormente à vigência desta Lei deverão, no
§ 1º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital prazo de 24 (vinte e quatro) meses, promover as adaptações
de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, necessárias à adequação ao disposto nesta Lei.
devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da § 1º A sociedade de economia mista que tiver capital
data fixada para a ocorrência do certame, devendo a fechado na data de entrada em vigor desta Lei poderá,
entidade julgar e responder à impugnação em até 3 (três) observado o prazo estabelecido no caput , ser transformada
dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 2º. em empresa pública, mediante resgate, pela empresa, da
§ 2º Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou totalidade das ações de titularidade de acionistas privados,
jurídica poderá representar ao tribunal de contas ou aos com base no valor de patrimônio líquido constante do
órgãos integrantes do sistema de controle interno contra último balanço aprovado pela assembleia-geral.
irregularidades na aplicação desta Lei, para os fins do § 2º (VETADO).
disposto neste artigo.
§ 3º Permanecem regidos pela legislação anterior
§ 3º Os tribunais de contas e os órgãos integrantes do procedimentos licitatórios e contratos iniciados ou
sistema de controle interno poderão solicitar para exame, a celebrados até o final do prazo previsto no caput .
qualquer tempo, documentos de natureza contábil,
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Art. 92. O Registro Público de Empresas Mercantis e


Atividades Afins manterá banco de dados público e gratuito, Lei nº 11.107/2005
disponível na internet, contendo a relação de todas as
empresas públicas e as sociedades de economia mista. Dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios
públicos e dá outras providências.
Parágrafo único. É a União proibida de realizar transferência
voluntária de recursos a Estados, ao Distrito Federal e a O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Municípios que não fornecerem ao Registro Público de Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Empresas Mercantis e Atividades Afins as informações Art. 1º Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os
relativas às empresas públicas e às sociedades de economia Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem
mista a eles vinculadas. consórcios públicos para a realização de objetivos de
Art. 93. As despesas com publicidade e patrocínio da interesse comum e dá outras providências.
empresa pública e da sociedade de economia mista não § 1º O consórcio público constituirá associação pública ou
ultrapassarão, em cada exercício, o limite de 0,5% (cinco pessoa jurídica de direito privado.
décimos por cento) da receita operacional bruta do exercício
anterior. § 2º A União somente participará de consórcios públicos em
que também façam parte todos os Estados em cujos
§ 1º O limite disposto no caput poderá ser ampliado, até o territórios estejam situados os Municípios consorciados.
limite de 2% (dois por cento) da receita bruta do exercício
anterior, por proposta da diretoria da empresa pública ou da § 3º Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão
sociedade de economia mista justificada com base em obedecer aos princípios, diretrizes e normas que regulam o
parâmetros de mercado do setor específico de atuação da Sistema Único de Saúde – SUS.
empresa ou da sociedade e aprovada pelo respectivo Art. 2º Os objetivos dos consórcios públicos serão
Conselho de Administração. determinados pelos entes da Federação que se
§ 2º É vedado à empresa pública e à sociedade de economia consorciarem, observados os limites constitucionais.
mista realizar, em ano de eleição para cargos do ente § 1º Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio
federativo a que sejam vinculadas, despesas com público poderá:
publicidade e patrocínio que excedam a média dos gastos
nos 3 (três) últimos anos que antecedem o pleito ou no I – firmar convênios, contratos, acordos de qualquer
último ano imediatamente anterior à eleição. natureza, receber auxílios, contribuições e subvenções
sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do
Art. 94. Aplicam-se à empresa pública, à sociedade de governo;
economia mista e às suas subsidiárias as sanções previstas
na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013 , salvo as previstas II – nos termos do contrato de consórcio de direito público,
nos incisos II, III e IV do caput do art. 19 da referida Lei . promover desapropriações e instituir servidões nos termos
de declaração de utilidade ou necessidade pública, ou
Art. 95. A estratégia de longo prazo prevista no art. interesse social, realizada pelo Poder Público; e
23 deverá ser aprovada em até 180 (cento e oitenta) dias da
data de publicação da presente Lei. III – ser contratado pela administração direta ou indireta dos
entes da Federação consorciados, dispensada a licitação.
Art. 96. Revogam-se:
§ 2º Os consórcios públicos poderão emitir documentos de
I - o § 2º do art. 15 da Lei nº 3.890-A, de 25 de abril de 1961 , cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas e
com a redação dada pelo art. 19 da Lei nº 11.943, de 28 de outros preços públicos pela prestação de serviços ou pelo
maio de 2009; uso ou outorga de uso de bens públicos por eles
II - os arts. 67 e 68 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997 . administrados ou, mediante autorização específica, pelo
ente da Federação consorciado.
Art. 97. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
§ 3º Os consórcios públicos poderão outorgar concessão,
Brasília, 30 de junho de 2016; 195º da Independência e 128º permissão ou autorização de obras ou serviços públicos
da República. mediante autorização prevista no contrato de consórcio
MICHEL TEMER público, que deverá indicar de forma específica o objeto da
Alexandre de Moraes concessão, permissão ou autorização e as condições a que
Henrique Meirelles deverá atender, observada a legislação de normas gerais em
Dyogo Henrique de Oliveira vigor.

Este texto não substitui o publicado no DOU de 1º.7.2016 Art. 3º O consórcio público será constituído por contrato
cuja celebração dependerá da prévia subscrição de
protocolo de intenções.

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Art. 4º São cláusulas necessárias do protocolo de intenções § 1º Para os fins do inciso III do caput deste artigo, considera-
as que estabeleçam: se como área de atuação do consórcio público,
independentemente de figurar a União como consorciada, a
I – a denominação, a finalidade, o prazo de duração e a sede
que corresponde à soma dos territórios:
do consórcio;
I – dos Municípios, quando o consórcio público for
II – a identificação dos entes da Federação consorciados;
constituído somente por Municípios ou por um Estado e
III – a indicação da área de atuação do consórcio; Municípios com territórios nele contidos;
IV – a previsão de que o consórcio público é associação II – dos Estados ou dos Estados e do Distrito Federal, quando
pública ou pessoa jurídica de direito privado sem fins o consórcio público for, respectivamente, constituído por
econômicos; mais de 1 (um) Estado ou por 1 (um) ou mais Estados e o
Distrito Federal;
V – os critérios para, em assuntos de interesse comum,
autorizar o consórcio público a representar os entes da III – (VETADO)
Federação consorciados perante outras esferas de governo;
IV – dos Municípios e do Distrito Federal, quando o consórcio
VI – as normas de convocação e funcionamento da for constituído pelo Distrito Federal e os Municípios; e
assembléia geral, inclusive para a elaboração, aprovação e
V – (VETADO)
modificação dos estatutos do consórcio público;
§ 2º O protocolo de intenções deve definir o número de
VII – a previsão de que a assembléia geral é a instância
votos que cada ente da Federação consorciado possui na
máxima do consórcio público e o número de votos para as
assembléia geral, sendo assegurado 1 (um) voto a cada ente
suas deliberações;
consorciado.
VIII – a forma de eleição e a duração do mandato do
§ 3º É nula a cláusula do contrato de consórcio que preveja
representante legal do consórcio público que,
determinadas contribuições financeiras ou econômicas de
obrigatoriamente, deverá ser Chefe do Poder Executivo de
ente da Federação ao consórcio público, salvo a doação,
ente da Federação consorciado;
destinação ou cessão do uso de bens móveis ou imóveis e as
IX – o número, as formas de provimento e a remuneração transferências ou cessões de direitos operadas por força de
dos empregados públicos, bem como os casos de gestão associada de serviços públicos.
contratação por tempo determinado para atender a
§ 4º Os entes da Federação consorciados, ou os com eles
necessidade temporária de excepcional interesse público;
conveniados, poderão ceder-lhe servidores, na forma e
X – as condições para que o consórcio público celebre condições da legislação de cada um.
contrato de gestão ou termo de parceria;
§ 5º O protocolo de intenções deverá ser publicado na
XI – a autorização para a gestão associada de serviços imprensa oficial.
públicos, explicitando:
Art. 5º O contrato de consórcio público será celebrado com
a) as competências cujo exercício se transferiu ao consórcio a ratificação, mediante lei, do protocolo de intenções.
público;
§ 1º O contrato de consórcio público, caso assim preveja
b) os serviços públicos objeto da gestão associada e a área cláusula, pode ser celebrado por apenas 1 (uma) parcela dos
em que serão prestados; entes da Federação que subscreveram o protocolo de
intenções.
c) a autorização para licitar ou outorgar concessão,
permissão ou autorização da prestação dos serviços; § 2º A ratificação pode ser realizada com reserva que, aceita
pelos demais entes subscritores, implicará consorciamento
d) as condições a que deve obedecer o contrato de
parcial ou condicional.
programa, no caso de a gestão associada envolver também
a prestação de serviços por órgão ou entidade de um dos § 3º A ratificação realizada após 2 (dois) anos da subscrição
entes da Federação consorciados; do protocolo de intenções dependerá de homologação da
assembléia geral do consórcio público.
e) os critérios técnicos para cálculo do valor das tarifas e de
outros preços públicos, bem como para seu reajuste ou § 4º É dispensado da ratificação prevista no caput deste
revisão; e artigo o ente da Federação que, antes de subscrever o
protocolo de intenções, disciplinar por lei a sua participação
XII – o direito de qualquer dos contratantes, quando
no consórcio público.
adimplente com suas obrigações, de exigir o pleno
cumprimento das cláusulas do contrato de consórcio Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:
público.

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I – de direito público, no caso de constituir associação Parágrafo único. O consórcio público está sujeito à
pública, mediante a vigência das leis de ratificação do fiscalização contábil, operacional e patrimonial pelo
protocolo de intenções; Tribunal de Contas competente para apreciar as contas do
Chefe do Poder Executivo representante legal do consórcio,
II – de direito privado, mediante o atendimento dos
inclusive quanto à legalidade, legitimidade e economicidade
requisitos da legislação civil.
das despesas, atos, contratos e renúncia de receitas, sem
§ 1º O consórcio público com personalidade jurídica de prejuízo do controle externo a ser exercido em razão de cada
direito público integra a administração indireta de todos os um dos contratos de rateio.
entes da Federação consorciados.
Art. 10. (VETADO)
§ 2º O consórcio público, com personalidade jurídica de
Parágrafo único. Os agentes públicos incumbidos da gestão
direito público ou privado, observará as normas de direito
de consórcio não responderão pessoalmente pelas
público no que concerne à realização de licitação, à
obrigações contraídas pelo consórcio público, mas
celebração de contratos, à prestação de contas e à admissão
responderão pelos atos praticados em desconformidade
de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do
com a lei ou com as disposições dos respectivos estatutos.
Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º
de maio de 1943. (Redação dada pela Lei nº 13.822, de 2019) Art. 11. A retirada do ente da Federação do consórcio
público dependerá de ato formal de seu representante na
Art. 7º Os estatutos disporão sobre a organização e o
assembléia geral, na forma previamente disciplinada por lei.
funcionamento de cada um dos órgãos constitutivos do
consórcio público. § 1º Os bens destinados ao consórcio público pelo
consorciado que se retira somente serão revertidos ou
Art. 8º Os entes consorciados somente entregarão recursos
retrocedidos no caso de expressa previsão no contrato de
ao consórcio público mediante contrato de rateio.
consórcio público ou no instrumento de transferência ou de
§ 1º O contrato de rateio será formalizado em cada exercício alienação.
financeiro e seu prazo de vigência não será superior ao das
§ 2º A retirada ou a extinção do consórcio público não
dotações que o suportam, com exceção dos contratos que
prejudicará as obrigações já constituídas, inclusive os
tenham por objeto exclusivamente projetos consistentes
contratos de programa, cuja extinção dependerá do prévio
em programas e ações contemplados em plano plurianual
pagamento das indenizações eventualmente devidas.
ou a gestão associada de serviços públicos custeados por
tarifas ou outros preços públicos. Art. 12. A alteração ou a extinção de contrato de consórcio
público dependerá de instrumento aprovado pela
§ 2º É vedada a aplicação dos recursos entregues por meio
assembléia geral, ratificado mediante lei por todos os entes
de contrato de rateio para o atendimento de despesas
consorciados.
genéricas, inclusive transferências ou operações de crédito.
§ 1º Os bens, direitos, encargos e obrigações decorrentes da
§ 3º Os entes consorciados, isolados ou em conjunto, bem
gestão associada de serviços públicos custeados por tarifas
como o consórcio público, são partes legítimas para exigir o
ou outra espécie de preço público serão atribuídos aos
cumprimento das obrigações previstas no contrato de
titulares dos respectivos serviços.
rateio.
§ 2º Até que haja decisão que indique os responsáveis por
§ 4º Com o objetivo de permitir o atendimento dos
cada obrigação, os entes consorciados responderão
dispositivos da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de
solidariamente pelas obrigações remanescentes,
2000, o consórcio público deve fornecer as informações
garantindo o direito de regresso em face dos entes
necessárias para que sejam consolidadas, nas contas dos
beneficiados ou dos que deram causa à obrigação.
entes consorciados, todas as despesas realizadas com os
recursos entregues em virtude de contrato de rateio, de Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por contrato de
forma que possam ser contabilizadas nas contas de cada programa, como condição de sua validade, as obrigações
ente da Federação na conformidade dos elementos que um ente da Federação constituir para com outro ente da
econômicos e das atividades ou projetos atendidos. Federação ou para com consórcio público no âmbito de
gestão associada em que haja a prestação de serviços
§ 5º Poderá ser excluído do consórcio público, após prévia
públicos ou a transferência total ou parcial de encargos,
suspensão, o ente consorciado que não consignar, em sua lei
serviços, pessoal ou de bens necessários à continuidade dos
orçamentária ou em créditos adicionais, as dotações
serviços transferidos.
suficientes para suportar as despesas assumidas por meio de
contrato de rateio. § 1º O contrato de programa deverá:
Art. 9º A execução das receitas e despesas do consórcio I – atender à legislação de concessões e permissões de
público deverá obedecer às normas de direito financeiro serviços públicos e, especialmente no que se refere ao
aplicáveis às entidades públicas.

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cálculo de tarifas e de outros preços públicos, à de regulação descentralização e a prestação de políticas públicas em
dos serviços a serem prestados; e escalas adequadas.
II – prever procedimentos que garantam a transparência da Parágrafo único. Para a celebração dos convênios de que
gestão econômica e financeira de cada serviço em relação a trata o caput deste artigo, as exigências legais de
cada um de seus titulares. regularidade aplicar-se-ão ao próprio consórcio público
envolvido, e não aos entes federativos nele consorciados.
§ 2º No caso de a gestão associada originar a transferência
(Incluído pela Lei nº 13.821, de 2019)
total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens
essenciais à continuidade dos serviços transferidos, o Art. 15. No que não contrariar esta Lei, a organização e
contrato de programa, sob pena de nulidade, deverá conter funcionamento dos consórcios públicos serão disciplinados
cláusulas que estabeleçam: pela legislação que rege as associações civis.
I – os encargos transferidos e a responsabilidade subsidiária Art. 16. O inciso IV do art. 41 da Lei nº 10.406, de 10 de
da entidade que os transferiu; janeiro de 2002 - Código Civil, passa a vigorar com a
seguinte redação:
II – as penalidades no caso de inadimplência em relação aos
encargos transferidos; "Art. 41.
III – o momento de transferência dos serviços e os deveres IV – as autarquias, inclusive as associações públicas;
relativos a sua continuidade;
." (NR)
IV – a indicação de quem arcará com o ônus e os passivos do
Art. 17. Os arts. 23, 24, 26 e 112 da Lei no 8.666, de 21 de
pessoal transferido;
junho de 1993, passam a vigorar com a seguinte redação:
V – a identificação dos bens que terão apenas a sua gestão e
"Art. 23.
administração transferidas e o preço dos que sejam
efetivamente alienados ao contratado; § 8º No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos
valores mencionados no caput deste artigo quando formado
VI – o procedimento para o levantamento, cadastro e
por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando
avaliação dos bens reversíveis que vierem a ser amortizados
formado por maior número." (NR)
mediante receitas de tarifas ou outras emergentes da
prestação dos serviços. "Art. 24.
§ 3º É nula a cláusula de contrato de programa que atribuir XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da
ao contratado o exercício dos poderes de planejamento, Federação ou com entidade de sua administração indireta,
regulação e fiscalização dos serviços por ele próprio para a prestação de serviços públicos de forma associada
prestados. nos termos do autorizado em contrato de consórcio público
ou em convênio de cooperação.
§ 4º O contrato de programa continuará vigente mesmo
quando extinto o consórcio público ou o convênio de Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II do
cooperação que autorizou a gestão associada de serviços caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para
públicos. compras, obras e serviços contratados por consórcios
públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e
§ 5º Mediante previsão do contrato de consórcio público, ou
por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei,
de convênio de cooperação, o contrato de programa poderá
como Agências Executivas." (NR)
ser celebrado por entidades de direito público ou privado
que integrem a administração indireta de qualquer dos "Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no
entes da Federação consorciados ou conveniados. inciso III e seguintes do art. 24, as situações de
inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente
§ 6º O contrato celebrado na forma prevista no § 5º deste
justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo
artigo será automaticamente extinto no caso de o
único do art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro
contratado não mais integrar a administração indireta do
de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e
ente da Federação que autorizou a gestão associada de
publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias,
serviços públicos por meio de consórcio público ou de
como condição para a eficácia dos atos.
convênio de cooperação.
." (NR)
§ 7º Excluem-se do previsto no caput deste artigo as
obrigações cujo descumprimento não acarrete qualquer "Art. 112.
ônus, inclusive financeiro, a ente da Federação ou a
§ 1º Os consórcios públicos poderão realizar licitação da
consórcio público.
qual, nos termos do edital, decorram contratos
Art. 14. A União poderá celebrar convênios com os administrativos celebrados por órgãos ou entidades dos
consórcios públicos, com o objetivo de viabilizar a entes da Federação consorciados.
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§ 2º É facultado à entidade interessada o acompanhamento Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e


da licitação e da execução do contrato." (NR) responsabilidades previstas na estrutura organizacional que
devem ser cometidas a um servidor.
Art. 18. O art. 10 da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992,
passa a vigorar acrescido dos seguintes incisos: Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os
brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e
"Art. 10.
vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por caráter efetivo ou em comissão.
objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão
Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os
associada sem observar as formalidades previstas na lei;
casos previstos em lei.
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem
TÍTULO II
suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar
DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO,
as formalidades previstas na lei." (NR)
REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO
Art. 19. O disposto nesta Lei não se aplica aos convênios de CAPÍTULO I
cooperação, contratos de programa para gestão associada DO PROVIMENTO
de serviços públicos ou instrumentos congêneres, que
SEÇÃO I
tenham sido celebrados anteriormente a sua vigência.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 20. O Poder Executivo da União regulamentará o
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo
disposto nesta Lei, inclusive as normas gerais de
público:
contabilidade pública que serão observadas pelos
consórcios públicos para que sua gestão financeira e I - a nacionalidade brasileira;
orçamentária se realize na conformidade dos pressupostos
II - o gozo dos direitos políticos;
da responsabilidade fiscal.
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
Brasília, 6 de abril de 2005; 184º da Independência e 117º da
República. V - a idade mínima de dezoito anos;
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA VI - aptidão física e mental.
Márcio Thomaz Bastos § 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de
outros requisitos estabelecidos em lei.
Antonio Palocci Filho
§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o
Humberto Sérgio Costa Lima
direito de se inscrever em concurso público para provimento
Nelson Machado de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a
deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão
José Dirceu de Oliveira e Silva
reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas
no concurso.
Lei nº 8.112/1990
§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos tecnológica federais poderão prover seus cargos com
civis da União, das autarquias e das fundações públicas professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo
federais. com as normas e os procedimentos desta Lei.(Incluído pela
Lei nº 9.515, de 20.11.97)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante
ato da autoridade competente de cada Poder.
TÍTULO I
CAPÍTULO ÚNICO Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES posse.

Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Art. 8º São formas de provimento de cargo público:
Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em I - nomeação;
regime especial, e das fundações públicas federais.
II - promoção;
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa
III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
legalmente investida em cargo público.
IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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V - readaptação; § 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver


candidato aprovado em concurso anterior com prazo de
VI - reversão;
validade não expirado.
VII - aproveitamento;
SEÇÃO IV
VIII - reintegração; DA POSSE E DO EXERCÍCIO
IX - recondução. Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo
SEÇÃO II termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres,
DA NOMEAÇÃO as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo
ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente,
Art. 9º A nomeação far-se-á: por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício
previstos em lei.
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de
provimento efetivo ou de carreira; § 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da
publicação do ato de provimento.(Redação dada pela Lei nº
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para
9.527, de 10.12.97)
cargos de confiança vagos. (Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97) § 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de
publicação do ato de provimento, em licença prevista nos
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em
incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos
comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para
incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do
ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança,
art. 102, o prazo será contado do término do
sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa,
impedimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
hipótese em que deverá optar pela remuneração de um
10.12.97)
deles durante o período da interinidade. (Redação dada
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado § 4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por
de provimento efetivo depende de prévia habilitação em nomeação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
concurso público de provas ou de provas e títulos,
§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de
obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua
bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração
validade.
quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o função pública.
desenvolvimento do servidor na carreira, mediante
§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse
promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes
não ocorrer no prazo previsto no § 1º deste artigo.
do sistema de carreira na Administração Pública Federal e
seus regulamentos.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia
10.12.97) inspeção médica oficial.
SEÇÃO III Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for
DO CONCURSO PÚBLICO julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições
podendo ser realizado em duas etapas, conforme do cargo público ou da função de confiança.(Redação dada
dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
carreira, condicionada a inscrição do candidato ao § 1º É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em
pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável cargo público entrar em exercício, contados da data da
ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele posse.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
expressamente previstas.(Redação dada pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97) (Regulamento) § 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado
sem efeito o ato de sua designação para função de
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos
anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual neste artigo, observado o disposto no art. 18.(Redação dada
período. pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua § 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para
realização serão fixados em edital, que será publicado no onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe
Diário Oficial da União e em jornal diário de grande exercício. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
circulação.

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§ 4º O início do exercício de função de confiança coincidirá I - assiduidade;


com a data de publicação do ato de designação, salvo
II - disciplina;
quando o servidor estiver em licença ou afastado por
qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no III - capacidade de iniciativa;
primeiro dia útil após o término do impedimento, que não
IV - produtividade;
poderá exceder a trinta dias da publicação.(Incluído pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97) V- responsabilidade.
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do § 1º 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio
exercício serão registrados no assentamento individual do probatório, será submetida à homologação da autoridade
servidor. competente a avaliação do desempenho do servidor,
realizada por comissão constituída para essa finalidade, de
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor
acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da
apresentará ao órgão competente os elementos necessários
respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade
ao seu assentamento individual.
de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.784, de
que é contado no novo posicionamento na carreira a partir 2008
da data de publicação do ato que promover o
§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será
servidor.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro anteriormente ocupado, observado o disposto no
município em razão de ter sido removido, redistribuído, parágrafo único do art. 29.
requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no
§ 3º O servidor em estágio probatório poderá exercer
mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da
quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de
publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho
direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de
das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo
lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou
necessário para o deslocamento para a nova
entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos
sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
de provimento em comissão do Grupo-Direção e
§ 1º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou
afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será equivalentes.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
contado a partir do término do impedimento. (Parágrafo
§ 4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão
renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos
§ 2º É facultado ao servidor declinar dos prazos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento
estabelecidos no caput. (Incluído pela Lei nº 9.527, de para participar de curso de formação decorrente de
10.12.97) aprovação em concurso para outro cargo na Administração
Pública Federal.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada
em razão das atribuições pertinentes aos respectivos § 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as
cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1º, 86
de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de
de seis horas e oito horas diárias, respectivamente.(Redação formação, e será retomado a partir do término do
dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) impedimento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou função de SEÇÃO V
confiança submete-se a regime de integral dedicação ao DA ESTABILIDADE
serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser
convocado sempre que houver interesse da Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e
Administração.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá
estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica a duração de efetivo exercício. (prazo 3 anos - vide EMC nº 19)
trabalho estabelecida em leis especiais.(Incluído pela Lei nº
8.270, de 17.12.91) Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de
sentença judicial transitada em julgado ou de processo
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla
cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio defesa.
probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses,
durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de
avaliação para o desempenho do cargo, observados os
seguinte fatores: (vide EMC nº 19)
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SEÇÃO VI ocorrência de vaga. (Incluído pela Medida Provisória nº


DA TRANSFERÊNCIA 2.225-45, de 4.9.2001)

Art. 23. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 4º O servidor que retornar à atividade por interesse da
administração perceberá, em substituição aos proventos da
SEÇÃO VII aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a
DA READAPTAÇÃO exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo percebia anteriormente à aposentadoria.(Incluído pela
de atribuições e responsabilidades compatíveis com a Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou § 5º O servidor de que trata o inciso II somente terá os
mental verificada em inspeção médica. proventos calculados com base nas regras atuais se
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o permanecer pelo menos cinco anos no cargo. (Incluído
readaptando será aposentado. pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições § 6º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste
afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade artigo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência 4.9.2001)
de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como Art. 26.(Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
excedente, até a ocorrência de vaga.(Redação dada pela Lei 4.9.2001)
nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver
SEÇÃO VIII completado 70 (setenta) anos de idade.
DA REVERSÃO
SEÇÃO IX
(REGULAMENTO DEC. Nº 3.644, DE 30.11.2000)
DA REINTEGRAÇÃO
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor
aposentado: (Redação dada pela Medida Provisória nº Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável
2.225-45, de 4.9.2001) no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de
sua transformação, quando invalidada a sua demissão por
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de
insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou (Incluído todas as vantagens.
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará
II - no interesse da administração, desde que: (Incluído pela em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual
a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela Medida ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda,
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; (Incluído pela posto em disponibilidade.
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) SEÇÃO X
c) estável quando na atividade;(Incluído pela Medida DA RECONDUÇÃO
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:
à solicitação; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
de 4.9.2001)
II - reintegração do anterior ocupante.
e) haja cargo vago.(Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001) Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de
origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o
§ 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo disposto no art. 30.
resultante de sua transformação. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) SEÇÃO XI
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO
§ 2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será
considerado para concessão da aposentadoria.(Incluído Art. 30. O retorno à atividade de servidor em
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento
obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos
§ 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o
compatíveis com o anteriormente ocupado.
servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a

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Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil CAPÍTULO III


determinará o imediato aproveitamento de servidor em DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO
disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou SEÇÃO I
entidades da Administração Pública Federal. DA REMOÇÃO
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3º do art. 37, o Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido
servidor posto em disponibilidade poderá ser mantido sob ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem
responsabilidade do órgão central do Sistema de Pessoal mudança de sede.
Civil da Administração Federal - SIPEC, até o seu adequado
aproveitamento em outro órgão ou entidade. (Parágrafo Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo,
incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) entende-se por modalidades de remoção: (Redação dada
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e
cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em I - de ofício, no interesse da Administração; (Incluído pela
exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta Lei nº 9.527, de 10.12.97)
médica oficial. II - a pedido, a critério da Administração; (Incluído pela Lei
CAPÍTULO II nº 9.527, de 10.12.97)
DA VACÂNCIA III - a pedido, para outra localidade, independentemente do
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: interesse da Administração:(Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
I - exoneração;
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também
II - demissão; servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da
III - promoção; União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
que foi deslocado no interesse da Administração;(Incluído
IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V -(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro
VI - readaptação; ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu
assentamento funcional, condicionada à comprovação por
VII - aposentadoria; junta médica oficial; (Incluído pela Lei nº 9.527, de
VIII - posse em outro cargo inacumulável; 10.12.97)

IX - falecimento. c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese


em que o número de interessados for superior ao número de
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão
servidor, ou de ofício. ou entidade em que aqueles estejam lotados. (Incluído
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I - quando não satisfeitas as condições do estágio SEÇÃO II


probatório; DA REDISTRIBUIÇÃO

II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de
exercício no prazo estabelecido. provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro
geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo
Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de Poder, com prévia apreciação do órgão central do
função de confiança dar-se-á: (Redação dada pela Lei nº SIPEC, observados os seguintes preceitos: (Redação
9.527, de 10.12.97) dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - a juízo da autoridade competente; I - interesse da administração; (Incluído pela Lei nº 9.527,
II - a pedido do próprio servidor. de 10.12.97)
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de II - equivalência de vencimentos; (Incluído pela Lei nº
10.12.97) 9.527, de 10.12.97)
III - manutenção da essência das atribuições do
cargo;(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e
complexidade das atividades; (Incluído pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97)

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V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou TÍTULO III


habilitação profissional; (Incluído pela Lei nº 9.527, de DOS DIREITOS E VANTAGENS
10.12.97) CAPÍTULO I
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
finalidades institucionais do órgão ou entidade.(Incluído Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) exercício de cargo público, com valor fixado em lei.
§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de Parágrafo único. (Revogado pela Medida Provisória nº 431,
lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, de 2008).(Revogado pela Lei nº 11.784, de 2008)
inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de
órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo,
acrescido das vantagens pecuniárias permanentes
§ 2º A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará estabelecidas em lei.
mediante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os
órgãos e entidades da Administração Pública Federal § 1º A remuneração do servidor investido em função ou
envolvidos.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) cargo em comissão será paga na forma prevista no art. 62.

§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou § 2º O servidor investido em cargo em comissão de órgão
entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade ou entidade diversa da de sua lotação receberá
no órgão ou entidade, o servidor estável que não for a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1º do
redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu art. 93.
aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. § 3º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das
§ 4º O servidor que não for redistribuído ou colocado em vantagens de caráter permanente, é irredutível.
disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do § 4º É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos
órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou
órgão ou entidade, até seu adequado entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens
aproveitamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de
CAPÍTULO IV trabalho.
DA SUBSTITUIÇÃO § 5º Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de salário mínimo. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a
Especial terão substitutos indicados no regimento interno título de remuneração, importância superior à soma dos
ou, no caso de omissão, previamente designados pelo valores percebidos como remuneração, em espécie, a
dirigente máximo do órgão ou entidade. (Redação dada qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e
§ 1º O substituto assumirá automática e cumulativamente, Ministros do Supremo Tribunal Federal.
sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as
função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61.
afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do
titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá Art. 43. (Revogado pela Lei nº 9.624, de 2.4.98) (Vide
optar pela remuneração de um deles durante o respectivo Lei nº 9.624, de 2.4.98)
período. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 44. O servidor perderá:
§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem
cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de motivo justificado;(Redação dada pela Lei nº 9.527, de
Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou 10.12.97)
impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias
consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos
substituição, que excederem o referido período. (Redação atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as concessões de
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese
de compensação de horário, até o mês subseqüente ao da
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares ocorrência, a ser estabelecida pela chefia
de unidades administrativas organizadas em nível de imediata. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
assessoria.
Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso
fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a

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critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como casos de prestação de alimentos resultante de decisão
efetivo exercício.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) judicial.
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, CAPÍTULO II
nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou DAS VANTAGENS
provento. (Vide Decreto nº 1.502, de 1995) (Vide
Decreto nº 1.903, de 1996)(Vide Decreto nº 2.065, de Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor
1996) (Regulamento) (Regulamento) as seguintes vantagens:

§ 1º Mediante autorização do servidor, poderá haver I - indenizações;


consignação em folha de pagamento em favor de terceiros, II - gratificações;
a critério da administração e com reposição de custos, na
forma definida em regulamento. (Redação dada pela Lei III - adicionais.
nº 13.172, de 2015) § 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou
§ 2º O total de consignações facultativas de que trata o § provento para qualquer efeito.
1º não excederá a 35% (trinta e cinco por cento) da § 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao
remuneração mensal, sendo 5% (cinco por cento) vencimento ou provento, nos casos e condições indicados
reservados exclusivamente para: (Redação dada pela Lei em lei.
nº 13.172, de 2015)
Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas,
I - a amortização de despesas contraídas por meio de cartão nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer
de crédito; ou(Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015) outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo
II - a utilização com a finalidade de saque por meio do cartão título ou idêntico fundamento.
de crédito.(Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015) Seção I
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas Das Indenizações
até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao
servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:
pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser I - ajuda de custo;
parceladas, a pedido do interessado. (Redação dada pela
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) II - diárias;

§ 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao III - transporte.


correspondente a dez por cento da remuneração, provento IV - auxílio-moradia.(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
ou pensão. (Redação dada pela Medida Provisória nº
Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos
2.225-45, de 4.9.2001)
incisos I a III do art. 51, assim como as condições para a sua
§ 2º Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês concessão, serão estabelecidos em regulamento. (Redação
anterior ao do processamento da folha, a reposição será dada pela Lei nº 11.355, de 2006)
feita imediatamente, em uma única parcela. (Redação
SUBSEÇÃO I
dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
DA AJUDA DE CUSTO
§ 3º Na hipótese de valores recebidos em decorrência de
cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as
sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles despesas de instalação do servidor que, no interesse do
atualizados até a data da reposição. (Redação dada pela serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo
pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o
Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for cônjuge ou companheiro que detenha também a condição
demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou de servidor, vier a ter exercício na mesma sede.(Redação
disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
quitar o débito.(Redação dada pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001) § 1º Correm por conta da administração as despesas de
transporte do servidor e de sua família, compreendendo
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto passagem, bagagem e bens pessoais.
implicará sua inscrição em dívida ativa.(Redação dada pela
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) § 2º À família do servidor que falecer na nova sede são
assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito.
serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos

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§ 3º Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede
remoção previstas nos incisos II e III do parágrafo único do em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento,
art. 36.(Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014) restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto
no caput.
Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração
do servidor, conforme se dispuser em regulamento, não SUBSEÇÃO III
podendo exceder a importância correspondente a 3 DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE
(três) meses.
Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao
Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que servidor que realizar despesas com a utilização de meio
se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato próprio de locomoção para a execução de serviços externos,
eletivo. por força das atribuições próprias do cargo, conforme se
Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não dispuser em regulamento.
sendo servidor da União, for nomeado para cargo em SUBSEÇÃO IV
comissão, com mudança de domicílio. DO AUXÍLIO-MORADIA
Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art. (INCLUÍDO PELA LEI Nº 11.355, DE 2006)
93, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário, Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das
quando cabível. despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com
Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de aluguel de moradia ou com meio de hospedagem
custo quando, injustificadamente, não se apresentar na administrado por empresa hoteleira, no prazo de um mês
nova sede no prazo de 30 (trinta) dias. após a comprovação da despesa pelo servidor. (Incluído
pela Lei nº 11.355, de 2006)
SUBSEÇÃO II
DAS DIÁRIAS Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se
atendidos os seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em 11.355, de 2006)
caráter eventual ou transitório para outro ponto do
território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo
diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas servidor;(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
extraordinária com pousada, alimentação e locomoção II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel
urbana, conforme dispuser em regulamento. (Redação funcional;(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou
§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo tenha sido proprietário, promitente comprador, cessionário
devida pela metade quando o deslocamento não exigir ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde for
pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem
diverso, as despesas extraordinárias cobertas por averbação de construção, nos doze meses que antecederem
diárias.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) a sua nomeação;(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba
exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a auxílio-moradia;(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
diárias.
V - o servidor tenha se mudado do local de residência para
§ 3º Também não fará jus a diárias o servidor que se ocupar cargo em comissão ou função de confiança do
deslocar dentro da mesma região metropolitana, Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis
aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou
municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em equivalentes(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
áreas de controle integrado mantidas com países limítrofes,
cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou
servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se função de confiança não se enquadre nas hipóteses do art.
houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias 58, § 3º, em relação ao local de residência ou domicílio do
pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro servidor;(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
do território nacional. (Incluído pela Lei nº 9.527, de VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido
10.12.97) no Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o
Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da cargo em comissão ou função de confiança,
sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro
integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias. desse período; e(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

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VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.
de lotação ou nomeação para cargo efetivo.(Incluído pela
IX - gratificação por encargo de curso ou
Lei nº 11.355, de 2006)
concurso. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de
SUBSEÇÃO I
2006. (Incluído pela Lei nº 11.490, de 2007)
DA RETRIBUIÇÃO PELO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será DIREÇÃO, CHEFIA E ASSESSORAMENTO
considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 9.527, DE 10.12.97)
outro cargo em comissão relacionado no inciso V. (Incluído
pela Lei nº 11.355, de 2006) Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em
função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de
Art. 60-C. (Revogado pela Lei nº 12.998, de 2014) provimento em comissão ou de Natureza Especial é devida
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a retribuição pelo seu exercício.(Redação dada pela Lei nº
25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em 9.527, de 10.12.97)
comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração
Estado ocupado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art.
§ 1º O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% 9º.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
(vinte e cinco por cento) da remuneração de Ministro de Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal
Estado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 Nominalmente Identificada - VPNI a incorporação da
§ 2º Independentemente do valor do cargo em comissão ou retribuição pelo exercício de função de direção, chefia ou
função comissionada, fica garantido a todos os que assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de
preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ Natureza Especial a que se referem os arts. 3º e 10 da Lei
1.800,00 (mil e oitocentos reais). (Incluído pela Lei nº 11.784, no 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3º da Lei no 9.624,
de 2008 de 2 de abril de 1998. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
§ 3º (Incluído pela Medida Provisória nº 805, de
2017) (Vigência encerrada) Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo
somente estará sujeita às revisões gerais de remuneração
§ 4º(Incluído pela Medida Provisória nº 805, de dos servidores públicos federais.(Incluído pela Medida
2017) (Vigência encerrada) Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação SUBSEÇÃO II
de imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de
DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um
mês. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze
avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de
SEÇÃO II
dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.
DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS
Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas será considerada como mês integral.
nesta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes
retribuições, gratificações e adicionais:(Redação dada pela Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês
Lei nº 9.527, de 10.12.97) de dezembro de cada ano.

I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e Parágrafo único. (VETADO).


assessoramento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação
10.12.97) natalina, proporcionalmente aos meses de exercício,
II - gratificação natalina; calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.

III - (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para
4.9.2001) cálculo de qualquer vantagem pecuniária.

IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, SUBSEÇÃO III


perigosas ou penosas; DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário; Art. 67. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
2001, respeitadas as situações constituídas até 8.3.1999)
VI - adicional noturno;
VII - adicional de férias;

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SUBSEÇÃO IV Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário,


DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE, o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a
PERICULOSIDADE OU ATIVIDADES PENOSAS remuneração prevista no art. 73.

Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em SUBSEÇÃO VII


locais insalubres ou em contato permanente com DO ADICIONAL DE FÉRIAS
substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem
Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao
jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.
servidor, por ocasião das férias, um adicional
§ 1º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período
e de periculosidade deverá optar por um deles. das férias.
§ 2º O direito ao adicional de insalubridade ou Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de
periculosidade cessa com a eliminação das condições ou dos direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em
riscos que deram causa a sua concessão. comissão, a respectiva vantagem será considerada no
cálculo do adicional de que trata este artigo.
Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de
servidores em operações ou locais considerados penosos, SUBSEÇÃO VIII
insalubres ou perigosos. DA GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO DE CURSO OU
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será CONCURSO
afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das (INCLUÍDO PELA LEI Nº 11.314 DE 2006)
operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
atividades em local salubre e em serviço não penoso e não é devida ao servidor que, em caráter eventual:(Incluído pela
perigoso. Lei nº 11.314 de 2006) (Regulamento)
Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades penosas, I - atuar como instrutor em curso de formação, de
de insalubridade e de periculosidade, serão observadas as desenvolvimento ou de treinamento regularmente
situações estabelecidas em legislação específica. instituído no âmbito da administração pública
Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos federal;(Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
servidores em exercício em zonas de fronteira ou em II - participar de banca examinadora ou de comissão para
localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos exames orais, para análise curricular, para correção de
termos, condições e limites fixados em regulamento. provas discursivas, para elaboração de questões de provas
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam ou para julgamento de recursos intentados por
com Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob candidatos; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
controle permanente, de modo que as doses de radiação III - participar da logística de preparação e de realização de
ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na concurso público envolvendo atividades de planejamento,
legislação própria. coordenação, supervisão, execução e avaliação de
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo resultado, quando tais atividades não estiverem incluídas
serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses. entre as suas atribuições permanentes; (Incluído pela Lei
nº 11.314 de 2006)
SUBSEÇÃO V
DO ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de
exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar
Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com essas atividades.(Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora
§ 1º Os critérios de concessão e os limites da gratificação de
normal de trabalho.
que trata este artigo serão fixados em regulamento,
Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário para observados os seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº
atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado 11.314 de 2006)
o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.
I - o valor da gratificação será calculado em horas,
SUBSEÇÃO VI observadas a natureza e a complexidade da atividade
DO ADICIONAL NOTURNO exercida; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120
compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situação
(cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de de excepcionalidade, devidamente justificada e
25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou
como cinqüenta e dois minutos e trinta segundos. entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120

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(cento e vinte) horas de trabalho anuais;(Incluído pela Lei nº superior a quatorze dias.(Incluído pela Lei nº 8.216, de
11.314 de 2006) 13.8.91)
III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos § 4º A indenização será calculada com base na remuneração
seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento do mês em que for publicado o ato exoneratório. (Incluído
básico da administração pública federal:(Incluído pela Lei nº pela Lei nº 8.216, de 13.8.91)
11.314 de 2006)
§ 5º Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se adicional previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição
tratando de atividades previstas nos incisos I e II do caput Federal quando da utilização do primeiro período.(Incluído
deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007) pela Lei nº 9.525, de 10.12.97)
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente
tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte)
deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade
profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.
§ 2º A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
somente será paga se as atividades referidas nos incisos Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
do caput deste artigo forem exercidas sem prejuízo das
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por
atribuições do cargo de que o servidor for titular, devendo
motivo de calamidade pública, comoção interna,
ser objeto de compensação de carga horária quando
convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por
desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma do
necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima
§ 4º do art. 98 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.314 de
do órgão ou entidade.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de
2006)
10.12.97) (Vide Lei nº 9.525, de 1997)
§ 3º A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não
Parágrafo único. O restante do período interrompido será
se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para
gozado de uma só vez, observado o disposto no art.
qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de
77.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins
de cálculo dos proventos da aposentadoria e das CAPÍTULO IV
pensões. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) DAS LICENÇAS
CAPÍTULO III SEÇÃO I
DAS FÉRIAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:
ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de I - por motivo de doença em pessoa da família;
necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que
haja legislação específica.(Redação dada pela Lei nº 9.525, II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
de 10.12.97) (Vide Lei nº 9.525, de 1997) III - para o serviço militar;
§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão IV - para atividade política;
exigidos 12 (doze) meses de exercício.
V - para capacitação; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
§ 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao 10.12.97)
serviço.
VI - para tratar de interesses particulares;
§ 3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas,
desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da VII - para desempenho de mandato classista.
administração pública.(Incluído pela Lei nº 9.525, de § 1º A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem
10.12.97) como cada uma de suas prorrogações serão precedidas de
Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será exame por perícia médica oficial, observado o disposto no
efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo art. 204 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de
período, observando-se o disposto no § 1º deste artigo.(Vide 2009)
Lei nº 9.525, de 1997) § 2º (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1° e § 2° (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 3º É vedado o exercício de atividade remunerada durante
§ 3º O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em o período da licença prevista no inciso I deste artigo.
comissão, perceberá indenização relativa ao período das Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do
férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de término de outra da mesma espécie será considerada como
um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração prorrogação.

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SEÇÃO II SEÇÃO IV
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR
FAMÍLIA
Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo concedida licença, na forma e condições previstas
de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, na legislação específica.
do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá
viva a suas expensas e conste do seu assentamento
até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o
funcional, mediante comprovação por perícia médica
exercício do cargo.
oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
SEÇÃO V
§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta
DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA
do servidor for indispensável e não puder ser prestada
simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração,
compensação de horário, na forma do disposto no inciso II durante o período que mediar entre a sua escolha em
do art. 44. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a
véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça
§ 2º A licença de que trata o caput, incluídas as
Eleitoral.
prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze
meses nas seguintes condições: (Redação dada pela Lei § 1º O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde
nº 12.269, de 2010) desempenha suas funções e que exerça cargo de direção,
chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele
I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida
será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua
a remuneração do servidor; e (Incluído pela Lei nº 12.269,
candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia
de 2010)
seguinte ao do pleito. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem 10.12.97)
remuneração. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
§ 2º A partir do registro da candidatura e até o décimo dia
§ 3º O início do interstício de 12 (doze) meses será contado seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença,
a partir da data do deferimento da primeira licença assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo
concedida. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010) período de três meses.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de
§ 4º A soma das licenças remuneradas e das licenças não 10.12.97)
remuneradas, incluídas as respectivas prorrogações, SEÇÃO VI
concedidas em um mesmo período de 12 (doze) meses, DA LICENÇA PARA CAPACITAÇÃO
observado o disposto no § 3º, não poderá ultrapassar os (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 9.527, DE 10.12.97)
limites estabelecidos nos incisos I e II do § 2º. (Incluído pela
Lei nº 12.269, de 2010) Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o
servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se
SEÇÃO III do exercício do cargo efetivo, com a respectiva
DA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO remuneração, por até três meses, para participar de curso de
CÔNJUGE capacitação profissional.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97) (Vide Decreto nº 5.707, de 2006)
Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para
acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata
para outro ponto do território nacional, para o exterior ou o caput não são acumuláveis. (Redação dada pela Lei nº
para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo 9.527, de 10.12.97)
e Legislativo.
Art. 88. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1º A licença será por prazo indeterminado e sem
Art. 89.(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
remuneração.
Art. 90. (VETADO).
§ 2º No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou
companheiro também seja servidor público, civil ou militar, SEÇÃO VII
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES
Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório PARTICULARES
em órgão ou entidade da Administração Federal direta,
autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de Art. 91. A critério da Administração, poderão ser
atividade compatível com o seu cargo.(Redação dada pela concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde
Lei nº 9.527, de 10.12.97) que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato
de assuntos particulares pelo prazo de até três anos

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consecutivos, sem remuneração. (Redação dada pela II - em casos previstos em leis específicas. (Redação dada
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a § 1º Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou
qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos
serviço. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225- Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou
45, de 4.9.2001) entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos
demais casos. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
SEÇÃO VIII
DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO § 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou
CLASSISTA sociedade de economia mista, nos termos das respectivas
normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela
Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da
remuneração para o desempenho de mandato em retribuição do cargo em comissão, a entidade cessionária
confederação, federação, associação de classe de âmbito efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou
nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade entidade de origem. (Redação dada pela Lei nº 11.355, de
fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de 2006)
gerência ou administração em sociedade cooperativa
constituída por servidores públicos para prestar serviços a § 3º A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no Diário
seus membros, observado o disposto na alínea c do inciso Oficial da União.(Redação dada pela Lei nº 8.270, de
VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em 17.12.91)
regulamento e observados os seguintes limites: (Redação § 4º Mediante autorização expressa do Presidente da
dada pela Lei nº 11.094, de 2005) (Regulamento) República, o servidor do Poder Executivo poderá ter
I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2 exercício em outro órgão da Administração Federal direta
(dois) servidores;(Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014) que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim
determinado e a prazo certo. (Incluído pela Lei nº 8.270,
II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta de 17.12.91)
mil) associados, 4 (quatro) servidores; (Redação dada pela
Lei nº 12.998, de 2014) § 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou
servidor por ela requisitado, as disposições dos §§ 1º e
III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) 2º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 10.470, de
associados, 8 (oito) servidores. (Redação dada pela Lei nº 25.6.2002)
12.998, de 2014)
§ 6º As cessões de empregados de empresa pública ou de
§ 1º Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos sociedade de economia mista, que receba recursos de
para cargos de direção ou de representação nas referidas Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha
entidades, desde que cadastradas no órgão de pagamento de pessoal, independem das disposições
competente.(Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014) contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o
§ 2º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser exercício do empregado cedido condicionado a autorização
renovada, no caso de reeleição.(Redação dada pela Lei nº específica do Ministério do Planejamento, Orçamento e
12.998, de 2014) Gestão, exceto nos casos de ocupação de cargo em
comissão ou função gratificada. (Incluído pela Lei nº
CAPÍTULO V 10.470, de 25.6.2002)
DOS AFASTAMENTOS
SEÇÃO I § 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
com a finalidade de promover a composição da força de
DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO
trabalho dos órgãos e entidades da Administração Pública
OU ENTIDADE
Federal, poderá determinar a lotação ou o exercício de
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em empregado ou servidor, independentemente da
outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, observância do constante no inciso I e nos §§ 1º e 2º deste
ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes artigo. (Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) (Vide
hipóteses:(Redação dada pela Lei nº 8.270, de Decreto nº 5.375, de 2005)
17.12.91)(Regulamento) (Vide Decreto nº 4.493, de SEÇÃO II
3.12.2002) (Vide Decreto nº 5.213, de 2004) (Vide Decreto
DO AFASTAMENTO PARA EXERCÍCIO DE MANDATO
nº 9.144, de 2017)
ELETIVO
I - para exercício de cargo em comissão ou função de
confiança; (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-
se as seguintes disposições:

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I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou
ficará afastado do cargo; mediante compensação de horário, afastar-se do exercício
do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do
participar em programa de pós-graduação stricto sensu em
cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
instituição de ensino superior no País. (Incluído pela Lei nº
III - investido no mandato de vereador: 11.907, de 2009)
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as § 1º Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá,
vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do em conformidade com a legislação vigente, os programas
cargo eletivo; de capacitação e os critérios para participação em
programas de pós-graduação no País, com ou sem
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado
afastamento do servidor, que serão avaliados por um comitê
do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
constituído para este fim. (Incluído pela Lei nº 11.907, de
§ 1º No caso de afastamento do cargo, o servidor 2009)
contribuirá para a seguridade social como se em exercício
§ 2º Os afastamentos para realização de programas de
estivesse.
mestrado e doutorado somente serão concedidos aos
§ 2º O servidor investido em mandato eletivo ou classista servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão
não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4
localidade diversa daquela onde exerce o mandato. (quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio
probatório, que não tenham se afastado por licença para
SEÇÃO III
tratar de assuntos particulares para gozo de licença
DO AFASTAMENTO PARA ESTUDO OU MISSÃO NO
capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois)
EXTERIOR anos anteriores à data da solicitação de
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para afastamento.(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da § 3º Os afastamentos para realização de programas de pós-
República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e doutorado somente serão concedidos aos servidores
Presidente do Supremo Tribunal Federal.(Vide Decreto nº titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade
1.387, de 1995) há pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio
§ 1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a probatório, e que não tenham se afastado por licença para
missão ou estudo, somente decorrido igual período, será tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste
permitida nova ausência. artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de
afastamento.(Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)
§ 2º Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não
será concedida exoneração ou licença para tratar de § 4º Os servidores beneficiados pelos afastamentos
interesse particular antes de decorrido período igual ao do previstos nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo terão que
afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da permanecer no exercício de suas funções após o seu retorno
despesa havida com seu afastamento. por um período igual ao do afastamento
concedido. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da
carreira diplomática. § 5º Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo
ou aposentadoria, antes de cumprido o período de
§ 4º As hipóteses, condições e formas para a autorização de permanência previsto no § 4º deste artigo, deverá ressarcir
que trata este artigo, inclusive no que se refere à o órgão ou entidade, na forma do art. 47 da Lei n o 8.112, de
remuneração do servidor, serão disciplinadas em 11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu
regulamento.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) aperfeiçoamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 96. O afastamento de servidor para servir em § 6º Caso o servidor não obtenha o título ou grau que
organismo internacional de que o Brasil participe ou com o justificou seu afastamento no período previsto, aplica-se o
qual coopere dar-se-á com perda total da disposto no § 5º deste artigo, salvo na hipótese comprovada
remuneração. (Vide Decreto nº 3.456, de 2000) de força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente
SEÇÃO IV máximo do órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº 11.907,
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 11.907, DE 2009) de 2009)
DO AFASTAMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM § 7º Aplica-se à participação em programa de pós-
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO graduação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95
SENSU NO PAÍS desta Lei, o disposto nos §§ 1º a 6º deste artigo. (Incluído
pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da
Administração, e desde que a participação não possa
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CAPÍTULO VI Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias,


DAS CONCESSÕES que serão convertidos em anos, considerado o ano como de
trezentos e sessenta e cinco dias.
Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-
se do serviço: Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I - por 1 (um) dia, para doação de sangue; Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97,
são considerados como de efetivo exercício os
II - pelo período comprovadamente necessário para afastamentos em virtude de:(Vide Decreto nº 5.707, de
alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em 2006)
qualquer caso, a 2 (dois) dias; (Redação dada pela Lei nº
12.998, de 2014) I - férias;

III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de : II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em
órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados,
a) casamento; Municípios e Distrito Federal;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou III - exercício de cargo ou função de governo ou
padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e administração, em qualquer parte do território nacional, por
irmãos. nomeação do Presidente da República;
Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor IV - participação em programa de treinamento
estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o regularmente instituído ou em programa de pós-graduação
horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício stricto sensu no País, conforme dispuser o
do cargo. regulamento; (Redação dada pela Lei nº 11.907, de
§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a 2009) (Vide Decreto nº 5.707, de 2006)
compensação de horário no órgão ou entidade que tiver V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual,
exercício, respeitada a duração semanal do municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por
trabalho.(Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº merecimento;
9.527, de 10.12.97)
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
§ 2º Também será concedido horário especial ao servidor
portador de deficiência, quando comprovada a necessidade VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o
por junta médica oficial, independentemente de afastamento, conforme dispuser o regulamento; (Redação
compensação de horário.(Incluído pela Lei nº 9.527, de dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)(Vide Decreto nº 5.707,
10.12.97) de 2006)

§ 3º As disposições constantes do § 2º são extensivas ao VIII - licença:


servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente com a) à gestante, à adotante e à paternidade;
deficiência. (Redação dada pela Lei nº 13.370, de 2016)
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e
§ 4º Será igualmente concedido horário especial, vinculado quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço
à compensação de horário a ser efetivada no prazo de até 1 público prestado à União, em cargo de provimento
(um) ano, ao servidor que desempenhe atividade prevista efetivo; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
nos incisos I e II do caput do art. 76-A desta Lei. (Redação
dada pela Lei nº 11.501, de 2007) c) para o desempenho de mandato classista ou participação
de gerência ou administração em sociedade cooperativa
Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no constituída por servidores para prestar serviços a seus
interesse da administração é assegurada, na localidade da membros, exceto para efeito de promoção por
nova residência ou na mais próxima, matrícula em merecimento; (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005)
instituição de ensino congênere, em qualquer época,
independentemente de vaga. d) por motivo de acidente em serviço ou doença
profissional;
Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao
cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do e) para capacitação, conforme dispuser o
servidor que vivam na sua companhia, bem como aos regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
menores sob sua guarda, com autorização judicial. 10.12.97)

CAPÍTULO VII f) por convocação para o serviço militar;


DO TEMPO DE SERVIÇO IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;
Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço X - participação em competição desportiva nacional ou
público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas. convocação para integrar representação desportiva
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nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei Art. 107. Caberá recurso: (Vide Lei nº 12.300, de 2010)
específica;
I - do indeferimento do pedido de reconsideração;
XI - afastamento para servir em organismo internacional de
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente
que o Brasil participe ou com o qual coopere. (Incluído pela
interpostos.
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente
Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e
superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e,
disponibilidade:
sucessivamente, em escala ascendente, às demais
I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, autoridades.
Municípios e Distrito Federal;
§ 2º O recurso será encaminhado por intermédio da
II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da família autoridade a que estiver imediatamente subordinado o
do servidor, com remuneração, que exceder a 30 (trinta) dias requerente.
em período de 12 (doze) meses.(Redação dada pela Lei nº
Art. 108. O prazo para interposição de pedido de
12.269, de 2010)
reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar
III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2º; da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão
recorrida. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)
IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato
eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito
ingresso no serviço público federal; suspensivo, a juízo da autoridade competente.
V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de
Previdência Social; reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão
retroagirão à data do ato impugnado.
VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;
Art. 110. O direito de requerer prescreve:
VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde
que exceder o prazo a que se refere a alínea "b" do inciso VIII I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de
do art. 102.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que
afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das
§ 1º O tempo em que o servidor esteve aposentado será
relações de trabalho;
contado apenas para nova aposentadoria.
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo
§ 2º Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às
quando outro prazo for fixado em lei.
Forças Armadas em operações de guerra.
Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da
§ 3º É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço
data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência
prestado concomitantemente em mais de um cargo ou
pelo interessado, quando o ato não for publicado.
função de órgão ou entidades dos Poderes da União,
Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando
pública, sociedade de economia mista e empresa pública. cabíveis, interrompem a prescrição.
CAPÍTULO VIII Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser
DO DIREITO DE PETIÇÃO relevada pela administração.

Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada
Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor
legítimo. ou a procurador por ele constituído.

Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer
competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio tempo, quando eivados de ilegalidade.
daquela a que estiver imediatamente subordinado o Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos
requerente. estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior.
Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que TÍTULO IV
houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não
DO REGIME DISCIPLINAR
podendo ser renovado.(Vide Lei nº 12.300, de 2010)
CAPÍTULO I
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de DOS DEVERES
reconsideração de que tratam os artigos anteriores deverão
ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos Art. 116. São deveres do servidor:
dentro de 30 (trinta) dias. I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

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II - ser leal às instituições a que servir; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se
a associação profissional ou sindical, ou a partido político;
III - observar as normas legais e regulamentares;
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo
manifestamente ilegais;
grau civil;
V - atender com presteza:
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de
a) ao público em geral, prestando as informações outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
X - participar de gerência ou administração de sociedade
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de privada, personificada ou não personificada, exercer o
direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário;(Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do
repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo
houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento
grau, e de cônjuge ou companheiro;
de outra autoridade competente para apuração; (Redação
dada pela Lei nº 12.527, de 2011) XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de
qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
VII - zelar pela economia do material e a conservação do
patrimônio público; XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado
estrangeiro;
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
IX - manter conduta compatível com a moralidade
administrativa; XV - proceder de forma desidiosa;
X - ser assíduo e pontual ao serviço; XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em
serviços ou atividades particulares;
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de
cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e
poder.
transitórias;
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam
será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela
incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o
autoridade superior àquela contra a qual é formulada,
horário de trabalho;
assegurando-se ao representando ampla defesa.
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando
CAPÍTULO II
solicitado.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
DAS PROIBIÇÕES
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do
Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória nº caput deste artigo não se aplica nos seguintes
2.225-45, de 4.9.2001) casos: (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia I - participação nos conselhos de administração e fiscal de
autorização do chefe imediato; empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, indiretamente, participação no capital social ou em
qualquer documento ou objeto da repartição; sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a
seus membros; e(Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
III - recusar fé a documentos públicos;
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na
IV - opor resistência injustificada ao andamento de forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre
documento e processo ou execução de serviço; conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no CAPÍTULO III
recinto da repartição;
DA ACUMULAÇÃO
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de
vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.
sua responsabilidade ou de seu subordinado;
§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos,
empregos e funções em autarquias, fundações públicas,
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empresas públicas, sociedades de economia mista da União, Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e
do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.
Municípios.
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de
§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do
condicionada à comprovação da compatibilidade de cargo ou função.
horários.
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão
§ 3º Considera-se acumulação proibida a percepção de cumular-se, sendo independentes entre si.
vencimento de cargo ou emprego público efetivo com
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será
proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que
afastada no caso de absolvição criminal que negue a
decorram essas remunerações forem acumuláveis na
existência do fato ou sua autoria.
atividade.
Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo
civil, penal ou administrativamente por dar ciência à
em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do
autoridade superior ou, quando houver suspeita de
art. 9º, nem ser remunerado pela participação em órgão de
envolvimento desta, a outra autoridade competente para
deliberação coletiva.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de
apuração de informação concernente à prática de crimes ou
10.12.97)
improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à decorrência do exercício de cargo, emprego ou função
remuneração devida pela participação em conselhos de pública.(Incluído pela Lei nº 12.527, de 2011)
administração e fiscal das empresas públicas e sociedades
CAPÍTULO V
de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem
DAS PENALIDADES
como quaisquer empresas ou entidades em que a União,
direta ou indiretamente, detenha participação no capital Art. 127. São penalidades disciplinares:
social, observado o que, a respeito, dispuser legislação
específica. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225- I - advertência;
45, de 4.9.2001) II - suspensão;
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que III - demissão;
acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido
em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver V - destituição de cargo em comissão;
compatibilidade de horário e local com o exercício de um
deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou VI - destituição de função comissionada.
entidades envolvidos.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas
10.12.97) a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que
CAPÍTULO IV dela provierem para o serviço público, as circunstâncias
agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
DAS RESPONSABILIDADES
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade
Art. 121. O servidor responde civil, penal e
mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção
administrativamente pelo exercício irregular de suas
disciplinar.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
atribuições.
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo
de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII
ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao
e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei,
erário ou a terceiros.
regulamentação ou norma interna, que não justifique
§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao imposição de penalidade mais grave. (Redação dada pela
erário somente será liquidada na forma prevista no art. 46, Lei nº 9.527, de 10.12.97)
na falta de outros bens que assegurem a execução do débito
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência
pela via judicial.
das faltas punidas com advertência e de violação das demais
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade
servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos § 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o
sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido
da herança recebida. a inspeção médica determinada pela autoridade

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competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e
cumprida a determinação. relatório; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2º Quando houver conveniência para o serviço, a III - julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa,
§ 1º A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á
na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento
pelo nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela
ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer
descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em
em serviço.
situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e
terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e do correspondente regime jurídico. (Redação dada pela Lei
5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o nº 9.527, de 10.12.97)
servidor não houver, nesse período, praticado nova infração
§ 2º A comissão lavrará, até três dias após a publicação do
disciplinar.
ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior,
efeitos retroativos. bem como promoverá a citação pessoal do servidor
indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando-
I - crime contra a administração pública; se-lhe vista do processo na repartição, observado o disposto
nos arts. 163 e 164. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
II - abandono de cargo;
10.12.97)
III - inassiduidade habitual;
§ 3º Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório
IV - improbidade administrativa; conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do
servidor, em que resumirá as peças principais dos autos,
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na
opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará
repartição;
o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à
VI - insubordinação grave em serviço; autoridade instauradora, para julgamento. (Incluído pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular,
salvo em legítima defesa própria ou de outrem; § 4º No prazo de cinco dias, contados do recebimento do
processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão,
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3º do art.
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do 167. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
cargo;
§ 5º A opção pelo servidor até o último dia de prazo para
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se
nacional; converterá automaticamente em pedido de exoneração do
outro cargo. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
XI - corrupção;
§ 6º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé,
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções
aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de
públicas;
aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos,
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. empregos ou funções públicas em regime de acumulação
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de
de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a vinculação serão comunicados. (Incluído pela Lei nº 9.527,
que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de 10.12.97)
de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo § 7º O prazo para a conclusão do processo administrativo
improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta
hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a dias, contados da data de publicação do ato que constituir a
sua apuração e regularização imediata, cujo processo comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias,
administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes quando as circunstâncias o exigirem.(Incluído pela Lei nº
fases: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 9.527, de 10.12.97)
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a § 8º O procedimento sumário rege-se pelas disposições
comissão, a ser composta por dois servidores estáveis, e deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável,
simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta
transgressão objeto da apuração; (Incluído pela Lei nº Lei. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
9.527, de 10.12.97)

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Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:
do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das
com a demissão.
Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por Procurador-Geral da República, quando se tratar de
não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade
infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão. de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou
entidade;
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este
artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será II - pelas autoridades administrativas de hierarquia
convertida em destituição de cargo em comissão. imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso
anterior quando se tratar de suspensão superior a 30
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em
(trinta) dias;
comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132,
implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma
erário, sem prejuízo da ação penal cabível. dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de
advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em
comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando
incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em se tratar de destituição de cargo em comissão.
cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X
destituição de cargo em comissão;
e XI.
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência
intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
consecutivos.
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao o fato se tornou conhecido.
serviço, sem causa justificada, por sessenta dias,
§ 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-
interpoladamente, durante o período de doze meses.
se às infrações disciplinares capituladas também como
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou crime.
inassiduidade habitual, também será adotado o
§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo
procedimento sumário a que se refere o art. 133,
disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final
observando-se especialmente que: (Redação dada pela Lei
proferida por autoridade competente.
nº 9.527, de 10.12.97)
§ 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará
I - a indicação da materialidade dar-se-á: (Incluído pela
a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
TÍTULO V
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
do período de ausência intencional do servidor ao serviço
superior a trinta dias; (Incluído pela Lei nº 9.527, de CAPÍTULO I
10.12.97) DISPOSIÇÕES GERAIS

b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no
de falta ao serviço sem causa justificada, por período igual serviço público é obrigada a promover a sua apuração
ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o imediata, mediante sindicância ou processo administrativo
período de doze meses; (Incluído pela Lei nº 9.527, de disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
10.12.97) § 1º (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005)
II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará § 2º (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005)
relatório conclusivo quanto à inocência ou à
responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças § 3º A apuração de que trata o caput, por solicitação da
principais dos autos, indicará o respectivo dispositivo legal, autoridade a que se refere, poderá ser promovida por
opinará, na hipótese de abandono de cargo, sobre a autoridade de órgão ou entidade diverso daquele em que
intencionalidade da ausência ao serviço superior a trinta dias tenha ocorrido a irregularidade, mediante competência
e remeterá o processo à autoridade instauradora para específica para tal finalidade, delegada em caráter
julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) permanente ou temporário pelo Presidente da República,

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pelos presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos ao do indiciado. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, no 10.12.97)
âmbito do respectivo Poder, órgão ou entidade,
§ 1º A Comissão terá como secretário servidor designado
preservadas as competências para o julgamento que se
pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um de
seguir à apuração. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
seus membros.
Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto
§ 2º Não poderá participar de comissão de sindicância ou de
de apuração, desde que contenham a identificação e o
inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado,
endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito,
consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o
confirmada a autenticidade.
terceiro grau.
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar
Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com
evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será
independência e imparcialidade, assegurado o sigilo
arquivada, por falta de objeto.
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da
Art. 145. Da sindicância poderá resultar: administração.
I - arquivamento do processo; Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comissões
terão caráter reservado.
II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de
até 30 (trinta) dias; Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes
fases:
III - instauração de processo disciplinar.
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a
Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não
comissão;
excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual
período, a critério da autoridade superior. II - inquérito administrativo, que compreende instrução,
defesa e relatório;
Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor
ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de III - julgamento.
30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar
disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será
não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data de
obrigatória a instauração de processo disciplinar.
publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua
CAPÍTULO II prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO exigirem.

Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor § 1º Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo
não venha a influir na apuração da irregularidade, integral aos seus trabalhos, ficando seus membros
a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.
determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo § 2º As reuniões da comissão serão registradas em atas que
prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da deverão detalhar as deliberações adotadas.
remuneração.
SEÇÃO I
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por
DO INQUÉRITO
igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que
não concluído o processo. Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio
do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com
CAPÍTULO III
a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
DO PROCESSO DISCIPLINAR
Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o processo
Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destinado a disciplinar, como peça informativa da instrução.
apurar responsabilidade de servidor por infração praticada
no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância
as atribuições do cargo em que se encontre investido. concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a
autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao
Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por Ministério Público, independentemente da imediata
comissão composta de três servidores estáveis designados instauração do processo disciplinar.
pela autoridade competente, observado o disposto no
§ 3º do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a
que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de tomada de depoimentos, acareações, investigações e
mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova,
recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de
modo a permitir a completa elucidação dos fatos.
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Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar § 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum
o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador, e de 20 (vinte) dias.
arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e
§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro,
contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova
para diligências reputadas indispensáveis.
pericial.
§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na
§ 1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos
cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data
considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou
declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que
de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
fez a citação, com a assinatura de (2) duas testemunhas.
§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a
Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica obrigado
comprovação do fato independer de conhecimento especial
a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser
de perito.
encontrado.
Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor mediante
Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não
mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a
sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial da
segunda via, com o ciente do interessado, ser anexado aos
União e em jornal de grande circulação na localidade do
autos.
último domicílio conhecido, para apresentar defesa.
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para
expedição do mandado será imediatamente comunicada ao
defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação
chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e
do edital.
hora marcados para inquirição.
Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que,
Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e reduzido
regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal.
a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.
§ 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do
§ 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.
processo e devolverá o prazo para a defesa.
§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se
§ 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade
infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes.
instauradora do processo designará um servidor como
Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo
comissão promoverá o interrogatório do acusado, superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade
observados os procedimentos previstos nos arts. 157 e 158. igual ou superior ao do indiciado. (Redação dada pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será
ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório
declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e
acareação entre eles. mencionará as provas em que se baseou para formar a sua
convicção.
§ 2º O procurador do acusado poderá assistir ao
interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, § 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência
sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, ou à responsabilidade do servidor.
facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do
§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a
presidente da comissão.
comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar
Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou
do acusado, a comissão proporá à autoridade competente atenuantes.
que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da
Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da
qual participe pelo menos um médico psiquiatra.
comissão, será remetido à autoridade que determinou a sua
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será instauração, para julgamento.
processado em auto apartado e apenso ao processo
SEÇÃO II
principal, após a expedição do laudo pericial.
DO JULGAMENTO
Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a
indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do
imputados e das respectivas provas. recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a
sua decisão.
§ 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo
presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no § 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da
prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo autoridade instauradora do processo, este será
na repartição.
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encaminhado à autoridade competente, que decidirá em II - aos membros da comissão e ao secretário, quando
igual prazo. obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a
realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
§ 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de
sanções, o julgamento caberá à autoridade competente SEÇÃO III
para a imposição da pena mais grave. DA REVISÃO DO PROCESSO
§ 3º Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a
aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá às qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se
autoridades de que trata o inciso I do art. 141. aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de
§ 4º Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a justificar a inocência do punido ou a inadequação da
autoridade instauradora do processo determinará o seu penalidade aplicada.
arquivamento, salvo se flagrantemente contrária à prova § 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento
dos autos.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a
Art. 168. O julgamento acatará o relatório da comissão, revisão do processo.
salvo quando contrário às provas dos autos. § 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão
Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar será requerida pelo respectivo curador.
as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la requerente.
ou isentar o servidor de responsabilidade.
Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não
Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, a constitui fundamento para a revisão, que requer elementos
autoridade que determinou a instauração do processo ou novos, ainda não apreciados no processo originário.
outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total
ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição de Art. 177. O requerimento de revisão do processo será
outra comissão para instauração de novo dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade equivalente,
processo.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao
dirigente do órgão ou entidade onde se originou o processo
§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade disciplinar.
do processo.
Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade
§ 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição de competente providenciará a constituição de comissão, na
que trata o art. 142, § 2º, será responsabilizada na forma do forma do art. 149.
Capítulo IV do Título IV.
Art. 178. A revisão correrá em apenso ao processo
Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a originário.
autoridade julgadora determinará o registro do fato nos
assentamentos individuais do servidor. Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia
e hora para a produção de provas e inquirição das
Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como crime, testemunhas que arrolar.
o processo disciplinar será remetido ao Ministério Público
para instauração da ação penal, ficando trasladado na Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a
repartição. conclusão dos trabalhos.

Art. 172. O servidor que responder a processo disciplinar só Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no
poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado que couber, as normas e procedimentos próprios da
voluntariamente, após a conclusão do processo e o comissão do processo disciplinar.
cumprimento da penalidade, acaso aplicada. Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a
Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o penalidade, nos termos do art. 141.
parágrafo único, inciso I do art. 34, o ato será convertido em Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vinte)
demissão, se for o caso. dias, contados do recebimento do processo, no curso do
Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias: qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.

I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada sem
sede de sua repartição, na condição de testemunha, efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os
denunciado ou indiciado; direitos do servidor, exceto em relação à destituição do
cargo em comissão, que será convertida em exoneração.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá
resultar agravamento de penalidade.
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TÍTULO VI I - quanto ao servidor:


DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR
a) aposentadoria;
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS b) auxílio-natalidade;

Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade Social para c) salário-família;


o servidor e sua família. d) licença para tratamento de saúde;
§ 1º O servidor ocupante de cargo em comissão que não e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade;
seja, simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego
efetivo na administração pública direta, autárquica e f) licença por acidente em serviço;
fundacional não terá direito aos benefícios do Plano de g) assistência à saúde;
Seguridade Social, com exceção da assistência à
saúde.(Redação dada pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003) h) garantia de condições individuais e ambientais de
trabalho satisfatórias;
§ 2º O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem
direito à remuneração, inclusive para servir em organismo II - quanto ao dependente:
oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo ou a) pensão vitalícia e temporária;
com o qual coopere, ainda que contribua para regime de
previdência social no exterior, terá suspenso o seu vínculo b) auxílio-funeral;
com o regime do Plano de Seguridade Social do Servidor c) auxílio-reclusão;
Público enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhes
assistindo, neste período, os benefícios do mencionado d) assistência à saúde.
regime de previdência.(Incluído pela Lei nº 10.667, de § 1º As aposentadorias e pensões serão concedidas e
14.5.2003) mantidas pelos órgãos ou entidades aos quais se encontram
§ 3º Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem vinculados os servidores, observado o disposto nos arts. 189
remuneração a manutenção da vinculação ao regime do e 224.
Plano de Seguridade Social do Servidor Público, mediante o § 2º O recebimento indevido de benefícios havidos por
recolhimento mensal da respectiva contribuição, no mesmo fraude, dolo ou má-fé, implicará devolução ao erário do total
percentual devido pelos servidores em atividade, incidente auferido, sem prejuízo da ação penal cabível.
sobre a remuneração total do cargo a que faz jus no exercício
CAPÍTULO II
de suas atribuições, computando-se, para esse efeito,
inclusive, as vantagens pessoais. (Incluído pela Lei nº DOS BENEFÍCIOS
10.667, de 14.5.2003) SEÇÃO I
DA APOSENTADORIA
§ 4º O recolhimento de que trata o § 3º deve ser efetuado até
o segundo dia útil após a data do pagamento das Art. 186. O servidor será aposentado:(Vide art. 40 da
remunerações dos servidores públicos, aplicando-se os Constituição)
procedimentos de cobrança e execução dos tributos I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais
federais quando não recolhidas na data de quando decorrente de acidente em serviço, moléstia
vencimento.(Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003) profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável,
Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura especificada em lei, e proporcionais nos demais casos;
aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família, e II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com
compreende um conjunto de benefícios e ações que proventos proporcionais ao tempo de serviço;
atendam às seguintes finalidades:
III - voluntariamente:
I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença,
invalidez, velhice, acidente em serviço, inatividade, a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30
falecimento e reclusão; (trinta) se mulher, com proventos integrais;
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de
magistério se professor, e 25 (vinte e cinco) se professora,
III - assistência à saúde. com proventos integrais;
Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos nos c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte
termos e condições definidos em regulamento, observadas e cinco) se mulher, com proventos proporcionais a esse
as disposições desta Lei. tempo;
Art. 185. Os benefícios do Plano de Seguridade Social do
servidor compreendem:

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d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer
60 (sessenta) se mulher, com proventos proporcionais ao benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos
tempo de serviço. servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de
transformação ou reclassificação do cargo ou função em que
§ 1º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou
se deu a aposentadoria.
incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, tuberculose
ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia Art. 190. O servidor aposentado com provento proporcional
maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, ao tempo de serviço se acometido de qualquer das
hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, moléstias especificadas no § 1º do art. 186 desta Lei e, por
paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose esse motivo, for considerado inválido por junta médica
anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal oficial passará a perceber provento integral, calculado com
de Paget (osteíte deformante), Síndrome de base no fundamento legal de concessão da
Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar, aposentadoria. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de
com base na medicina especializada. 2009)
§ 2º Nos casos de exercício de atividades consideradas Art. 191. Quando proporcional ao tempo de serviço, o
insalubres ou perigosas, bem como nas hipóteses previstas provento não será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração
no art. 71, a aposentadoria de que trata o inciso III, "a" e "c", da atividade.
observará o disposto em lei específica.
Art. 192. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3º Na hipótese do inciso I o servidor será submetido à
Art. 193. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
junta médica oficial, que atestará a invalidez quando
caracterizada a incapacidade para o desempenho das Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a gratificação
atribuições do cargo ou a impossibilidade de se aplicar o natalina, até o dia vinte do mês de dezembro, em valor
disposto no art. 24.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) equivalente ao respectivo provento, deduzido o
adiantamento recebido.
Art. 187. A aposentadoria compulsória será automática, e
declarada por ato, com vigência a partir do dia imediato Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetivamente
àquele em que o servidor atingir a idade-limite de participado de operações bélicas, durante a Segunda Guerra
permanência no serviço ativo. Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de
1967, será concedida aposentadoria com provento integral,
Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por invalidez
aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo.
vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.
SEÇÃO II
§ 1º A aposentadoria por invalidez será precedida de licença
DO AUXÍLIO-NATALIDADE
para tratamento de saúde, por período não excedente a 24
(vinte e quatro) meses. Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por
§ 2º Expirado o período de licença e não estando em motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao
condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de
servidor será aposentado. natimorto.

§ 3º O lapso de tempo compreendido entre o término da § 1º Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de
licença e a publicação do ato da aposentadoria será 50% (cinqüenta por cento), por nascituro.
considerado como de prorrogação da licença. § 2º O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro
§ 4º Para os fins do disposto no § 1º deste artigo, serão servidor público, quando a parturiente não for servidora.
consideradas apenas as licenças motivadas pela SEÇÃO III
enfermidade ensejadora da invalidez ou doenças DO SALÁRIO-FAMÍLIA
correlacionadas. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 197. O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao
§ 5º A critério da Administração, o servidor em licença para inativo, por dependente econômico.
tratamento de saúde ou aposentado por invalidez poderá
ser convocado a qualquer momento, para avaliação das Parágrafo único. Consideram-se dependentes econômicos
condições que ensejaram o afastamento ou a para efeito de percepção do salário-família:
aposentadoria. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os
Art. 189. O provento da aposentadoria será calculado com enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante,
observância do disposto no § 3º do art. 41, e revisto na até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer
mesma data e proporção, sempre que se modificar a idade;
remuneração dos servidores em atividade.

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II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante dentistas, nas hipóteses em que abranger o campo de
autorização judicial, viver na companhia e às expensas do atuação da odontologia. (Incluído pela Lei nº 11.907, de
servidor, ou do inativo; 2009)
III - a mãe e o pai sem economia própria. Art. 204. A licença para tratamento de saúde inferior a 15
(quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser dispensada
Art. 198. Não se configura a dependência econômica
de perícia oficial, na forma definida em
quando o beneficiário do salário-família perceber
regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
rendimento do trabalho ou de qualquer outra fonte,
inclusive pensão ou provento da aposentadoria, em valor Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica não se
igual ou superior ao salário-mínimo. referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se
tratar de lesões produzidas por acidente em serviço, doença
Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores públicos e
profissional ou qualquer das doenças especificadas no art.
viverem em comum, o salário-família será pago a um deles;
186, § 1º.
quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a
distribuição dos dependentes. Art. 206. O servidor que apresentar indícios de lesões
orgânicas ou funcionais será submetido a inspeção médica.
Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a
madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos Art. 206-A. O servidor será submetido a exames médicos
incapazes. periódicos, nos termos e condições definidos em
regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de
Art. 200. O salário-família não está sujeito a qualquer
2009) (Regulamento).
tributo, nem servirá de base para qualquer
contribuição, inclusive para a Previdência Social. Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput, a União
e suas entidades autárquicas e fundacionais
Art. 201. O afastamento do cargo efetivo, sem
poderão:(Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
remuneração, não acarreta a suspensão do pagamento do
salário-família. I - prestar os exames médicos periódicos diretamente pelo
órgão ou entidade à qual se encontra vinculado o
SEÇÃO IV
servidor; (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
II - celebrar convênio ou instrumento de cooperação ou
Art. 202. Será concedida ao servidor licença para parceria com os órgãos e entidades da administração direta,
tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em suas autarquias e fundações; (Incluído pela Lei nº 12.998, de
perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus. 2014)
Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei será III - celebrar convênios com operadoras de plano de
concedida com base em perícia oficial. (Redação dada pela assistência à saúde, organizadas na modalidade de
Lei nº 11.907, de 2009) autogestão, que possuam autorização de funcionamento do
§ 1º Sempre que necessário, a inspeção médica será órgão regulador, na forma do art. 230; ou (Incluído pela Lei
realizada na residência do servidor ou no estabelecimento nº 12.998, de 2014)
hospitalar onde se encontrar internado. IV - prestar os exames médicos periódicos mediante
§ 2º Inexistindo médico no órgão ou entidade no local onde contrato administrativo, observado o disposto na Lei
se encontra ou tenha exercício em caráter permanente o no 8.666, de 21 de junho de 1993, e demais normas
servidor, e não se configurando as hipóteses previstas nos pertinentes.(Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
parágrafos do art. 230, será aceito atestado passado por SEÇÃO V
médico particular. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
DA LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE E DA
10.12.97)
LICENÇA-PATERNIDADE
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, o atestado somente
Art. 207. Será concedida licença à servidora gestante por
produzirá efeitos depois de recepcionado pela unidade de
120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da
recursos humanos do órgão ou entidade. (Redação dada
remuneração. (Vide Decreto nº 6.690, de 2008)
pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês
§ 4º A licença que exceder o prazo de 120 (cento e vinte) dias
no período de 12 (doze) meses a contar do primeiro dia de de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.
afastamento será concedida mediante avaliação por junta § 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início
médica oficial.(Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009) a partir do parto.
§ 5º A perícia oficial para concessão da licença de que trata
o caput deste artigo, bem como nos demais casos de perícia
oficial previstos nesta Lei, será efetuada por cirurgiões-
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§ 3º No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do Constituição Federal e no art. 2º da Lei nº 10.887, de 18 de
evento, a servidora será submetida a exame médico, e se junho de 2004. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
julgada apta, reassumirá o exercício.
Art. 216. (Revogado pela Medida Provisória nº 664, de
§ 4º No caso de aborto atestado por médico oficial, a 2014) (Vigência) (Revogado pela Lei nº 13.135, de 2015)
servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso
Art. 217. São beneficiários das pensões:
remunerado.
I - o cônjuge; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor
terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias a) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
consecutivos.
b) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis
c) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada
de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser d) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
parcelada em dois períodos de meia hora.
e) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial
II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de
de criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90
fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida
(noventa) dias de licença remunerada.(Vide Decreto nº
judicialmente;(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
6.691, de 2008)
a) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de
criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que b) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
trata este artigo será de 30 (trinta) dias.
c) Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
SEÇÃO VI
d) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO
III - o companheiro ou companheira que comprove união
Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o estável como entidade familiar;(Incluído pela Lei nº 13.135,
servidor acidentado em serviço. de 2015)
Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou IV - o filho de qualquer condição que atenda a um dos
mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou seguintes requisitos:(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.
a) seja menor de 21 (vinte e um) anos; (Incluído pela Lei nº
Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o 13.135, de 2015)
dano:
b) seja inválido;(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo
servidor no exercício do cargo; c)(Vide Lei nº 13.135, de 2015) (Vigência)

II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice- d) tenha deficiência intelectual ou mental; (Redação dada
versa. pela Lei nº 13.846, de 2019)

Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite de V - a mãe e o pai que comprovem dependência econômica
tratamento especializado poderá ser tratado em instituição do servidor; e (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
privada, à conta de recursos públicos. VI - o irmão de qualquer condição que comprove
Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta dependência econômica do servidor e atenda a um dos
médica oficial constitui medida de exceção e somente será requisitos previstos no inciso IV.(Incluído pela Lei nº 13.135,
admissível quando inexistirem meios e recursos adequados de 2015)
em instituição pública. § 1º A concessão de pensão aos beneficiários de que tratam
Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) os incisos I a IV do caput exclui os beneficiários referidos nos
dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem. incisos V e VI.(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

SEÇÃO VII § 2º A concessão de pensão aos beneficiários de que trata o


DA PENSÃO inciso V do caput exclui o beneficiário referido no inciso
VI.(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 215. Por morte do servidor, os seus dependentes, nas
hipóteses legais, fazem jus à pensão por morte, observados § 3º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho
os limites estabelecidos no inciso XI do caput do art. 37 da mediante declaração do servidor e desde que comprovada
dependência econômica, na forma estabelecida em
regulamento.(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

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§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) § 5º Em qualquer hipótese, fica assegurada ao órgão
concessor da pensão por morte a cobrança dos valores
Art. 218. Ocorrendo habilitação de vários titulares à
indevidamente pagos em função de nova
pensão, o seu valor será distribuído em partes iguais entre
habilitação.(Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
os beneficiários habilitados.(Redação dada pela Lei nº
13.135, de 2015) Art. 220. Perde o direito à pensão por morte:(Redação dada
pela Lei nº 13.135, de 2015)
§ 1º (Revogado).(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
I - após o trânsito em julgado, o beneficiário condenado pela
§ 2º (Revogado).(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
prática de crime de que tenha dolosamente resultado a
§ 3º (Revogado).(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) morte do servidor;(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 219. A pensão por morte será devida ao conjunto dos II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira se
dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no
a contar da data: (Redação dada pela Lei nº 13.846, de casamento ou na união estável, ou a formalização desses
2019) com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário,
apuradas em processo judicial no qual será assegurado o
I - do óbito, quando requerida em até 180 (cento e oitenta
direito ao contraditório e à ampla defesa. (Incluído pela Lei
dias) após o óbito, para os filhos menores de 16 (dezesseis)
nº 13.135, de 2015)
anos, ou em até 90 (noventa) dias após o óbito, para os
demais dependentes; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de Art. 221. Será concedida pensão provisória por morte
2019) presumida do servidor, nos seguintes casos:
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária
no inciso I do caput deste artigo; ou (Redação dada pela Lei competente;
nº 13.846, de 2019)
II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio
III - da decisão judicial, na hipótese de morte ou acidente não caracterizado como em serviço;
presumida. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
III - desaparecimento no desempenho das atribuições do
§ 1º A concessão da pensão por morte não será protelada cargo ou em missão de segurança.
pela falta de habilitação de outro possível dependente e a
Parágrafo único. A pensão provisória será transformada em
habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão
vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 5
de dependente só produzirá efeito a partir da data da
(cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual
publicação da portaria de concessão da pensão ao
reaparecimento do servidor, hipótese em que o benefício
dependente habilitado.(Redação dada pela Lei nº 13.846, de
será automaticamente cancelado.
2019)
Art. 222. Acarreta perda da qualidade de beneficiário:
§ 2º Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da
condição de dependente, este poderá requerer a sua I - o seu falecimento;
habilitação provisória ao benefício de pensão por morte,
II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após
exclusivamente para fins de rateio dos valores com outros
a concessão da pensão ao cônjuge;
dependentes, vedado o pagamento da respectiva cota até o
trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a III - a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário
existência de decisão judicial em contrário. (Redação dada inválido, ou o afastamento da deficiência, em se tratando de
pela Lei nº 13.846, de 2019) beneficiário com deficiência, respeitados os períodos
mínimos decorrentes da aplicação das alíneas a e b do inciso
§ 3º Nas ações em que for parte o ente público responsável
VII do caput deste artigo; (Redação dada pela Lei nº
pela concessão da pensão por morte, este poderá proceder
13.846, de 2019)
de ofício à habilitação excepcional da referida pensão,
apenas para efeitos de rateio, descontando-se os valores IV - o implemento da idade de 21 (vinte e um) anos, pelo filho
referentes a esta habilitação das demais cotas, vedado o ou irmão; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado da
V - a acumulação de pensão na forma do art. 225;
respectiva ação, ressalvada a existência de decisão judicial
em contrário. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) VI - a renúncia expressa; e (Redação dada pela Lei nº
13.135, de 2015)
§ 4º Julgada improcedente a ação prevista no § 2º ou § 3º
deste artigo, o valor retido será corrigido pelos índices legais VII - em relação aos beneficiários de que tratam os incisos I
de reajustamento e será pago de forma proporcional aos a III do caput do art. 217: (Incluído pela Lei nº 13.135, de
demais dependentes, de acordo com as suas cotas e o 2015)
tempo de duração de seus benefícios.(Incluído pela Lei nº
13.846, de 2019)
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a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que “a” e “b” do inciso VII do caput.(Incluído pela Lei nº 13.135,
o servidor tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais de 2015)
ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados
§ 5º Na hipótese de o servidor falecido estar, na data de seu
em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do
falecimento, obrigado por determinação judicial a pagar
servidor; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou
b) o decurso dos seguintes períodos, estabelecidos de ex-companheira, a pensão por morte será devida pelo prazo
acordo com a idade do pensionista na data de óbito do remanescente na data do óbito, caso não incida outra
servidor, depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições hipótese de cancelamento anterior do benefício.(Redação
mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
casamento ou da união estável: (Incluído pela Lei nº 13.135,
§ 6º O beneficiário que não atender à convocação de que
de 2015)
trata o § 1º deste artigo terá o benefício suspenso,
1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 95 da
idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015.(Redação dada pela Lei
nº 13.846, de 2019)
2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos
de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) § 7º O exercício de atividade remunerada, inclusive na
condição de microempreendedor individual, não impede a
3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove)
concessão ou manutenção da cota da pensão de
anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
dependente com deficiência intelectual ou mental ou com
4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de deficiência grave.(Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
§ 8º No ato de requerimento de benefícios previdenciários,
5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e não será exigida apresentação de termo de curatela de
três) anos de idade;(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) titular ou de beneficiário com deficiência, observados os
procedimentos a serem estabelecidos em
6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de
regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
idade. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a
§ 1º A critério da administração, o beneficiário de pensão
respectiva cota reverterá para os
cuja preservação seja motivada por invalidez, por
cobeneficiários. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
incapacidade ou por deficiência poderá ser convocado a
2015)
qualquer momento para avaliação das referidas
condições. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) I - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
§ 2º Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida no II - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
inciso III ou os prazos previstos na alínea “b” do inciso VII,
Art. 224. As pensões serão automaticamente atualizadas
ambos do caput, se o óbito do servidor decorrer de acidente
na mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos
de qualquer natureza ou de doença profissional ou do
vencimentos dos servidores, aplicando-se o disposto no
trabalho, independentemente do recolhimento de 18
parágrafo único do art. 189.
(dezoito) contribuições mensais ou da comprovação de 2
(dois) anos de casamento ou de união estável. (Incluído Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a
pela Lei nº 13.135, de 2015) percepção cumulativa de pensão deixada por mais de um
cônjuge ou companheiro ou companheira e de mais de 2
§ 3º Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde
(duas) pensões. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
que nesse período se verifique o incremento mínimo de um
ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, SEÇÃO VIII
correspondente à expectativa de sobrevida da população DO AUXÍLIO-FUNERAL
brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números
inteiros, novas idades para os fins previstos na alínea “b” do Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do servidor
inciso VII do caput, em ato do Ministro de Estado do falecido na atividade ou aposentado, em valor equivalente a
Planejamento, Orçamento e Gestão, limitado o acréscimo um mês da remuneração ou provento.
na comparação com as idades anteriores ao referido § 1º No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será
incremento.(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) pago somente em razão do cargo de maior remuneração.
§ 4º O tempo de contribuição a Regime Próprio de § 2º (VETADO).
Previdência Social (RPPS) ou ao Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) será considerado na contagem § 3º O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e oito)
das 18 (dezoito) contribuições mensais referidas nas alíneas horas, por meio de procedimento sumaríssimo, à pessoa da
família que houver custeado o funeral.

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Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, este será § 2º Na impossibilidade, devidamente justificada, da
indenizado, observado o disposto no artigo anterior. aplicação do disposto no parágrafo anterior, o órgão ou
entidade promoverá a contratação da prestação de serviços
Art. 228. Em caso de falecimento de servidor em serviço
por pessoa jurídica, que constituirá junta médica
fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas
especificamente para esses fins, indicando os nomes e
de transporte do corpo correrão à conta de recursos da
especialidades dos seus integrantes, com a comprovação de
União, autarquia ou fundação pública.
suas habilitações e de que não estejam respondendo a
SEÇÃO IX processo disciplinar junto à entidade fiscalizadora da
DO AUXÍLIO-RECLUSÃO profissão.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio- § 3º Para os fins do disposto no caput deste artigo, ficam a
reclusão, nos seguintes valores: União e suas entidades autárquicas e fundacionais
autorizadas a:(Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
I - dois terços da remuneração, quando afastado por motivo
de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada pela I - celebrar convênios exclusivamente para a prestação de
autoridade competente, enquanto perdurar a prisão; serviços de assistência à saúde para os seus servidores ou
empregados ativos, aposentados, pensionistas, bem como
II - metade da remuneração, durante o afastamento, em para seus respectivos grupos familiares definidos, com
virtude de condenação, por sentença definitiva, a pena que entidades de autogestão por elas patrocinadas por meio de
não determine a perda de cargo. instrumentos jurídicos efetivamente celebrados e
§ 1º Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servidor publicados até 12 de fevereiro de 2006 e que possuam
terá direito à integralização da remuneração, desde que autorização de funcionamento do órgão regulador, sendo
absolvido. certo que os convênios celebrados depois dessa data
somente poderão sê-lo na forma da regulamentação
§ 2º O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do dia específica sobre patrocínio de autogestões, a ser publicada
imediato àquele em que o servidor for posto em liberdade, pelo mesmo órgão regulador, no prazo de 180 (cento e
ainda que condicional. oitenta) dias da vigência desta Lei, normas essas também
§ 3º Ressalvado o disposto neste artigo, o auxílio-reclusão aplicáveis aos convênios existentes até 12 de fevereiro de
será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, 2006; (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
aos dependentes do segurado recolhido à prisão.(Incluído II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei n o 8.666,
pela Lei nº 13.135, de 2015) de 21 de junho de 1993, operadoras de planos e seguros
CAPÍTULO III privados de assistência à saúde que possuam autorização de
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE funcionamento do órgão regulador; (Incluído pela Lei nº
11.302 de 2006)
Art. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo,
e de sua família compreende assistência médica, hospitalar, III - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
odontológica, psicológica e farmacêutica, terá como diretriz § 4º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
básica o implemento de ações preventivas voltadas para a
promoção da saúde e será prestada pelo Sistema Único de § 5º O valor do ressarcimento fica limitado ao total
Saúde – SUS, diretamente pelo órgão ou entidade ao qual despendido pelo servidor ou pensionista civil com plano ou
estiver vinculado o servidor, ou mediante convênio ou seguro privado de assistência à saúde. (Incluído pela Lei nº
contrato, ou ainda na forma de auxílio, mediante 11.302 de 2006)
ressarcimento parcial do valor despendido pelo servidor, CAPÍTULO IV
ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com DO CUSTEIO
planos ou seguros privados de assistência à saúde, na forma
estabelecida em regulamento.(Redação dada pela Lei nº Art. 231. (Revogado pela Lei nº 9.783, de 28.01.99)
11.302 de 2006) TÍTULO VII
§ 1º Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja exigida CAPÍTULO ÚNICO
perícia, avaliação ou inspeção médica, na ausência de DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL
médico ou junta médica oficial, para a sua realização o órgão INTERESSE PÚBLICO
ou entidade celebrará, preferencialmente, convênio com
unidades de atendimento do sistema público de saúde, Art. 232. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93)
entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade Art. 233. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93)
pública, ou com o Instituto Nacional do Seguro Social - Art. 234. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93)
INSS. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 235. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93)

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TÍTULO VIII TÍTULO IX


CAPÍTULO ÚNICO CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 236. O Dia do Servidor Público será comemorado a Art. 243. Ficam submetidos ao regime jurídico instituído
vinte e oito de outubro. por esta Lei, na qualidade de servidores públicos, os
servidores dos Poderes da União, dos ex-Territórios, das
Art. 237. Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes
autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações
Executivo, Legislativo e Judiciário, os seguintes incentivos
públicas, regidos pela Lei nº 1.711, de 28 de outubro de
funcionais, além daqueles já previstos nos respectivos
1952 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, ou
planos de carreira:
pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada
I - prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, exceto os
trabalhos que favoreçam o aumento de produtividade e a contratados por prazo determinado, cujos contratos não
redução dos custos operacionais; poderão ser prorrogados após o vencimento do prazo de
prorrogação.
II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito,
condecoração e elogio. § 1º Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no
regime instituído por esta Lei ficam transformados em
Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei serão contados em
cargos, na data de sua publicação.
dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o
do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil § 2º As funções de confiança exercidas por pessoas não
seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja integrantes de tabela permanente do órgão ou entidade
expediente. onde têm exercício ficam transformadas em cargos em
comissão, e mantidas enquanto não for implantado o plano
Art. 239. Por motivo de crença religiosa ou de convicção
de cargos dos órgãos ou entidades na forma da lei.
filosófica ou política, o servidor não poderá ser privado de
quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua § 3º As Funções de Assessoramento Superior - FAS,
vida funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus exercidas por servidor integrante de quadro ou tabela de
deveres. pessoal, ficam extintas na data da vigência desta Lei.
Art. 240. Ao servidor público civil é assegurado, nos termos § 4º (VETADO).
da Constituição Federal, o direito à livre associação sindical
§ 5º O regime jurídico desta Lei é extensivo aos
e os seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes:
serventuários da Justiça, remunerados com recursos da
a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como União, no que couber.
substituto processual;
§ 6º Os empregos dos servidores estrangeiros com
b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano após estabilidade no serviço público, enquanto não adquirirem a
o final do mandato, exceto se a pedido; nacionalidade brasileira, passarão a integrar tabela em
extinção, do respectivo órgão ou entidade, sem prejuízo dos
c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical
direitos inerentes aos planos de carreira aos quais se
a que for filiado, o valor das mensalidades e contribuições
encontrem vinculados os empregos.
definidas em assembléia geral da categoria.
§ 7º Os servidores públicos de que trata o caput deste
d) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
artigo, não amparados pelo art. 19 do Ato das Disposições
e)(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Constitucionais Transitórias, poderão, no interesse da
Administração e conforme critérios estabelecidos em
Art. 241. Consideram-se da família do servidor, além do
regulamento, ser exonerados mediante indenização de um
cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas
mês de remuneração por ano de efetivo exercício no serviço
expensas e constem do seu assentamento individual.
público federal. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. Equipara-se ao cônjuge a companheira ou
§ 8º Para fins de incidência do imposto de renda na fonte e
companheiro, que comprove união estável como entidade
na declaração de rendimentos, serão considerados como
familiar.
indenizações isentas os pagamentos efetuados a título de
Art. 242. Para os fins desta Lei, considera-se sede o indenização prevista no parágrafo anterior. (Incluído pela
município onde a repartição estiver instalada e onde o Lei nº 9.527, de 10.12.97)
servidor tiver exercício, em caráter permanente.
§ 9º Os cargos vagos em decorrência da aplicação do
disposto no § 7º poderão ser extintos pelo Poder Executivo
quando considerados desnecessários.(Incluído pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)

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Art. 244. Os adicionais por tempo de serviço, já concedidos TÍTULO I


aos servidores abrangidos por esta Lei, ficam transformados CAPÍTULO ÚNICO
em anuênio. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 245. A licença especial disciplinada pelo art. 116 da Lei Art. 1º. O presente Estatuto estabelece o regime jurídico dos
nº 1.711, de 1952, ou por outro diploma legal, fica funcionários civís do Poder Executivo do Estado do Paraná.
transformada em licença-prêmio por assiduidade, na forma
prevista nos arts. 87 a 90. Art. 2º. Funcionário é a pessoa legalmente investida em
cargo público, que percebe dos cofres estaduais
Art. 246. (VETADO). vencimentos ou remuneração pelos serviços prestados.
Art. 247. Para efeito do disposto no Título VI desta Lei, TÍTULO II
haverá ajuste de contas com a Previdência Social, DOS CARGOS E DA FUNÇÃO GRATIFICADA
correspondente ao período de contribuição por parte dos CAPÍTULO I
servidores celetistas abrangidos pelo art. 243. (Redação
DOS CARGOS
dada pela Lei nº 8.162, de 8.1.91)
SEÇÃO I
Art. 248. As pensões estatutárias, concedidas até a vigência DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
desta Lei, passam a ser mantidas pelo órgão ou entidade de
origem do servidor. Art. 3º. Cargo é o conjunto de atribuições e
responsabilidades cometidas a um funcionário,
Art. 249. Até a edição da lei prevista no § 1º do art. 231, os identificando-se pelas características de criação por lei,
servidores abrangidos por esta Lei contribuirão na forma e denominação própria, número certo e pagamento pelos
nos percentuais atualmente estabelecidos para o servidor cofres do Estado.
civil da União conforme regulamento próprio.
Art. 4º. Os cargos públicos do Poder Executivo do Estado do
Art. 250. O servidor que já tiver satisfeito ou vier a satisfazer, Paraná são acessíveis a todos os brasileiros, preenchidas as
dentro de 1 (um) ano, as condições necessárias para a condições prescritas em lei e regulamento.
aposentadoria nos termos do inciso II do art. 184 do antigo
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, Lei n° Art. 5º. A nomeação em caráter efetivo para cargo público
1.711, de 28 de outubro de 1952, aposentar-se-á com a exige aprovação prévia em concurso público de provas ou de
vantagem prevista naquele dispositivo. (Mantido pelo provas e títulos, salvo as exceções legais.
Congresso Nacional) Art. 6º. É vedada a atribuição, ao funcionário, de encargos
Art. 251. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) ou serviços diferentes das tarefas próprias do seu cargo,
como tal definidas em lei ou regulamento, ressalvado o caso
Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, de readaptação por redução da capacidade física e
com efeitos financeiros a partir do primeiro dia do mês deficiência de saúde, na forma do art. 120, inciso I.
subseqüente.
Art. 7º. Os cargos podem ser de provimento efetivo ou de
Art. 253. Ficam revogadas a Lei nº 1.711, de 28 de outubro provimento de comissão.
de 1952, e respectiva legislação complementar, bem como
as demais disposições em contrário. SEÇÃO II
DOS CARGOS DE PROVIMENTO EFETIVO
Brasília, 11 de dezembro de 1990; 169º da Independência e
102º da República. Art. 8º. Os cargos de provimento efetivo se dispõem em
classes singulares ou séries de classes.
FERNANDO COLLOR
Jarbas Passarinho Parágrafo único. Declarados extintos ao vagarem, os cargos
de provimento efetivo não precisam conformar-se ao
Este texto não substitui o publicado no DOU de 12.12.1990 disposto neste artigo.
e republicado em 18.3.1998
Art. 9º. As classes e séries de classes integram grupos
ocupacionais, que se compõem em Serviços.
Lei nº 6.174/1970
Art. 10. Para os efeitos desta lei:
Estabelece o regime jurídico dos funcionários civís do
Poder Executivo do Estado do Paraná. I - Classe é o agrupamento de cargos da mesma
denominação e com iguais atribuições e responsabilidades;
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu
sanciono a seguinte lei: II - Série de Classes é o conjunto de classes da mesma
natureza de trabalho, dispostas hierarquicamente, de
acôrdo com o grau de complexidade ou dificuldade das

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atribuições e com o nível de responsabilidade, constituindo I - Parte Permanente;


a linha natural de promoção do funcionário;
II - Parte Suplementar.
III - Grupo Ocupacional é o conjunto de séries de classes ou
§ 1°. A Parte Permanente é integrada pelos cargos de
classes que dizem respeito a atividades profissionais
provimento efetivo e em comissão, considerados essenciais
correlatas ou afins, quanto à natureza dos respectivos
à Administração.
trabalhos ou ao ramo de conhecimentos aplicados em seu
desempenho; § 2º. A Parte Suplementar agrupa os cargos
automaticamente suprimidos, quando vagarem, assim
IV - Serviço é a justaposição de grupos ocupacionais, tendo
estabelecidos em lei.
em vista a similaridade ou a conexidade das respectivas
atividades profissionais. § 3º. A lotação numérica dos órgãos da Administração
Direta, a ser atendida com o pessoal integrante do Quadro,
Art. 11. As atribuições, responsabilidades e características
é regulada por Decreto executivo.
pertinentes a cada classe são especificadas em
regulamento. CAPÍTULO III
DA FUNÇÃO GRATIFICADA
Parágrafo único. As especificações para cada classe
compreendem, além de outros, os seguintes elementos: Art. 15. A função gratificada é vantagem acessória ao
denominação, código, descrição sintética das atribuições e vencimento do funcionário, não constitui emprêgo e é
responsabilidades, exemplos típicos de tarefas, atribuída pelo exercício de encargos de chefia,
características especiais, qualificações exigidas, forma de assessoramento, secretariado e outros para cujo
recrutamento, linhas de promoção e de acesso. desempenho não se justifique que a criação de cargo em
SEÇÃO III comissão.
DOS CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO § 1º. Desde que haja recursos orçamentários para êsse fim,
o Poder Executivo poderá criar funções gratificadas, para
Art. 12. Os cargos de provimento em comissão se destinam
atribuições previstas em regulamento próprio, onde se
a atender encargos de direção, de chefia, de consulta ou de
estabelecerá a competência para designar os servidores
assessoramento.
para exercê-las.
§ 1º. Os cargos de que trata êste artigo são providos através
§ 2º. A dispensa da função gratificada cabe à autoridade
de livre escolha do Chefe do Poder Executivo, por pessoas
competente para a respectiva designação.
que reúnam as condições necessárias à investidura no
serviço público e competência profissional. § 3º. A designação para função gratificada vigora a partir da
data da publicação do respectivo ato, competindo à
§ 2º. A escolha dos ocupantes de cargos em comissão
autoridade a que se subordinará o funcionário designado
poderá recair, ou não, em funcionários do Estado.
dar-lhe exercício imediato.
§ 3º. No caso de recair a escolha em funcionário de órgão
Art. 16. O Chefe do Poder Executivo Estadual é a autoridade
público não subordinado ao Govêrno Estadual, o ato de
competente para regulamentar e classificar as funções
nomeação será precedido da necessária autorização da
gratificadas, com base, entre outros, nos princípios de
autoridade competente.
hierarquia funcional, analogia das funções, importância,
§ 4º. Sempre que o interêsse da Administração o exigir, o vulto e complexidade das respectivas atribuições.
Chefe do Poder Executivo poderá dispensar os requisitos
§ 1º. Na regulamentação determinar-se-á a correlação
relativos à habilitação profissional legalmente indicada em
fundamental entre as atribuições do cargo efetivo e as da
cada caso, salvo quando por lei fôr exigida habilitação de
função gratificada, para cujo exercício fôr designado o
nível técnico-científico.
funcionário.
§ 5º. A posse em cargo em comissão determina o
§ 2º. Sempre que o interêsse público o exigir, o Chefe do
concomitante afastamento do funcionário do cargo efetivo
Poder Executivo poderá dispensar, em cada caso e
de que fôr titular, ressalvados os casos de acumulação legal
temporáriamente, a correlação a que alude o parágrafo
comprovada.
anterior.
Art. 13. As atribuições e responsabilidades dos cargos em
Art. 17. As gratificações de função têm os valores fixados em
comissão são definidas nas leis próprias ou nos
lei.
regulamentos das respectivas repartições.
CAPÍTULO II
DO QUADRO DE PESSOAL
Art. 14. O Quadro compreende:

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TÍTULO III I - existência de vaga, com os elementos capazes de


DO PROVIMENTO DOS CARGOS identificá-la;
CAPÍTULO I II - em caso de acumulação de cargos, referência ao ato ou
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES processo em que foi autorizada.
Art. 18. Os cargos públicos são providos por: CAPITULO II
I - nomeação; DA NOMEAÇÃO

II - promoção; Art. 24. A nomeação será feita:

III - acesso; I - em caráter vitalício, nos casos expressamente previstos


na Constituição;
IV - transferência;
II - em caráter efetivo, quando se tratar de nomeação para
V - readmissão; classe singular ou para classe inicial de série de classes;
VI - reintegração; III - em comissão, quando se tratar de cargo que, em virtude
VII - aproveitamento; de lei, assim deva ser provido;
VIII - reversão; (vide Decreto 724 de 27/02/2019) (vide Decreto 2759 de
19/09/2019)
IX - readaptação.
IV - em substituição, no impedimento legal de ocupante de
Art. 19. A primeira investidura em cargo de provimento cargo em comissão.
efetivo dependerá de habilitação em concurso público de
provas ou de provas e títulos, asseguradas as mesmas Art. 25. A nomeação observará o número de vagas
oportunidades para todos, observados os casos previstos existentes, obedecerá rigorosamente à ordem de
em lei, em que a investidura dependa também de classificação no concurso e será feita para a respectiva classe
habilitação em curso mantido por instituição oficial do singular ou classe inicial da série de classes, atendido o
Estado. requisito de aprovação em exame de saúde, ressalvados os
casos de incapacidade física parcial, que, de acôrdo com a
Parágrafo único. ... Vetado ... . lei, não impeçam o exercício do cargo.
Art. 20. Excetuados os casos de acumulação previstos em lei Art. 26. Será tornada sem efeito a nomeação quando, por
e verificados pelo órgão competente, não poderá o ato ou omissão pelos quais fôr responsável o nomeado, a
funcionário, sem prejuízo do seu cargo, ser provido em outro posse não se verificar no prazo estabelecido no art. 41.
cargo efetivo.
CAPÍTULO III
Art. 21. Compete ao Chefe do Poder Executivo prover, por
DO CONCURSO
decreto, os cargos públicos estaduais, na conformidade da
Constituição e das leis em vigor. Art. 27. A realização de concurso para provimento de cargos
do Quadro Único caberá ao órgão central do Pessoal do
Art. 22. Pode ser provido em cargo público somente quem
Estado.
satisfizer os requisitos seguintes:
Art. 28. Os concursos são de provas ou de provas e títulos.
I - ser brasileiro;
Art. 29. O concurso de que trata o art. 5º., será realizado
II - ser maior de dezoito anos;
para o provimento de cargos vagos nas classes iniciais das
III - haver cumprido as obrigações e os encargos militares séries de classes ou nas classes singulares que não estejam
previstos em lei; sujeitas a regime de provimento por acesso.
IV - estar em pleno gôzo dos direitos políticos; Art. 30. Das instruções para o concurso constarão: o limite
de idade dos candidatos, que não poderá exceder de
V - ter boa conduta;
quarenta e cinco anos completos; o número de vagas a
VI - gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica; serem providas, distribuídas por especialização; o prazo de
validade do concurso, de dois anos, prorrogável a juízo do
VII - possuir aptidão para o exercício do cargo;
Chefe do Poder Executivo.
VIII - ter satisfeito as condições especiais previstas para
Parágrafo único. (Revogado pela Lei 12689 de 18/10/1999)
determinados cargos.
Art. 31. Encerradas as inscrições, legalmente processadas,
Art. 23. Sob pena de responsabilidade da autoridade que der
para concurso destinado ao provimento de qualquer cargo,
posse, o ato de provimento deverá conter as seguintes
não se abrirão novas antes de sua realização.
indicações:

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Art. 32. Independe de limite de idade a inscrição em Art. 38. No ato da posse, será apresentada declaração, pelo
concurso de funcionário do Estado, da Administração direta funcionário empossado, dos bens e valôres que constituem
ou indireta quando o provimento do cargo objeto do o seu patrimônio, nos têrmos da regulamentação própria.
concurso não vier a ensejar acumulação com cargo já
Art. 39. Poderá haver posse por procuração, com poderes
ocupado pelo candidato.
expressos, quando se tratar de funcionário ausente do País,
Art. 33. O ocupante interino de cargo será inscrito ex- em missão do Govêrno, ou, ainda, em casos especiais, a
officio no primeiro concurso que se realizar, devendo juizo da autoridade competente.
satisfazer as formalidades da inscrição.
Art. 40. A autoridade que der posse verificará, sob pena de
Parágrafo único. Homologado o concurso, serão responsabilidade, se foram satisfeitas as condições legais
exonerados todos os interinos. para êsse fim.
CAPÍTULO IV Parágrafo único. Nenhum funcionário poderá tomar posse
DA POSSE sem exibir o título de nomeação.

Art. 34. Posse é o ato que completa a investidura em cargo Art. 41. A posse terá lugar no prazo de trinta dias da
público. publicação, no órgão oficial de divulgação, do ato de
provimento.
Parágrafo único. Independem de posse os casos de
promoção, acesso, reintegração e designação para função § 1º. A requerimento do interessado ou de seu
gratificada. representante legal, o prazo para a posse poderá ser
prorrogado ou revalidado pela autoridade competente, até
Art. 35. São requisitos para a posse, além dos exigidos pelo o máximo de trinta dias, a contar do término do prazo de que
art. 22: trata êste artigo.
I - habilitação prévia em concurso público, nos casos de § 2º. O prazo inicial para o funcionário em férias ou em
provimento efetivo em cargo inicial; licença, exceto no caso de licença para tratar de interêsses
II - cumprimento das condições especiais previstas em lei ou particulares, será contado da data em que o funcionário
regulamento para determinados cargos ou séries de classes. voltar ao serviço.

§ 1º. A prova das condições a que se referem os incisos I e II, § 3º. Se a posse não se der dentro do prazo inicial e da
do art. 22 e inciso I, dêste artigo, não será exigida nos casos prorrogação ou da revalidação, desde que concedidas, será
dos incisos IV, V, VII, VIII e IX, do art. 18. a nomeação tornada sem efeito, por decreto.

§ 2º. Salvo menção expressa do regime de acumulação no CAPÍTULO V


ato de posse, ninguém poderá ser empossado em cargo DA FIANÇA
efetivo, sem declarar que não exerce outro cargo ou função
Art. 42. O funcionário nomeado para cargo cujo provimento
pública da União, dos Estados, dos Municípios, de
dependa da prestação de fiança não poderá entrar em
autarquias, emprêsas públicas, sociedades de economia
exercício sem prévia satisfação dessa exigência.
mista ou fundações instituidas pelo Poder Público, ou sem
provar que solicitou exoneração ou dispensa do cargo ou § 1º. A fiança poderá ser prestada em:
função que ocupava em qualquer dessas entidades.
I - dinheiro;
Art. 36. São competentes para dar posse:
II - título da dívida pública;
I - O Chefe do Poder Executivo, às autoridades que lhe sejam
III - apólice de seguro de fidelidade funcional, emitida por
diretamente subordinadas;
instituição oficial ou legalmente autorizada para êsse fim.
II - O Secretário de Estado, aos nomeados para cargos em
§ 2º. Não se admitirá o levantamento da fiança antes de
comissão, até o nível departamental, inclusive;
tomadas as contas do funcionário.
III - Os Diretores, aos funcionários que lhes forem
CAPÍTULO VI
subordinados.
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 37. A posse verificar-se-á mediante a lavratura de um
têrmo, no qual o nomeado prestará o compromisso de Art. 43. Estágio probatório é o período de dois anos de
desempenhar com lealdade e exação os deveres do cargo e efetivo exercício, a contar da data do início dêste, durante o
cumprir fielmente a Constituição, as leis e regulamentos, qual são apurados os requisitos necessários à confirmação
envidando esforços em bem do Estado e do regime. do funcionário no cargo efetivo para o qual foi nomeado.

Parágrafo único. O têrmo será assinado pelo nomeado e § 1º. Os requisitos de que trata êste artigo são os seguintes:
pela autoridade que lhe der posse. I - idoneidade moral;

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II - assiduidade; Art. 48. Será demitido o funcionário que não entrar em


exercício no prazo de trinta dias e aquêle que interromper o
III - disciplina;
exercício por igual prazo, ressalvados os casos que
IV - eficiência. encontrem amparo em outras disposições dêste Estatuto.
§ 2º. Para efeito do estágio probatório será contada a Art. 49. O número de dias que o funcionário gastar em
interinidade no mesmo cargo, desde que não tenha havido viagem para entrar em exercício será considerado, para
interrupção. todos os efeitos, como de efetivo exercício.
§ 3º. Quando funcionário em estágio probatório não Art. 50. O funcionário terá exercício na unidade
preencher qualquer dos requisitos enumerados no § 1º. administrativa em que fôr lotado.
dêste artigo, caberá ao seu chefe imediato, sob pena de
§ 1º. Nenhum funcionário poderá ter exercício em unidade
responsabilidade, iniciar o processo competente, dando
administrativa diferente daquela em que estiver lotado,
ciência do fato ao interessado.
salvo os casos previstos neste Estatuto ou prévia
§ 4º. O processo referido no parágrafo anterior se autorização do Chefe do Poder Executivo.
conformará ao que dispuser a regulamentação própria.
§ 2º. Na hipótese do parágrafo anterior, o afastamento do
§ 5º. Na ausência da iniciativa do Chefe imediato do funcionário só será permitido para fim determinado e por
estagiário de que trata o § 3º., dêste artigo, será êste prazo certo.
automaticamente confirmado no cargo.
Art. 51. Entende-se por lotação o número de servidores, por
CAPÍTULO VII categoria funcional, que devem ter exercício em cada
DO EXERCÍCIO unidade administrativa.
SEÇÃO I Art. 52. O afastamento do funcionário só se verifica nos
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES casos previstos neste Estatuto.
Art. 44. O início, a interrupção e o reinício do exercício serão § 1º. O afastamento não se prolongará por mais de oito anos
registrados no assentamento individual do funcionário. consecutivos, salvo quando para o exercício de cargo de
Parágrafo único. O início do exercício e as alterações que direção ou em comissão nos Governos da União, dos
nêste ocorrerem serão comunicados pelo Chefe da Estados ou dos Municípios, ou na hipótese de funcionários à
repartição ou serviço em que estiver lotado o funcionário ao disposição da Presidência da República, ou, ainda, para
órgão competente. exercício de cargo eletivo no âmbito federal, estadual ou
municipal, casos em que poderá permanecer afastado
Art. 45. Ao Chefe da unidade administrativa para a qual fôr durante o tempo em que perdurar a comissão ou a
designado o funcionário compete dar-lhe exercício. requisição, ou durante o prazo do respectivo mandato.
Art. 46. O exercício do cargo ou da função terá início no (Redação dada pela Lei 12976 de 17/11/2000)
prazo de trinta dias contados da data: § 2º. Nenhum funcionário poderá ausentar-se do Estado,
I - da publicação oficial do ato, no caso de reintegração, para estudo ou missão de qualquer natureza, com ou sem
remoção e transferência; ônus para os cofres públicos, sem autorização ou
designação expressa do Chefe do Poder Executivo.
II - da posse, nos demais casos.
§ 3º. Prêso preventivamente, pronunciado por crime comum
§ 1º. Os prazos previstos neste artigo poderão ser ou denunciado por crime funcional, ou, ainda, condenado
prorrogados, por solicitação do interessado e a juízo da por crime inafiançável em processo no qual não haja
autoridade competente, desde que a prorrogação não pronúncia, o funcionário será afastado do exercício, até
exceda de trinta dias. decisão final passada em julgado.
§ 2º. O funcionário removido ou transferido, quando § 4º. Durante o afastamento, o funcionário perderá um têrço
licenciado, terá quinze dias de prazo para entrar em do vencimento ou remuneração, tendo direito à diferença,
exercício, a partir do término da licença. se fôr, a final, absolvido.
§ 3º. O funcionário removido ou transferido para repartição § 5º. No caso de condenação, se esta não fôr de natureza que
situada na mesma sede, terá oito dias de prazo para entrar determine a demissão do funcionário, continuará o mesmo
em exercício. afastado do exercício, nos têrmos do disposto pelo Art. 160.
Art. 47. A promoção não interrompe o exercício, que é SEÇÃO II
contado na nova classe a partir da data da publicação do ato DO REGIME DE TRABALHO
que promover o funcionário.
Art. 53. O Chefe do Poder Executivo determinará, por
decreto, quando não discriminados em lei ou regulamento:

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I - para as repartições, horários de trabalho normal; II - aos que exerçam atividades científicas;
II - para cada cargo, o mínimo de horas exigíveis por semana, III - aos que exerçam atividades de natureza técnica;
especialmente se sua natureza acarreta prestação de
IV - a ocupante de cargo ou função que envolva
serviços à noite, sábados, domingos e feriados;
responsabilidade de direção, chefia ou assessoramento;
III - o regime de trabalho em turnos, quando fôr
V - ao conjunto de funcionários de determinadas unidades
aconselhável, indicando o número certo de horas de
administrativas ou de setôres das mesmas, quando a
trabalho exigível por semana, respeitada a legislação em
natureza do trabalho o exigir.
vigor;
§ 1º. Em casos excepcionais, devidamente justificados, o
IV - quais os funcionários que, em virtude das atribuições
regime de tempo integral e dedicação exclusiva poderá ser
que desempenham, não estão obrigados a "ponto".
aplicado, individualmente, a qualquer funcionário que esteja
§ 1º. O horário de trabalho normal, estabelecido para todos incluído numa das hipóteses indicadas neste artigo,
os serviços estaduais, ou para determinados órgãos, cargos mediante proposta do dirigente da unidade administrativa.
ou funções, não poderá exceder a quarenta horas, nem ser (Renumerado pela Lei 6188 de 29/03/1971)
inferior a trinta e duas horas e meia semanais.
§ 2º. A disposição dêste artigo não se aplica aos titulares de
§ 2º. Excetua-se do limite mínimo fixado no parágrafo cargos que, pela sua natureza, exigem tempo integral e
anterior, o regime de trabalho expressamente estabelecido dedicação exclusiva, especialmente os da Polícia Militar do
em lei para os funcionários que operem com Raios X e Estado, do Ministério Público, da magistratura, bem como
substâncias radioativas, próximos às fontes de irradiação, e os de conselheiro, auditor e procurador do Tribunal de
outros abrangidos por legislação federal específica. Contas. (Incluído pela Lei 6188 de 29/03/1971)
§ 3º. Não haverá expediente aos sábados nos órgãos da Art. 57. O regime de trabalho, a que se refere o artigo
Administração direta e indireta do Estado, exceção anterior, poderá ser aplicado em caráter obrigatório, a
daqueles que, pela sua natureza especial de segurança, critério do Chefe do Poder Executivo, tendo em vista a
ensino, saúde e imprensa, sejam imprescindíveis à essencialidade, complexidade e responsabilidade de
comunidade. determinadas funções, cargos ou atribuições, bem como as
(Incluído pela Lei 6291 de 22/06/1972) condições e a natureza do trabalho das unidades
administrativas correspondentes.
Art. 54. A frequência ao serviço será apurada:
Art. 58. Considera-se regime de tempo integral o exercício
I - através de "ponto";
da atividade funcional sob dedicação exclusiva, ficando o
II - pela forma determinada pelo Chefe do Poder Executivo, funcionário proibido de exercer cumulativamente outro
quanto a funcionários não obrigados a "ponto". cargo, função ou atividade particular de caráter profissional
ou público de qualquer natureza.
Parágrafo único. "Ponto" é o contrôle diário do
comparecimento e da permanência do funcionário no Parágrafo único. Não se compreendem na proibição dêste
serviço, devendo, registrar todos os elementos necessários artigo:
à apuração da frequência, preferentemente por meios
I - o exercício em um órgão de deliberação coletiva, desde
mecânicos.
que relacionado com o cargo exercido em tempo integral;
Art. 55. Nos dias úteis, só por determinação do Chefe do
II - as atividades que, sem caráter de emprêgo, se destinam
Poder Executivo podem deixar de funcionar as repartições
à difusão e aplicação de idéias e conhecimentos, excluídas
estaduais ou ser suspensos os seus trabalhos.
as que prejudiquem ou impossibilitem a execução das
Parágrafo único. nos casos especiais, em que se deva, por tarefas inerentes ao regime de tempo integral;
motivo de segurança ou fôrça maior, suspender os trabalhos
III - a prestação de assistência não remunerada a outros
da repartição, essa medida será determinada pelo
serviços, visando à aplicação de conhecimentos técnicos ou
Secretário do Estado ou Diretor de Departamento
científicos, quando solicitada através da repartição a que
autônomo, ad referendum do Chefe do Poder Executivo.
pertence o funcionário.
SEÇÃO III
Art. 59. O funcionário que se achar legalmente acumulando
DO REGIME DE TEMPO INTEGRAL E DEDICAÇÃO
e fôr colocado em regime de tempo integral em razão de um
EXCLUSIVA dos cargos, será automaticamente afastado de outro, com
Art. 56. O regime de tempo integral e dedicação exclusiva perda de vencimentos e demais vantagens financeiras, a
poderá ser aplicado, no interêsse da Administração e partir da data em que assinar o competente têrmo de
ressalvado o direito de opção, na forma que a lei dispuser: compromisso.

I - aos que exerçam atividades de pesquisas;

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§ 1º. Na hipótese prevista neste artigo e quando o § 2º. Cessados os motivos de desvio de função ou decorrido
funcionário ocupar cargo de provimento em comissão, em o prazo do parágrafo anterior, deverá o servidor retornar às
razão do qual tenha sido submetido ao regime de tempo ocupações que competem à sua classe.
integral e dedicação exclusiva, ficará automaticamente
Art. 64. Apurado que o servidor tenha sido desviado de
afastado do cargo ou cargos que vinha exercendo antes
função, com inobservância dos preceitos da lei, o órgão de
daquela investidura, com perda dos respectivos
administração de pessoal organizará processo próprio e
vencimentos e demais vantagens financeiras, sem prejuízo
proporá as medidas e sanções cabíveis, inclusive à
de contagem de tempo.
autoridade que houver permitido.
§ 2º. Cessada a sujeição do funcionário ao regime de tempo
§ 1º. O desempenho, pelo servidor, de atribuição diversa da
integral e dedicação exclusiva, reassumirá ele,
pertinente à classe a que pertencer, não poderá, em caso
automaticamente, o cargo ou cargos, dos quais houver sido
algum, acarretar a sua reclassificação ou readaptação.
afastado, observadas as disposições legais sôbre a
reassunção do exercício. § 2º. Apurado o desvio de função não permitido por lei, será
aplicada ao servidor, quando fôr o caso, a penalidade de
Art. 60. Pelo exercício de cargo em regime de tempo
suspensão, sem vencimento, até que retorne às ocupações
integral e dedicação exclusiva, perceberá o funcionário
que competem à sua classe, sem prejuízo das demais
gratificação mensal indivisível, fixada por Decreto, nos
cominações legais que couberem.
têrmos do disposto pelo Art. 177, desta Lei.
CAPÍTULO VIII
Parágrafo único. O funcionário que ocupar mais de um
DA REMOÇÃO
cargo, mediante acumulação legalmente permitida, e
estiver submetido ao regime de tempo integral e dedicação Art. 65. Remoção é o deslocamento do funcionário de um
exclusiva, poderá, ao passar à inatividade, optar pela para outro órgão, ou unidade administrativa, e processar-
situação que mais lhe convier, observado o disposto neste se-á ex-offício ou a pedido do funcionário.
artigo, sendo vedada a acumulação dos benefícios em
ambos os cargos, a qualquer título. Parágrafo único. A remoção respeitará a lotação dos órgãos
ou unidades administrativas interessados e será realizada,
Art. 61. O regime de tempo integral obriga a um mínimo de no âmbito de cada um, pelos respectivos chefes, cabendo ao
quarenta e duas horas e meia semanais de trabalho, sem Chefe do Poder Executivo efetuá-la de uma para outra
prejuízo de permanecer o funcionário à disposição do órgão Secretaria ou órgão que lhe seja diretamente subordinado.
em que estiver em exercício, sempre que as necessidades do
serviço assim o exigirem. Art. 66. A remoção em qualquer caso dependerá da
existência de claros na lotação.
Art. 62. O funcionário colocado em regime de tempo
integral e dedicação exclusiva assinará têrmo de Art. 67. Ao funcionário será assegurado o direito de
compromisso, em que declare vincular-se ao regime, remoção para cargo equivalente, no lugar de residência do
obrigando-se a cumprir os horários ao mesmo inerentes, cônjuge, se êste também fôr servidor público.
fazendo jus aos seus benefícios somente enquanto nêle Parágrafo único. Na impossibilidade de ocorrer a remoção,
permanecer. aplicar-se-á o disposto no art. 245.
Parágrafo único. Verificada em processo administrativo a Art. 68. O interino não poderá ser removido, nem ter
infringência do compromisso decorrente do regime de exercício em repartição ou serviço sediado em outra
tempo integral e dedicação exclusiva, o funcionário ficará localidade que não aquela para a qual foi inicialmente
sujeito à pena de demissão, sem prejuízo da nomeado ou lotado, ressalvados o interêsse da
responsabilidade criminal e civil. administração e a hipótese de motivo de saúde, uma vez
SEÇÃO IV comprovadas, por junta médica oficial, as razões
apresentadas pelo interessado.
DO DESVIO DE FUNÇÃO
Art. 69. A remoção por permuta será processada a pedido
Art. 63. Nenhum servidor poderá desempenhar atribuições
escrito de ambos os interessados e de acôrdo com as demais
diversas das pertinentes à classe a que pertence, salvo se se
disposições dêste Capítulo.
tratar de função gratificada, de cargo em comissão ou no
caso de substituição. CAPÍTULO IX
DA SUBSTITUIÇÃO
§ 1º. Em caso de necessidade imperiosa de serviço, poderão
ser cometidos ao servidor, mediante prévia autorização do Art. 70. Haverá substituição nos casos de impedimento legal
órgão competente, por prazo não superior a seis meses, ou afastamento do titular de cargo em comissão ou função
atribuições não compreendidas na especificação de seu gratificada.
cargo.

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Parágrafo único. A regulamentação estabelecerá as § 1º. Havendo fusão de classes, a antiguidade abrangerá o
autoridades competentes para designar substitutos de efetivo exercício na classe anterior.
titulares de cargos em comissão ou função gratificada.
§ 2º. O tempo de exercício interino, continuado ou não, será
Art. 71. A substituição será automática ou dependerá de ato contado como antiguidade de classe, para efeito de
da administração. promoção, quando o funcionário fôr nomeado em virtude de
concurso para o mesmo cargo.
§ 1º. A substituição automática é a feita por funcionário
previamente designado substituto do titular e será Art. 78. Poderão concorrer à promoção por merecimento
remunerado por todo o período, sempre que exceder de dez somente os funcionários colocados, por ordem de
dias. antiguidade, nos dois primeiros têrços da lista, ressalvada a
hipótese de mais vagas do que candidatos, quando poderão
§ 2º. A substituição que depender de ato da administração
ser promovidos os integrantes do terceiro têrço.
será sempre remunerada.
§ 1º. A promoção por merecimento recairá no funcionário
§ 3º. A substituição perdurará durante todo o afastamento
escolhido pelo Chefe do Poder Executivo, dentre os que
do substituído, salvo no caso de nomeação ou designação
figurem na lista previamente organizada pelo órgão
de outro ocupante para o cargo ou função, objeto da
competente.
substituição, ou, ainda, no caso de nova designação de
substituto. § 2º. A lista será organizada para cada classe, e da mesma
constarão os nomes dos funcionários de maior
Art. 72. Durante o tempo de substituição remunerada, o
merecimento, em número triplo ao das vagas a serem
substituto receberá o vencimento ou gratificação do cargo
providas por êste critério.
ou função, ressalvado o caso de opção e vedada a percepção
cumulativa de vencimentos, gratificações ou vantagens. Art. 79. As promoções serão realizadas de seis em seis
meses, desde que verificada a existência de vagas.
Art. 73. Em caso de vacância, e até o seu provimento, poderá
ser designado, pela autoridade competente, na forma da § 1º. Não decretada no prazo legal, a promoção produzirá
regulamentação própria, um responsável pelo expediente seus efeitos a partir do último dia do respectivo semestre.
do cargo ou função.
§ 2º. Para todos os efeitos, será considerado promovido o
Parágrafo único. Ao responsável pelo expediente se aplicam funcionário que vier a falecer ou fôr aposentado sem que
as disposições do art. 72, referentes à percepção do tenha sido decretada, no prazo legal, a promoção que lhe
vencimento ou gratificação do cargo ou função pelo qual cabia por antiguidade.
responder.
Art. 80. Será de dois anos de efetivo exercício na classe o
CAPÍTULO X interstício para promoção.
DA PROMOÇÃO Parágrafo único. Se não houver funcionário com o requisito
Art. 74. Promoção é a elevação do funcionário à classe indicado neste artigo, poderá, seja por antiguidade seja por
imediatamente superior àquela a que pertence, dentro da merecimento, concorrer à promoção o que contar pelo
mesma série de classes, obedecidos os critérios de menos trezentos e sessenta e cinco dias de efetivo exercício
merecimento e antiguidade, alternadamente. na classe.

Art. 75. Não poderá haver promoção de funcionário interino, Art. 81. O funcionário promovido passará, na classe
em estágio probatório, ou em disponibilidade. superior, a contar novo interstício para efeito de nova
promoção.
Parágrafo único. Não haverá também promoção para classe
em que houver cargo excedente. Art. 82. O funcionário submetido a processo disciplinar
poderá ser promovido, mas a promoção, se pelo critério de
Art. 76. Merecimento é a demonstração, por parte do merecimento, ficará sem efeito no caso de o processo
funcionário, durante a sua permanência na classe, de fiel resultar em penalidade.
cumprimento dos seus deveres e de eficiência no exercício
do cargo, apurada na forma regulamentar, bem como da Art. 83. Havendo empate na classificação por antiguidade,
posse de qualificações e aptidão necessárias ao terá preferência o funcionário de maior tempo de serviço no
desempenho das atribuições da classe imediatamente Estado; continuando o empate, terá preferência,
superior. sucessivamente, o de maior tempo de serviço público, o de
maior prole e o mais idoso.
Parágrafo único. Da apuração do merecimento será dado
conhecimento ao funcionário. Parágrafo único. No caso de promoção da classe inicial, o
primeiro desempate será determinado pela classificação
Art. 77. A antiguidade será determinada pelo tempo de obtida em concurso.
efetivo exercício na classe, apurado em dias.

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Art. 84. O funcionário em exercício de mandato eletivo dia do prazo para êsse fim fixado, desde que o servidor
somente por antiguidade poderá ser promovido. permaneça em atividade.
Art. 85. Será declarado sem efeito o ato que houver Art. 94. Não poderá ser preenchida interinamente a vaga
decretado indevidamente a promoção, em benefício destinada a provimento por acesso.
daquele a quem de direito cabia.
Art. 95. O processo de provimento por acesso será
§ 1º. O funcionário promovido indevidamente não ficará organizado por Comissão de Acesso, instituída por Lei.
obrigado a restituir o que a mais houver recebido.
CAPÍTULO XII
§ 2º. O funcionário ao qual cabia a promoção será DA TRANSFERÊNCIA
indenizado da diferença de vencimento a que tiver direito.
Art. 96. Transferência é a passagem do funcionário de uma
Art. 86. O processo de promoção ficará a cargo de Comissão classe para outra, de igual nível de vencimento, mediante
de Promoção instituída por Lei. comprovação prévia de habilitação, por meio de provas, e
Art. 87. O critério a que obedecer a promoção deverá vir cumprido o necessário interstício.
expresso no decreto respectivo. Art. 97. A transferência far-se-á:
CAPÍTULO XI I - a pedido do funcionário, atendida a conveniência do
DO ACESSO serviço;
Art. 88. Acesso é o ingresso do funcionário da classe final de II - ex-offício, no interêsse da administração.
uma série de classes na classe inicial de outra de formação
§ 1º. Em hipótese alguma será permitida a transferência ex-
profissional afim, porém de escalão superior, pelos critérios
offício para outro cargo de vencimentos básicos diferentes.
de merecimento e antiguidade, alternadamente,
observadas estritamente as linhas de correlação definidas § 2º. As transferências não poderão exceder de um têrço das
em Lei atendidos o requisito de habilitação profissional e o vagas de cada classe e só poderão ser efetuadas após a
interstício na classe. época prevista para promoção e acesso.
Parágrafo único. Entende-se por série de classes auxiliar § 3º. A transferência ex-offício não interromperá a
aquela da qual fôr facultado acesso a outra, de atividade contagem de tempo de serviço para efeito de promoção e
correlata, tarefas mais complexas, maior grau de acesso.
responsabilidade e vencimento superior, entendendo-se
Art. 98. Caberá a transferência, atendidas as demais
esta como série de classes principal.
disposições previstas nêste capítulo:
Art. 89. Será de dois anos de efetivo exercício na classe o
I - de um cargo para outro, de igual denominação;
interstício para o funcionário concorrer ao acesso,
reduzindo-se para trezentos e sessenta e cinco dias quando II - de cargo integrante de uma série de classes para outro de
não houver funcionário que possua aquêle tempo. série diferente;
Art. 90. Para o acesso à série de classes cujo ingresso III - de cargo integrante de uma série de classes para cargo
dependa de apresentação de tese, êste título será de classe singular;
obrigatoriamente exigido; para o acesso à série de classes,
IV - de cargo de classe singular para cargo integrante de
cujo exercício dependa de habilitação profissional
série de classes;
específica, fica o candidato obrigado a apresentar o
respectivo diploma ou certificado de habilitação em curso V - de cargo de classe singular para outro de classe singular
exigido pela legislação vigente. diferente.
Art. 91. Aplicam-se ao provimento por acesso as regras e Art. 99. O funcionário interino ou em estágio probatório não
demais condições relativas à promoção. poderá ser transferido.
Art. 92. O funcionário provido por acesso perceberá na nova Art. 100. É de dois anos o interstício obrigatório na classe,
classe o vencimento correspondente e terá reiniciada a para transferência.
contagem do seu tempo de serviço, para efeito de
Art. 101. A transferência por permuta, a pedido, será
promoção.
processada a requerimento firmado por ambos os
Art. 93. O acesso se processará de seis em seis mêses, interessados e de acôrdo com o prescrito nêste Capítulo.
imediatamente após à época fixada para as promoções,
Art. 102. Compete ao Chefe do Poder Executivo proferir
sempre que houver vagas e candidatos com interstício.
decisão final nos pedidos ou propostas de transferência,
Parágrafo único. Se o acesso não se verificar na época após o pronunciamento conclusivo do órgão central de
própria, os direitos dêle decorrentes retroagirão ao último pessoal do Estado.

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CAPÍTULO XIII Art. 111. Será obrigatório o aproveitamento do funcionário


DA READMISSÃO estável em cargo de natureza e vencimento ou remuneração
compatíveis com os do anteriormente ocupado.
Art. 103. Readmissão é o reingresso no serviço público
estadual, sem ressarcimento de vencimentos e vantagens, Parágrafo único. O aproveitamento dependerá de prova de
do funcionário exonerado ou demitido, depois de apurado capacidade, mediante inspeção médica.
em processo, quanto ao segundo caso, que não subsistem Art. 112. Na ocorrência de vaga nos quadros do pessoal do
os motivos que determinaram a demissão. Estado, o aproveitamento terá precedência sôbre as demais
Parágrafo único. A readmissão dependerá de prova de formas de provimento.
capacidade, mediante inspeção médica, e da existência de § 1º. Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá
vaga, a ser provida pelo critério de merecimento. preferência o de maior tempo de disponibilidade, e, em caso
Art. 104. A readmissão far-se-á de preferência no cargo de empate, o de maior tempo de serviço público estadual.
anteriormente ocupado pelo funcionário. § 2º. O aproveitamento far-se-á a pedido ou ex-offício,
Parágrafo único. A readmissão poderá efetivar-se em cargo respeitada sempre a habilitação profissional.
de vencimento ou remuneração equivalente ao § 3º. Se o aproveitamento se der em cargo de vencimento
anteriormente ocupado pelo funcionário, atendido o inferior ao provento da disponibilidade, terá o funcionário
requisito de habilitação profissional. direito à diferença.
Art. 105. O tempo de serviço público estadual do Art. 113. Será tornado sem efeito o aproveitamento e
readmitido, anterior à sua exoneração ou demissão, será cassada a disponibilidade do funcionário se êste,
contado para todos os efeitos legais. cientificado expressamente do ato de aproveitamento, não
CAPÍTULO XIV tomar posse no prazo legal, com perda de todos os direitos
DA REINTEGRAÇÃO de sua anterior situação, salvo caso de doença comprovada
em inspeção médica.
Art. 106. A reintegração, que decorrerá de decisão
administrativa ou judiciária, é o reingresso do funcionário no Parágrafo único. Provada a inspeção médica a incapacidade
serviço público, com ressarcimento dos vencimentos e definitiva, será decretada a aposentadoria, e para o cálculo
vantagens do cargo. do tempo desta será levado em conta o período da
disponibilidade.
Parágrafo único. A decisão administrativa que determinar a
reintegração será proferida em pedido de reconsideração, CAPITULO XVI
em recurso ou em revisão de processo. DA REVERSÃO

Art. 107. A reintegração será feita no cargo anteriormente Art. 114. Reversão é o reingresso no serviço Público do
ocupado; se êste houver sido transformado, no resultante funcionário aposentado, quando insubsistentes os motivos
da transformação, e, se extinto, em cargo de nível de da aposentadoria.
vencimento equivalente, comprovada pelo órgão Art. 115. A reversão far-se-á ex-offício ou a pedido, de
competente a habilitação do funcionário. preferência no mesmo cargo ou naquele em que se tenha
Parágrafo único. Não sendo possível fazer a reintegração transformado, ou em cargo de vencimento ou remuneração
pela forma prescrita nêste artigo, será o ex-funcionário equivalente ao do anteriormente ocupado, atendido o
pôsto em disponibilidade no cargo que exercia, cabendo-lhe requisito de habilitação profissional.
a retribuição que percebia na data do afastamento. § 1º. Para que a reversão possa efetivar-se, é necessário que
Art. 108. Reintegrado judicialmente o funcionário, quem lhe o aposentado:
ocupava o lugar será exonerado ou será reconduzido ao a) não haja completado cinqüenta e cinco anos de idade;
cargo anteriormente ocupado, sem direito, em ambos os
casos, a qualquer indenização. b) não conte mais de vinte e cinco anos de tempo de serviço
e de inatividade computados em conjunto;
Art. 109. O funcionário reintegrado será submetido a
inspeção médica e aposentado, quando julgado incapaz, no c) seja julgado apto em inspeção de saúde;
cargo em que houver sido reintegrado. d) tenha o seu retôrno à atividade considerado como de
CAPÍTULO XV interesse do serviço público, a juízo da Administração.
DO APROVEITAMENTO § 2º. A reversão, a pedido, em cargo que a Lei determinar
Art. 110. Aproveitamento é o retôrno do funcionário em seja preenchido por promoção ou acesso, pelo critério de
disponibilidade ao exercício de cargo público. merecimento, somente será feita quando ficar comprovado
inexistir funcionário habilitado ao seu preenchimento.

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Art. 116. A reversão do funcionário aposentado dará direito, II - demissão;


em caso de nova aposentadoria, à contagem do tempo em
III - promoção e acesso;
que esteve aposentado.
IV - transferência;
Art. 117. O funcionário que reverter não será aposentado
novamente, sem que tenham decorrido cinco anos de V - readaptação;
efetivo exercício, salvo se a aposentadoria fôr por motivo de
VI - aposentadoria;
saúde.
VII - nomeação para outro cargo, ressalvados os seguintes
Art. 118. Será tornada sem efeito a reversão do funcionário
casos:
que não tomar posse e entrar em exercício dentro dos
prazos legais. a) substituição;
CAPÍTULO XVII b) cargo de govêrno ou de direção;
DA READAPTAÇÃO c) cargo em comissão;
Art. 119. Readaptação é o provimento do funcionário em d) acumulação legal, desde que, no ato de provimento,
cargo mais compatível com a sua capacidade física ou conste esta circunstância.
intelectual e vocação, podendo ser realizada ex-offício ou a
pedido do interessado. VIII - falecimento.

Art. 120. A readaptação verificar-se-á: Art. 124. Dar-se-á a exoneração:

I - quando ficar comprovada a modificação do estado físico I - a pedido;


ou das condições de saúde do funcionário, que lhe diminua II - ex-offício:
a eficiência para a função;
a) quando se tratar de cargo em comissão ou provido
II - quando o nível de desenvolvimento mental do interinamente;
funcionário não mais corresponder às exigências da função;
b) quando não satisfeitas as condições de estágio
III - quando a função atribuída ao funcionário não probatório.
corresponder aos seus pendores vocacionais;
Art. 125. A vaga ocorrerá na data:
IV - quando se apurar que o funcionário não possui a
habilitação profissional exigida em lei para o cargo que I - da publicação do ato de promoção, acesso, transferência,
ocupa; readaptação, aposentadoria, exoneração ou demissão do
ocupante do cargo;
V - ... vetado ... .
II - da posse em outro cargo, observado o disposto no inciso
Art. 121. O processo de readaptação baseado nos incisos I e VII, do art. 123;
II, do artigo anterior, será iniciado mediante laudo firmado
por junta médica oficial do órgão competente. III - do falecimento do ocupante do cargo;

Art. 122. A readaptação não acarretará redução de IV - da vigência do ato que criar o cargo e conceder dotação
vencimento e vantagens legais efetivamente percebidos, para o seu provimento ou do que determinar esta última
assegurando-se sempre a diferença a que o servidor fizer medida, se o cargo estiver criado;
jus, quando fôr o caso de readaptação em cargo de nível V - da vigência do ato que extinguir cargo, cuja dotação
inferior. permita o preenchimento de cargo vago.
§ 1º. O cargo indicado sendo do mesmo nível de Parágrafo único. Verificada a vaga, serão consideradas
vencimentos, a readaptação far-se-á mediante o instituto abertas, na mesma data, tôdas as que decorrerem do seu
da transferência. preenchimento.
§ 2º. A readaptação por transferência não dependerá da Art. 126. Tratando-se de função gratificada, dar-se-á a
satisfação de condições de habilitação prevista no art. 96, e vacância por dispensa, a pedido ou ex-offício, ou por
será feita mediante proposta do Secretário de Estado ou do destituição.
Diretor do Departamento Autônomo.
Art. 127. A demissão é aplicada como penalidade.
TÍTULO IV
CAPÍTULO ÚNICO
DA VACÂNCIA DOS CARGOS
Art. 123. A vacância do cargo decorrerá de:
I - Exoneração;

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TÍTULO V XIX - faltas não justificadas, não excedentes de sessenta


DOS DIREITOS, VANTAGENS E CONCESSÕES dias, durante um quinquênio.
CAPÍTULO I § 1º. (Revogado pela Lei 10692 de 27/12/1993)
DO TEMPO DE SERVIÇO
§ 2º. (Revogado pela Lei 10692 de 27/12/1993)
Art. 128. Será considerado de efetivo exercício o
afastamento em virtude de: § 3º. (Revogado pela Lei 10692 de 27/12/1993)

I - férias; § 4º. (Revogado pela Lei 10692 de 27/12/1993)

II - casamento, até oito dias; § 5º. (Revogado pela Lei 10692 de 27/12/1993)

III - luto por falecimento do cônjuge, filho, pai, mãe e irmão, Art. 129. Computar-se-á, para todos os efeitos legais:
até oito dias; I - o tempo de serviço prestado ao Estado do Paraná, desde
IV - trânsito; que remunerado;

V - convocação para o serviço militar; II - o período de férias não gozadas na administração


estadual, contado em dôbro.
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
III - ... vetado ... .
VII - exercício de função do govêrno ou administração em
qualquer parte do território estadual, por nomeação do IV - ... vetado ... .
Chefe do Poder Executivo; Parágrafo único. ... vetado ... .
VIII - exercício de cargo ou função do govêrno ou Art. 130. Para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade
administração, por designação do Presidente da República será computado integralmente:
ou através de mandato eletivo, na administração pública
federal, estadual e municipal, inclusive autarquias I - o tempo de serviço público federal, municipal e estadual
sociedades de economia mista, emprêsas públicas e prestado aos demais Estados da Federação;
fundações instituídas pelo Poder Público; II - o período de serviço ativo nas fôrças Armadas, prestado
IX - missão ou estudo no exterior ou em qualquer parte do durante a paz, computado pelo dôbro o tempo em operação
território nacional, quando o afastamento houver sido de guerra;
autorizado pelo Chefe do Poder Executivo; III - o tempo de serviço prestado em emprêsa pública,
X - exercício de mandato legislativo da União, dos Estados e sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo
dos Municípios; Poder Público estadual;

XI (Revogado pela Lei Complementar 217 de 22/10/2019) IV - o período de trabalho prestado a instituição de caráter
privado, que tiver sido transformada em estabelecimento de
XII - licença para tratamento de saúde; serviço público;
XIII - licença a funcionário que sofrer acidente no trabalho ou V - o tempo em que o funcionário esteve em disponibilidade
fôr atacado de doença profissional, na forma dos parágrafos ou aposentado;
1º., 2º., 3º. e 4º., dêste artigo;
VI - ... vetado ... .
XIV - licença maternidade, inclusive para fins de estágio
probatório, salvo se houver disposição contrária em lei Parágrafo único. O tempo de serviço a que alude êste artigo
específica de carreira; (Redação dada pela Lei 18187 de será computado à vista de certidões passadas pelo órgão
06/08/2014) competente e na forma da regulamentação própria.

XV - faltas até o máximo de três durante o mês, por motivo Art. 131. Durante o exercício de mandato eletivo federal ou
de doença comprovada na forma regulamentar; estadual, o funcionário fica afastado do exercício do cargo,
e somente por antiguidade pode ser promovido ou provido
XVI - licença para o trato de interêsses particulares, desde por acesso, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para
que estas licenças não ultrapassem de noventa dias durante essa promoção, acesso e aposentadoria.
um quinquênio;
§ 1º. Se o mandato fôr de prefeito, o funcionário é licenciado
XVII - licença por motivo de doença em pessoas da família: com opção de vencimento e sem prejuízo dos demais
cônjuge, filhos, pai, mãe ou irmão, até noventa dias num direitos assegurados em lei.
quinquênio;
§ 2º. Se o mandato fôr de vereador, o funcionário pode
XVIII - licença compulsória; licenciar-se com perda de vencimento ou obter horário
especial para frequência às sessões da Câmara, com opção
de vencimentos, se o mandato fôr remunerado.
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Art. 132. A apuração do tempo de serviço será feita em dias. Art. 144. (Revogado pela Lei 12556 de 25/05/1999)
§ 1º. O número de dias será convertido em anos, Art. 145. (Revogado pela Lei 12556 de 25/05/1999)
considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco
CAPÍTULO IV
dias.
DA DISPONIBILIDADE
§ 2º. Feita a conversão, os dias restantes até cento e oitenta
e dois não serão computados, arredondando-se para um Art. 146. Disponibilidade é o afastamento do funcionário
ano quando excederem êsse número, nos casos de cálculo efetivo em virtude de extinção do cargo, ou da declaração
para efeito de aposentadoria e disponibilidade. de sua desnecessidade.

Art. 133. É vedada a acumulação de tempo de serviço Art. 147. O funcionário ficará em disponibilidade
prestado, concorrente ou simultâneamente, em dois ou remunerada:
mais cargos ou funções da União, dos Estados, Distrito I - quando, dispondo de estabilidade no serviço, houver sido
Federal, Territórios, Municípios, Autarquias, Emprêsas extinto o cargo de que era titular;
Públicas, Sociedades de Economia Mista, Fundações
instituídas pelo Poder Público e Instituições de caráter II - quando, tendo sido reintegrado, não fôr possível, na
privado que hajam sido convertidas em estabelecimentos forma dêste Estatuto, sua recondução no cargo de que era
de serviço público. detentor.

Art. 134. ... vetado ... . § 1º. O funcionário em disponibilidade será


obrigatoriamente aproveitado na primeira vaga que
CAPÍTULO II ocorrer, que não se destine a promoção por antiguidade,
DA ESTABILIDADE atendidas as condições de habilitação profissional e
equivalência de vencimentos ou remuneração.
Art. 135. Estabilidade é a situação adquirida pelo funcionário
efetivo, após o transcurso do período de estágio probatório, § 2º. Restabelecido o cargo, ainda que modificada a sua
que lhe garante a permanência no cargo, dêle só podendo denominação, será obrigatoriamente aproveitado nêle, se
ser demitido em virtude de sentença judicial ou de decisão já não o tiver sido em outro, o funcionário pôsto em
em processo administrativo, em que se lhe tenha disponibilidade quando da sua extinção.
assegurado ampla defesa.
§ 3º. A disponibilidade no cargo efetivo não exclui a
Parágrafo único. A estabilidade diz respeito ao serviço nomeação para cargo em comissão, com direito a opção.
público e não ao cargo ou função.
§ 4º. Enquanto não vagar cargo nas condições previstas para
Art. 136. São estáveis, após dois anos de exercício, os o aproveitamento do funcionário em disponibilidade, nem
funcionários, nomeados por concurso. se verificar a hipótese a que alude o parágrafo anterior,
poderá o Chefe do Poder Executivo atribuir-lhe, em caráter
Art. 137. O funcionário sômente perderá o cargo:
temporário, funções compatíveis com o cargo que ocupava.
I - quando vitalício, em virtude de sentença judiciária;
§ 5º. O funcionário colocado em disponibilidade poderá ser
II - quando estável, em virtude de sentença judiciária ou aposentado, a pedido.
processo administrativo, que haja concluído pela sua
Art. 148. O período relativo à disponibilidade é considerado
demissão, depois de lhe haver sido assegurada ampla
como de exercício somente para efeito de aposentadoria e
defesa;
gratificação adicional.
III - Em estágio probatório, quando nêle não confirmado em
CAPÍTULO V
decorrência do processo de que tratam os parágrafos 3º. e
DAS FÉRIAS
4º. do art. 43, ou mediante inquérito administrativo.
CAPÍTULO III Art. 149. O funcionário gozará trinta dias consecutivos de
férias por ano, de acôrdo com a escala para êste fim
DA APOSENTADORIA
organizada, pelo chefe da unidade administrativa a que
Art. 138. (Revogado pela Lei 12556 de 25/05/1999) estiver subordinado e comunicada ao órgão competente.
Art. 139. (Revogado pela Lei 12556 de 25/05/1999) § 1º. É vedado levar à conta das férias qualquer falta ao
trabalho.
Art. 140. (Revogado pela Lei 12556 de 25/05/1999)
§ 2º. Somente depois do primeiro ano de exercício, adquirirá
Art. 141. (Revogado pela Lei 12556 de 25/05/1999)
o funcionário direito a férias.
Art. 142. (Revogado pela Lei 12556 de 25/05/1999)
§ 3º. As férias não poderão ser fracionadas, salvo nos casos
Art. 143. (Revogado pela Lei 12556 de 25/05/1999) em que as mesmas devam ser suspensas por justificada
exigência do serviço.] (Incluído pela Lei 6742 de 03/12/1975)

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Art. 150. O funcionário que, por imperiosa necessidade do III - à disposição de outro Poder, ou de órgão público, de
serviço, deixar de gozar férias, a requerimento seu, terá administração direta ou indireta, inclusive sociedade de
computado o respectivo período em dobro, para todos os economia mista, da União, ou de qualquer outra unidade da
efeitos legais. (Redação dada pela Lei 6742 de 03/12/1975) Federação, ou designado para servir em qualquer dêsses
órgãos ou entidades, salvo quando se tratar de requisição da
§ 1º. A necessidade de serviço será definida pelo órgão
Presidência da República ou, a juízo do Chefe do Poder
competente de pessoal, dentro do ano civil do gozo das
Executivo, de interêsse do Estado do Paraná;
férias, mediante prévia exposição de motivos do chefe
imediato. (Redação dada pela Lei 6742 de 03/12/1975) IV - em missão ou estudo, na forma do inciso IX do art. 128,
quando exceder o período de dois anos.
§ 2º. O funcionário que não desejar o benefício deste artigo,
poderá gozar as férias em outra época, num limite de 2 Art. 159. Ao funcionário nomeado para o exercício de cargo
(dois) períodos por ano. (Redação dada pela Lei 6742 de em comissão é facultado optar pelo vencimento dêsse cargo
03/12/1975) ou pela percepção do vencimento e demais vantagens do
seu cargo efetivo, acrescido de gratificação fixa
§ 3º. Os direitos assegurados por este artigo, inclusive por
correspondente a vinte por cento do valor do símbolo do
seu parágrafo segundo, prescrevem em 2 (dois) anos, a
cargo em comissão respectivo.
contar do primeiro dia do ano seguinte em que as férias
normais forem deixadas de gozar. (Incluído pela Lei 6742 de Parágrafo único. ... vetado ... .
03/12/1975)
Art. 160. O funcionário perderá:
Art. 151. Durante as férias, o funcionário terá direito a tôdas
I - o vencimento ou remuneração do dia se não comparecer
as vantagens, como se estivesse em exercício.
ao serviço, salvo motivo previsto em lei ou moléstia
Art. 152. O chefe da repartição organizará, no mês de comprovada, de acôrdo com as disposições dêste Estatuto;
dezembro, a escala de férias para o ano seguinte, que
II - um têrço do vencimento ou remuneração do dia, quando
poderá alterar de acôrdo com as conveniências do serviço,
comparecer ao serviço com atraso máximo de uma hora, ou
avisados os funcionários interessados, sempre que possível,
quando se retirar antes de findo o período de trabalho;
com antecedência mínima de dez dias.
III - um têrço do vencimento ou remuneração, durante o
Parágrafo único. Os funcionários que exerçam função de
afastamento por motivo de prisão preventiva, pronúncia por
chefia e direção não serão compreendidos na escala.
crime comum, denúncia por crime funcional, condenação
Art. 153. O funcionário promovido, removido ou transferido, recorrível por crime inafiançável ou processo no qual não
quando em gôzo de férias, não será obrigado a interrompê- haja pronúncia, com direito à diferença, se absolvido;
las.
IV - dois têrços do vencimento ou remuneração durante o
Art. 154. Ao entrar em férias o funcionário comunicará ao período de afastamento em virtude de condenação por
chefe imediato o seu enderêço eventual, sendo-lhe sentença definitiva, a pena que não resulte em demissão.
facultado gozá-las onde lhe aprouver.
Art. 161. Nenhum servidor poderá perceber vencimento
Art. 155. Á Família do funcionário que falecer em gôzo de básico inferior ao maior salário mínimo em vigor para o
férias, será pago o vencimento ou remuneração relativo à Estado do Paraná.
todo o período sem prejuízo do disposto no art. 205.
Art. 162. O Vencimento, a remuneração e proventos não
CAPÍTULO VI sofrerão descontos além dos previstos em lei nem serão
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO objeto de arresto, seqüestro ou penhora, salvo quando se
tratar de:
Art. 156. Vencimento é a retribuição pelo efetivo exercício
do cargo, correspondente ao símbolo, ou nível fixado em lei. I - prestação de alimentos determinada judicialmente;

Art. 157. Remuneração é a retribuição pelo efetivo exercício II - reposição ou indenização devida à Fazenda Estadual.
do cargo, correspondente ao vencimento mais as vantagens Art. 163. As reposições e indenizações à Fazenda Estadual
financeiras asseguradas por lei. serão descontadas em parcelas mensais, não excedentes da
Art. 158. Perderá o vencimento ou remuneração do cargo quinta parte do vencimento ou remuneração.
efetivo o funcionário: § 1º. Nos casos de comprovada má-fe, a reposição deve ser
I - nomeado para cargo em comissão, ressalvado o direito de feita de uma só vez, sem prejuizo das penalidades cabíveis.
opção e o de acumulação legal; § 2º. Quando o servidor fôr exonerado, dispensado ou
II - em exercício de mandato eletivo da União, dos Estados e demitido, a quantia devida será inscrita na Dívida Ativa.
dos Municípios, ressalvados os casos de opção;

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Art. 164. Podem ser justificadas pelo chefe da repartição, disponibilidade e computada igualmente sôbre as
mediante apresentação de atestado médico particular, as alterações dos vencimentos.
faltas correspondentes até três dias por mês.
§ 2º. No cálculo, para efeito de pagamento do adicional
Parágrafo único. Não se considera justificado número maior referido neste artigo, será respeitada sempre a soma do
de faltas, embora em seqüencia que abranja dois meses vencimento acrescido do anteriormente deferido.
consecutivos.
SEÇÃO III
CAPÍTULO VII DAS GRATIFICAÇÕES
DA CONSIGNAÇÃO
Art. 172. Conceder-se-á gratificação:
Art. 165. (Revogado pela Lei 13740 de 24/07/2002)
(vide Lei 7122 de 26/04/1979) (vide Lei 16745 de
Art. 166. (Revogado pela Lei 13740 de 24/07/2002) 29/12/2010) (vide Lei 16748 de 29/12/2010)
Art. 167. (Revogado pela Lei 13740 de 24/07/2002) I - de função;
Art. 168. (Revogado pela Lei 13740 de 24/07/2002) II - pela prestação de serviço extraordinário;
CAPÍTULO VIII III - pela prestação de serviço em regime de tempo integral
DAS VANTAGENS e dedicação exclusiva;
SEÇÃO I IV - pela representação de gabinete; (vide Lei 6402 de
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 22/05/1973)
Art. 169. Além do vencimento ou remuneração, poderá o V - pela execução de trabalho de natureza especial, com
servidor perceber as seguintes vantagens pecuniárias: risco de vida; (Redação dada pela Lei 10692 de
(Redação dada pela Lei Complementar 104 de 07/07/2004) 27/12/1993) (vide Lei 19130 de 25/09/2017)
I - adicionais; VI - pela realização de trabalho relevante, técnico ou
II - gratificações; científico;

III - ajuda de custo; VII - pela participação em órgão de deliberação coletiva;

IV - diárias; (Redação dada pela Lei Complementar 104 de VIII - pelo exercício de encargos especiais;
07/07/2004) IX - pelo exercício:
V - salário família; (Redação dada pela Lei Complementar a) de encargo de auxiliar ou membro de banca ou comissão
104 de 07/07/2004) examinadora de concurso ou de prova de habilitação;
VI - auxílio para diferença de caixa; b) de encargo de auxiliar ou professor de curso
VII - auxílio doença. regularmente instituído, se realizado o trabalho além das
horas de expediente a que está sujeito o funcionário.
SEÇÃO II
DOS ADICIONAIS X - pelo exercício em determinadas zonas ou locais. (vide Lei
9937 de 20/04/1992) (vide Lei 11714 de 07/05/1997) (vide Lei
Art. 170. O funcionário efetivo ou interino terá acréscimo 19130 de 25/09/2017)
aos vencimentos de cinco em cinco anos de exercício, cinco
XI - de insalubridade ou periculosidade. (Incluído pela Lei
por cento até completar vinte e cinco por cento, por serviço
10692 de 27/12/1993) (vide Lei 19130 de 25/09/2017)
público efetivo prestado ao Estado do Paraná. (vide Lei 8371
de 14/10/1986) § 1º. ... vetado ... .
Parágrafo único. A incorporação do acréscimo será § 2º. As vantagens pecuniárias atribuídas ao funcionário não
imediata, inclusive para efeito de aposentadoria e sofrerão descontos, além dos previstos em lei.
disponibilidade, e será computada igualmente sôbre as
Art. 173. Observadas as disposições desta Seção a atribuição
alterações dos vencimentos do cargo efetivo, somados ao
das gratificações previstas no art. 172 reger-se-á por
anteriormente deferido.
regulamentação própria.
Art. 171. Ao completar trinta anos de exercício o funcionário
Art. 174. A gratificação de função é a que corresponde ao
terá direito ao acréscimo aos vencimentos de cinco por
exercício de função gratificada existente nos quadros de
cento por ano excedente, até o máximo de vinte e cinco por
pessoal do Estado.
cento.
Art. 175. A gratificação pela prestação de serviço
§ 1º. A incorporação desses acréscimos será também
extraordinário se destina a remunerar os serviços prestados
imediata, inclusive para efeito de aposentadoria e

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fora do período normal de trabalho a que estiver sujeito o SEÇÃO IV


funcionário, no desempenho das atribuições do seu cargo. DA AJUDA DE CUSTO
Art. 176. A gratificação pela prestação de serviço Art. 182. A ajuda de custo é a compensação de despesas de
extraordinário deverá ser: viagem e instalação, concedida ao funcionário que em
I - prèviamente arbitrada pelo chefe da repartição; (vide Lei virtude de remoção, nomeação para cargo em comissão ou
16745 de 29/12/2010) (vide Lei 16748 de 29/12/2010) designação para função gratificada, serviço ou estudo,
passe a ter exercício em nova sede.
II - paga por hora de trabalho, prorrogado ou antecipado.
Parágrafo único. A ajuda de custo é arbitrada pelo
§ 1º. A gratificação a que se refere êste artigo não poderá Secretário de Estado ou Diretor de Departamento
exceder a cinqüenta por cento ( 50%) do vencimento mensal Autônomo, em importância não excedente de três meses e
do funcionário, acrescido dos adicionais que estiver não inferior a um mês de vencimento levando-se em conta
percebendo. as condições de vida na nova sede, a distância, o tempo de
§ 2º. No caso do inciso II, a gratificação será paga por hora viagem e os recursos orçamentários disponíveis.
de trabalho antecipado ou prorrogado, na mesma razão Art. 183. No caso de designação para serviço ou estudo no
percebida pelo funcionário, em cada hora do período exterior, a ajuda de custo é arbitrada pelo Chefe do Poder
normal, salvo quando a prorrogação ou antecipação fôr Executivo.
apenas de uma hora e tiver ocorrido sòmente duas vezes no
mês, caso em que não será ela remunerada. Art. 184. Não se concederá ajuda de custo:

Art. 177. Pelo exercício do cargo em regime de tempo I - ao funcionário qu em virtude de mandato eletivo, deixar
integral e dedicação exclusiva, conceder-se-á ao funcionário ou reassumir o exercício do cargo;
gratificação especial que será fixada entre os limites de II - ao funcionário pôsto à disposição de entidade de direito
cinqüenta e cem por cento dos vencimentos ... vetado ... . público;
que perceber, tendo em vista a essencialidade,
complexidade e responsabilidade de determinadas funções III - aos funcionário removidos por permuta.
ou atribuições, bem como as condições e a natureza do Art. 185. O funcionário restituirá a ajuda de custo:
trabalho das unidades administrativas correspondentes.
I - quando não se transportar para o local da missão;
Art. 178. A gratificação mencionada no inciso VIII, do art.
172, se destina aos servidores aos quais forem atribuídos II - quando, antes de terminada a incumbência, regressar,
encargos de assessoramento direto ao Chefe do Poder pedir exoneração ou abandonar o serviço.
Executivo e outros definidos em lei ou regulamento. § 1º. A restituição é da exclusiva responsabilidade pessoal e
Art. 179. A gratificação pela realização de trabalho poderá ser feita parceladamente.
relevante, técnico ou científico, será arbitrada sempre após § 2º. Não haverá obrigação de restituir:
sua conclusão, pelo Chefe do Poder Executivo.
a) quando o regresso do funcionário fôr determinado ex-
Art. 180. A designação de funcionário para serviços ou offício ou decorrer de doença comprovada ou de motivo de
estudos fora do Estado, só poderá ser feita pelo Chefe do fôrça maior;
Poder Executivo, que arbitrará a gratificação, levando em
conta seu vencimento, a natureza e duração certa ou b) quando o pedido de exoneração fôr apresentado noventa
presumível do trabalho, e as condições locais, salvo se lei ou dias após a designação da missão.
regulamento já dispuser a respeito. Art. 186. A ajuda de custo poderá ser paga ao funcionário:
Art. 181. As gratificações que tratam os incisos I, II, III, IV e V, metade adiantadamente, no local da repartição de que foi
do artigo 172, serão mantidas nos casos de afastamento desligado; e o restante, após haver entrado em exercício na
previstos nos itens I, II, III, VI, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVII e XVIII, nova repartição ou serviço.
do artigo 128, sendo que, nos casos de gratificação pela Parágrafo único. O funcionário, sempre que o preferir,
prestação de serviço extraordinário, ou em regime de tempo poderá receber, integralmente, a ajuda de custo, já na sede
integral e dedicação exclusiva, o cálculo para a concessão da nova repartição ou serviço.
será no valor correspondente a um doze avos do percebido
nos últimos doze meses de efetivo exercício. (Redação dada Art. 187. ... vetado ... .
pela Lei 6742 de 03/12/1975) Art. 188. Além da ajuda de custo que couber, poderá ser
Parágrafo único. As gratificações previstas pelos incisos II, III concedido transporte ao funcionário e sua família,
e IV, do artigo 172, serão automaticamente canceladas nos compreendendo passagem e bagagem, excluído, quando a
afastamentos que perdurarem por mais de 90 (noventa) esta, qualquer excesso de pêso sujeito a pagamento.
dias. (Incluído pela Lei 6742 de 03/12/1975)

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§ 1º. Poderá ainda ser fornecida passagem a um serviçal que prazo de permanência for superior a seis horas. (Redação
acompanhe o funcionário. dada pela Lei Complementar 183 de 12/01/2015)
§ 2º. Para obtenção das passagens, o funcionário § 4º. Não se aplica o disposto neste artigo ao servidor que se
apresentará ao chefe da repartição ou serviço de onde fôr deslocar para fora do país ou estiver servindo no
desligado, uma relação das pessoas que o acompanharão na estrangeiro. (Redação dada pela Lei Complementar 72 de
viagem, indicando o nome, idade e o grau de parentesco. 13/12/1993)
§ 3º. Verificado que os nomes das pessoas indicadas Art. 190. As indenizações das despesas de alimentação e
constam da declaração de família, registrados no pousada serão arbitradas e concedidas dentro dos limites de
assentamento individual, a repartição ou serviço requisitará créditos orçamentários e de acordo com a regulamentação
as passagens, encaminhando a relação à repartição ou a ser estabelecida pelo Chefe do Poder Executivo. (Redação
serviço em que o funcionário vai ter exercício, para devida dada pela Lei Complementar 104 de 07/07/2004)
fiscalização.
Parágrafo único. Os valores das indenizações das despesas
§ 4º. A repartição ou serviço requisitará igualmente com alimentação e pousada serão fixados por ato do Chefe
despacho da bagagem, cuja importância não poderá do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei Complementar
exceder a um sexto da ajuda de custo. 104 de 07/07/2004)
§ 5º. O funcionário será obrigado a repor a importância Art. 191. O servidor civil e militar da administração direta ou
correspondente ao transporte irregularmente requisitado, autárquica do Poder Executivo, que indevidamente, receber
além de sofrer a pena disciplinar que couber. indenizações das despesas com alimentação e pousada,
será obrigado a restituir, de uma só vez, a importância
SEÇÃO V
recebida, ficando, ainda, sujeito à punição disciplinar,
DAS DIÁRIAS
respeitada a legislação própria. (Redação dada pela Lei
(Redação dada pela Lei Complementar 104 de 07/07/2004) Complementar 104 de 07/07/2004)
Art. 189. Ao servidor que, no desempenho de suas Art. 192. Será punido com pena de suspensão e, na
atribuições, se deslocar da respectiva sede em caráter reincidência, com a de demissão, o servidor civil e militar
eventual ou transitório para outro ponto do território que, indevidamente, conceder diária com o objetivo de
nacional ou para o exterior, fará jus a diárias, a título de remunerar outros serviços ou encargos, ficando, ainda,
indenização das parcelas de despesas extraordinárias com obrigado à reposição da importância correspondente.
pousada e alimentação, conforme dispuser em (Redação dada pela Lei Complementar 104 de 07/07/2004)
regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar 104 de Art. 193. No caso de falecimento do servidor, que ocorrer,
07/07/2004) durante o período de deslocamento fora da sede, em objeto
§ 1º. Entende-se por sede, para os efeitos desta seção, a de serviço, seus herdeiros não restituirão a diária, concedida
cidade, vila ou localidade, onde o servidor tiver exercício. a título de indenização das despesas com alimentação e
(Redação dada pela Lei Complementar 104 de 07/07/2004) pousada. (Redação dada pela Lei Complementar 104 de
07/07/2004)
§ 2º. A diária será concedida por dia de afastamento,
observadas as condições de custeio da viagem, mediante Art. 194. Será punido com pena de suspensão e, na
cálculo de duração presumível do deslocamento do servidor reincidência, com a de demissão, o funcionário que,
e será paga adiantadamente. (Redação dada pela Lei Art. 194. O servidor que receber diárias e não se afastar da
Complementar 104 de 07/07/2004) sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las
§ 3º. Não se aplica o disposto neste artigo: (Redação dada integralmente, no prazo de 2 (dois) dias. (Redação dada pela
pela Lei Complementar 104 de 07/07/2004) Lei Complementar 104 de 07/07/2004)

I - ao servidor que estiver servindo no estrangeiro; (Incluído Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede
pela Lei Complementar 104 de 07/07/2004) em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento,
restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto
II - ao servidor removido, durante o período de trânsito; no caput. (Incluído pela Lei Complementar 104 de
(Incluído pela Lei Complementar 104 de 07/07/2004) 07/07/2004)
III - quando o deslocamento do servidor constitui exigência SEÇÃO VI
permanente do cargo ou função; (Incluído pela Lei
DO SALÁRIO-FAMÍLIA
Complementar 104 de 07/07/2004)
Art. 195. O salário-família é o auxílio pecuniario especial,
IV - ao servidor que, lotado em município sede de região
concedido pelo Estado, ao funcionário ativo, inativo ou em
metropolitana regularmente instituída, se deslocar a
disponibilidade, como contribuição ao custeio das despesas
municípios limítrofes do respectivo município, salvo se o
de manutenção de sua família.

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Parágrafo único A cada dependente relacionado no artigo funcionário terá direito a um mês de vencimento, a título de
seguinte, corresponderá uma cota de salário-família. auxílio doença.
Art. 196. Conceder-se-á salário-família, ao funcionário pelos Parágrafo único. Quando se tratar de licença concedida por
dependentes: motivo de acidente no trabalho ou doença profissional
assim, conceituados nos parágrafos 1º, 2º, 3º e 4º, do art.
I - espôsa que não exerça atividade remunerada;
128, o funcionário fará jus ao auxilio - doença de que trata
II - filho menor de vinte e um anos e filha enquanto solteira, êste artigo, após cada período de doze meses consecutivos
sem renda própria; de licença.
III - filho inválido, de qualquer idade, comprovadamente Art. 203. O auxílio - doença será pago em fôlha, a
incapaz para exercer qualquer atividade remunerada; requerimento do interessado.
IV - filho estudante, que frequentar curso secundário ou Art. 204. Ocorrendo o falecimento do funcionário o auxílio -
superior, em estabelecimento de ensino oficial ou particular doença a que fez jus até a data do falecimento, será pago de
e que não exerça atividade lucrativa, até a idade de vinte e acôrdo com as normas que forem estabelecidas em decreto.
quatro anos;
CAPÍTULO IX
V - outros dependentes assim previstos em lei. DO AUXÍLIO FUNERAL
Parágrafo único. Compreende-se neste artigo o filho de Art. 205. Ao cônjuge, ou na falta dêste, à pessoa que provar
qualquer condição, o enteado, o adotivo, o legitimado e o ter feito despesas em virtude do falecimento do funcionário,
que, mediante autorização judicial, viva sob a guarda e será concedido, a título de funeral, a importância
sustento do funcionário. correspondente a um mês de remuneração ou provento.
Art. 197. Quando pai e mãe forem funcionários do Estado e § 1º. a despesa correrá pela dotação própria, não podendo,
viverem em comum, o salário-família será concedido ao pai; por êsse motivo, nôvo ocupante entrar em exercício antes
se não viverem em comum, ao que tiver os dependentes sob do transcurso de trinta dias.
sua guarda; e, se ambos os tiverem, de acôrdo com a
distribuição dos dependentes. § 2°. O pagamento será efetuado à vista da apresentação do
atestado de óbito pelo cônjuge ou pessoa a cujas expensas
Art. 198. Equiparam-se ao pai e à mãe os representantes houver sido efetuado o funeral, ou procurador legalmente
legais dos incapazes e as pessoas a cuja guarda e habilitado.
manutenção estiverem confiados, por autorização judicial,
os beneficiários. Art. 206. Em caso de acumulação legal de cargos do Estado,
o auxílio funeral corresponderá ao pagamento do cargo de
Art. 199. O salário-família não está sujeito a qualquer maior vencimento do funcionário falecido.
imposto ou taxa, nem servirá de base para qualquer
contribuição ainda que de finalidade assistencial. Art. 207. Será concedido transporte ou meios para
mudança, à família do funcionário, quando êste falecer fora
Art. 200. A habilitação para a concessão do salário-família do Estado, no desempenho do cargo ou de serviço.
obedecerá a regulamentação própria.
CAPÍTULO X
SEÇÃO VII DAS LICENÇAS
DO AUXÍLIO PARA DIFERENÇA DE CAIXA SEÇÃO I
Art. 201. Ao funcionário que, no desempenho de suas DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
atribuições, lidar com numerário do Estado, será concedido Art. 208. Conceder-se-á licença ao funcionário efetivo ou
um auxílio financeiro mensal correspondente a cinco por em comissão:
cento do valor do respectivo símbolo ou nível de
vencimento, ... vetado ... para compensar diferença de I - para tratamento de saúde;
caixa. II - quando acometido de doença das especificadas no art.
Parágrafo único. O auxílio só será concedido dentro dos 232;
limites da dotação orçamentária e na forma da III - quando acidentado no exercício de suas atribuições;
regulamentação própria.
IV - para repouso à gestante;
SEÇÃO VIII
DO AUXÍLIO-DOENÇA V - por motivo de doença em pessoa da família;

Art. 202. Após cada período da vinte e quatro meses VI - quando convocado para serviço militar;
consecutivos da licença para tratamento de saúde, o VII - para o trato de interêsses particulares;

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VIII - à funcionária casada, por motivo de afastamento do Art. 214. Terminada a licença, o funcionário reassumirá
cônjuge, funcionário civil ou militar ou servidor de autarquia, imediatamente o exercício, ressalvado o caso do § 1º, do art.
emprêsa pública, de sociedade economia mista ou fundação 215.
instituída pelo Poder Público;
Art. 215. A licença para tratamento de saúde pode ser
IX - (Revogado pela Lei Complementar 217 de 22/10/2019) prorrogada a pedido ou ex-offício.
X - para concorrer a cargo eletivo; § 1º. O pedido deve ser apresentado antes de findo o prazo
da licença; se indeferido, conta-se como de licença o período
XI - para frequência a curso de aperfeiçoamento ou
compreendido entre a data do término e a do conhecimento
especialização.
oficial do despacho denegatório.
XII - para constituir empresa ou colaborar com empresa
§ 2°. Quando o pedido de prorrogação fôr apresentado
cujos objetivos envolvam a aplicação de inovação que tenha
depois de findo o prazo da licença, não se conta como de
por base criação de cuja autoria tenha participado, nos
licença o período compreendido entre o dia de seu término
termos da Lei nº 17.314, de 24 de setembro de 2012;
e o do conhecimento oficial do despacho.
(Incluído pela Lei Complementar 177 de 18/07/2014)
Art. 216. O funcionário não pode permanecer em licença por
XIII - para prestação de assessoria ao setor privado no prazo superior a vinte e quatro meses, ressalvados os casos
desenvolvimento de inovações, por interesse da Instituição previstos no art. 223, e nos incisos VI e VIII, do art. 208.
Científica e Tecnológica do Estado do Paraná - ICTPR a que
Art. 217. Decorrido o prazo estabelecido no artigo anterior,
estiver vinculado, nos termos da Lei nº 17.314, de 2012.
o funcionário é submetido à inspeção médica e aposentado,
(Incluído pela Lei Complementar 177 de 18/07/2014) se fôr considerado definitivamente inválido para o serviço
público.
Art. 209. O funcionário interino poderá gozar as licenças
previstas nos incisos I, II, III, IV, V e VI do artigo anterior. Art. 218. O funcionário que se encontrar fora do Estado
deve, para fins de prorrogação ou concessão de licença,
Art. 210. São competentes para conceder as licenças:
dirigir-se à autoridade competente a que esteja diretamente
I - O Secretário de Estado ou Diretor de Departamento subordinado, juntando o laudo médico do serviço oficial do
autônomo às autoridades e servidores que lhe sejam lugar onde se encontrar, indicando ainda sua residência.
imediatamente subordinados;
Art. 219. A licença a que se refere o art. 208, inciso X, é
II - O Diretor do Departamento Administrativo, aos demais concedida na forma estabelecida pela legislação eleitoral.
servidores da respectiva repartição.
Art. 220. O funcionário em gôzo da licença comunicará ao
Parágrafo único. As autoridades indicadas neste artigo seu chefe imediato o local onde poderá ser encontrado.
poderão delegar competência aos dirigentes dos órgãos que
SEÇÃO II
lhe sejam diretamente subordinados.
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
Art. 211. A licença dependente de inspeção médica é
concedida pelo prazo indicado no respectivo laudo ou Art. 221. A licença para tratamento de saúde é
atestado. concedida ex-offício ou a pedido do funcionário ou de seu
representante, quando não possa êle fazê-lo.
Parágrafo único. Findo o prazo, o funcionário poderá
submeter-se a nova inspeção e o laudo médico concluirá § 1º. Em ambos os casos, é indispensável a inspeção médica,
pela sua volta ao serviço, pela prorrogação da licença, pela que será realizada no órgão próprio e, quando necessário, no
aposentadoria, ou pela readaptação na forma do artigo local onde encontrar-se o funcionário.
seguinte: § 2°. Para a licença até noventa dias, a inspeção deve ser
Art. 212. Verificando-se, como resultado da inspeção feita por médico oficial, admitindo-se, quando assim não
médica feita pelo órgão competente, redução da seja possível, atestado passado por médico particular, com
capacidade física do funcionário ou estado de saúde que firma reconhecida.
impossibilite ou desaconselhe o exercício das funções § 3º. Na hipótese do parágrafo anterior, o laudo só produzirá
inerentes a seu cargo, e desde que não se configure a efeito depois de homologado pelo órgão médico estadual
necessidade de aposentadoria nem de licença para competente.
tratamento de saúde, poderá o funcionário ser readaptado
em funções diferentes das que lhe cabem, na forma do § 4º. Quando não for homologado o laudo, o servidor será
disposto nos arts. 119, 120, 121, e 122, sem que essa obrigado a reassumir o exercício do cargo, sendo
readaptação lhe acarrete qualquer prejuízo. considerado como faltas ao trabalho, nos termos do inciso I,
do artigo 160, os dias em que deixou de comparecer ao
Art. 213. O tempo necessário à inspeção médica será serviço, por haver alegado doença. (Redação dada pela Lei
sempre considerado como de licença. 10692 de 27/12/1993)
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Art. 222. Verificando-se, em qualquer tempo, ter sido § 4º. A comprovação do acidente, indispensável para a
gracioso o atestado médico ou o laudo da Junta Médica, a concessão da licença, deve ser feita em processo regular, no
autoridade competente promoverá a punição dos prazo de oito dias, prorrogáveis por igual prazo.
responsáveis, incorrendo o funcionário a quem aproveitar a
Art. 229. O funcionário não poderá recusar a inspeção
fraude na pena de suspensão e, na reincidência, na de
médica, sob pena de suspensão de pagamento de
demissão, sem prejuízo da ação penal que couber.
vencimento ou remuneração, até que se realize a inspeção.
Art. 223. O funcionário não poderá permanecer em licença
Art. 230. Considerado apto, em inspeção médica, o
para tratamento de saúde por prazo superior a vinte e
funcionário reassumirá o exercício, sob pena de serem
quatro meses, exceto nos casos considerados recuperáveis,
computados como faltas os dias de ausência.
em que a critério da Junta Médica, êsse prazo poderá ser
prorrogado. Art. 231. No curso da licença, poderá o funcionário requerer
inspeção médica, caso se julgue em condições de reassumir
Parágrafo único. Expirado o prazo do presente artigo, o
o exercício ou com direito à aposentadoria.
funcionário será submetido a nova inspeção e aposentado
se julgado definitivamente inválido para o serviço público SEÇÃO III
em geral e não puder ser readaptado na forma do art. 212. DA LICENÇA COMPULSÓRIA
Art. 224. Em casos de doenças graves, contagiosas ou não, Art. 232. O funcionário atacado de tuberculose ativa,
que imponham cuidados permanentes, poderá a Junta alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra,
Médica, se considerar o doente irrecuperável, determinar, paralisia, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
como resultado da inspeção, a imediata aposentadoria. incompatíveis com o trabalho, e outras moléstias que a lei
Parágrafo único. Na hipótese de que trata êste artigo, a indicar na base da medicina especializada, conforme
inspeção será feita por uma Junta de, pelo menos, três apurado em inspeção médica será compulsòriamente
médicos. licenciado com direito à percepção do vencimento ou
remuneração e demais vantagens inerentes ao cargo.
Art. 225. No processamento das licenças para tratamento
de saúde, será observado o devido sigilo sôbre os laudos e Art. 233. Há também licença compulsória por interdição
atestados médicos. declarada pala autoridade sanitária competente, por motivo
de doença de pessoa co-habitante da residência do
Art. 226. No curso de licença para tratamento de saúde, o funcionário.
funcionário abster-se-á de atividade remuneradas, sob pena
de interrupção da licença, com perda total do vencimento Art. 234. Para verificação das moléstias indicadas no artigo
ou remuneração, até que reassuma o cargo. anterior, a inspeção médica é feita obrigatòriamente por
Junta Oficial de três membros, podendo o funcionário pedir
Parágrafo único. Os dias correspondentes à perda de outra junta e novos exames de laboratório, caso não se
vencimentos ou remuneração de que trata êste artigo serão conforme com o laudo.
considerados, como licença sem vencimento, na forma do
inciso VII do art. 208. Art. 235. A licença é convertida em aposentadoria, na forma
do art. 217, antes do prazo estabelecido, quando assim
Art. 227. Licenciado para tratamento de saúde, acidente no opinar a Junta Médica, por considerar definitiva, para o
exercício de suas atribuições ou doença profissional o serviço público em geral, a invalidez do funcionário.
funcionário recebe integralmente o vencimento ou a
remuneração e demais vantagens inerentes ao cargo. SEÇÃO IV
DA LICENÇA À GESTANTE
Art. 228. O funcionário acidentado no exercício de suas
atribuições, ou acometido de doença profissional, tem Art. 236. À funcionária gestante é concedida, mediante
direito, ex-offício ou a requerimento, a licença para o inspeção médica, licença por três meses, com percepção do
respectivo tratamento. vencimento ou remuneração e demais vantagens legais.

§ 1º. Entende-se por doença profissional a que se deva § 1º. Salvo prescrição médica em contrário, a licença será
atribuir, como ralação de causa e efeito, às condições concedida a partir do início do oitavo mês de gestação.
inerentes ao serviço ou fatos nele ocorridos. § 2°. Quando houver necessidade de preservar a saúde do
§ 2°. Acidente é o evento danoso que tenha como causa, recém-nascido, a licença poderá ser prorrogada por três
mediata ou imediata, o exercício das atribuições inerentes meses.
ao cargo. § 3º. A funcionária gestante, quando em serviço de natureza
§ 3º. Considera-se também acidente a agressão sofrida e braçal, terá direito a ser aproveitada em função compatível
não provocada pelo funcionário no exercício de suas com o seu estado, a contar do quinto mês de gestação, sem
atribuições ou em razão delas. prejuízo do direito à licença de que trata êste artigo.

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SEÇÃO V Científica e Tecnológica do Estado do Paraná - ICTPR a que


DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA estiver vinculado, nos termos da Lei nº 17.314, de 2012.
FAMÍLIA (Incluído pela Lei Complementar 177 de 18/07/2014)

Art. 237. O funcionário pode obter licença por motivo de Art. 209. O funcionário interino poderá gozar as licenças
doença em pessoa da família, na condição de cônjuge, filho, previstas nos incisos I, II, III, IV, V e VI do artigo anterior.
pai, mãe ou irmão, desde que prove ser indispensável a sua Art. 210. São competentes para conceder as licenças:
assistência pessoal, incompatível com o exercício do cargo.
(Redação dada pela Lei 12404 de 30/12/1998) I - O Secretário de Estado ou Diretor de Departamento
autônomo às autoridades e servidores que lhe sejam
I - (Revogado pela Lei 12404 de 30/12/1998) imediatamente subordinados;
II - (Revogado pela Lei 12404 de 30/12/1998) II - O Diretor do Departamento Administrativo, aos demais
§ 1º. A concessão da licença depende de inspeção médica do servidores da respectiva repartição.
órgão pericial oficial do Estado, na forma prevista no art. Parágrafo único. As autoridades indicadas neste artigo
211. (Redação dada pela Lei 12404 de 30/12/1998) poderão delegar competência aos dirigentes dos órgãos que
§ 2°. A licença de que trata este artigo, é concedida com lhe sejam diretamente subordinados.
vencimento ou remuneração, até 90 (noventa) dias, Art. 211. A licença dependente de inspeção médica é
consecutivos ou não, compreendidos no período de 24 concedida pelo prazo indicado no respectivo laudo ou
(vinte e quatro) meses. (Redação dada pela Lei 12404 de atestado.
30/12/1998)
Parágrafo único. Findo o prazo, o funcionário poderá
§ 3º. Ultrapassado o período de 90 (noventa) dias, submeter-se a nova inspeção e o laudo médico concluirá
consecutivos ou não, a licença de que trata este artigo pela sua volta ao serviço, pela prorrogação da licença, pela
poderá ser concedida com os seguintes descontos: aposentadoria, ou pela readaptação na forma do artigo
(Redação dada pela Lei 12404 de 30/12/1998) seguinte:
I - de 50% (cinqüenta por cento) do vencimento, quando Art. 212. Verificando-se, como resultado da inspeção
exceder de 90 (noventa) dias até 180 (cento e oitenta) dias; médica feita pelo órgão competente, redução da
(Redação dada pela Lei 12404 de 30/12/1998) capacidade física do funcionário ou estado de saúde que
II - sem vencimento ou remuneração, quando exceder de impossibilite ou desaconselhe o exercício das funções
180 (cento e oitenta) dias até 360 (trezentos e sessenta) dias, inerentes a seu cargo, e desde que não se configure a
limite da licença. (Redação dada pela Lei 12404 de necessidade de aposentadoria nem de licença para
30/12/1998) tratamento de saúde, poderá o funcionário ser readaptado
em funções diferentes das que lhe cabem, na forma do
III - (Revogado pela Lei 12404 de 30/12/1998) disposto nos arts. 119, 120, 121, e 122, sem que essa
§ 4º. Em caso do inciso II do parágrafo anterior, só poderá readaptação lhe acarrete qualquer prejuízo.
ser concedida nova licença, transcorridos 2 (dois) anos do Art. 213. O tempo necessário à inspeção médica será
término da licença anterior. (Incluído pela Lei 12404 de sempre considerado como de licença.
30/12/1998)
Art. 214. Terminada a licença, o funcionário reassumirá
§ 5º. No curso de licença por motivo de doença em pessoa imediatamente o exercício, ressalvado o caso do § 1º, do art.
da família, o funcionário abster-se-á de quaisquer atividades 215.
remuneradas, sob pena de interrupção da licença, com
perda total do vencimento ou remuneração, até que Art. 215. A licença para tratamento de saúde pode ser
reassuma o cargo. (Incluído pela Lei 12404 de 30/12/1998) prorrogada a pedido ou ex-offício.

X - para concorrer a cargo eletivo; § 1º. O pedido deve ser apresentado antes de findo o prazo
da licença; se indeferido, conta-se como de licença o período
XI - para frequência a curso de aperfeiçoamento ou compreendido entre a data do término e a do conhecimento
especialização. oficial do despacho denegatório.
XII - para constituir empresa ou colaborar com empresa § 2°. Quando o pedido de prorrogação fôr apresentado
cujos objetivos envolvam a aplicação de inovação que tenha depois de findo o prazo da licença, não se conta como de
por base criação de cuja autoria tenha participado, nos licença o período compreendido entre o dia de seu término
termos da Lei nº 17.314, de 24 de setembro de 2012; e o do conhecimento oficial do despacho.
(Incluído pela Lei Complementar 177 de 18/07/2014)
Art. 216. O funcionário não pode permanecer em licença por
XIII - para prestação de assessoria ao setor privado no prazo superior a vinte e quatro meses, ressalvados os casos
desenvolvimento de inovações, por interesse da Instituição previstos no art. 223, e nos incisos VI e VIII, do art. 208.
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Legislação compilada pelo Estratégia Carreira Jurídica

Art. 217. Decorrido o prazo estabelecido no artigo anterior, Art. 224. Em casos de doenças graves, contagiosas ou não,
o funcionário é submetido à inspeção médica e aposentado, que imponham cuidados permanentes, poderá a Junta
se fôr considerado definitivamente inválido para o serviço Médica, se considerar o doente irrecuperável, determinar,
público. como resultado da inspeção, a imediata aposentadoria.
Art. 218. O funcionário que se encontrar fora do Estado Parágrafo único. Na hipótese de que trata êste artigo, a
deve, para fins de prorrogação ou concessão de licença, inspeção será feita por uma Junta de, pelo menos, três
dirigir-se à autoridade competente a que esteja diretamente médicos.
subordinado, juntando o laudo médico do serviço oficial do
Art. 225. No processamento das licenças para tratamento
lugar onde se encontrar, indicando ainda sua residência.
de saúde, será observado o devido sigilo sôbre os laudos e
Art. 219. A licença a que se refere o art. 208, inciso X, é atestados médicos.
concedida na forma estabelecida pela legislação eleitoral.
Art. 226. No curso de licença para tratamento de saúde, o
Art. 220. O funcionário em gôzo da licença comunicará ao funcionário abster-se-á de atividade remuneradas, sob pena
seu chefe imediato o local onde poderá ser encontrado. de interrupção da licença, com perda total do vencimento
ou remuneração, até que reassuma o cargo.
SEÇÃO II
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE Parágrafo único. Os dias correspondentes à perda de
vencimentos ou remuneração de que trata êste artigo serão
Art. 221. A licença para tratamento de saúde é considerados, como licença sem vencimento, na forma do
concedida ex-offício ou a pedido do funcionário ou de seu inciso VII do art. 208.
representante, quando não possa êle fazê-lo.
Art. 227. Licenciado para tratamento de saúde, acidente no
§ 1º. Em ambos os casos, é indispensável a inspeção médica, exercício de suas atribuições ou doença profissional o
que será realizada no órgão próprio e, quando necessário, no funcionário recebe integralmente o vencimento ou a
local onde encontrar-se o funcionário. remuneração e demais vantagens inerentes ao cargo.
§ 2°. Para a licença até noventa dias, a inspeção deve ser Art. 228. O funcionário acidentado no exercício de suas
feita por médico oficial, admitindo-se, quando assim não atribuições, ou acometido de doença profissional, tem
seja possível, atestado passado por médico particular, com direito, ex-offício ou a requerimento, a licença para o
firma reconhecida. respectivo tratamento.
§ 3º. Na hipótese do parágrafo anterior, o laudo só produzirá § 1º. Entende-se por doença profissional a que se deva
efeito depois de homologado pelo órgão médico estadual atribuir, como ralação de causa e efeito, às condições
competente. inerentes ao serviço ou fatos nele ocorridos.
§ 4º. Quando não for homologado o laudo, o servidor será § 2°. Acidente é o evento danoso que tenha como causa,
obrigado a reassumir o exercício do cargo, sendo mediata ou imediata, o exercício das atribuições inerentes
considerado como faltas ao trabalho, nos termos do inciso I, ao cargo.
do artigo 160, os dias em que deixou de comparecer ao
serviço, por haver alegado doença. (Redação dada pela Lei § 3º. Considera-se também acidente a agressão sofrida e
10692 de 27/12/1993) não provocada pelo funcionário no exercício de suas
atribuições ou em razão delas.
Art. 222. Verificando-se, em qualquer tempo, ter sido
gracioso o atestado médico ou o laudo da Junta Médica, a § 4º. A comprovação do acidente, indispensável para a
autoridade competente promoverá a punição dos concessão da licença, deve ser feita em processo regular, no
responsáveis, incorrendo o funcionário a quem aproveitar a prazo de oito dias, prorrogáveis por igual prazo.
fraude na pena de suspensão e, na reincidência, na de Art. 229. O funcionário não poderá recusar a inspeção
demissão, sem prejuízo da ação penal que couber. médica, sob pena de suspensão de pagamento de
Art. 223. O funcionário não poderá permanecer em licença vencimento ou remuneração, até que se realize a inspeção.
para tratamento de saúde por prazo superior a vinte e Art. 230. Considerado apto, em inspeção médica, o
quatro meses, exceto nos casos considerados recuperáveis, funcionário reassumirá o exercício, sob pena de serem
em que a critério da Junta Médica, êsse prazo poderá ser computados como faltas os dias de ausência.
prorrogado.
Art. 231. No curso da licença, poderá o funcionário requerer
Parágrafo único. Expirado o prazo do presente artigo, o inspeção médica, caso se julgue em condições de reassumir
funcionário será submetido a nova inspeção e aposentado o exercício ou com direito à aposentadoria.
se julgado definitivamente inválido para o serviço público
em geral e não puder ser readaptado na forma do art. 212.

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SEÇÃO III § 1º. A concessão da licença depende de inspeção médica do


DA LICENÇA COMPULSÓRIA órgão pericial oficial do Estado, na forma prevista no art.
211. (Redação dada pela Lei 12404 de 30/12/1998)
Art. 232. O funcionário atacado de tuberculose ativa,
alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra, § 2°. A licença de que trata este artigo, é concedida com
paralisia, cardiopatia grave, doença de Parkinson, vencimento ou remuneração, até 90 (noventa) dias,
incompatíveis com o trabalho, e outras moléstias que a lei consecutivos ou não, compreendidos no período de 24
indicar na base da medicina especializada, conforme (vinte e quatro) meses. (Redação dada pela Lei 12404 de
apurado em inspeção médica será compulsòriamente 30/12/1998)
licenciado com direito à percepção do vencimento ou § 3º. Ultrapassado o período de 90 (noventa) dias,
remuneração e demais vantagens inerentes ao cargo. consecutivos ou não, a licença de que trata este artigo
Art. 233. Há também licença compulsória por interdição poderá ser concedida com os seguintes descontos:
declarada pala autoridade sanitária competente, por motivo (Redação dada pela Lei 12404 de 30/12/1998)
de doença de pessoa co-habitante da residência do I - de 50% (cinqüenta por cento) do vencimento, quando
funcionário. exceder de 90 (noventa) dias até 180 (cento e oitenta) dias;
Art. 234. Para verificação das moléstias indicadas no artigo (Redação dada pela Lei 12404 de 30/12/1998)
anterior, a inspeção médica é feita obrigatòriamente por II - sem vencimento ou remuneração, quando exceder de
Junta Oficial de três membros, podendo o funcionário pedir 180 (cento e oitenta) dias até 360 (trezentos e sessenta) dias,
outra junta e novos exames de laboratório, caso não se limite da licença. (Redação dada pela Lei 12404 de
conforme com o laudo. 30/12/1998)
Art. 235. A licença é convertida em aposentadoria, na forma III - sem vencimento, do décimo-nono mês até o vigésimo
do art. 217, antes do prazo estabelecido, quando assim quarto mês, limite da licença. (Revogado pela Lei 12404 de
opinar a Junta Médica, por considerar definitiva, para o 30/12/1998)
serviço público em geral, a invalidez do funcionário.
§ 4º. Em caso do inciso II do parágrafo anterior, só poderá
SEÇÃO IV ser concedida nova licença, transcorridos 2 (dois) anos do
DA LICENÇA À GESTANTE término da licença anterior. (Incluído pela Lei 12404 de
Art. 236. À funcionária gestante é concedida, mediante 30/12/1998)
inspeção médica, licença por três meses, com percepção do § 5º. No curso de licença por motivo de doença em pessoa
vencimento ou remuneração e demais vantagens legais. da família, o funcionário abster-se-á de quaisquer atividades
§ 1º. Salvo prescrição médica em contrário, a licença será remuneradas, sob pena de interrupção da licença, com
concedida a partir do início do oitavo mês de gestação. perda total do vencimento ou remuneração, até que
reassuma o cargo. (Incluído pela Lei 12404 de 30/12/1998)
§ 2°. Quando houver necessidade de preservar a saúde do
recém-nascido, a licença poderá ser prorrogada por três SEÇÃO VI
meses. DA LICENÇA PARA SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO

§ 3º. A funcionária gestante, quando em serviço de natureza Art. 238. Ao funcionário que fôr convocado para o serviço
braçal, terá direito a ser aproveitada em função compatível militar ou aos outros encargos de segurança nacional, será
com o seu estado, a contar do quinto mês de gestação, sem concedida licença com vencimento ou remuneração,
prejuízo do direito à licença de que trata êste artigo. descontada mensalmente a importância que receber na
qualidade de incorporado, salvo se optar pelas vantagens do
SEÇÃO V serviço militar.
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA
FAMÍLIA § 1º. A licença será concedida à vista de documento oficial
que prove a incorporação.
Art. 237. O funcionário pode obter licença por motivo de
doença em pessoa da família, na condição de cônjuge, filho, § 2°. Ao funcionário desincorporado conceder-se-á prazo
pai, mãe ou irmão, desde que prove ser indispensável a sua não excedente de trinta dias, para que reassuma o exercício,
assistência pessoal, incompatível com o exercício do cargo. sem perda de vencimento ou remuneração, e, se a ausência
(Redação dada pela Lei 12404 de 30/12/1998) exceder êsse prazo, será decretada a demissão por
abandono de cargo, na forma da lei.
I - ser indispensável a sua assistência pessoal, incompatível
com o exercício do cargo; (Revogado pela Lei 12404 de Art. 239. Ao funcionário oficial da reserva das Forças
30/12/1998) Armadas será concedida licença, com vencimento ou
remuneração integral, durante os estágios não
II - viver às suas expensas a pessoa enfêrma. (Revogado pela remunerados previstos pelos regulamentos militares.
Lei 12404 de 30/12/1998)
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Parágrafo único. No caso de estágio remunerado, SEÇÃO IX


assegurar-se-lhe-á direito de opção. DA LICENÇA ESPECIAL
SEÇÃO VII Art. 247. (Revogado pela Lei Complementar 217 de
DA LICENÇA PARA O TRATO DE INTERÊSSES 22/10/2019)
PARTICULARES
Art. 248. (Revogado pela Lei Complementar 217 de
Art. 240. Depois de estável, o funcionário poderá obter 22/10/2019)
licença, sem vencimento, para o trato de interêsses
Art. 249. (Revogado pela Lei Complementar 217 de
particulares.
22/10/2019)
§ 1º. O funcionário aguardará em exercício a concessão da
Art. 250. (Revogado pela Lei Complementar 217 de
licença.
22/10/2019)
§ 2°. A licença não perdurará por tempo superior a dois anos
SEÇÃO X
contínuos e, só poderá ser concedida nova, depois de
DA LICENÇA PARA FREQUÊNCIA A CURSO DE
decorridos dois anos do término da anterior.
APERFEIÇOAMENTO OU ESPECIALIZAÇÃO
Art. 241. Não será concedida licença para trato de interêsses
particulares quando inconveniente para o serviço, nem o Art. 251. Será concedida licença ao funcionário matriculado
funcionário nomeado, removido ou transferido, antes de em curso de aperfeiçoamento ou especialização a realizar-
assumir o exercício. se fora da cidade onde o servidor exercer suas funções.

Art. 242. O funcionário poderá, a qualquer tempo, desistir § 1º. O aperfeiçoamento ou a especialização deverão visar o
da licença para o trato de interêsses particulares. melhor aproveitamento do funcionário no serviço público.

Art. 243. Em caso de comprovado interêsse público, a § 2°. No caso de acumulação de cargos e visando o curso o
licença de que trata esta Seção poderá ser cassada pela melhor aproveitamento do servidor à apenas um dêles, o
autoridade competente, devendo o funcionário ser outro órgão concederá a licença com exclusão do benefício
expressamente notificado do fato. de que trata o artigo 182.

Parágrafo único. Na hipótese de que trata este artigo, o § 3º. Realizando-se o curso na mesma localidade da lotação
funcionário deverá apresentar-se ao serviço no prazo de do servidor, ou em outra de fácil acesso, em lugar da licença
trinta dias, a partir da notificação, findos os quais, a sua será concedida simples dispensa do expediente pelo tempo
ausência será computada como falta ao trabalho. necessário à frequência regular do curso.

Art. 244. Ao funcionário interino ou em comissão não se CAPÍTULO XI


concederá, nessa qualidade, licença para trato de interêsses DO FUNCIONÁRIO ESTUDANTE
particulares. Art. 252. Ao Funcionário, matriculado em estabelecimento
Parágrafo único. Não se concederá, igualmente, licença de ensino, será concedido, sempre que possível, por ato
para o trato de interêsses particulares, ao funcionário que, a expresso do Secretário de Estado ou diretor de órgão
qualquer título, esteja ainda obrigado a indenização ou autônomo, horário especial de trabalho, que possibilite
devolução aos cofres públicos. frequência regular às aulas, mediante comprovação por
parte do interessado, do horário das aulas, para efeito de
SEÇÃO VIII reposição obrigatória.
DA LICENÇA À FUNCIONÁRIA CASADA COM SERVIDOR
CAPÍTULO XII
Art. 245. A funcionária casada com servidor público, civil ou DO TREINAMENTO
militar, no caso de não ser possível a remoção na forma do
art. 67, terá direito à licença sem vencimento, quando o Art. 253. O Estado manterá, através do órgão competente,
marido fôr mandado servir, independentemente de cursos de treinamento para os servidores civis do Poder
solicitação em outro ponto do Estado, do Território Executivo.
Nacional ou no Exterior. Art. 254. Constituem-se, dentre outros, objetivos dos cursos
Parágrafo único. A licença é concedida mediante pedido de treinamento:
devidamente instruído, que deverá ser renovado de dois em I - fornecer ao servidor elementos gerais de instrução;
dois anos.
II - ministrar técnicas específicas de administração,
Art. 246. Independentemente do regresso do marido, a particularmente nos setores de planejamento
funcionária poderá reassumir o exercício a qualquer tempo. administrativo; lançamento e arrecadação de tributo;
elaboração e execução de orçamentos; administração de

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pessoal; administração de material; organização e métodos; órgão previdenciário, o direito de perceberem,


relações públicas e problemas de chefia. mensalmente, uma pensão especial: (Redação dada pela Lei
7421 de 17/12/1980)
III - ministrar aulas de preparação para concursos.
I - correspondente à diferença entre a pensão concedida
TÍTULO VI
pelo Instituto de Previdência do Estado e a 60% (sessenta
DA ASSISTÊNCIA E DA PREVIDÊNCIA
por cento) da renumeração do mês anterior ao falecimento,
CAPÍTULO I quando este ocorrer com o funcionário em atividade; ou
DISPOSIÇÕES GERAIS (Incluído pela Lei 7421 de 17/12/1980)
Art. 255. O Estado prestará assistência ao funcionário e à II - correspondente a 50% (cinquenta por cento) da
sua família. remuneração do mês anterior ao do falecimento do
Art. 256. Entre as formas de assistência incluem-se: funcionário, quando este ocorrer em conseqüência de
acidente em serviço, não devendo, a soma desta pensão
I - Assistência médica, dentária, hospitalar e alimentar, além com a deferida pelo órgão previdenciário, ultrapassar a
de outras julgadas necessárias, inclusive em sanatórios e 100% (cem por cento) da remuneração. (Incluído pela Lei
creches; 7421 de 17/12/1980)
II - previdência, seguro e assistência judiciária; III - nas mesmas condições da estabelecida no inciso II,
III - financiamento para aquisição de imóvel destinado à quando se tratar de falecimento de funcionário portador de
residência do funcionário; doença profissional já constatada em perícia médica, ou que
por esse motivo tenha sido aposentado.
IV - Cooperativas de consumo e de crédito; (Incluído pela Lei Complementar 38 de 29/10/1987)
V - cursos de aperfeiçoamento e especialização profissional; § 1º. A pensão que acompanhará os aumentos de
VI - centros de aperfeiçoamento moral, social e cultural, dos vencimentos e suas alterações, será paga:
funcionários e suas famílias, fora das horas de trabalho. a) metade à viúva do servidor;
Art. 257. A assistência, sob qualquer forma, será prestada b) metade aos filhos varões, até atingirem a maioridade e
por intermédio de instituições próprias, criadas por Lei, às sem limite de idade desde que sofram de moléstia que os
quais seja filiado obrigatòriamente o funcionário, com impossibilite de trabalhar, e às filhas solteiras, ainda que
contribuição paritária do Estado. maiores.
Parágrafo único. A Assistência, em determinadas formas, § 2°. Perderão o direito à pensão prevista neste artigo, a
quando julgado conveniente, poderá excepcionalmente ser viúva do servidor que contrair novas núpcias, os filhos e
prestada através da entidade da classe, mediante convênio filhas que se casarem e os filhos que atingirem a maioridade
e concessão de auxílio financeiro destinado especificamente ou possuam recursos próprios, para a sua subsistência.
a tal fim.
TÍTULO VII
Art. 258. A pensão aos beneficiários do funcionário falecido CAPÍTULO ÚNICO
é atendida por instituição de previdência social. DO DIREITO DE PETIÇÃO
Parágrafo único. As pensões ou pecúlios devidos à família
Art. 261. É assegurado ao funcionário:
do servidor, as primeiras fixadas sempre em quantum não
inferior a cinquenta por cento (50%) do valor da I - o direito de requerer ou representar;
remuneração que servia de base ao desconto previdenciário
II - o direito de pedir reconsideração, de ato ou decisão
na data do falecimento, serão reajustados sempre que
proferida em primeiro despacho conclusivo.
forem majorados os vencimentos do pessoal da atividade,
de modo a assegurar aos beneficiários vantagens Art. 262. Para exercício dos direitos assegurados no artigo
proporcionais aos vencimentos atualizados da categoria anterior, observar-se-á.
funcional a que pertencia o servidor falecido.
I - o requerimento ou representação é dirigido à autoridade
Art. 259. Os planos de serviços assistenciais de que trata competente para decidí-lo e encaminhado por intermédio
êste Capitulo constituem matéria de leis especiais. daquela a que esteja imediatamente subordinado o
requerente;
Parágrafo único. ...vetado... .
II - o pedido de reconsideração é dirigido à autoridade que
CAPÍTULO II
haja expedido o ato ou proferido a primeira decisão e não
DA PENSÃO ESPECIAL pode ser renovado.
Art. 260. Fica assegurado à viúva e aos filhos do servidor § 1º. A decisão final do requerimento ou representação deve
estadual, sem prejuízo da pensão devida normalmente pelo ser dada no prazo máximo de sessenta dias, e o pedido de

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reconsideração no de trinta dias, ambos os prazos contados Art. 271. Ao funcionário interessado ou a seu representante
da data do recebimento das petições, na repartição em que legal será dada vista do processo administrativo, quando
tenha sede a autoridade competente para a decisão. autorizado pela autoridade competente.
§ 2°. Proferida a decisão, é ela imediatamente publicada no TÍTULO VIII
órgão oficial, sob pena de responsabilidade do servidor com DO REGIME DISCIPLINAR
o encargo da publicação. CAPÍTULO I
Art. 263. Cabe recurso: DA ACUMULAÇÃO

I - do indeferimento do pedido de reconsideração; Art. 272. É vedada a acumulação remunerada, exceto:

II - das decisões sobre recursos sucessivamente interpostos. I - a de um cargo de Juiz e um de professor;

§ 1º. O recurso é dirigido à autoridade imediatamente II - a de dois cargos de professor;


superior à que tenha expedido o ato ou tenha proferido a III - a de um cargo de professor com outro técnico ou
decisão, observados o prazo e condições estabelecidos para científico;
a decisão final de requerimento ou representação,
constantes dos §§ 1º e 2º, do artigo anterior. IV - a de dois cargos privativos de médico.

§ 2°. O encaminhamento do recurso é sempre feito por § 1º. Em qualquer dos casos, a acumulação sòmente é
intermédio da autoridade a que esteja imediatamente permitida quando haja correlação de matéria e
subordinado o recorrente. compatibilidade de horário.

Art. 264. O pedido de reconsideração e o recurso não têm § 2°. A proíbição de acumular se estende a cargos, funções
efeito suspensivo; o que fôr provido retroagirá, nos seus ou empregos em autarquias, emprêsas públicas e sociedade
efeitos, à data do ato impugnado. de economia mista.

Art. 265. O direito de pleitear na esfera administrativa § 3º. A proibição de acumular proventos não se aplica aos
prescreverá. aposentados, quando no exercício de mandato eletivo,
cargo em comissão ou ao contrato para prestação de
I - em cinco anos, quanto aos atos de que decorram serviços técnicos ou especializados.
demissão, aposentadoria ou sua cassação e disponibilidade;
Art. 273. Verificada, em processo administrativo,
II - em cento e vinte dias, nos demais casos. acumulação proibida, e provada boa-fé, o funcionário será
Art. 266. Os prazos de prescrição contar-se-ão da data da obrigado a optar por um dos cargos.
publicação, no órgão oficial, do ato impugnado ou, quando Parágrafo único. Provada má-fé, o funcionário perde todos
êste fôr de natureza reservada, da data da ciência do os cargos e restituirá o que tiver recebido indevidamente.
interessado, a qual deverá constar do processo respectivo.
Art. 274. As acumulações serão objeto de estudo e parecer
Art. 267. O pedido de reconsideração e o recurso, quando individuais por parte do órgão, para êsse fim criado.
cabíveis, interrompem a prescrição até duas vêzes,
recomeçando-se a contagem do prazo a partir da data da Art. 275. É vedado o exercício gratuíto de função ou cargo
publicação oficial do despacho denegatório ou restritivo do remunerado.
pedido. Art. 276. O funcionário não pode exercer, simultâneamente,
Art. 268. São improrrogáveis os prazos estabelecidos neste mais de uma função gratificada, bem como receber
Capítulo. cumulativamente, vantagens pecuniárias da mesma
natureza, salvo as exceções estabelecidas em lei.
Art. 269. A instância administrativa poderá ser renovada:
Art. 277. Não se compreendem na proibição de acumular,
I - quando se tratar de ato manifestamente ilegal; nem estão sujeitas a quaisquer limites, a percepção:
II - quando o ato impugnado tenha tido como pressuposto I - conjunta, de pensões civis ou militares;
depoimento ou documento cuja falsidade venha a ser
comprovada. II - de pensões com vencimento, remuneração ou salário;

III - se, após a expedição do ato, surgir elemento nôvo de III - de pensões com proventos de disponibilidade,
prova, que autorize a revisão do processo. aposentadoria ou reforma;

Art. 270. As certidões sôbre matéria de pessoal serão IV - de proventos resultantes de cargos legalmente
fornecidas pelo órgão competente, de acôrdo com acumuláveis;
elementos e registros existentes, obedecidas as normas V - de proventos com vencimento ou remuneração, nos
constitucionais. casos de acumulação legal.

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Art. 278. (Revogado pela Lei 18875 de 27/09/2016) Art. 282. Para que o funcionário possa ampliar sua
capacidade profissional, o Estado promoverá cursos de
CAPÍTULO II
aperfeiçoamento, conferências, congressos, publicações de
DOS DEVERES
trabalhos referentes ao serviço público e viagens de estudo.
Art. 279. São deveres do funcionário: § 1º. O Estado pode conceder facilidades, inclusive
I - Assiduidade; financeiras, supletivas, ao funcionário que por iniciativa
própria, tenha obtido bôlsa-de-estudo ou inscrição em
II - Pontualidade; cursos fora do Estado ou no exterior, desde que a
III - Urbanidade; modalidade de que trate seja correlata à sua formação e
atividade profissional no serviço público estadual.
IV - Discrição;
§ 2°. Para os fins dêste artigo, será concedida ao funcionário
V - Lealdade e respeito às instituições constitucionais e a licença de que trata o art. 251.
administrativas a que servir;
Art. 283. O Estado manterá em caráter permanente, no
VI - Observância das normas legais e regulamentares; orçamento de cada exercício, dotação suficiente destinada
VII - Obediência às ordens superiores, exceto quando a garantir a consecução dos objetivos dispostos neste
manifestamente ilegais; Capítulo.
VIII - Levar ao conhecimento de autoridade superior Art. 284. Os diplomas, certificados de aproveitamento,
irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ou atestados de freqüência, fornecidos pelo órgão responsável
função; pela administração de cursos e bôlsa-de-estudos, influem
como títulos nos concursos em geral e nas promoções e
IX - Zelar pela economia e conservação do material que lhe acessos de classe em que esteja interessado o seu portador.
fôr confiado;
Parágrafo único. O regulamento caracterizará a valorização
X - Providenciar para que esteja sempre em ordem, no de cada espécie de títulos, apreçando mais os obtidos
assentamento individual, sua declaração de família; mediante a prestação de provas de conhecimentos e
XI - Atender prontamente às requisições para defesa da considerando, inclusive, o conceito das instituições
Fazenda Pública e à expedição de certidões para defesa de expedidoras do título.
direito; CAPÍTULO IV
XII - Guardar sigilo sôbre a documentação e os assuntos de DAS PROIBIÇÕES
natureza reservada de que tenha conhecimento em razão
Art. 285. Ao funcionário é proibido:
do cargo ou função;
I - exercer cumulativamente dois ou mais cargos ou funções
XIII - Apresentar-se decentemente trajado em serviço ou
públicas, salvo as exceções permitidas em lei;
com uniforme que fôr destinado para cada caso;
II - referir-se de modo depreciativo em informação, parecer
XIV - Proceder na vida pública e privada de forma a dignificar
ou despacho, às autoridades e atos da administração
sempre a função pública;
pública, federal ou estadual, podendo, porém, em trabalho
XV - Submeter-se a inspeção médica que fôr determinada assinado, criticá-los do ponto de vista doutrinário ou da
pela autoridade competente; organização do serviço;
XVI - Frequentar cursos legalmente instituídos para III - retirar, modificar ou substituir, sem prévia autorização
aperfeiçoamento ou especialização; da autoridade competente, qualquer documento de órgão
estadual, com o fim de criar direito ou obrigação ou de
XVII - Comparecer à repartição às horas de trabalho
alterar a verdade dos fatos;
ordinário e às de extraordinário, quando convocado,
executando os serviços que lhe competirem. IV - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal em
detrimento da dignidade do cargo ou função;
CAPÍTULO III
DO APERFEIÇOAMENTO E DA ESPECIALIZAÇÃO V - promover manifestação de aprêço ou desaprêço e fazer
circular ou subscrever lista de donativos, no recinto de
Art. 280. É dever imanente do funcionário diligenciar para o
serviço;
seu constante aperfeiçoamento profissional e cultural.
VI - coagir ou aliciar subordinados com o objetivo de
Art. 281. O funcionário tem por dever frequentar, salvo
natureza partidária;
motivos relevantes que o impeçam, cursos de treinamento
funcional, especialização ou aperfeiçoamento profissional VII - enquanto na atividade, participar de diretoria, gerência,
para o qual seja expressamente designado ou convocado. administração, Conselho Técnico ou Administrativo de
emprêsa ou sociedade comercial ou industrial:
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a) contratante ou concessionária de serviço público Art. 287. A responsabilidade civil decorre de procedimento
estadual; doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda
Estadual ou de terceiros.
b) fornecedora de equipamento ou material de qualquer
natureza ou espécie, a qualquer órgão estadual; § 1º. A indenização de prejuízo à Fazenda Estadual no que
exceder os limites da fiança, poderá ser liquidada mediante
VIII - praticar a usura em qualquer de suas formas;
desconto em prestações mensais não excedentes da quinta
IX - pleitear, como procurador ou intermediário, junto aos parte do vencimento ou remuneração, à falta de outros bens
órgãos estaduais, salvo quando se tratar da percepção de que respondam pela indenização.
vencimento, remuneração, provento ou vantagens de
§ 2°. Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o
parente, consangüineo ou afim, até segundo grau;
funcionário perante a Fazenda Estadual em ação regressiva
X - receber propinas, comissões, presentes e vantagens de proposta depois de transitar em julgado a decisão de última
qualquer espécie, em razão do cargo ou função; instância que houver condenado a Fazenda a indenizar o
terceiro prejudicado.
XI - revelar fato ou informação de natureza sigilosa de que
tenha ciência, em razão do cargo ou função, salvo quando se Art. 288. A responsabilidade penal abrange os crimes e
tratar de depoimento em processo judicial, policial ou contravenções imputados ao funcionário nessa qualidade.
administrativo;
Art. 289. A responsabilidade administrativa resulta de atos
XII - cometer a pessoa estranha ao serviço do Estado, salvo praticados ou omissões ocorridas no desempenho do cargo
nos casos previstos em lei, o desempenho de encargo que ou função.
lhe competir ou a seus subordinados;
Art. 290. As cominações civis, penais e disciplinares poderão
XIII - censurar pela imprensa ou por qualquer outro órgão de cumular-se, sendo uma e outras independentes entre sí,
divulgação pública as autoridades constituídas, podendo, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa.
porém, fazê-lo em trabalhos assinados, apreciando atos
CAPÍTULO VI
dessas autoridades sob o ponto de vista doutrinário, com
ânimo construtivo; DAS PENALIDADES

XIV - entreter-se nos locais e horas de trabalho, em Art. 291. São penas disciplinares:
palestras, leituras ou outras atividades estranhas ao serviço; I - advertência;
XV - deixar de comparecer ao trabalho sem causa II - repreensão;
justificada;
III - suspensão;
XVI - atender pessoas estranhas ao serviço, no local do
trabalho, para o trato de assuntos particulares; IV - multa;

XVII - empregar materiais e bens do Estado em serviço V - destituição de função;


particular, ou, sem autorização superior, retirar objetos de VI - demissão;
órgãos estaduais;
VII - cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
XVIII - aceitar representações de Estados estrangeiros;
Art. 292. Na aplicação das penas disciplinares serão
XIX - incitar greves ou aderir a elas; consideradas a natureza e a gravidade de infração, os danos
XX - exercer comércio entre os colegas de trabalho. que dela provierem para o serviço público e os antecedentes
funcionais do servidor.
XXI - valer-se de sua qualidade de funcionário para melhor
desempenhar atividade estranha às suas funções ou para Art. 293. São cabíveis penas disciplinares:
lograr qualquer proveito, direta ou indiretamente, por sí ou I - a de advertência, aplicada verbalmente em caso de mera
por interposta pessoa. negligência;
Parágrafo único. Não está compreendido no item VII, dêste II - a de repreensão, aplicada por escrito, em caso de
artigo, a participação do funcionário em Cooperativas e desobediência ou falta de cumprimento dos deveres e
Associações de classe, na qualidade de dirigente ou reincidência em falta que tenha resultado na pena de
associado. advertência;
CAPÍTULO V III - a de suspensão, que não excederá de noventa dias,
DA RESPONSABILIDADE aplicada em caso de falta grave, de infração às proibições, e
de reincidência em falta que tenha resultado em pena de
Art. 286. Pelo exercício irregular de suas atribuições, o
repreensão;
funcionário responde civil, penal e administrativamente.

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IV - a de destituição de função, aplicada em caso de falta de Art. 296. São competentes para aplicação das penalidades
exação no cumprimento do dever, de benevolência ou disciplinares:
negligência contributiva para falta de apuração, no devido
I - O Chefe do Poder Executivo, em qualquer caso e,
tempo, de infração perpetrada por outrem;
privativamente, nos casos de demissão ou cassação da
V - a de demissão, aplicada nos casos de: aposentadoria e disponibilidade;
a) crime contra a administração pública; II - os Secretários de Estado e demais Chefes de órgãos
diretamente subordinados ao Chefe do Poder Executivo, em
b) abandono do cargo;
todos os casos, salvo nos de competência privativa dêste;
c) incontinência pública e escandalosa, vício de jogos
III - os Chefes de unidades administrativas em geral no caso
proibidos e embriaguêz habitual;
das penalidades de advertência, repreensão, suspensão até
d) ofensa física em serviço, contra servidor ou particular, trinta dias e multa correspondente.
salvo em legítima defesa;
§ 1º. A mesma autoridade que aplicar a penalidade, ou
e) insubordinação grave em serviço; autoridade superior, poderá torná-la sem efeito.
f) aplicação irregular dos dinheiros públicos; § 2°. A aplicação da pena de destituição de função caberá à
autoridade que houver feito a designação do funcionário.
g) revelação de segrêdo que se conheça em razão do cargo
ou função; § 3º. Nos casos dos itens II e III, sempre que a imposição de
pena depender da instauração de processo administrativo, a
h) lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio do
competência para decidir é do Secretário de Estado
Estado;
respectivo ou do chefe do órgão diretamente subordinado
i) corrupção passiva, nos têrmos da Lei penal; ao chefe do Poder Executivo.
j) transgressão a qualquer das proibições previstas no item Art. 297. O funcionário que deixar de atender, sem causa
II, do art. 285, quando de natureza grave a se comprovada justificada, a qualquer exigência, para cujo cumprimento
má-fé; seja marcado prazo certo, terá suspenso o pagamento de
seu vencimento ou remuneração, até que satisfaça essa
k) e nos demais casos expressos neste Estatuto.
exigência.
§ 1º. Considera-se abandono de cargo a ausência ao serviço,
Art. 298. Além da pena judicial que couber, serão
sem justa causa, por trinta dias consecutivos.
considerados como de suspensão os dias em que o
§ 2°. Será ainda demitido o funcionário que, durante o funcionário deixar de atender à convocação do júri e outros
período de doze meses, faltar ao serviço sessenta dias serviços, obrigatórios por lei, sem motivo justificado.
interpoladamente, sem causa justificada.
Art. 299. Deverão constar do assentamento individual tôdas
§ 3º. Entender-se-á por ausência ao serviço, com justa causa, as penas impostas ao funcionário, inclusive as decorrentes
não somente aquela autorizada na forma da legislação da falta de comparecimento às sessões do júri para que fôr
vigente, como a que assim fôr considerada após a devida sorteado.
comprovação em inquérito administrativo, caso em que as
Art. 300. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade
faltas serão justificadas apenas para fins disciplinares.
se ficar provado que o inativo:
§ 4º. O funcionário suspenso perderá tôdas as vantagens
I - praticou falta grave no exercício do cargo ou função;
decorrentes do exercício do cargo.
II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
§ 5º. Quando houver conveniência para o serviço, a pena de
suspensão poderá ser convertida em multa, na base de III - aceitou representação de Estado estrangeiro sem prévia
cinqüenta por cento por dia de vencimento ou remuneração, autorização do Presidente da República;
obrigado, neste caso o funcionário a permanecer no serviço.
IV - praticou usura em qualquer de suas formas;
Art. 294. O ato de demissão mencionará sempre o
V - perdeu a nacionalidade brasileira.
dispositivo legal em que se enquadre.
Parágrafo único. Será igualmente cassada a disponibilidade
Art. 295. É punido o funcionário que se recusar a inspeção
ao funcionário que não assumir, no prazo legal, o exercício
médica ou a seguir tratamento adequado, com a pena de
do cargo ou função em que fôr aproveitado.
suspensão, no primeiro caso, e com o cancelamento da
licença, no segundo. Art. 301. Prescreverá:
Parágrafo único. A suspensão ou o cancelamento cessam I - em dois anos, a falta sujeita às penas de repreensão ou
desde que seja efetuada a inspeção, ou iniciado o suspensão;
tratamento.
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II - em cinco anos, a falta sujeita: (Redação dada pela Lei II - aos diretores de repartições diretamente subordinados
13640 de 25/06/2002) ao Chefe do Poder Executivo.
a) a pena de demissão ou destituição de função; (Redação III - nos casos urgentes, aos demais chefes de serviços a que
dada pela Lei 13640 de 25/06/2002) estejam subordinados os servidores.
b) a cassação da aposentadoria ou disponibilidade. Art. 304. A suspensão preventiva do exercício do cargo ou
(Redação dada pela Lei 13640 de 25/06/2002) função até trinta dias será ordenada pelas autoridades
mencionadas no artigo anterior, desde que o afastamento
III - ...vetado... .
do funcionário seja necessário, para que êste não venha
§ 1º. Interrompem-se os prazos prescricionais previstos influir na apuração da falta.
no caput e incisos I e II deste artigo: (Redação dada pela Lei
§ 1º. A suspensão preventiva é medida acautelatória e não
13640 de 25/06/2002)
constitui pena.
a) pela instauração de Sindicância; (Incluído pela Lei 13640
§ 2°. Sòmente os Secretários de Estado e os dirigentes de
de 25/06/2002)
órgãos diretamente subordinados ao Chefe do Poder
b) pela instauração de Processo Administrativo; (Incluído Executivo são competentes para prorrogar o prazo da
pela Lei 13640 de 25/06/2002) suspensão já ordenada, o qual não excederá da noventa
dias, incluídos nestes o prazo inicial; findo o prazo de
c) pela interposição de Recurso Administrativo com efeito
suspensão, cessarão os respectivos efeitos, ainda que o
suspensivo; (Incluído pela Lei 13640 de 25/06/2002)
processo administrativo correspondente não esteja
d) pela decisão final proferida no Processo Administrativo; concluído.
(Incluído pela Lei 13640 de 25/06/2002)
Art. 305. O funcionário terá direito:
e) pela interposição de Pedido de Revisão da decisão
I - à contagem do tempo de serviço público relativo ao
proferida no Processo Administrativo; (Incluído pela Lei
período em que tenha estado prêso ou suspenso, quando do
13640 de 25/06/2002)
processo não houver resultado pena disciplinar ou esta se
f) pela decisão final proferida no Pedido de Revisão de que limitar a advertência ou repreensão;
trata a letra anterior; (Incluído pela Lei 13640 de 25/06/2002)
II - à contagem do período de afastamento que exceder do
g) pela propositura de ação na esfera jurisdicional, que prazo de suspensão disciplinar efetivamente aplicada;
tenha por pretensão a anulação ou revisão do ato
III - à contagem do período de prisão administrativa ou
administrativo que aplicou a sanção ao servidor. (Incluído
suspensão preventiva e ao pagamento do vencimento ou
pela Lei 13640 de 25/06/2002)
remuneração e de tôdas as vantagens do exercício, desde
§ 2º. Fica suspenso o curso do prazo prescricional enquanto que reconhecida a sua inocência.
não sobrevier decisão judicial transitada em julgado no
TÍTULO IX
processo ao qual se refere a letra "g", do § 1º. (Incluído pela
Lei 13640 de 25/06/2002) DO PROCESSO ADMINISTRATIVO E SUA REVISÃO
CAPÍTULO I
CAPÍTULO VII DA APURAÇÃO DE IRREGULARIDADE
DA PRISÃO ADMINISTRATIVA E DA SUSPENSÃO
PREVENTIVA Art. 306. A autoridade que tiver ciência ou notícia de
irregularidade no serviço público estadual, ou de faltas
Art. 302. Cabe a prisão administrativa do responsável por funcionais, é obrigada, sob pena de se tornar co-
dinheiro e valores pertencentes à Fazenda Estadual, ou que responsável, a promover, de imediato, sua apuração.
se acharem sob a guarda desta, no caso de alcance ou
omissão em efetuar as entradas nos devidos prazos. Parágrafo único. A apuração poderá ser efetuada:

§ 1º. A autoridade que ordenar a prisão comunicará I - de modo sumário, se o caso configurado fôr passível de
imediatamente o fato à autoridade judiciária competente e aplicação de penalidade das previstas nos incísos I a IV, do
providenciará no sentido de ser realizado, com urgência, o art. 291, quando a falta fôr confessada, documentalmente
processo de tomada de contas. provada ou manifestamente evidente;

§ 2°. A prisão administrativa não excederá de noventa dias. II - mediante sindicância, como condição de imposição de
pena, nos casos possìvelmente enquadráveis nos
Art. 303. Cabe ordenar, sempre fundamentadamente e por dispositivos referidos no inciso anterior, desde que não
escrito, a prisão administrativa: ocorra qualquer das hipóteses ali formuladas;
I - aos Secretários de Estado; III - através de sindicância, como condição preliminar à
instauração de processo administrativo, em caráter

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obrigatório, nos casos cujo enquadramento ocorra nos CAPÍTULO III


incisos V a VII, também do art. 291; DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
IV - por meio de processo administrativo, sem preliminar, Art. 314. São competentes para determinar a instauração de
quando a falta enquadrável em um dos dispositivos aludidos processo administrativo os Secretários de Estado e os
no inciso anterior, fôr confessada, documentalmente diretores autônomos.
provada ou manifestamente evidente.
Parágrafo único. O processo precederá a aplicação das
CAPÍTULO II penas de suspensão, por mais de trinta dias, destituição de
DA SINDICÂNCIA função, demissão e cassação de aposentadoria e de
disponibilidade.
Art. 307. A sindicância será instaurada por ordem do Chefe
da repartição a que estiver subordinado o funcionário, Art. 315. Promoverá o processo uma comissão designada
podendo constituir-se em peça ou fase do processo pela autoridade que houver determinado a sua instauração
administrativo respectivo. e composta de três funcionários efetivos de alta hierarquia
funcional.
Art. 308. Promoverá a sindicância uma comissão designada
pela autoridade que a houver determinado e composta de § 1º. Do ato de designação constará a indicação do membro
três funcionários efetivos de alta hierarquia funcional. da comissão que deverá presidí-la.
§ 1º. Ao designar a comissão, a autoridade indicará, dentre § 2°. A comissão será secretariada por um funcionário
seus membros, o respectivo presidente. efetivo.
§ 2°. O Presidente da comissão designará o membro que § 3º. A comissão, sempre que necessário, dedicará todo o
deve secretariá-la. tempo do expediente aos trabalhos do inquérito.
Art. 309. A comissão, sempre que necessário, dedicará todo Art. 316. O processo administrativo deverá ser iniciado
o tempo aos trabalhos da sindicância, ficando seus dentro do prazo de três dias, contados da designação dos
membros, em tal caso, dispensados do serviço na membros da comissão e deverá estar concluído no prazo de
repartição, durante o curso das diligências e a elaboração do noventa dias, a contar do dia imediato da publicação, no
relatório. órgão oficial, do ato de designação da comissão,
prorrogável sucessivamente, por períodos de trinta dias: nos
Art. 310. A sindicância administrativa deverá ser iniciada
casos de fôrça maior, a juízo do Secretário ou diretor
dentro do prazo de três dias, contados da designação dos
autônomo, até o máximo de cento e cinqüenta dias.
membros da comissão e concluída no de quinze dias,
improrrogáveis, a contar da data de seu início. Parágrafo único. A não observância dêsses prazos não
acarretará nulidade do processo, importando, porém, em
Art. 311. A comissão deverá ouvir as pessoas que tenham
responsabilidade administrativa dos membros da comissão.
conhecimento ou que possam prestar esclarecimentos a
respeito do fato, bem como proceder a tôdas as diligências Art. 317. A comissão procederá a tôdas diligências
que julgar convenientes à sua elucidação. necessárias, recorrendo, inclusive, a técnicos e peritos.
Art. 312. Ultimada a sindicância, remeterá a comissão, à Parágrafo único. Os órgãos estaduais atenderão com a
autoridade que a instaurou, relatório que configure o fato, máxima presteza às solicitações da comissão, devendo
indicando o seguinte: comunicar prontamente a impossibilidade de atendimento
em caso de fôrça maior.
I - se é irregular ou não;
Art. 318. O funcionário que fôr indiciado no curso do
II - caso seja, quais os dispositivos violados e se há presunção
processo poderá, nos cinco dias posteriores à sua indicação,
de autoria.
requerer nova inquirição das testemunhas, cujos
Parágrafo único. O relatório não deverá propor qualquer depoimentos o comprometam.
medida, excetuada a abertura de processo administrativo,
Art. 319. Ao lavrar o têrmo de ultimação da instrução, a
limitando-se a responder os quesitos do artigo anterior.
comissão, caso reconheça a existência do ilícito
Art. 313. Decorrido o prazo do art. 310, sem que seja administrativo, indicará os nomes do indiciado ou
apresentado relatório, a autoridade competente deverá indiciados, e as disposições legais que entender
promover a responsabilidade dos membros da comissão. transgredidas.
Art. 320. Após a lavratura do têrmo da instrução, será feita
no prazo de três dias, a citação do indiciado ou indiciados,
para apresentação de defesa, no prazo de dez dias,
facultada vista do processo ao indiciado durante todo êste

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prazo, na dependência onde funcione a respectiva o julgamento, salvo o caso de prisão administrativa que
comissão. ainda perdure.
§ 1º. Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum Art. 328. Se o servidor houver sido afastado do exercício por
e de vinte dias. alcance ou malversação de dinheiros públicos, êsse
afastamento se prolongará até a decisão final do processo
§ 2°. Achando-se o indiciado em lugar incerto será citado por
administrativo.
edital, publicado no órgão oficial durante quinze dias.
Art. 329. O funcionário só poderá ser exonerado a pedido
§ 3º. O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dôbro,
após a conclusão do processo administrativo a que
para diligências julgadas imprescindíveis.
responder, do qual não resultar pena de demissão.
Art. 321. No caso de revelia, será designado ex-offício, pelo
Art. 330. Configurado o abandono de cargo ou função, a
presidente da comissão, um funcionário efetivo para se
comissão de inquérito iniciará os seus trabalhos fazendo
incumbir da defesa do acusado.
publicar, no órgão oficial, editais de chamada do acusado,
Art. 322. Ultimada a defesa, a comissão remeterá o durante dez dias.
processo, através das instâncias competentes, ao Secretário
Parágrafo único. Findo o prazo fixado neste artigo e não
de Estado ou ao diretor autônomo, acompanhado de
tendo sido feita a prova da existência de fôrça maior ou de
relatório, onde aduzirá tôda a matéria de fato e onde se
coação ilegal, o chefe da repartição proporá a expedição do
concluirá pela inocência ou responsabilidade do acusado.
decreto de demissão.
§ 1º. A comissão indicará as disposições legais que entender
Art. 331. As decisões proferidas em processos
transgredidas e a pena que julgar cabível, a fim de facilitar o
administrativos serão publicadas no órgão oficial, no prazo
julgamento do processo, sem que a autoridade julgadora
máximo de oito dias.
fique obrigada ou vinculada a tais sugestões.
Art. 332. Se ao funcionário se imputar crime, praticado na
§ 2°. Deverá, também a comissão, em seu relatório, sugerir
esfera administrativa, a autoridade que determinar a
quaisquer outras providências que lhe pareçam de interêsse
instauração do processo administrativo providenciará para
do serviço público.
que se instaure, simultâneamente, o inquérito policial.
Art. 323. Apresentado o relatório, a comissão ficará à
Parágrafo único. Idêntico procedimento compete à
disposição da autoridade que houver mandado instaurar o
autoridade policial, quando se tratar de crime praticado fora
inquérito, para prestação de qualquer esclarecimento
da esfera administrativa.
julgado necessário, dissolvendo-se dez dias após à data em
que fôr proferido o julgamento. Art. 333. As autoridades administrativas e policiais se
auxiliarão para que ambos os inquéritos se concluam dentro
Art. 324. Recebido o processo, o Secretário de Estado ou
dos prazos fixados no presente Capítulo.
Diretor autônomo, proferirá o seu julgamento no prazo de
vinte dias desde que a pena aplicável se enquadre entre Art. 334. Quando o ato atribuído ao funcionário fôr
aquelas de sua competência. considerado criminoso, será o processo remetido à
autoridade competente, ficando o translado na repartição.
Parágrafo único. Verificada que a imposição de pena
incumbe ao Chefe do Poder Executivo, ser-lhe-á submetido CAPÍTULO IV
no prazo de oito dias, o processo, para que o julgue nos vinte DA REVISÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
dias seguintes ao seu recebimento.
Art. 335. A qualquer tempo, pode ser requerida a revisão do
Art. 325. A autoridade encarregada de julgar o processo, se processo administrativo de que haja resultado pena
considerar que os fatos não foram apurados devidamente, disciplinar quando forem aduzidos fatos ou circunstâncias
designará nova comissão de inquérito. suscetíveis de justificar a inocência do funcionário punido.
Art. 326. Durante o curso do processo será permitida a Parágrafo único. Tratando-se de funcionário falecido,
intervenção do indiciado ou de seu defensor. desaparecido ou incapacitado de requerer, a revisão poderá
Parágrafo único. Se essa intervenção fôr requerida após o ser solicitada por qualquer pessoa.
relatório, o seu deferimento se fará a juízo do Secretário de Art. 336. Não constituí fundamento para a revisão a simples
Estado ou do Diretor autônomo, quando forem alegação de injustiça da penalidade.
apresentados elementos ou provas capazes de alterar o
pronunciamento da comissão. Art. 337. A revisão processar-se-á em apenso ao processo
originário.
Art. 327. Se o processo não fôr julgado no prazo indicado no
art. 324, o indiciado reassumirá, automàticamente, o Art. 338. O requerimento devidamente instruído será
exercício de seu cargo ou função, e aguardará em exercício encaminhado ao Chefe do Poder Executivo, que decidirá
sôbre o pedido.

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Parágrafo único. Deferida a revisão, o Chefe do Poder estrita confiança e até o número de dois, ou quando não
Executivo despachará o requerimento à Secretaria ou houver na localidade outra unidade administrativa onde êle
dependência administrativa onde se originou o processo, possa ter exercício.
para a designação de comissão composta de três
Art. 347. O Chefe do Poder Executivo, em regulamentação
funcionários estáveis, de categoria igual ou superior à do
própria, mediante decreto, poderá estabelecer sistema de
acusado, indicando quem deva servir de presidente, para
rodízio para o exercício de funções de Chefia de setores
processar a revisão.
distritais ou regionais, a fim de que tais exercícios, na
Art. 339. É impedido de funcionar na revisão quem compôs mesma função, não ultrapasse o prazo de 3 (três) anos.
a comissão do processo administrativo.
Art. 348. O estrangeiro pode, em caráter excepcional,
§ 1º. Se o acusado pretender apresentar prova testemunhal exercer encargos de pesquisa, tendo em vista as
deverá arrolar os nomes no requerimento de revisão. peculiaridades científicas de seu conhecimento e a
relevância de sua atuação, tudo sob arbítrio do Chefe do
§ 2°. Na inicial, o requerente pedirá dia e hora para a
Poder Executivo, em cada caso e respeitada a legislação
inquirição das testemunhas que arrolar.
federal.
§ 3º. Será considerada informante a testemunha que,
Art. 349. (Revogado pela Lei Complementar 108 de
residindo fora da sede onde funciona a comissão, prestar
18/05/2005)
depoimento por escrito.
Art. 350. A situação de pessoal contratado não confere
Art. 340. Concluído o encargo da comissão, em prazo não
direito, nem expectativa de direito de efetivação no serviço
excedente de sessenta dias, será o processo, com o
público estadual.
respectivo relatório, encaminhado, para julgamento, ao
Chefe do Poder Executivo. Art. 351. Nenhuma taxa ou imposto estadual gravará os atos
ou títulos referentes ao funcionário.
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de trinta
dias, podendo, antes, a autoridade determinar diligências, Art. 352. Por motivo de convicção filosófica, religiosa ou
concluídas as quais se renovará o prazo. política, nenhum servidor poderá ser privado de qualquer de
seus direitos, nem sofrer alteração em sua vida funcional,
Art. 341. Julgada procedente a revisão, será de imediato
salvo se invocar para eximir-se de obrigação legal.
tornada sem efeito a penalidade imposta, restabelecendo-
se todos os direitos por ela atingidos. Art. 353. Mediante seleção e concurso adequado poderão
ser admitidos funcionários de capacidade física reduzida,
TÍTULO X
para cargos especificados em lei e regulamentos.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 354. O Poder Executivo expedirá os atos
Art. 342. A Associação dos Servidores Públicos do Paraná, complementares necessários à plena execução das
entidade de Direito Privado, com sede na Capital do Estado, disposições da presente Lei.
é reconhecida como órgão oficial de representação da
classe. Parágrafo único. Até que sejam expedidos os atos de que
trata êste artigo, continuará em vigor regulamentação
§ 1º. ...vetado... . existente, excluídas as disposições que conflitem com as da
§ 2°. O Presidente do órgão a que se refere este artigo, presente Lei, modifiquem-nas ou, de qualquer forma,
durante o seu mandato, fica dispensado do expediente em impeçam o seu integral cumprimento.
sua repartição, sem prejuízo dos vencimentos e vantagens Art. 355. Consideram-se pertencentes à família do
do cargo de que fôr ocupante na administração estadual. funcionário, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que
Art. 343. ...vetado... . comprovadamente vivam a suas expensas e constem de seu
assentamento individual.
Art. 344. ...vetado... .
Art. 356. O pagamento do salário-família, na forma prevista
Parágrafo único. ...vetado... . pelo art. 196 e seu parágrafo único, é extensivo ao cônjuge e
Art. 345. O dia 28 de Outubro será consagrado ao Servidor demais dependentes do servidor falecido anteriormente à
Público do Estado do Paraná. vigência desta Lei, não se computando parcelas atrasadas.
(Redação dada pela Lei 6325 de 27/10/1972)
Parágrafo único. O "Dia do Servidor Público" deverá ser
assinalado com solenidades que propiciem a Art. 357. Os prazos previstos nesta Lei e na sua
confraternização do funcionalismo, realizadas sob o regulamentação serão contados por dias corridos.
patrocínio da entidade da classe, ...vetado... . Parágrafo único. Não se computará no prazo o dia inicial,
Art. 346. É vetado ao funcionário trabalhar sob ordens do prorrogando-se o vencimento que incidir em domingo ou
cônjuge ou parente até segundo grau, salvo em função de feriado, para o primeiro dia útil seguinte.

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Art. 358. Os órgãos de pessoal fornecerão ao funcionário A Assembléia Legislativa do Paraná decretou e eu sanciono
uma caderneta da qual constem os elementos da sua a seguinte lei:
identificação e onde sòmente se registrarão os atos e fatos
ESTATUTO DA POLÍCIA CIVIL DO PARANÁ
de sua vida funcional.
TÍTULO I
Parágrafo único. A caderneta valerá como prova de DA ORGANIZAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL
identidade, para todos os efeitos, inclusive para o CAPÍTULO I
recebimento do vencimento, em caso de transferência ou DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
remoção, e será gratuíta.
Art. 1º. A Polícia Civil é a unidade de execução programática
Art. 359. Os funcionários públicos, no exercício de suas da Secretaria de Estado da Segurança Pública - SESP, com
atribuições, não estão sujeitos à ação penal por ofensa vínculo de subordinação hierárquica ao respectivo
irrogada em informações, pareceres ou quaisquer outros Secretário de Estado.
escritos de natureza administrativa, que, para êste fim, são
equiparadas às alegações produzidas em juízo. Art. 2º. São incumbências da Polícia Civil, em todo território
estadual, a preservação da ordem pública e o exercício da
Parágrafo único. Ao chefe imediato do funcionário cabe Polícia Judiciária, Administrativa e de Segurança, com a
mandar riscar a requerimento do interessado, as palavras prevenção, repressão e apuração das infrações penais e atos
julgadas ofensivas. anti-sociais, na forma estabelecida pela legislação em vigor.
Art. 360. O regime deste Estatuto é aplicável, no que couber, Art. 3º. A função policial, por suas características e
aos servidores da Assembléia Legislativa, do Tribunal de finalidades, fundamenta-se nos princípios da hierarquia e da
Justiça, do Tribunal de Contas, do Ministério Público e das disciplina.
Autarquias do Estado do Paraná.
Art. 4º. São servidores policiais civis os integrantes das
Art. 361. Fica o Poder Executivo autorizado a promover, carreiras previstas no Quadro de Pessoal da Polícia Civil.
mediante concurso de provas ou de provas e títulos, a
readaptação dos servidores públicos que, a data da CAPÍTULO II
publicação da presente Lei, estiverem desviados das DAS UNIDADES DA POLÍCIA CIVIL
funções correspondentes às respectivas séries de classes.
Art. 5º. São unidades da Polícia Civil:
Art. 362. Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação
I - Ao nível de Direção: (Redação dada pela Lei
revogadas a Lei nº 293, de 24 de novembro de 1.949, e
Complementar 89 de 25/07/2001)
demais disposições em contrário.
a) Departamento da Polícia Civil; (Redação dada pela Lei
PALÁCIO DO GOVÊRNO EM CURITIBA, em 16 de
Complementar 89 de 25/07/2001)
novembro de 1970.
b) Conselho da Polícia Civil.
Paulo Pimentel
c) Corregedoria Geral da Polícia Civil. (Incluído pela Lei
Lauro Fabrício de Melo Pinto
Complementar 89 de 25/07/2001)
Rubens Bailão Leite
II - Ao nível de assessoramento: (Redação dada pela Lei
Enéas Muniz de Queiroz Complementar 89 de 25/07/2001)
Nelson Luiz Silva Fanaya a) Secretaria Executiva;
Adolfo Rosevicz b) Assessoria Técnica. (Redação dada pela Lei
Complementar 89 de 25/07/2001)
José Vaz de Carvalho
c) (Revogado pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
Joaquim dos Santos Filho
d) (Revogado pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
Julio Werner Hackradt
III - A nível instrumental: (Redação dada pela Lei
Eurides Mascarenhas Ribas
Complementar 89 de 25/07/2001)
Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do
a) Divisão de Infraestrutura; (Redação dada pela Lei
Estado
Complementar 89 de 25/07/2001)

Lei Complementar nº 14/1982 b) Coordenação de Informática; (Incluído pela Lei


Complementar 89 de 25/07/2001)
Dispõe sobre o ESTATUTO DA POLÍCIA CIVIL DO c) Escola Superior de Polícia Civil; (Incluído pela Lei
PARANÁ. Complementar 89 de 25/07/2001)

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d) Grupos Auxiliares. (Renumerado pela Lei Complementar VII - um Delegado de Polícia de classe mais elevada, eleito
89 de 25/07/2001) pela classe dos Delegados de Polícia, para mandato de dois
anos, permitida uma recondução por igual período; e;
IV - Ao nível de execução: (Redação dada pela Lei
(Redação dada pela Lei Complementar 201 de 22/12/2016)
Complementar 89 de 25/07/2001)
VIII - um representante da Procuradoria-Geral do Estado,
a) Divisões Policiais;
indicado pelo Procurador-Geral do Estado. (Incluído pela Lei
b) Centro de Operações Policiais Especiais; (Renumerado Complementar 201 de 22/12/2016)
pela Lei Complementar 19 de 29/12/1983)
Parágrafo único. Ao Conselho da Polícia Civil do Estado do
c) Instituto Médico Legal; (Renumerado pela Lei Paraná compete: (Redação dada pela Lei Complementar
Complementar 89 de 25/07/2001) 201 de 22/12/2016)
d) Instituto de Criminalística; (Renumerado pela Lei a) (Revogado pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
Complementar 89 de 25/07/2001)
b) (Revogado pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
e) Instituto de Identificação; (Renumerado pela Lei
I - deliberar sobre as questões que lhe forem submetidas
Complementar 89 de 25/07/2001)
pelo Delegado-Geral de Polícia Civil; (Redação dada pela Lei
f) Subdivisões Policiais; (Renumerado pela Lei Complementar 201 de 22/12/2016)
Complementar 89 de 25/07/2001)
II – zelar pela observância dos princípios e funções da Polícia
g) Delegacias Regionais; (Incluído pela Lei Complementar Civil do Estado do Paraná; (Redação dada pela Lei
89 de 25/07/2001) Complementar 201 de 22/12/2016)
h) Delegacias de Polícia; (Renumerado pela Lei III – aprovar regimentos internos das unidades policiais civis
Complementar 89 de 25/07/2001) e outros atos normativos que definam a atuação da
Instituição; (Redação dada pela Lei Complementar 201 de
j) (Revogado pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
22/12/2016)
i) Outras unidades policiais civis auxiliares. (Redação dada
IV – propor medidas de aprimoramento técnico-
pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
profissional, visando ao desenvolvimento e à eficiência da
Art. 6º. O Conselho da Polícia Civil, nos termos do § 2º do organização policial civil; (Redação dada pela Lei
art. 47 da Constituição do Estado do Paraná, é órgão Complementar 201 de 22/12/2016)
consultivo, normativo e deliberativo, para fins de controle
V – pronunciar-se sobre matéria relevante, concernente a
do ingresso, ascensão funcional, hierarquia e regime
funções, princípios e condutas funcionais ou particulares do
disciplinar das carreiras policiais civis, sendo integrado pelos
policial civil que resultem em reflexos à Instituição;
seguintes membros: (Redação dada pela Lei Complementar
(Redação dada pela Lei Complementar 201 de 22/12/2016)
201 de 22/12/2016)
VI – examinar e avaliar as propostas das unidades
I - o Delegado-Geral da Polícia Civil, como presidente e
administrativas da Polícia Civil do Estado do Paraná, em
membro nato; (Redação dada pela Lei Complementar 201
função dos planos e programas de trabalhos previstos para
de 22/12/2016)
cada exercício financeiro; (Redação dada pela Lei
II - o Delegado-Geral Adjunto da Polícia Civil, como vice- Complementar 201 de 22/12/2016)
presidente e membro nato; (Redação dada pela Lei
VII - analisar e avaliar programas e projetos atinentes à
Complementar 201 de 22/12/2016)
expansão de recursos humanos; (Redação dada pela Lei
III - o Corregedor-Geral da Polícia Civil; (Redação dada pela Complementar 201 de 22/12/2016)
Lei Complementar 201 de 22/12/2016)
VIII - proceder ao julgamento, como instância originária, dos
IV - dois Delegados de Polícia de classe mais elevada, processos disciplinares instaurados contra autoridades
indicados pelo Governador do Estado; (Redação dada pela policiais civis; (Redação dada pela Lei Complementar 201 de
Lei Complementar 201 de 22/12/2016) 22/12/2016)
V - um Delegado de Polícia de classe mais elevada, indicado IX - deliberar sobre a remoção de Delegados de Polícia, no
pelo Secretário de Estado da Segurança Pública e interesse do serviço policial, observadas as disposições
Administração Penitenciária; (Redação dada pela Lei desta Lei; (Redação dada pela Lei Complementar 201 de
Complementar 201 de 22/12/2016) 22/12/2016)
VI - um Delegado de Polícia de classe mais elevada, indicado X - deliberar sobre proposta de criação e extinção de cargos
pelo Delegado-Geral da Polícia Civil; (Redação dada pela Lei e de unidades administrativas no âmbito da Polícia Civil do
Complementar 201 de 22/12/2016) Estado do Paraná; (Redação dada pela Lei Complementar
201 de 22/12/2016)
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XI - deliberar sobre a promoção por merecimento do TÍTULO II


policial, por ato de bravura e post mortem e para proposição DAS CARREIRAS E DO PROVIMENTO
de comendas previstas em lei, conforme dispuser o CAPÍTULO I
regulamento; (Redação dada pela Lei Complementar 201 de DAS CARREIRAS POLICIAIS
22/12/2016)
Art. 13. São Carreiras Policiais: (Redação dada pela Lei
XII - deliberar, conclusivamente, sobre a indenização, Complementar 69 de 14/07/1993)
promoção ou pensão especial decorrente de enfermidade
ou morte em virtude de serviço ou do exercício da função; I - Delegado de Polícia;
(Redação dada pela Lei Complementar 201 de 22/12/2016) II - Comissário de Polícia (em extinção);
XIII – exercer outras atribuições previstas em lei. (Redação III - Investigador de Polícia; (Redação dada pela Lei
dada pela Lei Complementar 201 de 22/12/2016) Complementar 69 de 14/07/1993)
Art. 7º. O Regulamento da Polícia Civil estabelecerá a IV - Escrivão de Polícia; (Redação dada pela Lei
estrutura e o funcionamento das unidades, bem como, as Complementar 96 de 12/09/2002)
atribuições dos respectivos servidores policiais civis,
observado o disposto nesta lei. V - Papiloscopista; (Redação dada pela Lei Complementar
96 de 12/09/2002)
CAPÍTULO III
DAS AUTORIDADES POLICIAIS, SEUS AGENTES E VI - Agente em Operações Policiais. (Redação dada pela Lei
AUXILIARES Complementar 96 de 12/09/2002)
CAPÍTULO II
Art. 8º. São autoridades policiais:
DO CONCURSO
I - o Delegado Geral da Polícia Civil;
Art. 14. As classes iniciais das carreiras policiais civis serão
II - os Delegados de Polícia. (Redação dada pela Lei providas mediante concurso público regionalizado, de
Complementar 96 de 12/09/2002) provas, ou de provas e títulos, para o provimento de cargos
III - (Revogado pela Lei Complementar 96 de 12/09/2002) que exijam formação de nível superior, realizada através das
seguintes fases, todas eliminatórias: (Redação dada pela Lei
Art. 9º. São agentes da autoridade policial: (Redação dada Complementar 84 de 03/08/1998)
pela Lei Complementar 96 de 12/09/2002)
I - Prova preambular de conhecimentos gerais; (Redação
I - os Comissários de Polícia (em extinção); (Redação dada dada pela Lei Complementar 84 de 03/08/1998)
pela Lei Complementar 69 de 14/07/1993)
II - Prova de conhecimento específicos; (Redação dada pela
II - os Investigadores de Polícia. (Redação dada pela Lei Lei Complementar 84 de 03/08/1998)
Complementar 96 de 12/09/2002)
III - Exame de Investigação de conduta; (Incluído pela Lei
III - os Agentes em Operações Policiais. (Incluído pela Lei Complementar 84 de 03/08/1998)
Complementar 96 de 12/09/2002)
IV - Exame de Higidez Física; (Incluído pela Lei
Art. 10. São Auxiliares da autoridade policial: (Redação dada Complementar 84 de 03/08/1998)
pela Lei Complementar 96 de 12/09/2002)
V - Exame de Aptidão Física. (Incluído pela Lei
I - os Escrivães de Polícia; (Redação dada pela Lei Complementar 84 de 03/08/1998)
Complementar 96 de 12/09/2002)
§ 1º. O provimento de cargo na carreira de Delegado de
II - os Papiloscopistas; (Redação dada pela Lei Policia é privativo de bacharel em Direito. (Incluído pela Lei
Complementar 96 de 12/09/2002) Complementar 84 de 03/08/1998)
Art. 11. Os agentes e auxiliares são subordinados § 2º. Para os cargos da carreira de Perito Criminal será
diretamente às autoridades policiais perante as quais exigida formação de nível superior nos cursos de Química,
servirem, observado o disposto no § 3º., do art. 209. Física, Engenharia e Arquitetura, Ciências Contábeis,
Art. 12. Os servidores policiais civis especializados, técnicos, Geologia, Farmácia e Bioquímica, Ciências da Computação
científicos e administrativos, quando do desempenho de e Informática, e Direito, observada sempre a
serviços policiais em equipe, serão dirigidos pela autoridade correspondência da função policial com a respectiva área de
policial competente. habilitação profissional. (Incluído pela Lei Complementar 84
de 03/08/1998)
§ 3º. O exercício pleno da atividade policial civil dependerá
da conclusão e aprovação nos cursos de formação técnico-

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profissional específicos. (Incluído pela Lei Complementar 84 I - prova de ser o candidato brasileiro nato ou naturalizado;
de 03/08/1998) (Redação dada pela Lei Complementar 84 de 03/08/1998)
§ 4º. O número de cargos a serem preenchidos será fixado II - prova de haver completado vinte e um anos de idade;
de acordo com o dimensionamento previsto no Orçamento (Redação dada pela Lei Complementar 84 de 03/08/1998)
Discriminado de Recursos Humanos, aprovado pela
III - prova de estar o candidato habilitado a dirigir veículos
Secretaria de Estado da Administração e Secretaria de
automotores, feita através da apresentação de cópia da
Estado da Segurança Pública, e, uma vez providos, os seus
Carteira Nacional de Habilitação (CNH), expedida por órgão
titulares deverão nele se manterem até que se cumpram as
competente, em categoria a ser definida pelo Edital do
exigências do estágio probatório. (Incluído pela Lei
concurso. (Incluído pela Lei Complementar 84 de
Complementar 84 de 03/08/1998)
03/08/1998)
Art. 15. Os concursos públicos serão planejados e
Art. 18. Após conhecido o resultado da prova de que trata o
organizados pelo Conselho da Polícia Civil e executados pela
item II do artigo 14, será iniciado o procedimento do exame
Escola da Polícia Civil, sob a supervisão da Secretaria de
de investigação de conduta, sendo eliminado do certame o
Estado da Segurança Pública, e terão validade máxima de
candidato que representar desvios comportamentais que
dois anos, prorrogáveis por igual período, contados da
não o recomendem para o desempenho da função policial
homologação da Classificação final, e reger-se-ão por
civil, ou em caso de falsificação de dados pessoais. (Redação
instruções especiais que estabelecerão, em função da
dada pela Lei Complementar 84 de 03/08/1998)
natureza do cargo: (Redação dada pela Lei Complementar
84 de 03/08/1998) Art. 19. Os candidatos aprovados na prova preambular de
conhecimentos gerais, serão convocados para
I - tipo e conteúdo das provas e categorias dos títulos;
submeterem-se à prova de conhecimentos específicos,
(Redação dada pela Lei Complementar 84 de 03/08/1998)
exame de investigação de conduta e aos exames de higidez
II - a forma de julgamento e a valoração das provas; e de aptidão física, todos de caráter também eliminatório,
(Redação dada pela Lei Complementar 84 de 03/08/1998) bem como para apresentar comprovante de escolaridade.
(Redação dada pela Lei Complementar 84 de 03/08/1998)
III - os critérios de habilitação e classificação para fins de
nomeação; (Redação dada pela Lei Complementar 84 de § 1º. A apuração da conduta ilibada na vida pública e privada
03/08/1998) será constante em todas as etapas do concurso e se
estenderá até a data da nomeação dos candidatos
IV - as condições para provimento de cargo referente a:
aprovados, sendo excluídos do ato de nomeação o
(Renumerado pela Lei Complementar 84 de 03/08/1998)
candidato que tiver demonstrada a sua inidoneidade.
a) capacidade física; (Redação dada pela Lei Complementar (Incluído pela Lei Complementar 84 de 03/08/1998)
84 de 03/08/1998)
§ 2º. O exame de higidez física será realizado pelo Instituto
b) boa conduta na via pública e privada, e a forma de sua Médico Legal do Paraná, que avaliará no conjunto, as
apuração; (Redação dada pela Lei Complementar 84 de condições do candidato, para fins de verificação de
03/08/1998) deformidades estruturais e anomalias morfológicas
incompatíveis com o exercício da função policial civil.
c) escolaridade.
(Incluído pela Lei Complementar 84 de 03/08/1998)
Art. 16. O Conselho da Policia Civil, na existência das vagas
§ 3º. O exame de aptidão física, destinado a avaliar as
a serem providas em qualquer das carreiras policiais civis
condições de agilidade e destreza nos movimentos
iniciais, solicitará à Secretaria de Estado da Segurança
deambulares, constituir-se-á de testes de impulsão vertical,
Pública a necessária autorização governamental para
salto em extensão, flexão abdominal, escalada, corrida de
abertura de concurso público. (Redação dada pela Lei
segmento e corrida aeróbica, observadas as tabelas de
Complementar 84 de 03/08/1998)
desempenho mínimo, a serem fixadas por professores de
Parágrafo único. Das instruções para o concurso público educação física, de acordo com o sexo e faixa etária dos
constarão limite mínimo de idade, número de vagas, candidatos. (Incluído pela Lei Complementar 84 de
requisitos de ordem moral e física, e exigência de provas de 03/08/1998)
conhecimentos ou de provas e títulos. (Redação dada pela
Art. 20. Encerradas as fases do concurso, exigidas para a
Lei Complementar 84 de 03/08/1998)
investidura no cargo correspondente, proceder-se-á à
Art. 17. O pedido de inscrição além de outros que atestem a classificação final, a qual será encaminhada ao Secretário de
satisfação dos requisitos específicos das respectivas Estado de Segurança Pública, para fins de homologação.
carreiras, será instruído com os seguintes documentos: (Redação dada pela Lei Complementar 84 de 03/08/1998)
(Redação dada pela Lei Complementar 84 de 03/08/1998)

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Art. 21. A nomeação obedecerá rigorosamente a ordem de existência da vaga, com os elementos capazes de identificá-
classificação no concurso. (Redação dada pela Lei la. (Redação dada pela Lei Complementar 19 de 29/12/1983)
Complementar 84 de 03/08/1998)
Parágrafo único. Se, dentro do prazo de dois (2) anos for
Art. 22. Completada a investidura no cargo, os empossados constatado o descumprimento de qualquer requisito legal
serão matriculados, compulsória e obrigatoriamente, no para a posse, esta será anulada e revogado Decreto de
Curso de Formação Técnico Profissional específico, a ser nomeação. (Incluído pela Lei Complementar 19 de
ministrado pela Escola da Polícia Civil, ficando extintos, com 29/12/1983)
esta Lei, o benefício da bolsa de estudos. (Redação dada
CAPÍTULO IV
pela Lei Complementar 84 de 03/08/1998)
DA POSSE
CAPÍTULO III
Art. 27. Posse é o ato que completa a investidura no cargo.
DO PROVIMENTO
Parágrafo único. Independem de posse os casos de
Art. 23. Os cargos de carreira previstos no Quadro de
promoção, acesso e reintegração.
Pessoal da Polícia Civil são providos por: (Redação dada pela
Lei Complementar 19 de 29/12/1983) Art. 28. São requisitos para a posse, além dos exigidos pelo
art. 25:
I - nomeação;
I - habilitação prévia em concurso público, nos casos de
II - promoção;
provimento efetivo em cargo inicial; e
III - acesso;
II - cumprimento das condições especiais previstas em lei ou
IV - reintegração; regulamento para o exercício do cargo.
V - reversão; Parágrafo único. Ninguém poderá ser empossado em cargo
efetivo, sem declarar que não exerce outro cargo ou função
VI - aproveitamento;
pública da União, dos Estados, Municípios, de autarquias,
VII - readmissão; empresas públicas, sociedades de economia mista ou
fundações instituídas pelo Poder Público, ou sem provar que
VIII - readaptação.
solicitou exoneração ou dispensa do cargo ou função que
Art. 24. Fica vedada a acumulação de cargos a servidores ocupava em qualquer dessas entidades. (Redação dada pela
policiais civis, ressalvados os casos de acumulação já Lei Complementar 19 de 29/12/1983)
existentes, na forma prevista nesta Lei. (Redação dada pela
Art. 29. A posse será solene, compreendendo, na primeira
Lei Complementar 19 de 29/12/1983)
investidura, o compromisso policial, a assinatura do
Art. 25. Pode ser provido em cargo efetivo previsto nesta respectivo termo e a entrega da insígnia e identidade
Lei, somente quem satisfizer, além de outros requisitos funcionais.
legais, os seguintes:
§ 1º. O termo de posse será assinado pelo nomeado, perante
I - ser brasileiro; a autoridade competente que presidir à
formalidade, após prestado o seguinte compromisso
II - haver cumprido as obrigações e encargos militares
policial:
previstos em lei;
"PROMETO OBSERVAR E FAZER RIGOROSA OBEDIÊNCIA
III - estar em pleno gozo dos direitos políticos;
À CONSTITUIÇÃO, ÀS LEIS E REGULAMENTOS DO PAÍS,
IV - ter boa conduta; DESEMPENHAR MINHAS FUNÇÕES COM LEALDADE E
EXAÇÃO, COM DESPRENDIMENTO E CORREÇÃO, COM
V - gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica;
DIGNIDADE E HONESTIDADE E CONSIDERAR COMO
VI - possuir aptidão para o exercício do cargo; e INERENTE À MINHA PESSOA A REPUTAÇÃO E A
HONORABILIDADE DO ORGANISMO POLICIAL QUE
VII - ter satisfeito as condições especiais previstas para o
PASSO AGORA A SERVIR."
cargo.
§ 2º. No ato da posse será apresentada declaração pelo
Parágrafo único. A inspeção médica a que se refere ao inciso
servidor policial civil empossado, dos bens e valores que
V deste artigo, será realizada pela Divisão de Medicina e
constituem o patrimônio individual ou conjugal.
Saúde Ocupacional da Secretaria de Estado da
Administração. (Incluído pela Lei Complementar 84 de Art. 30. A posse terá lugar no prazo de trinta dias da
03/08/1998) publicação, no órgão oficial de divulgação, do ato de
provimento.
Art. 26. Sob pena de responsabilidade da autoridade que der
posse, o ato de provimento deverá conter a indicação da § 1º. A requerimento do interessado ou de seu
representante legal, o prazo para posse poderá ser
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prorrogado ou revalidado pela autoridade competente, até § 1º. Os requisitos de que trata este artigo são os seguintes:
o máximo de trinta dias, a contar do término do prazo de que
I - aprovação em curso de formação técnico - profissional
trata este artigo.
específico ministrado pela Escola Superior de Polícia Civil;
§ 2º. O prazo inicial para o funcionário em férias ou em (Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
licença, exceto no caso de licença para tratar de interesses
II - idoneidade moral; (Redação dada pela Lei
particulares, será contado da data em que o funcionário
Complementar 84 de 03/08/1998)
voltar ao serviço.
III - assiduidade; (Redação dada pela Lei Complementar 84
§ 3º. Se a posse não se der dentro do prazo inicial e da
de 03/08/1998)
prorrogação ou da revalidação, desde que concedida, será a
nomeação tornada sem efeito. IV - disciplina; (Redação dada pela Lei Complementar 84 de
03/08/1998)
CAPÍTULO V
DO EXERCÍCIO V - eficiência e produtividade; e (Redação dada pela Lei
Complementar 84 de 03/08/1998)
Art. 31. O início, a interrupção e o reinício do exercício serão
registrados, no assentamento individual do servidor. VI - dedicação às atividades policiais. (Incluído pela Lei
Complementar 84 de 03/08/1998)
Parágrafo único. O início do exercício e as alterações que
neste ocorrerem serão comunicados pelo Chefe da § 2º. O boletim de avaliação sobre a conduta do servidor
repartição ou serviço em que estiver lotado o servidor ao policial civil durante o estágio probatório deve ser
órgão competente. elaborado, periodicamente, a contar do início do exercício,
pelos delegados chefes de Divisões e Corregedoria, na
Art. 32. Ao chefe da unidade para a qual for designado o Capital, e, no interior do Estado, pelos delegados
servidor compete dar-lhe exercício. subdivisionais e corregedores de área, na forma do
Art. 33. O exercício do cargo ou da função terá início no regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
prazo de trinta dias contados da data: 25/07/2001)

I - da publicação oficial do ato, no caso de reintegração e § 3º. Quando o servidor policial civil em estágio probatório
remoção; ou não preencher quaisquer dos requisitos enumerados no § 1º
deste artigo, caberá à autoridade avaliadora, sob pena de
II - da posse, nos demais casos. responsabilidade funcional, provocar, perante o corregedor
Parágrafo único. Os prazos previstos neste artigo poderão de assuntos internos, a instauração de sindicância para sua
ser prorrogados, por solicitação do interessado e a juízo da confirmação ou não no cargo. (Redação dada pela Lei
autoridade competente, desde que a prorrogação não Complementar 89 de 25/07/2001)
exceda de trinta dias. § 4º. Para os fins previstos no parágrafo anterior, será
Art. 34. A promoção e o acesso não interrompem o especialmente designada Comissão de Sindicância pela
exercício, que é contado na nova classe a partir da data da Corregedoria Geral da Polícia Civil, para apurar o
publicação do respectivo ato. (Redação dada pela Lei descumprimento dos requisitos do estágio probatório,
Complementar 19 de 29/12/1983) observando-se o rito estabelecido no artigo 241 e seguintes
desta lei. (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
Art. 35. Será demitido o servidor que não entrar em exercício 25/07/2001)
no prazo de trinta dias e aquele que interromper o exercício
por igual prazo, ressalvados os casos que encontrem CAPÍTULO VII
amparo em outras disposições deste Estatuto. DA REMOÇÃO
Art. 36. O número de dias que o servidor gastar em viagem Art. 38. Remoção é o deslocamento do servidor policial civil
para entrar em exercício, será considerado, para todos os de uma para outra unidade policial, observado o contido
efeitos, como de efetivo exercício. nesta lei.
CAPÍTULO VI Art. 39. A remoção somente ocorrerá mediante:
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
I - pedido escrito ou permuta, a critério do Delegado Geral
Art. 37. Estágio probatório é o período de três anos de da Polícia Civil, ou
efetivo exercício no cargo, a contar da data do início deste, II - de ofício, em circunstâncias reconhecidamente
durante o qual são apurados os requisitos necessários à urgenciadas e na solução de problemas emergenciais das
confirmação ou não do servidor policial no cargo efetivo áreas policial e administrativa, e de iniciativa
para o qual foi nomeado. (Redação dada pela Lei indistintamente do secretário de Segurança Pública e
Complementar 89 de 25/07/2001) Conselho da Polícia Civil, com prevalência do primeiro.
(Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
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§ 1º. O disposto neste artigo, não compreende a remoção do Art. 41. A promoção por merecimento depende de:
servidor policial civil para outra unidade sediada na mesma (Redação dada pela Lei Complementar 84 de 03/08/1998)
área de Inspetoria, atendido o interesse do serviço.
I - preenchimento de pré-requisitos objetivos, tais como, a
§ 2º. O servidor policial civil removido, deve entrar em eficiência revelada no desempenho de funções, a
exercício do cargo ou função na nova sede, nos seguintes capacidade de liderança, iniciativa e presteza de decisão, os
prazos: (Redação dada pela Lei Complementar 19 de resultados dos cursos de formação e de aperfeiçoamento
29/12/1983) funcional, o comportamento ético irrepreensível nas
atividades referentes à função, o comportamento social e
a) 8 (oito) dias, se for para outro município, e (Incluído pela
familiar ilibados, e, principalmente, a ausência de
Lei Complementar 19 de 29/12/1983)
antecedentes criminais e transgressionais; (Redação dada
b) 3 (três) dias, no mesmo município. (Incluído pela Lei pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
Complementar 19 de 29/12/1983)
II - ato de bravura, comprovado e homologado pelo
§ 3º. Os prazos constantes do parágrafo anterior, poderão Conselho da Polícia Civil, de ofício ou a requerimento do
ser prorrogados por igual período, a critério do Delegado interessado; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
Geral da Polícia Civil. (Incluído pela Lei Complementar 19 de 25/07/2001)
29/12/1983)
III - observância do contido no artigo 126, alínea III desta lei.
CAPÍTULO VIII (Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
DA PROMOÇÃO E ACESSO
Parágrafo único. São pré - requisitos complementares para
Art. 40. A promoção é a elevação seletiva e gradual e avaliação de merecimento: (Incluído pela Lei Complementar
sucessiva do servidor policial civil estável à vaga de classe 89 de 25/07/2001)
imediatamente superior àquela que pertença, pelos critérios I - interstício de 3 (três) anos na classe; (Incluído pela Lei
de merecimento e antiguidade, na proporção de 3/5 (três Complementar 89 de 25/07/2001)
quintos) e 2/5 (dois quintos), respectivamente, na forma de
regulamentação especifica; (Redação dada pela Lei II - estar em efetivo exercício na Secretaria de Estado da
Complementar 89 de 25/07/2001) Segurança Pública nos doze (12) meses anteriores; (Incluído
pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
§ 1º. A promoção deverá ocorrer dentro do prazo de 45
(quarenta e cinco) dias da abertura da vaga; (Redação dada III - ter freqüentado com aproveitamento, dentre outros
pela Lei Complementar 84 de 03/08/1998) cursos definidos em regulamentação própria, através de
atos do Poder Executivo, na Escola Superior de Polícia Civil,
§ 2º. Constará obrigatoriamente da lista tríplice o servidor (Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
policial civil que tiver figurado por três vezes consecutivas,
ou cinco alternadas, na lista de merecimento, condicionado a) o Curso de Formação Técnico - Profissional e satisfeitos
ao número de vagas existentes, obedecida a os requisitos do estágio probatório para as
regulamentação específica. (Incluído pela Lei classes iniciais das carreiras policiais civis; (Incluído pela Lei
Complementar 84 de 03/08/1998) Complementar 89 de 25/07/2001)

§ 3º. Para efeito de promoção, entende-se por antigüidade o b) o Curso de Processo Administrativo para 3ª Classe da
tempo de efetivo exercício na classe e, em havendo empate Carreira de Polícia; (Incluído pela Lei Complementar 89 de
na contagem para concorrer à mesma vaga, a precedência é 25/07/2001)
sucessivamente do: (Incluído pela Lei Complementar 84 de c) o Curso de Gerenciamento Policial para 2ª Classe da
03/08/1998) Carreira de Delegado de Polícia, e; (Incluído pela Lei
a) mais antigo na carreira; (Incluído pela Lei Complementar Complementar 89 de 25/07/2001)
84 de 03/08/1998) d) o Curso Superior de Polícia para a 1ª Classe da Carreira de
b) mais antigo no serviço público; (Incluído pela Lei Delegado de Polícia. (Incluído pela Lei Complementar 89 de
Complementar 84 de 03/08/1998) 25/07/2001)

c) mais idoso. (Incluído pela Lei Complementar 84 de IV - ter prestado serviço em unidades policias no interior do
03/08/1998) Estado, excluídas as da Região Metropolitana de Curitiba,
por período não inferior a 3 (três) anos para a Classe Inicial
§ 4º. O Conselho da Polícia Civil publicará, no mês de janeiro da carreira de Delegado de Polícia. (Incluído pela Lei
de cada ano, o Almanaque do Policial Civil, que conterá o Complementar 89 de 25/07/2001)
tempo de serviço e a pontuação alcançada durante o tempo
apurado, conforme a regulamentação. (Incluído pela Lei V - ter freqüentado, com aproveitamento, dentre outros
Complementar 84 de 03/08/1998) cursos definidos em regulamentação própria, através de ato
do Poder Executivo, o curso de aperfeiçoamento policial

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para promoção à 1ª classe para as demais carreiras. (Incluído II - a potencialidade para o desempenho de funções mais
pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001) elevadas;
§ 1°. ...Vetado... (Redação dada pela Lei Complementar 84 III - a capacidade de liderança, iniciativa e presteza de
de 03/08/1998) decisão;
§ 2°. Os pré-requisitos serão estabelecidos por deliberação IV - os resultados dos cursos de formação e de
do Conselho da Polícia Civil. (Redação dada pela Lei aperfeiçoamento funcional; e
Complementar 84 de 03/08/1998) (vide Lei Complementar
V - o realce do servidor policial civil entre seus pares.
89 de 25/07/2001)
§ 1º. Não pode ser promovido, por merecimento, o servidor
Art. 42. Somente após dois anos de efetivo exercício na
policial civil:
respectiva classe, poderá o servidor policial civil ser
promovido. I - em exercício de mandato eletivo;
§ 1º. Havendo vagas em número superior ao de candidatos II - em licença para tratar de interesses particulares, ou
com interstício completo, poderão concorrer ao
III - à disposição de órgãos não integrantes da estrutura
preenchimento das vagas remanescentes, os que houverem
orgânica da SESP.
completado na classe anterior, um mínimo de 365
(trezentos e sessenta e cinco) dias, desde que sejam § 2º. O servidor policial civil que tiver figurado em lista
servidores policiais civis estáveis. anterior de promoção por merecimento, só poderá ser
excluído se, em votação preliminar, o Conselho da Polícia
§ 2º. O servidor policial civil, promovido na forma do
Civil assim o decidir, por maioria absoluta. Em caso
parágrafo anterior, deverá completar a contagem dos
contrário, a votação será feita apenas para completar a lista
interstícios anteriores, sem o que não poderá concorrer à
tríplice, que deverá ser organizada obrigatoriamente para
nova promoção.
cada vaga a ser preenchida. (Redação dada pela Lei
Art. 43. O servidor policial civil, observado o previsto no § 1º Complementar 19 de 29/12/1983)
do artigo 216 desta lei, não poderá concorrer à promoção e
Art. 45. O servidor policial civil só poderá ser promovido, por
acesso, quando:
merecimento, da classe inicial da carreira a que pertencer
I - Estiver respondendo à sindicância ou processo disciplinar. para a classe imediatamente superior, se tiver prestado
(Redação dada pela Lei Complementar 19 de serviços em unidades policiais do interior, por um período
29/12/1983) (vide ADI nº 1.692.477-9) não inferior a 03 (três) anos. (Redação dada pela Lei
Complementar 89 de 25/07/2001)
II - estiver respondendo a processo criminal, enquanto a
sentença final não houver transitado em julgado; (vide ADI Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, não se
nº 1.692.477-9) consideram unidades policiais do interior, os sediados em
municípios integrantes da Região Metropolitana de
III - for preso preventivamente ou em flagrante delito;
Curitiba. (Revogado pela Lei Complementar 29 de
IV - for condenado, enquanto durar o cumprimento da pena, 04/04/1986)
inclusive no caso de suspensão condicional da pena, não se
Art. 46. As listas de indicação de policiais civis para a
computando o tempo acrescido à pena original para fins de
promoção serão organizadas pelo Conselho da Polícia Civil,
sua suspensão condicional.
ouvindo-se, previamente, a Corregedoria Geral da Polícia
Parágrafo único. Por um período de três (3) anos, a contar da Civil e, na forma do regulamento específico. (Redação dada
data da punição, na esfera criminal ou administrativa, não pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
haverá promoção de servidor policial civil, independente da
Parágrafo único. Constitui transgressão disciplinar grave
natureza da falta. (Redação dada pela Lei Complementar 89
cometida por membro do Conselho da Polícia Civil e de
de 25/07/2001)
Câmara Disciplinar, punida com suspensão de 90 (noventa)
Art. 44. A promoção por merecimento, proposta pelo dias, qualquer ato destinado à modificação ou ocultação da
Conselho da Polícia Civil através de lista tríplice, baseia-se verdade, com vistas a favorecer ou prejudicar servidor da
no conjunto de qualidades e atributos que distinguem e classe policial civil, seja modificando, alterando ou
realçam o valor do servidor policial civil, avaliado no decurso fraudando por qualquer outro meio as disposições deste
da carreira e no desempenho de funções ou missões, ao ser capítulo. (Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
cogitado para a promoção, e ainda: (Redação dada pela Lei
Art. 47. O andamento de papéis relativos à promoção e
Complementar 19 de 29/12/1983)
acesso terá caráter urgente.
I - a eficiência revelada no desempenho funcional e não na
natureza intrínseca das funções ou missões, e nem o tempo
de exercício nas mesmas;

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CAPÍTULO IX CAPÍTULO X
DA REINTEGRAÇÃO E REVERSÃO DO APROVEITAMENTO
Art. 48. A reintegração, que decorrerá de decisão Art. 57. Aproveitamento é o retorno do servidor policial civil
administrativa, ou judicial passada em julgado, é o em disponibilidade ao exercício de outro cargo, mediante
reingresso do servidor policial civil no serviço público, com proposta do Conselho da Polícia Civil.
ressarcimento dos vencimentos e vantagens.
Art. 58. O aproveitamento far-se-á a pedido ou ex-officio,
Parágrafo único. A decisão administrativa que determinar a respeitada sempre a habilitação profissional.
reintegração será proferida em pedido de revisão de
Parágrafo único. Se o aproveitamento se der em cargo de
processo disciplinar.
vencimento inferior ao provento da disponibilidade, terá o
Art. 49. A reintegração será feita no cargo anteriormente servidor policial civil direito a diferença.
ocupado; se este houver sido transformado, no resultante
Art. 59. Será obrigatório o aproveitamento do servidor
da transformação, e, se extinto, em cargo de nível de
policial civil em cargo de natureza e vencimento ou
vencimento equivalente, comprovada pelo órgão
remuneração compatíveis com os do anteriormente
competente a habilitação do servidor policial civil.
ocupado.
Parágrafo único. Não sendo possível ou conveniente à
Parágrafo único. O aproveitamento dependerá de vaga e de
administração policial, fazer a reintegração pela forma
prova de capacidade, mediante inspeção médica.
prescrita neste artigo, será o ex-servidor policial civil
colocado em disponibilidade remunerada. Art. 60. Será tornado sem efeito o aproveitamento e
cassada a disponibilidade do servidor policial civil se este
Art. 50. O servidor policial civil reintegrado deve ser
cientificado expressamente do ato de aproveitamento não
submetido à inspeção médica especializada, na forma desta
tomar posse no prazo legal, com perda de todos os direitos
Lei e, se os peritos o julgarem incapaz ou inválido, será
de sua anterior situação, salvo caso de doença comprovada
aposentado no cargo em que houver sido reintegrado.
em inspeção médica.
Art. 51. Reversão é o ingresso no serviço público, do servidor
Parágrafo único. Provada em inspeção médica a
policial civil aposentado, quando insubsistentes os motivos
incapacidade definitiva, será procedida a aposentadoria e
da aposentadoria.
para o cálculo do tempo deste será levado em conta o
Art. 52. A reversão far-se-á ex-officio ou a pedido, de período de disponibilidade.
preferência no mesmo cargo ou naquele em que se tenha
CAPÍTULO XI
transformado, ou em cargo de vencimento ou remuneração
DA READMISSÃO
equivalente ao do anteriormente ocupado, atendido o
requisito de habilitação profissional. Art. 61. Readmissão é o reingresso no serviço público
Art. 53. Para que a reversão possa efetivar-se é necessário estadual, sem ressarcimento de vencimentos e vantagens,
que o aposentado: do servidor policial civil exonerado a pedido.

I - não haja completado cinqüenta e cinco anos de idade; Parágrafo único. Não será admitida readmissão do servidor
policial civil que:
II - não conte mais de vinte e cinco anos de tempo de serviço
e de inatividade, computados em conjunto; I - tenha sofrido punição disciplinar;

III - seja julgado apto em inspeção de saúde; e II - haja completado cincoenta e cinco anos de idade; ou,

IV - tenha o seu retorno à atividade policial considerada de III - conte menos de dez anos de serviço público
interesse do serviço público, a juízo do Conselho da Polícia anteriormente prestado.
Civil. Art. 62. A readmissão dependerá de prova de capacidade
Art. 54. Na reversão, o servidor policial civil aposentado, física, mediante inspeção médica especializada e da
terá direito, em caso de nova aposentadoria, à contagem do existência de vaga a ser provida pelo critério de
tempo em que esteve aposentado. merecimento, atendido sempre o interesse policial civil.

Art. 55. O servidor policial civil que reverter, não será Art. 63. A readmissão efetivar-se-á em cargo de vencimento
aposentado novamente, sem que hajam decorridos cinco ou remuneração equivalente ao anteriormente ocupado,
anos de efetivo exercício, salvo se a aposentadoria for por mediante proposta do Conselho da Polícia Civil.
motivo de saúde. Art. 64. O tempo de serviço público estadual do readmitido,
Art. 56. Será tornada sem efeito a reversão do servidor anterior à sua exoneração, será contado para todos os
policial civil que não tomar posse e não entrar em exercício efeitos legais.
dentro dos prazos legais.

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CAPÍTULO XII Art. 69. A readaptação não acarretará redução de


DA READAPTAÇÃO vencimento, assegurando-se sempre a diferença a que o
servidor policial civil fizer jus, quando for o caso de
Art. 65. Readaptação é o provimento do servidor policial readaptação em cargo de nível inferior, perdendo, no
civil em cargo a que melhor se adapte a sua capacidade entanto, as vantagens percebidas pelo exercício do cargo de
física, intelectual ou vocacional, podendo ser realizada carreira policial.
motivadamente de ofício ou a pedido do interessado.
CAPÍTULO XIII
§ 1º. Após deliberação da maioria absoluta dos seus
DA SUBSTITUIÇÃO
membros, o Conselho da Polícia Civil encaminhará a
proposta da readaptação prevista neste Capítulo. Art. 70. Haverá substituição remunerada durante o
impedimento legal e temporário do ocupante de cargo em
§ 2º. O servidor policial civil, enquanto perdurar o processo
comissão ou função de chefia ou direção.
de readaptação, poderá ser afastado do exercício de suas
funções. § 1º. O substituto, durante o tempo em que exercer a
substituição, terá direito a perceber o vencimento e as
Art. 66. O servidor policial civil, que revelar inaptidão ou
vantagens pecuniárias inerentes ao cargo do substituído,
desajustamento para o serviço policial, sem causa que
mais as vantagens pessoais a que fizer jus.
justifique a sua demissão ou aposentadoria, será
readaptado compulsoriamente em outro cargo a que § 2º. O substituto perderá, durante o tempo da substituição,
melhor se adapte à sua capacidade, sem descenso nem o vencimento e demais vantagens pecuniárias inerentes ao
aumento de vencimento, na forma deste artigo, quando: seu cargo, se não optar por estes.
I - ficar comprovada a modificação do estado físico ou § 3º. A substituição dar-se-á, sempre que possível, dentro da
mental do servidor policial civil, que lhe diminua a eficiência própria unidade.
ou o incapacite para a função policial;
Art. 71. Também será remunerado, na forma prevista para
II - a função policial não corresponder aos pendores substituição, o exercício do servidor policial civil, quando
vocacionais do servidor policial civil; ou designado para responder pelo expediente da chefia ou
direção, durante a vacância do cargo ou função.
III - isolada ou cumulativamente o servidor policial civil
tenha sido punido com pena de suspensão igual ou superior Art. 72. A acumulação de jurisdição não constitui
a noventa dias dentro do período de três anos, a contar da substituição remunerada.
primeira punição, ressalvadas as transgressões disciplinares
TÍTULO III
decorrentes do exercício da função.
DOS DIREITOS, PRERROGATIVAS E VANTAGENS
Parágrafo único. Serão excluídos das disposições deste CAPÍTULO I
artigo, os servidores policiais civis que tenham recebido DOS DIREITOS E PRERROGATIVAS
ferimentos em serviço que os incapacitem para o exercício
da atividade policial plena. Art. 73. São direitos e prerrogativas dos servidores policiais
civis, entre outros:
Art. 67. Havendo dúvidas sobre as condições físicas ou
mentais do servidor policial civil para o exercício do cargo, I - exercício de função correspondente à classe a que
poderá, independentemente da instauração de pertence;
procedimento administrativo, ser determinado que o II - designação para missões compatíveis com a hierarquia;
mesmo seja submetido a exame por junta médica designada
pela direção do Instituto Médico Legal, para os fins previstos III - assistência médico-hospitalar, de doença e judiciária
nesta Lei. (Redação dada pela Lei Complementar 29 de pelo Estado, quando ferido ou acidentado em objeto de
04/04/1986) serviço ou submetido a processo, em razão do exercício do
cargo ou função;
Art. 68. O procedimento de readaptação será instaurado por
decisão do Conselho da Polícia Civil, através de comissão IV - assistência médica ao servidor e à sua família pelo órgão
especialmente designada, instruído, se necessário, com o previdenciário do Estado;
laudo da junta médica previsto no artigo anterior, que V - acesso a locais fiscalizados pela Polícia Civil;
deverá, entre outros elementos, mencionar o seguinte:
(Redação dada pela Lei Complementar 29 de 04/04/1986) VI - uso da insígnia e identificação funcionais; e

I - da capacidade e do estado físico do servidor policial civil VII - portar armas, mesmo quando em inatividade.
para as atividades do cargo; ou
II - diminuição da capacidade mental ou aceleração de
manifestações violentas ou agressivas.

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CAPÍTULO II civil para o exercício funcional, com direito à diferença, se


DO VENCIMENTO E DAS VANTAGENS absolvido;
SEÇÃO I II - dois terços do vencimento ou remuneração durante o
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO período de afastamento em virtude de condenação por
Art. 74. Vencimento é a retribuição pelo efetivo exercício do sentença definitiva de que não resulte demissão;
cargo, correspondente ao valor do padrão, classe, símbolo III - o vencimento ou remuneração do dia, se não
ou nível, fixado em lei. comparecer ao serviço, salvo por motivo previsto em lei; e
Art. 75. Remuneração é a retribuição pelo efetivo exercício IV - um terço do vencimento ou remuneração do dia,
do cargo, correspondente ao vencimento, mais as quando comparecer ao serviço com atraso de uma hora ou
vantagens e benefícios financeiros assegurados por lei. quando se retirar antes de findar o período de trabalho ou
Art. 76. O vencimento será devido a partir do efetivo missão para que haja sido designado.
exercício do cargo, quando se tratar de nomeação, § 1º. Nos casos em que o servidor policial civil se mantiver no
readmissão, reintegração, reversão, e, no caso de promoção exercício de suas funções, o corte do vencimento não
ou acesso, da data destes. poderá ser por período superior a 60 (sessenta) dias.
Art. 77. Perderá o vencimento ou remuneração do cargo § 2º. No caso de faltas sucessivas, são computados, para
efetivo o servidor policial civil: efeito de descontos, os sábados, os domingos e feriados
I - nomeado para cargo em comissão, ressalvado o direito de intercalados.
opção. (Redação dada pela Lei Complementar 19 de § 3º. O servidor policial civil que, por doença não puder
29/12/1983) comparecer ao serviço ou missão, fica obrigado a fazer
II - quando no exercício de mandato eletivo da União, dos pronta comunicação do seu estado de saúde ao chefe
Estados e dos Municípios, ressalvados os casos de opção; imediato, para o necessário exame médico.

III - à disposição de outro Poder ou de órgão público da § 4º. O atestado médico deverá ser, em qualquer
administração direta ou indireta, inclusive sociedade de circunstâncias, apresentado no dia imediato, se ocorrerem
economia mista da União ou de qualquer outra unidade da ausências ao serviço até 3 (três) dias.
Federação, designado para servir em qualquer desses § 5º. Na hipótese de designação para serviços de plantão ou
órgãos ou entidades, salvo quando se tratar de requisição de ronda, a falta abrangerá, para todos os efeitos legais, o
órgãos diretamente ligados à Presidência da República ou período destinado ao descanso.
quando de interesse do Estado do Paraná, a juízo do Chefe
do Poder Executivo; e Art. 80. Serão relevadas até três faltas durante o mês,
motivadas por doença comprovada mediante apresentação
IV - em missão, estudo ou estágio no exterior ou em de atestado médico oficial.
qualquer parte do território nacional, quando não
autorizado pelo Chefe do Poder Executivo. Art. 81. O vencimento, remuneração e proventos não
sofrerão descontos além dos previstos em lei, nem serão
Parágrafo único. Ao servidor policial civil titular de cargo objeto de arresto, seqüestro ou penhora, salvo quando se
técnico ou científico, quando à disposição do Governo tratar de:
Federal, será lícito optar pelo vencimento ou remuneração
do cargo estadual, sem prejuízo de vantagens atribuídas I - prestação de alimentos, determinada judicialmente; e
pela administração federal. II - reposição ou indenização devida à Fazenda Estadual, o
Art. 78. Ao servidor policial civil nomeado para o exercício de que será feito em parcelas mensais não excedentes à quinta
cargo em comissão é facultado optar pelo vencimento desse parte do vencimento ou remuneração.
cargo ou pela percepção do vencimento e demais vantagens § 1º. Nos casos de comprovada má-fé, a reposição será feita
do seu cargo efetivo, acrescido da gratificação fixa de uma só vez, sem prejuízo das penalidades cabíveis.
correspondente a vinte por cento do símbolo do respectivo
cargo em comissão. § 2º. A exoneração ou demissão do servidor policial civil,
implicará na inscrição em Dívida Ativa da quantia devida.
Art. 79. O servidor policial civil perderá:
SEÇÃO II
I - um terço do vencimento ou remuneração, durante o DAS VANTAGENS
afastamento por motivo de prisão preventiva ou flagrante,
pronúncia por crime comum, denúncia por crime funcional Art. 82. Além do vencimento poderá o servidor policial civil
ou que pela natureza e configuração sejam consideradas perceber as seguintes vantagens pecuniárias:
infamantes, de modo a incompatibilizar o servidor policial I - adicionais;
II - gratificações;
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III - ajuda de custo; SUBSEÇÃO I


DA GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO
IV - diárias;
V - salário família; Art. 85. A gratificação de função destina-se a atender
encargos de chefia, assessoramento, secretariado e outros
VI - auxílio médico-hospitalar e de doença. determinados no Regulamento da Polícia Civil, se não
SEÇÃO III estabelecidos nesta lei.
DOS ADICIONAIS Parágrafo único. O servidor policial civil que se ausentar em
virtude de férias, licença especial, luto, casamento, doença
Art. 83. O servidor policial civil terá acréscimo aos
comprovada ou serviço obrigatório por lei, não perderá a
vencimentos:
gratificação de função.
I - de cinco em cinco anos de exercício, cinco por cento, até
SUBSEÇÃO II
completar cinco qüinqüênios; e
DA GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO
II - ao completar trinta anos de exercício, cinco por cento por
ano excedente, até o máximo de vinte e cinco por cento. Art. 86. A Gratificação de Representação, incidente sobre os
vencimentos, destina-se a indenizar as despesas
§ 1º. A incorporação dos acréscimos será imediata, inclusive extraordinárias decorrentes de ordem profissional ou social,
para efeito de aposentadoria e disponibilidade e será inerentes à representação policial civil na comunidade e de
computada, igualmente, sobre as alterações dos representatividade da instituição policial civil. (Redação
vencimentos do cargo efetivo, somados ao anteriormente dada pela Lei Complementar 29 de 04/04/1986)
deferido. (Redação dada pela Lei Complementar 29 de
04/04/1986) § 1º. A Gratificação de Representação fica atribuída aos
integrantes das carreiras policiais previstas no artigo 13,
§ 2º. A base de cálculo para os adicionais é o somatório dos desta Lei, assim fixada: (Redação dada pela Lei
vencimentos e da Gratificação de Representação, Complementar 29 de 04/04/1986)
observado o disposto nesta Lei. (Incluído pela Lei
Complementar 29 de 04/04/1986) I - 60% (sessenta por cento), para o Delegado de Polícia;
(Incluído pela Lei Complementar 29 de 04/04/1986)
SEÇÃO IV
DAS GRATIFICAÇÕES II - 45% (quarenta e cinco por cento), para o Médico Legista,
Períto Criminal, Químico Legal e Toxicologista; (Incluído
Art. 84. Conceder-se-á gratificações: pela Lei Complementar 29 de 04/04/1986)
I - de função; III - 35% (trinta e cinco por cento), para as demais carreiras.
(Incluído pela Lei Complementar 29 de 04/04/1986)
II - de representação;
§ 2º. A gratificação de representação terá vigência a partir
III - de magistério policial;
do mês em que o servidor policial civil entrar em exercício do
IV - pela participação como membro de comissão de cargo. (Redação dada pela Lei Complementar 19 de
concurso, de seleção a cursos de formação e permanentes 29/12/1983)
de disciplina ou em órgão de Deliberação Coletiva da Polícia
§ 3º. Será mantida a percepção da gratificação de
Civil; (Redação dada pela Lei Complementar 41 de
representação, nos afastamentos por motivo de férias,
21/12/1987)
dispensa ao serviço, licença para tratamento de saúde, até
V - pela execução de trabalho de natureza especial, com 60 (sessenta) dias, falecimento de ente familiar e gala, até 8
risco de vida ou saúde. (Redação dada pela Lei (oito) dias e licença especial. (Redação dada pela Lei
Complementar 41 de 21/12/1987) Complementar 19 de 29/12/1983)
VI - pelo serviço ou estudo fora do Estado ou no exterior; § 4º. A gratificação de representação será paga, somente ao
servidor policial civil que esteja no efetivo exercício de suas
VII - pelo exercício de encargos especiais; e
funções, em unidade policial civil do Departamento de
VIII - Pelo Regime Especial de Trabalho Policial (RETP). Polícia Civil, em unidade administrativa da organização
(Redação dada pela Lei Complementar 35 de 24/12/1986) básica da Secretaria de Estado da Segurança Pública, ou
quando a critério do Chefe do Poder Executivo, se encontre
Parágrafo único. É vedada a percepção cumulativa de
prestando serviços a qualquer órgão dos Poderes do Estado.
gratificação da mesma natureza, salvo quanto a de
(Incluído pela Lei Complementar 19 de 29/12/1983)
magistério policial, na forma do que dispuser o
regulamento. § 5º. Será suspenso o pagamento da gratificação de
representação do servidor policial civil indiciado em
sindicância ou processo disciplinar, cujo valor receberá, se

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absolvido. No caso de punição, o restabelecimento ocorrerá exceção do magistério. (Incluído pela Lei Complementar 41
após o cumprimento da pena. (Incluído pela Lei de 21/12/1987)
Complementar 19 de 29/12/1983)
SUBSEÇÃO VI
§ 6º. Fica vedada a percepção da gratificação de DA GRATIFICAÇÃO POR SERVIÇO OU ESTUDO FORA
representação, pelo servidor policial civil que estiver DO ESTADO OU NO EXTERIOR
acumulando cargos, funções ou perceber qualquer
vantagem financeira proveniente de atividade estranha ao Art. 90. O pedido e proposta de afastamento e designação
serviço policial, com exceção do magistério. (Incluído pela de servidor policial civil para fora do Estado ou no exterior, a
Lei Complementar 19 de 29/12/1983) serviço, estudo ou estágio, somente será encaminhado à
decisão do Chefe do Poder Executivo, quando relativo a:
SUBSEÇÃO III
DA GRATIFICAÇÃO DE MAGISTÉRIO POLICIAL I - missão oficial do governo;
II - bolsa de estudo ou estágio sobre assunto de interesse da
Art. 87. A gratificação de magistério policial será devida, por
administração policial civil e segurança; ou
aula efetivamente dada, aos professores da Escola de Polícia
Civil, na forma do regulamento nos seguintes cursos: III - exercício de outras atividades de interesse da
administração policial civil.
I - de formação, aperfeiçoamento e integração funcional de
carreiras de nível superior; § 1º. A gratificação será arbitrada pelo Chefe do Poder
Executivo, levando em conta o vencimento do servidor
II - de formação, aperfeiçoamento e integração funcional de
policial civil, a natureza e duração certa ou presumível do
carreiras de nível de 2º. grau; e
encargo e as condições locais, salvo se lei ou regulamento já
III - de formação, aperfeiçoamento e integração funcional de dispuser a respeito.
carreira de nível de 1º. grau.
§ 2º. Quando se tratar de afastamento por iniciativa da
SUBSEÇÃO IV administração policial civil, poderão ser concedidas ao
DA GRATIFICAÇÃO PELA PARTICIPAÇÃO COMO servidor policial civil, segundo as peculiaridades de cada
MEMBRO DAS COMISSÕES DE CONCURSO, DE caso, ajuda de custo e outras vantagens previstas na
SELEÇÃO A CURSOS DE FORMAÇÃO E PERMANENTES legislação em vigor, além do vencimento e remuneração.
DE DISCIPLINA OU ÓRGÃO DE DELIBERAÇÃO SUBSEÇÃO VII
COLETIVA DA POLÍCIA CIVIL. DA GRATIFICAÇÃO PELO EXERCÍCIO DE ENCARGOS
(Redação dada pela Lei Complementar 41 de 21/12/1987) ESPECIAIS

Art. 88. Os integrantes das comissões de concurso, de Art. 91. A gratificação pelo exercício de encargos especiais
seleção a cursos de formação e permanentes de disciplina destina-se aos servidores policiais civis designados para
ou de órgão de Deliberação Coletiva, perceberão a atendimento de assessoramento direto ou especial ao
gratificação que for fixada em regulamento. (Redação dada Chefe do Poder Executivo e outros definidos em lei ou
pela Lei Complementar 41 de 21/12/1987) regulamento.

SUBSEÇÃO V Parágrafo único. O valor correspondente será fixado em


DA GRATIFICAÇÃO PELA EXECUÇÃO DE TRABALHO DE decreto baixado pelo Poder Executivo.
NATUREZA ESPECIAL, COM RISCO DE VIDA OU SUBSEÇÃO VIII
SAÚDE. DA GRATIFICAÇÃO PELO REGIME ESPECIAL DE
(Redação dada pela Lei Complementar 41 de 21/12/1987) TRABALHO POLICIAL (RETP)

Art. 89. Pela execução de trabalho de natureza especial, (Redação dada pela Lei Complementar 35 de 24/12/1986)
com risco de vida ou saúde, os titulares de cargos policiais Art. 92. Pela sujeição ao regime a que se refere o Artigo 274,
civis, em efetivo exercício dos referidos cargos, perceberão desta Lei, os Titulares de cargos policiais civis, fazem juz a
uma gratificação de 1/3 (um terço) dos respectivos uma gratificação, incorporável para todos os efeitos legais,
vencimentos básicos, acrescidos dos adicionais por tempo de 17% (dezessete por cento), calculada sobre o vencimento
de serviço. (Redação dada pela Lei Complementar 41 de acrescido da gratificação de representação. (Redação dada
21/12/1987) pela Lei Complementar 35 de 24/12/1986)
Parágrafo único. A gratificação pelo exercício com risco de SEÇÃO V
vida ou saúde não será paga ao servidor policial civil que DA AJUDA DE CUSTO
estiver afastado de suas funções ou acumulando cargos,
funções, ou perceber qualquer vantagem financeira Art. 93. Será concedida ajuda de custo ao servidor policial
proveniente de atividade estranha ao serviço policial com civil que passe a ter exercício em nova sede, em virtude de

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remoção, nomeação para cargo em comissão ou designação repartição, unidade ou serviço. (Renumerado pela Lei
para função gratificada, serviço ou estudo e destina-se à Complementar 19 de 29/12/1983)
compensação das despesas de viagem e instalação própria
§ 2º. O valor do vencimento a ser pago como ajuda de custo,
e de sua família e as de transporte de bens.
é o que vigora na data em que o servidor policial civil
Art. 94. A ajuda de custo compreende a concessão de até promover a mudança para a nova sede, dentro do prazo
dois meses e não inferior a um mês de vencimento, levando- estabelecido nos §§ 2º. e 3º., do art. 39, desta Lei. (Incluído
se em conta as condições de vida na nova sede, a distância, pela Lei Complementar 19 de 29/12/1983)
o tempo de viagem e os recursos orçamentários disponíveis,
SEÇÃO VI
arbitrada pelo Delegado Geral da Polícia Civil, incluídas as
DAS DIÁRIAS
despesas de mudança, ressarcidas mediante a apresentação
de comprovante dos gastos. Art. 99. (Revogado pela Lei Complementar 72 de
Parágrafo único. A concessão de um (1) mês de vencimento 13/12/1993)
como ajuda de custo, dispensa a apresentação de Art. 100. (Revogado pela Lei Complementar 72 de
comprovante de gastos. (Incluído pela Lei Complementar 19 13/12/1993)
de 29/12/1983)
Art. 101. (Revogado pela Lei Complementar 72 de
Art. 95. Não se concederá ajuda de custo ao servidor policial 13/12/1993)
civil:
Art. 102. (Revogado pela Lei Complementar 72 de
I - que, em virtude de mandato eletivo, deixar de reassumir 13/12/1993)
o exercício do cargo;
SEÇÃO VII
II - posto à disposição de qualquer entidade de direito DO SALÁRIO FAMÍLIA
público; ou
Art. 103. Salário família é o auxílio pecuniário especial,
III - quando removido por permuta, a pedido, ou por motivo concedido pelo Estado, ao servidor policial civil ativo, inativo
de ordem disciplinar. ou em disponibilidade, como contribuição ao custeio das
Art. 96. O servidor policial civil obrigado a permanecer fora despesas de manutenção de sua família.
da sede, em objeto de serviço, por mais de trinta dias Parágrafo único. A cada dependente corresponderá uma
consecutivos, ou quando matriculado compulsoriamente quota de salário família.
em curso mantido pela Escola de Polícia Civil sem percepção
de diárias, perceberá ajuda de custo a ser arbitrada pelo Art. 104. Conceder-se-á salário família ao servidor policial
Delegado Geral da Polícia Civil. civil pelos dependentes:

Art. 97. O servidor policial civil restituirá a ajuda de custo: I - esposa que não exerça atividade remunerada;

I - quando não se transportar para a nova sede nos prazos II - filho menor de vinte e um anos e filha enquanto solteira,
determinados; ou sem renda própria;

II - quando, antes de terminada a incumbência, regressar, III - filho inválido, de qualquer idade, comprovadamente
pedir exoneração ou abandonar o serviço. incapaz para exercer qualquer atividade remunerada;

§ 1º. A restituição é de exclusiva responsabilidade pessoal e IV - filho estudante, que freqüente curso secundário ou
poderá ser feita parceladamente. superior, em estabelecimento de ensino oficial ou particular
e que não exerça atividade lucrativa, até a idade de vinte e
§ 2º. Não haverá obrigação de restituir: quatro anos; e
a) quando o regresso do servidor policial civil for V - outros dependentes assim previstos em lei.
determinado ex-officio, decorrer de doença comprovada ou
motivo de força maior; ou Parágrafo único. Compreende-se neste artigo, o filho de
qualquer condição, o enteado, o adotivo, o legítimo e o que,
b) quando o pedido de exoneração for apresentado noventa mediante autorização judicial, viva sob a guarda e o
dias após a designação da missão. sustento do servidor policial civil, inclusive outros
Art. 98. A ajuda de custo poderá ser paga ao servidor policial dependentes sem qualquer rendimento e que vivam às suas
civil, metade, adiantadamente, no local da repartição de que expensas.
foi desligado e o restante, após haver entrado em exercício Art. 105. Quando o pai e a mãe forem funcionários do
na nova repartição, unidade ou serviço. Estado e viverem em comum, o salário família será
§ 1º. O servidor policial civil, sempre que preferir, poderá concedido ao pai; se não viverem em comum, de acordo
receber, integralmente, a ajuda de custo, já na sede da nova com a distribuição dos dependentes.

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Art. 106. Equiparam-se ao pai e à mãe, os representantes I - o elogio;


legais dos incapazes e as pessoas cuja guarda e manutenção
II - a dispensa do serviço;
estiverem confiados, por autorização judicial, os
beneficiários. III - a medalha do Mérito Policial; e
SEÇÃO VIII IV - a medalha do Serviço Policial.
DO AUXÍLIO-MÉDICO HOSPITALAR E DOENÇA § 1º. A recompensa constante do inciso I, deste artigo, será
Art. 107. O auxílio médico-hospitalar compreenderá a conferida pela prática de ato que mereça registro especial
assistência médica contínua, normal e especializada, ao ou ultrapasse o cumprimento normal de atribuições ou se
servidor policial civil acidentado ou ferido em serviço ou revista de relevância.
acometido de doença profissional. § 2º. A recompensa constante do inciso II, deste artigo, terá
Art. 108. O auxílio da assistência médico-hospitalar consiste o limite máximo de 8 (oito) dias corridos e será concedida
no pagamento integral de todas as despesas, à conta de pelo titular da unidade, somente em circunstâncias
recursos orçamentários próprios da SESP, em excepcionais, quando se imponha ao servidor policial civil
complementação ao atendimento prestado pelo Instituto em período de descanso necessário após o desempenho de
de Previdência e Assistência aos Servidores do Estado, tarefas árduas, executadas independentemente de horário.
quando se constatar as circunstâncias do artigo anterior. Art. 115. Os elogios e as dispensas do serviço deverão ser
Art. 109. Após o período de doze meses consecutivos de fundamentadamente propostos e homologados pelo
licença para tratamento de saúde, concedida em Conselho da Polícia Civil, ouvindo-se, previamente, a
decorrência de doença profissional ou acidente em serviço, Corregedoria Geral da Polícia Civil. (Redação dada pela Lei
o servidor policial civil terá direito a um mês de vencimento, Complementar 89 de 25/07/2001)
a título de auxílio doença. Art. 116. A Medalha de Mérito Policial destina-se a premiar
Parágrafo único. Sob este mesmo título, terá ainda o o policial civil que praticar ato de bravura ou de excepcional
servidor policial civil direito a um mês de vencimento, após relevância para a organização policial.
cada período de vinte e quatro meses consecutivos de Art. 117. A Medalha do Serviço Policial destina-se a premiar
licença para tratamento de saúde. os servidores policiais civis, pelos bons serviços prestados à
SEÇÃO IX causa da Ordem Pública, ao Organismo Policial e à
DO AUXÍLIO FUNERAL Coletividade Policial.

Art. 110. Ao cônjuge, ou na falta deste, à pessoa que provar Parágrafo único. As características heráldicas e a forma da
ter feito despesas em virtude do falecimento do servidor concessão de medalhas serão regulamentadas por Decreto
policial civil, será concedida, a título de auxílio funeral, a do Poder Executivo.
importância correspondente a um mês de remuneração ou CAPÍTULO IV
provento. DO TEMPO DE SERVIÇO
Parágrafo único. O pagamento será feito à vista da Art. 118. Será considerado de efetivo exercício o
apresentação do atestado de óbito pelo cônjuge ou pessoa afastamento em virtude de:
a cujas expensas se houver efetuado o funeral, ou
procurador legalmente habilitado. I - férias;

Art. 111. Em caso de acumulação legal de cargos do Estado, II - casamento, até oito dias;
o auxílio funeral correspondente será pago na base da maior III - luto por falecimento do cônjuge, filho, pai, mãe e irmão,
remuneração ou provento. até oito dias;
Art. 112. Será concedido transporte ou meios de mudança, IV - trânsito;
à família do servidor policial civil, quando este falecer no
desempenho do cargo ou em serviço de natureza policial, à V - convocação para serviço militar;
conta de recursos orçamentários da SESP. VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
CAPÍTULO III VII - exercício de função do governo ou administração em
DAS RECOMPENSAS qualquer parte do território estadual, por nomeação do
Art. 113. Recompensa é o reconhecimento do Estado pelos Chefe do Poder Executivo;
bons serviços prestados pelo servidor policial civil. VIII - exercício de cargo ou função do governo ou
Art. 114. Além de outras previstas em leis ou regulamentos administração, por designação do Presidente da República;
especiais, são recompensas:

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IX - missão ou estudo no exterior ou em qualquer parte do III - o tempo de serviço prestado em empresa pública,
território nacional, quando o afastamento houver sido sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo
autorizado pelo Chefe do Poder Executivo; Poder Público Estadual;
X - (Revogado pela Lei Complementar 217 de 22/10/2019) IV - o período de trabalho prestado a instituição de caráter
privado, que tiver sido transformada em estabelecimento de
XI - licença para tratamento de saúde;
serviço público;
XII - licença a servidor que sofrer acidente em serviço ou for
V - o tempo em que o servidor esteve em disponibilidade ou
atacado de doença profissional, na forma desta lei;
aposentado.
XIII - licença à servidora gestante;
Parágrafo único. O tempo de serviço a que alude este artigo
XIV - faltas até o máximo de três durante o mês, por motivo será computado à vista de certidões passadas pelo órgão
de doença comprovada na forma do art. 80; competente e na forma da regulamentação própria.
XV - licença por motivo de doença em pessoas da família: Art. 121. Durante o exercício de mandato eletivo federal,
cônjuge, filhos, pai, mãe ou irmão, até noventa dias num estadual, ou de executivo municipal, o servidor policial civil
qüinqüênio; fica afastado do exercício do cargo, e somente por
antigüidade pode ser promovido ou provido por acesso,
XVI - licença compulsória; e
contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para essa
XVII - exercício de cargo eletivo. promoção, acesso ou aposentadoria.
§ 1º. Para os efeitos desta lei, entende-se por acidente em Art. 122. A apuração do tempo de serviço será feita em dias.
serviço o evento que cause dano físico ou mental ao servidor
§ 1º. O número de dias será convertido em anos considerado
policial civil, durante o exercício das atribuições inerentes ao
o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.
cargo.
§ 2º. Feita a conversão, os dias restantes até cento e oitenta
§ 2º. Equipara-se ao acidente em serviço, quando não
e dois não serão computados, arredondando-se para um
provocada, a agressão sofrida pelo servidor policial civil no
ano quando excederem esse número, nos casos de cálculo
serviço ou em razão dele.
para efeito de aposentadoria e disponibilidade.
§ 3º. Por doença profissional, para efeitos desta lei, entende-
Art. 123. É vedada a acumulação de tempo de serviço
se aquela que decorrer das condições do serviço ou de fatos
prestado, concorrente ou simultaneamente, em dois ou
nele ocorridos.
mais cargos ou funções da União, dos Estados, Distrito
§ 4º. Nos casos previstos nos parágrafos 1º., 2º., 3º., deste Federal, Territórios, Municípios, Autarquias, Empresas
artigo, o laudo resultante da inspeção médica deverá Públicas, Sociedade de Economia Mista, Fundações
estabelecer rigorosamente a caracterização do acidente em instituídas pelo Poder Público e Instituições de caráter
serviço e da doença profissional. privado que hajam sido convertidas em estabelecimentos
de serviço público.
§ 5º. É considerado como de efetivo exercício, para todos os
efeitos legais, o período compreendido entre a data do CAPÍTULO V
laudo que determinar o afastamento definitivo do servidor e DA ESTABILIDADE
da decretação da respectiva aposentadoria, desde que esse
período não ultrapasse de noventa dias. Art. 124. Estabilidade é a situação adquirida pelo servidor
policial civil, após o transcurso do período de estágio
Art. 119. Computar-se-á, para todos os efeitos legais: probatório, que lhe garante a permanência no cargo, dele só
I - o tempo de serviço prestado ao Estado do Paraná, desde podendo ser demitido em virtude de sentença judicial ou
que remunerado; decisão em processo disciplinar, em que se lhe tenha
assegurado ampla defesa.
II - o período de férias e licença especial não gozadas na
administração estadual contado em dobro. Parágrafo único. A estabilidade diz respeito ao serviço
público e não ao cargo ou função.
Art. 120. Para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade
será computado integralmente: Art. 125. São estáveis, após três anos de exercício, os
servidores nomeados por concurso. (Redação dada pela Lei
I - o tempo de serviço público federal, municipal e estadual, Complementar 89 de 25/07/2001)
prestado aos demais Estados da Federação;
Art. 126. O servidor policial civil somente perderá o cargo:
II - o período de serviço ativo nas Forças Armadas, prestado
durante a paz, computado pelo dobro o tempo em operação I - quando estável, em virtude de sentença judiciária ou
de guerra; processo disciplinar que haja concluído pela sua demissão
depois de lhe haver sido assegurada ampla defesa;

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II - em estágio probatório, quando nele não confirmado, em § 2º. Somente depois do primeiro ano de exercício adquirirá
decorrência do procedimento administrativo de que trata o o servidor policial civil direito à férias.
artigo 37, §§ 3º e 4º, desta lei; (Redação dada pela Lei
§ 3º. As férias não poderão ser fracionadas, salvo nos casos
Complementar 89 de 25/07/2001)
em que as mesmas devem ser suspensas por urgente
III - mediante procedimento de avaliação periódica de exigência do serviço mediante convocação da autoridade
desempenho, na forma da lei complementar federal, competente.
assegurada ampla defesa. (Incluído pela Lei Complementar
Art. 128. O servidor policial civil que, por imperiosa
89 de 25/07/2001)
necessidade do serviço, deixar de gozar férias, a
§ 1º. Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor requerimento seu terá computado o respectivo período em
estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, dobro para todos os efeitos legais.
se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
§ 1º. O servidor policial civil que não desejar o benefício
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
deste artigo, poderá gozar as férias em outra época, num
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo
limite de dois períodos por ano.
de serviço. (Incluído pela Lei Complementar 89 de
25/07/2001) § 2º. Os direitos assegurados por este artigo, inclusive por
seu parágrafo anterior, prescrevem em 2 (dois) anos, a
§ 2º. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o
contar do primeiro dia do ano seguinte em que as férias
servidor estável ficará em disponibilidade, com
normais forem deixadas de gozar.
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu
adequado aproveitamento em outro cargo. (Incluído pela Art. 129. Durante as férias, o servidor policial civil terá
Lei Complementar 89 de 25/07/2001) direito a todas as vantagens, como se estivesse em
exercício.
§ 3º. Como condição para a aquisição da estabilidade, é
obrigatória a avaliação especial de desempenho por Art. 130. O chefe da unidade organizará, no mês de
comissão constituída pelo Conselho da Polícia Civil para dezembro, a escala de férias para o ano seguinte, que
essa finalidade. (Incluído pela Lei Complementar 89 de poderá alterar de acordo com as conveniências do serviço,
25/07/2001) avisados os servidores policiais civis interessados, sempre
que possível, com antecedência mínima de dez dias.
§ 4º. Será eliminado do curso de formação e exonerado do
cargo, o servidor policial civil que esteja em estágio Parágrafo único. Os servidores policiais civis que exerçam
probatório que for reprovado em qualquer disciplina função de chefia ou direção, não serão compreendidos na
constante da grade curricular, ou não registrar freqüência escala.
mínima de 90% (noventa por cento) às atividades escolares.
Art. 131. A família do servidor policial civil que falecer em
(Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
gozo de férias, será pago o vencimento ou remuneração
§ 5º. Também será eliminado do curso e exonerado do relativo à todo o período, sem prejuízo do disposto no artigo
cargo, o servidor policial civil que esteja em estágio 110.
probatório e que não atingir percentual igual a 90%
Art. 132. O servidor policial civil promovido, removido ou
(noventa por cento) dos trabalhos relativos às aulas e
transferido, quando em gozo de férias, não será obrigado a
atividades escolares, em cursos de treinamento,
interrompê-las.
aperfeiçoamento e especialização ministrados pela Escola
Superior de Polícia Civil, para os quais tenham sido Art. 133. Ao entrar em férias o servidor policial civil,
matriculados compulsoriamente. (Incluído pela Lei comunicará ao chefe imediato, o seu endereço eventual,
Complementar 89 de 25/07/2001) sendo-lhe facultado gozá-las onde lhe aprouver.
§ 6º. A falta a dia-aula nos Cursos a que esteja matriculado o CAPÍTULO VII
Servidor, equivalerá, para todos os efeitos, à ausência ao DAS LICENÇAS
serviço. (Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001) SEÇÃO I
CAPÍTULO VI DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
DAS FÉRIAS Art. 134. Conceder-se-á licença ao servidor policial civil
Art. 127. O servidor policial civil gozará trinta dias efetivo ou em comissão:
consecutivos de férias por ano, de acordo com a escala para I - para tratamento de saúde;
esse fim organizada, pelo chefe da unidade a que estiver
subordinado e comunicada ao órgão competente. II - quando acometido de doença das especificadas no art.
156;
§ 1º. É vedado levar à conta das férias qualquer falta ao
trabalho. III - quando acidentado no exercício de suas atribuições;

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IV - para repouso à gestante; Art. 142. Decorrido o prazo estabelecido no artigo anterior,
o servidor policial civil é submetido à inspeção médica e
V - por motivo de doença em pessoa da família;
aposentado, se for considerado definitivamente inválido
VI - quando convocado para o serviço militar; para o serviço público.
VII - para trato de interesses particulares; Art. 143. O servidor policial civil que se encontrar fora do
Estado, deve, para fins de prorrogação ou concessão de
VIII - à servidora policial civil casada, por motivo de
licença, dirigir-se à autoridade competente a que esteja
afastamento do cônjuge servidor civil ou militar ou servidor
diretamente subordinado, juntando o laudo médico do
de autarquia, empresa pública, de sociedade de economia
serviço oficial do lugar onde se encontrar, indicando ainda
mista ou fundação instituída pelo Poder Público;
sua residência.
IX - em caráter especial;
Art. 144. O servidor policial civil em gozo de licença
X - para freqüência a curso de aperfeiçoamento ou comunicará ao seu chefe imediato o local onde poderá ser
especialização. encontrado.
Art. 135. A competência para a concessão das licenças de SEÇÃO II
que trata este capítulo será definida em regulamento. DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
Art. 136. A licença dependente de inspeção médica é Art. 145. A licença para tratamento de saúde é concedida ex-
concedida pelo prazo indicado no respectivo laudo ou offício ou a pedido do servidor policial civil ou de seu
atestado. representante, quando não possa ele fazê-lo, na forma que
Parágrafo único. Findo o prazo, o servidor poderá submeter- dispuser o regulamento.
se a nova inspeção e o laudo médico concluirá pela sua volta § 1º. Em ambos os casos é indispensável a inspeção médica,
ao serviço, pela prorrogação da licença pela aposentadoria, que será realizada, sempre que possível, no local onde se
ou pela readaptação na forma do artigo seguinte. encontrar o servidor policial civil.
Art. 137. Verificando-se, como resultado da inspeção médica § 2º. A inspeção deve ser feita por médico oficial, admitindo-
feita pela junta especialmente designada, redução da se quando assim não seja possível atestado passado por
capacidade física do servidor policial civil ou estado de saúde médico particular, com firma reconhecida.
que impossibilite ou desaconselhe o exercício das funções
inerentes a seu cargo, e desde que não se configure a § 3º. Na hipótese do parágrafo anterior, o laudo só produzirá
necessidade de aposentadoria nem de licença para efeito depois de homologado pelo órgão médico estadual
tratamento de saúde, poderá o servidor ser readaptado em competente.
funções diferentes das que lhe cabem, na forma do disposto § 4º. Quando não for homologado o laudo, o servidor policial
nesta lei, sem que esta readaptação lhe acarrete qualquer civil será obrigado a reassumir o exercício do cargo, sendo
prejuízo. considerado como de licença sem vencimento, nos termos
Art. 138. O tempo necessário à inspeção médica será do inciso VII, do art. 134, os dias em que deixou de
sempre considerado como de licença. comparecer ao serviço, por haver alegado doença.

Art. 139. Terminada a licença, o servidor policial civil Art. 146. Verificando-se, em qualquer tempo, ter sido
reassumirá imediatamente o exercício, ressalvado o caso do gracioso o atestado médico ou o laudo da Junta Médica, a
§ 1º., do art. 140. autoridade competente promoverá a punição dos
responsáveis, incorrendo o servidor policial civil a que
Art. 140. A licença para tratamento de saúde pode ser aproveitar a fraude na pena de suspensão e, na reincidência
prorrogada a pedido do "ex-officio". na demissão, sem prejuízo da ação penal que couber.
§ 1º. O pedido deve ser apresentado antes de findo o prazo Art. 147. O servidor policial civil não poderá permanecer em
da licença; se indeferido, conta-se como de licença o período licença para tratamento de saúde por prazo superior a vinte
compreendido entre a data do término e a do conhecimento e quatro meses, exceto nos casos considerados
oficial do despacho denegatório. recuperáveis, em que, a critério da Junta Médica, esse prazo
§ 2º. Quando o pedido de prorrogação for apresentado poderá ser prorrogado.
depois de findo o prazo da licença, não se conta como de Parágrafo único. Expirado o prazo do presente artigo, o
licença o período compreendido entre o dia de seu término servidor policial civil será submetido a nova inspeção médica
e o do conhecimento oficial do despacho. e aposentado se julgado definitivamente inválido para o
Art. 141. O servidor policial civil não pode permanecer em serviço público em geral.
licença por prazo superior a vinte e quatro meses, Art. 148. Em casos de doenças graves, contagiosas ou não,
ressalvados os casos previstos no art. 147 e nos incisos VI e que imponham cuidados permanentes, poderá a Junta
VIII, do art. 134.
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Médica, se considerar o doente irrecuperável, determinar, de doença em pessoa co-habitante da residência do servidor
como resultado da inspeção, a imediata aposentadoria. policial civil.
Parágrafo único. Na hipótese de que trata este artigo, a Art. 158. Para verificação das moléstias indicadas no art.
inspeção será feita por uma junta de, pelo menos, três 156, a inspeção médica é feita obrigatoriamente por Junta
médicos. Oficial de três membros, podendo o servidor policial civil
pedir outra junta e novos exames de laboratório, caso não se
Art. 149. No processamento das licenças para tratamento
conforme com o laudo.
de saúde, será observado o devido sigilo sobre os laudos e
atestados médicos. Art. 159. A licença é convertida em aposentadoria, na forma
do art. 142, antes do prazo estabelecido, quando assim
Art. 150. No curso de licença para tratamento de saúde, o
opinar a Junta Médica, por considerar definitiva, para o
servidor policial civil abster-se-á de atividades remuneradas,
serviço público em geral, a invalidez do servidor policial civil.
sob pena de interrupção da licença com perda total do
vencimento ou remuneração, até que reassuma o cargo. SEÇÃO IV
DA LICENÇA PARA GESTANTE
Parágrafo único. Os dias correspondentes à perda de
vencimentos ou remuneração de que trata este artigo serão Art. 160. A gestante policial civil é concedida mediante
considerados como de licença sem vencimento, na forma do inspeção médica, licença por três meses, com percepção do
inciso VII, do art. 134. vencimento ou remuneração e demais vantagens legais.
Art. 151. Licenciado para tratamento de saúde, acidente no § 1º. Salvo prescrição médica em contrário, a licença será
exercício de suas atribuições ou doença profissional, o concedida a partir do início do oitavo mês de gestação.
servidor policial civil recebe integralmente o vencimento ou
a remuneração e demais vantagens inerentes ao cargo. § 2º. Quando houver necessidade de preservar a saúde do
recém-nascido, a licença poderá ser prorrogada por até três
Art. 152. O servidor policial civil acidentado no exercício de meses.
suas atribuições, ou acometido de doença profissional,
definidas nos § § 1º., 2º. e 3º. do art. 118, tem direito, ex- SEÇÃO V
officio ou a requerimento, a licença para o respectivo DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA
tratamento. FAMÍLIA

Parágrafo único. A comprovação do acidente, indispensável Art. 161. O servidor policial civil pode obter licença, por
para a concessão da licença, deve ser feita em motivo de doença na pessoa de ascendente, descendente e
processamento sumário, no prazo de oito dias, prorrogáveis colateral, consangüíneo ou afim até o terceiro grau civil, do
por igual prazo. cônjuge, do qual não esteja legalmente separado, desde que
prove:
Art. 153. O servidor policial civil não poderá recusar a
inspeção médica, sob pena de suspensão de pagamento de I - ser indispensável a sua assistência pessoal, incompatível
vencimento ou remuneração, até que se realize a inspeção. com o exercício do cargo;
Art. 154. Considerado apto, em inspeção médica, o servidor II - viver às suas expensas a pessoa enferma;
policial civil reassumirá o exercício, sob pena de serem § 1º. Nos casos de doença de pai, mãe, filho ou cônjuge, do
computados como faltas os dias de ausência. qual não esteja legalmente separado, será dispensada a
Art. 155. No curso de licença, poderá o servidor policial civil prova do inciso II.
requerer inspeção médica, caso se julgue em condições de § 2º. Prova-se a doença mediante inspeção médica na forma
reassumir o exercício ou com direito à aposentadoria. prevista no art. 136.
SEÇÃO III § 3º. A licença de que trata este artigo é concedida com
DA LICENÇA COMPULSÓRIA vencimento ou remuneração até seis meses, daí em diante,
Art. 156. O servidor policial civil atacado de tuberculose com os seguintes descontos:
ativa, alienação mental, neoplasia maligna, lepra, paralisia, I - de um terço, quando exceder de seis meses até doze
cardiopatia grave, doença de Parkinson incompatíveis com meses;
o trabalho, e outras moléstias que a lei indicar na base da
medicina especializada, conforme apurado em inspeção II - de dois terços, quando exceder de doze meses até
médica será compulsoriamente licenciado com direito à dezoito meses;
percepção do vencimento ou remuneração e demais III - sem vencimento, do décimo-nono mês até o vigésimo-
vantagens inerentes ao cargo. quarto mês, limite da licença.
Art. 157. Há também licença compulsória por interdição
declarada pela autoridade sanitária competente, por motivo

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SEÇÃO VI Parágrafo único. Não se concederá, igualmente, licença


DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO para o trato de interesses particulares, ao servidor policial
civil que a qualquer título, esteja ainda obrigado a
Art. 162. Ao servidor policial civil que for convocado para o indenização ou devolução aos cofres públicos.
serviço militar ou aos outros encargos de segurança
nacional, será concedida licença com vencimento ou SEÇÃO VIII
remuneração, descontada mensalmente a importância que DA LICENÇA À SERVIDORA POLICIAL CIVIL CASADA
receber na qualidade de incorporado, salvo se optar pelas COM SERVIDOR PÚBLICO
vantagens do serviço militar.
Art. 169. A servidora policial civil casada com servidor
§ 1º. A licença será concedida à vista do documento oficial público, civil ou militar, no caso de não ser possível a
que prove a incorporação. remoção na forma desta lei, terá direito à licença sem
vencimento, quando o marido for mandado servir,
§ 2º. Ao servidor policial civil desincorporado conceder-se-á
independentemente de solicitação, em outro ponto do
prazo não excedente de trinta dias, para que reassuma o
Estado, do território nacional ou no exterior.
exercício sem perda de vencimento ou remuneração e se a
ausência exceder esse prazo, será demitido por abandono Parágrafo único. A licença é concedida mediante pedido
de cargo, na forma da lei. devidamente instruído, que deverá ser renovado de dois em
Art. 163. Ao servidor policial civil oficial da reserva das dois anos.
Forças Armadas será concedida licença, com vencimento ou Art. 170. Independentemente do regresso do marido, a
remuneração integral, durante os estágios não servidora policial civil poderá reassumir o exercício a
remunerados previstos pelos regulamentos militares. qualquer tempo.
Parágrafo único. No caso de estágio remunerado, SEÇÃO IX
assegurar-se-lhe-á direito de opção. DA LICENÇA ESPECIAL
SEÇÃO VII Art. 171. (Revogado pela Lei Complementar 217 de
DA LICENÇA PARA TRATO DE INTERESSES 22/10/2019)
PARTICULARES
Art. 172. (Revogado pela Lei Complementar 217 de
Art. 164. Depois de estável, o servidor policial civil poderá 22/10/2019)
obter licença sem vencimento, para o trato de interesses
Art. 173. (Revogado pela Lei Complementar 217 de
particulares.
22/10/2019)
§ 1º. O servidor policial civil aguardará em exercício a
Art. 174. (Revogado pela Lei Complementar 217 de
concessão da licença.
22/10/2019)
§ 2º. A licença não perdurará por tempo superior a dois anos
Art. 175. (Revogado pela Lei Complementar 217 de
contínuos e só poderá ser concedida novamente, depois de
22/10/2019)
decorridos cinco anos do término da anterior.
CAPÍTULO VIII
Art. 165. Não será concedida licença para trato de interesses
DA APOSENTADORIA
particulares quando inconvenientes para o serviço, nem a
servidor policial civil, nomeado, removido ou transferido, Art. 176. O servidor policial civil será aposentado:
antes de assumir o exercício. (vide ADIN2904)
Art. 166. O servidor policial civil poderá, a qualquer tempo, I - voluntariamente, com proventos integrais,
desistir da licença para o trato de interesses particulares. independentemente da idade: (Redação dada pela Lei
Art. 167. Em caso de comprovado interesse público, a Complementar 93 de 15/07/2002)
licença de que trata esta seção poderá ser cassada pela a) após 30 (trinta) anos de contribuição, desde que conte,
autoridade competente, devendo o servidor ser pelo menos 20 (vinte) anos de exercício, em cargos de
expressamente notificado do fato. natureza estritamente policial, se homem; (Incluído pela Lei
Parágrafo único. Na hipótese de que trata este artigo, o Complementar 93 de 15/07/2002)
servidor policial civil deverá apresentar-se ao serviço no b) após 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, desde que
prazo de trinta dias, a partir da notificação, findos os quais, conte pelo menos 15 (quinze) anos de exercício em cargo de
a sua ausência será computada como falta ao serviço. natureza estritamente policial, se mulher; (Incluído pela Lei
Art. 168. Ao servidor policial civil em exercício de cargo em Complementar 93 de 15/07/2002)
comissão, não se concederá, nessa qualidade, licença para o II - por invalidez; (Redação dada pela Lei Complementar 93
trato de interesses particulares. de 15/07/2002)

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III - compulsoriamente com proventos proporcionais ao entre a decorrente desta Lei ou a até então vigente.
tempo de contribuição, aos 65 (sessenta e cinco) anos de (Incluído pela Lei Complementar 24 de 06/12/1984)
idade, qualquer que seja a natureza dos serviços prestados.
§ 4º. Os servidores policiais civis inativados por força do
(Redação dada pela Lei Complementar 93 de
previsto no artigo 2º, inciso IV, da Lei Complementar nº 19,
15/07/2002) (vide ADIN2904)
de 29 de dezembro de 1983, serão beneficiados pelo
Art. 177. O servidor policial civil será considerado inválido disposto neste artigo desde que não tenham ingressado no
nos seguintes casos: Quadro Suplementar da Polícia Civil à época da inativação.
(Incluído pela Lei Complementar 24 de 06/12/1984)
I - após permanecer em licença para tratamento de saúde
por dois anos consecutivos, se persistir a incapacidade por Art. 180. Aplicam-se aos servidores policiais civis
tempo indeterminado, verificada por Junta Médica aposentados, os preceitos do art. 210, inciso XVIII, desta lei.
integrada, pelo menos por um médico legista;
CAPÍTULO IX
II - a qualquer tempo, quando apresentar defeito físico ou DA DISPONIBILIDADE
moléstia, comprovada por laudo médico, que o impossibilite
para o exercício da função policial. Art. 181. Disponibilidade é o afastamento do serviço do
servidor policial civil efetivo em virtude de extinção do
Art. 178. O servidor policial civil será aposentado, a pedido: cargo, da declaração de sua desnecessidade ou
I - com provento correspondente à remuneração integral do conveniência da administração policial. (Redação dada pela
cargo efetivo; e Lei Complementar 19 de 29/12/1983)

II - com as vantagens do cargo em comissão ou função Art. 182. O servidor policial civil ficará em disponibilidade
gratificada do nível mais elevado, se o servidor policial civil remunerada:
houver exercido, na área do Poder Executivo, por um I - quando, dispondo de estabilidade no serviço, houver sido
período não inferior a cinco anos ininterruptos ou não, um extinto o cargo de que era titular;
ou mais cargos em comissão ou funções gratificadas, desde
que esse cargo ou função haja sido exercido por um mínimo II - quando, tendo sido reintegrado, não for possível, na
de doze meses, ainda que o cargo em comissão ou função forma deste Estatuto, sua recondução no cargo de que era
gratificada, tenha passado, por força de legislação nova, a detentor.
ter outra denominação e valor. § 1º. O servidor policial civil em disponibilidade será
Parágrafo único. No caso do servidor policial civil ter optado obrigatoriamente aproveitado na primeira vaga que
pelo vencimento do cargo efetivo acrescido da gratificação ocorrer, que não se destine a promoção por antigüidade,
prevista no art. 78, entende-se por vantagem do cargo em atendidas as condições de habilitação profissional e
comissão, para os efeitos deste artigo, a percepção dessa equivalência de vencimento ou remuneração.
gratificação. § 2º. Restabelecido o cargo, ainda que modificada a sua
Art. 179. Os proventos de inatividade dos servidores policiais denominação, será obrigatoriamente aproveitado nele, se
civis serão revistos sempre que houver alteração de já não o tiver sido em outro, o servidor policial civil posto em
vencimentos, vantagens, bem como modificações na disponibilidade quando de sua extinção.
estrutura dos cargos efetivos do pessoal ativo, de categoria § 3º. A disponibilidade no cargo efetivo não exclui a
eqüivalente e nas mesmas condições. (Redação dada pela nomeação para cargo em comissão, com direito a opção.
Lei Complementar 24 de 06/12/1984)
§ 4º. Enquanto não vagar cargo nas condições previstas para
§ 1º. Observado o contido neste artigo, nenhum policial civil o aproveitamento do servidor policial civil em
inativo poderá ter os seus proventos de inatividade inferior disponibilidade, nem se verificar a hipótese a que alude o
ao vencimento e vantagens da classe correlata àquela em parágrafo anterior, poderá o Chefe do Poder Executivo,
que foi aposentado, ressalvados os casos de aposentadoria atribuir-lhe, em caráter temporário, funções compatíveis
proporcional ao tempo de serviço, cuja proporcionalidade com o cargo que ocupava.
deverá ser mantida. (Redação dada pela Lei Complementar
24 de 06/12/1984) § 5º. O servidor policial civil colocado em disponibilidade
poderá ser aposentado, a pedido.
§ 2º. Nos casos em que as denominações das carreiras
tiverem sofrido modificações, a correlação será apurada em Art. 183. O período relativo à disponibilidade é considerado
face aos requisitos exigidos pelas respectivas Leis que como de exercício somente para efeito de aposentadoria e
estabeleceram tais modificações. (Redação dada pela Lei gratificação adicional.
Complementar 24 de 06/12/1984)
§ 3º. O disposto neste artigo aplica-se aos servidores já
aposentados, ficando-lhes assegurada a melhor retribuição

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CAPÍTULO X IV - pensão alimentícia, em cumprimento de decisão


DA PENSÃO ESPECIAL judicial;

Art. 184. Fica assegurado à viúva e aos filhos de integrante V - aluguel para residência do consignante e sua família,
da Polícia Civil, sem prejuízo da pensão devida normalmente comprovado com o contrato de locação.
pelo órgão previdenciário o direito de perceberem, Art. 187. Nenhum desconto deverá ser efetuado em folha,
mensalmente, uma pensão especial: sem prévia averbação na ficha financeira individual.
I - correspondente à diferença entre a pensão concedida Parágrafo único. O pagamento ao consignatário será
pelo Instituto de Previdência do Estado e a 60% (sessenta realizado no decorrer do mês subseqüente ao do desconto.
por cento) da remuneração do mês anterior ao do
falecimento, quando este ocorrer com o servidor policial Art. 188. A soma das consignações não deverá exceder a
civil em atividade; ou quarenta por cento do vencimento, remuneração ou
provento.
II - correspondente a 50% (cinqüenta por cento) da
remuneração do mês anterior ao do falecimento do servidor Parágrafo único. Este limite poderá ser elevado até setenta
policial civil, quando este ocorrer em conseqüência de por cento, para prestação alimentícia, educação, aluguel de
acidente em serviço, não devendo, a soma desta pensão casa ou aquisição de imóvel destinado a moradia própria e
com a deferida pelo órgão previdenciário, ultrapassar a despesas hospitalares.
100% (cem por cento) da remuneração. TÍTULO IV
§ 1º. A pensão que acompanhará os aumentos gerais de CAPÍTULO ÚNICO
vencimentos, será paga: DA VACÂNCIA DOS CARGOS
a) metade à viúva do servidor policial civil; Art. 189. A vacância do cargo decorrerá de:
b) metade aos filhos varões, até atingirem a maioridade e I - exoneração;
sem limite de idade desde que sofram de moléstia que os
II - demissão;
impossibilite de trabalhar e às filhas solteiras ainda que
maiores. III - promoção e acesso;
§ 2º. Perderão o direito à pensão prevista neste artigo a IV - readaptação;
viúva do servidor policial civil que contrair novas núpcias, os
V - aposentadoria;
filhos e filhas que se casarem e os filhos que atingirem a
maioridade ou possuam recursos próprios para a sua VI - nomeação para outro cargo, observado disposto nesta
subsistência. lei e ressalvados os seguintes casos:
CAPÍTULO XI a) substituição;
DA CONSIGNAÇÃO
b) cargo de governo ou direção;
Art. 185. É permitida a consignação em folha de c) cargo em comissão.
vencimento, remuneração ou proventos, a entidades
beneficentes ou de direito público, podendo servir a VII - falecimento.
garantia de: VIII - classificação definitiva no Quadro Suplementar.
I - juros e amortização de empréstimos ou financiamentos (Incluído pela Lei Complementar 19 de 29/12/1983)
imobiliários; Art. 190. Dar-se-á a exoneração:
II - pagamento de contribuições e despesas financiadas ou I - a pedido; ou
afiançadas por entidades associativas e beneficentes ou de
previdência social. II - ex-officio:

Art. 186. Além da consignação em folha, para fins do artigo a) quando se tratar de cargo em comissão;
anterior, poderão ser admitidos os seguintes descontos: b) quando não satisfeitas as condições de estágio
I - quantias devidas ou contribuições fixadas em lei a favor probatório.
da Fazenda Estadual ou Nacional; Art. 191. A vaga ocorrerá na data:
II - contribuições para montepio, ou pensão, desde que de I - da publicação do ato de promoção, acesso, readaptação,
instituições oficiais; aposentadoria, exoneração, demissão ou classificação
III - prêmio de seguro de vida; definitiva no Quadro Suplementar do ocupante do cargo.
(Redação dada pela Lei Complementar 19 de 29/12/1983)

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II - da posse em outro cargo, observado o disposto no inciso I - do indeferimento do pedido de reconsideração;


VI, do art. 189;
II - das decisões sobre recursos sucessivamente interpostos.
III - do falecimento do ocupante do cargo;
§ 1º. O recurso é dirigido à autoridade imediatamente
IV - da vigência do ato que criar o cargo e conceder dotação superior à que tenha expedido o ato ou tenha proferido a
para o seu provimento ou de que determinar esta última decisão, observados o prazo e condições estabelecidos para
medida, se o cargo estiver criado; a decisão final de requerimento ou representação,
constantes dos § § 1º. e 2º. , do artigo anterior.
V - da vigência do ato que extinguir cargo, cuja dotação
permita o preenchimento de cargo vago. § 2º. O encaminhamento do recurso é sempre feito por
intermédio da autoridade a que esteja imediatamente
Parágrafo único. Ocorrendo o preenchimento da vaga,
subordinado o recorrente.
serão consideradas abertas, na mesma data, todas as vagas
que decorrerem desse preenchimento. Art. 197. O pedido de reconsideração e o recurso não tem
efeito suspensivo; o que for provido retroagirá, nos seus
Art. 192. Tratando-se de função gratificada, dar-se-á a
efeitos, à data do ato impugnado.
vacância por dispensa, a pedido ou ex officio, ou por
substituição. Art. 198. O direito de pleitear na esfera administrativa
prescreverá:
Art. 193. A demissão é aplicada como penalidade.
I - em cinco anos, quanto aos atos que decorram demissão,
TÍTULO V
aposentadoria ou sua cassação, e disponibilidade,
CAPÍTULO ÚNICO
ressalvado o direito de requerer a revisão do processo
DO DIREITO DE PETIÇÃO disciplinar;
Art. 194. É assegurado a qualquer pessoa, física ou jurídica, II - em cento e vinte dias, nos demais casos.
independentemente de pagamento, o direito de petição
contra ilegalidade ou abuso de poder, para defesa de Art. 199. Os prazos de prescrição, contar-se-ão da data da
direitos e para reclamar sobre abuso, erro, omissão ou publicação, no órgão oficial, do ato impugnado ou, quando
conduta incompatível no serviço policial. (Redação dada este for de natureza reservada, da data da ciência do
pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003) interessado, a qual deverá constar do processo respectivo.

Parágrafo único. Em nenhuma hipótese, a Administração Art. 200. O pedido de reconsideração e o recurso, quando
poderá recusar-se a protocolar, encaminhar ou apreciar a cabíveis, interrompem a prescrição até duas vezes,
petição, sob pena de responsabilidade do agente. (Incluído recomeçando-se a contagem do prazo a partir da data da
pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003) publicação oficial do despacho denegatório ou restritivo do
pedido.
Art. 195. Ao policial civil é assegurado o direito de requerer
ou representar, bem como, nos termos desta lei Art. 201. São improrrogáveis os prazos estabelecidos neste
complementar, pedir reconsideração, observadas as Capítulo.
seguintes regras: (Redação dada pela Lei Complementar 98 Art. 202. A instância administrativa poderá ser renovada:
de 12/05/2003)
I - quando se tratar de ato manifestamente ilegal;
I - o requerimento ou representação é dirigido à autoridade
competente para decidí-lo e encaminhado por intermédio II - quando o ato impugnado tenha tido como pressuposto
daquela a que esteja imediatamente subordinado o depoimento ou documento cuja falsidade venha a ser
requerente; comprovada;

II - o pedido de reconsideração é dirigido à autoridade que III - se, após a expedição do ato, surgir elemento novo de
haja expedido o ato ou proferido a primeira decisão e não prova que autorize a revisão do processo.
pode ser renovado. Art. 203. As certidões sobre matéria de pessoal serão
§ 1º. A decisão final do requerimento ou representação deve fornecidas pelo órgão competente, de acordo com
ser dada no prazo máximo de sessenta dias, e o pedido de elementos e registros existentes, obedecidas as normas
reconsideração no de trinta dias, ambos os prazos contados constitucionais.
da data do recebimento das petições, na repartição em que Art. 204. O disposto neste Capítulo, não se aplica aos
tenha sede a autoridade competente para a decisão. recursos de que trata o art. 263 e seguintes, desta lei.
§ 2º. Proferida a decisão, é ela imediatamente publicada no
órgão oficial, sob pena de responsabilidade do servidor
policial civil ou funcionário incumbido da publicação.
Art. 196. Cabe recurso:

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TÍTULO VI TÍTULO VII


DO IMPEDIMENTO, SUSPEIÇÃO E HIERARQUIA DO REGIME DISCIPLINAR
FUNCIONAL CAPÍTULO I
CAPÍTULO I DOS DEVERES E DAS TRANSGRESSÕES
DO IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DISCIPLINARES
Art. 205. Os Delegados de Polícia e Comissários de Polícia Art. 210. São deveres do servidor policial civil:
não poderão servir nas sedes de Comarcas, nas quais o Juiz
I - assiduidade e pontualidade;
ou o Agente do Ministério Público seja seu cônjuge,
ascendente, descendente ou colateral até o terceiro grau, II - discreção;
por consangüinidade ou afinidade.
III - urbanidade;
Parágrafo único. Excetuam-se as unidades ou serviços na
IV - lealdade às instituições;
Comarca da Capital do Estado ou em Comarcas onde haja
mais de uma Vara Criminal. V - cumprimento das normas legais e regulamentares;
Art. 206. O Delegado de Polícia e o Comissário de Polícia, VI - obediência às ordens superiores, exceto quando
este quando designado para aquela função, dar-se-ão por manifestamente ilegais;
impedidos de funcionar em procedimento onde qualquer
VII - portar a insígnia e a cédula de identidade funcionais;
das partes seja parente consangüíneo ou afim até o terceiro
grau; por suspeitos, se forem amigos íntimos ou inimigos de VIII - providenciar para que esteja sempre em ordem, no
qualquer das partes, ou tiverem interesses direto ou indireto assentamento individual, a sua declaração de família e a
na causa. declaração de bens, junto ao setor competente, atualizadas
anualmente; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
CAPÍTULO II
25/07/2001)
DA HIERARQUIA POLICIAL
IX - levar ao conhecimento da autoridade policial superior,
Art. 207. A hierarquia policial civil alicerça-se na ordenação reservadamente, quando necessário, mas sempre por
da autoridade, nos diferentes níveis que compõem o escrito, irregularidade de que tiver ciência em razão do
organismo da Polícia Civil. cargo ou função;
Art. 208. A disciplina policial fundamenta-se na X - zelar pela economia e conservação do material que lhe
subordinação hierárquica e funcional, no cumprimento das for confiado ou sobre o qual exerça diretamente
leis, regulamentos e normas de serviço. fiscalização;
Parágrafo único. A hierarquia da função prevalece sobre a XI - não utilizar para fins particulares, sob qualquer pretexto,
hierarquia do cargo, nos casos disciplinados neste Estatuto. instalações, veículos, material ou equipamento destinado a
Art. 209. Os servidores policiais civis de classe mais elevada uso oficial. (Redação dada pela Lei Complementar 19 de
tem precedência hierárquica sobre os de classe inferior de 29/12/1983)
mesma carreira, quando em exercício na mesma unidade ou XII - atender prontamente:
prestarem serviço em equipe.
a) as requisições das autoridades judiciárias e do Ministério
§ 1º. Havendo igualdade na classe, terá preferência: Público;
I - o mais antigo na série de classe, ou quando a antigüidade b) as determinações superiores, no tocante a trabalhos
for a mesma, o que registrar mais tempo de serviço na policiais desenvolvidos em horário fora do normal, e
carreira policial, e assim sucessivamente até o mais idoso, e
c) a expedição das certidões requeridas para defesa de
II - o servidor policial civil do serviço ativo sobre o inativo. direitos.
§ 2º. Os servidores policiais civis integrantes das carreiras do XIII - observar o princípio da hierarquia funcional;
Quadro de Pessoal da Polícia Civil e demais servidores em
exercício em unidades policiais civis, sediados no interior do XIV - estar em dia com as normas de interesse policial;
Estado, ficam subordinados à autoridade policial XV - divulgar para conhecimento dos subordinados, as
competente. normas referentes ao inciso anterior;
§ 3º. Os servidores da Polícia Científica, no interior do XVI - freqüentar, com assiduidade, cursos instituídos
Estado, subordinam-se administrativamente à autoridade periodicamente pela Escola de Polícia Civil, quando esteja
policial competente, exceto os dos Institutos Médico Legal matriculado;
e de Criminalística, quando houver Secção Técnica em
funcionamento, com a respectiva chefia preenchida. XVII - guardar sigilo sobre documentação ou investigação de
qualquer natureza, que possa mediata ou imediatamente,

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causar prejuízos à administração da justiça, às pessoas, V - cometer a pessoa estranha ao serviço policial civil, o
entidades ou proporcionar embaraços à administração em desempenho de encargos que lhe competirem ou a seus
geral; subordinados; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
25/07/2001)
XVIII - zelar pelo bom nome e conceito da Instituição Policial
Civil, observando procedimento irrepreensível, tanto na VI - expedir credenciais para terceiros desempenharem
vida pública, como na particular, e correlação nos seus funções privativas da Polícia Civil; (Redação dada pela Lei
deveres com a sociedade; Complementar 89 de 25/07/2001)
XIX - manter-se preparado física e intelectualmente para o VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se
cabal desempenho de sua função; à associação profissional ou sindical, ou a partido político;
(Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
XX - concorrer, na esfera de suas atribuições para a
manutenção da ordem e segurança pública; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo
XXI - comparecer à unidade ou serviço policial,
grau. (Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
independentemente de convocação , quando tiver
conhecimento de iminente perturbação da ordem, ou em IX - colaborar, trabalhar ou participar, direta ou
caso de calamidade pública; indiretamente de entidades associativas, empresas ou
atividades de entretenimento e em locais que proporcionem
XXII - apresentar-se decentemente trajado em serviço, e
jogos a qualquer título, salvo os que estejam compreendidos
expressar-se com linguajar condigno à função e cargo
no âmbito do esporte e, nesse sentido, oficialmente
desempenhados;
reconhecidas. (Incluído pela Lei Complementar 89 de
XXIII - submeter-se a inspeção médica sempre que for 25/07/2001)
determinado pela autoridade competente;
Art. 212. São transgressões disciplinares todas as ações ou
XXIV - tomar providências preliminares em torno de omissões contrárias ao dever funcional ou expressamente
ocorrência policial de que tenha conhecimento, proibidas, cometidas pelo servidor policial civil, não
independentemente de horário de serviço; especificadas nesta lei.
Penalidade: advertência, repreensão ou suspensão de dois a
XXV - aceitar encargos inerentes à classe para os quais for
dez dias. (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
designado, salvo os cargos de confiança ou as exceções
25/07/2001)
previstas em Lei;
Art. 213. São, especificamente, transgressões disciplinares:
XXVI - participar das comemorações do "Dia da Polícia",
(Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
exaltando o vulto de Joaquim José da Silva Xavier, o
"Tiradentes", Patrono da Polícia; e I - referir-se de modo depreciativo às autoridades e a atos da
administração pública, qualquer que seja o meio empregado
XXVII - residir na sede do município onde exerce o cargo ou
para esse fim, salvo quando em trabalho assinado
função, ou onde autorizado.
apreciando atos dessas autoridades, sob o ponto de vista
Art. 211. É vedado ao servidor policial civil: doutrinário com ânimo construtivo; Penalidade: suspensão
de trinta a sessenta dias; (Redação dada pela Lei
I - quebrar o sigilo de assunto policial e de segurança, de
Complementar 89 de 25/07/2001)
modo a prejudicar o andamento de investigações ou outros
trabalhos policiais ou de segurança; II - divulgar fatos ocorridos na repartição ou propiciar-lhes a
divulgação, bem como, referir-se, desrespeitosamente e
II - retirar, modificar ou substituir, sem prévia autorização da
depreciativamente às autoridades e atos da administração,
autoridade competente, qualquer documento de unidade
salvo a hipótese da parte final do inciso anterior; Penalidade:
policial, com o fim de criar direitos ou obrigações ou de
suspensão de trinta a sessenta dias; (Redação dada pela Lei
alterar a verdade dos fatos;
Complementar 89 de 25/07/2001)
III - valer-se de sua qualidade de servidor policial civil, para
III - divulgar os assuntos policiais e de segurança, de modo a
melhor desempenhar atividades estranhas ou incompatíveis
prejudicar o andamento de investigações ou outros
às funções, ou para lograr proveito direta ou indiretamente,
trabalhos policiais, e quebrar o sigilo sobre planos,
por si ou por interposta pessoa, em detrimento da dignidade
dispositivos de segurança ou recursos disponíveis, sem
do cargo ou função;
prévia autorização superior; Penalidade: demissão;
IV - exigir, receber propinas, comissões, presentes ou (Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
vantagens de qualquer espécie, em razão do cargo ou
IV - dar, ceder ou entregar insígnia, cédula de identidade
função; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
funcional ou porta documento oficial, a quem não exerça
25/07/2001)
cargo policial; Penalidade: demissão; (Redação dada pela
Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
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V - divulgar boatos ou notícias tendenciosas; Penalidade: terceiros; Penalidade: suspensão de trinta a sessenta dias;
suspensão de dez a trinta dias; (Redação dada pela Lei (Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
Complementar 89 de 25/07/2001)
XVIII - participar da gerência ou administração de empresa,
VI - deixar de ostentar, quando exigido para o serviço, ou qualquer que seja a sua finalidade; Penalidade: demissão;
exibir desnecessariamente arma, distintivo ou algema; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
Penalidade: suspensão de dez a trinta dias; (Redação dada
XIX - exercer comércio ou participar de sociedade comercial,
pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
salvo como acionista, cotista ou comanditário; Penalidade:
VII - deixar de identificar-se quando solicitado ou quando as demissão; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
circunstâncias o exigirem; Penalidade: suspensão de trinta a 25/07/2001)
sessenta dias; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
XX - praticar usura, em qualquer de suas formas;
25/07/2001)
Penalidade: demissão; (Redação dada pela Lei
VIII - indispor funcionários contra seus superiores Complementar 89 de 25/07/2001)
hierárquicos ou provocar velada ou ostensiva animosidade
XXI - pleitear, como procurador, ou intermediário, junto a
entre os servidores policiais civis; Penalidade: suspensão de
repartições públicas, salvo quando se tratar de vencimentos,
trinta e sessenta dias; (Redação dada pela Lei
vantagens e proventos de parentes até segundo grau;
Complementar 89 de 25/07/2001)
Penalidade: suspensão de dez a trinta dias; (Redação dada
IX - deixar de exercer a autoridade compatível à sua classe, pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
cargo ou função; Penalidade: suspensão de dois a dez dias;
XXII - faltar com a verdade no exercício de suas funções;
(Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
Penalidade: suspensão de trinta a sessenta dias; (Redação
X - usar vestuário incompatível com o decoro da função ou dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
descuidar de sua aparência física ou de asseio;
XXIII - utilizar-se do anonimato para fins ilícitos. Penalidade
Penalidade: suspensão de dois a dez dias; (Redação dada
- demissão; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
25/07/2001)
XI - manter relações de amizade, exibir-se em público
XXIV - tomar parte em jogos proibidos, ou jogar os
habitualmente, com pessoas de má reputação, salvo em
permitidos, em recinto policial, de modo a comprometer a
razão do serviço. Penalidade: demissão; (Redação dada pela
dignidade funcional; Penalidade: suspensão de trinta a
Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
sessenta dias; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
XII - praticar ato que importe em escândalo, comoção social 25/07/2001)
ou que concorra para comprometer a instituição ou função
XXV - deixar de comunicar, imediatamente, à autoridade
policial; Penalidade: suspensão de trinta a sessenta;
competente, faltas ou irregularidades que haja presenciado
(Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
ou de que tenha tido ciência; Penalidade: suspensão de dois
XIII - portar-se sem compostura em lugar público; a dez dias; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
Penalidade: suspensão de dez a trinta dias; (Redação dada 25/07/2001)
pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
XXVI - deixar, por indulgência, de levar ao conhecimento da
XIV - exigir ou receber propinas, comissões, presentes ou autoridade competente, tão logo tenha ciência do fato, a
auferir vantagens e proveitos pessoais de qualquer espécie ocorrência de falta funcional praticada por servidor que lhe
e sob qualquer pretexto, em razão das atribuições do cargo seja subordinado;
que exerce; Penalidade: suspensão de trinta a sessenta dias; (Redação
Penalidade: demissão; (Redação dada pela Lei dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
Complementar 89 de 25/07/2001)
XXVII - deixar de assumir no prazo legal, a função para a qual
XV - retirar, sem prévia autorização da autoridade foi designado; Penalidade: suspensão de trinta a sessenta
competente, qualquer documento oficial ou bem dias; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
patrimonial. Penalidade - demissão; (Redação dada pela Lei 25/07/2001)
Complementar 89 de 25/07/2001)
XXVIII - deixar de comunicar à autoridade competente, ou a
XVI - cometer a pessoa estranha à repartição, o que esteja substituindo, informação que tiver de iminente
desempenho de encargos que lhe competirem ou a seus perturbação da ordem pública ou da boa marcha de serviço,
subordinados; Penalidade: demissão; (Redação dada pela tão logo disso tenha conhecimento; Penalidade: suspensão
Lei Complementar 89 de 25/07/2001) de trinta a noventa dias; (Redação dada pela Lei
Complementar 89 de 25/07/2001)
XVII - valer-se do cargo com fim ostensivo ou velado, de
obter proveito de natureza político-partidária, para si ou XXIX - dificultar ou deixar de levar ao conhecimento da
autoridade competente, por via hierárquica e em vinte e
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quatro horas, queixa, representação, petição, recurso ou XLI - fazer uso indevido da arma; Penalidade: demissão;
documento que houver recebido, se não estiver na sua (Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
alçada resolvê-los; Penalidade: suspensão de trinta a
XLII - praticar violência desnecessária e desproporcional no
noventa dias; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
exercício da função policial. Penalidade – demissão
25/07/2001)
(Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
XXX - negligenciar parte, queixa, representação ou
XLIII - permitir, por ação ou omissão, que presos conservem
procedimentos administrativos ou criminais;
em seu poder objetos que possam causar danos nas
Penalidade: suspensão de trinta a sessenta dias; (Redação
dependências a que estejam recolhidos, ou produzir lesões
dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
em terceiros; Penalidade: suspensão de trinta a noventa
XXXI - enunciar, falsa ou tendenciosamente, parte, queixa dias; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
ou representação; 25/07/2001)
Penalidade: suspensão de trinta a noventa dias; (Redação
XLIV - omitir-se no zelo da integridade física ou moral dos
dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
presos, ou na sua guarda; Penalidade: suspensão de trinta a
XXXII - aconselhar ou concorrer para não ser cumprida noventa dias; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
ordem legal de autoridade competente, ou para que seja 25/07/2001)
retardada a sua execução. Penalidade – demissão (Redação
XLV - concorrer de qualquer forma para defesa de interesse
dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
de pessoa custodiada ou presa, fora dos casos previstos em
XXXIII - provocar a paralisação, total ou parcial do serviço lei; Penalidade: demissão; (Redação dada pela Lei
policial, ou dela participar; Penalidade: demissão; (Redação Complementar 89 de 25/07/2001)
dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
XLVI - desrespeitar ou procrastinar o cumprimento de
XXXIV - trabalhar mal, com negligência, em detrimento do ordem de autoridade superior; Penalidade: demissão;
serviço; Penalidade: suspensão de trinta a sessenta dias; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
(Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
XLVII - dirigir-se, referir-se, portar-se ou apresentar-se
XXXV - permutar o serviço, sem expressa permissão da perante seus superior, de modo desrespeitoso ou sem a
autoridade competente; Penalidade: suspensão de dois a observância do princípio hierárquico; Penalidade:
dez dias; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de suspensão de trinta a noventa dias; (Redação dada pela Lei
25/07/2001) Complementar 89 de 25/07/2001)
XXXVI - não comparecer ou abandonar o serviço para o qual XLVIII - ensejar a divulgação de documentos ou peças
haja sido especialmente designado; Penalidade: suspensão oficiais, sem autorização expressa da autoridade
de trinta a noventa dias; (Redação dada pela Lei competente; Penalidade: demissão; (Redação dada pela Lei
Complementar 89 de 25/07/2001) Complementar 89 de 25/07/2001)
XXXVII - faltar ou chegar atrasado ao serviço, ou deixar de XLIX - dar-se ao vicio de embriaguez contumaz ou de
participar, com antecedência, à autoridade a que estiver substâncias que provoquem dependência física ou psíquica
subordinado, a impossibilidade de comparecer à repartição, ou negar-se à submissão ao exame clínico para
salvo motivo plenamente justificável; Penalidade: comprovação e tratamento. Penalidade - demissão;
suspensão de dez a trinta dias; (Redação dada pela Lei (Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
Complementar 89 de 25/07/2001)
L - comparecer a qualquer ato de serviço, em visível estado
XXXVIII - não se apresentar, sem justo motivo, ao fim de de embriaguez, ou ingerir bebidas alcoólicas durante o
licença de qualquer natureza, férias ou dispensa de serviço, mesmo; Penalidade: suspensão de trinta a noventa dias;
ou ainda, depois de qualquer delas ter sido interrompida por (Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
ordem legal e superior, Penalidade: suspensão de dez a
LI - acumular cargos públicos, ressalvadas as exceções
trinta dias; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
previstas nesta lei; Penalidade: demissão; (Redação dada
25/07/2001)
pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
XXXIX - atribuir-se a qualidade de representante de
LII - deixar, sem justa causa, de submeter-se a inspeção
qualquer repartição da Secretaria de Segurança Pública ou
médica determinada pela lei ou pela autoridade
de seus dirigentes, sem estar expressamente autorizado;
competente; Penalidade: suspensão de trinta e sessenta
Penalidade: suspensão de dois a dez dias; (Redação dada
dias; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
25/07/2001)
XL - deixar de portar sua credencial oficial; Penalidade:
LIII - deixar de concluir, nos prazos legais, sem justo motivo,
suspensão de dois a dez dias; (Redação dada pela Lei
procedimentos investigatórios ou disciplinares ou quanto a
Complementar 89 de 25/07/2001)
estes últimos, negligenciar no cumprimento das obrigações
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que lhe são inerentes, apresentando conclusão não LXV - recusar-se ilegitimamente, a aceitar encargos
compatível com a prova dos autos; Penalidade: suspensão inerentes ao cargo ou à classe, para os quais foi designado,
de sessenta a noventa dias; (Redação dada pela Lei salvo as funções de confiança ou as exceções previstas em
Complementar 89 de 25/07/2001) lei; Penalidade: suspensão de sessenta a noventa dias;
(Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
LIV - prevalecer-se da condição de servidor policial civil;
Penalidade: suspensão de dez a trinta dias; (Redação dada LXVI - recorrer pessoalmente ou por pessoas interpostas a
pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001) terceiros com o propósito de auferir vantagens ou postular
designações, remoções, licenças e promoções em
LV - negligenciar a utilização e guarda de objetos
desacordo com as normas regulamentares ou regimentais,
pertencentes à repartição policial ou que em decorrência da
ou ainda, superpondo-se às autoridades diretamente
função ou para o seu exercício lhe hajam sido confiados,
responsáveis e ao interesse administrativo. Penalidade:
possibilitando que os danifiquem ou extraviem; Penalidade:
suspensão de dois a dez dias. (Redação dada pela Lei
suspensão de trinta a sessenta dias; (Redação dada pela Lei
Complementar 89 de 25/07/2001)
Complementar 89 de 25/07/2001)
Parágrafo único. A reincidência no cometimento das
LVI - omitir ou declarar falsamente conceito sobre servidor
infrações previstas nos incisos VIII, XII, XVII, XXII, XLIII e
policial civil em regime de estágio probatório; Penalidade:
XLVII, importará na pena de demissão. (Redação dada pela
demissão; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
25/07/2001)
CAPÍTULO II
LVII - dar causa, intencionalmente, ao extravio ou
danificação de objetos, livros, material de expediente, DA RESPONSABILIDADE
pertencentes à repartição policial e que estejam confiados à Art. 214. Pelo exercício irregular de suas atribuições, o
sua guarda ou não; Penalidade: demissão; (Redação dada servidor policial civil responde civil, penal e
pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001) administrativamente.
LVIII - deixar de comunicar imediatamente ao juiz Art. 215. A responsabilidade civil decorre de procedimento
competente, a prisão em flagrante de qualquer pessoa; doloso ou culposo que importe em prejuízo da Fazenda
Penalidade: suspensão de trinta a sessenta dias; (Redação Pública Estadual ou de terceiros.
dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
§ 1º. A indenização de prejuízos causados à Fazenda Pública
LIX - levar à prisão e nela conservar quem quer que se será liquidada mediante desconto em prestações mensais
proponha a prestar fiança permitida em lei; Penalidade: não excedentes a 20% ( vinte por cento ) do vencimento, à
demissão; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de míngua de outros bens que por ela respondam, a ser
25/07/2001) cobrada após o término do procedimento disciplinar,
LX - cobrar carceragem, custas, emolumentos ou qualquer independente de qualquer pronunciamento judicial.
outra despesa, não autorizada em lei; Penalidade: § 2º. Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o
demissão; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de servidor policial civil perante a Fazenda Pública Estadual, em
25/07/2001) ação regressiva proposta depois de transitar em julgado a
LXI - praticar ato lesivo a honra ou ao patrimônio de pessoa decisão que condenar o Estado a indenizar o terceiro
natural ou jurídica, com abuso ou desvio de poder; prejudicado.
Penalidade: demissão; (Redação dada pela Lei Art. 216. A responsabilidade penal abrange as infrações
Complementar 89 de 25/07/2001) penais imputadas ao servidor policial civil nessa qualidade.
LXII - atentar, com abuso de autoridade ou prevalecendo-se § 1º. O Corregedor-Geral da Polícia Civil decidirá
dela, contra a inviolabilidade de domicílio; Penalidade: fundamentadamente pelo afastamento temporário, ou não,
demissão; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de do exercício do cargo ou das funções, com supressão das
25/07/2001) vantagens previstas nesta lei, do servidor Policial Civil
LXIII - favorecer ou prejudicar alguém por evidente má fé, no processado criminalmente. (Redação dada pela Lei
preenchimento de boletins de merecimento, ou retardar o Complementar 98 de 12/05/2003)
andamento de papéis de promoção; Penalidade: suspensão § 2º. No caso de condenação, não sendo esta de natureza a
de trinta a sessenta dias; (Redação dada pela Lei determinar a demissão, passará o servidor policial civil a
Complementar 89 de 25/07/2001) prestar serviços em unidade policial onde o exercício do
LXIV - deixar de acatar ou de cumprir ordens emanadas de cargo ou função seja compatível com as condições da
autoridade competente; Penalidade: demissão; (Redação suspensão condicional da pena cominada na sentença
dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001) condenatória.

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Art. 217. A responsabilidade administrativa resulta de ação VII - Cassação da disponibilidade. (Incluído pela Lei
ou omissão no desempenho do cargo ou função. Complementar 98 de 12/05/2003)
§ 1º. O servidor policial civil, indiciado em processo Art. 223. Constitui circunstância que exclui sempre a pena
disciplinar, poderá ser afastado do exercício, a critério do disciplinar, a não exigibilidade de outra conduta do servidor
Corregedor-Geral da Polícia Civil. (Redação dada pela Lei policial civil.
Complementar 98 de 12/05/2003)
Parágrafo único. São causas que excluem ou isentam o
§ 2º. Idêntica medida deverá ser tomada com relação ao servidor policial civil de pena disciplinar, as previstas no
servidor policial civil indiciado em Sindicância, quando a Código Penal Brasileiro.
transgressão disciplinar for de natureza grave. (Incluído pela
Art. 224. São circunstâncias que atenuarão a pena, salvo nos
Lei Complementar 19 de 29/12/1983)
casos de demissão: (Redação dada pela Lei Complementar
§ 3º. O restabelecimento do vencimento ou remuneração do 89 de 25/07/2001)
servidor policial civil punido, só ocorrerá após o
I - haver o transgressor procurado diminuir as consequências
cumprimento da pena. (Incluído pela Lei Complementar 19
da falta, ou haver, antes da aplicação desta, reparado o
de 29/12/1983)
dano; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
Art. 218. As cominações civis, penais e disciplinares 25/07/2001)
cumular-se-ão, sendo umas e outras independentes entre si,
II - haver o transgressor confessado espontaneamente a
bem assim, as instâncias civil, penal e administrativa.
falta perante a autoridade sindicante ou processante, de
Art. 219. O policial militar ou de órgão em execução de modo a facilitar a apuração daquela.
policiamento posto à disposição das Delegacias, ficará
Art. 225. São circunstâncias que agravam a pena, quando
funcionalmente subordinado à autoridade policial
não constituem ou qualificam outra transgressão
competente, obrigado a cumprir as ordens e sujeitando-se
disciplinar:
às disposições regulamentares concernentes à execução
dos serviços policiais respectivos. I - reincidência;
Art. 220. Cabe à autoridade policial responsável pelo serviço II - prática de transgressão disciplinar durante a execução de
comunicar, desde logo, à unidade competente as faltas serviço policial. (Redação dada pela Lei Complementar 19
disciplinares cometidas por policiais militares postos à sua de 29/12/1983)
disposição em função do serviço executado, sem prejuízo
III - coação, instigação ou determinação para que outro
das medidas penais aplicáveis. (Redação dada pela Lei
servidor policial civil, subordinado ou não, pratique a
Complementar 89 de 25/07/2001)
transgressão ou dela participe;
Parágrafo único. A configuração e graduação da pena
IV - impedir ou dificultar, de qualquer maneira, a apuração
disciplinar, de acordo com os regulamentos específicos de
da falta funcional cometida; e
cada unidade, caberão ao chefe hierárquico do transgressor
que sobre este tenha competência disciplinar. (Redação V - concurso de dois ou mais agentes na prática da
dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001) transgressão.
Art. 221. Cometerá falta de natureza grave o superior Art. 226. As penas de advertência e de repreensão, que
hierárquico que dificultar, impedir ou de alguma forma serão sempre aplicadas por escrito e deverão constar do
frustrar a aplicação de penalidade disciplinar. assentamento individual do servidor policial civil, destinam-
se às faltas que, não constituindo expressamente objeto de
CAPÍTULO III
qualquer outra sanção, sejam a critério da administração
DAS PENAS DISCIPLINARES policial, consideradas de natureza leve.
Art. 222. São penas disciplinares: Art. 227. A pena de suspensão, que acarreta a perda de
I - advertência; cinqüenta por cento da remuneração, não excederá de 90
(noventa dias). (Redação dada pela Lei Complementar 98 de
II - repreensão; 12/05/2003)
III - suspensão ou multa; Art. 228. Além do procedimento judicial que couber, serão
IV - destituição de função e ou remoção compulsória; considerados como de suspensão os dias em que o servidor
policial civil deixar de atender às intimações judiciais, sem
V - demissão, e motivo justificado.
VI - Cassação de aposentadoria; (Redação dada pela Lei Art. 229. A destituição de função ou a remoção compulsória,
Complementar 98 de 12/05/2003) terão por fundamento a falta de exação no cumprimento do
dever, ou a inconveniência de permanecer o servidor policial

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civil no exercício de suas atividades em determinada a Art. 231. O ato originador da demissão do servidor policial
unidade ou localidade. civil, mencionará sempre, a causa da penalidade.
Art. 230. A pena de demissão será aplicada, mediante prévio Art. 232. A aplicação de penalidades pelas transgressões
processo disciplinar, quando ainda se caracterizar: (Redação disciplinares constantes deste Estatuto, não exime o
dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001) servidor policial civil da obrigação de indenizar o Estado
pelos prejuízos causados.
I - crime contra os costumes ou contra o patrimônio e que,
por sua natureza e configuração sejam considerados como Art. 233. Consoante a gravidade da falta, a demissão será
infamantes, tráfico ilícito e uso indevido de substâncias aplicada com a nota "a bem do serviço público", a qual
entorpecentes ou que determinem dependência física ou constará sempre dos atos de demissão, fundada nos incisos
psíquica de modo a incompatibilizar o servidor policial civil, I, II, III, IV, V e X do artigo 230 e nos incisos III, XIV, LX e LXI
para o exercício da função ou cargo, ou que sejam do artigo 213, desta lei. (Redação dada pela Lei
considerados hediondos; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
Complementar 89 de 25/07/2001)
Art. 234. Serão cassadas, por determinação da autoridade
II - crime contra a administração pública; policial processante, a identificação oficial e a arma oficial
de uso pessoal, do servidor policial civil a que for atribuída
III - lesão aos cofres públicos e dilapidação ao patrimônio
transgressão, cuja pena cominada seja a de demissão.
estadual;
Parágrafo único. O não atendimento à determinação deste
IV - ameaça ou ofensa física contra superior hierárquico,
artigo, implica em suspensão do vencimento do acusado,
funcionário ou particular;
sem prejuízo das sanções disciplinares.
V - insubordinação grave em serviço;
Art. 235. Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade se
VI - ineficiência ou desídia no serviço; (Redação dada pela ficar provado que o inativo:
Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
I - praticou falta grave no exercício do cargo ou função;
VII - revelação do segredo que o servidor policial civil
II - aceitou representação de Estado estrangeiro, sem prévia
conhece em razão do cargo ou função; (Redação dada pela
autorização do Presidente da República; e
Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
III - praticou usura em qualquer de suas formas.
VIII - abandono de cargo, como tal entendida a ausência
comprovada ao serviço, sem justa causa, por trinta dias Parágrafo único. Será igualmente cassada a disponibilidade
consecutivos; (Redação dada pela Lei Complementar 89 de do servidor policial civil, que não assumir o exercício do
25/07/2001) cargo ou função em que for aproveitado.
IX - ausência comprovada ao serviço, sem causa justificada, CAPÍTULO IV
por mais de quarenta e cinco dias, não consecutivos, no DA CUSTÓDIA PREVENTIVA
período de um ano; (Redação dada pela Lei Complementar
89 de 25/07/2001) Art. 236. Sem constituir um ato de prisão, a autoridade
policial imediata, poderá determinar, até três dias, elevada
X - propiciar ou possibilitar intencionalmente a fuga de ao dobro, a critério do Delegado Geral da Polícia Civil, a
preso sob sua guarda ou responsabilidade; (Redação dada custódia preventiva de qualquer servidor policial civil, na
pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001) unidade em que presta serviços ou em dependência especial
XI - infringência as proibições previstas nos incisos I a VIII, do da Polícia Civil:
artigo 211, desta lei; (Redação dada pela Lei Complementar I - para assegurar as condições de não interferência do
89 de 25/07/2001) servidor policial civil na elucidação de fatos havidos como
XII - transgressão dos incisos do artigo 213 desta lei, a que se transgressões que lhe sejam imputados;
comina a penalidade de demissão. (Redação dada pela Lei II - quando a ação do servidor policial civil constituir-se em
Complementar 89 de 25/07/2001) comportamento funcional iníquo ou degradante,
Parágrafo único. Poderá ser ainda aplicada a pena de incompatível com as normas vigorantes e provoque intenso
demissão, ocorrendo contumácia na prática de clamor na opinião pública; e
transgressões disciplinares, de qualquer natureza, desde III - para evitar evasão que provoque dilação ou dificulte os
que o servidor policial civil tenha sido punido com pena de procedimentos elucidatórios.
suspensão, por mais de duas vezes, no período de cinco
anos. (Redação dada pela Lei Complementar 89 de § 1º. O período de custódia preventiva será computado
25/07/2001) como de serviço normal prestado à unidade policial.

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§ 2º. O servidor policial civil não sofrerá durante o período de § 1º. A investigação preliminar, de caráter informal e
custódia preventiva, qualquer redução na remuneração sumaríssimo, será instaurada de ofício pelo Corregedor-
percebida. Geral da Polícia Civil, ou mediante representação das
demais autoridades referidas no artigo 238. (Redação dada
§ 3º. A custódia preventiva deverá ser entendida como de
pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003)
contínua e incessante permanência em dependência da
unidade policial em que serve ou que lhe for determinada § 2º. O início da apuração deverá ser comunicado pela
pela autoridade imediata. autoridade designada para presidi-la ao Corregedor-Geral
da Polícia Civil, devendo ser concluída em trinta (30) dias.
§ 4º. A custódia preventiva implicará, por sua vez, no
(Redação dada pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003)
decurso do período, de isolamento limitado a dependência
da unidade, sendo vedado ao servidor policial civil qualquer § 3º. Não concluída no prazo a apuração, a autoridade
contato não autorizado pela autoridade policial que a deverá imediatamente encaminhar ao Corregedor-Geral da
determinou. Polícia Civil relatório das diligências realizadas e prosseguir
nas investigações por mais dez (10) dias, ao término dos
§ 5º. A autoridade policial que determinar a custódia
quais relatará circunstanciadamente os fatos apurados.
preventiva, dará ao Delegado Geral da Polícia Civil,
(Redação dada pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003)
conhecimento imediato e circunstanciado, por ato escrito,
das razões que a levaram a optar pela medida. § 4º. Ao concluir a apuração preliminar, a autoridade deverá
opinar fundamentadamente pelo arquivamento ou pela
Art. 237. A competência para determinação de medida de
instauração de sindicância ou processo administrativo.
resguardo administrativo, previsto no artigo precedente,
(Incluído pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003)
desde que não seja aplicada pela autoridade imediata,
poderá sê-lo pelo Delegado Chefe da Divisão ou Subdivisão § 5º. Determinada a instauração de sindicância ou processo
Policial respectiva, ou pelo Delegado Geral da Polícia Civil. administrativo, ou havendo durante seu curso conveniência
para a instrução ou para o serviço policial, poderá o
CAPÍTULO V
Corregedor-Geral da Polícia Civil, por despacho
DA COMPETÊNCIA PARA IMPOSIÇÃO DE PENALIDADE
fundamentado, ordenar, isolada ou cumulativamente, as
Art. 238. Para imposição de pena disciplinar são seguintes providências: (Incluído pela Lei Complementar 98
competentes: de 12/05/2003)
I - O Governador do Estado, nos casos de demissão e I - afastamento preventivo do policial civil, até noventa (90)
cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor dias, prorrogáveis uma única vez por até sessenta (60) dias,
policial civil, e em quaisquer penas, havendo conexão ou quando o recomendar a moralidade administrativa ou a
continência; repercussão do fato, observado o disposto no artigo 217;
(Incluído pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003)
II - O Secretário de Estado da Segurança Pública, em
qualquer pena, ex-ofício ou em grau recursal, excetuadas as II - designação do policial civil para o exercício de atividades
de competência privativa do Governador do Estado; exclusivamente burocráticas, até decisão final do
(Redação dada pela Lei Complementar 19 de 29/12/1983) procedimento; (Incluído pela Lei Complementar 98 de
12/05/2003)
III - O Conselho da Polícia Civil, em casos de advertência,
repreensão e suspensão; (Redação dada pela Lei III - recolhimento de carteira funcional, distintivo, armas e
Complementar 98 de 12/05/2003) algemas; (Incluído pela Lei Complementar 98 de
12/05/2003)
IV - O Delegado Geral da Polícia Civil, no caso de destituição
de função e remoção compulsória. (Redação dada pela Lei IV - proibição do porte de armas; (Incluído pela Lei
Complementar 19 de 29/12/1983) Complementar 98 de 12/05/2003)

Art. 239. Da pena aplicada será dado conhecimento aos V - comparecimento obrigatório, em periodicidade a ser
setores de pessoal da Secretaria da Segurança Pública, para estabelecida, para tomar ciência dos atos do procedimento.
as devidas anotações. (Incluído pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003)
CAPÍTULO VI § 6º. Qualquer autoridade que determinar a instauração ou
DA INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR presidir sindicância ou processo administrativo, poderá
representar ao Corregedor-Geral da Polícia Civil para propor
Art. 240. A autoridade corregedora realizará apuração a aplicação das medidas previstas neste artigo, bem como
preliminar, de natureza simplesmente investigativa, quando sua cessação ou alteração. (Incluído pela Lei Complementar
a infração não estiver suficientemente caracterizada ou for 98 de 12/05/2003)
incerta sua autoria. (Redação dada pela Lei Complementar
98 de 12/05/2003) § 7º. O Corregedor-Geral da Polícia Civil poderá, a qualquer
momento, por despacho fundamentado, fazer cessar ou

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alterar as medidas previstas neste artigo. (Incluído pela Lei III - comunicação da instauração ao Conselho da Polícia Civil
Complementar 98 de 12/05/2003) e ao setor de pessoal; (Redação dada pela Lei
Complementar 98 de 12/05/2003)
§ 8º. O período de afastamento preventivo computa-se
como de efetivo exercício, não sendo descontado da pena IV - a citação do sindicado com data para comparecimento
de suspensão eventualmente aplicada. (Incluído pela Lei e a necessidade de apresentação de defensor; (Incluído pela
Complementar 98 de 12/05/2003) Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
§ 9º. A decisão pelo afastamento levará em conta a vida V - local e data da instauração. (Incluído pela Lei
funcional pregressa do indiciado, sendo que não havendo Complementar 89 de 25/07/2001)
fatos desabonadores de conduta, será tomada a medida
§ 7º. A autoridade disciplinar responsável pela sindicância
indicada no § 5º, II deste artigo. (Incluído pela Lei
expedirá a citação ao sindicado dentro de três dias após o
Complementar 98 de 12/05/2003)
ato do Corregedor Geral. (Incluído pela Lei Complementar
CAPÍTULO VII 89 de 25/07/2001)
DA SINDICÂNCIA
§ 8º. O sindicado será citado pessoal e individualmente para
Art. 241. A sindicância será instaurada de ofício pelo o interrogatório, com prazo de 3 (três) dias, tempo em que
Corregedor-Geral da Polícia Civil, ou por determinação das poderá ter vista dos autos em cartório, iniciando-se a
autoridades referidas no artigo 238 desta lei, somente para relação processual à partir da data do recebimento da
apuração de responsabilidade pela prática de fato mesma. (Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
constitutivo de transgressão disciplinar a que se cominem as § 9º. Negando-se o sindicado a assinar a contrafé, suprir-se-
penas de advertência, repreensão, suspensão, destituição á tal circunstância com a assinatura de duas testemunhas,
de função e remoção compulsória, observados o rito do devidamente qualificadas e certificada pelo secretário.
contraditório e ampla defesa, conhecidas a autoria e (Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
materialidade, esta se houver. (Redação dada pela Lei
Complementar 98 de 12/05/2003) § 10. Não sendo encontrado o sindicado, será ele citado por
edital publicado no diário oficial ou informativo oficial da
§ 1º. A sindicância destina-se, ainda, a apurar a Polícia Civil, por uma única vez, com prazo de 10 (dez) dias,
responsabilidade do servidor policial civil por danos de a contar da data da publicação. (Incluído pela Lei
origem culposa causados à Fazenda Estadual. (Redação Complementar 89 de 25/07/2001)
dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
§ 11. A citação, que após recebida dará início ao prazo de
§ 2º. O mesmo procedimento será adotado com relação aos trinta (30) dias para a conclusão do feito, prorrogáveis por
servidores policiais civis em estágio probatório, para igual período mediante despacho do Corregedor-Geral à
apuração dos requisitos previstos no artigo 37 desta Lei, com vista de requerimento fundamentado da autoridade
vistas à sua confirmação ou não no cargo policial civil. sindicante, conterá: (Redação dada pela Lei Complementar
(Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001) 98 de 12/05/2003)
§ 3º. Durante o curso de formação profissional, o servidor I - nome da autoridade sindicante; (Incluído pela Lei
policial civil em estágio probatório responderá o Complementar 89 de 25/07/2001)
procedimento na forma dos parágrafos 3º e 4º do artigo 37
desta lei, através de Comissão de Sindicância presidida pelo II - nome do sindicado e local onde possa ser encontrado;
diretor da Escola Superior de Polícia Civil ou do seu (Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
substituto legal. (Incluído pela Lei Complementar 89 de III - descrição do fato imputado ao sindicado; (Incluído pela
25/07/2001) Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
§ 5º. Aplica-se à sindicância, no que couber, as disposições IV - individualização da conduta; (Incluído pela Lei
previstas para o processo disciplinar. (Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
Complementar 89 de 25/07/2001)
V - previsão legal da sanção aplicável; (Incluído pela Lei
§ 6º. A sindicância terá início mediante portaria ou despacho Complementar 89 de 25/07/2001)
da autoridade incumbida de presidi-la, devendo constar do
mesmo: (Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001) VI - data do interrogatório, com prazo mínimo de três dias;
(Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
I - nomeação do secretário; (Incluído pela Lei Complementar
89 de 25/07/2001) VII - menção à revelia em conseqüência do não
comparecimento à audiência; (Incluído pela Lei
II - determinação de juntada de documentos; (Incluído pela Complementar 89 de 25/07/2001)
Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
VII - local e data da expedição. (Incluído pela Lei
Complementar 89 de 25/07/2001)

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Art. 242. Após o interrogatório do sindicado, que se defensores diferentes. (Incluído pela Lei Complementar 89
restringirá ao fato e às suas circunstâncias, este, através de de 25/07/2001)
seu defensor, poderá oferecer defesa prévia, no prazo de 48
§ 12. Quando não for apresentada no prazo as alegações
(quarenta e oito) horas, juntando documentos e arrolando
finais, será nomeado defensor dativo para o ato. (Incluído
até duas testemunhas. (Redação dada pela Lei
pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
Complementar 89 de 25/07/2001)
§ 13. Apresentadas as alegações finais, a autoridade
§ 1º. Ao sindicado revel, ou, se presente, não constituir
concluirá a sindicância em três dias, indicando no relatório a
advogado para defendê-lo, ser-lhe-á nomeado defensor
descrição do ato infracional apurado, os dispositivos legais
dativo. (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
violados, o enquadramento da conduta à norma específica
25/07/2001)
e, opinará pela absolvição do sindicado, instauração de
§ 2º. Será sempre facultada vista dos autos ao defensor do processo disciplinar ou imposição da penalidade aplicável.
sindicado, por cópia autêntica do feito. (Redação dada pela (Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
§ 14. Se no decorrer da instrução ficar caracterizado ter o
§ 3º. As testemunhas de instrução e defesa, em igual servidor cometido outras transgressões além das
número, serão ouvidas de forma que uma não possa ouvir o constantes da citação, serão extraídas as peças necessárias
depoimento de outra, na presença do sindicado, se quiser, e e remetidas ao Corregedor-Geral, que instaurará novo
de seu defensor, devendo o termo restringir-se aos fatos em procedimento. (Redação dada pela Lei Complementar 98 de
apuração. (Redação dada pela Lei Complementar 89 de 12/05/2003)
25/07/2001)
§ 15. Com o relatório, a sindicância será enviada ao
§ 4º. O defensor do sindicado poderá reperguntar as Corregedor-Geral, que o remeterá à autoridade competente
testemunhas, por intermédio da autoridade sindicante, para a decisão. (Incluído pela Lei Complementar 98 de
sobre fato de interesse da defesa, que será indeferida pelo 12/05/2003)
presidente se impertinente ou já respondida. (Redação dada
CAPÍTULO VIII
pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
DO PROCESSO DISCIPLINAR
§ 5º. As testemunhas serão notificadas da data e local em
que deverão depor, sendo dado conhecimento da realização Art. 243. O processo disciplinar, obedecidos os princípios do
da audiência ao sindicado e seu defensor. (Redação dada contraditório e a ampla defesa, será instaurado por
pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001) determinação das autoridades referidas no artigo 238 e
precederá a aplicação das penas de demissão, cassação de
§ 6º. Não serão consideradas como testemunhas as pessoas aposentadoria e de disponibilidade. (Redação dada pela Lei
que nada souberem sobre os fatos em apuração. (Redação Complementar 98 de 12/05/2003)
dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
§ 1º. Aplicam-se ao processo disciplinar, no que couber, as
§ 7º. A autoridade responsável pela sindicância, de ofício, ou disposições previstas para a sindicância e, subsidiariamente,
a requerimento da defesa, no prazo de 24 (vinte e quatro) as normas do Código de Processo Penal. (Redação dada pela
horas após inquirida a última testemunha, promoverá Lei Complementar 98 de 12/05/2003)
diligências de interesse para instrução. (Incluído pela Lei
Complementar 89 de 25/07/2001) § 2º. O processo disciplinar destina-se, ainda, a apurar a
responsabilidade do servidor policial civil por danos de
§ 8º. A autoridade sindicante poderá indeferir, em despacho origem dolosa causados à Fazenda Estadual. (Incluído pela
fundamentado, as diligências consideradas Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
procrastinatórias ou desnecessárias à apuração do fato.
(Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001) § 3º. O processo disciplinar deverá ainda ser instaurado por
provocação da autoridade policial, observado o previsto no
§ 9º. A juntada de documentos poderá ocorrer a qualquer art. 257. (Incluído pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003)
momento da instrução até as alegações finais. (Incluído pela
Lei Complementar 89 de 25/07/2001) § 4º. Compete ao Corregedor-Geral da Polícia Civil expedir o
ato instaurador do processo disciplinar. (Incluído pela Lei
§ 10. Cumpridas as diligências, serão os autos conclusos à Complementar 98 de 12/05/2003)
Autoridade Sindicante, que saneará onde necessário e
notificará o defensor do sindicado a apresentar alegações Art. 244. O processo disciplinar será presidido por Delegado
finais no prazo de três dias. (Redação dada pela Lei de Polícia designado pelo Corregedor-Geral da Polícia Civil,
Complementar 98 de 12/05/2003) escolhido dentre Delegados de Polícia estáveis,
preferencialmente da classe mais elevada. (Redação dada
§ 11. O prazo de que trata o caput deste artigo será pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003)
individual, se houver mais de um sindicado e com
§ 1º. Regulamento baixado pelo Poder Executivo
disciplinará os mecanismos para escolha dos presidentes de
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processos disciplinares. (Redação dada pela Lei Art. 247. O acusado será citado com os requisitos do artigo
Complementar 98 de 12/05/2003) 241, parágrafo 11, pessoal e individualmente, para ser
interrogado sobre as imputações contra si existentes, em
§ 2º. O Delegado de Polícia que presidir o processo
data e local previamente designados, com antecedência
disciplinar designará como secretário um servidor civil
mínima de cinco dias, prazo este durante o qual os autos
estável, dando conhecimento ao setor de pessoal, para
poderão ser examinados pelo defensor, junto à presidência
efeito de anotações. (Redação dada pela Lei Complementar
do processo. (Redação dada pela Lei Complementar 98 de
98 de 12/05/2003)
12/05/2003)
§ 3º. Não poderá ser encarregado da apuração, nem atuar
§ 1º. Será considerado regularmente citado o acusado que
como secretário, amigo íntimo ou inimigo, parente
se recusar em apor o ciente na cópia da citação, mediante
consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o
termo próprio lavrado pelo servidor encarregado da
terceiro grau, inclusive, cônjuge, companheiro ou qualquer
diligência, e assinado por duas testemunhas. (Incluído pela
integrante do núcleo familiar do denunciante ou do
Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
acusado, bem assim o subordinado deste, devendo a
autoridade ou o funcionário designado comunicar, desde § 2º. Nos casos de revelia ou quando o acusado não
logo, à autoridade competente, o impedimento que houver. apresentar advogado, ser-lhe-á nomeado defensor dativo.
(Redação dada pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003) (Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
§ 4º. (Revogado pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003) Art. 248. É assegurado ao policial civil o direito de
acompanhar o processo pessoalmente, e por intermédio de
§ 5º. As autoridade disciplinares ficarão vinculadas aos
procurador, arrolar testemunhas, reinquiri-las, produzir
procedimentos iniciados sob a sua responsabilidade, até a
provas e contra-provas, formular quesitos quando tratar - se
conclusão respectiva. (Redação dada pela Lei
de prova pericial. (Redação dada pela Lei Complementar 89
Complementar 89 de 25/07/2001)
de 25/07/2001)
§ 6º. Por motivo relevante, a corregedoria geral da polícia
§ 1º. A autoridade disciplinar poderá denegar,
civil poderá substituir qualquer autoridade disciplinar, caso
fundamentadamente, pedidos considerados impertinentes,
em que o substituto completará o tempo do substituído.
meramente protelatórios, ou de nenhum interesse para o
(Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
esclarecimento dos fatos. (Redação dada pela Lei
§ 7º. Os secretários designados pelas autoridades Complementar 89 de 25/07/2001)
disciplinares a elas se dedicarão preferentemente, sem
§ 2º. Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a
prejuízo de suas atribuições normais. (Redação dada pela
comprovação do fato independer de conhecimento especial
Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
de perito. (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
Art. 245. O ato que instaurar o processo disciplinar, deverá 25/07/2001)
conter: (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
§ 3º. O procurador ou defensor constituído poderá assistir ao
25/07/2001)
interrogatório, bem como a inquirição de testemunhas,
I - descrição do fato a ser apurado; (Incluído pela Lei sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas,
Complementar 89 de 25/07/2001) facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio da
autoridade que presidir o processo disciplinar. (Redação
II - identificação do servidor a ser processado; (Incluído pela
dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
§ 4º. O acusado poderá oferecer defesa prévia e arrolar até
III - enquadramento da conduta do agente ao dispositivo
cinco testemunhas dentro de três dias após o interrogatório
infringido, com o enunciado da norma; (Incluído pela Lei
e juntar documentos até as alegações finais. (Incluído pela
Complementar 89 de 25/07/2001)
Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
IV - previsão da sanção aplicável; (Incluído pela Lei
§ 5º. Até a data do interrogatório, será designada a
Complementar 89 de 25/07/2001)
audiência de instrução. (Incluído pela Lei Complementar 98
V - Vetado de 12/05/2003)
VI - designação do Delegado de Polícia que presidirá o § 6º. Em qualquer fase do processo poderá o presidente, de
processo. (Incluído pela Lei Complementar 98 de ofício ou a requerimento da defesa, ordenar diligências que
12/05/2003) entenda convenientes. (Incluído pela Lei Complementar 98
de 12/05/2003)
Art. 246. A autoridade que presidir o processo, por despacho
ou portaria, dará início ao procedimento no prazo máximo Art. 249. Na audiência de instrução serão ouvidas, pela
de 10 (dez) dias do recebimento do ato instaurador, com a ordem, as testemunhas arroladas pelo presidente e pelo
lavratura do mandado de citação. (Redação dada pela Lei acusado, que em ambos os casos não poderão exceder de
Complementar 89 de 25/07/2001)
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cinco (5). (Redação dada pela Lei Complementar 98 de § 2º. A concessão de vista será obrigatória, no prazo para
12/05/2003) manifestação do acusado ou para apresentação de recursos,
mediante intimação por AR. (Redação dada pela Lei
§ 1º. Tratando-se de servidor público, seu comparecimento
Complementar 98 de 12/05/2003)
deverá ser solicitado ao respectivo superior imediato, com
as indicações necessárias. (Redação dada pela Lei § 3º. Ao advogado é assegurado o direito de retirar os autos
Complementar 98 de 12/05/2003) da repartição, mediante recibo, durante o prazo para
manifestação de seu representado, salvo na hipótese de
§ 2º. As testemunhas arroladas pelo acusado comparecerão
prazo comum, de processo sob regime de segredo de
à audiência designada independentemente de notificação.
justiça, da existência nos autos de documentos originais de
(Redação dada pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003)
difícil restauração, ou ocorrer circunstância relevante que
§ 3º. Deverá ser notificada a testemunha cujo depoimento justifique a permanência dos autos na repartição,
for relevante e que não comparecer espontaneamente; reconhecida pela autoridade em despacho motivado.
(Redação dada pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003) (Incluído pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003)
§ 4º. Se a testemunha não for localizada, a defesa poderá Art. 252. O prazo para a conclusão da instrução do processo
substituí-la levando na mesma data designada para a administrativo, incluído o relatório da autoridade
audiência outra, independente de notificação. (Incluído pela disciplinar, será de sessenta (60) dias, contado da citação do
Lei Complementar 98 de 12/05/2003) acusado, prorrogável pela Corregedoria-Geral da Polícia
Civil por igual período, no máximo, mediante solicitação
§ 5º. A testemunha não poderá eximir-se de depor, salvo se
fundamentada da autoridade que presidir o processo.
for ascendente, descendente, cônjuge, ainda que
(Redação dada pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003)
legalmente separado, companheiro, irmão, sogro e
cunhado, pai, mãe ou filho adotivo do acusado, exceto Art. 253. Nenhum servidor policial civil poderá recusar-se a
quando não for possível, por outro modo, obter-se ou prestar depoimento, ser acareado ou executar trabalho de
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias. sua competência, se requisitado por autoridade disciplinar,
(Incluído pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003) salvo impossibilidade comprovada. (Redação dada pela Lei
Complementar 89 de 25/07/2001)
§ 6º. Se o parentesco das pessoas referidas for com o
denunciante, ficam elas proibidas de depor, observada a Parágrafo único. O policial civil que tiver de depor como
exceção do parágrafo anterior. (Incluído pela Lei testemunha fora da sede de seu exercício, terá direito a
Complementar 98 de 12/05/2003) transporte e diárias na forma da legislação em vigor,
podendo ainda expedir-se precatória para esse efeito à
Art. 250. A testemunha que não puder comparecer perante
autoridade do domicílio do depoente. (Incluído pela Lei
a autoridade disciplinar ou autoridade sindicante, por se
Complementar 98 de 12/05/2003)
encontrar em localidade diversa daquela onde se processam
as diligências, será ouvida através de carta precatória, Art. 254. Se houver dúvidas sobre a integridade mental do
dando-se ciência ao acusado, com antecedência mínima de acusado, em qualquer fase do processo disciplinar, será ele
quarenta e oito horas, do local e horário da audiência. submetido a exame por junta médica especialmente
(Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001) designada, observado o previsto no artigo 177, desta lei.
(Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
§ 1º. Se o acusado ou seu defensor não comparecer, ser-lhe-
á designado, pela autoridade deprecada, defensor dativo Parágrafo único. Se reconhecida a inimputabilidade do
para a audiência. (Incluído pela Lei Complementar 89 de acusado, servirá o procedimento disciplinar para instruir
25/07/2001) processo de aposentadoria por invalidez. (Incluído pela Lei
Complementar 89 de 25/07/2001)
§ 2º. Para efeito do disposto neste artigo, serão presentes à
autoridade policial deprecada a síntese da imputação, os Art. 255. A autoridade que presidir o processo disciplinar
esclarecimentos pretendidos e pedido de comunicação da poderá, ainda, sugerir quaisquer providências que se
data, local e horário da audiência ao acusado, dando-se apresentem adequadas ou de interesse para o serviço, bem
ciência também ao seu defensor. (Incluído pela Lei como apontar fatos que hajam chegado ao seu
Complementar 89 de 25/07/2001) conhecimento no curso da instrução e devam ser apurados
em procedimento distinto. (Redação dada pela Lei
Art. 251. Durante a instrução, os autos do procedimento
Complementar 89 de 25/07/2001)
administrativo permanecerão na repartição competente.
(Redação dada pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003) § 1º. Concluída a instrução, o acusado terá cinco dias para as
alegações finais, a partir da data da notificação. (Incluído
§ 1º. Será concedida vista dos autos ao acusado, mediante
pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
simples solicitação, sempre que não prejudicar o curso do
procedimento. (Redação dada pela Lei Complementar 98 de § 2º. Havendo mais de um acusado, o prazo contar-se-á em
12/05/2003) dobro. (Incluído pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)

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§ 3º. Findo os prazos dos parágrafos anteriores, a autoridade II - (Revogado pela Lei Complementar 19 de 29/12/1983)
que presidir o processo disciplinar, dentro de cinco dias,
III - à contagem do período de prisão administrativa e ao
remeterá os autos do processo disciplinar ao Conselho da
pagamento do vencimento e de todas as vantagens do
Polícia Civil, através da Corregedoria Geral da Polícia Civil,
exercício, desde que reconhecida a sua inocência. (Redação
com relatório minucioso e fundamentado, opinando pela
dada pela Lei Complementar 19 de 29/12/1983)
imposição da pena aplicável, absolvição do acusado ou
arquivamento do procedimento. (Incluído pela Lei CAPÍTULO IX
Complementar 89 de 25/07/2001) DA PRISÃO ADMINISTRATIVA
§ 4º. Verificando a autoridade disciplinar configurar-se fato Art. 261. Cabe ao Delegado Geral da Polícia Civil, aos
que tipifique ilícito penal, encaminhará obrigatoriamente as Diretores e em casos urgentes, aos Delegados de Polícia em
peças necessárias ao Ministério Público. (Redação dada pela geral, ordenarem mediante despacho fundamentado, a
Lei Complementar 98 de 12/05/2003) prisão administrativa de servidores policiais civis
Art. 256. O processo disciplinar será formalizado em duas responsáveis por dinheiro ou valores pertencentes à
vias, ficando a primeira arquivada no Conselho da Polícia Fazenda Estadual ou que se acharem sob a guarda destes,
Civil, contendo, obrigatoriamente, índice descritivo dos no caso de alcance, desvio ou omissão no recolhimento,
elementos probatórios, sempre que não seja possível juntá- devolução ou prestação de contas, no prazo devido.
los. (Redação dada pela Lei Complementar 89 de § 1º. A prisão será comunicada imediatamente à autoridade
25/07/2001) judiciária e ao Corregedor-Geral da Polícia Civil, que
§ 1º. Decorridos cinco anos após o encerramento do instaurará o processo disciplinar. (Redação dada pela Lei
processo disciplinar, a via referida no parágrafo anterior será Complementar 98 de 12/05/2003)
remetida ao Departamento de Arquivo Público, para os § 2º. A prisão administrativa não excederá de noventa dias,
devidos fins. (Redação dada pela Lei Complementar 89 de e, enquanto durar, o servidor policial civil perderá um terço
25/07/2001) dos vencimentos.
§ 2º. A Corregedoria Geral da Polícia Civil, por sua vez e para CAPÍTULO X
controle, fará prontuário da segunda via em poder da DA PRISÃO ESPECIAL
Corregedoria de Assuntos internos. (Incluído pela Lei
Complementar 89 de 25/07/2001) Art. 262. Preso preventivamente, em flagrante ou em
virtude de pronúncia, o servidor policial civil permanecerá
Art. 257. Quando o servidor policial civil for indiciado em em prisão especial, durante o curso da ação penal e até que
inquérito policial pela prática de crime previsto nos incisos a sentença transite em julgado.
do artigo 230, desta lei, a autoridade policial remeterá cópia
das respectivas peças, de imediato, ao Corregedor Geral da § 1º. O servidor policial civil nas condições deste artigo,
Polícia Civil, para a instauração de processo disciplinar. ficará recolhido em sala especial, sendo-lhe defeso exercer
(Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001) qualquer atividade funcional ou sair da unidade, sem
expressa autorização do Juízo de Direito a cuja disposição se
Art. 258. O servidor policial civil só poderá ser exonerado a encontre. (Redação dada pela Lei Complementar 19 de
pedido, após absolvição em processo disciplinar a que 29/12/1983)
estiver respondendo. (Redação dada pela Lei
Complementar 89 de 25/07/2001) § 2º. Publicado no "Diário Oficial", o ato de demissão, será o
ex-servidor policial civil encaminhado, desde logo, ao
Art. 259. O julgamento será realizado no prazo máximo de estabelecimento penal que for determinado, onde
30 (trinta) dias, contado da data da distribuição ao permanecerá em sala especial, sem qualquer contato com
Conselheiro relator para tanto sorteado. (Redação dada pela os demais presos não sujeitos ao mesmo regime e, uma vez
Lei Complementar 89 de 25/07/2001) condenado, cumprirá a pena que lhe haja sido imposta, nas
§ 1º. Verificada a ocorrência da prescrição ou condições do parágrafo seguinte.
descumprimento de formalidade essencial, o Corregedor- § 3º. Transitado em julgado a sentença condenatória, será o
Geral da Polícia Civil provocará a apuração das servidor policial civil encaminhado a estabelecimento
responsabilidades legais de quem lhe deu causa. (Redação prisional onde cumprirá a pena em dependência isolada dos
dada pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003) demais presos não abrangidos por esse regime, mas sujeito
Art. 260. O servidor policial civil terá direito: a um sistema disciplinar próprio.

I - à contagem de tempo de serviço relativo ao período em


que haja estado preso ou afastado do exercício, quando de
processo disciplinar resultar absolvição ou pena de
advertência ou repreensão; (Redação dada pela Lei
Complementar 19 de 29/12/1983)
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CAPÍTULO XI § 3º. A revisão poderá ser requerida pelo cônjuge,


DO RECURSO descendente, ascendente, ou irmão do servidor policial civil,
se este houver falecido ou tiver sido declarado ausente ou
Art. 263. Caberá recurso, por uma única vez, da decisão que incapaz.
aplicar penalidade. (Redação dada pela Lei Complementar
98 de 12/05/2003) § 4º. Não será admitida reiteração de pedido pelo mesmo
fundamento. (Incluído pela Lei Complementar 98 de
§ 1º. O prazo para recorrer é de trinta (30) dias, contados da 12/05/2003)
publicação da decisão impugnada no Diário Oficial do
Estado. (Incluído pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003) § 5º. O ônus da prova cabe ao requerente. (Incluído pela Lei
Complementar 98 de 12/05/2003)
§ 2º. Do recurso deverá constar, além do nome e
qualificação do recorrente, a exposição das razões de § 6º. Os pedidos formulados em desacordo com este artigo
inconformismo. (Incluído pela Lei Complementar 98 de serão indeferidos. (Incluído pela Lei Complementar 98 de
12/05/2003) 12/05/2003)

§ 3º. O recurso será apresentado à autoridade que aplicou a § 7º. A pena imposta não poderá ser agravada pela revisão.
pena, que terá o prazo de dez (10) dias para, (Incluído pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003)
motivadamente, manter sua decisão ou reformá-la. Art. 268. O pedido será dirigido ao presidente do Conselho
(Incluído pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003) da Polícia Civil que se o deferir, designará autoridade
§ 4º. Mantida a decisão, ou reformada parcialmente, será revisora para proceder a revisão. (Redação dada pela Lei
imediatamente encaminhada a reexame pelo superior Complementar 89 de 25/07/2001)
hierárquico. (Incluído pela Lei Complementar 98 de Parágrafo único. Não poderá ser revisor a autoridade que
12/05/2003) tiver presidido o procedimento administrativo em revisão.
§ 5º. O recurso será apreciado pela autoridade competente (Redação dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
ainda que incorretamente denominado ou endereçado. Art. 269. Apensado o pedido ao processo disciplinar a ser
(Incluído pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003) revisto, terá início, dentro de dez dias, a produção das
Art. 264. Caberá pedido de reconsideração, que não poderá provas indicadas pelo requerente, em prazo não superior a
ser renovado, de decisão tomada pelo Governador do trinta dias.
Estado em única instância, no prazo de trinta (30) dias. § 1º. Concluída a instrução, será aberta vista ao requerente,
(Redação dada pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003) pelo prazo de cinco dias, para as alegações.
Art. 265. Os recursos de que trata esta lei complementar não § 2º. Decorrido o prazo do parágrafo anterior, a autoridade
têm efeito suspensivo; os que forem providos darão lugar às revisora dentro de cinco dias, encaminhará o processo, com
retificações necessárias, retroagindo seus efeitos à data do relatório conclusivo, ao Conselho da Polícia Civil. (Redação
ato punitivo. (Redação dada pela Lei Complementar 98 de dada pela Lei Complementar 89 de 25/07/2001)
12/05/2003)
§ 3º. O Conselho da Polícia Civil deliberará em dez dias e, se
Art. 266. A decisão final não se fundamentará em não lhe couber a decisão, o encaminhará à autoridade
manifestações técnico-jurídicas não compreendidas no competente.
âmbito da relação processual, ressalvadas as oriundas da
Procuradoria-Geral do Estado. (Redação dada pela Lei Art. 270. A decisão de julgar procedente a revisão poderá
Complementar 98 de 12/05/2003) alterar a classificação da infração, absolver o punido,
modificar a pena ou anular o processo, restabelecendo os
CAPÍTULO XII direitos atingidos pela decisão reformada. (Redação dada
DA REVISÃO DO PROCESSO DISCIPLINAR pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003)
Art. 267. Admitir-se-á, a qualquer tempo, a revisão de CAPÍTULO XIII
punição disciplinar, se surgirem fatos ou circunstâncias DA PRESCRIÇÃO
ainda não apreciados, ou vícios insanáveis de procedimento,
que possam justificar redução ou anulação da pena aplicada. Art. 271. Prescreverá:
(Redação dada pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003) I - em dois anos, a transgressão punível com a pena de
§ 1º. Não constitui fundamento para revisão a simples advertência, repreensão ou suspensão; e
alegação de injustiça da penalidade. II - em cinco anos, a transgressão punível com a cassação de
§ 2º. Será indeferido "in limine" o pedido, se não for aposentadoria, disponibilidade e de demissão.
devidamente fundamentado. Art. 272. O prazo de prescrição contar-se-á do dia em que a
transgressão se consumou.

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§ 1º. Nos casos de transgressões permanentes ou § 2º. A autoridade policial ou Chefe de unidade que omitir ou
continuadas, o prazo de prescrição contar-se á do dia em declarar falsamente sobre a conduta do aluno estagiário,
que cessou a permanência ou continuação. será responsabilizada funcionalmente, sem prejuízo de
medidas penais.
§ 2º. Quando ocorrerem circunstâncias que impeçam o
imediato conhecimento de existência de transgressão, o Art. 277. O servidor policial civil notificado de sua matrícula
tempo inicial da prescrição será o dia em que a autoridade "ex offício" em determinado curso, terá de comparecer à
competente dela tomar conhecimento. Escola de Polícia Civil na data prevista para a apresentação,
vedada a concessão de férias ou licença, a não ser por
§ 3º. A transgressão também prevista como crime,
motivo de saúde, no período respectivo.
prescreverá nos mesmos prazos estipulados pela lei penal.
Art. 278. Durante os cursos, os servidores policiais civis neles
§ 4º. A citação do sindicado ou acusado interrompe o curso
matriculados, poderão ser designados para unidades
do prazo prescricional.
policiais que tornem possível a sua freqüência às aulas,
TÍTULO VIII exceto nos casos de matrícula em cursos intensivos, quando
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS o servidor policial civil passará à disposição da Escola de
Polícia Civil.
Art. 273. Os funcionários não pertencentes às carreiras
policiais, quando em exercício em qualquer das unidades Art. 279. Nenhum servidor policial civil poderá
enumeradas no artigo 5º., ficarão, igualmente, sujeitos ao desempenhar atribuições diversas das pertinentes à classe a
regime disciplinar estabelecido nesta lei. que pertence, salvo quando se tratar de cargo em comissão,
de serviço relevante ou de segurança, a critério do Conselho
Art. 274. Os integrantes das carreiras policiais civis terão Policial Civil, respeitado ainda o contido nesta lei.
regime especial de trabalho, em base de vencimentos
fixados e atualizados por lei, levando-se em conta a Art. 280. Será instituída a Medalha Tiradentes, conferida a
natureza especifica das funções e as condições para seu policiais nacionais ou estrangeiros que houverem prestado
exercício, o risco de vida a elas inerentes, a irregularidades serviços notáveis à organização policial ou que se hajam
dos horários de trabalho, sujeitos a plantões noturnos e distinguido no exercício da profissão e a Medalha de
chamados a qualquer hora, bem como, a proibição legal do Serviços Relevantes à Polícia Civil, destinada, também a
exercício legal de outras atividades remuneradas, agraciar personalidades nacionais ou estrangeiras que, no
ressalvado o magistério. (Redação dada pela Lei campo de suas atividades relacionadas com a segurança
Complementar 35 de 24/12/1986) pública, tiverem destacada atuação.

§ 1º. (Revogado pela Lei Complementar 35 de 24/12/1986) Parágrafo único. As características e a concessão das
Medalhas de que trata este artigo, serão regulamentadas
§ 2º. Para os serviços realizados em forma de rodízio ou por decreto governamental.
dependente de escala, o horário de trabalho, bem como, os
períodos de descanso, serão fixados na medida das Art. 281. O período máximo de permanência do Delegado
necessidades do serviço policial e da natureza das funções. de Polícia em uma unidade policial, mesmo como titular, é
de três anos, podendo, em casos excepcionais, atendido o
Art. 275. As Delegacias de Polícia instaladas nas sedes de interesse do serviço, ser prorrogado por mais doze meses,
Comarcas, serão obrigatoriamente chefiadas por Delegado ouvido o Conselho da Polícia Civil.
de Polícia de Carreira.
Parágrafo único. O Delegado de Polícia que tenha exercido
§ 1º. O servidor policial civil poderá ser designado para a função de Delegado Adjunto em uma unidade policial, no
qualquer município, observada, sempre que possível, a período previsto neste artigo, poderá nela permanecer ou
correspondência da classe funcional com a classificação da retornar, como Titular, por mais 2 (dois) anos
unidade policial. improrrogáveis, havendo manifestação favorável do
§ 2º. Na existência de servidor policial civil, é vedado o Conselho de Polícia Civil. (Redação dada pela Lei
preenchimento de funções policiais por pessoal estranho ao Complementar 54 de 08/01/1991)
Quadro de Pessoal da Polícia Civil. Art. 282. O Conselho da Polícia Civil fará publicar no mês de
Art. 276. Toda atividade vinculada à função policial ou dela janeiro de cada ano, o "Almanaque Policial Civil", que
decorrente, inclusive os cursos ministrados pela Escola de conterá o tempo de serviço, elogios e punições de cada
Polícia Civil, serão avaliados pelo Conselho da Polícia Civil. integrante do efetivo policial civil.
§ 1º. Os cursos de formação e de aperfeiçoamento Art. 283. Os termos e demais atos firmados pelos Delegados
ministrados pela Escola da Polícia Civil, são de caráter de Polícia, Peritos Oficiais e Escrivães de Polícia, em razão
obrigatório e complementares ao exercício e progressão do cargo, tem fé pública.
funcionais. Art. 284. As autoridades policiais, seus agentes e auxiliares
ficam obrigados a residir no município-sede da unidade
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policial em que prestam serviço ou onde lhes tenha sido (quarenta) horas semanais de trabalho; (Incluído pela Lei
permitido, não podendo afastar-se sem prévia autorização Complementar 35 de 24/12/1986)
superior, salvo para atos e diligências de seus encargos.
Art. 292. Os funcionários, ou servidores policiais civis, que
Art. 285. É incorporável aos proventos de aposentadoria do em 1º. de dezembro de 1980 estavam lotados ou à
servidor policial civil a gratificação prevista no inciso II, do disposição da Central de Apoio ou em outras Unidades
art. 84, combinado com o art. 86 e parágrafos, desta Lei, Policiais Civis, não abrangidos pelo disposto no art. 13 da Lei
desde que a esteja percebendo ao formular o pedido de nº. 7.424, de 18 de dezembro de 1980, poderão participar de
inativação. (Redação dada pela Lei Complementar 19 de processo seletivo interno para ingresso nos cargos previstos
29/12/1983) pelo Anexo III, desta Lei, observado o seguinte: (vide Lei
Complementar 69 de 14/07/1993)
Art. 286. Os funcionários estranhos ao Quadro de Pessoal
da Polícia Civil, a disposição de unidades policiais, serão I - que estejam exercendo comprovadamente as atribuições
obrigatoriamente recolhidos à repartição de origem, se dos cargos constantes do Anexo III, por mais de dois anos,
sofrerem punições apuradas em procedimentos na data desta lei; e
administrativos, disciplinares ou criminais.
II - que sejam aprovados em curso específico realizado pela
Art. 287. É vedado ao servidor policial civil, trabalhar sob as Escola de Polícia Civil.
ordens do cônjuge ou parente até o segundo grau, salvo
Parágrafo único. Concluído o processo seletivo, o Conselho
quando não houver na localidade outra unidade policial.
da Polícia Civil procederá a sua avaliação e posterior
Art. 288. O servidor policial civil invalidado ou morto, em encaminhamento ao Secretário de Estado da Segurança
conseqüência de lesões, acidentes ou moléstias contraídas Pública, para homologação.
no exercício da função policial, será promovido à classe
Art. 293. As carreiras de Radiotécnico e de
imediatamente superior, independente da existência de
Radiocomunicador, passarão a denominar-se Técnico em
vaga, que motivará o reajuste da pensão especial prevista no
Telecomunicações Policiais e Operador em
art. 184, desta lei.
Telecomunicações Policiais, respectivamente.
Parágrafo único. Quando for impossível a promoção do
Art. 294. A carreira de Investigador Criminal fica extinta,
servidor policial civil, por ser ocupante de cargo final de
passando seus ocupantes à classe inicial de Detetive.
carreira, ser-lhe-á atribuído o benefício correspondente à
porcentagem fixada entre a penúltima e a última classe da Art. 295. O cargo de provimento em comissão de delegado
carreira a que pertencer. geral da Polícia Civil, símbolo DAS-1, será exercido por
delegado de polícia, preferencialmente da classe mais
Art. 289. (Revogado pela Lei Complementar 53 de
elevada da carreira. (Redação dada pela Lei Complementar
02/01/1991)
89 de 25/07/2001)
Art. 290. O quadro de pessoal da Polícia Civil é o constante
§ 1º. Os titulares dos cargos de Delegado-Geral Adjunto,
do anexo I desta lei, com os cargos dos quadros femininos
Corregedor-Geral, Corregedor de Assuntos Internos,
incorporados aos quadros únicos, a cujas vagas oferecidas
Corregedor de Área, Assessor Civil da Secretaria de Estado
poderão concorrer candidatos de ambos os sexos, desde
da Segurança Pública, Diretor de Escola Superior de Polícia
que preencham os requisitos exigidos, não havendo
Civil e Diretor do Instituto de Identificação serão escolhidos
distinção também nas promoções. (Redação dada pela Lei
dentre os integrantes da carreira de delegado de polícia,
Complementar 53 de 02/01/1991) (vide Lei 9015 de
preferencialmente da classe mais elevada. (Redação dada
13/06/1989)
pela Lei Complementar 98 de 12/05/2003)
Art. 291. O vencimento dos ocupantes de cargos das séries
§ 2º. Os titulares do Instituto Médico Legal e do Instituto de
de classes das carreiras policiais civis, reajustável sempre
Criminalística serão escolhidos dentre os ocupantes das
que forem alterados os vencimentos do funcionalismo
classes mais elevadas das carreiras de Médico Legista e
público em geral, nos mesmos percentuais e época de
Perito Criminal, respectivamente.
vigência, será calculado de acordo com os índices
percentuais estabelecidos na Tabela de Escalonamento § 3º. Os titulares das assessorias técnicas serão escolhidos,
Vertical, contida no Anexo II desta Lei, tomando-se por base dentre ocupantes das carreiras policiais de nível
o vencimento mensal percebido pelo Delegado de Polícia de universitário. (Redação dada pela Lei Complementar 89 de
1ª Classe, fixado da seguinte forma: (Redação dada pela Lei 25/07/2001)
Complementar 35 de 24/12/1986)
Art. 296. Os vencimentos, vantagens e anexos previstos
I - em Cz$ 8.200,54 (oito mil, duzentos cruzados e cinqüenta nesta Lei, são alteráveis por Lei ordinária. (Redação dada
e quatro centavos), para os que se sujeitarem ao regime de pela Lei Complementar 29 de 04/04/1986)
tempo integral e dedicação exclusiva, com um mínimo de 40
Art. 297. São entidades representativas das carreiras
policiais, aquelas que tenham sido declaradas de utilidade
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pública pelo Poder Executivo Estadual, não podendo manter


nomenclatura que contenha nome da instituição: "Polícia Lei nº 8.987/1995
Civil".
Art. 298. Nas ações policiais cabe ao superior a Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da
responsabilidade integral das decisões que tomar ou de atos prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da
que praticar, inclusive de missões e ordens por ele Constituição Federal, e dá outras providências.
expressamente determinadas.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Parágrafo único. No cumprimento da ordem emanada de Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
autoridade superior, o agente executante não fica
exonerado da responsabilidade pelos excessos que CAPÍTULO I
cometer. DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 299. Os cargos de Comissário de Polícia, integrantes da Art. 1o As concessões de serviços públicos e de obras
respectiva classe única, serão extintos na medida em que públicas e as permissões de serviços públicos reger-se-ão
vagarem. pelos termos do art. 175 da Constituição Federal, por esta
Lei, pelas normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos
Art. 300. O Instituto de Polícia Técnica passa a denominar- indispensáveis contratos.
se Instituto de Criminalística. (Redação dada pela Lei
Complementar 19 de 29/12/1983) Parágrafo único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios promoverão a revisão e as adaptações
Art. 301. Fica criado no Departamento da Polícia Civil, um necessárias de sua legislação às prescrições desta Lei,
cargo de provimento em Comissão, símbolo 1-C, de Diretor buscando atender as peculiaridades das diversas
da Escola de Polícia Civil. modalidades dos seus serviços.
Art. 302. A data de 21 de abril, dedicada a Tiradentes, Proto- Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:
Mártir da Independência do Brasil, Patrono da Polícia Civil,
será assinalada com solenidades que proporcionem a I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal
confraternização do funcionalismo da Secretaria de Estado ou o Município, em cuja competência se encontre o serviço
da Segurança Pública, sempre que possível, através de público, precedido ou não da execução de obra pública,
entidades de classe. objeto de concessão ou permissão;
Art. 303. (Revogado pela Lei Complementar 19 de II - concessão de serviço público: a delegação de sua
29/12/1983) prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação,
na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou
Art. 304. O Poder Executivo expedirá, em cento e oitenta consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu
dias, os atos complementares à plena execução das desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
disposições do presente Estatuto.
III - concessão de serviço público precedida da execução de
Art. 305. Esta Lei Complementar denominar-se-á obra pública: a construção, total ou parcial, conservação,
"ESTATUTO DA POLÍCIA CIVIL DO PARANÁ". reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras
Art. 306. ...vetado... de interesse público, delegada pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade de concorrência, à
Art. 307. Esta Lei entrará em vigor na data de sua
pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre
publicação, revogadas a Lei Complementar nº. 3, de 14 de
capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de
maio de 1974, e demais disposições em contrário. forma que o investimento da concessionária seja
PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 26 de maio de remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço
1982. ou da obra por prazo determinado;
José Hosken de Novaes IV - permissão de serviço público: a delegação, a título
precário, mediante licitação, da prestação de serviços
Governador do Estado
públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou
Haroldo Ferreira Dias jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho,
por sua conta e risco.
Secretário de Estado da Segurança Pública
Art. 3o As concessões e permissões sujeitar-se-ão à
Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do
fiscalização pelo poder concedente responsável pela
Estado
delegação, com a cooperação dos usuários.
Art. 4o A concessão de serviço público, precedida ou não da
execução de obra pública, será formalizada mediante

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contrato, que deverá observar os termos desta Lei, das obrigadas a oferecer ao consumidor e ao usuário, dentro do
normas pertinentes e do edital de licitação. mês de vencimento, o mínimo de seis datas opcionais para
escolherem os dias de vencimento de seus
Art. 5o O poder concedente publicará, previamente ao edital
débitos. (Incluído pela Lei nº 9.791, de 1999)
de licitação, ato justificando a conveniência da outorga de
concessão ou permissão, caracterizando seu objeto, área e Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.791, de
prazo. 1999)
CAPÍTULO II CAPÍTULO IV
DO SERVIÇO ADEQUADO DA POLÍTICA TARIFÁRIA
Art. 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação Art. 8o (VETADO)
de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários,
Art. 9o A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo
conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e
preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas
no respectivo contrato.
regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato.
§ 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de
§ 1o A tarifa não será subordinada à legislação específica
regularidade, continuidade, eficiência, segurança,
anterior e somente nos casos expressamente previstos em
atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e
lei, sua cobrança poderá ser condicionada à existência de
modicidade das tarifas.
serviço público alternativo e gratuito para o
§ 2o A atualidade compreende a modernidade das técnicas, usuário. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem
§ 2o Os contratos poderão prever mecanismos de revisão
como a melhoria e expansão do serviço.
das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio econômico-
§ 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a financeiro.
sua interrupção em situação de emergência ou após prévio
§ 3o Ressalvados os impostos sobre a renda, a criação,
aviso, quando:
alteração ou extinção de quaisquer tributos ou encargos
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança legais, após a apresentação da proposta, quando
das instalações; e, comprovado seu impacto, implicará a revisão da tarifa, para
mais ou para menos, conforme o caso.
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse
da coletividade. § 4o Em havendo alteração unilateral do contrato que afete
o seu inicial equilíbrio econômico-financeiro, o poder
CAPÍTULO III
concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente à
DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS USUÁRIOS
alteração.
Art. 7º. Sem prejuízo do disposto na Lei no 8.078, de 11 de § 5º A concessionária deverá divulgar em seu sítio
setembro de 1990, são direitos e obrigações dos usuários: eletrônico, de forma clara e de fácil compreensão pelos
I - receber serviço adequado; usuários, tabela com o valor das tarifas praticadas e a
evolução das revisões ou reajustes realizados nos últimos
II - receber do poder concedente e da concessionária cinco anos.(Incluído pela Lei nº 13.673, de 2018)
informações para a defesa de interesses individuais
ou coletivos; Art. 10. Sempre que forem atendidas as condições do
contrato, considera-se mantido seu equilíbrio econômico-
III - obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre financeiro.
vários prestadores de serviços, quando for o caso,
observadas as normas do poder concedente. (Redação Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço
dada pela Lei nº 9.648, de 1998) público, poderá o poder concedente prever, em favor da
concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de
IV - levar ao conhecimento do poder público e da outras fontes provenientes de receitas alternativas,
concessionária as irregularidades de que tenham complementares, acessórias ou de projetos associados, com
conhecimento, referentes ao serviço prestado; ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade
V - comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos das tarifas, observado o disposto no art. 17 desta Lei.
praticados pela concessionária na prestação do serviço; Parágrafo único. As fontes de receita previstas neste artigo
VI - contribuir para a permanência das boas condições dos serão obrigatoriamente consideradas para a aferição do
bens públicos através dos quais lhes são prestados os inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
serviços. Art. 12. (VETADO)
Art. 7º-A. As concessionárias de serviços públicos, de direito Art. 13. As tarifas poderão ser diferenciadas em função das
público e privado, nos Estados e no Distrito Federal, são características técnicas e dos custos específicos
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provenientes do atendimento aos distintos segmentos de Art. 16. A outorga de concessão ou permissão não terá
usuários. caráter de exclusividade, salvo no caso de inviabilidade
técnica ou econômica justificada no ato a que se refere o art.
CAPÍTULO V
5o desta Lei.
DA LICITAÇÃO
Art. 17. Considerar-se-á desclassificada a proposta que, para
Art. 14. Toda concessão de serviço público, precedida ou sua viabilização, necessite de vantagens ou subsídios que
não da execução de obra pública, será objeto de prévia não estejam previamente autorizados em lei e à disposição
licitação, nos termos da legislação própria e com de todos os concorrentes.
observância dos princípios da legalidade, moralidade,
publicidade, igualdade, do julgamento por critérios § 1o Considerar-se-á, também, desclassificada a proposta de
objetivos e da vinculação ao instrumento convocatório. entidade estatal alheia à esfera político-administrativa do
poder concedente que, para sua viabilização, necessite de
Art. 15. No julgamento da licitação será considerado um dos vantagens ou subsídios do poder público controlador da
seguintes critérios: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de referida entidade. (Renumerado do parágrafo único pela
1998) Lei nº 9.648, de 1998)
I - o menor valor da tarifa do serviço público a ser § 2o Inclui-se nas vantagens ou subsídios de que trata este
prestado; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) artigo, qualquer tipo de tratamento tributário diferenciado,
II - a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder ainda que em conseqüência da natureza jurídica do licitante,
concedente pela outorga da concessão; (Redação dada que comprometa a isonomia fiscal que deve prevalecer
pela Lei nº 9.648, de 1998) entre todos os concorrentes. (Incluído pela Lei nº 9.648, de
1998)
III - a combinação, dois a dois, dos critérios referidos nos
incisos I, II e VII; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) Art. 18. O edital de licitação será elaborado pelo poder
concedente, observados, no que couber, os critérios e as
IV - melhor proposta técnica, com preço fixado no normas gerais da legislação própria sobre licitações e
edital; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) contratos e conterá, especialmente:
V - melhor proposta em razão da combinação dos critérios I - o objeto, metas e prazo da concessão;
de menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado
com o de melhor técnica; (Incluído pela Lei nº 9.648, de II - a descrição das condições necessárias à prestação
1998) adequada do serviço;

VI - melhor proposta em razão da combinação dos critérios III - os prazos para recebimento das propostas, julgamento
de maior oferta pela outorga da concessão com o de melhor da licitação e assinatura do contrato;
técnica; ou (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) IV - prazo, local e horário em que serão fornecidos, aos
VII - melhor oferta de pagamento pela outorga após interessados, os dados, estudos e projetos necessários à
qualificação de propostas técnicas. (Incluído pela Lei nº elaboração dos orçamentos e apresentação das propostas;
9.648, de 1998) V - os critérios e a relação dos documentos exigidos para a
§ 1o A aplicação do critério previsto no inciso III só será aferição da capacidade técnica, da idoneidade financeira e
admitida quando previamente estabelecida no edital de da regularidade jurídica e fiscal;
licitação, inclusive com regras e fórmulas precisas para VI - as possíveis fontes de receitas alternativas,
avaliação econômico-financeira. (Redação dada pela Lei complementares ou acessórias, bem como as provenientes
nº 9.648, de 1998) de projetos associados;
§ 2o Para fins de aplicação do disposto nos incisos IV, V, VI e VII - os direitos e obrigações do poder concedente e da
VII, o edital de licitação conterá parâmetros e exigências concessionária em relação a alterações e expansões a serem
para formulação de propostas técnicas. (Redação dada pela realizadas no futuro, para garantir a continuidade da
Lei nº 9.648, de 1998) prestação do serviço;
§ 3o O poder concedente recusará propostas VIII - os critérios de reajuste e revisão da tarifa;
manifestamente inexequíveis ou financeiramente
incompatíveis com os objetivos da licitação. (Redação dada IX - os critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros a serem
pela Lei nº 9.648, de 1998) utilizados no julgamento técnico e econômico-financeiro da
proposta;
§ 4o Em igualdade de condições, será dada preferência à
proposta apresentada por empresa brasileira. (Redação X - a indicação dos bens reversíveis;
dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

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XI - as características dos bens reversíveis e as condições em III - apresentação dos documentos exigidos nos incisos V e
que estes serão postos à disposição, nos casos em que XIII do artigo anterior, por parte de cada consorciada;
houver sido extinta a concessão anterior;
IV - impedimento de participação de empresas consorciadas
XII - a expressa indicação do responsável pelo ônus das na mesma licitação, por intermédio de mais de um consórcio
desapropriações necessárias à execução do serviço ou da ou isoladamente.
obra pública, ou para a instituição de servidão
§ 1o O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes da
administrativa;
celebração do contrato, a constituição e registro do
XIII - as condições de liderança da empresa responsável, na consórcio, nos termos do compromisso referido no inciso I
hipótese em que for permitida a participação de empresas deste artigo.
em consórcio;
§ 2o A empresa líder do consórcio é a responsável perante o
XIV - nos casos de concessão, a minuta do respectivo poder concedente pelo cumprimento do contrato de
contrato, que conterá as cláusulas essenciais referidas no concessão, sem prejuízo da responsabilidade solidária das
art. 23 desta Lei, quando aplicáveis; demais consorciadas.
XV - nos casos de concessão de serviços públicos precedida Art. 20. É facultado ao poder concedente, desde que
da execução de obra pública, os dados relativos à obra, previsto no edital, no interesse do serviço a ser concedido,
dentre os quais os elementos do projeto básico que determinar que o licitante vencedor, no caso de consórcio,
permitam sua plena caracterização, bem assim as garantias se constitua em empresa antes da celebração do contrato.
exigidas para essa parte específica do contrato, adequadas
Art. 21. Os estudos, investigações, levantamentos, projetos,
a cada caso e limitadas ao valor da obra; (Redação dada
obras e despesas ou investimentos já efetuados, vinculados
pela Lei nº 9.648, de 1998)
à concessão, de utilidade para a licitação, realizados pelo
XVI - nos casos de permissão, os termos do contrato de poder concedente ou com a sua autorização, estarão à
adesão a ser firmado. disposição dos interessados, devendo o vencedor da
licitação ressarcir os dispêndios correspondentes,
Art. 18-A. O edital poderá prever a inversão da ordem das
especificados no edital.
fases de habilitação e julgamento, hipótese em
que: (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) Art. 22. É assegurada a qualquer pessoa a obtenção de
certidão sobre atos, contratos, decisões ou pareceres
I - encerrada a fase de classificação das propostas ou o
relativos à licitação ou às próprias concessões.
oferecimento de lances, será aberto o invólucro com os
documentos de habilitação do licitante mais bem CAPÍTULO VI
classificado, para verificação do atendimento das condições DO CONTRATO DE CONCESSÃO
fixadas no edital;(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de concessão
II - verificado o atendimento das exigências do edital, o as relativas:
licitante será declarado vencedor; (Incluído pela Lei nº
11.196, de 2005) I - ao objeto, à área e ao prazo da concessão;

III - inabilitado o licitante melhor classificado, serão II - ao modo, forma e condições de prestação do serviço;
analisados os documentos habilitatórios do licitante com a III - aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros
proposta classificada em segundo lugar, e assim definidores da qualidade do serviço;
sucessivamente, até que um licitante classificado atenda às
condições fixadas no edital; (Incluído pela Lei nº 11.196, de IV - ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para
2005) o reajuste e a revisão das tarifas;

IV - proclamado o resultado final do certame, o objeto será V - aos direitos, garantias e obrigações do poder concedente
adjudicado ao vencedor nas condições técnicas e e da concessionária, inclusive os relacionados às previsíveis
econômicas por ele ofertadas. (Incluído pela Lei nº 11.196, necessidades de futura alteração e expansão do serviço e
de 2005) conseqüente modernização, aperfeiçoamento e ampliação
dos equipamentos e das instalações;
Art. 19. Quando permitida, na licitação, a participação de
empresas em consórcio, observar-se-ão as seguintes VI - aos direitos e deveres dos usuários para obtenção e
normas: utilização do serviço;

I - comprovação de compromisso, público ou particular, de VII - à forma de fiscalização das instalações, dos
constituição de consórcio, subscrito pelas consorciadas; equipamentos, dos métodos e práticas de execução do
serviço, bem como a indicação dos órgãos competentes
II - indicação da empresa responsável pelo consórcio; para exercê-la;

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VIII - às penalidades contratuais e administrativas a que se § 1o A outorga de subconcessão será sempre precedida de
sujeita a concessionária e sua forma de aplicação; concorrência.
IX - aos casos de extinção da concessão; § 2o O subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e
obrigações da subconcedente dentro dos limites da
X - aos bens reversíveis;
subconcessão.
XI - aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das
Art. 27. A transferência de concessão ou do controle
indenizações devidas à concessionária, quando for o caso;
societário da concessionária sem prévia anuência do poder
XII - às condições para prorrogação do contrato; concedente implicará a caducidade da concessão.
XIII - à obrigatoriedade, forma e periodicidade da prestação § 1o Para fins de obtenção da anuência de que trata o caput
de contas da concessionária ao poder concedente; deste artigo, o pretendente deverá: (Renumerado do
parágrafo único pela Lei nº 11.196, de 2005)
XIV - à exigência da publicação de demonstrações
financeiras periódicas da concessionária; e I - atender às exigências de capacidade técnica, idoneidade
financeira e regularidade jurídica e fiscal necessárias à
XV - ao foro e ao modo amigável de solução das divergências
assunção do serviço; e
contratuais.
II - comprometer-se a cumprir todas as cláusulas do contrato
Parágrafo único. Os contratos relativos à concessão de
em vigor.
serviço público precedido da execução de obra pública
deverão, adicionalmente: § 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.097, de
2015)
I - estipular os cronogramas físico-financeiros de execução
das obras vinculadas à concessão; e § 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.097, de
2015)
II - exigir garantia do fiel cumprimento, pela concessionária,
das obrigações relativas às obras vinculadas à concessão. § 4o (Revogado).(Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015)
Art. 23-A. O contrato de concessão poderá prever o Art. 27-A. Nas condições estabelecidas no contrato de
emprego de mecanismos privados para resolução de concessão, o poder concedente autorizará a assunção do
disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, inclusive controle ou da administração temporária da concessionária
a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua por seus financiadores e garantidores com quem não
portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro mantenha vínculo societário direto, para promover sua
de 1996. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) reestruturação financeira e assegurar a continuidade da
prestação dos serviços. (Incluído pela Lei nº 13.097, de
Art. 24. (VETADO)
2015)
Art. 25. Incumbe à concessionária a execução do serviço
§ 1o Na hipótese prevista no caput, o poder concedente
concedido, cabendo-lhe responder por todos os prejuízos
exigirá dos financiadores e dos garantidores que atendam às
causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros,
exigências de regularidade jurídica e fiscal, podendo alterar
sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente
ou dispensar os demais requisitos previstos no inciso I do
exclua ou atenue essa responsabilidade.
parágrafo único do art. 27.(Incluído pela Lei nº 13.097, de
§ 1o Sem prejuízo da responsabilidade a que se refere este 2015)
artigo, a concessionária poderá contratar com terceiros o
§ 2o A assunção do controle ou da administração temporária
desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou
autorizadas na forma do caput deste artigo não alterará as
complementares ao serviço concedido, bem como a
obrigações da concessionária e de seus controladores para
implementação de projetos associados. (Vide ADC 57)
com terceiros, poder concedente e usuários dos serviços
§ 2o Os contratos celebrados entre a concessionária e os públicos. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
terceiros a que se refere o parágrafo anterior reger-se-ão
§ 3o Configura-se o controle da concessionária, para os fins
pelo direito privado, não se estabelecendo qualquer relação
dispostos no caput deste artigo, a propriedade resolúvel de
jurídica entre os terceiros e o poder concedente.
ações ou quotas por seus financiadores e garantidores que
§ 3o A execução das atividades contratadas com terceiros atendam os requisitos do art. 116 da Lei no 6.404, de 15 de
pressupõe o cumprimento das normas regulamentares da dezembro de 1976. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
modalidade do serviço concedido.
§ 4o Configura-se a administração temporária da
Art. 26. É admitida a subconcessão, nos termos previstos no concessionária por seus financiadores e garantidores
contrato de concessão, desde que expressamente quando, sem a transferência da propriedade de ações ou
autorizada pelo poder concedente. quotas, forem outorgados os seguintes
poderes: (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)

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I - indicar os membros do Conselho de Administração, a qualidade de representante e depositária; (Incluído pela Lei
serem eleitos em Assembleia Geral pelos acionistas, nas nº 11.196, de 2005)
sociedades regidas pela Lei 6.404, de 15 de dezembro de
V - na hipótese de ter sido indicada instituição financeira,
1976; ou administradores, a serem eleitos pelos quotistas,
conforme previsto no inciso IV do caput deste artigo, fica a
nas demais sociedades; (Incluído pela Lei nº 13.097, de
concessionária obrigada a apresentar a essa os créditos para
2015)
cobrança; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
II - indicar os membros do Conselho Fiscal, a serem eleitos
VI - os pagamentos dos créditos cedidos deverão ser
pelos acionistas ou quotistas controladores em Assembleia
depositados pela concessionária ou pela instituição
Geral; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
encarregada da cobrança em conta corrente bancária
III - exercer poder de veto sobre qualquer proposta vinculada ao contrato de mútuo;(Incluído pela Lei nº 11.196,
submetida à votação dos acionistas ou quotistas da de 2005)
concessionária, que representem, ou possam representar,
VII - a instituição financeira depositária deverá transferir os
prejuízos aos fins previstos no caput deste artigo; (Incluído
valores recebidos ao mutuante à medida que as obrigações
pela Lei nº 13.097, de 2015)
do contrato de mútuo tornarem-se exigíveis; e (Incluído
IV - outros poderes necessários ao alcance dos fins previstos pela Lei nº 11.196, de 2005)
no caput deste artigo.(Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
VIII - o contrato de cessão disporá sobre a devolução à
§ 5o A administração temporária autorizada na forma deste concessionária dos recursos excedentes, sendo vedada a
artigo não acarretará responsabilidade aos financiadores e retenção do saldo após o adimplemento integral do
garantidores em relação à tributação, encargos, ônus, contrato. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
sanções, obrigações ou compromissos com terceiros,
Parágrafo único. Para os fins deste artigo, serão
inclusive com o poder concedente ou
considerados contratos de longo prazo aqueles cujas
empregados. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
obrigações tenham prazo médio de vencimento superior a 5
§ 6o O Poder Concedente disciplinará sobre o prazo da (cinco) anos. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
administração temporária. (Incluído pela Lei nº 13.097, de
CAPÍTULO VII
2015)
DOS ENCARGOS DO PODER CONCEDENTE
Art. 28. Nos contratos de financiamento, as concessionárias
poderão oferecer em garantia os direitos emergentes da Art. 29. Incumbe ao poder concedente:
concessão, até o limite que não comprometa a I - regulamentar o serviço concedido e fiscalizar
operacionalização e a continuidade da prestação do serviço. permanentemente a sua prestação;
Parágrafo único.(Revogado pela Lei no 9.074, de 1995) II - aplicar as penalidades regulamentares e contratuais;
Art. 28-A. Para garantir contratos de mútuo de longo prazo, III - intervir na prestação do serviço, nos casos e condições
destinados a investimentos relacionados a contratos de previstos em lei;
concessão, em qualquer de suas modalidades, as
concessionárias poderão ceder ao mutuante, em caráter IV - extinguir a concessão, nos casos previstos nesta Lei e na
fiduciário, parcela de seus créditos operacionais futuros, forma prevista no contrato;
observadas as seguintes condições: (Incluído pela Lei nº V - homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas na
11.196, de 2005) forma desta Lei, das normas pertinentes e do contrato;
I - o contrato de cessão dos créditos deverá ser registrado VI - cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares
em Cartório de Títulos e Documentos para ter eficácia do serviço e as cláusulas contratuais da concessão;
perante terceiros;
VII - zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar e
II - sem prejuízo do disposto no inciso I do caput deste artigo, solucionar queixas e reclamações dos usuários, que serão
a cessão do crédito não terá eficácia em relação ao Poder cientificados, em até trinta dias, das providências tomadas;
Público concedente senão quando for este formalmente
notificado; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) VIII - declarar de utilidade pública os bens necessários à
execução do serviço ou obra pública, promovendo as
III - os créditos futuros cedidos nos termos deste artigo serão desapropriações, diretamente ou mediante outorga de
constituídos sob a titularidade do mutuante, poderes à concessionária, caso em que será desta a
independentemente de qualquer formalidade responsabilidade pelas indenizações cabíveis;
adicional; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
IX - declarar de necessidade ou utilidade pública, para fins de
IV - o mutuante poderá indicar instituição financeira para instituição de servidão administrativa, os bens necessários à
efetuar a cobrança e receber os pagamentos dos créditos execução de serviço ou obra pública, promovendo-a
cedidos ou permitir que a concessionária o faça, na diretamente ou mediante outorga de poderes à
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concessionária, caso em que será desta a responsabilidade CAPÍTULO IX


pelas indenizações cabíveis; DA INTERVENÇÃO
X - estimular o aumento da qualidade, produtividade, Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão,
preservação do meio-ambiente e conservação; com o fim de assegurar a adequação na prestação do
XI - incentivar a competitividade; e serviço, bem como o fiel cumprimento das normas
contratuais, regulamentares e legais pertinentes.
XII - estimular a formação de associações de usuários para
defesa de interesses relativos ao serviço. Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do
poder concedente, que conterá a designação do interventor,
Art. 30. No exercício da fiscalização, o poder concedente o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.
terá acesso aos dados relativos à administração,
contabilidade, recursos técnicos, econômicos e financeiros Art. 33. Declarada a intervenção, o poder concedente
da concessionária. deverá, no prazo de trinta dias, instaurar procedimento
administrativo para comprovar as causas determinantes da
Parágrafo único. A fiscalização do serviço será feita por medida e apurar responsabilidades, assegurado o direito de
intermédio de órgão técnico do poder concedente ou por ampla defesa.
entidade com ele conveniada, e, periodicamente, conforme
previsto em norma regulamentar, por comissão composta § 1o Se ficar comprovado que a intervenção não observou os
de representantes do poder concedente, da concessionária pressupostos legais e regulamentares será declarada sua
e dos usuários. nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido à
concessionária, sem prejuízo de seu direito à indenização.
CAPÍTULO VIII
§ 2o O procedimento administrativo a que se refere
DOS ENCARGOS DA CONCESSIONÁRIA
o caput deste artigo deverá ser concluído no prazo de até
Art. 31. Incumbe à concessionária: cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a
intervenção.
I - prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei, nas
normas técnicas aplicáveis e no contrato; Art. 34. Cessada a intervenção, se não for extinta a
concessão, a administração do serviço será devolvida à
II - manter em dia o inventário e o registro dos bens
concessionária, precedida de prestação de contas pelo
vinculados à concessão;
interventor, que responderá pelos atos praticados durante a
III - prestar contas da gestão do serviço ao poder concedente sua gestão.
e aos usuários, nos termos definidos no contrato;
CAPÍTULO X
IV - cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e as DA EXTINÇÃO DA CONCESSÃO
cláusulas contratuais da concessão;
Art. 35. Extingue-se a concessão por:
V - permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso,
em qualquer época, às obras, aos equipamentos e às I - advento do termo contratual;
instalações integrantes do serviço, bem como a seus II - encampação;
registros contábeis;
III - caducidade;
VI - promover as desapropriações e constituir servidões
autorizadas pelo poder concedente, conforme previsto no IV - rescisão;
edital e no contrato; V - anulação; e
VII - zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação VI - falência ou extinção da empresa concessionária e
do serviço, bem como segurá-los adequadamente; e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa
VIII - captar, aplicar e gerir os recursos financeiros individual.
necessários à prestação do serviço. § 1o Extinta a concessão, retornam ao poder concedente
Parágrafo único. As contratações, inclusive de mão-de- todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos
obra, feitas pela concessionária serão regidas pelas ao concessionário conforme previsto no edital e
disposições de direito privado e pela legislação trabalhista, estabelecido no contrato.
não se estabelecendo qualquer relação entre os terceiros § 2o Extinta a concessão, haverá a imediata assunção do
contratados pela concessionária e o poder concedente. serviço pelo poder concedente, procedendo-se aos
levantamentos, avaliações e liquidações necessários.
§ 3o A assunção do serviço autoriza a ocupação das
instalações e a utilização, pelo poder concedente, de todos
os bens reversíveis.

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§ 4o Nos casos previstos nos incisos I e II deste artigo, o poder detalhadamente, os descumprimentos contratuais
concedente, antecipando-se à extinção da concessão, referidos no § 1º deste artigo, dando-lhe um prazo para
procederá aos levantamentos e avaliações necessários à corrigir as falhas e transgressões apontadas e para o
determinação dos montantes da indenização que será enquadramento, nos termos contratuais.
devida à concessionária, na forma dos arts. 36 e 37 desta Lei.
§ 4o Instaurado o processo administrativo e comprovada a
Art. 36. A reversão no advento do termo contratual far-se-á inadimplência, a caducidade será declarada por decreto do
com a indenização das parcelas dos investimentos poder concedente, independentemente de indenização
vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou prévia, calculada no decurso do processo.
depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de
§ 5o A indenização de que trata o parágrafo anterior, será
garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.
devida na forma do art. 36 desta Lei e do contrato,
Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço descontado o valor das multas contratuais e dos danos
pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por causados pela concessionária.
motivo de interesse público, mediante lei autorizativa
§ 6o Declarada a caducidade, não resultará para o poder
específica e após prévio pagamento da indenização, na
concedente qualquer espécie de responsabilidade em
forma do artigo anterior.
relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos
Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, com terceiros ou com empregados da concessionária.
a critério do poder concedente, a declaração de caducidade
Art. 39. O contrato de concessão poderá ser rescindido por
da concessão ou a aplicação das sanções contratuais,
iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento
respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as
das normas contratuais pelo poder concedente, mediante
normas convencionadas entre as partes.
ação judicial especialmente intentada para esse fim.
§ 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo
Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput deste
poder concedente quando:
artigo, os serviços prestados pela concessionária não
I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou poderão ser interrompidos ou paralisados, até a decisão
deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores judicial transitada em julgado.
e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
CAPÍTULO XI
II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou DAS PERMISSÕES
disposições legais ou regulamentares concernentes à
concessão; Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada
mediante contrato de adesão, que observará os termos
III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de
tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade
ou força maior; unilateral do contrato pelo poder concedente.
IV - a concessionária perder as condições econômicas, Parágrafo único. Aplica-se às permissões o disposto nesta
técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação Lei.
do serviço concedido;
CAPÍTULO XII
V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
por infrações, nos devidos prazos;
Art. 41. O disposto nesta Lei não se aplica à concessão,
VI - a concessionária não atender a intimação do poder permissão e autorização para o serviço de radiodifusão
concedente no sentido de regularizar a prestação do serviço; sonora e de sons e imagens.
e
Art. 42. As concessões de serviço público outorgadas
VII - a concessionária não atender a intimação do poder anteriormente à entrada em vigor desta Lei consideram-se
concedente para, em 180 (cento e oitenta) dias, apresentar válidas pelo prazo fixado no contrato ou no ato de outorga,
a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da observado o disposto no art. 43 desta Lei.(Vide Lei nº 9.074,
concessão, na forma do art. 29 da Lei nº 8.666, de 21 de de 1995)
junho de 1993. (Redação dada pela Lei nº 12.767, de 2012)
§ 1o Vencido o prazo mencionado no contrato ou ato de
§ 2o A declaração da caducidade da concessão deverá ser outorga, o serviço poderá ser prestado por órgão ou
precedida da verificação da inadimplência da concessionária entidade do poder concedente, ou delegado a terceiros,
em processo administrativo, assegurado o direito de ampla mediante novo contrato. (Redação dada pela Lei nº
defesa. 11.445, de 2007). (Vigência) (Vide ADIN 4058)
§ 3o Não será instaurado processo administrativo de § 2o As concessões em caráter precário, as que estiverem
inadimplência antes de comunicados à concessionária, com prazo vencido e as que estiverem em vigor por prazo

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indeterminado, inclusive por força de legislação anterior, realizados com capital próprio do concessionário ou de seu
permanecerão válidas pelo prazo necessário à realização controlador, ou originários de operações de financiamento,
dos levantamentos e avaliações indispensáveis à ou obtidos mediante emissão de ações, debêntures e outros
organização das licitações que precederão a outorga das títulos mobiliários, com a primeira parcela paga até o último
concessões que as substituirão, prazo esse que não será dia útil do exercício financeiro em que ocorrer a
inferior a 24 (vinte e quatro) meses. reversão. (Incluído pela Lei nº 11.445, de
2007). (Vigência)
§ 3º As concessões a que se refere o § 2o deste artigo,
inclusive as que não possuam instrumento que as formalize § 6o Ocorrendo acordo, poderá a indenização de que trata o
ou que possuam cláusula que preveja prorrogação, terão § 5o deste artigo ser paga mediante receitas de novo
validade máxima até o dia 31 de dezembro de 2010, desde contrato que venha a disciplinar a prestação do
que, até o dia 30 de junho de 2009, tenham sido cumpridas, serviço. (Incluído pela Lei nº 11.445, de 2007). (Vigência)
cumulativamente, as seguintes condições:(Incluído pela Lei
Art. 43. Ficam extintas todas as concessões de serviços
nº 11.445, de 2007). (Vigência)
públicos outorgadas sem licitação na vigência da
I - levantamento mais amplo e retroativo possível dos Constituição de 1988.(Vide Lei nº 9.074, de 1995)
elementos físicos constituintes da infra-estrutura de bens
Parágrafo único. Ficam também extintas todas as
reversíveis e dos dados financeiros, contábeis e comerciais
concessões outorgadas sem licitação anteriormente à
relativos à prestação dos serviços, em dimensão necessária
Constituição de 1988, cujas obras ou serviços não tenham
e suficiente para a realização do cálculo de eventual
sido iniciados ou que se encontrem paralisados quando da
indenização relativa aos investimentos ainda não
entrada em vigor desta Lei.
amortizados pelas receitas emergentes da concessão,
observadas as disposições legais e contratuais que Art. 44. As concessionárias que tiverem obras que se
regulavam a prestação do serviço ou a ela aplicáveis nos 20 encontrem atrasadas, na data da publicação desta Lei,
(vinte) anos anteriores ao da publicação desta Lei; (Incluído apresentarão ao poder concedente, dentro de cento e
pela Lei nº 11.445, de 2007). (Vigência) oitenta dias, plano efetivo de conclusão das obras. (Vide Lei
nº 9.074, de 1995)
II - celebração de acordo entre o poder concedente e o
concessionário sobre os critérios e a forma de indenização Parágrafo único. Caso a concessionária não apresente o
de eventuais créditos remanescentes de investimentos plano a que se refere este artigo ou se este plano não
ainda não amortizados ou depreciados, apurados a partir oferecer condições efetivas para o término da obra, o poder
dos levantamentos referidos no inciso I deste parágrafo e concedente poderá declarar extinta a concessão, relativa a
auditados por instituição especializada escolhida de comum essa obra.
acordo pelas partes; e (Incluído pela Lei nº 11.445, de
Art. 45. Nas hipóteses de que tratam os arts. 43 e 44 desta
2007). (Vigência)
Lei, o poder concedente indenizará as obras e serviços
III - publicação na imprensa oficial de ato formal de realizados somente no caso e com os recursos da nova
autoridade do poder concedente, autorizando a prestação licitação.
precária dos serviços por prazo de até 6 (seis) meses,
Parágrafo único. A licitação de que trata o caput deste
renovável até 31 de dezembro de 2008, mediante
artigo deverá, obrigatoriamente, levar em conta, para fins
comprovação do cumprimento do disposto nos incisos I e II
de avaliação, o estágio das obras paralisadas ou atrasadas,
deste parágrafo. (Incluído pela Lei nº 11.445, de
de modo a permitir a utilização do critério de julgamento
2007). (Vigência)
estabelecido no inciso III do art. 15 desta Lei.
§ 4o Não ocorrendo o acordo previsto no inciso II do §
Art. 46. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
3o deste artigo, o cálculo da indenização de investimentos
será feito com base nos critérios previstos no instrumento Art. 47. Revogam-se as disposições em contrário.
de concessão antes celebrado ou, na omissão deste, por
Brasília, 13 de fevereiro de 1995; 174o da Independência e
avaliação de seu valor econômico ou reavaliação
107o da República.
patrimonial, depreciação e amortização de ativos
imobilizados definidos pelas legislações fiscal e das FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
sociedades por ações, efetuada por empresa de auditoria Nelson Jobim
independente escolhida de comum acordo pelas
partes. (Incluído pela Lei nº 11.445, de 2007). (Vigência) Lei nº 13.460/2017
o o
§ 5 No caso do § 4 deste artigo, o pagamento de eventual
indenização será realizado, mediante garantia real, por Dispõe sobre participação, proteção e defesa dos direitos
meio de 4 (quatro) parcelas anuais, iguais e sucessivas, da do usuário dos serviços públicos da administração
parte ainda não amortizada de investimentos e de outras pública.
indenizações relacionadas à prestação dos serviços,
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o segurança, atualidade, generalidade, transparência e


Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: cortesia.
CAPÍTULO I CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DOS DIREITOS BÁSICOS E DEVERES DOS USUÁRIOS
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas para participação, Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada
proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços prestação dos serviços, devendo os agentes públicos e
públicos prestados direta ou indiretamente pela prestadores de serviços públicos observar as seguintes
administração pública. diretrizes:
§ 1º O disposto nesta Lei aplica-se à administração pública I - urbanidade, respeito, acessibilidade e cortesia no
direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e atendimento aos usuários;
dos Municípios, nos termos do inciso I do § 3º do art. 37 da
II - presunção de boa-fé do usuário;
Constituição Federal .
III - atendimento por ordem de chegada, ressalvados casos
§ 2º A aplicação desta Lei não afasta a necessidade de
de urgência e aqueles em que houver possibilidade de
cumprimento do disposto:
agendamento, asseguradas as prioridades legais às pessoas
I - em normas regulamentadoras específicas, quando se com deficiência, aos idosos, às gestantes, às lactantes e às
tratar de serviço ou atividade sujeitos a regulação ou pessoas acompanhadas por crianças de colo;
supervisão; e
IV - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de
II - na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, quando exigências, obrigações, restrições e sanções não previstas
caracterizada relação de consumo. na legislação;
§ 3º Aplica-se subsidiariamente o disposto nesta Lei aos V - igualdade no tratamento aos usuários, vedado qualquer
serviços públicos prestados por particular. tipo de discriminação;
Art. 2º Para os fins desta Lei, consideram-se: VI - cumprimento de prazos e normas procedimentais;
I - usuário - pessoa física ou jurídica que se beneficia ou VII - definição, publicidade e observância de horários e
utiliza, efetiva ou potencialmente, de serviço público; normas compatíveis com o bom atendimento ao usuário;
II - serviço público - atividade administrativa ou de prestação VIII - adoção de medidas visando a proteção à saúde e a
direta ou indireta de bens ou serviços à população, exercida segurança dos usuários;
por órgão ou entidade da administração pública;
IX - autenticação de documentos pelo próprio agente
III - administração pública - órgão ou entidade integrante da público, à vista dos originais apresentados pelo usuário,
administração pública de qualquer dos Poderes da União, vedada a exigência de reconhecimento de firma, salvo em
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a caso de dúvida de autenticidade;
Advocacia Pública e a Defensoria Pública;
X - manutenção de instalações salubres, seguras,
IV - agente público - quem exerce cargo, emprego ou função sinalizadas, acessíveis e adequadas ao serviço e ao
pública, de natureza civil ou militar, ainda que atendimento;
transitoriamente ou sem remuneração; e
XI - eliminação de formalidades e de exigências cujo custo
V - manifestações - reclamações, denúncias, sugestões, econômico ou social seja superior ao risco envolvido;
elogios e demais pronunciamentos de usuários que tenham
XII - observância dos códigos de ética ou de conduta
como objeto a prestação de serviços públicos e a conduta de
aplicáveis às várias categorias de agentes públicos;
agentes públicos na prestação e fiscalização de tais serviços.
XIII - aplicação de soluções tecnológicas que visem a
Parágrafo único. O acesso do usuário a informações será
simplificar processos e procedimentos de atendimento ao
regido pelos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de
usuário e a propiciar melhores condições para o
2011 .
compartilhamento das informações;
Art. 3º Com periodicidade mínima anual, cada Poder e
XIV - utilização de linguagem simples e compreensível,
esfera de Governo publicará quadro geral dos serviços
evitando o uso de siglas, jargões e estrangeirismos; e
públicos prestados, que especificará os órgãos ou entidades
responsáveis por sua realização e a autoridade XV - vedação da exigência de nova prova sobre fato já
administrativa a quem estão subordinados ou vinculados. comprovado em documentação válida apresentada.
Art. 4º Os serviços públicos e o atendimento do usuário Art. 6º São direitos básicos do usuário:
serão realizados de forma adequada, observados os
princípios da regularidade, continuidade, efetividade,
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I - participação no acompanhamento da prestação e na § 3º Além das informações descritas no § 2º, a Carta de


avaliação dos serviços; Serviços ao Usuário deverá detalhar os compromissos e
padrões de qualidade do atendimento relativos, no mínimo,
II - obtenção e utilização dos serviços com liberdade de
aos seguintes aspectos:
escolha entre os meios oferecidos e sem discriminação;
I - prioridades de atendimento;
III - acesso e obtenção de informações relativas à sua pessoa
constantes de registros ou bancos de dados, observado o II - previsão de tempo de espera para atendimento;
disposto no inciso X do caput do art. 5º da Constituição
III - mecanismos de comunicação com os usuários;
Federal e na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 ;
IV - procedimentos para receber e responder as
IV - proteção de suas informações pessoais, nos termos
manifestações dos usuários; e
da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 ;
V - mecanismos de consulta, por parte dos usuários, acerca
V - atuação integrada e sistêmica na expedição de
do andamento do serviço solicitado e de eventual
atestados, certidões e documentos comprobatórios de
manifestação.
regularidade; e
§ 4º A Carta de Serviços ao Usuário será objeto de
VI - obtenção de informações precisas e de fácil acesso nos
atualização periódica e de permanente divulgação
locais de prestação do serviço, assim como sua
mediante publicação em sítio eletrônico do órgão ou
disponibilização na internet, especialmente sobre:
entidade na internet.
a) horário de funcionamento das unidades administrativas;
§ 5º Regulamento específico de cada Poder e esfera de
b) serviços prestados pelo órgão ou entidade, sua Governo disporá sobre a operacionalização da Carta de
localização exata e a indicação do setor responsável pelo Serviços ao Usuário.
atendimento ao público;
Art. 8º São deveres do usuário:
c) acesso ao agente público ou ao órgão encarregado de
I - utilizar adequadamente os serviços, procedendo com
receber manifestações;
urbanidade e boa-fé;
d) situação da tramitação dos processos administrativos em
II - prestar as informações pertinentes ao serviço prestado
que figure como interessado; e
quando solicitadas;
e) valor das taxas e tarifas cobradas pela prestação dos
III - colaborar para a adequada prestação do serviço; e
serviços, contendo informações para a compreensão exata
da extensão do serviço prestado. IV - preservar as condições dos bens públicos por meio dos
quais lhe são prestados os serviços de que trata esta Lei.
Art. 7º Os órgãos e entidades abrangidos por esta Lei
divulgarão Carta de Serviços ao Usuário. CAPÍTULO III
DAS MANIFESTAÇÕES DOS USUÁRIOS DE SERVIÇOS
§ 1º A Carta de Serviços ao Usuário tem por objetivo
informar o usuário sobre os serviços prestados pelo órgão ou PÚBLICOS
entidade, as formas de acesso a esses serviços e seus Art. 9º Para garantir seus direitos, o usuário poderá
compromissos e padrões de qualidade de atendimento ao apresentar manifestações perante a administração pública
público. acerca da prestação de serviços públicos.
§ 2º A Carta de Serviços ao Usuário deverá trazer Art. 10. A manifestação será dirigida à ouvidoria do órgão ou
informações claras e precisas em relação a cada um dos entidade responsável e conterá a identificação do
serviços prestados, apresentando, no mínimo, informações requerente.
relacionadas a:
§ 1º A identificação do requerente não conterá exigências
I - serviços oferecidos; que inviabilizem sua manifestação.
II - requisitos, documentos, formas e informações § 2º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos
necessárias para acessar o serviço; determinantes da apresentação de manifestações perante a
III - principais etapas para processamento do serviço; ouvidoria.

IV - previsão do prazo máximo para a prestação do serviço; § 3º Caso não haja ouvidoria, o usuário poderá apresentar
manifestações diretamente ao órgão ou entidade
V - forma de prestação do serviço; e responsável pela execução do serviço e ao órgão ou
VI - locais e formas para o usuário apresentar eventual entidade a que se subordinem ou se vinculem.
manifestação sobre a prestação do serviço.

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§ 4º A manifestação poderá ser feita por meio eletrônico, ou VI - receber, analisar e encaminhar às autoridades
correspondência convencional, ou verbalmente, hipótese competentes as manifestações, acompanhando o
em que deverá ser reduzida a termo. tratamento e a efetiva conclusão das manifestações de
usuário perante órgão ou entidade a que se vincula; e
§ 5º No caso de manifestação por meio eletrônico, prevista
no § 4º, respeitada a legislação específica de sigilo e VII - promover a adoção de mediação e conciliação entre o
proteção de dados, poderá a administração pública ou sua usuário e o órgão ou a entidade pública, sem prejuízo de
ouvidoria requerer meio de certificação da identidade do outros órgãos competentes.
usuário.
Art. 14. Com vistas à realização de seus objetivos, as
§ 6º Os órgãos e entidades públicos abrangidos por esta Lei ouvidorias deverão:
deverão colocar à disposição do usuário formulários
I - receber, analisar e responder, por meio de mecanismos
simplificados e de fácil compreensão para a apresentação
proativos e reativos, as manifestações encaminhadas por
do requerimento previsto no caput , facultada ao usuário
usuários de serviços públicos; e
sua utilização.
II - elaborar, anualmente, relatório de gestão, que deverá
§ 7º A identificação do requerente é informação pessoal
consolidar as informações mencionadas no inciso I, e, com
protegida com restrição de acesso nos termos da Lei nº
base nelas, apontar falhas e sugerir melhorias na prestação
12.527, de 18 de novembro de 2011 .
de serviços públicos.
Art. 11. Em nenhuma hipótese, será recusado o recebimento
Art. 15. O relatório de gestão de que trata o inciso II
de manifestações formuladas nos termos desta Lei, sob
do caput do art. 14 deverá indicar, ao menos:
pena de responsabilidade do agente público.
I - o número de manifestações recebidas no ano anterior;
Art. 12. Os procedimentos administrativos relativos à
análise das manifestações observarão os princípios da II - os motivos das manifestações;
eficiência e da celeridade, visando a sua efetiva resolução.
III - a análise dos pontos recorrentes; e
Parágrafo único. A efetiva resolução das manifestações dos
IV - as providências adotadas pela administração pública nas
usuários compreende:
soluções apresentadas.
I - recepção da manifestação no canal de atendimento
Parágrafo único. O relatório de gestão será:
adequado;
I - encaminhado à autoridade máxima do órgão a que
II - emissão de comprovante de recebimento da
pertence a unidade de ouvidoria; e
manifestação;
II - disponibilizado integralmente na internet.
III - análise e obtenção de informações, quando necessário;
Art. 16. A ouvidoria encaminhará a decisão administrativa
IV - decisão administrativa final; e
final ao usuário, observado o prazo de trinta dias,
V - ciência ao usuário. prorrogável de forma justificada uma única vez, por igual
período.
CAPÍTULO IV
DAS OUVIDORIAS Parágrafo único. Observado o prazo previsto no caput , a
ouvidoria poderá solicitar informações e esclarecimentos
Art. 13. As ouvidorias terão como atribuições precípuas, sem diretamente a agentes públicos do órgão ou entidade a que
prejuízo de outras estabelecidas em regulamento se vincula, e as solicitações devem ser respondidas no prazo
específico: de vinte dias, prorrogável de forma justificada uma única
I - promover a participação do usuário na administração vez, por igual período.
pública, em cooperação com outras entidades de defesa do Art. 17. Atos normativos específicos de cada Poder e esfera
usuário; de Governo disporão sobre a organização e o
II - acompanhar a prestação dos serviços, visando a garantir funcionamento de suas ouvidorias.
a sua efetividade; CAPÍTULO V
III - propor aperfeiçoamentos na prestação dos serviços; DOS CONSELHOS DE USUÁRIOS
IV - auxiliar na prevenção e correção dos atos e Art. 18. Sem prejuízo de outras formas previstas na
procedimentos incompatíveis com os princípios legislação, a participação dos usuários no acompanhamento
estabelecidos nesta Lei; da prestação e na avaliação dos serviços públicos será feita
por meio de conselhos de usuários.
V - propor a adoção de medidas para a defesa dos direitos
do usuário, em observância às determinações desta Lei; Parágrafo único. Os conselhos de usuários são órgãos
consultivos dotados das seguintes atribuições:
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I - acompanhar a prestação dos serviços; CAPÍTULO VII


DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
II - participar na avaliação dos serviços;
III - propor melhorias na prestação dos serviços; Art. 25. Esta Lei entra em vigor, a contar da sua publicação,
em:
IV - contribuir na definição de diretrizes para o adequado
atendimento ao usuário; e I - trezentos e sessenta dias para a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios com mais de quinhentos mil
V - acompanhar e avaliar a atuação do ouvidor. habitantes;
Art. 19. A composição dos conselhos deve observar os II - quinhentos e quarenta dias para os Municípios entre cem
critérios de representatividade e pluralidade das partes mil e quinhentos mil habitantes; e
interessadas, com vistas ao equilíbrio em sua representação.
III - setecentos e vinte dias para os Municípios com menos de
Parágrafo único. A escolha dos representantes será feita em cem mil habitantes.
processo aberto ao público e diferenciado por tipo de
usuário a ser representado. Brasília, 26 de junho de 2017; 196º da Independência e 129º
da República.
Art. 20. O conselho de usuários poderá ser consultado
quanto à indicação do ouvidor. MICHEL TEMER
Torquato Jardim
Art. 21. A participação do usuário no conselho será Dyogo Henrique de Oliveira
considerada serviço relevante e sem remuneração. Wagner de Campos Rosário
Art. 22. Regulamento específico de cada Poder e esfera de Este texto não substitui o publicado no DOU de 27.6.2017
Governo disporá sobre a organização e funcionamento dos
conselhos de usuários.
Lei nº 11.079/2004
CAPÍTULO VI
DA AVALIAÇÃO CONTINUADA DOS SERVIÇOS Institui normas gerais para licitação e contratação de
PÚBLICOS parceria público-privada no âmbito da administração
pública.
Art. 23. Os órgãos e entidades públicos abrangidos por esta
Lei deverão avaliar os serviços prestados, nos seguintes O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
aspectos: Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

I - satisfação do usuário com o serviço prestado; CAPÍTULO I


DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
II - qualidade do atendimento prestado ao usuário;
Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para licitação e
III - cumprimento dos compromissos e prazos definidos para contratação de parceria público-privada no âmbito dos
a prestação dos serviços; Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
IV - quantidade de manifestações de usuários; e Municípios.
V - medidas adotadas pela administração pública para Parágrafo único. Esta Lei aplica-se aos órgãos da
melhoria e aperfeiçoamento da prestação do serviço. administração pública direta dos Poderes Executivo e
Legislativo, aos fundos especiais, às autarquias, às
§ 1º A avaliação será realizada por pesquisa de satisfação fundações públicas, às empresas públicas, às sociedades de
feita, no mínimo, a cada um ano, ou por qualquer outro meio economia mista e às demais entidades controladas direta ou
que garanta significância estatística aos resultados. indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e
§ 2º O resultado da avaliação deverá ser integralmente Municípios. (Redação dada pela Lei nº 13.137, de 2015)
publicado no sítio do órgão ou entidade, incluindo Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo
o ranking das entidades com maior incidência de de concessão, na modalidade patrocinada ou
reclamação dos usuários na periodicidade a que se refere o administrativa.
§ 1º, e servirá de subsídio para reorientar e ajustar os serviços
prestados, em especial quanto ao cumprimento dos § 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços
compromissos e dos padrões de qualidade de atendimento públicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº 8.987, de
divulgados na Carta de Serviços ao Usuário. 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à
tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do
Art. 24. Regulamento específico de cada Poder e esfera de parceiro público ao parceiro privado.
Governo disporá sobre a avaliação da efetividade e dos
níveis de satisfação dos usuários. § 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de
serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta

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ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou CAPÍTULO II


fornecimento e instalação de bens. DOS CONTRATOS DE PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA
§ 3º Não constitui parceria público-privada a concessão Art. 5º As cláusulas dos contratos de parceria público-
comum, assim entendida a concessão de serviços públicos privada atenderão ao disposto no art. 23 da Lei nº 8.987, de
ou de obras públicas de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de 13 de fevereiro de 1995, no que couber, devendo também
fevereiro de 1995, quando não envolver contraprestação prever:
pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
I – o prazo de vigência do contrato, compatível com a
§ 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público- amortização dos investimentos realizados, não inferior a 5
privada: (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco) anos, incluindo
I - cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 eventual prorrogação;
(dez milhões de reais); (Redação dada pela Lei nº 13.529, II – as penalidades aplicáveis à Administração Pública e ao
de 2017) parceiro privado em caso de inadimplemento contratual,
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 fixadas sempre de forma proporcional à gravidade da falta
(cinco) anos; ou cometida, e às obrigações assumidas;

III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão- III – a repartição de riscos entre as partes, inclusive os
de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a referentes a caso fortuito, força maior, fato do príncipe e
execução de obra pública. álea econômica extraordinária;

Art. 3º As concessões administrativas regem-se por esta Lei, IV – as formas de remuneração e de atualização dos valores
aplicando-se-lhes adicionalmente o disposto nos arts. contratuais;
21, 23, 25 e 27 a 39 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de V – os mecanismos para a preservação da atualidade da
1995, e no art. 31 da Lei nº 9.074, de 7 de julho de prestação dos serviços;
1995. ( Regulamento )
VI – os fatos que caracterizem a inadimplência pecuniária do
§ 1º As concessões patrocinadas regem-se por esta Lei, parceiro público, os modos e o prazo de regularização e,
aplicando-se-lhes subsidiariamente o disposto na Lei nº quando houver, a forma de acionamento da garantia;
8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e nas leis que lhe são
correlatas. ( Regulamento ) VII – os critérios objetivos de avaliação do desempenho do
parceiro privado;
§ 2º As concessões comuns continuam regidas pela Lei nº
8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e pelas leis que lhe são VIII – a prestação, pelo parceiro privado, de garantias de
correlatas, não se lhes aplicando o disposto nesta Lei. execução suficientes e compatíveis com os ônus e riscos
envolvidos, observados os limites dos §§ 3º e 5º do art. 56 da
§ 3º Continuam regidos exclusivamente pela Lei nº 8.666, de Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e, no que se refere às
21 de junho de 1993, e pelas leis que lhe são correlatas os concessões patrocinadas, o disposto no inciso XV do art. 18
contratos administrativos que não caracterizem concessão da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 ;
comum, patrocinada ou administrativa.
IX – o compartilhamento com a Administração Pública de
Art. 4º Na contratação de parceria público-privada serão ganhos econômicos efetivos do parceiro privado
observadas as seguintes diretrizes: decorrentes da redução do risco de crédito dos
I – eficiência no cumprimento das missões de Estado e no financiamentos utilizados pelo parceiro privado;
emprego dos recursos da sociedade; X – a realização de vistoria dos bens reversíveis, podendo o
II – respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos parceiro público reter os pagamentos ao parceiro privado,
serviços e dos entes privados incumbidos da sua execução; no valor necessário para reparar as irregularidades
eventualmente detectadas.
III – indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional,
do exercício do poder de polícia e de outras atividades XI - o cronograma e os marcos para o repasse ao parceiro
exclusivas do Estado; privado das parcelas do aporte de recursos, na fase de
investimentos do projeto e/ou após a disponibilização dos
IV – responsabilidade fiscal na celebração e execução das serviços, sempre que verificada a hipótese do § 2º do art. 6º
parcerias; desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012)
V – transparência dos procedimentos e das decisões; § 1º As cláusulas contratuais de atualização automática de
VI – repartição objetiva de riscos entre as partes; valores baseadas em índices e fórmulas matemáticas,
quando houver, serão aplicadas sem necessidade de
VII – sustentabilidade financeira e vantagens homologação pela Administração Pública, exceto se esta
socioeconômicas dos projetos de parceria. publicar, na imprensa oficial, onde houver, até o prazo de 15

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(quinze) dias após apresentação da fatura, razões § 1º A administração temporária autorizada pelo poder
fundamentadas nesta Lei ou no contrato para a rejeição da concedente não acarretará responsabilidade aos
atualização. financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com
§ 2º Os contratos poderão prever adicionalmente:
terceiros, inclusive com o poder concedente ou
I - os requisitos e condições em que o parceiro público empregados. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
autorizará a transferência do controle ou a administração
§ 2º O Poder Concedente disciplinará sobre o prazo da
temporária da sociedade de propósito específico aos seus
administração temporária. (Incluído pela Lei nº 13.097,
financiadores e garantidores com quem não mantenha
de 2015)
vínculo societário direto, com o objetivo de promover a sua
reestruturação financeira e assegurar a continuidade da Art. 6º A contraprestação da Administração Pública nos
prestação dos serviços, não se aplicando para este efeito o contratos de parceria público-privada poderá ser feita por:
previsto no inciso I do parágrafo único do art. 27 da Lei nº
I – ordem bancária;
8.987, de 13 de fevereiro de 1995; (Redação dada pela
Lei nº 13.097, de 2015) II – cessão de créditos não tributários;
II – a possibilidade de emissão de empenho em nome dos III – outorga de direitos em face da Administração Pública;
financiadores do projeto em relação às obrigações
III - (Vide Lei nº 13.043, de 2014) Vigência
pecuniárias da Administração Pública;
IV – outorga de direitos sobre bens públicos dominicais;
III – a legitimidade dos financiadores do projeto para receber
indenizações por extinção antecipada do contrato, bem V – outros meios admitidos em lei.
como pagamentos efetuados pelos fundos e empresas
§ 1º O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro
estatais garantidores de parcerias público-privadas.
privado de remuneração variável vinculada ao seu
Art. 5º-A. Para fins do inciso I do § 2º do art. 5º , considera- desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e
se: (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) disponibilidade definidos no contrato. (Incluído pela Lei
nº 12.766, de 2012)
I - o controle da sociedade de propósito específico a
propriedade resolúvel de ações ou quotas por seus § 2º O contrato poderá prever o aporte de recursos em favor
financiadores e garantidores que atendam os requisitos do do parceiro privado para a realização de obras e aquisição de
art. 116 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de bens reversíveis, nos termos dos incisos X e XI do caput do
1976; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) art. 18 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 , desde que
autorizado no edital de licitação, se contratos novos, ou em
II - A administração temporária da sociedade de propósito
lei específica, se contratos celebrados até 8 de agosto de
específico, pelos financiadores e garantidores quando, sem
2012. (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012)
a transferência da propriedade de ações ou quotas, forem
outorgados os seguintes poderes: (Incluído pela Lei nº § 3º O valor do aporte de recursos realizado nos termos do §
13.097, de 2015) 2º poderá ser excluído da determinação: (Incluído pela
Lei nº 12.766, de 2012)
a) indicar os membros do Conselho de Administração, a
serem eleitos em Assembleia Geral pelos acionistas, nas I - do lucro líquido para fins de apuração do lucro real e da
sociedades regidas pela Lei 6.404, de 15 de dezembro de base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
1976; ou administradores, a serem eleitos pelos quotistas, - CSLL; e (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012)
nas demais sociedades; (Incluído pela Lei nº 13.097, de
II - da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da
2015)
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social -
b) indicar os membros do Conselho Fiscal, a serem eleitos COFINS. (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012)
pelos acionistas ou quotistas controladores em Assembleia
III - da base de cálculo da Contribuição Previdenciária sobre
Geral; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
a Receita Bruta - CPRB devida pelas empresas referidas nos
c) exercer poder de veto sobre qualquer proposta submetida arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, a
à votação dos acionistas ou quotistas da concessionária, que partir de 1º de janeiro de 2015. (Redação dada pela Lei
representem, ou possam representar, prejuízos aos fins nº 13.043, de 2014) Vigência
previstos no caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº
§ 4º Até 31 de dezembro de 2013, para os optantes conforme
13.097, de 2015)
o art. 75 da Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, e até 31 de
d) outros poderes necessários ao alcance dos fins previstos dezembro de 2014, para os não optantes, a parcela excluída
no caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.097, de nos termos do § 3º deverá ser computada na determinação
2015) do lucro líquido para fins de apuração do lucro real, da base
de cálculo da CSLL e da base de cálculo da Contribuição para

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o PIS/Pasep e da Cofins, na proporção em que o custo para real, da base de cálculo da CSLL e da base de cálculo da
a realização de obras e aquisição de bens a que se refere o § Contribuição para o PIS/Pasep, da Cofins e da contribuição
2º deste artigo for realizado, inclusive mediante previdenciária de que trata o inciso III do § 3º no período de
depreciação ou extinção da concessão, nos termos do art. 35 apuração da extinção. (Incluído pela Lei nº 13.043, de
da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. (Redação 2014) Vigência
dada pela Lei nº 13.043, de 2014) Vigência
§ 12. Aplicam-se às receitas auferidas pelo parceiro privado
§ 5º Por ocasião da extinção do contrato, o parceiro privado nos termos do § 6º o regime de apuração e as alíquotas da
não receberá indenização pelas parcelas de investimentos Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins aplicáveis às suas
vinculados a bens reversíveis ainda não amortizadas ou receitas decorrentes da prestação dos serviços
depreciadas, quando tais investimentos houverem sido públicos. (Incluído pela Lei nº 13.043, de 2014) Vigência
realizados com valores provenientes do aporte de recursos
Art. 7º A contraprestação da Administração Pública será
de que trata o § 2º . (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012)
obrigatoriamente precedida da disponibilização do serviço
§ 6º A partir de 1º de janeiro de 2014, para os optantes objeto do contrato de parceria público-privada.
conforme o art. 75 da Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, e
§ 1º É facultado à administração pública, nos termos do
de 1º de janeiro de 2015, para os não optantes, a parcela
contrato, efetuar o pagamento da contraprestação relativa
excluída nos termos do § 3º deverá ser computada na
a parcela fruível do serviço objeto do contrato de parceria
determinação do lucro líquido para fins de apuração do lucro
público-privada. (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012)
real, da base de cálculo da CSLL e da base de cálculo da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins em cada período § 2º O aporte de recursos de que trata o § 2º do art. 6º ,
de apuração durante o prazo restante do contrato, quando realizado durante a fase dos investimentos a cargo
considerado a partir do início da prestação dos serviços do parceiro privado, deverá guardar proporcionalidade com
públicos. (Incluído pela Lei nº 13.043, de 2014) Vigência as etapas efetivamente executadas. (Incluído pela Lei nº
12.766, de 2012)
§ 7º No caso do § 6º , o valor a ser adicionado em cada
período de apuração deve ser o valor da parcela excluída CAPÍTULO III
dividida pela quantidade de períodos de apuração contidos DAS GARANTIAS
no prazo restante do contrato. (Incluído pela Lei nº
13.043, de 2014) Vigência Art. 8º As obrigações pecuniárias contraídas pela
Administração Pública em contrato de parceria público-
§ 8º Para os contratos de concessão em que a concessionária privada poderão ser garantidas mediante: (Vide Lei nº
já tenha iniciado a prestação dos serviços públicos nas datas 13.043, de 2014) Vigência
referidas no § 6º , as adições subsequentes serão realizadas
em cada período de apuração durante o prazo restante do I – vinculação de receitas, observado o disposto no inciso IV
contrato, considerando o saldo remanescente ainda não do art. 167 da Constituição Federal ;
adicionado. (Incluído pela Lei nº 13.043, de II – instituição ou utilização de fundos especiais previstos em
2014) Vigência lei;
§ 9º A parcela excluída nos termos do inciso III do § 3º deverá III – contratação de seguro-garantia com as companhias
ser computada na determinação da base de cálculo da seguradoras que não sejam controladas pelo Poder Público;
contribuição previdenciária de que trata o inciso III do § 3º
em cada período de apuração durante o prazo restante IV – garantia prestada por organismos internacionais ou
previsto no contrato para construção, recuperação, instituições financeiras que não sejam controladas pelo
reforma, ampliação ou melhoramento da infraestrutura que Poder Público;
será utilizada na prestação de serviços V – garantias prestadas por fundo garantidor ou empresa
públicos. (Incluído pela Lei nº 13.043, de 2014) Vigência estatal criada para essa finalidade;
§ 10. No caso do § 9º , o valor a ser adicionado em cada VI – outros mecanismos admitidos em lei.
período de apuração deve ser o valor da parcela excluída
dividida pela quantidade de períodos de apuração contidos Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.043,
no prazo restante previsto no contrato para construção, de 2014) Vigência
recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento da CAPÍTULO IV
infraestrutura que será utilizada na prestação de serviços DA SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO
públicos. (Incluído pela Lei nº 13.043, de 2014) Vigência
Art. 9º Antes da celebração do contrato, deverá ser
§ 11. Ocorrendo a extinção da concessão antes do advento constituída sociedade de propósito específico, incumbida de
do termo contratual, o saldo da parcela excluída nos termos implantar e gerir o objeto da parceria.
do § 3º , ainda não adicionado, deverá ser computado na
determinação do lucro líquido para fins de apuração do lucro

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§ 1º A transferência do controle da sociedade de propósito IV – estimativa do fluxo de recursos públicos suficientes para
específico estará condicionada à autorização expressa da o cumprimento, durante a vigência do contrato e por
Administração Pública, nos termos do edital e do contrato, exercício financeiro, das obrigações contraídas pela
observado o disposto no parágrafo único do art. 27 da Lei nº Administração Pública;
8.987, de 13 de fevereiro de 1995.
V – seu objeto estar previsto no plano plurianual em vigor no
§ 2º A sociedade de propósito específico poderá assumir a âmbito onde o contrato será celebrado;
forma de companhia aberta, com valores mobiliários
VI – submissão da minuta de edital e de contrato à consulta
admitidos a negociação no mercado.
pública, mediante publicação na imprensa oficial, em jornais
§ 3º A sociedade de propósito específico deverá obedecer a de grande circulação e por meio eletrônico, que deverá
padrões de governança corporativa e adotar contabilidade e informar a justificativa para a contratação, a identificação
demonstrações financeiras padronizadas, conforme do objeto, o prazo de duração do contrato, seu valor
regulamento. estimado, fixando-se prazo mínimo de 30 (trinta) dias para
recebimento de sugestões, cujo termo dar-se-á pelo menos
§ 4º Fica vedado à Administração Pública ser titular da
7 (sete) dias antes da data prevista para a publicação do
maioria do capital votante das sociedades de que trata este
edital; e VII – licença ambiental prévia ou expedição das
Capítulo.
diretrizes para o licenciamento ambiental do
§ 5º A vedação prevista no § 4º deste artigo não se aplica à empreendimento, na forma do regulamento, sempre que o
eventual aquisição da maioria do capital votante da objeto do contrato exigir.
sociedade de propósito específico por instituição financeira
§ 1º A comprovação referida nas alíneas b e c do inciso I do
controlada pelo Poder Público em caso de inadimplemento
caput deste artigo conterá as premissas e metodologia de
de contratos de financiamento.
cálculo utilizadas, observadas as normas gerais para
CAPÍTULO V consolidação das contas públicas, sem prejuízo do exame de
DA LICITAÇÃO compatibilidade das despesas com as demais normas do
plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.
Art. 10. A contratação de parceria público-privada será
precedida de licitação na modalidade de concorrência, § 2º Sempre que a assinatura do contrato ocorrer em
estando a abertura do processo licitatório condicionada a: exercício diverso daquele em que for publicado o edital,
deverá ser precedida da atualização dos estudos e
I – autorização da autoridade competente, fundamentada demonstrações a que se referem os incisos I a IV do caput
em estudo técnico que demonstre: deste artigo.
a) a conveniência e a oportunidade da contratação, § 3º As concessões patrocinadas em que mais de 70%
mediante identificação das razões que justifiquem a opção (setenta por cento) da remuneração do parceiro privado for
pela forma de parceria público-privada; paga pela Administração Pública dependerão de
b) que as despesas criadas ou aumentadas não afetarão as autorização legislativa específica.
metas de resultados fiscais previstas no Anexo referido no § § 4º Os estudos de engenharia para a definição do valor do
1º do art. 4º da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de investimento da PPP deverão ter nível de detalhamento de
2000, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos anteprojeto, e o valor dos investimentos para definição do
seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de preço de referência para a licitação será calculado com base
receita ou pela redução permanente de despesa; e em valores de mercado considerando o custo global de
c) quando for o caso, conforme as normas editadas na forma obras semelhantes no Brasil ou no exterior ou com base em
do art. 25 desta Lei, a observância dos limites e condições sistemas de custos que utilizem como insumo valores de
decorrentes da aplicação dos arts. 29, 30 e 32 da Lei mercado do setor específico do projeto, aferidos, em
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, pelas qualquer caso, mediante orçamento sintético, elaborado
obrigações contraídas pela Administração Pública relativas por meio de metodologia expedita ou
ao objeto do contrato; paramétrica. (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012)
II – elaboração de estimativa do impacto orçamentário- Art. 11. O instrumento convocatório conterá minuta do
financeiro nos exercícios em que deva vigorar o contrato de contrato, indicará expressamente a submissão da licitação
parceria público-privada; às normas desta Lei e observará, no que couber, os §§ 3º e 4º
do art. 15, os arts. 18, 19 e 21 da Lei nº 8.987, de 13 de
III – declaração do ordenador da despesa de que as fevereiro de 1995, podendo ainda prever:
obrigações contraídas pela Administração Pública no
decorrer do contrato são compatíveis com a lei de diretrizes I – exigência de garantia de proposta do licitante, observado
orçamentárias e estão previstas na lei orçamentária anual; o limite do inciso III do art. 31 da Lei nº 8.666, de 21 de junho
de 1993 ;

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II – (VETADO) I – encerrada a fase de classificação das propostas ou o


oferecimento de lances, será aberto o invólucro com os
III – o emprego dos mecanismos privados de resolução de
documentos de habilitação do licitante mais bem
disputas, inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e
classificado, para verificação do atendimento das condições
em língua portuguesa, nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de
fixadas no edital;
setembro de 1996, para dirimir conflitos decorrentes ou
relacionados ao contrato. II – verificado o atendimento das exigências do edital, o
licitante será declarado vencedor;
Parágrafo único. O edital deverá especificar, quando
houver, as garantias da contraprestação do parceiro público III – inabilitado o licitante melhor classificado, serão
a serem concedidas ao parceiro privado. analisados os documentos habilitatórios do licitante com a
proposta classificada em 2º (segundo) lugar, e assim,
Art. 12. O certame para a contratação de parcerias público-
sucessivamente, até que um licitante classificado atenda às
privadas obedecerá ao procedimento previsto na legislação
condições fixadas no edital;
vigente sobre licitações e contratos administrativos e
também ao seguinte: IV – proclamado o resultado final do certame, o objeto será
adjudicado ao vencedor nas condições técnicas e
I – o julgamento poderá ser precedido de etapa de
econômicas por ele ofertadas.
qualificação de propostas técnicas, desclassificando-se os
licitantes que não alcançarem a pontuação mínima, os quais CAPÍTULO VI
não participarão das etapas seguintes; DISPOSIÇÕES APLICÁVEIS À UNIÃO
II – o julgamento poderá adotar como critérios, além dos Art. 14. Será instituído, por decreto, órgão gestor de
previstos nos incisos I e V do art. 15 da Lei nº 8.987, de 13 de parcerias público-privadas federais, com competência
fevereiro de 1995, os seguintes: para: (Vide Decreto nº 5.385, de 2005)
a) menor valor da contraprestação a ser paga pela I – definir os serviços prioritários para execução no regime
Administração Pública; de parceria público-privada;
b) melhor proposta em razão da combinação do critério da II – disciplinar os procedimentos para celebração desses
alínea a com o de melhor técnica, de acordo com os pesos contratos;
estabelecidos no edital;
III – autorizar a abertura da licitação e aprovar seu edital;
III – o edital definirá a forma de apresentação das propostas
econômicas, admitindo-se: IV – apreciar os relatórios de execução dos contratos.

a) propostas escritas em envelopes lacrados; ou § 1º O órgão mencionado no caput deste artigo será
composto por indicação nominal de um representante
b) propostas escritas, seguidas de lances em viva voz; titular e respectivo suplente de cada um dos seguintes
IV – o edital poderá prever a possibilidade de saneamento de órgãos:
falhas, de complementação de insuficiências ou ainda de I – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, ao
correções de caráter formal no curso do procedimento, qual cumprirá a tarefa de coordenação das respectivas
desde que o licitante possa satisfazer as exigências dentro atividades;
do prazo fixado no instrumento convocatório.
II – Ministério da Fazenda;
§ 1º Na hipótese da alínea b do inciso III do caput deste
artigo: III – Casa Civil da Presidência da República.

I - os lances em viva voz serão sempre oferecidos na ordem § 2º Das reuniões do órgão a que se refere o caput deste
inversa da classificação das propostas escritas, sendo artigo para examinar projetos de parceria público-privada
vedado ao edital limitar a quantidade de lances; participará um representante do órgão da Administração
Pública direta cuja área de competência seja pertinente ao
II – o edital poderá restringir a apresentação de lances em objeto do contrato em análise.
viva voz aos licitantes cuja proposta escrita for no máximo
20% (vinte por cento) maior que o valor da melhor proposta. § 3º Para deliberação do órgão gestor sobre a contratação
de parceria público-privada, o expediente deverá estar
§ 2º O exame de propostas técnicas, para fins de qualificação instruído com pronunciamento prévio e fundamentado:
ou julgamento, será feito por ato motivado, com base em
exigências, parâmetros e indicadores de resultado I – do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
pertinentes ao objeto, definidos com clareza e objetividade sobre o mérito do projeto;
no edital. II – do Ministério da Fazenda, quanto à viabilidade da
Art. 13. O edital poderá prever a inversão da ordem das fases concessão da garantia e à sua forma, relativamente aos
de habilitação e julgamento, hipótese em que:
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riscos para o Tesouro Nacional e ao cumprimento do limite adotados e instruído com os documentos relativos aos bens
de que trata o art. 22 desta Lei. avaliados.
§ 4º Para o desempenho de suas funções, o órgão citado no § 4º A integralização das cotas poderá ser realizada em
caput deste artigo poderá criar estrutura de apoio técnico dinheiro, títulos da dívida pública, bens imóveis dominicais,
com a presença de representantes de instituições públicas. bens móveis, inclusive ações de sociedade de economia
mista federal excedentes ao necessário para manutenção de
§ 5º O órgão de que trata o caput deste artigo remeterá ao
seu controle pela União, ou outros direitos com valor
Congresso Nacional e ao Tribunal de Contas da União, com
patrimonial.
periodicidade anual, relatórios de desempenho dos
contratos de parceria público-privada. § 5º O FGP responderá por suas obrigações com os bens e
direitos integrantes de seu patrimônio, não respondendo os
§ 6º Para fins do atendimento do disposto no inciso V do art.
cotistas por qualquer obrigação do Fundo, salvo pela
4º desta Lei, ressalvadas as informações classificadas como
integralização das cotas que subscreverem.
sigilosas, os relatórios de que trata o § 5º deste artigo serão
disponibilizados ao público, por meio de rede pública de § 6º A integralização com bens a que se refere o § 4º deste
transmissão de dados. artigo será feita independentemente de licitação, mediante
prévia avaliação e autorização específica do Presidente da
Art. 14-A. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, por
República, por proposta do Ministro da Fazenda.
meio de atos das respectivas Mesas, poderão dispor sobre a
matéria de que trata o art. 14 no caso de parcerias público- § 7º O aporte de bens de uso especial ou de uso comum no
privadas por eles realizadas, mantida a competência do FGP será condicionado a sua desafetação de forma
Ministério da Fazenda descrita no inciso II do § 3º do referido individualizada.
artigo. (Incluído pela Lei nº 13.137, de 2015)
§ 8º A capitalização do FGP, quando realizada por meio de
Art. 15. Compete aos Ministérios e às Agências Reguladoras, recursos orçamentários, dar-se-á por ação orçamentária
nas suas respectivas áreas de competência, submeter o específica para esta finalidade, no âmbito de Encargos
edital de licitação ao órgão gestor, proceder à licitação, Financeiros da União. (Redação dada pela Lei nº 12.409, de
acompanhar e fiscalizar os contratos de parceria público- 2011)
privada.
§ 9º (VETADO). (Incluído e vetado pela Lei nº 12.766, de
Parágrafo único. Os Ministérios e Agências Reguladoras 2012)
encaminharão ao órgão a que se refere o caput do art. 14
Art. 17. O FGP será criado, administrado, gerido e
desta Lei, com periodicidade semestral, relatórios
representado judicial e extrajudicialmente por instituição
circunstanciados acerca da execução dos contratos de
financeira controlada, direta ou indiretamente, pela União,
parceria público-privada, na forma definida em
com observância das normas a que se refere o inciso XXII do
regulamento.
art. 4º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964.
Art. 16. Ficam a União, seus fundos especiais, suas
§ 1º O estatuto e o regulamento do FGP serão aprovados em
autarquias, suas fundações públicas e suas empresas
assembléia dos cotistas.
estatais dependentes autorizadas a participar, no limite
global de R$ 6.000.000.000,00 (seis bilhões de reais), em § 2º A representação da União na assembléia dos cotistas
Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas - FGP que dar-se-á na forma do inciso V do art. 10 do Decreto-Lei nº
terá por finalidade prestar garantia de pagamento de 147, de 3 de fevereiro de 1967.
obrigações pecuniárias assumidas pelos parceiros públicos
§ 3º Caberá à instituição financeira deliberar sobre a gestão
federais, distritais, estaduais ou municipais em virtude das
e alienação dos bens e direitos do FGP, zelando pela
parcerias de que trata esta Lei. (Redação dada pela Lei
manutenção de sua rentabilidade e liquidez.
nº 12.766, de 2012)
Art. 18. O estatuto e o regulamento do FGP devem deliberar
§ 1º O FGP terá natureza privada e patrimônio próprio
sobre a política de concessão de garantias, inclusive no que
separado do patrimônio dos cotistas, e será sujeito a direitos
se refere à relação entre ativos e passivos do
e obrigações próprios.
Fundo. (Redação dada pela Lei nº 12.409, de 2011)
§ 2º O patrimônio do Fundo será formado pelo aporte de
§ 1º A garantia será prestada na forma aprovada pela
bens e direitos realizado pelos cotistas, por meio da
assembléia dos cotistas, nas seguintes modalidades:
integralização de cotas e pelos rendimentos obtidos com
sua administração. I – fiança, sem benefício de ordem para o fiador;
§ 3º Os bens e direitos transferidos ao Fundo serão avaliados II – penhor de bens móveis ou de direitos integrantes do
por empresa especializada, que deverá apresentar laudo patrimônio do FGP, sem transferência da posse da coisa
fundamentado, com indicação dos critérios de avaliação empenhada antes da execução da garantia;

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III – hipoteca de bens imóveis do patrimônio do FGP; prazo de 40 (quarenta) dias contado da data de
vencimento. (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012)
IV – alienação fiduciária, permanecendo a posse direta dos
bens com o FGP ou com agente fiduciário por ele contratado § 12. A ausência de aceite ou rejeição expressa de fatura por
antes da execução da garantia; parte do parceiro público no prazo de 40 (quarenta) dias
contado da data de vencimento implicará aceitação
V – outros contratos que produzam efeito de garantia,
tácita. (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012)
desde que não transfiram a titularidade ou posse direta dos
bens ao parceiro privado antes da execução da garantia; § 13. O agente público que contribuir por ação ou omissão
para a aceitação tácita de que trata o § 12 ou que rejeitar
VI – garantia, real ou pessoal, vinculada a um patrimônio de
fatura sem motivação será responsabilizado pelos danos
afetação constituído em decorrência da separação de bens
que causar, em conformidade com a legislação civil,
e direitos pertencentes ao FGP.
administrativa e penal em vigor. (Incluído pela Lei nº
§ 2º O FGP poderá prestar contra-garantias a seguradoras, 12.766, de 2012)
instituições financeiras e organismos internacionais que
Art. 19 O FGP não pagará rendimentos a seus cotistas,
garantirem o cumprimento das obrigações pecuniárias dos
assegurando-se a qualquer deles o direito de requerer o
cotistas em contratos de parceria público-privadas.
resgate total ou parcial de suas cotas, correspondente ao
§ 3º A quitação pelo parceiro público de cada parcela de patrimônio ainda não utilizado para a concessão de
débito garantido pelo FGP importará exoneração garantias, fazendo-se a liquidação com base na situação
proporcional da garantia. patrimonial do Fundo.
§ 4º O FGP poderá prestar garantia mediante contratação de Art. 20. A dissolução do FGP, deliberada pela assembléia
instrumentos disponíveis em mercado, inclusive para dos cotistas, ficará condicionada à prévia quitação da
complementação das modalidades previstas no § 1º totalidade dos débitos garantidos ou liberação das garantias
. (Redação dada pela Lei nº 12.766, de 2012) pelos credores.
§ 5º O parceiro privado poderá acionar o FGP nos casos Parágrafo único. Dissolvido o FGP, o seu patrimônio será
de: (Redação dada pela Lei nº 12.766, de 2012) rateado entre os cotistas, com base na situação patrimonial
à data da dissolução.
I - crédito líquido e certo, constante de título exigível aceito
e não pago pelo parceiro público após 15 (quinze) dias Art. 21. É facultada a constituição de patrimônio de afetação
contados da data de vencimento; e (Incluído pela Lei nº que não se comunicará com o restante do patrimônio do
12.766, de 2012) FGP, ficando vinculado exclusivamente à garantia em
virtude da qual tiver sido constituído, não podendo ser
II - débitos constantes de faturas emitidas e não aceitas pelo
objeto de penhora, arresto, seqüestro, busca e apreensão ou
parceiro público após 45 (quarenta e cinco) dias contados da
qualquer ato de constrição judicial decorrente de outras
data de vencimento, desde que não tenha havido rejeição
obrigações do FGP.
expressa por ato motivado. (Incluído pela Lei nº 12.766,
de 2012) Parágrafo único. A constituição do patrimônio de afetação
será feita por registro em Cartório de Registro de Títulos e
§ 6º A quitação de débito pelo FGP importará sua
Documentos ou, no caso de bem imóvel, no Cartório de
subrogação nos direitos do parceiro privado.
Registro Imobiliário correspondente.
§ 7º Em caso de inadimplemento, os bens e direitos do
Art. 22. A União somente poderá contratar parceria público-
Fundo poderão ser objeto de constrição judicial e alienação
privada quando a soma das despesas de caráter continuado
para satisfazer as obrigações garantidas.
derivadas do conjunto das parcerias já contratadas não tiver
§ 8º O FGP poderá usar parcela da cota da União para prestar excedido, no ano anterior, a 1% (um por cento) da receita
garantia aos seus fundos especiais, às suas autarquias, às corrente líquida do exercício, e as despesas anuais dos
suas fundações públicas e às suas empresas estatais contratos vigentes, nos 10 (dez) anos subseqüentes, não
dependentes. (Incluído pela Lei nº 12.409, de 2011) excedam a 1% (um por cento) da receita corrente líquida
projetada para os respectivos exercícios.
§ 9º O FGP é obrigado a honrar faturas aceitas e não pagas
pelo parceiro público. (Incluído pela Lei nº 12.766, de CAPÍTULO VII
2012) DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 10. O FGP é proibido de pagar faturas rejeitadas Art. 23. Fica a União autorizada a conceder incentivo, nos
expressamente por ato motivado. (Incluído pela Lei nº termos do Programa de Incentivo à Implementação de
12.766, de 2012) Projetos de Interesse Social – PIPS, instituído pela Lei nº
§ 11. O parceiro público deverá informar o FGP sobre 10.735, de 11 de setembro de 2003, às aplicações em fundos
qualquer fatura rejeitada e sobre os motivos da rejeição no de investimento, criados por instituições financeiras, em

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direitos creditórios provenientes dos contratos de parcerias anuais dos contratos vigentes nos 10 (dez) anos
público-privadas. subsequentes excederem a 5% (cinco por cento) da receita
corrente líquida projetada para os respectivos
Art. 24. O Conselho Monetário Nacional estabelecerá, na
exercícios. (Redação dada pela Lei nº 12.766, de 2012)
forma da legislação pertinente, as diretrizes para a
concessão de crédito destinado ao financiamento de § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que
contratos de parcerias público-privadas, bem como para contratarem empreendimentos por intermédio de parcerias
participação de entidades fechadas de previdência público-privadas deverão encaminhar ao Senado Federal e
complementar. à Secretaria do Tesouro Nacional, previamente à
contratação, as informações necessárias para cumprimento
Art. 25. A Secretaria do Tesouro Nacional editará, na forma
do previsto no caput deste artigo.
da legislação pertinente, normas gerais relativas à
consolidação das contas públicas aplicáveis aos contratos de § 2º Na aplicação do limite previsto no caput deste artigo,
parceria público-privada. serão computadas as despesas derivadas de contratos de
parceria celebrados pela administração pública direta,
Art. 26. O inciso I do § 1º do art. 56 da Lei nº 8.666, de 21 de
autarquias, fundações públicas, empresas públicas,
junho de 1993, passa a vigorar com a seguinte redação:
sociedades de economia mista e demais entidades
"Art. 56 . controladas, direta ou indiretamente, pelo respectivo ente,
excluídas as empresas estatais não
§ 1º .
dependentes. (Redação dada pela Lei nº 12.024, de
I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, 2009)
devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural,
§ 3º (VETADO)
mediante registro em sistema centralizado de liquidação e
de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e Art. 29. Serão aplicáveis, no que couber, as penalidades
avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido previstas no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
pelo Ministério da Fazenda; " (NR) 1940 - Código Penal, na Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992
– Lei de Improbidade Administrativa, na Lei nº 10.028, de 19
Art. 27. As operações de crédito efetuadas por empresas
de outubro de 2000 - Lei dos Crimes Fiscais, no Decreto-Lei
públicas ou sociedades de economia mista controladas pela
nº 201, de 27 de fevereiro de 1967, e na Lei nº 1.079, de 10 de
União não poderão exceder a 70% (setenta por cento) do
abril de 1950, sem prejuízo das penalidades financeiras
total das fontes de recursos financeiros da sociedade de
previstas contratualmente.
propósito específico, sendo que para as áreas das regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde o Índice de Art. 30. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Desenvolvimento Humano – IDH seja inferior à média
Brasília, 30 de dezembro de 2004; 183º da Independência e
nacional, essa participação não poderá exceder a 80%
116º da República.
(oitenta por cento).
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
§ 1º Não poderão exceder a 80% (oitenta por cento) do total
Bernard Appy
das fontes de recursos financeiros da sociedade de
Nelson Machado
propósito específico ou 90% (noventa por cento) nas áreas
das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde o Índice Este texto não substitui o publicado no DOU de 31.12.2004
de Desenvolvimento Humano – IDH seja inferior à média
nacional, as operações de crédito ou contribuições de
capital realizadas cumulativamente por: DIREITO CONSTITUCIONAL
I – entidades fechadas de previdência complementar;
II – empresas públicas ou sociedades de economia mista Constituição Da República
controladas pela União. Federativa Do Brasil De 1988
§ 2º Para fins do disposto neste artigo, entende-se por fonte
de recursos financeiros as operações de crédito e PREÂMBULO
contribuições de capital à sociedade de propósito Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em
específico. Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado
Art. 28. A União não poderá conceder garantia ou realizar Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos
transferência voluntária aos Estados, Distrito Federal e sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar,
Municípios se a soma das despesas de caráter continuado o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores
derivadas do conjunto das parcerias já contratadas por esses supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem
entes tiver excedido, no ano anterior, a 5% (cinco por cento) preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida,
da receita corrente líquida do exercício ou se as despesas na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das

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controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a da América Latina, visando à formação de uma comunidade
seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO latino-americana de nações.
BRASIL.
TÍTULO II
TÍTULO I DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
fundamentos: estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
I - a soberania; vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:
II - a cidadania
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações,
III - a dignidade da pessoa humana; nos termos desta Constituição;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
Lei nº 13.874, de 2019) coisa senão em virtude de lei;
V - o pluralismo político. III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce desumano ou degradante;
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
termos desta Constituição. anonimato;
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República imagem;
Federativa do Brasil: VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a
II - garantir o desenvolvimento nacional; suas liturgias;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de
desigualdades sociais e regionais; assistência religiosa nas entidades civis e militares de
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, internação coletiva;
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença
discriminação. religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
relações internacionais pelos seguintes princípios: recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

I - independência nacional; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística,


científica e de comunicação, independentemente de
II - prevalência dos direitos humanos; censura ou licença;
III - autodeterminação dos povos; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
IV - não-intervenção; imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
V - igualdade entre os Estados;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
VI - defesa da paz; podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo
VII - solução pacífica dos conflitos; em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; (Vide
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
IX - cooperação entre os povos para o progresso da XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
humanidade; comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
X - concessão de asilo político. telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a
integração econômica, política, social e cultural dos povos
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investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide a) a proteção às participações individuais em obras coletivas
Lei nº 9.296, de 1996) e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas
atividades desportivas;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico
estabelecer; das obras que criarem ou de que participarem aos criadores,
aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e
associativas;
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
exercício profissional; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais
privilégio temporário para sua utilização, bem como
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de
proteção às criações industriais, à propriedade das marcas,
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele
aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo
entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em e econômico do País;
locais abertos ao público, independentemente de
XXX - é garantido o direito de herança;
autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos,
favorável a lei pessoal do "de cujus";
vedada a de caráter paramilitar;
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de
consumidor;
cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
interferência estatal em seu funcionamento; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
julgado;
(Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011)
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do
permanecer associado;
pagamento de taxas:
XXI - as entidades associativas, quando expressamente
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de
autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
judicial ou extrajudicialmente;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para
XXII - é garantido o direito de propriedade;
defesa de direitos e esclarecimento de situações de
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; interesse pessoal;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por lesão ou ameaça a direito;
interesse social, mediante justa e prévia indenização em
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a
dano; organização que lhe der a lei, assegurados:
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, a) a plenitude de defesa;
desde que trabalhada pela família, não será objeto de
b) o sigilo das votações;
penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de c) a soberania dos veredictos;
financiar o seu desenvolvimento;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, contra a vida;
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
sem prévia cominação legal;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
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XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime
político ou de opinião;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos
direitos e liberdades fundamentais; LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela
autoridade competente;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem
o devido processo legal;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis
de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos aos acusados em geral são assegurados o contraditório e
como crimes hediondos, por eles respondendo os ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por
omitirem; (Regulamento)
meios ilícitos;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
julgado de sentença penal condenatória;
constitucional e o Estado Democrático;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
(Regulamento)
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública,
patrimônio transferido; se esta não for intentada no prazo legal;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos
entre outras, as seguintes: processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem;
a) privação ou restrição da liberdade;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por
b) perda de bens;
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
c) multa; competente, salvo nos casos de transgressão militar ou
crime propriamente militar, definidos em lei;
d) prestação social alternativa;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre
e) suspensão ou interdição de direitos;
serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à
XLVII - não haverá penas: família do preso ou à pessoa por ele indicada;
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais
do art. 84, XIX; o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência
da família e de advogado;
b) de caráter perpétuo;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis
c) de trabalhos forçados;
por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
d) de banimento;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela
e) cruéis; autoridade judiciária;
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido,
distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem
sexo do apenado; fiança;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do
e moral; responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável
de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que
possam permanecer com seus filhos durante o período de LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém
amamentação; sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação
em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado,
poder;
em caso de crime comum, praticado antes da naturalização,
ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; direito líquido e certo, não amparado por habeas
corpus ou habeas data, quando o responsável pela

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ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do República Federativa do Brasil seja parte.
Poder Público;
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
por: Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas
a) partido político com representação no Congresso
constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
Nacional;
de 2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo: DLG nº
b) organização sindical, entidade de classe ou associação 186, de 2008, DEC 6.949, de 2009, DLG 261, de 2015, DEC
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 9.522, de 2018)
um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal
associados;
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício
CAPÍTULO II
dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
DOS DIREITOS SOCIAIS
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LXXII - conceder-se-á habeas data: Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e
à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
de dados de entidades governamentais ou de caráter Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
público; 90, de 2015)
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além
por processo sigiloso, judicial ou administrativo; de outros que visem à melhoria de sua condição social:
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que
de entidade de que o Estado participe, à moralidade preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico
e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento II - seguro-desemprego, em caso de desemprego
de custas judiciais e do ônus da sucumbência; involuntário;

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e III - fundo de garantia do tempo de serviço;
gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado,
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de
assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
sentença; lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social,
com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989)
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do
a) o registro civil de nascimento; trabalho;
b) a certidão de óbito; VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas convenção ou acordo coletivo;
data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os
cidadania. (Regulamento) que percebem remuneração variável;
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração
assegurados a razoável duração do processo e os meios que integral ou no valor da aposentadoria;
garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime
fundamentais têm aplicação imediata. sua retenção dolosa;

§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão
da empresa, conforme definido em lei;
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XII - salário-família pago em razão do dependente do b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional
trabalhador de baixa renda nos termos da lei; (Redação dada nº 28, de 2000)
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade,
diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a cor ou estado civil;
compensação de horários e a redução da jornada, mediante
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a
acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei
salário e critérios de admissão do trabalhador portador de
nº 5.452, de 1943)
deficiência;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual,
turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação
técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
coletiva;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos
a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de
domingos;
dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional
mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del nº 20, de 1998)
5.452, art. 59 § 1º)
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
um terço a mais do que o salário normal;
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos
salário, com a duração de cento e vinte dias; IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV,
XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
estabelecidas em lei e observada a simplificação do
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante cumprimento das obrigações tributárias, principais e
incentivos específicos, nos termos da lei; acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas
peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo
XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.
no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical,
normas de saúde, higiene e segurança;
observado o seguinte:
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas,
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a
insalubres ou perigosas, na forma da lei;
fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
XXIV - aposentadoria; competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a
intervenção na organização sindical;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o
nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré- II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical,
escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, em qualquer grau, representativa de categoria profissional
de 2006) ou econômica, na mesma base territorial, que será definida
pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos
podendo ser inferior à área de um Município;
de trabalho;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do judiciais ou administrativas;
empregador, sem excluir a indenização a que este está
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
tratando de categoria profissional, será descontada em
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de folha, para custeio do sistema confederativo da
trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os representação sindical respectiva, independentemente da
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos contribuição prevista em lei;
após a extinção do contrato de trabalho; (Redação dada
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a
pela Emenda Constitucional nº 28, de 2000)
sindicato;
a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas
nº 28, de 2000)
negociações coletivas de trabalho;

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VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas ininterruptos e sem condenação penal, desde que
organizações sindicais; requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a
partir do registro da candidatura a cargo de direção ou § 1º Aos portugueses com residência permanente no País,
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão
um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos
grave nos termos da lei. previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à
organização de sindicatos rurais e de colônias de § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros
pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta
Constituição.
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos
trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
sobre os interesses que devam por meio dele defender.
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da
comunidade. III - de Presidente do Senado Federal;
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
da lei.
V - da carreira diplomática;
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e
VI - de oficial das Forças Armadas.
empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que
seus interesses profissionais ou previdenciários sejam VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda
objeto de discussão e deliberação. Constitucional nº 23, de 1999)
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
assegurada a eleição de um representante destes com a que:
finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial,
direto com os empregadores.
em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
CAPÍTULO III
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: Redação
DA NACIONALIDADE dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Art. 12. São brasileiros: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
I - natos: estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 3, de 1994)
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que
de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira,
de seu país; ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como
condição para permanência em seu território ou para o
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda
brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
República Federativa do Brasil;
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe Federativa do Brasil.
brasileira, desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir na República § 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) ter símbolos próprios.
II - naturalizados: CAPÍTULO IV
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade DOS DIREITOS POLÍTICOS
brasileira, exigidas aos originários de países de língua
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para
idoneidade moral;
todos, e, nos termos da lei, mediante:
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na
I - plebiscito;
República Federativa do Brasil há mais de quinze anos
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II - referendo; I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se


da atividade;
III - iniciativa popular.
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente,
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; no ato da diplomação, para a inatividade.
II - facultativos para: § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de
a) os analfabetos;
proteger a probidade administrativa, a moralidade para
b) os maiores de setenta anos; exercício de mandato considerada vida pregressa do
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
contra a influência do poder econômico ou o abuso do
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, exercício de função, cargo ou emprego na administração
durante o período do serviço militar obrigatório, os direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda
conscritos. Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: § 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a
Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da
I - a nacionalidade brasileira;
diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder
II - o pleno exercício dos direitos políticos; econômico, corrupção ou fraude.
III - o alistamento eleitoral; § 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em
segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
temerária ou de manifesta má-fé.
V - a filiação partidária; Regulamento
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda
VI - a idade mínima de: ou suspensão só se dará nos casos de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da I - cancelamento da naturalização por sentença transitada
República e Senador; em julgado;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado II - incapacidade civil absoluta;
e do Distrito Federal;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado durarem seus efeitos;
Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou
d) dezoito anos para Vereador. prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor
e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que
sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada
reeleitos para um único período subseqüente. (Redação pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993)
dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
CAPÍTULO V
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da DOS PARTIDOS POLÍTICOS
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal
e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de
até seis meses antes do pleito. partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes
cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o preceitos: Regulamento
segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de I - caráter nacional;
Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis II - proibição de recebimento de recursos financeiros de
meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a
eletivo e candidato à reeleição. estes;
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
condições:
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

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§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação
definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre da população diretamente interessada, através de
escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento
adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações
de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período
nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas
determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão
eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos
entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de
ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma
de disciplina e fidelidade partidária (Redação dada pela
da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de
Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
1996)
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no
aos Municípios:
Tribunal Superior Eleitoral.
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los,
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou
acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os
seus representantes relações de dependência ou aliança,
partidos políticos que alternativamente: Redação dada pela
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse
Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
público;
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no
II - recusar fé aos documentos públicos;
mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos
em pelo menos um terço das unidades da Federação, com III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em
CAPÍTULO II
cada uma delas; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº
DA UNIÃO
97, de 2017)
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais Art. 20. São bens da União:
distribuídos em pelo menos um terço das unidades da I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a
Federação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de ser atribuídos;
2017)
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras,
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de das fortificações e construções militares, das vias federais de
organização paramilitar. comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos
previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam
facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido de limites com outros países, ou se estendam a território
que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos
para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e marginais e as praias fluviais;
de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017) IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros
países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras,
TÍTULO III excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios,
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade
CAPÍTULO I ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005)

Art. 18. A organização político-administrativa da República V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o econômica exclusiva;
Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos VI - o mar territorial;
termos desta Constituição.
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
§ 1º Brasília é a Capital Federal.
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação,
transformação em Estado ou reintegração ao Estado de IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
origem serão reguladas em lei complementar. X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se arqueológicos e pré-históricos;
ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
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§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, articulação com os Estados onde se situam os potenciais
ao Distrito Federal e aos Municípios a participação no hidroenergéticos;
resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura
recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e
aeroportuária;
de outros recursos minerais no respectivo território,
plataforma continental, mar territorial ou zona econômica d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre
exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 102, de transponham os limites de Estado ou Território;
2019) (Produção de efeito)
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, internacional de passageiros;
ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
fronteira, é considerada fundamental para defesa do
território nacional, e sua ocupação e utilização serão XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério
reguladas em lei. Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria
Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda
Art. 21. Compete à União:
Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito)
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a
organizações internacionais;
polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito
II - declarar a guerra e celebrar a paz; Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito
Federal para a execução de serviços públicos, por meio de
III - assegurar a defesa nacional;
fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que nº 104, de 2019)
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística,
nele permaneçam temporariamente;
geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de
intervenção federal;
diversões públicas e de programas de rádio e televisão;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material
XVII - conceder anistia;
bélico;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as
VII - emitir moeda;
calamidades públicas, especialmente as secas e as
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as inundações;
operações de natureza financeira, especialmente as de
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de
crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e
recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de
de previdência privada;
seu uso; (Regulamento)
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano,
ordenação do território e de desenvolvimento econômico e
inclusive habitação, saneamento básico e transportes
social;
urbanos;
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, nacional de viação;
concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações,
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária
nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos
e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional
serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos
nº 19, de 1998)
institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 8, de 15/08/95:) XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de
qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização,
pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a
concessão ou permissão:
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de
a) toda atividade nuclear em território nacional somente
15/08/95:)
será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o Congresso Nacional;
aproveitamento energético dos cursos de água, em

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b) sob regime de permissão, são autorizadas a XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de
comercialização e a utilização de radioisótopos para a geologia nacionais;
pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da
dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)
poupança popular;
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção,
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida
igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda XXI - normas gerais de organização, efetivos, material
Constitucional nº 49, de 2006) bélico, garantias, convocação, mobilização, inatividades e
pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da
militares; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
existência de culpa; (Redação dada pela Emenda
103, de 2019)
Constitucional nº 49, de 2006)
XXII - competência da polícia federal e das polícias
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
rodoviária e ferroviária federais;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da
XXIII - seguridade social;
atividade de garimpagem, em forma associativa.
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXV - registros públicos;
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral,
agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
II - desapropriação; XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas
as modalidades, para as administrações públicas diretas,
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo
autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito
e em tempo de guerra;
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e para as empresas públicas e sociedades de economia mista,
radiodifusão; nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
V - serviço postal;
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos
marítima, defesa civil e mobilização nacional;
metais;
XXIX - propaganda comercial.
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de
valores; Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os
Estados a legislar sobre questões específicas das matérias
VIII - comércio exterior e interestadual;
relacionadas neste artigo.
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, Distrito Federal e dos Municípios:
aérea e aeroespacial;
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das
XI - trânsito e transporte; instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e
garantia das pessoas portadoras de deficiência;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor
XIV - populações indígenas;
histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
de estrangeiros;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de
XVI - organização do sistema nacional de emprego e obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou
condições para o exercício de profissões; cultural;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação,
Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; (Redação
Territórios, bem como organização administrativa destes; dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em
(Produção de efeito)
qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
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VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias
abastecimento alimentar; civis.
IX - promover programas de construção de moradias e a § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da
melhoria das condições habitacionais e de saneamento União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. (Vide Lei nº
básico; 13.874, de 2019)
X - combater as causas da pobreza e os fatores de § 2º A competência da União para legislar sobre normas
marginalização, promovendo a integração social dos gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
setores desfavorecidos; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e exercerão a competência legislativa plena, para atender a
minerais em seus territórios; suas peculiaridades. (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
XII - estabelecer e implantar política de educação para a § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais
segurança do trânsito. suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
(Vide Lei nº 13.874, de 2019)
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para
a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal CAPÍTULO III
e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do DOS ESTADOS FEDERADOS
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas
Constituições e leis que adotarem, observados os princípios
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal desta Constituição.
legislar concorrentemente sobre:
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e lhes sejam vedadas por esta Constituição.
urbanístico; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante
II - orçamento; concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da
III - juntas comerciais; lei, vedada a edição de medida provisória para a sua
regulamentação. (Redação dada pela Emenda
IV - custas dos serviços forenses; Constitucional nº 5, de 1995)
V - produção e consumo; § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar,
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio microrregiões, constituídas por agrupamentos de
ambiente e controle da poluição; municípios limítrofes, para integrar a organização, o
planejamento e a execução de funções públicas de interesse
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, comum.
turístico e paisagístico;
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes,
histórico, turístico e paisagístico; emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na
forma da lei, as decorrentes de obras da União;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia,
pesquisa, desenvolvimento e inovação; (Redação dada pela II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem
Emenda Constitucional nº 85, de 2015) no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União,
Municípios ou terceiros;
X - criação, funcionamento e processo do juizado de
pequenas causas; III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;

XI - procedimentos em matéria processual; IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da


União.
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; corresponderá ao triplo da representação do Estado na
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis,
deficiência; será acrescido de tantos quantos forem os Deputados
Federais acima de doze.
XV - proteção à infância e à juventude;
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados
Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição
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sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro
remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e do ano subseqüente ao da eleição;
incorporação às Forças Armadas.
IV - para a composição das Câmaras Municipais, será
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei observado o limite máximo de: (Redação dada pela Emenda
de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito) (Vide
máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, ADIN 4307)
em espécie, para os Deputados Federais, observado o que
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze
dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
nº 58, de 2009)
§ 3º Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000
regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua
(quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil)
secretaria, e prover os respectivos cargos.
habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo 58, de 2009)
legislativo estadual.
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil)
Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no 58, de 2009)
último domingo de outubro, em segundo turno, se houver,
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000
do ano anterior ao do término do mandato de seus
(cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil)
antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do
habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de
ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no
2009)
art. 77. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16,
de1997) e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de
80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro
vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional
cargo ou função na administração pública direta ou indireta,
nº 58, de 2009)
ressalvada a posse em virtude de concurso público e
observado o disposto no art. 38, I, IV e V. (Renumerado do f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de
parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000
(cento sessenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos
Constitucional nº 58, de 2009)
Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da
Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de
37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Incluído pela 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (trezentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 58, de 2009)
CAPÍTULO IV
DOS MUNICÍPIOS h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de
300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela
dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
aprovada por dois terços dos membros da Câmara
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de
estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até
respectivo Estado e os seguintes preceitos: 600.000 (seiscentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 58, de 2009)
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores,
para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de
simultâneo realizado em todo o País; 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000
(setecentos cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do
mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de
77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até
eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, 900.000 (novecentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
de1997) Constitucional nº 58, de 2009)

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l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais
900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluída pela
milhão e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
Constitucional nº 58, de 2009)
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal,
1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153,
1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluída III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional
pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) nº 19, de 1998)
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas
1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até Câmaras Municipais em cada legislatura para a
1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição,
habitantes (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei
2009) Orgânica e os seguintes limites máximos: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000
(um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio
1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000)
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de
1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil
1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Incluída habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados
Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais
2000)
de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de
até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais
Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional
de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e
nº 25, de 2000)
de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Incluída pela
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais
corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos
de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000
Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional
(quatro milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda
nº 25, de 2000)
Constitucional nº 58, de 2009)
e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até
corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos
5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; (Incluída pela
Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional
Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
nº 25, de 2000)
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais
f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o
de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até
subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e
6.000.000 (seis milhões) de habitantes; (Incluída pela
cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais
VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores
de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000
não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da
(sete milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda
receita do Município; (Incluído pela Emenda Constitucional
Constitucional nº 58, de 2009)
nº 1, de 1992)
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões,
de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até
palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição
8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela
do Município; (Renumerado do inciso VI, pela Emenda
Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
Constitucional nº 1, de 1992)

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IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para
vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Municípios com população acima de 8.000.001 (oito milhões
Constituição para os membros do Congresso Nacional e na e um) habitantes. (Incluído pela Emenda Constituição
Constituição do respectivo Estado para os membros da Constitucional nº 58, de 2009)
Assembléia Legislativa; (Renumerado do inciso VII, pela
§ 1o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por
Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; gasto com o subsídio de seus Vereadores. (Incluído pela
(Renumerado do inciso VIII, pela Emenda Constitucional nº Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
1, de 1992)
§ 2o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito
XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Municipal: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de
Câmara Municipal; (Renumerado do inciso IX, pela Emenda 2000)
Constitucional nº 1, de 1992)
I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste
XII - cooperação das associações representativas no artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
planejamento municipal; (Renumerado do inciso X, pela
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou
Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei
específico do Município, da cidade ou de bairros, através de
Orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25,
manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;
de 2000)
(Renumerado do inciso XI, pela Emenda Constitucional nº 1,
de 1992) § 3o Constitui crime de responsabilidade do Presidente da
Câmara Municipal o desrespeito ao § 1o deste artigo.
XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28,
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
parágrafo único. (Renumerado do inciso XII, pela Emenda
Constitucional nº 1, de 1992) Art. 30. Compete aos Municípios:
Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo I - legislar sobre assuntos de interesse local;
Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que
os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes
couber;
percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e
das transferências previstas no § 5o do art. 153 e nos arts. 158 III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem
e 159, efetivamente realizado no exercício anterior: (Incluído como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade
pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados
em lei;
I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até
100.000 (cem mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a
Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de legislação estadual;
efeito)
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de
II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse
100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes; local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter
(Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº essencial;
58, de 2009)
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União
III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população e do Estado, programas de educação infantil e de ensino
entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional
mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição nº 53, de 2006)
Constitucional nº 58, de 2009)
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União
IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
Municípios com população entre 500.001 (quinhentos mil e
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento
um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Redação
territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
2009)
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural
V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população
local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e
entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito
estadual.
milhões) de habitantes; (Incluído pela Emenda Constituição
Constitucional nº 58, de 2009)

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Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder § 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil
Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos habitantes, além do Governador nomeado na forma desta
sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e
na forma da lei. segunda instância, membros do Ministério Público e
defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido
para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do
Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos CAPÍTULO VI
Municípios, onde houver. DA INTERVENÇÃO
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito
as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só Federal, exceto para:
deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos
membros da Câmara Municipal. I - manter a integridade nacional;

§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da
anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para Federação em outra;
exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
legitimidade, nos termos da lei.
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de unidades da Federação;
Contas Municipais.
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
CAPÍTULO V
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
SEÇÃO I
DO DISTRITO FEDERAL b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias
fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em em lei;
Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois
turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão
dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, judicial;
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. VII - assegurar a observância dos seguintes princípios
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências constitucionais:
legislativas reservadas aos Estados e Municípios. a) forma republicana, sistema representativo e regime
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, democrático;
observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais b) direitos da pessoa humana;
coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais,
para mandato de igual duração. c) autonomia municipal;

§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica- d) prestação de contas da administração pública, direta e
se o disposto no art. 27. indireta.

§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de
Distrito Federal, da polícia civil, da polícia penal, da polícia impostos estaduais, compreendida a proveniente de
militar e do corpo de bombeiros militar.(Redação dada pela transferências, na manutenção e desenvolvimento do
Emenda Constitucional nº 104, de 2019) ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.(Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
SEÇÃO II
DOS TERRITÓRIOS Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a
União nos Municípios localizados em Território Federal,
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e exceto quando:
judiciária dos Territórios.
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos anos consecutivos, a dívida fundada;
quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV
deste Título. II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;

§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita
Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e
Contas da União. nas ações e serviços públicos de saúde; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
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IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade
para assegurar a observância de princípios indicados na do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
ordem ou de decisão judicial. livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois
I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo
anos, prorrogável uma vez, por igual período;
ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição
do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de
contra o Poder Judiciário; convocação, aquele aprovado em concurso público de
provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade
II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária,
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego,
de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior
na carreira;
Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral;
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por
III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
representação do Procurador-Geral da República, na
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira
hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei
nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em
federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45,
lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
de 2004)
assessoramento; (Redação dada pela Emenda
IV - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Constitucional nº 19, de 1998)
§ 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre
o prazo e as condições de execução e que, se couber, associação sindical;
nomeará o interventor, será submetido à apreciação do
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites
Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do
definidos em lei específica; (Redação dada pela Emenda
Estado, no prazo de vinte e quatro horas.
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos
Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária,
públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá
no mesmo prazo de vinte e quatro horas.
os critérios de sua admissão;
§ 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo
a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia
determinado para atender a necessidade temporária de
Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução
excepcional interesse público;
do ato impugnado, se essa medida bastar ao
restabelecimento da normalidade. X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de
que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou
§ 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades
alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa
afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo
em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na
impedimento legal.
mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela
CAPÍTULO VII Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Regulamento)
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
SEÇÃO I funções e empregos públicos da administração direta,
DISPOSIÇÕES GERAIS autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou
também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
Constitucional nº 19, de 1998) natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio
lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do
aprovação prévia em concurso público de provas ou de Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e

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cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso
Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do anterior, assim como a participação de qualquer delas em
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores empresa privada;
Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as
19.12.2003)
obras, serviços, compras e alienações serão contratados
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do mediante processo de licitação pública que assegure
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo igualdade de condições a todos os concorrentes, com
Poder Executivo; cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de
técnica e econômica indispensáveis à garantia do
pessoal do serviço público; (Redação dada pela Emenda
cumprimento das obrigações. (Regulamento)
Constitucional nº 19, de 1998)
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados,
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor
do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais
público não serão computados nem acumulados para fins de
ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de
concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela
carreiras específicas, terão recursos prioritários para a
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
realização de suas atividades e atuarão de forma integrada,
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e inclusive com o compartilhamento de cadastros e de
empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto informações fiscais, na forma da lei ou convênio. (Incluído
nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
Constitucional nº 19, de 1998)
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos educativo, informativo ou de orientação social, dela não
públicos, exceto, quando houver compatibilidade de podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de servidores públicos.
1998)
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) responsável, nos termos da lei.
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na
científico; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, administração pública direta e indireta, regulando
de 1998) especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998)
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais
de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos
pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001) em geral, asseguradas a manutenção de serviços de
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e
interna, da qualidade dos serviços; (Incluído pela Emenda
funções e abrange autarquias, fundações, empresas
Constitucional nº 19, de 1998)
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a
poder público; (Redação dada pela Emenda Constitucional informações sobre atos de governo, observado o disposto
nº 19, de 1998) no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998)
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais
terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, III - a disciplina da representação contra o exercício
precedência sobre os demais setores administrativos, na negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na
forma da lei; administração pública. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia
e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a
de economia mista e de fundação, cabendo à lei suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública,
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação
de 1998) penal cabível.

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§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos § 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que readaptado para exercício de cargo cujas atribuições e
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que
de ressarcimento. tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto
permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino,
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
mantida a remuneração do cargo de origem. (Incluído pela
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa. § 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo
de contribuição decorrente de cargo, emprego ou função
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao
pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social,
ocupante de cargo ou emprego da administração direta e
acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido
indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.
tempo de contribuição. (Incluído pela Emenda
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
§ 15. É vedada a complementação de aposentadorias de
órgãos e entidades da administração direta e indireta
servidores públicos e de pensões por morte a seus
poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 14
seus administradores e o poder público, que tenha por
a 16 do art. 40 ou que não seja prevista em lei que extinga
objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou
regime próprio de previdência social. (Incluído pela Emenda
entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 38. Ao servidor público da administração direta,
I - o prazo de duração do contrato;
autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela
direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - a remuneração do pessoal." I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou
distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e
às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do
receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela
Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de sua remuneração;
pessoal ou de custeio em geral. (Incluído pela Emenda
III - investido no mandato de Vereador, havendo
Constitucional nº 19, de 1998)
compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do
aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será
com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, aplicada a norma do inciso anterior;
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o
Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão
exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será
declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (Incluído
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
por merecimento;
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de
remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste
previdência social, permanecerá filiado a esse regime, no
artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
ente federativo de origem. (Redação dada pela Emenda
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste
SEÇÃO II
artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar,
em seu âmbito, mediante emenda às respectivas DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº
mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de 18, DE 1998)
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Municípios instituirão, no âmbito de sua competência,
Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto regime jurídico único e planos de carreira para os servidores
neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e da administração pública direta, das autarquias e das
Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4)
Constitucional nº 47, de 2005)
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Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço
Municípios instituirão conselho de política de administração público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de
e remuneração de pessoal, integrado por servidores produtividade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
designados pelos respectivos Poderes (Redação dada pela de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em
4)
carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
componentes do sistema remuneratório observará:
§ 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
temporário ou vinculadas ao exercício de função de
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo
dos cargos componentes de cada carreira; (Incluído pela efetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 2019)
II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela Emenda Art. 40. O regime próprio de previdência social dos
Constitucional nº 19, de 1998) servidores titulares de cargos efetivos terá caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição do
III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda
respectivo ente federativo, de servidores ativos, de
Constitucional nº 19, de 1998)
aposentados e de pensionistas, observados critérios que
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. (Redação dada
escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência
cursos um dos requisitos para a promoção na carreira,
social será aposentado: (Redação dada pela Emenda
facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos
Constitucional nº 103, de 2019)
entre os entes federados. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo
em que estiver investido, quando insuscetível de
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o
readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização
disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII,
de avaliações periódicas para verificação da continuidade
XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer
das condições que ensejaram a concessão da
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do
aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente
cargo o exigir. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
federativo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
de 1998)
103, de 2019)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao
Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais
tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou
serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em
aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
complementar; (Redação dada pela Emenda Constitucional
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra
nº 88, de 2015)
espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o
disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de
Constitucional nº 19, de 1998) idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade,
se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante
Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a
emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas,
menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em
observados o tempo de contribuição e os demais requisitos
qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. (Incluído pela
estabelecidos em lei complementar do respectivo ente
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário 103, de 2019)
publicarão anualmente os valores do subsídio e da
§ 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser
remuneração dos cargos e empregos públicos. (Incluído pela
inferiores ao valor mínimo a que se refere o § 2º do art. 201
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Geral de Previdência Social, observado o disposto nos §§ 14
Municípios disciplinará a aplicação de recursos a 16. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
orçamentários provenientes da economia com despesas 2019)
correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para
aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e
produtividade, treinamento e desenvolvimento,
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§ 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria sofrida no exercício ou em razão da função. (Redação dada
serão disciplinadas em lei do respectivo ente federativo. pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido,
§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios até o limite máximo estabelecido para os benefícios do
diferenciados para concessão de benefícios em regime regime geral de previdência social de que trata o art. 201,
próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§ acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este
4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. (Redação dada pela Emenda limite, caso aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela
Constitucional nº 103, de 2019) Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no
respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite
diferenciados para aposentadoria de servidores com máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de
deficiência, previamente submetidos a avaliação previdência social de que trata o art. 201, acrescido de
biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso
interdisciplinar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº em atividade na data do óbito. (Incluído pela Emenda
103, de 2019) Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do § 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para
respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real,
diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela
agente penitenciário, de agente socioeducativo ou de Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art.
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou
51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput
municipal será contado para fins de aposentadoria,
do art. 144. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo
2019)
de serviço correspondente será contado para fins de
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do disponibilidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional
respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição nº 103, de 2019)
diferenciados para aposentadoria de servidores cujas
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de
atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes
contagem de tempo de contribuição fictício. (Incluído pela
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
associação desses agentes, vedada a caracterização por
categoria profissional ou ocupação. (Incluído pela Emenda § 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos
Constitucional nº 103, de 2019) proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da
acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de
§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima
outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral
reduzida em 5 (cinco) anos em relação às idades decorrentes
de previdência social, e ao montante resultante da adição de
da aplicação do disposto no inciso III do § 1º, desde que
proventos de inatividade com remuneração de cargo
comprovem tempo de efetivo exercício das funções de
acumulável na forma desta Constituição, cargo em
magistério na educação infantil e no ensino fundamental e
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração,
médio fixado em lei complementar do respectivo ente
e de cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
20, de 15/12/98)
103, de 2019)
§ 12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos
regime próprio de previdência social, no que couber, os
acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a
requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de
percepção de mais de uma aposentadoria à conta de regime
Previdência Social. (Redação dada pela Emenda
próprio de previdência social, aplicando-se outras vedações,
Constitucional nº 103, de 2019)
regras e condições para a acumulação de benefícios
previdenciários estabelecidas no Regime Geral de § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente,
Previdência Social. (Redação dada pela Emenda de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
Constitucional nº 103, de 2019) exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato
eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de
§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se
Previdência Social. (Redação dada pela Emenda
tratar da única fonte de renda formal auferida pelo
Constitucional nº 103, de 2019)
dependente, o benefício de pensão por morte será
concedido nos termos de lei do respectivo ente federativo, a § 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte dos instituirão, por lei de iniciativa do respectivo Poder
servidores de que trata o § 4º-B decorrente de agressão Executivo, regime de previdência complementar para

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servidores públicos ocupantes de cargo efetivo, observado o quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de
limite máximo dos benefícios do Regime Geral de doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Constitucional
Previdência Social para o valor das aposentadorias e das nº 47, de 2005) (Revogado pela Emenda Constitucional nº
pensões em regime próprio de previdência social, 103, de 2019) (Vigência) (Vide Emenda Constitucional nº
ressalvado o disposto no § 16. (Redação dada pela Emenda 103, de 2019)
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o previdência social, lei complementar federal estabelecerá,
§ 14 oferecerá plano de benefícios somente na modalidade para os que já existam, normas gerais de organização, de
contribuição definida, observará o disposto no art. 202 e funcionamento e de responsabilidade em sua gestão,
será efetivado por intermédio de entidade fechada de dispondo, entre outros aspectos, sobre: (Incluído pela
previdência complementar ou de entidade aberta de Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
previdência complementar. (Redação dada pela Emenda
I - requisitos para sua extinção e consequente migração para
Constitucional nº 103, de 2019)
o Regime Geral de Previdência Social; (Incluído pela
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que
II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos
tiver ingressado no serviço público até a data da publicação
recursos; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
do ato de instituição do correspondente regime de
2019)
previdência complementar. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 20, de 15/12/98) III - fiscalização pela União e controle externo e social;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o
cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; (Incluído
atualizados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
V - condições para instituição do fundo com finalidade
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de previdenciária de que trata o art. 249 e para vinculação a ele
aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que dos recursos provenientes de contribuições e dos bens,
trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido direitos e ativos de qualquer natureza; (Incluído pela
para os benefícios do regime geral de previdência social de Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido
VI - mecanismos de equacionamento do deficit atuarial;
para os servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído pela
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime,
§ 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do
observados os princípios relacionados com governança,
respectivo ente federativo, o servidor titular de cargo
controle interno e transparência; (Incluído pela Emenda
efetivo que tenha completado as exigências para a
Constitucional nº 103, de 2019)
aposentadoria voluntária e que opte por permanecer em
atividade poderá fazer jus a um abono de permanência VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles
equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição que desempenhem atribuições relacionadas, direta ou
previdenciária, até completar a idade para aposentadoria indiretamente, com a gestão do regime; (Incluído pela
compulsória. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
103, de 2019)
IX - condições para adesão a consórcio público; (Incluído
§ 20. É vedada a existência de mais de um regime próprio de pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
previdência social e de mais de um órgão ou entidade
X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição
gestora desse regime em cada ente federativo, abrangidos
de alíquota de contribuições ordinárias e extraordinárias.
todos os poderes, órgãos e entidades autárquicas e
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
fundacionais, que serão responsáveis pelo seu
financiamento, observados os critérios, os parâmetros e a Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os
natureza jurídica definidos na lei complementar de que trata servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
o § 22. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda
de 2019) Constitucional nº 19, de 1998)
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação
apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
de pensão que superem o dobro do limite máximo
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
estabelecido para os benefícios do regime geral de
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição,

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II - mediante processo administrativo em que lhe seja SEÇÃO IV


assegurada ampla defesa; (Incluído pela Emenda DAS REGIÕES
Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá
III - mediante procedimento de avaliação periódica de articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das
ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, desigualdades regionais.
de 1998)
§ 1º - Lei complementar disporá sobre:
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor
estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, I - as condições para integração de regiões em
se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a desenvolvimento;
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em II - a composição dos organismos regionais que executarão,
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo na forma da lei, os planos regionais, integrantes dos planos
de serviço. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº nacionais de desenvolvimento econômico e social,
19, de 1998) aprovados juntamente com estes.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o § 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de
servidor estável ficará em disponibilidade, com outros, na forma da lei:
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu
adequado aproveitamento em outro cargo. (Redação dada I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) custos e preços de responsabilidade do Poder Público;

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é II - juros favorecidos para financiamento de atividades
obrigatória a avaliação especial de desempenho por prioritárias;
comissão instituída para essa finalidade. (Incluído pela III - isenções, reduções ou diferimento temporário de
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas;
SEÇÃO III IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social
DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas
FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.
(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº § 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará
18, DE 1998) a recuperação de terras áridas e cooperará com os pequenos
Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de e médios proprietários rurais para o estabelecimento, em
Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na suas glebas, de fontes de água e de pequena irrigação.
hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito TÍTULO IV
Federal e dos Territórios. (Redação dada pela Emenda DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
Constitucional nº 18, de 1998) (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito 80, DE 2014)
Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em CAPÍTULO I
lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. DO PODER LEGISLATIVO
142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre SEÇÃO I
as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos DO CONGRESSO NACIONAL
oficiais conferidas pelos respectivos governadores.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso
15/12/98) Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal.
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado em lei Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro
específica do respectivo ente estatal. (Redação dada pela anos.
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de
§ 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional,
e dos Territórios o disposto no art. 37, inciso XVI, com em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
prevalência da atividade militar. (Incluído pela Emenda § 1º O número total de Deputados, bem como a
Constitucional nº 101, de 2019) representação por Estado e pelo Distrito Federal, será
estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à
população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano

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anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da
da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta administração pública; (Redação dada pela Emenda
Deputados. Constitucional nº 32, de 2001)
§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados. XII - telecomunicações e radiodifusão;
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições
Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio financeiras e suas operações;
majoritário.
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três mobiliária federal.
Senadores, com mandato de oito anos.
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II;
será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, 153, III; e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda
por um e dois terços. Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes. Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos
deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão internacionais que acarretem encargos ou compromissos
tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta gravosos ao patrimônio nacional;
de seus membros.
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a
SEÇÃO II celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem
DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do complementar;
Presidente da República, não exigida esta para o
especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República
matérias de competência da União, especialmente sobre: a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a
quinze dias;
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal,
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma
anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de dessas medidas;
curso forçado;
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de delegação legislativa;
desenvolvimento; VI - mudar temporariamente sua sede;
V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os
bens do domínio da União; Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º,
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda
de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Constitucional nº 19, de 1998)
Assembléias Legislativas; VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente
VII - transferência temporária da sede do Governo Federal; da República e dos Ministros de Estado, observado o que
dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
VIII - concessão de anistia; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente
Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos
organização judiciária e do Ministério Público do Distrito planos de governo;
Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69,
de 2012) (Produção de efeito) X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de
suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da
X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos administração indireta;
e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84,
VI, b; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa
2001) em face da atribuição normativa dos outros Poderes;

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XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão V - eleger membros do Conselho da República, nos termos
de emissoras de rádio e televisão; do art. 89, VII.
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de SEÇÃO IV
Contas da União; DO SENADO FEDERAL
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
atividades nucleares;
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; República nos crimes de responsabilidade, bem como os
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do
aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza
riquezas minerais; conexos com aqueles (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 23, de 02/09/99)
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de
terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal
hectares. Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do
Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes
qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de de responsabilidade; (Redação dada pela Emenda
Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente Constitucional nº 45, de 2004)
subordinados à Presidência da República para prestarem,
pessoalmente, informações sobre assunto previamente III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição
determinado, importando crime de responsabilidade a pública, a escolha de:
ausência sem justificação adequada. (Redação dada pela a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;
Emenda Constitucional de Revisão nº 2, de 1994)
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo
§ 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Presidente da República;
Federal, à Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas
Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos c) Governador de Território;
com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de d) Presidente e diretores do banco central;
seu Ministério.
e) Procurador-Geral da República;
§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal poderão encaminhar pedidos escritos de f) titulares de outros cargos que a lei determinar;
informações a Ministros de Estado ou a qualquer das IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição
pessoas referidas no caput deste artigo, importando em em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão
crime de responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, diplomática de caráter permanente;
no prazo de trinta dias, bem como a prestação de
informações falsas. (Redação dada pela Emenda V - autorizar operações externas de natureza financeira, de
Constitucional de Revisão nº 2, de 1994) interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios;
SEÇÃO III
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites
DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
globais para o montante da dívida consolidada da União,
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração VII - dispor sobre limites globais e condições para as
de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da operações de crédito externo e interno da União, dos
República e os Ministros de Estado; Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas
autarquias e demais entidades controladas pelo Poder
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República,
Público federal;
quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de
garantia da União em operações de crédito externo e
III - elaborar seu regimento interno;
interno;
IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos
funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da
Municípios;
respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
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X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei § 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa
declarada inconstitucional por decisão definitiva do respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias
Supremo Tribunal Federal; do seu recebimento pela Mesa Diretora. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a
exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República § 5º A sustação do processo suspende a prescrição,
antes do término de seu mandato; enquanto durar o mandato. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 35, de 2001)
XII - elaborar seu regimento interno;
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,
testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que
funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da
lhes confiaram ou deles receberam informações. (Redação
respectiva remuneração, observados os parâmetros
dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e
Senadores, embora militares e ainda que em tempo de
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos
guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.
do art. 89, VII.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão
Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes,
durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas
e o desempenho das administrações tributárias da União,
mediante o voto de dois terços dos membros da Casa
dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído
respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, execução da medida. (Incluído pela Emenda Constitucional
funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, nº 35, de 2001)
limitando-se a condenação, que somente será proferida por
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:
dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo,
com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função I - desde a expedição do diploma:
pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito
SEÇÃO V público, autarquia, empresa pública, sociedade de
DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES economia mista ou empresa concessionária de serviço
público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e uniformes;
penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e
votos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego
2001) remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad
nutum", nas entidades constantes da alínea anterior;
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do
diploma, serão submetidos a julgamento perante o II - desde a posse:
Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Emenda a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa
Constitucional nº 35, de 2001) que goze de favor decorrente de contrato com pessoa
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do jurídica de direito público, ou nela exercer função
Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em remunerada;
flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad
remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a";
para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva
sobre a prisão. (Redação dada pela Emenda Constitucional c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das
nº 35, de 2001) entidades a que se refere o inciso I, "a";

§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público
crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal eletivo.
Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
partido político nela representado e pelo voto da maioria de
seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no
andamento da ação. (Redação dada pela Emenda artigo anterior;
Constitucional nº 35, de 2001) II - cujo procedimento for declarado incompatível com o
decoro parlamentar;
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III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à agosto a 22 de dezembro. (Redação dada pela Emenda
terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, Constitucional nº 50, de 2006)
salvo licença ou missão por esta autorizada;
§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; transferidas para o primeiro dia útil subseqüente, quando
recaírem em sábados, domingos ou feriados.
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos
nesta Constituição; § 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a
aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada
em julgado. § 3º Além de outros casos previstos nesta Constituição, a
Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em
§ 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos
sessão conjunta para:
casos definidos no regimento interno, o abuso das
prerrogativas asseguradas a membro do Congresso I - inaugurar a sessão legislativa;
Nacional ou a percepção de vantagens indevidas.
II - elaborar o regimento comum e regular a criação de
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será serviços comuns às duas Casas;
decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado
III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-
Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da
Presidente da República;
respectiva Mesa ou de partido político representado no
Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. (Redação IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar.
dada pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013)
§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões
§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da
declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou legislatura, para a posse de seus membros e eleição das
mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a
partido político representado no Congresso Nacional, recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente
assegurada ampla defesa. subseqüente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
50, de 2006)
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que
vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste § 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo
artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão
de que tratam os §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos
Constitucional de Revisão nº 6, de 1994) equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado
Federal.
Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:
§ 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de
far-se-á: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50,
Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de
de 2006)
Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão
diplomática temporária; I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de
decretação de estado de defesa ou de intervenção federal,
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou
de pedido de autorização para a decretação de estado de
para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde
sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do
que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte
Vice-Presidente da República;
dias por sessão legislativa.
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da
§ 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de
Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a
investidura em funções previstas neste artigo ou de licença
requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas,
superior a cento e vinte dias.
em caso de urgência ou interesse público relevante, em
§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria
eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
para o término do mandato. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)
§ 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá § 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso
optar pela remuneração do mandato. Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi
convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo,
SEÇÃO VI
vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da
DAS REUNIÕES
convocação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na 50, de 2006)
Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de

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§ 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de SEÇÃO VIII


convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão DO PROCESSO LEGISLATIVO
elas automaticamente incluídas na pauta da convocação. SUBSEÇÃO I
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) DISPOSIÇÃO GERAL
SEÇÃO VII Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
DAS COMISSÕES
I - emendas à Constituição;
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões
permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as II - leis complementares;
atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de III - leis ordinárias;
que resultar sua criação.
IV - leis delegadas;
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é
assegurada, tanto quanto possível, a representação V - medidas provisórias;
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que VI - decretos legislativos;
participam da respectiva Casa.
VII - resoluções.
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência,
cabe: Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a
elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do
regimento, a competência do Plenário, salvo se houver SUBSEÇÃO II
recurso de um décimo dos membros da Casa; DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO

II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante
civil; proposta:

III - convocar Ministros de Estado para prestar informações I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos
sobre assuntos inerentes a suas atribuições; Deputados ou do Senado Federal;

IV - receber petições, reclamações, representações ou II - do Presidente da República;


queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das
autoridades ou entidades públicas; unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas,
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; pela maioria relativa de seus membros.

VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de
e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de
sítio.
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão
poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do
além de outros previstos nos regimentos das respectivas Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se
Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos
Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante respectivos membros.
requerimento de um terço de seus membros, para a § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas
apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério respectivo número de ordem.
Público, para que promova a responsabilidade civil ou
criminal dos infratores. § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda
tendente a abolir:
§ 4º Durante o recesso, haverá uma Comissão
representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas I - a forma federativa de Estado;
na última sessão ordinária do período legislativo, com II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
atribuições definidas no regimento comum, cuja
composição reproduzirá, quanto possível, a III - a separação dos Poderes;
proporcionalidade da representação partidária. IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada
ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova
proposta na mesma sessão legislativa.

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SUBSEÇÃO III a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos


DAS LEIS políticos e direito eleitoral; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001)
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias
cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos b) direito penal, processual penal e processual civil; (Incluído
Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a
aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República carreira e a garantia de seus membros; (Incluído pela
e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Constituição.
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto
leis que: no art. 167, § 3º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32,
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; de 2001)

II - disponham sobre: II – que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança


popular ou qualquer outro ativo financeiro; (Incluído pela
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração; III – reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001)
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária
e orçamentária, serviços públicos e pessoal da IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo
administração dos Territórios; Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do
Presidente da República. (Incluído pela Emenda
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime Constitucional nº 32, de 2001)
jurídico, provimento de cargos, estabilidade e
aposentadoria; (Redação dada pela Emenda Constitucional § 2º Medida provisória que implique instituição ou
nº 18, de 1998) majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I,
II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia
da União, bem como normas gerais para a organização do daquele em que foi editada. (Incluído pela Emenda
Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Constitucional nº 32, de 2001)
Distrito Federal e dos Territórios;
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem
administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável,
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as
provimento de cargos, promoções, estabilidade, relações jurídicas delas decorrentes. (Incluído pela Emenda
remuneração, reforma e transferência para a reserva. Constitucional nº 32, de 2001)
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) § 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos
à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no de recesso do Congresso Nacional (Incluído pela Emenda
mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído Constitucional nº 32, de 2001)
pelo menos por cinco Estados, com não menos de três § 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso
décimos por cento dos eleitores de cada um deles. Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos
República poderá adotar medidas provisórias, com força de constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32,
lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso de 2001)
Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, § 6º Se a medida provisória não for apreciada em até
de 2001) quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até
que se ultime a votação, todas as demais deliberações
I – relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de legislativas da Casa em que estiver tramitando (Incluído pela
2001) Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

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§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a § 4º Os prazos do § 2º não correm nos períodos de recesso
vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta do Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de
dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação código.
encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. (Incluído
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto
pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
pela outra, em um só turno de discussão e votação, e
§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o
Câmara dos Deputados. (Incluído pela Emenda aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
Constitucional nº 32, de 2001)
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa
§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores iniciadora.
examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer,
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação
antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo
enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que,
plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
aquiescendo, o sancionará.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de
todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse
medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha
público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze
perdido sua eficácia por decurso de prazo. (Incluído pela
dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará,
Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º Federal os motivos do veto.
até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de
medida provisória, as relações jurídicas constituídas e
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
decorrentes de atos praticados durante sua vigência
conservar-se-ão por ela regidas. (Incluído pela Emenda § 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do
Constitucional nº 32, de 2001) Presidente da República importará sanção.
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto § 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de
original da medida provisória, esta manter-se-á trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser
integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e
o projeto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de Senadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
2001) 76, de 2013)
Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista: § 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para
promulgação, ao Presidente da República.
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da
República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º; § 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º,
o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata,
II - nos projetos sobre organização dos serviços
sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público.
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de
horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º,
iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal
o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer
Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara
em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-
dos Deputados.
lo.
§ 1º O Presidente da República poderá solicitar urgência
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado
para apreciação de projetos de sua iniciativa.
somente poderá constituir objeto de novo projeto, na
§ 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria
Federal não se manifestarem sobre a proposição, cada qual absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso
sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se- Nacional.
ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente
Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional
da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso
determinado, até que se ultime a votação. (Redação dada
Nacional.
pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência
§ 3º A apreciação das emendas do Senado Federal pela
exclusiva do Congresso Nacional, os de competência
Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias,
privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal,
observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.

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a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
sobre: ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório;
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a
carreira e a garantia de seus membros; IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e
inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil,
eleitorais;
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e unidades administrativas dos Poderes Legislativo,
orçamentos. Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no
inciso II;
§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de
resolução do Congresso Nacional, que especificará seu V - fiscalizar as contas nacionais das empresas
conteúdo e os termos de seu exercício. supranacionais de cujo capital social a União participe, de
forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo
Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados
qualquer emenda. pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros
instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por
Município;
maioria absoluta.
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso
SEÇÃO IX
Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E
respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil,
ORÇAMENTÁRIA financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, resultados de auditorias e inspeções realizadas;
operacional e patrimonial da União e das entidades da VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de
administração direta e indireta, quanto à legalidade, despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, proporcional ao dano causado ao erário;
mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno de cada Poder. IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou verificada ilegalidade;
jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado,
pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao
assuma obrigações de natureza pecuniária. (Redação Senado Federal;
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ou abusos apurados.
será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, § 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado
ao qual compete: diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
da República, mediante parecer prévio que deverá ser § 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo
elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no
II - julgar as contas dos administradores e demais parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da § 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de
administração direta e indireta, incluídas as fundações e débito ou multa terão eficácia de título executivo.
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público
federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, § 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional,
extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao trimestral e anualmente, relatório de suas atividades.
erário público; Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art.
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de 166, §1º, diante de indícios de despesas não autorizadas,
admissão de pessoal, a qualquer título, na administração ainda que sob a forma de investimentos não programados
direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações governamental responsável que, no prazo de cinco dias,
para cargo de provimento em comissão, bem como a das preste os esclarecimentos necessários.

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§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à


estes insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e
pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de patrimonial nos órgãos e entidades da administração
trinta dias. federal, bem como da aplicação de recursos públicos por
entidades de direito privado;
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão,
se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave III - exercer o controle das operações de crédito, avais e
lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional garantias, bem como dos direitos e haveres da União;
sua sustação.
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove institucional.
Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem
pessoal e jurisdição em todo o território nacional,
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade,
exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art.
dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena
96. .
de responsabilidade solidária.
§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou
nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes
sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar
requisitos:
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas
I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de da União.
idade;
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no
II - idoneidade moral e reputação ilibada; que couber, à organização, composição e fiscalização dos
Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem
III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis,
como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.
econômicos e financeiros ou de administração pública;
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva
os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados
atividade profissional que exija os conhecimentos
por sete Conselheiros.
mencionados no inciso anterior.
CAPÍTULO II
§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão
DO PODER EXECUTIVO
escolhidos:
SEÇÃO I
I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA
Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre REPÚBLICA
auditores e membros do Ministério Público junto ao
Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da
os critérios de antigüidade e merecimento; República, auxiliado pelos Ministros de Estado.
II - dois terços pelo Congresso Nacional. Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da
República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro
§ 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as
domingo de outubro, em primeiro turno, e no último
mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos,
domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano
vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior
anterior ao do término do mandato presidencial vigente.
Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 1º A eleição do Presidente da República importará a do
Vice-Presidente com ele registrado.
§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as
mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no § 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que,
exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de
Tribunal Regional Federal. votos, não computados os em branco e os nulos.
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário § 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na
manterão, de forma integrada, sistema de controle interno primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias
com a finalidade de: após a proclamação do resultado, concorrendo os dois
candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano
que obtiver a maioria dos votos válidos.
plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União; § 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte,
desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-
se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

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§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos
em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma previstos nesta Constituição;
votação, qualificar-se-á o mais idoso.
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como
Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
tomarão posse em sessão do Congresso Nacional,
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a
Constituição, observar as leis, promover o bem geral do VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela
povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
independência do Brasil.
a) organização e funcionamento da administração federal,
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de extinção de órgãos públicos Incluída pela Emenda
força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado Constitucional nº 32, de 2001)
vago.
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de seus representantes diplomáticos;
outras atribuições que lhe forem conferidas por lei
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais,
complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele
sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
convocado para missões especiais.
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-
Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão X - decretar e executar a intervenção federal;
sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso
Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal
Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa,
e o do Supremo Tribunal Federal.
expondo a situação do País e solicitando as providências que
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente julgar necessárias;
da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
a última vaga.
necessário, dos órgãos instituídos em lei;
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas,
presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta
nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da
dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na
Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los
forma da lei.
para os cargos que lhes são privativos; (Redação dada pela
§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99)
período de seus antecessores.
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os
Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-
da sua eleição. (Redação dada pela Emenda Constitucional Geral da República, o presidente e os diretores do banco
nº 16, de 1997) central e outros servidores, quando determinado em lei;
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros
poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do Tribunal de Contas da União;
do País por período superior a quinze dias, sob pena de
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta
perda do cargo.
Constituição, e o Advogado-Geral da União;
SEÇÃO II
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA termos do art. 89, VII;
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o
República: Conselho de Defesa Nacional;
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira,
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele,
superior da administração federal; quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas
mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a
mobilização nacional;
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XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou
Congresso Nacional; queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do
processo pelo Senado Federal.
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar,
que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou § 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o
nele permaneçam temporariamente; julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do
Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o
processo.
projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de
orçamento previstos nesta Constituição; § 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas
infrações comuns, o Presidente da República não estará
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro
sujeito a prisão.
de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as
contas referentes ao exercício anterior; § 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato,
não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na
exercício de suas funções.
forma da lei;
CAPÍTULO III
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos
DO PODER JUDICIÁRIO
termos do art. 62;
SEÇÃO I
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta DISPOSIÇÕES GERAIS
Constituição.
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar
as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, I - o Supremo Tribunal Federal;
primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador- I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda
Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que Constitucional nº 45, de 2004)
observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
II - o Superior Tribunal de Justiça;
SEÇÃO III
DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda
REPÚBLICA Constitucional nº 92, de 2016)
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do
Presidente da República que atentem contra a Constituição IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
Federal e, especialmente, contra:
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
I - a existência da União;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário,
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e
do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das
Territórios.
unidades da Federação;
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital
IV - a segurança interna do País; Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
V - a probidade na administração;
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores
VI - a lei orçamentária;
têm jurisdição em todo o território nacional. (Incluído pela
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo
especial, que estabelecerá as normas de processo e Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura,
julgamento. observados os seguintes princípios:
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz
República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será substituto, mediante concurso público de provas e títulos,
ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em
Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no
Federal, nos crimes de responsabilidade. mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se,
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:
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nas nomeações, à ordem de classificação; (Redação dada VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) autorização do tribunal; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente,
por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado,
normas: por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da
maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes
Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; (Redação
consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento;
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de
VIII-A a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de
exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira
comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao
quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não
disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso II; (Incluído pela
houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário
pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob
exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento
pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados,
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do
d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique
recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois o interesse público à informação; (Redação dada pela
terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-
X as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas
se a indicação; (Redação dada pela Emenda Constitucional
e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo
nº 45, de 2004)
voto da maioria absoluta de seus membros; (Redação dada
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
autos em seu poder além do prazo legal, não podendo
XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco
devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para
III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais
antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se
última ou única entrância; (Redação dada pela Emenda metade das vagas por antigüidade e a outra metade por
Constitucional nº 45, de 2004) eleição pelo tribunal pleno; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
IV previsão de cursos oficiais de preparação,
aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado
etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau,
participação em curso oficial ou reconhecido por escola funcionando, nos dias em que não houver expediente
nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; forense normal, juízes em plantão permanente; (Incluído
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores XIII o número de juízes na unidade jurisdicional será
corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva
mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal população; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados 2004)
em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme
XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos
as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional,
de administração e atos de mero expediente sem caráter
não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a
decisório; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a
2004)
noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros
dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o XV a distribuição de processos será imediata, em todos os
disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; (Redação dada pela graus de jurisdição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 45, de 2004)
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais
dependentes observarão o disposto no art. 40; (Redação Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) Territórios será composto de membros, do Ministério
Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados
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de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de
de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em confiança assim definidos em lei;
lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus
classes.
membros e aos juízes e servidores que lhes forem
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará imediatamente vinculados;
lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e
dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para
aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo
nomeação.
respectivo, observado o disposto no art. 169:
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
a) a alteração do número de membros dos tribunais
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida inferiores;
após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo,
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus
nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver
serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados,
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial
bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos
transitada em julgado;
juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
na forma do art. 93, VIII; 19.12.2003)
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou Ministério Público, nos crimes comuns e de
função, salvo uma de magistério; responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral.
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou
participação em processo; Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus
membros ou dos membros do respectivo órgão especial
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei
IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou ou ato normativo do Poder Público.
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei Incluído
Estados criarão:
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou
V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou,
togados e leigos, competentes para a conciliação, o
antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por
julgamento e a execução de causas cíveis de menor
aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda
complexidade e infrações penais de menor potencial
Constitucional nº 45, de 2004)
ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo,
Art. 96. Compete privativamente: permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o
julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro
I - aos tribunais:
grau;
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos
internos, com observância das normas de processo e das
eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato
garantias processuais das partes, dispondo sobre a
de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar
competência e o funcionamento dos respectivos órgãos
casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação
jurisdicionais e administrativos;
apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras
juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da previstas na legislação.
atividade correicional respectiva;
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de no âmbito da Justiça Federal. (Renumerado pela Emenda
juiz de carreira da respectiva jurisdição; Constitucional nº 45, de 2004)
d) propor a criação de novas varas judiciárias; § 2º As custas e emolumentos serão destinados
exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e
títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os
194
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específicas da Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional aqueles referidos no § 2º deste artigo. (Redação dada pela
nº 45, de 2004) Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia § 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares,
administrativa e financeira. originários ou por sucessão hereditária, tenham 60
(sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias
grave, ou pessoas com deficiência, assim definidos na forma
dentro dos limites estipulados conjuntamente com os
da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais
demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
débitos, até o valor equivalente ao triplo fixado em lei para
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o
tribunais interessados, compete: fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante
será pago na ordem cronológica de apresentação do
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal
precatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos
94, de 2016)
respectivos tribunais;
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e
expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de
Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a
obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as
aprovação dos respectivos tribunais.
Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença
§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as judicial transitada em julgado. (Redação dada pela Emenda
respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo Constitucional nº 62, de 2009).
estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por
Executivo considerará, para fins de consolidação da
leis próprias, valores distintos às entidades de direito
proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei
público, segundo as diferentes capacidades econômicas,
orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites
sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime
estipulados na forma do § 1º deste artigo. (Incluído pela
geral de previdência social. (Redação dada pela Emenda
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Constitucional nº 62, de 2009).
§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de
forem encaminhadas em desacordo com os limites
direito público, de verba necessária ao pagamento de seus
estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá
débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado,
aos ajustes necessários para fins de consolidação da
constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de
proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda
julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício
Constitucional nº 45, de 2004)
seguinte, quando terão seus valores atualizados
§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não monetariamente. (Redação dada pela Emenda
poderá haver a realização de despesas ou a assunção de Constitucional nº 62, de 2009).
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente
consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares
Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda
ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
determinar o pagamento integral e autorizar, a
2004)
requerimento do credor e exclusivamente para os casos de
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas preterimento de seu direito de precedência ou de não
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do
sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem seu débito, o sequestro da quantia respectiva. (Redação
cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos
comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a
adicionais abertos para este fim. (Redação dada pela
liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de
Emenda Constitucional nº 62, de 2009). (Vide Emenda
responsabilidade e responderá, também, perante o
Constitucional nº 62, de 2009)
Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela Emenda
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem Constitucional nº 62, de 2009).
aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos,
§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares
pensões e suas complementações, benefícios
ou suplementares de valor pago, bem como o
previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez,
fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução
fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença
para fins de enquadramento de parcela do total ao que
judicial transitada em julgado, e serão pagos com
preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre
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dispõe o § 3º deste artigo. (Incluído pela Emenda § 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
Constitucional nº 62, de 2009). aferirão mensalmente, em base anual, o comprometimento
de suas respectivas receitas correntes líquidas com o
§ 9º No momento da expedição dos precatórios,
pagamento de precatórios e obrigações de pequeno valor.
independentemente de regulamentação, deles deverá ser
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
abatido, a título de compensação, valor correspondente aos
débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e § 18. Entende-se como receita corrente líquida, para os fins
constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública de que trata o § 17, o somatório das receitas tributárias,
devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e
ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em de serviços, de transferências correntes e outras receitas
virtude de contestação administrativa ou judicial. (Incluído correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). Constituição Federal, verificado no período compreendido
pelo segundo mês imediatamente anterior ao de referência
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal
e os 11 (onze) meses precedentes, excluídas as duplicidades,
solicitará à Fazenda Pública devedora, para resposta em até
e deduzidas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de
30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento,
2016)
informação sobre os débitos que preencham as condições
estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. (Incluído I - na União, as parcelas entregues aos Estados, ao Distrito
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). Federal e aos Municípios por determinação constitucional;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da
entidade federativa devedora, a entrega de créditos em II - nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por
precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo determinação constitucional; (Incluído pela Emenda
ente federado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, Constitucional nº 94, de 2016)
de 2009).
III - na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, Municípios, a contribuição dos servidores para custeio de
a atualização de valores de requisitórios, após sua seu sistema de previdência e assistência social e as receitas
expedição, até o efetivo pagamento, independentemente provenientes da compensação financeira referida no § 9º do
de sua natureza, será feita pelo índice oficial de art. 201 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda
remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins Constitucional nº 94, de 2016)
de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo
§ 19. Caso o montante total de débitos decorrentes de
percentual de juros incidentes sobre a caderneta de
condenações judiciais em precatórios e obrigações de
poupança, ficando excluída a incidência de juros
pequeno valor, em período de 12 (doze) meses, ultrapasse a
compensatórios (Incluído pela Emenda Constitucional nº
média do comprometimento percentual da receita corrente
62, de 2009).
líquida nos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores, a
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus parcela que exceder esse percentual poderá ser financiada,
créditos em precatórios a terceiros, independentemente da excetuada dos limites de endividamento de que tratam os
concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o incisos VI e VII do art. 52 da Constituição Federal e de
disposto nos §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional quaisquer outros limites de endividamento previstos, não se
nº 62, de 2009). aplicando a esse financiamento a vedação de vinculação de
receita prevista no inciso IV do art. 167 da Constituição
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos
Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de
após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao
2016)
tribunal de origem e à entidade devedora. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 62, de 2009). § 20. Caso haja precatório com valor superior a 15% (quinze
por cento) do montante dos precatórios apresentados nos
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei
termos do § 5º deste artigo, 15% (quinze por cento) do valor
complementar a esta Constituição Federal poderá
deste precatório serão pagos até o final do exercício
estabelecer regime especial para pagamento de crédito de
seguinte e o restante em parcelas iguais nos cinco exercícios
precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios,
subsequentes, acrescidas de juros de mora e correção
dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e
monetária, ou mediante acordos diretos, perante Juízos
forma e prazo de liquidação. (Incluído pela Emenda
Auxiliares de Conciliação de Precatórios, com redução
Constitucional nº 62, de 2009).
máxima de 40% (quarenta por cento) do valor do crédito
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União atualizado, desde que em relação ao crédito não penda
poderá assumir débitos, oriundos de precatórios, de recurso ou defesa judicial e que sejam observados os
Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os requisitos definidos na regulamentação editada pelo ente
diretamente. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de federado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de
2009) 2016)
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SEÇÃO II l) a reclamação para a preservação de sua competência e


DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL garantia da autoridade de suas decisões;

Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze m) a execução de sentença nas causas de sua competência
Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e originária, facultada a delegação de atribuições para a
cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável prática de atos processuais;
saber jurídico e reputação ilibada. n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais
serão nomeados pelo Presidente da República, depois de da metade dos membros do tribunal de origem estejam
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;
Federal. o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: entre estes e qualquer outro tribunal;

I - processar e julgar, originariamente: p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de


inconstitucionalidade;
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo federal ou estadual e a ação declaratória de q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; regulamentadora for atribuição do Presidente da República,
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos
o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal
próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; Federal;
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o
responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes Conselho Nacional do Ministério Público; (Incluída pela
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores,
os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão II - julgar, em recurso ordinário:
diplomática de caráter permanente; (Redação dada pela a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas
Emenda Constitucional nº 23, de 1999) data e o mandado de injunção decididos em única instância
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e b) o crime político;
o habeas data contra atos do Presidente da República, das
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas
Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da decididas em única ou última instância, quando a decisão
República e do próprio Supremo Tribunal Federal; recorrida:

e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo a) contrariar dispositivo desta Constituição;


internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
Território;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União face desta Constituição.
e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as
respectivas entidades da administração indireta; d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;
§ 1.º A argüição de descumprimento de preceito
h) (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.
quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário (Transformado do parágrafo único em § 1º pela Emenda
cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Constitucional nº 3, de 17/03/93)
Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo
mesma jurisdição em uma única instância; (Redação dada Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de
pela Emenda Constitucional nº 22, de 1999) inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados; constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e
efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do
Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta,
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nas esferas federal, estadual e municipal. (Redação dada cancelamento, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá § 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e
demonstrar a repercussão geral das questões a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja
constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a
de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente administração pública que acarrete grave insegurança
podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus jurídica e relevante multiplicação de processos sobre
membros. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de questão idêntica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
2004) 45, de 2004)
Art. 103. Podem propor a ação direta de § 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a
inconstitucionalidade e a ação declaratória de aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser
constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda provocada por aqueles que podem propor a ação direta de
Constitucional nº 45, de 2004) inconstitucionalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
I - o Presidente da República;
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar
II - a Mesa do Senado Federal;
a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a
IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara
decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja
Legislativa do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda
proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o
Constitucional nº 45, de 2004)
caso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida
VI - o Procurador-Geral da República; 1 (uma) recondução, sendo: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 61, de 2009)
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Redação
VIII - partido político com representação no Congresso
dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)
Nacional;
II um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito
respectivo tribunal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
nacional.
45, de 2004)
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser
III um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado
previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e
pelo respectivo tribunal; (Incluído pela Emenda
em todos os processos de competência do Supremo
Constitucional nº 45, de 2004)
Tribunal Federal.
IV um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de
Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela Emenda
medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada
Constitucional nº 45, de 2004)
ciência ao Poder competente para a adoção das
providências necessárias e, em se tratando de órgão V um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
administrativo, para fazê-lo em trinta dias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a VI um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo
inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato Superior Tribunal de Justiça; (Incluído pela Emenda
normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da Constitucional nº 45, de 2004)
União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
VII um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de
§ 4. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou
por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus VIII um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo
membros, após reiteradas decisões sobre matéria Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua Constitucional nº 45, de 2004)
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em
IX um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do
relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
administração pública direta e indireta, nas esferas federal,
2004)
estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou
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X um membro do Ministério Público da União, indicado pelo a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas,
Procurador-Geral da República; (Incluído pela Emenda assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) Constitucional nº 103, de 2019)
XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido IV representar ao Ministério Público, no caso de crime
pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes contra a administração pública ou de abuso de autoridade;
indicados pelo órgão competente de cada instituição (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
estadual; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
V rever, de ofício ou mediante provocação, os processos
2004)
disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há
XII dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da menos de um ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
Ordem dos Advogados do Brasil; (Incluído pela Emenda 45, de 2004)
Constitucional nº 45, de 2004)
VI elaborar semestralmente relatório estatístico sobre
XIII dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação processos e sentenças prolatadas, por unidade da
ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;
pelo Senado Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
nº 45, de 2004)
VII elaborar relatório anual, propondo as providências que
§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no
Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar
Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. (Redação mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser
dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009) remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da
sessão legislativa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
§ 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo
45, de 2004)
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela
maioria absoluta do Senado Federal. (Redação dada pela § 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a
Emenda Constitucional nº 61, de 2009) função de Ministro-Corregedor e ficará excluído da
distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe,
§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas
além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto
neste artigo, caberá a escolha ao Supremo Tribunal Federal.
da Magistratura, as seguintes: (Incluído pela Emenda
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação
I receber as reclamações e denúncias, de qualquer
administrativa e financeira do Poder Judiciário e do
interessado, relativas aos magistrados e aos serviços
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-
judiciários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas
2004)
pelo Estatuto da Magistratura: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de
correição geral; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo
de 2004)
cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo
expedir atos regulamentares, no âmbito de sua III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes
competência, ou recomendar providências; (Incluído pela atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais,
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou
mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos § 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da
praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos
podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que Advogados do Brasil. (Incluído pela Emenda Constitucional
se adotem as providências necessárias ao exato nº 45, de 2004)
cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do
§ 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios,
Tribunal de Contas da União; (Incluído pela Emenda
criará ouvidorias de justiça, competentes para receber
Constitucional nº 45, de 2004)
reclamações e denúncias de qualquer interessado contra
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus
órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho
auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços Nacional de Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
notariais e de registro que atuem por delegação do poder 45, de 2004)
público ou oficializados, sem prejuízo da competência
disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar
processos disciplinares em curso, determinar a remoção ou
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SEÇÃO III judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do


DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Distrito Federal, ou entre as deste e da União;

Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma
mínimo, trinta e três Ministros. regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou
autoridade federal, da administração direta ou indireta,
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal
Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral,
dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;
sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação
ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão
do Senado Federal, sendo: (Redação dada pela Emenda de exequatur às cartas rogatórias; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) Constitucional nº 45, de 2004)

I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e II - julgar, em recurso ordinário:
um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, a) os habeas corpus decididos em única ou última instância
indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal; pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos
II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão
do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal for denegatória;
e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. b) os mandados de segurança decididos em única instância
94. pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando
denegatória a decisão;
I - processar e julgar, originariamente:
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município
Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os ou pessoa residente ou domiciliada no País;
desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do
Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em
Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais única ou última instância, pelos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal
os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos e Territórios, quando a decisão recorrida:
Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
perante tribunais;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato lei federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do 45, de 2004)
Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja
atribuído outro tribunal.
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for
qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de
o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Justiça: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45,
Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da de 2004)
Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções,
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção
ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre na carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes 2004)
vinculados a tribunais diversos; II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da
julgados; Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão
central do sistema e com poderes correicionais, cujas
f) a reclamação para a preservação de sua competência e decisões terão caráter vinculante. (Incluído pela Emenda
garantia da autoridade de suas decisões; Constitucional nº 45, de 2004)
g) os conflitos de atribuições entre autoridades
administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades

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SEÇÃO IV II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos


DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da
FEDERAIS competência federal da área de sua jurisdição.

Art. 106. São órgãos da Justiça Federal: Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - os Tribunais Regionais Federais; I - as causas em que a União, entidade autárquica ou


empresa pública federal forem interessadas na condição de
II - os Juízes Federais. autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça
no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
respectiva região e nomeados pelo Presidente da República II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo
dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e internacional e Município ou pessoa domiciliada ou
cinco anos, sendo: residente no País;
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União
efetiva atividade profissional e membros do Ministério com Estado estrangeiro ou organismo internacional;
Público Federal com mais de dez anos de carreira;
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em
II - os demais, mediante promoção de juízes federais com detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de
mais de cinco anos de exercício, por antigüidade e suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas
merecimento, alternadamente. as contravenções e ressalvada a competência da Justiça
§ 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Militar e da Justiça Eleitoral;
Tribunais Regionais Federais e determinará sua jurisdição e V - os crimes previstos em tratado ou convenção
sede. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda internacional, quando, iniciada a execução no País, o
Constitucional nº 45, de 2004) resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou
§ 2º Os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça reciprocamente;
itinerante, com a realização de audiências e demais funções V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o
da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da § 5º deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos 45, de 2004)
e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004) VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos
determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem
§ 3º Os Tribunais Regionais Federais poderão funcionar econômico-financeira;
descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a
fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça VII - os habeas corpus, em matéria criminal de sua
em todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda competência ou quando o constrangimento provier de
Constitucional nº 45, de 2004) autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a
outra jurisdição;
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato
I - processar e julgar, originariamente: de autoridade federal, excetuados os casos de competência
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da dos tribunais federais;
Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves,
e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público ressalvada a competência da Justiça Militar;
da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de
b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o
seus ou dos juízes federais da região; "exequatur", e de sentença estrangeira, após a
c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do homologação, as causas referentes à nacionalidade,
próprio Tribunal ou de juiz federal; inclusive a respectiva opção, e à naturalização;

d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz XI - a disputa sobre direitos indígenas.
federal; § 1º As causas em que a União for autora serão aforadas na
e) os conflitos de competência entre juízes federais seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte.
vinculados ao Tribunal; § 2º As causas intentadas contra a União poderão ser
aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor,
naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem

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à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.
Distrito Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º Lei poderá autorizar que as causas de competência da § 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar
Justiça Federal em que forem parte instituição de e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos
previdência social e segurado possam ser processadas e contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares
julgadas na justiça estadual quando a comarca do domicílio militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência
do segurado não for sede de vara federal. (Redação dada de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) militares. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível
será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de § 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar
jurisdição do juiz de primeiro grau. descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a
fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o
em todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda
Procurador-Geral da República, com a finalidade de
Constitucional nº 45, de 2004)
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de
tratados internacionais de direitos humanos dos quais o § 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com
Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior a realização de audiências e demais funções da atividade
Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição,
processo, incidente de deslocamento de competência para servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
45, de 2004)
Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de
Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, Justiça proporá a criação de varas especializadas, com
constituirá uma seção judiciária que terá por sede a competência exclusiva para questões agrárias. (Redação
respectiva Capital, e varas localizadas segundo o dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
estabelecido em lei.
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente
Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do
atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos juízes litígio.
da justiça local, na forma da lei.
CAPÍTULO IV
SEÇÃO VIII DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os 80, DE 2014)
princípios estabelecidos nesta Constituição. SEÇÃO I
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
§ 1º A competência dos tribunais será definida na
Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente,
de iniciativa do Tribunal de Justiça. essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
§ 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de interesses sociais e individuais indisponíveis.
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais
ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a § 1º São princípios institucionais do Ministério Público a
atribuição da legitimação para agir a um único órgão. unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.

§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do § 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional
Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, e administrativa, podendo, observado o disposto no art.
em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus
de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso
Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em público de provas ou de provas e títulos, a política
que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) organização e funcionamento. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os
militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei § 3º O Ministério Público elaborará sua proposta
e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de
ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, diretrizes orçamentárias.
cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do § 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva
proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei
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de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, I - as seguintes garantias:


para fins de consolidação da proposta orçamentária anual,
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo
os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados
perder o cargo senão por sentença judicial transitada em
de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º.
julgado;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público,
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for
mediante decisão do órgão colegiado competente do
encaminhada em desacordo com os limites estipulados na
Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus
forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes
membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela
necessários para fins de consolidação da proposta
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004) c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, §
4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III,
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não
153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
poderá haver a realização de despesas ou a assunção de
19, de 1998)
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente II - as seguintes vedações:
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto,
ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
honorários, percentagens ou custas processuais;
2004)
b) exercer a advocacia;
Art. 128. O Ministério Público abrange:
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
I - o Ministério Público da União, que compreende:
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra
a) o Ministério Público Federal;
função pública, salvo uma de magistério;
b) o Ministério Público do Trabalho;
e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela
c) o Ministério Público Militar; Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou
II - os Ministérios Públicos dos Estados.
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto
da República dentre integrantes da carreira, maiores de
no art. 95, parágrafo único, V. (Incluído pela Emenda
trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela
Constitucional nº 45, de 2004)
maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para
mandato de dois anos, permitida a recondução. Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
§ 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma
iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida da lei;
de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos
§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito serviços de relevância pública aos direitos assegurados
Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a
integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para sua garantia;
escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a
Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos,
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente
permitida uma recondução.
e de outros interesses difusos e coletivos;
§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou
Federal e Territórios poderão ser destituídos por
representação para fins de intervenção da União e dos
deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na
Estados, nos casos previstos nesta Constituição;
forma da lei complementar respectiva.
V - defender judicialmente os direitos e interesses das
§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja
populações indígenas;
iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais,
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos
cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus de sua competência, requisitando informações e
membros: documentos para instruí-los, na forma da lei complementar
respectiva;
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VII - exercer o controle externo da atividade policial, na VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação
forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro
pelo Senado Federal.
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de
inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de § 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério
suas manifestações processuais; Público serão indicados pelos respectivos Ministérios
Públicos, na forma da lei.
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde
que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a § 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o
representação judicial e a consultoria jurídica de entidades controle da atuação administrativa e financeira do
públicas. Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais
de seus membros, cabendo lhe:
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis
previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas I zelar pela autonomia funcional e administrativa do
mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares,
na lei. no âmbito de sua competência, ou recomendar
providências;
§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas
por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou
da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos
instituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da
45, de 2004) União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou
fixar prazo para que se adotem as providências necessárias
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á
ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência
mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a
dos Tribunais de Contas;
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua
realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou
três anos de atividade jurídica e observando-se, nas órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados,
nomeações, a ordem de classificação. (Redação dada pela inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) competência disciplinar e correicional da instituição,
podendo avocar processos disciplinares em curso,
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o
determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras
disposto no art. 93. (Redação dada pela Emenda
sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
Constitucional nº 45, de 2004)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será
IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos
imediata. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
disciplinares de membros do Ministério Público da União ou
2004)
dos Estados julgados há menos de um ano;
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos
V elaborar relatório anual, propondo as providências que
Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção
julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no
pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público mensagem prevista no art. 84, XI.
compõe-se de quatorze membros nomeados pelo
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela
Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério
maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de
Público que o integram, vedada a recondução, competindo-
dois anos, admitida uma recondução, sendo: (Incluído pela
lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei,
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
as seguintes:
I o Procurador-Geral da República, que o preside;
I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado,
II quatro membros do Ministério Público da União, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus
assegurada a representação de cada uma de suas carreiras; serviços auxiliares;
III três membros do Ministério Público dos Estados; II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e
correição geral;
IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal
e outro pelo Superior Tribunal de Justiça; III requisitar e designar membros do Ministério Público,
delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de
V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da
órgãos do Ministério Público.
Ordem dos Advogados do Brasil;
§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho.
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§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do SEÇÃO IV


Ministério Público, competentes para receber reclamações DA DEFENSORIA PÚBLICA
e denúncias de qualquer interessado contra membros ou (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº
órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços 80, DE 2014)
auxiliares, representando diretamente ao Conselho
Nacional do Ministério Público. Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente,
essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe,
SEÇÃO II como expressão e instrumento do regime democrático,
DA ADVOCACIA PÚBLICA fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos
(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e
19, DE 1998) extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma
integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que,
LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal. (Redação dada
diretamente ou através de órgão vinculado, representa a
pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos
termos da lei complementar que dispuser sobre sua § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da
organização e funcionamento, as atividades de consultoria União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá
e assessoramento jurídico do Poder Executivo. normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos
de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso
§ 1º A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-
público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a
Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da
garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da
República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de
advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado
notável saber jurídico e reputação ilibada.
do parágrafo único pela Emenda Constitucional nº 45, de
§ 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição 2004)
de que trata este artigo far-se-á mediante concurso público
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas
de provas e títulos.
autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua
§ 3º Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na
representação da União cabe à Procuradoria-Geral da lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto
Fazenda Nacional, observado o disposto em lei. no art. 99, § 2º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004)
Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal,
organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de § 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da
concurso público de provas e títulos, com a participação da União e do Distrito Federal. (Incluído pela Emenda
Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, Constitucional nº 74, de 2013)
exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica
§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a
das respectivas unidades federadas. (Redação dada pela
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional,
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93
Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é e no inciso II do art. 96 desta Constituição Federal. (Incluído
assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
mediante avaliação de desempenho perante os órgãos
Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras
próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias.
disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo serão
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
remunerados na forma do art. 39, § 4º. (Redação dada pela
SEÇÃO III Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
DA ADVOCACIA
TÍTULO V
(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº
DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES
80, DE 2014)
DEMOCRÁTICAS
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da CAPÍTULO I
justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO
exercício da profissão, nos limites da lei. SEÇÃO I
DO ESTADO DE DEFESA
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional,
decretar estado de defesa para preservar ou prontamente
restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem
pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente
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instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de
grandes proporções na natureza. fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada
durante o estado de defesa;
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará
o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão
abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as armada estrangeira.
medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar
I - restrições aos direitos de: autorização para decretar o estado de sítio ou sua
prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido,
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.
b) sigilo de correspondência;
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração,
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; as normas necessárias a sua execução e as garantias
constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos,
publicado, o Presidente da República designará o executor
na hipótese de calamidade pública, respondendo a União
das medidas específicas e as áreas abrangidas.
pelos danos e custos decorrentes.
§ 1º - O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não será
decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada
superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por
vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado
igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua
por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão
decretação.
armada estrangeira.
§ 3º Na vigência do estado de defesa:
§ 2º - Solicitada autorização para decretar o estado de sítio
I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado
executor da medida, será por este comunicada Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o
imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a
for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de fim de apreciar o ato.
delito à autoridade policial;
§ 3º - O Congresso Nacional permanecerá em
II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela funcionamento até o término das medidas coercitivas.
autoridade, do estado físico e mental do detido no
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com
momento de sua autuação;
fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser pessoas as seguintes medidas:
superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder
I - obrigação de permanência em localidade determinada;
Judiciário;
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.
condenados por crimes comuns;
§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência,
Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas,
ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à
submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso
liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da
Nacional, que decidirá por maioria absoluta.
lei;
§ 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será
IV - suspensão da liberdade de reunião;
convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias.
V - busca e apreensão em domicílio;
§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez
dias contados de seu recebimento, devendo continuar VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.
VII - requisição de bens.
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de
Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a
defesa.
difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados
SEÇÃO II em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela
DO ESTADO DE SÍTIO respectiva Mesa.
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o SEÇÃO III
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, DISPOSIÇÕES GERAIS
solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o
Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes
estado de sítio nos casos de:
partidários, designará Comissão composta de cinco de seus

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membros para acompanhar e fiscalizar a execução das transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada
medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio. pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus
V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar
executores ou agentes.
filiado a partidos políticos; (Incluído pela Emenda
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o Constitucional nº 18, de 1998)
estado de sítio, as medidas aplicadas em sua vigência serão
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado
relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao
indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão
Congresso Nacional, com especificação e justificação das
de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz,
providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e
ou de tribunal especial, em tempo de guerra; (Incluído pela
indicação das restrições aplicadas.
Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
CAPÍTULO II
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena
DAS FORÇAS ARMADAS
privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, transitada em julgado, será submetido ao julgamento
pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais previsto no inciso anterior; (Incluído pela Emenda
permanentes e regulares, organizadas com base na Constitucional nº 18, de 1998)
hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII,
Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e
garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da
qualquer destes, da lei e da ordem. atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alínea "c"; (Redação
§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)
serem adotadas na organização, no preparo e no emprego IX - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 41, de
das Forças Armadas. 19.12.2003)
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os
disciplinares militares. limites de idade, a estabilidade e outras condições de
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados transferência do militar para a inatividade, os direitos, os
militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações
fixadas em lei, as seguintes disposições: (Incluído pela especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de
Emenda Constitucional nº 18, de 1998) suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de
compromissos internacionais e de guerra. (Incluído pela
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e
asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos § 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir
militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após
uniformes das Forças Armadas; (Incluído pela Emenda alistados, alegarem imperativo de consciência,
Constitucional nº 18, de 1998) entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou de convicção filosófica ou política, para se eximirem de
emprego público civil permanente, ressalvada a hipótese atividades de caráter essencialmente militar.
prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", será transferido (Regulamento)
para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela § 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço
Emenda Constitucional nº 77, de 2014) militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse outros encargos que a lei lhes atribuir. (Regulamento)
em cargo, emprego ou função pública civil temporária, não CAPÍTULO III
eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a
DA SEGURANÇA PÚBLICA
hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", ficará
agregado ao respectivo quadro e somente poderá, Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e
enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da
antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo patrimônio, através dos seguintes órgãos:
depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não,
I - polícia federal;

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II - polícia rodoviária federal; juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
III - polícia ferroviária federal;
§ 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares,
IV - polícias civis;
forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-se,
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. juntamente com as polícias civis e as polícias penais
estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados, do
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (Redação
Distrito Federal e dos Territórios. (Redação dada pela
dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão
§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos
permanente, organizado e mantido pela União e
órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a
estruturado em carreira, destina-se a: (Redação dada pela
garantir a eficiência de suas atividades.
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou
destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações,
em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de
conforme dispuser a lei.
suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim
como outras infrações cuja prática tenha repercussão § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos
interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do §
segundo se dispuser em lei; 4º do art. 39. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da
da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu
respectivas áreas de competência; patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 82, de 2014)
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e
de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de
19, de 1998) trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que
assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia
eficiente; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de
judiciária da União.
2014)
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente,
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira,
dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das
executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em
rodovias federais. (Redação dada pela Emenda
Carreira, na forma da lei. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 82, de 2014)
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente,
TÍTULO VIII
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira,
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das DA ORDEM SOCIAL
ferrovias federais. (Redação dada pela Emenda CAPÍTULO I
Constitucional nº 19, de 1998) DISPOSIÇÃO GERAL

§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de Art. 193. A ordem social tem como base o primado do
carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.
funções de polícia judiciária e a apuração de infrações CAPÍTULO II
penais, exceto as militares.
DA SEGURIDADE SOCIAL
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a SEÇÃO I
preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros DISPOSIÇÕES GERAIS
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a
execução de atividades de defesa civil. Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto
integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da
§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à
do sistema penal da unidade federativa a que pertencem, saúde, à previdência e à assistência social.
cabe a segurança dos estabelecimentos penais. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019) Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da
lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, objetivos:
forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se,
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
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II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em
populações urbanas e rurais; vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes
orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus
III - seletividade e distributividade na prestação dos
recursos.
benefícios e serviços;
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá
V - eqüidade na forma de participação no custeio; contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios
ou incentivos fiscais ou creditícios.
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se,
em rubricas contábeis específicas para cada área, as receitas § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir
e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido
assistência social, preservado o caráter contributivo da o disposto no art. 154, I.
previdência social; (Redação dada pela Emenda
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social
Constitucional nº 103, de 2019)
poderá ser criado, majorado ou estendido sem a
VII - caráter democrático e descentralizado da correspondente fonte de custeio total.
administração, mediante gestão quadripartite, com
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos
poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação
da publicação da lei que as houver instituído ou modificado,
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,
entidades beneficentes de assistência social que atendam às
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,
exigências estabelecidas em lei.
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
seguintes contribuições sociais: § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais
e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges,
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela
que exerçam suas atividades em regime de economia
equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação dada
familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho sobre o resultado da comercialização da produção e farão
pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada pela
lhe preste serviço, mesmo sem vínculo Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20,
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I
de 1998)
do caput deste artigo poderão ter alíquotas diferenciadas
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de
Constitucional nº 20, de 1998) mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural
do mercado de trabalho, sendo também autorizada a
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de
adoção de bases de cálculo diferenciadas apenas no caso
1998)
das alíneas "b" e "c" do inciso I do caput. (Redação dada pela
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos
pensão concedidas pelo regime geral de previdência social
para o sistema único de saúde e ações de assistência social
de que trata o art. 201; (Redação dada pela Emenda
da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
Constitucional nº 20, de 1998)
e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. contrapartida de recursos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de
quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela Emenda § 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) superior a 60 (sessenta) meses e, na forma de lei
complementar, a remissão e a anistia das contribuições
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos
sociais de que tratam a alínea "a" do inciso I e o inciso II
Municípios destinadas à seguridade social constarão dos
do caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da
103, de 2019)
União.
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será
quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e
elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis

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IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela Emenda patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) entre ensino, pesquisa e extensão.
§ 13. (Revogado). (Redação dada pela Emenda § 1º É facultado às universidades admitir professores,
Constitucional nº 103, de 2019) (Revogado pela Emenda técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. (Incluído
Constitucional nº 103, de 2019) pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996)
§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de § 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de
contribuição ao Regime Geral de Previdência Social a pesquisa científica e tecnológica. (Incluído pela Emenda
competência cuja contribuição seja igual ou superior à Constitucional nº 11, de 1996)
contribuição mínima mensal exigida para sua categoria,
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado
assegurado o agrupamento de contribuições. (Incluído pela
mediante a garantia de:
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos
CAPÍTULO III
17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso
SEÇÃO I na idade própria; (Redação dada pela Emenda
DA EDUCAÇÃO Constitucional nº 59, de 2009) (Vide Emenda Constitucional
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e nº 59, de 2009)
da família, será promovida e incentivada com a colaboração II - progressiva universalização do ensino médio
da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação de 1996)
para o trabalho.
III - atendimento educacional especializado aos portadores
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
princípios:
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda
escola; Constitucional nº 53, de 2006)
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e
pensamento, a arte e o saber; da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; condições do educando;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da
oficiais; educação básica, por meio de programas suplementares de
V - valorização dos profissionais da educação escolar, material didático escolar, transporte, alimentação e
garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso assistência à saúde. (Redação dada pela Emenda
exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos Constitucional nº 59, de 2009)
das redes públicas; (Redação dada pela Emenda § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito
Constitucional nº 53, de 2006) público subjetivo.
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder
VII - garantia de padrão de qualidade. Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade
da autoridade competente.
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais
da educação escolar pública, nos termos de lei § 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no
federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos
2006) pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.

Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as
trabalhadores considerados profissionais da educação seguintes condições:
básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;
adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.
pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático- fundamental, de maneira a assegurar formação básica
científica, administrativa e de gestão financeira e

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comum e respeito aos valores culturais e artísticos, padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano
nacionais e regionais. nacional de educação. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 59, de 2009)
§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá
disciplina dos horários normais das escolas públicas de § 4º Os programas suplementares de alimentação e
ensino fundamental. assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão
financiados com recursos provenientes de contribuições
§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua
sociais e outros recursos orçamentários.
portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também
a utilização de suas línguas maternas e processos próprios § 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de
de aprendizagem. financiamento a contribuição social do salário-educação,
recolhida pelas empresas na forma da lei. (Redação dada
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
Municípios organizarão em regime de colaboração seus
sistemas de ensino. § 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da
contribuição social do salário-educação serão distribuídas
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos
proporcionalmente ao número de alunos matriculados na
Territórios, financiará as instituições de ensino públicas
educação básica nas respectivas redes públicas de
federais e exercerá, em matéria educacional, função
ensino. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de
redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de
2006)
oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade
do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; (Redação públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias,
dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus
fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela excedentes financeiros em educação;
Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder
no ensino fundamental e médio. (Incluído pela Emenda Público, no caso de encerramento de suas atividades.
Constitucional nº 14, de 1996)
§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e
Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas médio, na forma da lei, para os que demonstrarem
de colaboração, de modo a assegurar a universalização do insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e
ensino obrigatório. (Redação dada pela Emenda cursos regulares da rede pública na localidade da residência
Constitucional nº 59, de 2009) do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir
prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao
ensino regular. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, § 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e
de 2006) fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por
instituições de educação profissional e tecnológica poderão
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de
receber apoio financeiro do Poder Público. (Redação dada
dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de
impostos, compreendida a proveniente de transferências, Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de
na manutenção e desenvolvimento do ensino. duração decenal, com o objetivo de articular o sistema
nacional de educação em regime de colaboração e definir
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela
diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação
União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou
para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino
pelos Estados aos respectivos Municípios, não é
em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de
considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo,
ações integradas dos poderes públicos das diferentes
receita do governo que a transferir.
esferas federativas que conduzam a: (Redação dada pela
§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino
I - erradicação do analfabetismo;
federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na
forma do art. 213. II - universalização do atendimento escolar;
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará III - melhoria da qualidade do ensino;
prioridade ao atendimento das necessidades do ensino
IV - formação para o trabalho;
obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de
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V - promoção humanística, científica e tecnológica do País. meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e
desapropriação, e de outras formas de acautelamento e
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos
preservação.
públicos em educação como proporção do produto interno
bruto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) § 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a
gestão da documentação governamental e as providências
SEÇÃO II
para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.
DA CULTURA
§ 3º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos conhecimento de bens e valores culturais.
direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e
apoiará e incentivará a valorização e a difusão das § 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão
manifestações culturais. punidos, na forma da lei.

§ 1º O Estado protegerá as manifestações das culturas § 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios
populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros detentores de reminiscências históricas dos antigos
grupos participantes do processo civilizatório nacional. quilombos.

2º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de § 6º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a
alta significação para os diferentes segmentos étnicos fundo estadual de fomento à cultura até cinco décimos por
nacionais. cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento
de programas e projetos culturais, vedada a aplicação
3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de desses recursos no pagamento de: (Incluído pela Emenda
duração plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
País e à integração das ações do poder público que
conduzem à: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de I - despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela
2005) Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

I defesa e valorização do patrimônio cultural II - serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional
brasileiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de nº 42, de 19.12.2003)
2005) III - qualquer outra despesa corrente não vinculada
II produção, promoção e difusão de bens culturais; (Incluído diretamente aos investimentos ou ações apoiados. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005) pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

III formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura Art. 216-A. O Sistema Nacional de Cultura, organizado em
em suas múltiplas dimensões; (Incluído pela Emenda regime de colaboração, de forma descentralizada e
Constitucional nº 48, de 2005) participativa, institui um processo de gestão e promoção
conjunta de políticas públicas de cultura, democráticas e
IV democratização do acesso aos bens de cultura; (Incluído permanentes, pactuadas entre os entes da Federação e a
pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005) sociedade, tendo por objetivo promover o desenvolvimento
V valorização da diversidade étnica e regional. (Incluído pela humano, social e econômico com pleno exercício dos
Emenda Constitucional nº 48, de 2005) direitos culturais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
71, de 2012)
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens
de natureza material e imaterial, tomados individualmente § 1º O Sistema Nacional de Cultura fundamenta-se na
ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à política nacional de cultura e nas suas diretrizes,
ação, à memória dos diferentes grupos formadores da estabelecidas no Plano Nacional de Cultura, e rege-se pelos
sociedade brasileira, nos quais se incluem: seguintes princípios: Incluído pela Emenda Constitucional
nº 71, de 2012
I - as formas de expressão;
I - diversidade das expressões culturais; Incluído pela
II - os modos de criar, fazer e viver; Emenda Constitucional nº 71, de 2012
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; II - universalização do acesso aos bens e serviços
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de
espaços destinados às manifestações artístico-culturais; 2012
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, III - fomento à produção, difusão e circulação de
paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, conhecimento e bens culturais; Incluído pela Emenda
ecológico e científico. Constitucional nº 71, de 2012
§ 1º O Poder Público, com a colaboração da comunidade,
promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por
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IV - cooperação entre os entes federados, os agentes § 3º Lei federal disporá sobre a regulamentação do Sistema
públicos e privados atuantes na área cultural; Incluído pela Nacional de Cultura, bem como de sua articulação com os
Emenda Constitucional nº 71, de 2012 demais sistemas nacionais ou políticas setoriais de
governo. Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
V - integração e interação na execução das políticas,
programas, projetos e ações desenvolvidas; Incluído pela § 4º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
Emenda Constitucional nº 71, de 2012 organizarão seus respectivos sistemas de cultura em leis
próprias. Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
VI - complementaridade nos papéis dos agentes
culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de SEÇÃO III
2012 DO DESPORTO
VII - transversalidade das políticas culturais; Incluído pela Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas
Emenda Constitucional nº 71, de 2012 formais e não-formais, como direito de cada um,
VIII - autonomia dos entes federados e das instituições da observados:
sociedade civil; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e
de 2012 associações, quanto a sua organização e funcionamento;
IX - transparência e compartilhamento das II - a destinação de recursos públicos para a promoção
informações; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de prioritária do desporto educacional e, em casos específicos,
2012 para a do desporto de alto rendimento;
X - democratização dos processos decisórios com III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e
participação e controle social; Incluído pela Emenda o não- profissional;
Constitucional nº 71, de 2012
IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas
XI - descentralização articulada e pactuada da gestão, dos de criação nacional.
recursos e das ações; Incluído pela Emenda Constitucional
nº 71, de 2012 § 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à
disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se
XII - ampliação progressiva dos recursos contidos nos as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.
orçamentos públicos para a cultura. Incluído pela Emenda
Constitucional nº 71, de 2012 § 2º A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta
dias, contados da instauração do processo, para proferir
§ 2º Constitui a estrutura do Sistema Nacional de Cultura, decisão final.
nas respectivas esferas da Federação: Incluído pela Emenda
Constitucional nº 71, de 2012 § 3º O Poder Público incentivará o lazer, como forma de
promoção social.
I - órgãos gestores da cultura; Incluído pela Emenda
Constitucional nº 71, de 2012 CAPÍTULO IV
DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
II - conselhos de política cultural; Incluído pela Emenda (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº
Constitucional nº 71, de 2012 85, DE 2015)
III - conferências de cultura; Incluído pela Emenda
Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o
Constitucional nº 71, de 2012
desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação
IV - comissões intergestores; Incluído pela Emenda científica e tecnológica e a inovação. (Redação dada pela
Constitucional nº 71, de 2012 Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
V - planos de cultura; Incluído pela Emenda Constitucional § 1º A pesquisa científica básica e tecnológica receberá
nº 71, de 2012 tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o bem
público e o progresso da ciência, tecnologia e inovação.
VI - sistemas de financiamento à cultura; Incluído pela
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
Emenda Constitucional nº 71, de 2012
§ 2º A pesquisa tecnológica voltar-se-á
VII - sistemas de informações e indicadores
preponderantemente para a solução dos problemas
culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de
brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo
2012
nacional e regional.
VIII - programas de formação na área da cultura; e Incluído
§ 3º O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas
pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
áreas de ciência, pesquisa, tecnologia e inovação, inclusive
IX - sistemas setoriais de cultura. Incluído pela Emenda por meio do apoio às atividades de extensão tecnológica, e
Constitucional nº 71, de 2012 concederá aos que delas se ocupem meios e condições
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especiais de trabalho. (Redação dada pela Emenda § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios legislarão
Constitucional nº 85, de 2015) concorrentemente sobre suas peculiaridades. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
§ 4º A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em
pesquisa, criação de tecnologia adequada ao País, formação CAPÍTULO V
e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao
empregado, desvinculada do salário, participação nos Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a
ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou
trabalho. veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o
disposto nesta Constituição.
§ 5º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular
parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de § 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir
fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica. embaraço à plena liberdade de informação jornalística em
qualquer veículo de comunicação social, observado o
§ 6º O Estado, na execução das atividades previstas no disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.
caput , estimulará a articulação entre entes, tanto públicos
quanto privados, nas diversas esferas de governo. (Incluído § 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política,
pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) ideológica e artística.

§ 7º O Estado promoverá e incentivará a atuação no § 3º Compete à lei federal:


exterior das instituições públicas de ciência, tecnologia e I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao
inovação, com vistas à execução das atividades previstas no Poder Público informar sobre a natureza deles, as faixas
caput. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) etárias a que não se recomendem, locais e horários em que
Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e sua apresentação se mostre inadequada;
será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à
cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a família a possibilidade de se defenderem de programas ou
autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal. programações de rádio e televisão que contrariem o
Parágrafo único. O Estado estimulará a formação e o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos,
fortalecimento da inovação nas empresas, bem como nos práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio
demais entes, públicos ou privados, a constituição e a ambiente.
manutenção de parques e polos tecnológicos e de demais § 4º A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas,
ambientes promotores da inovação, a atuação dos agrotóxicos, medicamentos e terapias estará sujeita a
inventores independentes e a criação, absorção, difusão e restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo
transferência de tecnologia. (Incluído pela Emenda anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência
Constitucional nº 85, de 2015) sobre os malefícios decorrentes de seu uso.
Art. 219-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os § 5º Os meios de comunicação social não podem, direta ou
Municípios poderão firmar instrumentos de cooperação indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.
com órgãos e entidades públicos e com entidades privadas,
inclusive para o compartilhamento de recursos humanos § 6º A publicação de veículo impresso de comunicação
especializados e capacidade instalada, para a execução de independe de licença de autoridade.
projetos de pesquisa, de desenvolvimento científico e Art. 221. A produção e a programação das emissoras de
tecnológico e de inovação, mediante contrapartida rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
financeira ou não financeira assumida pelo ente
beneficiário, na forma da lei. (Incluído pela Emenda I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e
Constitucional nº 85, de 2015) informativas;

Art. 219-B. O Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à
Inovação (SNCTI) será organizado em regime de produção independente que objetive sua divulgação;
colaboração entre entes, tanto públicos quanto privados, III - regionalização da produção cultural, artística e
com vistas a promover o desenvolvimento científico e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
tecnológico e a inovação. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 85, de 2015) IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da
família.
§ 1º Lei federal disporá sobre as normas gerais do SNCTI.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de
radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de
brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou
de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que
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tenham sede no País. (Redação dada pela Emenda CAPÍTULO VI


Constitucional nº 36, de 2002) DO MEIO AMBIENTE
§ 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente
capital total e do capital votante das empresas jornalísticas ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo
naturalizados há mais de dez anos, que exercerão para as presentes e futuras gerações.
obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o
conteúdo da programação. (Redação dada pela Emenda § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao
Constitucional nº 36, de 2002) Poder Público:

§ 2º A responsabilidade editorial e as atividades de seleção e I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e


direção da programação veiculada são privativas de prover o manejo ecológico das espécies e
brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, em ecossistemas; (Regulamento)
qualquer meio de comunicação social. (Redação dada pela II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio
Emenda Constitucional nº 36, de 2002) genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à
§ 3º Os meios de comunicação social eletrônica, pesquisa e manipulação de material genético;
independentemente da tecnologia utilizada para a (Regulamento) (Regulamento)
prestação do serviço, deverão observar os princípios III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços
enunciados no art. 221, na forma de lei específica, que territoriais e seus componentes a serem especialmente
também garantirá a prioridade de profissionais brasileiros protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas
na execução de produções nacionais. (Incluído pela Emenda somente através de lei, vedada qualquer utilização que
Constitucional nº 36, de 2002) comprometa a integridade dos atributos que justifiquem
§ 4º Lei disciplinará a participação de capital estrangeiro nas sua proteção; (Regulamento)
empresas de que trata o § 1º. (Incluído pela Emenda IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou
Constitucional nº 36, de 2002) atividade potencialmente causadora de significativa
§ 5º As alterações de controle societário das empresas de degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
que trata o § 1º serão comunicadas ao Congresso ambiental, a que se dará publicidade; (Regulamento)
Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 36, de V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de
2002) técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para
Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
concessão, permissão e autorização para o serviço de (Regulamento)
radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de
princípio da complementaridade dos sistemas privado, ensino e a conscientização pública para a preservação do
público e estatal. meio ambiente;
§ 1º O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do art. VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as
64, § 2º e § 4º, a contar do recebimento da mensagem. práticas que coloquem em risco sua função ecológica,
§ 2º A não renovação da concessão ou permissão dependerá provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais
de aprovação de, no mínimo, dois quintos do Congresso a crueldade. (Regulamento)
Nacional, em votação nominal. § 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a
§ 3º O ato de outorga ou renovação somente produzirá recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com
efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional, na solução técnica exigida pelo órgão público competente, na
forma dos parágrafos anteriores. forma da lei.

§ 4º O cancelamento da concessão ou permissão, antes de § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio


vencido o prazo, depende de decisão judicial. ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou
jurídicas, a sanções penais e administrativas,
§ 5º O prazo da concessão ou permissão será de dez anos independentemente da obrigação de reparar os danos
para as emissoras de rádio e de quinze para as de televisão. causados.
Art. 224. Para os efeitos do disposto neste capítulo, o § 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a
Congresso Nacional instituirá, como seu órgão auxiliar, o Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira
Conselho de Comunicação Social, na forma da lei. são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma
da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do

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meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado
naturais. assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação,
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas
à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar
proteção dos ecossistemas naturais.
e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade
sua localização definida em lei federal, sem o que não e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº
poderão ser instaladas. 65, de 2010)
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º § 1º O Estado promoverá programas de assistência integral
deste artigo, não se consideram cruéis as práticas à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a
desportivas que utilizem animais, desde que sejam participação de entidades não governamentais, mediante
manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta políticas específicas e obedecendo aos seguintes
Constituição Federal, registradas como bem de natureza preceitos: (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº
imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, 65, de 2010)
devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados
o bem-estar dos animais envolvidos. (Incluído pela Emenda
à saúde na assistência materno-infantil;
Constitucional nº 96, de 2017)
II - criação de programas de prevenção e atendimento
CAPÍTULO VII
especializado para as pessoas portadoras de deficiência
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO
física, sensorial ou mental, bem como de integração social
JOVEM E DO IDOSO do adolescente e do jovem portador de deficiência,
(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a
65, DE 2010) facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as
proteção do Estado. formas de discriminação. (Redação dada Pela Emenda
Constitucional nº 65, de 2010)
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º A lei disporá sobre normas de construção dos
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de
lei. veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a adequado às pessoas portadoras de deficiência.
união estável entre o homem e a mulher como entidade § 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes
familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em aspectos:
casamento.
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII;
comunidade formada por qualquer dos pais e seus
descendentes. II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;

§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem
são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. à escola; (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65,
de 2010)
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo
divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição
de 2010) de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa
técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana legislação tutelar específica;
e da paternidade responsável, o planejamento familiar é
livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar V - obediência aos princípios de brevidade,
recursos educacionais e científicos para o exercício desse excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa
direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer
instituições oficiais ou privadas. medida privativa da liberdade;

§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de VI - estímulo do Poder Público, através de assistência
cada um dos que a integram, criando mecanismos para jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao
coibir a violência no âmbito de suas relações. acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou
adolescente órfão ou abandonado;

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VII - programas de prevenção e atendimento especializado PARTE GERAL


à criança, ao adolescente e ao jovem dependente de TÍTULO I
entorpecentes e drogas afins. (Redação dada Pela Emenda DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL
Constitucional nº 65, de 2010) (Redação Dada Pela Lei Nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a Anterioridade da Lei
exploração sexual da criança e do adolescente.
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há
§ 5º A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da pena sem prévia cominação legal. (Redação dada pela Lei nº
lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por 7.209, de 11.7.1984)
parte de estrangeiros.
Lei penal no tempo
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou
por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior
proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
filiação. execução e os efeitos penais da sentença
condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
§ 7º No atendimento dos direitos da criança e do 11.7.1984)
adolescente levar-se- á em consideração o disposto no art.
204. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que
§ 8º A lei estabelecerá: (Incluído Pela Emenda decididos por sentença condenatória transitada em
Constitucional nº 65, de 2010) julgado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos Lei excepcional ou temporária (Incluído pela Lei nº 7.209,
dos jovens; (Incluído Pela Emenda Constitucional nº 65, de de 11.7.1984)
2010)
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido
II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que
visando à articulação das várias esferas do poder público a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua
para a execução de políticas públicas. (Incluído Pela Emenda vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Constitucional nº 65, de 2010)
Tempo do crime
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de
dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial. Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e
amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. Territorialidade

Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de
amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na convenções, tratados e regras de direito internacional, ao
comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e crime cometido no território nacional. (Redação dada pela
garantindo-lhes o direito à vida. Lei nº 7.209, de 1984)

§ 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão
preferencialmente em seus lares. do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo
§ 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
gratuidade dos transportes coletivos urbanos. aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, que se achem, respectivamente, no
DIREITO PENAL espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes
Decreto-Lei nº 2.848/1940 praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas
Código Penal. em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que correspondente, e estas em porto ou mar territorial do
lhe confere o art. 180 da Constituição, decreta a seguinte Brasil.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Lei: Lugar do crime (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

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Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas
onde se produziu ou deveria produzir-se o as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela
resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) Lei nº 7.209, de 1984)
Extraterritorialidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela
1984) Lei nº 7.209, de 1984)
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei
estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) nº 7.209, de 1984)
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Pena cumprida no estrangeiro (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da
República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena
imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito
nela é computada, quando idênticas. (Redação dada pela
Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
pública, sociedade de economia mista, autarquia ou
fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº Eficácia de sentença estrangeira (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 1984) 7.209, de 11.7.1984)
c) contra a administração pública, por quem está a seu Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei
serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências,
pode ser homologada no Brasil para: (Redação dada pela Lei
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou
nº 7.209, de 11.7.1984)
domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
e a outros efeitos civis; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a 11.7.1984)
reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
II - sujeitá-lo a medida de segurança.(Incluído pela Lei nº
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 7.209, de 11.7.1984)
1984)
Parágrafo único - A homologação depende: (Incluído pela
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
mercantes ou de propriedade privada, quando em território
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte
estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº
interessada; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
7.209, de 1984)
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei
extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou
brasileira, ainda que absolvido ou condenado no
a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro
estrangeiro.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira
Contagem de prazo (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
depende do concurso das seguintes condições: (Incluído
11.7.1984)
pela Lei nº 7.209, de 1984)
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº
Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário
7.209, de 1984)
comum. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) ser o fato punível também no país em que foi
Frações não computáveis da pena (Redação dada pela Lei
praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
nº 7.209, de 11.7.1984)
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e
brasileira autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209,
nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de
de 1984)
multa, as frações de cruzeiro. (Redação dada pela Lei nº
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter 7.209, de 11.7.1984)
aí cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
Legislação especial (Incluída pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos
outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei
incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo
mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
diverso. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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TÍTULO II Arrependimento posterior (Redação dada pela Lei nº


DO CRIME 7.209, de 11.7.1984)

Relação de causalidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave
11.7.1984) ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até
o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, do agente, a pena será reduzida de um a dois
somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria
ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Crime impossível (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Superveniência de causa independente (Incluído pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia
absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto,
§ 1º - A superveniência de causa relativamente é impossível consumar-se o crime.(Redação dada pela Lei nº
independente exclui a imputação quando, por si só, 7.209, de 11.7.1984)
produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto,
imputam-se a quem os praticou. (Incluído pela Lei nº 7.209, Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
de 11.7.1984) 11.7.1984)

Relevância da omissão (Incluído pela Lei nº 7.209, de Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
11.7.1984) I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente risco de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
incumbe a quem:(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº
vigilância; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 7.209, de 11.7.1984)
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém
resultado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) pode ser punido por fato previsto como crime, senão
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da quando o pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209,
ocorrência do resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209, de de 11.7.1984)
11.7.1984) Agravação pelo resultado (Redação dada pela Lei nº 7.209,
Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de de 11.7.1984)
11.7.1984) Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só
Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) responde o agente que o houver causado ao menos
culposamente.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos 11.7.1984)
de sua definição legal; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) Erro sobre elementos do tipo (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime
por circunstâncias alheias à vontade do agente. (Incluído culposo, se previsto em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) de 11.7.1984)
Pena de tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Descriminantes putativas (Incluído pela Lei nº 7.209, de
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a 11.7.1984)
tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado
diminuída de um a dois terços.(Incluído pela Lei nº 7.209, de pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se
11.7.1984) existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena
Desistência voluntária e arrependimento eficaz (Redação quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) culposo.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de Erro determinado por terceiro (Incluído pela Lei nº 7.209,
prosseguir na execução ou impede que o resultado se de 11.7.1984)
produza, só responde pelos atos já praticados.(Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o
erro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) dever legal de enfrentar o perigo. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Erro sobre a pessoa (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito
ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é
terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste
caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da Legítima defesa
pessoa contra quem o agente queria praticar o
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando
crime. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
moderadamente dos meios necessários, repele injusta
Erro sobre a ilicitude do fato (Redação dada pela Lei nº agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
7.209, de 11.7.1984) (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no
sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se caput deste artigo, considera-se também em legítima
evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um defesa o agente de segurança pública que repele agressão
terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a
prática de crimes. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente
atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, TÍTULO III
quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir DA IMPUTABILIDADE PENAL
essa consciência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) Inimputáveis

Coação irresistível e obediência hierárquica (Redação Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era,
ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº
superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da 7.209, de 11.7.1984)
ordem.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Redução de pena
Exclusão de ilicitude (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois
terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou
fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
11.7.1984) entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) Menores de dezoito anos

III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente
regular de direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na
legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 11.7.1984)
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses Emoção e paixão
deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou
culposo.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Estado de necessidade
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209,
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem de 11.7.1984)
pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito Embriaguez
próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou
razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de substância de efeitos análogos.(Redação dada pela Lei nº
11.7.1984) 7.209, de 11.7.1984)

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§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime
completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime
ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
acordo com esse entendimento.(Redação dada pela Lei nº 11.7.1984)
7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Considera-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o 11.7.1984)
agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento
força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão,
de segurança máxima ou média;
a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou
de determinar-se de acordo com esse b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia
entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de agrícola, industrial ou estabelecimento similar;
11.7.1984)
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado
TÍTULO IV ou estabelecimento adequado.
DO CONCURSO DE PESSOAS § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime executadas em forma progressiva, segundo o mérito do
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas
culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de as hipóteses de transferência a regime mais
11.7.1984) rigoroso: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá
pode ser diminuída de um sexto a um terço. (Redação dada começar a cumpri-la em regime fechado;
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o
menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;
será aumentada até metade, na hipótese de ter sido c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou
previsível o resultado mais grave. (Redação dada pela Lei nº inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la
7.209, de 11.7.1984) em regime aberto.
Circunstâncias incomunicáveis § 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art.
de caráter pessoal, salvo quando elementares do 59 deste Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 11.7.1984)

Casos de impunibilidade § 4o O condenado por crime contra a administração pública


terá a progressão de regime do cumprimento da pena
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, condicionada à reparação do dano que causou, ou à
salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se devolução do produto do ilícito praticado, com os
o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. (Redação acréscimos legais. (Incluído pela Lei nº 10.763, de
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 12.11.2003)
TÍTULO V Regras do regime fechado
DAS PENAS
CAPÍTULO I Art. 34 - O condenado será submetido, no início do
cumprimento da pena, a exame criminológico de
DAS ESPÉCIES DE PENA
classificação para individualização da execução. (Redação
Art. 32 - As penas são: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
11.7.1984)
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno
I - privativas de liberdade; e a isolamento durante o repouso noturno. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - restritivas de direitos;
§ 2º - O trabalho será em comum dentro do
III - de multa.
estabelecimento, na conformidade das aptidões ou
SEÇÃO I ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE com a execução da pena.(Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Reclusão e detenção

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§ 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, disciplinares e correspondentes sanções. (Redação dada
em serviços ou obras públicas. (Redação dada pela Lei nº pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
7.209, de 11.7.1984)
Superveniência de doença mental
Regras do regime semi-aberto
Art. 41 - O condenado a quem sobrevém doença mental
Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput, ao deve ser recolhido a hospital de custódia e tratamento
condenado que inicie o cumprimento da pena em regime psiquiátrico ou, à falta, a outro estabelecimento
semi-aberto. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) adequado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho em comum Detração
durante o período diurno, em colônia agrícola, industrial ou
Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade e na
estabelecimento similar. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no
de 11.7.1984)
Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de
§ 2º - O trabalho externo é admissível, bem como a internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no
freqüência a cursos supletivos profissionalizantes, de artigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
instrução de segundo grau ou superior. (Redação dada pela 11.7.1984)
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
SEÇÃO II
Regras do regime aberto DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
Art. 36 - O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso Penas restritivas de direitos
de responsabilidade do condenado. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 43. As penas restritivas de direitos são: (Redação dada
pela Lei nº 9.714, de 1998)
§ 1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem
vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer outra I - prestação pecuniária; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o II - perda de bens e valores; (Incluído pela Lei nº 9.714, de
período noturno e nos dias de folga. (Redação dada pela Lei 1998)
nº 7.209, de 11.7.1984)
III - limitação de fim de semana. (Incluído pela Lei nº 7.209,
§ 2º - O condenado será transferido do regime aberto, se de 1984)
praticar fato definido como crime doloso, se frustrar os fins
da execução ou se, podendo, não pagar a multa IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades
cumulativamente aplicada. (Redação dada pela Lei nº 7.209, públicas; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998)
de 11.7.1984) V - interdição temporária de direitos; (Incluído pela Lei nº
Regime especial 9.714, de 25.11.1998)

Art. 37 - As mulheres cumprem pena em estabelecimento VI - limitação de fim de semana. (Incluído pela Lei nº 9.714,
próprio, observando-se os deveres e direitos inerentes à sua de 25.11.1998)
condição pessoal, bem como, no que couber, o disposto Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e
neste Capítulo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de substituem as privativas de liberdade, quando: (Redação
11.7.1984) dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
Direitos do preso I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro
Art. 38 - O preso conserva todos os direitos não atingidos anos e o crime não for cometido com violência ou grave
pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o
o respeito à sua integridade física e moral. (Redação dada crime for culposo;(Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II – o réu não for reincidente em crime doloso; (Redação
Trabalho do preso dada pela Lei nº 9.714, de 1998)

Art. 39 - O trabalho do preso será sempre remunerado, III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
sendo-lhe garantidos os benefícios da Previdência personalidade do condenado, bem como os motivos e as
Social. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) circunstâncias indicarem que essa substituição seja
suficiente. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
Legislação especial
§ 1o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
Art. 40 - A legislação especial regulará a matéria prevista nos
arts. 38 e 39 deste Código, bem como especificará os § 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição
deveres e direitos do preso, os critérios para revogação e pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de
transferência dos regimes e estabelecerá as infrações direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade

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pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e § 1o A prestação de serviços à comunidade ou a entidades
multa ou por duas restritivas de direitos. (Incluído pela Lei públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao
nº 9.714, de 1998) condenado. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
§ 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a § 2o A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em
substituição, desde que, em face de condenação anterior, a entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e
medida seja socialmente recomendável e a reincidência não outros estabelecimentos congêneres, em programas
se tenha operado em virtude da prática do mesmo comunitários ou estatais. (Incluído pela Lei nº 9.714, de
crime. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 1998)
§ 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de § 3o As tarefas a que se refere o § 1o serão atribuídas
liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado conforme as aptidões do condenado, devendo ser
da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de
liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada
pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de normal de trabalho. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
trinta dias de detenção ou reclusão. (Incluído pela Lei nº
§ 4o Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado
9.714, de 1998)
ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo
§ 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de
por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a liberdade fixada. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao
Interdição temporária de direitos (Redação dada pela Lei
condenado cumprir a pena substitutiva anterior. (Incluído
nº 7.209, de 11.7.1984)
pela Lei nº 9.714, de 1998)
Art. 47 - As penas de interdição temporária de direitos
Conversão das penas restritivas de direitos
são: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 45. Na aplicação da substituição prevista no artigo
I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade
anterior, proceder-se-á na forma deste e dos arts. 46, 47 e
pública, bem como de mandato eletivo; (Redação dada pela
48. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1o A prestação pecuniária consiste no pagamento em
II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício
dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública
que dependam de habilitação especial, de licença ou
ou privada com destinação social, de importância fixada
autorização do poder público;(Redação dada pela Lei nº
pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior
7.209, de 11.7.1984)
a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago
será deduzido do montante de eventual condenação em III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir
ação de reparação civil, se coincidentes os veículo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
beneficiários. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
IV – proibição de freqüentar determinados lugares. (Incluído
o
§ 2 No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do pela Lei nº 9.714, de 1998)
beneficiário, a prestação pecuniária pode consistir em
V - proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou
prestação de outra natureza. (Incluído pela Lei nº 9.714, de
exame públicos. (Incluído pela Lei nº 12.550, de 2011)
1998)
Limitação de fim de semana
§ 3o A perda de bens e valores pertencentes aos condenados
dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Art. 48 - A limitação de fim de semana consiste na obrigação
Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto – o de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 (cinco) horas
que for maior – o montante do prejuízo causado ou do diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento
provento obtido pelo agente ou por terceiro, em adequado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
conseqüência da prática do crime. (Incluído pela Lei nº
Parágrafo único - Durante a permanência poderão ser
9.714, de 1998)
ministrados ao condenado cursos e palestras ou atribuídas
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) atividades educativas.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Prestação de serviços à comunidade ou a entidades
públicas SEÇÃO III
DA PENA DE MULTA
Art. 46. A prestação de serviços à comunidade ou a
entidades públicas é aplicável às condenações superiores a Multa
seis meses de privação da liberdade. (Redação dada pela Lei
nº 9.714, de 1998) Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo
penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em
dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de
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360 (trezentos e sessenta) dias-multa. (Redação dada pela Penas restritivas de direitos
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 54 - As penas restritivas de direitos são aplicáveis,
§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo independentemente de cominação na parte especial, em
ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal substituição à pena privativa de liberdade, fixada em
vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes quantidade inferior a 1 (um) ano, ou nos crimes
esse salário. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) culposos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, Art. 55. As penas restritivas de direitos referidas nos incisos
pelos índices de correção monetária. (Redação dada pela Lei III, IV, V e VI do art. 43 terão a mesma duração da pena
nº 7.209, de 11.7.1984) privativa de liberdade substituída, ressalvado o disposto no
§ 4o do art. 46. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
Pagamento da multa
Art. 56 - As penas de interdição, previstas nos incisos I e II do
Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois
art. 47 deste Código, aplicam-se para todo o crime cometido
de transitada em julgado a sentença. A requerimento do
no exercício de profissão, atividade, ofício, cargo ou função,
condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode
sempre que houver violação dos deveres que lhes são
permitir que o pagamento se realize em parcelas
inerentes. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
mensais. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 57 - A pena de interdição, prevista no inciso III do art. 47
§ 1º - A cobrança da multa pode efetuar-se mediante
deste Código, aplica-se aos crimes culposos de
desconto no vencimento ou salário do condenado
trânsito. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
quando: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Pena de multa
a) aplicada isoladamente; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) Art. 58 - A multa, prevista em cada tipo legal de crime, tem
os limites fixados no art. 49 e seus parágrafos deste
b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de
Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
direitos;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - A multa prevista no parágrafo único do art.
c) concedida a suspensão condicional da pena. (Incluído pela
44 e no § 2º do art. 60 deste Código aplica-se
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
independentemente de cominação na parte
§ 2º - O desconto não deve incidir sobre os recursos especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
indispensáveis ao sustento do condenado e de sua
CAPÍTULO III
família.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
DA APLICAÇÃO DA PENA
Conversão da Multa e revogação (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) Fixação da pena

Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos
multa será executada perante o juiz da execução penal e antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente,
será considerada dívida de valor, aplicáveis as normas aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime,
relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá,
concerne às causas interruptivas e suspensivas da conforme seja necessário e suficiente para reprovação e
prescrição. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) prevenção do crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
§ 1º - (Revogado pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;(Redação dada
§ 2º - (Revogado pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Suspensão da execução da multa II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites
Art. 52 - É suspensa a execução da pena de multa, se previstos;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
sobrevém ao condenado doença mental. (Redação dada III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) liberdade;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
CAPÍTULO II IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada,
DA COMINAÇÃO DAS PENAS por outra espécie de pena, se cabível. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Penas privativas de liberdade
Critérios especiais da pena de multa
Art. 53 - As penas privativas de liberdade têm seus limites
estabelecidos na sanção correspondente a cada tipo legal de Art. 60 - Na fixação da pena de multa o juiz deve atender,
crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) principalmente, à situação econômica do réu. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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§ 1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz II - coage ou induz outrem à execução material do
considerar que, em virtude da situação econômica do réu, é crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
ineficaz, embora aplicada no máximo. (Redação dada pela
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou
Multa substitutiva qualidade pessoal; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
§ 2º - A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a
6 (seis) meses, pode ser substituída pela de multa, IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou
observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 deste promessa de recompensa.(Redação dada pela Lei nº 7.209,
Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) de 11.7.1984)
Circunstâncias agravantes Reincidência
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete
quando não constituem ou qualificam o crime:(Redação novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que,
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime
anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - a reincidência; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) Art. 64 - Para efeito de reincidência: (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do
cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior
a) por motivo fútil ou torpe;
tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos,
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a computado o período de prova da suspensão ou do
impunidade ou vantagem de outro crime; livramento condicional, se não ocorrer revogação; (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou
outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa II - não se consideram os crimes militares próprios e
do ofendido; políticos.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou Circunstâncias atenuantes
outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a
perigo comum;
pena: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; (Redação
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
violência contra a mulher na forma da lei
II - o desconhecimento da lei; (Redação dada pela Lei nº
específica; (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006)
7.209, de 11.7.1984)
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a
III - ter o agente:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
cargo, ofício, ministério ou profissão;
11.7.1984)
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou
mulher grávida; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
moral;
i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência,
autoridade;
logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o
calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido; dano;
l) em estado de embriaguez preordenada. c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em
cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a
Agravantes no caso de concurso de pessoas
influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente vítima;
que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a autoria do crime;
atividade dos demais agentes; (Redação dada pela Lei nº
e) cometido o crime sob a influência de multidão em
7.209, de 11.7.1984)
tumulto, se não o provocou.

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Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria
circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, cabível pela regra do art. 69 deste Código. (Redação dada
embora não prevista expressamente em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime continuado
Concurso de circunstâncias agravantes e atenuantes
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou
Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e,
deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e
preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos
dos motivos determinantes do crime, da personalidade do como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um
agente e da reincidência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas,
de 11.7.1984) aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois
terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Cálculo da pena
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério
diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à
do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as
pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os
circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as
antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente,
causas de diminuição e de aumento. (Redação dada pela Lei
bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena
nº 7.209, de 11.7.1984)
de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se
Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo
diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se único do art. 70 e do art. 75 deste Código.(Redação dada pela
a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
todavia, a causa que mais aumente ou diminua.(Redação
Multas no concurso de crimes
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 72 - No concurso de crimes, as penas de multa são
Concurso material
aplicadas distinta e integralmente. (Redação dada pela Lei
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou nº 7.209, de 11.7.1984)
omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não,
Erro na execução
aplicam-se cumulativamente as penas privativas de
liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de
cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que
primeiro aquela. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se
11.7.1984) tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao
disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser
§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido
também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender,
aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por um
aplica-se a regra do art. 70 deste Código.(Redação dada pela
dos crimes, para os demais será incabível a substituição de
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
que trata o art. 44 deste Código. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) Resultado diverso do pretendido
§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por
o condenado cumprirá simultaneamente as que forem acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado
compatíveis entre si e sucessivamente as demais. (Redação diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o
resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste
Concurso formal
Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou
Limite das penas
omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não,
aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, Art. 75. O tempo de cumprimento das penas privativas de
somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de liberdade não pode ser superior a 40 (quarenta) anos.
um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes
§ 1º Quando o agente for condenado a penas privativas de
concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante
liberdade cuja soma seja superior a 40 (quarenta) anos,
o disposto no artigo anterior.(Redação dada pela Lei nº
devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo
7.209, de 11.7.1984)
deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
2019)

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§ 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem
cumprimento da pena, far-se-á nova unificação, autorização do juiz; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
desprezando-se, para esse fim, o período de pena já 11.7.1984)
cumprido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo,
Concurso de infrações mensalmente, para informar e justificar suas
atividades. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 76 - No concurso de infrações, executar-se-á
primeiramente a pena mais grave. (Redação dada pela Lei Art. 79 - A sentença poderá especificar outras condições a
nº 7.209, de 11.7.1984) que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao
fato e à situação pessoal do condenado. (Redação dada pela
CAPÍTULO IV
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA
Art. 80 - A suspensão não se estende às penas restritivas de
Requisitos da suspensão da pena direitos nem à multa. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não 11.7.1984)
superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a Revogação obrigatória
4 (quatro) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984) Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o
beneficiário: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - o condenado não seja reincidente em crime
doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime
doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e
personalidade do agente, bem como os motivos e as II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa
circunstâncias autorizem a concessão do ou não efetua, sem motivo justificado, a reparação do
benefício;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) dano; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste
art. 44 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
11.7.1984) Revogação facultativa
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a § 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado
concessão do benefício.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de descumpre qualquer outra condição imposta ou é
11.7.1984) irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por
§ 2o A execução da pena privativa de liberdade, não superior contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de
a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, direitos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, Prorrogação do período de prova
ou razões de saúde justifiquem a suspensão. (Redação dada
pela Lei nº 9.714, de 1998) § 2º - Se o beneficiário está sendo processado por outro
crime ou contravenção, considera-se prorrogado o prazo da
Art. 78 - Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará suspensão até o julgamento definitivo. (Redação dada pela
sujeito à observação e ao cumprimento das condições Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
estabelecidas pelo juiz. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) § 3º - Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés
de decretá-la, prorrogar o período de prova até o máximo,
§ 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar se este não foi o fixado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
serviços à comunidade (art. 46) ou submeter-se à limitação 11.7.1984)
de fim de semana (art. 48). (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984) Cumprimento das condições

§ 2° Se o condenado houver reparado o dano, salvo Art. 82 - Expirado o prazo sem que tenha havido revogação,
impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 considera-se extinta a pena privativa de liberdade. (Redação
deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas CAPÍTULO V
seguintes condições, aplicadas cumulativamente: (Redação DO LIVRAMENTO CONDICIONAL
dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
Requisitos do livramento condicional
a) proibição de freqüentar determinados lugares; (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao
condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a

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2 (dois) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, II - por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste
de 11.7.1984) Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não Revogação facultativa
for reincidente em crime doloso e tiver bons
Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o
antecedentes; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações
11.7.1984)
constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente
II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja
em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de privativa de liberdade.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) 11.7.1984)
III - comprovado: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de Efeitos da revogação
2019)
Art. 88 - Revogado o livramento, não poderá ser novamente
a) bom comportamento durante a execução da pena; concedido, e, salvo quando a revogação resulta de
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) condenação por outro crime anterior àquele benefício, não
se desconta na pena o tempo em que esteve solto o
b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze)
condenado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
meses; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Extinção
c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Art. 89 - O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto
não passar em julgado a sentença em processo a que
d) aptidão para prover a própria subsistência mediante
responde o liberado, por crime cometido na vigência do
trabalho honesto; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
livramento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo,
Art. 90 - Se até o seu término o livramento não é revogado,
o dano causado pela infração; (Redação dada pela Lei nº
considera-se extinta a pena privativa de liberdade. (Redação
7.209, de 11.7.1984)
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de
CAPÍTULO VI
condenação por crime hediondo, prática de tortura, tráfico
DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO
ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e
terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em Efeitos genéricos e específicos
crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 13.344, de
2016) (Vigência) Art. 91 - São efeitos da condenação: (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso,
cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo
concessão do livramento ficará também subordinada à crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
constatação de condições pessoais que façam presumir que II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado
o liberado não voltará a delinqüir. (Redação dada pela Lei nº ou de terceiro de boa-fé: (Redação dada pela Lei nº 7.209,
7.209, de 11.7.1984) de 11.7.1984)
Soma de penas a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em
Art. 84 - As penas que correspondem a infrações diversas coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção
devem somar-se para efeito do livramento. (Redação dada constitua fato ilícito;
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que
Especificações das condições constitua proveito auferido pelo agente com a prática do
fato criminoso.
Art. 85 - A sentença especificará as condições a que fica
subordinado o livramento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, § 1o Poderá ser decretada a perda de bens ou valores
de 11.7.1984) equivalentes ao produto ou proveito do crime quando estes
não forem encontrados ou quando se localizarem no
Revogação do livramento exterior. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser § 2o Na hipótese do § 1o, as medidas assecuratórias previstas
condenado a pena privativa de liberdade, em sentença na legislação processual poderão abranger bens ou valores
irrecorrível: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) equivalentes do investigado ou acusado para posterior
I - por crime cometido durante a vigência do decretação de perda. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
benefício; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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Art. 91-A. Na hipótese de condenação por infrações às quais descendente ou contra tutelado ou curatelado; (Redação
a lei comine pena máxima superior a 6 (seis) anos de dada pela Lei nº 13.715, de 2018)
reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como
proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença
meio para a prática de crime doloso. (Redação dada pela
entre o valor do patrimônio do condenado e aquele que seja
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
compatível com o seu rendimento lícito. (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019) Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são
automáticos, devendo ser motivadamente declarados na
§ 1º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo,
sentença. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
entende-se por patrimônio do condenado todos os bens:
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) CAPÍTULO VII
DA REABILITAÇÃO
I - de sua titularidade, ou em relação aos quais ele tenha o
domínio e o benefício direto ou indireto, na data da infração Reabilitação
penal ou recebidos posteriormente; e (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019) Art. 93 - A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas
em sentença definitiva, assegurando ao condenado o sigilo
II - transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante dos registros sobre o seu processo e condenação. (Redação
contraprestação irrisória, a partir do início da atividade dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
criminal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Parágrafo único - A reabilitação poderá, também, atingir os
§ 2º O condenado poderá demonstrar a inexistência da efeitos da condenação, previstos no art. 92 deste Código,
incompatibilidade ou a procedência lícita do patrimônio. vedada reintegração na situação anterior, nos casos dos
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) incisos I e II do mesmo artigo. (Redação dada pela Lei nº
§ 3º A perda prevista neste artigo deverá ser requerida 7.209, de 11.7.1984)
expressamente pelo Ministério Público, por ocasião do Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2
oferecimento da denúncia, com indicação da diferença (dois) anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a
apurada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) pena ou terminar sua execução, computando-se o período
§ 4º Na sentença condenatória, o juiz deve declarar o valor de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não
da diferença apurada e especificar os bens cuja perda for sobrevier revogação, desde que o condenado: (Redação
decretada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 5º Os instrumentos utilizados para a prática de crimes por I - tenha tido domicílio no País no prazo acima
organizações criminosas e milícias deverão ser declarados referido; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
perdidos em favor da União ou do Estado, dependendo da II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva
Justiça onde tramita a ação penal, ainda que não ponham e constante de bom comportamento público e
em perigo a segurança das pessoas, a moral ou a ordem privado; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
pública, nem ofereçam sério risco de ser utilizados para o
cometimento de novos crimes. (Incluído pela Lei nº III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou
13.964, de 2019) demonstre a absoluta impossibilidade de o fazer, até o dia
do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da
Art. 92 - São também efeitos da condenação:(Redação dada vítima ou novação da dívida. (Redação dada pela Lei nº
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 7.209, de 11.7.1984)
I - a perda de cargo, função pública ou mandato Parágrafo único - Negada a reabilitação, poderá ser
eletivo: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) requerida, a qualquer tempo, desde que o pedido seja
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo instruído com novos elementos comprobatórios dos
igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso requisitos necessários. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
de poder ou violação de dever para com a Administração 11.7.1984)
Pública; (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) Art. 95 - A reabilitação será revogada, de ofício ou a
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por requerimento do Ministério Público, se o reabilitado for
tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos. (Incluído condenado, como reincidente, por decisão definitiva, a pena
pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) que não seja de multa. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
II – a incapacidade para o exercício do poder familiar, da
tutela ou da curatela nos crimes dolosos sujeitos à pena de TÍTULO VI
reclusão cometidos contra outrem igualmente titular do DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA
mesmo poder familiar, contra filho, filha ou outro Espécies de medidas de segurança

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Art. 96. As medidas de segurança são: (Redação dada pela Art. 99 - O internado será recolhido a estabelecimento
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) dotado de características hospitalares e será submetido a
tratamento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - Internação em hospital de custódia e tratamento
psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento TÍTULO VII
adequado; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) DA AÇÃO PENAL
II - sujeição a tratamento ambulatorial. (Redação dada pela Ação pública e de iniciativa privada
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei
Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe expressamente a declara privativa do ofendido. (Redação
medida de segurança nem subsiste a que tenha sido dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
imposta. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público,
Imposição da medida de segurança para inimputável dependendo, quando a lei o exige, de representação do
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça. (Redação
internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a § 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante
tratamento ambulatorial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para
de 11.7.1984) representá-lo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
Prazo 11.7.1984)

§ 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por § 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos
tempo indeterminado, perdurando enquanto não for crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece
averiguada, mediante perícia médica, a cessação de denúncia no prazo legal. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 de 11.7.1984)
(três) anos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado
Perícia médica ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou
de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente,
§ 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo descendente ou irmão. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
mínimo fixado e deverá ser repetida de ano em ano, ou a 11.7.1984)
qualquer tempo, se o determinar o juiz da
execução. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) A ação penal no crime complexo

Desinternação ou liberação condicional Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou
circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos,
§ 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele,
condicional devendo ser restabelecida a situação anterior se desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder
o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato por iniciativa do Ministério Público. (Redação dada pela Lei
indicativo de persistência de sua periculosidade. (Redação nº 7.209, de 11.7.1984)
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Irretratabilidade da representação
§ 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá
o juiz determinar a internação do agente, se essa Art. 102 - A representação será irretratável depois de
providência for necessária para fins curativos. (Redação oferecida a denúncia. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 11.7.1984)

Substituição da pena por medida de segurança para o Decadência do direito de queixa ou de representação
semi-imputável Art. 103 - Salvo disposição expressa em contrário, o
Art. 98 - Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste ofendido decai do direito de queixa ou de representação se
Código e necessitando o condenado de especial tratamento não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do
curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso
pela internação, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o
mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo prazo para oferecimento da denúncia. (Redação dada pela
anterior e respectivos §§ 1º a 4º. (Redação dada pela Lei nº Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
7.209, de 11.7.1984) Renúncia expressa ou tácita do direito de queixa
Direitos do internado Art. 104 - O direito de queixa não pode ser exercido quando
renunciado expressa ou tacitamente. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante
queixa a prática de ato incompatível com a vontade de da conexão. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o
Prescrição antes de transitar em julgado a sentença
ofendido a indenização do dano causado pelo
crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a
sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste
Perdão do ofendido
Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de
Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação
se procede mediante queixa, obsta ao prosseguimento da dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
ação. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
Art. 106 - O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito
tácito: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
anos e não excede a doze;
I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro
aproveita; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
anos e não excede a oito;
II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos
direito dos outros; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
e não excede a quatro;
11.7.1984)
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano
III - se o querelado o recusa, não produz efeito. (Redação
ou, sendo superior, não excede a dois;
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um)
§ 1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato
ano. (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
incompatível com a vontade de prosseguir na
ação. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Prescrição das penas restritivas de direito
§ 2º - Não é admissível o perdão depois que passa em Parágrafo único - Aplicam-se às penas restritivas de direito
julgado a sentença condenatória. (Redação dada pela Lei os mesmos prazos previstos para as privativas de
nº 7.209, de 11.7.1984) liberdade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
TÍTULO VIII Prescrição depois de transitar em julgado sentença final
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE condenatória

Extinção da punibilidade Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a


sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) aumentam de um terço, se o condenado é
I - pela morte do agente; reincidente. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - pela anistia, graça ou indulto; § 1o A prescrição, depois da sentença condenatória com


trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em
como criminoso; nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da
IV - pela prescrição, decadência ou perempção; denúncia ou queixa. (Redação dada pela Lei nº 12.234, de
2010).
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito,
nos crimes de ação privada; § 2o (Revogado pela Lei nº 12.234, de 2010).
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a Termo inicial da prescrição antes de transitar em julgado
admite; a sentença final
VII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a
sentença final, começa a correr: (Redação dada pela Lei nº
VIII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) 7.209, de 11.7.1984)
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. I - do dia em que o crime se consumou; (Redação dada pela
Art. 108 - A extinção da punibilidade de crime que é Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
pressuposto, elemento constitutivo ou circunstância II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade
agravante de outro não se estende a este. Nos crimes criminosa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
conexos, a extinção da punibilidade de um deles não

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III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de
permanência; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de que dependa o reconhecimento da existência do
11.7.1984) crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de II - enquanto o agente cumpre pena no exterior;
assentamento do registro civil, da data em que o fato se (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
tornou conhecido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos
11.7.1984)
aos Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; e
V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
adolescentes, previstos neste Código ou em legislação
IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de
especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito)
não persecução penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação
2019)
penal.(Redação dada pela Lei nº 12.650, de 2012)
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença
Termo inicial da prescrição após a sentença condenatória
condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em
irrecorrível
que o condenado está preso por outro motivo. (Redação
Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
começa a correr: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
Causas interruptivas da prescrição
11.7.1984)
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: (Redação
I - do dia em que transita em julgado a sentença
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
condenatória, para a acusação, ou a que revoga a suspensão
condicional da pena ou o livramento condicional; (Redação I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o II - pela pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
tempo da interrupção deva computar-se na pena. (Redação 11.7.1984)
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - pela decisão confirmatória da pronúncia; (Redação dada
Prescrição no caso de evasão do condenado ou de pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
revogação do livramento condicional
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios
Art. 113 - No caso de evadir-se o condenado ou de revogar- recorríveis; (Redação dada pela Lei nº 11.596, de 2007).
se o livramento condicional, a prescrição é regulada pelo
V - pelo início ou continuação do cumprimento da
tempo que resta da pena. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
pena; (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
de 11.7.1984)
VI - pela reincidência. (Redação dada pela Lei nº 9.268, de
Prescrição da multa
1º.4.1996)
Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá: (Redação
§ 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a
dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a
I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam
aplicada; (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a
interrupção relativa a qualquer deles. (Redação dada pela
II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
privativa de liberdade, quando a multa for alternativa ou
cumulativamente cominada ou cumulativamente § 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V
aplicada. (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) deste artigo, todo o prazo começa a correr, novamente, do
dia da interrupção. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
Redução dos prazos de prescrição
11.7.1984)
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição
Art. 118 - As penas mais leves prescrevem com as mais
quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21
graves. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70
(setenta) anos.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de Art. 119 - No caso de concurso de crimes, a extinção da
11.7.1984) punibilidade incidirá sobre a pena de cada um,
isoladamente. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
Causas impeditivas da prescrição
11.7.1984)
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a
Perdão judicial
prescrição não corre: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
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Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será I - violência doméstica e familiar;(Incluído pela Lei nº 13.104,
considerada para efeitos de reincidência. (Redação dada de 2015)
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - menosprezo ou discriminação à condição de
PARTE ESPECIAL mulher.(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
(Vide Lei nº 7.209, de 1984)
Homicídio culposo
TÍTULO I
§ 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA
CAPÍTULO I Pena - detenção, de um a três anos.
DOS CRIMES CONTRA A VIDA Aumento de pena
Homicídio simples § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um
Art. 121. Matar alguem: terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
Caso de diminuição de pena conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor
relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar
Homicídio qualificado de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem
§ 2° Se o homicídio é cometido: o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se
torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro 24.5.1977)
motivo torpe;
§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se
II - por motivo futil; o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura prestação de serviço de segurança, ou por grupo de
ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar extermínio.(Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012)
perigo comum; § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou a metade se o crime for praticado:(Incluído pela Lei nº
outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do 13.104, de 2015)
ofendido; I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou parto;(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
vantagem de outro crime: II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças
degenerativas que acarretem condição limitante ou de
Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) vulnerabilidade física ou mental; (Redação dada pela Lei nº
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo 13.771, de 2018)
feminino:(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) III - na presença física ou virtual de descendente ou de
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. ascendente da vítima; (Redação dada pela Lei nº 13.771, de
142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema 2018)
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no IV - em descumprimento das medidas protetivas de
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº
terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei 13.771, de 2018)
nº 13.142, de 2015)
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a
VIII – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) automutilação (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019)
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a
o
§ 2 -A Considera-se que há razões de condição de sexo praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para
feminino quando o crime envolve:(Incluído pela Lei nº que o faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019)
13.104, de 2015)

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Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação Aborto provocado pela gestante ou com seu
dada pela Lei nº 13.968, de 2019) consentimento
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que
lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos outrem lho provoque: (Vide ADPF 54)
dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: (Incluído pela Lei nº
Pena - detenção, de um a três anos.
13.968, de 2019)
Aborto provocado por terceiro
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela Lei
nº 13.968, de 2019) Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da
gestante:
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta
morte: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) Pena - reclusão, de três a dez anos.
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Incluído pela Lei Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da
nº 13.968, de 2019) gestante: (Vide ADPF 54)
§ 3º A pena é duplicada: (Incluído pela Lei nº 13.968, de Pena - reclusão, de um a quatro anos.
2019)
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou
(Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante
fraude, grave ameaça ou violência
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer
causa, a capacidade de resistência. (Incluído pela Lei nº Forma qualificada
13.968, de 2019)
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou
realizada por meio da rede de computadores, de rede social dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre
ou transmitida em tempo real. (Incluído pela Lei nº 13.968, lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por
de 2019) qualquer dessascausas, lhe sobrevém a morte.
§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide
coordenador de grupo ou de rede virtual. (Incluído pela Lei ADPF 54)
nº 13.968, de 2019)
Aborto necessário
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra
menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de
discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer
consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu
outra causa, não pode oferecer resistência, responde o
representante legal.
agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código.
(Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) CAPÍTULO II
DAS LESÕES CORPORAIS
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido
contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem Lesão corporal
o necessário discernimento para a prática do ato, ou que,
por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de
responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do outrem:
art. 121 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) Pena - detenção, de três meses a um ano.
Aumento de pena Lesão corporal de natureza grave
I - se o crime é praticado por motivo egoístico; § 1º Se resulta:
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de
causa, a capacidade de resistência. trinta dias;
Infanticídio II - perigo de vida;
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
próprio filho, durante o parto ou logo após:
IV - aceleração de parto:
Pena - detenção, de dois a seis anos.
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
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§ 2° Se resulta: § 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será


aumentada de um terço se o crime for cometido contra
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
pessoa portadora de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340,
II - enfermidade incuravel; de 2006)
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; § 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente
descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição
IV - deformidade permanente;
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força
V - aborto: Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou
em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
Lesão corporal seguida de morte condição, a pena é aumentada de um a dois
terços. (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o
agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de CAPÍTULO III
produzí-lo: DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. Perigo de contágio venéreo
Diminuição de pena Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de
relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta que sabe ou deve saber que está contaminado:
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
§ 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia:
Substituição da pena
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir
a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a § 2º - Somente se procede mediante representação.
dois contos de réis: Perigo de contágio de moléstia grave
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia
II - se as lesões são recíprocas. grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o
contágio:
Lesão corporal culposa
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
Perigo para a vida ou saúde de outrem
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto
Aumento de pena e iminente:
§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não
qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste constitui crime mais grave.
Código.(Redação dada pela Lei nº 12.720, de 2012)
Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. terço se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo
121.(Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990) decorre do transporte de pessoas para a prestação de
Violência Doméstica (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004) serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em
desacordo com as normas legais. (Incluído pela Lei nº 9.777,
§ 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, de 1998)
descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com
quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo- Abandono de incapaz
se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado,
hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo,
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono:
dada pela Lei nº 11.340, de 2006) Pena - detenção, de seis meses a três anos.
o o
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1 a 3 deste artigo, se as § 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza
circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo, grave:
aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei nº
10.886, de 2004) Pena - reclusão, de um a cinco anos.

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§ 2º - Se resulta a morte: alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a


a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
meios de correção ou disciplina:
Aumento de pena
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa.
§ 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
terço:
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
I - se o abandono ocorre em lugar ermo;
§ 2º - Se resulta a morte:
II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge,
irmão, tutor ou curador da vítima. Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos (Incluído pela § 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado
Lei nº 10.741, de 2003) contra pessoa menor de 14 (catorze) anos. (Incluído pela
Lei nº 8.069, de 1990)
Exposição ou abandono de recém-nascido
CAPÍTULO IV
Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar
DA RIXA
desonra própria:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Rixa

§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os
contendores:
Pena - detenção, de um a três anos.
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
§ 2º - Se resulta a morte:
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de
Pena - detenção, de dois a seis anos. natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa,
Omissão de socorro a pena de detenção, de seis meses a dois anos.

Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível CAPÍTULO V


fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou DOS CRIMES CONTRA A HONRA
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou Calúnia
em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o
socorro da autoridade pública: Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato
definido como crime:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da
omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a
triplicada, se resulta a morte. imputação, a propala ou divulga.

Condicionamento de atendimento médico-hospitalar § 2º - É punível a calúnia contra os mortos.


emergencial (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). Exceção da verdade
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou § 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de
formulários administrativos, como condição para o I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o
atendimento médico-hospitalar emergencial: (Incluído pela ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
Lei nº 12.653, de 2012). II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e nº I do art. 141;
multa. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). III - se do crime imputado, embora de ação pública, o
Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza Difamação
grave, e até o triplo se resulta a morte. (Incluído pela Lei nº
12.653, de 2012). Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à
sua reputação:
Maus-tratos
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua
autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, Exceção da verdade
ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de

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Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público,
se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao em apreciação ou informação que preste no cumprimento
exercício de suas funções. de dever do ofício.
Injúria Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela
injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o
decoro: Retratação
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata
cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou
praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios
diretamente a injúria;
de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a
injúria. ofensa.(Incluído pela Lei nº 13.188, de 2015)
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere
por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode
aviltantes: pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou,
a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da
ofensa.
pena correspondente à violência.
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos
procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140,
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição
§ 2º, da violência resulta lesão corporal.
de pessoa idosa ou portadora de deficiência:(Redação dada
pela Lei nº 10.741, de 2003) Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do
Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141
Pena - reclusão de um a três anos e multa.(Incluído pela Lei
deste Código, e mediante representação do ofendido, no
nº 9.459, de 1997)
caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do §
Disposições comuns 3o do art. 140 deste Código.(Redação dada pela Lei nº
12.033. de 2009)
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se
de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: CAPÍTULO VI
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
governo estrangeiro; SEÇÃO I
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
Constrangimento ilegal
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a
divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria. Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave
ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei
de deficiência, exceto no caso de injúria.(Incluído pela Lei nº permite, ou a fazer o que ela não manda:
10.741, de 2003)
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
§ 1º - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de
recompensa, aplica-se a pena em dobro. (Redação Aumento de pena
dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro,
§ 2º - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três
pessoas, ou há emprego de armas.
Exclusão do crime
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as
Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível: correspondentes à violência.
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela § 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo:
parte ou por seu procurador;
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou do paciente ou de seu representante legal, se justificada por
científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou iminente perigo de vida;
difamar;
II - a coação exercida para impedir suicídio.

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Ameaça § 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é


cometido:(Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou
qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e I – contra criança ou adolescente; (Incluído pela Lei nº
grave: 10.803, de 11.12.2003)
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
origem. (Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
Parágrafo único - Somente se procede mediante
representação. Tráfico de Pessoas(Incluído pela Lei nº 13.344, de
2016) (Vigência)
Seqüestro e cárcere privado
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar,
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante
transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante
seqüestro ou cárcere privado: (Vide Lei nº 10.446, de 2002)
grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a
Pena - reclusão, de um a três anos. finalidade de:(Incluído pela Lei nº 13.344, de
2016) (Vigência)
§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:
I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo;(Incluído
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou
pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta)
anos; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005) II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de
escravo;(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em
casa de saúde ou hospital; III - submetê-la a qualquer tipo de servidão;(Incluído pela Lei
nº 13.344, de 2016) (Vigência)
III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias.
IV - adoção ilegal; ou(Incluído pela Lei nº 13.344, de
IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito)
2016) (Vigência)
anos; (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005)
V - exploração sexual.(Incluído pela Lei nº 13.344, de
V – se o crime é praticado com fins libidinosos. (Incluído
2016) (Vigência)
pela Lei nº 11.106, de 2005)
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e
§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da
multa.(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:
§ 1o A pena é aumentada de um terço até a metade
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
se:(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Redução a condição análoga à de escravo
I - o crime for cometido por funcionário público no exercício
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, de suas funções ou a pretexto de exercê-las;(Incluído pela
quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou
trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua
pessoa idosa ou com deficiência;(Incluído pela Lei nº 13.344,
locomoção em razão de dívida contraída com o empregador
de 2016) (Vigência)
ou preposto:(Redação dada pela Lei nº 10.803, de
11.12.2003) III - o agente se prevalecer de relações de parentesco,
domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena
dependência econômica, de autoridade ou de superioridade
correspondente à violência.(Redação dada pela Lei nº
hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou
10.803, de 11.12.2003)
função; ou(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei nº
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território
10.803, de 11.12.2003)
nacional.(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do
§ 2o A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for
trabalhador, com o fim de retê-lo no local de
primário e não integrar organização criminosa.(Incluído pela
trabalho; (Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se
SEÇÃO II
apodera de documentos ou objetos pessoais do
trabalhador, com o fim de retê-lo no local de DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO
trabalho.(Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003) DOMICÍLIO
Violação de domicílio

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Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou III - quem impede a comunicação ou a conversação referidas
astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de no número anterior;
quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
IV - quem instala ou utiliza estação ou aparelho
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. radioelétrico, sem observância de disposição legal.
§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar § 2º - As penas aumentam-se de metade, se há dano para
ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por outrem.
duas ou mais pessoas:
§ 3º - Se o agente comete o crime, com abuso de função em
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou telefônico:
correspondente à violência.
Pena - detenção, de um a três anos.
§ 2º - (Revogado pela Lei nº 13.869, de 2019) (Vigência)
§ 4º - Somente se procede mediante representação, salvo
§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa nos casos do § 1º, IV, e do § 3º.
alheia ou em suas dependências:
Correspondência comercial
I - durante o dia, com observância das formalidades legais,
Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou empregado de
para efetuar prisão ou outra diligência;
estabelecimento comercial ou industrial para, no todo ou
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime em parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir
está sendo ali praticado ou na iminência de o ser. correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo:
§ 4º - A expressão "casa" compreende: Pena - detenção, de três meses a dois anos.
I - qualquer compartimento habitado; Parágrafo único - Somente se procede mediante
representação.
II - aposento ocupado de habitação coletiva;
SEÇÃO IV
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS
exerce profissão ou atividade.
SEGREDOS
§ 5º - Não se compreendem na expressão "casa":
Divulgação de segredo
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação
coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de
parágrafo anterior; documento particular ou de correspondência confidencial,
de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero. produzir dano a outrem:
SEÇÃO III Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, de trezentos
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DE mil réis a dois contos de réis. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
CORRESPONDÊNCIA
§ 1º Somente se procede mediante
Violação de correspondência representação. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº
9.983, de 2000)
Art. 151 - Devassar indevidamente o conteúdo de
correspondência fechada, dirigida a outrem: § 1o-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou
reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
sistemas de informações ou banco de dados da
Sonegação ou destruição de correspondência Administração Pública: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 1º - Na mesma pena incorre: Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I - quem se apossa indevidamente de correspondência
alheia, embora não fechada e, no todo ou em parte, a § 2o Quando resultar prejuízo para a Administração Pública,
sonega ou destrói; a ação penal será incondicionada. (Incluído pela Lei nº 9.983,
de 2000)
Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica ou
telefônica Violação do segredo profissional
II - quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que
utiliza abusivamente comunicação telegráfica ou tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou
radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversação telefônica profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
entre outras pessoas;
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa de um
conto a dez contos de réis. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
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Parágrafo único - Somente se procede mediante Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se
representação. procede mediante representação, salvo se o crime é
cometido contra a administração pública direta ou indireta
Invasão de dispositivo informático (Incluído pela Lei nº
de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal
12.737, de 2012)Vigência
ou Municípios ou contra empresas concessionárias de
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, serviços públicos.(Incluído pela Lei nº 12.737, de
conectado ou não à rede de computadores, mediante 2012)Vigência
violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim
TÍTULO II
de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou
instalar vulnerabilidades para obter vantagem CAPÍTULO I
ilícita:(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência DO FURTO

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e Furto


multa.(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia
o
§ 1 Na mesma pena incorre quem produz, oferece, móvel:
distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa de Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
computador com o intuito de permitir a prática da conduta
definida no caput.(Incluído pela Lei nº 12.737, de § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado
2012) Vigência durante o repouso noturno.

§ 2o Aumenta-se a pena de um sexto a um terço se da § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa


invasão resulta prejuízo econômico.(Incluído pela Lei nº furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de
12.737, de 2012) Vigência detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar
somente a pena de multa.
§ 3o Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de
comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou
industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, ou qualquer outra que tenha valor econômico.
o controle remoto não autorizado do dispositivo Furto qualificado
invadido:(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se crime é cometido:
a conduta não constitui crime mais grave.(Incluído pela Lei
nº 12.737, de 2012) Vigência I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração
da coisa;
§ 4o Na hipótese do § 3o, aumenta-se a pena de um a dois
terços se houver divulgação, comercialização ou II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada
transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou ou destreza;
informações obtidos.(Incluído pela Lei nº 12.737, de III - com emprego de chave falsa;
2012) Vigência
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
§ 5o Aumenta-se a pena de um terço à metade se o crime for
praticado contra:(Incluído pela Lei nº 12.737, de § 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e
2012) Vigência multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato
análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei nº
I - Presidente da República, governadores e 13.654, de 2018)
prefeitos;(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)Vigência
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração
II - Presidente do Supremo Tribunal Federal;(Incluído pela for de veículo automotor que venha a ser transportado para
Lei nº 12.737, de 2012) Vigência outro Estado ou para o exterior. (Incluído pela Lei nº 9.426,
III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado de 1996)
Federal, de Assembleia Legislativa de Estado, da Câmara § 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a
Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Municipal; subtração for de semovente domesticável de produção,
ou(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência ainda que abatido ou dividido em partes no local da
IV - dirigente máximo da administração direta e indireta subtração. (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016)
federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal.(Incluído § 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e
pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência multa, se a subtração for de substâncias explosivas ou de
Ação penal(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua

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fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº § 3º Se da violência resulta: (Redação dada pela Lei nº
13.654, de 2018) 13.654, de 2018)
Furto de coisa comum I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18
(dezoito) anos, e multa; (Incluído pela Lei nº 13.654, de
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para
2018)
si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa
comum: II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta)
anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
§ 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com
§ 1º - Somente se procede mediante representação.
emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, aplica-
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, se em dobro a pena prevista no caput deste artigo.
cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
CAPÍTULO II Extorsão
DO ROUBO E DA EXTORSÃO
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave
Roubo ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem
indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, ou deixar de fazer alguma coisa:
mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de
havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
resistência: § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até
metade.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de
subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave § 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o
ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a disposto no § 3º do artigo anterior. Vide Lei nº 8.072, de
detenção da coisa para si ou para terceiro. 25.7.90

§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até § 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade
metade: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018) da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da
vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12
I – (revogado);(Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018) (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e
3o, respectivamente. (Incluído pela Lei nº 11.923, de 2009)
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o
agente conhece tal circunstância. Extorsão mediante seqüestro
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou
transportado para outro Estado ou para o para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço
exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) do resgate: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Vide Lei nº 10.446,
de 2002)
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo
sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. (Redação dada pela
Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de
acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua § 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se
fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60
13.654, de 2018) (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou
quadrilha.Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela
VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego Lei nº 10.741, de 2003)
de arma branca; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Pena - reclusão, de doze a vinte anos.(Redação dada pela Lei
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (Incluído pela nº 8.072, de 25.7.1990)
Lei nº 13.654, de 2018)
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza
I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de grave:Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
arma de fogo; (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.(Redação
II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause
perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) § 3º - Se resulta a morte:Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90

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Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. (Redação II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o
dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) fato não constitui crime mais grave
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que III - contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito
o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do Federal, de Município ou de autarquia, fundação pública,
seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa
terços. (Redação dada pela Lei nº 9.269, de 1996) concessionária de serviços públicos; (Redação dada pela Lei
nº 13.531, de 2017)
Extorsão indireta
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para
Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida,
a vítima:
abusando da situação de alguém, documento que pode dar
causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da
terceiro: pena correspondente à violência.
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Introdução ou abandono de animais em propriedade
alheia
CAPÍTULO III
DA USURPAÇÃO Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade
alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que o
Alteração de limites fato resulte prejuízo:
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa.
outro sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no
todo ou em parte, de coisa imóvel alheia: Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou
histórico
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada
§ 1º - Na mesma pena incorre quem: pela autoridade competente em virtude de valor artístico,
Usurpação de águas arqueológico ou histórico:
I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
águas alheias; Alteração de local especialmente protegido
Esbulho possessório Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade competente, o
II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou aspecto de local especialmente protegido por lei:
mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.
Ação penal
§ 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na pena
a esta cominada. Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu parágrafo
e do art. 164, somente se procede mediante queixa.
§ 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego de
violência, somente se procede mediante queixa. CAPÍTULO V
DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA
Supressão ou alteração de marca em animais
Apropriação indébita
Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou
rebanho alheio, marca ou sinal indicativo de propriedade: Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a
posse ou a detenção:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
CAPÍTULO IV
DO DANO Aumento de pena

Dano § 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente


recebeu a coisa:
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
I - em depósito necessário;
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário,
Dano qualificado inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;
Parágrafo único - Se o crime é cometido: III - em razão de ofício, emprego ou profissão.
I - com violência à pessoa ou grave ameaça; Apropriação indébita previdenciária (Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000)
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Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e
Parágrafo único - Na mesma pena incorre:
forma legal ou convencional: (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000) Apropriação de tesouro
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) todo ou em parte, da quota a que tem direito o proprietário
do prédio;
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de: (Incluído
pela Lei nº 9.983, de 2000) Apropriação de coisa achada
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total
importância destinada à previdência social que tenha sido ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo
descontada de pagamento efetuado a segurados, a possuidor ou de entregá-la à autoridade competente,
terceiros ou arrecadada do público; (Incluído pela Lei nº dentro no prazo de quinze dias.
9.983, de 2000)
Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se o
II – recolher contribuições devidas à previdência social que disposto no art. 155, § 2º.
tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à
CAPÍTULO VI
venda de produtos ou à prestação de serviços; (Incluído pela
DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES
Lei nº 9.983, de 2000)
III - pagar benefício devido a segurado, quando as Estelionato
respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em
empresa pela previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro,
de 2000) mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio
§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, fraudulento:
declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos
importâncias ou valores e presta as informações devidas à mil réis a dez contos de réis. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
previdência social, na forma definida em lei ou regulamento,
antes do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de § 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o
2000) prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no
art. 155, § 2º.
§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar
somente a de multa se o agente for primário e de bons § 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de Disposição de coisa alheia como própria
2000)
I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de garantia coisa alheia como própria;
oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social
previdenciária, inclusive acessórios; ou (Incluído pela Lei nº Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria
9.983, de 2000) II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel
seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em
social, administrativamente, como sendo o mínimo para o prestações, silenciando sobre qualquer dessas
ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº circunstâncias;
9.983, de 2000) Defraudação de penhor
§ 4o A faculdade prevista no § 3o deste artigo não se aplica III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo
aos casos de parcelamento de contribuições cujo valor, credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando
inclusive dos acessórios, seja superior àquele estabelecido, tem a posse do objeto empenhado;
administrativamente, como sendo o mínimo para o
Fraude na entrega de coisa
ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº
13.606, de 2018) IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa
que deve entregar a alguém;
Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou
força da natureza Fraude para recebimento de indenização ou valor de
seguro
Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu
poder por erro, caso fortuito ou força da natureza: V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou
lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências
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da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou Art. 175 - Enganar, no exercício de atividade comercial, o
valor de seguro; adquirente ou consumidor:
Fraude no pagamento por meio de cheque I - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria
falsificada ou deteriorada;
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em
poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento. II - entregando uma mercadoria por outra:
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
em detrimento de entidade de direito público ou de instituto
§ 1º - Alterar em obra que lhe é encomendada a qualidade
de economia popular, assistência social ou beneficência.
ou o peso de metal ou substituir, no mesmo caso, pedra
Estelionato contra idoso verdadeira por falsa ou por outra de menor valor; vender
pedra falsa por verdadeira; vender, como precioso, metal de
§ 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido
ou outra qualidade:
contra idoso.(Incluído pela Lei nº 13.228, de 2015)
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
§ 5º Somente se procede mediante representação, salvo se
a vítima for: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 2º - É aplicável o disposto no art. 155, § 2º.
I - a Administração Pública, direta ou indireta; (Incluído Outras fraudes
pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel
II - criança ou adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.964, ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos
de 2019) para efetuar o pagamento:
III - pessoa com deficiência mental; ou (Incluído pela Lei Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
nº 13.964, de 2019)
Parágrafo único - Somente se procede mediante
IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. representação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias,
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) deixar de aplicar a pena.
Duplicata simulada Fraudes e abusos na fundação ou administração de
sociedade por ações
Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não
corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou Art. 177 - Promover a fundação de sociedade por ações,
qualidade, ou ao serviço prestado. (Redação dada pela Lei fazendo, em prospecto ou em comunicação ao público ou à
nº 8.137, de 27.12.1990) assembléia, afirmação falsa sobre a constituição da
sociedade, ou ocultando fraudulentamente fato a ela
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
relativo:
multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, se o fato não
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquêle que
constitui crime contra a economia popular.
falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de
Duplicatas. (Incluído pela Lei nº 5.474. de 1968) § 1º - Incorrem na mesma pena, se o fato não constitui crime
contra a economia popular: (Vide Lei nº 1.521, de 1951)
Abuso de incapazes
I - o diretor, o gerente ou o fiscal de sociedade por ações,
Art. 173 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, de
que, em prospecto, relatório, parecer, balanço ou
necessidade, paixão ou inexperiência de menor, ou da
comunicação ao público ou à assembléia, faz afirmação
alienação ou debilidade mental de outrem, induzindo
falsa sobre as condições econômicas da sociedade, ou
qualquer deles à prática de ato suscetível de produzir efeito
oculta fraudulentamente, no todo ou em parte, fato a elas
jurídico, em prejuízo próprio ou de terceiro:
relativo;
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
II - o diretor, o gerente ou o fiscal que promove, por qualquer
Induzimento à especulação artifício, falsa cotação das ações ou de outros títulos da
sociedade;
Art. 174 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, da
inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental de III - o diretor ou o gerente que toma empréstimo à sociedade
outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à ou usa, em proveito próprio ou de terceiro, dos bens ou
especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou haveres sociais, sem prévia autorização da assembléia geral;
devendo saber que a operação é ruinosa:
IV - o diretor ou o gerente que compra ou vende, por conta
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. da sociedade, ações por ela emitidas, salvo quando a lei o
permite;
Fraude no comércio

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V - o diretor ou o gerente que, como garantia de crédito Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. (Redação dada
social, aceita em penhor ou em caução ações da própria pela Lei nº 9.426, de 1996)
sociedade;
§ 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do
VI - o diretor ou o gerente que, na falta de balanço, em parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou
desacordo com este, ou mediante balanço falso, distribui clandestino, inclusive o exercício em residência. (Redação
lucros ou dividendos fictícios; dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
VII - o diretor, o gerente ou o fiscal que, por interposta § 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela
pessoa, ou conluiado com acionista, consegue a aprovação desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de
de conta ou parecer; quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio
criminoso: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
VIII - o liquidante, nos casos dos ns. I, II, III, IV, V e VII;
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas
IX - o representante da sociedade anônima estrangeira,
as penas. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
autorizada a funcionar no País, que pratica os atos
mencionados nos ns. I e II, ou dá falsa informação ao § 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou
Governo. isento de pena o autor do crime de que proveio a
coisa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 2º - Incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos,
e multa, o acionista que, a fim de obter vantagem para si ou § 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o
para outrem, negocia o voto nas deliberações de assembléia juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar de
geral. aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no
§ 2º do art. 155. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
Emissão irregular de conhecimento de depósito ou
"warrant" § 6o Tratando-se de bens do patrimônio da União, de
Estado, do Distrito Federal, de Município ou de autarquia,
Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou warrant, em
fundação pública, empresa pública, sociedade de economia
desacordo com disposição legal:
mista ou empresa concessionária de serviços públicos,
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste
artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.531, de 2017)
Fraude à execução
Receptação de animal
Art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando,
destruindo ou danificando bens, ou simulando dívidas: Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar,
ter em depósito ou vender, com a finalidade de produção ou
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
de comercialização, semovente domesticável de produção,
Parágrafo único - Somente se procede mediante queixa. ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser
produto de crime: (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016)
CAPÍTULO VII
DA RECEPTAÇÃO Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
multa. (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016)
Receptação
CAPÍTULO VIII
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar,
DISPOSIÇÕES GERAIS
em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de
crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos
receba ou oculte: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de crimes previstos neste título, em prejuízo: (Vide Lei nº
1996) 10.741, de 2003)
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Redação I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco
Receptação qualificada (Redação dada pela Lei nº 9.426, legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.
de 1996)
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se
§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em o crime previsto neste título é cometido em prejuízo: (Vide
depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à Lei nº 10.741, de 2003)
venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
coisa que deve saber ser produto de crime: (Redação dada II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
pela Lei nº 9.426, de 1996)
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.

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Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos lhe são conexos, em conformidade com o previsto na Lei nº
anteriores: 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, nem a cópia de obra
intelectual ou fonograma, em um só exemplar, para uso
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral,
privado do copista, sem intuito de lucro direto ou
quando haja emprego de grave ameaça ou violência à
indireto.(Incluído pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
pessoa;
Usurpação de nome ou pseudônimo alheio
II - ao estranho que participa do crime.
Art. 185 - (Revogado pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou
superior a 60 (sessenta) anos. (Incluído pela Lei nº 10.741, Art. 186. Procede-se mediante: (Redação dada pela Lei nº
de 2003) 10.695, de 1º.7.2003)
TÍTULO III I – queixa, nos crimes previstos no caput do art.
DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE IMATERIAL 184; (Incluído pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
CAPÍTULO I II – ação penal pública incondicionada, nos crimes previstos
DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE INTELECTUAL nos §§ 1o e 2o do art. 184; (Incluído pela Lei nº 10.695, de
Violação de direito autoral 1º.7.2003)

Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são III – ação penal pública incondicionada, nos crimes
conexos: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) cometidos em desfavor de entidades de direito público,
autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou ou fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela
multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
§ 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, IV – ação penal pública condicionada à representação, nos
com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou crimes previstos no § 3o do art. 184. (Incluído pela Lei nº
processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou 10.695, de 1º.7.2003)
fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista
intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou CAPÍTULO II
de quem os represente: (Redação dada pela Lei nº 10.695, DOS CRIMES CONTRA O PRIVILÉGIO DE INVENÇÃO
de 1º.7.2003) Violação de privilégio de invenção
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e Art 187.(Revogado pela Lei nº 9.279, de 14.5.1996)
multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Falsa atribuição de privilégio
§ 2o Na mesma pena do § 1o incorre quem, com o intuito de
lucro direto ou indireto, distribui, vende, expõe à venda, Art 188. (Revogado pela Lei nº 9.279, de 14.5.1996)
aluga, introduz no País, adquire, oculta, tem em depósito, Usurpação ou indevida exploração de modelo ou desenho
original ou cópia de obra intelectual ou fonograma privilegiado
reproduzido com violação do direito de autor, do direito de
artista intérprete ou executante ou do direito do produtor de Art. 189. (Revogado pela Lei nº 9.279, de 14.5.1996)
fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra Falsa declaração de depósito em modelo ou desenho
intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos
titulares dos direitos ou de quem os represente. (Redação Art. 190.(Revogado pela Lei nº 9.279, de 14.5.1996)
dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) Art. 191. (Revogado pela Lei nº 9.279, de 14.5.1996)
o
§ 3 Se a violação consistir no oferecimento ao público, CAPÍTULO III
mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro DOS CRIMES CONTRA AS
sistema que permita ao usuário realizar a seleção da obra ou
MARCAS DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO
produção para recebê-la em um tempo e lugar previamente
determinados por quem formula a demanda, com intuito de Violação do direito de marca
lucro, direto ou indireto, sem autorização expressa,
Art. 192.(Revogado pela Lei nº 9.279, de 14.5.1996)
conforme o caso, do autor, do artista intérprete ou
executante, do produtor de fonograma, ou de quem os Uso indevido de armas, brasões e distintivos públicos
represente: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Art. 193. (Revogado pela Lei nº 9.279, de 14.5.1996)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
Marca com falsa indicação de procedência
multa. (Incluído pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Art. 194. (Revogado pela Lei nº 9.279, de 14.5.1996)
§ 4o O disposto nos §§ 1o, 2o e 3o não se aplica quando se
tratar de exceção ou limitação ao direito de autor ou os que Art. 195. (Revogado pela Lei nº 9.279, de 14.5.1996)

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CAPÍTULO IV Art. 201 - Participar de suspensão ou abandono coletivo de


DOS CRIMES DE CONCORRÊNCIA DESLEAL trabalho, provocando a interrupção de obra pública ou
serviço de interesse coletivo:
Concorrência desleal
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Art. 196. (Revogado pela Lei nº 9.279, de 14.5.1996)
Invasão de estabelecimento industrial, comercial ou
TÍTULO IV agrícola. Sabotagem
DOS CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO
TRABALHO Art. 202 - Invadir ou ocupar estabelecimento industrial,
comercial ou agrícola, com o intuito de impedir ou
Atentado contra a liberdade de trabalho embaraçar o curso normal do trabalho, ou com o mesmo fim
Art. 197 - Constranger alguém, mediante violência ou grave danificar o estabelecimento ou as coisas nele existentes ou
ameaça: delas dispor:

I - a exercer ou não exercer arte, ofício, profissão ou Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
indústria, ou a trabalhar ou não trabalhar durante certo Frustração de direito assegurado por lei trabalhista
período ou em determinados dias:
Art. 203 - Frustrar, mediante fraude ou violência, direito
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da assegurado pela legislação do trabalho:
pena correspondente à violência;
Pena - detenção de um ano a dois anos, e multa, além da
II - a abrir ou fechar o seu estabelecimento de trabalho, ou a pena correspondente à violência. (Redação dada pela Lei nº
participar de parede ou paralisação de atividade econômica: 9.777, de 29.12.1998)
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da § 1º Na mesma pena incorre quem: (Incluído pela Lei nº
pena correspondente à violência. 9.777, de 1998)
Atentado contra a liberdade de contrato de trabalho e I - obriga ou coage alguém a usar mercadorias de
boicotagem violenta determinado estabelecimento, para impossibilitar o
Art. 198 - Constranger alguém, mediante violência ou grave desligamento do serviço em virtude de dívida; (Incluído pela
ameaça, a celebrar contrato de trabalho, ou a não fornecer Lei nº 9.777, de 1998)
a outrem ou não adquirir de outrem matéria-prima ou II - impede alguém de se desligar de serviços de qualquer
produto industrial ou agrícola: natureza, mediante coação ou por meio da retenção de seus
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da documentos pessoais ou contratuais. (Incluído pela Lei nº
pena correspondente à violência. 9.777, de 1998)

Atentado contra a liberdade de associação § 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima


é menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou
Art. 199 - Constranger alguém, mediante violência ou grave portadora de deficiência física ou mental. (Incluído pela Lei
ameaça, a participar ou deixar de participar de determinado nº 9.777, de 1998)
sindicato ou associação profissional:
Frustração de lei sobre a nacionalização do trabalho
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da
pena correspondente à violência. Art. 204 - Frustrar, mediante fraude ou violência, obrigação
legal relativa à nacionalização do trabalho:
Paralisação de trabalho, seguida de violência ou
perturbação da ordem Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da
pena correspondente à violência.
Art. 200 - Participar de suspensão ou abandono coletivo de
trabalho, praticando violência contra pessoa ou contra Exercício de atividade com infração de decisão
coisa: administrativa

Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da Art. 205 - Exercer atividade, de que está impedido por
pena correspondente à violência. decisão administrativa:

Parágrafo único - Para que se considere coletivo o abandono Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
de trabalho é indispensável o concurso de, pelo menos, Aliciamento para o fim de emigração
três empregados.
Art. 206 - Recrutar trabalhadores, mediante fraude, com o
Paralisação de trabalho de interesse coletivo fim de levá-los para território estrangeiro. (Redação dada
pela Lei nº 8.683, de 1993)

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Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos e multa. (Redação Art. 211 - Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele:
dada pela Lei nº 8.683, de 1993)
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
Aliciamento de trabalhadores de um local para outro do
Vilipêndio a cadáver
território nacional
Art. 212 - Vilipendiar cadáver ou suas cinzas:
Art. 207 - Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma
para outra localidade do território nacional: Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Pena - detenção de um a três anos, e multa. (Redação dada TÍTULO VI
pela Lei nº 9.777, de 29.12.1998) DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
§ 1º Incorre na mesma pena quem recrutar trabalhadores (Redação Dada Pela Lei Nº 12.015, de 2009)
fora da localidade de execução do trabalho, dentro do CAPÍTULO I
território nacional, mediante fraude ou cobrança de DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL
qualquer quantia do trabalhador, ou, ainda, não assegurar (Redação Dada Pela Lei Nº 12.015, de 2009)
condições do seu retorno ao local de origem. (Incluído pela
Estupro
Lei nº 9.777, de 1998)
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima
ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que
é menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou
com ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação dada
portadora de deficiência física ou mental. (Incluído pela Lei
pela Lei nº 12.015, de 2009)
nº 9.777, de 1998)
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Redação dada
TÍTULO V
pela Lei nº 12.015, de 2009)
DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO
RELIGIOSO E CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS § 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave
CAPÍTULO I ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14
DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Incluído pela
Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele
Lei nº 12.015, de 2009)
relativo
§ 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº
Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo
12.015, de 2009)
de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar
cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos(Incluído pela
publicamente ato ou objeto de culto religioso: Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. Art. 214 -(Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é Violação sexual mediante fraude (Redação dada pela Lei
aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à nº 12.015, de 2009)
violência.
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato
CAPÍTULO II libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que
DOS CRIMES CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da
vítima: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Redação dada
Art. 209 - Impedir ou perturbar enterro ou cerimônia
pela Lei nº 12.015, de 2009)
funerária:
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
vantagem econômica, aplica-se também multa. (Redação
Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à
Importunação sexual (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
violência.
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato
Violação de sepultura
libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou
Art. 210 - Violar ou profanar sepultura ou urna funerária: a de terceiro: (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não
constitui crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 13.718, de
Destruição, subtração ou ocultação de cadáver
2018)

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Art. 216. (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (Incluído pela
Lei nº 12.015, de 2009)
Assédio sexual (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
§ 4o Se da conduta resulta morte:(Incluído pela Lei nº
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter
12.015, de 2009)
vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o
agente da sua condição de superior hierárquico ou Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. (Incluído
ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou pela Lei nº 12.015, de 2009)
função.(Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
§ 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.(Incluído pela Lei artigo aplicam-se independentemente do consentimento
nº 10.224, de 15 de 2001) da vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais
anteriormente ao crime. (Incluído pela Lei nº 13.718, de
Parágrafo único. (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
2018)
§ 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é
Corrupção de menores
menor de 18 (dezoito) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015,
de 2009) Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a
satisfazer a lascívia de outrem: (Redação dada pela Lei nº
CAPÍTULO I-A
12.015, de 2009)
(Incluído Pela Lei Nº 13.772, de 2018)
DA EXPOSIÇÃO DA INTIMIDADE SEXUAL Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.(Redação dada
pela Lei nº 12.015, de 2009)
Registro não autorizado da intimidade sexual
Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.015,
Art. 216-B. Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por de 2009)
qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual
ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou
dos participantes: (Incluído pela Lei nº 13.772, de 2018) adolescente(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa. Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14
(catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem realiza ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou
montagem em fotografia, vídeo, áudio ou qualquer outro de outrem: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez ou ato
sexual ou libidinoso de caráter íntimo. (Incluído pela Lei nº Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela
13.772, de 2018) Lei nº 12.015, de 2009)

CAPÍTULO II Favorecimento da prostituição ou de outra forma de


DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL exploração sexual de criança ou adolescente ou de
(Redação Dada Pela Lei Nº 12.015, de 2009) vulnerável. (Redação dada pela Lei nº 12.978, de 2014)
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou
Sedução
outra forma de exploração sexual alguém menor de 18
Art. 217 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência
mental, não tem o necessário discernimento para a prática
Estupro de vulnerável(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato abandone:(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:(Incluído pela Lei
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. (Incluído
nº 12.015, de 2009)
pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.(Incluído pela
§ 1o Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem
Lei nº 12.015, de 2009)
econômica, aplica-se também multa.(Incluído pela Lei nº
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas 12.015, de 2009)
no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência
§ 2o Incorre nas mesmas penas: (Incluído pela Lei nº
mental, não tem o necessário discernimento para a prática
12.015, de 2009)
do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer
resistência. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso
o com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze)
§ 2 (VETADO)(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
anos na situação descrita no caput deste artigo; (Incluído
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza pela Lei nº 12.015, de 2009)
grave: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

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II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em CAPÍTULO IV


que se verifiquem as práticas referidas no caput deste DISPOSIÇÕES GERAIS
artigo.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 223 -(Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 3o Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito
obrigatório da condenação a cassação da licença de Art. 224 -(Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
localização e de funcionamento do Ação penal
estabelecimento.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste
Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de Título, procede-se mediante ação penal pública
vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia (Incluído incondicionada. (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018)
pela Lei nº 13.718, de 2018)
Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, 13.718, de 2018)
vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por
qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de Aumento de pena
massa ou sistema de informática ou telemática -, fotografia, Art. 226. A pena é aumentada:(Redação dada pela Lei nº
vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de 11.106, de 2005)
estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou
induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de
cena de sexo, nudez ou pornografia: (Incluído pela Lei nº 2 (duas) ou mais pessoas; (Redação dada pela Lei nº 11.106,
13.718, de 2018) de 2005)

Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou
constitui crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 13.718, de madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador,
2018) preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro
título tiver autoridade sobre ela; (Redação dada pela Lei nº
Aumento de pena (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) 13.718, de 2018)
§ 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) III - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
se o crime é praticado por agente que mantém ou tenha
mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é
de vingança ou humilhação. (Incluído pela Lei nº 13.718, de praticado: (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
2018) Estupro coletivo (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Exclusão de ilicitude (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes; (Incluído
§ 2º Não há crime quando o agente pratica as condutas pela Lei nº 13.718, de 2018)
descritas no caput deste artigo em publicação de natureza Estupro corretivo (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
jornalística, científica, cultural ou acadêmica com a adoção
de recurso que impossibilite a identificação da vítima, b) para controlar o comportamento social ou sexual da
ressalvada sua prévia autorização, caso seja maior de 18 vítima. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
(dezoito) anos. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) CAPÍTULO V
CAPÍTULO III DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM
DE
DO RAPTO
PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE
Rapto violento ou mediante fraude EXPLORAÇÃO SEXUAL
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 219 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
Mediação para servir a lascívia de outrem
Rapto consensual
Art. 227 - Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem:
Art. 220 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
Pena - reclusão, de um a três anos.
Diminuição de pena
§ 1o Se a vítima é maior de 14 (catorze) e menor de 18
Art. 221 -(Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
(dezoito) anos, ou se o agente é seu ascendente,
Concurso de rapto e outro crime descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou
curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de
Art. 222 -(Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
educação, de tratamento ou de guarda: (Redação dada pela
Lei nº 11.106, de 2005)
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.

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§ 2º - Se o crime é cometido com emprego de violência, § 2o Se o crime é cometido mediante violência, grave
grave ameaça ou fraude: ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre
manifestação da vontade da vítima: (Redação dada pela
Pena - reclusão, de dois a oito anos, além da pena
Lei nº 12.015, de 2009)
correspondente à violência.
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem prejuízo da
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se
pena correspondente à violência.(Redação dada pela Lei nº
também multa.
12.015, de 2009)
Favorecimento da prostituição ou outra forma de
Tráfico internacional de pessoa para fim de exploração
exploração sexual(Redação dada pela Lei nº 12.015, de
sexual (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
2009)
Art. 231.(Revogado pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra
forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar Art. 231-A.(Revogado pela Lei nº 13.344, de
que alguém a abandone: (Redação dada pela Lei nº 12.015, 2016) (Vigência)
de 2009)
Art. 232 -(Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
Promoção de migração ilegal
multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 232-A. Promover, por qualquer meio, com o fim de
§ 1o Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão,
obter vantagem econômica, a entrada ilegal de estrangeiro
enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador,
em território nacional ou de brasileiro em país
preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei
estrangeiro:Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência
ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou
vigilância:(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.Incluído
pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. (Redação dada
pela Lei nº 12.015, de 2009) § 1º Na mesma pena incorre quem promover, por qualquer
meio, com o fim de obter vantagem econômica, a saída de
§ 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violência,
estrangeiro do território nacional para ingressar ilegalmente
grave ameaça ou fraude:
em país estrangeiro.Incluído pela Lei nº 13.445, de
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, além da pena 2017 Vigência
correspondente à violência.
§ 2º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço)
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se se:Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência
também multa.
I - o crime é cometido com violência; ouIncluído pela Lei nº
Casa de prostituição 13.445, de 2017 Vigência
Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, II - a vítima é submetida a condição desumana ou
estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou degradante.Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência
não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou
§ 3º A pena prevista para o crime será aplicada sem prejuízo
gerente: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
das correspondentes às infrações conexas. Incluído pela Lei
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. nº 13.445, de 2017 Vigência
Rufianismo CAPÍTULO VI
DO ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR
Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando
diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo Ato obsceno
ou em parte, por quem a exerça:
Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. ou exposto ao público:
§ 1o Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de 14 Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
(catorze) anos ou se o crime é cometido por ascendente,
padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, Escrito ou objeto obsceno
companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua
da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de
obrigação de cuidado, proteção ou vigilância:(Redação dada exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou
pela Lei nº 12.015, de 2009) qualquer objeto obsceno:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.(Redação Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
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Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem: Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do
contraente enganado e não pode ser intentada senão depois
I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer
de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro
dos objetos referidos neste artigo;
ou impedimento, anule o casamento.
II - realiza, em lugar público ou acessível ao público,
Conhecimento prévio de impedimento
representação teatral, ou exibição cinematográfica de
caráter obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o Art. 237 - Contrair casamento, conhecendo a existência de
mesmo caráter; impedimento que lhe cause a nulidade absoluta:
III - realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo Pena - detenção, de três meses a um ano.
rádio, audição ou recitação de caráter obsceno.
Simulação de autoridade para celebração de casamento
CAPÍTULO VII
Art. 238 - Atribuir-se falsamente autoridade para celebração
DISPOSIÇÕES GERAIS
de casamento:
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - detenção, de um a três anos, se o fato não constitui
Aumento de pena(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
crime mais grave.
Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é
Simulação de casamento
aumentada:(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 239 - Simular casamento mediante engano de outra
I – (VETADO);(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
pessoa:
II – (VETADO);(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - detenção, de um a três anos, se o fato não constitui
III - de metade a 2/3 (dois terços), se do crime resulta elemento de crime mais grave.
gravidez; (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018)
Adultério
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o agente
Art. 240 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que
sabe ou deveria saber ser portador, ou se a vítima é idosa ou CAPÍTULO II
pessoa com deficiência. (Redação dada pela Lei nº 13.718, DOS CRIMES CONTRA O ESTADO DE FILIAÇÃO
de 2018)
Registro de nascimento inexistente
Art. 234-B. Os processos em que se apuram crimes
definidos neste Título correrão em segredo de Art. 241 - Promover no registro civil a inscrição de
justiça.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) nascimento inexistente:

Art. 234-C. (VETADO).(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de dois a seis anos.

TÍTULO VII Parto suposto. Supressão ou alteração de direito inerente


ao estado civil de recém-nascido
DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA
CAPÍTULO I Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu
DOS CRIMES CONTRA O CASAMENTO o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo,
suprimindo ou alterando direito inerente ao estado
Bigamia civil: (Redação dada pela Lei nº 6.898, de 1981)
Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento: Pena - reclusão, de dois a seis anos. (Redação dada pela Lei
Pena - reclusão, de dois a seis anos. nº 6.898, de 1981)

§ 1º - Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com Parágrafo único - Se o crime é praticado por motivo de
pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido reconhecida nobreza: (Redação dada pela Lei nº 6.898, de
com reclusão ou detenção, de um a três anos. 1981)

§ 2º - Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, Pena - detenção, de um a dois anos, podendo o juiz deixar
ou o outro por motivo que não a bigamia, considera-se de aplicar a pena. (Redação dada pela Lei nº 6.898, de 1981)
inexistente o crime. Sonegação de estado de filiação
Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento Art. 243 - Deixar em asilo de expostos ou outra instituição de
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial assistência filho próprio ou alheio, ocultando-lhe a filiação
o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não ou atribuindo-lhe outra, com o fim de prejudicar direito
seja casamento anterior: inerente ao estado civil:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.

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CAPÍTULO III IV - mendigue ou sirva a mendigo para excitar a comiseração


DOS CRIMES CONTRA A ASSISTÊNCIA FAMILIAR pública:

Abandono material Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência CAPÍTULO IV


do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto DOS CRIMES CONTRA O PÁTRIO PODER, TUTELA
para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 CURATELA
(sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos
Induzimento a fuga, entrega arbitrária ou sonegação de
necessários ou faltando ao pagamento de pensão
incapazes
alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada;
deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou Art. 248 - Induzir menor de dezoito anos, ou interdito, a fugir
ascendente, gravemente enfermo: (Redação dada pela Lei do lugar em que se acha por determinação de quem sobre
nº 10.741, de 2003) ele exerce autoridade, em virtude de lei ou de ordem
judicial; confiar a outrem sem ordem do pai, do tutor ou do
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma
curador algum menor de dezoito anos ou interdito, ou
a dez vezes o maior salário mínimo vigente no
deixar, sem justa causa, de entregá-lo a quem
País. (Redação dada pela Lei nº 5.478, de 1968)
legitimamente o reclame:
Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por
abandono injustificado de emprego ou função, o Subtração de incapazes
pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada,
Art. 249 - Subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao
fixada ou majorada. (Incluído pela Lei nº 5.478, de 1968)
poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de
Entrega de filho menor a pessoa inidônea ordem judicial:
Art. 245 - Entregar filho menor de 18 (dezoito) anos a pessoa Pena - detenção, de dois meses a dois anos, se o fato não
em cuja companhia saiba ou deva saber que o menor fica constitui elemento de outro crime.
moral ou materialmente em perigo: (Redação dada pela Lei
§ 1º - O fato de ser o agente pai ou tutor do menor ou curador
nº 7.251, de 1984)
do interdito não o exime de pena, se destituído ou
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. (Redação dada temporariamente privado do pátrio poder, tutela, curatela
pela Lei nº 7.251, de 1984) ou guarda.
§ 1º - A pena é de 1 (um) a 4 (quatro) anos de reclusão, se o § 2º - No caso de restituição do menor ou do interdito, se
agente pratica delito para obter lucro, ou se o menor é este não sofreu maus-tratos ou privações, o juiz pode deixar
enviado para o exterior. (Incluído pela Lei nº 7.251, de 1984) de aplicar pena.
§ 2º - Incorre, também, na pena do parágrafo anterior quem, TÍTULO VIII
embora excluído o perigo moral ou material, auxilia a DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA
efetivação de ato destinado ao envio de menor para o CAPÍTULO I
exterior, com o fito de obter lucro. (Incluído pela Lei nº DOS CRIMES DE PERIGO COMUM
7.251, de 1984)
Incêndio
Abandono intelectual
Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a
Art. 246 - Deixar, sem justa causa, de prover à instrução integridade física ou o patrimônio de outrem:
primária de filho em idade escolar:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Aumento de pena
Art. 247 - Permitir alguém que menor de dezoito anos,
sujeito a seu poder ou confiado à sua guarda ou vigilância: § 1º - As penas aumentam-se de um terço:
I - freqüente casa de jogo ou mal-afamada, ou conviva com I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem
pessoa viciosa ou de má vida; pecuniária em proveito próprio ou alheio;
II - freqüente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de ofender- II - se o incêndio é:
lhe o pudor, ou participe de representação de igual a) em casa habitada ou destinada a habitação;
natureza;
b) em edifício público ou destinado a uso público ou a obra
III - resida ou trabalhe em casa de prostituição; de assistência social ou de cultura;

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c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de Art. 254 - Causar inundação, expondo a perigo a vida, a
transporte coletivo; integridade física ou o patrimônio de outrem:
d) em estação ferroviária ou aeródromo; Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa, no caso de dolo,
ou detenção, de seis meses a dois anos, no caso de culpa.
e) em estaleiro, fábrica ou oficina;
Perigo de inundação
f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável;
Art. 255 - Remover, destruir ou inutilizar, em prédio próprio
g) em poço petrolífico ou galeria de mineração;
ou alheio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta. patrimônio de outrem, obstáculo natural ou obra destinada
a impedir inundação:
Incêndio culposo
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
§ 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de seis
meses a dois anos. Desabamento ou desmoronamento
Explosão Art. 256 - Causar desabamento ou desmoronamento,
expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio
Art. 251 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o
de outrem:
patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou
simples colocação de engenho de dinamite ou de substância Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
de efeitos análogos:
Modalidade culposa
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
§ 1º - Se a substância utilizada não é dinamite ou explosivo
Pena - detenção, de seis meses a um ano.
de efeitos análogos:
Subtração, ocultação ou inutilização de material de
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
salvamento
Aumento de pena
Art. 257 - Subtrair, ocultar ou inutilizar, por ocasião de
§ 2º - As penas aumentam-se de um terço, se ocorre incêndio, inundação, naufrágio, ou outro desastre ou
qualquer das hipóteses previstas no § 1º, I, do artigo calamidade, aparelho, material ou qualquer meio destinado
anterior, ou é visada ou atingida qualquer das coisas a serviço de combate ao perigo, de socorro ou salvamento;
enumeradas no nº II do mesmo parágrafo. ou impedir ou dificultar serviço de tal natureza:
Modalidade culposa Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
§ 3º - No caso de culpa, se a explosão é de dinamite ou Formas qualificadas de crime de perigo comum
substância de efeitos análogos, a pena é de detenção, de
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão
seis meses a dois anos; nos demais casos, é de detenção, de
corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é
três meses a um ano.
aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em
Uso de gás tóxico ou asfixiante dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a
pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a
Art. 252 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o
pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um
patrimônio de outrem, usando de gás tóxico ou asfixiante:
terço.
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Difusão de doença ou praga
Modalidade Culposa
Art. 259 - Difundir doença ou praga que possa causar dano a
Parágrafo único - Se o crime é culposo: floresta, plantação ou animais de utilidade econômica:
Pena - detenção, de três meses a um ano. Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Fabrico, fornecimento, aquisição posse ou transporte de Modalidade culposa
explosivos ou gás tóxico, ou asfixiante
Parágrafo único - No caso de culpa, a pena é de detenção,
Art. 253 - Fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar, de um a seis meses, ou multa.
sem licença da autoridade, substância ou engenho
explosivo, gás tóxico ou asfixiante, ou material destinado à
sua fabricação:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Inundação

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CAPÍTULO II Pena - detenção, de um a dois anos.


DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE
§ 1º - Se do fato resulta desastre, a pena é de reclusão, de
COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE E OUTROS SERVIÇOS dois a cinco anos.
PÚBLICOS
§ 2º - No caso de culpa, se ocorre desastre:
Perigo de desastre ferroviário
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Art. 260 - Impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro:
Forma qualificada
I - destruindo, danificando ou desarranjando, total ou
parcialmente, linha férrea, material rodante ou de tração, Art. 263 - Se de qualquer dos crimes previstos nos arts. 260
obra-de-arte ou instalação; a 262, no caso de desastre ou sinistro, resulta lesão corporal
ou morte, aplica-se o disposto no art. 258.
II - colocando obstáculo na linha;
Arremesso de projétil
III - transmitindo falso aviso acerca do movimento dos
veículos ou interrompendo ou embaraçando o Art. 264 - Arremessar projétil contra veículo, em
funcionamento de telégrafo, telefone ou radiotelegrafia; movimento, destinado ao transporte público por terra, por
água ou pelo ar:
IV - praticando outro ato de que possa resultar desastre:
Pena - detenção, de um a seis meses.
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal, a pena é
Desastre ferroviário de detenção, de seis meses a dois anos; se resulta morte, a
§ 1º - Se do fato resulta desastre: pena é a do art. 121, § 3º, aumentada de um terço.

Pena - reclusão, de quatro a doze anos e multa. Atentado contra a segurança de serviço de utilidade
pública
§ 2º - No caso de culpa, ocorrendo desastre:
Art. 265 - Atentar contra a segurança ou o funcionamento
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de
§ 3º - Para os efeitos deste artigo, entende-se por estrada de utilidade pública:
ferro qualquer via de comunicação em que circulem veículos Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
de tração mecânica, em trilhos ou por meio de cabo aéreo.
Parágrafo único - Aumentar-se-á a pena de 1/3 (um terço)
Atentado contra a segurança de transporte marítimo, até a metade, se o dano ocorrer em virtude de subtração de
fluvial ou aéreo material essencial ao funcionamento dos
Art. 261 - Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria serviços. (Incluído pela Lei nº 5.346, de 3.11.1967)
ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou Interrupção ou perturbação de serviço telegráfico,
dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea: telefônico, informático, telemático ou de informação de
Pena - reclusão, de dois a cinco anos. utilidade pública (Redação dada pela Lei nº 12.737, de
2012) Vigência
Sinistro em transporte marítimo, fluvial ou aéreo
Art. 266 - Interromper ou perturbar serviço telegráfico,
§ 1º - Se do fato resulta naufrágio, submersão ou encalhe de radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o
embarcação ou a queda ou destruição de aeronave: restabelecimento:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Prática do crime com o fim de lucro § 1o Incorre na mesma pena quem interrompe serviço
§ 2º - Aplica-se, também, a pena de multa, se o agente telemático ou de informação de utilidade pública, ou
pratica o crime com intuito de obter vantagem econômica, impede ou dificulta-lhe o restabelecimento.(Incluído pela
para si ou para outrem. Lei nº 12.737, de 2012) Vigência

Modalidade culposa § 2o Aplicam-se as penas em dobro se o crime é cometido


por ocasião de calamidade pública.(Incluído pela Lei nº
§ 3º - No caso de culpa, se ocorre o sinistro: 12.737, de 2012) Vigência
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. CAPÍTULO III
Atentado contra a segurança de outro meio de transporte DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA

Art. 262 - Expor a perigo outro meio de transporte público, Epidemia


impedir-lhe ou dificultar-lhe o funcionamento:

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Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de Art. 272 - Corromper, adulterar, falsificar ou alterar
germes patogênicos: substância ou produto alimentício destinado a consumo,
tornando-o nociva à saúde ou reduzindo-lhe o valor
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela
nutritivo: (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e
§ 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro.
multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
§ 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois
§ 1º-A - Incorre nas penas deste artigo quem fabrica, vende,
anos, ou, se resulta morte, de dois a quatro anos.
expõe à venda, importa, tem em depósito para vender ou,
Infração de medida sanitária preventiva de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo a
substância alimentícia ou o produto falsificado, corrompido
Art. 268 - Infringir determinação do poder público,
ou adulterado. (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
destinada a impedir introdução ou propagação de doença
contagiosa: § 1º - Está sujeito às mesmas penas quem pratica as ações
previstas neste artigo em relação a bebidas, com ou sem
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa.
teor alcoólico. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se o
Modalidade culposa
agente é funcionário da saúde pública ou exerce a profissão
de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro. § 2º - Se o crime é culposo: (Redação dada pela Lei nº 9.677,
de 2.7.1998)
Omissão de notificação de doença
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. (Redação
Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública
dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
doença cuja notificação é compulsória:
Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
produto destinado a fins terapêuticos ou
Envenenamento de água potável ou de substância medicinais (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
alimentícia ou medicinal
Art. 273 - Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto
Art. 270 - Envenenar água potável, de uso comum ou destinado a fins terapêuticos ou medicinais: (Redação dada
particular, ou substância alimentícia ou medicinal destinada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
a consumo:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem importa, vende,
§ 1º - Está sujeito à mesma pena quem entrega a consumo expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de
ou tem em depósito, para o fim de ser distribuída, a água ou qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto
a substância envenenada. falsificado, corrompido, adulterado ou alterado. (Redação
dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Modalidade culposa
§ 1º-A - Incluem-se entre os produtos a que se refere este
§ 2º - Se o crime é culposo:
artigo os medicamentos, as matérias-primas, os insumos
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de uso em
diagnóstico. (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Corrupção ou poluição de água potável
§ 1º-B - Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as
Art. 271 - Corromper ou poluir água potável, de uso comum
ações previstas no § 1º em relação a produtos em qualquer
ou particular, tornando-a imprópria para consumo ou nociva
das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 9.677, de
à saúde:
2.7.1998)
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
I - sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância
Modalidade culposa sanitária competente; (Incluído pela Lei nº 9.677, de
2.7.1998)
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
II - em desacordo com a fórmula constante do registro
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
previsto no inciso anterior; (Incluído pela Lei nº 9.677, de
Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de 2.7.1998)
substância ou produtos alimentícios (Redação dada pela
III - sem as características de identidade e qualidade
Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
admitidas para a sua comercialização; (Incluído pela Lei nº
9.677, de 2.7.1998)

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IV - com redução de seu valor terapêutico ou de sua Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
atividade; ((Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Modalidade culposa
V - de procedência ignorada; (Incluído pela Lei nº 9.677, de
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
2.7.1998)
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
VI - adquiridos de estabelecimento sem licença da
autoridade sanitária competente. (Incluído pela Lei nº 9.677, Substância avariada
de 2.7.1998)
Art. 279 - (Revogado pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Modalidade culposa
Medicamento em desacordo com receita médica
§ 2º - Se o crime é culposo:
Art. 280 - Fornecer substância medicinal em desacordo com
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Redação receita médica:
dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa.
Emprego de processo proibido ou de substância não
Modalidade culposa
permitida
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
Art. 274 - Empregar, no fabrico de produto destinado a
consumo, revestimento, gaseificação artificial, matéria Pena - detenção, de dois meses a um ano.
corante, substância aromática, anti-séptica, conservadora
COMÉRCIO, POSSE OU USO DE ENTORPECENTE OU
ou qualquer outra não expressamente permitida pela
SUBSTÂNCIA QUE DETERMINE DEPENDÊNCIA FÍSICA
legislação sanitária:
OU PSÍQUICA. (Redação dada pela Lei nº 5.726, de
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação 1971)(Revogado pela Lei nº 6.368, 1976)
dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Art. 281. (Revogado pela Lei nº 6.368, 1976)
Invólucro ou recipiente com falsa indicação
Exercício ilegal da medicina, arte dentária ou
Art. 275 - Inculcar, em invólucro ou recipiente de produtos farmacêutica
alimentícios, terapêuticos ou medicinais, a existência de
Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de
substância que não se encontra em seu conteúdo ou que
médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou
nele existe em quantidade menor que a
excedendo-lhe os limites:
mencionada: (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação
dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) Parágrafo único - Se o crime é praticado com o fim de lucro,
aplica-se também multa.
Produto ou substância nas condições dos dois artigos
anteriores Charlatanismo
Art. 276 - Vender, expor à venda, ter em depósito para Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou
vender ou, de qualquer forma, entregar a consumo produto infalível:
nas condições dos arts. 274 e 275.
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.(Redação
Curandeirismo
dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
Substância destinada à falsificação
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente,
Art. 277 - Vender, expor à venda, ter em depósito ou ceder
qualquer substância;
substância destinada à falsificação de produtos
alimentícios, terapêuticos ou medicinais:(Redação dada II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
III - fazendo diagnósticos:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Parágrafo único - Se o crime é praticado mediante
Outras substâncias nocivas à saúde pública
remuneração, o agente fica também sujeito à multa.
Art. 278 - Fabricar, vender, expor à venda, ter em depósito
Forma qualificada
para vender ou, de qualquer forma, entregar a consumo
coisa ou substância nociva à saúde, ainda que não destinada
à alimentação ou a fim medicinal:

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Art. 285 - Aplica-se o disposto no art. 258 aos crimes conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses
previstos neste Capítulo, salvo quanto ao definido no art. a dois anos, e multa.
267.
§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa,
TÍTULO IX o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco
DOS CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou
emissão:
Incitação ao crime
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em
Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime: lei;
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa. II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada.
Apologia de crime ou criminoso § 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular
Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada.
ou de autor de crime: Crimes assimilados ao de moeda falsa
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa. Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de
Associação Criminosa moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes
verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal
específico de cometer crimes: (Redação dada pela Lei nº indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula,
12.850, de 2013) (Vigência) nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação dada fim de inutilização:
pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência) Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a doze
associação é armada ou se houver a participação de criança anos e multa, se o crime é cometido por funcionário que
ou adolescente. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido,
2013) (Vigência) ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo.(Vide Lei nº
Constituição de milícia privada (Incluído dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
12.720, de 2012) Petrechos para falsificação de moeda
Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou
custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho,
esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à
previstos neste Código: (Incluído dada pela Lei nº 12.720, de falsificação de moeda:
2012)
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos. (Incluído dada
pela Lei nº 12.720, de 2012) Emissão de título ao portador sem permissão legal
TÍTULO X Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha,
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA vale ou título que contenha promessa de pagamento em
CAPÍTULO I dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da
DA MOEDA FALSA pessoa a quem deva ser pago:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Moeda Falsa
Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro
Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda
qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre na
metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no
pena de detenção, de quinze dias a três meses, ou multa.
estrangeiro:
CAPÍTULO II
Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.
DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou PÚBLICOS
alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede,
empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa. Falsificação de papéis públicos

§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de

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I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou § 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso
qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de III do § 1o, qualquer forma de comércio irregular ou
tributo; (Redação dada pela Lei nº 11.035, de 2004) clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros
logradouros públicos e em residências. (Incluído pela Lei nº
II - papel de crédito público que não seja moeda de curso
11.035, de 2004)
legal;
Petrechos de falsificação
III - vale postal;
Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar
IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa
objeto especialmente destinado à falsificação de qualquer
econômica ou de outro estabelecimento mantido por
dos papéis referidos no artigo anterior:
entidade de direito público;
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento
relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o
caução por que o poder público seja responsável; crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de
sexta parte.
VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de
transporte administrada pela União, por Estado ou por CAPÍTULO III
Município: DA FALSIDADE DOCUMENTAL
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. Falsificação do selo ou sinal público
o
§ 1 Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
nº 11.035, de 2004)
I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União,
I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis de Estado ou de Município;
falsificados a que se refere este artigo; (Incluído pela Lei nº
11.035, de 2004) II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito
público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião:
II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta,
guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
destinado a controle tributário; (Incluído pela Lei nº 11.035, § 1º - Incorre nas mesmas penas:
de 2004)
I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado;
III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda,
mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em
fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio.
próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas,
industrial, produto ou mercadoria: (Incluído pela Lei nº logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou
11.035, de 2004) identificadores de órgãos ou entidades da Administração
a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
tributário, falsificado; (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004) § 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime
b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta
determina a obrigatoriedade de sua aplicação. (Incluído pela parte.
Lei nº 11.035, de 2004) Falsificação de documento público
§ 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento
legítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis, público, ou alterar documento público verdadeiro:
carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime
§ 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta
qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior. parte.
§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento
boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que público o emanado de entidade paraestatal, o título ao
se referem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a portador ou transmissível por endosso, as ações de
falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de seis sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento
meses a dois anos, ou multa. particular.

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§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o
inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) documento é público; e de um a três anos, e multa, se o
documento é particular.
I – na folha de pagamento ou em documento de
informações que seja destinado a fazer prova perante a Certidão ou atestado ideologicamente falso
previdência social, pessoa que não possua a qualidade de
Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de
segurado obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de
empregado ou em documento que deva produzir efeito caráter público, ou qualquer outra vantagem:
perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000) Falsidade material de atestado ou certidão
III – em documento contábil ou em qualquer outro § 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão,
documento relacionado com as obrigações da empresa ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para
perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter
que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter
2000) público, ou qualquer outra vantagem:
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos Pena - detenção, de três meses a dois anos.
documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus
§ 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se,
dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de
além da pena privativa de liberdade, a de multa.
trabalho ou de prestação de serviços.(Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000) Falsidade de atestado médico
Falsificação de documento particular (Redação dada pela Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão,
Lei nº 12.737, de 2012) Vigência atestado falso:
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento Pena - detenção, de um mês a um ano.
particular ou alterar documento particular verdadeiro:
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro,
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. aplica-se também multa.
Falsificação de cartão(Incluído pela Lei nº 12.737, de Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica
2012) Vigência
Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara- tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a
se a documento particular o cartão de crédito ou alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do
débito.(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência selo ou peça:
Falsidade ideológica Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de
declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer comércio, faz uso do selo ou peça filatélica.
inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita,
Uso de documento falso
com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a
verdade sobre fato juridicamente relevante: Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou
alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o
documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.
de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o
Supressão de documento
documento é particular. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e
ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou
comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a
particular verdadeiro, de que não podia dispor:
falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil,
aumenta-se a pena de sexta parte. Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento
é público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o
Falso reconhecimento de firma ou letra
documento é particular.
Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de
função pública, firma ou letra que o não seja:

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CAPÍTULO IV componente ou equipamento:(Redação dada pela Lei nº


DE OUTRAS FALSIDADES 9.426, de 1996))

Falsificação do sinal empregado no contraste de metal Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. (Redação dada
precioso ou na fiscalização alfandegária, ou para outros pela Lei nº 9.426, de 1996)
fins § 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função
Art. 306 - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca ou pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um
sinal empregado pelo poder público no contraste de metal terço. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
precioso ou na fiscalização alfandegária, ou usar marca ou § 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público que
sinal dessa natureza, falsificado por outrem: contribui para o licenciamento ou registro do veículo
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente
material ou informação oficial. (Incluído pela Lei nº 9.426,
Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é o que usa de 1996)
a autoridade pública para o fim de fiscalização sanitária, ou
para autenticar ou encerrar determinados objetos, ou CAPÍTULO V
comprovar o cumprimento de formalidade legal: (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

Pena - reclusão ou detenção, de um a três anos, e multa. DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE
PÚBLICO
Falsa identidade (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade Fraudes em certames de interesse público (Incluído pela
para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para Lei 12.550. de 2011)
causar dano a outrem:
Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a
não constitui elemento de crime mais grave. credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: (Incluído
Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, pela Lei 12.550. de 2011)
caderneta de reservista ou qualquer documento de I - concurso público; (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize,
documento dessa natureza, próprio ou de terceiro: II - avaliação ou exame públicos; (Incluído pela Lei 12.550.
de 2011)
Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o
fato não constitui elemento de crime mais grave. III - processo seletivo para ingresso no ensino superior;
ou (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
Fraude de lei sobre estrangeiro
IV - exame ou processo seletivo previstos em lei: (Incluído
Art. 309 - Usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer no pela Lei 12.550. de 2011)
território nacional, nome que não é o seu:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. multa. (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
Parágrafo único - Atribuir a estrangeiro falsa qualidade para § 1o Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por
promover-lhe a entrada em território nacional: (Incluído qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às
pela Lei nº 9.426, de 1996) informações mencionadas no caput. (Incluído pela Lei
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Incluído pela 12.550. de 2011)
Lei nº 9.426, de 1996) § 2o Se da ação ou omissão resulta dano à administração
Art. 310 - Prestar-se a figurar como proprietário ou pública: (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
possuidor de ação, título ou valor pertencente a estrangeiro, Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e
nos casos em que a este é vedada por lei a propriedade ou a multa. (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
posse de tais bens: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de
1996) § 3o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é
cometido por funcionário público. (Incluído pela Lei 12.550.
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e de 2011)
multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Adulteração de sinal identificador de veículo
automotor (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou
qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu

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TÍTULO XI Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até


DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA a metade se da modificação ou alteração resulta dano para
CAPÍTULO I a Administração Pública ou para o administrado.(Incluído
DOS CRIMES PRATICADOS pela Lei nº 9.983, de 2000)
POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL documento
Peculato Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de
que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro,
lo, total ou parcialmente:
valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de
que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui
proveito próprio ou alheio: crime mais grave.
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa
embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o da estabelecida em lei:
subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe
proporciona a qualidade de funcionário. Concussão
Peculato culposo Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime
la, mas em razão dela, vantagem indevida:
de outrem:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
Pena - detenção, de três meses a um ano.
multa.(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se
Excesso de exação
precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se
lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social
que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido,
Peculato mediante erro de outrem
emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, não autoriza: (Redação dada pela Lei nº 8.137, de
no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: 27.12.1990)
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação
dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Inserção de dados falsos em sistema de
informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de
outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a
cofres públicos:
inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente
dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
dados da Administração Pública com o fim de obter
Corrupção passiva
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar
dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)) Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta
ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
aceitar promessa de tal vantagem:
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência
informações ou programa de informática sem autorização
da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de
ou solicitação de autoridade competente: (Incluído pela Lei
praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever
nº 9.983, de 2000)
funcional.
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a
pedido ou influência de outrem:

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Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. Exercício funcional ilegalmente antecipado ou
prolongado
Facilitação de contrabando ou descaminho
Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática
satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la,
de contrabando ou descaminho (art. 334):
sem autorização, depois de saber oficialmente que foi
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação exonerado, removido, substituído ou suspenso:
dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Prevaricação
Violação de sigilo funcional
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo
de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei,
e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
revelação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente fato não constitui crime mais grave.
público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a
§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Incluído
aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a
pela Lei nº 9.983, de 2000)
comunicação com outros presos ou com o ambiente
externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007). I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e
empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou
Condescendência criminosa banco de dados da Administração Pública; (Incluído pela Lei
nº 9.983, de 2000)
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de
responsabilizar subordinado que cometeu infração no II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluído
exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não pela Lei nº 9.983, de 2000)
levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. Pública ou a outrem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Advocacia administrativa Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído
pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse
privado perante a administração pública, valendo-se da Violação do sigilo de proposta de concorrência
qualidade de funcionário:
Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa.
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa. Funcionário público
Violência arbitrária Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos
penais, quem, embora transitoriamente ou sem
Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a
remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
pretexto de exercê-la:
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo,
Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena
emprego ou função em entidade paraestatal, e quem
correspondente à violência.
trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou
Abandono de função conveniada para a execução de atividade típica da
Administração Pública.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos
permitidos em lei: § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os
autores dos crimes previstos neste Capítulo forem
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção
§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público: ou assessoramento de órgão da administração direta,
sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de
§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de 1980)
fronteira:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

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CAPÍTULO II Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em


DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou
A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.

Usurpação de função pública Descaminho

Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública: Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito
ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. de mercadoria (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem: 26.6.2014)

Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Redação dada
pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Resistência
§ 1o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante nº 13.008, de 26.6.2014)
violência ou ameaça a funcionário competente para
executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos
permitidos em lei; (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
Pena - detenção, de dois meses a dois anos. 26.6.2014)
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa: II - pratica fato assimilado, em lei especial, a
Pena - reclusão, de um a três anos. descaminho; (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das
correspondentes à violência. III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de
qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no
Desobediência exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público: de procedência estrangeira que introduziu
clandestinamente no País ou importou fraudulentamente
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. ou que sabe ser produto de introdução clandestina no
Desacato território nacional ou de importação fraudulenta por parte
de outrem; (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da
função ou em razão dela: IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio,
no exercício de atividade comercial ou industrial,
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada
Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei nº 9.127, de de documentação legal ou acompanhada de documentos
1995) que sabe serem falsos. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para
outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de § 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos
influir em ato praticado por funcionário público no exercício deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou
da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o
exercido em residências. (Redação dada pela Lei nº 13.008,
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e de 26.6.2014)
multa. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o praticado em transporte aéreo, marítimo ou
agente alega ou insinua que a vantagem é também fluvial. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
destinada ao funcionário. (Redação dada pela Lei nº 9.127,
de 1995) Contrabando

Corrupção ativa Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria


proibida: (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a
funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos. (Incluído pela
retardar ato de ofício: Lei nº 13.008, de 26.6.2014)

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e § 1o Incorre na mesma pena quem: (Incluído pela Lei nº
multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003) 13.008, de 26.6.2014)
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a
contrabando; (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)

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II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que Sonegação de contribuição previdenciária (Incluído pela
dependa de registro, análise ou autorização de órgão Lei nº 9.983, de 2000)
público competente; (Incluído pela Lei nº 13.008, de
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social
26.6.2014)
previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes
III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira condutas: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
destinada à exportação; (Incluído pela Lei nº 13.008, de
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de
26.6.2014)
documento de informações previsto pela legislação
IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de previdenciária segurados empregado, empresário,
qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este
exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº
proibida pela lei brasileira; (Incluído pela Lei nº 13.008, de 9.983, de 2000)
26.6.2014)
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, contabilidade da empresa as quantias descontadas dos
no exercício de atividade comercial ou industrial, segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador
mercadoria proibida pela lei brasileira. (Incluído pela Lei nº de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
13.008, de 26.6.2014)§ 2º - Equipara-se às atividades
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros
comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de
auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais
comércio irregular ou clandestino de mercadorias
fatos geradores de contribuições sociais
estrangeiras, inclusive o exercido em residências. (Incluído
previdenciárias: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
praticado em transporte aéreo, marítimo ou
fluvial. (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) § 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente,
declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores
Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência
e presta as informações devidas à previdência social, na
Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública forma definida em lei ou regulamento, antes do início da
ou venda em hasta pública, promovida pela administração ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal;
§ 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar
afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por
somente a de multa se o agente for primário e de bons
meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de
antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de
vantagem:
2000)
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além
I – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
da pena correspondente à violência.
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios,
Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém
seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência
de concorrer ou licitar, em razão da vantagem oferecida.
social, administrativamente, como sendo o mínimo para o
Inutilização de edital ou de sinal ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000)
Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou
conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público; § 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de
violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil,
determinação legal ou por ordem de funcionário público, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um
para identificar ou cerrar qualquer objeto: terço até a metade ou aplicar apenas a de multa. (Incluído
pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
§ 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será
Subtração ou inutilização de livro ou documento
reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do
Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro reajuste dos benefícios da previdência social. (Incluído pela
oficial, processo ou documento confiado à custódia de Lei nº 9.983, de 2000)
funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço
CAPÍTULO II-A
público:
(Incluído Pela Lei Nº 10.467, de 11.6.2002)
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA
crime mais grave. A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTRANGEIRA
Corrupção ativa em transação comercial internacional

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Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de
indiretamente, vantagem indevida a funcionário público processo judicial, instauração de investigação
estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade
praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que
transação comercial internacional: (Incluído pela Lei nº o sabe inocente: (Redação dada pela Lei nº 10.028, de 2000)
10467, de 11.6.2002)
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. (Incluído
§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se
pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
serve de anonimato ou de nome suposto.
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se,
§ 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de
em razão da vantagem ou promessa, o funcionário público
prática de contravenção.
estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica
infringindo dever funcional. (Incluído pela Lei nº 10467, de Comunicação falsa de crime ou de contravenção
11.6.2002)
Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe
Tráfico de influência em transação comercial a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se
internacional (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002) ter verificado:
Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de
Auto-acusação falsa
vantagem a pretexto de influir em ato praticado por
funcionário público estrangeiro no exercício de suas Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime
funções, relacionado a transação comercial inexistente ou praticado por outrem:
internacional: (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
Falso testemunho ou falsa perícia
multa. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o
como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete
agente alega ou insinua que a vantagem é também
em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial,
destinada a funcionário estrangeiro. (Incluído pela Lei nº
ou em juízo arbitral: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de
10467, de 11.6.2002)
28.8.2001)
Funcionário público estrangeiro (Incluído pela Lei nº
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
10467, de 11.6.2002)
multa. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de
Art. 337-D. Considera-se funcionário público estrangeiro, 2013) (Vigência)
para os efeitos penais, quem, ainda que transitoriamente ou
§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o
sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função
crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o
pública em entidades estatais ou em representações
fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo
diplomáticas de país estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 10467,
penal, ou em processo civil em que for parte entidade da
de 11.6.2002)
administração pública direta ou indireta.(Redação dada pela
Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
estrangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em
§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no
empresas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo
processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou
Poder Público de país estrangeiro ou em organizações
declara a verdade.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de
públicas internacionais. (Incluído pela Lei nº 10467, de
28.8.2001)
11.6.2002)
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer
CAPÍTULO III
outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a
Reingresso de estrangeiro expulso verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou
interpretação: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de
Art. 338 - Reingressar no território nacional o estrangeiro 28.8.2001)
que dele foi expulso:
Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.(Redação
Pena - reclusão, de um a quatro anos, sem prejuízo de nova dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
expulsão após o cumprimento da pena.
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um
Denunciação caluniosa terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova

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destinada a produzir efeito em processo penal ou em Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou
processo civil em que for parte entidade da administração facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação
pública direta ou indireta. (Redação dada pela Lei nº 10.268, móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em
de 28.8.2001) estabelecimento prisional. (Incluído pela Lei nº 12.012, de
2009).
Coação no curso do processo
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído
Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de
pela Lei nº 12.012, de 2009).
favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade,
parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada Exercício arbitrário ou abuso de poder
a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou
Art. 350 - (Revogado pela Lei nº 13.869, de 2019) (Vigência)
em juízo arbitral:
Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena
segurança
correspondente à violência.
Art. 351 - Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente
Exercício arbitrário das próprias razões
presa ou submetida a medida de segurança detentiva:
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:
§ 1º - Se o crime é praticado a mão armada, ou por mais de
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além
uma pessoa, ou mediante arrombamento, a pena é de
da pena correspondente à violência.
reclusão, de dois a seis anos.
Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente
§ 2º - Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se
se procede mediante queixa.
também a pena correspondente à violência.
Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria,
§ 3º - A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se o crime
que se acha em poder de terceiro por determinação judicial
é praticado por pessoa sob cuja custódia ou guarda está o
ou convenção:
preso ou o internado.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 4º - No caso de culpa do funcionário incumbido da custódia
Fraude processual ou guarda, aplica-se a pena de detenção, de três meses a um
ano, ou multa.
Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo
civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de Evasão mediante violência contra a pessoa
pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. indivíduo submetido a medida de segurança detentiva,
usando de violência contra a pessoa:
Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito
em processo penal, ainda que não iniciado, as penas Pena - detenção, de três meses a um ano, além da pena
aplicam-se em dobro. correspondente à violência.
Favorecimento pessoal Arrebatamento de preso
Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública Art. 353 - Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder de
autor de crime a que é cominada pena de reclusão: quem o tenha sob custódia ou guarda:
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. Pena - reclusão, de um a quatro anos, além da pena
correspondente à violência.
§ 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:
Motim de presos
Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.
Art. 354 - Amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou
§ 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente,
disciplina da prisão:
cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena
Favorecimento real
correspondente à violência.
Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria
Patrocínio infiel
ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o
proveito do crime: Art. 355 - Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o
dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio,
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
em juízo, lhe é confiado:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
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Patrocínio simultâneo ou tergiversação II – quando o montante da dívida consolidada ultrapassa o


limite máximo autorizado por lei. (Incluído pela Lei nº
Parágrafo único - Incorre na pena deste artigo o advogado
10.028, de 2000)
ou procurador judicial que defende na mesma causa,
simultânea ou sucessivamente, partes contrárias. Inscrição de despesas não empenhadas em restos a
pagar (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Sonegação de papel ou objeto de valor probatório
Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em restos a
Art. 356 - Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de
pagar, de despesa que não tenha sido previamente
restituir autos, documento ou objeto de valor probatório,
empenhada ou que exceda limite estabelecido em
que recebeu na qualidade de advogado ou procurador:
lei: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Incluído
Exploração de prestígio pela Lei nº 10.028, de 2000)
Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra Assunção de obrigação no último ano do mandato ou
utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do legislatura (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor,
Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação,
intérprete ou testemunha:
nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo
exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no
Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o
exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente
agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também
de disponibilidade de caixa: (Incluído pela Lei nº 10.028, de
se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.
2000)
Violência ou fraude em arrematação judicial
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.(Incluído pela Lei
Art. 358 - Impedir, perturbar ou fraudar arrematação nº 10.028, de 2000)
judicial; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante,
Ordenação de despesa não autorizada (Incluído pela Lei nº
por meio de violência, grave ameaça, fraude ou
10.028, de 2000)
oferecimento de vantagem:
Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa, além da
lei: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
pena correspondente à violência.
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela
Desobediência a decisão judicial sobre perda ou
Lei nº 10.028, de 2000)
suspensão de direito
Prestação de garantia graciosa (Incluído pela Lei nº 10.028,
Art. 359 - Exercer função, atividade, direito, autoridade ou
de 2000)
múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial:
Art. 359-E. Prestar garantia em operação de crédito sem que
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
tenha sido constituída contragarantia em valor igual ou
CAPÍTULO IV superior ao valor da garantia prestada, na forma da
DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS lei: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído
Contratação de operação de crédito pela Lei nº 10.028, de 2000)
Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar operação de Não cancelamento de restos a pagar (Incluído pela Lei nº
crédito, interno ou externo, sem prévia autorização 10.028, de 2000)
legislativa: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Art. 359-F. Deixar de ordenar, de autorizar ou de promover
Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei o cancelamento do montante de restos a pagar inscrito em
nº 10.028, de 2000) valor superior ao permitido em lei: (Incluído pela Lei nº
10.028, de 2000)
Parágrafo único. Incide na mesma pena quem ordena,
autoriza ou realiza operação de crédito, interno ou Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Incluído
externo: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) pela Lei nº 10.028, de 2000)
I – com inobservância de limite, condição ou montante Aumento de despesa total com pessoal no último ano do
estabelecido em lei ou em resolução do Senado mandato ou legislatura (Incluído pela Lei nº 10.028, de
Federal; (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 2000)

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Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da
aumento de despesa total com pessoal, nos cento e oitenta República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com
dias anteriores ao final do mandato ou da os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo
legislatura: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)) Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade
(Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100);
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela
Lei nº 10.028, de 2000) III - os processos da competência da Justiça Militar;
Oferta pública ou colocação de títulos no IV - os processos da competência do tribunal especial
mercado (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) (Constituição, art. 122, no 17);
Art. 359-H. Ordenar, autorizar ou promover a oferta pública V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF nº
ou a colocação no mercado financeiro de títulos da dívida 130)
pública sem que tenham sido criados por lei ou sem que
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos
estejam registrados em sistema centralizado de liquidação
processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis especiais
e de custódia: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
que os regulam não dispuserem de modo diverso.
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem
Lei nº 10.028, de 2000)
prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei
DISPOSIÇÕES FINAIS anterior.
Art. 360 - Ressalvada a legislação especial sobre os crimes Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação
contra a existência, a segurança e a integridade do Estado e extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento
contra a guarda e o emprego da economia popular, os dos princípios gerais de direito.
crimes de imprensa e os de falência, os de responsabilidade
Juiz das Garantias
do Presidente da República e dos Governadores ou
Interventores, e os crimes militares, revogam-se as (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
disposições em contrário. Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória,
Art. 361 - Este Código entrará em vigor no dia 1º de janeiro vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a
de 1942. substituição da atuação probatória do órgão de acusação.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 1940; 119º da
Independência e 52º da República. Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da
legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos
GETÚLIO VARGAS
direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à
Francisco Campos
autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe
especialmente: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
DIREITO PROCESSUAL (Vigência)

PENAL
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do
inciso LXII do caput do art. 5º da Constituição Federal;
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

Decreto-Lei nº 3.689/1941 II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da


legalidade da prisão, observado o disposto no art. 310 deste
Código de Processo Penal. Código; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo
Ihe confere o art. 180 da Constituição, decreta a seguinte determinar que este seja conduzido à sua presença, a
Lei: qualquer tempo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)
LIVRO I
DO PROCESSO EM GERAL IV - ser informado sobre a instauração de qualquer
investigação criminal; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
TÍTULO I
(Vigência)
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou
Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território outra medida cautelar, observado o disposto no § 1º deste
brasileiro, por este Código, ressalvados: artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
I - os tratados, as convenções e regras de direito VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar,
internacional; bem como substituí-las ou revogá-las, assegurado, no
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primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para
pública e oral, na forma do disposto neste Código ou em acompanhar a produção da perícia; (Incluído pela Lei nº
legislação especial pertinente; (Incluído pela Lei nº 13.964, 13.964, de 2019) (Vigência)
de 2019) (Vigência)
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada persecução penal ou os de colaboração premiada, quando
de provas consideradas urgentes e não repetíveis, formalizados durante a investigação; (Incluído pela Lei nº
assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência 13.964, de 2019) (Vigência)
pública e oral; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas no
(Vigência)
caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o (Vigência)
investigado preso, em vista das razões apresentadas pela
§ 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste
(Vigência)
artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando
poderá, mediante representação da autoridade policial e
não houver fundamento razoável para sua instauração ou
ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a
prosseguimento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se
(Vigência)
ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será
X - requisitar documentos, laudos e informações ao imediatamente relaxada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
delegado de polícia sobre o andamento da investigação; 2019) (Vigência)
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange
XI - decidir sobre os requerimentos de: (Incluído pela Lei nº todas as infrações penais, exceto as de menor potencial
13.964, de 2019) (Vigência) ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa
na forma do art. 399 deste Código. (Incluído pela Lei nº
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em
13.964, de 2019) (Vigência)
sistemas de informática e telemática ou de outras formas de
comunicação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes
(Vigência) serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e
telefônico; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não
(Vigência) vinculam o juiz da instrução e julgamento, que, após o
recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a
c) busca e apreensão domiciliar; (Incluído pela Lei nº
necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo
13.964, de 2019) (Vigência)
máximo de 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
d) acesso a informações sigilosas; (Incluído pela Lei nº 2019) (Vigência)
13.964, de 2019) (Vigência)
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam juiz das garantias ficarão acautelados na secretaria desse
direitos fundamentais do investigado; (Incluído pela Lei nº juízo, à disposição do Ministério Público e da defesa, e não
13.964, de 2019) (Vigência) serão apensados aos autos do processo enviados ao juiz da
instrução e julgamento, ressalvados os documentos
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do
relativos às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de
oferecimento da denúncia; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
provas ou de antecipação de provas, que deverão ser
2019) (Vigência)
remetidos para apensamento em apartado. (Incluído pela
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
mental; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, acautelados na secretaria do juízo das garantias. (Incluído
nos termos do art. 399 deste Código; (Incluído pela Lei nº pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
13.964, de 2019) (Vigência)
Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar
XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o qualquer ato incluído nas competências dos arts. 4º e 5º
direito outorgado ao investigado e ao seu defensor de deste Código ficará impedido de funcionar no processo.
acesso a todos os elementos informativos e provas (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
produzidos no âmbito da investigação criminal, salvo no que
Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar apenas um
concerne, estritamente, às diligências em andamento;
juiz, os tribunais criarão um sistema de rodízio de
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
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magistrados, a fim de atender às disposições deste Capítulo. assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) pública e oral;
Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o
normas de organização judiciária da União, dos Estados e do investigado preso, em vista das razões apresentadas pela
Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste
periodicamente divulgados pelo respectivo tribunal. artigo;
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando
Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o não houver fundamento razoável para sua instauração ou
cumprimento das regras para o tratamento dos presos, prosseguimento;
impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com
X - requisitar documentos, laudos e informações ao
órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa
delegado de polícia sobre o andamento da investigação;
submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil,
administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de XI - decidir sobre os requerimentos de:
2019) (Vigência)
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades sistemas de informática e telemática ou de outras formas de
deverão disciplinar, em 180 (cento e oitenta) dias, o modo comunicação;
pelo qual as informações sobre a realização da prisão e a
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e
identidade do preso serão, de modo padronizado e
telefônico;
respeitada a programação normativa aludida no caput deste
artigo, transmitidas à imprensa, assegurados a efetividade c) busca e apreensão domiciliar;
da persecução penal, o direito à informação e a dignidade da
d) acesso a informações sigilosas;
pessoa submetida à prisão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência) e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam
direitos fundamentais do investigado;
Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória,
vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do
substituição da atuação probatória do órgão de acusação.’ oferecimento da denúncia;
‘Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade
da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda mental;
dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa,
autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe
nos termos do art. 399 deste Código;
especialmente:
XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do
direito outorgado ao investigado e ao seu defensor de
inciso LXII do caput do art. 5º da Constituição Federal;
acesso a todos os elementos informativos e provas
II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da produzidos no âmbito da investigação criminal, salvo no que
legalidade da prisão, observado o disposto no art. 310 deste concerne, estritamente, às diligências em andamento;
Código;
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo acompanhar a produção da perícia;
determinar que este seja conduzido à sua presença, a
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não
qualquer tempo;
persecução penal ou os de colaboração premiada, quando
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer formalizados durante a investigação;
investigação criminal;
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas
V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou no caput deste artigo.
outra medida cautelar, observado o disposto no § 1º deste
§ 1º (VETADO).
artigo;
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar,
poderá, mediante representação da autoridade policial e
bem como substituí-las ou revogá-las, assegurado, no
ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a
primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência
duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se
pública e oral, na forma do disposto neste Código ou em
ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será
legislação especial pertinente;
imediatamente relaxada.’
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada
de provas consideradas urgentes e não repetíveis,
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‘Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange autoria. (Redação dada pela Lei nº 9.043, de
todas as infrações penais, exceto as de menor potencial 9.5.1995)
ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não
na forma do art. 399 deste Código.
excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes seja cometida a mesma função.
serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento.
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não iniciado:
vinculam o juiz da instrução e julgamento, que, após o
I - de ofício;
recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a
necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do
máximo de 10 (dez) dias. Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de
quem tiver qualidade para representá-lo.
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do
juiz das garantias ficarão acautelados na secretaria desse § 1o O requerimento a que se refere o no II conterá sempre
juízo, à disposição do Ministério Público e da defesa, e não que possível:
serão apensados aos autos do processo enviados ao juiz da
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
instrução e julgamento, ressalvados os documentos
relativos às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de b) a individualização do indiciado ou seus sinais
provas ou de antecipação de provas, que deverão ser característicos e as razões de convicção ou de presunção de
remetidos para apensamento em apartado. ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade
de o fazer;
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos
acautelados na secretaria do juízo das garantias.’ c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua
profissão e residência.
‘Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar
qualquer ato incluído nas competências dos arts. 4º e 5º § 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura
deste Código ficará impedido de funcionar no processo. de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar apenas um § 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da
juiz, os tribunais criarão um sistema de rodízio de existência de infração penal em que caiba ação pública
magistrados, a fim de atender às disposições deste poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à
Capítulo.’ autoridade policial, e esta, verificada a procedência das
informações, mandará instaurar inquérito.
‘Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as
normas de organização judiciária da União, dos Estados e do § 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender
Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
periodicamente divulgados pelo respectivo tribunal.’
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial
‘Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o somente poderá proceder a inquérito a requerimento de
cumprimento das regras para o tratamento dos presos, quem tenha qualidade para intentá-la.
impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração
órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa
penal, a autoridade policial deverá:
submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil,
administrativa e penal. I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem
o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades
criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de
deverão disciplinar, em 180 (cento e oitenta) dias, o modo
28.3.1994)
pelo qual as informações sobre a realização da prisão e a
identidade do preso serão, de modo padronizado e II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato,
respeitada a programação normativa aludida após liberados pelos peritos criminais; (Redação dada
no caput deste artigo, transmitidas à imprensa, pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
assegurados a efetividade da persecução penal, o direito à
III - colher todas as provas que servirem para o
informação e a dignidade da pessoa submetida à prisão.
esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
TÍTULO II
IV - ouvir o ofendido;
DO INQUÉRITO POLICIAL
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável,
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo
policiais no território de suas respectivas circunscrições e o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que
terá por fim a apuração das infrações penais e da sua Ihe tenham ouvido a leitura;
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VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo
acareações; Ministério Público;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas
corpo de delito e a quaisquer outras perícias; autoridades judiciárias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo IV - representar acerca da prisão preventiva.
datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A,
de antecedentes;
no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei
vista individual, familiar e social, sua condição econômica, no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e Adolescente), o membro do Ministério Público ou o
durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos
para a apreciação do seu temperamento e caráter. do poder público ou de empresas da iniciativa privada,
dados e informações cadastrais da vítima ou de
X - colher informações sobre a existência de filhos,
suspeitos. (Incluído pela Lei nº 13.344, de
respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o
2016) (Vigência)
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados
dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído pela Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de
Lei nº 13.257, de 2016) 24 (vinte e quatro) horas, conterá: (Incluído pela Lei nº
13.344, de 2016) (Vigência)
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido
praticada de determinado modo, a autoridade policial I - o nome da autoridade requisitante; (Incluído pela
poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
II - o número do inquérito policial; e (Incluído pela Lei
Art. 8o Havendo prisão em flagrante, será observado o nº 13.344, de 2016) (Vigência)
disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro.
III - a identificação da unidade de polícia judiciária
Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num só responsável pela investigação. (Incluído pela Lei nº
processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste 13.344, de 2016) (Vigência)
caso, rubricadas pela autoridade.
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do
o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso Ministério Público ou o delegado de polícia poderão
preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir requisitar, mediante autorização judicial, às empresas
do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática
30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. que disponibilizem imediatamente os meios técnicos
adequados – como sinais, informações e outros – que
§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito
apurado e enviará autos ao juiz competente.
em curso. (Incluído pela Lei nº 13.344, de
§ 2o No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas 2016) (Vigência)
que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde
§ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa
possam ser encontradas.
posicionamento da estação de cobertura, setorização e
§ 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado intensidade de radiofrequência. (Incluído pela Lei nº
estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a 13.344, de 2016) (Vigência)
devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal: (Incluído
realizadas no prazo marcado pelo juiz.
pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de
que interessarem à prova, acompanharão os autos do
qualquer natureza, que dependerá de autorização judicial,
inquérito.
conforme disposto em lei; (Incluído pela Lei nº 13.344,
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou de 2016) (Vigência)
queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: celular por período não superior a 30 (trinta) dias, renovável
por uma única vez, por igual período; (Incluído pela Lei
I - fornecer às autoridades judiciárias as informações
nº 13.344, de 2016) (Vigência)
necessárias à instrução e julgamento dos processos;

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III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, § 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos
será necessária a apresentação de ordem servidores militares vinculados às instituições dispostas no
judicial. (Incluído pela Lei nº 13.344, de art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos
2016) (Vigência) investigados digam respeito a missões para a Garantia da
Lei e da Ordem. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial
(Vigência)
deverá ser instaurado no prazo máximo de 72 (setenta e
duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado
policial. (Incluído pela Lei nº 13.344, de curador pela autoridade policial.
2016) (Vigência)
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a
§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 devolução do inquérito à autoridade policial, senão para
(doze) horas, a autoridade competente requisitará às novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da
empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou denúncia.
telemática que disponibilizem imediatamente os meios
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar
técnicos adequados – como sinais, informações e outros –
autos de inquérito.
que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do
delito em curso, com imediata comunicação ao Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito
juiz. (Incluído pela Lei nº 13.344, de pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia,
2016) (Vigência) a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se
de outras provas tiver notícia.
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o
indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os
realizada, ou não, a juízo da autoridade. autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente,
onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às
representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o
instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal
pedir, mediante traslado.
figurarem como investigados em inquéritos policiais,
inquéritos policiais militares e demais procedimentos Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo
extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da
relacionados ao uso da força letal praticados no exercício sociedade.
profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as
Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe
situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7
forem solicitados, a autoridade policial não poderá
de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá
mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de
constituir defensor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
inquérito contra os requerentes. (Redação dada pela
(Vigência)
Lei nº 12.681, de 2012)
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá
investigado deverá ser citado da instauração do
sempre de despacho nos autos e somente será permitida
procedimento investigatório, podendo constituir defensor
quando o interesse da sociedade ou a conveniência da
no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do
investigação o exigir.
recebimento da citação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá
de três dias, será decretada por despacho fundamentado do
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com
Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do
ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a
Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o
autoridade responsável pela investigação deverá intimar a
disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos
instituição a que estava vinculado o investigado à época da
Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril de
ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48
1963) (Redação dada pela Lei nº 5.010, de 30.5.1966)
(quarenta e oito) horas, indique defensor para a
representação do investigado. (Incluído pela Lei nº 13.964, Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver
de 2019) (Vigência) mais de uma circunscrição policial, a autoridade com
exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra,
(Vigência)
independentemente de precatórias ou requisições, e bem
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) assim providenciará, até que compareça a autoridade
(Vigência) competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua
presença, noutra circunscrição.
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)

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Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o
competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de investigado confessado formal e circunstancialmente a
Identificação e Estatística, ou repartição congênere, prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e
mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério
dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado. Público poderá propor acordo de não persecução penal,
desde que necessário e suficiente para reprovação e
TÍTULO III
prevenção do crime, mediante as seguintes condições
DA AÇÃO PENAL
ajustadas cumulativa e alternativamente: (Incluído pela Lei
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida nº 13.964, de 2019) (Vigência)
por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na
a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de impossibilidade de fazê-lo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para 2019) (Vigência)
representá-lo.
II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados
§ 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou
ausente por decisão judicial, o direito de representação proveito do crime; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou (Vigência)
irmão. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 8.699,
de 27.8.1993) III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por
período correspondente à pena mínima cominada ao delito
§ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo
do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº
ação penal será pública. (Incluído pela Lei nº 8.699, de 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal);
27.8.1993) (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
Art. 25. A representação será irretratável, depois de IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos
oferecida a denúncia. do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de interesse
o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha,
expedida pela autoridade judiciária ou policial. preferencialmente, como função proteger bens jurídicos
iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo
Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a delito; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a (Vigência)
ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações
sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada
elementos de convicção. pelo Ministério Público, desde que proporcional e
compatível com a infração penal imputada. (Incluído pela
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o
órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao § 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que
investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos se refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas
para a instância de revisão ministerial para fins de de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto.
homologação, na forma da lei. (Redação dada pela Lei nº (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
13.964, de 2019) (Vigência) § 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica nas
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar seguintes hipóteses: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo (Vigência)
de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, I - se for cabível transação penal de competência dos
submeter a matéria à revisão da instância competente do Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei; (Incluído
órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
orgânica. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência) II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos
probatórios que indiquem conduta criminal habitual,
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as
detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do infrações penais pretéritas; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada 2019) (Vigência)
pela chefia do órgão a quem couber a sua representação
judicial. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos
anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não
persecução penal, transação penal ou suspensão
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condicional do processo; e (Incluído pela Lei nº 13.964, de inciso III do § 2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência) 2019) (Vigência)
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica § 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução
ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da penal, o juízo competente decretará a extinção de
condição de sexo feminino, em favor do agressor. (Incluído punibilidade. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) (Vigência)
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por § 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em
escrito e será firmado pelo membro do Ministério Público, propor o acordo de não persecução penal, o investigado
pelo investigado e por seu defensor. (Incluído pela Lei nº poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior, na
13.964, de 2019) (Vigência) forma do art. 28 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019) (Vigência)
§ 4º Para a homologação do acordo de não persecução
penal, será realizada audiência na qual o juiz deverá verificar Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação
a sua voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao
presença do seu defensor, e sua legalidade. (Incluído pela Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou
todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar
abusivas as condições dispostas no acordo de não
a ação como parte principal.
persecução penal, devolverá os autos ao Ministério Público
para que seja reformulada a proposta de acordo, com Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para
concordância do investigado e seu defensor. (Incluído pela representá-lo caberá intentar a ação privada.
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou
penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente,
que inicie sua execução perante o juízo de execução penal. descendente ou irmão.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não da parte que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado
atender aos requisitos legais ou quando não for realizada a para promover a ação penal.
adequação a que se refere o § 5º deste artigo. (Incluído pela
§ 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover às
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
despesas do processo, sem privar-se dos recursos
§ 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao indispensáveis ao próprio sustento ou da família.
Ministério Público para a análise da necessidade de
§ 2o Será prova suficiente de pobreza o atestado da
complementação das investigações ou o oferecimento da
autoridade policial em cuja circunscrição residir o ofendido.
denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência) Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou
mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver
§ 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de
representante legal, ou colidirem os interesses deste com os
não persecução penal e de seu descumprimento. (Incluído
daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do
§ 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no Ministério Público, pelo juiz competente para o processo
acordo de não persecução penal, o Ministério Público deverá penal.
comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior
Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 e maior de 18 anos, o
oferecimento de denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
direito de queixa poderá ser exercido por ele ou por seu
2019) (Vigência)
representante legal.
§ 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal
Art. 35. (Revogado pela Lei nº 9.520, de 27.11.1997)
pelo investigado também poderá ser utilizado pelo
Ministério Público como justificativa para o eventual não Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de
oferecimento de suspensão condicional do processo. queixa, terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) mais próximo na ordem de enumeração constante do art.
31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ação,
§ 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não
caso o querelante desista da instância ou a abandone.
persecução penal não constarão de certidão de
antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no Art. 37. As fundações, associações ou sociedades
legalmente constituídas poderão exercer a ação penal,

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devendo ser representadas por quem os respectivos de diligências que devem ser previamente requeridas no
contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, juízo criminal.
pelos seus diretores ou sócios-gerentes.
Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a
representante legal, decairá no direito de queixa ou de quem caberá intervir em todos os termos subseqüentes do
representação, se não o exercer dentro do prazo de seis processo.
meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o
do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o
réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do
prazo para o oferecimento da denúncia.
Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e
Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último
queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial
dos arts. 24, parágrafo único, e 31. (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do
Ministério Público receber novamente os autos.
Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido,
pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, § 1o Quando o Ministério Público dispensar o inquérito
mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-
do Ministério Público, ou à autoridade policial. á da data em que tiver recebido as peças de informações ou
a representação
§ 1o A representação feita oralmente ou por escrito, sem
assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu § 2o O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias,
representante legal ou procurador, será reduzida a termo, contado da data em que o órgão do Ministério Público
perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão do receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do
Ministério Público, quando a este houver sido dirigida. tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar,
prosseguindo-se nos demais termos do processo.
§ 2o A representação conterá todas as informações que
possam servir à apuração do fato e da autoria. Art. 47. Se o Ministério Público julgar necessários maiores
esclarecimentos e documentos complementares ou novos
§ 3o Oferecida ou reduzida a termo a representação, a
elementos de convicção, deverá requisitá-los, diretamente,
autoridade policial procederá a inquérito, ou, não sendo
de quaisquer autoridades ou funcionários que devam ou
competente, remetê-lo-á à autoridade que o for.
possam fornecê-los.
§ 4o A representação, quando feita ao juiz ou perante este
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime
reduzida a termo, será remetida à autoridade policial para
obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará
que esta proceda a inquérito.
pela sua indivisibilidade.
§ 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se
Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em
com a representação forem oferecidos elementos que o
relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.
habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá
a denúncia no prazo de quinze dias. Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração
assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou
Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem,
procurador com poderes especiais.
os juízes ou tribunais verificarem a existência de crime de
ação pública, remeterão ao Ministério Público as cópias e os Parágrafo único. A renúncia do representante legal do
documentos necessários ao oferecimento da denúncia. menor que houver completado 18 (dezoito) anos não privará
este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato
o direito do primeiro.
criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação
do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados
identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em
o rol das testemunhas. relação ao que o recusar.
Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e maior de 18 anos,
penal. o direito de perdão poderá ser exercido por ele ou por seu
representante legal, mas o perdão concedido por um,
Art. 43. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
havendo oposição do outro, não produzirá efeito.
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com
Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou
poderes especiais, devendo constar do instrumento do
retardado mental e não tiver representante legal, ou
mandato o nome do querelante e a menção do fato
colidirem os interesses deste com os do querelado, a
criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem
aceitação do perdão caberá ao curador que o juiz Ihe
nomear.
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Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos, observar-se- Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença
á, quanto à aceitação do perdão, o disposto no art. 52. condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor
fixado nos termos do inciso iv do caput do art. 387 deste
Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procurador com
Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano
poderes especiais.
efetivamente sofrido. (Incluído pela Lei nº 11.719, de
Art. 56. Aplicar-se-á ao perdão extraprocessual expresso o 2008).
disposto no art. 50.
Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação
Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão todos para ressarcimento do dano poderá ser proposta no juízo
os meios de prova. cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o
responsável civil. (Vide Lei nº 5.970, de 1973)
Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa
nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro de três Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil
dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser poderá suspender o curso desta, até o julgamento definitivo
cientificado de que o seu silêncio importará aceitação. daquela.
Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que
punibilidade. reconhecer ter sido o ato praticado em estado de
necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento
Art. 59. A aceitação do perdão fora do processo constará de
de dever legal ou no exercício regular de direito.
declaração assinada pelo querelado, por seu representante
legal ou procurador com poderes especiais. Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo
criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante
sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material
queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
do fato.
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o
Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação
andamento do processo durante 30 dias seguidos;
civil:
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua
I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de
incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no
informação;
processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer
das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto II - a decisão que julgar extinta a punibilidade;
no art. 36;
III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo não constitui crime.
justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar
Art. 68. Quando o titular do direito à reparação do dano for
presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas
pobre (art. 32, §§ 1o e 2o), a execução da sentença
alegações finais;
condenatória (art. 63) ou a ação civil (art. 64) será
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se promovida, a seu requerimento, pelo Ministério Público.
extinguir sem deixar sucessor.
TÍTULO V
Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer DA COMPETÊNCIA
extinta a punibilidade, deverá declará-lo de ofício.
Art. 69. Determinará a competência jurisdicional:
Parágrafo único. No caso de requerimento do Ministério
Público, do querelante ou do réu, o juiz mandará autuá-lo I - o lugar da infração:
em apartado, ouvirá a parte contrária e, se o julgar II - o domicílio ou residência do réu;
conveniente, concederá o prazo de cinco dias para a prova,
proferindo a decisão dentro de cinco dias ou reservando-se III - a natureza da infração;
para apreciar a matéria na sentença final. IV - a distribuição;
Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista V - a conexão ou continência;
da certidão de óbito, e depois de ouvido o Ministério
Público, declarará extinta a punibilidade. VI - a prevenção;

TÍTULO IV VII - a prerrogativa de função.


DA AÇÃO CIVIL CAPÍTULO I
DA COMPETÊNCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO
Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória,
poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo
efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de
legal ou seus herdeiros.
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tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de pelo próprio Tribunal do Júri, a seu presidente caberá
execução. proferir a sentença (art. 492, § 2o).
§ 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração CAPÍTULO IV
se consumar fora dele, a competência será determinada DA COMPETÊNCIA POR DISTRIBUIÇÃO
pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato
de execução. Art. 75. A precedência da distribuição fixará a competência
quando, na mesma circunscrição judiciária, houver mais de
§ 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do um juiz igualmente competente.
território nacional, será competente o juiz do lugar em que
o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia Parágrafo único. A distribuição realizada para o efeito da
produzir seu resultado. concessão de fiança ou da decretação de prisão preventiva
ou de qualquer diligência anterior à denúncia ou queixa
§ 3o Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais prevenirá a da ação penal.
jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a
infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais CAPÍTULO V
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. DA COMPETÊNCIA POR CONEXÃO OU CONTINÊNCIA

Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou Art. 76. A competência será determinada pela conexão:
permanente, praticada em território de duas ou mais I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas,
CAPÍTULO II ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo
DA COMPETÊNCIA PELO DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras;
DO RÉU II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para
facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a
ou vantagem em relação a qualquer delas;
competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do
réu. III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas
circunstâncias elementares influir na prova de outra
§ 1o Se o réu tiver mais de uma residência, a competência
infração.
firmar-se-á pela prevenção.
Art. 77. A competência será determinada pela continência
§ 2o Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu
quando:
paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomar
conhecimento do fato. I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma
infração;
Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante
poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, II - no caso de infração cometida nas condições previstas
ainda quando conhecido o lugar da infração. nos arts. 51, § 1o, 53, segunda parte, e 54 do Código Penal.
CAPÍTULO III Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou
DA COMPETÊNCIA PELA NATUREZA DA INFRAÇÃO continência, serão observadas as seguintes
regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
Art. 74. A competência pela natureza da infração será
regulada pelas leis de organização judiciária, salvo a I - no concurso entre a competência do júri e a de outro
competência privativa do Tribunal do Júri. órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do
júri; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
§ 1º Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes
previstos nos arts. 121, §§ 1º e 2º, 122, parágrafo único, 123, Il - no concurso de jurisdições da mesma
124, 125, 126 e 127 do Código Penal, consumados ou categoria: (Redação dada pela Lei nº 263, de
tentados. (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
23.2.1948) a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada
§ 2o Se, iniciado o processo perante um juiz, houver a pena mais grave; (Redação dada pela Lei nº 263,
desclassificação para infração da competência de outro, a de 23.2.1948)
este será remetido o processo, salvo se mais graduada for a b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior
jurisdição do primeiro, que, em tal caso, terá sua número de infrações, se as respectivas penas forem de igual
competência prorrogada. gravidade; (Redação dada pela Lei nº 263, de
§ 3o Se o juiz da pronúncia desclassificar a infração para 23.2.1948)
outra atribuída à competência de juiz singular, observar-se- c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros
á o disposto no art. 410; mas, se a desclassificação for feita casos; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)

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III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, CAPÍTULO VII


predominará a de maior graduação; (Redação DA COMPETÊNCIA PELA PRERROGATIVA DE FUNÇÃO
dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
Art. 84. A competência pela prerrogativa de função é do
IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça,
prevalecerá esta. (Redação dada pela Lei nº 263, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos
de 23.2.1948) Estados e do Distrito Federal, relativamente às pessoas que
Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de devam responder perante eles por crimes comuns e de
processo e julgamento, salvo: responsabilidade. (Redação dada pela Lei nº
10.628, de 24.12.2002)
I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar;
§ 1o (Vide ADIN nº 2797)
II - no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de
menores. § 2o (Vide ADIN nº 2797)

§ 1o Cessará, em qualquer caso, a unidade do processo, se, Art. 85. Nos processos por crime contra a honra, em que
em relação a algum co-réu, sobrevier o caso previsto no art. forem querelantes as pessoas que a Constituição sujeita à
152. jurisdição do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais de
Apelação, àquele ou a estes caberá o julgamento, quando
§ 2o A unidade do processo não importará a do julgamento, oposta e admitida a exceção da verdade.
se houver co-réu foragido que não possa ser julgado à
revelia, ou ocorrer a hipótese do art. 461. Art. 86. Ao Supremo Tribunal Federal competirá,
privativamente, processar e julgar:
Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando
as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de I - os seus ministros, nos crimes comuns;
tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo II - os ministros de Estado, salvo nos crimes conexos com os
número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão do Presidente da República;
provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar
conveniente a separação. III - o procurador-geral da República, os desembargadores
dos Tribunais de Apelação, os ministros do Tribunal de
Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou Contas e os embaixadores e ministros diplomáticos, nos
continência, ainda que no processo da sua competência crimes comuns e de responsabilidade.
própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença
absolutória ou que desclassifique a infração para outra que Art. 87. Competirá, originariamente, aos Tribunais de
não se inclua na sua competência, continuará competente Apelação o julgamento dos governadores ou interventores
em relação aos demais processos. nos Estados ou Territórios, e prefeito do Distrito Federal,
seus respectivos secretários e chefes de Polícia, juízes de
Parágrafo único. Reconhecida inicialmente ao júri a instância inferior e órgãos do Ministério Público.
competência por conexão ou continência, o juiz, se vier a
desclassificar a infração ou impronunciar ou absolver o CAPÍTULO VIII
acusado, de maneira que exclua a competência do júri, DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
remeterá o processo ao juízo competente. Art. 88. No processo por crimes praticados fora do território
Art. 82. Se, não obstante a conexão ou continência, forem brasileiro, será competente o juízo da Capital do Estado
instaurados processos diferentes, a autoridade de jurisdição onde houver por último residido o acusado. Se este nunca
prevalente deverá avocar os processos que corram perante tiver residido no Brasil, será competente o juízo da Capital
os outros juízes, salvo se já estiverem com sentença da República.
definitiva. Neste caso, a unidade dos processos só se dará, Art. 89. Os crimes cometidos em qualquer embarcação nas
ulteriormente, para o efeito de soma ou de unificação das águas territoriais da República, ou nos rios e lagos
penas. fronteiriços, bem como a bordo de embarcações nacionais,
CAPÍTULO VI em alto-mar, serão processados e julgados pela justiça do
DA COMPETÊNCIA POR PREVENÇÃO primeiro porto brasileiro em que tocar a embarcação, após
o crime, ou, quando se afastar do País, pela do último em
Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda que houver tocado.
vez que, concorrendo dois ou mais juízes igualmente
competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver Art. 90. Os crimes praticados a bordo de aeronave nacional,
antecedido aos outros na prática de algum ato do processo dentro do espaço aéreo correspondente ao território
ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao brasileiro, ou ao alto-mar, ou a bordo de aeronave
oferecimento da denúncia ou da queixa (arts. 70, § 3o, 71, 72, estrangeira, dentro do espaço aéreo correspondente ao
§ 2o, e 78, II, c). território nacional, serão processados e julgados pela justiça
da comarca em cujo território se verificar o pouso após o

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crime, ou pela da comarca de onde houver partido a III - litispendência;


aeronave.
IV - ilegitimidade de parte;
Art. 91. Quando incerta e não se determinar de acordo com
V - coisa julgada.
as normas estabelecidas nos arts. 89 e 90, a competência
se firmará pela prevenção. (Redação dada pela Lei Art. 96. A argüição de suspeição precederá a qualquer
nº 4.893, de 9.12.1965) outra, salvo quando fundada em motivo superveniente.
TÍTULO VI Art. 97. O juiz que espontaneamente afirmar suspeição
DAS QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES deverá fazê-lo por escrito, declarando o motivo legal, e
CAPÍTULO I remeterá imediatamente o processo ao seu substituto,
DAS QUESTÕES PREJUDICIAIS intimadas as partes.

Art. 92. Se a decisão sobre a existência da infração Art. 98. Quando qualquer das partes pretender recusar o
depender da solução de controvérsia, que o juiz repute séria juiz, deverá fazê-lo em petição assinada por ela própria ou
e fundada, sobre o estado civil das pessoas, o curso da ação por procurador com poderes especiais, aduzindo as suas
penal ficará suspenso até que no juízo cível seja a razões acompanhadas de prova documental ou do rol de
controvérsia dirimida por sentença passada em julgado, testemunhas.
sem prejuízo, entretanto, da inquirição das testemunhas e Art. 99. Se reconhecer a suspeição, o juiz sustará a marcha
de outras provas de natureza urgente. do processo, mandará juntar aos autos a petição do
Parágrafo único. Se for o crime de ação pública, o Ministério recusante com os documentos que a instruam, e por
Público, quando necessário, promoverá a ação civil ou despacho se declarará suspeito, ordenando a remessa dos
prosseguirá na que tiver sido iniciada, com a citação dos autos ao substituto.
interessados. Art. 100. Não aceitando a suspeição, o juiz mandará autuar
Art. 93. Se o reconhecimento da existência da infração em apartado a petição, dará sua resposta dentro em três
penal depender de decisão sobre questão diversa da dias, podendo instruí-la e oferecer testemunhas, e, em
prevista no artigo anterior, da competência do juízo cível, e seguida, determinará sejam os autos da exceção remetidos,
se neste houver sido proposta ação para resolvê-la, o juiz dentro em 24 vinte e quatro horas, ao juiz ou tribunal a quem
criminal poderá, desde que essa questão seja de difícil competir o julgamento.
solução e não verse sobre direito cuja prova a lei civil limite, § 1o Reconhecida, preliminarmente, a relevância da
suspender o curso do processo, após a inquirição das argüição, o juiz ou tribunal, com citação das partes, marcará
testemunhas e realização das outras provas de natureza dia e hora para a inquirição das testemunhas, seguindo-se o
urgente. julgamento, independentemente de mais alegações.
§ 1o O juiz marcará o prazo da suspensão, que poderá ser § 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz
razoavelmente prorrogado, se a demora não for imputável ou relator a rejeitará liminarmente.
à parte. Expirado o prazo, sem que o juiz cível tenha
proferido decisão, o juiz criminal fará prosseguir o processo, Art. 101. Julgada procedente a suspeição, ficarão nulos os
retomando sua competência para resolver, de fato e de atos do processo principal, pagando o juiz as custas, no caso
direito, toda a matéria da acusação ou da defesa. de erro inescusável; rejeitada, evidenciando-se a malícia do
excipiente, a este será imposta a multa de duzentos mil-réis
§ 2o Do despacho que denegar a suspensão não caberá a dois contos de réis.
recurso.
Art. 102. Quando a parte contrária reconhecer a
§ 3o Suspenso o processo, e tratando-se de crime de ação procedência da argüição, poderá ser sustado, a seu
pública, incumbirá ao Ministério Público intervir requerimento, o processo principal, até que se julgue o
imediatamente na causa cível, para o fim de promover-lhe o incidente da suspeição.
rápido andamento.
Art. 103. No Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de
Art. 94. A suspensão do curso da ação penal, nos casos dos Apelação, o juiz que se julgar suspeito deverá declará-lo nos
artigos anteriores, será decretada pelo juiz, de ofício ou a autos e, se for revisor, passar o feito ao seu substituto na
requerimento das partes. ordem da precedência, ou, se for relator, apresentar os
CAPÍTULO II autos em mesa para nova distribuição.
DAS EXCEÇÕES § 1o Se não for relator nem revisor, o juiz que houver de dar-
se por suspeito, deverá fazê-lo verbalmente, na sessão de
Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de:
julgamento, registrando-se na ata a declaração.
I - suspeição;
II - incompetência de juízo;
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§ 2o Se o presidente do tribunal se der por suspeito, Art. 111. As exceções serão processadas em autos
competirá ao seu substituto designar dia para o julgamento apartados e não suspenderão, em regra, o andamento da
e presidi-lo. ação penal.
§ 3o Observar-se-á, quanto à argüição de suspeição pela CAPÍTULO III
parte, o disposto nos arts. 98 a 101, no que Ihe for aplicável, DAS INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS
atendido, se o juiz a reconhecer, o que estabelece este
artigo. Art. 112. O juiz, o órgão do Ministério Público, os
serventuários ou funcionários de justiça e os peritos ou
§ 4o A suspeição, não sendo reconhecida, será julgada pelo intérpretes abster-se-ão de servir no processo, quando
tribunal pleno, funcionando como relator o presidente. houver incompatibilidade ou impedimento legal, que
§ 5o Se o recusado for o presidente do tribunal, o relator será declararão nos autos. Se não se der a abstenção, a
o vice-presidente. incompatibilidade ou impedimento poderá ser argüido
pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a
Art. 104. Se for argüida a suspeição do órgão do Ministério exceção de suspeição.
Público, o juiz, depois de ouvi-lo, decidirá, sem recurso,
podendo antes admitir a produção de provas no prazo de CAPÍTULO IV
três dias. DO CONFLITO DE JURISDIÇÃO

Art. 105. As partes poderão também argüir de suspeitos os Art. 113. As questões atinentes à competência resolver-se-
peritos, os intérpretes e os serventuários ou funcionários de ão não só pela exceção própria, como também pelo conflito
justiça, decidindo o juiz de plano e sem recurso, à vista da positivo ou negativo de jurisdição.
matéria alegada e prova imediata. Art. 114. Haverá conflito de jurisdição:
Art. 106. A suspeição dos jurados deverá ser argüida I - quando duas ou mais autoridades judiciárias se
oralmente, decidindo de plano do presidente do Tribunal do considerarem competentes, ou incompetentes, para
Júri, que a rejeitará se, negada pelo recusado, não for conhecer do mesmo fato criminoso;
imediatamente comprovada, o que tudo constará da ata.
II - quando entre elas surgir controvérsia sobre unidade de
Art. 107. Não se poderá opor suspeição às autoridades juízo, junção ou separação de processos.
policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se
suspeitas, quando ocorrer motivo legal. Art. 115. O conflito poderá ser suscitado:

Art. 108. A exceção de incompetência do juízo poderá ser I - pela parte interessada;
oposta, verbalmente ou por escrito, no prazo de defesa. II - pelos órgãos do Ministério Público junto a qualquer dos
§ 1o Se, ouvido o Ministério Público, for aceita a juízos em dissídio;
declinatória, o feito será remetido ao juízo competente, III - por qualquer dos juízes ou tribunais em causa.
onde, ratificados os atos anteriores, o processo prosseguirá.
Art. 116. Os juízes e tribunais, sob a forma de
§ 2o Recusada a incompetência, o juiz continuará no feito, representação, e a parte interessada, sob a de
fazendo tomar por termo a declinatória, se formulada requerimento, darão parte escrita e circunstanciada do
verbalmente. conflito, perante o tribunal competente, expondo os
Art. 109. Se em qualquer fase do processo o juiz reconhecer fundamentos e juntando os documentos comprobatórios.
motivo que o torne incompetente, declará-lo-á nos autos, § 1o Quando negativo o conflito, os juízes e tribunais
haja ou não alegação da parte, prosseguindo-se na forma do poderão suscitá-lo nos próprios autos do processo.
artigo anterior.
§ 2o Distribuído o feito, se o conflito for positivo, o relator
Art. 110. Nas exceções de litispendência, ilegitimidade de poderá determinar imediatamente que se suspenda o
parte e coisa julgada, será observado, no que Ihes for andamento do processo.
aplicável, o disposto sobre a exceção de incompetência do
juízo. § 3o Expedida ou não a ordem de suspensão, o relator
requisitará informações às autoridades em conflito,
§ 1o Se a parte houver de opor mais de uma dessas remetendo-lhes cópia do requerimento ou representação.
exceções, deverá fazê-lo numa só petição ou articulado.
§ 4o As informações serão prestadas no prazo marcado pelo
§ 2o A exceção de coisa julgada somente poderá ser oposta relator.
em relação ao fato principal, que tiver sido objeto da
sentença. § 5o Recebidas as informações, e depois de ouvido o
procurador-geral, o conflito será decidido na primeira
sessão, salvo se a instrução do feito depender de diligência.

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§ 6o Proferida a decisão, as cópias necessárias serão Art. 123. Fora dos casos previstos nos artigos anteriores, se
remetidas, para a sua execução, às autoridades contra as dentro no prazo de 90 dias, a contar da data em que transitar
quais tiver sido levantado o conflito ou que o houverem em julgado a sentença final, condenatória ou absolutória, os
suscitado. objetos apreendidos não forem reclamados ou não
pertencerem ao réu, serão vendidos em leilão, depositando-
Art. 117. O Supremo Tribunal Federal, mediante avocatória,
se o saldo à disposição do juízo de ausentes.
restabelecerá a sua jurisdição, sempre que exercida por
qualquer dos juízes ou tribunais inferiores. Art. 124. Os instrumentos do crime, cuja perda em favor da
União for decretada, e as coisas confiscadas, de acordo com
CAPÍTULO V
o disposto no art. 100 do Código Penal, serão inutilizados ou
DA RESTITUIÇÃO DAS COISAS APREENDIDAS
recolhidos a museu criminal, se houver interesse na sua
Art. 118. Antes de transitar em julgado a sentença final, as conservação.
coisas apreendidas não poderão ser restituídas enquanto Art. 124-A. Na hipótese de decretação de perdimento de
interessarem ao processo. obras de arte ou de outros bens de relevante valor cultural
Art. 119. As coisas a que se referem os arts. 74 e 100 do ou artístico, se o crime não tiver vítima determinada, poderá
Código Penal não poderão ser restituídas, mesmo depois de haver destinação dos bens a museus públicos. (Incluído
transitar em julgado a sentença final, salvo se pertencerem pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
ao lesado ou a terceiro de boa-fé. CAPÍTULO VI
Art. 120. A restituição, quando cabível, poderá ser DAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS
ordenada pela autoridade policial ou juiz, mediante termo
Art. 125. Caberá o seqüestro dos bens imóveis, adquiridos
nos autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do
pelo indiciado com os proventos da infração, ainda que já
reclamante.
tenham sido transferidos a terceiro.
§ 1o Se duvidoso esse direito, o pedido de restituição autuar-
Art. 126. Para a decretação do seqüestro, bastará a
se-á em apartado, assinando-se ao requerente o prazo de 5
existência de indícios veementes da proveniência ilícita dos
(cinco) dias para a prova. Em tal caso, só o juiz criminal
bens.
poderá decidir o incidente.
Art. 127. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
§ 2o O incidente autuar-se-á também em apartado e só a
Público ou do ofendido, ou mediante representação da
autoridade judicial o resolverá, se as coisas forem
autoridade policial, poderá ordenar o seqüestro, em
apreendidas em poder de terceiro de boa-fé, que será
qualquer fase do processo ou ainda antes de oferecida a
intimado para alegar e provar o seu direito, em prazo igual e
denúncia ou queixa.
sucessivo ao do reclamante, tendo um e outro dois dias para
arrazoar. Art. 128. Realizado o seqüestro, o juiz ordenará a sua
inscrição no Registro de Imóveis.
§ 3o Sobre o pedido de restituição será sempre ouvido o
Ministério Público. Art. 129. O seqüestro autuar-se-á em apartado e admitirá
embargos de terceiro.
§ 4o Em caso de dúvida sobre quem seja o verdadeiro dono,
o juiz remeterá as partes para o juízo cível, ordenando o Art. 130. O seqüestro poderá ainda ser embargado:
depósito das coisas em mãos de depositário ou do próprio
I - pelo acusado, sob o fundamento de não terem os bens
terceiro que as detinha, se for pessoa idônea.
sido adquiridos com os proventos da infração;
§ 5o Tratando-se de coisas facilmente deterioráveis, serão
II - pelo terceiro, a quem houverem os bens sido transferidos
avaliadas e levadas a leilão público, depositando-se o
a título oneroso, sob o fundamento de tê-los adquirido de
dinheiro apurado, ou entregues ao terceiro que as detinha,
boa-fé.
se este for pessoa idônea e assinar termo de
responsabilidade. Parágrafo único. Não poderá ser pronunciada decisão
nesses embargos antes de passar em julgado a sentença
Art. 121. No caso de apreensão de coisa adquirida com os
condenatória.
proventos da infração, aplica-se o disposto no art. 133 e seu
parágrafo. Art. 131. O seqüestro será levantado:
Art. 122. Sem prejuízo do disposto no art. 120, as coisas I - se a ação penal não for intentada no prazo de sessenta
apreendidas serão alienadas nos termos do disposto no art. dias, contado da data em que ficar concluída a diligência;
133 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
II - se o terceiro, a quem tiverem sido transferidos os bens,
2019) (Vigência)
prestar caução que assegure a aplicação do disposto
Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº no art. 74, II, b, segunda parte, do Código Penal;
13.964, de 2019) (Vigência)

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III - se for julgada extinta a punibilidade ou absolvido o réu, processo, desde que haja certeza da infração e indícios
por sentença transitada em julgado. suficientes da autoria.
Art. 132. Proceder-se-á ao seqüestro dos bens móveis se, Art. 135. Pedida a especialização mediante requerimento,
verificadas as condições previstas no art. 126, não for em que a parte estimará o valor da responsabilidade civil, e
cabível a medida regulada no Capítulo Xl do Título Vll deste designará e estimará o imóvel ou imóveis que terão de ficar
Livro. especialmente hipotecados, o juiz mandará logo proceder
ao arbitramento do valor da responsabilidade e à avaliação
Art. 133. Transitada em julgado a sentença condenatória, o
do imóvel ou imóveis.
juiz, de ofício ou a requerimento do interessado ou do
Ministério Público, determinará a avaliação e a venda dos § 1o A petição será instruída com as provas ou indicação das
bens em leilão público cujo perdimento tenha sido provas em que se fundar a estimação da responsabilidade,
decretado. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) com a relação dos imóveis que o responsável possuir, se
(Vigência) outros tiver, além dos indicados no requerimento, e com os
documentos comprobatórios do domínio.
§ 1º Do dinheiro apurado, será recolhido aos cofres públicos
o que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé. § 2o O arbitramento do valor da responsabilidade e a
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) avaliação dos imóveis designados far-se-ão por perito
nomeado pelo juiz, onde não houver avaliador judicial,
§ 2º O valor apurado deverá ser recolhido ao Fundo
sendo-lhe facultada a consulta dos autos do processo
Penitenciário Nacional, exceto se houver previsão diversa
respectivo.
em lei especial. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência) § 3o O juiz, ouvidas as partes no prazo de dois dias, que
correrá em cartório, poderá corrigir o arbitramento do valor
Art. 133-A. O juiz poderá autorizar, constatado o interesse
da responsabilidade, se Ihe parecer excessivo ou deficiente.
público, a utilização de bem sequestrado, apreendido ou
sujeito a qualquer medida assecuratória pelos órgãos de § 4o O juiz autorizará somente a inscrição da hipoteca do
segurança pública previstos no art. 144 da Constituição imóvel ou imóveis necessários à garantia da
Federal, do sistema prisional, do sistema socioeducativo, da responsabilidade.
Força Nacional de Segurança Pública e do Instituto Geral de
§ 5o O valor da responsabilidade será liquidado
Perícia, para o desempenho de suas atividades. (Incluído
definitivamente após a condenação, podendo ser requerido
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
novo arbitramento se qualquer das partes não se conformar
§ 1º O órgão de segurança pública participante das ações de com o arbitramento anterior à sentença condenatória.
investigação ou repressão da infração penal que ensejou a
§ 6o Se o réu oferecer caução suficiente, em dinheiro ou em
constrição do bem terá prioridade na sua utilização.
títulos de dívida pública, pelo valor de sua cotação em Bolsa,
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
o juiz poderá deixar de mandar proceder à inscrição da
§ 2º Fora das hipóteses anteriores, demonstrado o interesse hipoteca legal.
público, o juiz poderá autorizar o uso do bem pelos demais
Art. 136. O arresto do imóvel poderá ser decretado de início,
órgãos públicos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
revogando-se, porém, se no prazo de 15 (quinze) dias não for
(Vigência)
promovido o processo de inscrição da hipoteca
§ 3º Se o bem a que se refere o caput deste artigo for veículo, legal. (Redação dada pela Lei nº 11.435, de 2006)
embarcação ou aeronave, o juiz ordenará à autoridade de
Art. 137. Se o responsável não possuir bens imóveis ou os
trânsito ou ao órgão de registro e controle a expedição de
possuir de valor insuficiente, poderão ser arrestados bens
certificado provisório de registro e licenciamento em favor
móveis suscetíveis de penhora, nos termos em que é
do órgão público beneficiário, o qual estará isento do
facultada a hipoteca legal dos imóveis. (Redação
pagamento de multas, encargos e tributos anteriores à
dada pela Lei nº 11.435, de 2006).
disponibilização do bem para a sua utilização, que deverão
ser cobrados de seu responsável. (Incluído pela Lei nº § 1o Se esses bens forem coisas fungíveis e facilmente
13.964, de 2019) (Vigência) deterioráveis, proceder-se-á na forma do § 5o do art. 120.
§ 4º Transitada em julgado a sentença penal condenatória § 2o Das rendas dos bens móveis poderão ser fornecidos
com a decretação de perdimento dos bens, ressalvado o recursos arbitrados pelo juiz, para a manutenção do
direito do lesado ou terceiro de boa-fé, o juiz poderá indiciado e de sua família.
determinar a transferência definitiva da propriedade ao
Art. 138. O processo de especialização da hipoteca e do
órgão público beneficiário ao qual foi custodiado o bem.
arresto correrão em auto apartado. (Redação dada
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
pela Lei nº 11.435, de 2006).
Art. 134. A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado
poderá ser requerida pelo ofendido em qualquer fase do
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Art. 139. O depósito e a administração dos bens arrestados § 5o No caso da alienação de veículos, embarcações ou
ficarão sujeitos ao regime do processo aeronaves, o juiz ordenará à autoridade de trânsito ou ao
civil. (Redação dada pela Lei nº 11.435, de 2006). equivalente órgão de registro e controle a expedição de
certificado de registro e licenciamento em favor do
Art. 140. As garantias do ressarcimento do dano alcançarão
arrematante, ficando este livre do pagamento de multas,
também as despesas processuais e as penas pecuniárias,
encargos e tributos anteriores, sem prejuízo de execução
tendo preferência sobre estas a reparação do dano ao
fiscal em relação ao antigo proprietário. (Incluído
ofendido.
pela Lei nº 12.694, de 2012)
Art. 141. O arresto será levantado ou cancelada a hipoteca,
§ 6o O valor dos títulos da dívida pública, das ações das
se, por sentença irrecorrível, o réu for absolvido ou julgada
sociedades e dos títulos de crédito negociáveis em bolsa
extinta a punibilidade. (Redação dada pela Lei nº
será o da cotação oficial do dia, provada por certidão ou
11.435, de 2006).
publicação no órgão oficial. (Incluído pela Lei nº
Art. 142. Caberá ao Ministério Público promover as 12.694, de 2012)
medidas estabelecidas nos arts. 134 e 137, se houver
§ 7o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.694, de
interesse da Fazenda Pública, ou se o ofendido for pobre e o
2012)
requerer.
CAPÍTULO VII
Art. 143. Passando em julgado a sentença condenatória,
DO INCIDENTE DE FALSIDADE
serão os autos de hipoteca ou arresto remetidos ao juiz do
cível (art. 63). (Redação dada pela Lei nº 11.435, de Art. 145. Argüida, por escrito, a falsidade de documento
2006). constante dos autos, o juiz observará o seguinte processo:
Art. 144. Os interessados ou, nos casos do art. 142, o I - mandará autuar em apartado a impugnação, e em
Ministério Público poderão requerer no juízo cível, contra o seguida ouvirá a parte contrária, que, no prazo de 48 horas,
responsável civil, as medidas previstas nos arts. oferecerá resposta;
134, 136 e 137.
II - assinará o prazo de três dias, sucessivamente, a cada uma
Art. 144-A. O juiz determinará a alienação antecipada para das partes, para prova de suas alegações;
preservação do valor dos bens sempre que estiverem
sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou III - conclusos os autos, poderá ordenar as diligências que
quando houver dificuldade para sua entender necessárias;
manutenção. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) IV - se reconhecida a falsidade por decisão irrecorrível,
o
§ 1 O leilão far-se-á preferencialmente por meio mandará desentranhar o documento e remetê-lo, com os
eletrônico. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) autos do processo incidente, ao Ministério Público.

§ 2o Os bens deverão ser vendidos pelo valor fixado na Art. 146. A argüição de falsidade, feita por procurador,
avaliação judicial ou por valor maior. Não alcançado o valor exige poderes especiais.
estipulado pela administração judicial, será realizado novo Art. 147. O juiz poderá, de ofício, proceder à verificação da
leilão, em até 10 (dez) dias contados da realização do falsidade.
primeiro, podendo os bens ser alienados por valor não
inferior a 80% (oitenta por cento) do estipulado na avaliação Art. 148. Qualquer que seja a decisão, não fará coisa julgada
judicial. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) em prejuízo de ulterior processo penal ou civil.

§ 3o O produto da alienação ficará depositado em conta CAPÍTULO VIII


vinculada ao juízo até a decisão final do processo, DA INSANIDADE MENTAL DO ACUSADO
procedendo-se à sua conversão em renda para a União, Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental
Estado ou Distrito Federal, no caso de condenação, ou, no do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do
caso de absolvição, à sua devolução ao Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente,
acusado. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este
§ 4o Quando a indisponibilidade recair sobre dinheiro, submetido a exame médico-legal.
inclusive moeda estrangeira, títulos, valores mobiliários ou § 1o O exame poderá ser ordenado ainda na fase do
cheques emitidos como ordem de pagamento, o juízo inquérito, mediante representação da autoridade policial ao
determinará a conversão do numerário apreendido em juiz competente.
moeda nacional corrente e o depósito das correspondentes
quantias em conta judicial. (Incluído pela Lei nº § 2o O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar
12.694, de 2012) o exame, ficando suspenso o processo, se já iniciada a ação
penal, salvo quanto às diligências que possam ser
prejudicadas pelo adiamento.

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Art. 150. Para o efeito do exame, o acusado, se estiver II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir
preso, será internado em manicômio judiciário, onde sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida
houver, ou, se estiver solto, e o requererem os peritos, em sobre ponto relevante. (Incluído pela Lei nº
estabelecimento adequado que o juiz designar. 11.690, de 2008)
§ 1o O exame não durará mais de quarenta e cinco dias, Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do
salvo se os peritos demonstrarem a necessidade de maior processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em
prazo. violação a normas constitucionais ou
legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 2o Se não houver prejuízo para a marcha do processo, o
juiz poderá autorizar sejam os autos entregues aos peritos, § 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das
para facilitar o exame. ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade
entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser
Art. 151. Se os peritos concluírem que o acusado era, ao
obtidas por uma fonte independente das
tempo da infração, irresponsável nos termos do art. 22 do
primeiras. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Código Penal, o processo prosseguirá, com a presença do
curador. § 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só,
seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da
Art. 152. Se se verificar que a doença mental sobreveio à
investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir
infração o processo continuará suspenso até que o acusado
ao fato objeto da prova. (Incluído pela Lei nº 11.690,
se restabeleça, observado o § 2o do art. 149.
de 2008)
§ 1o O juiz poderá, nesse caso, ordenar a internação do
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova
acusado em manicômio judiciário ou em outro
declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão
estabelecimento adequado.
judicial, facultado às partes acompanhar o
§ 2o O processo retomará o seu curso, desde que se incidente. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
restabeleça o acusado, ficando-lhe assegurada a faculdade
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.690, de
de reinquirir as testemunhas que houverem prestado
2008)
depoimento sem a sua presença.
§ 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada
Art. 153. O incidente da insanidade mental processar-se-á
inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão.
em auto apartado, que só depois da apresentação do laudo,
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
será apenso ao processo principal.
CAPÍTULO II
Art. 154. Se a insanidade mental sobrevier no curso da
execução da pena, observar-se-á o disposto no art. 682. DO EXAME DE CORPO DE DELITO, DA CADEIA DE
CUSTÓDIA E DAS PERÍCIAS EM GERAL
TÍTULO VII
DA PROVA (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
CAPÍTULO I Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será
DISPOSIÇÕES GERAIS indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto,
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação não podendo supri-lo a confissão do acusado.
da prova produzida em contraditório judicial, não podendo Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame
fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos de corpo de delito quando se tratar de crime que
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação
dada pela Lei nº 11.690, de 2008) I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído
dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas
serão observadas as restrições estabelecidas na lei II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa
civil. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) com deficiência. (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)

Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de
sendo, porém, facultado ao juiz de todos os procedimentos utilizados para manter e
ofício: (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) documentar a história cronológica do vestígio coletado em
locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
produção antecipada de provas consideradas urgentes e (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
relevantes, observando a necessidade, adequação e
proporcionalidade da medida; (Incluído pela Lei § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação
nº 11.690, de 2008) do local de crime ou com procedimentos policiais ou

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periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio. VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas
características biológicas, físicas e químicas, a fim de se
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de
obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
potencial interesse para a produção da prova pericial fica
laudo produzido por perito; (Incluído pela Lei nº 13.964,
responsável por sua preservação. (Incluído pela Lei nº
de 2019) (Vigência)
13.964, de 2019) (Vigência)
IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou
condições adequadas, do material a ser processado,
latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração
guardado para realização de contraperícia, descartado ou
penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
transportado, com vinculação ao número do laudo
Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o correspondente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
rastreamento do vestígio nas seguintes etapas: (Incluído (Vigência)
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
X - descarte: procedimento referente à liberação do
I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando
potencial interesse para a produção da prova pericial; pertinente, mediante autorização judicial. (Incluído pela
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada
coisas, devendo isolar e preservar o ambiente imediato, preferencialmente por perito oficial, que dará o
mediato e relacionado aos vestígios e local de crime; encaminhamento necessário para a central de custódia,
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) mesmo quando for necessária a realização de exames
complementares. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se
(Vigência)
encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua
posição na área de exames, podendo ser ilustrada por § 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou
fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua processo devem ser tratados como descrito nesta Lei,
descrição no laudo pericial produzido pelo perito ficando órgão central de perícia oficial de natureza criminal
responsável pelo atendimento; (Incluído pela Lei nº responsável por detalhar a forma do seu cumprimento.
13.964, de 2019) (Vigência) (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à § 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a
análise pericial, respeitando suas características e natureza; remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada
como fraude processual a sua realização. (Incluído pela Lei
V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada
nº 13.964, de 2019) (Vigência)
vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de
acordo com suas características físicas, químicas e Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio
biológicas, para posterior análise, com anotação da data, será determinado pela natureza do material. (Incluído pela
hora e nome de quem realizou a coleta e o Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
acondicionamento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres,
(Vigência)
com numeração individualizada, de forma a garantir a
VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o
o outro, utilizando as condições adequadas (embalagens, transporte. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a (Vigência)
manutenção de suas características originais, bem como o
§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar
controle de sua posse; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
suas características, impedir contaminação e vazamento,
2019) (Vigência)
ter grau de resistência adequado e espaço para registro de
VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do informações sobre seu conteúdo. (Incluído pela Lei nº
vestígio, que deve ser documentado com, no mínimo, 13.964, de 2019) (Vigência)
informações referentes ao número de procedimento e
§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai
unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem,
proceder à análise e, motivadamente, por pessoa
nome de quem transportou o vestígio, código de
autorizada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio,
(Vigência)
protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) § 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar
na ficha de acompanhamento de vestígio o nome e a
matrícula do responsável, a data, o local, a finalidade, bem
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como as informações referentes ao novo lacre utilizado. § 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) e fielmente desempenhar o encargo. (Redação
dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do
novo recipiente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de
(Vigência) acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a
formulação de quesitos e indicação de assistente
Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter
técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
uma central de custódia destinada à guarda e controle dos
vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao § 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão
órgão central de perícia oficial de natureza criminal. pelo juiz e após a conclusão dos exames e elaboração do
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta
decisão. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de
protocolo, com local para conferência, recepção, devolução § 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às
de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a partes, quanto à perícia: (Incluído pela Lei nº
classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um 11.690, de 2008)
espaço seguro e apresentar condições ambientais que não
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou
interfiram nas características do vestígio. (Incluído pela
para responderem a quesitos, desde que o mandado de
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas
§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio sejam encaminhados com antecedência mínima de 10
deverão ser protocoladas, consignando-se informações (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo
sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam. complementar; (Incluído pela Lei nº 11.690, de
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 2008)
§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar
armazenado deverão ser identificadas e deverão ser pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos
registradas a data e a hora do acesso. (Incluído pela Lei nº em audiência. (Incluído pela Lei nº 11.690, de
13.964, de 2019) (Vigência) 2008)
§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, § 6o Havendo requerimento das partes, o material
todas as ações deverão ser registradas, consignando-se a probatório que serviu de base à perícia será
identificação do responsável pela tramitação, a destinação, disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
a data e horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para
2019) (Vigência) exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua
conservação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá
ser devolvido à central de custódia, devendo nela § 7o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de
permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) uma área de conhecimento especializado, poder-se-á
(Vigência) designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte
indicar mais de um assistente técnico. (Incluído pela
Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua
Lei nº 11.690, de 2008)
espaço ou condições de armazenar determinado material,
deverá a autoridade policial ou judiciária determinar as Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde
condições de depósito do referido material em local diverso, descreverão minuciosamente o que examinarem, e
mediante requerimento do diretor do órgão central de responderão aos quesitos formulados. (Redação
perícia oficial de natureza criminal. (Incluído pela Lei nº dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
13.964, de 2019) (Vigência)
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em
realizados por perito oficial, portador de diploma de curso casos excepcionais, a requerimento dos
superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) peritos. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de
28.3.1994)
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2
(duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em
superior preferencialmente na área específica, dentre as que qualquer dia e a qualquer hora.
tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois
exame. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de
morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o
que declararão no auto.

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Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido
simples exame externo do cadáver, quando não houver praticada a infração, a autoridade providenciará
infração penal que apurar, ou quando as lesões externas imediatamente para que não se altere o estado das coisas
permitirem precisar a causa da morte e não houver até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos
necessidade de exame interno para a verificação de alguma com fotografias, desenhos ou esquemas
circunstância relevante. elucidativos. (Vide Lei nº 5.970, de 1973)
Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as
autoridade providenciará para que, em dia e hora alterações do estado das coisas e discutirão, no relatório, as
previamente marcados, se realize a diligência, da qual se conseqüências dessas alterações na dinâmica dos
lavrará auto circunstanciado. fatos. (Incluído pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão
particular indicará o lugar da sepultura, sob pena de material suficiente para a eventualidade de nova perícia.
desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com
indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou
não destinado a inumações, a autoridade procederá às esquemas.
pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.
Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio
posição em que forem encontrados, bem como, na medida de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios,
do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no indicarão com que instrumentos, por que meios e em que
local do crime. (Redação dada pela Lei nº 8.862, época presumem ter sido o fato praticado.
de 28.3.1994)
Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de
Art. 165. Para representar as lesões encontradas no coisas destruídas, deterioradas ou que constituam produto
cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do do crime.
exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos,
Parágrafo único. Se impossível a avaliação direta, os peritos
devidamente rubricados.
procederão à avaliação por meio dos elementos existentes
Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver nos autos e dos que resultarem de diligências.
exumado, proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto
Art. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa
de Identificação e Estatística ou repartição congênere ou
e o lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver
pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o
extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias
cadáver, com todos os sinais e indicações.
que interessarem à elucidação do fato.
Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e
Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por
autenticados todos os objetos encontrados, que possam ser
comparação de letra, observar-se-á o seguinte:
úteis para a identificação do cadáver.
I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito,
será intimada para o ato, se for encontrada;
por haverem desaparecido os vestígios, a prova
testemunhal poderá suprir-lhe a falta. II - para a comparação, poderão servir quaisquer
documentos que a dita pessoa reconhecer ou já tiverem sido
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame
judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre
pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame
cuja autenticidade não houver dúvida;
complementar por determinação da autoridade policial ou
judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o
Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor. exame, os documentos que existirem em arquivos ou
estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência,
§ 1o No exame complementar, os peritos terão presente o
se daí não puderem ser retirados;
auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou
retificá-lo. IV - quando não houver escritos para a comparação ou
forem insuficientes os exibidos, a autoridade mandará que a
§ 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do
pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a
delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser feito
pessoa, mas em lugar certo, esta última diligência poderá
logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do
ser feita por precatória, em que se consignarão as palavras
crime.
que a pessoa será intimada a escrever.
§ 3o A falta de exame complementar poderá ser suprida pela
prova testemunhal.

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Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos § 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala
empregados para a prática da infração, a fim de se Ihes própria, no estabelecimento em que estiver recolhido,
verificar a natureza e a eficiência. desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do
membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a
Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular
presença do defensor e a publicidade do
quesitos até o ato da diligência.
ato. (Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009)
Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos
§ 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada,
far-se-á no juízo deprecado. Havendo, porém, no caso de
de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o
ação privada, acordo das partes, essa nomeação poderá ser
interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência
feita pelo juiz deprecante.
ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e
Parágrafo único. Os quesitos do juiz e das partes serão imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária
transcritos na precatória. para atender a uma das seguintes
finalidades: (Redação dada pela Lei nº 11.900, de
Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela
2009)
autoridade ao diretor da repartição, juntando-se ao
processo o laudo assinado pelos peritos. I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada
suspeita de que o preso integre organização criminosa ou de
Art. 179. No caso do § 1o do art. 159, o escrivão lavrará o
que, por outra razão, possa fugir durante o
auto respectivo, que será assinado pelos peritos e, se
deslocamento; (Incluído pela Lei nº 11.900, de
presente ao exame, também pela autoridade.
2009)
Parágrafo único. No caso do art. 160, parágrafo único, o
II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual,
laudo, que poderá ser datilografado, será subscrito e
quando haja relevante dificuldade para seu
rubricado em suas folhas por todos os peritos.
comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra
Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão circunstância pessoal; (Incluído pela Lei nº
consignadas no auto do exame as declarações e respostas 11.900, de 2009)
de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou
laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir
da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento
de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo
destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste
exame por outros peritos.
Código; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no
IV - responder à gravíssima questão de ordem
caso de omissões, obscuridades ou contradições, a
pública. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
autoridade judiciária mandará suprir a formalidade,
complementar ou esclarecer o laudo. (Redação § 3o Da decisão que determinar a realização de
dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) interrogatório por videoconferência, as partes serão
intimadas com 10 (dez) dias de antecedência. (Incluído
Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que
pela Lei nº 11.900, de 2009)
se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar
conveniente. § 4o Antes do interrogatório por videoconferência, o preso
poderá acompanhar, pelo mesmo sistema tecnológico, a
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo
realização de todos os atos da audiência única de instrução
aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
e julgamento de que tratam os arts. 400, 411 e 531 deste
Art. 183. Nos crimes em que não couber ação pública, Código. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
observar-se-á o disposto no art. 19.
§ 5o Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada
a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica
quando não for necessária ao esclarecimento da verdade. também garantido o acesso a canais telefônicos reservados
para comunicação entre o defensor que esteja no presídio e
CAPÍTULO III
o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre
DO INTERROGATÓRIO DO ACUSADO
este e o preso. (Incluído pela Lei nº 11.900, de
Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade 2009)
judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e § 6o A sala reservada no estabelecimento prisional para a
interrogado na presença de seu defensor, constituído ou realização de atos processuais por sistema de
nomeado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de videoconferência será fiscalizada pelos corregedores e pelo
1º.12.2003) juiz de cada causa, como também pelo Ministério Público e

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pela Ordem dos Advogados do Brasil. (Incluído pela se com elas esteve antes da prática da infração ou depois
Lei nº 11.900, de 2009) dela; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 7o Será requisitada a apresentação do réu preso em juízo III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e
nas hipóteses em que o interrogatório não se realizar na se teve notícia desta; (Incluído pela Lei nº 10.792,
forma prevista nos §§ 1o e 2o deste artigo. (Incluído de 1º.12.2003)
pela Lei nº 11.900, de 2009)
IV - as provas já apuradas; (Incluído pela Lei nº
§ 8o Aplica-se o disposto nos §§ 2o, 3o, 4o e 5o deste artigo, 10.792, de 1º.12.2003)
no que couber, à realização de outros atos processuais que
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por
dependam da participação de pessoa que esteja presa,
inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar contra
como acareação, reconhecimento de pessoas e coisas, e
elas; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
inquirição de testemunha ou tomada de declarações do
ofendido. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a
infração, ou qualquer objeto que com esta se relacione e
§ 9o Na hipótese do § 8o deste artigo, fica garantido o
tenha sido apreendido; (Incluído pela Lei nº
acompanhamento do ato processual pelo acusado e seu
10.792, de 1º.12.2003)
defensor. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à
§ 10. Do interrogatório deverá constar a informação sobre a
elucidação dos antecedentes e circunstâncias da
existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma
infração; (Incluído pela Lei nº 10.792, de
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável
1º.12.2003)
pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa
presa (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) VIII - se tem algo mais a alegar em sua
defesa. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado
do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará
juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de das partes se restou algum fato para ser esclarecido,
permanecer calado e de não responder perguntas que lhe formulando as perguntas correspondentes se o entender
forem formuladas. (Redação dada pela Lei nº pertinente e relevante. (Redação dada pela Lei nº
10.792, de 1º.12.2003) 10.792, de 1º.12.2003)
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em Art. 189. Se o interrogando negar a acusação, no todo ou em
confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da parte, poderá prestar esclarecimentos e indicar
defesa. (Incluído pela Lei nº 10.792, de provas. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
1º.12.2003) 1º.12.2003)
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: Art. 190. Se confessar a autoria, será perguntado sobre os
sobre a pessoa do acusado e sobre os motivos e circunstâncias do fato e se outras pessoas
fatos. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de concorreram para a infração, e quais sejam. (Redação
1º.12.2003) dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre Art. 191. Havendo mais de um acusado, serão interrogados
a residência, meios de vida ou profissão, oportunidades separadamente. (Redação dada pela Lei nº
sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa, 10.792, de 1º.12.2003)
notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em
Art. 192. O interrogatório do mudo, do surdo ou do surdo-
caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve
mudo será feito pela forma seguinte: (Redação
suspensão condicional ou condenação, qual a pena imposta,
dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
se a cumpriu e outros dados familiares e
sociais. (Incluído pela Lei nº 10.792, de I - ao surdo serão apresentadas por escrito as perguntas, que
1º.12.2003) ele responderá oralmente; (Redação dada pela
Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 2o Na segunda parte será perguntado
sobre: (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) II - ao mudo as perguntas serão feitas oralmente,
respondendo-as por escrito; (Redação dada pela
I - ser verdadeira a acusação que lhe é
Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
feita; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
III - ao surdo-mudo as perguntas serão formuladas por
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo
escrito e do mesmo modo dará as
particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a
respostas. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e
1º.12.2003)

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Parágrafo único. Caso o interrogando não saiba ler ou § 3o As comunicações ao ofendido deverão ser feitas no
escrever, intervirá no ato, como intérprete e sob endereço por ele indicado, admitindo-se, por opção do
compromisso, pessoa habilitada a entendê- ofendido, o uso de meio eletrônico. (Incluído pela
lo. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de Lei nº 11.690, de 2008)
1º.12.2003)
§ 4o Antes do início da audiência e durante a sua realização,
Art. 193. Quando o interrogando não falar a língua nacional, será reservado espaço separado para o
o interrogatório será feito por meio de ofendido. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
intérprete. (Redação dada pela Lei nº 10.792,
§ 5o Se o juiz entender necessário, poderá encaminhar o
de 1º.12.2003)
ofendido para atendimento multidisciplinar, especialmente
Art. 195. Se o interrogado não souber escrever, não puder nas áreas psicossocial, de assistência jurídica e de saúde, a
ou não quiser assinar, tal fato será consignado no expensas do ofensor ou do Estado. (Incluído pela Lei nº
termo. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 11.690, de 2008)
1º.12.2003)
§ 6o O juiz tomará as providências necessárias à preservação
Art. 196. A todo tempo o juiz poderá proceder a novo da intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido,
interrogatório de ofício ou a pedido fundamentado de podendo, inclusive, determinar o segredo de justiça em
qualquer das partes. (Redação dada pela Lei nº relação aos dados, depoimentos e outras informações
10.792, de 1º.12.2003) constantes dos autos a seu respeito para evitar sua
exposição aos meios de comunicação. (Incluído
CAPÍTULO IV
pela Lei nº 11.690, de 2008)
DA CONFISSÃO
CAPÍTULO VI
Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios
DAS TESTEMUNHAS
adotados para os outros elementos de prova, e para a sua
apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha.
do processo, verificando se entre ela e estas existe
Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a
compatibilidade ou concordância.
promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe for
Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu
mas poderá constituir elemento para a formação do estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua
convencimento do juiz. atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das
partes, ou quais suas relações com qualquer delas, e relatar
Art. 199. A confissão, quando feita fora do interrogatório,
o que souber, explicando sempre as razões de sua ciência ou
será tomada por termo nos autos, observado o disposto
as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua
no art. 195.
credibilidade.
Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo
Art. 204. O depoimento será prestado oralmente, não
do livre convencimento do juiz, fundado no exame das
sendo permitido à testemunha trazê-lo por escrito.
provas em conjunto.
Parágrafo único. Não será vedada à testemunha,
CAPÍTULO V
entretanto, breve consulta a apontamentos.
DO OFENDIDO
Art. 205. Se ocorrer dúvida sobre a identidade da
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) testemunha, o juiz procederá à verificação pelos meios ao
Art. 201. Sempre que possível, o ofendido será qualificado e seu alcance, podendo, entretanto, tomar-lhe o depoimento
perguntado sobre as circunstâncias da infração, quem seja desde logo.
ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação
tomando-se por termo as suas declarações. (Redação dada de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o
pela Lei nº 11.690, de 2008) ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o
§ 1o Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o
motivo justo, o ofendido poderá ser conduzido à presença filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por
da autoridade. (Incluído pela Lei nº 11.690, de outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de
2008) suas circunstâncias.
§ 2o O ofendido será comunicado dos atos processuais Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão
relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar
designação de data para audiência e à sentença e segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada,
respectivos acórdãos que a mantenham ou quiserem dar o seu testemunho.
modifiquem. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)

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Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. Art. 216. O depoimento da testemunha será reduzido a
203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 termo, assinado por ela, pelo juiz e pelas partes. Se a
(quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206. testemunha não souber assinar, ou não puder fazê-lo,
pedirá a alguém que o faça por ela, depois de lido na
Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir
presença de ambos.
outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
Art. 217. Se o juiz verificar que a presença do réu poderá
§ 1o Se ao juiz parecer conveniente, serão ouvidas as
causar humilhação, temor, ou sério constrangimento à
pessoas a que as testemunhas se referirem.
testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a
§ 2o Não será computada como testemunha a pessoa que verdade do depoimento, fará a inquirição por
nada souber que interesse à decisão da causa. videoconferência e, somente na impossibilidade dessa
forma, determinará a retirada do réu, prosseguindo na
Art. 210. As testemunhas serão inquiridas cada uma de per
inquirição, com a presença do seu defensor. (Redação
si, de modo que umas não saibam nem ouçam os
dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
depoimentos das outras, devendo o juiz adverti-las das
penas cominadas ao falso testemunho. (Redação dada Parágrafo único. A adoção de qualquer das medidas
pela Lei nº 11.690, de 2008) previstas no caput deste artigo deverá constar do termo,
assim como os motivos que a determinaram. (Incluído
Parágrafo único. Antes do início da audiência e durante a sua
pela Lei nº 11.690, de 2008)
realização, serão reservados espaços separados para a
garantia da incomunicabilidade das Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha deixar
testemunhas. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) de comparecer sem motivo justificado, o juiz poderá
requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou
Art. 211. Se o juiz, ao pronunciar sentença final, reconhecer
determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá
que alguma testemunha fez afirmação falsa, calou ou negou
solicitar o auxílio da força pública.
a verdade, remeterá cópia do depoimento à autoridade
policial para a instauração de inquérito. Art. 219. O juiz poderá aplicar à testemunha faltosa a multa
prevista no art. 453, sem prejuízo do processo penal por
Parágrafo único. Tendo o depoimento sido prestado em
crime de desobediência, e condená-la ao pagamento das
plenário de julgamento, o juiz, no caso de proferir decisão na
custas da diligência. (Redação dada pela Lei nº 6.416,
audiência (art. 538, § 2o), o tribunal (art. 561), ou o conselho
de 24.5.1977)
de sentença, após a votação dos quesitos, poderão fazer
apresentar imediatamente a testemunha à autoridade Art. 220. As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou
policial. por velhice, de comparecer para depor, serão inquiridas
onde estiverem.
Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes
diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da República, os
que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a senadores e deputados federais, os ministros de Estado, os
causa ou importarem na repetição de outra já governadores de Estados e Territórios, os secretários de
respondida. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, os
deputados às Assembléias Legislativas Estaduais, os
Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz
membros do Poder Judiciário, os ministros e juízes dos
poderá complementar a inquirição. (Incluído pela Lei nº
Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito
11.690, de 2008)
Federal, bem como os do Tribunal Marítimo serão inquiridos
Art. 213. O juiz não permitirá que a testemunha manifeste em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o
suas apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da juiz. (Redação dada pela Lei nº 3.653, de 4.11.1959)
narrativa do fato.
§ 1o O Presidente e o Vice-Presidente da República, os
Art. 214. Antes de iniciado o depoimento, as partes presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados
poderão contraditar a testemunha ou argüir circunstâncias e do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela
ou defeitos, que a tornem suspeita de parcialidade, ou prestação de depoimento por escrito, caso em que as
indigna de fé. O juiz fará consignar a contradita ou argüição perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz,
e a resposta da testemunha, mas só excluirá a testemunha Ihes serão transmitidas por ofício. (Redação dada pela
ou não Ihe deferirá compromisso nos casos previstos Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
nos arts. 207 e 208.
§ 2o Os militares deverão ser requisitados à autoridade
Art. 215. Na redação do depoimento, o juiz deverá cingir-se, superior. (Redação dada pela Lei nº 6.416, de
tanto quanto possível, às expressões usadas pelas 24.5.1977)
testemunhas, reproduzindo fielmente as suas frases.
§ 3o Aos funcionários públicos aplicar-se-á o disposto no art.
218, devendo, porém, a expedição do mandado ser

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imediatamente comunicada ao chefe da repartição em que III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para
servirem, com indicação do dia e da hora o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra
marcados. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve
ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta
Art. 222. A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz
não veja aquela;
será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência,
expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto
razoável, intimadas as partes. pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa
chamada para proceder ao reconhecimento e por duas
§ 1o A expedição da precatória não suspenderá a instrução
testemunhas presenciais.
criminal.
Parágrafo único. O disposto no no III deste artigo não terá
§ 2o Findo o prazo marcado, poderá realizar-se o
aplicação na fase da instrução criminal ou em plenário de
julgamento, mas, a todo tempo, a precatória, uma vez
julgamento.
devolvida, será junta aos autos.
Art. 227. No reconhecimento de objeto, proceder-se-á com
§ 3o Na hipótese prevista no caput deste artigo, a oitiva de
as cautelas estabelecidas no artigo anterior, no que for
testemunha poderá ser realizada por meio de
aplicável.
videoconferência ou outro recurso tecnológico de
transmissão de sons e imagens em tempo real, permitida a Art. 228. Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o
presença do defensor e podendo ser realizada, inclusive, reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada uma fará a
durante a realização da audiência de instrução e prova em separado, evitando-se qualquer comunicação
julgamento. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) entre elas.
Art. 222-A. As cartas rogatórias só serão expedidas se CAPÍTULO VIII
demonstrada previamente a sua imprescindibilidade, DA ACAREAÇÃO
arcando a parte requerente com os custos de
envio. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre
acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado
Parágrafo único. Aplica-se às cartas rogatórias o disposto ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas
nos §§ 1o e 2o do art. 222 deste Código. (Incluído pela ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações,
Lei nº 11.900, de 2009) sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
Art. 223. Quando a testemunha não conhecer a língua Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para
nacional, será nomeado intérprete para traduzir as que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a
perguntas e respostas. termo o ato de acareação.
Parágrafo único. Tratando-se de mudo, surdo ou surdo- Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações
mudo, proceder-se-á na conformidade do art. 192. divirjam das de outra, que esteja presente, a esta se darão a
Art. 224. As testemunhas comunicarão ao juiz, dentro de conhecer os pontos da divergência, consignando-se no auto
um ano, qualquer mudança de residência, sujeitando-se, o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância,
pela simples omissão, às penas do não-comparecimento. expedir-se-á precatória à autoridade do lugar onde resida a
testemunha ausente, transcrevendo-se as declarações
Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, desta e as da testemunha presente, nos pontos em que
ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que
tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá, de se complete a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente,
ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe pela mesma forma estabelecida para a testemunha
antecipadamente o depoimento. presente. Esta diligência só se realizará quando não importe
CAPÍTULO VII demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda
DO RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS conveniente.
CAPÍTULO IX
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o
reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte DOS DOCUMENTOS
forma: Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão
I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será apresentar documentos em qualquer fase do processo.
convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida; Art. 232. Consideram-se documentos quaisquer escritos,
Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será instrumentos ou papéis, públicos ou particulares.
colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem Parágrafo único. À fotografia do documento, devidamente
qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o autenticada, se dará o mesmo valor do original.
reconhecimento a apontá-la;
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Art. 233. As cartas particulares, interceptadas ou obtidas g) apreender pessoas vítimas de crimes;
por meios criminosos, não serão admitidas em juízo.
h) colher qualquer elemento de convicção.
Parágrafo único. As cartas poderão ser exibidas em juízo
§ 2o Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada
pelo respectivo destinatário, para a defesa de seu direito,
suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou
ainda que não haja consentimento do signatário.
objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo
Art. 234. Se o juiz tiver notícia da existência de documento anterior.
relativo a ponto relevante da acusação ou da defesa,
Art. 241. Quando a própria autoridade policial ou judiciária
providenciará, independentemente de requerimento de
não a realizar pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser
qualquer das partes, para sua juntada aos autos, se possível.
precedida da expedição de mandado.
Art. 235. A letra e firma dos documentos particulares serão
Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a
submetidas a exame pericial, quando contestada a sua
requerimento de qualquer das partes.
autenticidade.
Art. 243. O mandado de busca deverá:
Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem
prejuízo de sua juntada imediata, serão, se necessário, I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será
traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa realizada a diligência e o nome do respectivo proprietário ou
idônea nomeada pela autoridade. morador; ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoa
que terá de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem;
Art. 237. As públicas-formas só terão valor quando
conferidas com o original, em presença da autoridade. II - mencionar o motivo e os fins da diligência;
Art. 238. Os documentos originais, juntos a processo findo, III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade
quando não exista motivo relevante que justifique a sua que o fizer expedir.
conservação nos autos, poderão, mediante requerimento, e
§ 1o Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto
ouvido o Ministério Público, ser entregues à parte que os
do mandado de busca.
produziu, ficando traslado nos autos.
§ 2o Não será permitida a apreensão de documento em
CAPÍTULO X
poder do defensor do acusado, salvo quando constituir
DOS INDÍCIOS elemento do corpo de delito.
Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e Art. 244. A busca pessoal independerá de mandado, no
provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a
indução, concluir-se a existência de outra ou outras pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou
circunstâncias. papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida
CAPÍTULO XI for determinada no curso de busca domiciliar.
DA BUSCA E DA APREENSÃO Art. 245. As buscas domiciliares serão executadas de dia,
Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal. salvo se o morador consentir que se realizem à noite, e,
antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e
§ 1o Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente,
razões a autorizarem, para: intimando-o, em seguida, a abrir a porta.
a) prender criminosos; § 1o Se a própria autoridade der a busca, declarará
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios previamente sua qualidade e o objeto da diligência.
criminosos; § 2o Em caso de desobediência, será arrombada a porta e
c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação forçada a entrada.
e objetos falsificados ou contrafeitos; § 3o Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de
d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na força contra coisas existentes no interior da casa, para o
prática de crime ou destinados a fim delituoso; descobrimento do que se procura.

e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à § 4o Observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 3o, quando
defesa do réu; ausentes os moradores, devendo, neste caso, ser intimado a
assistir à diligência qualquer vizinho, se houver e estiver
f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado presente.
ou em seu poder, quando haja suspeita de que o
conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação § 5o Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai procurar,
do fato; o morador será intimado a mostrá-la.

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§ 6o Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo
imediatamente apreendida e posta sob custódia da em que:
autoridade ou de seus agentes.
I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo
§ 7o Finda a diligência, os executores lavrarão auto ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau,
circunstanciado, assinando-o com duas testemunhas inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério
presenciais, sem prejuízo do disposto no § 4o. Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
Art. 246. Aplicar-se-á também o disposto no artigo II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas
anterior, quando se tiver de proceder a busca em funções ou servido como testemunha;
compartimento habitado ou em aposento ocupado de
III - tiver funcionado como juiz de outra instância,
habitação coletiva ou em compartimento não aberto ao
pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;
público, onde alguém exercer profissão ou atividade.
IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou
Art. 247. Não sendo encontrada a pessoa ou coisa
afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive,
procurada, os motivos da diligência serão comunicados a
for parte ou diretamente interessado no feito.
quem tiver sofrido a busca, se o requerer.
Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo
Art. 248. Em casa habitada, a busca será feita de modo que
processo os juízes que forem entre si parentes,
não moleste os moradores mais do que o indispensável para
consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o
o êxito da diligência.
terceiro grau, inclusive.
Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer,
não importar retardamento ou prejuízo da diligência.
poderá ser recusado por qualquer das partes:
Art. 250. A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
território de jurisdição alheia, ainda que de outro Estado,
quando, para o fim de apreensão, forem no seguimento de II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver
pessoa ou coisa, devendo apresentar-se à competente respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo
autoridade local, antes da diligência ou após, conforme a caráter criminoso haja controvérsia;
urgência desta.
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim,
§ 1o Entender-se-á que a autoridade ou seus agentes vão em até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou
seguimento da pessoa ou coisa, quando: responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer
das partes;
a) tendo conhecimento direto de sua remoção ou
transporte, a seguirem sem interrupção, embora depois a IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
percam de vista;
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer
b) ainda que não a tenham avistado, mas sabendo, por das partes;
informações fidedignas ou circunstâncias indiciárias, que
Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade
está sendo removida ou transportada em determinada
interessada no processo.
direção, forem ao seu encalço.
Art. 255. O impedimento ou suspeição decorrente de
§ 2o Se as autoridades locais tiverem fundadas razões para
parentesco por afinidade cessará pela dissolução do
duvidar da legitimidade das pessoas que, nas referidas
casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo
diligências, entrarem pelos seus distritos, ou da legalidade
descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem
dos mandados que apresentarem, poderão exigir as provas
descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o
dessa legitimidade, mas de modo que não se frustre a
padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte
diligência.
no processo.
TÍTULO VIII
Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem
DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO ACUSADO E reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito
DEFENSOR, der motivo para criá-la.
DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTIÇA
CAPÍTULO I CAPÍTULO II
DO JUIZ DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 251. Ao juiz incumbirá prover à regularidade do Art. 257. Ao Ministério Público cabe: (Redação dada
processo e manter a ordem no curso dos respectivos atos, pela Lei nº 11.719, de 2008).
podendo, para tal fim, requisitar a força pública.

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I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma mínimos, sem prejuízo das demais sanções
estabelecida neste Código; e (Incluído pela Lei nº cabíveis. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
11.719, de 2008).
§ 1o A audiência poderá ser adiada se, por motivo
II - fiscalizar a execução da lei. (Incluído pela Lei nº justificado, o defensor não puder comparecer. (Incluído
11.719, de 2008). pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não funcionarão § 2o Incumbe ao defensor provar o impedimento até a
nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu abertura da audiência. Não o fazendo, o juiz não
cônjuge, ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou determinará o adiamento de ato algum do processo,
colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, devendo nomear defensor substituto, ainda que
no que Ihes for aplicável, as prescrições relativas à suspeição provisoriamente ou só para o efeito do ato. (Incluído
e aos impedimentos dos juízes. pela Lei nº 11.719, de 2008).
CAPÍTULO III Art. 266. A constituição de defensor independerá de
DO ACUSADO E SEU DEFENSOR instrumento de mandato, se o acusado o indicar por ocasião
do interrogatório.
Art. 259. A impossibilidade de identificação do acusado
com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não Art. 267. Nos termos do art. 252, não funcionarão como
retardará a ação penal, quando certa a identidade física. A defensores os parentes do juiz.
qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da CAPÍTULO IV
execução da sentença, se for descoberta a sua qualificação,
DOS ASSISTENTES
far-se-á a retificação, por termo, nos autos, sem prejuízo da
validade dos atos precedentes. Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá
intervir, como assistente do Ministério Público, o ofendido
Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o
ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das
interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que,
pessoas mencionadas no Art. 31.
sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá
mandar conduzi-lo à sua presença. (Vide ADPF 395)(Vide Art. 269. O assistente será admitido enquanto não passar
ADPF 444) em julgado a sentença e receberá a causa no estado em que
se achar.
Parágrafo único. O mandado conterá, além da ordem de
condução, os requisitos mencionados no art. 352, no que Ihe Art. 270. O co-réu no mesmo processo não poderá intervir
for aplicável. como assistente do Ministério Público.
Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, Art. 271. Ao assistente será permitido propor meios de
será processado ou julgado sem defensor. prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e
os articulados, participar do debate oral e arrazoar os
Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por
recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele
defensor público ou dativo, será sempre exercida através de
próprio, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598.
manifestação fundamentada. (Incluído pela Lei nº
10.792, de 1º.12.2003) § 1o O juiz, ouvido o Ministério Público, decidirá acerca da
realização das provas propostas pelo assistente.
Art. 262. Ao acusado menor dar-se-á curador.
§ 2o O processo prosseguirá independentemente de nova
Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado
intimação do assistente, quando este, intimado, deixar de
defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo,
comparecer a qualquer dos atos da instrução ou do
nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se,
julgamento, sem motivo de força maior devidamente
caso tenha habilitação.
comprovado.
Parágrafo único. O acusado, que não for pobre, será
Art. 272. O Ministério Público será ouvido previamente
obrigado a pagar os honorários do defensor dativo,
sobre a admissão do assistente.
arbitrados pelo juiz.
Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não
Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados e
caberá recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o
solicitadores serão obrigados, sob pena de multa de cem a
pedido e a decisão.
quinhentos mil-réis, a prestar seu patrocínio aos acusados,
quando nomeados pelo Juiz. CAPÍTULO V
DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA
Art. 265. O defensor não poderá abandonar o processo
senão por motivo imperioso, comunicado previamente o Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos juízes
juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salários estendem-se aos serventuários e funcionários da justiça, no
que Ihes for aplicável.

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CAPÍTULO VI § 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a


DOS PERITOS E INTÉRPRETES requerimento das partes ou, quando no curso da
investigação criminal, por representação da autoridade
Art. 275. O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à policial ou mediante requerimento do Ministério Público.
disciplina judiciária. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 276. As partes não intervirão na nomeação do perito. § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de
Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida
aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para
mil-réis, salvo escusa atendível. se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada de
cópia do requerimento e das peças necessárias,
Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, permanecendo os autos em juízo, e os casos de urgência ou
sem justa causa, provada imediatamente: de perigo deverão ser justificados e fundamentados em
a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da decisão que contenha elementos do caso concreto que
autoridade; justifiquem essa medida excepcional. (Redação dada pela
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
b) não comparecer no dia e local designados para o exame;
§ 4º No caso de descumprimento de qualquer das
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja obrigações impostas, o juiz, mediante requerimento do
feita, nos prazos estabelecidos. Ministério Público, de seu assistente ou do querelante,
Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito, sem poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou,
justa causa, a autoridade poderá determinar a sua em último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do
condução. parágrafo único do art. 312 deste Código. (Redação dada
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
Art. 279. Não poderão ser peritos:
§ 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar
I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de
mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Código Penal; motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se
II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação dada pela
opinado anteriormente sobre o objeto da perícia; Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
III - os analfabetos e os menores de 21 anos. § 6º A prisão preventiva somente será determinada quando
não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar,
Art. 280. É extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicável,
observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da
o disposto sobre suspeição dos juízes.
substituição por outra medida cautelar deverá ser
Art. 281. Os intérpretes são, para todos os efeitos, justificado de forma fundamentada nos elementos
equiparados aos peritos. presentes do caso concreto, de forma individualizada.
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
TÍTULO IX
DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante
LIBERDADE PROVISÓRIA delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade
(Redação Dada Pela Lei Nº 12.403, de 2011). judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou
CAPÍTULO I em virtude de condenação criminal transitada em julgado.
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 1o As medidas cautelares previstas neste Título não se
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título
aplicam à infração a que não for isolada, cumulativa ou
deverão ser aplicadas observando-se a: (Redação dada
alternativamente cominada pena privativa de
pela Lei nº 12.403, de 2011).
liberdade. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a
§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a
investigação ou a instrução criminal e, nos casos
qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à
expressamente previstos, para evitar a prática de infrações
inviolabilidade do domicílio. (Incluído pela Lei nº
penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
12.403, de 2011).
II - adequação da medida à gravidade do crime,
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a
circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou
indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga
acusado. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
do preso.
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o
cumulativamente. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
respectivo mandado.
2011).
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Parágrafo único. O mandado de prisão: § 1o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão
determinada no mandado de prisão registrado no Conselho
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
Nacional de Justiça, ainda que fora da competência
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, territorial do juiz que o expediu. (Incluído pela Lei nº
alcunha ou sinais característicos; 12.403, de 2011).
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão; § 2o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão
decretada, ainda que sem registro no Conselho Nacional de
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a
Justiça, adotando as precauções necessárias para averiguar
infração;
a autenticidade do mandado e comunicando ao juiz que a
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe decretou, devendo este providenciar, em seguida, o registro
execução. do mandado na forma do caput deste artigo. (Incluído
pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 286. O mandado será passado em duplicata, e o
executor entregará ao preso, logo depois da prisão, um dos § 3o A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do
exemplares com declaração do dia, hora e lugar da local de cumprimento da medida o qual providenciará a
diligência. Da entrega deverá o preso passar recibo no outro certidão extraída do registro do Conselho Nacional de
exemplar; se recusar, não souber ou não puder escrever, o Justiça e informará ao juízo que a decretou. (Incluído
fato será mencionado em declaração, assinada por duas pela Lei nº 12.403, de 2011).
testemunhas.
§ 4o O preso será informado de seus direitos, nos termos
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do do inciso LXIII do art. 5o da Constituição Federal e, caso o
mandado não obstará a prisão, e o preso, em tal caso, será autuado não informe o nome de seu advogado, será
imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o comunicado à Defensoria Pública. (Incluído pela Lei nº
mandado, para a realização de audiência de custódia. 12.403, de 2011).
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 5o Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a
Art. 288. Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja legitimidade da pessoa do executor ou sobre a identidade
exibido o mandado ao respectivo diretor ou carcereiro, a do preso, aplica-se o disposto no § 2o do art. 290 deste
quem será entregue cópia assinada pelo executor ou Código. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
apresentada a guia expedida pela autoridade competente,
§ 6o O Conselho Nacional de Justiça regulamentará o
devendo ser passado recibo da entrega do preso, com
registro do mandado de prisão a que se refere o caput deste
declaração de dia e hora.
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. O recibo poderá ser passado no próprio
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de
exemplar do mandado, se este for o documento exibido.
outro município ou comarca, o executor poderá efetuar-lhe
Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional, a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o
fora da jurisdição do juiz processante, será deprecada a sua imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado,
prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do se for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a
mandado. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). remoção do preso.
§ 1o Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por § 1o - Entender-se-á que o executor vai em perseguição do
qualquer meio de comunicação, do qual deverá constar o réu, quando:
motivo da prisão, bem como o valor da fiança se
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção,
arbitrada. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
embora depois o tenha perdido de vista;
§ 2o A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o
precauções necessárias para averiguar a autenticidade da
réu tenha passado, há pouco tempo, em tal ou qual direção,
comunicação. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.
§ 3o O juiz processante deverá providenciar a remoção do
§ 2o Quando as autoridades locais tiverem fundadas razões
preso no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da
para duvidar da legitimidade da pessoa do executor ou da
efetivação da medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
legalidade do mandado que apresentar, poderão pôr em
2011).
custódia o réu, até que fique esclarecida a dúvida.
Art. 289-A. O juiz competente providenciará o imediato
Art. 291. A prisão em virtude de mandado entender-se-á
registro do mandado de prisão em banco de dados mantido
feita desde que o executor, fazendo-se conhecer do réu, Ihe
pelo Conselho Nacional de Justiça para essa
apresente o mandado e o intime a acompanhá-lo.
finalidade. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros,
resistência à prisão em flagrante ou à determinada por
299
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autoridade competente, o executor e as pessoas que o XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e
auxiliarem poderão usar dos meios necessários para Territórios, ativos e inativos. (Redação dada pela Lei nº
defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se 5.126, de 20.9.1966)
lavrará auto subscrito também por duas testemunhas.
§ 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras
Parágrafo único. É vedado o uso de algemas em mulheres leis, consiste exclusivamente no recolhimento em local
grávidas durante os atos médico-hospitalares preparatórios distinto da prisão comum. (Incluído pela Lei nº 10.258,
para a realização do parto e durante o trabalho de parto, de 11.7.2001)
bem como em mulheres durante o período de puerpério
§ 2o Não havendo estabelecimento específico para o preso
imediato. (Redação dada pela Lei nº 13.434, de 2017)
especial, este será recolhido em cela distinta do mesmo
Art. 293. Se o executor do mandado verificar, com estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 10.258, de
segurança, que o réu entrou ou se encontra em alguma casa, 11.7.2001)
o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de
§ 3o A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo,
prisão. Se não for obedecido imediatamente, o executor
atendidos os requisitos de salubridade do ambiente, pela
convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à força na
concorrência dos fatores de aeração, insolação e
casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o
condicionamento térmico adequados à existência
executor, depois da intimação ao morador, se não for
humana. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)
atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa
incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas § 4o O preso especial não será transportado juntamente com
e efetuará a prisão. o preso comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de
11.7.2001)
Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar o réu
oculto em sua casa será levado à presença da autoridade, § 5o Os demais direitos e deveres do preso especial serão os
para que se proceda contra ele como for de direito. mesmos do preso comum. (Incluído pela Lei nº 10.258,
de 11.7.2001)
Art. 294. No caso de prisão em flagrante, observar-se-á o
disposto no artigo anterior, no que for aplicável. Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde for possível,
serão recolhidos à prisão, em estabelecimentos militares, de
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à
acordo com os respectivos regulamentos.
disposição da autoridade competente, quando sujeitos a
prisão antes de condenação definitiva: Art. 297. Para o cumprimento de mandado expedido pela
autoridade judiciária, a autoridade policial poderá expedir
I - os ministros de Estado;
tantos outros quantos necessários às diligências, devendo
II - os governadores ou interventores de Estados ou neles ser fielmente reproduzido o teor do mandado original.
Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos
Art. 298. (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os
chefes de Polícia; (Redação dada pela Lei nº 3.181, de Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à vista de
11.6.1957) mandado judicial, por qualquer meio de comunicação,
tomadas pela autoridade, a quem se fizer a requisição, as
III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de
precauções necessárias para averiguar a autenticidade
Economia Nacional e das Assembléias Legislativas dos
desta. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Estados;
Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão
IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";
separadas das que já estiverem definitivamente
V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos condenadas, nos termos da lei de execução
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; (Redação penal. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
dada pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)
Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a
VI - os magistrados; lavratura dos procedimentos legais, será recolhido a quartel
da instituição a que pertencer, onde ficará preso à
VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores
disposição das autoridades competentes. (Incluído pela
da República;
Lei nº 12.403, de 2011).
VIII - os ministros de confissão religiosa;
CAPÍTULO II
IX - os ministros do Tribunal de Contas; DA PRISÃO EM FLAGRANTE
X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais
função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo e seus agentes deverão prender quem quer que seja
de incapacidade para o exercício daquela função; encontrado em flagrante delito.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
300
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I - está cometendo a infração penal; de seu advogado, cópia integral para a Defensoria
Pública. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - acaba de cometê-la;
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido
recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o
ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser
motivo da prisão, o nome do condutor e os das
autor da infração;
testemunhas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, 2011).
objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da
Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da
infração.
autoridade, ou contra esta, no exercício de suas funções,
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as
em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. declarações que fizer o preso e os depoimentos das
testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente,
preso e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao
ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura,
juiz a quem couber tomar conhecimento do fato delituoso,
entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do
se não o for a autoridade que houver presidido o auto.
preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que
o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver
imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas efetuado a prisão, o preso será logo apresentado à do lugar
respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o mais próximo.
auto. (Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005)
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em
§ 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o liberdade, depois de lavrado o auto de prisão em flagrante.
conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à prisão,
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no
exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e
prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a
prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso
realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de
for competente; se não o for, enviará os autos à autoridade
custódia com a presença do acusado, seu advogado
que o seja.
constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro
§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá,
de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, fundamentadamente: (Redação dada pela Lei nº 13.964,
deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam de 2019) (Vigência)
testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
I - relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 12.403,
§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou de 2011).
não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando
assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua
presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código,
leitura na presença deste. (Redação dada pela Lei nº
e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas
11.113, de 2005)
cautelares diversas da prisão; ou (Incluído pela Lei nº
§ 4o Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá 12.403, de 2011).
constar a informação sobre a existência de filhos,
III - conceder liberdade provisória, com ou sem
respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o
fiança. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados
dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído pela § 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que
Lei nº 13.257, de 2016) o agente praticou o fato em qualquer das condições
constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
pessoa designada pela autoridade lavrará o auto, depois de
Penal), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado
prestado o compromisso legal.
liberdade provisória, mediante termo de comparecimento
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz revogação. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº
competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à 13.964, de 2019) (Vigência)
pessoa por ele indicada. (Redação dada pela Lei nº
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que
12.403, de 2011).
integra organização criminosa armada ou milícia, ou que
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a
prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares.
prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

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§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à protetivas de urgência; (Redação dada pela Lei nº
não realização da audiência de custódia no prazo 12.403, de 2011).
estabelecido no caput deste artigo responderá
IV - (revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
administrativa, civil e penalmente pela omissão. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) § 1º Também será admitida a prisão preventiva quando
houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso
esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la,
do prazo estabelecido no caput deste artigo, a não
devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade
realização de audiência de custódia sem motivação idônea
após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a
ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela
manutenção da medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de
2011). (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
imediata decretação de prisão preventiva. (Incluído pela
2019) (Vigência)
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva
com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena
CAPÍTULO III
ou como decorrência imediata de investigação criminal ou
DA PRISÃO PREVENTIVA da apresentação ou recebimento de denúncia. (Incluído
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será
juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos
do assistente, ou por representação da autoridade policial. autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por Penal. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada.
crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
estado de liberdade do imputado. (Redação dada pela Lei
nº 13.964, de 2019) (Vigência) § 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de
qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente
§ 1º A prisão preventiva também poderá ser decretada em a existência de fatos novos ou contemporâneos que
caso de descumprimento de qualquer das obrigações justifiquem a aplicação da medida adotada. (Incluído pela
impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
4o). (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). (Redação
dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) § 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão
judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
§ 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
motivada e fundamentada em receio de perigo e existência
concreta de fatos novos ou contemporâneos que I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato
justifiquem a aplicação da medida adotada. (Incluído pela normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) questão decidida; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida
a decretação da prisão preventiva: (Redação dada pela II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem
Lei nº 12.403, de 2011). explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de
liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; (Redação III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). outra decisão; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em
sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no
no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada
de dezembro de 1940 - Código Penal; (Redação dada pelo julgador; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
pela Lei nº 12.403, de 2011). (Vigência)

III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula,
a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa sem identificar seus fundamentos determinantes nem
com deficiência, para garantir a execução das medidas demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles

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fundamentos; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde
(Vigência) que: (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a a pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
existência de distinção no caso em julgamento ou a
II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou
superação do entendimento. (Incluído pela Lei nº 13.964,
dependente. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
de 2019) (Vigência)
Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-
Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes,
A poderá ser efetuada sem prejuízo da aplicação
revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação ou
concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319
do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista,
deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões
que a justifiquem. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de CAPÍTULO V
2019) (Vigência) DAS OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES
Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua
manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão Art. 319. São medidas cautelares diversas da
fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal. prisão: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas
CAPÍTULO IV condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar
atividades; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
DA APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA DO ACUSADO
CAPÍTULO IV II - proibição de acesso ou frequência a determinados
DA PRISÃO DOMICILIAR lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato,
(Redação Dada Pela Lei Nº 12.403, de 2011). deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses
locais para evitar o risco de novas infrações; (Redação
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela
ausentar-se com autorização judicial. (Redação III - proibição de manter contato com pessoa determinada
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o
indiciado ou acusado dela permanecer
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela distante; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
domiciliar quando o agente for: (Redação dada pela Lei
nº 12.403, de 2011). IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a
permanência seja conveniente ou necessária para a
I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº investigação ou instrução; (Incluído pela Lei nº 12.403,
12.403, de 2011). de 2011).
II - extremamente debilitado por motivo de doença V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de
grave; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). folga quando o investigado ou acusado tenha residência e
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor trabalho fixos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; (Incluído VI - suspensão do exercício de função pública ou de
pela Lei nº 12.403, de 2011). atividade de natureza econômica ou financeira quando
IV - gestante; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de houver justo receio de sua utilização para a prática de
2016) infrações penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de
incompletos; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando
os peritos concluírem ser inimputável ou semi-
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de
filho de até 12 (doze) anos de idade reiteração; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
incompletos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do
idônea dos requisitos estabelecidos neste seu andamento ou em caso de resistência injustificada à
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). ordem judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante IX - monitoração eletrônica. (Incluído pela Lei nº
ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com 12.403, de 2011).

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§ 1o (Revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). deste Código; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011).
§ 2o (Revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - em caso de prisão civil ou militar; (Redação dada
§ 3o (Revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 4o A fiança será aplicada de acordo com as disposições do
III - (revogado); (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
Capítulo VI deste Título, podendo ser cumulada com outras
medidas cautelares. (Incluído pela Lei nº 12.403, de IV - quando presentes os motivos que autorizam a
2011). decretação da prisão preventiva (art. 312). (Redação
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será
comunicada pelo juiz às autoridades encarregadas de Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a
fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-se o conceder nos seguintes limites: (Redação dada pela Lei
indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo nº 12.403, de 2011).
de 24 (vinte e quatro) horas. (Redação dada pela Lei
a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
nº 12.403, de 2011).
2011).
CAPÍTULO VI
b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
DA LIBERDADE PROVISÓRIA, COM OU SEM FIANÇA
2011).
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação c) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade 2011).
provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares
previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar
constantes do art. 282 deste Código. (Redação dada pela Lei de infração cuja pena privativa de liberdade, no grau
nº 12.403, de 2011). máximo, não for superior a 4 (quatro) anos; (Incluído
pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - (revogado) (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o
II - (revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). máximo da pena privativa de liberdade cominada for
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder superior a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 12.403,
fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade de 2011).
máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. (Redação § 1o Se assim recomendar a situação econômica do preso, a
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). fiança poderá ser: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida 2011).
ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) I - dispensada, na forma do art. 350 deste
horas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). Código; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 323. Não será concedida fiança: (Redação dada II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços);
pela Lei nº 12.403, de 2011). ou (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - nos crimes de racismo; (Redação dada pela Lei nº III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes. (Incluído pela Lei
12.403, de 2011). nº 12.403, de 2011).
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e § 2o (Revogado): (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes
hediondos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). I - (revogado); (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).

III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou II - (revogado); (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
militares, contra a ordem constitucional e o Estado III - (revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
Democrático; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011). Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade
terá em consideração a natureza da infração, as condições
IV - (revogado); (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as
V - (revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem como
a importância provável das custas do processo, até final
Art. 324. Não será, igualmente, concedida julgamento.
fiança: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a
I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança comparecer perante a autoridade, todas as vezes que for
anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, intimado para atos do inquérito e da instrução criminal e
qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328
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para o julgamento. Quando o réu não comparecer, a fiança Art. 335. Recusando ou retardando a autoridade policial a
será havida como quebrada. concessão da fiança, o preso, ou alguém por ele, poderá
prestá-la, mediante simples petição, perante o juiz
Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de
competente, que decidirá em 48 (quarenta e oito)
quebramento da fiança, mudar de residência, sem prévia
horas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por
mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem comunicar Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão
àquela autoridade o lugar onde será encontrado. ao pagamento das custas, da indenização do dano, da
prestação pecuniária e da multa, se o réu for
Art. 329. Nos juízos criminais e delegacias de polícia, haverá
condenado. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
um livro especial, com termos de abertura e de
2011).
encerramento, numerado e rubricado em todas as suas
folhas pela autoridade, destinado especialmente aos termos Parágrafo único. Este dispositivo terá aplicação ainda no
de fiança. O termo será lavrado pelo escrivão e assinado pela caso da prescrição depois da sentença condenatória (art. 110
autoridade e por quem prestar a fiança, e dele extrair-se-á do Código Penal). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
certidão para juntar-se aos autos. 2011).
Parágrafo único. O réu e quem prestar a fiança serão pelo Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em
escrivão notificados das obrigações e da sanção previstas julgado sentença que houver absolvido o acusado ou
nos arts. 327 e 328, o que constará dos autos. declarada extinta a ação penal, o valor que a constituir,
atualizado, será restituído sem desconto, salvo o disposto
Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em
no parágrafo único do art. 336 deste Código. (Redação
depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos,
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
títulos da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou
em hipoteca inscrita em primeiro lugar. Art. 338. A fiança que se reconheça não ser cabível na
espécie será cassada em qualquer fase do processo.
§ 1o A avaliação de imóvel, ou de pedras, objetos ou metais
preciosos será feita imediatamente por perito nomeado Art. 339. Será também cassada a fiança quando
pela autoridade. reconhecida a existência de delito inafiançável, no caso de
inovação na classificação do delito.
§ 2o Quando a fiança consistir em caução de títulos da dívida
pública, o valor será determinado pela sua cotação em Art. 340. Será exigido o reforço da fiança:
Bolsa, e, sendo nominativos, exigir-se-á prova de que se
I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança
acham livres de ônus.
insuficiente;
Art. 331. O valor em que consistir a fiança será recolhido à
II - quando houver depreciação material ou perecimento dos
repartição arrecadadora federal ou estadual, ou entregue ao
bens hipotecados ou caucionados, ou depreciação dos
depositário público, juntando-se aos autos os respectivos
metais ou pedras preciosas;
conhecimentos.
III - quando for inovada a classificação do delito.
Parágrafo único. Nos lugares em que o depósito não se
puder fazer de pronto, o valor será entregue ao escrivão ou Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito e o réu será
pessoa abonada, a critério da autoridade, e dentro de três recolhido à prisão, quando, na conformidade deste artigo,
dias dar-se-á ao valor o destino que Ihe assina este artigo, o não for reforçada.
que tudo constará do termo de fiança.
Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o
Art. 332. Em caso de prisão em flagrante, será competente acusado: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
para conceder a fiança a autoridade que presidir ao
I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de
respectivo auto, e, em caso de prisão por mandado, o juiz
comparecer, sem motivo justo; (Incluído pela Lei nº
que o houver expedido, ou a autoridade judiciária ou policial
12.403, de 2011).
a quem tiver sido requisitada a prisão.
II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao
Art. 333. Depois de prestada a fiança, que será concedida
andamento do processo; (Incluído pela Lei nº 12.403,
independentemente de audiência do Ministério Público,
de 2011).
este terá vista do processo a fim de requerer o que julgar
conveniente. III - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente
com a fiança; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 334. A fiança poderá ser prestada enquanto não
transitar em julgado a sentença IV - resistir injustificadamente a ordem
condenatória. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
2011).
V - praticar nova infração penal dolosa. (Incluído pela
Lei nº 12.403, de 2011).
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Art. 342. Se vier a ser reformado o julgamento em que se III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais
declarou quebrada a fiança, esta subsistirá em todos os seus característicos;
efeitos
IV - a residência do réu, se for conhecida;
Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará
V - o fim para que é feita a citação;
na perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir
sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá
caso, a decretação da prisão preventiva. (Redação dada comparecer;
pela Lei nº 12.403, de 2011).
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz.
Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da
Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da
fiança, se, condenado, o acusado não se apresentar para o
jurisdição do juiz processante, será citado mediante
início do cumprimento da pena definitivamente
precatória.
imposta. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 354. A precatória indicará:
Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas
as custas e mais encargos a que o acusado estiver obrigado, I - o juiz deprecado e o juiz deprecante;
será recolhido ao fundo penitenciário, na forma da
II - a sede da jurisdição de um e de outro;
lei. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Ill - o fim para que é feita a citação, com todas as
Art. 346. No caso de quebramento de fiança, feitas as
especificações;
deduções previstas no art. 345 deste Código, o valor
restante será recolhido ao fundo penitenciário, na forma da IV - o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá
lei. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). comparecer.
Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do art. 345, o saldo será Art. 355. A precatória será devolvida ao juiz deprecante,
entregue a quem houver prestado a fiança, depois de independentemente de traslado, depois de lançado o
deduzidos os encargos a que o réu estiver obrigado. "cumpra-se" e de feita a citação por mandado do juiz
deprecado.
Art. 348. Nos casos em que a fiança tiver sido prestada por
meio de hipoteca, a execução será promovida no juízo cível § 1o Verificado que o réu se encontra em território sujeito à
pelo órgão do Ministério Público. jurisdição de outro juiz, a este remeterá o juiz deprecado os
autos para efetivação da diligência, desde que haja tempo
Art. 349. Se a fiança consistir em pedras, objetos ou metais
para fazer-se a citação.
preciosos, o juiz determinará a venda por leiloeiro ou
corretor. § 2o Certificado pelo oficial de justiça que o réu se oculta
para não ser citado, a precatória será imediatamente
Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando
devolvida, para o fim previsto no art. 362.
a situação econômica do preso, poderá conceder-lhe
liberdade provisória, sujeitando-o às obrigações constantes Art. 356. Se houver urgência, a precatória, que conterá em
dos arts. 327 e 328 deste Código e a outras medidas resumo os requisitos enumerados no art. 354, poderá ser
cautelares, se for o caso. (Redação dada pela Lei nº expedida por via telegráfica, depois de reconhecida a firma
12.403, de 2011). do juiz, o que a estação expedidora mencionará.
Parágrafo único. Se o beneficiado descumprir, sem motivo Art. 357. São requisitos da citação por mandado:
justo, qualquer das obrigações ou medidas impostas,
I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da
aplicar-se-á o disposto no § 4o do art. 282 deste
contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da citação;
Código. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé,
TÍTULO X
e sua aceitação ou recusa.
DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES
CAPÍTULO I Art. 358. A citação do militar far-se-á por intermédio do
DAS CITAÇÕES chefe do respectivo serviço.

Art. 351. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o Art. 359. O dia designado para funcionário público
réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a comparecer em juízo, como acusado, será notificado assim
houver ordenado. a ele como ao chefe de sua repartição.

Art. 352. O mandado de citação indicará: Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente
citado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
I - o nome do juiz; 1º.12.2003)
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa;

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Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a
com o prazo de 15 (quinze) dias. produção antecipada das provas consideradas urgentes e,
se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado,
disposto no art. 312. (Redação dada pela Lei nº 9.271,
o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à
de 17.4.1996)
citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227
a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de § 1o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de
§ 2o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
2008).
Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que,
Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o
citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar
acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor
de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de
dativo. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao
Art. 363. O processo terá completada a sua formação juízo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
quando realizada a citação do acusado. (Redação dada
Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar
pela Lei nº 11.719, de 2008).
sabido, será citado mediante carta rogatória, suspendendo-
I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.719, de se o curso do prazo de prescrição até o seu
2008). cumprimento. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de
17.4.1996)
II - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.719, de
2008). Art. 369. As citações que houverem de ser feitas em
o legações estrangeiras serão efetuadas mediante carta
§ 1 Não sendo encontrado o acusado, será procedida a
rogatória. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de
citação por edital. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
17.4.1996)
§ 2o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
CAPÍTULO II
§ 3o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). DAS INTIMAÇÕES
§ 4o Comparecendo o acusado citado por edital, em Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e
qualquer tempo, o processo observará o disposto nos arts. demais pessoas que devam tomar conhecimento de
394 e seguintes deste Código. (Incluído pela Lei nº qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o
11.719, de 2008). disposto no Capítulo anterior. (Redação dada pela Lei
Art. 364. No caso do artigo anterior, no I, o prazo será fixado nº 9.271, de 17.4.1996)
pelo juiz entre 15 (quinze) e 90 (noventa) dias, de acordo § 1o A intimação do defensor constituído, do advogado do
com as circunstâncias, e, no caso de no II, o prazo será de querelante e do assistente far-se-á por publicação no órgão
trinta dias. incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca,
Art. 365. O edital de citação indicará: incluindo, sob pena de nulidade, o nome do
acusado. (Incluído Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
I - o nome do juiz que a determinar;
§ 2o Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na
II - o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais comarca, a intimação far-se-á diretamente pelo escrivão,
característicos, bem como sua residência e profissão, se por mandado, ou via postal com comprovante de
constarem do processo; recebimento, ou por qualquer outro meio
III - o fim para que é feita a citação; idôneo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)

IV - o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá § 3o A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a
comparecer; aplicação a que alude o § 1o. (Incluído pela Lei nº 9.271,
de 17.4.1996)
V - o prazo, que será contado do dia da publicação do edital
na imprensa, se houver, ou da sua afixação. § 4o A intimação do Ministério Público e do defensor
nomeado será pessoal. (Incluído pela Lei nº 9.271, de
Parágrafo único. O edital será afixado à porta do edifício 17.4.1996)
onde funcionar o juízo e será publicado pela imprensa, onde
houver, devendo a afixação ser certificada pelo oficial que a Art. 371. Será admissível a intimação por despacho na
tiver feito e a publicação provada por exemplar do jornal ou petição em que for requerida, observado o disposto
certidão do escrivão, da qual conste a página do jornal com no art. 357.
a data da publicação. Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal,
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, o juiz marcará desde logo, na presença das partes e
nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o
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testemunhas, dia e hora para seu prosseguimento, do que I - o juiz poderá aplicar, provisoriamente, a medida de
se lavrará termo nos autos. segurança, de ofício, ou a requerimento do Ministério
Público;
TÍTULO XI
DA APLICAÇÃO PROVISÓRIA DE INTERDIÇÕES II - a aplicação poderá ser determinada ainda no curso do
DE DIREITOS E MEDIDAS DE SEGURANÇA inquérito, mediante representação da autoridade policial;

Art. 373. A aplicação provisória de interdições de direitos III - a aplicação provisória de medida de segurança, a
poderá ser determinada pelo juiz, de ofício, ou a substituição ou a revogação da anteriormente aplicada
requerimento do Ministério Público, do querelante, do poderão ser determinadas, também, na sentença
assistente, do ofendido, ou de seu representante legal, absolutória;
ainda que este não se tenha constituído como assistente: IV - decretada a medida, atender-se-á ao disposto no Título
I - durante a instrução criminal após a apresentação da V do Livro IV, no que for aplicável.
defesa ou do prazo concedido para esse fim; Art. 379. Transitando em julgado a sentença, observar-se-á,
II - na sentença de pronúncia; quanto à execução das medidas de segurança
definitivamente aplicadas, o disposto no Título V do Livro
III - na decisão confirmatória da pronúncia ou na que, em IV.
grau de recurso, pronunciar o réu;
Art. 380. A aplicação provisória de medida de segurança
IV - na sentença condenatória recorrível. obstará a concessão de fiança, e tornará sem efeito a
§ 1o No caso do no I, havendo requerimento de aplicação da anteriormente concedida.
medida, o réu ou seu defensor será ouvido no prazo de 2 TÍTULO XII
(dois) dias. DA SENTENÇA
§ 2o Decretada a medida, serão feitas as comunicações
Art. 381. A sentença conterá:
necessárias para a sua execução, na forma do disposto
no Capítulo III do Título II do Livro IV. I - os nomes das partes ou, quando não possível, as
indicações necessárias para identificá-las;
Art. 374. Não caberá recurso do despacho ou da parte da
sentença que decretar ou denegar a aplicação provisória de II - a exposição sucinta da acusação e da defesa;
interdições de direitos, mas estas poderão ser substituídas
III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que se
ou revogadas:
fundar a decisão;
I - se aplicadas no curso da instrução criminal, durante esta
IV - a indicação dos artigos de lei aplicados;
ou pelas sentenças a que se referem os ns. II, III e IV do artigo
anterior; V - o dispositivo;
II - se aplicadas na sentença de pronúncia, pela decisão que, VI - a data e a assinatura do juiz.
em grau de recurso, a confirmar, total ou parcialmente, ou Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois)
pela sentença condenatória recorrível; dias, pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que nela
III - se aplicadas na decisão a que se refere o no III do artigo houver obscuridade, ambigüidade, contradição ou omissão.
anterior, pela sentença condenatória recorrível. Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida
Art. 375. O despacho que aplicar, provisoriamente, na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica
substituir ou revogar interdição de direito, será diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena
fundamentado. mais grave. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 376. A decisão que impronunciar ou absolver o réu fará § 1o Se, em conseqüência de definição jurídica diversa,
cessar a aplicação provisória da interdição anteriormente houver possibilidade de proposta de suspensão condicional
determinada. do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na
lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 377. Transitando em julgado a sentença condenatória,
serão executadas somente as interdições nela aplicadas ou § 2o Tratando-se de infração da competência de outro juízo,
que derivarem da imposição da pena principal. a este serão encaminhados os autos. (Incluído pela
Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 378. A aplicação provisória de medida de segurança
obedecerá ao disposto nos artigos anteriores, com as Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender
modificações seguintes: cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de
prova existente nos autos de elemento ou circunstância da
infração penal não contida na acusação, o Ministério Público
deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco)
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dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo Art. 387. O juiz, ao proferir sentença
em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o condenatória: (Vide Lei nº 11.719, de 2008)
aditamento, quando feito oralmente. (Redação dada
I - mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes
pela Lei nº 11.719, de 2008).
definidas no Código Penal, e cuja existência reconhecer;
§ 1o Não procedendo o órgão do Ministério Público ao
II - mencionará as outras circunstâncias apuradas e tudo o
aditamento, aplica-se o art. 28 deste Código. (Incluído
mais que deva ser levado em conta na aplicação da pena, de
pela Lei nº 11.719, de 2008).
acordo com o disposto nos arts. 59 e 60 do Decreto-Lei
§ 2o Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código
e admitido o aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer Penal; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
das partes, designará dia e hora para continuação da
III - aplicará as penas de acordo com essas
audiência, com inquirição de testemunhas, novo
conclusões; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
interrogatório do acusado, realização de debates e
julgamento. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados
pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo
§ 3o Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do art.
ofendido; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
383 ao caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.719,
de 2008). V - atenderá, quanto à aplicação provisória de interdições de
o direitos e medidas de segurança, ao disposto no Título Xl
§ 4 Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3
deste Livro;
(três) testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz,
na sentença, adstrito aos termos do VI - determinará se a sentença deverá ser publicada na
aditamento. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). íntegra ou em resumo e designará o jornal em que será feita
a publicação (art. 73, § 1o, do Código Penal).
§ 5o Não recebido o aditamento, o processo
prosseguirá. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a
manutenção ou, se for o caso, a imposição de prisão
Art. 385. Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir
preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do
sentença condenatória, ainda que o Ministério Público
conhecimento de apelação que vier a ser
tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer
interposta. (Incluído pela Lei nº 12.736, de 2012)
agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.
§ 2o O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na
ou de internação, no Brasil ou no estrangeiro, será
parte dispositiva, desde que reconheça:
computado para fins de determinação do regime inicial de
I - estar provada a inexistência do fato; pena privativa de liberdade. (Incluído pela Lei nº
12.736, de 2012)
II - não haver prova da existência do fato;
Art. 388. A sentença poderá ser datilografada e neste caso
III - não constituir o fato infração penal;
o juiz a rubricará em todas as folhas.
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração
Art. 389. A sentença será publicada em mão do escrivão,
penal; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
que lavrará nos autos o respectivo termo, registrando-a em
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração livro especialmente destinado a esse fim.
penal; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
Art. 390. O escrivão, dentro de três dias após a publicação,
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou e sob pena de suspensão de cinco dias, dará conhecimento
isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. da sentença ao órgão do Ministério Público.
28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada
Art. 391. O querelante ou o assistente será intimado da
dúvida sobre sua existência; (Redação dada pela Lei nº
sentença, pessoalmente ou na pessoa de seu advogado. Se
11.690, de 2008)
nenhum deles for encontrado no lugar da sede do juízo, a
VII – não existir prova suficiente para a intimação será feita mediante edital com o prazo de 10 dias,
condenação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) afixado no lugar de costume.
Parágrafo único. Na sentença absolutória, o juiz: Art. 392. A intimação da sentença será feita:
I - mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade; I - ao réu, pessoalmente, se estiver preso;
II – ordenará a cessação das medidas cautelares e II - ao réu, pessoalmente, ou ao defensor por ele constituído,
provisoriamente aplicadas; (Redação dada pela Lei nº quando se livrar solto, ou, sendo afiançável a infração, tiver
11.690, de 2008) prestado fiança;
III - aplicará medida de segurança, se cabível.
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III - ao defensor constituído pelo réu, se este, afiançável, ou primeiro grau, ainda que não regulados neste
não, a infração, expedido o mandado de prisão, não tiver Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
sido encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça;
§ 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos
o
IV - mediante edital, nos casos do n II, se o réu e o defensor especial, sumário e sumaríssimo as disposições do
que houver constituído não forem encontrados, e assim o procedimento ordinário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de
certificar o oficial de justiça; 2008).
V - mediante edital, nos casos do no III, se o defensor que o Art. 394-A. Os processos que apurem a prática de crime
réu houver constituído também não for encontrado, e assim hediondo terão prioridade de tramitação em todas as
o certificar o oficial de justiça; instâncias. (Incluído pela Lei nº 13.285, de 2016).
VI - mediante edital, se o réu, não tendo constituído Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada
defensor, não for encontrado, e assim o certificar o oficial de quando: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
justiça.
I - for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº
§ 1o O prazo do edital será de 90 dias, se tiver sido imposta 11.719, de 2008).
pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a
II - faltar pressuposto processual ou condição para o
um ano, e de 60 dias, nos outros casos.
exercício da ação penal; ou (Incluído pela Lei nº 11.719,
§ 2o O prazo para apelação correrá após o término do fixado de 2008).
no edital, salvo se, no curso deste, for feita a intimação por
III - faltar justa causa para o exercício da ação
qualquer das outras formas estabelecidas neste artigo.
penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 393. (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. (Revogado). (Incluído pela Lei nº
LIVRO II 11.719, de 2008).
DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida
TÍTULO I a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente,
DO PROCESSO COMUM recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder
CAPÍTULO I à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez)
DA INSTRUÇÃO CRIMINAL dias. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 394. O procedimento será comum ou Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para
especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). a defesa começará a fluir a partir do comparecimento
pessoal do acusado ou do defensor
§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou
constituído. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de
sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
2008).
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir
máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de
preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa,
pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719,
oferecer documentos e justificações, especificar as provas
de 2008).
pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção requerendo sua intimação, quando
máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena necessário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de
§ 1o A exceção será processada em apartado, nos termos
2008).
dos arts. 95 a 112 deste Código. (Incluído pela Lei nº
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor 11.719, de 2008).
potencial ofensivo, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº
§ 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o
11.719, de 2008).
acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará
§ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos
salvo disposições em contrário deste Código ou de lei por 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
especial. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e
§ 3o Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver
procedimento observará as disposições estabelecidas sumariamente o acusado quando verificar: (Redação
nos arts. 406 a 497 deste Código. (Incluído pela Lei nº dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
11.719, de 2008).
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do
§ 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste fato; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de
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II - a existência manifesta de causa excludente da 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela
culpabilidade do agente, salvo defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a
inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). seguir, sentença. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de
2008).
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime;
ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a
defesa de cada um será individual. (Incluído pela Lei nº
IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei
11.719, de 2008).
nº 11.719, de 2008).
§ 2o Ao assistente do Ministério Público, após a
Art. 398. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) minutos,
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação
dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do da defesa. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o
§ 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou
caso, do querelante e do assistente. (Redação dada
o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5
pela Lei nº 11.719, de 2008).
(cinco) dias sucessivamente para a apresentação de
§ 1o O acusado preso será requisitado para comparecer ao memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para
interrogatório, devendo o poder público providenciar sua proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de
apresentação. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 2008).
§ 2o O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a Art. 404. Ordenado diligência considerada imprescindível,
sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). de ofício ou a requerimento da parte, a audiência será
concluída sem as alegações finais. (Redação dada pela
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser
Lei nº 11.719, de 2008).
realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-
se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das Parágrafo único. Realizada, em seguida, a diligência
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta determinada, as partes apresentarão, no prazo sucessivo de
ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por memorial, e, no
como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá a
reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
seguida, o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719,
Art. 405. Do ocorrido em audiência será lavrado termo em
de 2008).
livro próprio, assinado pelo juiz e pelas partes, contendo
§ 1o As provas serão produzidas numa só audiência, breve resumo dos fatos relevantes nela
podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, ocorridos. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
impertinentes ou protelatórias. (Incluído pela Lei nº
§ 1o Sempre que possível, o registro dos depoimentos do
11.719, de 2008).
investigado, indiciado, ofendido e testemunhas será feito
§ 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio pelos meios ou recursos de gravação magnética,
requerimento das partes. (Incluído pela Lei nº 11.719, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual,
de 2008). destinada a obter maior fidelidade das
informações . (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito)
testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela § 2o No caso de registro por meio audiovisual, será
defesa. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). encaminhado às partes cópia do registro original, sem
necessidade de transcrição. (Incluído pela Lei nº 11.719,
§ 1o Nesse número não se compreendem as que não
de 2008).
prestem compromisso e as referidas. (Incluído pela Lei
nº 11.719, de 2008). CAPÍTULO II
§ 2o A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das (Redação Dada Pela Lei Nº 11.689, de 2008)
testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 DO PROCEDIMENTO RELATIVO AOS PROCESSOS DA
deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI
SEÇÃO I
Art. 402. Produzidas as provas, ao final da audiência, o
DA ACUSAÇÃO E DA INSTRUÇÃO PRELIMINAR
Ministério Público, o querelante e o assistente e, a seguir, o
acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se Art. 406. O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará
origine de circunstâncias ou fatos apurados na a citação do acusado para responder a acusação, por escrito,
instrução. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº
11.689, de 2008)
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou
sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por
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§ 1o O prazo previsto no caput deste artigo será contado a § 5o Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo previsto
partir do efetivo cumprimento do mandado ou do para a acusação e a defesa de cada um deles será
comparecimento, em juízo, do acusado ou de defensor individual. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
constituído, no caso de citação inválida ou por
§ 6o Ao assistente do Ministério Público, após a
edital. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
manifestação deste, serão concedidos 10 (dez) minutos,
§ 2o A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação
de 8 (oito), na denúncia ou na queixa. da defesa. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 3o Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e § 7o Nenhum ato será adiado, salvo quando imprescindível
alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer à prova faltante, determinando o juiz a condução coercitiva
documentos e justificações, especificar as provas de quem deva comparecer. (Incluído pela Lei nº 11.689,
pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 de 2008)
(oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando
§ 8o A testemunha que comparecer será inquirida,
necessário. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
independentemente da suspensão da audiência, observada
Art. 407. As exceções serão processadas em apartado, nos em qualquer caso a ordem estabelecida no caput deste
termos dos arts. 95 a 112 deste Código. (Redação dada artigo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 9o Encerrados os debates, o juiz proferirá a sua decisão, ou
Art. 408. Não apresentada a resposta no prazo legal, o juiz o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os autos para isso lhe
nomeará defensor para oferecê-la em até 10 (dez) dias, sejam conclusos. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
concedendo-lhe vista dos autos. (Redação dada pela
Art. 412. O procedimento será concluído no prazo máximo
Lei nº 11.689, de 2008)
de 90 (noventa) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.689,
Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o Ministério de 2008)
Público ou o querelante sobre preliminares e documentos,
SEÇÃO II
em 5 (cinco) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
DA PRONÚNCIA, DA IMPRONÚNCIA E DA
2008)
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
Art. 410. O juiz determinará a inquirição das testemunhas e
a realização das diligências requeridas pelas partes, no prazo (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
máximo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.689, Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o
de 2008) acusado, se convencido da materialidade do fato e da
Art. 411. Na audiência de instrução, proceder-se-á à tomada existência de indícios suficientes de autoria ou de
de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das participação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta 2008)
ordem, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às § 1o A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação
acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, da materialidade do fato e da existência de indícios
interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se o suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz
debate. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado
§ 1o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de
requerimento e de deferimento pelo juiz. (Incluído pela aumento de pena. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Lei nº 11.689, de 2008) § 2o Se o crime for afiançável, o juiz arbitrará o valor da
§ 2o As provas serão produzidas em uma só audiência, fiança para a concessão ou manutenção da liberdade
podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, provisória. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
impertinentes ou protelatórias. (Incluído pela Lei nº § 3o O juiz decidirá, motivadamente, no caso de
11.689, de 2008) manutenção, revogação ou substituição da prisão ou
§ 3o Encerrada a instrução probatória, observar-se-á, se for medida restritiva de liberdade anteriormente decretada e,
o caso, o disposto no art. 384 deste Código. (Incluído tratando-se de acusado solto, sobre a necessidade da
pela Lei nº 11.689, de 2008) decretação da prisão ou imposição de quaisquer das
medidas previstas no Título IX do Livro I deste
§ 4o As alegações serão orais, concedendo-se a palavra, Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
respectivamente, à acusação e à defesa, pelo prazo de 20
(vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou
(dez). (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) da existência de indícios suficientes de autoria ou de
participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o
acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)

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Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da Parágrafo único. Será intimado por edital o acusado solto
punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa que não for encontrado. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
se houver prova nova. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
2008)
Art. 421. Preclusa a decisão de pronúncia, os autos serão
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo encaminhados ao juiz presidente do Tribunal do
o acusado, quando: (Redação dada pela Lei nº 11.689, Júri. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
de 2008)
§ 1o Ainda que preclusa a decisão de pronúncia, havendo
I – provada a inexistência do fato; (Redação dada pela circunstância superveniente que altere a classificação do
Lei nº 11.689, de 2008) crime, o juiz ordenará a remessa dos autos ao Ministério
Público. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
II – provado não ser ele autor ou partícipe do
fato; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) § 2o Em seguida, os autos serão conclusos ao juiz para
decisão. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
III – o fato não constituir infração penal; (Redação dada
pela Lei nº 11.689, de 2008) SEÇÃO III
DA PREPARAÇÃO DO PROCESSO PARA JULGAMENTO
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão
do crime. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) EM PLENÁRIO

Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista Art. 422. Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do
no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de Júri determinará a intimação do órgão do Ministério Público
dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a ou do querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no
única tese defensiva. (Incluído pela Lei nº 11.689, de prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas
2008) que irão depor em plenário, até o máximo de 5 (cinco),
Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de oportunidade em que poderão juntar documentos e
absolvição sumária caberá apelação. (Redação dada requerer diligência. (Redação dada pela Lei nº 11.689,
pela Lei nº 11.689, de 2008) de 2008)

Art. 417. Se houver indícios de autoria ou de participação de Art. 423. Deliberando sobre os requerimentos de provas a
outras pessoas não incluídas na acusação, o juiz, ao serem produzidas ou exibidas no plenário do júri, e adotadas
pronunciar ou impronunciar o acusado, determinará o as providências devidas, o juiz presidente: (Redação
retorno dos autos ao Ministério Público, por 15 (quinze) dias, dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
aplicável, no que couber, o art. 80 deste I – ordenará as diligências necessárias para sanar qualquer
Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) nulidade ou esclarecer fato que interesse ao julgamento da
Art. 418. O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa causa; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
da constante da acusação, embora o acusado fique sujeito a II – fará relatório sucinto do processo, determinando sua
pena mais grave. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de inclusão em pauta da reunião do Tribunal do
2008) Júri. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordância com Art. 424. Quando a lei local de organização judiciária não
a acusação, da existência de crime diverso dos referidos no § atribuir ao presidente do Tribunal do Júri o preparo para
1o do art. 74 deste Código e não for competente para o julgamento, o juiz competente remeter-lhe-á os autos do
julgamento, remeterá os autos ao juiz que o processo preparado até 5 (cinco) dias antes do sorteio a que
seja. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) se refere o art. 433 deste Código. (Redação dada pela
Parágrafo único. Remetidos os autos do processo a outro Lei nº 11.689, de 2008)
juiz, à disposição deste ficará o acusado preso. (Incluído Parágrafo único. Deverão ser remetidos, também, os
pela Lei nº 11.689, de 2008) processos preparados até o encerramento da reunião, para
Art. 420. A intimação da decisão de pronúncia será a realização de julgamento. (Redação dada pela Lei nº
feita: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 11.689, de 2008)

I – pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao SEÇÃO IV


Ministério Público; (Incluído pela Lei nº 11.689, de DO ALISTAMENTO DOS JURADOS
2008) (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
II – ao defensor constituído, ao querelante e ao assistente do Art. 425. Anualmente, serão alistados pelo presidente do
Ministério Público, na forma do disposto no § 1o do art. 370 Tribunal do Júri de 800 (oitocentos) a 1.500 (um mil e
deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
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quinhentos) jurados nas comarcas de mais de 1.000.000 (um outra comarca da mesma região, onde não existam aqueles
milhão) de habitantes, de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) motivos, preferindo-se as mais próximas. (Redação
nas comarcas de mais de 100.000 (cem mil) habitantes e de dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
80 (oitenta) a 400 (quatrocentos) nas comarcas de menor
§ 1o O pedido de desaforamento será distribuído
população. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
imediatamente e terá preferência de julgamento na Câmara
§ 1o Nas comarcas onde for necessário, poderá ser ou Turma competente. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
aumentado o número de jurados e, ainda, organizada lista 2008)
de suplentes, depositadas as cédulas em urna especial, com
§ 2o Sendo relevantes os motivos alegados, o relator poderá
as cautelas mencionadas na parte final do § 3o do art. 426
determinar, fundamentadamente, a suspensão do
deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
julgamento pelo júri. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
§ 2o O juiz presidente requisitará às autoridades locais, 2008)
associações de classe e de bairro, entidades associativas e
§ 3o Será ouvido o juiz presidente, quando a medida não
culturais, instituições de ensino em geral, universidades,
tiver sido por ele solicitada. (Incluído pela Lei nº 11.689,
sindicatos, repartições públicas e outros núcleos
de 2008)
comunitários a indicação de pessoas que reúnam as
condições para exercer a função de jurado. (Incluído § 4o Na pendência de recurso contra a decisão de pronúncia
pela Lei nº 11.689, de 2008) ou quando efetivado o julgamento, não se admitirá o pedido
de desaforamento, salvo, nesta última hipótese, quanto a
Art. 426. A lista geral dos jurados, com indicação das
fato ocorrido durante ou após a realização de julgamento
respectivas profissões, será publicada pela imprensa até o
anulado. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
dia 10 de outubro de cada ano e divulgada em editais
afixados à porta do Tribunal do Júri. (Redação dada Art. 428. O desaforamento também poderá ser
pela Lei nº 11.689, de 2008) determinado, em razão do comprovado excesso de serviço,
ouvidos o juiz presidente e a parte contrária, se o
§ 1o A lista poderá ser alterada, de ofício ou mediante
julgamento não puder ser realizado no prazo de 6 (seis)
reclamação de qualquer do povo ao juiz presidente até o dia
meses, contado do trânsito em julgado da decisão de
10 de novembro, data de sua publicação
pronúncia. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
definitiva. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1o Para a contagem do prazo referido neste artigo, não se
§ 2o Juntamente com a lista, serão transcritos os arts. 436 a
computará o tempo de adiamentos, diligências ou
446 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
incidentes de interesse da defesa. (Incluído pela Lei nº
§ 3o Os nomes e endereços dos alistados, em cartões iguais, 11.689, de 2008)
após serem verificados na presença do Ministério Público,
§ 2o Não havendo excesso de serviço ou existência de
de advogado indicado pela Seção local da Ordem dos
processos aguardando julgamento em quantidade que
Advogados do Brasil e de defensor indicado pelas
ultrapasse a possibilidade de apreciação pelo Tribunal do
Defensorias Públicas competentes, permanecerão
Júri, nas reuniões periódicas previstas para o exercício, o
guardados em urna fechada a chave, sob a responsabilidade
acusado poderá requerer ao Tribunal que determine a
do juiz presidente. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
imediata realização do julgamento. (Incluído pela Lei
§ 4o O jurado que tiver integrado o Conselho de Sentença nº 11.689, de 2008)
nos 12 (doze) meses que antecederem à publicação da lista
SEÇÃO VI
geral fica dela excluído. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
DA ORGANIZAÇÃO DA PAUTA
2008)
§ 5o Anualmente, a lista geral de jurados será, (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
obrigatoriamente, completada. (Incluído pela Lei nº Art. 429. Salvo motivo relevante que autorize alteração na
11.689, de 2008) ordem dos julgamentos, terão preferência: (Redação
SEÇÃO V dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
DO DESAFORAMENTO I – os acusados presos; (Incluído pela Lei nº 11.689, de
2008)
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
II – dentre os acusados presos, aqueles que estiverem há
Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou
mais tempo na prisão; (Incluído pela Lei nº 11.689, de
houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurança
2008)
pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do
Ministério Público, do assistente, do querelante ou do III – em igualdade de condições, os precedentemente
acusado ou mediante representação do juiz competente, pronunciados. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
poderá determinar o desaforamento do julgamento para

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§ 1o Antes do dia designado para o primeiro julgamento da e dos procuradores das partes, além do dia, hora e local das
reunião periódica, será afixada na porta do edifício do sessões de instrução e julgamento. (Redação dada pela Lei
Tribunal do Júri a lista dos processos a serem julgados, nº 11.689, de 2008)
obedecida a ordem prevista no caput deste
SEÇÃO VIII
artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
DA FUNÇÃO DO JURADO
§ 2o O juiz presidente reservará datas na mesma reunião
periódica para a inclusão de processo que tiver o julgamento (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
adiado. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Art. 436. O serviço do júri é obrigatório. O alistamento
Art. 430. O assistente somente será admitido se tiver compreenderá os cidadãos maiores de 18 (dezoito) anos de
requerido sua habilitação até 5 (cinco) dias antes da data da notória idoneidade. (Redação dada pela Lei nº 11.689,
sessão na qual pretenda atuar. (Redação dada pela Lei de 2008)
nº 11.689, de 2008) § 1o Nenhum cidadão poderá ser excluído dos trabalhos do
Art. 431. Estando o processo em ordem, o juiz presidente júri ou deixar de ser alistado em razão de cor ou etnia, raça,
mandará intimar as partes, o ofendido, se for possível, as credo, sexo, profissão, classe social ou econômica, origem
testemunhas e os peritos, quando houver requerimento, ou grau de instrução. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
para a sessão de instrução e julgamento, observando, no 2008)
que couber, o disposto no art. 420 deste Código. (Redação § 2o A recusa injustificada ao serviço do júri acarretará multa
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) no valor de 1 (um) a 10 (dez) salários mínimos, a critério do
SEÇÃO VII juiz, de acordo com a condição econômica do
jurado. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
DO SORTEIO E DA CONVOCAÇÃO DOS JURADOS
Art. 437. Estão isentos do serviço do júri: (Redação
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 432. Em seguida à organização da pauta, o juiz
I – o Presidente da República e os Ministros de
presidente determinará a intimação do Ministério Público,
Estado; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
da Ordem dos Advogados do Brasil e da Defensoria Pública
para acompanharem, em dia e hora designados, o sorteio II – os Governadores e seus respectivos
dos jurados que atuarão na reunião Secretários; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
periódica. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
III – os membros do Congresso Nacional, das Assembléias
Art. 433. O sorteio, presidido pelo juiz, far-se-á a portas Legislativas e das Câmaras Distrital e
abertas, cabendo-lhe retirar as cédulas até completar o Municipais; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
número de 25 (vinte e cinco) jurados, para a reunião
IV – os Prefeitos Municipais; (Incluído pela Lei nº
periódica ou extraordinária. (Redação dada pela Lei nº
11.689, de 2008)
11.689, de 2008)
V – os Magistrados e membros do Ministério Público e da
§ 1o O sorteio será realizado entre o 15o (décimo quinto) e o
Defensoria Pública; (Incluído pela Lei nº 11.689, de
10o (décimo) dia útil antecedente à instalação da
2008)
reunião. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
VI – os servidores do Poder Judiciário, do Ministério Público
§ 2o A audiência de sorteio não será adiada pelo não
e da Defensoria Pública; (Incluído pela Lei nº 11.689, de
comparecimento das partes. (Incluído pela Lei nº
2008)
11.689, de 2008)
VII – as autoridades e os servidores da polícia e da segurança
§ 3o O jurado não sorteado poderá ter o seu nome
pública; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
novamente incluído para as reuniões futuras. (Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008) VIII – os militares em serviço ativo; (Incluído pela Lei nº
11.689, de 2008)
Art. 434. Os jurados sorteados serão convocados pelo
correio ou por qualquer outro meio hábil para comparecer IX – os cidadãos maiores de 70 (setenta) anos que requeiram
no dia e hora designados para a reunião, sob as penas da sua dispensa; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
lei. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
X – aqueles que o requererem, demonstrando justo
Parágrafo único. No mesmo expediente de convocação impedimento. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
serão transcritos os arts. 436 a 446 deste
Art. 438. A recusa ao serviço do júri fundada em convicção
Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
religiosa, filosófica ou política importará no dever de prestar
Art. 435. Serão afixados na porta do edifício do Tribunal do serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos
Júri a relação dos jurados convocados, os nomes do acusado

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políticos, enquanto não prestar o serviço SEÇÃO IX


imposto. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) DA COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI E DA
§ 1o Entende-se por serviço alternativo o exercício de FORMAÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA
atividades de caráter administrativo, assistencial, (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
filantrópico ou mesmo produtivo, no Poder Judiciário, na
Defensoria Pública, no Ministério Público ou em entidade Art. 447. O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz
conveniada para esses fins. (Incluído pela Lei nº 11.689, togado, seu presidente e por 25 (vinte e cinco) jurados que
de 2008) serão sorteados dentre os alistados, 7 (sete) dos quais
constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de
§ 2o O juiz fixará o serviço alternativo atendendo aos julgamento. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
princípios da proporcionalidade e da 2008)
razoabilidade. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 448. São impedidos de servir no mesmo
Art. 439. O exercício efetivo da função de jurado constituirá Conselho: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
serviço público relevante e estabelecerá presunção de
idoneidade moral. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de I – marido e mulher; (Incluído pela Lei nº 11.689, de
2011). 2008)

Art. 440. Constitui também direito do jurado, na condição II – ascendente e descendente; (Incluído pela Lei nº
do art. 439 deste Código, preferência, em igualdade de 11.689, de 2008)
condições, nas licitações públicas e no provimento, III – sogro e genro ou nora; (Incluído pela Lei nº 11.689,
mediante concurso, de cargo ou função pública, bem como de 2008)
nos casos de promoção funcional ou remoção
voluntária. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) IV – irmãos e cunhados, durante o cunhadio; (Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 441. Nenhum desconto será feito nos vencimentos ou
salário do jurado sorteado que comparecer à sessão do V – tio e sobrinho; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
júri. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) VI – padrasto, madrasta ou enteado. (Incluído pela Lei
Art. 442. Ao jurado que, sem causa legítima, deixar de nº 11.689, de 2008)
comparecer no dia marcado para a sessão ou retirar-se antes § 1o O mesmo impedimento ocorrerá em relação às pessoas
de ser dispensado pelo presidente será aplicada multa de 1 que mantenham união estável reconhecida como entidade
(um) a 10 (dez) salários mínimos, a critério do juiz, de acordo familiar. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
com a sua condição econômica. (Redação dada pela Lei
nº 11.689, de 2008) § 2o Aplicar-se-á aos jurados o disposto sobre os
impedimentos, a suspeição e as incompatibilidades dos
Art. 443. Somente será aceita escusa fundada em motivo juízes togados. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
relevante devidamente comprovado e apresentada,
ressalvadas as hipóteses de força maior, até o momento da Art. 449. Não poderá servir o jurado que: (Redação
chamada dos jurados. (Redação dada pela Lei nº dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
11.689, de 2008) I – tiver funcionado em julgamento anterior do mesmo
Art. 444. O jurado somente será dispensado por decisão processo, independentemente da causa determinante do
motivada do juiz presidente, consignada na ata dos julgamento posterior; (Incluído pela Lei nº 11.689, de
trabalhos. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 2008)

Art. 445. O jurado, no exercício da função ou a pretexto de II – no caso do concurso de pessoas, houver integrado o
exercê-la, será responsável criminalmente nos mesmos Conselho de Sentença que julgou o outro
termos em que o são os juízes togados. (Redação dada acusado; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
pela Lei nº 11.689, de 2008) III – tiver manifestado prévia disposição para condenar ou
Art. 446. Aos suplentes, quando convocados, serão absolver o acusado . (Incluído pela Lei nº 11.689, de
aplicáveis os dispositivos referentes às dispensas, faltas e 2008)
escusas e à equiparação de responsabilidade penal prevista Art. 450. Dos impedidos entre si por parentesco ou relação
no art. 445 deste Código. (Redação dada pela Lei nº de convivência, servirá o que houver sido sorteado em
11.689, de 2008) primeiro lugar. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
2008)
Art. 451. Os jurados excluídos por impedimento, suspeição
ou incompatibilidade serão considerados para a

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constituição do número legal exigível para a realização da presidente do Tribunal do Júri. (Incluído pela Lei nº
sessão. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 11.689, de 2008)
Art. 452. O mesmo Conselho de Sentença poderá conhecer § 2o Se o acusado preso não for conduzido, o julgamento
de mais de um processo, no mesmo dia, se as partes o será adiado para o primeiro dia desimpedido da mesma
aceitarem, hipótese em que seus integrantes deverão reunião, salvo se houver pedido de dispensa de
prestar novo compromisso. (Redação dada pela Lei nº comparecimento subscrito por ele e seu
11.689, de 2008) defensor. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
SEÇÃO X Art. 458. Se a testemunha, sem justa causa, deixar de
DA REUNIÃO E DAS SESSÕES DO TRIBUNAL DO JÚRI comparecer, o juiz presidente, sem prejuízo da ação penal
pela desobediência, aplicar-lhe-á a multa prevista no § 2o do
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) art. 436 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
Art. 453. O Tribunal do Júri reunir-se-á para as sessões de 2008)
instrução e julgamento nos períodos e na forma Art. 459. Aplicar-se-á às testemunhas a serviço do Tribunal
estabelecida pela lei local de organização do Júri o disposto no art. 441 deste Código. (Redação
judiciária. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 454. Até o momento de abertura dos trabalhos da Art. 460. Antes de constituído o Conselho de Sentença, as
sessão, o juiz presidente decidirá os casos de isenção e testemunhas serão recolhidas a lugar onde umas não
dispensa de jurados e o pedido de adiamento de possam ouvir os depoimentos das outras. (Redação
julgamento, mandando consignar em ata as dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
deliberações. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
2008) Art. 461. O julgamento não será adiado se a testemunha
deixar de comparecer, salvo se uma das partes tiver
Art. 455. Se o Ministério Público não comparecer, o juiz requerido a sua intimação por mandado, na oportunidade
presidente adiará o julgamento para o primeiro dia de que trata o art. 422 deste Código, declarando não
desimpedido da mesma reunião, cientificadas as partes e as prescindir do depoimento e indicando a sua
testemunhas. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de localização. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
2008)
§ 1o Se, intimada, a testemunha não comparecer, o juiz
Parágrafo único. Se a ausência não for justificada, o fato presidente suspenderá os trabalhos e mandará conduzi-la
será imediatamente comunicado ao Procurador-Geral de ou adiará o julgamento para o primeiro dia desimpedido,
Justiça com a data designada para a nova ordenando a sua condução. (Incluído pela Lei nº 11.689,
sessão. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) de 2008)
Art. 456. Se a falta, sem escusa legítima, for do advogado § 2o O julgamento será realizado mesmo na hipótese de a
do acusado, e se outro não for por este constituído, o fato testemunha não ser encontrada no local indicado, se assim
será imediatamente comunicado ao presidente da seccional for certificado por oficial de justiça. (Incluído pela Lei nº
da Ordem dos Advogados do Brasil, com a data designada 11.689, de 2008)
para a nova sessão. (Redação dada pela Lei nº 11.689,
de 2008) Art. 462. Realizadas as diligências referidas nos arts. 454 a
461 deste Código, o juiz presidente verificará se a urna
§ 1o Não havendo escusa legítima, o julgamento será adiado contém as cédulas dos 25 (vinte e cinco) jurados sorteados,
somente uma vez, devendo o acusado ser julgado quando mandando que o escrivão proceda à chamada
chamado novamente. (Incluído pela Lei nº 11.689, de deles. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
2008)
Art. 463. Comparecendo, pelo menos, 15 (quinze) jurados, o
§ 2o Na hipótese do § 1o deste artigo, o juiz intimará a juiz presidente declarará instalados os trabalhos,
Defensoria Pública para o novo julgamento, que será adiado anunciando o processo que será submetido a
para o primeiro dia desimpedido, observado o prazo mínimo julgamento. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
de 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 2008)
Art. 457. O julgamento não será adiado pelo não § 1o O oficial de justiça fará o pregão, certificando a
comparecimento do acusado solto, do assistente ou do diligência nos autos. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
advogado do querelante, que tiver sido regularmente 2008)
intimado. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2o Os jurados excluídos por impedimento ou suspeição
§ 1o Os pedidos de adiamento e as justificações de não serão computados para a constituição do número
comparecimento deverão ser, salvo comprovado motivo de legal. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
força maior, previamente submetidos à apreciação do juiz

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Art. 464. Não havendo o número referido no art. 463 deste do Tribunal do Júri, órgão do Ministério Público, jurado ou
Código, proceder-se-á ao sorteio de tantos suplentes qualquer funcionário, o julgamento não será suspenso,
quantos necessários, e designar-se-á nova data para a devendo, entretanto, constar da ata o seu fundamento e a
sessão do júri. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de decisão. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
2008)
Art. 471. Se, em conseqüência do impedimento, suspeição,
Art. 465. Os nomes dos suplentes serão consignados em incompatibilidade, dispensa ou recusa, não houver número
ata, remetendo-se o expediente de convocação, com para a formação do Conselho, o julgamento será adiado
observância do disposto nos arts. 434 e 435 deste para o primeiro dia desimpedido, após sorteados os
Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) suplentes, com observância do disposto no art. 464 deste
Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 466. Antes do sorteio dos membros do Conselho de
Sentença, o juiz presidente esclarecerá sobre os Art. 472. Formado o Conselho de Sentença, o presidente,
impedimentos, a suspeição e as incompatibilidades levantando-se, e, com ele, todos os presentes, fará aos
constantes dos arts. 448 e 449 deste Código. (Redação jurados a seguinte exortação: (Redação dada pela Lei
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) nº 11.689, de 2008)
§ 1o O juiz presidente também advertirá os jurados de que, Em nome da lei, concito-vos a examinar esta causa com
uma vez sorteados, não poderão comunicar-se entre si e imparcialidade e a proferir a vossa decisão de acordo com a
com outrem, nem manifestar sua opinião sobre o processo, vossa consciência e os ditames da justiça.
sob pena de exclusão do Conselho e multa, na forma do §
Os jurados, nominalmente chamados pelo presidente,
2o do art. 436 deste Código. (Redação dada pela Lei nº
responderão:
11.689, de 2008)
Assim o prometo.
§ 2o A incomunicabilidade será certificada nos autos pelo
oficial de justiça. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de Parágrafo único. O jurado, em seguida, receberá cópias da
2008) pronúncia ou, se for o caso, das decisões posteriores que
julgaram admissível a acusação e do relatório do
Art. 467. Verificando que se encontram na urna as cédulas
processo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
relativas aos jurados presentes, o juiz presidente sorteará 7
(sete) dentre eles para a formação do Conselho de SEÇÃO XI
Sentença. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) DA INSTRUÇÃO EM PLENÁRIO
Art. 468. À medida que as cédulas forem sendo retiradas da (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
urna, o juiz presidente as lerá, e a defesa e, depois dela, o
Ministério Público poderão recusar os jurados sorteados, até Art. 473. Prestado o compromisso pelos jurados, será
3 (três) cada parte, sem motivar a recusa.(Redação dada iniciada a instrução plenária quando o juiz presidente, o
pela Lei nº 11.689, de 2008) Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor
do acusado tomarão, sucessiva e diretamente, as
Parágrafo único. O jurado recusado imotivadamente por declarações do ofendido, se possível, e inquirirão as
qualquer das partes será excluído daquela sessão de testemunhas arroladas pela acusação. (Redação dada
instrução e julgamento, prosseguindo-se o sorteio para a pela Lei nº 11.689, de 2008)
composição do Conselho de Sentença com os jurados
remanescentes. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) § 1o Para a inquirição das testemunhas arroladas pela
defesa, o defensor do acusado formulará as perguntas antes
Art. 469. Se forem 2 (dois) ou mais os acusados, as recusas do Ministério Público e do assistente, mantidos no mais a
poderão ser feitas por um só defensor. (Redação dada ordem e os critérios estabelecidos neste artigo.(Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008) pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1o A separação dos julgamentos somente ocorrerá se, em § 2o Os jurados poderão formular perguntas ao ofendido e
razão das recusas, não for obtido o número mínimo de 7 às testemunhas, por intermédio do juiz
(sete) jurados para compor o Conselho de presidente. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Sentença. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 3o As partes e os jurados poderão requerer acareações,
o
§ 2 Determinada a separação dos julgamentos, será reconhecimento de pessoas e coisas e esclarecimento dos
julgado em primeiro lugar o acusado a quem foi atribuída a peritos, bem como a leitura de peças que se refiram,
autoria do fato ou, em caso de co-autoria, aplicar-se-á o exclusivamente, às provas colhidas por carta precatória e às
critério de preferência disposto no art. 429 deste provas cautelares, antecipadas ou não
Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) repetíveis. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 470. Desacolhida a argüição de impedimento, de Art. 474. A seguir será o acusado interrogado, se estiver
suspeição ou de incompatibilidade contra o juiz presidente presente, na forma estabelecida no Capítulo III do Título VII

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do Livro I deste Código, com as alterações introduzidas de acordo, será dividido pelo juiz presidente, de forma a não
nesta Seção. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de exceder o determinado neste artigo. (Incluído pela Lei nº
2008) 11.689, de 2008)
§ 1o O Ministério Público, o assistente, o querelante e o § 2o Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo para a
defensor, nessa ordem, poderão formular, diretamente, acusação e a defesa será acrescido de 1 (uma) hora e elevado
perguntas ao acusado. (Redação dada pela Lei nº ao dobro o da réplica e da tréplica, observado o disposto no
11.689, de 2008) § 1o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2o Os jurados formularão perguntas por intermédio do juiz Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob
presidente. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) pena de nulidade, fazer referências: (Redação dada
pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 3o Não se permitirá o uso de algemas no acusado durante
o período em que permanecer no plenário do júri, salvo se I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que
absolutamente necessário à ordem dos trabalhos, à julgaram admissível a acusação ou à determinação do uso
segurança das testemunhas ou à garantia da integridade de algemas como argumento de autoridade que beneficiem
física dos presentes. (Incluído pela Lei nº 11.689, de ou prejudiquem o acusado; (Incluído pela Lei nº 11.689,
2008) de 2008)
Art. 475. O registro dos depoimentos e do interrogatório II – ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório
será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, por falta de requerimento, em seu prejuízo. (Incluído
eletrônica, estenotipia ou técnica similar, destinada a obter pela Lei nº 11.689, de 2008)
maior fidelidade e celeridade na colheita da prova.(Redação
Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido
Parágrafo único. A transcrição do registro, após feita a juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três)
degravação, constará dos autos. (Incluído pela Lei nº dias úteis, dando-se ciência à outra parte. (Redação
11.689, de 2008) dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
SEÇÃO XII Parágrafo único. Compreende-se na proibição deste artigo
DOS DEBATES a leitura de jornais ou qualquer outro escrito, bem como a
exibição de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros,
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) croqui ou qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo
Art. 476. Encerrada a instrução, será concedida a palavra ao versar sobre a matéria de fato submetida à apreciação e
Ministério Público, que fará a acusação, nos limites da julgamento dos jurados. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
pronúncia ou das decisões posteriores que julgaram 2008)
admissível a acusação, sustentando, se for o caso, a Art. 480. A acusação, a defesa e os jurados poderão, a
existência de circunstância agravante. (Redação dada qualquer momento e por intermédio do juiz presidente,
pela Lei nº 11.689, de 2008) pedir ao orador que indique a folha dos autos onde se
§ 1o O assistente falará depois do Ministério encontra a peça por ele lida ou citada, facultando-se, ainda,
Público. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) aos jurados solicitar-lhe, pelo mesmo meio, o
esclarecimento de fato por ele alegado. (Redação dada
§ 2o Tratando-se de ação penal de iniciativa privada, falará pela Lei nº 11.689, de 2008)
em primeiro lugar o querelante e, em seguida, o Ministério
Público, salvo se este houver retomado a titularidade da § 1o Concluídos os debates, o presidente indagará dos
ação, na forma do art. 29 deste Código. (Incluído pela jurados se estão habilitados a julgar ou se necessitam de
Lei nº 11.689, de 2008) outros esclarecimentos. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
2008)
§ 3o Finda a acusação, terá a palavra a defesa. (Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008) § 2o Se houver dúvida sobre questão de fato, o presidente
prestará esclarecimentos à vista dos autos. (Incluído
§ 4o A acusação poderá replicar e a defesa treplicar, sendo pela Lei nº 11.689, de 2008)
admitida a reinquirição de testemunha já ouvida em
plenário. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) § 3o Os jurados, nesta fase do procedimento, terão acesso
aos autos e aos instrumentos do crime se solicitarem ao juiz
Art. 477. O tempo destinado à acusação e à defesa será de presidente. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
uma hora e meia para cada, e de uma hora para a réplica e
outro tanto para a tréplica. (Redação dada pela Lei nº Art. 481. Se a verificação de qualquer fato, reconhecida
11.689, de 2008) como essencial para o julgamento da causa, não puder ser
realizada imediatamente, o juiz presidente dissolverá o
§ 1o Havendo mais de um acusador ou mais de um defensor, Conselho, ordenando a realização das diligências
combinarão entre si a distribuição do tempo, que, na falta
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entendidas necessárias. (Redação dada pela Lei nº I – causa de diminuição de pena alegada pela
11.689, de 2008) defesa; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único. Se a diligência consistir na produção de II – circunstância qualificadora ou causa de aumento de
prova pericial, o juiz presidente, desde logo, nomeará perito pena, reconhecidas na pronúncia ou em decisões
e formulará quesitos, facultando às partes também formulá- posteriores que julgaram admissível a
los e indicar assistentes técnicos, no prazo de 5 (cinco) acusação. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
dias. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 4o Sustentada a desclassificação da infração para outra de
SEÇÃO XIII competência do juiz singular, será formulado quesito a
DO QUESTIONÁRIO E SUA VOTAÇÃO respeito, para ser respondido após o 2o (segundo) ou
3o (terceiro) quesito, conforme o caso. (Incluído pela
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 482. O Conselho de Sentença será questionado sobre § 5o Sustentada a tese de ocorrência do crime na sua forma
matéria de fato e se o acusado deve ser tentada ou havendo divergência sobre a tipificação do
absolvido. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) delito, sendo este da competência do Tribunal do Júri, o juiz
Parágrafo único. Os quesitos serão redigidos em formulará quesito acerca destas questões, para ser
proposições afirmativas, simples e distintas, de modo que respondido após o segundo quesito. (Incluído pela Lei
cada um deles possa ser respondido com suficiente clareza nº 11.689, de 2008)
e necessária precisão. Na sua elaboração, o presidente § 6o Havendo mais de um crime ou mais de um acusado, os
levará em conta os termos da pronúncia ou das decisões quesitos serão formulados em séries
posteriores que julgaram admissível a acusação, do distintas. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
interrogatório e das alegações das partes. (Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008) Art. 484. A seguir, o presidente lerá os quesitos e indagará
das partes se têm requerimento ou reclamação a fazer,
Art. 483. Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, devendo qualquer deles, bem como a decisão, constar da
indagando sobre: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de ata. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
2008)
Parágrafo único. Ainda em plenário, o juiz presidente
I – a materialidade do fato; (Incluído pela Lei nº 11.689, explicará aos jurados o significado de cada
de 2008) quesito. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
II – a autoria ou participação; (Incluído pela Lei nº Art. 485. Não havendo dúvida a ser esclarecida, o juiz
11.689, de 2008) presidente, os jurados, o Ministério Público, o assistente, o
III – se o acusado deve ser absolvido; (Incluído pela Lei querelante, o defensor do acusado, o escrivão e o oficial de
nº 11.689, de 2008) justiça dirigir-se-ão à sala especial a fim de ser procedida a
votação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela
defesa; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) § 1o Na falta de sala especial, o juiz presidente determinará
que o público se retire, permanecendo somente as pessoas
V – se existe circunstância qualificadora ou causa de mencionadas no caput deste artigo. (Incluído pela Lei
aumento de pena reconhecidas na pronúncia ou em nº 11.689, de 2008)
decisões posteriores que julgaram admissível a
acusação. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) § 2o O juiz presidente advertirá as partes de que não será
permitida qualquer intervenção que possa perturbar a livre
§ 1o A resposta negativa, de mais de 3 (três) jurados, a manifestação do Conselho e fará retirar da sala quem se
qualquer dos quesitos referidos nos incisos I e II portar inconvenientemente. (Incluído pela Lei nº
do caput deste artigo encerra a votação e implica a 11.689, de 2008)
absolvição do acusado. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
2008) Art. 486. Antes de proceder-se à votação de cada quesito, o
juiz presidente mandará distribuir aos jurados pequenas
§ 2o Respondidos afirmativamente por mais de 3 (três) cédulas, feitas de papel opaco e facilmente dobráveis,
jurados os quesitos relativos aos incisos I e II do caput deste contendo 7 (sete) delas a palavra sim, 7 (sete) a
artigo será formulado quesito com a seguinte palavra não. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
redação: (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 2008)
O jurado absolve o acusado? Art. 487. Para assegurar o sigilo do voto, o oficial de justiça
o
§ 3 Decidindo os jurados pela condenação, o julgamento recolherá em urnas separadas as cédulas correspondentes
prossegue, devendo ser formulados quesitos aos votos e as não utilizadas. (Redação dada pela Lei nº
sobre: (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 11.689, de 2008)

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Art. 488. Após a resposta, verificados os votos e as cédulas f) estabelecerá os efeitos genéricos e específicos da
não utilizadas, o presidente determinará que o escrivão condenação; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
registre no termo a votação de cada quesito, bem como o
II – no caso de absolvição: (Redação dada pela Lei nº
resultado do julgamento. (Redação dada pela Lei nº
11.689, de 2008)
11.689, de 2008)
a) mandará colocar em liberdade o acusado se por outro
Parágrafo único. Do termo também constará a conferência
motivo não estiver preso; (Redação dada pela Lei nº
das cédulas não utilizadas. (Incluído pela Lei nº 11.689,
11.689, de 2008)
de 2008)
b) revogará as medidas restritivas provisoriamente
Art. 489. As decisões do Tribunal do Júri serão tomadas por
decretadas; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
maioria de votos. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
2008) c) imporá, se for o caso, a medida de segurança
cabível. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 490. Se a resposta a qualquer dos quesitos estiver em
contradição com outra ou outras já dadas, o presidente, § 1o Se houver desclassificação da infração para outra, de
explicando aos jurados em que consiste a contradição, competência do juiz singular, ao presidente do Tribunal do
submeterá novamente à votação os quesitos a que se Júri caberá proferir sentença em seguida, aplicando-se,
referirem tais respostas. (Redação dada pela Lei nº quando o delito resultante da nova tipificação for
11.689, de 2008) considerado pela lei como infração penal de menor
potencial ofensivo, o disposto nos arts. 69 e seguintes da Lei
Parágrafo único. Se, pela resposta dada a um dos quesitos,
no 9.099, de 26 de setembro de 1995. (Redação dada
o presidente verificar que ficam prejudicados os seguintes,
pela Lei nº 11.689, de 2008)
assim o declarará, dando por finda a votação. (Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008) § 2o Em caso de desclassificação, o crime conexo que não
seja doloso contra a vida será julgado pelo juiz presidente do
Art. 491. Encerrada a votação, será o termo a que se refere
Tribunal do Júri, aplicando-se, no que couber, o disposto no
o art. 488 deste Código assinado pelo presidente, pelos
§ 1o deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
jurados e pelas partes. (Redação dada pela Lei nº
2008)
11.689, de 2008)
§ 3º O presidente poderá, excepcionalmente, deixar de
SEÇÃO XIV
autorizar a execução provisória das penas de que trata a
DA SENTENÇA
alínea e do inciso I do caput deste artigo, se houver questão
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) substancial cuja resolução pelo tribunal ao qual competir o
julgamento possa plausivelmente levar à revisão da
Art. 492. Em seguida, o presidente proferirá sentença condenação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
que: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) (Vigência)
I – no caso de condenação: (Redação dada pela Lei nº § 4º A apelação interposta contra decisão condenatória do
11.689, de 2008) Tribunal do Júri a uma pena igual ou superior a 15 (quinze)
a) fixará a pena-base; (Incluído pela Lei nº 11.689, de anos de reclusão não terá efeito suspensivo. (Incluído pela
2008) Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

b) considerará as circunstâncias agravantes ou atenuantes § 5º Excepcionalmente, poderá o tribunal atribuir efeito


alegadas nos debates; (Incluído pela Lei nº 11.689, de suspensivo à apelação de que trata o § 4º deste artigo,
2008) quando verificado cumulativamente que o recurso:
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
c) imporá os aumentos ou diminuições da pena, em atenção
às causas admitidas pelo júri; (Incluído pela Lei nº I - não tem propósito meramente protelatório; e (Incluído
11.689, de 2008) pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
d) observará as demais disposições do art. 387 deste II - levanta questão substancial e que pode resultar em
Código; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) absolvição, anulação da sentença, novo julgamento ou
redução da pena para patamar inferior a 15 (quinze) anos de
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à reclusão.
prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da
prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena § 6º O pedido de concessão de efeito suspensivo poderá ser
igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, determinará feito incidentemente na apelação ou por meio de petição
a execução provisória das penas, com expedição do em separado dirigida diretamente ao relator, instruída com
mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do cópias da sentença condenatória, das razões da apelação e
conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos; de prova da tempestividade, das contrarrazões e das demais
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
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peças necessárias à compreensão da controvérsia. XIV – os debates e as alegações das partes com os
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) respectivos fundamentos; (Redação dada pela Lei nº
11.689, de 2008)
Art. 493. A sentença será lida em plenário pelo presidente
antes de encerrada a sessão de instrução e XV – os incidentes; (Redação dada pela Lei nº 11.689,
julgamento. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de de 2008)
2008)
XVI – o julgamento da causa; (Redação dada pela Lei nº
SEÇÃO XV 11.689, de 2008)
DA ATA DOS TRABALHOS XVII – a publicidade dos atos da instrução plenária, das
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) diligências e da sentença. (Redação dada pela Lei nº
11.689, de 2008)
Art. 494. De cada sessão de julgamento o escrivão lavrará
ata, assinada pelo presidente e pelas partes. (Redação Art. 496. A falta da ata sujeitará o responsável a sanções
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) administrativa e penal. (Redação dada pela Lei nº
11.689, de 2008)
Art. 495. A ata descreverá fielmente todas as ocorrências,
mencionando obrigatoriamente: (Redação dada pela SEÇÃO XVI
Lei nº 11.689, de 2008) DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DO
JÚRI
I – a data e a hora da instalação dos trabalhos; (Redação
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
II – o magistrado que presidiu a sessão e os jurados Art. 497. São atribuições do juiz presidente do Tribunal do
presentes; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Júri, além de outras expressamente referidas neste
Código: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
III – os jurados que deixaram de comparecer, com escusa ou
sem ela, e as sanções aplicadas; (Redação dada pela Lei I – regular a polícia das sessões e prender os
nº 11.689, de 2008) desobedientes; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
IV – o ofício ou requerimento de isenção ou 2008)
dispensa ; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) II – requisitar o auxílio da força pública, que ficará sob sua
exclusiva autoridade; (Redação dada pela Lei nº
V – o sorteio dos jurados suplentes; (Redação dada pela
11.689, de 2008)
Lei nº 11.689, de 2008)
III – dirigir os debates, intervindo em caso de abuso, excesso
VI – o adiamento da sessão, se houver ocorrido, com a
de linguagem ou mediante requerimento de uma das
indicação do motivo; (Redação dada pela Lei nº 11.689,
partes; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
de 2008)
IV – resolver as questões incidentes que não dependam de
VII – a abertura da sessão e a presença do Ministério Público,
pronunciamento do júri; (Redação dada pela Lei nº
do querelante e do assistente, se houver, e a do defensor do
11.689, de 2008)
acusado; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
V – nomear defensor ao acusado, quando considerá-lo
VIII – o pregão e a sanção imposta, no caso de não
indefeso, podendo, neste caso, dissolver o Conselho e
comparecimento; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
designar novo dia para o julgamento, com a nomeação ou a
2008)
constituição de novo defensor; (Redação dada pela Lei
IX – as testemunhas dispensadas de depor; (Redação nº 11.689, de 2008)
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
VI – mandar retirar da sala o acusado que dificultar a
X – o recolhimento das testemunhas a lugar de onde umas realização do julgamento, o qual prosseguirá sem a sua
não pudessem ouvir o depoimento das presença; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
outras; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
VII – suspender a sessão pelo tempo indispensável à
XI – a verificação das cédulas pelo juiz realização das diligências requeridas ou entendidas
presidente; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) necessárias, mantida a incomunicabilidade dos
XII – a formação do Conselho de Sentença, com o registro jurados; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
dos nomes dos jurados sorteados e recusas; (Redação VIII – interromper a sessão por tempo razoável, para proferir
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) sentença e para repouso ou refeição dos
XIII – o compromisso e o interrogatório, com simples jurados; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
referência ao termo; (Redação dada pela Lei nº 11.689, IX – decidir, de ofício, ouvidos o Ministério Público e a
de 2008) defesa, ou a requerimento de qualquer destes, a argüição de
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extinção de punibilidade; (Redação dada pela Lei nº do delito ou com declaração fundamentada da
11.689, de 2008) impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas.
X – resolver as questões de direito suscitadas no curso do Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou
julgamento; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará
2008) a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro
do prazo de quinze dias.
XI – determinar, de ofício ou a requerimento das partes ou
de qualquer jurado, as diligências destinadas a sanar Parágrafo único. Se não for conhecida a residência do
nulidade ou a suprir falta que prejudique o esclarecimento acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz, ser-lhe-
da verdade; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a resposta
preliminar.
XII – regulamentar, durante os debates, a intervenção de
uma das partes, quando a outra estiver com a palavra, Art. 515. No caso previsto no artigo anterior, durante o
podendo conceder até 3 (três) minutos para cada aparte prazo concedido para a resposta, os autos permanecerão
requerido, que serão acrescidos ao tempo desta em cartório, onde poderão ser examinados pelo acusado ou
última.(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) por seu defensor.
CAPÍTULO III Parágrafo único. A resposta poderá ser instruída com
DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES DA documentos e justificações.
COMPETÊNCIA DO JUIZ SINGULAR Art. 516. O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho
Art. 498. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008). fundamentado, se convencido, pela resposta do acusado ou
do seu defensor, da inexistência do crime ou da
Art. 499. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008). improcedência da ação.
Art. 500. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008). Art. 517. Recebida a denúncia ou a queixa, será o acusado
Art. 501. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008). citado, na forma estabelecida no Capítulo I do Título X do
Livro I.
Art. 502. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 518. Na instrução criminal e nos demais termos do
TÍTULO II processo, observar-se-á o disposto nos Capítulos I e III,
DOS PROCESSOS ESPECIAIS Título I, deste Livro.
CAPÍTULO I
TÍTULO II
DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES DE
DOS RECURSOS EM GERAL
FALÊNCIA
CAPÍTULO I
Art. 503. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005) DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 504. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005) Art. 574. Os recursos serão voluntários, excetuando-se os
Art. 505. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005) seguintes casos, em que deverão ser interpostos, de ofício,
pelo juiz:
Art. 506. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005)
I - da sentença que conceder habeas corpus;
Art. 507. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005)
II - da que absolver desde logo o réu com fundamento na
Art. 508. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005) existência de circunstância que exclua o crime ou isente o
Art. 509. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005) réu de pena, nos termos do art. 411.

Art. 510. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005) Art. 575. Não serão prejudicados os recursos que, por erro,
falta ou omissão dos funcionários, não tiverem seguimento
Art. 511. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005) ou não forem apresentados dentro do prazo.
Art. 512. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005) Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso
CAPÍTULO II que haja interposto.
DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES DE Art. 577. O recurso poderá ser interposto pelo Ministério
RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS Público, ou pelo querelante, ou pelo réu, seu procurador ou
seu defensor.
Art. 513. Os crimes de responsabilidade dos funcionários
públicos, cujo processo e julgamento competirão aos juízes Parágrafo único. Não se admitirá, entretanto, recurso da
de direito, a queixa ou a denúncia será instruída com parte que não tiver interesse na reforma ou modificação da
documentos ou justificação que façam presumir a existência decisão.

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Art. 578. O recurso será interposto por petição ou por termo XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou
nos autos, assinado pelo recorrente ou por seu em parte;
representante.
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
§ 1o Não sabendo ou não podendo o réu assinar o nome, o
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;
termo será assinado por alguém, a seu rogo, na presença de
duas testemunhas. XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de
questão prejudicial;
§ 2o A petição de interposição de recurso, com o despacho
do juiz, será, até o dia seguinte ao último do prazo, entregue XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
ao escrivão, que certificará no termo da juntada a data da
XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
entrega.
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar
§ 3o Interposto por termo o recurso, o escrivão, sob pena de
a sentença em julgado;
suspensão por dez a trinta dias, fará conclusos os autos ao
juiz, até o dia seguinte ao último do prazo. XX - que impuser medida de segurança por transgressão de
outra;
Art. 579. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será
prejudicada pela interposição de um recurso por outro. XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos
casos do art. 774;
Parágrafo único. Se o juiz, desde logo, reconhecer a
impropriedade do recurso interposto pela parte, mandará XXII - que revogar a medida de segurança;
processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível.
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos
Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal, casos em que a lei admita a revogação;
art. 25), a decisão do recurso interposto por um dos réus, se
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão
fundado em motivos que não sejam de caráter
simples.
exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros.
XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de
CAPÍTULO II
não persecução penal, previsto no art. 28-A desta Lei.
DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, Art. 582 - Os recursos serão sempre para o Tribunal de
despacho ou sentença: Apelação, salvo nos casos dos ns. V, X e XIV.
I - que não receber a denúncia ou a queixa; Parágrafo único. O recurso, no caso do no XIV, será para o
II - que concluir pela incompetência do juízo; presidente do Tribunal de Apelação.

III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de Art. 583. Subirão nos próprios autos os recursos:
suspeição; I - quando interpostos de oficio;
IV – que pronunciar o réu; (Redação dada pela Lei nº II - nos casos do art. 581, I, III, IV, VI, VIII e X;
11.689, de 2008)
III - quando o recurso não prejudicar o andamento do
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a processo.
fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou
revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão Parágrafo único. O recurso da pronúncia subirá em
em flagrante; (Redação dada pela Lei nº 7.780, de traslado, quando, havendo dois ou mais réus, qualquer deles
22.6.1989) se conformar com a decisão ou todos não tiverem sido ainda
intimados da pronúncia.
VI - (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 584. Os recursos terão efeito suspensivo nos casos de
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor; perda da fiança, de concessão de livramento condicional e
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, dos ns. XV, XVII e XXIV do art. 581.
extinta a punibilidade; § 1o Ao recurso interposto de sentença de impronúncia ou
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição no caso do no VIII do art. 581, aplicar-se-á o disposto
ou de outra causa extintiva da punibilidade; nos arts. 596 e 598.

X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; § 2o O recurso da pronúncia suspenderá tão-somente o
julgamento.
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional
da pena;
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
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§ 3o O recurso do despacho que julgar quebrada a fiança I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição
suspenderá unicamente o efeito de perda da metade do seu proferidas por juiz singular; (Redação dada pela Lei
valor. nº 263, de 23.2.1948)
Art. 585. O réu não poderá recorrer da pronúncia senão II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas,
depois de preso, salvo se prestar fiança, nos casos em que a proferidas por juiz singular nos casos não previstos no
lei a admitir. Capítulo anterior; (Redação dada pela Lei nº 263, de
23.2.1948)
Art. 586. O recurso voluntário poderá ser interposto no
prazo de cinco dias. III - das decisões do Tribunal do Júri,
quando: (Redação dada pela Lei nº 263, de
Parágrafo único. No caso do art. 581, XIV, o prazo será de
23.2.1948)
vinte dias, contado da data da publicação definitiva da lista
de jurados. a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; (Redação
dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
Art. 587. Quando o recurso houver de subir por
instrumento, a parte indicará, no respectivo termo, ou em b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa
requerimento avulso, as peças dos autos de que pretenda ou à decisão dos jurados; (Redação dada pela Lei nº
traslado. 263, de 23.2.1948)
Parágrafo único. O traslado será extraído, conferido e c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou
concertado no prazo de cinco dias, e dele constarão sempre da medida de segurança; (Redação dada pela Lei nº
a decisão recorrida, a certidão de sua intimação, se por outra 263, de 23.2.1948)
forma não for possível verificar-se a oportunidade do
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à
recurso, e o termo de interposição.
prova dos autos. (Incluído pela Lei nº 263, de
Art. 588. Dentro de dois dias, contados da interposição do 23.2.1948)
recurso, ou do dia em que o escrivão, extraído o traslado, o
§ 1o Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei
fizer com vista ao recorrente, este oferecerá as razões e, em
expressa ou divergir das respostas dos jurados aos quesitos,
seguida, será aberta vista ao recorrido por igual prazo.
o tribunal ad quem fará a devida retificação. (Incluído
Parágrafo único. Se o recorrido for o réu, será intimado do pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
prazo na pessoa do defensor.
§ 2o Interposta a apelação com fundamento no no III, c,
Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o deste artigo, o tribunal ad quem, se Ihe der provimento,
recurso concluso ao juiz, que, dentro de dois dias, reformará retificará a aplicação da pena ou da medida de
ou sustentará o seu despacho, mandando instruir o recurso segurança. (Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
com os traslados que Ihe parecerem necessários.
§ 3o Se a apelação se fundar no no III, d, deste artigo, e o
Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho recorrido, a tribunal ad quem se convencer de que a decisão dos jurados
parte contrária, por simples petição, poderá recorrer da é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á
nova decisão, se couber recurso, não sendo mais lícito ao provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se
juiz modificá-la. Neste caso, independentemente de novos admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda
arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em apelação. (Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
traslado.
§ 4o Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o
Art. 590. Quando for impossível ao escrivão extrair o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da
traslado no prazo da lei, poderá o juiz prorrogá-lo até o decisão se recorra. (Parágrafo único renumerado pela
dobro. Lei nº 263, de 23.2.1948)
Art. 591. Os recursos serão apresentados ao juiz ou Art. 594. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
tribunal ad quem, dentro de cinco dias da publicação da
Art. 595. (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
resposta do juiz a quo, ou entregues ao Correio dentro do
mesmo prazo. Art. 596. A apelação da sentença absolutória não impedirá
que o réu seja posto imediatamente em
Art. 592. Publicada a decisão do juiz ou do tribunal ad quem,
liberdade. (Redação dada pela Lei nº 5.941, de
deverão os autos ser devolvidos, dentro de cinco dias, ao
22.11.1973)
juiz a quo.
Parágrafo único. A apelação não suspenderá a execução da
CAPÍTULO III
medida de segurança aplicada
DA APELAÇÃO provisoriamente. (Redação dada pela Lei nº 5.941, de
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) 22.11.1973)
dias: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
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Art. 597. A apelação de sentença condenatória terá efeito Art. 603. A apelação subirá nos autos originais e, a não ser
suspensivo, salvo o disposto no art. 393, a aplicação no Distrito Federal e nas comarcas que forem sede de
provisória de interdições de direitos e de medidas de Tribunal de Apelação, ficará em cartório traslado dos termos
segurança (arts. 374 e 378), e o caso de suspensão essenciais do processo referidos no art. 564, n. III.
condicional de pena.
Art. 604. (Revogado pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou
Art. 605. (Revogado pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
do juiz singular, se da sentença não for interposta apelação
pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou Art. 606. (Revogado pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
qualquer das pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não
CAPÍTULO IV
se tenha habilitado como assistente, poderá interpor
DO PROTESTO POR NOVO JÚRI
apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo.
Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)
será de quinze dias e correrá do dia em que terminar o do Art. 607. (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)
Ministério Público.
Art. 608. (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 599. As apelações poderão ser interpostas quer em
relação a todo o julgado, quer em relação a parte dele. CAPÍTULO V
DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS RECURSOS
Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, EM SENTIDO ESTRITO E DAS APELAÇÕES, NOS
depois dele, o apelado terão o prazo de oito dias cada um TRIBUNAIS DE APELAÇÃO
para oferecer razões, salvo nos processos de contravenção,
em que o prazo será de três dias. Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados
pelos Tribunais de Justiça, câmaras ou turmas criminais, de
§ 1o Se houver assistente, este arrazoará, no prazo de três
acordo com a competência estabelecida nas leis de
dias, após o Ministério Público.
organização judiciária. (Redação dada pela Lei nº
§ 2o Se a ação penal for movida pela parte ofendida, o 1.720-B, de 3.11.1952)
Ministério Público terá vista dos autos, no prazo do
Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de
parágrafo anterior.
segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se
§ 3o Quando forem dois ou mais os apelantes ou apelados, embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser
os prazos serão comuns. opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de
acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os
§ 4o Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao
embargos serão restritos à matéria objeto de
interpor a apelação, que deseja arrazoar na superior
divergência. (Incluído pela Lei nº 1.720-B, de
instância serão os autos remetidos ao tribunal ad quem
3.11.1952)
onde será aberta vista às partes, observados os prazos
legais, notificadas as partes pela publicação Art. 610. Nos recursos em sentido estrito, com exceção do
oficial. (Incluído pela Lei nº 4.336, de 1º.6.1964) de habeas corpus, e nas apelações interpostas das
sentenças em processo de contravenção ou de crime a que
Art. 601. Findos os prazos para razões, os autos serão
a lei comine pena de detenção, os autos irão imediatamente
remetidos à instância superior, com as razões ou sem elas,
com vista ao procurador-geral pelo prazo de cinco dias, e,
no prazo de 5 (cinco) dias, salvo no caso do art. 603, segunda
em seguida, passarão, por igual prazo, ao relator, que pedirá
parte, em que o prazo será de trinta dias.
designação de dia para o julgamento.
§ 1o Se houver mais de um réu, e não houverem todos sido
Parágrafo único. Anunciado o julgamento pelo presidente,
julgados, ou não tiverem todos apelado, caberá ao apelante
e apregoadas as partes, com a presença destas ou à sua
promover extração do traslado dos autos, o qual deverá ser
revelia, o relator fará a exposição do feito e, em seguida, o
remetido à instância superior no prazo de trinta dias,
presidente concederá, pelo prazo de 10 (dez) minutos, a
contado da data da entrega das últimas razões de apelação,
palavra aos advogados ou às partes que a solicitarem e ao
ou do vencimento do prazo para a apresentação das do
procurador-geral, quando o requerer, por igual prazo.
apelado.
Art. 612. Os recursos de habeas corpus, designado o
§ 2o As despesas do traslado correrão por conta de quem o
relator, serão julgados na primeira sessão.
solicitar, salvo se o pedido for de réu pobre ou do Ministério
Público. Art. 613. As apelações interpostas das sentenças proferidas
em processos por crime a que a lei comine pena de reclusão,
Art. 602. Os autos serão, dentro dos prazos do artigo
deverão ser processadas e julgadas pela forma estabelecida
anterior, apresentados ao tribunal ad quem ou entregues ao
no Art. 610, com as seguintes modificações:
Correio, sob registro.

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I - exarado o relatório nos autos, passarão estes ao revisor, II - quando a sentença condenatória se fundar em
que terá igual prazo para o exame do processo e pedirá depoimentos, exames ou documentos comprovadamente
designação de dia para o julgamento; falsos;
II - os prazos serão ampliados ao dobro; III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas
de inocência do condenado ou de circunstância que
III - o tempo para os debates será de um quarto de hora.
determine ou autorize diminuição especial da pena.
Art. 614. No caso de impossibilidade de observância de
Art. 622. A revisão poderá ser requerida em qualquer
qualquer dos prazos marcados nos arts. 610 e 613, os
tempo, antes da extinção da pena ou após.
motivos da demora serão declarados nos autos.
Parágrafo único. Não será admissível a reiteração do
Art. 615. O tribunal decidirá por maioria de votos.
pedido, salvo se fundado em novas provas.
§ 1o Havendo empate de votos no julgamento de recursos,
Art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou
se o presidente do tribunal, câmara ou turma, não tiver
por procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte
tomado parte na votação, proferirá o voto de desempate; no
do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
caso contrário, prevalecerá a decisão mais favorável ao réu.
Art. 624. As revisões criminais serão processadas e
§ 2o O acórdão será apresentado à conferência na primeira
julgadas: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 504, de
sessão seguinte à do julgamento, ou no prazo de duas
18.3.1969)
sessões, pelo juiz incumbido de lavrá-lo.
I - pelo Supremo Tribunal Federal, quanto às condenações
Art. 616. No julgamento das apelações poderá o tribunal,
por ele proferidas; (Redação dada pelo Decreto-lei nº
câmara ou turma proceder a novo interrogatório do
504, de 18.3.1969)
acusado, reinquirir testemunhas ou determinar outras
diligências. II - pelo Tribunal Federal de Recursos, Tribunais de Justiça
ou de Alçada, nos demais casos. (Redação dada pelo
Art. 617. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas
Decreto-lei nº 504, de 18.3.1969)
decisões ao disposto nos arts. 383, 386 e 387, no que for
aplicável, não podendo, porém, ser agravada a pena, § 1o No Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Federal de
quando somente o réu houver apelado da sentença. Recursos o processo e julgamento obedecerão ao que for
estabelecido no respectivo regimento
Art. 618. Os regimentos dos Tribunais de Apelação
interno. (Incluído pelo Decreto-lei nº 504, de
estabelecerão as normas complementares para o processo
18.3.1969)
e julgamento dos recursos e apelações.
§ 2o Nos Tribunais de Justiça ou de Alçada, o julgamento
CAPÍTULO VI
será efetuado pelas câmaras ou turmas criminais, reunidas
DOS EMBARGOS
em sessão conjunta, quando houver mais de uma, e, no caso
Art. 619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de contrário, pelo tribunal pleno. (Incluído pelo
Apelação, câmaras ou turmas, poderão ser opostos Decreto-lei nº 504, de 18.3.1969)
embargos de declaração, no prazo de dois dias contados da § 3o Nos tribunais onde houver quatro ou mais câmaras ou
sua publicação, quando houver na sentença ambiguidade, turmas criminais, poderão ser constituídos dois ou mais
obscuridade, contradição ou omissão. grupos de câmaras ou turmas para o julgamento de revisão,
Art. 620. Os embargos de declaração serão deduzidos em obedecido o que for estabelecido no respectivo regimento
requerimento de que constem os pontos em que o acórdão interno. (Incluído pelo Decreto-lei nº 504, de
é ambíguo, obscuro, contraditório ou omisso. 18.3.1969)
§ 1o O requerimento será apresentado pelo relator e Art. 625. O requerimento será distribuído a um relator e a
julgado, independentemente de revisão, na primeira sessão. um revisor, devendo funcionar como relator um
desembargador que não tenha pronunciado decisão em
§ 2o Se não preenchidas as condições enumeradas neste qualquer fase do processo.
artigo, o relator indeferirá desde logo o requerimento.
§ 1o O requerimento será instruído com a certidão de haver
CAPÍTULO VII passado em julgado a sentença condenatória e com as peças
DA REVISÃO necessárias à comprovação dos fatos argüidos.
Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida: § 2o O relator poderá determinar que se apensem os autos
I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto originais, se daí não advier dificuldade à execução normal da
expresso da lei penal ou à evidência dos autos; sentença.
§ 3o Se o relator julgar insuficientemente instruído o pedido
e inconveniente ao interesse da justiça que se apensem os
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autos originais, indeferi-lo-á in limine, dando recurso para as Art. 636. (Revogado pela Lei nº 3.396, de 2.6.1958):
câmaras reunidas ou para o tribunal, conforme o caso
Art. 637. O recurso extraordinário não tem efeito
(art. 624, parágrafo único).
suspensivo, e uma vez arrazoados pelo recorrido os autos do
§ 4o Interposto o recurso por petição e independentemente traslado, os originais baixarão à primeira instância, para a
de termo, o relator apresentará o processo em mesa para o execução da sentença.
julgamento e o relatará, sem tomar parte na discussão.
Art. 638. O recurso extraordinário e o recurso especial serão
§ 5o Se o requerimento não for indeferido in limine, abrir-se- processados e julgados no Supremo Tribunal Federal e no
á vista dos autos ao procurador-geral, que dará parecer no Superior Tribunal de Justiça na forma estabelecida por leis
prazo de dez dias. Em seguida, examinados os autos, especiais, pela lei processual civil e pelos respectivos
sucessivamente, em igual prazo, pelo relator e revisor, regimentos internos. (Redação dada pela Lei nº 13.964,
julgar-se-á o pedido na sessão que o presidente designar. de 2019)
Art. 626. Julgando procedente a revisão, o tribunal poderá CAPÍTULO IX
alterar a classificação da infração, absolver o réu, modificar DA CARTA TESTEMUNHÁVEL
a pena ou anular o processo.
Art. 639. Dar-se-á carta testemunhável:
Parágrafo único. De qualquer maneira, não poderá ser
agravada a pena imposta pela decisão revista. I - da decisão que denegar o recurso;

Art. 627. A absolvição implicará o restabelecimento de II - da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua
todos os direitos perdidos em virtude da condenação, expedição e seguimento para o juízo ad quem.
devendo o tribunal, se for caso, impor a medida de Art. 640. A carta testemunhável será requerida ao escrivão,
segurança cabível. ou ao secretário do tribunal, conforme o caso, nas quarenta
Art. 628. Os regimentos internos dos Tribunais de Apelação e oito horas seguintes ao despacho que denegar o recurso,
estabelecerão as normas complementares para o processo indicando o requerente as peças do processo que deverão
e julgamento das revisões criminais. ser trasladadas.

Art. 629. À vista da certidão do acórdão que cassar a Art. 641. O escrivão, ou o secretário do tribunal, dará recibo
sentença condenatória, o juiz mandará juntá-la da petição à parte e, no prazo máximo de cinco dias, no caso
imediatamente aos autos, para inteiro cumprimento da de recurso no sentido estrito, ou de sessenta dias, no caso
decisão. de recurso extraordinário, fará entrega da carta,
devidamente conferida e concertada.
Art. 630. O tribunal, se o interessado o requerer, poderá
reconhecer o direito a uma justa indenização pelos prejuízos Art. 642. O escrivão, ou o secretário do tribunal, que se
sofridos. negar a dar o recibo, ou deixar de entregar, sob qualquer
pretexto, o instrumento, será suspenso por trinta dias. O
§ 1o Por essa indenização, que será liquidada no juízo cível, juiz, ou o presidente do Tribunal de Apelação, em face de
responderá a União, se a condenação tiver sido proferida representação do testemunhante, imporá a pena e mandará
pela justiça do Distrito Federal ou de Território, ou o Estado, que seja extraído o instrumento, sob a mesma sanção, pelo
se o tiver sido pela respectiva justiça. substituto do escrivão ou do secretário do tribunal. Se o
§ 2o A indenização não será devida: testemunhante não for atendido, poderá reclamar ao
presidente do tribunal ad quem, que avocará os autos, para
a) se o erro ou a injustiça da condenação proceder de ato ou o efeito do julgamento do recurso e imposição da pena.
falta imputável ao próprio impetrante, como a confissão ou
a ocultação de prova em seu poder; Art. 643. Extraído e autuado o instrumento, observar-se-á o
disposto nos arts. 588 a 592, no caso de recurso em sentido
b) se a acusação houver sido meramente privada. estrito, ou o processo estabelecido para o recurso
Art. 631. Quando, no curso da revisão, falecer a pessoa, cuja extraordinário, se deste se tratar.
condenação tiver de ser revista, o presidente do tribunal Art. 644. O tribunal, câmara ou turma a que competir o
nomeará curador para a defesa. julgamento da carta, se desta tomar conhecimento,
CAPÍTULO VIII mandará processar o recurso, ou, se estiver suficientemente
DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO instruída, decidirá logo, de meritis.
Art. 645. O processo da carta testemunhável na instância
Art. 632. (Revogado pela Lei nº 3.396, de 2.6.1958):
superior seguirá o processo do recurso denegado.
Art. 633. (Revogado pela Lei nº 3.396, de 2.6.1958):
Art. 646. A carta testemunhável não terá efeito
Art. 634. (Revogado pela Lei nº 3.396, de 2.6.1958): suspensivo.
Art. 635. (Revogado pela Lei nº 3.396, de 2.6.1958):
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CAPÍTULO X que, por má-fé ou evidente abuso de poder, tiver


DO HABEAS CORPUS E SEU PROCESSO determinado a coação.

Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém Parágrafo único. Neste caso, será remetida ao Ministério
sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação Público cópia das peças necessárias para ser promovida a
ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição responsabilidade da autoridade.
disciplinar. Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como
pelo Ministério Público.
I - quando não houver justa causa;
§ 1o A petição de habeas corpus conterá:
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que
determina a lei; a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer
violência ou coação e o de quem exercer a violência, coação
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência ou ameaça;
para fazê-lo;
b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso
IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a de simples ameaça de coação, as razões em que funda o seu
coação; temor;
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo,
casos em que a lei a autoriza; quando não souber ou não puder escrever, e a designação
VI - quando o processo for manifestamente nulo; das respectivas residências.

VII - quando extinta a punibilidade. § 2o Os juízes e os tribunais têm competência para expedir
de ofício ordem de habeas corpus, quando no curso de
Art. 649. O juiz ou o tribunal, dentro dos limites da sua processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência
jurisdição, fará passar imediatamente a ordem impetrada, de sofrer coação ilegal.
nos casos em que tenha cabimento, seja qual for a
autoridade coatora. Art. 655. O carcereiro ou o diretor da prisão, o escrivão, o
oficial de justiça ou a autoridade judiciária ou policial que
Art. 650. Competirá conhecer, originariamente, do pedido embaraçar ou procrastinar a expedição de ordem de habeas
de habeas corpus: corpus, as informações sobre a causa da prisão, a condução
I - ao Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos e apresentação do paciente, ou a sua soltura, será multado
no Art. 101, I, g, da Constituição; na quantia de duzentos mil-réis a um conto de réis, sem
prejuízo das penas em que incorrer. As multas serão
II - aos Tribunais de Apelação, sempre que os atos de impostas pelo juiz do tribunal que julgar o habeas corpus,
violência ou coação forem atribuídos aos governadores ou salvo quando se tratar de autoridade judiciária, caso em que
interventores dos Estados ou Territórios e ao prefeito do caberá ao Supremo Tribunal Federal ou ao Tribunal de
Distrito Federal, ou a seus secretários, ou aos chefes de Apelação impor as multas.
Polícia.
Art. 656. Recebida a petição de habeas corpus, o juiz, se
§ 1o A competência do juiz cessará sempre que a violência julgar necessário, e estiver preso o paciente, mandará que
ou coação provier de autoridade judiciária de igual ou este Ihe seja imediatamente apresentado em dia e hora que
superior jurisdição. designar.
§ 2o Não cabe o habeas corpus contra a prisão Parágrafo único. Em caso de desobediência, será expedido
administrativa, atual ou iminente, dos responsáveis por mandado de prisão contra o detentor, que será processado
dinheiro ou valor pertencente à Fazenda Pública, na forma da lei, e o juiz providenciará para que o paciente
alcançados ou omissos em fazer o seu recolhimento nos seja tirado da prisão e apresentado em juízo.
prazos legais, salvo se o pedido for acompanhado de prova
de quitação ou de depósito do alcance verificado, ou se a Art. 657. Se o paciente estiver preso, nenhum motivo
prisão exceder o prazo legal. escusará a sua apresentação, salvo:
Art. 651. A concessão do habeas corpus não obstará, nem I - grave enfermidade do paciente;
porá termo ao processo, desde que este não esteja em Il - não estar ele sob a guarda da pessoa a quem se atribui a
conflito com os fundamentos daquela. detenção;
Art. 652. Se o habeas corpus for concedido em virtude de III - se o comparecimento não tiver sido determinado pelo
nulidade do processo, este será renovado. juiz ou pelo tribunal.
Art. 653. Ordenada a soltura do paciente em virtude
de habeas corpus, será condenada nas custas a autoridade
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Parágrafo único. O juiz poderá ir ao local em que o paciente Art. 664. Recebidas as informações, ou dispensadas,
se encontrar, se este não puder ser apresentado por motivo o habeas corpus será julgado na primeira sessão, podendo,
de doença. entretanto, adiar-se o julgamento para a sessão seguinte.
Art. 658. O detentor declarará à ordem de quem o paciente Parágrafo único. A decisão será tomada por maioria de
estiver preso. votos. Havendo empate, se o presidente não tiver tomado
parte na votação, proferirá voto de desempate; no caso
Art. 659. Se o juiz ou o tribunal verificar que já cessou a
contrário, prevalecerá a decisão mais favorável ao paciente.
violência ou coação ilegal, julgará prejudicado o pedido.
Art. 665. O secretário do tribunal lavrará a ordem que,
Art. 660. Efetuadas as diligências, e interrogado o paciente,
assinada pelo presidente do tribunal, câmara ou turma, será
o juiz decidirá, fundamentadamente, dentro de 24 (vinte e
dirigida, por ofício ou telegrama, ao detentor, ao carcereiro
quatro) horas.
ou autoridade que exercer ou ameaçar exercer o
§ 1o Se a decisão for favorável ao paciente, será logo posto constrangimento.
em liberdade, salvo se por outro motivo dever ser mantido
Parágrafo único. A ordem transmitida por telegrama
na prisão.
obedecerá ao disposto no art. 289, parágrafo único, in fine.
§ 2o Se os documentos que instruírem a petição
Art. 666. Os regimentos dos Tribunais de Apelação
evidenciarem a ilegalidade da coação, o juiz ou o tribunal
estabelecerão as normas complementares para o processo
ordenará que cesse imediatamente o constrangimento.
e julgamento do pedido de habeas corpus de sua
§ 3o Se a ilegalidade decorrer do fato de não ter sido o competência originária.
paciente admitido a prestar fiança, o juiz arbitrará o valor
Art. 667. No processo e julgamento do habeas corpus de
desta, que poderá ser prestada perante ele, remetendo,
competência originária do Supremo Tribunal Federal, bem
neste caso, à autoridade os respectivos autos, para serem
como nos de recurso das decisões de última ou única
anexados aos do inquérito policial ou aos do processo
instância, denegatórias de habeas corpus, observar-se-á,
judicial.
no que Ihes for aplicável, o disposto nos artigos anteriores,
§ 4o Se a ordem de habeas corpus for concedida para evitar devendo o regimento interno do tribunal estabelecer as
ameaça de violência ou coação ilegal, dar-se-á ao paciente regras complementares.
salvo-conduto assinado pelo juiz.
LIVRO IV
§ 5o Será incontinenti enviada cópia da decisão à autoridade DA EXECUÇÃO
que tiver ordenado a prisão ou tiver o paciente à sua TÍTULO I
disposição, a fim de juntar-se aos autos do processo. DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 6o Quando o paciente estiver preso em lugar que não seja Art. 668. A execução, onde não houver juiz especial,
o da sede do juízo ou do tribunal que conceder a ordem, o incumbirá ao juiz da sentença, ou, se a decisão for do
alvará de soltura será expedido pelo telégrafo, se houver, Tribunal do Júri, ao seu presidente.
observadas as formalidades estabelecidas no art. 289,
parágrafo único, in fine, ou por via postal. Parágrafo único. Se a decisão for de tribunal superior, nos
casos de sua competência originária, caberá ao respectivo
Art. 661. Em caso de competência originária do Tribunal de presidente prover-lhe a execução.
Apelação, a petição de habeas corpus será apresentada ao
secretário, que a enviará imediatamente ao presidente do Art. 669. Só depois de passar em julgado, será exeqüível a
tribunal, ou da câmara criminal, ou da turma, que estiver sentença, salvo:
reunida, ou primeiro tiver de reunir-se. I - quando condenatória, para o efeito de sujeitar o réu a
o
Art. 662. Se a petição contiver os requisitos do art. 654, § 1 , prisão, ainda no caso de crime afiançável, enquanto não for
o presidente, se necessário, requisitará da autoridade prestada a fiança;
indicada como coatora informações por escrito. Faltando, II - quando absolutória, para o fim de imediata soltura do
porém, qualquer daqueles requisitos, o presidente mandará réu, desde que não proferida em processo por crime a que a
preenchê-lo, logo que Ihe for apresentada a petição. lei comine pena de reclusão, no máximo, por tempo igual ou
Art. 663. As diligências do artigo anterior não serão superior a oito anos.
ordenadas, se o presidente entender que o habeas Art. 670. No caso de decisão absolutória confirmada ou
corpus deva ser indeferido in limine. Nesse caso, levará a proferida em grau de apelação, incumbirá ao relator fazer
petição ao tribunal, câmara ou turma, para que delibere a expedir o alvará de soltura, de que dará imediatamente
respeito. conhecimento ao juiz de primeira instância.
Art. 671. Os incidentes da execução serão resolvidos pelo
respectivo juiz.

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Art. 672. Computar-se-á na pena privativa da liberdade o III - o teor integral da sentença condenatória e a data da
tempo: terminação da pena.
I - de prisão preventiva no Brasil ou no estrangeiro; Parágrafo único. Expedida carta de guia para cumprimento
de uma pena, se o réu estiver cumprindo outra, só depois de
II - de prisão provisória no Brasil ou no estrangeiro;
terminada a execução desta será aquela executada.
III - de internação em hospital ou manicômio. Retificar-se-á a carta de guia sempre que sobrevenha
modificação quanto ao início da execução ou ao tempo de
Art. 673. Verificado que o réu, pendente a apelação por ele
duração da pena.
interposta, já sofreu prisão por tempo igual ao da pena a que
foi condenado, o relator do feito mandará pô-lo Art. 677. Da carta de guia e seus aditamentos se remeterá
imediatamente em liberdade, sem prejuízo do julgamento cópia ao Conselho Penitenciário.
do recurso, salvo se, no caso de crime a que a lei comine
Art. 678. O diretor do estabelecimento, em que o réu tiver
pena de reclusão, no máximo, por tempo igual ou superior a
de cumprir a pena, passará recibo da carta de guia para
8 anos, o querelante ou o Ministério Público também houver
juntar-se aos autos do processo.
apelado da sentença condenatória.
Art. 679. As cartas de guia serão registradas em livro
TÍTULO II
especial, segundo a ordem cronológica do recebimento,
DA EXECUÇÃO DAS PENAS EM ESPÉCIE
fazendo-se no curso da execução as anotações necessárias.
CAPÍTULO I
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE Art. 680. Computar-se-á no tempo da pena o período em
que o condenado, por sentença irrecorrível, permanecer
Art. 674. Transitando em julgado a sentença que impuser preso em estabelecimento diverso do destinado ao
pena privativa de liberdade, se o réu já estiver preso, ou vier cumprimento dela.
a ser preso, o juiz ordenará a expedição de carta de guia para
o cumprimento da pena. Art. 681. Se impostas cumulativamente penas privativas da
liberdade, será executada primeiro a de reclusão, depois a
Parágrafo único. Na hipótese do art. 82, última parte, a de detenção e por último a de prisão simples.
expedição da carta de guia será ordenada pelo juiz
competente para a soma ou unificação das penas. Art. 682. O sentenciado a que sobrevier doença mental,
verificada por perícia médica, será internado em manicômio
Art. 675. No caso de ainda não ter sido expedido mandado judiciário, ou, à falta, em outro estabelecimento adequado,
de prisão, por tratar-se de infração penal em que o réu se onde Ihe seja assegurada a custódia.
livra solto ou por estar afiançado, o juiz, ou o presidente da
câmara ou tribunal, se tiver havido recurso, fará expedir o § 1o Em caso de urgência, o diretor do estabelecimento
mandado de prisão, logo que transite em julgado a sentença penal poderá determinar a remoção do sentenciado,
condenatória. comunicando imediatamente a providência ao juiz, que, em
face da perícia médica, ratificará ou revogará a medida.
§ 1o No caso de reformada pela superior instância, em grau
de recurso, a sentença absolutória, estando o réu solto, o § 2o Se a internação se prolongar até o término do prazo
presidente da câmara ou do tribunal fará, logo após a sessão restante da pena e não houver sido imposta medida de
de julgamento, remeter ao chefe de Polícia o mandado de segurança detentiva, o indivíduo terá o destino aconselhado
prisão do condenado. pela sua enfermidade, feita a devida comunicação ao juiz de
incapazes.
§ 2o Se o réu estiver em prisão especial, deverá, ressalvado
o disposto na legislação relativa aos militares, ser expedida Art. 683. O diretor da prisão a que o réu tiver sido recolhido
ordem para sua imediata remoção para prisão comum, até provisoriamente ou em cumprimento de pena comunicará
que se verifique a expedição de carta de guia para o imediatamente ao juiz o óbito, a fuga ou a soltura do detido
cumprimento da pena. ou sentenciado para que fique constando dos autos.

Art. 676. A carta de guia, extraída pelo escrivão e assinada Parágrafo único. A certidão de óbito acompanhará a
pelo juiz, que a rubricará em todas as folhas, será remetida comunicação.
ao diretor do estabelecimento em que tenha de ser Art. 684. A recaptura do réu evadido não depende de prévia
cumprida a sentença condenatória, e conterá: ordem judicial e poderá ser efetuada por qualquer pessoa.
I - o nome do réu e a alcunha por que for conhecido; Art. 685. Cumprida ou extinta a pena, o condenado será
Il - a sua qualificação civil (naturalidade, filiação, idade, posto, imediatamente, em liberdade, mediante alvará do
estado, profissão), instrução e, se constar, número do juiz, no qual se ressalvará a hipótese de dever o condenado
registro geral do Instituto de Identificação e Estatística ou continuar na prisão por outro motivo legal.
de repartição congênere;

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Parágrafo único. Se tiver sido imposta medida de segurança I - a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção
detentiva, o condenado será removido para social de usuários e dependentes de drogas;
estabelecimento adequado (art. 762).
II - a repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito
de drogas.
LEGISLAÇÃO PENAL § 1º Entende-se por Sisnad o conjunto ordenado de

ESPECIAL princípios, regras, critérios e recursos materiais e humanos


que envolvem as políticas, planos, programas, ações e
projetos sobre drogas, incluindo-se nele, por adesão, os
Sistemas de Políticas Públicas sobre Drogas dos Estados,
Lei nº 11.343/2006 Distrito Federal e Municípios. (Incluído pela Lei nº 13.840, de
2019)
Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre
Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do § 2º O Sisnad atuará em articulação com o Sistema Único de
uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e Saúde - SUS, e com o Sistema Único de Assistência Social -
dependentes de drogas; estabelece normas para SUAS. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de CAPÍTULO I
drogas; define crimes e dá outras providências. DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS DO SIS TEMA
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 4º São princípios do Sisnad:
TÍTULO I I - o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana,
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES especialmente quanto à sua autonomia e à sua liberdade;
Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas II - o respeito à diversidade e às especificidades
Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para populacionais existentes;
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de
usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para III - a promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania
repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de do povo brasileiro, reconhecendo-os como fatores de
drogas e define crimes. proteção para o uso indevido de drogas e outros
comportamentos correlacionados;
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como
drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar IV - a promoção de consensos nacionais, de ampla
dependência, assim especificados em lei ou relacionados em participação social, para o estabelecimento dos
listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da fundamentos e estratégias do Sisnad;
União. V - a promoção da responsabilidade compartilhada entre
Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território nacional, as Estado e Sociedade, reconhecendo a importância da
drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a participação social nas atividades do Sisnad;
exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser VI - o reconhecimento da intersetorialidade dos fatores
extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de correlacionados com o uso indevido de drogas, com a sua
autorização legal ou regulamentar, bem como o que produção não autorizada e o seu tráfico ilícito;
estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre
Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de VII - a integração das estratégias nacionais e internacionais
uso estritamente ritualístico-religioso. de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social
de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua
Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito;
e a colheita dos vegetais referidos no caput deste artigo,
exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local VIII - a articulação com os órgãos do Ministério Público e dos
e prazo predeterminados, mediante fiscalização, Poderes Legislativo e Judiciário visando à cooperação
respeitadas as ressalvas supramencionadas. mútua nas atividades do Sisnad;

TÍTULO II IX - a adoção de abordagem multidisciplinar que reconheça


DO SIS TEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS a interdependência e a natureza complementar das
SOBRE DROGAS atividades de prevenção do uso indevido, atenção e
reinserção social de usuários e dependentes de drogas,
Art. 3º O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de
organizar e coordenar as atividades relacionadas com: drogas;

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X - a observância do equilíbrio entre as atividades de IV - estabelecer diretrizes sobre a organização e


prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de funcionamento do Sisnad e suas normas de referência;
usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito, visando a
V - elaborar objetivos, ações estratégicas, metas,
garantir a estabilidade e o bem-estar social;
prioridades, indicadores e definir formas de financiamento e
XI - a observância às orientações e normas emanadas do gestão das políticas sobre drogas; (Incluído pela Lei nº
Conselho Nacional Antidrogas - Conad. 13.840, de 2019)
Art. 5º O Sisnad tem os seguintes objetivos: VI – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
I - contribuir para a inclusão social do cidadão, visando a VII – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
torná-lo menos vulnerável a assumir comportamentos de
VIII - promover a integração das políticas sobre drogas com
risco para o uso indevido de drogas, seu tráfico ilícito e
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela
outros comportamentos correlacionados;
Lei nº 13.840, de 2019)
II - promover a construção e a socialização do conhecimento
IX - financiar, com Estados, Distrito Federal e Municípios, a
sobre drogas no país;
execução das políticas sobre drogas, observadas as
III - promover a integração entre as políticas de prevenção obrigações dos integrantes do Sisnad; (Incluído pela Lei nº
do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e 13.840, de 2019)
dependentes de drogas e de repressão à sua produção não
X - estabelecer formas de colaboração com Estados, Distrito
autorizada e ao tráfico ilícito e as políticas públicas setoriais
Federal e Municípios para a execução das políticas sobre
dos órgãos do Poder Executivo da União, Distrito Federal,
drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Estados e Municípios;
XI - garantir publicidade de dados e informações sobre
IV - assegurar as condições para a coordenação, a integração
repasses de recursos para financiamento das políticas sobre
e a articulação das atividades de que trata o art. 3º desta Lei.
drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
CAPÍTULO II
XII - sistematizar e divulgar os dados estatísticos nacionais
DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS
de prevenção, tratamento, acolhimento, reinserção social e
SOBRE DROGAS
econômica e repressão ao tráfico ilícito de drogas; (Incluído
SEÇÃO I
pela Lei nº 13.840, de 2019)
DA COMPOSIÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE
POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS XIII - adotar medidas de enfretamento aos crimes
transfronteiriços; e (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 6º (VETADO)
XIV - estabelecer uma política nacional de controle de
Art. 7º A organização do Sisnad assegura a orientação
fronteiras, visando a coibir o ingresso de drogas no País.
central e a execução descentralizada das atividades
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
realizadas em seu âmbito, nas esferas federal, distrital,
estadual e municipal e se constitui matéria definida no Art. 8º-B . (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
regulamento desta Lei.
Art. 8º-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 7º-A. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
CAPÍTULO II-A
Art. 8º (VETADO)
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
SEÇÃO II
DA FORMULAÇÃO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS
DAS COMPETÊNCIAS
SEÇÃO I
Art. 8º-A. Compete à União: (Incluído pela Lei nº 13.840, de
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
2019)
DO PLANO NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS
I - formular e coordenar a execução da Política Nacional
sobre Drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 8º-D. São objetivos do Plano Nacional de Políticas
sobre Drogas, dentre outros: (Incluído pela Lei nº 13.840, de
II - elaborar o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, em
2019)
parceria com Estados, Distrito Federal, Municípios e a
sociedade; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) I - promover a interdisciplinaridade e integração dos
programas, ações, atividades e projetos dos órgãos e
III - coordenar o Sisnad; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
entidades públicas e privadas nas áreas de saúde, educação,
trabalho, assistência social, previdência social, habitação,
cultura, desporto e lazer, visando à prevenção do uso de

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drogas, atenção e reinserção social dos usuários ou SEÇÃO II


dependentes de drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
2019)
DOS CONSELHOS DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS
II - viabilizar a ampla participação social na formulação,
implementação e avaliação das políticas sobre drogas; Art. 8º-E. Os conselhos de políticas sobre drogas,
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) constituídos por Estados, Distrito Federal e Municípios,
terão os seguintes objetivos: (Incluído pela Lei nº 13.840, de
III - priorizar programas, ações, atividades e projetos
2019)
articulados com os estabelecimentos de ensino, com a
sociedade e com a família para a prevenção do uso de I - auxiliar na elaboração de políticas sobre drogas; (Incluído
drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) pela Lei nº 13.840, de 2019)
IV - ampliar as alternativas de inserção social e econômica II - colaborar com os órgãos governamentais no
do usuário ou dependente de drogas, promovendo planejamento e na execução das políticas sobre drogas,
programas que priorizem a melhoria de sua escolarização e visando à efetividade das políticas sobre drogas; (Incluído
a qualificação profissional; (Incluído pela Lei nº 13.840, de pela Lei nº 13.840, de 2019)
2019)
III - propor a celebração de instrumentos de cooperação,
V - promover o acesso do usuário ou dependente de drogas visando à elaboração de programas, ações, atividades e
a todos os serviços públicos; (Incluído pela Lei nº 13.840, de projetos voltados à prevenção, tratamento, acolhimento,
2019) reinserção social e econômica e repressão ao tráfico ilícito
de drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
VI - estabelecer diretrizes para garantir a efetividade dos
programas, ações e projetos das políticas sobre drogas; IV - promover a realização de estudos, com o objetivo de
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) subsidiar o planejamento das políticas sobre drogas;
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
VII - fomentar a criação de serviço de atendimento
telefônico com orientações e informações para apoio aos V - propor políticas públicas que permitam a integração e a
usuários ou dependentes de drogas; (Incluído pela Lei nº participação do usuário ou dependente de drogas no
13.840, de 2019) processo social, econômico, político e cultural no respectivo
ente federado; e (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
VIII - articular programas, ações e projetos de incentivo ao
emprego, renda e capacitação para o trabalho, com objetivo VI - desenvolver outras atividades relacionadas às políticas
de promover a inserção profissional da pessoa que haja sobre drogas em consonância com o Sisnad e com os
cumprido o plano individual de atendimento nas fases de respectivos planos. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
tratamento ou acolhimento; (Incluído pela Lei nº 13.840, de
SEÇÃO III
2019)
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019)
IX - promover formas coletivas de organização para o DOS MEMBROS DOS CONSELHOS DE POLÍTICAS
trabalho, redes de economia solidária e o cooperativismo, SOBRE DROGAS
como forma de promover autonomia ao usuário ou
Art. 8º-F. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
dependente de drogas egresso de tratamento ou
acolhimento, observando-se as especificidades regionais; CAPÍTULO III
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) (VETADO)
X - propor a formulação de políticas públicas que conduzam Art. 9º (VETADO)
à efetivação das diretrizes e princípios previstos no art. 22;
Art. 10. (VETADO)
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 11. (VETADO)
XI - articular as instâncias de saúde, assistência social e de
justiça no enfrentamento ao abuso de drogas; e (Incluído Art. 12. (VETADO)
pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 13. (VETADO)
XII - promover estudos e avaliação dos resultados das
Art. 14. (VETADO)
políticas sobre drogas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
CAPÍTULO IV
§ 1º O plano de que trata o caput terá duração de 5 (cinco)
(REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 13.840, DE 2019)
anos a contar de sua aprovação.
DO ACOMPANHAMENTO E DA AVALIAÇÃO DAS
§ 2º O poder público deverá dar a mais ampla divulgação ao POLÍTICAS SOBRE DROGAS
conteúdo do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas.
Art. 15. (VETADO)

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Art. 16. As instituições com atuação nas áreas da atenção à VIII - a articulação entre os serviços e organizações que
saúde e da assistência social que atendam usuários ou atuam em atividades de prevenção do uso indevido de
dependentes de drogas devem comunicar ao órgão drogas e a rede de atenção a usuários e dependentes de
competente do respectivo sistema municipal de saúde os drogas e respectivos familiares;
casos atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a
IX - o investimento em alternativas esportivas, culturais,
identidade das pessoas, conforme orientações emanadas da
artísticas, profissionais, entre outras, como forma de
União.
inclusão social e de melhoria da qualidade de vida;
Art. 17. Os dados estatísticos nacionais de repressão ao
X - o estabelecimento de políticas de formação continuada
tráfico ilícito de drogas integrarão sistema de informações
na área da prevenção do uso indevido de drogas para
do Poder Executivo.
profissionais de educação nos 3 (três) níveis de ensino;
TÍTULO III
XI - a implantação de projetos pedagógicos de prevenção do
DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DO USO INDEVIDO,
uso indevido de drogas, nas instituições de ensino público e
ATENÇÃO E REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS E
privado, alinhados às Diretrizes Curriculares Nacionais e aos
DEPENDENTES DE DROGAS
conhecimentos relacionados a drogas;
CAPÍTULO I
DA PREVENÇÃO XII - a observância das orientações e normas emanadas do
SEÇÃO I Conad;
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019)
XIII - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle
DAS DIRETRIZES
social de políticas setoriais específicas.
Art. 18. Constituem atividades de prevenção do uso
Parágrafo único. As atividades de prevenção do uso
indevido de drogas, para efeito desta Lei, aquelas
indevido de drogas dirigidas à criança e ao adolescente
direcionadas para a redução dos fatores de vulnerabilidade
deverão estar em consonância com as diretrizes emanadas
e risco e para a promoção e o fortalecimento dos fatores de
pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
proteção.
Adolescente - Conanda.
Art. 19. As atividades de prevenção do uso indevido de
SEÇÃO II
drogas devem observar os seguintes princípios e diretrizes:
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019)
I - o reconhecimento do uso indevido de drogas como fator DA SEMANA NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE
de interferência na qualidade de vida do indivíduo e na sua DROGAS
relação com a comunidade à qual pertence;
Art. 19-A. Fica instituída a Semana Nacional de Políticas
II - a adoção de conceitos objetivos e de fundamentação sobre Drogas, comemorada anualmente, na quarta semana
científica como forma de orientar as ações dos serviços de junho. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
públicos comunitários e privados e de evitar preconceitos e
§ 1º No período de que trata o caput , serão intensificadas
estigmatização das pessoas e dos serviços que as atendam;
as ações de: (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
III - o fortalecimento da autonomia e da responsabilidade
I - difusão de informações sobre os problemas decorrentes
individual em relação ao uso indevido de drogas;
do uso de drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
IV - o compartilhamento de responsabilidades e a
II - promoção de eventos para o debate público sobre as
colaboração mútua com as instituições do setor privado e
políticas sobre drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
com os diversos segmentos sociais, incluindo usuários e
dependentes de drogas e respectivos familiares, por meio III - difusão de boas práticas de prevenção, tratamento,
do estabelecimento de parcerias; acolhimento e reinserção social e econômica de usuários de
drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
V - a adoção de estratégias preventivas diferenciadas e
adequadas às especificidades socioculturais das diversas IV - divulgação de iniciativas, ações e campanhas de
populações, bem como das diferentes drogas utilizadas; prevenção do uso indevido de drogas; (Incluído pela Lei nº
13.840, de 2019)
VI - o reconhecimento do “não-uso”, do “retardamento do
uso” e da redução de riscos como resultados desejáveis das V - mobilização da comunidade para a participação nas
atividades de natureza preventiva, quando da definição dos ações de prevenção e enfrentamento às drogas; (Incluído
objetivos a serem alcançados; pela Lei nº 13.840, de 2019)
VII - o tratamento especial dirigido às parcelas mais VI - mobilização dos sistemas de ensino previstos na Lei nº
vulneráveis da população, levando em consideração as suas 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases
necessidades específicas; da Educação Nacional , na realização de atividades de

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prevenção ao uso de drogas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de X - orientação adequada ao usuário ou dependente de
2019) drogas quanto às consequências lesivas do uso de drogas,
ainda que ocasional. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
CAPÍTULO II
(REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 13.840, DE 2019) SEÇÃO II
DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO, TRATAMENTO, (INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019)
ACOLHIMENTO E DE REINSERÇÃO SOCIAL E DA EDUCAÇÃO NA REINSERÇÃO SOCIAL E
ECONÔMICA DE USUÁRIOS OU DEPENDENTES DE ECONÔMICA
DROGAS
Art. 22-A. As pessoas atendidas por órgãos integrantes do
SEÇÃO I
Sisnad terão atendimento nos programas de educação
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019)
profissional e tecnológica, educação de jovens e adultos e
DISPOSIÇÕES GERAIS
alfabetização. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 20. Constituem atividades de atenção ao usuário e
SEÇÃO III
dependente de drogas e respectivos familiares, para efeito
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019)
desta Lei, aquelas que visem à melhoria da qualidade de vida
DO TRABALHO NA REINSERÇÃO SOCIAL E
e à redução dos riscos e dos danos associados ao uso de
ECONÔMICA
drogas.
Art. 22-B. (VETADO).
Art. 21. Constituem atividades de reinserção social do
usuário ou do dependente de drogas e respectivos SEÇÃO IV
familiares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para (INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019)
sua integração ou reintegração em redes sociais. DO TRATAMENTO DO USUÁRIO OU DEPENDENTE DE
DROGAS
Art. 22. As atividades de atenção e as de reinserção social do
usuário e do dependente de drogas e respectivos familiares Art. 23. As redes dos serviços de saúde da União, dos
devem observar os seguintes princípios e diretrizes: Estados, do Distrito Federal, dos Municípios desenvolverão
programas de atenção ao usuário e ao dependente de
I - respeito ao usuário e ao dependente de drogas,
drogas, respeitadas as diretrizes do Ministério da Saúde e os
independentemente de quaisquer condições, observados os
princípios explicitados no art. 22 desta Lei, obrigatória a
direitos fundamentais da pessoa humana, os princípios e
previsão orçamentária adequada.
diretrizes do Sistema Único de Saúde e da Política Nacional
de Assistência Social; Art. 23-A. O tratamento do usuário ou dependente de
drogas deverá ser ordenado em uma rede de atenção à
II - a adoção de estratégias diferenciadas de atenção e
saúde, com prioridade para as modalidades de tratamento
reinserção social do usuário e do dependente de drogas e
ambulatorial, incluindo excepcionalmente formas de
respectivos familiares que considerem as suas
internação em unidades de saúde e hospitais gerais nos
peculiaridades socioculturais;
termos de normas dispostas pela União e articuladas com os
III - definição de projeto terapêutico individualizado, serviços de assistência social e em etapas que permitam:
orientado para a inclusão social e para a redução de riscos e (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
de danos sociais e à saúde;
I - articular a atenção com ações preventivas que atinjam
IV - atenção ao usuário ou dependente de drogas e aos toda a população; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
respectivos familiares, sempre que possível, de forma
II - orientar-se por protocolos técnicos predefinidos,
multidisciplinar e por equipes multiprofissionais;
baseados em evidências científicas, oferecendo
V - observância das orientações e normas emanadas do atendimento individualizado ao usuário ou dependente de
Conad; drogas com abordagem preventiva e, sempre que indicado,
ambulatorial; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
VI - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social
de políticas setoriais específicas. III - preparar para a reinserção social e econômica,
respeitando as habilidades e projetos individuais por meio
VII - estímulo à capacitação técnica e profissional; (Incluído
de programas que articulem educação, capacitação para o
pela Lei nº 13.840, de 2019)
trabalho, esporte, cultura e acompanhamento
VIII - efetivação de políticas de reinserção social voltadas à individualizado; e (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
educação continuada e ao trabalho; (Incluído pela Lei nº
IV - acompanhar os resultados pelo SUS, Suas e Sisnad, de
13.840, de 2019)
forma articulada. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
IX - observância do plano individual de atendimento na
§ 1º Caberá à União dispor sobre os protocolos técnicos de
forma do art. 23-B desta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.840, de
tratamento, em âmbito nacional. (Incluído pela Lei nº
2019)
13.840, de 2019)
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§ 2º A internação de dependentes de drogas somente será § 7º Todas as internações e altas de que trata esta Lei
realizada em unidades de saúde ou hospitais gerais, dotados deverão ser informadas, em, no máximo, de 72 (setenta e
de equipes multidisciplinares e deverá ser obrigatoriamente duas) horas, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e a
autorizada por médico devidamente registrado no Conselho outros órgãos de fiscalização, por meio de sistema
Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o informatizado único, na forma do regulamento desta Lei.
estabelecimento no qual se dará a internação. (Incluído pela (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Lei nº 13.840, de 2019)
§ 8º É garantido o sigilo das informações disponíveis no
§ 3º São considerados 2 (dois) tipos de internação: (Incluído sistema referido no § 7º e o acesso será permitido apenas às
pela Lei nº 13.840, de 2019) pessoas autorizadas a conhecê-las, sob pena de
responsabilidade. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
I - internação voluntária: aquela que se dá com o
consentimento do dependente de drogas; (Incluído pela Lei § 9º É vedada a realização de qualquer modalidade de
nº 13.840, de 2019) internação nas comunidades terapêuticas acolhedoras.
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
II - internação involuntária: aquela que se dá, sem o
consentimento do dependente, a pedido de familiar ou do § 10. O planejamento e a execução do projeto terapêutico
responsável legal ou, na absoluta falta deste, de servidor individual deverão observar, no que couber, o previsto
público da área de saúde, da assistência social ou dos órgãos na Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001 , que dispõe sobre a
públicos integrantes do Sisnad, com exceção de servidores proteção e os direitos das pessoas portadoras de
da área de segurança pública, que constate a existência de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em
motivos que justifiquem a medida. (Incluído pela Lei nº saúde mental. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
13.840, de 2019)
SEÇÃO V
§ 4º A internação voluntária: (Incluído pela Lei nº 13.840, de (INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019)
2019) DO PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO
I - deverá ser precedida de declaração escrita da pessoa Art. 23-B . O atendimento ao usuário ou dependente de
solicitante de que optou por este regime de tratamento; drogas na rede de atenção à saúde dependerá de: (Incluído
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) pela Lei nº 13.840, de 2019)
II - seu término dar-se-á por determinação do médico I - avaliação prévia por equipe técnica multidisciplinar e
responsável ou por solicitação escrita da pessoa que deseja multissetorial; e (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
interromper o tratamento. (Incluído pela Lei nº 13.840, de
II - elaboração de um Plano Individual de Atendimento - PIA.
2019)
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 5º A internação involuntária: (Incluído pela Lei nº 13.840,
§ 1º A avaliação prévia da equipe técnica subsidiará a
de 2019)
elaboração e execução do projeto terapêutico individual a
I - deve ser realizada após a formalização da decisão por ser adotado, levantando no mínimo: (Incluído pela Lei nº
médico responsável; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) 13.840, de 2019)
II - será indicada depois da avaliação sobre o tipo de droga I - o tipo de droga e o padrão de seu uso; e (Incluído pela Lei
utilizada, o padrão de uso e na hipótese comprovada da nº 13.840, de 2019)
impossibilidade de utilização de outras alternativas
II - o risco à saúde física e mental do usuário ou dependente
terapêuticas previstas na rede de atenção à saúde; (Incluído
de drogas ou das pessoas com as quais convive. (Incluído
pela Lei nº 13.840, de 2019)
pela Lei nº 13.840, de 2019)
III - perdurará apenas pelo tempo necessário à
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
desintoxicação, no prazo máximo de 90 (noventa) dias,
tendo seu término determinado pelo médico responsável; § 3º O PIA deverá contemplar a participação dos familiares
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) ou responsáveis, os quais têm o dever de contribuir com o
processo, sendo esses, no caso de crianças e adolescentes,
IV - a família ou o representante legal poderá, a qualquer
passíveis de responsabilização civil, administrativa e
tempo, requerer ao médico a interrupção do tratamento.
criminal, nos termos da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
- Estatuto da Criança e do Adolescente . (Incluído pela Lei nº
§ 6º A internação, em qualquer de suas modalidades, só será 13.840, de 2019)
indicada quando os recursos extra-hospitalares se
§ 4º O PIA será inicialmente elaborado sob a
mostrarem insuficientes. (Incluído pela Lei nº 13.840, de
responsabilidade da equipe técnica do primeiro projeto
2019)
terapêutico que atender o usuário ou dependente de drogas

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e será atualizado ao longo das diversas fases do I - oferta de projetos terapêuticos ao usuário ou dependente
atendimento. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) de drogas que visam à abstinência; (Incluído pela Lei nº
13.840, de 2019)
§ 5º Constarão do plano individual, no mínimo: (Incluído
pela Lei nº 13.840, de 2019) II - adesão e permanência voluntária, formalizadas por
escrito, entendida como uma etapa transitória para a
I - os resultados da avaliação multidisciplinar; (Incluído pela
reinserção social e econômica do usuário ou dependente de
Lei nº 13.840, de 2019)
drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
II - os objetivos declarados pelo atendido; (Incluído pela Lei
III - ambiente residencial, propício à formação de vínculos,
nº 13.840, de 2019)
com a convivência entre os pares, atividades práticas de
III - a previsão de suas atividades de integração social ou valor educativo e a promoção do desenvolvimento pessoal,
capacitação profissional; (Incluído pela Lei nº 13.840, de vocacionada para acolhimento ao usuário ou dependente de
2019) drogas em vulnerabilidade social; (Incluído pela Lei nº
13.840, de 2019)
IV - atividades de integração e apoio à família; (Incluído pela
Lei nº 13.840, de 2019) IV - avaliação médica prévia; (Incluído pela Lei nº 13.840, de
2019)
V - formas de participação da família para efetivo
cumprimento do plano individual; (Incluído pela Lei nº V - elaboração de plano individual de atendimento na forma
13.840, de 2019) do art. 23-B desta Lei; e (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
VI - designação do projeto terapêutico mais adequado para VI - vedação de isolamento físico do usuário ou dependente
o cumprimento do previsto no plano; e (Incluído pela Lei nº de drogas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
13.840, de 2019)
§ 1º Não são elegíveis para o acolhimento as pessoas com
VII - as medidas específicas de atenção à saúde do atendido. comprometimentos biológicos e psicológicos de natureza
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) grave que mereçam atenção médico-hospitalar contínua ou
de emergência, caso em que deverão ser encaminhadas à
§ 6º O PIA será elaborado no prazo de até 30 (trinta) dias da
rede de saúde. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
data do ingresso no atendimento. (Incluído pela Lei nº
13.840, de 2019) § 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 7º As informações produzidas na avaliação e as registradas § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
no plano individual de atendimento são consideradas
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
sigilosas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão conceder benefícios às instituições CAPÍTULO III
privadas que desenvolverem programas de reinserção no DOS CRIMES E DAS PENAS
mercado de trabalho, do usuário e do dependente de drogas
Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser
encaminhados por órgão oficial.
aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como
Art. 25. As instituições da sociedade civil, sem fins substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público
lucrativos, com atuação nas áreas da atenção à saúde e da e o defensor.
assistência social, que atendam usuários ou dependentes de
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito,
drogas poderão receber recursos do Funad, condicionados à
transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal,
sua disponibilidade orçamentária e financeira.
drogas sem autorização ou em desacordo com
Art. 26. O usuário e o dependente de drogas que, em razão determinação legal ou regulamentar será submetido às
da prática de infração penal, estiverem cumprindo pena seguintes penas:
privativa de liberdade ou submetidos a medida de
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
segurança, têm garantidos os serviços de atenção à sua
saúde, definidos pelo respectivo sistema penitenciário. II - prestação de serviços à comunidade;
SEÇÃO VI III - medida educativa de comparecimento a programa ou
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) curso educativo.
DO ACOLHIMENTO EM COMUNIDADE TERAPÊUTICA
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu
ACOLHEDORA
consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas
Art. 26-A. O acolhimento do usuário ou dependente de destinadas à preparação de pequena quantidade de
drogas na comunidade terapêutica acolhedora caracteriza- substância ou produto capaz de causar dependência física
se por: (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) ou psíquica.

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§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo drogas ou matéria-prima destinada à sua preparação,
pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da observadas as demais exigências legais.
substância apreendida, ao local e às condições em que se
Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente
desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais,
destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A,
bem como à conduta e aos antecedentes do agente.
que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste tudo lavrando auto de levantamento das condições
artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as
meses. medidas necessárias para a preservação da prova. (Redação
dada pela Lei nº 12.961, de 2014)
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos
II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo § 1º (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014)
máximo de 10 (dez) meses.
§ 2º (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014)
§ 5º A prestação de serviços à comunidade será cumprida em
§ 3º Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a
programas comunitários, entidades educacionais ou
plantação, observar-se-á, além das cautelas necessárias à
assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres,
proteção ao meio ambiente, o disposto no Decreto nº 2.661,
públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem,
de 8 de julho de 1998, no que couber, dispensada a
preferencialmente, da prevenção do consumo ou da
autorização prévia do órgão próprio do Sistema Nacional do
recuperação de usuários e dependentes de drogas.
Meio Ambiente - Sisnama.
§ 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas
§ 4º As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão
a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que
expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da
injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz
Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor.
submetê-lo, sucessivamente a:
CAPÍTULO II
I - admoestação verbal;
DOS CRIMES
II - multa.
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir,
§ 7º O juiz determinará ao Poder Público que coloque à fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em
disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda
especializado. que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere o
inciso II do § 6º do art. 28, o juiz, atendendo à Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento
reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa, de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
em quantidade nunca inferior a 40 (quarenta) nem superior
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:
a 100 (cem), atribuindo depois a cada um, segundo a
capacidade econômica do agente, o valor de um trinta avos I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire,
até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo. vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito,
transporta, traz consigo ou guarda, ainda que
Parágrafo único. Os valores decorrentes da imposição da
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com
multa a que se refere o § 6º do art. 28 serão creditados à
determinação legal ou regulamentar, matéria-prima,
conta do Fundo Nacional Antidrogas.
insumo ou produto químico destinado à preparação de
Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a drogas;
execução das penas, observado, no tocante à interrupção do
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em
prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.
desacordo com determinação legal ou regulamentar, de
TÍTULO IV plantas que se constituam em matéria-prima para a
DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA E preparação de drogas;
AO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a
CAPÍTULO I
propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou
DISPOSIÇÕES GERAIS
consente que outrem dele se utilize, ainda que
Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com
competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de
preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, drogas.
reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender,
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou
comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim,
produto químico destinado à preparação de drogas, sem

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autorização ou em desacordo com a determinação legal ou excessivas ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando regulamentar:
presentes elementos probatórios razoáveis de conduta
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
criminal preexistente.
pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa.
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao
droga: (Vide ADI nº 4.274)
Conselho Federal da categoria profissional a que pertença o
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 agente.
(cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de
a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem: outrem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da
pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva ou
dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28. proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de
liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as
(quatrocentos) dias-multa.
penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois
terços, vedada a conversão em penas restritivas de Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas
direitos , desde que o agente seja primário, de bons cumulativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-
integre organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, de multa, se o veículo referido no caput deste artigo for de
2012) transporte coletivo de passageiros.
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são
vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, aumentadas de um sexto a dois terços, se:
guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário,
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto
aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à
apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a
fabricação, preparação, produção ou transformação de
transnacionalidade do delito;
drogas, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar: II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função
pública ou no desempenho de missão de educação, poder
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de
familiar, guarda ou vigilância;
1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias-multa.
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de
imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou
praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes
hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais,
previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei:
culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem
700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa. espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços
de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo
social, de unidades militares ou policiais ou em transportes
incorre quem se associa para a prática reiterada do crime
públicos;
definido no art. 36 desta Lei.
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes
ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de
previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei:
intimidação difusa ou coletiva;
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou
de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa.
entre estes e o Distrito Federal;
Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo,
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou
organização ou associação destinados à prática de qualquer
adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo,
dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei:
diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de determinação;
300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa.
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar
que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses
voluntariamente com a investigação policial e o processo
criminal na identificação dos demais co-autores ou
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partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do CAPÍTULO III


produto do crime, no caso de condenação, terá pena DO PROCEDIMENTO PENAL
reduzida de um terço a dois terços.
Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com definidos neste Título rege-se pelo disposto neste Capítulo,
preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código
a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a de Processo Penal e da Lei de Execução Penal.
personalidade e a conduta social do agente.
§ 1º O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28
Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts. 33 a 39 desta Lei, salvo se houver concurso com os crimes previstos
desta Lei, o juiz, atendendo ao que dispõe o art. 42 desta Lei, nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na
determinará o número de dias-multa, atribuindo a cada um, forma dos arts. 60 e seguintes da Lei nº 9.099, de 26 de
segundo as condições econômicas dos acusados, valor não setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais
inferior a um trinta avos nem superior a 5 (cinco) vezes o Criminais.
maior salário-mínimo.
§ 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei,
Parágrafo único. As multas, que em caso de concurso de não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato
crimes serão impostas sempre cumulativamente, podem ser ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou,
aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer,
econômica do acusado, considerá-las o juiz ineficazes, ainda lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as
que aplicadas no máximo. requisições dos exames e perícias necessários.
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a § 3º Se ausente a autoridade judicial, as providências
37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, previstas no § 2º deste artigo serão tomadas de imediato
indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão pela autoridade policial, no local em que se encontrar,
de suas penas em restritivas de direitos. vedada a detenção do agente.
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, § 4º Concluídos os procedimentos de que trata o § 2º deste
dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de artigo, o agente será submetido a exame de corpo de delito,
dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente se o requerer ou se a autoridade de polícia judiciária
específico. entender conveniente, e em seguida liberado.
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da § 5º Para os fins do disposto no art. 76 da Lei nº 9.099, de
dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais, o
ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de
omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, pena prevista no art. 28 desta Lei, a ser especificada na
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou proposta.
de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Art. 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos arts. 33,
Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei, o juiz, sempre que as
por força pericial, que este apresentava, à época do fato circunstâncias o recomendem, empregará os instrumentos
previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste protetivos de colaboradores e testemunhas previstos na Lei
artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu nº 9.807, de 13 de julho de 1999.
encaminhamento para tratamento médico adequado.
SEÇÃO I
Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois DA INVESTIGAÇÃO
terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 45
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de
desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da
polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz
omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do
competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual
fato ou de determinar-se de acordo com esse
será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte
entendimento.
e quatro) horas.
Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em
§ 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante
avaliação que ateste a necessidade de encaminhamento do
e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o
agente para tratamento, realizada por profissional de saúde
laudo de constatação da natureza e quantidade da droga,
com competência específica na forma da lei, determinará
firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa
que a tal se proceda, observado o disposto no art. 26 desta
idônea.
Lei.
§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º
deste artigo não ficará impedido de participar da elaboração
do laudo definitivo.

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§ 3º Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o
no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidade formal Ministério Público, os seguintes procedimentos
do laudo de constatação e determinará a destruição das investigatórios:
drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à
I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de
realização do laudo definitivo. (Incluído pela Lei nº 12.961,
investigação, constituída pelos órgãos especializados
de 2014)
pertinentes;
§ 4º A destruição das drogas será executada pelo delegado
II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas,
de polícia competente no prazo de 15 (quinze) dias na
seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em
presença do Ministério Público e da autoridade sanitária.
sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com
(Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)
a finalidade de identificar e responsabilizar maior número de
§ 5º O local será vistoriado antes e depois de efetivada a integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem
destruição das drogas referida no § 3º , sendo lavrado auto prejuízo da ação penal cabível.
circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a
neste a destruição total delas. (Incluído pela Lei nº 12.961,
autorização será concedida desde que sejam conhecidos o
de 2014)
itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou
Art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem a de colaboradores.
ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração,
SEÇÃO II
no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da
DA INSTRUÇÃO CRIMINAL
apreensão, guardando-se amostra necessária à realização
do laudo definitivo. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, de
2019) Comissão Parlamentar de Inquérito ou peças de informação,
dar-se-á vista ao Ministério Público para, no prazo de 10
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30
(dez) dias, adotar uma das seguintes providências:
(trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa)
dias, quando solto. I - requerer o arquivamento;
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo II - requisitar as diligências que entender necessárias;
podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público,
III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e
mediante pedido justificado da autoridade de polícia
requerer as demais provas que entender pertinentes.
judiciária.
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação
Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a
do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no
autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos do
prazo de 10 (dez) dias.
inquérito ao juízo:
§ 1º Na resposta, consistente em defesa preliminar e
I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato,
exceções, o acusado poderá argüir preliminares e invocar
justificando as razões que a levaram à classificação do
todas as razões de defesa, oferecer documentos e
delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou
justificações, especificar as provas que pretende produzir e,
do produto apreendido, o local e as condições em que se
até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas.
desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a
conduta, a qualificação e os antecedentes do agente; ou § 2º As exceções serão processadas em apartado, nos
termos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de
II - requererá sua devolução para a realização de diligências
outubro de 1941 - Código de Processo Penal.
necessárias.
§ 3º Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz
Parágrafo único. A remessa dos autos far-se-á sem prejuízo
nomeará defensor para oferecê-la em 10 (dez) dias,
de diligências complementares:
concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeação.
I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, cujo
§ 4º Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 (cinco) dias.
resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente até
3 (três) dias antes da audiência de instrução e julgamento; § 5º Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo de
10 (dez) dias, determinará a apresentação do preso,
II - necessárias ou úteis à indicação dos bens, direitos e
realização de diligências, exames e perícias.
valores de que seja titular o agente, ou que figurem em seu
nome, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para
competente até 3 (três) dias antes da audiência de instrução a audiência de instrução e julgamento, ordenará a citação
e julgamento. pessoal do acusado, a intimação do Ministério Público, do
assistente, se for o caso, e requisitará os laudos periciais.
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos
crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos
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§ 1º Tratando-se de condutas tipificadas como infração do comprometer as investigações. (Redação dada pela Lei nº
disposto nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei, o juiz, 13.840, de 2019)
ao receber a denúncia, poderá decretar o afastamento
Art. 60-A. Se as medidas assecuratórias de que trata o art.
cautelar do denunciado de suas atividades, se for
60 desta Lei recaírem sobre moeda estrangeira, títulos,
funcionário público, comunicando ao órgão respectivo.
valores mobiliários ou cheques emitidos como ordem de
§ 2º A audiência a que se refere o caput deste artigo será pagamento, será determinada, imediatamente, a sua
realizada dentro dos 30 (trinta) dias seguintes ao conversão em moeda nacional. (Incluído pela Lei nº 13.886,
recebimento da denúncia, salvo se determinada a realização de 2019)
de avaliação para atestar dependência de drogas, quando se
§ 1º A moeda estrangeira apreendida em espécie deve ser
realizará em 90 (noventa) dias.
encaminhada a instituição financeira, ou equiparada, para
Art. 57. Na audiência de instrução e julgamento, após o alienação na forma prevista pelo Conselho Monetário
interrogatório do acusado e a inquirição das testemunhas, Nacional. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
será dada a palavra, sucessivamente, ao representante do
§ 2º Na hipótese de impossibilidade da alienação a que se
Ministério Público e ao defensor do acusado, para
refere o § 1º deste artigo, a moeda estrangeira será
sustentação oral, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada
custodiada pela instituição financeira até decisão sobre o
um, prorrogável por mais 10 (dez), a critério do juiz.
seu destino. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
Parágrafo único. Após proceder ao interrogatório, o juiz
§ 3º Após a decisão sobre o destino da moeda estrangeira a
indagará das partes se restou algum fato para ser
que se refere o § 2º deste artigo, caso seja verificada a
esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o
inexistência de valor de mercado, seus espécimes poderão
entender pertinente e relevante.
ser destruídos ou doados à representação diplomática do
Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz sentença de país de origem. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
imediato, ou o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os autos
§ 4º Os valores relativos às apreensões feitas antes da data
para isso lhe sejam conclusos.
de entrada em vigor da Medida Provisória nº 885, de 17 de
Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 junho de 2019, e que estejam custodiados nas dependências
a 37 desta Lei, o réu não poderá apelar sem recolher-se à do Banco Central do Brasil devem ser transferidos à Caixa
prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes, assim Econômica Federal, no prazo de 360 (trezentos e sessenta)
reconhecido na sentença condenatória. dias, para que se proceda à alienação ou custódia, de acordo
com o previsto nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.886, de
CAPÍTULO IV
2019)
DA APREENSÃO, ARRECADAÇÃO E DESTINAÇÃO DE
BENS DO ACUSADO Art. 61. A apreensão de veículos, embarcações, aeronaves e
quaisquer outros meios de transporte e dos maquinários,
Art. 60. O juiz, a requerimento do Ministério Público ou do
utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza
assistente de acusação, ou mediante representação da
utilizados para a prática dos crimes definidos nesta Lei será
autoridade de polícia judiciária, poderá decretar, no curso
imediatamente comunicada pela autoridade de polícia
do inquérito ou da ação penal, a apreensão e outras medidas
judiciária responsável pela investigação ao juízo
assecuratórias nos casos em que haja suspeita de que os
competente. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
bens, direitos ou valores sejam produto do crime ou
constituam proveito dos crimes previstos nesta Lei, § 1º O juiz, no prazo de 30 (trinta) dias contado da
procedendo-se na forma dos arts. 125 e seguintes do comunicação de que trata o caput , determinará a alienação
Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de dos bens apreendidos, excetuadas as armas, que serão
Processo Penal . (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019) recolhidas na forma da legislação específica. (Incluído pela
Lei nº 13.840, de 2019)
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 2º A alienação será realizada em autos apartados, dos
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
quais constará a exposição sucinta do nexo de
§ 3º Na hipótese do art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de instrumentalidade entre o delito e os bens apreendidos, a
outubro de 1941 - Código de Processo Penal , o juiz poderá descrição e especificação dos objetos, as informações sobre
determinar a prática de atos necessários à conservação dos quem os tiver sob custódia e o local em que se
bens, direitos ou valores. (Redação dada pela Lei nº 13.840, encontrem. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
de 2019)
§ 3º O juiz determinará a avaliação dos bens apreendidos,
§ 4º A ordem de apreensão ou sequestro de bens, direitos que será realizada por oficial de justiça, no prazo de 5 (cinco)
ou valores poderá ser suspensa pelo juiz, ouvido o Ministério dias a contar da autuação, ou, caso sejam necessários
Público, quando a sua execução imediata puder conhecimentos especializados, por avaliador nomeado pelo

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juiz, em prazo não superior a 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019)
nº 13.840, de 2019)
§ 1º-A. O juízo deve cientificar o órgão gestor do Funad para
§ 4º Feita a avaliação, o juiz intimará o órgão gestor do que, em 10 (dez) dias, avalie a existência do interesse público
Funad, o Ministério Público e o interessado para se mencionado no caput deste artigo e indique o órgão que
manifestarem no prazo de 5 (cinco) dias e, dirimidas deve receber o bem. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
eventuais divergências, homologará o valor atribuído aos
§ 1º-B. Têm prioridade, para os fins do § 1º-A deste artigo, os
bens. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
órgãos de segurança pública que participaram das ações de
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) investigação ou repressão ao crime que deu causa à medida.
(Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 6º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 2º A autorização judicial de uso de bens deverá conter a
§ 7º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019)
descrição do bem e a respectiva avaliação e indicar o órgão
§ 8º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.886, de responsável por sua utilização. (Redação dada pela Lei nº
2019) 13.840, de 2019)
§ 9º O Ministério Público deve fiscalizar o cumprimento da § 3º O órgão responsável pela utilização do bem deverá
regra estipulada no § 1º deste artigo. (Incluído pela Lei nº enviar ao juiz periodicamente, ou a qualquer momento
13.886, de 2019) quando por este solicitado, informações sobre seu estado de
conservação. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 10. Aplica-se a todos os tipos de bens confiscados a regra
estabelecida no § 1º deste artigo. (Incluído pela Lei nº § 4º Quando a autorização judicial recair sobre veículos,
13.886, de 2019) embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade ou
ao órgão de registro e controle a expedição de certificado
§ 11. Os bens móveis e imóveis devem ser vendidos por meio
provisório de registro e licenciamento em favor do órgão ao
de hasta pública, preferencialmente por meio eletrônico,
qual tenha deferido o uso ou custódia, ficando este livre do
assegurada a venda pelo maior lance, por preço não inferior
pagamento de multas, encargos e tributos anteriores à
a 50% (cinquenta por cento) do valor da avaliação
decisão de utilização do bem até o trânsito em julgado da
judicial. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
decisão que decretar o seu perdimento em favor da União.
§ 12. O juiz ordenará às secretarias de fazenda e aos órgãos (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
de registro e controle que efetuem as averbações
§ 5º Na hipótese de levantamento, se houver indicação de
necessárias, tão logo tenha conhecimento da
que os bens utilizados na forma deste artigo sofreram
apreensão. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
depreciação superior àquela esperada em razão do
§ 13. Na alienação de veículos, embarcações ou aeronaves, a transcurso do tempo e do uso, poderá o interessado
autoridade de trânsito ou o órgão congênere competente requerer nova avaliação judicial. (Redação dada pela Lei nº
para o registro, bem como as secretarias de fazenda, devem 13.840, de 2019)
proceder à regularização dos bens no prazo de 30 (trinta)
§ 6º Constatada a depreciação de que trata o § 5º, o ente
dias, ficando o arrematante isento do pagamento de multas,
federado ou a entidade que utilizou o bem indenizará o
encargos e tributos anteriores, sem prejuízo de execução
detentor ou proprietário dos bens. (Redação dada pela Lei
fiscal em relação ao antigo proprietário. (Incluído pela Lei nº
nº 13.840, de 2019)
13.886, de 2019)
§ 7º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 14. Eventuais multas, encargos ou tributos pendentes de
pagamento não podem ser cobrados do arrematante ou do § 8º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
órgão público alienante como condição para regularização
§ 9º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
dos bens. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 10. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de
§ 15. Na hipótese de que trata o § 13 deste artigo, a
2019)
autoridade de trânsito ou o órgão congênere competente
para o registro poderá emitir novos identificadores dos § 11. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
bens. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
Art. 62-A. O depósito, em dinheiro, de valores referentes ao
Art. 62. Comprovado o interesse público na utilização de produto da alienação ou a numerários apreendidos ou que
quaisquer dos bens de que trata o art. 61, os órgãos de tenham sido convertidos deve ser efetuado na Caixa
polícia judiciária, militar e rodoviária poderão deles fazer Econômica Federal, por meio de documento de arrecadação
uso, sob sua responsabilidade e com o objetivo de sua destinado a essa finalidade. (Incluído pela Lei nº 13.886, de
conservação, mediante autorização judicial, ouvido o 2019)
Ministério Público e garantida a prévia avaliação dos
§ 1º Os depósitos a que se refere o caput deste artigo devem
respectivos bens. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
ser transferidos, pela Caixa Econômica Federal, para a conta
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única do Tesouro Nacional, independentemente de tenham sido realizadas quando da apreensão; e (Incluído
qualquer formalidade, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, pela Lei nº 13.886, de 2019)
contado do momento da realização do depósito, onde
II – determinar, no caso de imóveis, o registro de
ficarão à disposição do Funad. (Incluído pela Lei nº 13.886,
propriedade em favor da União no cartório de registro de
de 2019)
imóveis competente, nos termos do caput e do parágrafo
§ 2º Na hipótese de absolvição do acusado em decisão único do art. 243 da Constituição Federal, afastada a
judicial, o valor do depósito será devolvido a ele pela Caixa responsabilidade de terceiros prevista no inciso VI
Econômica Federal no prazo de até 3 (três) dias úteis, do caput do art. 134 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de
acrescido de juros, na forma estabelecida pelo § 4º do art. 39 1966 (Código Tributário Nacional), bem como determinar à
da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995. (Incluído pela Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da
Lei nº 13.886, de 2019) União a incorporação e entrega do imóvel, tornando-o livre
e desembaraçado de quaisquer ônus para sua destinação.
§ 3º Na hipótese de decretação do seu perdimento em favor
(Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
da União, o valor do depósito será transformado em
pagamento definitivo, respeitados os direitos de eventuais § 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
lesados e de terceiros de boa-fé. (Incluído pela Lei nº 13.886,
§ 6º Na hipótese do inciso II do caput , decorridos 360
de 2019)
(trezentos e sessenta) dias do trânsito em julgado e do
§ 4º Os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal, conhecimento da sentença pelo interessado, os bens
por decisão judicial, devem ser efetuados como anulação de apreendidos, os que tenham sido objeto de medidas
receita do Funad no exercício em que ocorrer a devolução. assecuratórias ou os valores depositados que não forem
(Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) reclamados serão revertidos ao Funad. (Incluído pela Lei nº
13.840, de 2019)
§ 5º A Caixa Econômica Federal deve manter o controle dos
valores depositados ou devolvidos. (Incluído pela Lei nº Art. 63-A. Nenhum pedido de restituição será conhecido
13.886, de 2019) sem o comparecimento pessoal do acusado, podendo o juiz
determinar a prática de atos necessários à conservação de
Art. 63. Ao proferir a sentença, o juiz decidirá
bens, direitos ou valores. (Incluído pela Lei nº 13.840, de
sobre: (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
2019)
I - o perdimento do produto, bem, direito ou valor
Art. 63-B. O juiz determinará a liberação total ou parcial dos
apreendido ou objeto de medidas assecuratórias;
bens, direitos e objeto de medidas assecuratórias quando
e (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
comprovada a licitude de sua origem, mantendo-se a
II - o levantamento dos valores depositados em conta constrição dos bens, direitos e valores necessários e
remunerada e a liberação dos bens utilizados nos termos do suficientes à reparação dos danos e ao pagamento de
art. 62. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) prestações pecuniárias, multas e custas decorrentes da
infração penal. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
nad. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 63-C. Compete à Senad, do Ministério da Justiça e
§ 2º O juiz remeterá ao órgão gestor do Funad relação dos
Segurança Pública, proceder à destinação dos bens
bens, direitos e valores declarados perdidos, indicando o
apreendidos e não leiloados em caráter cautelar, cujo
local em que se encontram e a entidade ou o órgão em cujo
perdimento seja decretado em favor da União, por meio das
poder estejam, para os fins de sua destinação nos termos da
seguintes modalidades: (Incluído pela Lei nº 13.886, de
legislação vigente. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de
2019)
2019)
I – alienação, mediante: (Incluído pela Lei nº 13.886, de
§ 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019)
2019)
§ 4º Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz
a) licitação; (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
do processo, de ofício ou a requerimento do Ministério
Público, remeterá à Senad relação dos bens, direitos e b) doação com encargo a entidades ou órgãos públicos, bem
valores declarados perdidos em favor da União, indicando, como a comunidades terapêuticas acolhedoras que
quanto aos bens, o local em que se encontram e a entidade contribuam para o alcance das finalidades do Funad; ou
ou o órgão em cujo poder estejam, para os fins de sua (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
destinação nos termos da legislação vigente.
c) venda direta, observado o disposto no inciso II
§ 4º-A. Antes de encaminhar os bens ao órgão gestor do do caput do art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993;
Funad, o juíz deve: (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
I – ordenar às secretarias de fazenda e aos órgãos de registro
e controle que efetuem as averbações necessárias, caso não

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II – incorporação ao patrimônio de órgão da administração Art. 63-E. O produto da alienação dos bens apreendidos ou
pública, observadas as finalidades do Funad; (Incluído pela confiscados será revertido integralmente ao Funad, nos
Lei nº 13.886, de 2019) termos do parágrafo único do art. 243 da Constituição
Federal, vedada a sub-rogação sobre o valor da arrematação
III – destruição; ou (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
para saldar eventuais multas, encargos ou tributos
IV – inutilização. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) pendentes de pagamento. (Incluído pela Lei nº 13.886, de
2019)
§ 1º A alienação por meio de licitação deve ser realizada na
modalidade leilão, para bens móveis e imóveis, Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não
independentemente do valor de avaliação, isolado ou prejudica o ajuizamento de execução fiscal em relação aos
global, de bem ou de lotes, assegurada a venda pelo maior antigos devedores. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
lance, por preço não inferior a 50% (cinquenta por cento) do
Art. 63-F. Na hipótese de condenação por infrações às quais
valor da avaliação. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
esta Lei comine pena máxima superior a 6 (seis) anos de
§ 2º O edital do leilão a que se refere o § 1º deste artigo será reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou
amplamente divulgado em jornais de grande circulação e proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença
em sítios eletrônicos oficiais, principalmente no Município entre o valor do patrimônio do condenado e aquele
em que será realizado, dispensada a publicação em diário compatível com o seu rendimento lícito. (Incluído pela Lei nº
oficial. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) 13.886, de 2019)
§ 3º Nas alienações realizadas por meio de sistema § 1º A decretação da perda prevista no caput deste artigo
eletrônico da administração pública, a publicidade dada fica condicionada à existência de elementos probatórios que
pelo sistema substituirá a publicação em diário oficial e em indiquem conduta criminosa habitual, reiterada ou
jornais de grande circulação. (Incluído pela Lei nº 13.886, de profissional do condenado ou sua vinculação a organização
2019) criminosa. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 4º Na alienação de imóveis, o arrematante fica livre do § 2º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo,
pagamento de encargos e tributos anteriores, sem prejuízo entende-se por patrimônio do condenado todos os bens:
de execução fiscal em relação ao antigo (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
proprietário. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
I – de sua titularidade, ou sobre os quais tenha domínio e
§ 5º Na alienação de veículos, embarcações ou aeronaves benefício direto ou indireto, na data da infração penal, ou
deverão ser observadas as disposições dos §§ 13 e 15 do art. recebidos posteriormente; e (Incluído pela Lei nº 13.886, de
61 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019) 2019)
§ 6º Aplica-se às alienações de que trata este artigo a II – transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante
proibição relativa à cobrança de multas, encargos ou contraprestação irrisória, a partir do início da atividade
tributos prevista no § 14 do art. 61 desta Lei. (Incluído pela criminal. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
Lei nº 13.886, de 2019)
§ 3º O condenado poderá demonstrar a inexistência da
§ 7º A Senad, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, incompatibilidade ou a procedência lícita do patrimônio.
pode celebrar convênios ou instrumentos congêneres com (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito
Art. 64. A União, por intermédio da Senad, poderá firmar
Federal ou dos Municípios, bem como com comunidades
convênio com os Estados, com o Distrito Federal e com
terapêuticas acolhedoras, a fim de dar imediato
organismos orientados para a prevenção do uso indevido de
cumprimento ao estabelecido neste artigo. (Incluído pela
drogas, a atenção e a reinserção social de usuários ou
Lei nº 13.886, de 2019)
dependentes e a atuação na repressão à produção não
§ 8º Observados os procedimentos licitatórios previstos em autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, com vistas na
lei, fica autorizada a contratação da iniciativa privada para a liberação de equipamentos e de recursos por ela
execução das ações de avaliação, de administração e de arrecadados, para a implantação e execução de programas
alienação dos bens a que se refere esta Lei. (Incluído pela Lei relacionados à questão das drogas.
nº 13.886, de 2019)
TÍTULO V
Art. 63-D. Compete ao Ministério da Justiça e Segurança DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Pública regulamentar os procedimentos relativos à
Art. 65. De conformidade com os princípios da não-
administração, à preservação e à destinação dos recursos
intervenção em assuntos internos, da igualdade jurídica e do
provenientes de delitos e atos ilícitos e estabelecer os
respeito à integridade territorial dos Estados e às leis e aos
valores abaixo dos quais se deve proceder à sua destruição
regulamentos nacionais em vigor, e observado o espírito das
ou inutilização. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
Convenções das Nações Unidas e outros instrumentos
jurídicos internacionais relacionados à questão das drogas,
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de que o Brasil é parte, o governo brasileiro prestará, I - determinar, imediatamente à ciência da falência ou
quando solicitado, cooperação a outros países e organismos liquidação, sejam lacradas suas instalações;
internacionais e, quando necessário, deles solicitará a
II - ordenar à autoridade sanitária competente a urgente
colaboração, nas áreas de:
adoção das medidas necessárias ao recebimento e guarda,
I - intercâmbio de informações sobre legislações, em depósito, das drogas arrecadadas;
experiências, projetos e programas voltados para atividades
III - dar ciência ao órgão do Ministério Público, para
de prevenção do uso indevido, de atenção e de reinserção
acompanhar o feito.
social de usuários e dependentes de drogas;
§ 1º Da licitação para alienação de substâncias ou produtos
II - intercâmbio de inteligência policial sobre produção e
não proscritos referidos no inciso II do caput deste artigo, só
tráfico de drogas e delitos conexos, em especial o tráfico de
podem participar pessoas jurídicas regularmente
armas, a lavagem de dinheiro e o desvio de precursores
habilitadas na área de saúde ou de pesquisa científica que
químicos;
comprovem a destinação lícita a ser dada ao produto a ser
III - intercâmbio de informações policiais e judiciais sobre arrematado.
produtores e traficantes de drogas e seus precursores
§ 2º Ressalvada a hipótese de que trata o § 3º deste artigo, o
químicos.
produto não arrematado será, ato contínuo à hasta pública,
TÍTULO V-A destruído pela autoridade sanitária, na presença dos
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.840, DE 2019) Conselhos Estaduais sobre Drogas e do Ministério Público.
DO FINANCIAMENTO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS
§ 3º Figurando entre o praceado e não arrematadas
Art. 65-A . (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) especialidades farmacêuticas em condições de emprego
terapêutico, ficarão elas depositadas sob a guarda do
TÍTULO VI
Ministério da Saúde, que as destinará à rede pública de
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
saúde.
Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º
Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes previstos nos
desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da lista
arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado ilícito transnacional,
mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias
são da competência da Justiça Federal.
entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob
controle especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio Parágrafo único. Os crimes praticados nos Municípios que
de 1998. não sejam sede de vara federal serão processados e julgados
na vara federal da circunscrição respectiva.
Art. 67. A liberação dos recursos previstos na Lei nº 7.560, de
19 de dezembro de 1986, em favor de Estados e do Distrito Art. 71. (VETADO)
Federal, dependerá de sua adesão e respeito às diretrizes
Art. 72. Encerrado o processo criminal ou arquivado o
básicas contidas nos convênios firmados e do fornecimento
inquérito policial, o juiz, de ofício, mediante representação
de dados necessários à atualização do sistema previsto no
da autoridade de polícia judiciária, ou a requerimento do
art. 17 desta Lei, pelas respectivas polícias judiciárias.
Ministério Público, determinará a destruição das amostras
Art. 67-A. Os gestores e entidades que recebam recursos guardadas para contraprova, certificando nos
públicos para execução das políticas sobre drogas deverão autos. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
garantir o acesso às suas instalações, à documentação e a
Art. 73. A União poderá estabelecer convênios com os
todos os elementos necessários à efetiva fiscalização pelos
Estados e o com o Distrito Federal, visando à prevenção e
órgãos competentes. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
repressão do tráfico ilícito e do uso indevido de drogas, e
Art. 68. A União, os Estados, o Distrito Federal e os com os Municípios, com o objetivo de prevenir o uso
Municípios poderão criar estímulos fiscais e outros, indevido delas e de possibilitar a atenção e reinserção social
destinados às pessoas físicas e jurídicas que colaborem na de usuários e dependentes de drogas. (Redação dada pela
prevenção do uso indevido de drogas, atenção e reinserção Lei nº 12.219, de 2010)
social de usuários e dependentes e na repressão da
Art. 74. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias
produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas.
após a sua publicação.
Art. 69. No caso de falência ou liquidação extrajudicial de
Art. 75. Revogam-se a Lei nº 6.368, de 21 de outubro de
empresas ou estabelecimentos hospitalares, de pesquisa,
1976, e a Lei nº 10.409, de 11 de janeiro de 2002.
de ensino, ou congêneres, assim como nos serviços de saúde
que produzirem, venderem, adquirirem, consumirem, Brasília, 23 de agosto de 2006; 185º da Independência e 118º
prescreverem ou fornecerem drogas ou de qualquer outro da República.
em que existam essas substâncias ou produtos, incumbe ao
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
juízo perante o qual tramite o feito:
Márcio Thomaz Bastos
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Guido Mantega 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei
Jorge Armando Felix no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso incluído pela Lei nº
9.695, de 1998)
Lei nº 8.072/1990 VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de
exploração sexual de criança ou adolescente ou de
Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei
inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras nº 12.978, de 2014)
providências.
IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o artefato análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A).
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos,
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, tentados ou consumados:
todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei
dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984) nº 2.889, de 1º de outubro de 1956;

I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de
agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, dezembro de 2003;
IV, V, VI, VII e VIII); III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
§ 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo,
quando praticadas contra autoridade ou agente descrito acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826,
nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do de 22 de dezembro de 2003;
sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública,
no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à
seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até prática de crime hediondo ou equiparado.
terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei nº Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico
13.142, de 2015) ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são
II - roubo: insuscetíveis de: (Vide Súmula Vinculante)

a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. I - anistia, graça e indulto;


157, § 2º, inciso V); II - fiança. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida
§ 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo de uso inicialmente em regime fechado. (Redação dada pela Lei nº
proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); 11.464, de 2007)
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte § 2º (Revogado).
(art. 157, § 3º);
§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá
III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da fundamentadamente se o réu poderá apelar em
vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º); liberdade. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. § 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960,
159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste
de 1994) artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela período em caso de extrema e comprovada
Lei nº 12.015, de 2009) necessidade. (Incluído pela Lei nº 11.464, de 2007)

VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de
4o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) segurança máxima, destinados ao cumprimento de penas
impostas a condenados de alta periculosidade, cuja
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso permanência em presídios estaduais ponha em risco a
incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) ordem ou incolumidade pública.
VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) Art. 4º (Vetado).
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de Art. 5º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte
produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. inciso:
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"Art. 83. hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de


entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de
condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar
ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu
apenado não for reincidente específico em crimes dessa desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços.
natureza."
Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados
Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º; 213; nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e
214; 223, caput e seu parágrafo único; 267, caput e 270; 3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223,
caput, todos do Código Penal, passam a vigorar com a caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art.
seguinte redação: 223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são
acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta
"Art. 157.
anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal.
reclusão, de cinco a quinze anos, além da multa; se resulta
Art. 10. O art. 35 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976,
morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da
passa a vigorar acrescido de parágrafo único, com a seguinte
multa.
redação:
Art. 159.
"Art. 35.
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítulo
§ 1º serão contados em dobro quando se tratar dos crimes
previstos nos arts. 12, 13 e 14."
Pena - reclusão, de doze a vinte anos.
Art. 11. (Vetado).
§ 2º
Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.
Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário.
§ 3º
Brasília, 25 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.
da República.
Art. 213.
FERNANDO COLLOR
Pena - reclusão, de seis a dez anos. Bernardo Cabral
Art. 214.
Lei nº 7.716/1989
Pena - reclusão, de seis a dez anos.
Art. 223. Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de
cor.
Pena - reclusão, de oito a doze anos.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o
Parágrafo único. Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco anos. Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes
Art. 267. resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor,
etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Art. 270. Art. 2º (Vetado).
Pena - reclusão, de dez a quinze anos." Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente
Art. 7º Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte habilitado, a qualquer cargo da Administração Direta ou
parágrafo: Indireta, bem como das concessionárias de serviços
públicos.
"Art. 159.
Pena: reclusão de dois a cinco anos.
§ 4º Se o crime é cometido por quadrilha ou bando, o co-
autor que denunciá-lo à autoridade, facilitando a libertação Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo
do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços." de discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência
nacional, obstar a promoção funcional. (Incluído pela Lei nº
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista 12.288, de 2010)
no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes

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Art. 4º Negar ou obstar emprego em empresa privada. Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios
públicos ou residenciais e elevadores ou escada de acesso
Pena: reclusão de dois a cinco anos.
aos mesmos:
§ 1º Incorre na mesma pena quem, por motivo de
Pena: reclusão de um a três anos.
discriminação de raça ou de cor ou práticas resultantes do
preconceito de descendência ou origem nacional ou étnica: Art. 12. Impedir o acesso ou uso de transportes públicos,
(Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) como aviões, navios barcas, barcos, ônibus, trens, metrô ou
qualquer outro meio de transporte concedido.
I - deixar de conceder os equipamentos necessários ao
empregado em igualdade de condições com os demais Pena: reclusão de um a três anos.
trabalhadores; (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010)
Art. 13. Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em
II - impedir a ascensão funcional do empregado ou obstar qualquer ramo das Forças Armadas.
outra forma de benefício profissional; (Incluído pela Lei nº
Pena: reclusão de dois a quatro anos.
12.288, de 2010)
Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o
III - proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no
casamento ou convivência familiar e social.
ambiente de trabalho, especialmente quanto ao salário.
(Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) Pena: reclusão de dois a quatro anos.
§ 2º Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de Art. 15. (Vetado).
serviços à comunidade, incluindo atividades de promoção
Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou
da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra
função pública, para o servidor público, e a suspensão do
forma de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos de
funcionamento do estabelecimento particular por prazo não
aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas
superior a três meses.
atividades não justifiquem essas exigências.
Art. 17. (Vetado).
Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabelecimento
comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei
ou comprador. não são automáticos, devendo ser motivadamente
declarados na sentença.
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 19. (Vetado).
Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de
aluno em estabelecimento de ensino público ou privado de Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou
qualquer grau. preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência
nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de três a cinco anos.
Pena: reclusão de um a três anos e multa. (Redação dada
Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor de
pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
dezoito anos a pena é agravada de 1/3 (um terço).
§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos,
Art. 7º Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel,
emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que
pensão, estalagem, ou qualquer estabelecimento similar.
utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação
Pena: reclusão de três a cinco anos. do nazismo. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.(Incluído pela Lei
restaurantes, bares, confeitarias, ou locais semelhantes nº 9.459, de 15/05/97)
abertos ao público.
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido
Pena: reclusão de um a três anos. por intermédio dos meios de comunicação social ou
publicação de qualquer natureza: (Redação dada pela Lei nº
Art. 9º Impedir o acesso ou recusar atendimento em
9.459, de 15/05/97)
estabelecimentos esportivos, casas de diversões, ou clubes
sociais abertos ao público. Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.(Incluído pela Lei
nº 9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de um a três anos.
§ 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar,
Art. 10. Impedir o acesso ou recusar atendimento em salões
ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes
de cabeleireiros, barbearias, termas ou casas de massagem
do inquérito policial, sob pena de desobediência: (Redação
ou estabelecimento com as mesmas finalidades.
dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de um a três anos.

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I - o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos CAPÍTULO II


exemplares do material respectivo;(Incluído pela Lei nº DOS SUJEITOS DO CRIME
9.459, de 15/05/97)
Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade
II - a cessação das respectivas transmissões radiofônicas, qualquer agente público, servidor ou não, da administração
televisivas, eletrônicas ou da publicação por qualquer meio; direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da
(Redação dada pela Lei nº 12.735, de 2012) União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de
III - a interdição das respectivas mensagens ou páginas de Território, compreendendo, mas não se limitando a:
informação na rede mundial de computadores. (Incluído I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles
pela Lei nº 12.288, de 2010) equiparadas;
§ 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da condenação, II - membros do Poder Legislativo;
após o trânsito em julgado da decisão, a destruição do
material apreendido. (Incluído pela Lei nº 9.459, de III - membros do Poder Executivo;
15/05/97) IV - membros do Poder Judiciário;
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. V - membros do Ministério Público;
(Renumerado pela Lei nº 8.081, de 21.9.1990)
VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas.
Art. 22. Revogam-se as disposições em contrário.
(Renumerado pela Lei nº 8.081, de 21.9.1990) Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os efeitos
desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que
Brasília, 5 de janeiro de 1989; 168º da Independência e 101º transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
da República. nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
JOSÉ SARNEY forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego
ou função em órgão ou entidade abrangidos
Paulo Brossard pelo caput deste artigo.
CAPÍTULO III
Lei nº 13.869/2019 DA AÇÃO PENAL
Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal
Dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade; altera a
pública incondicionada. (Promulgação partes vetadas)
Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, a Lei nº 9.296,
de 24 de julho de 1996, a Lei nº 8.069, de 13 de julho de § 1º Será admitida ação privada se a ação penal pública não
1990, e a Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994; e revoga a for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público
Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965, e dispositivos do aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva,
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código intervir em todos os termos do processo, fornecer
Penal). elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no
caso de negligência do querelante, retomar a ação como
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA parte principal.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono § 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6
a seguinte Lei: (seis) meses, contado da data em que se esgotar o prazo
para oferecimento da denúncia.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO IV
DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO E DAS PENAS
Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade,
cometidos por agente público, servidor ou não, que, no RESTRITIVAS DE DIREITOS
exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse SEÇÃO I
do poder que lhe tenha sido atribuído. DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO

§ 1º As condutas descritas nesta Lei constituem crime de Art. 4º São efeitos da condenação:
abuso de autoridade quando praticadas pelo agente com a I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo
finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na
mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou sentença o valor mínimo para reparação dos danos
satisfação pessoal. causados pela infração, considerando os prejuízos por ele
§ 2º A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de sofridos;
fatos e provas não configura abuso de autoridade. II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou
função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos;

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III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública. II - substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa
ou de conceder liberdade provisória, quando
Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III
manifestamente cabível;
do caput deste artigo são condicionados à ocorrência de
reincidência em crime de abuso de autoridade e não são III - deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando
automáticos, devendo ser declarados motivadamente na manifestamente cabível.’
sentença.
Art. 10. Decretar a condução coercitiva de testemunha ou
SEÇÃO II investigado manifestamente descabida ou sem prévia
DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS intimação de comparecimento ao juízo:

Art. 5º As penas restritivas de direitos substitutivas das Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
privativas de liberdade previstas nesta Lei são: Art. 11. (VETADO).
I - prestação de serviços à comunidade ou a entidades Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar prisão em
públicas; flagrante à autoridade judiciária no prazo legal:
II - suspensão do exercício do cargo, da função ou do Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda
dos vencimentos e das vantagens; Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:

III - (VETADO). I - deixa de comunicar, imediatamente, a execução de prisão


temporária ou preventiva à autoridade judiciária que a
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos podem ser decretou;
aplicadas autônoma ou cumulativamente.
II - deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer
CAPÍTULO V pessoa e o local onde se encontra à sua família ou à pessoa
DAS SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E por ela indicada;
ADMINISTRATIVA
III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e
Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão aplicadas quatro) horas, a nota de culpa, assinada pela autoridade,
independentemente das sanções de natureza civil ou com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das
administrativa cabíveis. testemunhas;
Parágrafo único. As notícias de crimes previstos nesta Lei IV - prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de
que descreverem falta funcional serão informadas à prisão temporária, de prisão preventiva, de medida de
autoridade competente com vistas à apuração. segurança ou de internação, deixando, sem motivo justo e
Art. 7º As responsabilidades civil e administrativa são excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura
independentes da criminal, não se podendo mais questionar imediatamente após recebido ou de promover a soltura do
sobre a existência ou a autoria do fato quando essas preso quando esgotado o prazo judicial ou legal.
questões tenham sido decididas no juízo criminal. Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante
Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade de
administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer resistência, a:
ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em I - exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à
legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou curiosidade pública;
no exercício regular de direito.
II - submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento
CAPÍTULO VI não autorizado em lei;
DOS CRIMES E DAS PENAS
III - produzir prova contra si mesmo ou contra
Art. 9º Decretar medida de privação da liberdade em terceiro: (Promulgação partes vetadas)
manifesta desconformidade com as hipóteses
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem
legais: (Promulgação partes vetadas)
prejuízo da pena cominada à violência.
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 14. (VETADO).
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade
Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa
judiciária que, dentro de prazo razoável, deixar de:
que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão,
I - relaxar a prisão manifestamente ilegal; deva guardar segredo ou resguardar sigilo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

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Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem prossegue Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem mantém, na
com o interrogatório: (Promulgação partes vetadas) mesma cela, criança ou adolescente na companhia de maior
de idade ou em ambiente inadequado, observado o disposto
I - de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao silêncio;
na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança
ou
e do Adolescente).
II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por
Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente,
advogado ou defensor público, sem a presença de seu
ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas
patrono.
dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições,
Art. 16. Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente sem determinação judicial ou fora das condições
ao preso por ocasião de sua captura ou quando deva fazê-lo estabelecidas em lei:
durante sua detenção ou prisão: (Promulgação partes
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
vetadas)
§ 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
no caput deste artigo, quem:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, como
I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a
responsável por interrogatório em sede de procedimento
franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas dependências;
investigatório de infração penal, deixa de identificar-se ao
preso ou atribui a si mesmo falsa identidade, cargo ou II - (VETADO);
função.
III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após
Art. 17. (VETADO). as 21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco horas).
Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial durante § 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro,
o período de repouso noturno, salvo se capturado em ou quando houver fundados indícios que indiquem a
flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir necessidade do ingresso em razão de situação de flagrante
em prestar declarações: delito ou de desastre.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Art. 23. Inovar artificiosamente, no curso de diligência, de
investigação ou de processo, o estado de lugar, de coisa ou
Art. 19. Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de
de pessoa, com o fim de eximir-se de responsabilidade ou de
pleito de preso à autoridade judiciária competente para a
responsabilizar criminalmente alguém ou agravar-lhe a
apreciação da legalidade de sua prisão ou das circunstâncias
responsabilidade:
de sua custódia:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem pratica a
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o magistrado que,
conduta com o intuito de:
ciente do impedimento ou da demora, deixa de tomar as
providências tendentes a saná-lo ou, não sendo competente I - eximir-se de responsabilidade civil ou administrativa por
para decidir sobre a prisão, deixa de enviar o pedido à excesso praticado no curso de diligência;
autoridade judiciária que o seja.
II - omitir dados ou informações ou divulgar dados ou
Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e informações incompletos para desviar o curso da
reservada do preso com seu advogado: (Promulgação investigação, da diligência ou do processo.
partes vetadas)
Art. 24. Constranger, sob violência ou grave ameaça,
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. funcionário ou empregado de instituição hospitalar pública
ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede o
tenha ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de
preso, o réu solto ou o investigado de entrevistar-se pessoal
crime, prejudicando sua apuração:
e reservadamente com seu advogado ou defensor, por
prazo razoável, antes de audiência judicial, e de sentar-se ao Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além
seu lado e com ele comunicar-se durante a audiência, salvo da pena correspondente à violência.
no curso de interrogatório ou no caso de audiência realizada
Art. 25. Proceder à obtenção de prova, em procedimento de
por videoconferência.
investigação ou fiscalização, por meio manifestamente
Art. 21. Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou ilícito:
espaço de confinamento:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

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Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem faz uso de Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se utiliza de
prova, em desfavor do investigado ou fiscalizado, com cargo ou função pública ou invoca a condição de agente
prévio conhecimento de sua ilicitude. público para se eximir de obrigação legal ou para obter
vantagem ou privilégio indevido.
Art. 26. (VETADO).
Art. 34. (VETADO).
Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento
investigatório de infração penal ou administrativa, em Art. 35. (VETADO).
desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da prática de
Art. 36. Decretar, em processo judicial, a indisponibilidade
crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa:
de ativos financeiros em quantia que extrapole
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. exacerbadamente o valor estimado para a satisfação da
dívida da parte e, ante a demonstração, pela parte, da
Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de
excessividade da medida, deixar de corrigi-la:
sindicância ou investigação preliminar sumária,
devidamente justificada. Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem Art. 37. Demorar demasiada e injustificadamente no exame
relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a de processo de que tenha requerido vista em órgão
intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou
do investigado ou acusado: retardar o julgamento:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por
judicial, policial, fiscal ou administrativo com o fim de meio de comunicação, inclusive rede social, atribuição de
prejudicar interesse de investigado: culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a
acusação: (Promulgação partes vetadas)
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. (VETADO).
CAPÍTULO VII
Art. 30. Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou
DO PROCEDIMENTO
administrativa sem justa causa fundamentada ou contra
quem sabe inocente: (Promulgação partes vetadas) Art. 39. Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. previstos nesta Lei, no que couber, as disposições
do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de
Art. 31. Estender injustificadamente a investigação, Processo Penal), e da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de
procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado: 1995.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. CAPÍTULO VIII
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo DISPOSIÇÕES FINAIS
prazo para execução ou conclusão de procedimento, o Art. 40. O art. 2º da Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de
estende de forma imotivada, procrastinando-o em prejuízo 1989, passa a vigorar com a seguinte redação:
do investigado ou do fiscalizado.
“Art.2º
Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou advogado
acesso aos autos de investigação preliminar, ao termo § 4º-A O mandado de prisão conterá necessariamente o
circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro período de duração da prisão temporária estabelecido
procedimento investigatório de infração penal, civil ou no caput deste artigo, bem como o dia em que o preso
administrativa, assim como impedir a obtenção de cópias, deverá ser libertado.
ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em curso, § 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a
ou que indiquem a realização de diligências futuras, cujo autoridade responsável pela custódia deverá,
sigilo seja imprescindível: (Promulgação partes vetadas) independentemente de nova ordem da autoridade judicial,
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver
sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da
Art. 33. Exigir informação ou cumprimento de obrigação, decretação da prisão preventiva.
inclusive o dever de fazer ou de não fazer, sem expresso
amparo legal: § 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão
no cômputo do prazo de prisão temporária.” (NR)
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Art. 41. O art. 10 da Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996,
passa a vigorar com a seguinte redação:

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“Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de I - constranger alguém com emprego de violência ou grave
comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
promover escuta ambiental ou quebrar segredo da Justiça,
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão
sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados
da vítima ou de terceira pessoa;
em lei:
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade
judicial que determina a execução de conduta prevista II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade,
no caput deste artigo com objetivo não autorizado em lei.” com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso
(NR) sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo
pessoal ou medida de caráter preventivo.
Art. 42. A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da
Criança e do Adolescente), passa a vigorar acrescida do Pena - reclusão, de dois a oito anos.
seguinte art. 227-A:
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou
“Art. 227-A Os efeitos da condenação prevista no inciso I do sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental,
caput do art. 92 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não
de 1940 (Código Penal), para os crimes previstos nesta Lei, resultante de medida legal.
praticados por servidores públicos com abuso de
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando
autoridade, são condicionados à ocorrência de reincidência.
tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de
Parágrafo único. A perda do cargo, do mandato ou da detenção de um a quatro anos.
função, nesse caso, independerá da pena aplicada na
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou
reincidência.”
gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se
Art. 43. A Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, passa a vigorar resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
acrescida do seguinte art. 7º-B: (Promulgação partes
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
vetadas)
I - se o crime é cometido por agente público;
‘Art. 7º-B Constitui crime violar direito ou prerrogativa de
advogado previstos nos incisos II, III, IV e V do caput do art. II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador
7º desta Lei: de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;
(Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.’”
III - se o crime é cometido mediante seqüestro.
Art. 44. Revogam-se a Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de
1965, e o § 2º do art. 150 e o art. 350, ambos do Decreto-Lei § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). emprego público e a interdição para seu exercício pelo
dobro do prazo da pena aplicada.
Art. 45. Esta Lei entra em vigor após decorridos 120 (cento
e vinte) dias de sua publicação oficial. § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça
ou anistia.
Brasília, 5 de setembro de 2019; 198o da Independência e
131o da República. § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a
hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime
JAIR MESSIAS BOLSONARO
fechado.
Sérgio Moro
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime
Wagner de Campos Rosário não tenha sido cometido em território nacional, sendo a
vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob
Jorge Antonio de Oliveira Francisco
jurisdição brasileira.
André Luiz de Almeida Mendonça
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Lei nº 9.455/1997 Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de julho


de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.

Define os crimes de tortura e dá outras providências. Brasília, 7 de abril de 1997; 176º da Independência e 109º da
República.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Nelson A. Jobim
Art. 1º Constitui crime de tortura:
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qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos


Lei nº 8.069/1990 fundamentais.

Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os
outras providências. fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum,
os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o peculiar da criança e do adolescente como pessoas em
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: desenvolvimento.
TÍTULO I TÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e CAPÍTULO I
ao adolescente. DO DIREITO À VIDA E À SAÚDE

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à
pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais
aquela entre doze e dezoito anos de idade. públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento
sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e Art. 8 o É assegurado a todas as mulheres o acesso aos
vinte e um anos de idade. programas e às políticas de saúde da mulher e de
planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal
proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se- integral no âmbito do Sistema Único de Saúde. (Redação
lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico,
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade § 1 o O atendimento pré-natal será realizado por
e de dignidade. profissionais da atenção primária. (Redação dada pela Lei nº
13.257, de 2016)
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-
se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de § 2 o Os profissionais de saúde de referência da gestante
nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação,
cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de ao estabelecimento em que será realizado o parto,
desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, garantido o direito de opção da mulher. (Redação dada pela
ambiente social, região e local de moradia ou outra condição Lei nº 13.257, de 2016)
que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em § 3 o Os serviços de saúde onde o parto for realizado
que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção
geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de
a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à apoio à amamentação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à 2016)
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à § 4 o Incumbe ao poder público proporcionar assistência
liberdade e à convivência familiar e comunitária. psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal,
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: inclusive como forma de prevenir ou minorar as
consequências do estado puerperal. (Incluído pela Lei nº
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer 12.010, de 2009) Vigência
circunstâncias;
§ 5 o A assistência referida no § 4 o deste artigo deverá ser
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de prestada também a gestantes e mães que manifestem
relevância pública; interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a
c) preferência na formulação e na execução das políticas gestantes e mães que se encontrem em situação de privação
sociais públicas; de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas § 6 o A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um)
relacionadas com a proteção à infância e à juventude. acompanhante de sua preferência durante o período do pré-
natal, do trabalho de parto e do pós-parto
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de imediato. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
qualquer forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei

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§ 7 o A gestante deverá receber orientação sobre I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de
aleitamento materno, alimentação complementar saudável prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos;
e crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua
formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de
impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe,
estimular o desenvolvimento integral da criança. (Incluído
sem prejuízo de outras formas normatizadas pela
pela Lei nº 13.257, de 2016)
autoridade administrativa competente;
§ 8 o A gestante tem direito a acompanhamento saudável
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica
durante toda a gestação e a parto natural cuidadoso,
de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem
estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras
como prestar orientação aos pais;
intervenções cirúrgicas por motivos médicos. (Incluído pela
Lei nº 13.257, de 2016) IV - fornecer declaração de nascimento onde constem
necessariamente as intercorrências do parto e do
§ 9 o A atenção primária à saúde fará a busca ativa da
desenvolvimento do neonato;
gestante que não iniciar ou que abandonar as consultas de
pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer às V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato
consultas pós-parto. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) a permanência junto à mãe.
§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à VI - acompanhar a prática do processo de amamentação,
mulher com filho na primeira infância que se encontrem sob prestando orientações quanto à técnica adequada,
custódia em unidade de privação de liberdade, ambiência enquanto a mãe permanecer na unidade hospitalar,
que atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema utilizando o corpo técnico já existente. (Incluído pela Lei nº
Único de Saúde para o acolhimento do filho, em articulação 13.436, de 2017) (Vigência)
com o sistema de ensino competente, visando ao
Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado
desenvolvimento integral da criança. (Incluído pela Lei nº
voltadas à saúde da criança e do adolescente, por
13.257, de 2016)
intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o
Art. 8º-A. Fica instituída a Semana Nacional de Prevenção princípio da equidade no acesso a ações e serviços para
da Gravidez na Adolescência, a ser realizada anualmente na promoção, proteção e recuperação da saúde. (Redação
semana que incluir o dia 1º de fevereiro, com o objetivo de dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
disseminar informações sobre medidas preventivas e
§ 1 o A criança e o adolescente com deficiência serão
educativas que contribuam para a redução da incidência da
atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas
gravidez na adolescência. (Incluído pela Lei nº 13.798, de
necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e
2019)
reabilitação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
Parágrafo único. As ações destinadas a efetivar o disposto
§ 2 o Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente,
no caput deste artigo ficarão a cargo do poder público, em
àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses,
conjunto com organizações da sociedade civil, e serão
próteses e outras tecnologias assistivas relativas ao
dirigidas prioritariamente ao público adolescente. (Incluído
tratamento, habilitação ou reabilitação para crianças e
pela Lei nº 13.798, de 2019)
adolescentes, de acordo com as linhas de cuidado voltadas
Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores às suas necessidades específicas. (Redação dada pela Lei nº
propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, 13.257, de 2016)
inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa
§ 3 o Os profissionais que atuam no cuidado diário ou
de liberdade.
frequente de crianças na primeira infância receberão
§ 1 o Os profissionais das unidades primárias de saúde formação específica e permanente para a detecção de sinais
desenvolverão ações sistemáticas, individuais ou coletivas, de risco para o desenvolvimento psíquico, bem como para o
visando ao planejamento, à implementação e à avaliação de acompanhamento que se fizer necessário. (Incluído pela Lei
ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento nº 13.257, de 2016)
materno e à alimentação complementar saudável, de forma
Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde,
contínua. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de
§ 2 o Os serviços de unidades de terapia intensiva neonatal cuidados intermediários, deverão proporcionar condições
deverão dispor de banco de leite humano ou unidade de para a permanência em tempo integral de um dos pais ou
coleta de leite humano. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) responsável, nos casos de internação de criança ou
adolescente. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção
à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo
a: físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos
contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente

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comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis,
sem prejuízo de outras providências legais. (Redação dada humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
pela Lei nº 13.010, de 2014)
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes
§ 1 o As gestantes ou mães que manifestem interesse em aspectos:
entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços
encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância
comunitários, ressalvadas as restrições legais;
e da Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
II - opinião e expressão;
§ 2 o Os serviços de saúde em suas diferentes portas de
entrada, os serviços de assistência social em seu III - crença e culto religioso;
componente especializado, o Centro de Referência
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
Especializado de Assistência Social (Creas) e os demais
órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do V - participar da vida familiar e comunitária, sem
Adolescente deverão conferir máxima prioridade ao discriminação;
atendimento das crianças na faixa etária da primeira
VI - participar da vida política, na forma da lei;
infância com suspeita ou confirmação de violência de
qualquer natureza, formulando projeto terapêutico singular VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
que inclua intervenção em rede e, se necessário,
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da
acompanhamento domiciliar. (Incluído pela Lei nº 13.257, de
integridade física, psíquica e moral da criança e do
2016)
adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos
assistência médica e odontológica para a prevenção das espaços e objetos pessoais.
enfermidades que ordinariamente afetam a população
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e
infantil, e campanhas de educação sanitária para pais,
do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento
educadores e alunos.
desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
§ 1 o É obrigatória a vacinação das crianças nos casos constrangedor.
recomendados pelas autoridades sanitárias. (Renumerado
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser
do parágrafo único pela Lei nº 13.257, de 2016)
educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
§ 2 o O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à tratamento cruel ou degradante, como formas de correção,
saúde bucal das crianças e das gestantes, de forma disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais,
transversal, integral e intersetorial com as demais linhas de pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis,
cuidado direcionadas à mulher e à criança. (Incluído pela Lei pelos agentes públicos executores de medidas
nº 13.257, de 2016) socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de
cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. (Incluído
§ 3 o A atenção odontológica à criança terá função educativa
pela Lei nº 13.010, de 2014)
protetiva e será prestada, inicialmente, antes de o bebê
nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e, Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-
posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de se: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
vida, com orientações sobre saúde bucal. (Incluído pela Lei
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva
nº 13.257, de 2016)
aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o
§ 4 o A criança com necessidade de cuidados odontológicos adolescente que resulte em: (Incluído pela Lei nº 13.010, de
especiais será atendida pelo Sistema Único de 2014)
Saúde. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
a) sofrimento físico; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
§ 5 º É obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos seus
b) lesão; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
primeiros dezoito meses de vida, de protocolo ou outro
instrumento construído com a finalidade de facilitar a II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel
detecção, em consulta pediátrica de acompanhamento da de tratamento em relação à criança ou ao adolescente
criança, de risco para o seu desenvolvimento que: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
psíquico. (Incluído pela Lei nº 13.438, de 2017) (Vigência)
a) humilhe; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
CAPÍTULO II
b) ameace gravemente; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de
DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À
2014)
DIGNIDADE
c) ridicularize. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao
respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo
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Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os qualquer outra providência, caso em que será esta incluída
responsáveis, os agentes públicos executores de medidas em serviços e programas de proteção, apoio e promoção,
socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar nos termos do § 1 o do art. 23, dos incisos I e IV do caput do
de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta
protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
cruel ou degradante como formas de correção, disciplina,
§ 4 o Será garantida a convivência da criança e do
educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem
adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por
prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas,
meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou,
que serão aplicadas de acordo com a gravidade do
nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade
caso: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
responsável, independentemente de autorização
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de judicial. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014)
proteção à família; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
§ 5 o Será garantida a convivência integral da criança com a
II - encaminhamento a tratamento psicológico ou mãe adolescente que estiver em acolhimento
psiquiátrico; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) institucional. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
III - encaminhamento a cursos ou programas de § 6 o A mãe adolescente será assistida por equipe
orientação; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) especializada multidisciplinar. (Incluído pela Lei nº 13.509,
de 2017)
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento
especializado; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interesse em
entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o
V - advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras
§ 1 o A gestante ou mãe será ouvida pela equipe
providências legais. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
interprofissional da Justiça da Infância e da Juventude, que
CAPÍTULO III apresentará relatório à autoridade judiciária, considerando
DO DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E inclusive os eventuais efeitos do estado gestacional e
COMUNITÁRIA puerperal. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
SEÇÃO I
§ 2 o De posse do relatório, a autoridade judiciária poderá
DISPOSIÇÕES GERAIS
determinar o encaminhamento da gestante ou mãe,
Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e mediante sua expressa concordância, à rede pública de
educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em saúde e assistência social para atendimento
família substituta, assegurada a convivência familiar e especializado. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
comunitária, em ambiente que garanta seu
§ 3 o A busca à família extensa, conforme definida nos
desenvolvimento integral. (Redação dada pela Lei nº 13.257,
termos do parágrafo único do art. 25 desta Lei, respeitará o
de 2016)
prazo máximo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual
§ 1 o Toda criança ou adolescente que estiver inserido em período. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua
§ 4 o Na hipótese de não haver a indicação do genitor e de
situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses,
não existir outro representante da família extensa apto a
devendo a autoridade judiciária competente, com base em
receber a guarda, a autoridade judiciária competente deverá
relatório elaborado por equipe interprofissional ou
decretar a extinção do poder familiar e determinar a
multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela
colocação da criança sob a guarda provisória de quem
possibilidade de reintegração familiar ou pela colocação em
estiver habilitado a adotá-la ou de entidade que desenvolva
família substituta, em quaisquer das modalidades previstas
programa de acolhimento familiar ou institucional. (Incluído
no art. 28 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de
pela Lei nº 13.509, de 2017)
2017)
§ 5 o Após o nascimento da criança, a vontade da mãe ou de
§ 2 o A permanência da criança e do adolescente em
ambos os genitores, se houver pai registral ou pai indicado,
programa de acolhimento institucional não se prolongará
deve ser manifestada na audiência a que se refere o § 1 o do
por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada
art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre a
necessidade que atenda ao seu superior interesse,
entrega. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
devidamente fundamentada pela autoridade
judiciária. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) § 6º Na hipótese de não comparecerem à audiência nem o
genitor nem representante da família extensa para
§ 3 o A manutenção ou a reintegração de criança ou
confirmar a intenção de exercer o poder familiar ou a
adolescente à sua família terá preferência em relação a
guarda, a autoridade judiciária suspenderá o poder familiar
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da mãe, e a criança será colocada sob a guarda provisória de acolhimento deverão imediatamente notificar a autoridade
quem esteja habilitado a adotá-la. (Incluído pela Lei nº judiciária competente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
13.509, de 2017)
Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do casamento,
§ 7 o Os detentores da guarda possuem o prazo de 15 ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações,
(quinze) dias para propor a ação de adoção, contado do dia proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à
seguinte à data do término do estágio de filiação.
convivência. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Art. 21. O pátrio poder poder familiar será exercido, em
§ 8 o Na hipótese de desistência pelos genitores - igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do
manifestada em audiência ou perante a equipe que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles
interprofissional - da entrega da criança após o nascimento, o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade
a criança será mantida com os genitores, e será judiciária competente para a solução da
determinado pela Justiça da Infância e da Juventude o divergência. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de
acompanhamento familiar pelo prazo de 180 (cento e 2009) Vigência
oitenta) dias. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e
§ 9 o É garantido à mãe o direito ao sigilo sobre o educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no
nascimento, respeitado o disposto no art. 48 desta interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as
Lei. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) determinações judiciais.
§ 10. Serão cadastrados para adoção recém-nascidos e Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm
crianças acolhidas não procuradas por suas famílias no prazo direitos iguais e deveres e responsabilidades
de 30 (trinta) dias, contado a partir do dia do compartilhados no cuidado e na educação da criança,
acolhimento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) devendo ser resguardado o direito de transmissão familiar
de suas crenças e culturas, assegurados os direitos da
Art. 19-B. A criança e o adolescente em programa de
criança estabelecidos nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.257,
acolhimento institucional ou familiar poderão participar de
de 2016)
programa de apadrinhamento. (Incluído pela Lei nº 13.509,
de 2017) Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não
constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão
§ 1 o O apadrinhamento consiste em estabelecer e
do pátrio poder poder familiar . (Expressão substituída pela
proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos à
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
instituição para fins de convivência familiar e comunitária e
colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos § 1 o Não existindo outro motivo que por si só autorize a
social, moral, físico, cognitivo, educacional e decretação da medida, a criança ou o adolescente será
financeiro. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) mantido em sua família de origem, a qual deverá
obrigatoriamente ser incluída em serviços e programas
§ 2º Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de
oficiais de proteção, apoio e promoção. (Redação dada pela
18 (dezoito) anos não inscritas nos cadastros de adoção,
Lei nº 13.257, de 2016)
desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa
de apadrinhamento de que fazem parte. (Incluído pela Lei nº § 2º A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará
13.509, de 2017) a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de
condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão
§ 3 o Pessoas jurídicas podem apadrinhar criança ou
contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar
adolescente a fim de colaborar para o seu
ou contra filho, filha ou outro descendente. (Redação dada
desenvolvimento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
pela Lei nº 13.715, de 2018)
§ 4 o O perfil da criança ou do adolescente a ser apadrinhado
Art. 24. A perda e a suspensão do pátrio poder poder
será definido no âmbito de cada programa de
familiar serão decretadas judicialmente, em procedimento
apadrinhamento, com prioridade para crianças ou
contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem
adolescentes com remota possibilidade de reinserção
como na hipótese de descumprimento injustificado dos
familiar ou colocação em família adotiva. (Incluído pela Lei
deveres e obrigações a que alude o art. 22. (Expressão
nº 13.509, de 2017)
substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 5 o Os programas ou serviços de apadrinhamento apoiados
SEÇÃO II
pela Justiça da Infância e da Juventude poderão ser
DA FAMÍLIA NATURAL
executados por órgãos públicos ou por organizações da
sociedade civil. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade
formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.
§ 6 o Se ocorrer violação das regras de apadrinhamento, os
responsáveis pelo programa e pelos serviços de

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Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou garantia do direito à convivência familiar. (Incluído pela Lei
ampliada aquela que se estende para além da unidade pais nº 12.010, de 2009) Vigência
e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes
§ 6 o Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou
próximos com os quais a criança ou adolescente convive e
proveniente de comunidade remanescente de quilombo, é
mantém vínculos de afinidade e afetividade. (Incluído pela
ainda obrigatório: (Incluído pela Lei nº 12.010, de
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
2009) Vigência
Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser
I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade
reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no
social e cultural, os seus costumes e tradições, bem como
próprio termo de nascimento, por testamento, mediante
suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com
escritura ou outro documento público, qualquer que seja a
os direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela
origem da filiação.
Constituição Federal; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o 2009) Vigência
nascimento do filho ou suceder-lhe ao falecimento, se
II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio
deixar descendentes.
de sua comunidade ou junto a membros da mesma
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito etnia; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser
III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal
exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer
responsável pela política indigenista, no caso de crianças e
restrição, observado o segredo de Justiça.
adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a
SEÇÃO III equipe interprofissional ou multidisciplinar que irá
DA FAMÍLIA SUBSTITUTA acompanhar o caso. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
SUBSEÇÃO I 2009) Vigência
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 29. Não se deferirá colocação em família substituta a
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante pessoa que revele, por qualquer modo, incompatibilidade
guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação com a natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar
jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei. adequado.
§ 1 o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será Art. 30. A colocação em família substituta não admitirá
previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado transferência da criança ou adolescente a terceiros ou a
seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão entidades governamentais ou não-governamentais, sem
sobre as implicações da medida, e terá sua opinião autorização judicial.
devidamente considerada. (Redação dada pela Lei nº
Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira
12.010, de 2009) Vigência
constitui medida excepcional, somente admissível na
§ 2 o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será modalidade de adoção.
necessário seu consentimento, colhido em
Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável
audiência. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
prestará compromisso de bem e fielmente desempenhar o
2009) Vigência
encargo, mediante termo nos autos.
§ 3 o Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de
SUBSEÇÃO II
parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade, a fim
DA GUARDA
de evitar ou minorar as consequências decorrentes da
medida. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material,
moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a
§ 4 o Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela
seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos
ou guarda da mesma família substituta, ressalvada a
pais. (Vide Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
comprovada existência de risco de abuso ou outra situação
que justifique plenamente a excepcionalidade de solução § 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato,
diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos
rompimento definitivo dos vínculos fraternais. (Incluído pela procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência estrangeiros.
§ 5 o A colocação da criança ou adolescente em família § 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos
substituta será precedida de sua preparação gradativa e de tutela e adoção, para atender a situações peculiares ou
acompanhamento posterior, realizados pela equipe suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da deferido o direito de representação para a prática de atos
Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos determinados.
responsáveis pela execução da política municipal de
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§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou qualquer
de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, documento autêntico, conforme previsto no parágrafo
inclusive previdenciários. único do art. 1.729 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002
- Código Civil , deverá, no prazo de 30 (trinta) dias após a
§ 4 o Salvo expressa e fundamentada determinação em
abertura da sucessão, ingressar com pedido destinado ao
contrário, da autoridade judiciária competente, ou quando a
controle judicial do ato, observando o procedimento
medida for aplicada em preparação para adoção, o
previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei. (Redação dada pela Lei
deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros
nº 12.010, de 2009) Vigência
não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim
como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de Parágrafo único. Na apreciação do pedido, serão
regulamentação específica, a pedido do interessado ou do observados os requisitos previstos nos arts. 28 e 29 desta
Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Lei, somente sendo deferida a tutela à pessoa indicada na
2009) Vigência disposição de última vontade, se restar comprovado que a
medida é vantajosa ao tutelando e que não existe outra
Art. 34. O poder público estimulará, por meio de assistência
pessoa em melhores condições de assumi-la. (Redação dada
jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do
convívio familiar. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de Art. 38. Aplica-se à destituição da tutela o disposto no art.
2009) Vigência 24.
§ 1 o A inclusão da criança ou adolescente em programas de SUBSEÇÃO IV
acolhimento familiar terá preferência a seu acolhimento DA ADOÇÃO
institucional, observado, em qualquer caso, o caráter
Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á
temporário e excepcional da medida, nos termos desta
segundo o disposto nesta Lei.
Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
§ 1 o A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se
§ 2 o Na hipótese do § 1 o deste artigo a pessoa ou casal
deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de
cadastrado no programa de acolhimento familiar poderá
manutenção da criança ou adolescente na família natural ou
receber a criança ou adolescente mediante guarda,
extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta
observado o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei. (Incluído
Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 2 o É vedada a adoção por procuração. (Incluído pela Lei nº
§ 3 o A União apoiará a implementação de serviços de
12.010, de 2009) Vigência
acolhimento em família acolhedora como política pública,
os quais deverão dispor de equipe que organize o § 3 o Em caso de conflito entre direitos e interesses do
acolhimento temporário de crianças e de adolescentes em adotando e de outras pessoas, inclusive seus pais biológicos,
residências de famílias selecionadas, capacitadas e devem prevalecer os direitos e os interesses do
acompanhadas que não estejam no cadastro de adotando. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
adoção. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito
§ 4 o Poderão ser utilizados recursos federais, estaduais, anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou
distritais e municipais para a manutenção dos serviços de tutela dos adotantes.
acolhimento em família acolhedora, facultando-se o
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado,
repasse de recursos para a própria família
com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios,
acolhedora. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo
Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, os impedimentos matrimoniais.
mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério
§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do
Público.
outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e
SUBSEÇÃO III o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos
DA TUTELA parentes.
Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a § 2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus
pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos. (Redação dada descendentes, o adotante, seus ascendentes, descendentes
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência e colaterais até o 4º grau, observada a ordem de vocação
hereditária.
Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia
decretação da perda ou suspensão do pátrio poder poder Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos,
familiar e implica necessariamente o dever de independentemente do estado civil. (Redação dada pela Lei
guarda. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de nº 12.010, de 2009) Vigência
2009) Vigência
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§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do § 2 o A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a
adotando. dispensa da realização do estágio de convivência. (Redação
dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 2 o Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes
sejam casados civilmente ou mantenham união estável, § 2 o -A. O prazo máximo estabelecido no caput deste artigo
comprovada a estabilidade da família. (Redação dada pela pode ser prorrogado por até igual período, mediante
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência decisão fundamentada da autoridade judiciária. (Incluído
pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais
velho do que o adotando. § 3 o Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou
domiciliado fora do País, o estágio de convivência será de,
§ 4 o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-
no mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 (quarenta e
companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que
cinco) dias, prorrogável por até igual período, uma única
acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o
vez, mediante decisão fundamentada da autoridade
estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do
judiciária. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
período de convivência e que seja comprovada a existência
de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não § 3 o -A. Ao final do prazo previsto no § 3 o deste artigo,
detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da deverá ser apresentado laudo fundamentado pela equipe
concessão. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de mencionada no § 4 o deste artigo, que recomendará ou não
2009) Vigência o deferimento da adoção à autoridade judiciária. (Incluído
pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 5 o Nos casos do § 4 o deste artigo, desde que demonstrado
efetivo benefício ao adotando, será assegurada a guarda § 4 o O estágio de convivência será acompanhado pela
compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 da Lei equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da
n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil . (Redação Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos
dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência responsáveis pela execução da política de garantia do
direito à convivência familiar, que apresentarão relatório
§ 6 o A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após
minucioso acerca da conveniência do deferimento da
inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso
medida. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
do procedimento, antes de prolatada a sentença. (Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 5 o O estágio de convivência será cumprido no território
nacional, preferencialmente na comarca de residência da
Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar reais
criança ou adolescente, ou, a critério do juiz, em cidade
vantagens para o adotando e fundar-se em motivos
limítrofe, respeitada, em qualquer hipótese, a competência
legítimos.
do juízo da comarca de residência da criança. (Incluído pela
Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração e Lei nº 13.509, de 2017)
saldar o seu alcance, não pode o tutor ou o curador adotar o
Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença
pupilo ou o curatelado.
judicial, que será inscrita no registro civil mediante mandado
Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do do qual não se fornecerá certidão.
representante legal do adotando.
§ 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais,
§ 1º. O consentimento será dispensado em relação à criança bem como o nome de seus ascendentes.
ou adolescente cujos pais sejam desconhecidos ou tenham
§ 2º O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o
sido destituídos do pátrio poder poder familiar . (Expressão
registro original do adotado.
substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 3 o A pedido do adotante, o novo registro poderá ser
§ 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de
lavrado no Cartório do Registro Civil do Município de sua
idade, será também necessário o seu consentimento.
residência. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência 2009) Vigência
com a criança ou adolescente, pelo prazo máximo de 90
§ 4 o Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá
(noventa) dias, observadas a idade da criança ou
constar nas certidões do registro. (Redação dada pela Lei nº
adolescente e as peculiaridades do caso. (Redação dada
12.010, de 2009) Vigência
pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 5 o A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e,
§ 1 o O estágio de convivência poderá ser dispensado se o
a pedido de qualquer deles, poderá determinar a
adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante
modificação do prenome. (Redação dada pela Lei nº 12.010,
durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a
de 2009) Vigência
conveniência da constituição do vínculo. (Redação dada
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 6 o Caso a modificação de prenome seja requerida pelo
adotante, é obrigatória a oitiva do adotando, observado o
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disposto nos §§ 1 o e 2 o do art. 28 desta Lei. (Redação dada § 4 o Sempre que possível e recomendável, a preparação
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência referida no § 3 o deste artigo incluirá o contato com crianças
e adolescentes em acolhimento familiar ou institucional em
§ 7 o A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em
condições de serem adotados, a ser realizado sob a
julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese
orientação, supervisão e avaliação da equipe técnica da
prevista no § 6 o do art. 42 desta Lei, caso em que terá força
Justiça da Infância e da Juventude, com apoio dos técnicos
retroativa à data do óbito. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
responsáveis pelo programa de acolhimento e pela
2009) Vigência
execução da política municipal de garantia do direito à
§ 8 o O processo relativo à adoção assim como outros a ele convivência familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
relacionados serão mantidos em arquivo, admitindo-se seu 2009) Vigência
armazenamento em microfilme ou por outros meios,
§ 5 o Serão criados e implementados cadastros estaduais e
garantida a sua conservação para consulta a qualquer
nacional de crianças e adolescentes em condições de serem
tempo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
adotados e de pessoas ou casais habilitados à
§ 9º Terão prioridade de tramitação os processos de adoção adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
em que o adotando for criança ou adolescente com
§ 6 o Haverá cadastros distintos para pessoas ou casais
deficiência ou com doença crônica. (Incluído pela Lei nº
residentes fora do País, que somente serão consultados na
12.955, de 2014)
inexistência de postulantes nacionais habilitados nos
§ 10. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção cadastros mencionados no § 5 o deste artigo. (Incluído pela
será de 120 (cento e vinte) dias, prorrogável uma única vez Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
por igual período, mediante decisão fundamentada da
§ 7 o As autoridades estaduais e federais em matéria de
autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
adoção terão acesso integral aos cadastros, incumbindo-
Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem lhes a troca de informações e a cooperação mútua, para
biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo melhoria do sistema. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, 2009) Vigência
após completar 18 (dezoito) anos. (Redação dada pela Lei nº
§ 8 o A autoridade judiciária providenciará, no prazo de 48
12.010, de 2009) Vigência
(quarenta e oito) horas, a inscrição das crianças e
Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá adolescentes em condições de serem adotados que não
ser também deferido ao adotado menor de 18 (dezoito) tiveram colocação familiar na comarca de origem, e das
anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência pessoas ou casais que tiveram deferida sua habilitação à
jurídica e psicológica. (Incluído pela Lei nº 12.010, de adoção nos cadastros estadual e nacional referidos no §
2009) Vigência 5 o deste artigo, sob pena de responsabilidade. (Incluído pela
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o pátrio
poder poder familiar dos pais naturais. (Expressão § 9 o Compete à Autoridade Central Estadual zelar pela
substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência manutenção e correta alimentação dos cadastros, com
posterior comunicação à Autoridade Central Federal
Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca
Brasileira. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
ou foro regional, um registro de crianças e adolescentes em
condições de serem adotados e outro de pessoas § 10. Consultados os cadastros e verificada a ausência de
interessadas na adoção. (Vide Lei nº 12.010, de pretendentes habilitados residentes no País com perfil
2009) Vigência compatível e interesse manifesto pela adoção de criança ou
adolescente inscrito nos cadastros existentes, será realizado
§ 1º O deferimento da inscrição dar-se-á após prévia
o encaminhamento da criança ou adolescente à adoção
consulta aos órgãos técnicos do juizado, ouvido o Ministério
internacional. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
Público.
§ 11. Enquanto não localizada pessoa ou casal interessado
§ 2º Não será deferida a inscrição se o interessado não
em sua adoção, a criança ou o adolescente, sempre que
satisfizer os requisitos legais, ou verificada qualquer das
possível e recomendável, será colocado sob guarda de
hipóteses previstas no art. 29.
família cadastrada em programa de acolhimento
§ 3 o A inscrição de postulantes à adoção será precedida de familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
um período de preparação psicossocial e jurídica, orientado
§ 12. A alimentação do cadastro e a convocação criteriosa
pela equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude,
dos postulantes à adoção serão fiscalizadas pelo Ministério
preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis
Público. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
pela execução da política municipal de garantia do direito à
convivência familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de § 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de
2009) Vigência candidato domiciliado no Brasil não cadastrado

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previamente nos termos desta Lei quando: (Incluído pela Lei § 2 o Os brasileiros residentes no exterior terão preferência
nº 12.010, de 2009) Vigência aos estrangeiros, nos casos de adoção internacional de
criança ou adolescente brasileiro. (Redação dada pela Lei nº
I - se tratar de pedido de adoção unilateral; (Incluído pela Lei
12.010, de 2009) Vigência
nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 3 o A adoção internacional pressupõe a intervenção das
II - for formulada por parente com o qual a criança ou
Autoridades Centrais Estaduais e Federal em matéria de
adolescente mantenha vínculos de afinidade e
adoção internacional. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
afetividade; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
2009) Vigência
III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal
§ 4º (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
de criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde que
o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de Art. 52. A adoção internacional observará o procedimento
laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei, com as seguintes
ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas nos adaptações: (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
arts. 237 ou 238 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
2009) Vigência
I - a pessoa ou casal estrangeiro, interessado em adotar
§ 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste artigo, o criança ou adolescente brasileiro, deverá formular pedido de
candidato deverá comprovar, no curso do procedimento, habilitação à adoção perante a Autoridade Central em
que preenche os requisitos necessários à adoção, conforme matéria de adoção internacional no país de acolhida, assim
previsto nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de entendido aquele onde está situada sua residência
2009) Vigência habitual; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 15. Será assegurada prioridade no cadastro a pessoas II - se a Autoridade Central do país de acolhida considerar
interessadas em adotar criança ou adolescente com que os solicitantes estão habilitados e aptos para adotar,
deficiência, com doença crônica ou com necessidades emitirá um relatório que contenha informações sobre a
específicas de saúde, além de grupo de irmãos. (Incluído identidade, a capacidade jurídica e adequação dos
pela Lei nº 13.509, de 2017) solicitantes para adotar, sua situação pessoal, familiar e
médica, seu meio social, os motivos que os animam e sua
Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual o
aptidão para assumir uma adoção internacional; (Incluída
pretendente possui residência habitual em país-parte da
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à
Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de III - a Autoridade Central do país de acolhida enviará o
Adoção Internacional, promulgada pelo Decreto n o 3.087, relatório à Autoridade Central Estadual, com cópia para a
de 21 junho de 1999 , e deseja adotar criança em outro país- Autoridade Central Federal Brasileira; (Incluída pela Lei nº
parte da Convenção. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 12.010, de 2009) Vigência
2017)
IV - o relatório será instruído com toda a documentação
o
§ 1 A adoção internacional de criança ou adolescente necessária, incluindo estudo psicossocial elaborado por
brasileiro ou domiciliado no Brasil somente terá lugar equipe interprofissional habilitada e cópia autenticada da
quando restar comprovado: (Redação dada pela Lei nº legislação pertinente, acompanhada da respectiva prova de
12.010, de 2009) Vigência vigência; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
I - que a colocação em família adotiva é a solução adequada V - os documentos em língua estrangeira serão
ao caso concreto; (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) devidamente autenticados pela autoridade consular,
observados os tratados e convenções internacionais, e
II - que foram esgotadas todas as possibilidades de
acompanhados da respectiva tradução, por tradutor público
colocação da criança ou adolescente em família adotiva
juramentado; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
brasileira, com a comprovação, certificada nos autos, da
inexistência de adotantes habilitados residentes no Brasil VI - a Autoridade Central Estadual poderá fazer exigências e
com perfil compatível com a criança ou adolescente, após solicitar complementação sobre o estudo psicossocial do
consulta aos cadastros mencionados nesta Lei; (Redação postulante estrangeiro à adoção, já realizado no país de
dada pela Lei nº 13.509, de 2017) acolhida; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi VII - verificada, após estudo realizado pela Autoridade
consultado, por meios adequados ao seu estágio de Central Estadual, a compatibilidade da legislação
desenvolvimento, e que se encontra preparado para a estrangeira com a nacional, além do preenchimento por
medida, mediante parecer elaborado por equipe parte dos postulantes à medida dos requisitos objetivos e
interprofissional, observado o disposto nos §§ 1 o e 2 o do art. subjetivos necessários ao seu deferimento, tanto à luz do
28 desta Lei. (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência que dispõe esta Lei como da legislação do país de acolhida,
será expedido laudo de habilitação à adoção internacional,
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que terá validade por, no máximo, 1 (um) ano; (Incluída pela Brasileira, mediante publicação de portaria do órgão federal
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência competente; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
VIII - de posse do laudo de habilitação, o interessado será III - estar submetidos à supervisão das autoridades
autorizado a formalizar pedido de adoção perante o Juízo da competentes do país onde estiverem sediados e no país de
Infância e da Juventude do local em que se encontra a acolhida, inclusive quanto à sua composição,
criança ou adolescente, conforme indicação efetuada pela funcionamento e situação financeira; (Incluída pela Lei nº
Autoridade Central Estadual. (Incluída pela Lei nº 12.010, de 12.010, de 2009) Vigência
2009) Vigência
IV - apresentar à Autoridade Central Federal Brasileira, a
§ 1 o Se a legislação do país de acolhida assim o autorizar, cada ano, relatório geral das atividades desenvolvidas, bem
admite-se que os pedidos de habilitação à adoção como relatório de acompanhamento das adoções
internacional sejam intermediados por organismos internacionais efetuadas no período, cuja cópia será
credenciados. (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência encaminhada ao Departamento de Polícia Federal; (Incluída
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 2 o Incumbe à Autoridade Central Federal Brasileira o
credenciamento de organismos nacionais e estrangeiros V - enviar relatório pós-adotivo semestral para a Autoridade
encarregados de intermediar pedidos de habilitação à Central Estadual, com cópia para a Autoridade Central
adoção internacional, com posterior comunicação às Federal Brasileira, pelo período mínimo de 2 (dois) anos. O
Autoridades Centrais Estaduais e publicação nos órgãos envio do relatório será mantido até a juntada de cópia
oficiais de imprensa e em sítio próprio da internet. (Incluído autenticada do registro civil, estabelecendo a cidadania do
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência país de acolhida para o adotado; (Incluída pela Lei nº 12.010,
de 2009) Vigência
§ 3 o Somente será admissível o credenciamento de
organismos que: (Incluída pela Lei nº 12.010, de VI - tomar as medidas necessárias para garantir que os
2009) Vigência adotantes encaminhem à Autoridade Central Federal
Brasileira cópia da certidão de registro de nascimento
I - sejam oriundos de países que ratificaram a Convenção de
estrangeira e do certificado de nacionalidade tão logo lhes
Haia e estejam devidamente credenciados pela Autoridade
sejam concedidos. (Incluída pela Lei nº 12.010, de
Central do país onde estiverem sediados e no país de
2009) Vigência
acolhida do adotando para atuar em adoção internacional
no Brasil; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 5 o A não apresentação dos relatórios referidos no §
4 o deste artigo pelo organismo credenciado poderá
II - satisfizerem as condições de integridade moral,
acarretar a suspensão de seu credenciamento. (Incluído pela
competência profissional, experiência e responsabilidade
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
exigidas pelos países respectivos e pela Autoridade Central
Federal Brasileira; (Incluída pela Lei nº 12.010, de § 6 o O credenciamento de organismo nacional ou
2009) Vigência estrangeiro encarregado de intermediar pedidos de adoção
internacional terá validade de 2 (dois) anos. (Incluído pela
III - forem qualificados por seus padrões éticos e sua
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
formação e experiência para atuar na área de adoção
internacional; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 7 o A renovação do credenciamento poderá ser concedida
mediante requerimento protocolado na Autoridade Central
IV - cumprirem os requisitos exigidos pelo ordenamento
Federal Brasileira nos 60 (sessenta) dias anteriores ao
jurídico brasileiro e pelas normas estabelecidas pela
término do respectivo prazo de validade. (Incluído pela Lei
Autoridade Central Federal Brasileira. (Incluída pela Lei nº
nº 12.010, de 2009) Vigência
12.010, de 2009) Vigência
§ 8 o Antes de transitada em julgado a decisão que concedeu
§ 4 o Os organismos credenciados deverão ainda: (Incluído
a adoção internacional, não será permitida a saída do
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
adotando do território nacional. (Incluído pela Lei nº 12.010,
I - perseguir unicamente fins não lucrativos, nas condições e de 2009) Vigência
dentro dos limites fixados pelas autoridades competentes
§ 9 o Transitada em julgado a decisão, a autoridade judiciária
do país onde estiverem sediados, do país de acolhida e pela
determinará a expedição de alvará com autorização de
Autoridade Central Federal Brasileira; (Incluída pela Lei nº
viagem, bem como para obtenção de passaporte,
12.010, de 2009) Vigência
constando, obrigatoriamente, as características da criança
II - ser dirigidos e administrados por pessoas qualificadas e ou adolescente adotado, como idade, cor, sexo, eventuais
de reconhecida idoneidade moral, com comprovada sinais ou traços peculiares, assim como foto recente e a
formação ou experiência para atuar na área de adoção aposição da impressão digital do seu polegar direito,
internacional, cadastradas pelo Departamento de Polícia instruindo o documento com cópia autenticada da decisão e
Federal e aprovadas pela Autoridade Central Federal

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certidão de trânsito em julgado. (Incluído pela Lei nº 12.010, § 2 o O pretendente brasileiro residente no exterior em país
de 2009) Vigência não ratificante da Convenção de Haia, uma vez reingressado
no Brasil, deverá requerer a homologação da sentença
§ 10. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá, a
estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça. (Incluído pela
qualquer momento, solicitar informações sobre a situação
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
das crianças e adolescentes adotados (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência Art. 52-C. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o
país de acolhida, a decisão da autoridade competente do
§ 11. A cobrança de valores por parte dos organismos
país de origem da criança ou do adolescente será conhecida
credenciados, que sejam considerados abusivos pela
pela Autoridade Central Estadual que tiver processado o
Autoridade Central Federal Brasileira e que não estejam
pedido de habilitação dos pais adotivos, que comunicará o
devidamente comprovados, é causa de seu
fato à Autoridade Central Federal e determinará as
descredenciamento. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
providências necessárias à expedição do Certificado de
2009) Vigência
Naturalização Provisório. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
§ 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não podem ser 2009) Vigência
representados por mais de uma entidade credenciada para
§ 1 o A Autoridade Central Estadual, ouvido o Ministério
atuar na cooperação em adoção internacional. (Incluído pela
Público, somente deixará de reconhecer os efeitos daquela
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
decisão se restar demonstrado que a adoção é
§ 13. A habilitação de postulante estrangeiro ou domiciliado manifestamente contrária à ordem pública ou não atende
fora do Brasil terá validade máxima de 1 (um) ano, podendo ao interesse superior da criança ou do adolescente. (Incluído
ser renovada. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 14. É vedado o contato direto de representantes de § 2 o Na hipótese de não reconhecimento da adoção,
organismos de adoção, nacionais ou estrangeiros, com prevista no § 1 o deste artigo, o Ministério Público deverá
dirigentes de programas de acolhimento institucional ou imediatamente requerer o que for de direito para resguardar
familiar, assim como com crianças e adolescentes em os interesses da criança ou do adolescente, comunicando-se
condições de serem adotados, sem a devida autorização as providências à Autoridade Central Estadual, que fará a
judicial. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência comunicação à Autoridade Central Federal Brasileira e à
Autoridade Central do país de origem. (Incluído pela Lei nº
§ 15. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá limitar
12.010, de 2009) Vigência
ou suspender a concessão de novos credenciamentos
sempre que julgar necessário, mediante ato administrativo Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o
fundamentado. (Incluído pela Lei nº 12.010, de país de acolhida e a adoção não tenha sido deferida no país
2009) Vigência de origem porque a sua legislação a delega ao país de
acolhida, ou, ainda, na hipótese de, mesmo com decisão, a
Art. 52-A. É vedado, sob pena de responsabilidade e
criança ou o adolescente ser oriundo de país que não tenha
descredenciamento, o repasse de recursos provenientes de
aderido à Convenção referida, o processo de adoção seguirá
organismos estrangeiros encarregados de intermediar
as regras da adoção nacional. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
pedidos de adoção internacional a organismos nacionais ou
2009) Vigência
a pessoas físicas. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência CAPÍTULO IV
DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO ESPORTE
Parágrafo único. Eventuais repasses somente poderão ser
E AO LAZER
efetuados via Fundo dos Direitos da Criança e do
Adolescente e estarão sujeitos às deliberações do respectivo Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação,
Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente (Incluído visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho,
assegurando-se-lhes:
Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente no exterior em
país ratificante da Convenção de Haia, cujo processo de I - igualdade de condições para o acesso e permanência na
adoção tenha sido processado em conformidade com a escola;
legislação vigente no país de residência e atendido o
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da referida Convenção,
será automaticamente recepcionada com o reingresso no III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo
Brasil. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência recorrer às instâncias escolares superiores;
§ 1 o Caso não tenha sido atendido o disposto na Alínea IV - direito de organização e participação em entidades
“c” do Artigo 17 da Convenção de Haia, deverá a sentença estudantis;
ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça. (Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
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V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências
residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento e novas propostas relativas a calendário, seriação, currículo,
a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de
da educação básica. (Redação dada pela Lei nº 13.845, de crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental
2019) obrigatório.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores
ciência do processo pedagógico, bem como participar da culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social
definição das propostas educacionais. da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a
liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura.
Art. 53-A. É dever da instituição de ensino, clubes e
agremiações recreativas e de estabelecimentos congêneres Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União,
assegurar medidas de conscientização, prevenção e estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços
enfrentamento ao uso ou dependência de drogas para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas
ilícitas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) para a infância e a juventude.
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao CAPÍTULO V
adolescente: DO DIREITO À PROFISSIONALIZAÇÃO E À PROTEÇÃO
NO TRABALHO
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para
os que a ele não tiveram acesso na idade própria; Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze
anos de idade, salvo na condição de aprendiz. (Vide
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao
Constituição Federal)
ensino médio;
Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada
III - atendimento educacional especializado aos portadores
por legislação especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei.
de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-
IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero
profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da
a cinco anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 13.306, de
legislação de educação em vigor.
2016)
Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e
seguintes princípios:
da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às
regular;
condições do adolescente trabalhador;
II - atividade compatível com o desenvolvimento do
VII - atendimento no ensino fundamental, através de
adolescente;
programas suplementares de material didático-escolar,
transporte, alimentação e assistência à saúde. III - horário especial para o exercício das atividades.
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é
público subjetivo. assegurada bolsa de aprendizagem.
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos,
público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários.
autoridade competente.
Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no assegurado trabalho protegido.
ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime
pais ou responsável, pela freqüência à escola.
familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de entidade governamental ou não-governamental, é vedado
matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino. trabalho:
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e
fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: as cinco horas do dia seguinte;
I - maus-tratos envolvendo seus alunos; II - perigoso, insalubre ou penoso;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu
esgotados os recursos escolares; desenvolvimento físico, psíquico, moral e social;
III - elevados níveis de repetência. IV - realizado em horários e locais que não permitam a
freqüência à escola.
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Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho de evidências, ao diagnóstico e ao enfrentamento de todas
educativo, sob responsabilidade de entidade as formas de violência contra a criança e o
governamental ou não-governamental sem fins lucrativos, adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
deverá assegurar ao adolescente que dele participe
IV - o apoio e o incentivo às práticas de resolução pacífica de
condições de capacitação para o exercício de atividade
conflitos que envolvam violência contra a criança e o
regular remunerada.
adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
§ 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral
V - a inclusão, nas políticas públicas, de ações que visem a
em que as exigências pedagógicas relativas ao
garantir os direitos da criança e do adolescente, desde a
desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem
atenção pré-natal, e de atividades junto aos pais e
sobre o aspecto produtivo.
responsáveis com o objetivo de promover a informação, a
§ 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho reflexão, o debate e a orientação sobre alternativas ao uso
efetuado ou a participação na venda dos produtos de seu de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante no
trabalho não desfigura o caráter educativo. processo educativo; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à VI - a promoção de espaços intersetoriais locais para a
proteção no trabalho, observados os seguintes aspectos, articulação de ações e a elaboração de planos de atuação
entre outros: conjunta focados nas famílias em situação de violência, com
participação de profissionais de saúde, de assistência social
I - respeito à condição peculiar de pessoa em
e de educação e de órgãos de promoção, proteção e defesa
desenvolvimento;
dos direitos da criança e do adolescente. (Incluído pela Lei
II - capacitação profissional adequada ao mercado de nº 13.010, de 2014)
trabalho.
Parágrafo único. As famílias com crianças e adolescentes
TÍTULO III com deficiência terão prioridade de atendimento nas ações
DA PREVENÇÃO e políticas públicas de prevenção e proteção. (Incluído pela
CAPÍTULO I Lei nº 13.010, de 2014)
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que atuem nas
Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou áreas a que se refere o art. 71, dentre outras, devem contar,
violação dos direitos da criança e do adolescente. em seus quadros, com pessoas capacitadas a reconhecer e
comunicar ao Conselho Tutelar suspeitas ou casos de maus-
Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
tratos praticados contra crianças e adolescentes. (Incluído
Municípios deverão atuar de forma articulada na elaboração
pela Lei nº 13.046, de 2014)
de políticas públicas e na execução de ações destinadas a
coibir o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou Parágrafo único. São igualmente responsáveis pela
degradante e difundir formas não violentas de educação de comunicação de que trata este artigo, as pessoas
crianças e de adolescentes, tendo como principais encarregadas, por razão de cargo, função, ofício, ministério,
ações: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) profissão ou ocupação, do cuidado, assistência ou guarda de
crianças e adolescentes, punível, na forma deste Estatuto, o
I - a promoção de campanhas educativas permanentes para
injustificado retardamento ou omissão, culposos ou
a divulgação do direito da criança e do adolescente de serem
dolosos. (Incluído pela Lei nº 13.046, de 2014)
educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
tratamento cruel ou degradante e dos instrumentos de Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação,
proteção aos direitos humanos; (Incluído pela Lei nº 13.010, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e
de 2014) serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento.
II - a integração com os órgãos do Poder Judiciário, do
Ministério Público e da Defensoria Pública, com o Conselho Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei não excluem da
Tutelar, com os Conselhos de Direitos da Criança e do prevenção especial outras decorrentes dos princípios por ela
Adolescente e com as entidades não governamentais que adotados.
atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos da
Art. 73. A inobservância das normas de prevenção importará
criança e do adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de
em responsabilidade da pessoa física ou jurídica, nos termos
2014)
desta Lei.
III - a formação continuada e a capacitação dos profissionais
de saúde, educação e assistência social e dos demais
agentes que atuam na promoção, proteção e defesa dos
direitos da criança e do adolescente para o desenvolvimento
das competências necessárias à prevenção, à identificação

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CAPÍTULO II apostas, ainda que eventualmente, cuidarão para que não


DA PREVENÇÃO ESPECIAL seja permitida a entrada e a permanência de crianças e
SEÇÃO I adolescentes no local, afixando aviso para orientação do
DA INFORMAÇÃO, CULTURA, LAZER, ESPORTES, público.
DIVERSÕES E ESPETÁCULOS
SEÇÃO II
Art. 74. O poder público, através do órgão competente, DOS PRODUTOS E SERVIÇOS
regulará as diversões e espetáculos públicos, informando
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de:
sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se
recomendem, locais e horários em que sua apresentação se I - armas, munições e explosivos;
mostre inadequada.
II - bebidas alcoólicas;
Parágrafo único. Os responsáveis pelas diversões e
III - produtos cujos componentes possam causar
espetáculos públicos deverão afixar, em lugar visível e de
dependência física ou psíquica ainda que por utilização
fácil acesso, à entrada do local de exibição, informação
indevida;
destacada sobre a natureza do espetáculo e a faixa etária
especificada no certificado de classificação. IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que
pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar
Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às
qualquer dano físico em caso de utilização indevida;
diversões e espetáculos públicos classificados como
adequados à sua faixa etária. V - revistas e publicações a que alude o art. 78;
Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente VI - bilhetes lotéricos e equivalentes.
poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação
Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou adolescente
ou exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável.
em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere,
Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou
no horário recomendado para o público infanto juvenil, responsável.
programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e
SEÇÃO III
informativas.
DA AUTORIZAÇÃO PARA VIAJAR
Parágrafo único. Nenhum espetáculo será apresentado ou
Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente menor de 16
anunciado sem aviso de sua classificação, antes de sua
(dezesseis) anos poderá viajar para fora da comarca onde
transmissão, apresentação ou exibição.
reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem
Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes e funcionários expressa autorização judicial. (Redação dada pela Lei nº
de empresas que explorem a venda ou aluguel de fitas de 13.812, de 2019)
programação em vídeo cuidarão para que não haja venda ou
§ 1º A autorização não será exigida quando:
locação em desacordo com a classificação atribuída pelo
órgão competente. a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança
ou do adolescente menor de 16 (dezesseis) anos, se na
Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo deverão
mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região
exibir, no invólucro, informação sobre a natureza da obra e
metropolitana; (Redação dada pela Lei nº 13.812, de 2019)
a faixa etária a que se destinam.
b) a criança ou o adolescente menor de 16 (dezesseis) anos
Art. 78. As revistas e publicações contendo material
estiver acompanhado: (Redação dada pela Lei nº 13.812, de
impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes deverão
2019)
ser comercializadas em embalagem lacrada, com a
advertência de seu conteúdo. 1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau,
comprovado documentalmente o parentesco;
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que
contenham mensagens pornográficas ou obscenas sejam 2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe
protegidas com embalagem opaca. ou responsável.
Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao público § 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou
infanto-juvenil não poderão conter ilustrações, fotografias, responsável, conceder autorização válida por dois anos.
legendas, crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas,
Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a
tabaco, armas e munições, e deverão respeitar os valores
autorização é dispensável, se a criança ou adolescente:
éticos e sociais da pessoa e da família.
I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável;
Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos que
explorem comercialmente bilhar, sinuca ou congênere ou
por casas de jogos, assim entendidas as que realizem
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II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado III - criação e manutenção de programas específicos,
expressamente pelo outro através de documento com firma observada a descentralização político-administrativa;
reconhecida.
IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e municipais
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, vinculados aos respectivos conselhos dos direitos da criança
nenhuma criança ou adolescente nascido em território e do adolescente;
nacional poderá sair do País em companhia de estrangeiro
V - integração operacional de órgãos do Judiciário,
residente ou domiciliado no exterior.
Ministério Público, Defensoria, Segurança Pública e
PARTE ESPECIAL Assistência Social, preferencialmente em um mesmo local,
TÍTULO I para efeito de agilização do atendimento inicial a
DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional;
CAPÍTULO I
VI - integração operacional de órgãos do Judiciário,
DISPOSIÇÕES GERAIS
Ministério Público, Defensoria, Conselho Tutelar e
Art. 86. A política de atendimento dos direitos da criança e encarregados da execução das políticas sociais básicas e de
do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado assistência social, para efeito de agilização do atendimento
de ações governamentais e não-governamentais, da União, de crianças e de adolescentes inseridos em programas de
dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. acolhimento familiar ou institucional, com vista na sua
rápida reintegração à família de origem ou, se tal solução se
Art. 87. São linhas de ação da política de atendimento:
mostrar comprovadamente inviável, sua colocação em
I - políticas sociais básicas; família substituta, em quaisquer das modalidades previstas
no art. 28 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
II - serviços, programas, projetos e benefícios de assistência
2009) Vigência
social de garantia de proteção social e de prevenção e
redução de violações de direitos, seus agravamentos ou VII - mobilização da opinião pública para a indispensável
reincidências; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) participação dos diversos segmentos da
sociedade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
III - serviços especiais de prevenção e atendimento médico e
psicossocial às vítimas de negligência, maus-tratos, VIII - especialização e formação continuada dos profissionais
exploração, abuso, crueldade e opressão; que trabalham nas diferentes áreas da atenção à primeira
infância, incluindo os conhecimentos sobre direitos da
IV - serviço de identificação e localização de pais,
criança e sobre desenvolvimento infantil; (Incluído pela Lei
responsável, crianças e adolescentes desaparecidos;
nº 13.257, de 2016)
V - proteção jurídico-social por entidades de defesa dos
IX - formação profissional com abrangência dos diversos
direitos da criança e do adolescente.
direitos da criança e do adolescente que favoreça a
VI - políticas e programas destinados a prevenir ou abreviar intersetorialidade no atendimento da criança e do
o período de afastamento do convívio familiar e a garantir o adolescente e seu desenvolvimento integral; (Incluído pela
efetivo exercício do direito à convivência familiar de crianças Lei nº 13.257, de 2016)
e adolescentes; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
X - realização e divulgação de pesquisas sobre
2009) Vigência
desenvolvimento infantil e sobre prevenção da
VII - campanhas de estímulo ao acolhimento sob forma de violência. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
guarda de crianças e adolescentes afastados do convívio
Art. 89. A função de membro do conselho nacional e dos
familiar e à adoção, especificamente inter-racial, de crianças
conselhos estaduais e municipais dos direitos da criança e do
maiores ou de adolescentes, com necessidades específicas
adolescente é considerada de interesse público relevante e
de saúde ou com deficiências e de grupos de
não será remunerada.
irmãos. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
CAPÍTULO II
Art. 88. São diretrizes da política de atendimento:
DAS ENTIDADES DE ATENDIMENTO
I - municipalização do atendimento; SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos
direitos da criança e do adolescente, órgãos deliberativos e Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis pela
controladores das ações em todos os níveis, assegurada a manutenção das próprias unidades, assim como pelo
participação popular paritária por meio de organizações planejamento e execução de programas de proteção e
representativas, segundo leis federal, estaduais e sócio-educativos destinados a crianças e adolescentes, em
municipais; regime de: (Vide)
I - orientação e apoio sócio-familiar;

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II - apoio sócio-educativo em meio aberto; Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o qual
comunicará o registro ao Conselho Tutelar e à autoridade
III - colocação familiar;
judiciária da respectiva localidade.
IV - acolhimento institucional; (Redação dada pela Lei nº
§ 1 o Será negado o registro à entidade que: (Incluído pela Lei
12.010, de 2009) Vigência
nº 12.010, de 2009) Vigência
V - prestação de serviços à comunidade; (Redação dada pela
a) não ofereça instalações físicas em condições adequadas
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança;
VI - liberdade assistida; (Redação dada pela Lei nº 12.594, de
b) não apresente plano de trabalho compatível com os
2012) (Vide)
princípios desta Lei;
VII - semiliberdade; e (Redação dada pela Lei nº 12.594, de
c) esteja irregularmente constituída;
2012) (Vide)
d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas.
VIII - internação. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
e) não se adequar ou deixar de cumprir as resoluções e
§ 1 o As entidades governamentais e não governamentais
deliberações relativas à modalidade de atendimento
deverão proceder à inscrição de seus programas,
prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança
especificando os regimes de atendimento, na forma
e do Adolescente, em todos os níveis. (Incluída pela Lei nº
definida neste artigo, no Conselho Municipal dos Direitos da
12.010, de 2009) Vigência
Criança e do Adolescente, o qual manterá registro das
inscrições e de suas alterações, do que fará comunicação ao § 2 o O registro terá validade máxima de 4 (quatro) anos,
Conselho Tutelar e à autoridade judiciária. (Incluído pela Lei cabendo ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
nº 12.010, de 2009) Vigência Adolescente, periodicamente, reavaliar o cabimento de sua
renovação, observado o disposto no § 1 o deste
§ 2 o Os recursos destinados à implementação e manutenção
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
dos programas relacionados neste artigo serão previstos nas
dotações orçamentárias dos órgãos públicos encarregados Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de
das áreas de Educação, Saúde e Assistência Social, dentre acolhimento familiar ou institucional deverão adotar os
outros, observando-se o princípio da prioridade absoluta à seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
criança e ao adolescente preconizado pelo caput do art. 227 2009) Vigência
da Constituição Federal e pelo caput e parágrafo único do
I - preservação dos vínculos familiares e promoção da
art. 4 o desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
reintegração familiar; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
2009) Vigência
§ 3 o Os programas em execução serão reavaliados pelo
II - integração em família substituta, quando esgotados os
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
recursos de manutenção na família natural ou
Adolescente, no máximo, a cada 2 (dois) anos, constituindo-
extensa; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
se critérios para renovação da autorização de
2009) Vigência
funcionamento: (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência III - atendimento personalizado e em pequenos grupos;
I - o efetivo respeito às regras e princípios desta Lei, bem IV - desenvolvimento de atividades em regime de co-
como às resoluções relativas à modalidade de atendimento educação;
prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança
V - não desmembramento de grupos de irmãos;
e do Adolescente, em todos os níveis; (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência VI - evitar, sempre que possível, a transferência para outras
entidades de crianças e adolescentes abrigados;
II - a qualidade e eficiência do trabalho desenvolvido,
atestadas pelo Conselho Tutelar, pelo Ministério Público e VII - participação na vida da comunidade local;
pela Justiça da Infância e da Juventude; (Incluído pela Lei nº
VIII - preparação gradativa para o desligamento;
12.010, de 2009) Vigência
IX - participação de pessoas da comunidade no processo
III - em se tratando de programas de acolhimento
educativo.
institucional ou familiar, serão considerados os índices de
sucesso na reintegração familiar ou de adaptação à família § 1 o O dirigente de entidade que desenvolve programa de
substituta, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 12.010, de acolhimento institucional é equiparado ao guardião, para
2009) Vigência todos os efeitos de direito. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
Art. 91. As entidades não-governamentais somente
poderão funcionar depois de registradas no Conselho

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§ 2 o Os dirigentes de entidades que desenvolvem for isso possível ou recomendável, para seu
programas de acolhimento familiar ou institucional encaminhamento a programa de acolhimento familiar,
remeterão à autoridade judiciária, no máximo a cada 6 (seis) institucional ou a família substituta, observado o disposto
meses, relatório circunstanciado acerca da situação de cada no § 2 o do art. 101 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
criança ou adolescente acolhido e sua família, para fins da 2009) Vigência
reavaliação prevista no § 1 o do art. 19 desta Lei. (Incluído
Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
internação têm as seguintes obrigações, entre outras:
§ 3 o Os entes federados, por intermédio dos Poderes
I - observar os direitos e garantias de que são titulares os
Executivo e Judiciário, promoverão conjuntamente a
adolescentes;
permanente qualificação dos profissionais que atuam direta
ou indiretamente em programas de acolhimento II - não restringir nenhum direito que não tenha sido objeto
institucional e destinados à colocação familiar de crianças e de restrição na decisão de internação;
adolescentes, incluindo membros do Poder Judiciário,
III - oferecer atendimento personalizado, em pequenas
Ministério Público e Conselho Tutelar. (Incluído pela Lei nº
unidades e grupos reduzidos;
12.010, de 2009) Vigência
IV - preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito
§ 4 o Salvo determinação em contrário da autoridade
e dignidade ao adolescente;
judiciária competente, as entidades que desenvolvem
programas de acolhimento familiar ou institucional, se V - diligenciar no sentido do restabelecimento e da
necessário com o auxílio do Conselho Tutelar e dos órgãos preservação dos vínculos familiares;
de assistência social, estimularão o contato da criança ou
VI - comunicar à autoridade judiciária, periodicamente, os
adolescente com seus pais e parentes, em cumprimento ao
casos em que se mostre inviável ou impossível o reatamento
disposto nos incisos I e VIII do caput deste artigo. (Incluído
dos vínculos familiares;
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
VII - oferecer instalações físicas em condições adequadas de
§ 5 o As entidades que desenvolvem programas de
habitabilidade, higiene, salubridade e segurança e os
acolhimento familiar ou institucional somente poderão
objetos necessários à higiene pessoal;
receber recursos públicos se comprovado o atendimento
dos princípios, exigências e finalidades desta Lei. (Incluído VIII - oferecer vestuário e alimentação suficientes e
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência adequados à faixa etária dos adolescentes atendidos;
§ 6 o O descumprimento das disposições desta Lei pelo IX - oferecer cuidados médicos, psicológicos, odontológicos
dirigente de entidade que desenvolva programas de e farmacêuticos;
acolhimento familiar ou institucional é causa de sua
X - propiciar escolarização e profissionalização;
destituição, sem prejuízo da apuração de sua
responsabilidade administrativa, civil e criminal. (Incluído XI - propiciar atividades culturais, esportivas e de lazer;
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
XII - propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem,
o de acordo com suas crenças;
§ 7 Quando se tratar de criança de 0 (zero) a 3 (três) anos
em acolhimento institucional, dar-se-á especial atenção à
XIII - proceder a estudo social e pessoal de cada caso;
atuação de educadores de referência estáveis e
qualitativamente significativos, às rotinas específicas e ao XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com intervalo
atendimento das necessidades básicas, incluindo as de máximo de seis meses, dando ciência dos resultados à
afeto como prioritárias. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) autoridade competente;
Art. 93. As entidades que mantenham programa de XV - informar, periodicamente, o adolescente internado
acolhimento institucional poderão, em caráter excepcional sobre sua situação processual;
e de urgência, acolher crianças e adolescentes sem prévia XVI - comunicar às autoridades competentes todos os casos
determinação da autoridade competente, fazendo
de adolescentes portadores de moléstias infecto-
comunicação do fato em até 24 (vinte e quatro) horas ao Juiz
contagiosas;
da Infância e da Juventude, sob pena de
responsabilidade. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de XVII - fornecer comprovante de depósito dos pertences dos
2009) Vigência adolescentes;
Parágrafo único. Recebida a comunicação, a autoridade XVIII - manter programas destinados ao apoio e
judiciária, ouvido o Ministério Público e se necessário com o acompanhamento de egressos;
apoio do Conselho Tutelar local, tomará as medidas XIX - providenciar os documentos necessários ao exercício
necessárias para promover a imediata reintegração familiar da cidadania àqueles que não os tiverem;
da criança ou do adolescente ou, se por qualquer razão não

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XX - manter arquivo de anotações onde constem data e da entidade. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
circunstâncias do atendimento, nome do adolescente, seus 2009) Vigência
pais ou responsável, parentes, endereços, sexo, idade,
§ 2 o As pessoas jurídicas de direito público e as organizações
acompanhamento da sua formação, relação de seus
não governamentais responderão pelos danos que seus
pertences e demais dados que possibilitem sua identificação
agentes causarem às crianças e aos adolescentes,
e a individualização do atendimento.
caracterizado o descumprimento dos princípios norteadores
§ 1 o Aplicam-se, no que couber, as obrigações constantes das atividades de proteção específica. (Redação dada pela
deste artigo às entidades que mantêm programas de Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
acolhimento institucional e familiar. (Redação dada pela Lei
TÍTULO II
nº 12.010, de 2009) Vigência
DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO
§ 2º No cumprimento das obrigações a que alude este artigo CAPÍTULO I
as entidades utilizarão preferencialmente os recursos da DISPOSIÇÕES GERAIS
comunidade.
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente
Art. 94-A. As entidades, públicas ou privadas, que abriguem são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei
ou recepcionem crianças e adolescentes, ainda que em forem ameaçados ou violados:
caráter temporário, devem ter, em seus quadros,
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
profissionais capacitados a reconhecer e reportar ao
Conselho Tutelar suspeitas ou ocorrências de maus- II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
tratos. (Incluído pela Lei nº 13.046, de 2014)
III - em razão de sua conduta.
SEÇÃO II
CAPÍTULO II
DA FISCALIZAÇÃO DAS ENTIDADES
DAS MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO
Art. 95. As entidades governamentais e não-
Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser
governamentais referidas no art. 90 serão fiscalizadas pelo
aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como
Judiciário, pelo Ministério Público e pelos Conselhos
substituídas a qualquer tempo.
Tutelares.
Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as
Art. 96. Os planos de aplicação e as prestações de contas
necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem
serão apresentados ao estado ou ao município, conforme a
ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
origem das dotações orçamentárias.
Parágrafo único. São também princípios que regem a
Art. 97. São medidas aplicáveis às entidades de
aplicação das medidas: (Incluído pela Lei nº 12.010, de
atendimento que descumprirem obrigação constante do
2009) Vigência
art. 94, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal de
seus dirigentes ou prepostos: I - condição da criança e do adolescente como sujeitos de
direitos: crianças e adolescentes são os titulares dos direitos
I - às entidades governamentais:
previstos nesta e em outras Leis, bem como na Constituição
a) advertência; Federal; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
b) afastamento provisório de seus dirigentes; II - proteção integral e prioritária: a interpretação e aplicação
de toda e qualquer norma contida nesta Lei deve ser voltada
c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
à proteção integral e prioritária dos direitos de que crianças
d) fechamento de unidade ou interdição de programa. e adolescentes são titulares; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
II - às entidades não-governamentais:
III - responsabilidade primária e solidária do poder público: a
a) advertência;
plena efetivação dos direitos assegurados a crianças e a
b) suspensão total ou parcial do repasse de verbas públicas; adolescentes por esta Lei e pela Constituição Federal, salvo
nos casos por esta expressamente ressalvados, é de
c) interdição de unidades ou suspensão de programa;
responsabilidade primária e solidária das 3 (três) esferas de
d) cassação do registro. governo, sem prejuízo da municipalização do atendimento
e da possibilidade da execução de programas por entidades
§ 1 o Em caso de reiteradas infrações cometidas por
não governamentais; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
entidades de atendimento, que coloquem em risco os
2009) Vigência
direitos assegurados nesta Lei, deverá ser o fato
comunicado ao Ministério Público ou representado perante IV - interesse superior da criança e do adolescente: a
autoridade judiciária competente para as providências intervenção deve atender prioritariamente aos interesses e
cabíveis, inclusive suspensão das atividades ou dissolução direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo da
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consideração que for devida a outros interesses legítimos no II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
âmbito da pluralidade dos interesses presentes no caso
III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento
concreto; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
oficial de ensino fundamental;
V - privacidade: a promoção dos direitos e proteção da
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou
criança e do adolescente deve ser efetuada no respeito pela
comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da
intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida
criança e do adolescente; (Redação dada pela Lei nº 13.257,
privada; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
de 2016)
VI - intervenção precoce: a intervenção das autoridades
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou
competentes deve ser efetuada logo que a situação de
psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;
perigo seja conhecida; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio,
orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
VII - intervenção mínima: a intervenção deve ser exercida
exclusivamente pelas autoridades e instituições cuja ação VII - acolhimento institucional; (Redação dada pela Lei nº
seja indispensável à efetiva promoção dos direitos e à 12.010, de 2009) Vigência
proteção da criança e do adolescente; (Incluído pela Lei nº
VIII - inclusão em programa de acolhimento
12.010, de 2009) Vigência
familiar; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
VIII - proporcionalidade e atualidade: a intervenção deve ser 2009) Vigência
a necessária e adequada à situação de perigo em que a
IX - colocação em família substituta. (Incluído pela Lei nº
criança ou o adolescente se encontram no momento em que
12.010, de 2009) Vigência
a decisão é tomada; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência § 1 o O acolhimento institucional e o acolhimento familiar
são medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como
IX - responsabilidade parental: a intervenção deve ser
forma de transição para reintegração familiar ou, não sendo
efetuada de modo que os pais assumam os seus deveres
esta possível, para colocação em família substituta, não
para com a criança e o adolescente; (Incluído pela Lei nº
implicando privação de liberdade. (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência
12.010, de 2009) Vigência
X - prevalência da família: na promoção de direitos e na
§ 2 o Sem prejuízo da tomada de medidas emergenciais para
proteção da criança e do adolescente deve ser dada
proteção de vítimas de violência ou abuso sexual e das
prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem
providências a que alude o art. 130 desta Lei, o afastamento
na sua família natural ou extensa ou, se isso não for possível,
da criança ou adolescente do convívio familiar é de
que promovam a sua integração em família
competência exclusiva da autoridade judiciária e importará
adotiva; (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
na deflagração, a pedido do Ministério Público ou de quem
XI - obrigatoriedade da informação: a criança e o tenha legítimo interesse, de procedimento judicial
adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e contencioso, no qual se garanta aos pais ou ao responsável
capacidade de compreensão, seus pais ou responsável legal o exercício do contraditório e da ampla
devem ser informados dos seus direitos, dos motivos que defesa. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
determinaram a intervenção e da forma como esta se
§ 3 o Crianças e adolescentes somente poderão ser
processa; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
encaminhados às instituições que executam programas de
XII - oitiva obrigatória e participação: a criança e o acolhimento institucional, governamentais ou não, por
adolescente, em separado ou na companhia dos pais, de meio de uma Guia de Acolhimento, expedida pela
responsável ou de pessoa por si indicada, bem como os seus autoridade judiciária, na qual obrigatoriamente constará,
pais ou responsável, têm direito a ser ouvidos e a participar dentre outros: (Incluído pela Lei nº 12.010, de
nos atos e na definição da medida de promoção dos direitos 2009) Vigência
e de proteção, sendo sua opinião devidamente considerada
I - sua identificação e a qualificação completa de seus pais ou
pela autoridade judiciária competente, observado o
de seu responsável, se conhecidos; (Incluído pela Lei nº
disposto nos §§ 1 o e 2 o do art. 28 desta Lei. (Incluído pela Lei
12.010, de 2009) Vigência
nº 12.010, de 2009) Vigência
II - o endereço de residência dos pais ou do responsável, com
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art.
pontos de referência; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
98, a autoridade competente poderá determinar, dentre
2009) Vigência
outras, as seguintes medidas:
III - os nomes de parentes ou de terceiros interessados em
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante
tê-los sob sua guarda; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
termo de responsabilidade;
2009) Vigência

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IV - os motivos da retirada ou da não reintegração ao entidade ou responsáveis pela execução da política


convívio familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de municipal de garantia do direito à convivência familiar, para
2009) Vigência a destituição do poder familiar, ou destituição de tutela ou
guarda. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 4 o Imediatamente após o acolhimento da criança ou do
adolescente, a entidade responsável pelo programa de § 10. Recebido o relatório, o Ministério Público terá o prazo
acolhimento institucional ou familiar elaborará um plano de 15 (quinze) dias para o ingresso com a ação de destituição
individual de atendimento, visando à reintegração familiar, do poder familiar, salvo se entender necessária a realização
ressalvada a existência de ordem escrita e fundamentada de estudos complementares ou de outras providências
em contrário de autoridade judiciária competente, caso em indispensáveis ao ajuizamento da demanda. (Redação dada
que também deverá contemplar sua colocação em família pela Lei nº 13.509, de 2017)
substituta, observadas as regras e princípios desta
§ 11. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou
Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
foro regional, um cadastro contendo informações
§ 5 o O plano individual será elaborado sob a atualizadas sobre as crianças e adolescentes em regime de
responsabilidade da equipe técnica do respectivo programa acolhimento familiar e institucional sob sua
de atendimento e levará em consideração a opinião da responsabilidade, com informações pormenorizadas sobre
criança ou do adolescente e a oitiva dos pais ou do a situação jurídica de cada um, bem como as providências
responsável. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência tomadas para sua reintegração familiar ou colocação em
família substituta, em qualquer das modalidades previstas
§ 6 o Constarão do plano individual, dentre outros: (Incluído
no art. 28 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
2009) Vigência
I - os resultados da avaliação interdisciplinar; (Incluído pela
§ 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério Público, o
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Conselho Tutelar, o órgão gestor da Assistência Social e os
II - os compromissos assumidos pelos pais ou responsável; Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do
e (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Adolescente e da Assistência Social, aos quais incumbe
deliberar sobre a implementação de políticas públicas que
III - a previsão das atividades a serem desenvolvidas com a
permitam reduzir o número de crianças e adolescentes
criança ou com o adolescente acolhido e seus pais ou
afastados do convívio familiar e abreviar o período de
responsável, com vista na reintegração familiar ou, caso seja
permanência em programa de acolhimento. (Incluído pela
esta vedada por expressa e fundamentada determinação
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
judicial, as providências a serem tomadas para sua
colocação em família substituta, sob direta supervisão da Art. 102. As medidas de proteção de que trata este Capítulo
autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.010, de serão acompanhadas da regularização do
2009) Vigência registro civil. (Vide Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 7 o O acolhimento familiar ou institucional ocorrerá no local § 1º Verificada a inexistência de registro anterior, o assento
mais próximo à residência dos pais ou do responsável e, de nascimento da criança ou adolescente será feito à vista
como parte do processo de reintegração familiar, sempre dos elementos disponíveis, mediante requisição da
que identificada a necessidade, a família de origem será autoridade judiciária.
incluída em programas oficiais de orientação, de apoio e de
§ 2º Os registros e certidões necessários à regularização de
promoção social, sendo facilitado e estimulado o contato
que trata este artigo são isentos de multas, custas e
com a criança ou com o adolescente acolhido. (Incluído pela
emolumentos, gozando de absoluta prioridade.
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 3 o Caso ainda não definida a paternidade, será deflagrado
§ 8 o Verificada a possibilidade de reintegração familiar, o
procedimento específico destinado à sua averiguação,
responsável pelo programa de acolhimento familiar ou
conforme previsto pela Lei n o 8.560, de 29 de dezembro de
institucional fará imediata comunicação à autoridade
1992. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
judiciária, que dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de
5 (cinco) dias, decidindo em igual prazo. (Incluído pela Lei nº § 4 o Nas hipóteses previstas no § 3 o deste artigo, é
12.010, de 2009) Vigência dispensável o ajuizamento de ação de investigação de
paternidade pelo Ministério Público se, após o não
§ 9 o Em sendo constatada a impossibilidade de reintegração
comparecimento ou a recusa do suposto pai em assumir a
da criança ou do adolescente à família de origem, após seu
paternidade a ele atribuída, a criança for encaminhada para
encaminhamento a programas oficiais ou comunitários de
adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
orientação, apoio e promoção social, será enviado relatório
fundamentado ao Ministério Público, no qual conste a § 5 o Os registros e certidões necessários à inclusão, a
descrição pormenorizada das providências tomadas e a qualquer tempo, do nome do pai no assento de nascimento
expressa recomendação, subscrita pelos técnicos da são isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de

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absoluta prioridade. (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato
2016) infracional, mediante citação ou meio equivalente;
§ 6 o São gratuitas, a qualquer tempo, a averbação requerida II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se
do reconhecimento de paternidade no assento de com vítimas e testemunhas e produzir todas as provas
nascimento e a certidão correspondente. (Incluído dada necessárias à sua defesa;
pela Lei nº 13.257, de 2016)
III - defesa técnica por advogado;
TÍTULO III
IV - assistência judiciária gratuita e integral aos
DA PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL
necessitados, na forma da lei;
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade
competente;
Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita
como crime ou contravenção penal. VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou
responsável em qualquer fase do procedimento.
Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de
dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei. CAPÍTULO IV
DAS MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser
SEÇÃO I
considerada a idade do adolescente à data do fato.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade
corresponderão as medidas previstas no art. 101.
competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes
CAPÍTULO II medidas:
DOS DIREITOS INDIVIDUAIS
I - advertência;
Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade
II - obrigação de reparar o dano;
senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita
e fundamentada da autoridade judiciária competente. III - prestação de serviços à comunidade;
Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação IV - liberdade assistida;
dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser
V - inserção em regime de semi-liberdade;
informado acerca de seus direitos.
VI - internação em estabelecimento educacional;
Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local onde
se encontra recolhido serão incontinenti comunicados à VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
autoridade judiciária competente e à família do apreendido
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua
ou à pessoa por ele indicada.
capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da
Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e sob pena de infração.
responsabilidade, a possibilidade de liberação imediata.
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será
Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser admitida a prestação de trabalho forçado.
determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco dias.
§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência
Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada e mental receberão tratamento individual e especializado, em
basear-se em indícios suficientes de autoria e materialidade, local adequado às suas condições.
demonstrada a necessidade imperiosa da medida.
Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o disposto nos arts. 99 e
Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será 100.
submetido a identificação compulsória pelos órgãos
Art. 114. A imposição das medidas previstas nos incisos II a
policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de
VI do art. 112 pressupõe a existência de provas suficientes da
confrontação, havendo dúvida fundada.
autoria e da materialidade da infração, ressalvada a
CAPÍTULO III hipótese de remissão, nos termos do art. 127.
DAS GARANTIAS PROCESSUAIS
Parágrafo único. A advertência poderá ser aplicada sempre
Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade que houver prova da materialidade e indícios suficientes da
sem o devido processo legal. autoria.
Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as
seguintes garantias:

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SEÇÃO II III - diligenciar no sentido da profissionalização do


DA ADVERTÊNCIA adolescente e de sua inserção no mercado de trabalho;
Art. 115. A advertência consistirá em admoestação verbal, IV - apresentar relatório do caso.
que será reduzida a termo e assinada.
SEÇÃO VI
SEÇÃO III DO REGIME DE SEMI-LIBERDADE
DA OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO
Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser determinado
Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos desde o início, ou como forma de transição para o meio
patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for o caso, aberto, possibilitada a realização de atividades externas,
que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento independentemente de autorização judicial.
do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da
§ 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização,
vítima.
devendo, sempre que possível, ser utilizados os recursos
Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a existentes na comunidade.
medida poderá ser substituída por outra adequada.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado aplicando-
SEÇÃO IV se, no que couber, as disposições relativas à internação.
DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE
SEÇÃO VII
Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na DA INTERNAÇÃO
realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por
Art. 121. A internação constitui medida privativa da
período não excedente a seis meses, junto a entidades
liberdade, sujeita aos princípios de brevidade,
assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos
excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa
congêneres, bem como em programas comunitários ou
em desenvolvimento.
governamentais.
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a
Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as
critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa
aptidões do adolescente, devendo ser cumpridas durante
determinação judicial em contrário.
jornada máxima de oito horas semanais, aos sábados,
domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não § 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo
prejudicar a freqüência à escola ou à jornada normal de sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão
trabalho. fundamentada, no máximo a cada seis meses.
SEÇÃO V § 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação
DA LIBERDADE ASSISTIDA excederá a três anos.
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se § 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o
afigurar a medida mais adequada para o fim de adolescente deverá ser liberado, colocado em regime de
acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente. semi-liberdade ou de liberdade assistida.
§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para § 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de
acompanhar o caso, a qual poderá ser recomendada por idade.
entidade ou programa de atendimento.
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de de autorização judicial, ouvido o Ministério Público.
seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorrogada,
§ 7 o A determinação judicial mencionada no § 1 o poderá ser
revogada ou substituída por outra medida, ouvido o
revista a qualquer tempo pela autoridade
orientador, o Ministério Público e o defensor.
judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada
da autoridade competente, a realização dos seguintes
quando:
encargos, entre outros:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave
I - promover socialmente o adolescente e sua família,
ameaça ou violência a pessoa;
fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, se necessário,
em programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência II - por reiteração no cometimento de outras infrações
social; graves;
II - supervisionar a freqüência e o aproveitamento escolar do III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida
adolescente, promovendo, inclusive, sua matrícula; anteriormente imposta.

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§ 1 o O prazo de internação na hipótese do inciso III deste Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade física e
artigo não poderá ser superior a 3 (três) meses, devendo ser mental dos internos, cabendo-lhe adotar as medidas
decretada judicialmente após o devido processo adequadas de contenção e segurança.
legal. (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
CAPÍTULO V
§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, DA REMISSÃO
havendo outra medida adequada.
Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para
Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade apuração de ato infracional, o representante do Ministério
exclusiva para adolescentes, em local distinto daquele Público poderá conceder a remissão, como forma de
destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por exclusão do processo, atendendo às circunstâncias e
critérios de idade, compleição física e gravidade da infração. conseqüências do fato, ao contexto social, bem como à
personalidade do adolescente e sua maior ou menor
Parágrafo único. Durante o período de internação, inclusive
participação no ato infracional.
provisória, serão obrigatórias atividades pedagógicas.
Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da
Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade,
remissão pela autoridade judiciária importará na suspensão
entre outros, os seguintes:
ou extinção do processo.
I - entrevistar-se pessoalmente com o representante do
Art. 127. A remissão não implica necessariamente o
Ministério Público;
reconhecimento ou comprovação da responsabilidade, nem
II - peticionar diretamente a qualquer autoridade; prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir
eventualmente a aplicação de qualquer das medidas
III - avistar-se reservadamente com seu defensor;
previstas em lei, exceto a colocação em regime de semi-
IV - ser informado de sua situação processual, sempre que liberdade e a internação.
solicitada;
Art. 128. A medida aplicada por força da remissão poderá ser
V - ser tratado com respeito e dignidade; revista judicialmente, a qualquer tempo, mediante pedido
expresso do adolescente ou de seu representante legal, ou
VI - permanecer internado na mesma localidade ou naquela
do Ministério Público.
mais próxima ao domicílio de seus pais ou responsável;
TÍTULO IV
VII - receber visitas, ao menos, semanalmente;
DAS MEDIDAS PERTINENTES AOS PAIS OU
VIII - corresponder-se com seus familiares e amigos; RESPONSÁVEL
IX - ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:
pessoal;
I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou
X - habitar alojamento em condições adequadas de higiene comunitários de proteção, apoio e promoção da
e salubridade; família; (Redação dada dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
XI - receber escolarização e profissionalização; II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio,
orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
XII - realizar atividades culturais, esportivas e de lazer:
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou
XIII - ter acesso aos meios de comunicação social;
psiquiátrico;
XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
desde que assim o deseje;
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar
XV - manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de
sua freqüência e aproveitamento escolar;
local seguro para guardá-los, recebendo comprovante
daqueles porventura depositados em poder da entidade; VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a
tratamento especializado;
XVI - receber, quando de sua desinternação, os documentos
pessoais indispensáveis à vida em sociedade. VII - advertência;
§ 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade. VIII - perda da guarda;
§ 2º A autoridade judiciária poderá suspender IX - destituição da tutela;
temporariamente a visita, inclusive de pais ou responsável,
X - suspensão ou destituição do pátrio poder poder
se existirem motivos sérios e fundados de sua
familiar . (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de
prejudicialidade aos interesses do adolescente.
2009) Vigência

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Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e
incisos IX e X deste artigo, observar-se-á o disposto nos arts. formação continuada dos conselheiros tutelares. (Redação
23 e 24. dada pela Lei nº 12.696, de 2012)
Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro
abuso sexual impostos pelos pais ou responsável, a constituirá serviço público relevante e estabelecerá
autoridade judiciária poderá determinar, como medida presunção de idoneidade moral. (Redação dada pela Lei nº
cautelar, o afastamento do agressor da moradia comum. 12.696, de 2012)
Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda, a CAPÍTULO II
fixação provisória dos alimentos de que necessitem a DAS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO
criança ou o adolescente dependentes do
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
agressor. (Incluído pela Lei nº 12.415, de 2011)
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas
TÍTULO V
nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art.
DO CONSELHO TUTELAR
101, I a VII;
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as
medidas previstas no art. 129, I a VII;
Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e
autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de III - promover a execução de suas decisões, podendo para
zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do tanto:
adolescente, definidos nesta Lei.
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação,
Art. 132. Em cada Município e em cada Região serviço social, previdência, trabalho e segurança;
Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de
(um) Conselho Tutelar como órgão integrante da
descumprimento injustificado de suas deliberações.
administração pública local, composto de 5 (cinco)
membros, escolhidos pela população local para mandato de IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que
4 (quatro) anos, permitida recondução por novos processos constitua infração administrativa ou penal contra os direitos
de escolha. (Redação dada pela Lei nº 13.824, de 2019) da criança ou adolescente;
Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua
serão exigidos os seguintes requisitos: competência;
I - reconhecida idoneidade moral; VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade
judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o
II - idade superior a vinte e um anos;
adolescente autor de ato infracional;
III - residir no município.
VII - expedir notificações;
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de
e horário de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive
criança ou adolescente quando necessário;
quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais
é assegurado o direito a: (Redação dada pela Lei nº 12.696, IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da
de 2012) proposta orçamentária para planos e programas de
atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
I - cobertura previdenciária; (Incluído pela Lei nº 12.696, de
2012) X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a
violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um
Constituição Federal ;
terço) do valor da remuneração mensal; (Incluído pela Lei nº
12.696, de 2012) XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações
de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as
III - licença-maternidade; (Incluído pela Lei nº 12.696, de
possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente
2012)
junto à família natural. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
IV - licença-paternidade; (Incluído pela Lei nº 12.696, de 2009) Vigência
2012)
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos
V - gratificação natalina. (Incluído pela Lei nº 12.696, de profissionais, ações de divulgação e treinamento para o
2012) reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e
adolescentes. (Incluído pela Lei nº 13.046, de 2014)
Parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal e
da do Distrito Federal previsão dos recursos necessários ao
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Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o TÍTULO VI


Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do DO ACESSO À JUSTIÇA
convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao CAPÍTULO I
Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os DISPOSIÇÕES GERAIS
motivos de tal entendimento e as providências tomadas
Art. 141. É garantido o acesso de toda criança ou
para a orientação, o apoio e a promoção social da
adolescente à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao
família. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos.
Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão
§ 1º. A assistência judiciária gratuita será prestada aos que
ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de quem
dela necessitarem, através de defensor público ou
tenha legítimo interesse.
advogado nomeado.
CAPÍTULO III
§ 2º As ações judiciais da competência da Justiça da Infância
DA COMPETÊNCIA
e da Juventude são isentas de custas e emolumentos,
Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de ressalvada a hipótese de litigância de má-fé.
competência constante do art. 147.
Art. 142. Os menores de dezesseis anos serão representados
CAPÍTULO IV e os maiores de dezesseis e menores de vinte e um anos
DA ESCOLHA DOS CONSELHEIROS assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da
legislação civil ou processual.
Art. 139. O processo para a escolha dos membros do
Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal e Parágrafo único. A autoridade judiciária dará curador
realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos especial à criança ou adolescente, sempre que os interesses
Direitos da Criança e do Adolescente, e a fiscalização do destes colidirem com os de seus pais ou responsável, ou
Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 8.242, de quando carecer de representação ou assistência legal ainda
12.10.1991) que eventual.
§ 1 o O processo de escolha dos membros do Conselho Art. 143. E vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e
Tutelar ocorrerá em data unificada em todo o território administrativos que digam respeito a crianças e
nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do adolescentes a que se atribua autoria de ato infracional.
mês de outubro do ano subsequente ao da eleição
Parágrafo único. Qualquer notícia a respeito do fato não
presidencial. (Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012)
poderá identificar a criança ou adolescente, vedando-se
§ 2 o A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10 de fotografia, referência a nome, apelido, filiação, parentesco,
janeiro do ano subsequente ao processo de residência e, inclusive, iniciais do nome e
escolha. (Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012) sobrenome. (Redação dada pela Lei nº 10.764, de
12.11.2003)
§ 3 o No processo de escolha dos membros do Conselho
Tutelar, é vedado ao candidato doar, oferecer, prometer ou Art. 144. A expedição de cópia ou certidão de atos a que se
entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer refere o artigo anterior somente será deferida pela
natureza, inclusive brindes de pequeno valor. (Incluído pela autoridade judiciária competente, se demonstrado o
Lei nº 12.696, de 2012) interesse e justificada a finalidade.
CAPÍTULO V CAPÍTULO II
DOS IMPEDIMENTOS DA JUSTIÇA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE
SEÇÃO I
Art. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho
DISPOSIÇÕES GERAIS
marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e
genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e Art. 145. Os estados e o Distrito Federal poderão criar varas
sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado. especializadas e exclusivas da infância e da juventude,
cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua
Parágrafo único. Estende-se o impedimento do conselheiro,
proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de
na forma deste artigo, em relação à autoridade judiciária e
infra-estrutura e dispor sobre o atendimento, inclusive em
ao representante do Ministério Público com atuação na
plantões.
Justiça da Infância e da Juventude, em exercício na comarca,
foro regional ou distrital. SEÇÃO II
DO JUIZ
Art. 146. A autoridade a que se refere esta Lei é o Juiz da
Infância e da Juventude, ou o juiz que exerce essa função, na
forma da lei de organização judiciária local.

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Art. 147. A competência será determinada: familiar ; (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
I - pelo domicílio dos pais ou responsável;
e) conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando
II - pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à
faltarem os pais;
falta dos pais ou responsável.
f) designar curador especial em casos de apresentação de
§ 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a
queixa ou representação, ou de outros procedimentos
autoridade do lugar da ação ou omissão, observadas as
judiciais ou extrajudiciais em que haja interesses de criança
regras de conexão, continência e prevenção.
ou adolescente;
§ 2º A execução das medidas poderá ser delegada à
g) conhecer de ações de alimentos;
autoridade competente da residência dos pais ou
responsável, ou do local onde sediar-se a entidade que h) determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento
abrigar a criança ou adolescente. dos registros de nascimento e óbito.
§ 3º Em caso de infração cometida através de transmissão Art. 149. Compete à autoridade judiciária disciplinar, através
simultânea de rádio ou televisão, que atinja mais de uma de portaria, ou autorizar, mediante alvará:
comarca, será competente, para aplicação da penalidade, a
I - a entrada e permanência de criança ou adolescente,
autoridade judiciária do local da sede estadual da emissora
desacompanhado dos pais ou responsável, em:
ou rede, tendo a sentença eficácia para todas as
transmissoras ou retransmissoras do respectivo estado. a) estádio, ginásio e campo desportivo;
Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é competente b) bailes ou promoções dançantes;
para:
c) boate ou congêneres;
I - conhecer de representações promovidas pelo Ministério
d) casa que explore comercialmente diversões eletrônicas;
Público, para apuração de ato infracional atribuído a
adolescente, aplicando as medidas cabíveis; e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e televisão.
II - conceder a remissão, como forma de suspensão ou II - a participação de criança e adolescente em:
extinção do processo;
a) espetáculos públicos e seus ensaios;
III - conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;
b) certames de beleza.
IV - conhecer de ações civis fundadas em interesses
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, a autoridade
individuais, difusos ou coletivos afetos à criança e ao
judiciária levará em conta, dentre outros fatores:
adolescente, observado o disposto no art. 209;
a) os princípios desta Lei;
V - conhecer de ações decorrentes de irregularidades em
entidades de atendimento, aplicando as medidas cabíveis; b) as peculiaridades locais;
VI - aplicar penalidades administrativas nos casos de c) a existência de instalações adequadas;
infrações contra norma de proteção à criança ou
d) o tipo de freqüência habitual ao local;
adolescente;
e) a adequação do ambiente a eventual participação ou
VII - conhecer de casos encaminhados pelo Conselho
freqüência de crianças e adolescentes;
Tutelar, aplicando as medidas cabíveis.
f) a natureza do espetáculo.
Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou adolescente
nas hipóteses do art. 98, é também competente a Justiça da § 2º As medidas adotadas na conformidade deste artigo
Infância e da Juventude para o fim de: deverão ser fundamentadas, caso a caso, vedadas as
determinações de caráter geral.
a) conhecer de pedidos de guarda e tutela;
SEÇÃO III
b) conhecer de ações de destituição do pátrio poder poder
DOS SERVIÇOS AUXILIARES
familiar , perda ou modificação da tutela ou
guarda; (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de Art. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na elaboração de sua
2009) Vigência proposta orçamentária, prever recursos para manutenção
de equipe interprofissional, destinada a assessorar a Justiça
c) suprir a capacidade ou o consentimento para o
da Infância e da Juventude.
casamento;
Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre outras
d) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna
atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local,
ou materna, em relação ao exercício do pátrio poder poder
fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou

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verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver Art. 156. A petição inicial indicará:
trabalhos de aconselhamento, orientação,
I - a autoridade judiciária a que for dirigida;
encaminhamento, prevenção e outros, tudo sob a imediata
subordinação à autoridade judiciária, assegurada a livre II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência do
manifestação do ponto de vista técnico. requerente e do requerido, dispensada a qualificação em se
tratando de pedido formulado por representante do
Parágrafo único. Na ausência ou insuficiência de servidores
Ministério Público;
públicos integrantes do Poder Judiciário responsáveis pela
realização dos estudos psicossociais ou de quaisquer outras III - a exposição sumária do fato e o pedido;
espécies de avaliações técnicas exigidas por esta Lei ou por
IV - as provas que serão produzidas, oferecendo, desde logo,
determinação judicial, a autoridade judiciária poderá
o rol de testemunhas e documentos.
proceder à nomeação de perito, nos termos do art. 156 da
Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Art. 157. Havendo motivo grave, poderá a autoridade
Civil) . (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar a suspensão
do pátrio poder poder familiar , liminar ou incidentalmente,
CAPÍTULO III
até o julgamento definitivo da causa, ficando a criança ou
DOS PROCEDIMENTOS
adolescente confiado a pessoa idônea, mediante termo de
SEÇÃO I
responsabilidade. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010,
DISPOSIÇÕES GERAIS
de 2009) Vigência
Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta Lei aplicam-se
§ 1 o Recebida a petição inicial, a autoridade judiciária
subsidiariamente as normas gerais previstas na legislação
determinará, concomitantemente ao despacho de citação e
processual pertinente.
independentemente de requerimento do interessado, a
§ 1º É assegurada, sob pena de responsabilidade, prioridade realização de estudo social ou perícia por equipe
absoluta na tramitação dos processos e procedimentos interprofissional ou multidisciplinar para comprovar a
previstos nesta Lei, assim como na execução dos atos e presença de uma das causas de suspensão ou destituição do
diligências judiciais a eles referentes. (Incluído pela Lei nº poder familiar, ressalvado o disposto no § 10 do art. 101
12.010, de 2009) Vigência desta Lei, e observada a Lei n o 13.431, de 4 de abril de
2017 . (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 2º Os prazos estabelecidos nesta Lei e aplicáveis aos seus
procedimentos são contados em dias corridos, excluído o § 2 o Em sendo os pais oriundos de comunidades indígenas,
dia do começo e incluído o dia do vencimento, vedado o é ainda obrigatória a intervenção, junto à equipe
prazo em dobro para a Fazenda Pública e o Ministério interprofissional ou multidisciplinar referida no § 1 o deste
Público. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) artigo, de representantes do órgão federal responsável pela
política indigenista, observado o disposto no § 6 o do art. 28
Art. 153. Se a medida judicial a ser adotada não
desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
corresponder a procedimento previsto nesta ou em outra
lei, a autoridade judiciária poderá investigar os fatos e Art. 158. O requerido será citado para, no prazo de dez dias,
ordenar de ofício as providências necessárias, ouvido o oferecer resposta escrita, indicando as provas a serem
Ministério Público. produzidas e oferecendo desde logo o rol de testemunhas e
documentos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica para
o fim de afastamento da criança ou do adolescente de sua § 1 o A citação será pessoal, salvo se esgotados todos os
família de origem e em outros procedimentos meios para sua realização. (Incluído pela Lei nº 12.962, de
necessariamente contenciosos. (Incluído pela Lei nº 12.010, 2014)
de 2009) Vigência
§ 2 o O requerido privado de liberdade deverá ser citado
Art. 154. Aplica-se às multas o disposto no art. 214. pessoalmente. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014)
SEÇÃO II § 3 o Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver
DA PERDA E DA SUSPENSÃO DO PÁTRIO procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o
PODER PODER FAMILIAR encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, informar
(EXPRESSÃO SUBSTITUÍDA PELA LEI Nº 12.010, DE qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer
2009) VIGÊNCIA vizinho do dia útil em que voltará a fim de efetuar a citação,
na hora que designar, nos termos do art. 252 e seguintes da
Art. 155. O procedimento para a perda ou a suspensão
Lei n o 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo
do pátrio poder poder familiar terá início por provocação do
Civil) . (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Ministério Público ou de quem tenha legítimo
interesse. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de § 4 o Na hipótese de os genitores encontrarem-se em local
2009) Vigência incerto ou não sabido, serão citados por edital no prazo de
10 (dez) dias, em publicação única, dispensado o envio de
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ofícios para a localização. (Incluído pela Lei nº 13.509, de parecer técnico, salvo quando apresentado por escrito,
2017) manifestando-se sucessivamente o requerente, o requerido
e o Ministério Público, pelo tempo de 20 (vinte) minutos
Art. 159. Se o requerido não tiver possibilidade de constituir
cada um, prorrogável por mais 10 (dez) minutos. (Redação
advogado, sem prejuízo do próprio sustento e de sua
dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
família, poderá requerer, em cartório, que lhe seja nomeado
dativo, ao qual incumbirá a apresentação de resposta, § 3 o A decisão será proferida na audiência, podendo a
contando-se o prazo a partir da intimação do despacho de autoridade judiciária, excepcionalmente, designar data para
nomeação. sua leitura no prazo máximo de 5 (cinco) dias. (Incluído pela
Lei nº 13.509, de 2017)
Parágrafo único. Na hipótese de requerido privado de
liberdade, o oficial de justiça deverá perguntar, no momento § 4 o Quando o procedimento de destituição de poder
da citação pessoal, se deseja que lhe seja nomeado familiar for iniciado pelo Ministério Público, não haverá
defensor. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014) necessidade de nomeação de curador especial em favor da
criança ou adolescente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Art. 160. Sendo necessário, a autoridade judiciária
requisitará de qualquer repartição ou órgão público a Art. 163. O prazo máximo para conclusão do procedimento
apresentação de documento que interesse à causa, de ofício será de 120 (cento e vinte) dias, e caberá ao juiz, no caso de
ou a requerimento das partes ou do Ministério Público. notória inviabilidade de manutenção do poder familiar,
dirigir esforços para preparar a criança ou o adolescente
Art. 161. Se não for contestado o pedido e tiver sido
com vistas à colocação em família substituta. (Redação
concluído o estudo social ou a perícia realizada por equipe
dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
interprofissional ou multidisciplinar, a autoridade judiciária
dará vista dos autos ao Ministério Público, por 5 (cinco) dias, Parágrafo único. A sentença que decretar a perda ou a
salvo quando este for o requerente, e decidirá em igual suspensão do poder familiar será averbada à margem do
prazo. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) registro de nascimento da criança ou do
adolescente. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 1º A autoridade judiciária, de ofício ou a requerimento das
partes ou do Ministério Público, determinará a oitiva de SEÇÃO III
testemunhas que comprovem a presença de uma das causas DA DESTITUIÇÃO DA TUTELA
de suspensão ou destituição do poder familiar previstas
Art. 164. Na destituição da tutela, observar-se-á o
nos arts. 1.637 e 1.638 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de
procedimento para a remoção de tutor previsto na lei
2002 (Código Civil) , ou no art. 24 desta Lei. (Redação dada
processual civil e, no que couber, o disposto na seção
pela Lei nº 13.509, de 2017)
anterior.
§ 2 o (Revogado) . (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
SEÇÃO IV
§ 3 o Se o pedido importar em modificação de guarda, será DA COLOCAÇÃO EM FAMÍLIA SUBSTITUTA
obrigatória, desde que possível e razoável, a oitiva da
Art. 165. São requisitos para a concessão de pedidos de
criança ou adolescente, respeitado seu estágio de
colocação em família substituta:
desenvolvimento e grau de compreensão sobre as
implicações da medida. (Incluído pela Lei nº 12.010, de I - qualificação completa do requerente e de seu eventual
2009) Vigência cônjuge, ou companheiro, com expressa anuência deste;
§ 4º É obrigatória a oitiva dos pais sempre que eles forem II - indicação de eventual parentesco do requerente e de seu
identificados e estiverem em local conhecido, ressalvados cônjuge, ou companheiro, com a criança ou adolescente,
os casos de não comparecimento perante a Justiça quando especificando se tem ou não parente vivo;
devidamente citados. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de
III - qualificação completa da criança ou adolescente e de
2017)
seus pais, se conhecidos;
§ 5 o Se o pai ou a mãe estiverem privados de liberdade, a
IV - indicação do cartório onde foi inscrito nascimento,
autoridade judicial requisitará sua apresentação para a
anexando, se possível, uma cópia da respectiva certidão;
oitiva. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014)
V - declaração sobre a existência de bens, direitos ou
Art. 162. Apresentada a resposta, a autoridade judiciária
rendimentos relativos à criança ou ao adolescente.
dará vista dos autos ao Ministério Público, por cinco dias,
salvo quando este for o requerente, designando, desde logo, Parágrafo único. Em se tratando de adoção, observar-se-ão
audiência de instrução e julgamento. também os requisitos específicos.
§ 1º (Revogado) . (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido
destituídos ou suspensos do poder familiar, ou houverem
§ 2 o Na audiência, presentes as partes e o Ministério Público,
aderido expressamente ao pedido de colocação em família
serão ouvidas as testemunhas, colhendo-se oralmente o
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substituta, este poderá ser formulado diretamente em responsabilidade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
cartório, em petição assinada pelos próprios requerentes, 2009) Vigência
dispensada a assistência de advogado. (Redação dada pela
Art. 168. Apresentado o relatório social ou o laudo pericial,
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
e ouvida, sempre que possível, a criança ou o adolescente,
§ 1 o Na hipótese de concordância dos pais, o juiz: (Redação dar-se-á vista dos autos ao Ministério Público, pelo prazo de
dada pela Lei nº 13.509, de 2017) cinco dias, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.
I - na presença do Ministério Público, ouvirá as partes, Art. 169. Nas hipóteses em que a destituição da tutela, a
devidamente assistidas por advogado ou por defensor perda ou a suspensão do pátrio poder poder
público, para verificar sua concordância com a adoção, no familiar constituir pressuposto lógico da medida principal de
prazo máximo de 10 (dez) dias, contado da data do colocação em família substituta, será observado o
protocolo da petição ou da entrega da criança em juízo, procedimento contraditório previsto nas Seções II e III deste
tomando por termo as declarações; e (Incluído pela Lei nº Capítulo. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de
13.509, de 2017) 2009) Vigência
II - declarará a extinção do poder familiar. (Incluído pela Lei Parágrafo único. A perda ou a modificação da guarda poderá
nº 13.509, de 2017) ser decretada nos mesmos autos do procedimento,
observado o disposto no art. 35.
§ 2 o O consentimento dos titulares do poder familiar será
precedido de orientações e esclarecimentos prestados pela Art. 170. Concedida a guarda ou a tutela, observar-se-á o
equipe interprofissional da Justiça da Infância e da disposto no art. 32, e, quanto à adoção, o contido no art. 47.
Juventude, em especial, no caso de adoção, sobre a
Parágrafo único. A colocação de criança ou adolescente sob
irrevogabilidade da medida. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
a guarda de pessoa inscrita em programa de acolhimento
2009) Vigência
familiar será comunicada pela autoridade judiciária à
§ 3 o São garantidos a livre manifestação de vontade dos entidade por este responsável no prazo máximo de 5 (cinco)
detentores do poder familiar e o direito ao sigilo das dias. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
informações. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
SEÇÃO V
§ 4 o O consentimento prestado por escrito não terá validade DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL ATRIBUÍDO A
se não for ratificado na audiência a que se refere o § 1 o deste ADOLESCENTE
artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem
§ 5 o O consentimento é retratável até a data da realização judicial será, desde logo, encaminhado à autoridade
da audiência especificada no § 1 o deste artigo, e os pais judiciária.
podem exercer o arrependimento no prazo de 10 (dez) dias,
Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato
contado da data de prolação da sentença de extinção do
infracional será, desde logo, encaminhado à autoridade
poder familiar. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
policial competente.
§ 6 o O consentimento somente terá valor se for dado após o
Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada
nascimento da criança. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
para atendimento de adolescente e em se tratando de ato
2009) Vigência
infracional praticado em co-autoria com maior, prevalecerá
§ 7 o A família natural e a família substituta receberão a a atribuição da repartição especializada, que, após as
devida orientação por intermédio de equipe técnica providências necessárias e conforme o caso, encaminhará o
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da adulto à repartição policial própria.
Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos
Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido
responsáveis pela execução da política municipal de
mediante violência ou grave ameaça a pessoa, a autoridade
garantia do direito à convivência familiar. (Redação dada
policial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106, parágrafo
pela Lei nº 13.509, de 2017)
único, e 107, deverá:
Art. 167. A autoridade judiciária, de ofício ou a requerimento
I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o
das partes ou do Ministério Público, determinará a
adolescente;
realização de estudo social ou, se possível, perícia por
equipe interprofissional, decidindo sobre a concessão de II - apreender o produto e os instrumentos da infração;
guarda provisória, bem como, no caso de adoção, sobre o
III - requisitar os exames ou perícias necessários à
estágio de convivência.
comprovação da materialidade e autoria da infração.
Parágrafo único. Deferida a concessão da guarda provisória
Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a
ou do estágio de convivência, a criança ou o adolescente
lavratura do auto poderá ser substituída por boletim de
será entregue ao interessado, mediante termo de
ocorrência circunstanciada.
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Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o I - promover o arquivamento dos autos;
adolescente será prontamente liberado pela autoridade
II - conceder a remissão;
policial, sob termo de compromisso e responsabilidade de
sua apresentação ao representante do Ministério Público, III - representar à autoridade judiciária para aplicação de
no mesmo dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil medida sócio-educativa.
imediato, exceto quando, pela gravidade do ato infracional
Art. 181. Promovido o arquivamento dos autos ou concedida
e sua repercussão social, deva o adolescente permanecer
a remissão pelo representante do Ministério Público,
sob internação para garantia de sua segurança pessoal ou
mediante termo fundamentado, que conterá o resumo dos
manutenção da ordem pública.
fatos, os autos serão conclusos à autoridade judiciária para
Art. 175. Em caso de não liberação, a autoridade policial homologação.
encaminhará, desde logo, o adolescente ao representante
§ 1º Homologado o arquivamento ou a remissão, a
do Ministério Público, juntamente com cópia do auto de
autoridade judiciária determinará, conforme o caso, o
apreensão ou boletim de ocorrência.
cumprimento da medida.
§ 1º Sendo impossível a apresentação imediata, a
§ 2º Discordando, a autoridade judiciária fará remessa dos
autoridade policial encaminhará o adolescente à entidade
autos ao Procurador-Geral de Justiça, mediante despacho
de atendimento, que fará a apresentação ao representante
fundamentado, e este oferecerá representação, designará
do Ministério Público no prazo de vinte e quatro horas.
outro membro do Ministério Público para apresentá-la, ou
§ 2º Nas localidades onde não houver entidade de ratificará o arquivamento ou a remissão, que só então estará
atendimento, a apresentação far-se-á pela autoridade a autoridade judiciária obrigada a homologar.
policial. À falta de repartição policial especializada, o
Art. 182. Se, por qualquer razão, o representante do
adolescente aguardará a apresentação em dependência
Ministério Público não promover o arquivamento ou
separada da destinada a maiores, não podendo, em
conceder a remissão, oferecerá representação à autoridade
qualquer hipótese, exceder o prazo referido no parágrafo
judiciária, propondo a instauração de procedimento para
anterior.
aplicação da medida sócio-educativa que se afigurar a mais
Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a autoridade policial adequada.
encaminhará imediatamente ao representante do
§ 1º A representação será oferecida por petição, que conterá
Ministério Público cópia do auto de apreensão ou boletim de
o breve resumo dos fatos e a classificação do ato infracional
ocorrência.
e, quando necessário, o rol de testemunhas, podendo ser
Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, houver deduzida oralmente, em sessão diária instalada pela
indícios de participação de adolescente na prática de ato autoridade judiciária.
infracional, a autoridade policial encaminhará ao
§ 2º A representação independe de prova pré-constituída da
representante do Ministério Público relatório das
autoria e materialidade.
investigações e demais documentos.
Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para a conclusão
Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato
do procedimento, estando o adolescente internado
infracional não poderá ser conduzido ou transportado em
provisoriamente, será de quarenta e cinco dias.
compartimento fechado de veículo policial, em condições
atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua Art. 184. Oferecida a representação, a autoridade judiciária
integridade física ou mental, sob pena de responsabilidade. designará audiência de apresentação do adolescente,
decidindo, desde logo, sobre a decretação ou manutenção
Art. 179. Apresentado o adolescente, o representante do
da internação, observado o disposto no art. 108 e parágrafo.
Ministério Público, no mesmo dia e à vista do auto de
apreensão, boletim de ocorrência ou relatório policial, § 1º O adolescente e seus pais ou responsável serão
devidamente autuados pelo cartório judicial e com cientificados do teor da representação, e notificados a
informação sobre os antecedentes do adolescente, comparecer à audiência, acompanhados de advogado.
procederá imediata e informalmente à sua oitiva e, em
§ 2º Se os pais ou responsável não forem localizados, a
sendo possível, de seus pais ou responsável, vítima e
autoridade judiciária dará curador especial ao adolescente.
testemunhas.
§ 3º Não sendo localizado o adolescente, a autoridade
Parágrafo único. Em caso de não apresentação, o
judiciária expedirá mandado de busca e apreensão,
representante do Ministério Público notificará os pais ou
determinando o sobrestamento do feito, até a efetiva
responsável para apresentação do adolescente, podendo
apresentação.
requisitar o concurso das polícias civil e militar.
§ 4º Estando o adolescente internado, será requisitada a sua
Art. 180. Adotadas as providências a que alude o artigo
apresentação, sem prejuízo da notificação dos pais ou
anterior, o representante do Ministério Público poderá:
responsável.
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Art. 185. A internação, decretada ou mantida pela Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, estando o
autoridade judiciária, não poderá ser cumprida em adolescente internado, será imediatamente colocado em
estabelecimento prisional. liberdade.
§ 1º Inexistindo na comarca entidade com as características Art. 190. A intimação da sentença que aplicar medida de
definidas no art. 123, o adolescente deverá ser internação ou regime de semi-liberdade será feita:
imediatamente transferido para a localidade mais próxima.
I - ao adolescente e ao seu defensor;
§ 2º Sendo impossível a pronta transferência, o adolescente
II - quando não for encontrado o adolescente, a seus pais ou
aguardará sua remoção em repartição policial, desde que
responsável, sem prejuízo do defensor.
em seção isolada dos adultos e com instalações apropriadas,
não podendo ultrapassar o prazo máximo de cinco dias, sob § 1º Sendo outra a medida aplicada, a intimação far-se-á
pena de responsabilidade. unicamente na pessoa do defensor.
Art. 186. Comparecendo o adolescente, seus pais ou § 2º Recaindo a intimação na pessoa do adolescente, deverá
responsável, a autoridade judiciária procederá à oitiva dos este manifestar se deseja ou não recorrer da sentença.
mesmos, podendo solicitar opinião de profissional
SEÇÃO V-A
qualificado.
(Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
§ 1º Se a autoridade judiciária entender adequada a
DA INFILTRAÇÃO DE AGENTES DE POLÍCIA PARA A
remissão, ouvirá o representante do Ministério Público,
INVESTIGAÇÃO DE CRIMES CONTRA A DIGNIDADE
proferindo decisão.
SEXUAL DE CRIANÇA E DE ADOLESCENTE”
§ 2º Sendo o fato grave, passível de aplicação de medida de
Art. 190-A. A infiltração de agentes de polícia na internet
internação ou colocação em regime de semi-liberdade, a
com o fim de investigar os crimes previstos nos arts.
autoridade judiciária, verificando que o adolescente não
240 , 241 , 241-A , 241-B , 241-C e 241-D desta Lei e
possui advogado constituído, nomeará defensor,
nos arts. 154-A , 217-A , 218 , 218-A e 218-B do Decreto-Lei
designando, desde logo, audiência em continuação,
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) ,
podendo determinar a realização de diligências e estudo do
obedecerá às seguintes regras: (Incluído pela Lei nº 13.441,
caso.
de 2017)
§ 3º O advogado constituído ou o defensor nomeado, no
I – será precedida de autorização judicial devidamente
prazo de três dias contado da audiência de apresentação,
circunstanciada e fundamentada, que estabelecerá os
oferecerá defesa prévia e rol de testemunhas.
limites da infiltração para obtenção de prova, ouvido o
§ 4º Na audiência em continuação, ouvidas as testemunhas Ministério Público; (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
arroladas na representação e na defesa prévia, cumpridas as
II – dar-se-á mediante requerimento do Ministério Público
diligências e juntado o relatório da equipe interprofissional,
ou representação de delegado de polícia e conterá a
será dada a palavra ao representante do Ministério Público
demonstração de sua necessidade, o alcance das tarefas dos
e ao defensor, sucessivamente, pelo tempo de vinte
policiais, os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e,
minutos para cada um, prorrogável por mais dez, a critério
quando possível, os dados de conexão ou cadastrais que
da autoridade judiciária, que em seguida proferirá decisão.
permitam a identificação dessas pessoas; (Incluído pela Lei
Art. 187. Se o adolescente, devidamente notificado, não nº 13.441, de 2017)
comparecer, injustificadamente à audiência de
III – não poderá exceder o prazo de 90 (noventa) dias, sem
apresentação, a autoridade judiciária designará nova data,
prejuízo de eventuais renovações, desde que o total não
determinando sua condução coercitiva.
exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja demonstrada
Art. 188. A remissão, como forma de extinção ou suspensão sua efetiva necessidade, a critério da autoridade
do processo, poderá ser aplicada em qualquer fase do judicial. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
procedimento, antes da sentença.
§ 1 º A autoridade judicial e o Ministério Público poderão
Art. 189. A autoridade judiciária não aplicará qualquer requisitar relatórios parciais da operação de infiltração antes
medida, desde que reconheça na sentença: do término do prazo de que trata o inciso II do § 1 º deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
I - estar provada a inexistência do fato;
§ 2 º Para efeitos do disposto no inciso I do § 1 º deste artigo,
II - não haver prova da existência do fato;
consideram-se: (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
III - não constituir o fato ato infracional;
I – dados de conexão: informações referentes a hora, data,
IV - não existir prova de ter o adolescente concorrido para o início, término, duração, endereço de Protocolo de Internet
ato infracional. (IP) utilizado e terminal de origem da conexão; (Incluído pela
Lei nº 13.441, de 2017)
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II – dados cadastrais: informações referentes a nome e SEÇÃO VI


endereço de assinante ou de usuário registrado ou DA APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES EM ENTIDADE
autenticado para a conexão a quem endereço de IP, DE ATENDIMENTO
identificação de usuário ou código de acesso tenha sido
Art. 191. O procedimento de apuração de irregularidades
atribuído no momento da conexão.
em entidade governamental e não-governamental terá
§ 3 º A infiltração de agentes de polícia na internet não será início mediante portaria da autoridade judiciária ou
admitida se a prova puder ser obtida por outros representação do Ministério Público ou do Conselho
meios. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) Tutelar, onde conste, necessariamente, resumo dos fatos.
Art. 190-B. As informações da operação de infiltração serão Parágrafo único. Havendo motivo grave, poderá a
encaminhadas diretamente ao juiz responsável pela autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar
autorização da medida, que zelará por seu sigilo. (Incluído liminarmente o afastamento provisório do dirigente da
pela Lei nº 13.441, de 2017) entidade, mediante decisão fundamentada.
Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, o acesso Art. 192. O dirigente da entidade será citado para, no prazo
aos autos será reservado ao juiz, ao Ministério Público e ao de dez dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar
delegado de polícia responsável pela operação, com o documentos e indicar as provas a produzir.
objetivo de garantir o sigilo das investigações. (Incluído pela
Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sendo necessário,
Lei nº 13.441, de 2017)
a autoridade judiciária designará audiência de instrução e
Art. 190-C. Não comete crime o policial que oculta a sua julgamento, intimando as partes.
identidade para, por meio da internet, colher indícios de
§ 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e o
autoria e materialidade dos crimes previstos nos arts.
Ministério Público terão cinco dias para oferecer alegações
240 , 241 , 241-A , 241-B , 241-C e 241-D desta Lei e
finais, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.
nos arts. 154-A , 217-A , 218 , 218-A e 218-B do Decreto-Lei
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código § 2º Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo
Penal) . (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) de dirigente de entidade governamental, a autoridade
judiciária oficiará à autoridade administrativa
Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de
imediatamente superior ao afastado, marcando prazo para
observar a estrita finalidade da investigação responderá
a substituição.
pelos excessos praticados. (Incluído pela Lei nº 13.441, de
2017) § 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade
judiciária poderá fixar prazo para a remoção das
Art. 190-D. Os órgãos de registro e cadastro público poderão
irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o
incluir nos bancos de dados próprios, mediante
processo será extinto, sem julgamento de mérito.
procedimento sigiloso e requisição da autoridade judicial, as
informações necessárias à efetividade da identidade fictícia § 4º A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da
criada. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) entidade ou programa de atendimento.
Parágrafo único. O procedimento sigiloso de que trata esta SEÇÃO VII
Seção será numerado e tombado em livro DA APURAÇÃO DE INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA ÀS
específico. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) NORMAS DE PROTEÇÃO À CRIANÇA E AO
ADOLESCENTE
Art. 190-E. Concluída a investigação, todos os atos
eletrônicos praticados durante a operação deverão ser Art. 194. O procedimento para imposição de penalidade
registrados, gravados, armazenados e encaminhados ao juiz administrativa por infração às normas de proteção à criança
e ao Ministério Público, juntamente com relatório e ao adolescente terá início por representação do Ministério
circunstanciado. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) Público, ou do Conselho Tutelar, ou auto de infração
elaborado por servidor efetivo ou voluntário credenciado, e
Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados citados
assinado por duas testemunhas, se possível.
no caput deste artigo serão reunidos em autos apartados e
apensados ao processo criminal juntamente com o inquérito § 1º No procedimento iniciado com o auto de infração,
policial, assegurando-se a preservação da identidade do poderão ser usadas fórmulas impressas, especificando-se a
agente policial infiltrado e a intimidade das crianças e dos natureza e as circunstâncias da infração.
adolescentes envolvidos. (Incluído pela Lei nº 13.441, de
§ 2º Sempre que possível, à verificação da infração seguir-
2017)
se-á a lavratura do auto, certificando-se, em caso contrário,
dos motivos do retardamento.

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Art. 195. O requerido terá prazo de dez dias para VIII - certidão negativa de distribuição cível. (Incluído pela
apresentação de defesa, contado da data da intimação, que Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
será feita:
Art. 197-B. A autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta
I - pelo autuante, no próprio auto, quando este for lavrado e oito) horas, dará vista dos autos ao Ministério Público, que
na presença do requerido; no prazo de 5 (cinco) dias poderá: (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência
II - por oficial de justiça ou funcionário legalmente
habilitado, que entregará cópia do auto ou da representação I - apresentar quesitos a serem respondidos pela equipe
ao requerido, ou a seu representante legal, lavrando interprofissional encarregada de elaborar o estudo técnico a
certidão; que se refere o art. 197-C desta Lei; (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência
III - por via postal, com aviso de recebimento, se não for
encontrado o requerido ou seu representante legal; II - requerer a designação de audiência para oitiva dos
postulantes em juízo e testemunhas; (Incluído pela Lei nº
IV - por edital, com prazo de trinta dias, se incerto ou não
12.010, de 2009) Vigência
sabido o paradeiro do requerido ou de seu representante
legal. III - requerer a juntada de documentos complementares e a
realização de outras diligências que entender
Art. 196. Não sendo apresentada a defesa no prazo legal, a
necessárias. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
autoridade judiciária dará vista dos autos do Ministério
Público, por cinco dias, decidindo em igual prazo. Art. 197-C. Intervirá no feito, obrigatoriamente, equipe
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da
Art. 197. Apresentada a defesa, a autoridade judiciária
Juventude, que deverá elaborar estudo psicossocial, que
procederá na conformidade do artigo anterior, ou, sendo
conterá subsídios que permitam aferir a capacidade e o
necessário, designará audiência de instrução e
preparo dos postulantes para o exercício de uma
julgamento. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
paternidade ou maternidade responsável, à luz dos
Parágrafo único. Colhida a prova oral, manifestar-se-ão requisitos e princípios desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010,
sucessivamente o Ministério Público e o procurador do de 2009) Vigência
requerido, pelo tempo de vinte minutos para cada um,
§ 1 o É obrigatória a participação dos postulantes em
prorrogável por mais dez, a critério da autoridade judiciária,
programa oferecido pela Justiça da Infância e da Juventude,
que em seguida proferirá sentença.
preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis
SEÇÃO VIII pela execução da política municipal de garantia do direito à
(Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência convivência familiar e dos grupos de apoio à adoção
DA HABILITAÇÃO DE PRETENDENTES À ADOÇÃO devidamente habilitados perante a Justiça da Infância e da
Juventude, que inclua preparação psicológica, orientação e
Art. 197-A. Os postulantes à adoção, domiciliados no Brasil,
estímulo à adoção inter-racial, de crianças ou de
apresentarão petição inicial na qual conste: (Incluído pela
adolescentes com deficiência, com doenças crônicas ou com
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
necessidades específicas de saúde, e de grupos de
I - qualificação completa; (Incluído pela Lei nº 12.010, de irmãos. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
2009) Vigência
§ 2 o Sempre que possível e recomendável, a etapa
II - dados familiares; (Incluído pela Lei nº 12.010, de obrigatória da preparação referida no § 1 o deste artigo
2009) Vigência incluirá o contato com crianças e adolescentes em regime de
acolhimento familiar ou institucional, a ser realizado sob
III - cópias autenticadas de certidão de nascimento ou
orientação, supervisão e avaliação da equipe técnica da
casamento, ou declaração relativa ao período de união
Justiça da Infância e da Juventude e dos grupos de apoio à
estável; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
adoção, com apoio dos técnicos responsáveis pelo
IV - cópias da cédula de identidade e inscrição no Cadastro programa de acolhimento familiar e institucional e pela
de Pessoas Físicas; (Incluído pela Lei nº 12.010, de execução da política municipal de garantia do direito à
2009) Vigência convivência familiar. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de
2017)
V - comprovante de renda e domicílio; (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência § 3 o É recomendável que as crianças e os adolescentes
acolhidos institucionalmente ou por família acolhedora
VI - atestados de sanidade física e mental (Incluído pela Lei
sejam preparados por equipe interprofissional antes da
nº 12.010, de 2009) Vigência
inclusão em família adotiva. (Incluído pela Lei nº 13.509, de
VII - certidão de antecedentes criminais; (Incluído pela Lei nº 2017)
12.010, de 2009) Vigência

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Art. 197-D. Certificada nos autos a conclusão da Civil) , com as seguintes adaptações: (Redação dada pela Lei
participação no programa referido no art. 197-C desta Lei, a nº 12.594, de 2012) (Vide)
autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
I - os recursos serão interpostos independentemente de
decidirá acerca das diligências requeridas pelo Ministério
preparo;
Público e determinará a juntada do estudo psicossocial,
designando, conforme o caso, audiência de instrução e II - em todos os recursos, salvo nos embargos de declaração,
julgamento. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência o prazo para o Ministério Público e para a defesa será
sempre de 10 (dez) dias; (Redação dada pela Lei nº 12.594,
Parágrafo único. Caso não sejam requeridas diligências, ou
de 2012) (Vide)
sendo essas indeferidas, a autoridade judiciária determinará
a juntada do estudo psicossocial, abrindo a seguir vista dos III - os recursos terão preferência de julgamento e
autos ao Ministério Público, por 5 (cinco) dias, decidindo em dispensarão revisor;
igual prazo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
IV - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Art. 197-E. Deferida a habilitação, o postulante será inscrito
V - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
nos cadastros referidos no art. 50 desta Lei, sendo a sua
convocação para a adoção feita de acordo com ordem VI - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
cronológica de habilitação e conforme a disponibilidade de
VII - antes de determinar a remessa dos autos à superior
crianças ou adolescentes adotáveis. (Incluído pela Lei nº
instância, no caso de apelação, ou do instrumento, no caso
12.010, de 2009) Vigência
de agravo, a autoridade judiciária proferirá despacho
§ 1 o A ordem cronológica das habilitações somente poderá fundamentado, mantendo ou reformando a decisão, no
deixar de ser observada pela autoridade judiciária nas prazo de cinco dias;
hipóteses previstas no § 13 do art. 50 desta Lei, quando
VIII - mantida a decisão apelada ou agravada, o escrivão
comprovado ser essa a melhor solução no interesse do
remeterá os autos ou o instrumento à superior instância
adotando. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
dentro de vinte e quatro horas, independentemente de novo
§ 2 o A habilitação à adoção deverá ser renovada no mínimo pedido do recorrente; se a reformar, a remessa dos autos
trienalmente mediante avaliação por equipe dependerá de pedido expresso da parte interessada ou do
interprofissional. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) Ministério Público, no prazo de cinco dias, contados da
intimação.
§ 3 o Quando o adotante candidatar-se a uma nova adoção,
será dispensável a renovação da habilitação, bastando a Art. 199. Contra as decisões proferidas com base no art. 149
avaliação por equipe interprofissional. (Incluído pela Lei nº caberá recurso de apelação.
13.509, de 2017)
Art. 199-A. A sentença que deferir a adoção produz efeito
§ 4 o Após 3 (três) recusas injustificadas, pelo habilitado, à desde logo, embora sujeita a apelação, que será recebida
adoção de crianças ou adolescentes indicados dentro do exclusivamente no efeito devolutivo, salvo se se tratar de
perfil escolhido, haverá reavaliação da habilitação adoção internacional ou se houver perigo de dano
concedida. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) irreparável ou de difícil reparação ao adotando. (Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 5 o A desistência do pretendente em relação à guarda para
fins de adoção ou a devolução da criança ou do adolescente Art. 199-B. A sentença que destituir ambos ou qualquer dos
depois do trânsito em julgado da sentença de adoção genitores do poder familiar fica sujeita a apelação, que
importará na sua exclusão dos cadastros de adoção e na deverá ser recebida apenas no efeito devolutivo. (Incluído
vedação de renovação da habilitação, salvo decisão judicial pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
fundamentada, sem prejuízo das demais sanções previstas
Art. 199-C. Os recursos nos procedimentos de adoção e de
na legislação vigente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
destituição de poder familiar, em face da relevância das
Art. 197-F. O prazo máximo para conclusão da habilitação à questões, serão processados com prioridade absoluta,
adoção será de 120 (cento e vinte) dias, prorrogável por igual devendo ser imediatamente distribuídos, ficando vedado
período, mediante decisão fundamentada da autoridade que aguardem, em qualquer situação, oportuna
judiciária. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) distribuição, e serão colocados em mesa para julgamento
sem revisão e com parecer urgente do Ministério
CAPÍTULO IV
Público. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
DOS RECURSOS
Art. 199-D. O relator deverá colocar o processo em mesa
Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e
para julgamento no prazo máximo de 60 (sessenta) dias,
da Juventude, inclusive os relativos à execução das medidas
contado da sua conclusão. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal da Lei
2009) Vigência
n o 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo

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Parágrafo único. O Ministério Público será intimado da data VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias
do julgamento e poderá na sessão, se entender necessário, legais assegurados às crianças e adolescentes, promovendo
apresentar oralmente seu parecer. (Incluído pela Lei nº as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;
12.010, de 2009) Vigência
IX - impetrar mandado de segurança, de injunção e habeas
Art. 199-E. O Ministério Público poderá requerer a corpus, em qualquer juízo, instância ou tribunal, na defesa
instauração de procedimento para apuração de dos interesses sociais e individuais indisponíveis afetos à
responsabilidades se constatar o descumprimento das criança e ao adolescente;
providências e do prazo previstos nos artigos
X - representar ao juízo visando à aplicação de penalidade
anteriores. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
por infrações cometidas contra as normas de proteção à
CAPÍTULO V infância e à juventude, sem prejuízo da promoção da
DO MINISTÉRIO PÚBLICO responsabilidade civil e penal do infrator, quando cabível;
Art. 200. As funções do Ministério Público previstas nesta XI - inspecionar as entidades públicas e particulares de
Lei serão exercidas nos termos da respectiva lei orgânica. atendimento e os programas de que trata esta Lei,
adotando de pronto as medidas administrativas ou judiciais
Art. 201. Compete ao Ministério Público:
necessárias à remoção de irregularidades porventura
I - conceder a remissão como forma de exclusão do verificadas;
processo;
XII - requisitar força policial, bem como a colaboração dos
II - promover e acompanhar os procedimentos relativos às serviços médicos, hospitalares, educacionais e de
infrações atribuídas a adolescentes; assistência social, públicos ou privados, para o desempenho
de suas atribuições.
III - promover e acompanhar as ações de alimentos e os
procedimentos de suspensão e destituição do pátrio § 1º A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis
poder poder familiar , nomeação e remoção de tutores, previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas
curadores e guardiães, bem como oficiar em todos os mesmas hipóteses, segundo dispuserem a Constituição e
demais procedimentos da competência da Justiça da esta Lei.
Infância e da Juventude; (Expressão substituída pela Lei nº
§ 2º As atribuições constantes deste artigo não excluem
12.010, de 2009) Vigência
outras, desde que compatíveis com a finalidade do
IV - promover, de ofício ou por solicitação dos interessados, Ministério Público.
a especialização e a inscrição de hipoteca legal e a prestação
§ 3º O representante do Ministério Público, no exercício de
de contas dos tutores, curadores e quaisquer
suas funções, terá livre acesso a todo local onde se encontre
administradores de bens de crianças e adolescentes nas
criança ou adolescente.
hipóteses do art. 98;
§ 4º O representante do Ministério Público será responsável
V - promover o inquérito civil e a ação civil pública para a
pelo uso indevido das informações e documentos que
proteção dos interesses individuais, difusos ou coletivos
requisitar, nas hipóteses legais de sigilo.
relativos à infância e à adolescência, inclusive os definidos
no art. 220, § 3º inciso II, da Constituição Federal ; § 5º Para o exercício da atribuição de que trata o inciso VIII
deste artigo, poderá o representante do Ministério Público:
VI - instaurar procedimentos administrativos e, para instruí-
los: a) reduzir a termo as declarações do reclamante,
instaurando o competente procedimento, sob sua
a) expedir notificações para colher depoimentos ou
presidência;
esclarecimentos e, em caso de não comparecimento
injustificado, requisitar condução coercitiva, inclusive pela b) entender-se diretamente com a pessoa ou autoridade
polícia civil ou militar; reclamada, em dia, local e horário previamente notificados
ou acertados;
b) requisitar informações, exames, perícias e documentos
de autoridades municipais, estaduais e federais, da c) efetuar recomendações visando à melhoria dos serviços
administração direta ou indireta, bem como promover públicos e de relevância pública afetos à criança e ao
inspeções e diligências investigatórias; adolescente, fixando prazo razoável para sua perfeita
adequação.
c) requisitar informações e documentos a particulares e
instituições privadas; Art. 202. Nos processos e procedimentos em que não for
parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Público na
VII - instaurar sindicâncias, requisitar diligências
defesa dos direitos e interesses de que cuida esta Lei,
investigatórias e determinar a instauração de inquérito
hipótese em que terá vista dos autos depois das partes,
policial, para apuração de ilícitos ou infrações às normas de
proteção à infância e à juventude;
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podendo juntar documentos e requerer diligências, usando V - de programas suplementares de oferta de material
os recursos cabíveis. didático-escolar, transporte e assistência à saúde do
educando do ensino fundamental;
Art. 203. A intimação do Ministério Público, em qualquer
caso, será feita pessoalmente. VI - de serviço de assistência social visando à proteção à
família, à maternidade, à infância e à adolescência, bem
Art. 204. A falta de intervenção do Ministério Público
como ao amparo às crianças e adolescentes que dele
acarreta a nulidade do feito, que será declarada de ofício
necessitem;
pelo juiz ou a requerimento de qualquer interessado.
VII - de acesso às ações e serviços de saúde;
Art. 205. As manifestações processuais do representante do
Ministério Público deverão ser fundamentadas. VIII - de escolarização e profissionalização dos adolescentes
privados de liberdade.
CAPÍTULO VI
DO ADVOGADO IX - de ações, serviços e programas de orientação, apoio e
promoção social de famílias e destinados ao pleno exercício
Art. 206. A criança ou o adolescente, seus pais ou
do direito à convivência familiar por crianças e
responsável, e qualquer pessoa que tenha legítimo interesse
adolescentes. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
na solução da lide poderão intervir nos procedimentos de
que trata esta Lei, através de advogado, o qual será X - de programas de atendimento para a execução das
intimado para todos os atos, pessoalmente ou por medidas socioeducativas e aplicação de medidas de
publicação oficial, respeitado o segredo de justiça. proteção. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Parágrafo único. Será prestada assistência judiciária integral XI - de políticas e programas integrados de atendimento à
e gratuita àqueles que dela necessitarem. criança e ao adolescente vítima ou testemunha de
violência. (Incluído pela Lei nº 13.431, de 2017) (Vigência)
Art. 207. Nenhum adolescente a quem se atribua a prática
de ato infracional, ainda que ausente ou foragido, § 1 o As hipóteses previstas neste artigo não excluem da
será processado sem defensor. proteção judicial outros interesses individuais, difusos ou
coletivos, próprios da infância e da adolescência, protegidos
§ 1º Se o adolescente não tiver defensor, ser-lhe-á nomeado
pela Constituição e pela Lei. (Renumerado do Parágrafo
pelo juiz, ressalvado o direito de, a todo tempo, constituir
único pela Lei nº 11.259, de 2005)
outro de sua preferência.
§ 2 o A investigação do desaparecimento de crianças ou
§ 2º A ausência do defensor não determinará o adiamento
adolescentes será realizada imediatamente após
de nenhum ato do processo, devendo o juiz nomear
notificação aos órgãos competentes, que deverão
substituto, ainda que provisoriamente, ou para o só efeito
comunicar o fato aos portos, aeroportos, Polícia Rodoviária
do ato.
e companhias de transporte interestaduais e internacionais,
§ 3º Será dispensada a outorga de mandato, quando se fornecendo-lhes todos os dados necessários à identificação
tratar de defensor nomeado ou, sido constituído, tiver sido do desaparecido. (Incluído pela Lei nº 11.259, de 2005)
indicado por ocasião de ato formal com a presença da
Art. 209. As ações previstas neste Capítulo serão propostas
autoridade judiciária.
no foro do local onde ocorreu ou deva ocorrer a ação ou
CAPÍTULO VII omissão, cujo juízo terá competência absoluta para
DA PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERESSES processar a causa, ressalvadas a competência da Justiça
INDIVIDUAIS, DIFUSOS E COLETIVOS Federal e a competência originária dos tribunais superiores.
Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de Art. 210. Para as ações cíveis fundadas em interesses
responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados à coletivos ou difusos, consideram-se legitimados
criança e ao adolescente, referentes ao não oferecimento ou concorrentemente:
oferta irregular:
I - o Ministério Público;
I - do ensino obrigatório;
II - a União, os estados, os municípios, o Distrito Federal e os
II - de atendimento educacional especializado aos territórios;
portadores de deficiência;
III - as associações legalmente constituídas há pelo menos
III – de atendimento em creche e pré-escola às crianças de um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa
zero a cinco anos de idade; (Redação dada pela Lei nº dos interesses e direitos protegidos por esta Lei, dispensada
13.306, de 2016) a autorização da assembléia, se houver prévia autorização
estatutária.
IV - de ensino noturno regular, adequado às condições do
educando;

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§ 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os Art. 216. Transitada em julgado a sentença que impuser
Ministérios Públicos da União e dos estados na defesa dos condenação ao poder público, o juiz determinará a remessa
interesses e direitos de que cuida esta Lei. de peças à autoridade competente, para apuração da
responsabilidade civil e administrativa do agente a que se
§ 2º Em caso de desistência ou abandono da ação por
atribua a ação ou omissão.
associação legitimada, o Ministério Público ou outro
legitimado poderá assumir a titularidade ativa. Art. 217. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da
sentença condenatória sem que a associação autora lhe
Art. 211. Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos
promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público,
interessados compromisso de ajustamento de sua conduta
facultada igual iniciativa aos demais legitimados.
às exigências legais, o qual terá eficácia de título executivo
extrajudicial. Art. 218. O juiz condenará a associação autora a pagar ao réu
os honorários advocatícios arbitrados na conformidade do §
Art. 212. Para defesa dos direitos e interesses protegidos por
4º do art. 20 da Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973
esta Lei, são admissíveis todas as espécies de ações
(Código de Processo Civil) , quando reconhecer que a
pertinentes.
pretensão é manifestamente infundada.
§ 1º Aplicam-se às ações previstas neste Capítulo as normas
Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a
do Código de Processo Civil.
associação autora e os diretores responsáveis pela
§ 2º Contra atos ilegais ou abusivos de autoridade pública ou propositura da ação serão solidariamente condenados ao
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do décuplo das custas, sem prejuízo de responsabilidade por
poder público, que lesem direito líquido e certo previsto perdas e danos.
nesta Lei, caberá ação mandamental, que se regerá pelas
Art. 219. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá
normas da lei do mandado de segurança.
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais
Art. 213. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de e quaisquer outras despesas.
obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela
Art. 220. Qualquer pessoa poderá e o servidor público
específica da obrigação ou determinará providências que
deverá provocar a iniciativa do Ministério Público,
assegurem o resultado prático equivalente ao do
prestando-lhe informações sobre fatos que constituam
adimplemento.
objeto de ação civil, e indicando-lhe os elementos de
§ 1º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo convicção.
justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito
Art. 221. Se, no exercício de suas funções, os juízos e
ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação
tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam
prévia, citando o réu.
ensejar a propositura de ação civil, remeterão peças ao
§ 2º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na Ministério Público para as providências cabíveis.
sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de
Art. 222. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá
pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a
requerer às autoridades competentes as certidões e
obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do
informações que julgar necessárias, que serão fornecidas no
preceito.
prazo de quinze dias.
§ 3º A multa só será exigível do réu após o trânsito em
Art. 223. O Ministério Público poderá instaurar, sob sua
julgado da sentença favorável ao autor, mas será devida
presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer
desde o dia em que se houver configurado o
pessoa, organismo público ou particular, certidões,
descumprimento.
informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar, o
Art. 214. Os valores das multas reverterão ao fundo gerido qual não poderá ser inferior a dez dias úteis.
pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do
§ 1º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as
respectivo município.
diligências, se convencer da inexistência de fundamento
§ 1º As multas não recolhidas até trinta dias após o trânsito para a propositura da ação cível, promoverá o arquivamento
em julgado da decisão serão exigidas através de execução dos autos do inquérito civil ou das peças informativas,
promovida pelo Ministério Público, nos mesmos autos, fazendo-o fundamentadamente.
facultada igual iniciativa aos demais legitimados.
§ 2º Os autos do inquérito civil ou as peças de informação
§ 2º Enquanto o fundo não for regulamentado, o dinheiro arquivados serão remetidos, sob pena de se incorrer em
ficará depositado em estabelecimento oficial de crédito, em falta grave, no prazo de três dias, ao Conselho Superior do
conta com correção monetária. Ministério Público.
Art. 215. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos § 3º Até que seja homologada ou rejeitada a promoção de
recursos, para evitar dano irreparável à parte. arquivamento, em sessão do Conselho Superior do

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Ministério público, poderão as associações legitimadas identificar corretamente o neonato e a parturiente, por
apresentar razões escritas ou documentos, que serão ocasião do parto, bem como deixar de proceder aos exames
juntados aos autos do inquérito ou anexados às peças de referidos no art. 10 desta Lei:
informação.
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
§ 4º A promoção de arquivamento será submetida a exame
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
e deliberação do Conselho Superior do Ministério Público,
conforme dispuser o seu regimento. Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
§ 5º Deixando o Conselho Superior de homologar a Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade,
promoção de arquivamento, designará, desde logo, outro procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato
órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação. infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade
judiciária competente:
Art. 224. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as
disposições da Lei n.º 7.347, de 24 de julho de 1985 . Pena - detenção de seis meses a dois anos.
TÍTULO VII Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede
DOS CRIMES E DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS à apreensão sem observância das formalidades legais.
CAPÍTULO I
Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela
DOS CRIMES
apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata
SEÇÃO I
comunicação à autoridade judiciária competente e à família
DISPOSIÇÕES GERAIS
do apreendido ou à pessoa por ele indicada:
Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
contra a criança e o adolescente, por ação ou omissão, sem
prejuízo do disposto na legislação penal. Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua
autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a
Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as
constrangimento:
normas da Parte Geral do Código Penal e, quanto
ao processo, as pertinentes ao Código de Processo Penal. Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública Art. 233. (Revogado pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997 :
incondicionada.
Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa,
Art. 227-A Os efeitos da condenação prevista no inciso I de ordenar a imediata liberação de criança ou adolescente,
do caput do art. 92 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão:
dezembro de 1940 (Código Penal), para os crimes previstos
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
nesta Lei, praticados por servidores públicos com abuso de
autoridade, são condicionados à ocorrência de Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta
reincidência. (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019) Lei em benefício de adolescente privado de liberdade:
Parágrafo único. A perda do cargo, do mandato ou da Pena - detenção de seis meses a dois anos.
função, nesse caso, independerá da pena aplicada na
Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade
reincidência. (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019)
judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante
SEÇÃO II do Ministério Público no exercício de função prevista nesta
DOS CRIMES EM ESPÉCIE Lei:
Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de Pena - detenção de seis meses a dois anos.
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter
Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem
registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo
o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial,
referidos no art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à
com o fim de colocação em lar substituto:
parturiente ou a seu responsável, por ocasião da alta
médica, declaração de nascimento, onde constem as Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.
intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato:
Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a
Pena - detenção de seis meses a dois anos. terceiro, mediante paga ou recompensa:
Parágrafo único. Se o crime é culposo: Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem oferece ou
efetiva a paga ou recompensa.
Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de

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Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado I – assegura os meios ou serviços para o armazenamento das
ao envio de criança ou adolescente para o exterior com fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste
inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter artigo; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
lucro:
II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de
Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa. computadores às fotografias, cenas ou imagens de que trata
o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça
ou fraude: (Incluído pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003) § 2 o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1 o deste
artigo são puníveis quando o responsável legal pela
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena
prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa de
correspondente à violência.
desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que trata
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer
pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: (Redação
meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que
dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e envolvendo criança ou adolescente: (Incluído pela Lei nº
multa. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) 11.829, de 2008)
§ 1 o Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
participação de criança ou adolescente nas cenas referidas
§ 1 o A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de
no caput deste artigo, ou ainda quem com esses
pequena quantidade o material a que se refere o caput deste
contracena. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
§ 2 o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente
§ 2 o Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a
comete o crime: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
finalidade de comunicar às autoridades competentes a
I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de ocorrência das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A
exercê-la; (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) e 241-C desta Lei, quando a comunicação for feita
por: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação
ou de hospitalidade; ou (Redação dada pela Lei nº 11.829, de I – agente público no exercício de suas funções; (Incluído
2008) pela Lei nº 11.829, de 2008)
III – prevalecendo-se de relações de parentesco II – membro de entidade, legalmente constituída, que
consangüíneo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, de inclua, entre suas finalidades institucionais, o recebimento,
tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de o processamento e o encaminhamento de notícia dos
quem, a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, crimes referidos neste parágrafo; (Incluído pela Lei nº
ou com seu consentimento. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 11.829, de 2008)
2008)
III – representante legal e funcionários responsáveis de
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro provedor de acesso ou serviço prestado por meio de rede de
registro que contenha cena de sexo explícito ou computadores, até o recebimento do material relativo à
pornográfica envolvendo criança ou adolescente: (Redação notícia feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou
dada pela Lei nº 11.829, de 2008) ao Poder Judiciário. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e § 3 o As pessoas referidas no § 2 o deste artigo deverão
multa. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) manter sob sigilo o material ilícito referido. (Incluído pela Lei
nº 11.829, de 2008)
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir,
distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente
por meio de sistema de informática ou telemático, em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de
fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de adulteração, montagem ou modificação de fotografia,
sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou vídeo ou qualquer outra forma de representação
adolescente: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) visual: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Incluído
pela Lei nº 11.829, de 2008) pela Lei nº 11.829, de 2008)
§ 1 o Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei nº Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende,
11.829, de 2008) expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga

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por qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material cometido o crime, ressalvado o direito de terceiro de boa-
produzido na forma do caput deste artigo. (Incluído pela Lei fé. (Redação dada pela Lei nº 13.440, de 2017)
nº 11.829, de 2008)
§ 1 o Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente
Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por ou o responsável pelo local em que se verifique a submissão
qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com de criança ou adolescente às práticas referidas
ela praticar ato libidinoso: (Incluído pela Lei nº 11.829, de no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 9.975, de
2008) 23.6.2000)
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Incluído § 2 o Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação
pela Lei nº 11.829, de 2008) da licença de localização e de funcionamento do
estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000)
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre
quem: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de
18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou
I – facilita ou induz o acesso à criança de material contendo
induzindo-o a praticá-la: (Incluído pela Lei nº 12.015, de
cena de sexo explícito ou pornográfica com o fim de com ela
2009)
praticar ato libidinoso; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela
II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo com
Lei nº 12.015, de 2009)
o fim de induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou
sexualmente explícita. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) § 1 o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem
pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a
meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da
expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica”
internet. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
compreende qualquer situação que envolva criança ou
adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou § 2 o As penas previstas no caput deste artigo são
simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou
ou adolescente para fins primordialmente sexuais. (Incluído induzida estar incluída no rol do art. 1 o da Lei n o 8.072, de 25
pela Lei nº 11.829, de 2008) de julho de 1990 . (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou CAPÍTULO II
entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma, DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
munição ou explosivo:
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos. (Redação dada estabelecimento de atenção à saúde e de ensino
pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003) fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à
autoridade competente os casos de que tenha
Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar,
conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de
ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a
maus-tratos contra criança ou adolescente:
adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros
produtos cujos componentes possam causar dependência Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-
física ou psíquica: (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015) se o dobro em caso de reincidência.
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de entidade
fato não constitui crime mais grave. (Redação dada pela Lei de atendimento o exercício dos direitos constantes nos
nº 13.106, de 2015) incisos II, III, VII, VIII e XI do art. 124 desta Lei:
Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-
entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente fogos se o dobro em caso de reincidência.
de estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização
reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer
devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou
dano físico em caso de utilização indevida:
documento de procedimento policial, administrativo ou
Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa. judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato
infracional:
Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais
definidos no caput do art. 2 o desta Lei, à prostituição ou à Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-
exploração sexual: (Incluído pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000) se o dobro em caso de reincidência.
Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, além da perda § 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou
de bens e valores utilizados na prática criminosa em favor do parcialmente, fotografia de criança ou adolescente
Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da unidade envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração que lhe
da Federação (Estado ou Distrito Federal) em que foi
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diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão,
forma a permitir sua identificação, direta ou indiretamente. espetáculo em horário diverso do autorizado ou sem aviso
de sua classificação: (Expressão declarada inconstitucional
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou
pela ADI 2.404).
emissora de rádio ou televisão, além da pena prevista neste
artigo, a autoridade judiciária poderá determinar a Pena - multa de vinte a cem salários de referência; duplicada
apreensão da publicação ou a suspensão da programação em caso de reincidência a autoridade judiciária poderá
da emissora até por dois dias, bem como da publicação do determinar a suspensão da programação da emissora por
periódico até por dois números. (Expressão declarada até dois dias.
inconstitucional pela ADIN 869).
Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congênere
Art. 248. (Revogado pela Lei nº 13.431, de 2017) (Vigência) classificado pelo órgão competente como inadequado às
crianças ou adolescentes admitidos ao espetáculo:
Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres
inerentes ao pátrio poder poder familiar ou decorrente de Pena - multa de vinte a cem salários de referência; na
tutela ou guarda, bem assim determinação da autoridade reincidência, a autoridade poderá determinar a suspensão
judiciária ou Conselho Tutelar: (Expressão substituída pela do espetáculo ou o fechamento do estabelecimento por até
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência quinze dias.
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando- Art. 256. Vender ou locar a criança ou adolescente fita de
se o dobro em caso de reincidência. programação em vídeo, em desacordo com a classificação
atribuída pelo órgão competente:
Art. 250. Hospedar criança ou adolescente
desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso
autorização escrita desses ou da autoridade judiciária, em de reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o
hotel, pensão, motel ou congênere: (Redação dada pela Lei fechamento do estabelecimento por até quinze dias.
nº 12.038, de 2009).
Art. 257. Descumprir obrigação constante dos arts. 78 e 79
Pena – multa. (Redação dada pela Lei nº 12.038, de 2009). desta Lei:
§ 1 º Em caso de reincidência, sem prejuízo da pena de Pena - multa de três a vinte salários de referência,
multa, a autoridade judiciária poderá determinar o duplicando-se a pena em caso de reincidência, sem prejuízo
fechamento do estabelecimento por até 15 (quinze) de apreensão da revista ou publicação.
dias. (Incluído pela Lei nº 12.038, de 2009).
Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento ou o
§ 2 º Se comprovada a reincidência em período inferior a 30 empresário de observar o que dispõe esta Lei sobre o acesso
(trinta) dias, o estabelecimento será definitivamente de criança ou adolescente aos locais de diversão, ou sobre
fechado e terá sua licença cassada. (Incluído pela Lei nº sua participação no espetáculo:
12.038, de 2009).
Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso
Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por qualquer de reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o
meio, com inobservância do disposto nos arts. 83, 84 e 85 fechamento do estabelecimento por até quinze dias.
desta Lei:
Art. 258-A. Deixar a autoridade competente de providenciar
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando- a instalação e operacionalização dos cadastros previstos no
se o dobro em caso de reincidência. art. 50 e no § 11 do art. 101 desta Lei: (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência
Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetáculo
público de afixar, em lugar visível e de fácil acesso, à entrada Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três
do local de exibição, informação destacada sobre a natureza mil reais). (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
da diversão ou espetáculo e a faixa etária especificada no
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas a autoridade
certificado de classificação:
que deixa de efetuar o cadastramento de crianças e de
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando- adolescentes em condições de serem adotadas, de pessoas
se o dobro em caso de reincidência. ou casais habilitados à adoção e de crianças e adolescentes
em regime de acolhimento institucional ou
Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer
familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
representações ou espetáculos, sem indicar os limites de
idade a que não se recomendem: Art. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de efetuar
Pena - multa de três a vinte salários de referência, duplicada
imediato encaminhamento à autoridade judiciária de caso
em caso de reincidência, aplicável, separadamente, à casa
de que tenha conhecimento de mãe ou gestante interessada
de espetáculo e aos órgãos de divulgação ou publicidade.

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em entregar seu filho para adoção: (Incluído pela Lei nº § 2 o Os conselhos nacional, estaduais e municipais dos
12.010, de 2009) Vigência direitos da criança e do adolescente fixarão critérios de
utilização, por meio de planos de aplicação, das dotações
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três
subsidiadas e demais receitas, aplicando necessariamente
mil reais). (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
percentual para incentivo ao acolhimento, sob a forma de
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o funcionário de guarda, de crianças e adolescentes e para programas de
programa oficial ou comunitário destinado à garantia do atenção integral à primeira infância em áreas de maior
direito à convivência familiar que deixa de efetuar a carência socioeconômica e em situações de
comunicação referida no caput deste artigo. (Incluído pela calamidade. (Redação dada dada pela Lei nº 13.257, de
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 2016)
Art. 258-C. Descumprir a proibição estabelecida no inciso II § 3º O Departamento da Receita Federal, do Ministério da
do art. 81: (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015) Economia, Fazenda e Planejamento, regulamentará a
comprovação das doações feitas aos fundos, nos termos
Pena - multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ 10.000,00
deste artigo. (Incluído pela Lei nº 8.242, de 12.10.1991)
(dez mil reais); (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015)
§ 4º O Ministério Público determinará em cada comarca a
Medida Administrativa - interdição do estabelecimento
forma de fiscalização da aplicação, pelo Fundo Municipal
comercial até o recolhimento da multa aplicada. (Redação
dos Direitos da Criança e do Adolescente, dos incentivos
dada pela Lei nº 13.106, de 2015)
fiscais referidos neste artigo. (Incluído pela Lei nº 8.242, de
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 12.10.1991)
Art. 259. A União, no prazo de noventa dias contados da § 5 o Observado o disposto no § 4 o do art. 3 o da Lei n o 9.249,
publicação deste Estatuto, elaborará projeto de lei dispondo de 26 de dezembro de 1995 , a dedução de que trata o inciso
sobre a criação ou adaptação de seus órgãos às diretrizes da I do caput : (Redação dada pela Lei nº 12.594, de
política de atendimento fixadas no art. 88 e ao que 2012) (Vide)
estabelece o Título V do Livro II.
I - será considerada isoladamente, não se submetendo a
Parágrafo único. Compete aos estados e municípios limite em conjunto com outras deduções do imposto;
promoverem a adaptação de seus órgãos e programas às e (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
diretrizes e princípios estabelecidos nesta Lei.
II - não poderá ser computada como despesa operacional na
Art. 260. Os contribuintes poderão efetuar doações aos apuração do lucro real. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, 2012) (Vide)
distrital, estaduais ou municipais, devidamente
Art. 260-A. A partir do exercício de 2010, ano-calendário de
comprovadas, sendo essas integralmente deduzidas do
2009, a pessoa física poderá optar pela doação de que trata
imposto de renda, obedecidos os seguintes
o inciso II do caput do art. 260 diretamente em sua
limites: (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Declaração de Ajuste Anual. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
I - 1% (um por cento) do imposto sobre a renda devido 2012) (Vide)
apurado pelas pessoas jurídicas tributadas com base no
§ 1 o A doação de que trata o caput poderá ser deduzida até
lucro real; e (Redação dada pela Lei nº 12.594, de
os seguintes percentuais aplicados sobre o imposto apurado
2012) (Vide)
na declaração: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
II - 6% (seis por cento) do imposto sobre a renda apurado
I - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste Anual,
observado o disposto no art. 22 da Lei n o 9.532, de 10 de II - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
dezembro de 1997 . (Redação dada pela Lei nº 12.594, de
III - 3% (três por cento) a partir do exercício de 2012. (Incluído
2012) (Vide)
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
§ 1º - (Revogado pela Lei nº 9.532, de 1997) (Produção de
§ 2 o A dedução de que trata o caput : (Incluído pela Lei nº
efeito)
12.594, de 2012) (Vide)
§ 1 o -A. Na definição das prioridades a serem atendidas com
I - está sujeita ao limite de 6% (seis por cento) do imposto
os recursos captados pelos fundos nacional, estaduais e
sobre a renda apurado na declaração de que trata o inciso II
municipais dos direitos da criança e do adolescente, serão
do caput do art. 260; (Incluído pela Lei nº 12.594, de
consideradas as disposições do Plano Nacional de
2012) (Vide)
Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e
Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária e as do II - não se aplica à pessoa física que: (Incluído pela Lei nº
Plano Nacional pela Primeira Infância. (Redação dada dada 12.594, de 2012) (Vide)
pela Lei nº 13.257, de 2016)

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a) utilizar o desconto simplificado; (Incluído pela Lei nº nacional, estaduais, distrital e municipais devem emitir
12.594, de 2012) (Vide) recibo em favor do doador, assinado por pessoa
competente e pelo presidente do Conselho correspondente,
b) apresentar declaração em formulário; ou (Incluído pela
especificando: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
I - número de ordem; (Incluído pela Lei nº 12.594, de
c) entregar a declaração fora do prazo; (Incluído pela Lei nº
2012) (Vide)
12.594, de 2012) (Vide)
II - nome, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e
III - só se aplica às doações em espécie; e (Incluído pela Lei
endereço do emitente; (Incluído pela Lei nº 12.594, de
nº 12.594, de 2012) (Vide)
2012) (Vide)
IV - não exclui ou reduz outros benefícios ou deduções em
III - nome, CNPJ ou Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do
vigor. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
doador; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
§ 3 o O pagamento da doação deve ser efetuado até a data
IV - data da doação e valor efetivamente recebido;
de vencimento da primeira quota ou quota única do
e (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
imposto, observadas instruções específicas da Secretaria da
Receita Federal do Brasil. (Incluído pela Lei nº 12.594, de V - ano-calendário a que se refere a doação. (Incluído pela
2012) (Vide) Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
§ 4 o O não pagamento da doação no prazo estabelecido no § 1 o O comprovante de que trata o caput deste artigo pode
§ 3 o implica a glosa definitiva desta parcela de dedução, ser emitido anualmente, desde que discrimine os valores
ficando a pessoa física obrigada ao recolhimento da doados mês a mês. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
diferença de imposto devido apurado na Declaração de 2012) (Vide)
Ajuste Anual com os acréscimos legais previstos na
§ 2 o No caso de doação em bens, o comprovante deve
legislação. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
conter a identificação dos bens, mediante descrição em
§ 5 o A pessoa física poderá deduzir do imposto apurado na campo próprio ou em relação anexa ao comprovante,
Declaração de Ajuste Anual as doações feitas, no respectivo informando também se houve avaliação, o nome, CPF ou
ano-calendário, aos fundos controlados pelos Conselhos CNPJ e endereço dos avaliadores. (Incluído pela Lei nº
dos Direitos da Criança e do Adolescente municipais, 12.594, de 2012) (Vide)
distrital, estaduais e nacional concomitantemente com a
Art. 260-E. Na hipótese da doação em bens, o doador
opção de que trata o caput , respeitado o limite previsto no
deverá: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
inciso II do art. 260. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
2012) (Vide) I - comprovar a propriedade dos bens, mediante
documentação hábil; (Incluído pela Lei nº 12.594, de
Art. 260-B. A doação de que trata o inciso I do art. 260
2012) (Vide)
poderá ser deduzida: (Incluído pela Lei nº 12.594, de
2012) (Vide) II - baixar os bens doados na declaração de bens e direitos,
quando se tratar de pessoa física, e na escrituração, no caso
I - do imposto devido no trimestre, para as pessoas jurídicas
de pessoa jurídica; e (Incluído pela Lei nº 12.594, de
que apuram o imposto trimestralmente; e (Incluído pela Lei
2012) (Vide)
nº 12.594, de 2012) (Vide)
III - considerar como valor dos bens doados: (Incluído pela
II - do imposto devido mensalmente e no ajuste anual, para
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
as pessoas jurídicas que apuram o imposto
anualmente. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) a) para as pessoas físicas, o valor constante da última
declaração do imposto de renda, desde que não exceda o
Parágrafo único. A doação deverá ser efetuada dentro do
valor de mercado; (Incluído pela Lei nº 12.594, de
período a que se refere a apuração do imposto. (Incluído
2012) (Vide)
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
b) para as pessoas jurídicas, o valor contábil dos
Art. 260-C. As doações de que trata o art. 260 desta Lei
bens. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
podem ser efetuadas em espécie ou em bens. (Incluído pela
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) Parágrafo único. O preço obtido em caso de leilão não será
considerado na determinação do valor dos bens doados,
Parágrafo único. As doações efetuadas em espécie devem
exceto se o leilão for determinado por autoridade
ser depositadas em conta específica, em instituição
judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
financeira pública, vinculadas aos respectivos fundos de que
trata o art. 260. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) Art. 260-F. Os documentos a que se referem os arts. 260-D
e 260-E devem ser mantidos pelo contribuinte por um prazo
Art. 260-D. Os órgãos responsáveis pela administração das
de 5 (cinco) anos para fins de comprovação da dedução
contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
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perante a Receita Federal do Brasil. (Incluído pela Lei nº Art. 260-J. O Ministério Público determinará, em cada
12.594, de 2012) (Vide) Comarca, a forma de fiscalização da aplicação dos
incentivos fiscais referidos no art. 260 desta Lei. (Incluído
Art. 260-G. Os órgãos responsáveis pela administração das
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
nacional, estaduais, distrital e municipais devem: (Incluído Parágrafo único. O descumprimento do disposto nos arts.
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 260-G e 260-I sujeitará os infratores a responder por ação
judicial proposta pelo Ministério Público, que poderá atuar
I - manter conta bancária específica destinada
de ofício, a requerimento ou representação de qualquer
exclusivamente a gerir os recursos do Fundo; (Incluído pela
cidadão. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Art. 260-K. A Secretaria de Direitos Humanos da
II - manter controle das doações recebidas; e (Incluído pela
Presidência da República (SDH/PR) encaminhará à
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Secretaria da Receita Federal do Brasil, até 31 de outubro de
III - informar anualmente à Secretaria da Receita Federal do cada ano, arquivo eletrônico contendo a relação atualizada
Brasil as doações recebidas mês a mês, identificando os dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
seguintes dados por doador: (Incluído pela Lei nº 12.594, de nacional, distrital, estaduais e municipais, com a indicação
2012) (Vide) dos respectivos números de inscrição no CNPJ e das contas
bancárias específicas mantidas em instituições financeiras
a) nome, CNPJ ou CPF; (Incluído pela Lei nº 12.594, de
públicas, destinadas exclusivamente a gerir os recursos dos
2012) (Vide)
Fundos. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
b) valor doado, especificando se a doação foi em espécie ou
Art. 260-L. A Secretaria da Receita Federal do Brasil
em bens. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
expedirá as instruções necessárias à aplicação do disposto
Art. 260-H. Em caso de descumprimento das obrigações nos arts. 260 a 260-K. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
previstas no art. 260-G, a Secretaria da Receita Federal do 2012) (Vide)
Brasil dará conhecimento do fato ao Ministério
Art. 261. A falta dos conselhos municipais dos direitos da
Público. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
criança e do adolescente, os registros, inscrições e
Art. 260-I. Os Conselhos dos Direitos da Criança e do alterações a que se referem os arts. 90, parágrafo único, e 91
Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais desta Lei serão efetuados perante a autoridade judiciária da
divulgarão amplamente à comunidade: (Incluído pela Lei nº comarca a que pertencer a entidade.
12.594, de 2012) (Vide)
Parágrafo único. A União fica autorizada a repassar aos
I - o calendário de suas reuniões; (Incluído pela Lei nº 12.594, estados e municípios, e os estados aos municípios, os
de 2012) (Vide) recursos referentes aos programas e atividades previstos
nesta Lei, tão logo estejam criados os conselhos dos direitos
II - as ações prioritárias para aplicação das políticas de
da criança e do adolescente nos seus respectivos níveis.
atendimento à criança e ao adolescente; (Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012) (Vide) Art. 262. Enquanto não instalados os Conselhos Tutelares,
as atribuições a eles conferidas serão exercidas pela
III - os requisitos para a apresentação de projetos a serem
autoridade judiciária.
beneficiados com recursos dos Fundos dos Direitos da
Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital ou Art. 263. O Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940
municipais; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) (Código Penal), passa a vigorar com as seguintes alterações:
IV - a relação dos projetos aprovados em cada ano- 1) Art. 121
calendário e o valor dos recursos previstos para
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço,
implementação das ações, por projeto; (Incluído pela Lei nº
se o crime resulta de inobservância de regra técnica de
12.594, de 2012) (Vide)
profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
V - o total dos recursos recebidos e a respectiva destinação, imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
por projeto atendido, inclusive com cadastramento na base conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
de dados do Sistema de Informações sobre a Infância e a flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada
Adolescência; e (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de
catorze anos.
VI - a avaliação dos resultados dos projetos beneficiados
com recursos dos Fundos dos Direitos da Criança e do 2) Art. 129
Adolescente nacional, estaduais, distrital e
§ 7º Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer das
municipais. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
hipóteses do art. 121, § 4º.
§ 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.
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3) Art. 136
Lei nº 10.826/2003
§ 3º Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado
contra pessoa menor de catorze anos. Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas
4) Art. 213 de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas –
Sinarm, define crimes e dá outras providências.
Parágrafo único. Se a ofendida é menor de catorze anos:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Pena - reclusão de quatro a dez anos. Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
5) Art. 214 CAPÍTULO I
Parágrafo único. Se o ofendido é menor de catorze anos: DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS

Pena - reclusão de três a nove anos.» Art. 1º O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no
Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem
Art. 264. O art. 102 da Lei n.º 6.015, de 31 de dezembro de
circunscrição em todo o território nacional.
1973 , fica acrescido do seguinte item:
Art. 2º Ao Sinarm compete:
"Art. 102
I – identificar as características e a propriedade de armas de
6º) a perda e a suspensão do pátrio poder. "
fogo, mediante cadastro;
Art. 265. A Imprensa Nacional e demais gráficas da União,
II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e
da administração direta ou indireta, inclusive fundações
vendidas no País;
instituídas e mantidas pelo poder público federal
promoverão edição popular do texto integral deste III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as
Estatuto, que será posto à disposição das escolas e das renovações expedidas pela Polícia Federal;
entidades de atendimento e de defesa dos direitos da
IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio,
criança e do adolescente.
furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os
Art. 265-A. O poder público fará periodicamente ampla dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de
divulgação dos direitos da criança e do adolescente nos empresas de segurança privada e de transporte de valores;
meios de comunicação social. (Incluído pela Lei nº 13.257, de
V – identificar as modificações que alterem as características
2016)
ou o funcionamento de arma de fogo;
Parágrafo único. A divulgação a que se refere o caput será
VI – integrar no cadastro os acervos policiais já existentes;
veiculada em linguagem clara, compreensível e adequada a
crianças e adolescentes, especialmente às crianças com VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as
idade inferior a 6 (seis) anos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de vinculadas a procedimentos policiais e judiciais;
2016)
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como
Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua conceder licença para exercer a atividade;
publicação.
IX – cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas,
Parágrafo único. Durante o período de vacância deverão ser varejistas, exportadores e importadores autorizados de
promovidas atividades e campanhas de divulgação e armas de fogo, acessórios e munições;
esclarecimentos acerca do disposto nesta Lei.
X – cadastrar a identificação do cano da arma, as
Art. 267. Revogam-se as Leis n.º 4.513, de 1964 , e 6.697, de características das impressões de raiamento e de
10 de outubro de 1979 (Código de Menores), e as demais microestriamento de projétil disparado, conforme
disposições em contrário. marcação e testes obrigatoriamente realizados pelo
fabricante;
Brasília, 13 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º
da República. XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos
Estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de
FERNANDO COLLOR
porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem
Bernardo Cabral
como manter o cadastro atualizado para consulta.
Carlos Chiarelli
Antônio Magri Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam
Margarida Procópio as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, bem
como as demais que constem dos seus registros próprios.

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CAPÍTULO II comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas


DO REGISTRO características daquela a ser adquirida. (Incluído pela Lei
nº 11.706, de 2008)
Art. 3º É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão
competente. Art. 5º O certificado de Registro de Arma de Fogo, com
validade em todo o território nacional, autoriza o seu
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no
registradas no Comando do Exército, na forma do interior de sua residência ou domicílio, ou dependência
regulamento desta Lei. desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja
Art. 4º Para adquirir arma de fogo de uso permitido o ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou
interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, empresa. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de 2004)
atender aos seguintes requisitos: § 1º O certificado de registro de arma de fogo será expedido
I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de pela Polícia Federal e será precedido de autorização do
certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas Sinarm.
pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não § 2º Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art. 4º
estar respondendo a inquérito policial ou a processo deverão ser comprovados periodicamente, em período não
criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos; inferior a 3 (três) anos, na conformidade do estabelecido no
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) regulamento desta Lei, para a renovação do Certificado de
II – apresentação de documento comprobatório de Registro de Arma de Fogo.
ocupação lícita e de residência certa; § 3º O proprietário de arma de fogo com certificados de
III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão registro de propriedade expedido por órgão estadual ou do
psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na Distrito Federal até a data da publicação desta Lei que não
forma disposta no regulamento desta Lei. optar pela entrega espontânea prevista no art. 32 desta Lei
deverá renová-lo mediante o pertinente registro federal, até
§ 1º O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de o dia 31 de dezembro de 2008, ante a apresentação de
fogo após atendidos os requisitos anteriormente documento de identificação pessoal e comprovante de
estabelecidos, em nome do requerente e para a arma residência fixa, ficando dispensado do pagamento de taxas
indicada, sendo intransferível esta autorização. e do cumprimento das demais exigências constantes dos
§ 2º A aquisição de munição somente poderá ser feita no incisos I a III do caput do art. 4º desta Lei. (Redação dada
calibre correspondente à arma registrada e na quantidade pela Lei nº 11.706, de 2008) (Prorrogação de prazo)
estabelecida no regulamento desta Lei. (Redação dada § 4º Para fins do cumprimento do disposto no § 3º deste
pela Lei nº 11.706, de 2008) artigo, o proprietário de arma de fogo poderá obter, no
§ 3º A empresa que comercializar arma de fogo em território Departamento de Polícia Federal, certificado de registro
nacional é obrigada a comunicar a venda à autoridade provisório, expedido na rede mundial de computadores -
competente, como também a manter banco de dados com internet, na forma do regulamento e obedecidos os
todas as características da arma e cópia dos documentos procedimentos a seguir: (Redação dada pela Lei nº
previstos neste artigo. 11.706, de 2008)
§ 4º A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios I - emissão de certificado de registro provisório pela
e munições responde legalmente por essas mercadorias, internet, com validade inicial de 90 (noventa) dias; e
ficando registradas como de sua propriedade enquanto não (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
forem vendidas. II - revalidação pela unidade do Departamento de Polícia
§ 5º A comercialização de armas de fogo, acessórios e Federal do certificado de registro provisório pelo prazo que
munições entre pessoas físicas somente será efetivada estimar como necessário para a emissão definitiva do
mediante autorização do Sinarm. certificado de registro de propriedade. (Incluído pela Lei
nº 11.706, de 2008)
§ 6º A expedição da autorização a que se refere o § 1º será
concedida, ou recusada com a devida fundamentação, no § 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto
prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do no caput deste artigo, considera-se residência ou domicílio
requerimento do interessado. toda a extensão do respectivo imóvel rural. (Incluído
pela Lei nº 13.870, de 2019)
§ 7º O registro precário a que se refere o § 4º prescinde do
cumprimento dos requisitos dos incisos I, II e III deste artigo.
§ 8º Estará dispensado das exigências constantes do inciso
III do caput deste artigo, na forma do regulamento, o
interessado em adquirir arma de fogo de uso permitido que
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CAPÍTULO III propriedade particular ou fornecida pela respectiva


DO PORTE corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, nos
termos do regulamento desta Lei, com validade em âmbito
Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todo o nacional para aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI.
território nacional, salvo para os casos previstos em (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
legislação própria e para:
§ 1º-A (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008)
I – os integrantes das Forças Armadas;
§ 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e
II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e guardas prisionais poderão portar arma de fogo de
V do caput do art. 144 da Constituição Federal e os da Força propriedade particular ou fornecida pela respectiva
Nacional de Segurança Pública (FNSP); (Redação dada corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, desde que
pela Lei nº 13.500, de 2017) estejam: (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos I - submetidos a regime de dedicação exclusiva; (Incluído
Estados e dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos pela Lei nº 12.993, de 2014)
mil) habitantes, nas condições estabelecidas no
regulamento desta Lei; (Vide ADIN 5538) (Vide ADIN II - sujeitos à formação funcional, nos termos do
5948) regulamento; e (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)

IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle
com mais de 50.000 (cinqüenta mil) e menos de 500.000 interno. (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
(quinhentos mil) habitantes, quando em serviço; § 1º-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
(Redação dada pela Lei nº 10.867, de 2004) (Vide ADIN
5538) (Vide ADIN 5948) § 2º A autorização para o porte de arma de fogo aos
integrantes das instituições descritas nos incisos V, VI, VII e
V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de X do caput deste artigo está condicionada à comprovação
Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança do do requisito a que se refere o inciso III do caput do art. 4º
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da desta Lei nas condições estabelecidas no regulamento desta
República; (Vide Decreto nº 9.685, de 2019) Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, § 3º A autorização para o porte de arma de fogo das guardas
IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal; municipais está condicionada à formação funcional de seus
VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade
prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas policial, à existência de mecanismos de fiscalização e de
portuárias; controle interno, nas condições estabelecidas no
regulamento desta Lei, observada a supervisão do
VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de Ministério da Justiça. (Redação dada pela Lei nº 10.884,
valores constituídas, nos termos desta Lei; de 2004)
IX – para os integrantes das entidades de desporto § 4º Os integrantes das Forças Armadas, das polícias
legalmente constituídas, cujas atividades esportivas federais e estaduais e do Distrito Federal, bem como os
demandem o uso de armas de fogo, na forma do militares dos Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o
regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a direito descrito no art. 4º, ficam dispensados do
legislação ambiental. cumprimento do disposto nos incisos I, II e III do mesmo
X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal artigo, na forma do regulamento desta Lei.
do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de § 5º Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e
Auditor-Fiscal e Analista Tributário. (Redação dada pela cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma
Lei nº 11.501, de 2007) de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será
XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na
Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso
dos Estados, para uso exclusivo de servidores de seus permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de
quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde
funções de segurança, na forma de regulamento a ser que o interessado comprove a efetiva necessidade em
emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes
Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP. documentos: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
(Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) I - documento de identificação pessoal; (Incluído pela Lei
§ 1º As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput nº 11.706, de 2008)
deste artigo terão direito de portar arma de fogo de

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II - comprovante de residência em área rural; e (Incluído exercício de funções de segurança que poderão portar arma
pela Lei nº 11.706, de 2008) de fogo, respeitado o limite máximo de 50% (cinquenta por
cento) do número de servidores que exerçam funções de
III - atestado de bons antecedentes. (Incluído pela Lei nº
segurança. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
11.706, de 2008)
§ 3º O porte de arma pelos servidores das instituições de que
§ 6º O caçador para subsistência que der outro uso à sua
trata este artigo fica condicionado à apresentação de
arma de fogo, independentemente de outras tipificações
documentação comprobatória do preenchimento dos
penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por
requisitos constantes do art. 4º desta Lei, bem como à
disparo de arma de fogo de uso permitido. (Redação
formação funcional em estabelecimentos de ensino de
dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
atividade policial e à existência de mecanismos de
§ 7º Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios fiscalização e de controle interno, nas condições
que integram regiões metropolitanas será autorizado porte estabelecidas no regulamento desta Lei. (Incluído pela
de arma de fogo, quando em serviço. (Incluído pela Lei Lei nº 12.694, de 2012)
nº 11.706, de 2008)
§ 4º A listagem dos servidores das instituições de que trata
Art. 7º As armas de fogo utilizadas pelos empregados das este artigo deverá ser atualizada semestralmente no
empresas de segurança privada e de transporte de valores, Sinarm. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
constituídas na forma da lei, serão de propriedade,
§ 5º As instituições de que trata este artigo são obrigadas a
responsabilidade e guarda das respectivas empresas,
registrar ocorrência policial e a comunicar à Polícia Federal
somente podendo ser utilizadas quando em serviço,
eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de
devendo essas observar as condições de uso e de
armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua
armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo
guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de
o certificado de registro e a autorização de porte expedidos
ocorrido o fato. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
pela Polícia Federal em nome da empresa.
Art. 8º As armas de fogo utilizadas em entidades
§ 1º O proprietário ou diretor responsável de empresa de
desportivas legalmente constituídas devem obedecer às
segurança privada e de transporte de valores responderá
condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo
pelo crime previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei,
órgão competente, respondendo o possuidor ou o
sem prejuízo das demais sanções administrativas e civis, se
autorizado a portar a arma pela sua guarda na forma do
deixar de registrar ocorrência policial e de comunicar à
regulamento desta Lei.
Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de
extravio de armas de fogo, acessórios e munições que Art. 9º Compete ao Ministério da Justiça a autorização do
estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) porte de arma para os responsáveis pela segurança de
horas depois de ocorrido o fato. cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao
Comando do Exército, nos termos do regulamento desta
§ 2º A empresa de segurança e de transporte de valores
Lei, o registro e a concessão de porte de trânsito de arma de
deverá apresentar documentação comprobatória do
fogo para colecionadores, atiradores e caçadores e de
preenchimento dos requisitos constantes do art. 4º desta
representantes estrangeiros em competição internacional
Lei quanto aos empregados que portarão arma de fogo.
oficial de tiro realizada no território nacional.
§ 3º A listagem dos empregados das empresas referidas
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso
neste artigo deverá ser atualizada semestralmente junto ao
permitido, em todo o território nacional, é de competência
Sinarm.
da Polícia Federal e somente será concedida após
Art. 7º-A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das autorização do Sinarm.
instituições descritas no inciso XI do art. 6º serão de
§ 1º A autorização prevista neste artigo poderá ser
propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas
concedida com eficácia temporária e territorial limitada, nos
instituições, somente podendo ser utilizadas quando em
termos de atos regulamentares, e dependerá de o
serviço, devendo estas observar as condições de uso e de
requerente:
armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo
o certificado de registro e a autorização de porte expedidos I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de
pela Polícia Federal em nome da instituição. (Incluído atividade profissional de risco ou de ameaça à sua
pela Lei nº 12.694, de 2012) integridade física;
§ 1º A autorização para o porte de arma de fogo de que trata II – atender às exigências previstas no art. 4º desta Lei;
este artigo independe do pagamento de taxa. (Incluído
III – apresentar documentação de propriedade de arma de
pela Lei nº 12.694, de 2012)
fogo, bem como o seu devido registro no órgão
§ 2º O presidente do tribunal ou o chefe do Ministério competente.
Público designará os servidores de seus quadros pessoais no
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§ 2º A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do
artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso o estabelecimento ou empresa:
portador dela seja detido ou abordado em estado de
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou
alucinógenas. Omissão de cautela
Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para
constantes do Anexo desta Lei, pela prestação de serviços impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa
relativos: portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo
que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
I – ao registro de arma de fogo;
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
II – à renovação de registro de arma de fogo;
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário
III – à expedição de segunda via de registro de arma de fogo;
ou diretor responsável de empresa de segurança e
IV – à expedição de porte federal de arma de fogo; transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência
policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo
V – à renovação de porte de arma de fogo;
ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou
VI – à expedição de segunda via de porte federal de arma de munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24
fogo. (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.
§ 1º Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e à Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
manutenção das atividades do Sinarm, da Polícia Federal e
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em
do Comando do Exército, no âmbito de suas respectivas
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
responsabilidades.
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou
§ 2º São isentas do pagamento das taxas previstas neste ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso
artigo as pessoas e as instituições a que se referem os incisos permitido, sem autorização e em desacordo com
I a VII e X e o § 5º do art. 6º desta Lei. (Redação dada pela determinação legal ou regulamentar:
Lei nº 11.706, de 2008)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 11-A. O Ministério da Justiça disciplinará a forma e as
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é
condições do credenciamento de profissionais pela Polícia
inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada
Federal para comprovação da aptidão psicológica e da
em nome do agente. (Vide Adin 3.112-1)
capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo.
(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) Disparo de arma de fogo
§ 1º Na comprovação da aptidão psicológica, o valor Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar
cobrado pelo psicólogo não poderá exceder ao valor médio habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
dos honorários profissionais para realização de avaliação direção a ela, desde que essa conduta não tenha como
psicológica constante do item 1.16 da tabela do Conselho finalidade a prática de outro crime:
Federal de Psicologia. (Incluído pela Lei nº 11.706, de
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
2008)
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é
§ 2º Na comprovação da capacidade técnica, o valor
inafiançável. (Vide Adin 3.112-1)
cobrado pelo instrutor de armamento e tiro não poderá
exceder R$ 80,00 (oitenta reais), acrescido do custo da Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
munição. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter
§ 3º A cobrança de valores superiores aos previstos nos §§ 1º em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
e 2º deste artigo implicará o descredenciamento do emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou
profissional pela Polícia Federal. (Incluído pela Lei nº ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito,
11.706, de 2008) sem autorização e em desacordo com determinação legal
ou regulamentar: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
CAPÍTULO IV
2019)
DOS CRIMES E DAS PENAS
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, Lei nº 13.964, de 2019)
acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, no interior de sua I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal
residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de de identificação de arma de fogo ou artefato;
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II – modificar as características de arma de fogo, de forma a a agente policial disfarçado, quando presentes elementos
torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.
restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou
ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com munição forem de uso proibido ou restrito.
determinação legal ou regulamentar;
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma pena é aumentada da metade se: (Redação dada pela Lei
de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de nº 13.964, de 2019)
identificação raspado, suprimido ou adulterado;
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou (Incluído pela
arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou Lei nº 13.964, de 2019)
adolescente; e
II - o agente for reincidente específico em crimes dessa
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, natureza. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo insuscetíveis de liberdade provisória. (Vide Adin 3.112-1)
envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de
CAPÍTULO V
reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei
DISPOSIÇÕES GERAIS
nº 13.964, de 2019)
Comércio ilegal de arma de fogo Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios
com os Estados e o Distrito Federal para o cumprimento do
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, disposto nesta Lei.
ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar,
adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a
utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de definição das armas de fogo e demais produtos controlados,
atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de
ou munição, sem autorização ou em desacordo com valor histórico serão disciplinadas em ato do chefe do Poder
determinação legal ou regulamentar: Executivo Federal, mediante proposta do Comando do
Exército. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 1º Todas as munições comercializadas no País deverão
estar acondicionadas em embalagens com sistema de
§ 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para código de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a
efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de identificação do fabricante e do adquirente, entre outras
serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, informações definidas pelo regulamento desta Lei.
inclusive o exercido em residência. (Redação dada pela Lei
nº 13.964, de 2019) § 2º Para os órgãos referidos no art. 6º, somente serão
expedidas autorizações de compra de munição com
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma identificação do lote e do adquirente no culote dos projéteis,
de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em na forma do regulamento desta Lei.
desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a
agente policial disfarçado, quando presentes elementos § 3º As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. data de publicação desta Lei conterão dispositivo intrínseco
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) de segurança e de identificação, gravado no corpo da arma,
definido pelo regulamento desta Lei, exclusive para os
Tráfico internacional de arma de fogo órgãos previstos no art. 6º.
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do § 4º As instituições de ensino policial e as guardas
território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, municipais referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6º
acessório ou munição, sem autorização da autoridade desta Lei e no seu § 7º poderão adquirir insumos e máquinas
competente: de recarga de munição para o fim exclusivo de suprimento
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa. de suas atividades, mediante autorização concedida nos
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) termos definidos em regulamento. (Incluído pela Lei nº
11.706, de 2008)
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou
entrega arma de fogo, acessório ou munição, em operação Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º
de importação, sem autorização da autoridade competente, desta Lei, compete ao Comando do Exército autorizar e

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fiscalizar a produção, exportação, importação, Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os


desembaraço alfandegário e o comércio de armas de fogo e simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à
demais produtos controlados, inclusive o registro e o porte coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo
de trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e Comando do Exército.
caçadores.
Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar,
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso
laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais restrito.
interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às
juiz competente ao Comando do Exército, no prazo de até
aquisições dos Comandos Militares.
48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos
órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos
forma do regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das
nº 13.886, de 2019) entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do
caput do art. 6º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº
§ 1º As armas de fogo encaminhadas ao Comando do
11.706, de 2008)
Exército que receberem parecer favorável à doação,
obedecidos o padrão e a dotação de cada Força Armada ou Art. 29. As autorizações de porte de armas de fogo já
órgão de segurança pública, atendidos os critérios de concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) dias após a
prioridade estabelecidos pelo Ministério da Justiça e ouvido publicação desta Lei. (Vide Lei nº 10.884, de 2004)
o Comando do Exército, serão arroladas em relatório
Parágrafo único. O detentor de autorização com prazo de
reservado trimestral a ser encaminhado àquelas
validade superior a 90 (noventa) dias poderá renová-la,
instituições, abrindo-se-lhes prazo para manifestação de
perante a Polícia Federal, nas condições dos arts. 4º, 6º e 10
interesse. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
desta Lei, no prazo de 90 (noventa) dias após sua
§ 1º-A. As armas de fogo e munições apreendidas em publicação, sem ônus para o requerente.
decorrência do tráfico de drogas de abuso, ou de qualquer
Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma de fogo de
forma utilizadas em atividades ilícitas de produção ou
uso permitido ainda não registrada deverão solicitar seu
comercialização de drogas abusivas, ou, ainda, que tenham
registro até o dia 31 de dezembro de 2008, mediante
sido adquiridas com recursos provenientes do tráfico de
apresentação de documento de identificação pessoal e
drogas de abuso, perdidas em favor da União e
comprovante de residência fixa, acompanhados de nota
encaminhadas para o Comando do Exército, devem ser,
fiscal de compra ou comprovação da origem lícita da posse,
após perícia ou vistoria que atestem seu bom estado,
pelos meios de prova admitidos em direito, ou declaração
destinadas com prioridade para os órgãos de segurança
firmada na qual constem as características da arma e a sua
pública e do sistema penitenciário da unidade da federação
condição de proprietário, ficando este dispensado do
responsável pela apreensão. (Incluído pela Lei nº 13.886,
pagamento de taxas e do cumprimento das demais
de 2019)
exigências constantes dos incisos I a III do caput do art. 4º
§ 2º O Comando do Exército encaminhará a relação das desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
armas a serem doadas ao juiz competente, que determinará (Prorrogação de prazo)
o seu perdimento em favor da instituição beneficiada.
Parágrafo único. Para fins do cumprimento do disposto no
(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
caput deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá
§ 3º O transporte das armas de fogo doadas será de obter, no Departamento de Polícia Federal, certificado de
responsabilidade da instituição beneficiada, que procederá registro provisório, expedido na forma do § 4º do art. 5º
ao seu cadastramento no Sinarm ou no Sigma. (Incluído desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 31. Os possuidores e proprietários de armas de fogo
§ 4º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) adquiridas regularmente poderão, a qualquer tempo,
entregá-las à Polícia Federal, mediante recibo e
§ 5º O Poder Judiciário instituirá instrumentos para o
indenização, nos termos do regulamento desta Lei.
encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se trate
de arma de uso permitido ou de uso restrito, Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma de fogo
semestralmente, da relação de armas acauteladas em juízo, poderão entregá-la, espontaneamente, mediante recibo, e,
mencionando suas características e o local onde se presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na forma do
encontram. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual
posse irregular da referida arma. (Redação dada pela Lei
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a
nº 11.706, de 2008)
comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e
simulacros de armas de fogo, que com estas se possam Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008)
confundir.
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Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) CAPÍTULO VI
a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme especificar DISPOSIÇÕES FINAIS
o regulamento desta Lei:
Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e
I – à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, munição em todo o território nacional, salvo para as
marítimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente, por entidades previstas no art. 6º desta Lei.
qualquer meio, faça, promova, facilite ou permita o
transporte de arma ou munição sem a devida autorização ou § 1º Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de
com inobservância das normas de segurança; aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em
outubro de 2005.
II – à empresa de produção ou comércio de armamentos que
realize publicidade para venda, estimulando o uso § 2º Em caso de aprovação do referendo popular, o disposto
indiscriminado de armas de fogo, exceto nas publicações neste artigo entrará em vigor na data de publicação de seu
especializadas. resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com Art. 36. É revogada a Lei no 9.437, de 20 de fevereiro de
aglomeração superior a 1000 (um mil) pessoas, adotarão, 1997.
sob pena de responsabilidade, as providências necessárias Art. 37. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
para evitar o ingresso de pessoas armadas, ressalvados os
eventos garantidos pelo inciso VI do art. 5º da Constituição Brasília, 22 de dezembro de 2003; 182º da Independência e
Federal. 115º da República.

Parágrafo único. As empresas responsáveis pela prestação LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
dos serviços de transporte internacional e interestadual de Márcio Thomaz Bastos
passageiros adotarão as providências necessárias para
evitar o embarque de passageiros armados. José Viegas Filho

Art. 34-A. Os dados relacionados à coleta de registros Marina Silva


balísticos serão armazenados no Banco Nacional de Perfis ANEXO
Balísticos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 1º O Banco Nacional de Perfis Balísticos tem como objetivo TABELA DE TAXAS
cadastrar armas de fogo e armazenar características de
classe e individualizadoras de projéteis e de estojos de ATO ADMINISTRATIVO R$
munição deflagrados por arma de fogo. (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019) I - Registro de arma de fogo:
§ 2º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será constituído
pelos registros de elementos de munição deflagrados por - até 31 de dezembro de 2008 Gratuito
armas de fogo relacionados a crimes, para subsidiar ações
destinadas às apurações criminais federais, estaduais e (art. 30)
distritais. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
- a partir de 1o de janeiro de 2009 60,00
§ 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será gerido pela
unidade oficial de perícia criminal. (Incluído pela Lei nº
II - Renovação do certificado de registro de
13.964, de 2019)
arma de fogo:
§ 4º Os dados constantes do Banco Nacional de Perfis
Gratuito
Balísticos terão caráter sigiloso, e aquele que permitir ou
promover sua utilização para fins diversos dos previstos
(art. 5o, §
nesta Lei ou em decisão judicial responderá civil, penal e - até 31 de dezembro de 2008
3 o)
administrativamente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
§ 5º É vedada a comercialização, total ou parcial, da base de 60,00
- a partir de 1o de janeiro de 2009
dados do Banco Nacional de Perfis Balísticos. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - Registro de arma de fogo para empresa 60,00
§ 6º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional de de segurança privada e de transporte
Perfis Balísticos serão regulamentados em ato do Poder
Executivo federal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) de valores

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III - o fato investigado constituir infração penal punida, no


IV - Renovação do certificado de registro de
máximo, com pena de detenção.
arma de fogo para empresa de
Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita
segurança privada e de transporte de com clareza a situação objeto da investigação, inclusive com
valores: a indicação e qualificação dos investigados, salvo
impossibilidade manifesta, devidamente justificada.
Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas
poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou a
- até 30 de junho de 2008 30,00
requerimento:
I - da autoridade policial, na investigação criminal;
II - do representante do Ministério Público, na investigação
criminal e na instrução processual penal.
- de 1o de julho de 2008 a 31 de outubro de 45,00 Art. 4° O pedido de interceptação de comunicação
2008 telefônica conterá a demonstração de que a sua realização é
necessária à apuração de infração penal, com indicação dos
meios a serem empregados.
§ 1° Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que o pedido
- a partir de 1o de novembro de 2008 60,00 seja formulado verbalmente, desde que estejam presentes
os pressupostos que autorizem a interceptação, caso em
V - Expedição de porte de arma de fogo 1.000,00 que a concessão será condicionada à sua redução a termo.

VI - Renovação de porte de arma de fogo 1.000,00 § 2° O juiz, no prazo máximo de vinte e quatro horas,
decidirá sobre o pedido.
VII - Expedição de segunda via de Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade,
60,00
certificado de registro de arma de fogo indicando também a forma de execução da diligência, que
não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por
VIII - Expedição de segunda via de porte de igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do
60,00
arma de fogo meio de prova.
Art. 6° Deferido o pedido, a autoridade policial conduzirá os
Lei nº 9.296/1996 procedimentos de interceptação, dando ciência ao
Ministério Público, que poderá acompanhar a sua
Regulamenta o inciso XII, parte final, do art. 5° da realização.
Constituição Federal. § 1° No caso de a diligência possibilitar a gravação da
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o comunicação interceptada, será determinada a sua
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: transcrição.

Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de § 2° Cumprida a diligência, a autoridade policial


qualquer natureza, para prova em investigação criminal e encaminhará o resultado da interceptação ao juiz,
em instrução processual penal, observará o disposto nesta acompanhado de auto circunstanciado, que deverá conter o
Lei e dependerá de ordem do juiz competente da ação resumo das operações realizadas.
principal, sob segredo de justiça. § 3° Recebidos esses elementos, o juiz determinará a
Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à providência do art. 8° , ciente o Ministério Público.
interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de Art. 7° Para os procedimentos de interceptação de que trata
informática e telemática. esta Lei, a autoridade policial poderá requisitar serviços e
Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações técnicos especializados às concessionárias de serviço
telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes público.
hipóteses: Art. 8° A interceptação de comunicação telefônica, de
I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação qualquer natureza, ocorrerá em autos apartados, apensados
em infração penal; aos autos do inquérito policial ou do processo criminal,
preservando-se o sigilo das diligências, gravações e
II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis; transcrições respectivas.

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Parágrafo único. A apensação somente poderá ser realizada caput deste artigo com objetivo não autorizado em lei.
imediatamente antes do relatório da autoridade, quando se (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019)
tratar de inquérito policial (Código de Processo Penal,
Art. 10-A. Realizar captação ambiental de sinais
art.10, § 1°) ou na conclusão do processo ao juiz para o
eletromagnéticos, ópticos ou acústicos para investigação ou
despacho decorrente do disposto nos arts. 407, 502 ou 538
instrução criminal sem autorização judicial, quando esta for
do Código de Processo Penal.
exigida: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 8º-A. Para investigação ou instrução criminal, poderá
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
ser autorizada pelo juiz, a requerimento da autoridade
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
policial ou do Ministério Público, a captação ambiental de
sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos, quando: § 1º Não há crime se a captação é realizada por um dos
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) interlocutores. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - a prova não puder ser feita por outros meios disponíveis e § 2º A pena será aplicada em dobro ao funcionário público
igualmente eficazes; e (Incluído pela Lei nº 13.964, de que descumprir determinação de sigilo das investigações
2019) que envolvam a captação ambiental ou revelar o conteúdo
das gravações enquanto mantido o sigilo judicial. (Incluído
II - houver elementos probatórios razoáveis de autoria e
pela Lei nº 13.964, de 2019)
participação em infrações criminais cujas penas máximas
sejam superiores a 4 (quatro) anos ou em infrações penais Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
conexas. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 12. Revogam-se as disposições em contrário.
§ 1º O requerimento deverá descrever
Brasília, 24 de julho de 1996; 175º da Independência e 108º
circunstanciadamente o local e a forma de instalação do
da República.
dispositivo de captação ambiental. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Nelson A. Jobim
§ 3º A captação ambiental não poderá exceder o prazo de 15
(quinze) dias, renovável por decisão judicial por iguais Lei nº 4.737/1965
períodos, se comprovada a indispensabilidade do meio de
prova e quando presente atividade criminal permanente, Institui o Código Eleitoral.
habitual ou continuada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que sanciono a
2019) seguinte Lei, aprovada pelo Congresso Nacional, nos termos
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) do art. 4º, caput, do Ato Institucional, de 9 de abril de 1964.

§ 5º Aplicam-se subsidiariamente à captação ambiental as PARTE PRIMEIRA


regras previstas na legislação específica para a INTRODUÇÃO
interceptação telefônica e telemática. (Incluído pela Lei Art. 1º Este Código contém normas destinadas a assegurar
nº 13.964, de 2019) a organização e o exercício de direitos políticos
Art. 9° A gravação que não interessar à prova será inutilizada precipuamente os de votar e ser votado.
por decisão judicial, durante o inquérito, a instrução Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá
processual ou após esta, em virtude de requerimento do Instruções para sua fiel execução.
Ministério Público ou da parte interessada.
Art. 2º Todo poder emana do povo e será exercido em seu
Parágrafo único. O incidente de inutilização será assistido nome, por mandatários escolhidos, direta e secretamente,
pelo Ministério Público, sendo facultada a presença do dentre candidatos indicados por partidos políticos
acusado ou de seu representante legal. nacionais, ressalvada a eleição indireta nos casos previstos
Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de na Constituição e leis específicas.
comunicações telefônicas, de informática ou telemática, Art. 3º Qualquer cidadão pode pretender investidura em
promover escuta ambiental ou quebrar segredo da Justiça, cargo eletivo, respeitadas as condições constitucionais e
sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados legais de elegibilidade e incompatibilidade.
em lei: (Redação dada pela Lei nº 13.869. de 2019)
Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de 18 anos que se
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. alistarem na forma da lei .(Vide art 14 da Constituição
(Redação dada pela Lei nº 13.869. de 2019) Federal)
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:
judicial que determina a execução de conduta prevista no

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I - os analfabetos; (Vide art. 14, § 1º, II, "a", da V - obter passaporte ou carteira de identidade;
Constituição/88)
VI - renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial
II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional; ou fiscalizado pelo governo;
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente VII - praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do
dos direitos políticos. serviço militar ou imposto de renda.
Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que § 2º Os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 18
oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes anos, salvo os excetuados nos arts. 5º e 6º, nº 1, sem prova
ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de de estarem alistados não poderão praticar os atos
ensino superior para formação de oficiais. relacionados no parágrafo anterior.
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os § 3º Realizado o alistamento eleitoral pelo processo
brasileiros de um e outro sexo, salvo: eletrônico de dados, será cancelada a inscrição do eleitor
que não votar em 3 (três) eleições consecutivas, não pagar a
I - quanto ao alistamento:
multa ou não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a contar
a) os inválidos; da data da última eleição a que deveria ter
comparecido. (Incluído pela Lei nº 7.663, de 1988)
b) os maiores de setenta anos;
§ 4o O disposto no inciso V do § 1o não se aplica ao eleitor no
c) os que se encontrem fora do país.
exterior que requeira novo passaporte para identificação e
II - quanto ao voto: retorno ao Brasil. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
a) os enfermos; Art. 8º O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou
o naturalizado que não se alistar até um ano depois de
b) os que se encontrem fora do seu domicílio;
adquirida a nacionalidade brasileira, incorrerá na multa de 3
c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os (três) a 10 (dez) por cento sobre o valor do salário-mínimo da
impossibilite de votar. região, imposta pelo juiz e cobrada no ato da inscrição
eleitoral através de selo federal inutilizado no próprio
Art. 7º O eleitor que deixar de votar e não se justificar
requerimento. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de
perante o juiz eleitoral até 30 (trinta) dias após a realização
1966) (Vide Lei nº 5.337,1967) (Vide Lei nº 5.780, de
da eleição, incorrerá na multa de 3 (três) a 10 (dez) por cento
1972) (Vide Lei nº 6.018, de 1974) (Vide Lei nº 6.319, de
sobre o salário-mínimo da região, imposta pelo juiz eleitoral
1976) (Vide Lei nº 7.373, de 1985)
e cobrada na forma prevista no art. 367. (Redação dada
pela Lei nº 4.961, de 1966) Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que
requerer sua inscrição eleitoral até o centésimo primeiro dia
§ 1º Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a
anterior à eleição subseqüente à data em que completar
respectiva multa ou de que se justificou devidamente, não
dezenove anos. (Incluído pela Lei nº 9.041, de 1995)
poderá o eleitor:
Art. 9º Os responsáveis pela inobservância do disposto nos
I - inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função
arts. 7º e 8º incorrerão na multa de 1 (um) a 3 (três) salários-
pública, investir-se ou empossar-se neles;
mínimos vigentes na zona eleitoral ou de suspensão
II - receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos disciplinar até 30 (trinta) dias.
de função ou emprego público, autárquico ou para estatal,
Art. 10. O juiz eleitoral fornecerá aos que não votarem por
bem como fundações governamentais, empresas, institutos
motivo justificado e aos não alistados nos termos dos
e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou
artigos 5º e 6º, nº 1, documento que os isente das sanções
subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço
legais.
público delegado, correspondentes ao segundo mês
subsequente ao da eleição; Art. 11. O eleitor que não votar e não pagar a multa, se se
encontrar fora de sua zona e necessitar documento de
III - participar de concorrência pública ou administrativa da
quitação com a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o
União, dos Estados, dos Territórios, do Distrito Federal ou
pagamento perante o Juízo da zona em que estiver.
dos Municípios, ou das respectivas autarquias;
§ 1º A multa será cobrada no máximo previsto, salvo se o
IV - obter empréstimos nas autarquias, sociedades de
eleitor quiser aguardar que o juiz da zona em que se
economia mista, caixas econômicas federais ou estaduais,
encontrar solicite informações sobre o arbitramento ao
nos institutos e caixas de previdência social, bem como em
Juízo da inscrição.
qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo,
ou de cuja administração este participe, e com essas §. 2º Em qualquer das hipóteses, efetuado o pagamento
entidades celebrar contratos; través de selos federais inutilizados no próprio
requerimento, o juiz que recolheu a multa comunicará o fato
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ao da zona de inscrição e fornecerá ao requerente a) de três juizes, dentre os Ministros do Supremo Tribunal
comprovante do pagamento. Federal; e (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)
PARTE SEGUNDA b) de dois juizes, dentre os membros do Tribunal Federal de
DOS ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL Recursos; (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)

Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral: II - por nomeação do Presidente da República, de dois entre
seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade
I - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. (Redação
República e jurisdição em todo o País; dada pela Lei nº 7.191, de 1984)
II - um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no § 1º - Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral
Distrito Federal e, mediante proposta do Tribunal Superior, cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por
na Capital de Território; afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou
III - juntas eleitorais; ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido
por último. (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)
IV - juizes eleitorais.
§ 2º - A nomeação de que trata o inciso II deste artigo não
Art. 13. O número de juizes dos Tribunais Regionais não será poderá recair em cidadão que ocupe cargo público de que
reduzido, mas poderá ser elevado até nove, mediante seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou
proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida. sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilegio,
Art. 14. Os juizes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo isenção ou favor em virtude de contrato com a
justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e administração pública; ou que exerça mandato de caráter
nunca por mais de dois biênios consecutivos. político, federal, estadual ou municipal. (Redação dada
pela Lei nº 7.191, de 1984)
§ 1º Os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o
desconto de qualquer afastamento nem mesmo o Art. 17. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá para seu
decorrente de licença, férias, ou licença especial, salvo no presidente um dos ministros do Supremo Tribunal Federal,
caso do § 3º. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) cabendo ao outro a vice-presidência, e para Corregedor
Geral da Justiça Eleitoral um dos seus membros.
§ 2º Os juizes afastados por motivo de licença férias e licença
especial, de suas funções na Justiça comum, ficarão § 1º As atribuições do Corregedor Geral serão fixadas pelo
automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo Tribunal Superior Eleitoral.
correspondente exceto quando com períodos de férias § 2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor Geral
coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou se locomoverá para os Estados e Territórios nos seguintes
encerramento de alistamento. (Incluído pela Lei nº 4.961, casos:
de 1966)
I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral;
§ 3o Da homologação da respectiva convenção partidária
até a diplomação e nos feitos decorrentes do processo II - a pedido dos Tribunais Regionais Eleitorais;
eleitoral, não poderão servir como juízes nos Tribunais III - a requerimento de Partido deferido pelo Tribunal
Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente Superior Eleitoral;
consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a
cargo eletivo registrado na circunscrição.(Redação dada IV - sempre que entender necessário.
pela Lei nº 13.165, de 2015) § 3º Os provimentos emanados da Corregedoria Geral
§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar- vinculam os Corregedores Regionais, que lhes devem dar
se-ão as mesmas formalidades indispensáveis à primeira imediato e preciso cumprimento.
investidura. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) Art. 18. Exercerá as funções de Procurador Geral, junto ao
Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais Tribunal Superior Eleitoral, o Procurador Geral da
Eleitorais serão escolhidos, na mesma ocasião e pelo República, funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu
mesmo processo, em número igual para cada categoria. substituto legal.

TÍTULO I Parágrafo único. O Procurador Geral poderá designar outros


DO TRIBUNAL SUPERIOR membros do Ministério Público da União, com exercício no
Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções,
Art. 16. Compõe-se o Tribunal Superior Eleitoral: (Redação para auxiliá-lo junto ao Tribunal Superior Eleitoral, onde não
dada pela Lei nº 7.191, de 1984) poderão ter assento.
I - mediante eleição, pelo voto secreto: (Redação dada pela
Lei nº 7.191, de 1984)

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Art. 19. O Tribunal Superior delibera por maioria de votos, ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério
em sessão pública, com a presença da maioria de seus Público ou parte legitimamente interessada. (Redação
membros. dada pela Lei nº 4.961, de 1966)
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior, assim na i) as reclamações contra os seus próprios juizes que, no
interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e prazo de trinta dias a contar da conclusão, não houverem
cassação de registro de partidos políticos, como sobre julgado os feitos a eles distribuídos. (Incluído pela Lei nº
quaisquer recursos que importem anulação geral de eleições 4.961, de 1966)
ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a
j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que
presença de todos os seus membros. Se ocorrer
intentada dentro de cento e vinte dias de decisão
impedimento de algum juiz, será convocado o substituto ou
irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo
o respectivo suplente.
até o seu trânsito em julgado. (Incluído pela LCP nº 86, de
Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer interessado 1996) (Produção de efeito)
poderá argüir a suspeição ou impedimento dos seus
II - julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais
membros, do Procurador Geral ou de funcionários de sua
Regionais nos termos do Art. 276 inclusive os que versarem
Secretaria, nos casos previstos na lei processual civil ou
matéria administrativa.
penal e por motivo de parcialidade partidária, mediante o
processo previsto em regimento. Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são
irrecorrível, salvo nos casos do Art. 281.
Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o
excipiente a provocar ou, depois de manifestada a causa, Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal
praticar ato que importe aceitação do argüido. Superior,
Art. 21 Os Tribunais e juizes inferiores devem dar imediato I - elaborar o seu regimento interno;
cumprimento às decisões, mandados, instruções e outros
II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral,
atos emanados do Tribunal Superior Eleitoral.
propondo ao Congresso Nacional a criação ou extinção dos
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: cargos administrativos e a fixação dos respectivos
vencimentos, provendo-os na forma da lei;
I - Processar e julgar originariamente:
III - conceder aos seus membros licença e férias assim como
a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos,
afastamento do exercício dos cargos efetivos;
dos seus diretórios nacionais e de candidatos à Presidência
e vice-presidência da República; IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos
dos juizes dos Tribunais Regionais Eleitorais;
b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e
juizes eleitorais de Estados diferentes; V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de
qualquer dos Territórios;
c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao
Procurador Geral e aos funcionários da sua Secretaria; VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos
juizes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma
d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos
desse aumento;
cometidos pelos seus próprios juizes e pelos juizes dos
Tribunais Regionais; VII - fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-
Presidente da República, senadores e deputados federais,
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria
quando não o tiverem sido por lei:
eleitoral, relativos a atos do Presidente da República, dos
Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a
habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a criação de novas zonas;
violência antes que o juiz competente possa prover sobre a
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à
impetração; (Vide suspensão de execução pela RSF nº 132,
execução deste Código;
de 1984)
X - fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos
Regionais e auxiliares em diligência fora da sede;
partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração
da origem dos seus recursos; XI - enviar ao Presidente da República a lista tríplice
organizada pelos Tribunais de Justiça nos termos do ar. 25;
g) as impugnações á apuração do resultado geral,
proclamação dos eleitos e expedição de diploma na eleição XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe
de Presidente e Vice-Presidente da República; forem feitas em tese por autoridade com jurisdição, federal
ou órgão nacional de partido político;
h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos
nos Tribunais Regionais dentro de trinta dias da conclusão
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XIII - autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras II - do juiz federal e, havendo mais de um, do que for
nos Estados em que essa providência for solicitada pelo escolhido pelo Tribunal Federal de Recursos; e (Redação
Tribunal Regional respectivo; dada pela Lei nº 7.191, de 1984)
XIV - requisitar a força federal necessária ao cumprimento III - por nomeação do Presidente da República de dois dentre
da lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos seis cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral,
Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a indicados pelo Tribunal de Justiça. (Incluído pela Lei nº
votação e a apuração; (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 7.191, de 1984)
1966)
Art. 26. O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal
XV - organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência; Regional serão eleitos por este dentre os três
desembargadores do Tribunal de Justiça; o terceiro
XVI - requisitar funcionários da União e do Distrito Federal
desembargador será o Corregedor Regional da Justiça
quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço de sua
Eleitoral.
Secretaria;
§ 1º As atribuições do Corregedor Regional serão fixadas
XVII - publicar um boletim eleitoral;
pelo Tribunal Superior Eleitoral e, em caráter supletivo ou
XVIII - tomar quaisquer outras providências que julgar complementar, pelo Tribunal Regional Eleitoral perante o
convenientes à execução da legislação eleitoral. qual servir.
Art. 24. Compete ao Procurador Geral, como Chefe do § 2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor
Ministério Público Eleitoral; Regional se locomoverá para as zonas eleitorais nos
seguintes casos:
I - assistir às sessões do Tribunal Superior e tomar parte nas
discussões; I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral ou do
Tribunal Regional Eleitoral;
II - exercer a ação pública e promovê-la até final, em todos
os feitos de competência originária do Tribunal; II - a pedido dos juizes eleitorais;
III - oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal; III - a requerimento de Partido, deferido pelo Tribunal
Regional;
IV - manifestar-se, por escrito ou oralmente, em todos os
assuntos submetidos à deliberação do Tribunal, quando IV - sempre que entender necessário.
solicitada sua audiência por qualquer dos juizes, ou por
Art. 27. Servirá como Procurador Regional junto a cada
iniciativa sua, se entender necessário;
Tribunal Regional Eleitoral o Procurador da República no
V - defender a jurisdição do Tribunal; respectivo Estado e, onde houver mais de um, aquele que
for designado pelo Procurador Geral da República.
VI - representar ao Tribunal sobre a fiel observância das leis
eleitorais, especialmente quanto à sua aplicação uniforme § 1º No Distrito Federal, serão as funções de Procurador
em todo o País; Regional Eleitoral exercidas pelo Procurador Geral da
Justiça do Distrito Federal.
VII - requisitar diligências, certidões e esclarecimentos
necessários ao desempenho de suas atribuições; § 2º Substituirá o Procurador Regional, em suas faltas ou
impedimentos, o seu substituto legal.
VIII - expedir instruções aos órgãos do Ministério Público
junto aos Tribunais Regionais; § 3º Compete aos Procuradores Regionais exercer, perante
os Tribunais junto aos quais servirem, as atribuições do
IX - acompanhar, quando solicitado, o Corregedor Geral,
Procurador Geral.
pessoalmente ou por intermédio de Procurador que
designe, nas diligências a serem realizadas. § 4º Mediante prévia autorização do Procurador Geral,
podendo os Procuradores Regionais requisitar, para auxiliá-
TÍTULO II
los nas suas funções, membros do Ministério Público local,
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS
não tendo estes, porém, assento nas sessões do Tribunal.
Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se- Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberam por maioria de
ão:(Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984) votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus
I - mediante eleição, pelo voto secreto: (Redação dada pela membros.
Lei nº 7.191, de 1984) § 1º No caso de impedimento e não existindo quorum, será
a) de dois juizes, dentre os desembargadores do Tribunal de o membro do Tribunal substituído por outro da mesma
Justiça; (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984) categoria, designado na forma prevista na Constituição.
b) de dois juizes de direito, escolhidos pelo Tribunal de § 2º Perante o Tribunal Regional, e com recurso voluntário
Justiça; (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984) para o Tribunal Superior qualquer interessado poderá argüir
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a suspeição dos seus membros, do Procurador Regional, ou Parágrafo único. As decisões dos Tribunais Regionais são
de funcionários da sua Secretaria, assim como dos juizes e irrecorríveis, salvo nos casos do Art. 276.
escrivães eleitorais, nos casos previstos na lei processual
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais
civil e por motivo de parcialidade partidária, mediante o
Regionais:
processo previsto em regimento.
I - elaborar o seu regimento interno;
§ 3º No caso previsto no parágrafo anterior será observado
o disposto no parágrafo único do art. 20. (Incluído pela II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional
Lei nº 4.961, de 1966) provendo-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao
Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior a
§ 4o As decisões dos Tribunais Regionais sobre quaisquer
criação ou supressão de cargos e a fixação dos respectivos
ações que importem cassação de registro, anulação geral de
vencimentos;
eleições ou perda de diplomas somente poderão ser
tomadas com a presença de todos os seus III - conceder aos seus membros e aos juizes eleitorais
membros. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015) licença e férias, assim como afastamento do exercício dos
cargos efetivos submetendo, quanto aqueles, a decisão à
§ 5o No caso do § 4o, se ocorrer impedimento de algum juiz,
aprovação do Tribunal Superior Eleitoral;
será convocado o suplente da mesma classe. (Incluído pela
Lei nº 13.165, de 2015) IV - fixar a data das eleições de Governador e Vice-
Governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos
Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais:
, vereadores e juizes de paz, quando não determinada por
I - processar e julgar originariamente: disposição constitucional ou legal;
a) o registro e o cancelamento do registro dos diretórios V - constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede
estaduais e municipais de partidos políticos, bem como de e jurisdição;
candidatos a Governador, Vice-Governadores, e membro do
VI - indicar ao tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções
Congresso Nacional e das Assembléias Legislativas;
em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa
b) os conflitos de jurisdição entre juizes eleitorais do receptora;
respectivo Estado;
VII - apurar com os resultados parciais enviados pelas juntas
c) a suspeição ou impedimentos aos seus membros ao eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e
Procurador Regional e aos funcionários da sua Secretaria Vice-Governador de membros do Congresso Nacional e
assim como aos juizes e escrivães eleitorais; expedir os respectivos diplomas, remetendo dentro do
prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao Tribunal
d) os crimes eleitorais cometidos pelos juizes eleitorais;
Superior, cópia das atas de seus trabalhos;
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria
VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe
eleitoral, contra ato de autoridades que respondam perante
forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido
os Tribunais de Justiça por crime de responsabilidade e, em
político;
grau de recurso, os denegados ou concedidos pelos juizes
eleitorais; ou, ainda, o habeas corpus quando houver perigo IX - dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais,
de se consumar a violência antes que o juiz competente submetendo essa divisão, assim como a criação de novas
possa prover sobre a impetração; zonas, à aprovação do Tribunal Superior;
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos X - aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva
partidos políticos, quanto a sua contabilidade e à apuração responder pela escrivania eleitoral durante o biênio;
da origem dos seus recursos;
XI - (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994)
g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos
XII - requisitar a força necessária ao cumprimento de suas
pelos juizes eleitorais em trinta dias da sua conclusão para
decisões solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força
julgamento, formulados por partido candidato Ministério
federal;
Público ou parte legitimamente interessada sem prejuízo
das sanções decorrentes do excesso de prazo. (Redação XIII - autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos
dada pela Lei nº 4.961, de 1966) Estados, ao seu presidente e, no interior, aos juizes
eleitorais, a requisição de funcionários federais, estaduais
II - julgar os recursos interpostos:
ou municipais para auxiliarem os escrivães eleitorais,
a) dos atos e das decisões proferidas pelos juizes e juntas quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço;
eleitorais.
XIV - requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito
b) das decisões dos juizes eleitorais que concederem ou Federal e em cada Estado ou Território, funcionários dos
denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.

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respectivos quadros administrativos, no caso de acúmulo § 1º Não poderá servir como escrivão eleitoral, sob pena de
ocasional de serviço de suas Secretarias; demissão, o membro de diretório de partido político, nem o
candidato a cargo eletivo, seu cônjuge e parente
XV - aplicar as penas disciplinares de advertência e de
consangüíneo ou afim até o segundo grau.
suspensão até 30 (trinta) dias aos juizes eleitorais;
§ 2º O escrivão eleitoral, em suas faltas e impedimentos,
XVI - cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do
será substituído na forma prevista pela lei de organização
Tribunal Superior;
judiciária local.
XVII - determinar, em caso de urgência, providências para a
Art. 34. Os juizes despacharão todos os dias na sede da sua
execução da lei na respectiva circunscrição;
zona eleitoral.
XVIII - organizar o fichário dos eleitores do Estado.
Art. 35. Compete aos juizes:
XIX - suprimir os mapas parciais de apuração mandando
I - cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do
utilizar apenas os boletins e os mapas totalizadores, desde
Tribunal Superior e do Regional;
que o menor número de candidatos às eleições
proporcionais justifique a supressão, observadas as II - processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que
seguintes normas: (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) lhe forem conexos, ressalvada a competência originária do
Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais;
a) qualquer candidato ou partido poderá requerer ao
Tribunal Regional que suprima a exigência dos mapas III - decidir habeas corpus e mandado de segurança, em
parciais de apuração; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966) matéria eleitoral, desde que essa competência não esteja
atribuída privativamente a instância superior.
b) da decisão do Tribunal Regional qualquer candidato ou
partido poderá, no prazo de três dias, recorrer para o IV - fazer as diligências que julgar necessárias a ordem e
Tribunal Superior, que decidirá em cinco dias; (Incluído presteza do serviço eleitoral;
pela Lei nº 4.961, de 1966)
V - tomar conhecimento das reclamações que lhe forem
c) a supressão dos mapas parciais de apuração só será feitas verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e
admitida até seis meses antes da data da eleição; (Incluído determinando as providências que cada caso exigir;
pela Lei nº 4.961, de 1966)
VI - indicar, para aprovação do Tribunal Regional, a serventia
d) os boletins e mapas de apuração serão impressos pelos de justiça que deve ter o anexo da escrivania eleitoral;
Tribunais Regionais, depois de aprovados pelo Tribunal
VII - (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994)
Superior; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966)
VIII - dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e
e) o Tribunal Regional ouvira os partidos na elaboração dos
a exclusão de eleitores;
modelos dos boletins e mapas de apuração a fim de que
estes atendam às peculiaridade locais, encaminhando os IX- expedir títulos eleitorais e conceder transferência de
modelos que aprovar, acompanhados das sugestões ou eleitor;
impugnações formuladas pelos partidos, à decisão do
X - dividir a zona em seções eleitorais;
Tribunal Superior. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966)
XI mandar organizar, em ordem alfabética, relação dos
Art. 31. Faltando num Território o Tribunal Regional, ficará a
eleitores de cada seção, para remessa a mesa receptora,
respectiva circunscrição eleitoral sob a jurisdição do
juntamente com a pasta das folhas individuais de votação;
Tribunal Regional que o Tribunal Superior designar.
XII - ordenar o registro e cassação do registro dos candidatos
TÍTULO III
aos cargos eletivos municiais e comunicá-los ao Tribunal
DOS JUIZES ELEITORAIS Regional;
Art. 32. Cabe a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais a XIII - designar, até 60 (sessenta) dias antes das eleições os
um juiz de direito em efetivo exercício e, na falta deste, ao locais das seções;
seu substituto legal que goze das prerrogativas do Art. 95 da
Constituição. XIV - nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição, em
audiência pública anunciada com pelo menos 5 (cinco) dias
Parágrafo único. Onde houver mais de uma vara o Tribunal de antecedência, os membros das mesas receptoras;
Regional designara aquela ou aquelas, a que incumbe o
serviço eleitoral. XV - instruir os membros das mesas receptoras sobre as suas
funções;
Art. 33. Nas zonas eleitorais onde houver mais de uma
serventia de justiça, o juiz indicará ao Tribunal Regional a XVI - providenciar para a solução das ocorrências que se
que deve ter o anexo da escrivania eleitoral pelo prazo de verificarem nas mesas receptoras;
dois anos.

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XVII - tomar todas as providências ao seu alcance para evitar § 1º É obrigatória essa nomeação sempre que houver mais
os atos viciosos das eleições; de dez urnas a apurar.
XVIII -fornecer aos que não votaram por motivo justificado e § 2º Na hipótese do desdobramento da Junta em Turmas, o
aos não alistados, por dispensados do alistamento, um respectivo presidente nomeará um escrutinador para servir
certificado que os isente das sanções legais; como secretário em cada turma.
XIX - comunicar, até às 12 horas do dia seguinte a realização § 3º Além dos secretários a que se refere o parágrafo
da eleição, ao Tribunal Regional e aos delegados de partidos anterior, será designado pelo presidente da Junta um
credenciados, o número de eleitores que votarem em cada escrutinador para secretário-geral competindo-lhe;
uma das seções da zona sob sua jurisdição, bem como o
I - lavrar as atas;
total de votantes da zona.
II - tomar por termo ou protocolar os recursos, neles
TÍTULO IV
funcionando como escrivão;
DAS JUNTAS ELEITORAIS
III - totalizar os votos apurados.
Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de
direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) Art. 39. Até 30 (trinta) dias antes da eleição o presidente da
cidadãos de notória idoneidade. Junta comunicará ao Presidente do Tribunal Regional as
nomeações que houver feito e divulgará a composição do
§ 1º Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60 órgão por edital publicado ou afixado, podendo qualquer
(sessenta) dia antes da eleição, depois de aprovação do partido oferecer impugnação motivada no prazo de 3 (três)
Tribunal Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre dias.
também designar-lhes a sede.
Art. 40. Compete à Junta Eleitoral;
§ 2º Até 10 (dez) dias antes da nomeação os nomes das
pessoas indicadas para compor as juntas serão publicados I - apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas
no órgão oficial do Estado, podendo qualquer partido, no nas zonas eleitorais sob a sua jurisdição.
prazo de 3 (três) dias, em petição fundamentada, impugnar II - resolver as impugnações e demais incidentes verificados
as indicações. durante os trabalhos da contagem e da apuração;
§ 3º Não podem ser nomeados membros das Juntas, III - expedir os boletins de apuração mencionados no Art.
escrutinadores ou auxiliares: 178;
I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.
até o segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
Parágrafo único. Nos municípios onde houver mais de uma
II - os membros de diretorias de partidos políticos junta eleitoral a expedição dos diplomas será feita pelo que
devidamente registrados e cujos nomes tenham sido for presidida pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais
oficialmente publicados; enviarão os documentos da eleição.
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os Art. 41. Nas zonas eleitorais em que for autorizada a
funcionários no desempenho de cargos de confiança do contagem prévia dos votos pelas mesas receptoras,
Executivo; compete à Junta Eleitoral tomar as providências
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral. mencionadas no Art. 195.

Art. 37. Poderão ser organizadas tantas Juntas quantas PARTE TERCEIRA
permitir o número de juizes de direito que gozem das DO ALISTAMENTO
garantias do Art. 95 da Constituição, mesmo que não sejam TÍTULO I
juizes eleitorais. DA QUALIFICAÇÃO E INSCRIÇÃO
Parágrafo único. Nas zonas em que houver de ser Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e
organizada mais de uma Junta, ou quando estiver vago o inscrição do eleitor.
cargo de juiz eleitoral ou estiver este impedido, o presidente
do Tribunal Regional, com a aprovação deste, designará Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio
juizes de direito da mesma ou de outras comarcas, para eleitoral o lugar de residência ou moradia do requerente, e,
presidirem as juntas eleitorais. verificado ter o alistando mais de uma, considerar-se-á
domicílio qualquer delas.
Art. 38. Ao presidente da Junta é facultado nomear, dentre
cidadãos de notória idoneidade, escrutinadores e auxiliares Art. 43. O alistando apresentará em cartório ou local
em número capaz de atender a boa marcha dos trabalhos. previamente designado, requerimento em fórmula que
obedecerá ao modelo aprovado pelo Tribunal Superior.

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Art. 44. O requerimento, acompanhado de 3 (três) retratos, § 5º A restituição de qualquer documento não poderá ser
será instruído com um dos seguintes documentos, que não feita antes de despachado o pedido de alistamento pelo juiz
poderão ser supridos mediante justificação: eleitoral.
I - carteira de identidade expedida pelo órgão competente § 6º Quinzenalmente o juiz eleitoral fará publicar pela
do Distrito Federal ou dos Estados; imprensa, onde houver ou por editais, a lista dos pedidos de
inscrição, mencionando os deferidos, os indeferidos e os
II - certificado de quitação do serviço militar;
convertidos em diligência, contando-se dessa publicação o
III - certidão de idade extraída do Registro Civil; prazo para os recursos a que se refere o parágrafo seguinte.
IV - instrumento público do qual se infirá, por direito ter o § 7º Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição
requerente idade superior a dezoito anos e do qual conste, caberá recurso interposto pelo alistando, e do que o deferir
também, os demais elementos necessários à sua poderá recorrer qualquer delegado de partido.
qualificação;
§ 8º Os recursos referidos no parágrafo anterior serão
V - documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, julgados pelo Tribunal Regional Eleitoral dentro de 5 (cinco)
originária ou adquirida, do requerente. dias.
Parágrafo único. Será devolvido o requerimento que não § 9º Findo esse prazo, sem que o alistando se manifeste, ou
contenta os dados constantes do modelo oficial, na mesma logo que seja desprovido o recurso em instância superior, o
ordem, e em caracteres inequívocos. juiz inutilizará a folha individual de votação assinada pelo
requerente, a qual ficará fazendo parte integrante do
Art. 45. O escrivão, o funcionário ou o preparador recebendo
processo e não poderá, em qualquer tempo, se substituída,
a fórmula e documentos determinará que o alistando date e
nem dele retirada, sob pena de incorrer o responsável nas
assine a petição e em ato contínuo atestará terem sido a
sanções previstas no Art. 293.
data e a assinatura lançados na sua presença; em seguida,
tomará a assinatura do requerente na folha individual de § 10. No caso de indeferimento do pedido, o Cartório
votação" e nas duas vias do título eleitoral, dando recibo da devolverá ao requerente, mediante recibo, as fotografias e
petição e do documento. o documento com que houver instruído o seu requerimento.
§ 1º O requerimento será submetido ao despacho do juiz nas § 11. O título eleitoral e a fôlha individual de votação
48 (quarenta e oito), horas seguintes. sòmente serão assinados pelo juiz eleitoral depois de
preenchidos pelo cartório e de deferido o pedido, sob as
§ 2º Poderá o juiz se tiver dúvida quanto a identidade do
penas do artigo 293. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de
requerente ou sobre qualquer outro requisito para o
1966)
alistamento, converter o julgamento em diligência para que
o alistando esclareça ou complete a prova ou, se for § 12. É obrigatória a remessa ao Tribunal Regional da ficha
necessário, compareça pessoalmente à sua presença. do eleitor, após a expedição do seu título. (Incluído pela Lei
nº 4.961, de 1966)
§ 3º Se se tratar de qualquer omissão ou irregularidade que
possa ser sanada, fixará o juiz para isso prazo razoável. Art. 46. As folhas individuais de votação e os títulos serão
confeccionados de acordo com o modelo aprovado pelo
§ 4º Deferido o pedido, no prazo de cinco dias, o título e o
Tribunal, Superior Eleitoral.
documento que instruiu o pedido serão entregues pelo juiz,
escrivão, funcionário ou preparador. A entrega far-se-á ao § 1º Da folha individual de votação e do título eleitoral
próprio eleitor, mediante recibo, ou a quem o eleitor constará a indicação da seção em que o eleitor tiver sido
autorizar por escrito o recebimento, cancelando-se o título inscrito a qual será localizada dentro do distrito judiciário ou
cuja assinatura não for idêntica à do requerimento de administrativo de sua residência e o mais próximo dela,
inscrição e à do recibo. (Redação dada pela Lei nº 4.961, considerados a distância e os meios de transporte.
de 1966)
§ 2º As folhas individuais de votação serão conservadas em
O recibo será obrigatoriamente anexado ao processo pastas, uma para cada seção eleitoral; às mesas receptoras
eleitoral, incorrendo o juiz que não o fizer na multa de um a serão por estas encaminhadas com a urna e os demais
cinco salários-mínimos regionais na qual incorrerão ainda o documentos da eleição às juntas eleitorais, que as
escrivão, funcionário ou preparador, se responsáveis bem devolverão, findos os trabalhos da apuração, ao respectivo
como qualquer deles, se entregarem ao eleitor o título cuja cartório, onde ficarão guardadas.
assinatura não for idêntica à do requerimento de inscrição e
§ 3º O eleitor ficará vinculado permanentemente à seção
do recibo ou o fizerem a pessoa não autorizada por
eleitoral indicada no seu título, salvo:
escrito. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966)
I - se se transferir de zona ou Município hipótese em que
deverá requerer transferência.

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II - se, até 100 (cem) dias antes da eleição, provar, perante o § 1º De forma idêntica serão assinadas a folha individual de
Juiz Eleitoral, que mudou de residência dentro do mesmo votação e as vias do título.
Município, de um distrito para outro ou para lugar muito
§ 2º Esses atos serão feitos na presença também de
distante da seção em que se acha inscrito, caso em que serão
funcionários de estabelecimento especializado de amparo e
feitas na folha de votação e no título eleitoral, para esse fim
proteção de cegos, conhecedor do sistema "Braille", que
exibido as alterações correspondentes, devidamente
subscreverá, com o Escrivão ou funcionário designado, o
autenticadas pela autoridade judiciária.
seguinte declaração a ser lançada no modelo de
§ 4º O eleitor poderá, a qualquer tempo requerer ao juiz requerimento; "Atestamos que a presente fórmula bem
eleitoral a retificação de seu título eleitoral ou de sua folha como a folha individual de votação e vias do título foram
individual de votação, quando neles constar erro evidente, subscritas pelo próprio, em nossa presença".
ou indicação de seção diferente daquela a que devesse
Art. 50. O juiz eleitoral providenciará para que se proceda ao
corresponder a residência indicada no pedido de inscrição
alistamento nas próprias sedes dos estabelecimentos de
ou transferência. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966)
proteção aos cegos, marcando previamente, dia e hora para
§ 5º O título eleitoral servirá de prova de que o eleitor está tal fim, podendo se inscrever na zona eleitoral
inscrito na seção em que deve votar. E, uma vez datado e correspondente todos os cegos do município.
assinado pelo presidente da mesa receptora, servirá
§ 1º Os eleitores inscritos em tais condições deverão ser
também de prova de haver o eleitor votado. (Renumerado
localizados em uma mesma seção da respectiva zona.
do § 4º pela Lei nº 4.961, de 1966)
§ 2º Se no alistamento realizado pela forma prevista nos
Art. 47. As certidões de nascimento ou casamento, quando
artigos anteriores, o número de eleitores não alcançar o
destinadas ao alistamento eleitoral, serão fornecidas
mínimo exigido, este se completará com a inclusão de
gratuitamente, segundo a ordem dos pedidos apresentados
outros ainda que não sejam cegos.
em cartório pelos alistandos ou delegados de partido.
Art. 51. (Revogado pela Lei nº 7.914, de 1989)
§1º Os cartórios de Registro Civil farão, ainda,
gratuitamente, o registro de nascimento visando ao CAPÍTULO I
fornecimento de certidão aos alistandos, desde que provem DA SEGUNDA VIA
carência de recursos, ou aos Delegados de Partido, para fins
eleitorais. (Incluído pela Lei nº 6.018, de 1974) Art. 52. No caso de perda ou extravio de seu título, requererá
o eleitor ao juiz do seu domicílio eleitoral, até 10 (dez) dias
§ 2º Em cada Cartório de Registro Civil haverá um livro antes da eleição, que lhe expeça segunda via.
especial aberto e rubricado pelo Juiz Eleitoral, onde o
cidadão ou o delegado de partido deixará expresso o pedido § 1º O pedido de segunda via será apresentado em cartório,
de certidão para fins eleitorais, datando-o.(Incluído como § pessoalmente, pelo eleitor, instruído o requerimento, no
1º pela Lei nº 4.961, de 1966 e renumerado do § 1º pela Lei caso de inutilização ou dilaceração, com a primeira via do
nº 6.018, de 1974) título.

§ 3º O escrivão, dentro de quinze dias da data do pedido, § 2º No caso de perda ou extravio do título, o juiz, após
concederá a certidão, ou justificará, perante o Juiz Eleitoral receber o requerimento de segunda via, fará publicar, pelo
por que deixa de fazê-lo.(Incluído como § 2º pela Lei nº prazo de 5 (cinco) dias, pela imprensa, onde houver, ou por
4.961, de 1966 e renumerado do § 2º pela Lei nº 6.018, de editais, a notícia do extravio ou perda e do requerimento de
1974) segunda via, deferindo o pedido, findo este prazo, se não
houver impugnação.
§ 4º A infração ao disposto neste artigo sujeitará o escrivão
às penas do Art. 293. (Incluído como § 3º pela Lei nº Art. 53. Se o eleitor estiver fora do seu domicílio eleitoral
4.961, de 1966 e renumerado do § 3º pela Lei nº 6.018, de poderá requerer a segunda via ao juiz da zona em que se
1974) encontrar, esclarecendo se vai recebê-la na sua zona ou na
em que requereu.
Art. 48. O empregado mediante comunicação com 48
(quarenta e oito) horas de antecedência, poderá deixar de § 1º O requerimento, acompanhado de um novo título
comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário e por tempo assinado pelo eleitor na presença do escrivão ou de
não excedente a 2 (dois) dias, para o fim de se alistar eleitor funcionário designado e de uma fotografia, será
ou requerer transferência. encaminhado ao juiz da zona do eleitor.

Art. 49. Os cegos alfabetizados pelo sistema "Braille", que § 2º Antes de processar o pedido, na forma prevista no artigo
reunirem as demais condições de alistamento, podem anterior, o juiz determinará que se confira a assinatura
qualificar-se mediante o preenchimento da fórmula constante do novo título com a da folha individual de
impressa e a aposição do nome com as letras do referido votação ou do requerimento de inscrição.
alfabeto.

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§ 3º Deferido o pedido, o título será enviado ao juiz da Zona os interessados impugná-lo no prazo de dez
que remeteu o requerimento, caso o eleitor haja solicitado dias. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966)
essa providência, ou ficará em cartório aguardando que o
§ 1º Certificado o cumprimento do disposto neste artigo o
interessado o procure.
pedido deverá ser desde logo decidido, devendo o despacho
§ 4º O pedido de segunda-via formulado nos termos deste do juiz ser publicado pela mesma forma. (Redação dada
artigo só poderá ser recebido até 60 (sessenta) dias antes do pela Lei nº 4.961, de 1966)
pleito.
§ 2º Poderá recorrer para o Tribunal Regional Eleitoral, no
Art. 54. O requerimento de segunda-via, em qualquer das prazo de 3 (três) dias, o eleitor que pediu a transferência,
hipóteses, deverá ser assinado sobre selos federais, sendo-lhe a mesma negada, ou qualquer delegado de
correspondentes a 2% (dois por cento) do salário-mínimo da partido, quando o pedido for deferido.
zona eleitoral de inscrição.
§ 3º Dentro de 5 (cinco) dias, o Tribunal Regional Eleitoral
Parágrafo único. Somente será expedida segunda-via a decidirá do recurso interposto nos têrmos do parágrafo
eleitor que estiver quite com a Justiça Eleitoral, exigindo-se, anterior.
para o que foi multado e ainda não liquidou a dívida, o prévio
§ 4º Só será expedido o nôvo título decorridos os prazos
pagamento, através de sêlo federal inutilizado nos autos.
previstos neste artigo e respectivos parágrafos.
CAPÍTULO II
Art. 58. Expedido o nôvo título o juiz comunicará a
DA TRANSFERÊNCIA
transferência ao Tribunal Regional competente, no prazo de
Art. 55. Em caso de mudança de domicílio, cabe ao eleitor 10 (dez) dias, enviando-lhe o título eleitoral, se houver, ou
requerer ao juiz do novo domicílio sua transferência, documento a que se refere o § 1º do artigo 56.
juntando o título anterior. § 1º Na mesma data comunicará ao juiz da zona de origem a
§ 1º A transferência só será admitida satisfeitas as seguintes concessão da transferência e requisitará a "fôlha individual
exigências: de votação".

I - entrada do requerimento no cartório eleitoral do novo § 2º Na nova folha individual de votação ficará consignado,
domicílio até 100 (cem) dias antes da data da eleição. na coluna destinada a "anotações", que a inscrição foi obtida
por transferência, e, de acôrdo com os elementos
II - transcorrência de pelo menos 1 (um) ano da inscrição constantes do título primitivo, qual o ultimo pleito em que o
primitiva; eleitor transferido votou. Essa anotação constará também,
III - residência mínima de 3 (três) meses no novo domicílio, de seu título.
atestada pela autoridade policial ou provada por outros § 3º O processo de transferência só será arquivado após o
meios convincentes. recebimento da fôlha individual de votação da Zona de
§ 2º O disposto nos nºs II e III, do parágrafo anterior, não se origem, que dêle ficará constando, devidamente inutilizada,
aplica quando se tratar de transferência de título eleitoral de mediante aposição de carimbo a tinta vermelha.
servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de § 4º No caso de transferência de município ou distrito dentro
sua família, por motivo de remoção ou da mesma zona, deferido o pedido, o juiz determinará a
transferência.(Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966) transposição da fôlha individual de votação para a pasta
Art. 56. No caso de perda ou extravio do título anterior correspondente ao novo domicílio, a anotação de mudança
declarado esse fato na petição de transferência, o juiz do no título eleitoral e comunicará ao Tribunal Regional para a
novo domicílio, como ato preliminar, requisitará, por necessária averbação na ficha do eleitor.
telegrama, a confirmação do alegado à Zona Eleitoral onde Art. 59. Na Zona de origem, recebida do juiz do nôvo
o requerente se achava inscrito. domicílio a comunicação de transferência, o juiz tomará as
§ 1º O Juiz do antigo domicílio, no prazo de 5 (cinco) dias, seguintes providencias:
responderá por ofício ou telegrama, esclarecendo se o I - determinará o cancelamento da inscrição do transferido e
interessado é realmente eleitor, se a inscrição está em vigor, a remessa dentro de três dias, da fôlha individual de votação
e, ainda, qual o número e a data da inscrição respectiva. ao juiz requisitante;
§ 2º A informação mencionada no parágrafo anterior, II - ordenará a retirada do fichário da segunda parte do título;
suprirá a falta do título extraviado, ou perdido, para o efeito
da transferência, devendo fazer parte integrante do III - comunicará o cancelamento ao Tribunal Regional a que
processo. estiver subordinado, que fará a devida anotação na ficha de
seus arquivos;
Art. 57. O requerimento de transferência de domicílio
eleitoral será imediatamente publicado na imprensa oficial IV - se o eleitor havia assinado ficha de registro de partido,
na Capital, e em cartório nas demais localidades, podendo comunicará ao juiz do novo domicílio e, ainda, ao Tribunal
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Regional, se a transferência foi concedida para outro § 4º O delegado credenciado junto ao Tribunal Regional
Estado. Eleitoral poderá representar o partido junto a qualquer juízo
ou preparador do Estado, assim como o delegado
Art. 60. O eleitor transferido não poderá votar no nôvo
credenciado perante o Tribunal Superior Eleitoral poderá
domicílio eleitoral em eleição suplementar à que tiver sido
representar o partido perante qualquer Tribunal Regional,
realizada antes de sua transferência.
juízo ou preparador.
Art. 61. Somente será concedida transferência ao eleitor que
CAPÍTULO V
estiver quite com a Justiça Eleitoral.
DO ENCERRAMENTO DO ALISTAMENTO
§ 1º Se o requerente não instruir o pedido de transferência
com o título anterior, o juiz do nôvo domicílio, ao solicitar Art. 67. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de
informação ao da zona de origem, indagará se o eleitor está transferência será recebido dentro dos 100 (cem) dias
quite com a Justiça Eleitoral, ou não o estando, qual a anteriores à data da eleição.
importância da multa imposta e não paga. Art. 68. Em audiência pública, que se realizará às 14
§ 2º Instruído o pedido com o título, e verificado que o eleitor (quatorze) horas do 69 (sexagésimo nono) dia anterior à
não votou em eleição anterior, o juiz do nôvo domicílio eleição, o juiz eleitoral declarará encerrada a inscrição de
solicitará informações sôbre o valor da multa arbitrada na eleitores na respectiva zona e proclamará o número dos
zona de origem, salvo se o eleitor não quiser aguardar a inscritos até as 18 (dezoito) horas do dia anterior, o que
resposta, hipótese em que pagará o máximo previsto. comunicará incontinente ao Tribunal Regional Eleitoral, por
telegrama, e fará público em edital, imediatamente afixado
§ 3º O pagamento da multa, em qualquer das hipóteses dos no lugar próprio do juízo e divulgado pela imprensa, onde
parágrafos anteriores, será comunicado ao juízo de origem houver, declarando nele o nome do último eleitor inscrito e
para as necessárias anotações. o número do respectivo título, fornecendo aos diretórios
CAPÍTULO III municipais dos partidos cópia autêntica desse edital.
DOS PREPARADORES § 1º Na mesma data será encerrada a transferência de
eleitores, devendo constar do telegrama do juiz eleitoral ao
Art. 62. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994)
Tribunal Regional Eleitoral, do edital e da cópia dêste
Art. 63. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994) fornecida aos diretórios municipais dos partidos e da
publicação da imprensa, os nomes dos 10 (dez) últimos
Art. 64. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994)
eleitores, cujos processos de transferência estejam
Art. 65. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994) definitivamente ultimados e o número dos respectivos
títulos eleitorais.
CAPÍTULO IV
DOS DELEGADOS DE PARTIDO PERANTE O § 2º O despacho de pedido de inscrição, transferência, ou
ALISTAMENTO segunda via, proferido após esgotado o prazo legal, sujeita
o juiz eleitoral às penas do Art. 291.
Art. 66. É licito aos partidos políticos, por seus delegados:
Art. 69. Os títulos eleitorais resultantes dos pedidos de
I - acompanhar os processos de inscrição; inscrição ou de transferência serão entregues até 30 (trinta)
II - promover a exclusão de qualquer eleitor inscrito dias antes da eleição.
ilegalmente e assumir a defesa do eleitor cuja exclusão Parágrafo único. A segunda via poderá ser entregue ao
esteja sendo promovida; eleitor até a véspera do pleito.
III - examinar, sem perturbação do serviço e em presença Art. 70. O alistamento reabrir-se-á em cada zona, logo que
dos servidores designados, os documentos relativos ao estejam concluídos os trabalhos da sua junta eleitoral.
alistamento eleitoral, podendo dêles tirar cópias ou
fotocópias. TÍTULO II
DO CANCELAMENTO E DA EXCLUSÃO
§ 1º Perante o juízo eleitoral, cada partido poderá nomear 3
(três) delegados. Art. 71. São causas de cancelamento:
§ 2º Perante os preparadores, cada partido poderá nomear I - a infração dos artigos. 5º e 42;
até 2 (dois) delegados, que assistam e fiscalizem os seus
II - a suspensão ou perda dos direitos políticos;
atos.
III - a pluralidade de inscrição;
§ 3º Os delegados a que se refere êste artigo serão
registrados perante os juizes eleitorais, a requerimento do IV - o falecimento do eleitor;
presidente do Diretório Municipal.
V - deixar de votar em 3 (três) eleições
consecutivas.(Redação dada pela Lei nº 7.663, de 27.5.1988)

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§ 1º A ocorrência de qualquer das causas enumeradas neste interessado ao juiz eleitoral, que observará o processo
artigo acarretará a exclusão do eleitor, que poderá ser estabelecido no artigo seguinte.
promovida ex officio , a requerimento de delegado de
Art. 77. O juiz eleitoral processará a exclusão pela forma
partido ou de qualquer eleitor.
seguinte:
§ 2º No caso de ser algum cidadão maior de 18 (dezoito)
I - mandará autuar a petição ou representação com os
anos privado temporária ou definitivamente dos direitos
documentos que a instruírem:
políticos, a autoridade que impuser essa pena providenciará
para que o fato seja comunicado ao juiz eleitoral ou ao II - fará publicar edital com prazo de 10 (dez) dias para
Tribunal Regional da circunscrição em que residir o réu. ciência dos interessados, que poderão contestar dentro de 5
(cinco) dias;
§ 3º Os oficiais de Registro Civil, sob as penas do Art. 293,
enviarão, até o dia 15 (quinze) de cada mês, ao juiz eleitoral III - concederá dilação probatória de 5 (cinco) a 10 (dez) dias,
da zona em que oficiarem, comunicação dos óbitos de se requerida;
cidadãos alistáveis, ocorridos no mês anterior, para
IV - decidirá no prazo de 5 (cinco) dias.
cancelamento das inscrições.
Art. 78. Determinado, por sentença, o cancelamento, o
§ 4º Quando houver denúncia fundamentada de fraude no
cartório tomará as seguintes providências:
alistamento de uma zona ou município, o Tribunal Regional
poderá determinar a realização de correição e, provada a I - retirará, da respectiva pasta, a fôlha de votação, registrará
fraude em proporção comprometedora, ordenará a revisão a ocorrência no local próprio para "Anotações"e juntá-la-á
do eleitorado obedecidas as Instruções do Tribunal Superior ao processo de cancelamento;
e as recomendações que, subsidiariamente, baixar, com o
II - registrará a ocorrência na coluna de "observações" do
cancelamento de ofício das inscrições correspondentes aos
livro de inscrição;
títulos que não forem apresentados à revisão.(Incluído pela
Lei nº 4.961, de 4.5.1966) III - excluirá dos fichários as respectivas fichas,
colecionando-as à parte;
Art. 72. Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor
votar validamente. IV - anotará, de forma sistemática, os claros abertos na
pasta de votação para o oportuno preenchimento dos
Parágrafo único. Tratando-se de inscrições contra as quais
mesmos;
hajam sido interpostos recursos das decisões que as
deferiram, desde que tais recursos venham a ser providos V - comunicará o cancelamento ao Tribunal Regional para
pelo Tribunal Regional ou Tribunal Superior, serão nulos os anotação no seu fichário.
votos se o seu número fôr suficiente para alterar qualquer
Art. 79. No caso de exclusão por falecimento, tratando-se de
representação partidária ou classificação de candidato
caso notório, serão dispensadas as formalidades previstas
eleito pelo princípio maioritário.
nos nºs. II e III do artigo 77.
Art. 73. No caso de exclusão, a defesa pode ser feita pelo
Art. 80. Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso no prazo
interessado, por outro eleitor ou por delegado de partido.
de 3 (três) dias, para o Tribunal Regional, interposto pelo
Art. 74. A exclusão será mandada processar "ex officio" pelo excluendo ou por delegado de partido.
juiz eleitoral, sempre que tiver conhecimento de alguma das
Art. 81. Cessada a causa do cancelamento, poderá o
causas do cancelamento.
interessado requerer novamente a sua qualificação e
Art. 75. O Tribunal Regional, tomando conhecimento inscrição.
através de seu fichário, da inscrição do mesmo eleitor em
PARTE QUARTA
mais de uma zona sob sua jurisdição, comunicará o fato ao
DAS ELEIÇÕES
juiz competente para o cancelamento, que de preferência
deverá recair: TÍTULO I
DO SISTEMA ELEITORAL
I - na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral;
Art. 82. O sufrágio e universal e direto; o voto, obrigatório e
II - naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor; secreto.
III - naquela cujo título não haja sido utilizado para o Art. 83. Na eleição direta para o Senado Federal, para
exercício do voto na última eleição; Prefeito e Vice-Prefeito, adotar-se-á o princípio
IV - na mais antiga. majoritário.(Redação dada pela Lei nº 6.534, de 26.5.1978)

Art. 76. Qualquer irregularidade determinante de exclusão Art. 84. A eleição para a Câmara dos Deputados,
será comunicada por escrito e por iniciativa de qualquer Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais, obedecerá

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ao princípio da representação proporcional na forma desta § 1o Até vinte dias antes da data das eleições, todos os
lei. requerimentos, inclusive os que tiverem sido impugnados,
devem estar julgados pelas instâncias ordinárias, e
Art. 85. A eleição para deputados federais, senadores e
publicadas as decisões a eles relativas. (Redação dada pela
suplentes, presidente e vice-presidente da República,
Lei nº 13.165, de 2015)
governadores, vice-governadores e deputados estaduais
far-se-á, simultâneamente, em todo o País. § 2o As convenções partidárias para a escolha dos
candidatos serão realizadas, no máximo, até 5 de agosto do
Art. 86. Nas eleições presidenciais, a circunscrição serão
ano em que se realizarem as eleições. (Redação dada pela
País; nas eleições federais e estaduais, o Estado; e nas
Lei nº 13.165, de 2015)
municipais, o respectivo município.
§ 3º Nesse caso, se se tratar de eleição municipal, o juiz
CAPÍTULO I
eleitoral deverá apresentar a sentença no prazo de 2 (dois)
DO REGISTRO DOS CANDIDATOS
dias, podendo o recorrente, nos 2 (dois) dias seguintes,
Art. 87. Somente podem concorrer às eleições candidatos aditar as razões do recurso; no caso de registro feito perante
registrados por partidos. o Tribunal, se o relator não apresentar o acórdão no prazo
de 2 (dois) dias, será designado outro relator, na ordem da
Parágrafo único. Nenhum registro será admitido fora do votação, o qual deverá lavrar o acórdão do prazo de 3 (três)
período de 6 (seis) meses antes da eleição. dias, podendo o recorrente, nesse mesmo prazo, aditar as
Art. 88. Não é permitido registro de candidato embora para suas razões.
cargos diferentes, por mais de uma circunscrição ou para Art. 94.O registro pode ser promovido por delegado de
mais de um cargo na mesma circunscrição. partido, autorizado em documento autêntico, inclusive
Parágrafo único. Nas eleições realizadas pelo sistema telegrama de quem responda pela direção partidária e
proporcional o candidato deverá ser filiado ao partido, na sempre com assinatura reconhecida por tabelião.
circunscrição em que concorrer, pelo tempo que fôr fixado § 1º O requerimento de registro deverá ser instruído:
nos respectivos estatutos.
I - com a cópia autêntica da ata da convenção que houver
Art. 89. Serão registrados: feito a escolha do candidato, a qual deverá ser conferida
I - no Tribunal Superior Eleitoral os candidatos a presidente com o original na Secretaria do Tribunal ou no cartório
e vice-presidente da República; eleitoral;
II - nos Tribunais Regionais Eleitorais os candidatos a II - com autorização do candidato, em documento com a
senador, deputado federal, governador e vice-governador e assinatura reconhecida por tabelião;
deputado estadual; III - com certidão fornecida pelo cartório eleitoral da zona de
III - nos Juízos Eleitorais os candidatos a vereador, prefeito e inscrição, em que conste que o registrando é eleitor;
vice-prefeito e juiz de paz. IV - com prova de filiação partidária, salvo para os
Art. 90. Somente poderão inscrever candidatos os partidos candidatos a presidente e vice-presidente, senador e
que possuam diretório devidamente registrado na respectivo suplente, governador e vice-governador, prefeito
circunscrição em que se realizar a eleição. e vice-prefeito;
Art. 91. O registro de candidatos a presidente e vice- V - com fôlha-corrida fornecida pelos cartórios
presidente, governador e vice-governador, ou prefeito e competentes, para que se verifique se o candidato está no
vice-prefeito, far-se-á sempre em chapa única e indivisível, gozo dos direitos políticos (Art. 132, III, e 135 da Constituição
ainda que resulte a indicação de aliança de partidos. Federal); (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
§ 1º O registro de candidatos a senador far-se-á com o do VI - com declaração de bens, de que constem a origem e as
suplente partidário. mutações patrimoniais.
§ 2º Nos Territórios far-se-á o registro do candidato a § 2º A autorização do candidato pode ser dirigida
deputado com o do suplente. diretamente ao órgão ou juiz competente para o registro.
Art. 92. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997) Art. 95. O candidato poderá ser registrado sem o prenome,
ou com o nome abreviado, desde que a supressão não
Art. 93. O prazo de entrada em cartório ou na Secretaria do estabeleça dúvida quanto à sua identidade.
Tribunal, conforme o caso, de requerimento de registro de
candidato a cargo eletivo terminará, improrrogavelmente, Art. 96. Será negado o registro a candidato que, pública ou
às dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se ostensivamente faça parte, ou seja adepto de partido
realizarem as eleições. (Redação dada pela Lei nº 13.165, político cujo registro tenha sido cassado com fundamento
de 2015) no artigo 141, § 13, da Constituição Federal.

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Art. 97. Protocolado o requerimento de registro, o § 1º A sessão a que se refere o caput deste artigo será
presidente do Tribunal ou o juiz eleitoral, no caso de eleição anunciada aos Partidos com antecedência mínima de 5
municipal ou distrital, fará publicar imediatamente edital (cinco) dias. (Redação dada pela Lei nº 7.015, de 16.7.1982)
para ciência dos interessados.
§ 2º As convenções partidárias para escolha dos candidatos
§ 1º O edital será publicado na Imprensa Oficial, nas capitais, sortearão, por sua vez, em cada Estado e município, os
e afixado em cartório, no local de costume, nas demais números que devam corresponder a cada
zonas. candidato. (Redação dada pela Lei nº 7.015, de 16.7.1982)
§ 2º Do pedido de registro caberá, no prazo de 2 (dois) dias, § 3º Nas eleições para Deputado Federal, se o número de
a contar da publicação ou afixação do edital, impugnação Partidos não for superior a 9 (nove), a cada um
articulada por parte de candidato ou de partido político. corresponderá obrigatoriamente uma centena, devendo a
numeração dos candidatos ser sorteada a partir da unidade,
§ 3º Poderá, também, qualquer eleitor, com fundamento em
para que ao primeiro candidato do primeiro Partido
inelegibilidade ou incompatibilidade do candidato ou na
corresponda o número 101 (cento e um), ao do segundo
incidência dêste no artigo 96 impugnar o pedido de registro,
Partido 201 (duzentos e um), e assim
dentro do mesmo prazo, oferecendo prova do alegado.
sucessivamente. (Redação dada pela Lei nº 7.015, de
§ 4º Havendo impugnação, o partido requerente do registro 16.7.1982)
terá vista dos autos, por 2 (dois) dias, para falar sôbre a
§ 4º Concorrendo 10 (dez) ou mais Partidos, a cada um
mesma, feita a respectiva intimação na forma do § 1º.
corresponderá uma centena a partir de 1.101 (um mil cento
Art. 98. Os militares alistáveis são elegíveis, atendidas as e um), de maneira que a todos os candidatos sejam
seguintes condições: atribuídos sempre 4 (quatro) algarismos, suprimindo-se a
numeração correspondente à série 2.001 (dois mil e um) a
I - o militar que tiver menos de 5 (cinco) anos de serviço, será,
2.100 (dois mil e cem), para reiniciá-la em 2.101 (dois mil
ao se candidatar a cargo eletivo, excluído do serviço ativo;
cento e um), a partir do décimo Partido. (Redação dada
II - o militar em atividade com 5 (cinco) ou mais anos de pela Lei nº 7.015, de 16.7.1982)
serviço ao se candidatar a cargo eletivo, será afastado,
§ 5º Na mesma sessão, o Tribunal Superior Eleitoral sorteará
temporariamente, do serviço ativo, como agregado, para
as séries correspondentes aos Deputados Estaduais e
tratar de interesse particular; (Vide Constituição art. 14, §
Vereadores, observando, no que couber, as normas
8º, I)
constantes dos parágrafos anteriores, e de maneira que a
III - o militar não excluído e que vier a ser eleito será, no ato todos os candidatos sejam atribuídos sempre número de 4
da diplomação, transferido para a reserva ou (quatro) algarismos. (Redação dada pela Lei nº 7.015, de
reformado. (Vide Lei nº 6.880, de 9.12.80) 16.7.1982)
Parágrafo único. O Juízo ou Tribunal que deferir o registro Art. 101. Pode qualquer candidato requerer, em petição com
de militar candidato a cargo eletivo comunicará firma reconhecida, o cancelamento do registro do seu
imediatamente a decisão à autoridade a que o mesmo nome. (Redação dada pela Lei nº 6.553, de 19.8.1978)
estiver subordinado, cabendo igual obrigação ao partido,
§ 1º Desse fato, o presidente do Tribunal ou o juiz, conforme
quando lançar a candidatura.
o caso, dará ciência imediata ao partido que tenha feito a
Art. 99. Nas eleições majoritárias poderá qualquer partido inscrição, ao qual ficará ressalvado o direito de substituir por
registrar na mesma circunscrição candidato já por outro outro o nome cancelado, observadas tôdas as formalidades
registrado, desde que o outro partido e o candidato o exigidas para o registro e desde que o nôvo pedido seja
consintam por escrito até 10 (dez) dias antes da eleição, apresentado até 60 (sessenta) dias antes do pleito.
observadas as formalidades do Art. 94.
§ 2º Nas eleições majoritárias, se o candidato vier a falecer
Parágrafo único. A falta de consentimento expresso ou renunciar dentro do período de 60 (sessenta) dias
acarretará a anulação do registro promovido, podendo o mencionados no parágrafo anterior, o partido poderá
partido prejudicado requerê-la ou recorrer da resolução que substitui-lo; se o registro do nôvo candidato estiver deferido
ordenar o registro. até 30 (trinta) dias antes do pleito serão utilizadas as já
impressas, computando-se para o nôvo candidato os votos
Art. 100. Nas eleições realizadas pelo sistema proporcional,
dados ao anteriormente registrado.
o Tribunal Superior Eleitoral, até 6 (seis) meses antes do
pleito, reservará para cada Partido, por sorteio, em sessão §3º Considerar-se-á nulo o voto dado ao candidato que haja
realizada com a presença dos Delegados de Partido, uma pedido o cancelamento de sua inscrição salvo na hipótese
série de números a partir de 100 (cem).(Redação dada pela prevista no parágrafo anterior, in fine.
Lei nº 7.015, de 16.7.1982)
§ 4º Nas eleições proporcionais, ocorrendo a hipótese
prevista neste artigo, ao substituto será atribuído o número

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anteriormente dado ao candidato cujo registro foi IV - se permanecer apenas 1 (um) candidato e forem
cancelado. substituídos 2 (dois) ou mais, aquele ficará em primeiro
lugar, sendo realizado nôvo sorteio em relação aos demais.
§ 5º Em caso de morte, renúncia, inelegibilidade e
preenchimento de vagas existentes nas respectivas chapas, § 5º Para as eleições realizadas pelo sistema proporcional a
tanto em eleições proporcionais quanto majoritárias, as cédula conterá espaço para que o eleitor escreva o nome ou
substituições e indicações se processarão pelas Comissões o número do candidato de sua preferência e indique a sigla
Executivas. (Incluído pela Lei nº 6.553, de 19.8.1978) do partido. (Vide Ato Complementar nº 20, de 1966)
Art. 102. Os registros efetuados pelo Tribunal Superior serão § 6º As cédulas oficiais serão confeccionadas de maneira tal
imediatamente comunicados aos Tribunais Regionais e por que, dobradas, resguardem o sigilo do voto, sem que seja
estes aos juizes eleitorais. necessário o emprego de cola para fechá-las.
CAPÍTULO II CAPÍTULO IV
DO VOTO SECRETO DA REPRESENTAÇÃO PROPORCIONAL
Art. 103. O sigilo do voto é assegurado mediante as Art. 105 - Fica facultado a 2 (dois) ou mais Partidos
seguintes providências: coligarem-se para o registro de candidatos comuns a
deputado federal, deputado estadual e
I - uso de cédulas oficiais em todas as eleições, de acôrdo
vereador. (Redação dada pela Lei nº 7.454, de 30.12.1985)
com modêlo aprovado pelo Tribunal Superior;
§ 1º - A deliberação sobre coligação caberá à Convenção
II - isolamento do eleitor em cabine indevassável para o só
Regional de cada Partido, quando se tratar de eleição para a
efeito de assinalar na cédula o candidato de sua escolha e,
Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas, e à
em seguida, fechá-la;
Convenção Municipal, quando se tratar de eleição para a
III - verificação da autenticidade da cédula oficial à vista das Câmara de Vereadores, e será aprovada mediante a votação
rubricas; favorável da maioria, presentes 2/3 (dois terços) dos
convencionais, estabelecendo-se, na mesma oportunidade,
IV - emprego de urna que assegure a inviolabilidade do
o número de candidatos que caberá a cada
sufrágio e seja suficientemente ampla para que não se
Partido. (Incluído pela Lei nº 7.454, de 30.12.1985)
acumulem as cédulas na ordem que forem introduzidas.
§ 2º - Cada Partido indicará em Convenção os seus
CAPÍTULO III
candidatos e o registro será promovido em conjunto pela
DA CÉDULA OFICIAL
Coligação.(Incluído pela Lei nº 7.454, de 30.12.1985)
Art. 104. As cédulas oficiais serão confeccionadas e Art. 106. Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o
distribuídas exclusivamente pela Justiça Eleitoral, devendo número de votos válidos apurados pelo de lugares a
ser impressas em papel branco, opaco e pouco absorvente. preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a
A impressão será em tinta preta, com tipos uniformes de fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se
letra. superior.
§ 1º Os nomes dos candidatos para as eleições majoritárias Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.504, de
devem figurar na ordem determinada por sorteio. 30.9.1997)
§ 2º O sorteio será realizado após o deferimento do último Art. 107 - Determina-se para cada Partido ou coligação o
pedido de registro, em audiência presidida pelo juiz ou quociente partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o
presidente do Tribunal, na presença dos candidatos e número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou
delegados de partido. coligação de legendas, desprezada a fração. (Redação dada
§ 3º A realização da audiência será anunciada com 3 (três) pela Lei nº 7.454, de 30.12.1985)
dias de antecedência, no mesmo dia em que fôr deferido o Art. 108. Estarão eleitos, entre os candidatos registrados
último pedido de registro, devendo os delegados de partido por um partido ou coligação que tenham obtido votos em
ser intimados por ofício sob protocolo. número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente
§ 4º Havendo substituição de candidatos após o sorteio, o eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário
nome do novo candidato deverá figurar na cédula na indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha
seguinte ordem: recebido. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
I - se forem apenas 2 (dois), em último lugar; Parágrafo único. Os lugares não preenchidos em razão da
exigência de votação nominal mínima a que se refere
II - se forem 3 (três), em segundo lugar; o caput serão distribuídos de acordo com as regras do art.
III - se forem mais de 3 (três), em penúltimo lugar; 109. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)

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Art. 109. Os lugares não preenchidos com a aplicação dos transferência, já devem estar devidamente qualificados e os
quocientes partidários e em razão da exigência de votação respectivos títulos prontos para a entrega, se deferidos pelo
nominal mínima a que se refere o art. 108 serão distribuídos juiz eleitoral.
de acordo com as seguintes regras: (Redação dada pela Lei
Parágrafo único. Será punido nos têrmos do art. 293 o juiz
nº 13.165, de 2015)
eleitoral, o escrivão eleitoral, o preparador ou o funcionário
I - dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada responsável pela transgressão do preceituado neste artigo
partido ou coligação pelo número de lugares definido para o ou pela não entrega do título pronto ao eleitor que o
partido pelo cálculo do quociente partidário do art. 107, mais procurar.
um, cabendo ao partido ou coligação que apresentar a maior
Art. 115. O s juizes eleitorais, sob pena de responsabilidade
média um dos lugares a preencher, desde que tenha
comunicarão ao Tribunal Regional, até 30 (trinta) dias antes
candidato que atenda à exigência de votação nominal
de cada eleição, o número de eleitores alistados.
mínima; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)(Vide
ADIN 5420) Art. 116. A Justiça Eleitoral fará ampla divulgação através
dos comunicados transmitidos em obediência ao disposto
II - repetir-se-á a operação para cada um dos lugares a
no Art. 250 § 5º pelo rádio e televisão, bem assim por meio
preencher; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
de cartazes afixados em lugares públicos, dos nomes dos
III - quando não houver mais partidos ou coligações com candidatos registrados, com indicação do partido a que
candidatos que atendam às duas exigências do inciso I, as pertençam, bem como do número sob que foram inscritos,
cadeiras serão distribuídas aos partidos que apresentem as no caso dos candidatos a deputado e a vereador.
maiores médias. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de
CAPÍTULO I
2015)
DAS SEÇÕES ELEITORAIS
§ 1o O preenchimento dos lugares com que cada partido ou
coligação for contemplado far-se-á segundo a ordem de Art. 117. As seções eleitorais, organizadas à medida em que
votação recebida por seus candidatos. (Redação dada pela forem sendo deferidos os pedidos de inscrição, não terão
Lei nº 13.165, de 2015) mais de 400 (quatrocentos) eleitores nas capitais e de 300
(trezentos) nas demais localidades, nem menos de 50
§ 2o Poderão concorrer à distribuição dos lugares todos os (cinqüenta) eleitores.
partidos e coligações que participaram do pleito. (Redação
dada pela Lei nº 13.488, de 2017) § 1º Em casos excepcionais, devidamente justificados, o
Tribunal Regional poderá autorizar que sejam ultrapassados
Art. 110. Em caso de empate, haver-se-á por eleito o os índices previstos neste artigo desde que essa providência
candidato mais idoso. venha facilitar o exercício do voto, aproximando o eleitor do
Art. 111 - Se nenhum Partido ou coligação alcançar o local designado para a votação.
quociente eleitoral, considerar-se-ão eleitos, até serem § 2º Se em seção destinada aos cegos, o número de eleitores
preenchidos todos os lugares, os candidatos mais não alcançar o mínimo exigido êste se completará com
votados. (Redação dada pela Lei nº 7.454, de 30.12.1985) outros, ainda que não sejam cegos.
Art.112. Considerar-se-ão suplentes da representação Art. 118. Os juizes eleitorais organizarão relação de eleitores
partidária: de cada seção a qual será remetida aos presidentes das
I - os mais votados sob a mesma legenda e não eleitos mesas receptoras para facilitação do processo de votação.
efetivos das listas dos respectivos partidos; CAPÍTULO II
II - em caso de empate na votação, na ordem decrescente da DAS MESAS RECEPTORAS
idade. Art. 119. A cada seção eleitoral corresponde uma mesa
Parágrafo único. Na definição dos suplentes da receptora de votos.
representação partidária, não há exigência de votação Art. 120. Constituem a mesa receptora um presidente, um
nominal mínima prevista pelo art. 108. (Incluído pela Lei nº primeiro e um segundo mesários, dois secretários e um
13.165, de 2015) suplente, nomeados pelo juiz eleitoral sessenta dias antes
Art. 113. Na ocorrência de vaga, não havendo suplente para da eleição, em audiência pública, anunciado pelo menos
preenchê-la, far-se-á eleição, salvo se faltarem menos de com cinco dias de antecedência. (Redação dada pela Lei nº
nove meses para findar o período de mandato. 4.961, de 4.5.1966)

TÍTULO II § 1º Não podem ser nomeados presidentes e mesários:


DOS ATOS PREPARATÓRIOS DA VOTAÇÃO I - os candidatos e seus parentes ainda que por afinidade, até
Art. 114. Até 70 (setenta) dias antes da data marcada para a o segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
eleição, todos os que requererem inscrição como eleitor, ou
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II - os membros de diretórios de partidos desde que exerça comunicando o impedimento aos mesários e secretários
função executiva; pelo menos 24 (vinte e quatro) horas antes da abertura dos
trabalhos, ou imediatamente, se o impedimento se der
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os
dentro desse prazo ou no curso da eleição.
funcionários no desempenho de cargos de confiança do
Executivo; § 2º Não comparecendo o presidente até as sete horas e
trinta minutos, assumirá a presidência o primeiro mesário e,
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.
na sua falta ou impedimento, o segundo mesário, um dos
§ 2º Os mesários serão nomeados, de preferência entre os secretários ou o suplente.
eleitores da própria seção, e, dentre estes, os diplomados
§ 3º Poderá o presidente, ou membro da mesa que assumir
em escola superior, os professores e os serventuários da
a presidência, nomear ad hoc, dentre os eleitores presentes
Justiça.
e obedecidas as prescrições do § 1º, do Art. 120, os que
§ 3º O juiz eleitoral mandará publicar no jornal oficial, onde forem necessários para completar a mesa.
houver, e, não havendo, em cartório, as nomeações que
Art. 124. O membro da mesa receptora que não comparecer
tiver feito, e intimará os mesários através dessa publicação,
no local, em dia e hora determinados para a realização de
para constituírem as mesas no dia e lugares designados, às
eleição, sem justa causa apresentada ao juiz eleitoral até 30
7 horas.
(trinta) dias após, incorrerá na multa de 50% (cinqüenta por
§ 4º Os motivos justos que tiverem os nomeados para cento) a 1 (um) salário-mínimo vigente na zona eleitoral
recusar a nomeação, e que ficarão a livre apreciação do juiz cobrada mediante sêlo federal inutilizado no requerimento
eleitoral, somente poderão ser alegados até 5 (cinco) dias a em que fôr solicitado o arbitramento ou através de
contar da nomeação, salvo se sobrevindos depois desse executivo fiscal.
prazo.
§ 1º Se o arbitramento e pagamento da multa não fôr
§ 5º Os nomeados que não declararem a existência de requerido pelo mesário faltoso, a multa será arbitrada e
qualquer dos impedimentos referidos no § 1º incorrem na cobrada na forma prevista no artigo 367.
pena estabelecida pelo Art. 310.
§ 2º Se o faltoso fôr servidor público ou autárquico, a pena
Art. 121. Da nomeação da mesa receptora qualquer partido será de suspensão até 15 (quinze) dias.
poderá reclamar ao juiz eleitoral, no prazo de 2 (dois) dias, a
§ 3º As penas previstas neste artigo serão aplicadas em
contar da audiência, devendo a decisão ser proferida em
dôbro se a mesa receptora deixar de funcionar por culpa dos
igual prazo.
faltosos.
§ 1º Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso para o
§ 4º Será também aplicada em dôbro observado o disposto
Tribunal Regional, interposto dentro de 3 (três) dias,
nos §§ 1º e 2º, a pena ao membro da mesa que abandonar os
devendo, dentro de igual prazo, ser resolvido.
trabalhos no decurso da votação sem justa causa
§ 2º Se o vício da constituição da mesa resultar da apresentada ao juiz até 3 (três) dias após a ocorrência.
incompatibilidade prevista no nº I, do § 1º, do Art. 120, e o
Art. 125. Não se reunindo, por qualquer motivo, a mesa
registro do candidato fôr posterior à nomeação do mesário,
receptora, poderão os eleitores pertencentes à respectiva
o prazo para reclamação será contado da publicação dos
seção votar na seção mais próxima, sob a jurisdição do
nomes dos candidatos registrados. Se resultar de qualquer
mesmo juiz, recolhendo-se os seus votos à urna da seção em
das proibições dos nºs II, III e IV, e em virtude de fato
que deveriam votar, a qual será transportada para aquela
superveniente, o prazo se contará do ato da nomeação ou
em que tiverem de votar.
eleição.
§ 1º As assinaturas dos eleitores serão recolhidas nas fôlhas
§ 3º O partido que não houver reclamado contra a
de votação da seção a que pertencerem, as quais,
composição da mesa não poderá argüir sob esse
juntamente com as cédulas oficiais e o material restante,
fundamento, a nulidade da seção respectiva.
acompanharão a urna.
Art. 122. Os juizes deverão instruir os mesários sôbre o
§ 2º O transporte da urna e dos documentos da seção será
processo da eleição, em reuniões para esse fim convocadas
providenciado pelo presidente da mesa, mesário ou
com a necessária antecedência.
secretário que comparecer, ou pelo próprio juiz, ou pessoa
Art. 123. Os mesários substituirão o presidente, de modo que êle designar para esse fim, acompanhando-a os fiscais
que haja sempre quem responda pessoalmente pela ordem que o desejarem.
e regularidade do processo eleitoral, e assinarão a ata da
Art. 126. Se no dia designado para o pleito deixarem de se
eleição.
reunir tôdas as mesas de um município, o presidente do
§ 1º O presidente deve estar presente ao ato de abertura e Tribunal Regional determinará dia para se realizar o mesmo,
de encerramento da eleição, salvo força maior,

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instaurando-se inquérito para a apuração das causas da Art. 130. Nos estabelecimentos de internação coletiva de
irregularidade e punição dos responsáveis. hansenianos os membros das mesas receptoras serão
escolhidos de preferência entre os médicos e funcionários
Parágrafo único. Essa eleição deverá ser marcada dentro de
sadios do próprio estabelecimento.
15 (quinze) dias, pelo menos, para se realizar no prazo
máximo de 30 (trinta) dias. CAPÍTULO III
DA FISCALIZAÇÃO PERANTE AS MESAS RECEPTORAS
Art. 127. Compete ao presidente da mesa receptora, e, em
sua falta, a quem o substituir: Art. 131. Cada partido poderá nomear 2 (dois) delegados em
I - receber os votos dos eleitores; cada município e 2 (dois) fiscais junto a cada mesa
receptora, funcionando um de cada vez.
II - decidir imediatamente tôdas as dificuldades ou dúvidas
que ocorrerem; § 1º Quando o município abranger mais de uma zona
eleitoral cada partido poderá nomear 2 (dois) delegados
III - manter a ordem, para o que disporá de força pública junto a cada uma delas.
necessária;
§ 2º A escolha de fiscal e delegado de partido não poderá
IV - comunicar ao juiz eleitoral, que providenciará recair em quem, por nomeação do juiz eleitoral, já faça parte
imediatamente as ocorrências cuja solução deste da mesa receptora.
dependerem;
§ 3º As credenciais expedidas pelos partidos, para os fiscais,
V - remeter à Junta Eleitoral todos os papéis que tiverem deverão ser visadas pelo juiz eleitoral.
sido utilizados durante a recepção dos votos;
§ 4º Para esse fim, o delegado do partido encaminhará as
VI - autenticar, com a sua rubrica, as cédulas oficiais e credenciais ao Cartório, juntamente com os títulos eleitorais
numerá-las nos têrmos das Instruções do Tribunal Superior dos fiscais credenciados, para que, verificado pelo escrivão
Eleitoral; que as inscrições correspondentes as títulos estão em vigor
VII - assinar as fórmulas de observações dos fiscais ou e se referem aos nomeados, carimbe as credenciais e as
delegados de partido, sôbre as votações; apresente ao juiz para o visto.

VIII - fiscalizar a distribuição das senhas e, verificando que § 5º As credenciais que não forem encaminhadas ao Cartório
não estão sendo distribuídas segundo a sua ordem pelos delegados de partido, para os fins do parágrafo
numérica, recolher as de numeração intercalada, acaso anterior, poderão ser apresentadas pelos próprios fiscais
retidas, as quais não se poderão mais distribuir. para a obtenção do visto do juiz eleitoral.

IX - anotar o não comparecimento do eleitor no verso da § 6º Se a credencial apresentada ao presidente da mesa


fôlha individual de votação. (Incluído pela Lei nº 4.961, de receptora não estiver autenticada na forma do § 4º, o fiscal
4.5.1966) poderá funcionar perante a mesa, mas o seu voto não será
admitido, a não ser na seção em que o seu nome estiver
Art. 128. Compete aos secretários: incluído.
I - distribuir aos eleitores as senhas de entrada previamente § 7º O fiscal de cada partido poderá ser substituído por outro
rubricadas ou carimbadas segundo a respectiva ordem no curso dos trabalhos eleitorais.
numérica;
Art. 132. Pelas mesas receptoras serão admitidos a fiscalizar
II - lavrar a ata da eleição; a votação, formular protestos e fazer impugnações,
III - cumprir as demais obrigações que lhes forem atribuídas inclusive sôbre a identidade do eleitor, os candidatos
em instruções. registrados, os delegados e os fiscais dos partidos.

Parágrafo único. As atribuições mencionadas no n.º 1 serão TÍTULO III


exercidas por um dos secretários e os constantes dos nºs. II DO MATERIAL PARA A VOTAÇÃO
e III pelo outro. Art. 133. Os juizes eleitorais enviarão ao presidente de cada
Art. 129. Nas eleições proporcionais os presidentes das mesa receptora, pelo menos 72 (setenta e duas) horas antes
mesas receptoras deverão zelar pela preservação das listas da eleição, o seguinte material.
de candidatos afixadas dentro das cabinas indevassáveis I - relação dos eleitores da seção que poderá ser dispensada,
tomando imediatas providências para a colocação de nova no todo ou em parte, pelo respectivo Tribunal Regional
lista no caso de inutilização total ou parcial. Eleitoral em decisão fundamentada e aprovada pelo
Parágrafo único. O eleitor que inutilizar ou arrebatar as listas Tribunal Superior Eleitoral. (Redação dada pela Lei nº
afixadas nas cabinas indevassáveis ou nos edifícios onde 6.055, de 17.6.1974)
funcionarem mesas receptoras, incorrerá nas penas do
artigo 297.
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II - relações dos partidos e dos candidatos registrados, as § 2º Os presidentes da mesa que não tiverem recebido até
quais deverão ser afixadas no recinto das seções eleitorais 48 (quarenta e oito) horas antes do pleito o referido material
em lugar visível, e dentro das cabinas indevassáveis as deverão diligenciar para o seu recebimento.
relações de candidatos a eleições proporcionais;
§ 3º O juiz eleitoral, em dia e hora previamente designados
III - as fôlhas individuais de votação dos eleitores da seção, em presença dos fiscais e delegados dos partidos, verificará,
devidamente acondicionadas; antes de fechar e lacrar as urnas, se estas estão
completamente vazias; fechadas, enviará uma das chaves,
IV - uma fôlha de votação para os eleitores de outras seções,
se houver, ao presidente da Junta Eleitoral e a da fenda,
devidamente rubricada;
também se houver, ao presidente da mesa receptora,
V - uma urna vazia, vedada pelo juiz eleitoral, com tiras de juntamente com a urna.
papel ou pano forte;
Art. 134. Nos estabelecimentos de internação coletiva para
VI - (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) hansenianos serão sempre utilizadas urnas de lona.
VI - sobrecartas maiores para os votos impugnados ou sôbre TÍTULO IV
os quais haja dúvida; (Renumerado do Inciso VII pela Lei nº DA VOTAÇÃO
4.961, de 4.5.1966) CAPÍTULO I
VII - cédulas oficiais; (Renumerado do Inciso VIII pela Lei nº DOS LUGARES DA VOTAÇÃO
4.961, de 4.5.1966) Art. 135. Funcionarão as mesas receptoras nos lugares
VIII - sobrecartas especiais para remessa à Junta Eleitoral designados pelos juizes eleitorais 60 (sessenta) dias antes da
dos documentos relativos à eleição; (Renumerado do eleição, publicando-se a designação.
Inciso IX pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) § 1º A publicação deverá conter a seção com a numeração
IX - senhas para serem distribuídas aos ordinal e local em que deverá funcionar com a indicação da
eleitores; (Renumerado do Inciso X pela Lei nº 4.961, de rua, número e qualquer outro elemento que facilite a
4.5.1966) localização pelo eleitor.

X - tinta, canetas, penas, lápis e papel, necessários aos § 2º Dar-se-á preferência aos edifícios públicos, recorrendo-
trabalhos; (Renumerado do Inciso XI pela Lei nº 4.961, de se aos particulares se faltarem aqueles em número e
4.5.1966) condições adequadas.

XI - fôlhas apropriadas para impugnação e fôlhas para § 3º A propriedade particular será obrigatória e
observação de fiscais de partidos; (Renumerado do Inciso gratuitamente cedida para esse fim.
XII pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) § 4º É expressamente vedado uso de propriedade
XII - modêlo da ata a ser lavrada pela mesa pertencente a candidato, membro do diretório de partido,
receptora; (Renumerado do Inciso XIII pela Lei nº 4.961, de delegado de partido ou autoridade policial, bem como dos
4.5.1966) respectivos cônjuges e parentes, consangüíneos ou afins,
até o 2º grau, inclusive.
XIII - material necessário para vedar, após a votação, a fenda
da urna; (Renumerado do Inciso XIV pela Lei nº 4.961, de § 5º Não poderão ser localizadas seções eleitorais em
4.5.1966) fazenda sítio ou qualquer propriedade rural privada, mesmo
existindo no local prédio público, incorrendo o juiz nas penas
XIV - um exemplar das Instruções do Tribunal Superior do Art. 312, em caso de infringência. (Redação dada pela
Eleitoral; (Renumerado do Inciso XV pela Lei nº 4.961, de Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
4.5.1966)
§ 6º Os Tribunais Regionais, nas capitais, e os juizes
XV - material necessário à contagem dos votos quando eleitorais, nas demais zonas, farão ampla divulgação da
autorizada; (Renumerado do Inciso XVI pela Lei nº 4.961, localização das seções.
de 4.5.1966)
§ 6o-A. Os Tribunais Regionais Eleitorais deverão, a cada
XVI - outro qualquer material que o Tribunal Regional julgue eleição, expedir instruções aos Juízes Eleitorais para orientá-
necessário ao regular funcionamento da los na escolha dos locais de votação, de maneira a garantir
mesa. (Renumerado do Inciso XVII pela Lei nº 4.961, de acessibilidade para o eleitor com deficiência ou com
4.5.1966) mobilidade reduzida, inclusive em seu entorno e nos
§ 1º O material de que trata êste artigo deverá ser remetido sistemas de transporte que lhe dão acesso. (Redação dada
por protocolo ou pelo correio acompanhado de uma relação pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
ao pé da qual o destinatário declarará o que recebeu e como § 6oB (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.226, de 15 de maio
o recebeu, e aporá sua assinatura. de 2001)

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§ 7º Da designação dos lugares de votação poderá qualquer Art. 141. A força armada conservar-se-á a cem metros da
partido reclamar ao juiz eleitoral, dentro de três dias a seção eleitoral e não poderá aproximar-se do lugar da
contar da publicação, devendo a decisão ser proferida votação, ou dêle penetrar, sem ordem do presidente da
dentro de quarenta e oito horas. (Incluído pela Lei nº 4.961, mesa.
de 4.5.1966)
CAPÍTULO III
§ 8º Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso para o DO INÍCIO DA VOTAÇÃO
Tribunal Regional, interposto dentro de três dias, devendo
no mesmo prazo, ser resolvido. (Incluído pela Lei nº 4.961, Art. 142. No dia marcado para a eleição, às 7 (sete) horas, o
de 4.5.1966) presidente da mesa receptora os mesários e os secretários
verificarão se no lugar designado estão em orem o material
§ 9º Esgotados os prazos referidos nos §§ 7º e 8º deste artigo, remetido pelo juiz e a urna destinada a recolher os votos,
não mais poderá ser alegada, no processo eleitoral, a bem como se estão presentes os fiscais de partido.
proibição contida em seu § 5º. (Incluído pela Lei nº 6.336,
de 1º.6.1976) Art. 143. As 8 (oito) horas, supridas as deficiências declarará
o presidente iniciados os trabalhos, procedendo-se em
Art. 136. Deverão ser instaladas seções nas vilas e povoados, seguida à votação, que começará pelos candidatos e
assim como nos estabelecimentos de internação coletiva, eleitores presentes.
inclusive para cegos e nos leprosários onde haja, pelo
menos, 50 (cinqüenta) eleitores. § 1º Os membros da mesa e os fiscais de partido deverão
votar no correr da votação, depois que tiverem votado os
Parágrafo único. A mesa receptora designada para qualquer eleitores que já se encontravam presentes no momento da
dos estabelecimentos de internação coletiva deverá abertura dos trabalhos, ou no encerramento da
funcionar em local indicado pelo respectivo diretório votação. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº
mesmo critério será adotado para os estabelecimentos 4.961, de 4.5.1966)
especializados para proteção dos cegos.
§ 2º Observada a prioridade assegurada aos candidatos, têm
Art.137. Até 10 (dez) dias antes da eleição, pelo menos, preferência para votar o juiz eleitoral da zona, seus auxiliares
comunicarão os juizes eleitorais aos chefes das repartições de serviço, os eleitores de idade avançada os enfermos e as
públicas e aos proprietários, arrendatários ou mulheres grávidas. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
administradores das propriedades particulares a resolução
de que serão os respectivos edifícios, ou parte dêles, Art. 144. O recebimento dos votos começará às 8 (oito)e
utilizados para pronunciamento das mesas receptoras. terminará, salvo o disposto no Art. 153, às 17 (dezessete)
horas.
Art. 138. No local destinado a votação, a mesa ficará em
recinto separado do público; ao lado haverá uma cabina Art. 145. O presidente, mesários, secretários, suplentes e os
indevassável onde os eleitores, à medida que delegados e fiscais de partido votarão, perante as mesas em
comparecerem, possam assinalar a sua preferência na que servirem, sendo que os delegados e fiscais, desde que a
cédula. credencial esteja visada na forma do artigo 131, § 3º; quando
eleitores de outras seções, seus votos serão tomados em
Parágrafo único. O juiz eleitoral providenciará para que nós separado. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de
edifícios escolhidos sejam feitas as necessárias adaptações. 4.5.1966) (Vide Lei nº 7.332, de 1º.7.1985)
CAPÍTULO II § 1º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) (Vide Lei
DA POLÍCIA DOS TRABALHOS ELEITORAIS nº 7.332, de 1º.7.1985)
Art. 139. Ao presidente da mesa receptora e ao juiz eleitoral § 2º (Renumerado para parágrafo único (abaixo) pela Lei
cabe a polícia dos trabalhos eleitorais. nº 4.961, de 4.5.1966)
Art. 140. Somente podem permanecer no recinto da mesa § 3º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) (Vide Lei
receptora os seus membros, os candidatos, um fiscal, um nº 7.332, de 1º.7.1985)
delegado de cada partido e, durante o tempo necessário à
Parágrafo único. Com as cautelas constantes do ar. 147, § 2º,
votação, o eleitor.
poderão ainda votar fora da respectiva
§ 1º O presidente da mesa, que é, durante os trabalhos, a seção: (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, de
autoridade superior, fará retirar do recinto ou do edifício 4.5.1966 (Vide Lei nº 7.332, de 1º.7.1985)
quem não guardar a ordem e compostura devidas e estiver
I - o juiz eleitoral, em qualquer seção da zona sob sua
praticando qualquer ato atentatório da liberdade eleitoral.
jurisdição, salvo em eleições municipais, nas quais poderá
§ 2º Nenhuma autoridade estranha a mesa poderá intervir, votar em qualquer seção do município em que fôr
sob pretexto algum, em seu funcionamento, salvo o juiz eleitor; (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, de
eleitoral. 4.5.1966

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II - o Presidente da República, o qual poderá votar em II - no verso da senha o secretário anotará o número de
qualquer seção, eleitoral do país, nas eleições presidenciais; ordem da fôlha individual da pasta, número esse que
em qualquer seção do Estado em que fôr eleitor nas eleições constará da relação enviada pelo cartório à mesa receptora;
para governador, vice-governador, senador, deputado
III - admitido a penetrar no recinto da mesa, segundo a
federal e estadual; em qualquer seção do município em que
ordem numérica das senhas, o eleitor apresentará ao
estiver inscrito, nas eleições para prefeito, vice-prefeito e
presidente seu título, o qual poderá ser examinado por fiscal
vereador; (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961,
ou delegado de partido, entregando, no mesmo ato, a
de 4.5.1966
senha;
III - os candidatos à Presidência da República, em qualquer
IV - pelo número anotado no verso da senha, o presidente,
seção eleitoral do país, nas eleições presidenciais, e, em
ou mesário, localizará a fôlha individual de votação, que será
qualquer seção do Estado em que forem eleitores, nas
confrontada com o título e poderá também ser examinada
eleições de âmbito estadual; (Renumerado do parágrafo
por fiscal ou delegado de partido;
2º pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966
V - achando-se em ordem o título e a fôlha individual e não
IV - os governadores, vice-governadores, senadores,
havendo dúvida sôbre a identidade do eleitor, o presidente
deputados federais e estaduais, em qualquer seção do
da mesa o convidará a lançar sua assinatura no verso da
Estado, nas eleições de âmbito nacional e estadual; em
fôlha individual de votação; em seguida entregar-lhe-á a
qualquer seção do município de que sejam eleitores, nas
cédula única rubricada no ato pelo presidente e mesários e
eleições municipais; (Renumerado do parágrafo 2º pela
numerada de acôrdo com as Instruções do Tribunal Superior
Lei nº 4.961, de 4.5.1966
instruindo-o sôbre a forma de dobrá-la, fazendo-o passar a
V - os candidatos a governador, vice-governador, senador, cabina indevassável, cuja porta ou cortina será encerrada
deputado federal e estadual, em qualquer seção do Estado em seguida;
de que sejam eleitores, nas eleições de âmbito nacional e
VI - o eleitor será admitido a votar, ainda que deixe de exibir
estadual; (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961,
no ato da votação o seu título, desde que seja inscrito na
de 4.5.1966
seção e conste da respectiva pasta a sua fôlha individual de
VI - os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, em qualquer votação; nesse caso, a prova de ter votado será feita
seção de município que representarem, desde que eleitores mediante certidão que obterá posteriormente, no juízo
do Estado, sendo que, no caso de eleições municipais, nelas competente;
somente poderão votar se inscritos no
VII - no caso da omissão da fôlha individual na respectiva
município; (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº
pasta verificada no ato da votação, será o eleitor, ainda,
4.961, de 4.5.1966
admitido a votar, desde que exiba o seu título eleitoral e dêle
VII - os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador, em conste que o portador é inscrito na seção, sendo o seu voto,
qualquer seção de município, desde que dêle sejam nesta hipótese, tomando em separado e colhida sua
eleitores; (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, assinatura na fôlha de votação modêlo 2 (dois). Como ato
de 4.5.1966 preliminar da apuração do voto, averiguar-se-á se se trata de
eleitor em condições de votar, inclusive se realmente
VIII - os militares, removidos ou transferidos dentro do
pertence à seção;
período de 6 (seis) meses antes do pleito, poderão votar nas
eleições para presidente e vice-presidente da República na VIII - verificada a ocorrência de que trata o número anterior,
localidade em que estiverem servindo. (Renumerado do a Junta Eleitoral, antes de encerrar os seus trabalhos,
parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966 apurará a causa da omissão. Se tiver havido culpa ou dolo,
será aplicada ao responsável, na primeira hipótese, a multa
IX - os policiais militares em serviço. (Incluído pela Lei nº
de até 2 (dois) salários-mínimos, e, na segunda, a de
9.504, de 9.5.1995)
suspensão até 30 (trinta) dias;
CAPÍTULO IV
IX - na cabina indevassável, onde não poderá permanecer
DO ATO DE VOTAR
mais de um minuto, o eleitor indicará os candidatos de sua
Art. 146. Observar-se-á na votação o seguinte: preferência e dobrará a cédula oficial, observadas as
seguintes normas:
I - o eleitor receberá, ao apresentar-se na seção, e antes de
penetrar no recinto da mesa, uma senha numerada, que o a) assinalando com uma cruz, ou de modo que torne
secretário rubricará, no momento, depois de verificar pela expressa a sua intenção, o quadrilátero correspondente ao
relação dos eleitores da seção, que o seu nome constada candidato majoritário de sua preferência;
respectiva pasta; b) escrevendo o nome, o prenome, ou o número do
candidato de sua preferência nas eleições

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proporcionais. (Redação dada pela Lei nº 7.434, de III - determinará ao eleitor que feche a sobrecarta branca e a
19.12.1985) deposite na urna;
c) escrevendo apenas a sigla do partido de sua preferência, IV - anotará a impugnação na ata.
se pretender votar só na legenda; (Revogado pela Lei nº
§3º O voto em separado, por qualquer motivo, será sempre
6.989, de 5.5.1982) (Vide restabelecimento Lei nº 7.332,
tomado na forma prevista no parágrafo anterior.
de 1º.7.1985)
Art. 148. O eleitor somente poderá votar na seção eleitoral
X - ao sair da cabina o eleitor depositará na urna a cédula;
em que estiver incluído o seu nome.
XI - ao depositar a cédula na urna o eleitor deverá fazê-lo de
§ 1º Essa exigência somente poderá ser dispensada nos
maneira a mostrar a parte rubricada à mesa e aos fiscais de
casos previstos no Art. 145 e seus parágrafos.
partido, para que verifiquem sem nela tocar, se não foi
substituída; § 2º Aos eleitores mencionados no Art. 145 não será
permitido votar sem a exibição do título, e nas fôlhas de
XII - se a cédula oficial não fôr a mesmo, será o eleitor
votação modêlo 2 (dois), nas quais lançarão suas
convidado a voltar à cabina indevessável e a trazer seu voto
assinaturas, serão sempre anotadas na coluna própria as
na cédula que recebeu; senão quiser tornar à cabina ser-lhe-
seções mecionadas nos título retidos.
á recusado a ocorrência na ata e ficando o eleitor retido pela
mesa, e à sua disposição, até o término da votação ou a § 3º Quando se tratar de candidato, o presidente da mesa
devolução da cédula oficial já rubricada e numerada; receptora verificará, previamente, se o nome figura na
relação enviada à seção, e quando se tratar de fiscal de
XIII - se o eleitor, ao receber a cédula ou ao recolher-se à
partido, se a credencial está devidamente visada pelo juiz
cabia de votação, verificar que a cédula se acha estragada
eleitoral.
ou, de qualquer modo, viciada ou assinalada ou se êle
próprio, por imprudência, imprevidência ou ignorância, a § 4º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
inutilizar, estragar ou assinalar erradamente, poderá pedir
§ 5º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
uma outra ao presidente da seção eleitoral, restituíndo,
porém, a primeira, a qual será imediatamente inutilizada à Art. 149. Não será admitido recurso contra a votação, se não
vista dos presentes e sem quebra do sigilo do que o eleitor tiver havido impugnação perante a mesa receptora, no ato
haja nela assinalado; da votação, contra as nulidades argüidas.
XIV - introduzida a sobrecarta na urna, o presidente da mesa Art. 150. O eleitor cego poderá:
devolverá o título ao eleitor, depois de datá-lo e assiná-lo;
I - assinar a fôlha individual de votação em letras do alfabeto
em seguida rubricará, no local próprio, a fôlha individual de
comum ou do sistema Braille;
votação.
II - assinalar a cédula oficial, utilizando também qualquer
Art. 147. O presidente da mesa dispensará especial atenção
sistema;
à identidade de cada eleitor admitido a votar Existindo
dúvida a respeito, deverá exigir-lhe a exibição da respectiva III - usar qualquer elemento mecânico que trouxer consigo,
carteira, e, na falta desta, interrogá-lo sôbre os dados ou lhe fôr fornecido pela mesa, e que lhe possibilite exercer
constantes do título, ou da fôlha individual de votação, o direito de voto
confrontando a assinatura do mesmo com a feita na sua
Art. 151. (Revogado pela Lei nº 7.914, de 7.12.1989)
presença pelo eleitor, e mencionando na ata a dúvida
suscitada. Art. 152. Poderão ser utilizadas máquinas de votar, a critério
e mediante regulamentação do Tribunal Superior Eleitoral.
§ 1º A impugnação à identidade do eleitor, formulada pelos
membros da mesa, fiscais, delegados, candidatos ou CAPÍTULO V
qualquer eleitor, será apresentada verbalmente ou por DO ENCERRAMENTO DA VOTAÇÃO
escrito, antes de ser o mesmo admitido a votar.
Art. 153. Às 17 (dezessete) horas, o presidente fará entregar
§ 2º Se persistir a dúvida ou fôr mantida a impugnação, as senhas a todos os eleitores presentes e, em seguida, os
tomará o presidente da mesa as seguintes providências: convidará, em voz alta, a entregar à mesa seus títulos, para
I - escreverá numa sobrecarta branca o seguinte: que sejam admitidos a votar.
"Impugnado por "F"; Parágrafo único. A votação continuará na ordem numérica
II - entregará ao eleitor a sobrecarta branca, para que êle, na das senhas e o título será devolvido ao eleitor, logo que
presença da mesa e dos fiscais, nela coloque a cédula oficial tenha votado.
que assinalou, assim como o seu título, a fôlha de Art. 154. Terminada a votação e declarado o seu
impugnação e qualquer outro documento oferecido pelo encerramento elo presidente, tomará estes as seguintes
impugnante; providências:

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I - vedará a fenda de introdução da cédula na urna, de modo encerrados em sobrecartas rubricadas por êle e pelos fiscais
a cobri-la inteiramente com tiras de papel ou pano forte, que o quiserem;
rubricadas pelo presidente e mesários e, facultativamente,
VII - comunicará em ofício, ou impresso próprio, ao juiz
pelos fiscais presentes, separará todas as folhas de votação
eleitoral da zona a realização da eleição, o número de
correspondentes aos eleitores faltosos e fará constar, no
eleitores que votaram e a remessa da urna e dos
verso de cada uma delas na parte destinada à assinatura do
documentos à Junta Eleitoral;
eleitor, a falta verificada, por meio de breve registro, que
autenticará com a sua assinatura. (Redação dada pela Lei VIII - enviará em sobrecarta fechada uma das vias do recibo
nº 4.961, de 4.5.1966) do Correio à Junta Eleitoral e a outra ao Tribunal Regional.
II - encerrará, com a sua assinatura, a fôlha de votação § 1º Os Tribunais Regionais poderão prescrever outros meios
modêlo 2 (dois), que poderá ser também assinada pelos de vedação das urnas.
fiscais;
§ 2º No Distrito Federal e nas capitais dos Estados poderão
III - mandará lavra, por um dos secretários, a ata da eleição, os Tribunais Regionais determinar normas diversas para a
preenchendo o modêlo fornecido pela Justiça Eleitoral, para entrega de urnas e papéis eleitorais, com as cautelas
que conste: destinadas a evitar violação ou extravio.
a) os nomes dos membros da mesa que hajam comparecido, Art. 155. O presidente da Junta Eleitoral e as agências do
inclusive o suplente; Correio tomarão as providências necessárias para o
recebimento da urna e dos documentos referidos no artigo
b) as substituições e nomeações feitas;
anterior.
c) os nomes dos fiscais que hajam comparecido e dos que se
§1º Os fiscais e delegados de partidos têm direito de vigiar e
retiraram durante a votação;
acompanhar a urna desde o momento da eleição, durante a
d) a causa, se houver, do retardamento para o começo da permanência nas agências do Correio e até a entrega à Junta
votação; Eleitoral.
e) o número, por extenso, dos eleitores da seção que § 2º A urna ficará permanentemente à vista dos interessados
compareceram e votaram e o número dos que deixaram de e sob a guarda de pessoa designada pelo presidente da
comparecer; Junta Eleitoral.
f) o número, por extenso, de eleitores de outras seções que Art. 156. Até as 12 (doze) horas do dia seguinte à realização
hajam votado e cujos votos hajam sido recolhidos ao da eleição, o juiz eleitoral é obrigado, sob pena de
invólucro especial; responsabilidade e multa de 1 (um) a 2 (dois) salários-
mínimos, a comunicar ao Tribunal Regional, e aos delegados
g) o motivo de não haverem votado alguns dos eleitores que
de partido perante êle credenciados, o número de eleitores
compareceram;
que votaram em cada uma das seções da zona sob sua
h) os protestos e as impugnações apresentados pelos fiscais, jurisdição, bem como o total de votantes da zona.
assim como as decisões sôbre eles proferidas, tudo em seu
§ 1º Se houver retardamento nas medidas referidas no Art.
inteiro teor;
154, o juiz eleitoral, assim que receba o ofício constante
i) a razão de interrupção da votação, se tiver havido, e o desse dispositivo, nº VII, fará a comunicação constante
tempo de interrupção; dêste artigo.
j) a ressalva das rasuras, emendas e entrelinhas porventura § 2º Essa comunicação será feita por via postal, em ofícios
existentes nas folhas de votação e na ata, ou a declaração de registrados de que o juiz eleitoral guardará cópia no arquivo
não existirem; da zona, acompanhada do recibo do Correio.
IV - mandará, em caso de insuficiência de espaço no modêlo § 3º Qualquer candidato, delegado ou fiscal de partido
destinado ao preenchimento, prosseguir a ata em outra poderá obter, por certidão, o teor da comunicação a que se
fôlha devidamente rubricada por êle, mesários e fiscais que refere êste artigo, sendo defeso ao juiz eleitoral recusá-la ou
o desejarem, mencionado esse fato na própria ata; procrastinar a sua entrega ao requerente.
V - assinará a ata com os demais membros da mesa, Art. 157. (Revogado pela Lei nº 7.914, de 7.12.1989)
secretários e fiscais que quiserem;
TÍTULO V
VI - entregará a urna e os documentos do ato eleitoral ao DA APURAÇÃO
presidente da Junta ou à agência do Correio mais próxima, CAPÍTULO I
ou a outra vizinha que ofereça melhores condições de DOS ÓRGÃOS APURADORES
segurança e expedição, sob recibo em triplicata com a
indicação de hora, devendo aqueles documentos ser Art. 158. A apuração compete:

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I - às Juntas Eleitorais quanto às eleições realizadas na zona Art. 161. Cada partido poderá credenciar perante as Juntas
sob sua jurisdição; até 3 (três) fiscais, que se revezem na fiscalização dos
trabalhos.
II - aos Tribunais Regionais a referente às eleições para
governador, vice-governador, senador, deputado federal e § 1º Em caso de divisão da Junta em turmas, cada partido
estadual, de acôrdo com os resultados parciais enviados poderá credenciar até 3 (três) fiscais para cada turma.
pelas Junta Eleitorais;
§ 2º Não será permitida, na Junta ou turma, a atuação de
III - ao Tribunal Superior Eleitoral nas eleições para mais de 1 (um) fiscal de cada partido.
presidente e vice-presidente da República , pelos resultados
Art. 162. Cada partido poderá credenciar mais de 1 (um)
parciais remetidos pelos Tribunais Regionais.
delegado perante a Junta, mas no decorrer da apuração só
CAPÍTULO II funcionará 1 (um) de cada vez.
DA APURAÇÃO NAS JUNTAS
Art. 163. Iniciada a apuração da urna, não será a mesma
SEÇÃO I interrompida, devendo ser concluída.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Parágrafo único. Em caso de interrupção por motivo de
Art. 159. A apuração começará no dia seguinte ao das força maior, as cédulas e as folhas de apuração serão
eleições e, salvo motivo justificado, deverá terminar dentro recolhidas à urna e esta fechada e lacrada, o que constará da
de 10 (dez) dias. ata.
§ 1º Iniciada a apuração, os trabalhos não serão Art. 164. É vedado às Juntas Eleitorais a divulgação, por
interrompidos aos sábados, domingos e dias feriados, qualquer meio, de expressões, frases ou desenhos estranhos
devendo a Junta funcionar das 8 (oito) às 18 (dezoito) horas, ao pleito, apostos ou contidos nas cédulas.
pelo menos.
§ 1º Aos membros, escrutinadores e auxiliares das Juntas
§ 2º Em caso de impossibilidade de observância do prazo que infringirem o disposto neste artigo será aplicada a multa
previsto neste artigo, o fato deverá ser imediatamente de 1 (um) a 2 (dois) salários-mínimos vigentes na Zona
justificado perante o Tribunal Regional, mencionando-se as Eleitoral, cobrados através de executivo fiscal ou da
horas ou dias necessários para o adiamento que não poderá inutilização de sêlos federais no processo em que fôr
exceder a cinco dias. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de arbitrada a multa.
4.5.1966)
§ 2º Será considerada dívida líquida e certa, para efeito de
§ 3º Esgotado o prazo e a prorrogação estipulada neste cobrança, a que fôr arbitrada pelo Tribunal Regional e
artigo ou não tendo havido em tempo hábil o pedido de inscrita em livro próprio na Secretaria desse órgão.
prorrogação, a respectiva Junta Eleitoral perde a
competência para prosseguir na apuração devendo o seu SEÇÃO II
presidente remeter, imediatamente ao Tribunal Regional, DA ABERTURA DA URNA
todo o material relativo à votação. (Incluído pela Lei nº Art. 165. Antes de abrir cada urna a Junta verificará:
4.961, de 4.5.1966)
I - se há indício de violação da urna;
§ 4º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior,
competirá ao Tribunal Regional fazer a apuração. (Incluído II - se a mesa receptora se constituiu legalmente;
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) III - se as folhas individuais de votação e as folhas modêlo 2
§ 5º Os membros da Junta Eleitoral responsáveis pela (dois) são autênticas;
inobservância injustificada dos prazos fixados neste artigo IV - se a eleição se realizou no dia, hora e local designados e
estarão sujeitos à multa de dois a dez salários-mínimos, se a votação não foi encerrada antes das 17 (dezessete)
aplicada pelo Tribunal Regional. (Incluído pela Lei nº 4.961, horas;
de 4.5.1966)
V - se foram infringidas as condições que resguardam o sigilo
Art. 160. Havendo conveniência, em razão do número de do voto;
urnas a apurar, a Junta poderá subdividir-se em turmas, até
o limite de 5 (cinco), todas presididas por algum dos seus VI - se a seção eleitoral foi localizada com infração ao
componentes. disposto nos §§ 4º e 5º do Art. 135;

Parágrafo único. As dúvidas que forem levantadas em cada VII - se foi recusada, sem fundamento legal, a fiscalização de
turma serão decididas por maioria de votos dos membros da partidos aos atos eleitorais;
Junta. VIII - se votou eleitor excluído do alistamento, sem ser o seu
voto tomado em separado;

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IX - se votou eleitor de outra seção, a não ser nos casos Art. 167. Resolvida a apuração da urna, deverá a Junta
expressamente admitidos; inicialmente:
X - se houve demora na entrega da urna e dos documentos I - examinar as sobrecartas brancas contidas na urna,
conforme determina o nº VI, do Art. 154. anulando os votos referentes aos eleitores que não podiam
votar; (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
XI - se consta nas folhas individuais de votação dos eleitores
faltosos o devido registro de sua falta. (Incluído pela Lei nº II - misturar as cédulas oficiais dos que podiam votar com as
4.961, de 4.5.1966) demais existentes na urna. (Redação dada pela Lei nº
4.961, de 4.5.1966)
§ 1º Se houver indício de violação da urna, proceder-se-á da
seguinte forma: III - (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
I - antes da apuração, o presidente da Junta indicará pessoa IV (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
idônea para servir como perito e examinar a urna com
Art. 168. As questões relativas à existência de rasuras,
assistência do representante do Ministério Público;
emendas e entrelinhas nas folhas de votação e na ata da
II - se o perito concluir pela existência de violação e o seu eleição, somente poderão ser suscitadas na fase
parecer fôr aceito pela Junta, o presidente desta comunicará correspondente à abertura das urnas.
a ocorrência ao Tribunal Regional, para as providências de
SEÇÃO III
lei;
DAS IMPUGNAÇÕES E DOS RECURSOS
III - se o perito e o representante do Ministério Público
concluírem pela inexistência de violação, far-se-á a Art. 169. À medida que os votos forem sendo apurados,
apuração; poderão os fiscais e delegados de partido, assim como os
candidatos, apresentar impugnações que serão decididas de
IV - se apenas o representante do Ministério Público plano pela Junta.
entender que a urna foi violada, a Junta decidirá, podendo
aquêle, se a decisão não fôr unânime, recorrer § 1º As Juntas decidirão por maioria de votos as
imediatamente para o Tribunal Regional; impugnações.

V - não poderão servir de peritos os referidos no Art. 36, § 3º, § 2º De suas decisões cabe recurso imediato, interposto
nºs. I a IV. verbalmente ou por escrito, que deverá ser fundamentado
no prazo de 48 (quarenta e oito) horas para que tenha
§ 2º s impugnações fundadas em violação da urna somente seguimento.
poderão ser apresentadas até a abertura desta.
§ 3º O recurso, quando ocorrerem eleições simultâneas,
§ 3º Verificado qualquer dos casos dos nºs. II, III, IV e V do indicará expressamente eleição a que se refere.
artigo, a Junta anulará a votação, fará a apuração dos votos
em separado e recorrerá de ofício para o Tribunal Regional. § 4º Os recursos serão instruídos de ofício, com certidão da
decisão recorrida; se interpostos verbalmente, constará
§ 4º Nos casos dos números VI, VII, VIII, IX e X, a Junta também da certidão o trecho correspondente do
decidirá se a votação é válida, procedendo à apuração boletim. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
definitiva em caso afirmativo, ou na forma do parágrafo
anterior, se resolver pela nulidade da votação. Art. 170. As impugnações quanto à identidade do eleitor,
apresentadas no ato da votação, serão resolvidas pelo
§ 5º A junta deixará de apurar os votos de urna que não confronto da assinatura tomada no verso da folha individual
estiver acompanhada dos documentos legais e lavrará de votação com a existente no anverso; se o eleitor votou
têrmo relativo ao fato, remetendo-a, com cópia da sua em separado, no caso de omissão da folha individual na
decisão, ao Tribunal Regional. respectiva pasta, confrontando-se a assinatura da folha
Art. 166. Aberta a urna, a Junta verificará se o número de modêlo 2 (dois) com a do título eleitoral.
cédulas oficiais corresponde ao de votantes. (Redação Art. 171 Não será admitido recurso contra a apuração, se não
dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) tiver havido impugnação perante a Junta, no ato apuração,
§ 1º A incoincidência entre o número de votantes e o de contra as nulidades arguidas.
cédulas oficiais encontradas na urna não constituirá motivo Art. 172. Sempre que houver recurso fundado em contagem
de nulidade da votação, desde que não resulte de fraude errônea de votos, vícios de cédulas ou de sobrecartas para
comprovada. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de votos em separado, deverão as cédulas ser conservadas em
4.5.1966) invólucro lacrado, que acompanhará o recurso e deverá ser
§ 2º Se a Junta entender que a incoincidência resulta de rubricado pelo juiz eleitoral, pelo recorrente e pelos
fraude, anulará a votação, fará a apuração em separado e delegados de partido que o desejarem. (Redação dada
recorrerá de ofício para o Tribunal Regional. pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

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SEÇÃO IV II - se o eleitor escrever o nome de mais de um candidato ao


DA CONTAGEM DOS VOTOS mesmo cargo, pertencentes a partidos diversos, ou,
indicando apenas os números, o fizer também de
Art. 173. Resolvidas as impugnações a Junta passará a apurar candidatos de partidos diferentes; (Renumerado do § 3º
os votos. pela Lei nº 4.961, de 4 5.66)
Parágrafo único. Na apuração, poderá ser utilizado sistema III - se o eleitor, não manifestando preferência por
eletrônico, a critério do Tribunal Superior Eleitoral e na candidato, ou o fazendo de modo que não se possa
forma por ele estabelecida. (Incluído pela Lei nº 6.978, de identificar o de sua preferência, escrever duas ou mais
19.1.1982) legendas diferentes no espaço relativo à mesma
Art. 174. As cédulas oficiais, à medida em que forem sendo eleição. (Renumerado do § 3º pela Lei nº 4.961, de 4 5.66)
abertas, serão examinadas e lidas em voz alta por um dos IV- (Incluído pela Lei nº 6.989, de 5.5.1982 e restabelecido
componentes da Junta. pela Lei nº 7.332, de 1º.7.1985)
§ 1º Após fazer a declaração dos votos em branco e antes de § 3º Serão nulos, para todos os efeitos, os votos dados a
ser anunciado o seguinte, será aposto na cédula, no lugar candidatos inelegíveis ou não registrados. : (Renumerado
correspondente à indicação do voto, um carimbo com a do § 4º pela Lei nº 4.961, de 4 5.66)
expressão "em branco", além da rubrica do presidente da
turma. (Redação dada pela Lei nº 6.055, de 17.6.1974) § 4º O disposto no parágrafo anterior não se aplica quando
a decisão de inelegibilidade ou de cancelamento de registro
§ 2º O mesmo processo será adaptado para o voto for proferida após a realização da eleição a que concorreu o
nulo. (Incluído pela Lei nº 6.055, de 17.6.1974) candidato alcançado pela sentença, caso em que os votos
§ 3º Não poderá ser iniciada a apuração dos votos da urna serão contados para o partido pelo qual tiver sido feito o seu
subsequente sob as penas do Art. 345, sem que os votos em registro. (Incluído pela Lei nº 7.179, de 19.12.1983)
branco da anterior estejam todos registrados pela forma Art. 176. Contar-se-á o voto apenas para a legenda, nas
referida no § 1º. (Incluído pela Lei nº 4.961, de eleições pelo sistema proporcional: (Redação dada pela
4.5.1966 e renumerado do § 2º pela Lei nº 6.055, de Lei nº 8.037, de 1990)
17.6.1974)
I - se o eleitor escrever apenas a sigla partidária, não
§ 4º As questões relativas às cédulas somente poderão ser indicando o candidato de sua preferência; (Redação dada
suscitadas nessa oportunidade. (Renumerado do pela Lei nº 8.037, de 1990)
parágrafo único para § 3º pela Lei nº 4.961, de
4.5.1966) e renumerado do § 3º pela Lei nº 6.055, de II - se o eleitor escrever o nome de mais de um candidato do
17.6.1974) mesmo Partido; (Redação dada pela Lei nº 8.037, de 1990)

Art. 175. Serão nulas as cédulas: I - que não corresponderem III - se o eleitor, escrevendo apenas os números, indicar mais
ao modelo oficial; (Vide Lei nº 7.332, de 1º.7.1985) de um candidato do mesmo Partido; (Redação dada pela
Lei nº 8.037, de 1990)
II - que não estiverem devidamente autenticadas;
IV - se o eleitor não indicar o candidato através do nome ou
III - que contiverem expressões, frases ou sinais que possam do número com clareza suficiente para distingui-lo de outro
identificar o voto. candidato do mesmo Partido. (Redação dada pela Lei nº
§ 1º Serão nulos os votos, em cada eleição majoritária: 8.037, de 1990)

I - quando forem assinalados os nomes de dois ou mais Art. 177. Na contagem dos votos para as eleições realizadas
candidatos para o mesmo cargo; pelo sistema proporcional observar-se-ão, ainda, as
seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 8.037, de
II - quando a assinalação estiver colocada fora do 1990)
quadrilátero próprio, desde que torne duvidosa a
manifestação da vontade do eleitor. I - a inversão, omissão ou erro de grafia do nome ou
prenome não invalidará o voto, desde que seja possível a
§ 2º Serão nulos os votos, em cada eleição pelo sistema identificação do candidato; (Redação dada pela Lei nº
proporcional: (Renumerado do § 3º pela Lei nº 4.961, de 4 8.037, de 1990)
5.66)
II - se o eleitor escrever o nome de um candidato e o número
I - quando o candidato não fôr indicado, através do nome ou correspondente a outro da mesma legenda ou não, contar-
do número, com clareza suficiente para distinguí-lo de outro se-á o voto para o candidato cujo nome foi escrito, bem
candidato ao mesmo cargo, mas de outro partido, e o eleitor como para a legenda a que pertence; (Redação dada pela
não indicar a legenda; (Renumerado do § 3º pela Lei nº Lei nº 8.037, de 1990)
4.961, de 4 5.66)

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III - se o eleitor escrever o nome ou o número de um relatório da Comissão Apuradora, ou antes, se durante os
candidato e a legenda de outro Partido, contar-se-á o voto trabalhos da Comissão tiver conhecimento da
para o candidato cujo nome ou número foi incoincidência de qualquer resultado.
escrito; (Redação dada pela Lei nº 8.037, de 1990)
§ 7º Apresentado o boletim, será aberta vista aos demais
IV - se o eleitor escrever o nome ou o número de um partidos, pelo prazo de 2 (dois) dias, os quais somente
candidato a Deputado Federal na parte da cédula referente poderão contestar o erro indicado com a apresentação de
a Deputado Estadual ou vice-versa, o voto será contado para boletim da mesma urna, revestido das mesmas
o candidato cujo nome ou número foi escrito; (Redação formalidades.
dada pela Lei nº 8.037, de 1990)
§ 8º Se o boletim apresentado na contestação consignar
V - se o eleitor escrever o nome ou o número de candidatos outro resultado, coincidente ou não com o que figurar no
em espaço da cédula que não seja o correspondente ao mapa enviado pela Junta, a urna será requisitada e
cargo para o qual o candidato foi registrado, será o voto recontada pelo próprio Tribunal Regional, em sessão.
computado para o candidato e respectiva legenda,
§ 9º A não expedição do boletim imediatamente após a
conforme o registro. (Incluído pela Lei nº 8.037, de 1990)
apuração de cada urna e antes de se passa à subsequente,
Art. 178. O voto dado ao candidato a Presidente da sob qualquer pretexto, constitui o crime previsto no Art. 313.
República entender-se-á dado também ao candidato a vice-
Art. 180. O disposto no artigo anterior e em todos os seus
presidente, assim como o dado aos candidatos a
parágrafos aplica-se às eleições municipais, observadas
governador, senador, deputado federal nos territórios,
somente as seguintes alterações:
prefeito e juiz de paz entender-se-á dado ao respectivo vice
ou suplente. I - o boletim de apuração poderá ser apresentado à Junta até
3 (três) dia depois de totalizados os resultados, devendo os
Art. 179. Concluída a contagem dos votos a Junta ou turma
partidos ser cientificados, através de seus delegados, da
deverá:
data em que começará a correr êsse prazo;
I - transcrever nos mapas referentes à urna a votação
II - apresentado o boletim será observado o disposto nos §§
apurada;
7º e 8º do artigo anterior, devendo a recontagem ser
II - expedir boletim contendo o resultado da respectiva procedida pela própria Junta.
seção, no qual serão consignados o número de votantes, a
Art. 181. Salvo nos casos mencionados nos artigos
votação individual de cada candidato, os votos de cada
anteriores, a recontagem de votos só poderá ser deferida
legenda partidária, os votos nulos e os em branco, bem
pelos Tribunais Regionais, em recurso interposto
como recursos, se houver.
imediatamente após a apuração de cada urna.
§ 1º Os mapas, em todas as suas folhas, e os boletins de
Parágrafo único. Em nenhuma outra hipótese poderá a
apuração, serão assinados pelo presidente e membros da
Junta determinar a reabertura de urnas já apuradas para
Junta e pelos fiscais de partido que o desejarem.
recontagem de votos.
§ 2º O boletim a que se refere e êste artigo obedecerá a
Art. 182. Os títulos dos eleitores estranhos à seção serão
modêlo aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral, podendo
separados, para remessa, depois de terminados os trabalhos
porém, na sua falta, ser substituído por qualquer outro
da Junta, ao juiz eleitoral da zona nêles mencionadas, a fim
expedido por Tribunal Regional ou pela própria Junta
de que seja anotado na fôlha individual de votação o voto
Eleitoral.
dado em outra seção.
§ 3º Um dos exemplares do boletim de apuração será
Parágrafo único. Se, ao ser feita a anotação, no confronto do
imediatamente afixado na sede da Junta, em local que possa
título com a fôlha individual, se verificar incoincidência ou
ser copiado por qualquer pessoa.
outro indício de fraude, serão autuados tais documentos e o
§ 4º Cópia autenticada do boletim de apuração será juiz determinará as providências necessárias para apuração
entregue a cada partido, por intermédio do delegado ou do fato e conseqüentes medidas legais.
fiscal presente, mediante recibo.
Art. 183. Concluída a apuração, e antes de se passar à
§ 5º O boletim de apuração ou sua cópia autenticada com a subsequente, as cédulas serão recolhidas à urna, sendo esta
assinatura do juiz e pelo menos de um dos membros da fechada e lacrada, não podendo ser reaberta senão depois
Junta, podendo ser apresentado ao Tribunal Regional, nas de transitada em julgado a diplomação, salvo nos casos de
eleições federais e estaduais, sempre que o número de votos recontagem de votos.
constantes dos mapas recebidos pela Comissão Apuradora
Parágrafo único. O descumprimento do disposto no
não coincidir com os nele consignados.
presente artigo, sob qualquer pretexto, constitui o crime
§ 6º O partido ou candidato poderá apresentar o boletim na eleitoral previsto no Art. 314.
oportunidade concedida pelo Art. 200, quando terá vista do
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Art. 184. Terminada a apuração, a Junta remeterá ao III- as seções onde não houve eleição e os motivos;
Tribunal Regional no prazo de vinte e quatro horas, todos os
IV - as impugnações feitas, a solução que lhes foi dada e os
papéis eleitorais referentes às eleições estaduais ou
recursos interpostos;
federais, acompanhados dos documentos referentes à
apuração, juntamente com a ata geral dos seus trabalhos, V - a votação de cada legenda na eleição para vereador;
na qual serão consignadas as votações apuradas para cada
VI - o quociente eleitoral e os quocientes partidários;
legenda e candidato e os votos não apurados com a
declaração dos motivos porque o não foram. (Redação VII - a votação dos candidatos a vereador, incluídos em cada
dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) lista registrada, na ordem da votação recebida;
§ 1º Essa remessa será feita em invólucros fechado, lacrado VIII - a votação dos candidatos a prefeito, vice-prefeito e a
e rubricado pelos membros da Junta, delegados e fiscais de juiz de paz, na ordem da votação recebida.
Partido, por via postal ou sob protocolo, conforme fôr mais
§ 2º Cópia da ata geral da eleição municipal, devidamente
rápida e segura a chegada ao destino. (Renumerado do
autenticada pelo juiz, será enviada ao Tribunal Regional e ao
parágrafo único pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
Tribunal Superior Eleitoral.
§ 2º Se a remessa dos papéis eleitorais de que trata êste
Art. 187. Verificando a Junta Apuradora que os votos das
artigo não se verificar no prazo nele estabelecido os
seções anuladas e daquelas cujos eleitores foram impedidos
membros da Junta estarão sujeitos à multa correspondente
de votar, poderão alterar a representação de qualquer
à metade do salário-mínimo regional por dia de
partido ou classificação de candidato eleito pelo princípio
retardamento. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
majoritário, nas eleições municipais, fará imediata
§ 3º Decorridos quinze dias sem que o Tribunal Regional comunicação do fato ao Tribunal Regional, que marcará, se
tenha recebido os papéis referidos neste artigo ou fôr o caso, dia para a renovação da votação naquelas seções.
comunicação de sua expedição, determinará ao Corregedor
§ 1º Nas eleições suplementares municipais observar-se-á,
Regional ou Juiz Eleitoral mais próximo que os faça
no que couber, o disposto no Art. 201.
apreender e enviar imediatamente, transferindo-se para o
Tribunal Regional a competência para decidir sôbre os § 2º Essas eleições serão realizadas perante novas mesas
mesmos. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) receptoras, nomeadas pelo juiz eleitoral, e apuradas pela
própria Junta que, considerando os anteriores e os novos
Art. 185. Sessenta dias após o trânsito em julgado da
resultados, confirmará ou invalidará os diplomas que houver
diplomação de todos os candidatos, eleitos nos pleitos
expedido.
eleitorais realizados simultaneamente e prévia publicação
de edital de convocação, as cédulas serão retiradas das § 3º Havendo renovação de eleições para os cargos de
urnas e imediatamente incineradas, na presença do Juiz prefeito e vice-prefeito, os diplomas somente serão
Eleitoral e em ato público, vedado a qualquer pessoa expedidos depois de apuradas as eleições suplementares.
inclusive ao Juiz, o seu exame na ocasião da
§ 4º Nas eleições suplementares, quando ser referirem a
incineração. (Redação dada pela Lei nº 6.055, de 17.6.1974)
mandatos de representação proporcional, a votação e a
Parágrafo único. Poderá ainda a Justiça Eleitoral, tomadas apuração far-se-ão exclusivamente para as legendas
as medidas necessárias à garantia do sigilo, autorizar a registradas.
reciclagem industrial das cédulas, em proveito do ensino
SEÇÃO V
público de primeiro grau ou de instituições
DA CONTAGEM DOS VOTOS PELA MESA RECEPTORA
beneficentes. (Incluído pela Lei nº 7.977, de 27.12.1989)
Art. 186. Com relação às eleições municipais e distritais, Art. 188. O Tribunal Superior Eleitoral poderá autorizar a
uma vez terminada a apuração de todas as urnas, a Junta contagem de votos pelas mesas receptoras, nos Estados em
resolverá as dúvidas não decididas, verificará o total dos que o Tribunal Regional indicar as zonas ou seções em que
votos apurados, inclusive os votos em branco, determinará esse sistema deva ser adotado.
o quociente eleitoral e os quocientes partidários e Art. 189. Os mesários das seções em que fôr efetuada a
proclamará os candidatos eleitos. contagem dos votos serão nomeados escrutinadores da
§ 1º O presidente da Junta fará lavrar, por um dos junta.
secretários, a ata geral concernente às eleições referidas Art. 190. Não será efetuada a contagem dos votos pela mesa
neste artigo, da qual constará o seguinte: se esta não se julgar suficientemente garantida, ou se
I - as seções apuradas e o número de votos apurados em qualquer eleitor houver votado sob impugnação, devendo a
cada urna; mesa, em um ou outro caso, proceder na forma
determinada para as demais, das zonas em que a contagem
II - as seções anuladas, os motivos por que foram e o número não foi autorizada.
de votos não apurados;

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Art. 191. Terminada a votação, o presidente da mesa tomará III - abrir a urna e conferir os votos sempre que a contagem
as providências mencionadas nas alíneas II, III, IV e V do Art. da mesa receptora não permitir o fechamento dos
154. resultados;
Art. 192. Lavrada e assinada ata, o presidente da mesa, na IV - proceder à apuração se da ata da eleição constar
presença dos demais membros, fiscais e delegados do impugnação de fiscal, delegado, candidato ou membro da
partido, abrirá a urna e o invólucro e verificará se o número própria mesa em relação ao resultado de contagem dos
de cédulas oficiais coincide com o de votantes. votos;
§ 1º Se não houver coincidência entre o número de votantes V - resolver todas as impugnações constantes da ata da
e o de cédulas oficiais encontradas na urna e no invólucro a eleição;
mesa receptora não fará a contagem dos votos.
VI - praticar todos os atos previstos na competência das
§ 2º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior, o Juntas Eleitorais.
presidente da mesa determinará que as cédulas e as
Art. 196. De acôrdo com as instruções recebidas a Junta
sobrecartas sejam novamente recolhidas a urna e ao
Apuradora poderá reunir os membros das mesas receptoras
invólucro, os quais serão fechados e lacrados, procedendo,
e demais componentes da Junta em local amplo e adequado
em seguida, na forma recomendada pelas alíneas VI, VII e
no dia seguinte ao da eleição, em horário previamente
VIII e do Art. 54.
fixado, e a proceder à apuração na forma estabelecida nos
Art. 193. Havendo coincidência entre o número de cédulas e artigos. 159 e seguintes, de uma só vez ou em duas ou mais
o de votantes deverá a mesa, inicialmente, misturar as etapas.
cédulas contidas nas sobrecartas brancas, da urna e do
Parágrafo único. Nesse caso cada partido poderá credenciar
invólucro, com as demais.
um fiscal para acompanhar a apuração de cada urna,
§ 1º Em seguida proceder-se-á à abertura das cédulas e realizando-se esta sob a supervisão do juiz e dos demais
contagem dos votos, observando-se o disposto nos artigos. membros da Junta, aos quais caberá decidir, em cada caso,
169 e seguintes, no que couber. as impugnações e demais incidentes verificados durante os
trabalhos.
§ 2º Terminada a contagem dos votos será lavrada ata
resumida, de acôrdo com modelo aprovado pelo Tribunal CAPÍTULO III
Superior e da qual constarão apenas as impugnações acaso DA APURAÇÃO NOS TRIBUNAIS REGIONAIS
apresentadas, figurando os resultados no boletim que se
incorporará à ata, e do qual se dará cópia aos fiscais dos Art. 197. Na apuração, compete ao Tribunal Regional.
partidos. I - resolver as dúvidas não decididas e os recursos
Art. 194. Após a lavratura da ata, que deverá ser assinada interpostos sôbre as eleições federais e estaduais e apurar as
pelos membros da mesa e fiscais e delegados de partido, as votações que haja validado em grau de recurso;
cédulas e as sobrecartas serão recolhidas à urna, sendo esta II - verificar o total dos votos apurados entre os quais se
fechada, lacrada e entregue ao juiz eleitoral pelo presidente incluem os em branco;
da mesa ou por um dos mesários, mediante recibo.
III - Determinar os quocientes, eleitoral e partidário, bem
§ 1º O juiz eleitoral poderá, havendo possibilidade, designar como a distribuição das sobras;
funcionários para recolher as urnas e demais documentos
nos próprios locais da votação ou instalar postos e locais IV - proclamar os eleitos e expedir os respectivos diplomas;
diversos para o seu recebimento. V - fazer a apuração parcial das eleições para Presidente e
§ 2º Os fiscais e delegados de partido podem vigiar e Vice-presidente da República.
acompanhar a urna desde o momento da eleição, durante a Art. 198. A apuração pelo Tribunal Regional começará no dia
permanência nos postos arrecadadores e até a entrega à seguinte ao em que receber os primeiros resultados parciais
Junta. das Juntas e prosseguirá sem interrupção, inclusive nos
Art. 195. Recebida a urna e documentos, a Junta deverá: sábados, domingos e feriados, de acôrdo com o horário
previamente publicado, devendo terminar 30 (trinta) dias
I - examinar a sua regularidade, inclusive quanto ao depois da eleição.
funcionamento normal da seção;
§ 1º Ocorrendo motivos relevantes, expostos com a
II - rever o boletim de contagem de votos da mesa receptora, necessária antecedência, o Tribunal Superior poderá
a fim de verificar se está aritmeticamente certo, fazendo conceder prorrogação desse prazo, uma só vez e por quinze
dêle constar que, conferido, nenhum erro foi encontrado; dias. (Renumerado do parágrafo único e alterado pela Lei
nº 4.961, de 4.5.1966)

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§ 2º Se o Tribunal Regional não terminar a apuração no procedentes, ou com a justificação da improcedência das
prazo legal, seus membros estarão sujeitos à multa argüições. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº
correspondente à metade do salário-mínimo regional por 4.961, de 4.5.1966)
dia de retardamento. (Incluído pela Lei nº 4.961, de
§ 2º O Tribunal Regional, antes de aprovar o relatório da
4.5.1966)
Comissão Apuradora e, em três dias improrrogáveis, julgará
Art. 199. Antes de iniciar a apuração o Tribunal Regional as impugnações e as reclamações não providas pela
constituirá com 3 (três) de seus membros, presidida por um Comissão Apuradora, e, se as deferir, voltará o relatório à
destes, uma Comissão Apuradora. Comissão para que sejam feitas as alterações resultantes da
decisão. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
§ 1º O Presidente da Comissão designará um funcionário do
Tribunal para servir de secretário e para auxiliarem os seus Art. 201. De posse do relatório referido no artigo anterior,
trabalhos, tantos outros quantos julgar necessários. reunir-se-á o Tribunal, no dia seguinte, para o conhecimento
do total dos votos apurados, e, em seguida, se verificar que
§ 2º De cada sessão da Comissão Apuradora será lavrada ata
os votos das seções anuladas e daquelas cujos eleitores
resumida.
foram impedidos de votar, poderão alterar a representação
§ 3º A Comissão Apuradora fará publicar no órgão oficial, de candidato eleito pelo princípio majoritário, ordenará a
diariamente, um boletim com a indicação dos trabalhos realização de novas eleições.
realizados e do número de votos atribuídos a cada
Parágrafo único. As novas eleições obedecerão às seguintes
candidato.
normas:
§ 4º Os trabalhos da Comissão Apuradora poderão ser
I - o Presidente do Tribunal fixará, imediatamente, a data,
acompanhados por delegados dos partidos interessados,
para que se realizem dentro de 15 (quinze) dias, no mínimo,
sem que, entretanto, neles intervenha com protestos,
e de 30 (trinta) dias no máximo, a contar do despacho que a
impugnações ou recursos.
fixar, desde que não tenha havido recurso contra a anulação
§ 5º Ao final dos trabalhos, a Comissão Apuradora das seções;
apresentará ao Tribunal Regional os mapas gerais da
II - somente serão admitidos a votar os eleitores da seção,
apuração e um relatório, que mencione:
que hajam comparecido a eleição anulada, e os de outras
I - o número de votos válidos e anulados em cada Junta seções que ali houverem votado;
Eleitoral, relativos a cada eleição;
III - nos casos de coação que haja impedido o
II - as seções apuradas e os votos nulos e anulados de cada comparecimento dos eleitores às urnas, no de
uma; encerramento da votação antes da hora legal, e quando a
votação tiver sido realizada em dia, hora e lugar diferentes
III - as seções anuladas, os motivos por que o foram e o
dos designados, poderão votar todos os eleitores da seção e
número de votos anulados ou não apurados;
somente estes;
IV - as seções onde não houve eleição e os motivos;
IV - nas zonas onde apenas uma seção fôr anulada, o juiz
V - as impugnações apresentadas às Juntas e como foram eleitoral respectivo presidirá a mesa receptora; se houver
resolvidas por elas, assim como os recursos que tenham sido mais de uma seção anulada, o presidente do Tribunal
interposto: Regional designará os juizes presidentes das respectivas
mesas receptoras.
VI - a votação de cada partido;
V - as eleições realizar-se-ão nos mesmos locais
VII - a votação de cada candidato;
anteriormente designados, servindo os mesários e
VIII - o quociente eleitoral; secretários que pelo juiz forem nomeados, com a
antecedência de, pelo menos, cinco dias, salvo se a anulação
IX - os quocientes partidários;
fôr decretada por infração dos §§ 4º e 5º do Art. 135;
X- a distribuição das sobras.
VI - as eleições assim realizadas serãoapuradas pelo Tribunal
Art. 200. O relatório a que se refere o artigo anterior ficará Regional.
na Secretaria do Tribunal, pelo prazo de 3 (três) dias, para
Art. 202. Da reunião do Tribunal Regional será lavrada ata
exame dos partidos e candidatos interessados, que poderão
geral, assinada pelos seus membros e da qual constarão:
examinar também os documentos em que êle se baseou.
I - as seções apuradas e o número de votos apurados em
§ 1º Terminado o prazo supra, os partidos poderão
cada uma;
apresentar as suas reclamações, dentro de 2 (dois) dias,
sendo estas submetidas a parecer da Comissão Apuradora II - as seções anuladas, as razões por que o foram e o número
que, no prazo de 3 (três) dias, apresentará aditamento ao de votos não apurados;
relatório com a proposta das modificações que julgar
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III - as seções onde não tenha havido eleição e os motivos; I - a decisão do Tribunal será comunicada, até 30 (trinta) dias
antes da eleição aos juizes eleitorais, aos diretórios dos
IV - as impugnações apresentadas às juntas eleitorais e
partidos e ao Tribunal Superior;
como foram resolvidas;
II - iniciada a apuração os juizes eleitorais remeterão ao
V - as seções em que se vai realizar ou renovar a eleição;
Tribunal Regional, diariamente, sob registro postal ou por
VI - a votação obtida pelos partidos; portador, os mapas de todas as urnas apuradas no dia;
VII - o quociente eleitoral e o partidário; III - os mapas serão acompanhados de ofício sucinto, que
esclareça apenas a que seções correspondem e quantas
VIII - os nomes dos votados na ordem decrescente dos
ainda faltam para completar a apuração da zona;
votos;
IV - havendo sido interposto recurso em relação a urna
IX - os nomes dos eleitos;
correspondente aos mapas enviados, o juiz fará constar do
X - os nomes dos suplentes, na ordem em que devem ofício, em seguida à indicação da seção, entre parênteses,
substituir ou suceder. apenas esse esclarecimento - "houve recurso";
§ 1º Na mesma sessão o Tribunal Regional proclamará os V - a ata final da junta não mencionará, no seu texto, a
eleitos e os respectivos suplentes e marcará a data para a votação obtida pelos partidos e candidatos, a qual ficará
expedição solene dos diplomas em sessão pública, salvo constando dos boletins de apuração do Juízo, que dela
quanto a governador e vice-governador, se ocorrer a ficarão fazendo parte integrante;
hipótese prevista na Emenda Constitucional nº 13.
VI - cópia autenticada da ata, assinada por todos os que
§ 2º O vice-governador e o suplente de senador, considerar- assinaram o original, será enviada ao Tribunal Regional na
se-ão eleitos em virtude da eleição do governador e do forma prevista no art. 184;
senador com os quais se candidatarem.
VII - a Comissão Apuradora, à medida em que fôr recebendo
§ 3º Os candidatos a governador e vice-governador somente os mapas, passará a totalizar os votos, aguardando, porém,
serão diplomados depois de realizadas as eleições a chegada da cópia autêntica da ata para encerrar a
suplementares referentes a esses cargos. totalização referente a cada zona;
§ 4º Um traslado da ata da sessão, autenticado com a VIII - no caso de extravio de mapa o juiz eleitoral
assinatura de todos os membros do Tribunal que assinaram providenciará a remessa de 2a.via, preenchida à vista dos
a ata original, será remetida ao Presidente do Tribunal delegados de partido especialmente convocados para esse
Superior. fim e pelos resultados constantes do boletim de apuração
que deverá ficar arquivado no Juízo.
§ 5º O Tribunal Regional comunicará o resultado da eleição
ao Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembléia CAPÍTULO IV
Legislativa. DA APURAÇÃO NO TRIBUNAL SUPERIOR
Art. 203. Sempre que forem realizadas eleições de âmbito Art. 205. O Tribunal Superior fará a apuração geral das
estadual juntamente com eleições para presidente e vice- eleições para presidente e vice-presidente da República
presidente da República, o Tribunal Regional desdobrará os pelos resultados verificados pelos Tribunais Regionais em
seus trabalhos de apuração, fazendo tanto para aquelas cada Estado.
como para esta, uma ata geral.
Art. 206. Antes da realização da eleição o Presidente do
§ 1º A Comissão Apuradora deverá, também, apresentar Tribunal sorteará, dentre os juizes, o relator de cada grupo
relatórios distintos, um dos quais referente apenas às de Estados, ao qual serão distribuídos todos os recursos e
eleições presidenciais. documentos da eleição referentes ao respectivo grupo.
§ 2º Concluídos os trabalhos da apuração o Tribunal Art. 207. Recebidos os resultados de cada Estado, e julgados
Regional remeterá ao Tribunal Superior os resultados os recursos interpostos das decisões dos Tribunais
parciais das eleições para presidente e vice-presidente da Regionais, o relator terá o prazo de 5 (cinco) dias para
República, acompanhados de todos os papéis que lhe digam apresentar seu relatório, com as conclusões seguintes:
respeito.
I - os totais dos votos válidos e nulos do Estado;
Art. 204. O Tribunal Regional julgando conveniente, poderá
determinar que a totalização dos resultados de cada urna II - os votos apurados pelo Tribunal Regional que devem ser
seja realizada pela própria Comissão Apuradora. anulados;

Parágrafo único. Ocorrendo essa hipótese serão observadas III - os votos anulados pelo Tribunal Regional que devem ser
as seguintes regras: computados como válidos;
IV - a votação de cada candidato;

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V - o resumo das decisões do Tribunal Regional sobre as § 1º Essas eleições serão marcadas desde logo pelo
dúvidas e impugnações, bem como dos recursos que hajam Presidente do Tribunal Superior e terão lugar no primeiro
sido interpostos para o Tribunal Superior, com as domingo ou feriado que ocorrer após o 15º (décimo quinto)
respectivas decisões e indicação das implicações sôbre os dia a contar da data do despacho, devendo ser observado o
resultados. disposto nos números II a VI do parágrafo único do Art. 201.
Art. 208. O relatório referente a cada Estado ficará na § 2º Os candidatos a presidente e vice-presidente da
Secretaria do Tribunal, pelo prazo de dois dias, para exame República somente serão diplomados depois de realizadas
dos partidos e candidatos interessados, que poderão as eleições suplementares referentes a esses cargos.
examinar também os documentos em que êle se baseou e
Art. 213. Não se verificando a maioria absoluta, o Congresso
apresentar alegações ou documentos sôbre o relatório, no
Nacional, dentro de quinze dias após haver recebido a
prazo de 2 (dois) dias.
respectiva comunicação do Presidente do Tribunal Superior
Parágrafo único. Findo esse prazo serão os autos conclusos Eleitoral, reunir-se-á em sessão pública para se manifestar
ao relator, que, dentro em 2 (dois) dias, os apresentará a sôbre o candidato mais votado, que será considerado eleito
julgamento, que será previamente anunciado. se, em escrutínio secreto, obtiver metade mais um dos votos
dos seus membros.
Art. 209. Na sessão designada será o feito chamado a
julgamento de preferência a qualquer outro processo. § 1º Se não ocorrer a maioria absoluta referida no caput
dêste artigo, renovar-se-á, até 30 (trinta) dias depois, a
§ 1º Se o relatório tiver sido impugnado, os partidos
eleição em todo país, à qual concorrerão os dois candidatos
interessados poderão, no prazo de 15 (quinze) minutos,
mais votados, cujos registros estarão automaticamente
sustentar oralmente as suas conclusões.
revalidados.
§ 2º Se do julgamento resultarem alterações na apuração
§ 2º No caso de renúncia ou morte, concorrerá à eleição
efetuada pelo Tribunal Regional, o acórdão determinará que
prevista no parágrafo anterior o substituto registrado pelo
a Secretaria, dentro em 5 (cinco) dias, levante as fôlhas de
mesmo partido político ou coligação partidária.
apuração parcial das seções cujos resultados tiverem sido
alterados, bem como o mapa geral da respectiva Art. 214. O presidente e o vice-presidente da República
circunscrição, de acôrdo com as alterações decorrentes do tomarão posse a 15 (quinze) de março, em sessão do
julgado, devendo o mapa, após o visto do relator, ser Congresso Nacional.
publicado na Secretaria.
Parágrafo único. No caso do § 1º do artigo anterior, a posse
§ 3º A esse mapa admitir-se-á, dentro em 48 (quarenta e realizar-se-á dentro de 15 (quinze) dias a contar da
oito) horas de sua publicação, impugnação fundada em erro proclamação do resultado da segunda eleição, expirando,
de conta ou de cálculo, decorrente da própria sentença. porém, o mandato a 15 (quinze) de março do quarto ano.
Art. 210. Os mapas gerais de todas as circunscrições com as CAPÍTULO V
impugnações, se houver, e a folha de apuração final DOS DIPLOMAS
levantada pela secretaria, serão autuados e distribuídos a
um relator geral, designado pelo Presidente. Art. 215. Os candidatos eleitos, assim como os suplentes,
receberão diploma assinado pelo Presidente do Tribunal
Parágrafo único. Recebidos os autos, após a audiência do Regional ou da Junta Eleitoral, conforme o caso.
Procurador Geral, o relator, dentro de 48 (quarenta e oito)
horas, resolverá as impugnações relativas aos erros de conta Parágrafo único. Do diploma deverá constar o nome do
ou de cálculo, mandando fazer as correções, se fôr o caso, e candidato, a indicação da legenda sob a qual concorreu, o
apresentará, a seguir, o relatório final com os nomes dos cargo para o qual foi eleito ou a sua classificação como
candidatos que deverão ser proclamados eleitos e os dos suplente, e, facultativamente, outros dados a critério do juiz
demais candidatos, na ordem decrescente das votações. ou do Tribunal.

Art. 211. Aprovada em sessão especial a apuração geral, o Art. 216. Enquanto o Tribunal Superior não decidir o recurso
Presidente anunciará a votação dos candidatos, interposto contra a expedição do diploma, poderá o
proclamando a seguir eleito presidente da República o diplomado exercer o mandato em toda a sua plenitude.
candidato, mais votado que tiver obtido maioria absoluta de Art. 217. Apuradas as eleições suplementares o juiz ou o
votos, excluídos, para a apuração desta, os em branco e os Tribunal reverá a apuração anterior, confirmando ou
nulos. invalidando os diplomas que houver expedido.
Art. 212. Verificando que os votos das seções anuladas e Parágrafo único. No caso de provimento, após a
daquelas cujos eleitores foram impedidos de votar, em todo diplomação, de recurso contra o registro de candidato ou de
o país, poderão alterar a classificação de candidato, recurso parcial, será também revista a apuração anterior,
ordenará o Tribunal Superior a realização de novas eleições. para confirmação ou invalidação de diplomas, observado o
disposto no § 3º do Art. 261.
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Art. 218. O presidente de Junta ou de Tribunal que diplomar § 1º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
militar candidato a cargo eletivo, comunicará
I- (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
imediatamente a diplomação à autoridade a que o mesmo
estiver subordinado, para os fins do Art. 98. II - (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
CAPÍTULO VI III - (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
DAS NULIDADES DA VOTAÇÃO IV - (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
Art. 219. Na aplicação da lei eleitoral o juiz atenderá sempre § 2º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
aos fins e resultados a que ela se dirige, abstendo-se de
pronunciar nulidades sem demonstração de prejuízo. Art. 223. A nulidade de qualquer ato, não decretada de ofício
pela Junta, só poderá ser arguida quando de sua prática, não
Parágrafo único. A declaração de nulidade não poderá ser mais podendo ser alegada, salvo se a arguição se basear em
requerida pela parte que lhe deu causa nem a ela aproveitar. motivo superveniente ou de ordem constitucional.
Art. 220. É nula a votação: § 1º Se a nulidade ocorrer em fase na qual não possa ser
I - quando feita perante mesa não nomeada pelo juiz alegada no ato, poderá ser arguida na primeira
eleitoral, ou constituída com ofensa à letra da lei; oportunidade que para tanto se apresente.

II - quando efetuada em folhas de votação falsas; § 2º Se se basear em motivo superveniente deverá ser
alegada imediatamente, assim que se tornar conhecida,
III - quando realizada em dia, hora, ou local diferentes do podendo as razões do recurso ser aditadas no prazo de 2
designado ou encerrada antes das 17 horas; (dois) dias.
IV - quando preterida formalidade essencial do sigilo dos § 3º A nulidade de qualquer ato, baseada em motivo de
sufrágios. ordem constitucional, não poderá ser conhecida em recurso
V - quando a seção eleitoral tiver sido localizada com interposto fora do prazo. Perdido o prazo numa fase própria,
infração do disposto nos §§ 4º e 5º do art. só em outra que se apresentar poderá ser
135. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) arguida. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

Parágrafo único. A nulidade será pronunciada quando o Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos
órgão apurador conhecer do ato ou dos seus efeitos e o do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições
encontrar provada, não lhe sendo lícito supri-la, ainda que federais e estaduais ou do município nas eleições
haja consenso das partes. municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e
o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de
Art. 221. É anulável a votação: 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.
I - quando houver extravio de documento reputado § 1º Se o Tribunal Regional na área de sua competência,
essencial; (Renumerado do inciso II pela Lei nº 4.961, de deixar de cumprir o disposto neste artigo, o Procurador
4.5.1966) Regional levará o fato ao conhecimento do Procurador
II - quando fôr negado ou sofrer restrição o direito de Geral, que providenciará junto ao Tribunal Superior para que
fiscalizar, e o fato constar da ata ou de protesto interposto, seja marcada imediatamente nova eleição.
por escrito, no momento: (Renumerado do inciso III pela § 2º Ocorrendo qualquer dos casos previstos neste capítulo
Lei nº 4.961, de 4.5.1966) o Ministério Público promoverá, imediatamente a punição
III - quando votar, sem as cautelas do Art. 147, § dos culpados.
2º. (Renumerado do inciso IV pela Lei nº 4.961, de § 3o A decisão da Justiça Eleitoral que importe o
4.5.1966) indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda
a) eleitor excluído por sentença não cumprida por ocasião da do mandato de candidato eleito em pleito majoritário
remessa das folhas individuais de votação à mesa, desde acarreta, após o trânsito em julgado, a realização de novas
que haja oportuna reclamação de partido; eleições, independentemente do número de votos
anulados. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015) (Vide
b) eleitor de outra seção, salvo a hipótese do Art. 145; ADIN Nº 5.525)
c) alguém com falsa identidade em lugar do eleitor § 4o A eleição a que se refere o § 3o correrá a expensas da
chamado. Justiça Eleitoral e será: (Incluído pela Lei nº 13.165, de
Art. 222. É também anulável a votação, quando viciada de 2015) (Vide ADIN Nº 5.525)
falsidade, fraude, coação, uso de meios de que trata o Art. I - indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de seis
237, ou emprego de processo de propaganda ou captação de meses do final do mandato; (Incluído pela Lei nº 13.165, de
sufrágios vedado por lei. 2015) (Vide ADIN Nº 5.525)

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II - direta, nos demais casos. (Incluído pela Lei nº 13.165, de Art. 230. Todos os eleitores que votarem no exterior terão
2015) (Vide ADIN Nº 5.525) os seus títulos apreendidos pela mesa receptora.
CAPÍTULO VII Parágrafo único. A todo eleitor que votar no exterior será
DO VOTO NO EXTERIOR concedido comprovante para a comunicação legal ao juiz
eleitoral de sua zona.
Art. 225. Nas eleições para presidente e vice-presidente da
República poderá votar o eleitor que se encontrar no Art. 231. Todo aquele que, estando obrigado a votar, não o
exterior. fizer, fica sujeito, além das penalidades previstas para o
eleitor que não vota no território nacional, à proibição de
§ 1º Para esse fim serão organizadas seções eleitorais, nas requerer qualquer documento perante a repartição
sedes das Embaixadas e Consulados Gerais. diplomática a que estiver subordinado, enquanto não se
§ 2º Sendo necessário instalar duas ou mais seções poderá justificar.
ser utilizado local em que funcione serviço do governo Art. 232. Todo o processo eleitoral realizado no estrangeiro
brasileiro. fica diretamente subordinado ao Tribunal Regional do
Art. 226. Para que se organize uma seção eleitoral no Distrito Federal.
exterior é necessário que na circunscrição sob a jurisdição da Art. 233. O Tribunal Superior Eleitoral e o Ministério das
Missão Diplomática ou do Consulado Geral haja um mínimo Relações Exteriores baixarão as instruções necessárias e
de 30 (trinta) eleitores inscritos. adotarão as medidas adequadas para o voto no exterior.
Parágrafo único. Quando o número de eleitores não atingir Art. 233-A. Aos eleitores em trânsito no território nacional é
o mínimo previsto no parágrafo anterior, os eleitores assegurado o direito de votar para Presidente da República,
poderão votar na mesa receptora mais próxima, desde que Governador, Senador, Deputado Federal, Deputado
localizada no mesmo país, de acôrdo com a comunicação Estadual e Deputado Distrital em urnas especialmente
que lhes fôr feita. instaladas nas capitais e nos Municípios com mais de cem
Art. 227. As mesas receptoras serão organizadas pelo mil eleitores. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
Tribunal Regional do Distrito Federal mediante proposta § 1o O exercício do direito previsto neste artigo sujeita-se à
dos chefes de Missão e cônsules gerais, que ficarão observância das regras seguintes: (Incluído pela Lei nº
investidos, no que fôr aplicável, da funções administrativas 13.165, de 2015)
de juiz eleitoral.
I - para votar em trânsito, o eleitor deverá habilitar-se
Parágrafo único. Será aplicável às mesas receptoras o perante a Justiça Eleitoral no período de até quarenta e
processo de composição e fiscalização partidária vigente cinco dias da data marcada para a eleição, indicando o local
para as que funcionam no território nacional. em que pretende votar; (Incluído pela Lei nº 13.165, de
Art. 228. Até 30 (trinta) dias antes da realização da eleição 2015)
todos os brasileiros eleitores, residentes no estrangeiro, II - aos eleitores que se encontrarem fora da unidade da
comunicarão à sede da Missão diplomática ou ao consulado Federação de seu domicílio eleitoral somente é assegurado
geral, em carta, telegrama ou qualquer outra via, a sua o direito à habilitação para votar em trânsito nas eleições
condição de eleitor e sua residência. para Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 13.165,
§ 1º Com a relação dessas comunicações e com os dados do de 2015)
registro consular, serão organizadas as folhas de votação, e III - os eleitores que se encontrarem em trânsito dentro da
notificados os eleitores da hora e local da votação. unidade da Federação de seu domicílio eleitoral poderão
§ 2º No dia da eleição só serão admitidos a votar os que votar nas eleições para Presidente da República,
constem da folha de votação e os passageiros e tripulantes Governador, Senador, Deputado Federal, Deputado
de navios e aviões de guerra e mercantes que, no dia, Estadual e Deputado Distrital. (Incluído pela Lei nº 13.165,
estejam na sede das sessões eleitorais. de 2015)
Art. 229. Encerrada a votação, as urnas serão enviadas pelos § 2o Os membros das Forças Armadas, os integrantes dos
cônsules gerais às sedes das Missões Diplomáticas. Estas as órgãos de segurança pública a que se refere o art. 144 da
remeterão, pela mala diplomática, ao Ministério das Constituição Federal, bem como os integrantes das guardas
Relações Exteriores, que delas fará entrega ao Tribunal municipais mencionados no § 8o do mesmo art. 144,
Regional Eleitoral do Distrito Federal, a quem competirá a poderão votar em trânsito se estiverem em serviço por
apuração dos votos e julgamento das dúvidas e recursos que ocasião das eleições. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
hajam sido interpostos. § 3o As chefias ou comandos dos órgãos a que estiverem
Parágrafo único. Todo o serviço de transporte do material subordinados os eleitores mencionados no § 2o enviarão
eleitoral será feito por via aérea. obrigatoriamente à Justiça Eleitoral, em até quarenta e

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cinco dias da data das eleições, a listagem dos que estarão autoridade, em benefício de candidato ou de partido
em serviço no dia da eleição com indicação das seções político.
eleitorais de origem e destino. (Incluído pela Lei nº 13.165,
§ 3º O Corregedor, verificada a seriedade da denúncia
de 2015)
procederá ou mandará proceder a investigações, regendo-
§ 4o Os eleitores mencionados no § 2o, uma vez habilitados se estas, no que lhes fôr aplicável, pela Lei nº 1.579 de 18 de
na forma do § 3o, serão cadastrados e votarão nas seções março de 1952.
eleitorais indicadas nas listagens mencionadas no §
Art. 238. É proibida, durante o ato eleitoral, a presença de
3o independentemente do número de eleitores do
força pública no edifício em que funcionar mesa receptora,
Município. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
ou nas imediações, observado o disposto no Art. 141.
PARTE QUINTA
Art. 239. Aos partidos políticos é assegurada a prioridade
DISPOSIÇÕES VÁRIAS
postal durante os 60 (sessenta) dias anteriores à realização
TÍTULO I das eleições, para remessa de material de propaganda de
DAS GARANTIAS ELEITORAIS seus candidatos registrados.
Art. 234. Ninguém poderá impedir ou embaraçar o exercício TÍTULO II
do sufrágio. DA PROPAGANDA PARTIDÁRIA
Art. 235. O juiz eleitoral, ou o presidente da mesa receptora, Art. 240. A propaganda de candidatos a cargos eletivos
pode expedir salvo-conduto com a cominação de prisão por somente é permitida após o dia 15 de agosto do ano da
desobediência até 5 (cinco) dias, em favor do eleitor que eleição. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
sofrer violência, moral ou física, na sua liberdade de votar,
ou pelo fato de haver votado. Parágrafo único. É vedada, desde quarenta e oito horas
antes até vinte e quatro horas depois da eleição, qualquer
Parágrafo único. A medida será válida para o período propaganda política mediante radiodifusão, televisão,
compreendido entre 72 (setenta e duas) horas antes até 48 comícios ou reuniões públicas.
(quarenta e oito) horas depois do pleito.
Art. 241. Toda propaganda eleitoral será realizada sob a
Art. 236. Nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) dias responsabilidade dos partidos e por eles paga, imputando-
antes e até 48 (quarenta e oito) horas depois do lhes solidariedade nos excessos praticados pelos seus
encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, candidatos e adeptos.
salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal
condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por Parágrafo único. A solidariedade prevista neste artigo é
desrespeito a salvo-conduto. restrita aos candidatos e aos respectivos partidos, não
alcançando outros partidos, mesmo quando integrantes de
§ 1º Os membros das mesas receptoras e os fiscais de uma mesma coligação. (Incluído pela Lei nº 12.891, de
partido, durante o exercício de suas funções, não poderão 2013)
ser detidos ou presos, salvo o caso de flagrante delito; da
mesma garantia gozarão os candidatos desde 15 (quinze) Art. 242. A propaganda, qualquer que seja a sua forma ou
dias antes da eleição. modalidade, mencionará sempre a legenda partidária e só
poderá ser feita em língua nacional, não devendo empregar
§ 2º Ocorrendo qualquer prisão o preso será imediatamente meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na
conduzido à presença do juiz competente que, se verificar a opinião pública, estados mentais, emocionais ou
ilegalidade da detenção, a relaxará e promoverá a passionais. (Redação dada pela Lei nº 7.476, de 15.5.1986)
responsabilidade do coator.
Parágrafo único. Sem prejuízo do processo e das penas
Art. 237. A interferência do poder econômico e o desvio ou cominadas, a Justiça Eleitoral adotará medidas para fazer
abuso do poder de autoridade, em desfavor da liberdade do impedir ou cessar imediatamente a propaganda realizada
voto, serão coibidos e punidos. com infração do disposto neste artigo.
§ 1º O eleitor é parte legítima para denunciar os culpados e Art. 243. Não será tolerada propaganda:
promover-lhes a responsabilidade, e a nenhum servidor
público. Inclusive de autarquia, de entidade paraestatal e de I - de guerra, de processos violentos para subverter o
sociedade de economia mista, será lícito negar ou retardar regime, a ordem política e social ou de preconceitos de raça
ato de ofício tendente a esse fim. ou de classes;

§ 2º Qualquer eleitor ou partido político poderá se dirigir ao II - que provoque animosidade entre as forças armadas ou
Corregedor Geral ou Regional, relatando fatos e indicando contra elas, ou delas contra as classes e instituições civis;
provas, e pedir abertura de investigação para apurar uso III - de incitamento de atentado contra pessoa ou bens;
indevido do poder econômico, desvio ou abuso do poder de

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IV - de instigação à desobediência coletiva ao cumprimento III - dos Tribunais Judiciais;


da lei de ordem pública;
IV - dos hospitais e casas de saúde;
V - que implique em oferecimento, promessa ou solicitação
V - das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros,
de dinheiro, dádiva, rifa, sorteio ou vantagem de qualquer
quando em funcionamento;
natureza;
VI - dos quartéis e outros estabelecimentos militares.
VI - que perturbe o sossego público, com algazarra ou
abusos de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; Art. 245. A realização de qualquer ato de propaganda
partidária ou eleitoral, em recinto aberto, não depende de
VII - por meio de impressos ou de objeto que pessoa
licença da polícia.
inexperiente ou rústica possa confundir com moeda;
§ 1º Quando o ato de propaganda tiver de realizar-se em
VIII - que prejudique a higiene e a estética urbana ou
lugar designado para a celebração de comício, na forma do
contravenha a posturas municiais ou a outra qualquer
disposto no art. 3º da Lei nº 1.207, de 25 de outubro de 1950,
restrição de direito;
deverá ser feita comunicação à autoridade policial, pelo
IX - que caluniar, difamar ou injuriar quaisquer pessoas, bem menos 24 (vinte e quatro) horas antes de sua realização.
como órgãos ou entidades que exerçam autoridade pública.
§ 2º Não havendo local anteriormente fixado para a
§ 1º O ofendido por calúnia, difamação ou injúria, sem celebração de comício, ou sendo impossível ou difícil nele
prejuízo e independentemente da ação penal competente, realizar-se o ato de propaganda eleitoral, ou havendo
poderá demandar, no Juízo Civil a reparação do dano moral pedido para designação de outro local, a comunicação a que
respondendo por êste o ofensor e, solidariamente, o partido se refere o parágrafo anterior será feita, no mínimo, com
político dêste, quando responsável por ação ou omissão a antecedência, de 72 (setenta e duas) horas, devendo a
quem que favorecido pelo crime, haja de qualquer modo autoridade policial, em qualquer desses casos, nas 24 (vinte
contribuído para êle. (Incluído pela Lei nº 4.961, de e quatro) horas seguintes, designar local amplo e de fácil
4.5.1966) acesso, de modo que não impossibilite ou frustre a reunião.
§ 2º No que couber aplicar-se-ão na reparação do dano § 3º Aos órgãos da Justiça Eleitoral compete julgar das
moral, referido no parágrafo anterior, os artigos. 81 a 88 da reclamações sôbre a localização dos comícios e providências
Lei nº 4.117, de 27 de agôsto de 1962. (Incluído pela Lei nº sôbre a distribuição eqüitativa dos locais aos partidos.
4.961, de 4.5.1966)
Art. 246. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997)
§ 3º É assegurado o direito de resposta a quem fôr, injuriado
Art. 247. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997)
difamado ou caluniado através da imprensa rádio, televisão,
ou alto-falante, aplicando-se, no que couber, os artigos. At. 248. Ninguém poderá impedir a propaganda eleitoral,
90 e 96 da Lei nº 4.117, de 27 de agôsto de 1962. (Incluído nem inutilizar, alterar ou perturbar os meios lícitos nela
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) empregados.
Art. 244. É assegurado aos partidos políticos registrados o Art. 249. O direito de propaganda não importa restrição ao
direito de, independentemente de licença da autoridade poder de polícia quando êste deva ser exercído em benefício
pública e do pagamento de qualquer contribuição: da ordem pública.
I - fazer inscrever, na fachada de suas sedes e dependências, Art. 250. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997)
o nome que os designe, pela forma que melhor lhes parecer;
Art. 251. No período destinado à propaganda eleitoral
II - instalar e fazer funcionar, normalmente, das quatorze às gratuita não prevalecerão quaisquer contratos ou ajustes
vinte e duas horas, nos três meses que antecederem as firmados pelas empresas que possam burlar ou tornar
eleições, alto-falantes, ou amplificadores de voz, nos locais inexeqüível qualquer dispositivo dêste Código ou das
referidos, assim como em veículos seus, ou à sua disposição, instruções baixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
em território nacional, com observância da legislação
Art. 252. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 1.538, de
comum.
14.4.1977)
Parágrafo único. Os meios de propaganda a que se refere o
Art. 253. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 1.538, de
nº II dêste artigo não serão permitidos, a menos de 500
14.4.1977)
metros:
Art. 254. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 1.538, de
I - das sedes do Executivo Federal, dos Estados, Territórios e
14.4.1977)
respectivas Prefeituras Municipais;
Art. 255. Nos 15 (quinze) dias anteriores ao pleito é proibida
II - das Câmaras Legislativas Federais, Estaduais e
a divulgação, por qualquer forma, de resultados de prévias
Municipais;
ou testes pré-eleitorais.

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Art. 256. As autoridades administrativas federais, estaduais candidatos, interpostos para os Tribunais Regionais no caso
e municipais proporcionarão aos partidos, em igualdade de de eleições municipais, e para o Tribunal Superior no caso de
condições, as facilidades permitidas para a respectiva eleições estaduais ou federais, serão julgados à medida que
propaganda. derem entrada nas respectivas Secretarias.
§ 1º No período da campanha eleitoral, independentemente § 1º Havendo dois ou mais recursos parciais de um mesmo
do critério de prioridade, os serviços telefônicos, oficiais ou município ou Estado, ou se todos, inclusive os de
concedidos, farão instalar, na sede dos diretórios diplomação já estiverem no Tribunal Regional ou no
devidamente registrados, telefones necessários, mediante Tribunal Superior, serão eles julgados seguidamente, em
requerimento do respectivo presidente e pagamento das uma ou mais sessões.
taxas devidas. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
§ 2º As decisões com os esclarecimentos necessários ao
§ 2º O Tribunal Superior Eleitoral baixará as instruções cumprimento, serão comunicadas de uma só vez ao juiz
necessárias ao cumprimento do disposto no parágrafo eleitoral ou ao presidente do Tribunal Regional.
anterior fixado as condições a serem observadas. (Incluído
§ 3º Se os recursos de um mesmo município ou Estado
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
deram entrada em datas diversas, sendo julgados
TÍTULO III separadamente, o juiz eleitoral ou o presidente do Tribunal
DOS RECURSOS Regional, aguardará a comunicação de todas as decisões
CAPÍTULO I para cumpri-las, salvo se o julgamento dos demais importar
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES em alteração do resultado do pleito que não tenha relação
com o recurso já julgado.
Art. 257. Os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo.
§ 4º Em todos os recursos, no despacho que determinar a
§ 1o A execução de qualquer acórdão será feita remessa dos autos à instância superior, o juízo "a quo"
imediatamente, através de comunicação por ofício, esclarecerá quais os ainda em fase de processamento e, no
telegrama, ou, em casos especiais, a critério do presidente último, quais os anteriormente remetidos.
do Tribunal, através de cópia do acórdão. (Redação dada
pela Lei nº 13.165, de 2015) § 5º Ao se realizar a diplomação, se ainda houver recurso
pendente de decisão em outra instância, será consignado
§ 2o O recurso ordinário interposto contra decisão proferida que os resultados poderão sofrer alterações decorrentes
por juiz eleitoral ou por Tribunal Regional Eleitoral que desse julgamento.
resulte em cassação de registro, afastamento do titular ou
perda de mandato eletivo será recebido pelo Tribunal § 6º Realizada a diplomação, e decorrido o prazo para
competente com efeito suspensivo. (Incluído pela Lei nº recurso, o juiz ou presidente do Tribunal Regional
13.165, de 2015) comunicará à instância superior se foi ou não interposto
recurso.
§ 3o O Tribunal dará preferência ao recurso sobre quaisquer
outros processos, ressalvados os de habeas corpus e de Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá
mandado de segurança. (Incluído pela Lei nº 13.165, de somente nos casos de inelegibilidade superveniente ou de
2015) natureza constitucional e de falta de condição de
elegibilidade. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso
deverá ser interposto em três dias da publicação do ato, § 1º A inelegibilidade superveniente que atrai restrição à
resolução ou despacho. candidatura, se formulada no âmbito do processo de
registro, não poderá ser deduzida no recurso contra
Art. 259. São preclusivos os prazos para interposição de expedição de diploma. (Incluído pela Lei nº 13.877, de
recurso, salvo quando neste se discutir matéria 2019)
constitucional.
§ 2º A inelegibilidade superveniente apta a viabilizar o
Parágrafo único. O recurso em que se discutir matéria recurso contra a expedição de diploma, decorrente de
constitucional não poderá ser interposto fora do prazo. alterações fáticas ou jurídicas, deverá ocorrer até a data
Perdido o prazo numa fase própria, só em outra que se fixada para que os partidos políticos e as coligações
apresentar poderá ser interposto. apresentem os seus requerimentos de registros de
Art. 260. A distribuição do primeiro recurso que chegar ao candidatos. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
Tribunal Regional ou Tribunal Superior, previnirá a § 3º O recurso de que trata este artigo deverá ser interposto
competência do relator para todos os demais casos do no prazo de 3 (três) dias após o último dia limite fixado para
mesmo município ou Estado. a diplomação e será suspenso no período compreendido
Art. 261. Os recursos parciais, entre os quais não se incluem entre os dias 20 de dezembro e 20 de janeiro, a partir do qual
os que versarem matéria referente ao registro de retomará seu cômputo. (Incluído pela Lei nº 13.877, de
2019)
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Art. 263. No julgamento de um mesmo pleito eleitoral, as resposta e os documentos em que se fundar, sujeito à multa
decisões anteriores sobre questões de direito constituem de dez por cento do salário-mínimo regional por dia de
prejulgados para os demais casos, salvo se contra a tese retardamento, salvo se entender de reformar a sua
votarem dois terços dos membros do Tribunal. decisão. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal § 7º Se o juiz reformar a decisão recorrida, poderá o
Superior caberá, dentro de 3 (três) dias, recurso dos atos, recorrido, dentro de 3 (três) dias, requerer suba o recurso
resoluções ou despachos dos respectivos presidentes. como se por êle interposto.
CAPÍTULO II CAPÍTULO III
DOS RECURSOS PERANTE AS JUNTAS E JUÍZOS DOS RECURSOS NOS TRIBUNAIS REGIONAIS
ELEITORAIS
Art. 268. No Tribunal Regional nenhuma alegação escrita ou
Art. 265. Dos atos, resoluções ou despachos dos juízes ou nenhum documento poderá ser oferecido por qualquer das
juntas eleitorais caberá recurso para o Tribunal Regional. partes, salvo o disposto no art. 270. (Redação dada pela Lei
nº 4.961, de 4.5.1966)
Parágrafo único. Os recursos das decisões das Juntas serão
processados na forma estabelecida pelos artigos. 169 e Art. 269. Os recursos serão distribuídos a um relator em 24
seguintes. (vinte e quatro) horas e na ordem rigorosa da antigüidade
dos respectivos membros, esta última exigência sob pena de
Art. 266. O recurso independerá de termo e será interposto
nulidade de qualquer ato ou decisão do relator ou do
por petição devidamente fundamentada, dirigida ao juiz
Tribunal.
eleitoral e acompanhada, se o entender o recorrente, de
novos documentos. § 1º Feita a distribuição, a Secretaria do Tribunal abrirá vista
dos autos à Procuradoria Regional, que deverá emitir
Parágrafo único. Se o recorrente se reportar a coação,
parecer no prazo de 5 (cinco) dias.
fraude, uso de meios de que trata o art. 237 ou emprego de
processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado § 2º Se a Procuradoria não emitir parecer no prazo fixado,
por lei, dependentes de prova a ser determinada pelo poderá a parte interessada requerer a inclusão do processo
Tribunal, bastar-lhe-á indicar os meios a elas na pauta, devendo o Procurador, nesse caso, proferir
conducentes. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) parecer oral na assentada do julgamento.
Art. 267. Recebida a petição, mandará o juiz intimar o Art. 270. Se o recurso versar sôbre coação, fraude, uso de
recorrido para ciência do recurso, abrindo-se-lhe vista dos meios de que trata o Art. 237, ou emprego de processo de
autos a fim de, em prazo igual ao estabelecido para a sua propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei
interposição, oferecer razões, acompanhadas ou não de dependente de prova indicada pelas partes ao interpô-lo ou
novos documentos. ao impugná-lo, o relator no Tribunal Regional deferi-la-á em
vinte e quatro horas da conclusão, realizado-se ela no prazo
§ 1º A intimação se fará pela publicação da notícia da vista
improrrogável de cinco dias. (Redação dada pela Lei nº
no jornal que publicar o expediente da Justiça Eleitoral, onde
4.961, de 4.5.1966)
houver, e nos demais lugares, pessoalmente pelo escrivão,
independente de iniciativa do recorrente. § 1º Admitir-se-ão como meios de prova para apreciação
pelo Tribunal as justificações e as perícias processadas
§ 2º Onde houver jornal oficial, se a publicação não ocorrer
perante o juiz eleitoral da zona, com citação dos partidos
no prazo de 3 (três) dias, a intimação se fará pessoalmente
que concorreram ao pleito e do representante do Ministério
ou na forma prevista no parágrafo seguinte.
Público. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
§ 3º Nas zonas em que se fizer intimação pessoal, se não fôr
§ 2º Indeferindo o relator a prova , serão os autos, a
encontrado o recorrido dentro de 48 (quarenta e oito) horas,
requerimento do interessado, nas vinte e quatro horas
a intimação se fará por edital afixado no fórum, no local de
seguintes, presentes à primeira sessão do Tribunal, que
costume.
deliberará a respeito. (Incluído pela Lei nº 4.961, de
§ 4º Todas as citações e intimações serão feitas na forma 4.5.1966)
estabelecida neste artigo.
§ 3º Protocoladas as diligências probatórias, ou com a
§ 5º Se o recorrido juntar novos documentos, terá o juntada das justificações ou diligências, a Secretaria do
recorrente vista dos autos por 48 (quarenta e oito) horas Tribunal abrirá, sem demora, vista dos autos, por vinte e
para falar sôbre os mesmos, contado o prazo na forma dêste quatro horas, seguidamente, ao recorrente e ao recorrido
artigo. para dizerem a respeito. (Incluído pela Lei nº 4.961, de
4.5.1966)
§ 6º Findos os prazos a que se referem os parágrafos
anteriores, o juiz eleitoral fará, dentro de 48 (quarenta e § 4º Findo o prazo acima, serão os autos conclusos ao
oito) horas, subir os autos ao Tribunal Regional com a sua relator. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

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Art. 271. O relator devolverá os autos à Secretaria no prazo § 2o Os embargos de declaração não estão sujeitos a
improrrogável de 8 (oito) dias para, nas 24 (vinte e quatro) preparo. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de
horas seguintes, ser o caso incluído na pauta de julgamento 2015) (Vigência)
do Tribunal.
§ 3o O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. (Redação
§ 1º Tratando-se de recurso contra a expedição de diploma, dada pela Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
os autos, uma vez devolvidos pelo relator, serão conclusos
§ 4o Nos tribunais: (Redação dada pela Lei nº 13.105, de
ao juiz imediato em antigüidade como revisor, o qual deverá
2015) (Vigência)
devolvê-los em 4 (quatro) dias.
I - o relator apresentará os embargos em mesa na sessão
§ 2º As pautas serão organizadas com um número de
subsequente, proferindo voto; (Incluído pela Lei nº
processos que possam ser realmente julgados, obedecendo-
13.105, de 2015) (Vigência)
se rigorosamente a ordem da devolução dos mesmos à
Secretaria pelo Relator, ou Revisor, nos recursos contra a II - não havendo julgamento na sessão referida no inciso I,
expedição de diploma, ressalvadas as preferências será o recurso incluído em pauta; (Incluído pela Lei nº
determinadas pelo regimento do Tribunal. 13.105, de 2015) (Vigência)
Art. 272. Na sessão do julgamento, uma vez feito o relatório III - vencido o relator, outro será designado para lavrar o
pelo relator, cada uma das partes poderá, no prazo acórdão. (Incluído pela Lei nº 13.105, de
improrrogável de dez minutos , sustentar oralmente as suas 2015) (Vigência)
conclusões.
§ 5o Os embargos de declaração interrompem o prazo para
Parágrafo único. Quando se tratar de julgamento de a interposição de recurso. (Incluído pela Lei nº 13.105, de
recursos contra a expedição de diploma, cada parte terá 2015) (Vigência)
vinte minutos para sustentação oral.
§ 6o Quando manifestamente protelatórios os embargos de
Art. 273. Realizado o julgamento, o relator, se vitorioso, ou declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada,
o relator designado para redigir o acórdão, apresentará a condenará o embargante a pagar ao embargado multa não
redação dêste, o mais tardar, dentro em 5 (cinco) dias. excedente a 2 (dois) salários-mínimos. (Incluído pela Lei
nº 13.105, de 2015) (Vigência)
§ 1º O acórdão conterá uma síntese das questões debatidas
e decididas. § 7o Na reiteração de embargos de declaração
manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até 10
§ 2º Sem prejuízo do disposto no parágrafo anterior, se o
(dez) salários-mínimos. (Incluído pela Lei nº 13.105, de
Tribunal dispuser de serviço taquigráfico, serão juntas ao
2015) (Vigência)
processo as notas respectivas.
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são
Art. 274. O acórdão, devidamente assinado, será publicado,
terminativas, salvo os casos seguintes em que cabe recurso
valendo como tal a inserção da sua conclusão no órgão
para o Tribunal Superior:
oficial.
I - especial:
§1º Se o órgão oficial não publicar o acórdão no prazo de 3
(três) dias, as partes serão intimadas pessoalmente e, se não a) quando forem proferidas contra expressa disposição de
forem encontradas no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a lei;
intimação se fará por edital afixado no Tribunal, no local de
b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre
costume.
dois ou mais tribunais eleitorais.
§ 2º O disposto no parágrafo anterior aplicar-se-á a todos os
II - ordinário:
casos de citação ou intimação.
a) quando versarem sôbre expedição de diplomas nas
Art. 275. São admissíveis embargos de declaração nas
eleições federais e estaduais;
hipóteses previstas no Código de Processo
Civil. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de
2015)(Vigência) segurança.
§ 1o Os embargos de declaração serão opostos no prazo de 3 § 1º É de 3 (três) dias o prazo para a interposição do recurso,
(três) dias, contado da data de publicação da decisão contado da publicação da decisão nos casos dos nº I, letras a
embargada, em petição dirigida ao juiz ou relator, com a e b e II, letra b e da sessão da diplomação no caso do nº II,
indicação do ponto que lhes deu causa. (Redação dada letra a.
pela Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
§ 2º Sempre que o Tribunal Regional determinar a realização
de novas eleições, o prazo para a interposição dos recursos,
no caso do nº II, a, contar-se-á da sessão em que, feita a

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apuração das sessões renovadas, fôr proclamado o ou processos semelhantes, pagas as despesas, pelo preço do
resultado das eleições suplementares. custo, pelas partes, em relação às peças que indicarem.
Art. 277. Interposto recurso ordinário contra decisão do CAPÍTULO IV
Tribunal Regional, o presidente poderá, na própria petição, DOS RECURSOS NO TRIBUNAL SUPERIOR
mandar abrir vista ao recorrido para que, no mesmo prazo,
ofereça as suas razões. Art. 280. Aplicam-se ao Tribunal Superior as disposições dos
artigos. 268, 269, 270, 271 (caput), 272, 273, 274 e 275.
Parágrafo único. Juntadas as razões do recorrido, serão os
autos remetidos ao Tribunal Superior. Art. 281. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior,
salvo as que declararem a invalidade de lei ou ato contrário
Art. 278. Interposto recurso especial contra decisão do à Constituição Federal e as denegatórias de "habeas
Tribunal Regional, a petição será juntada nas 48 (quarenta e corpus"ou mandado de segurança, das quais caberá recurso
oito) horas seguintes e os autos conclusos ao presidente ordinário para o Supremo Tribunal Federal, interposto no
dentro de 24 (vinte e quatro) horas. prazo de 3 (três) dias.
§ 1º O presidente, dentro em 48 (quarenta e oito) horas do § 1º Juntada a petição nas 48 (quarenta e oito) horas
recebimento dos autos conclusos, proferirá despacho seguintes, os autos serão conclusos ao presidente do
fundamentado, admitindo ou não o recurso. Tribunal, que, no mesmo prazo, proferirá despacho
§ 2º Admitido o recurso, será aberta vista dos autos ao fundamentado, admitindo ou não o recurso.
recorrido para que, no mesmo prazo, apresente as suas § 2º Admitido o recurso será aberta vista dos autos ao
razões. recorrido para que, dentro de 3 (três) dias, apresente as suas
§ 3º Em seguida serão os autos conclusos ao presidente, que razões.
mandará remetê-los ao Tribunal Superior. § 3º Findo esse prazo os autos serão remetidos ao Supremo
Art. 279. Denegado o recurso especial, o recorrente poderá Tribunal Federal.
interpor, dentro em 3 (três) dias, agravo de instrumento. Art. 282. Denegado recurso, o recorrente poderá interpor,
§ 1º O agravo de instrumento será interposto por petiçao dentro de 3 (três) dias, agravo de instrumento, observado o
que conterá: disposto no Art. 279 e seus parágrafos, aplicada a multa a
que se refere o § 6º pelo Supremo Tribunal Federal.
I - a exposição do fato e do direito;
TÍTULO IV
II - as razões do pedido de reforma da decisão; DISPOSIÇÕES PENAIS
III - a indicação das peças do processo que devem ser CAPÍTULO I
trasladadas. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
§ 2º Serão obrigatoriamente trasladadas a decisão recorrida Art. 283. Para os efeitos penais são considerados membros
e a certidão da intimação. e funcionários da Justiça Eleitoral:
§ 3º Deferida a formação do agravo, será intimado o I - os magistrados que, mesmo não exercendo funções
recorrido para, no prazo de 3 (três) dias, apresentar as suas eleitorais, estejam presidindo Juntas Apuradoras ou se
razões e indicar as peças dos autos que serão também encontrem no exercício de outra função por designação de
trasladadas. Tribunal Eleitoral;
§ 4º Concluída a formação do instrumento o presidente do II - Os cidadãos que temporariamente integram órgãos da
Tribunal determinará a remessa dos autos ao Tribunal Justiça Eleitoral;
Superior, podendo, ainda, ordenar a extração e a juntada de
III - Os cidadãos que hajam sido nomeados para as mesas
peças não indicadas pelas partes.
receptoras ou Juntas Apuradoras;
§ 5º O presidente do Tribunal não poderá negar seguimento
IV - Os funcionários requisitados pela Justiça Eleitoral.
ao agravo, ainda que interposto fora do prazo legal.
§ 1º Considera-se funcionário público, para os efeitos penais,
§ 6º Se o agravo de instrumento não fôr conhecido, porque
além dos indicados no presente artigo, quem, embora
interposto fora do prazo legal, o Tribunal Superior imporá ao
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo,
recorrente multa correspondente a valor do maior salário-
emprego ou função pública.
mínimo vigente no país, multa essa que será inscrita e
cobrada na forma prevista no art. 367. § 2º Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo,
emprego ou função em entidade paraestatal ou em
§ 7º Se o Tribunal Regional dispuser de aparelhamento
sociedade de economia mista.
próprio, o instrumento deverá ser formado com fotocópias

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Art. 284. Sempre que êste Código não indicar o grau Art. 295. Reter título eleitoral contra a vontade do eleitor:
mínimo, entende-se que será ele de quinze dias para a pena
Pena - Detenção até dois meses ou pagamento de 30 a 60
de detenção e de um ano para a de reclusão.
dias-multa.
Art. 285. Quando a lei determina a agravação ou atenuação
Art. 296. Promover desordem que prejudique os trabalhos
da pena sem mencionar o "quantum", deve o juiz fixá-lo
eleitorais;
entre um quinto e um terço, guardados os limites da pena
cominada ao crime. Pena - Detenção até dois meses e pagamento de 60 a 90
dias-multa.
Art. 286. A pena de multa consiste no pagamento ao
Tesouro Nacional, de uma soma de dinheiro, que é fixada Art. 297. Impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio:
em dias-multa. Seu montante é, no mínimo, 1 (um) dia-
Pena - Detenção até seis meses e pagamento de 60 a 100
multa e, no máximo, 300 (trezentos) dias-multa.
dias-multa.
§ 1º O montante do dia-multa é fixado segundo o prudente
Art. 298. Prender ou deter eleitor, membro de mesa
arbítrio do juiz, devendo êste ter em conta as condições
receptora, fiscal, delegado de partido ou candidato, com
pessoais e econômicas do condenado, mas não pode ser
violação do disposto no Art. 236:
inferior ao salário-mínimo diário da região, nem superior ao
valor de um salário-mínimo mensal. Pena - Reclusão até quatro anos.
§ 2º A multa pode ser aumentada até o triplo, embora não Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para
possa exceder o máximo genérico caput, se o juiz considerar si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra
que, em virtude da situação econômica do condenado, é vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou
ineficaz a cominada, ainda que no máximo, ao crime de que prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita:
se trate.
Pena - reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a
Art. 287. Aplicam-se aos fatos incriminados nesta lei as quinze dias-multa.
regras gerais do Código Penal.
Art. 300. Valer-se o servidor público da sua autoridade para
Art. 288. Nos crimes eleitorais cometidos por meio da coagir alguém a votar ou não votar em determinado
imprensa, do rádio ou da televisão, aplicam-se candidato ou partido:
exclusivamente as normas dêste Código e as remissões a
Pena - detenção até seis meses e pagamento de 60 a 100
outra lei nele contempladas.
dias-multa.
CAPÍTULO II
Parágrafo único. Se o agente é membro ou funcionário da
DOS CRIMES ELEITORAIS Justiça Eleitoral e comete o crime prevalecendo-se do cargo
Art. 289. Inscrever-se fraudulentamente eleitor: a pena é agravada.

Pena - Reclusão até cinco anos e pagamento de cinco a 15 Art. 301. Usar de violência ou grave ameaça para coagir
dias-multa. alguém a votar, ou não votar, em determinado candidato ou
partido, ainda que os fins visados não sejam conseguidos:
Art. 290 Induzir alguém a se inscrever eleitor com infração
de qualquer dispositivo dêste Código. Pena - reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a
quinze dias-multa.
Pena - Reclusão até 2 anos e pagamento de 15 a 30 dias-
multa. Art. 302. Promover, no dia da eleição, com o fim de impedir,
embaraçar ou fraudar o exercício do voto a concentração de
Art. 291. Efetuar o juiz, fraudulentamente, a inscrição de eleitores, sob qualquer forma, inclusive o fornecimento
alistando. gratuito de alimento e transporte coletivo: (Redação dada
Pena - Reclusão até 5 anos e pagamento de cinco a quinze pelo Decreto-Lei nº 1.064, de 24.10.1969)
dias-multa. Pena - reclusão de quatro (4) a seis (6) anos e pagamento de
Art. 292. Negar ou retardar a autoridade judiciária, sem 200 a 300 dias-multa. ((Redação dada pelo Decreto-Lei nº
fundamento legal, a inscrição requerida: 1.064, de 24.10.1969)

Pena - Pagamento de 30 a 60 dias-multa. Art. 303. Majorar os preços de utilidades e serviços


necessários à realização de eleições, tais como transporte e
Art. 293. Perturbar ou impedir de qualquer forma o alimentação de eleitores, impressão, publicidade e
alistamento: divulgação de matéria eleitoral.
Pena - Detenção de 15 dias a seis meses ou pagamento de Pena - pagamento de 250 a 300 dias-multa.
30 a 60 dias-multa.
Art. 294. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 14.4.1994)
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Art. 304. Ocultar, sonegar açambarcar ou recusar no dia da pena o presidente e os mesários que não expedirem
eleição o fornecimento, normalmente a todos, de imediatamente o respectivo boletim.
utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder
Art. 314. Deixar o juiz e os membros da Junta de recolher as
exclusividade dos mesmos a determinado partido ou
cédulas apuradas na respectiva urna, fechá-la e lacrá-la,
candidato:
assim que terminar a apuração de cada seção e antes de
Pena - pagamento de 250 a 300 dias-multa. passar à subseqüente, sob qualquer pretexto e ainda que
dispensada a providencia pelos fiscais, delegados ou
Art. 305. Intervir autoridade estranha à mesa receptora,
candidatos presentes:
salvo o juiz eleitoral, no seu funcionamento sob qualquer
pretexto: Pena - detenção até dois meses ou pagamento de 90 a 120
dias-multa.
Pena - detenção até seis meses e pagamento de 60 a 90
dias-multa. Parágrafo único. Nas seções eleitorais em que a contagem
dos votos fôr procedida pela mesa receptora incorrerão na
Art. 306. Não observar a ordem em que os eleitores devem
mesma pena o presidente e os mesários que não fecharem
ser chamados a votar:
e lacrarem a urna após a contagem.
Pena - pagamento de 15 a 30 dias-multa.
Art. 315. Alterar nos mapas ou nos boletins de apuração a
Art. 307. Fornecer ao eleitor cédula oficial já assinalada ou votação obtida por qualquer candidato ou lançar nesses
por qualquer forma marcada: documentos votação que não corresponda às cédulas
apuradas:
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-
multa. Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-
multa.
Art. 308. Rubricar e fornecer a cédula oficial em outra
oportunidade que não a de entrega da mesma ao eleitor. Art. 316. Não receber ou não mencionar nas atas da eleição
ou da apuração os protestos devidamente formulados ou
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 60 a 90 dias-
deixar de remetê-los à instância superior:
multa.
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-
Art. 309. Votar ou tentar votar mais de uma vez, ou em
multa.
lugar de outrem:
Art. 317. Violar ou tentar violar o sigilo da urna ou dos
Pena - reclusão até três anos.
invólucros.
Art. 310. Praticar, ou permitir membro da mesa receptora
Pena - reclusão de três a cinco anos.
que seja praticada, qualquer irregularidade que determine a
anulação de votação, salvo no caso do Art. 311: Art. 318. Efetuar a mesa receptora a contagem dos votos da
urna quando qualquer eleitor houver votado sob
Pena - detenção até seis meses ou pagamento de 90 a 120
impugnação (art. 190):
dias-multa.
Pena - detenção até um mês ou pagamento de 30 a 60 dias-
Art. 311. Votar em seção eleitoral em que não está inscrito,
multa.
salvo nos casos expressamente previstos, e permitir, o
presidente da mesa receptora, que o voto seja admitido: Art. 319. Subscrever o eleitor mais de uma ficha de registro
de um ou mais partidos:
Pena - detenção até um mês ou pagamento de 5 a 15 dias-
multa para o eleitor e de 20 a 30 dias-multa para o Pena - detenção até 1 mês ou pagamento de 10 a 30 dias-
presidente da mesa. multa.
Art. 312. Violar ou tentar violar o sigilo do voto: Art. 320. Inscrever-se o eleitor, simultaneamente, em dois
ou mais partidos:
Pena - detenção até dois anos.
Pena - pagamento de 10 a 20 dias-multa.
Art. 313. Deixar o juiz e os membros da Junta de expedir o
boletim de apuração imediatamente após a apuração de Art. 321. Colher a assinatura do eleitor em mais de uma ficha
cada urna e antes de passar à subseqüente, sob qualquer de registro de partido:
pretexto e ainda que dispensada a expedição pelos fiscais,
Pena - detenção até dois meses ou pagamento de 20 a 40
delegados ou candidatos presentes:
dias-multa.
Pena - pagamento de 90 a 120 dias-multa.
Art. 322. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997)
Parágrafo único. Nas seções eleitorais em que a contagem
fôr procedida pela mesa receptora incorrerão na mesma

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Art. 323. Divulgar, na propaganda, fatos que sabe Art. 326-A. Dar causa à instauração de investigação policial,
inveridicos, em relação a partidos ou candidatos e capazes de processo judicial, de investigação administrativa, de
de exercerem influência perante o eleitorado: inquérito civil ou ação de improbidade administrativa,
atribuindo a alguém a prática de crime ou ato infracional de
Pena - detenção de dois meses a um ano, ou pagamento de
que o sabe inocente, com finalidade eleitoral: (Incluído
120 a 150 dias-multa.
pela Lei nº13.834, de 2019)
Parágrafo único. A pena é agravada se o crime é cometido
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e
pela imprensa, rádio ou televisão.
multa. (Incluído pela Lei nº13.834, de 2019)
Art. 324. Caluniar alguém, na propaganda eleitoral, ou
§ 1º A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se
visando fins de propaganda, imputando-lhe falsamente fato
serve do anonimato ou de nome suposto. (Incluído pela
definido como crime:
Lei nº13.834, de 2019)
Pena - detenção de seis meses a dois anos, e pagamento de
§ 2º A pena é diminuída de metade, se a imputação é de
10 a 40 dias-multa.
prática de contravenção. (Incluído pela Lei nº13.834, de
§ 1° Nas mesmas penas incorre quem, sabendo falsa a 2019)
imputação, a propala ou divulga.
§ 3º (VETADO) (Incluído pela Lei nº13.834, de 2019)
§ 2º A prova da verdade do fato imputado exclui o crime,
Art. 327. As penas cominadas nos artigos. 324, 325 e 326,
mas não é admitida:
aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o cometido:
ofendido, não foi condenado por sentença irrecorrível;
I - contra o Presidente da República ou chefe de governo
II - se o fato é imputado ao Presidente da República ou chefe estrangeiro;
de governo estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a
ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
divulgação da ofensa.
Art. 325. Difamar alguém, na propaganda eleitoral, ou
Art. 328. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997)
visando a fins de propaganda, imputando-lhe fato ofensivo
à sua reputação: Art. 329. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997)
Pena - detenção de três meses a um ano, e pagamento de 5 Art. 330. Nos casos dos artigos. 328 e 329 se o agente repara
a 30 dias-multa. o dano antes da sentença final, o juiz pode reduzir a pena.
Parágrafo único. A exceção da verdade somente se admite Art. 331. Inutilizar, alterar ou perturbar meio de propaganda
se ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao devidamente empregado:
exercício de suas funções.
Pena - detenção até seis meses ou pagamento de 90 a 120
Art. 326. Injuriar alguém, na propaganda eleitoral, ou dias-multa.
visando a fins de propaganda, ofendendo-lhe a dignidade ou
Art. 332. Impedir o exercício de propaganda:
o decôro:
Pena - detenção até seis meses e pagamento de 30 a 60 dias-
Pena - detenção até seis meses, ou pagamento de 30 a 60
multa.
dias-multa.
Art. 333. (Revogado pela Lei nº 9.504, de 30.9.1997)
§ 1º O juiz pode deixar de aplicar a pena:
Art. 334. Utilizar organização comercial de vendas,
I - se o ofendido, de forma reprovável, provocou
distribuição de mercadorias, prêmios e sorteios para
diretamente a injúria;
propaganda ou aliciamento de eleitores:
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra
Pena - detenção de seis meses a um ano e cassação do
injúria.
registro se o responsável fôr candidato.
§ 2º Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que,
Art. 335. Fazer propaganda, qualquer que seja a sua forma,
por sua natureza ou meio empregado, se considerem
em língua estrangeira:
aviltantes:
Pena - detenção de três a seis meses e pagamento de 30 a
Pena - detenção de três meses a um ano e pagamento de 5
60 dias-multa.
a 20 dias-multa, além das penas correspondentes à violência
prevista no Código Penal.

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Parágrafo único. Além da pena cominada, a infração ao Art. 342. Não apresentar o órgão do Ministério Público, no
presente artigo importa na apreensão e perda do material prazo legal, denúncia ou deixar de promover a execução de
utilizado na propaganda. sentença condenatória:
Art. 336. Na sentença que julgar ação penal pela infração de Pena - detenção até dois meses ou pagamento de 60 a 90
qualquer dos artigos. 322, 323, 324, 325, 326,328, 329, 331, dias-multa.
332, 333, 334 e 335, deve o juiz verificar, de acôrdo com o seu
Art. 343. Não cumprir o juiz o disposto no § 3º do Art. 357:
livre convencionamento, se diretório local do partido, por
qualquer dos seus membros, concorreu para a prática de Pena - detenção até dois meses ou pagamento de 60 a 90
delito, ou dela se beneficiou conscientemente. dias-multa.
Parágrafo único. Nesse caso, imporá o juiz ao diretório Art. 344. Recusar ou abandonar o serviço eleitoral sem justa
responsável pena de suspensão de sua atividade eleitoral causa:
por prazo de 6 a 12 meses, agravada até o dôbro nas
Pena - detenção até dois meses ou pagamento de 90 a 120
reincidências.
dias-multa.
Ar. 337. Participar, o estrangeiro ou brasileiro que não
Art. 345. Não cumprir a autoridade judiciária, ou qualquer
estiver no gôzo dos seus direitos políticos, de atividades
funcionário dos órgãos da Justiça Eleitoral, nos prazos
partidárias inclusive comícios e atos de propaganda em
legais, os deveres impostos por êste Código, se a infração
recintos fechados ou abertos:
não estiver sujeita a outra penalidade: (Redação dada
Pena - detenção até seis meses e pagamento de 90 a 120 pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
dias-multa.
Pena - pagamento de trinta a noventa dias-multa.(Redação
Parágrafo único. Na mesma pena incorrerá o responsável dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
pelas emissoras de rádio ou televisão que autorizar
Art. 346. Violar o disposto no Art. 377:
transmissões de que participem os mencionados neste
artigo, bem como o diretor de jornal que lhes divulgar os Pena - detenção até seis meses e pagamento de 30 a 60 dias-
pronunciamentos. multa.
Art. 338. Não assegurar o funcionário postal a prioridade Parágrafo único. Incorrerão na pena, além da autoridade
prevista no Art. 239: responsável, os servidores que prestarem serviços e os
candidatos, membros ou diretores de partido que derem
Pena - Pagamento de 30 a 60 dias-multa.
causa à infração.
Art. 339 - Destruir, suprimir ou ocultar urna contendo votos,
Art. 347. Recusar alguém cumprimento ou obediência a
ou documentos relativos à eleição:
diligências, ordens ou instruções da Justiça Eleitoral ou opor
Pena - reclusão de dois a seis anos e pagamento de 5 a 15 embaraços à sua execução:
dias-multa.
Pena - detenção de três meses a um ano e pagamento de 10
Parágrafo único. Se o agente é membro ou funcionário da a 20 dias-multa.
Justiça Eleitoral e comete o crime prevalecendo-se do cargo,
Art. 348. Falsificar, no todo ou em parte, documento
a pena é agravada.
público, ou alterar documento público verdadeiro, para fins
Art. 340. Fabricar, mandar fabricar, adquirir, fornecer, ainda eleitorais:
que gratuitamente, subtrair ou guardar urnas, objetos,
Pena - reclusão de dois a seis anos e pagamento de 15 a 30
mapas, cédulas ou papéis de uso exclusivo da Justiça
dias-multa.
Eleitoral:
§ 1º Se o agente é funcionário público e comete o crime
Pena - reclusão até três anos e pagamento de 3 a 15 dias-
prevalecendo-se do cargo, a pena é agravada.
multa.
§ 2º Para os efeitos penais, equipara-se a documento público
Parágrafo único. Se o agente é membro ou funcionário da
o emanado de entidade paraestatal inclusive Fundação do
Justiça Eleitoral e comete o crime prevalecendo-se do cargo,
Estado.
a pena é agravada.
Ar. 349. Falsificar, no todo ou em parte, documento
Art. 341. Retardar a publicação ou não publicar, o diretor ou
particular ou alterar documento particular verdadeiro, para
qualquer outro funcionário de órgão oficial federal,
fins eleitorais:
estadual, ou municipal, as decisões, citações ou intimações
da Justiça Eleitoral: Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 3 a 10 dias-
multa.
Pena - detenção até um mês ou pagamento de 30 a 60 dias-
multa.

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Art. 350. Omitir, em documento público ou particular, órgão do Ministério Público local, que procederá na forma
declaração que dêle devia constar, ou nele inserir ou fazer dêste Código.
inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita,
§ 2º Se o Ministério Público julgar necessários maiores
para fins eleitorais:
esclarecimentos e documentos complementares ou outros
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias- elementos de convicção, deverá requisitá-los diretamente
multa, se o documento é público, e reclusão até três anos e de quaisquer autoridades ou funcionários que possam
pagamento de 3 a 10 dias-multa se o documento é fornecê-los.
particular.
Art. 357. Verificada a infração penal, o Ministério Público
Parágrafo único. Se o agente da falsidade documental é oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias.
funcionário público e comete o crime prevalecendo-se do
§ 1º Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar
cargo ou se a falsificação ou alteração é de assentamentos
a denúncia, requerer o arquivamento da comunicação, o
de registro civil, a pena é agravada.
juiz, no caso de considerar improcedentes as razões
Art. 351. Equipara-se a documento (348,349 e 350) para os invocadas, fará remessa da comunicação ao Procurador
efeitos penais, a fotografia, o filme cinematográfico, o disco Regional, e êste oferecerá a denúncia, designará outro
fonográfico ou fita de ditafone a que se incorpore Promotor para oferecê-la, ou insistirá no pedido de
declaração ou imagem destinada à prova de fato arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a
juridicamente relevante. atender.
Ar. 352. Reconhecer, como verdadeira, no exercício da § 2º A denúncia conterá a exposição do fato criminoso com
função pública, firma ou letra que o não seja, para fins todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou
eleitorais: esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a
classificação do crime e, quando necessário, o rol das
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-
testemunhas.
multa se o documento é público, e reclusão até três anos e
pagamento de 3 a 10 dias-multa se o documento é § 3º Se o órgão do Ministério Público não oferecer a
particular. denúncia no prazo legal representará contra êle a
autoridade judiciária, sem prejuízo da apuração da
Art. 353. Fazer uso de qualquer dos documentos falsificados
responsabilidade penal.
ou alterados, a que se referem os artigos. 348 a 352:
§ 4º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior o
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.
juiz solicitará ao Procurador Regional a designação de outro
Art. 354. Obter, para uso próprio ou de outrem, documento promotor, que, no mesmo prazo, oferecerá a denúncia.
público ou particular, material ou ideologicamente falso
§ 5º Qualquer eleitor poderá provocar a representação
para fins eleitorais:
contra o órgão do Ministério Público se o juiz, no prazo de 10
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. (dez) dias, não agir de ofício.
Art. 354-A. Apropriar-se o candidato, o administrador Art. 358. A denúncia, será rejeitada quando:
financeiro da campanha, ou quem de fato exerça essa
I - o fato narrado evidentemente não constituir crime;
função, de bens, recursos ou valores destinados ao
financiamento eleitoral, em proveito próprio ou II - já estiver extinta a punibilidade, pela prescrição ou outra
alheio: (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017) causa;
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. (Incluído pela III - fôr manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar condição
Lei nº 13.488, de 2017) exigida pela lei para o exercício da ação penal.
CAPÍTULO III Parágrafo único. Nos casos do número III, a rejeição da
DO PROCESSO DAS INFRAÇÕES denúncia não obstará ao exercício da ação penal, desde que
promovida por parte legítima ou satisfeita a condição.
Art. 355. As infrações penais definidas neste Código são de
ação pública. Art. 359. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora
para o depoimento pessoal do acusado, ordenando a citação
Art. 356. Todo cidadão que tiver conhecimento de infração deste e a notificação do Ministério Público. (Redação
penal dêste Código deverá comunicá-la ao juiz eleitoral da dada pela Lei nº 10.732, de 5.9.2003)
zona onde a mesma se verificou.
Parágrafo único. O réu ou seu defensor terá o prazo de 10
§ 1º Quando a comunicação fôr verbal, mandará a (dez) dias para oferecer alegações escritas e arrolar
autoridade judicial reduzi-la a têrmo, assinado pelo testemunhas.(Incluído pela Lei nº 10.732, de 5.9.2003)
apresentante e por duas testemunhas, e a remeterá ao

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Art. 360. Ouvidas as testemunhas da acusação e da defesa e intermédio do que for designado pelo Procurador Regional
praticadas as diligências requeridas pelo Ministério Público Eleitoral;
e deferidas ou ordenadas pelo juiz, abrir-se-á o prazo de 5
VI - Os recursos cabíveis, nos processos para cobrança da
(cinco) dias a cada uma das partes - acusação e defesa - para
dívida decorrente de multa, serão interpostos para a
alegações finais.
instância superior da Justiça Eleitoral;
Art. 361. Decorrido esse prazo, e conclusos os autos ao juiz
VII - Em nenhum caso haverá recurso de ofício;
dentro de quarenta e oito horas, terá o mesmo 10 (dez) dias
para proferir a sentença. VIII - As custas, nos Estados, Distrito Federal e Territórios
serão cobradas nos termos dos respectivos Regimentos de
Art. 362. Das decisões finais de condenação ou absolvição
Custas;
cabe recurso para o Tribunal Regional, a ser interposto no
prazo de 10 (dez) dias. IX - Os juízes eleitorais comunicarão aos Tribunais
Regionais, trimestralmente, a importância total das multas
Art. 363. Se a decisão do Tribunal Regional fôr condenatória,
impostas, nesse período e quanto foi arrecadado através de
baixarão imediatamente os autos à instância inferior para a
pagamentos feitos na forma dos números II e III;
execução da sentença, que será feita no prazo de 5 (cinco)
dias, contados da data da vista ao Ministério Público. X - Idêntica comunicação será feita pelos Tribunais
Regionais ao Tribunal Superior.
Parágrafo único. Se o órgão do Ministério Público deixar de
promover a execução da sentença serão aplicadas as § 1º As multas aplicadas pelos Tribunais Eleitorais serão
normas constantes dos parágrafos 3º, 4º e 5º do Art. 357. consideradas líquidas e certas, para efeito de cobrança
mediante executivo fiscal desde que inscritas em livro
Art. 364. No processo e julgamento dos crimes eleitorais e
próprio na Secretaria do Tribunal competente. (Incluído
dos comuns que lhes forem conexos, assim como nos
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
recursos e na execução, que lhes digam respeito, aplicar-se-
á, como lei subsidiária ou supletiva, o Código de Processo § 2º A multa pode ser aumentada até dez vezes, se o juiz, ou
Penal. Tribunal considerar que, em virtude da situação econômica
do infrator, é ineficaz, embora aplicada no máximo.(Incluído
TÍTULO V
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
§ 3º O alistando, ou o eleitor, que comprovar devidamente o
Art. 365. O serviço eleitoral prefere a qualquer outro, é seu estado de pobreza, ficará isento do pagamento de
obrigatório e não interrompe o interstício de promoção dos multa. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
funcionários para êle requisitados.
§ 4º Fica autorizado o Tesouro Nacional a emitir sêlos, sob a
Art. 366. Os funcionários de qualquer órgão da Justiça designação "Selo Eleitoral", destinados ao pagamento de
Eleitoral não poderão pertencer a diretório de partido emolumentos, custas, despesas e multas, tanto as
político ou exercer qualquer atividade partidária, sob pena administrativas como as penais, devidas à Justiça
de demissão. Eleitoral.(Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
Art. 367. A imposição e a cobrança de qualquer multa, salvo § 5º Os pagamentos de multas poderão ser feitos através de
no caso das condenações criminais, obedecerão às guias de recolhimento, se a Justiça Eleitoral não dispuser de
seguintes normas: sêlo eleitoral em quantidade suficiente para atender aos
I - No arbitramento será levada em conta a condição interessados. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
econômica do eleitor; Art. 368. Os atos requeridos ou propostos em tempo
II - Arbitrada a multa, de ofício ou a requerimento do eleitor, oportuno, mesmo que não sejam apreciados no prazo legal,
o pagamento será feito através de selo federal inutilizado no não prejudicarão aos interessados.
próprio requerimento ou no respectivo processo; Art. 368-A. A prova testemunhal singular, quando exclusiva,
III - Se o eleitor não satisfizer o pagamento no prazo de 30 não será aceita nos processos que possam levar à perda do
(trinta) dias, será considerada dívida líquida e certa, para mandato. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
efeito de cobrança mediante executivo fiscal, a que fôr Art. 369. O Governo da União fornecerá, para ser distribuído
inscrita em livro próprio no Cartório Eleitoral; por intermédio dos Tribunais Regionais, todo o material
IV - A cobrança judicial da dívida será feita por ação destinado ao alistamento eleitoral e às eleições.
executiva na forma prevista para a cobrança da dívida ativa Art. 370. As transmissões de natureza eleitoral, feitas por
da Fazenda Pública, correndo a ação perante os juízos autoridades e repartições competentes, gozam de franquia
eleitorais; postal, telegráfica, telefônica, radiotelegráfica ou
V - Nas Capitais e nas comarcas onde houver mais de um radiotelefônica, em linhas oficiais ou nas que sejam
Promotor de Justiça, a cobrança da dívida far-se-á por obrigadas a serviço oficial.
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Art. 371. As repartições públicas são obrigadas, no prazo municipal do órgão infrator mediante representação
máximo de 10 (dez) dias, a fornecer às autoridades, aos fundamentada partidário, ou de qualquer eleitor.
representantes de partidos ou a qualquer alistando as
Art. 378. O Tribunal Superior organizará, mediante proposta
informações e certidões que solicitarem relativas à matéria
do Corregedor Geral, os serviços da Corregedoria,
eleitoral, desde que os interessados manifestem
designando para desempenhá-los funcionários efetivos do
especificamente as razões e os fins do pedido.
seu quadro e transformando o cargo de um dêles,
Art. 372. Os tabeliães não poderão deixar de reconhecer nos diplomado em direito e de conduta moral irrepreensível, no
documentos necessários à instrução dos requerimentos e de Escrivão da Corregedoria símbolo PJ - 1, a cuja nomeação
recursos eleitorais, as firmas de pessoas de seu serão inerentes, assim na Secretaria como nas diligências, as
conhecimento, ou das que se apresentarem com 2 (dois) atribuições de titular de ofício de Justiça.
abonadores conhecidos.
Art. 379. Serão considerados de relevância os serviços
Ar. 373. São isentos de sêlo os requerimentos e todos os prestados pelos mesários e componentes das Juntas
papéis destinados a fins eleitorais e é gratuito o Apuradoras.
reconhecimento de firma pelos tabeliães, para os mesmos
§ 1º Tratando-se de servidor público, em caso de promoção
fins.
a prova de haver prestado tais serviços será levada em
Parágrafo único. Nos processos -crimes e nos executivos consideração para efeito de desempate, depois de
fiscais referente a cobrança de multas serão pagas custas observados os critérios já previstos em leis ou regulamentos.
nos têrmos do Regimento de Custas de cada Estado, sendo
§ 2º Persistindo o empate de que trata o parágrafo anterior,
as devidas à União pagas através de sêlos federais
terá preferência, para a promoção, o funcionário que tenha
inutilizados nos autos.
servido maior número de vezes.
Art. 374. Os membros dos tribunais eleitorais, os juizes
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos membros ou
eleitorais e os servidores públicos requisitados para os
servidores de Justiça Eleitoral.
órgãos da Justiça Eleitoral, que, em virtude de suas funções
nos mencionados órgãos não tiverem as férias que lhes Art. 380. Será feriado nacional o dia em que se realizarem
couberem, poderão gozá-las no ano seguinte , acumuladas eleições de data fixada pela Constituição Federal; nos
ou não.(Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) demais casos, serão as eleições marcadas para um domingo
ou dia já considerado feriado por lei anterior.
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 4.961, de
4.5.1966) Art. 381. Esta lei não altera a situação das candidaturas a
Presidente ou Vice-Presidente da República e a Governador
Art. 375. Nas áreas contestadas, enquanto não forem
ou Vice-Governador de Estado, desde que resultantes de
fixados definitivamente os limites interestaduais, far-se-ão
convenções partidárias regulares e já registradas ou em
as eleições sob a jurisdição do Tribunal Regional da
processo de registro, salvo a ocorrência de outros motivos
circunscrição eleitoral em que, do ponto de vista da
de ordem legal ou constitucional que as prejudiquem.
administração judiciária estadual, estejam elas incluídas.
Parágrafo único. Se o registro requerido se referir
Art. 376. A proposta orçametária da Justiça Eleitoral será
isoladamente a Presidente ou a Vice-Presidente da
anualmente elaborada pelo Tribunal Superior, de acôrdo
República e a Governador ou Vice-Governador de Estado, a
com as propostas parciais que lhe forem remetidas pelos
validade respectiva dependerá de complementação da
Tribunais Regionais, e dentro das normas legais vigentes.
chapa conjunta na firma e nos prazos previstos neste Código
Parágrafo único. Os pedidos de créditos adicionais que se (Constituição, art. 81, com a redação dada pela Emenda
fizerem necessários ao bom andamento dos serviços Constitucional nº 9).
eleitorais, durante o exercício serão encaminhados em
Art. 382. Êste Código entrará em vigor 30 dias após a sua
relação trimestral à Câmara dos Deputados, por intermédio
publicação.
do Tribunal Superior.
Art. 383. Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 377. O serviço de qualquer repartição, federal, estadual,
municipal, autarquia, fundação do Estado, sociedade de Brasília, 15 de julho de 1965. 144º da Independência e 77º da
economia mista, entidade mantida ou subvencionada pelo República
poder público, ou que realiza contrato com êste, inclusive o
H. CASTELLO BRANCO
respectivo prédio e suas dependências não poderá ser
Milton Soares Campos
utilizado para beneficiar partido ou organização de caráter
político.
Lei nº 7.210/1984
Parágrafo único. O disposto neste artigo será tornado
efetivo, a qualquer tempo, pelo órgão competente da Institui a Lei de Execução Penal.
Justiça Eleitoral, conforme o âmbito nacional, regional ou
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: ser submetido o condenado ao cumprimento da pena
privativa de liberdade em regime semi-aberto.
TÍTULO I
DO OBJETO E DA APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de dados
PENAL reveladores da personalidade, observando a ética
profissional e tendo sempre presentes peças ou informações
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as
do processo, poderá:
disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar
condições para a harmônica integração social do condenado I - entrevistar pessoas;
e do internado.
II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados,
Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça dados e informações a respeito do condenado;
ordinária, em todo o Território Nacional, será exercida, no
III - realizar outras diligências e exames necessários.
processo de execução, na conformidade desta Lei e do
Código de Processo Penal. Art. 9o-A. (VETADO)
Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso § 1o A identificação do perfil genético será armazenada em
provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral ou Militar, banco de dados sigiloso, conforme regulamento a ser
quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição expedido pelo Poder Executivo. (Incluído pela Lei nº 12.654,
ordinária. de 2012)
Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados § 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias
todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei. mínimas de proteção de dados genéticos, observando as
melhores práticas da genética forense.
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza
racial, social, religiosa ou política. § 2o A autoridade policial, federal ou estadual, poderá
requerer ao juiz competente, no caso de inquérito
Art. 4º O Estado deverá recorrer à cooperação da
instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de
comunidade nas atividades de execução da pena e da
perfil genético. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
medida de segurança.
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o
TÍTULO II
acesso aos seus dados constantes nos bancos de perfis
DO CONDENADO E DO INTERNADO
genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de
CAPÍTULO I
custódia que gerou esse dado, de maneira que possa ser
DA CLASSIFICAÇÃO
contraditado pela defesa.
Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste
antecedentes e personalidade, para orientar a
artigo que não tiver sido submetido à identificação do perfil
individualização da execução penal.
genético por ocasião do ingresso no estabelecimento
Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica de prisional deverá ser submetido ao procedimento durante o
Classificação que elaborará o programa individualizador da cumprimento da pena.
pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou
§ 5º (VETADO).
preso provisório. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de
2003) § 6º (VETADO).
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em § 7º (VETADO).
cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e
§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em
composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um)
submeter-se ao procedimento de identificação do perfil
psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social,
genético.
quando se tratar de condenado à pena privativa de
liberdade. CAPÍTULO II
DA ASSISTÊNCIA
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto
SEÇÃO I
ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais do serviço
DISPOSIÇÕES GERAIS
social.
Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de
Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à
liberdade, em regime fechado, será submetido a exame
convivência em sociedade.
criminológico para a obtenção dos elementos necessários a
uma adequada classificação e com vistas à individualização Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso.
da execução.
Art. 11. A assistência será:
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I - material; Pública para a prestação de assistência jurídica integral e


gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e
II - à saúde;
seus familiares, sem recursos financeiros para constituir
III -jurídica; advogado. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
IV - educacional; SEÇÃO V
DA ASSISTÊNCIA EDUCACIONAL
V - social;
Art. 17. A assistência educacional compreenderá a instrução
VI - religiosa.
escolar e a formação profissional do preso e do internado.
SEÇÃO II
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se
DA ASSISTÊNCIA MATERIAL
no sistema escolar da Unidade Federativa.
Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado
Art. 18-A. O ensino médio, regular ou supletivo, com
consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e
formação geral ou educação profissional de nível médio,
instalações higiênicas.
será implantado nos presídios, em obediência ao preceito
Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e serviços constitucional de sua universalização. (Incluído pela Lei nº
que atendam aos presos nas suas necessidades pessoais, 13.163, de 2015)
além de locais destinados à venda de produtos e objetos
§ 1o O ensino ministrado aos presos e presas integrar-se-á
permitidos e não fornecidos pela Administração.
ao sistema estadual e municipal de ensino e será mantido,
SEÇÃO III administrativa e financeiramente, com o apoio da União,
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE não só com os recursos destinados à educação, mas pelo
sistema estadual de justiça ou administração
Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de
penitenciária. (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015)
caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento
médico, farmacêutico e odontológico. § 2o Os sistemas de ensino oferecerão aos presos e às presas
cursos supletivos de educação de jovens e
§ 1º (Vetado).
adultos. (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015)
§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver
§ 3o A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal
aparelhado para prover a assistência médica necessária,
incluirão em seus programas de educação à distância e de
esta será prestada em outro local, mediante autorização da
utilização de novas tecnologias de ensino, o atendimento
direção do estabelecimento.
aos presos e às presas. (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015)
§ 3o Será assegurado acompanhamento médico à mulher,
Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de
principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao
iniciação ou de aperfeiçoamento técnico.
recém-nascido. (Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009)
Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino
SEÇÃO IV
profissional adequado à sua condição.
DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA
Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de
Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos
convênio com entidades públicas ou particulares, que
internados sem recursos financeiros para constituir
instalem escolas ou ofereçam cursos especializados.
advogado.
Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de
cada estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas
assistência jurídica, integral e gratuita, pela Defensoria
as categorias de reclusos, provida de livros instrutivos,
Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais.
recreativos e didáticos.
(Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010).
Art. 21-A. O censo penitenciário deverá apurar: (Incluído
§ 1o As Unidades da Federação deverão prestar auxílio
pela Lei nº 13.163, de 2015)
estrutural, pessoal e material à Defensoria Pública, no
exercício de suas funções, dentro e fora dos I - o nível de escolaridade dos presos e das presas; (Incluído
estabelecimentos penais. (Incluído pela Lei nº 12.313, de pela Lei nº 13.163, de 2015)
2010).
II - a existência de cursos nos níveis fundamental e médio e
§ 2o Em todos os estabelecimentos penais, haverá local o número de presos e presas atendidos; (Incluído pela Lei nº
apropriado destinado ao atendimento pelo Defensor 13.163, de 2015)
Público. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
III - a implementação de cursos profissionais em nível de
§ 3o Fora dos estabelecimentos penais, serão iniciação ou aperfeiçoamento técnico e o número de presos
implementados Núcleos Especializados da Defensoria e presas atendidos; (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015)

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IV - a existência de bibliotecas e as condições de seu I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da
acervo; (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) saída do estabelecimento;
V - outros dados relevantes para o aprimoramento II - o liberado condicional, durante o período de prova.
educacional de presos e presas. (Incluído pela Lei nº 13.163,
Art. 27.O serviço de assistência social colaborará com o
de 2015)
egresso para a obtenção de trabalho.
SEÇÃO VI
CAPÍTULO III
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
DO TRABALHO
Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o SEÇÃO I
preso e o internado e prepará-los para o retorno à liberdade. DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social: Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e
condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e
I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames;
produtiva.
II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os
§ 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as
problemas e as dificuldades enfrentadas pelo assistido;
precauções relativas à segurança e à higiene.
III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das
§ 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da
saídas temporárias;
Consolidação das Leis do Trabalho.
IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis,
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante
a recreação;
prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quartos)
V - promover a orientação do assistido, na fase final do do salário mínimo.
cumprimento da pena, e do liberando, de modo a facilitar o
§ 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá
seu retorno à liberdade;
atender:
VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios
a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que
da Previdência Social e do seguro por acidente no trabalho;
determinados judicialmente e não reparados por outros
VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do meios;
preso, do internado e da vítima.
b) à assistência à família;
SEÇÃO VII
c) a pequenas despesas pessoais;
DA ASSISTÊNCIA RELIGIOSA
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com
Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será
a manutenção do condenado, em proporção a ser fixada e
prestada aos presos e aos internados, permitindo-se-lhes a
sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores.
participação nos serviços organizados no estabelecimento
penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa. § 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a
parte restante para constituição do pecúlio, em Caderneta
§ 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os
de Poupança, que será entregue ao condenado quando
cultos religiosos.
posto em liberdade.
§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a
Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço à
participar de atividade religiosa.
comunidade não serão remuneradas.
SEÇÃO VIII
SEÇÃO II
DA ASSISTÊNCIA AO EGRESSO
DO TRABALHO INTERNO
Art. 25. A assistência ao egresso consiste:
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está
I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e
liberdade; capacidade.
II - na concessão, se necessário, de alojamento e Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é
alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de obrigatório e só poderá ser executado no interior do
2 (dois) meses. estabelecimento.
Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em
prorrogado uma única vez, comprovado, por declaração do conta a habilitação, a condição pessoal e as necessidades
assistente social, o empenho na obtenção de emprego. futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas
pelo mercado.
Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:

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§ 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada
sem expressão econômica, salvo nas regiões de turismo. pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão,
disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo
§ 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar
de 1/6 (um sexto) da pena.
ocupação adequada à sua idade.
Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho
§ 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão
externo ao preso que vier a praticar fato definido como
atividades apropriadas ao seu estado.
crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento
Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo.
(seis) nem superior a 8 (oito) horas, com descanso nos
CAPÍTULO IV
domingos e feriados.
DOS DEVERES, DOS DIREITOS E DA DISCIPLINA
Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de SEÇÃO I
trabalho aos presos designados para os serviços de DOS DEVERES
conservação e manutenção do estabelecimento penal.
Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais
Art. 34. O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, ou inerentes ao seu estado, submeter-se às normas de
empresa pública, com autonomia administrativa, e terá por execução da pena.
objetivo a formação profissional do condenado.
Art. 39. Constituem deveres do condenado:
§ 1o. Nessa hipótese, incumbirá à entidade gerenciadora
I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da
promover e supervisionar a produção, com critérios e
sentença;
métodos empresariais, encarregar-se de sua
comercialização, bem como suportar despesas, inclusive II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com
pagamento de remuneração adequada. (Renumerado pela quem deva relacionar-se;
Lei nº 10.792, de 2003)
III - urbanidade e respeito no trato com os demais
§ 2o Os governos federal, estadual e municipal poderão condenados;
celebrar convênio com a iniciativa privada, para
IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos
implantação de oficinas de trabalho referentes a setores de
de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina;
apoio dos presídios. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)
V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
Art. 35. Os órgãos da Administração Direta ou Indireta da
União, Estados, Territórios, Distrito Federal e dos VI - submissão à sanção disciplinar imposta;
Municípios adquirirão, com dispensa de concorrência
VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores;
pública, os bens ou produtos do trabalho prisional, sempre
que não for possível ou recomendável realizar-se a venda a VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas
particulares. realizadas com a sua manutenção, mediante desconto
proporcional da remuneração do trabalho;
Parágrafo único. Todas as importâncias arrecadadas com as
vendas reverterão em favor da fundação ou empresa pública IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;
a que alude o artigo anterior ou, na sua falta, do
X - conservação dos objetos de uso pessoal.
estabelecimento penal.
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que
SEÇÃO III
couber, o disposto neste artigo.
DO TRABALHO EXTERNO
SEÇÃO II
Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos
DOS DIREITOS
em regime fechado somente em serviço ou obras públicas
realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à
ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas integridade física e moral dos condenados e dos presos
contra a fuga e em favor da disciplina. provisórios.
§ 1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez Art. 41 - Constituem direitos do preso:
por cento) do total de empregados na obra.
I - alimentação suficiente e vestuário;
§ 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à
II - atribuição de trabalho e sua remuneração;
empresa empreiteira a remuneração desse trabalho.
III - Previdência Social;
§ 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do
consentimento expresso do preso. IV - constituição de pecúlio;

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V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem
trabalho, o descanso e a recreação; expressa e anterior previsão legal ou regulamentar.
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, § 1º As sanções não poderão colocar em perigo a integridade
artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis física e moral do condenado.
com a execução da pena;
§ 2º É vedado o emprego de cela escura.
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional,
§ 3º São vedadas as sanções coletivas.
social e religiosa;
Art. 46. O condenado ou denunciado, no início da execução
VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
da pena ou da prisão, será cientificado das normas
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado; disciplinares.
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos Art. 47. O poder disciplinar, na execução da pena privativa
em dias determinados; de liberdade, será exercido pela autoridade administrativa
conforme as disposições regulamentares.
XI - chamamento nominal;
Art. 48. Na execução das penas restritivas de direitos, o
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da
poder disciplinar será exercido pela autoridade
individualização da pena;
administrativa a que estiver sujeito o condenado.
XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento;
Parágrafo único. Nas faltas graves, a autoridade
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em representará ao Juiz da execução para os fins dos artigos
defesa de direito; 118, inciso I, 125, 127, 181, §§ 1º, letra d, e 2º desta Lei.
XV - contato com o mundo exterior por meio de SUBSEÇÃO II
correspondência escrita, da leitura e de outros meios de DAS FALTAS DISCIPLINARES
informação que não comprometam a moral e os bons
Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves,
costumes.
médias e graves. A legislação local especificará as leves e
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob médias, bem assim as respectivas sanções.
pena da responsabilidade da autoridade judiciária
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção
competente. (Incluído pela Lei nº 10.713, de 2003)
correspondente à falta consumada.
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de
poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato
liberdade que:
motivado do diretor do estabelecimento.
I - incitar ou participar de movimento para subverter a
Art. 42 - Aplica-se ao preso provisório e ao submetido à
ordem ou a disciplina;
medida de segurança, no que couber, o disposto nesta
Seção. II - fugir;
Art. 43 - É garantida a liberdade de contratar médico de III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a
confiança pessoal do internado ou do submetido a integridade física de outrem;
tratamento ambulatorial, por seus familiares ou
IV - provocar acidente de trabalho;
dependentes, a fim de orientar e acompanhar o tratamento.
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
Parágrafo único. As divergências entre o médico oficial e o
particular serão resolvidas pelo Juiz da execução. VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do
artigo 39, desta Lei.
SEÇÃO III
DA DISCIPLINA VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho
SUBSEÇÃO I telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação
DISPOSIÇÕES GERAIS com outros presos ou com o ambiente externo. (Incluído
pela Lei nº 11.466, de 2007)
Art. 44. A disciplina consiste na colaboração com a ordem,
na obediência às determinações das autoridades e seus VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação
agentes e no desempenho do trabalho. do perfil genético.
Parágrafo único. Estão sujeitos à disciplina o condenado à Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que
pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos e o preso couber, ao preso provisório.
provisório.
Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de
direitos que:

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I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta; sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo
indícios de que o preso:
II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da
obrigação imposta; I - continua apresentando alto risco para a ordem e a
segurança do estabelecimento penal de origem ou da
III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do
sociedade;
artigo 39, desta Lei.
II - mantém os vínculos com organização criminosa,
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso
associação criminosa ou milícia privada, considerados
constitui falta grave e, quando ocasionar subversão da
também o perfil criminal e a função desempenhada por ele
ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou
no grupo criminoso, a operação duradoura do grupo, a
condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção
superveniência de novos processos criminais e os resultados
penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes
do tratamento penitenciário.
características:
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime
I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de
disciplinar diferenciado deverá contar com alta segurança
repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie;
interna e externa, principalmente no que diz respeito à
II - recolhimento em cela individual; necessidade de se evitar contato do preso com membros de
sua organização criminosa, associação criminosa ou milícia
III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem
privada, ou de grupos rivais.
realizadas em instalações equipadas para impedir o contato
físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no § 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo
caso de terceiro, autorizado judicialmente, com duração de será gravada em sistema de áudio ou de áudio e vídeo e, com
2 (duas) horas; autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário.
IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias § 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime disciplinar
para banho de sol, em grupos de até 4 (quatro) presos, desde diferenciado, o preso que não receber a visita de que trata o
que não haja contato com presos do mesmo grupo inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio
criminoso; agendamento, ter contato telefônico, que será gravado,
com uma pessoa da família, 2 (duas) vezes por mês e por 10
V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu
(dez) minutos.
defensor, em instalações equipadas para impedir o contato
físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização SUBSEÇÃO III
judicial em contrário; DAS SANÇÕES E DAS RECOMPENSAS
VI - fiscalização do conteúdo da correspondência; Art. 53. Constituem sanções disciplinares:
VII - participação em audiências judiciais preferencialmente I - advertência verbal;
por videoconferência, garantindo-se a participação do
II - repreensão;
defensor no mesmo ambiente do preso.
III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado
único);
aos presos provisórios ou condenados, nacionais ou
estrangeiros: IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos
estabelecimentos que possuam alojamento coletivo,
I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do
observado o disposto no artigo 88 desta Lei.
estabelecimento penal ou da sociedade;
V - inclusão no regime disciplinar diferenciado. (Incluído pela
II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento
Lei nº 10.792, de 2003)
ou participação, a qualquer título, em organização
criminosa, associação criminosa ou milícia privada, Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão
independentemente da prática de falta grave. aplicadas por ato motivado do diretor do estabelecimento e
a do inciso V, por prévio e fundamentado despacho do juiz
§ 2º (Revogado).
competente. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em
§ 1o A autorização para a inclusão do preso em regime
organização criminosa, associação criminosa ou milícia
disciplinar dependerá de requerimento circunstanciado
privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais
elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra
Estados da Federação, o regime disciplinar diferenciado
autoridade administrativa. (Incluído pela Lei nº 10.792, de
será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento
2003)
prisional federal.
§ 2o A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime
disciplinar será precedida de manifestação do Ministério
disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado
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Público e da defesa e prolatada no prazo máximo de quinze I - o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária;
dias. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)
II - o Juízo da Execução;
Art. 55. As recompensas têm em vista o bom
III - o Ministério Público;
comportamento reconhecido em favor do condenado, de
sua colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao IV - o Conselho Penitenciário;
trabalho.
V - os Departamentos Penitenciários;
Art. 56. São recompensas:
VI - o Patronato;
I - o elogio;
VII - o Conselho da Comunidade.
II - a concessão de regalias.
VIII - a Defensoria Pública. (Incluído pela Lei nº 12.313, de
Parágrafo único. A legislação local e os regulamentos 2010).
estabelecerão a natureza e a forma de concessão de
CAPÍTULO II
regalias.
DO CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E
SUBSEÇÃO IV PENITENCIÁRIA
DA APLICAÇÃO DAS SANÇÕES
Art. 62. O Conselho Nacional de Política Criminal e
Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão Penitenciária, com sede na Capital da República, é
em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e as subordinado ao Ministério da Justiça.
conseqüências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu
Art. 63. O Conselho Nacional de Política Criminal e
tempo de prisão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
Penitenciária será integrado por 13 (treze) membros
Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções designados através de ato do Ministério da Justiça, dentre
previstas nos incisos III a V do art. 53 desta Lei. (Redação professores e profissionais da área do Direito Penal,
dada pela Lei nº 10.792, de 2003) Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem
como por representantes da comunidade e dos Ministérios
Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos
da área social.
não poderão exceder a trinta dias, ressalvada a hipótese do
regime disciplinar diferenciado. (Redação dada pela Lei nº Parágrafo único. O mandato dos membros do Conselho terá
10.792, de 2003) duração de 2 (dois) anos, renovado 1/3 (um terço) em cada
ano.
Parágrafo único. O isolamento será sempre comunicado ao
Juiz da execução. Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária, no exercício de suas atividades, em âmbito
SUBSEÇÃO V
federal ou estadual, incumbe:
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
I - propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção
Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o
do delito, administração da Justiça Criminal e execução das
procedimento para sua apuração, conforme regulamento,
penas e das medidas de segurança;
assegurado o direito de defesa.
II - contribuir na elaboração de planos nacionais de
Parágrafo único. A decisão será motivada.
desenvolvimento, sugerindo as metas e prioridades da
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o política criminal e penitenciária;
isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias.
III - promover a avaliação periódica do sistema criminal para
A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no
a sua adequação às necessidades do País;
interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá
de despacho do juiz competente. (Redação dada pela Lei nº IV - estimular e promover a pesquisa criminológica;
10.792, de 2003)
V - elaborar programa nacional penitenciário de formação e
Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão aperfeiçoamento do servidor;
preventiva no regime disciplinar diferenciado será
VI - estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de
computado no período de cumprimento da sanção
estabelecimentos penais e casas de albergados;
disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
VII - estabelecer os critérios para a elaboração da estatística
TÍTULO III
criminal;
DOS ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL
CAPÍTULO I VIII - inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais,
DISPOSIÇÕES GERAIS bem assim informar-se, mediante relatórios do Conselho
Penitenciário, requisições, visitas ou outros meios, acerca
Art. 61. São órgãos da execução penal:
do desenvolvimento da execução penal nos Estados,
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Territórios e Distrito Federal, propondo às autoridades dela VII - inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos
incumbida as medidas necessárias ao seu aprimoramento; penais, tomando providências para o adequado
funcionamento e promovendo, quando for o caso, a
IX - representar ao Juiz da execução ou à autoridade
apuração de responsabilidade;
administrativa para instauração de sindicância ou
procedimento administrativo, em caso de violação das VIII - interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal
normas referentes à execução penal; que estiver funcionando em condições inadequadas ou com
infringência aos dispositivos desta Lei;
X - representar à autoridade competente para a interdição,
no todo ou em parte, de estabelecimento penal. IX - compor e instalar o Conselho da Comunidade.
CAPÍTULO III X – emitir anualmente atestado de pena a cumprir. (Incluído
DO JUÍZO DA EXECUÇÃO pela Lei nº 10.713, de 2003)
Art. 65. A execução penal competirá ao Juiz indicado na lei CAPÍTULO IV
local de organização judiciária e, na sua ausência, ao da DO MINISTÉRIO PÚBLICO
sentença.
Art. 67. O Ministério Público fiscalizará a execução da pena
Art. 66. Compete ao Juiz da execução: e da medida de segurança, oficiando no processo executivo
e nos incidentes da execução.
I - aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer
modo favorecer o condenado; Art. 68. Incumbe, ainda, ao Ministério Público:
II - declarar extinta a punibilidade; I - fiscalizar a regularidade formal das guias de recolhimento
e de internamento;
III - decidir sobre:
II - requerer:
a) soma ou unificação de penas;
a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do
b) progressão ou regressão nos regimes;
processo executivo;
c) detração e remição da pena;
b) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de
d) suspensão condicional da pena; execução;
e) livramento condicional; c) a aplicação de medida de segurança, bem como a
substituição da pena por medida de segurança;
f) incidentes da execução.
d) a revogação da medida de segurança;
IV - autorizar saídas temporárias;
e) a conversão de penas, a progressão ou regressão nos
V - determinar:
regimes e a revogação da suspensão condicional da pena e
a) a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e do livramento condicional;
fiscalizar sua execução;
f) a internação, a desinternação e o restabelecimento da
b) a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em situação anterior.
privativa de liberdade;
III - interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade
c) a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva judiciária, durante a execução.
de direitos;
Parágrafo único. O órgão do Ministério Público visitará
d) a aplicação da medida de segurança, bem como a mensalmente os estabelecimentos penais, registrando a sua
substituição da pena por medida de segurança; presença em livro próprio.
e) a revogação da medida de segurança; CAPÍTULO V
DO CONSELHO PENITENCIÁRIO
f) a desinternação e o restabelecimento da situação
anterior; Art. 69. O Conselho Penitenciário é órgão consultivo e
fiscalizador da execução da pena.
g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em
outra comarca; § 1º O Conselho será integrado por membros nomeados
pelo Governador do Estado, do Distrito Federal e dos
h) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º, do
Territórios, dentre professores e profissionais da área do
artigo 86, desta Lei.
Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências
i) (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) correlatas, bem como por representantes da comunidade. A
legislação federal e estadual regulará o seu funcionamento.
VI - zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de
segurança;

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§ 2º O mandato dos membros do Conselho Penitenciário § 1º Incumbem também ao Departamento a coordenação e


terá a duração de 4 (quatro) anos. supervisão dos estabelecimentos penais e de internamento
federais. (Redação dada pela Lei nº 13.769, de 2018)
Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitenciário:
§ 2º Os resultados obtidos por meio do monitoramento e
I - emitir parecer sobre indulto e comutação de pena,
das avaliações periódicas previstas no inciso VII
excetuada a hipótese de pedido de indulto com base no
do caput deste artigo serão utilizados para, em função da
estado de saúde do preso; (Redação dada pela Lei nº 10.792,
efetividade da progressão especial para a ressocialização
de 2003)
das mulheres de que trata o § 3º do art. 112 desta Lei, avaliar
II - inspecionar os estabelecimentos e serviços penais; eventual desnecessidade do regime fechado de
cumprimento de pena para essas mulheres nos casos de
III - apresentar, no 1º (primeiro) trimestre de cada ano, ao
crimes cometidos sem violência ou grave ameaça. (Incluído
Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária,
pela Lei nº 13.769, de 2018)
relatório dos trabalhos efetuados no exercício anterior;
SEÇÃO II
IV - supervisionar os patronatos, bem como a assistência aos
DO DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO LOCAL
egressos.
Art. 73. A legislação local poderá criar Departamento
CAPÍTULO VI
Penitenciário ou órgão similar, com as atribuições que
DOS DEPARTAMENTOS PENITENCIÁRIOS
estabelecer.
SEÇÃO I
DO DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL Art. 74. O Departamento Penitenciário local, ou órgão
similar, tem por finalidade supervisionar e coordenar os
Art. 71. O Departamento Penitenciário Nacional,
estabelecimentos penais da Unidade da Federação a que
subordinado ao Ministério da Justiça, é órgão executivo da
pertencer.
Política Penitenciária Nacional e de apoio administrativo e
financeiro do Conselho Nacional de Política Criminal e Parágrafo único. Os órgãos referidos no caput deste artigo
Penitenciária. realizarão o acompanhamento de que trata o inciso VII
do caput do art. 72 desta Lei e encaminharão ao
Art. 72. São atribuições do Departamento Penitenciário
Departamento Penitenciário Nacional os resultados
Nacional:
obtidos. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
I - acompanhar a fiel aplicação das normas de execução
SEÇÃO III
penal em todo o Território Nacional;
DA DIREÇÃO E DO PESSOAL DOS
II - inspecionar e fiscalizar periodicamente os ESTABELECIMENTOS PENAIS
estabelecimentos e serviços penais;
Art. 75. O ocupante do cargo de diretor de estabelecimento
III - assistir tecnicamente as Unidades Federativas na deverá satisfazer os seguintes requisitos:
implementação dos princípios e regras estabelecidos nesta
I - ser portador de diploma de nível superior de Direito, ou
Lei;
Psicologia, ou Ciências Sociais, ou Pedagogia, ou Serviços
IV - colaborar com as Unidades Federativas mediante Sociais;
convênios, na implantação de estabelecimentos e serviços
II - possuir experiência administrativa na área;
penais;
III - ter idoneidade moral e reconhecida aptidão para o
V - colaborar com as Unidades Federativas para a realização
desempenho da função.
de cursos de formação de pessoal penitenciário e de ensino
profissionalizante do condenado e do internado. Parágrafo único. O diretor deverá residir no
estabelecimento, ou nas proximidades, e dedicará tempo
VI – estabelecer, mediante convênios com as unidades
integral à sua função.
federativas, o cadastro nacional das vagas existentes em
estabelecimentos locais destinadas ao cumprimento de Art. 76. O Quadro do Pessoal Penitenciário será organizado
penas privativas de liberdade aplicadas pela justiça de outra em diferentes categorias funcionais, segundo as
unidade federativa, em especial para presos sujeitos a necessidades do serviço, com especificação de atribuições
regime disciplinar. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) relativas às funções de direção, chefia e assessoramento do
estabelecimento e às demais funções.
VII - acompanhar a execução da pena das mulheres
beneficiadas pela progressão especial de que trata o § 3º do Art. 77. A escolha do pessoal administrativo, especializado,
art. 112 desta Lei, monitorando sua integração social e a de instrução técnica e de vigilância atenderá a vocação,
ocorrência de reincidência, específica ou não, mediante a preparação profissional e antecedentes pessoais do
realização de avaliações periódicas e de estatísticas candidato.
criminais. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)

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§ 1° O ingresso do pessoal penitenciário, bem como a Art. 81-B. Incumbe, ainda, à Defensoria Pública: (Incluído
progressão ou a ascensão funcional dependerão de cursos pela Lei nº 12.313, de 2010).
específicos de formação, procedendo-se à reciclagem
I - requerer: (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
periódica dos servidores em exercício.
a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do
§ 2º No estabelecimento para mulheres somente se
processo executivo; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
permitirá o trabalho de pessoal do sexo feminino, salvo
quando se tratar de pessoal técnico especializado. b) a aplicação aos casos julgados de lei posterior que de
qualquer modo favorecer o condenado; (Incluído pela Lei nº
CAPÍTULO VII
12.313, de 2010).
DO PATRONATO
c) a declaração de extinção da punibilidade; (Incluído pela
Art. 78. O Patronato público ou particular destina-se a
Lei nº 12.313, de 2010).
prestar assistência aos albergados e aos egressos (artigo
26). d) a unificação de penas; (Incluído pela Lei nº 12.313, de
2010).
Art. 79. Incumbe também ao Patronato:
e) a detração e remição da pena; (Incluído pela Lei nº 12.313,
I - orientar os condenados à pena restritiva de direitos;
de 2010).
II - fiscalizar o cumprimento das penas de prestação de
f) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de
serviço à comunidade e de limitação de fim de semana;
execução; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
III - colaborar na fiscalização do cumprimento das condições
g) a aplicação de medida de segurança e sua revogação,
da suspensão e do livramento condicional.
bem como a substituição da pena por medida de segurança;
CAPÍTULO VIII (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
DO CONSELHO DA COMUNIDADE
h) a conversão de penas, a progressão nos regimes, a
Art. 80. Haverá, em cada comarca, um Conselho da suspensão condicional da pena, o livramento condicional, a
Comunidade composto, no mínimo, por 1 (um) comutação de pena e o indulto; (Incluído pela Lei nº 12.313,
representante de associação comercial ou industrial, 1 (um) de 2010).
advogado indicado pela Seção da Ordem dos Advogados do
i) a autorização de saídas temporárias; (Incluído pela Lei nº
Brasil, 1 (um) Defensor Público indicado pelo Defensor
12.313, de 2010).
Público Geral e 1 (um) assistente social escolhido pela
Delegacia Seccional do Conselho Nacional de Assistentes j) a internação, a desinternação e o restabelecimento da
Sociais. (Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010). situação anterior; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
Parágrafo único. Na falta da representação prevista neste k) o cumprimento de pena ou medida de segurança em
artigo, ficará a critério do Juiz da execução a escolha dos outra comarca; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
integrantes do Conselho.
l) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1o do
Art. 81. Incumbe ao Conselho da Comunidade: art. 86 desta Lei; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
I - visitar, pelo menos mensalmente, os estabelecimentos II - requerer a emissão anual do atestado de pena a cumprir;
penais existentes na comarca; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
II - entrevistar presos; III - interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade
judiciária ou administrativa durante a execução; (Incluído
III - apresentar relatórios mensais ao Juiz da execução e ao
pela Lei nº 12.313, de 2010).
Conselho Penitenciário;
IV - representar ao Juiz da execução ou à autoridade
IV - diligenciar a obtenção de recursos materiais e humanos
administrativa para instauração de sindicância ou
para melhor assistência ao preso ou internado, em harmonia
procedimento administrativo em caso de violação das
com a direção do estabelecimento.
normas referentes à execução penal; (Incluído pela Lei nº
CAPÍTULO IX 12.313, de 2010).
DA DEFENSORIA PÚBLICA
V - visitar os estabelecimentos penais, tomando
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.313, DE 2010).
providências para o adequado funcionamento, e requerer,
Art. 81-A. A Defensoria Pública velará pela regular execução quando for o caso, a apuração de
da pena e da medida de segurança, oficiando, no processo responsabilidade; (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
executivo e nos incidentes da execução, para a defesa dos
VI - requerer à autoridade competente a interdição, no todo
necessitados em todos os graus e instâncias, de forma
ou em parte, de estabelecimento penal. (Incluído pela Lei
individual e coletiva. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
nº 12.313, de 2010).
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Parágrafo único. O órgão da Defensoria Pública visitará § 1o A execução indireta será realizada sob supervisão e
periodicamente os estabelecimentos penais, registrando a fiscalização do poder público. (Incluído pela Lei nº 13.190, de
sua presença em livro próprio. (Incluído pela Lei nº 12.313, 2015).
de 2010).
§ 2o Os serviços relacionados neste artigo poderão
TÍTULO IV compreender o fornecimento de materiais, equipamentos,
DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS máquinas e profissionais. (Incluído pela Lei nº 13.190, de
CAPÍTULO I 2015).
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 83-B. São indelegáveis as funções de direção, chefia e
Art. 82. Os estabelecimentos penais destinam-se ao coordenação no âmbito do sistema penal, bem como todas
condenado, ao submetido à medida de segurança, ao preso as atividades que exijam o exercício do poder de polícia, e
provisório e ao egresso. notadamente: (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015).
§ 1° A mulher e o maior de sessenta anos, separadamente, I - classificação de condenados; (Incluído pela Lei nº 13.190,
serão recolhidos a estabelecimento próprio e adequado à de 2015).
sua condição pessoal. (Redação dada pela Lei nº 9.460, de
II - aplicação de sanções disciplinares; (Incluído pela Lei nº
1997)
13.190, de 2015).
§ 2º - O mesmo conjunto arquitetônico poderá abrigar
III - controle de rebeliões; (Incluído pela Lei nº 13.190, de
estabelecimentos de destinação diversa desde que
2015).
devidamente isolados.
IV - transporte de presos para órgãos do Poder Judiciário,
Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a sua natureza,
hospitais e outros locais externos aos estabelecimentos
deverá contar em suas dependências com áreas e serviços
penais. (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015).
destinados a dar assistência, educação, trabalho, recreação
e prática esportiva. Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado
por sentença transitada em julgado.
§ 1º Haverá instalação destinada a estágio de estudantes
universitários. (Renumerado pela Lei nº 9.046, de 1995) § 1o Os presos provisórios ficarão separados de acordo com
os seguintes critérios: (Redação dada pela Lei nº 13.167, de
§ 2o Os estabelecimentos penais destinados a mulheres
2015)
serão dotados de berçário, onde as condenadas possam
cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, I - acusados pela prática de crimes hediondos ou
até 6 (seis) meses de idade. (Redação dada pela Lei nº equiparados; (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
11.942, de 2009)
II - acusados pela prática de crimes cometidos com violência
§ 3o Os estabelecimentos de que trata o § 2o deste artigo ou grave ameaça à pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.167, de
deverão possuir, exclusivamente, agentes do sexo feminino 2015)
na segurança de suas dependências internas. (Incluído pela
III - acusados pela prática de outros crimes ou contravenções
Lei nº 12.121, de 2009).
diversos dos apontados nos incisos I e II. (Incluído pela Lei
§ 4o Serão instaladas salas de aulas destinadas a cursos do nº 13.167, de 2015)
ensino básico e profissionalizante. (Incluído pela Lei nº
§ 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da
12.245, de 2010)
Administração da Justiça Criminal ficará em dependência
§ 5o Haverá instalação destinada à Defensoria separada.
Pública. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
§ 3o Os presos condenados ficarão separados de acordo com
Art. 83-A. Poderão ser objeto de execução indireta as os seguintes critérios: (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
atividades materiais acessórias, instrumentais ou
I - condenados pela prática de crimes hediondos ou
complementares desenvolvidas em estabelecimentos
equiparados; (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
penais, e notadamente: (Incluído pela Lei nº 13.190, de
2015). II - reincidentes condenados pela prática de crimes
cometidos com violência ou grave ameaça à
I - serviços de conservação, limpeza, informática,
pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
copeiragem, portaria, recepção, reprografia,
telecomunicações, lavanderia e manutenção de prédios, III - primários condenados pela prática de crimes cometidos
instalações e equipamentos internos e externos; (Incluído com violência ou grave ameaça à pessoa; (Incluído pela Lei
pela Lei nº 13.190, de 2015). nº 13.167, de 2015)
II - serviços relacionados à execução de trabalho pelo preso.
(Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015).

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IV - demais condenados pela prática de outros crimes ou maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a
contravenções em situação diversa das previstas nos incisos finalidade de assistir a criança desamparada cuja
I, II e III. (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015) responsável estiver presa. (Redação dada pela Lei nº 11.942,
de 2009)
§ 4o O preso que tiver sua integridade física, moral ou
psicológica ameaçada pela convivência com os demais Parágrafo único. São requisitos básicos da seção e da creche
presos ficará segregado em local próprio. (Incluído pela Lei referidas neste artigo: (Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009)
nº 13.167, de 2015)
I – atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as
Art. 85. O estabelecimento penal deverá ter lotação diretrizes adotadas pela legislação educacional e em
compatível com a sua estrutura e finalidade. unidades autônomas; e (Incluído pela Lei nº 11.942, de
2009)
Parágrafo único. O Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária determinará o limite máximo de capacidade II – horário de funcionamento que garanta a melhor
do estabelecimento, atendendo a sua natureza e assistência à criança e à sua responsável. (Incluído pela Lei
peculiaridades. nº 11.942, de 2009)
Art. 86. As penas privativas de liberdade aplicadas pela Art. 90. A penitenciária de homens será construída, em local
Justiça de uma Unidade Federativa podem ser executadas afastado do centro urbano, à distância que não restrinja a
em outra unidade, em estabelecimento local ou da União. visitação.
§ 1o A União Federal poderá construir estabelecimento penal CAPÍTULO III
em local distante da condenação para recolher os DA COLÔNIA AGRÍCOLA, INDUSTRIAL OU SIMILAR
condenados, quando a medida se justifique no interesse da
Art. 91. A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar destina-se
segurança pública ou do próprio condenado. (Redação dada
ao cumprimento da pena em regime semi-aberto.
pela Lei nº 10.792, de 2003)
Art. 92. O condenado poderá ser alojado em compartimento
§ 2° Conforme a natureza do estabelecimento, nele poderão
coletivo, observados os requisitos da letra a, do parágrafo
trabalhar os liberados ou egressos que se dediquem a obras
único, do artigo 88, desta Lei.
públicas ou ao aproveitamento de terras ociosas.
Parágrafo único. São também requisitos básicos das
§ 3o Caberá ao juiz competente, a requerimento da
dependências coletivas:
autoridade administrativa definir o estabelecimento
prisional adequado para abrigar o preso provisório ou a) a seleção adequada dos presos;
condenado, em atenção ao regime e aos requisitos
b) o limite de capacidade máxima que atenda os objetivos
estabelecidos. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)
de individualização da pena.
CAPÍTULO II
CAPÍTULO IV
DA PENITENCIÁRIA
DA CASA DO ALBERGADO
Art. 87. A penitenciária destina-se ao condenado à pena de
Art. 93. A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de
reclusão, em regime fechado.
pena privativa de liberdade, em regime aberto, e da pena de
Parágrafo único. A União Federal, os Estados, o Distrito limitação de fim de semana.
Federal e os Territórios poderão construir Penitenciárias
Art. 94. O prédio deverá situar-se em centro urbano,
destinadas, exclusivamente, aos presos provisórios e
separado dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se
condenados que estejam em regime fechado, sujeitos ao
pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga.
regime disciplinar diferenciado, nos termos do art. 52 desta
Lei. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) Art. 95. Em cada região haverá, pelo menos, uma Casa do
Albergado, a qual deverá conter, além dos aposentos para
Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que
acomodar os presos, local adequado para cursos e palestras.
conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório.
Parágrafo único. O estabelecimento terá instalações para os
Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular:
serviços de fiscalização e orientação dos condenados.
a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de
CAPÍTULO V
aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à
DO CENTRO DE OBSERVAÇÃO
existência humana;
Art. 96. No Centro de Observação realizar-se-ão os exames
b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados).
gerais e o criminológico, cujos resultados serão
Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. 88, a encaminhados à Comissão Técnica de Classificação.
penitenciária de mulheres será dotada de seção para
Parágrafo único. No Centro poderão ser realizadas
gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças
pesquisas criminológicas.
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Art. 97. O Centro de Observação será instalado em unidade III - o inteiro teor da denúncia e da sentença condenatória,
autônoma ou em anexo a estabelecimento penal. bem como certidão do trânsito em julgado;
Art. 98. Os exames poderão ser realizados pela Comissão IV - a informação sobre os antecedentes e o grau de
Técnica de Classificação, na falta do Centro de Observação. instrução;
CAPÍTULO VI V - a data da terminação da pena;
DO HOSPITAL DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO
VI - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao
PSIQUIÁTRICO
adequado tratamento penitenciário.
Art. 99. O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico
§ 1º Ao Ministério Público se dará ciência da guia de
destina-se aos inimputáveis e semi-imputáveis referidos no
recolhimento.
artigo 26 e seu parágrafo único do Código Penal.
§ 2º A guia de recolhimento será retificada sempre que
Parágrafo único. Aplica-se ao hospital, no que couber, o
sobrevier modificação quanto ao início da execução ou ao
disposto no parágrafo único, do artigo 88, desta Lei.
tempo de duração da pena.
Art. 100. O exame psiquiátrico e os demais exames
§ 3° Se o condenado, ao tempo do fato, era funcionário da
necessários ao tratamento são obrigatórios para todos os
Administração da Justiça Criminal, far-se-á, na guia,
internados.
menção dessa circunstância, para fins do disposto no § 2°,
Art. 101. O tratamento ambulatorial, previsto no artigo 97, do artigo 84, desta Lei.
segunda parte, do Código Penal, será realizado no Hospital
Art. 107. Ninguém será recolhido, para cumprimento de
de Custódia e Tratamento Psiquiátrico ou em outro local
pena privativa de liberdade, sem a guia expedida pela
com dependência médica adequada.
autoridade judiciária.
CAPÍTULO VII
§ 1° A autoridade administrativa incumbida da execução
DA CADEIA PÚBLICA
passará recibo da guia de recolhimento para juntá-la aos
Art. 102. A cadeia pública destina-se ao recolhimento de autos do processo, e dará ciência dos seus termos ao
presos provisórios. condenado.
Art. 103. Cada comarca terá, pelo menos 1 (uma) cadeia § 2º As guias de recolhimento serão registradas em livro
pública a fim de resguardar o interesse da Administração da especial, segundo a ordem cronológica do recebimento, e
Justiça Criminal e a permanência do preso em local próximo anexadas ao prontuário do condenado, aditando-se, no
ao seu meio social e familiar. curso da execução, o cálculo das remições e de outras
retificações posteriores.
Art. 104. O estabelecimento de que trata este Capítulo será
instalado próximo de centro urbano, observando-se na Art. 108. O condenado a quem sobrevier doença mental será
construção as exigências mínimas referidas no artigo 88 e internado em Hospital de Custódia e Tratamento
seu parágrafo único desta Lei. Psiquiátrico.
TÍTULO V Art. 109. Cumprida ou extinta a pena, o condenado será
DA EXECUÇÃO DAS PENAS EM ESPÉCIE posto em liberdade, mediante alvará do Juiz, se por outro
CAPÍTULO I motivo não estiver preso.
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
SEÇÃO II
SEÇÃO I
DOS REGIMES
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 110. O Juiz, na sentença, estabelecerá o regime no qual
Art. 105. Transitando em julgado a sentença que aplicar
o condenado iniciará o cumprimento da pena privativa de
pena privativa de liberdade, se o réu estiver ou vier a ser
liberdade, observado o disposto no artigo 33 e seus
preso, o Juiz ordenará a expedição de guia de recolhimento
parágrafos do Código Penal.
para a execução.
Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime,
Art. 106. A guia de recolhimento, extraída pelo escrivão, que
no mesmo processo ou em processos distintos, a
a rubricará em todas as folhas e a assinará com o Juiz, será
determinação do regime de cumprimento será feita pelo
remetida à autoridade administrativa incumbida da
resultado da soma ou unificação das penas, observada,
execução e conterá:
quando for o caso, a detração ou remição.
I - o nome do condenado;
Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da
II - a sua qualificação civil e o número do registro geral no execução, somar-se-á a pena ao restante da que está sendo
órgão oficial de identificação; cumprida, para determinação do regime.

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Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente;
forma progressiva com a transferência para regime menos (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver
III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no
cumprido ao menos:
regime anterior; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for
IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário,
primário e o crime tiver sido cometido sem violência à
comprovado pelo diretor do estabelecimento; (Incluído pela
pessoa ou grave ameaça;
Lei nº 13.769, de 2018)
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for
V - não ter integrado organização criminosa. (Incluído pela
reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou
Lei nº 13.769, de 2018)
grave ameaça;
§ 4º O cometimento de novo crime doloso ou falta grave
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for
implicará a revogação do benefício previsto no § 3º deste
primário e o crime tiver sido cometido com violência à
artigo. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
pessoa ou grave ameaça;
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for
deste artigo, o crime de tráfico de drogas previsto no § 4º do
reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou
art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006.
grave ameaça;
§ 6º O cometimento de falta grave durante a execução da
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for
pena privativa de liberdade interrompe o prazo para a
condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado,
obtenção da progressão no regime de cumprimento da
se for primário;
pena, caso em que o reinício da contagem do requisito
VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for: objetivo terá como base a pena remanescente.
a) condenado pela prática de crime hediondo ou § 7º (VETADO).
equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o
Art. 113. O ingresso do condenado em regime aberto supõe
livramento condicional;
a aceitação de seu programa e das condições impostas pelo
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, Juiz.
de organização criminosa estruturada para a prática de
Art. 114. Somente poderá ingressar no regime aberto o
crime hediondo ou equiparado; ou
condenado que:
c) condenado pela prática do crime de constituição de
I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-
milícia privada;
lo imediatamente;
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for
II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado
reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado;
dos exames a que foi submetido, fundados indícios de que
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de
reincidente em crime hediondo ou equiparado com responsabilidade, ao novo regime.
resultado morte, vedado o livramento condicional.
Parágrafo único. Poderão ser dispensadas do trabalho as
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à pessoas referidas no artigo 117 desta Lei.
progressão de regime se ostentar boa conduta carcerária,
Art. 115. O Juiz poderá estabelecer condições especiais para
comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas
a concessão de regime aberto, sem prejuízo das seguintes
as normas que vedam a progressão.
condições gerais e obrigatórias:
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de
I - permanecer no local que for designado, durante o
regime será sempre motivada e precedida de manifestação
repouso e nos dias de folga;
do Ministério Público e do defensor, procedimento que
também será adotado na concessão de livramento II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados;
condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os
III - não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização
prazos previstos nas normas vigentes.
judicial;
§ 3º No caso de mulher gestante ou que for mãe ou
IV - comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas
responsável por crianças ou pessoas com deficiência, os
atividades, quando for determinado.
requisitos para progressão de regime são,
cumulativamente: (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) Art. 116. O Juiz poderá modificar as condições
estabelecidas, de ofício, a requerimento do Ministério
I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a
Público, da autoridade administrativa ou do condenado,
pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
desde que as circunstâncias assim o recomendem.
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Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do I - visita à família;


beneficiário de regime aberto em residência particular
II - freqüência a curso supletivo profissionalizante, bem
quando se tratar de:
como de instrução do 2º grau ou superior, na Comarca do
I - condenado maior de 70 (setenta) anos; Juízo da Execução;
II - condenado acometido de doença grave; III - participação em atividades que concorram para o
retorno ao convívio social.
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou
mental; §1º A ausência de vigilância direta não impede a utilização
de equipamento de monitoração eletrônica pelo
IV - condenada gestante.
condenado, quando assim determinar o juiz da
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará execução. (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
sujeita à forma regressiva, com a transferência para
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere
qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
o caput deste artigo o condenado que cumpre pena por
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; praticar crime hediondo com resultado morte.
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada Art. 123. A autorização será concedida por ato motivado do
ao restante da pena em execução, torne incabível o regime Juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a
(artigo 111). administração penitenciária e dependerá da satisfação dos
seguintes requisitos:
§ 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além
das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar os I - comportamento adequado;
fins da execução ou não pagar, podendo, a multa
II - cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o
cumulativamente imposta.
condenado for primário, e 1/4 (um quarto), se reincidente;
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá
III - compatibilidade do benefício com os objetivos da pena.
ser ouvido previamente o condenado.
Art. 124. A autorização será concedida por prazo não
Art. 119. A legislação local poderá estabelecer normas
superior a 7 (sete) dias, podendo ser renovada por mais 4
complementares para o cumprimento da pena privativa de
(quatro) vezes durante o ano.
liberdade em regime aberto (artigo 36, § 1º, do Código
Penal). § 1o Ao conceder a saída temporária, o juiz imporá ao
beneficiário as seguintes condições, entre outras que
SEÇÃO III
entender compatíveis com as circunstâncias do caso e a
DAS AUTORIZAÇÕES DE SAÍDA
situação pessoal do condenado: (Incluído pela Lei nº 12.258,
SUBSEÇÃO I
de 2010)
DA PERMISSÃO DE SAÍDA
I - fornecimento do endereço onde reside a família a ser
Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime
visitada ou onde poderá ser encontrado durante o gozo do
fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão
benefício; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
obter permissão para sair do estabelecimento, mediante
escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos: II - recolhimento à residência visitada, no período
noturno; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira,
ascendente, descendente ou irmão; III - proibição de frequentar bares, casas noturnas e
estabelecimentos congêneres. (Incluído pela Lei nº 12.258,
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do
de 2010)
artigo 14).
§ 2o Quando se tratar de frequência a curso
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo
profissionalizante, de instrução de ensino médio ou
diretor do estabelecimento onde se encontra o preso.
superior, o tempo de saída será o necessário para o
Art. 121. A permanência do preso fora do estabelecimento cumprimento das atividades discentes. (Renumerado do
terá a duração necessária à finalidade da saída. parágrafo único pela Lei nº 12.258, de 2010)
SUBSEÇÃO II § 3o Nos demais casos, as autorizações de saída somente
DA SAÍDA TEMPORÁRIA poderão ser concedidas com prazo mínimo de 45 (quarenta
e cinco) dias de intervalo entre uma e outra. (Incluído pela
Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime
Lei nº 12.258, de 2010)
semi-aberto poderão obter autorização para saída
temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos Art. 125. O benefício será automaticamente revogado
seguintes casos: quando o condenado praticar fato definido como crime
doloso, for punido por falta grave, desatender as condições
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impostas na autorização ou revelar baixo grau de Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até
aproveitamento do curso. 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no
art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da
Parágrafo único. A recuperação do direito à saída
infração disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de
temporária dependerá da absolvição no processo penal, do
2011)
cancelamento da punição disciplinar ou da demonstração
do merecimento do condenado. Art. 128. O tempo remido será computado como pena
cumprida, para todos os efeitos.(Redação dada pela Lei nº
SEÇÃO IV
12.433, de 2011)
DA REMIÇÃO
Art. 129. A autoridade administrativa encaminhará
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime
mensalmente ao juízo da execução cópia do registro de
fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por
todos os condenados que estejam trabalhando ou
estudo, parte do tempo de execução da pena. (Redação
estudando, com informação dos dias de trabalho ou das
dada pela Lei nº 12.433, de 2011).
horas de frequência escolar ou de atividades de ensino de
§ 1o A contagem de tempo referida no caput será feita à cada um deles. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
razão de: (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 1o O condenado autorizado a estudar fora do
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência estabelecimento penal deverá comprovar mensalmente,
escolar - atividade de ensino fundamental, médio, inclusive por meio de declaração da respectiva unidade de ensino, a
profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação frequência e o aproveitamento escolar. (Incluído pela Lei nº
profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; (Incluído 12.433, de 2011)
pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 2o Ao condenado dar-se-á a relação de seus dias
II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de remidos. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
trabalho. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
Art. 130. Constitui o crime do artigo 299 do Código Penal
§ 2o As atividades de estudo a que se refere o § 1 o deste declarar ou atestar falsamente prestação de serviço para fim
artigo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por de instruir pedido de remição.
metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas
SEÇÃO V
pelas autoridades educacionais competentes dos cursos
DO LIVRAMENTO CONDICIONAL
frequentados. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
Art. 131. O livramento condicional poderá ser concedido
§ 3o Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas
pelo Juiz da execução, presentes os requisitos do artigo 83,
diárias de trabalho e de estudo serão definidas de forma a se
incisos e parágrafo único, do Código Penal, ouvidos o
compatibilizarem. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de
Ministério Público e Conselho Penitenciário.
2011)
Art. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificará as condições
§ 4o O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no
a que fica subordinado o livramento.
trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com a
remição.(Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011) § 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as
o obrigações seguintes:
§ 5 O tempo a remir em função das horas de estudo será
acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto
fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da para o trabalho;
pena, desde que certificada pelo órgão competente do
b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação;
sistema de educação.(Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
c) não mudar do território da comarca do Juízo da execução,
§ 6o O condenado que cumpre pena em regime aberto ou
sem prévia autorização deste.
semiaberto e o que usufrui liberdade condicional poderão
remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de § 2° Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional,
educação profissional, parte do tempo de execução da pena entre outras obrigações, as seguintes:
ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do
a) não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à
§ 1o deste artigo.(Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
autoridade incumbida da observação cautelar e de
§ 7o O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão proteção;
cautelar.(Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
b) recolher-se à habitação em hora fixada;
§ 8o A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos
c) não freqüentar determinados lugares.
o Ministério Público e a defesa. (Incluído pela Lei nº 12.433,
de 2011) d) (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)

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Art. 133. Se for permitido ao liberado residir fora da comarca Art. 139. A observação cautelar e a proteção realizadas por
do Juízo da execução, remeter-se-á cópia da sentença do serviço social penitenciário, Patronato ou Conselho da
livramento ao Juízo do lugar para onde ele se houver Comunidade terão a finalidade de:
transferido e à autoridade incumbida da observação
I - fazer observar o cumprimento das condições
cautelar e de proteção.
especificadas na sentença concessiva do benefício;
Art. 134. O liberado será advertido da obrigação de
II - proteger o beneficiário, orientando-o na execução de
apresentar-se imediatamente às autoridades referidas no
suas obrigações e auxiliando-o na obtenção de atividade
artigo anterior.
laborativa.
Art. 135. Reformada a sentença denegatória do livramento,
Parágrafo único. A entidade encarregada da observação
os autos baixarão ao Juízo da execução, para as
cautelar e da proteção do liberado apresentará relatório ao
providências cabíveis.
Conselho Penitenciário, para efeito da representação
Art. 136. Concedido o benefício, será expedida a carta de prevista nos artigos 143 e 144 desta Lei.
livramento com a cópia integral da sentença em 2 (duas)
Art. 140. A revogação do livramento condicional dar-se-á
vias, remetendo-se uma à autoridade administrativa
nas hipóteses previstas nos artigos 86 e 87 do Código Penal.
incumbida da execução e outra ao Conselho Penitenciário.
Parágrafo único. Mantido o livramento condicional, na
Art. 137. A cerimônia do livramento condicional será
hipótese da revogação facultativa, o Juiz deverá advertir o
realizada solenemente no dia marcado pelo Presidente do
liberado ou agravar as condições.
Conselho Penitenciário, no estabelecimento onde está
sendo cumprida a pena, observando-se o seguinte: Art. 141. Se a revogação for motivada por infração penal
anterior à vigência do livramento, computar-se-á como
I - a sentença será lida ao liberando, na presença dos demais
tempo de cumprimento da pena o período de prova, sendo
condenados, pelo Presidente do Conselho Penitenciário ou
permitida, para a concessão de novo livramento, a soma do
membro por ele designado, ou, na falta, pelo Juiz;
tempo das 2 (duas) penas.
II - a autoridade administrativa chamará a atenção do
Art. 142. No caso de revogação por outro motivo, não se
liberando para as condições impostas na sentença de
computará na pena o tempo em que esteve solto o liberado,
livramento;
e tampouco se concederá, em relação à mesma pena, novo
III - o liberando declarará se aceita as condições. livramento.
§ 1º De tudo em livro próprio, será lavrado termo subscrito Art. 143. A revogação será decretada a requerimento do
por quem presidir a cerimônia e pelo liberando, ou alguém a Ministério Público, mediante representação do Conselho
seu rogo, se não souber ou não puder escrever. Penitenciário, ou, de ofício, pelo Juiz, ouvido o liberado.
§ 2º Cópia desse termo deverá ser remetida ao Juiz da Art. 144. O Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
execução. Público, da Defensoria Pública ou mediante representação
do Conselho Penitenciário, e ouvido o liberado, poderá
Art. 138. Ao sair o liberado do estabelecimento penal, ser-
modificar as condições especificadas na sentença, devendo
lhe-á entregue, além do saldo de seu pecúlio e do que lhe
o respectivo ato decisório ser lido ao liberado por uma das
pertencer, uma caderneta, que exibirá à autoridade
autoridades ou funcionários indicados no inciso I
judiciária ou administrativa, sempre que lhe for exigida.
do caput do art. 137 desta Lei, observado o disposto nos
§ 1º A caderneta conterá: incisos II e III e §§ 1o e 2o do mesmo artigo. (Redação dada
pela Lei nº 12.313, de 2010).
a) a identificação do liberado;
Art. 145. Praticada pelo liberado outra infração penal, o Juiz
b) o texto impresso do presente Capítulo;
poderá ordenar a sua prisão, ouvidos o Conselho
c) as condições impostas. Penitenciário e o Ministério Público, suspendendo o curso
do livramento condicional, cuja revogação, entretanto,
§ 2º Na falta de caderneta, será entregue ao liberado um
ficará dependendo da decisão final.
salvo-conduto, em que constem as condições do
livramento, podendo substituir-se a ficha de identificação Art. 146. O Juiz, de ofício, a requerimento do interessado, do
ou o seu retrato pela descrição dos sinais que possam Ministério Público ou mediante representação do Conselho
identificá-lo. Penitenciário, julgará extinta a pena privativa de liberdade,
se expirar o prazo do livramento sem revogação.
§ 3º Na caderneta e no salvo-conduto deverá haver espaço
para consignar-se o cumprimento das condições referidas SEÇÃO VI
no artigo 132 desta Lei.
DA MONITORAÇÃO ELETRÔNICA
(Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)

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Art. 146-A. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) II - se o acusado ou condenado violar os deveres a que estiver
sujeito durante a sua vigência ou cometer falta
Art. 146-B. O juiz poderá definir a fiscalização por meio da
grave. (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
monitoração eletrônica quando: (Incluído pela Lei nº
12.258, de 2010) CAPÍTULO II
DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
I - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
SEÇÃO I
II - autorizar a saída temporária no regime DISPOSIÇÕES GERAIS
semiaberto; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
Art. 147. Transitada em julgado a sentença que aplicou a
III - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) pena restritiva de direitos, o Juiz da execução, de ofício ou a
requerimento do Ministério Público, promoverá a execução,
IV - determinar a prisão domiciliar; (Incluído pela Lei nº
podendo, para tanto, requisitar, quando necessário, a
12.258, de 2010)
colaboração de entidades públicas ou solicitá-la a
V - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) particulares.
Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.258, Art. 148. Em qualquer fase da execução, poderá o Juiz,
de 2010) motivadamente, alterar, a forma de cumprimento das penas
de prestação de serviços à comunidade e de limitação de fim
Art. 146-C. O condenado será instruído acerca dos cuidados
de semana, ajustando-as às condições pessoais do
que deverá adotar com o equipamento eletrônico e dos
condenado e às características do estabelecimento, da
seguintes deveres: (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
entidade ou do programa comunitário ou estatal.
I - receber visitas do servidor responsável pela monitoração
SEÇÃO II
eletrônica, responder aos seus contatos e cumprir suas
DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE
orientações; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
Art. 149. Caberá ao Juiz da execução:
II - abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar
de qualquer forma o dispositivo de monitoração eletrônica I - designar a entidade ou programa comunitário ou estatal,
ou de permitir que outrem o faça; (Incluído pela Lei nº devidamente credenciado ou convencionado, junto ao qual
12.258, de 2010) o condenado deverá trabalhar gratuitamente, de acordo
com as suas aptidões;
III - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
II - determinar a intimação do condenado, cientificando-o da
Parágrafo único. A violação comprovada dos deveres
entidade, dias e horário em que deverá cumprir a pena;
previstos neste artigo poderá acarretar, a critério do juiz da
execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa: (Incluído III - alterar a forma de execução, a fim de ajustá-la às
pela Lei nº 12.258, de 2010) modificações ocorridas na jornada de trabalho.
I - a regressão do regime; (Incluído pela Lei nº 12.258, de § 1º o trabalho terá a duração de 8 (oito) horas semanais e
2010) será realizado aos sábados, domingos e feriados, ou em dias
úteis, de modo a não prejudicar a jornada normal de
II - a revogação da autorização de saída
trabalho, nos horários estabelecidos pelo Juiz.
temporária; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
§ 2º A execução terá início a partir da data do primeiro
III - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
comparecimento.
IV - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
Art. 150. A entidade beneficiada com a prestação de serviços
V - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) encaminhará mensalmente, ao Juiz da execução, relatório
circunstanciado das atividades do condenado, bem como, a
VI - a revogação da prisão domiciliar; (Incluído pela Lei nº
qualquer tempo, comunicação sobre ausência ou falta
12.258, de 2010)
disciplinar.
VII - advertência, por escrito, para todos os casos em que o
SEÇÃO III
juiz da execução decida não aplicar alguma das medidas
DA LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA
previstas nos incisos de I a VI deste parágrafo. (Incluído pela
Lei nº 12.258, de 2010) Art. 151. Caberá ao Juiz da execução determinar a intimação
do condenado, cientificando-o do local, dias e horário em
Art. 146-D. A monitoração eletrônica poderá ser
que deverá cumprir a pena.
revogada: (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
Parágrafo único. A execução terá início a partir da data do
I - quando se tornar desnecessária ou inadequada; (Incluído
primeiro comparecimento.
pela Lei nº 12.258, de 2010)

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Art. 152. Poderão ser ministrados ao condenado, durante o do Conselho Penitenciário, modificar as condições e regras
tempo de permanência, cursos e palestras, ou atribuídas estabelecidas na sentença, ouvido o condenado.
atividades educativas.
§ 3º A fiscalização do cumprimento das condições, reguladas
Parágrafo único. Nos casos de violência doméstica contra a nos Estados, Territórios e Distrito Federal por normas
mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento supletivas, será atribuída a serviço social penitenciário,
obrigatório do agressor a programas de recuperação e Patronato, Conselho da Comunidade ou instituição
reeducação. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006) beneficiada com a prestação de serviços, inspecionados
pelo Conselho Penitenciário, pelo Ministério Público, ou
Art. 153. O estabelecimento designado encaminhará,
ambos, devendo o Juiz da execução suprir, por ato, a falta
mensalmente, ao Juiz da execução, relatório, bem assim
das normas supletivas.
comunicará, a qualquer tempo, a ausência ou falta
disciplinar do condenado. § 4º O beneficiário, ao comparecer periodicamente à
entidade fiscalizadora, para comprovar a observância das
SEÇÃO IV
condições a que está sujeito, comunicará, também, a sua
DA INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS
ocupação e os salários ou proventos de que vive.
Art. 154. Caberá ao Juiz da execução comunicar à autoridade
§ 5º A entidade fiscalizadora deverá comunicar
competente a pena aplicada, determinada a intimação do
imediatamente ao órgão de inspeção, para os fins legais,
condenado.
qualquer fato capaz de acarretar a revogação do benefício,
§ 1º Na hipótese de pena de interdição do artigo 47, inciso I, a prorrogação do prazo ou a modificação das condições.
do Código Penal, a autoridade deverá, em 24 (vinte e
§ 6º Se for permitido ao beneficiário mudar-se, será feita
quatro) horas, contadas do recebimento do ofício, baixar
comunicação ao Juiz e à entidade fiscalizadora do local da
ato, a partir do qual a execução terá seu início.
nova residência, aos quais o primeiro deverá apresentar-se
§ 2º Nas hipóteses do artigo 47, incisos II e III, do Código imediatamente.
Penal, o Juízo da execução determinará a apreensão dos
Art. 159. Quando a suspensão condicional da pena for
documentos, que autorizam o exercício do direito
concedida por Tribunal, a este caberá estabelecer as
interditado.
condições do benefício.
Art. 155. A autoridade deverá comunicar imediatamente ao
§ 1º De igual modo proceder-se-á quando o Tribunal
Juiz da execução o descumprimento da pena.
modificar as condições estabelecidas na sentença recorrida.
Parágrafo único. A comunicação prevista neste artigo
§ 2º O Tribunal, ao conceder a suspensão condicional da
poderá ser feita por qualquer prejudicado.
pena, poderá, todavia, conferir ao Juízo da execução a
CAPÍTULO III incumbência de estabelecer as condições do benefício, e,
DA SUSPENSÃO CONDICIONAL em qualquer caso, a de realizar a audiência admonitória.
Art. 156. O Juiz poderá suspender, pelo período de 2 (dois) a Art. 160. Transitada em julgado a sentença condenatória, o
4 (quatro) anos, a execução da pena privativa de liberdade, Juiz a lerá ao condenado, em audiência, advertindo-o das
não superior a 2 (dois) anos, na forma prevista nos artigos 77 conseqüências de nova infração penal e do descumprimento
a 82 do Código Penal. das condições impostas.
Art. 157. O Juiz ou Tribunal, na sentença que aplicar pena Art. 161. Se, intimado pessoalmente ou por edital com prazo
privativa de liberdade, na situação determinada no artigo de 20 (vinte) dias, o réu não comparecer injustificadamente
anterior, deverá pronunciar-se, motivadamente, sobre a à audiência admonitória, a suspensão ficará sem efeito e
suspensão condicional, quer a conceda, quer a denegue. será executada imediatamente a pena.
Art. 158. Concedida a suspensão, o Juiz especificará as Art. 162. A revogação da suspensão condicional da pena e a
condições a que fica sujeito o condenado, pelo prazo fixado, prorrogação do período de prova dar-se-ão na forma do
começando este a correr da audiência prevista no artigo 160 artigo 81 e respectivos parágrafos do Código Penal.
desta Lei.
Art. 163. A sentença condenatória será registrada, com a
§ 1° As condições serão adequadas ao fato e à situação nota de suspensão em livro especial do Juízo a que couber a
pessoal do condenado, devendo ser incluída entre as execução da pena.
mesmas a de prestar serviços à comunidade, ou limitação de
§ 1º Revogada a suspensão ou extinta a pena, será o fato
fim de semana, salvo hipótese do artigo 78, § 2º, do Código
averbado à margem do registro.
Penal.
§ 2º O registro e a averbação serão sigilosos, salvo para
§ 2º O Juiz poderá, a qualquer tempo, de ofício, a
efeito de informações requisitadas por órgão judiciário ou
requerimento do Ministério Público ou mediante proposta
pelo Ministério Público, para instruir processo penal.

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CAPÍTULO IV § 1º Se o condenado cumprir a pena privativa de liberdade


DA PENA DE MULTA ou obtiver livramento condicional, sem haver resgatado a
multa, far-se-á a cobrança nos termos deste Capítulo.
Art. 164. Extraída certidão da sentença condenatória com
trânsito em julgado, que valerá como título executivo § 2º Aplicar-se-á o disposto no parágrafo anterior aos casos
judicial, o Ministério Público requererá, em autos apartados, em que for concedida a suspensão condicional da pena.
a citação do condenado para, no prazo de 10 (dez) dias,
TÍTULO VI
pagar o valor da multa ou nomear bens à penhora.
DA EXECUÇÃO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA
§ 1º Decorrido o prazo sem o pagamento da multa, ou o CAPÍTULO I
depósito da respectiva importância, proceder-se-á à DISPOSIÇÕES GERAIS
penhora de tantos bens quantos bastem para garantir a
Art. 171. Transitada em julgado a sentença que aplicar
execução.
medida de segurança, será ordenada a expedição de guia
§ 2º A nomeação de bens à penhora e a posterior execução para a execução.
seguirão o que dispuser a lei processual civil.
Art. 172. Ninguém será internado em Hospital de Custódia e
Art. 165. Se a penhora recair em bem imóvel, os autos Tratamento Psiquiátrico, ou submetido a tratamento
apartados serão remetidos ao Juízo Cível para ambulatorial, para cumprimento de medida de segurança,
prosseguimento. sem a guia expedida pela autoridade judiciária.
Art. 166. Recaindo a penhora em outros bens, dar-se-á Art. 173. A guia de internamento ou de tratamento
prosseguimento nos termos do § 2º do artigo 164, desta Lei. ambulatorial, extraída pelo escrivão, que a rubricará em
todas as folhas e a subscreverá com o Juiz, será remetida à
Art. 167. A execução da pena de multa será suspensa quando
autoridade administrativa incumbida da execução e
sobrevier ao condenado doença mental (artigo 52 do Código
conterá:
Penal).
I - a qualificação do agente e o número do registro geral do
Art. 168. O Juiz poderá determinar que a cobrança da multa
órgão oficial de identificação;
se efetue mediante desconto no vencimento ou salário do
condenado, nas hipóteses do artigo 50, § 1º, do Código II - o inteiro teor da denúncia e da sentença que tiver
Penal, observando-se o seguinte: aplicado a medida de segurança, bem como a certidão do
trânsito em julgado;
I - o limite máximo do desconto mensal será o da quarta
parte da remuneração e o mínimo o de um décimo; III - a data em que terminará o prazo mínimo de internação,
ou do tratamento ambulatorial;
II - o desconto será feito mediante ordem do Juiz a quem de
direito; IV - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao
adequado tratamento ou internamento.
III - o responsável pelo desconto será intimado a recolher
mensalmente, até o dia fixado pelo Juiz, a importância § 1° Ao Ministério Público será dada ciência da guia de
determinada. recolhimento e de sujeição a tratamento.
Art. 169. Até o término do prazo a que se refere o artigo 164 § 2° A guia será retificada sempre que sobrevier
desta Lei, poderá o condenado requerer ao Juiz o modificações quanto ao prazo de execução.
pagamento da multa em prestações mensais, iguais e
Art. 174. Aplicar-se-á, na execução da medida de segurança,
sucessivas.
naquilo que couber, o disposto nos artigos 8° e 9° desta Lei.
§ 1° O Juiz, antes de decidir, poderá determinar diligências
CAPÍTULO II
para verificar a real situação econômica do condenado e,
DA CESSAÇÃO DA PERICULOSIDADE
ouvido o Ministério Público, fixará o número de prestações.
Art. 175. A cessação da periculosidade será averiguada no
§ 2º Se o condenado for impontual ou se melhorar de
fim do prazo mínimo de duração da medida de segurança,
situação econômica, o Juiz, de ofício ou a requerimento do
pelo exame das condições pessoais do agente, observando-
Ministério Público, revogará o benefício executando-se a
se o seguinte:
multa, na forma prevista neste Capítulo, ou prosseguindo-
se na execução já iniciada. I - a autoridade administrativa, até 1 (um) mês antes de
expirar o prazo de duração mínima da medida, remeterá ao
Art. 170. Quando a pena de multa for aplicada
Juiz minucioso relatório que o habilite a resolver sobre a
cumulativamente com pena privativa da liberdade,
revogação ou permanência da medida;
enquanto esta estiver sendo executada, poderá aquela ser
cobrada mediante desconto na remuneração do condenado II - o relatório será instruído com o laudo psiquiátrico;
(artigo 168).

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III - juntado aos autos o relatório ou realizadas as diligências, c) recusar-se, injustificadamente, a prestar o serviço que lhe
serão ouvidos, sucessivamente, o Ministério Público e o foi imposto;
curador ou defensor, no prazo de 3 (três) dias para cada um;
d) praticar falta grave;
IV - o Juiz nomeará curador ou defensor para o agente que
e) sofrer condenação por outro crime à pena privativa de
não o tiver;
liberdade, cuja execução não tenha sido suspensa.
V - o Juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das
§ 2º A pena de limitação de fim de semana será convertida
partes, poderá determinar novas diligências, ainda que
quando o condenado não comparecer ao estabelecimento
expirado o prazo de duração mínima da medida de
designado para o cumprimento da pena, recusar-se a
segurança;
exercer a atividade determinada pelo Juiz ou se ocorrer
VI - ouvidas as partes ou realizadas as diligências a que se qualquer das hipóteses das letras "a", "d" e "e" do parágrafo
refere o inciso anterior, o Juiz proferirá a sua decisão, no anterior.
prazo de 5 (cinco) dias.
§ 3º A pena de interdição temporária de direitos será
Art. 176. Em qualquer tempo, ainda no decorrer do prazo convertida quando o condenado exercer,
mínimo de duração da medida de segurança, poderá o Juiz injustificadamente, o direito interditado ou se ocorrer
da execução, diante de requerimento fundamentado do qualquer das hipóteses das letras "a" e "e", do § 1º, deste
Ministério Público ou do interessado, seu procurador ou artigo.
defensor, ordenar o exame para que se verifique a cessação
Art. 182. (Revogado pela Lei nº 9.268, de 1996)
da periculosidade, procedendo-se nos termos do artigo
anterior. Art. 183. Quando, no curso da execução da pena privativa
de liberdade, sobrevier doença mental ou perturbação da
Art. 177. Nos exames sucessivos para verificar-se a cessação
saúde mental, o Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
da periculosidade, observar-se-á, no que lhes for aplicável, o
Público, da Defensoria Pública ou da autoridade
disposto no artigo anterior.
administrativa, poderá determinar a substituição da pena
Art. 178. Nas hipóteses de desinternação ou de liberação por medida de segurança. (Redação dada pela Lei nº 12.313,
(artigo 97, § 3º, do Código Penal), aplicar-se-á o disposto nos de 2010).
artigos 132 e 133 desta Lei.
Art. 184. O tratamento ambulatorial poderá ser convertido
Art. 179. Transitada em julgado a sentença, o Juiz expedirá em internação se o agente revelar incompatibilidade com a
ordem para a desinternação ou a liberação. medida.
TÍTULO VII Parágrafo único. Nesta hipótese, o prazo mínimo de
DOS INCIDENTES DE EXECUÇÃO internação será de 1 (um) ano.
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
DAS CONVERSÕES
DO EXCESSO OU DESVIO
Art. 180. A pena privativa de liberdade, não superior a 2
Art. 185. Haverá excesso ou desvio de execução sempre que
(dois) anos, poderá ser convertida em restritiva de direitos,
algum ato for praticado além dos limites fixados na
desde que:
sentença, em normas legais ou regulamentares.
I - o condenado a esteja cumprindo em regime aberto;
Art. 186. Podem suscitar o incidente de excesso ou desvio de
II - tenha sido cumprido pelo menos 1/4 (um quarto) da pena; execução:
III - os antecedentes e a personalidade do condenado I - o Ministério Público;
indiquem ser a conversão recomendável.
II - o Conselho Penitenciário;
Art. 181. A pena restritiva de direitos será convertida em
III - o sentenciado;
privativa de liberdade nas hipóteses e na forma do artigo 45
e seus incisos do Código Penal. IV - qualquer dos demais órgãos da execução penal.
§ 1º A pena de prestação de serviços à comunidade será CAPÍTULO III
convertida quando o condenado: DA ANISTIA E DO INDULTO
a) não for encontrado por estar em lugar incerto e não Art. 187. Concedida a anistia, o Juiz, de ofício, a
sabido, ou desatender a intimação por edital; requerimento do interessado ou do Ministério Público, por
proposta da autoridade administrativa ou do Conselho
b) não comparecer, injustificadamente, à entidade ou
Penitenciário, declarará extinta a punibilidade.
programa em que deva prestar serviço;

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Art. 188. O indulto individual poderá ser provocado por TÍTULO IX


petição do condenado, por iniciativa do Ministério Público, DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
do Conselho Penitenciário, ou da autoridade administrativa.
Art. 198. É defesa ao integrante dos órgãos da execução
Art. 189. A petição do indulto, acompanhada dos penal, e ao servidor, a divulgação de ocorrência que
documentos que a instruírem, será entregue ao Conselho perturbe a segurança e a disciplina dos estabelecimentos,
Penitenciário, para a elaboração de parecer e posterior bem como exponha o preso à inconveniente notoriedade,
encaminhamento ao Ministério da Justiça. durante o cumprimento da pena.
Art. 190. O Conselho Penitenciário, à vista dos autos do Art. 199. O emprego de algemas será disciplinado por
processo e do prontuário, promoverá as diligências que decreto federal. (Regulamento)
entender necessárias e fará, em relatório, a narração do
Art. 200. O condenado por crime político não está obrigado
ilícito penal e dos fundamentos da sentença condenatória, a
ao trabalho.
exposição dos antecedentes do condenado e do
procedimento deste depois da prisão, emitindo seu parecer Art. 201. Na falta de estabelecimento adequado, o
sobre o mérito do pedido e esclarecendo qualquer cumprimento da prisão civil e da prisão administrativa se
formalidade ou circunstâncias omitidas na petição. efetivará em seção especial da Cadeia Pública.
Art. 191. Processada no Ministério da Justiça com Art. 202. Cumprida ou extinta a pena, não constarão da
documentos e o relatório do Conselho Penitenciário, a folha corrida, atestados ou certidões fornecidas por
petição será submetida a despacho do Presidente da autoridade policial ou por auxiliares da Justiça, qualquer
República, a quem serão presentes os autos do processo ou notícia ou referência à condenação, salvo para instruir
a certidão de qualquer de suas peças, se ele o determinar. processo pela prática de nova infração penal ou outros casos
expressos em lei.
Art. 192. Concedido o indulto e anexada aos autos cópia do
decreto, o Juiz declarará extinta a pena ou ajustará a Art. 203. No prazo de 6 (seis) meses, a contar da publicação
execução aos termos do decreto, no caso de comutação. desta Lei, serão editadas as normas complementares ou
regulamentares, necessárias à eficácia dos dispositivos não
Art. 193. Se o sentenciado for beneficiado por indulto
auto-aplicáveis.
coletivo, o Juiz, de ofício, a requerimento do interessado, do
Ministério Público, ou por iniciativa do Conselho § 1º Dentro do mesmo prazo deverão as Unidades
Penitenciário ou da autoridade administrativa, Federativas, em convênio com o Ministério da Justiça,
providenciará de acordo com o disposto no artigo anterior. projetar a adaptação, construção e equipamento de
estabelecimentos e serviços penais previstos nesta Lei.
TÍTULO VIII
DO PROCEDIMENTO JUDICIAL § 2º Também, no mesmo prazo, deverá ser providenciada a
aquisição ou desapropriação de prédios para instalação de
Art. 194. O procedimento correspondente às situações
casas de albergados.
previstas nesta Lei será judicial, desenvolvendo-se perante
o Juízo da execução. § 3º O prazo a que se refere o caput deste artigo poderá ser
ampliado, por ato do Conselho Nacional de Política Criminal
Art. 195. O procedimento judicial iniciar-se-á de ofício, a
e Penitenciária, mediante justificada solicitação, instruída
requerimento do Ministério Público, do interessado, de
com os projetos de reforma ou de construção de
quem o represente, de seu cônjuge, parente ou
estabelecimentos.
descendente, mediante proposta do Conselho
Penitenciário, ou, ainda, da autoridade administrativa. § 4º O descumprimento injustificado dos deveres
estabelecidos para as Unidades Federativas implicará na
Art. 196. A portaria ou petição será autuada ouvindo-se, em
suspensão de qualquer ajuda financeira a elas destinada
3 (três) dias, o condenado e o Ministério Público, quando não
pela União, para atender às despesas de execução das penas
figurem como requerentes da medida.
e medidas de segurança.
§ 1º Sendo desnecessária a produção de prova, o Juiz
Art. 204. Esta Lei entra em vigor concomitantemente com a
decidirá de plano, em igual prazo.
lei de reforma da Parte Geral do Código Penal, revogadas as
§ 2º Entendendo indispensável a realização de prova pericial disposições em contrário, especialmente a Lei nº 3.274, de 2
ou oral, o Juiz a ordenará, decidindo após a produção de outubro de 1957.
daquela ou na audiência designada.
Brasília, 11 de julho de 1984; 163º da Independência e 96º da
Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de República.
agravo, sem efeito suspensivo.
JOÃO FIGUEIREDO
Ibrahim Abi-Ackel

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d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões


Lei nº 8.078/1990 adequados de qualidade, segurança, durabilidade e
desempenho.
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras III - harmonização dos interesses dos participantes das
providências. relações de consumo e compatibilização da proteção do
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o consumidor com a necessidade de desenvolvimento
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios
nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da
TÍTULO I Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e
DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;
CAPÍTULO I IV - educação e informação de fornecedores e
DISPOSIÇÕES GERAIS consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com
Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e vistas à melhoria do mercado de consumo;
defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios
nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos
Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições e serviços, assim como de mecanismos alternativos de
Transitórias. solução de conflitos de consumo;
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário praticados no mercado de consumo, inclusive a
final. concorrência desleal e utilização indevida de inventos e
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos
de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores;
nas relações de consumo. VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos;
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública VIII - estudo constante das modificações do mercado de
ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes consumo.
despersonalizados, que desenvolvem atividade de Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Relações de
produção, montagem, criação, construção, transformação, Consumo, contará o poder público com os seguintes
importação, exportação, distribuição ou comercialização de instrumentos, entre outros:
produtos ou prestação de serviços. I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou para o consumidor carente;
imaterial. II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de Consumidor, no âmbito do Ministério Público;
consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza III - criação de delegacias de polícia especializadas no
bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as atendimento de consumidores vítimas de infrações penais
decorrentes das relações de caráter trabalhista. de consumo;
IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e
CAPÍTULO II Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo;
DA POLÍTICA NACIONAL DE RELAÇÕES DE CONSUMO V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem Associações de Defesa do Consumidor.
por objetivo o atendimento das necessidades dos § 1° (Vetado).
consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e § 2º (Vetado).
segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a CAPÍTULO III
melhoria da sua qualidade de vida, bem como a DOS DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
transparência e harmonia das relações de consumo,
atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
9.008, de 21.3.1995) I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no provocados por práticas no fornecimento de produtos e
mercado de consumo; serviços considerados perigosos ou nocivos;
II - ação governamental no sentido de proteger II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos
efetivamente o consumidor: produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a
a) por iniciativa direta; igualdade nas contratações;
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de III - a informação adequada e clara sobre os diferentes
associações representativas; produtos e serviços, com especificação correta de
c) pela presença do Estado no mercado de consumo; quantidade, características, composição, qualidade,
tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que

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apresentem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de serviços, ou colocados à disposição do consumidor, e
2012) Vigência informar, de maneira ostensiva e adequada, quando for o
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, caso, sobre o risco de contaminação. (Incluído pela Lei nº
métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como 13.486, de 2017)
contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencialmente
fornecimento de produtos e serviços; nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar,
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua
prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de
fatos supervenientes que as tornem excessivamente outras medidas cabíveis em cada caso concreto.
onerosas; Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber
morais, individuais, coletivos e difusos; apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com saúde ou segurança.
vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e § 1° O fornecedor de produtos e serviços que,
morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a posteriormente à sua introdução no mercado de consumo,
proteção Jurídica, administrativa e técnica aos tiver conhecimento da periculosidade que apresentem,
necessitados; deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a competentes e aos consumidores, mediante anúncios
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, publicitários.
quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou § 2° Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias anterior serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às
de experiências; expensas do fornecedor do produto ou serviço.
IX - (Vetado); § 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em de produtos ou serviços à saúde ou segurança dos
geral. consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III Municípios deverão informá-los a respeito.
do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa com Art. 11. (Vetado).
deficiência, observado o disposto em regulamento.
SEÇÃO II
(Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E
Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem
DO SERVIÇO
outros decorrentes de tratados ou convenções
internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou
interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas estrangeiro, e o importador respondem,
autoridades administrativas competentes, bem como dos independentemente da existência de culpa, pela reparação
que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, dos danos causados aos consumidores por defeitos
costumes e eqüidade. decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem,
Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento
responderão solidariamente pela reparação dos danos de seus produtos, bem como por informações insuficientes
previstos nas normas de consumo. ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança
CAPÍTULO IV
que dele legitimamente se espera, levando-se em
DA QUALIDADE DE PRODUTOS E SERVIÇOS, DA
consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
PREVENÇÃO E DA REPARAÇÃO DOS DANOS
I - sua apresentação;
SEÇÃO I
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
DA PROTEÇÃO À SAÚDE E SEGURANÇA
III - a época em que foi colocado em circulação.
Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de § 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de
consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado.
consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis § 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só
em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os não será responsabilizado quando provar:
fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações I - que não colocou o produto no mercado;
necessárias e adequadas a seu respeito. II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o
§ 1º Em se tratando de produto industrial, ao fabricante defeito inexiste;
cabe prestar as informações a que se refere este artigo, III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
através de impressos apropriados que devam acompanhar o Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos
produto. (Redação dada pela Lei nº 13.486, de 2017) termos do artigo anterior, quando:
§ 2º O fornecedor deverá higienizar os equipamentos e
utensílios utilizados no fornecimento de produtos ou
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I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não § 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação
puderem ser identificados; do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos
fabricante, produtor, construtor ou importador; contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis. convencionada em separado, por meio de manifestação
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao expressa do consumidor.
prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os § 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das
demais responsáveis, segundo sua participação na causação alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em razão da
do evento danoso. extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, comprometer a qualidade ou características do produto,
independentemente da existência de culpa, pela reparação diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos § 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I
à prestação dos serviços, bem como por informações do § 1° deste artigo, e não sendo possível a substituição do
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança ou modelo diversos, mediante complementação ou
que o consumidor dele pode esperar, levando-se em restituição de eventual diferença de preço, sem prejuízo do
consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo.
I - o modo de seu fornecimento; § 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se responsável perante o consumidor o fornecedor imediato,
esperam; exceto quando identificado claramente seu produtor.
III - a época em que foi fornecido. § 6° São impróprios ao uso e consumo:
§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos;
novas técnicas. II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados,
§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à
quando provar: vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; com as normas regulamentares de fabricação, distribuição
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. ou apresentação;
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem
será apurada mediante a verificação de culpa. inadequados ao fim a que se destinam.
Art. 15. (Vetado). Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos
Art. 16. (Vetado). vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido
consumidores todas as vítimas do evento. for inferior às indicações constantes do recipiente, da
embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária,
SEÇÃO III
podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua
DA RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO E
escolha:
DO SERVIÇO
I - o abatimento proporcional do preço;
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis II - complementação do peso ou medida;
ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de III - a substituição do produto por outro da mesma espécie,
qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou marca ou modelo, sem os aludidos vícios;
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente
diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos.
disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da § 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo
embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, anterior.
respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, § 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a
podendo o consumidor exigir a substituição das partes pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não estiver
viciadas. aferido segundo os padrões oficiais.
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de
dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes
escolha: diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, disparidade com as indicações constantes da oferta ou
em perfeitas condições de uso; mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir,
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente alternativamente e à sua escolha:
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando
III - o abatimento proporcional do preço. cabível;

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II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente I - a reclamação comprovadamente formulada pelo


atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até
III - o abatimento proporcional do preço. a resposta negativa correspondente, que deve ser
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a transmitida de forma inequívoca;
terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do II - (Vetado).
fornecedor. III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
§ 2° São impróprios os serviços que se mostrem § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-
inadequados para os fins que razoavelmente deles se se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
esperam, bem como aqueles que não atendam as normas Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação
regulamentares de prestabilidade. pelos danos causados por fato do produto ou do serviço
Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem
objetivo a reparação de qualquer produto considerar-se-á do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
implícita a obrigação do fornecedor de empregar Parágrafo único. (Vetado).
componentes de reposição originais adequados e novos, ou
SEÇÃO V
que mantenham as especificações técnicas do fabricante,
DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE
salvo, quanto a estes últimos, autorização em contrário do
JURÍDICA
consumidor.
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica
concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra da sociedade quando, em detrimento do consumidor,
forma de empreendimento, são obrigados a fornecer houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei,
serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato
essenciais, contínuos. social. A desconsideração também será efetivada quando
Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou houver falência, estado de insolvência, encerramento ou
parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as inatividade da pessoa jurídica provocados por má
pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os administração.
danos causados, na forma prevista neste código. § 1° (Vetado).
Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de § 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as
qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o sociedades controladas, são subsidiariamente responsáveis
exime de responsabilidade. pelas obrigações decorrentes deste código.
Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço § 3° As sociedades consorciadas são solidariamente
independe de termo expresso, vedada a exoneração responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
contratual do fornecedor. § 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.
Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica
impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar sempre que sua personalidade for, de alguma forma,
prevista nesta e nas seções anteriores. obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos
§ 1° Havendo mais de um responsável pela causação do consumidores.
dano, todos responderão solidariamente pela reparação
CAPÍTULO V
prevista nesta e nas seções anteriores.
DAS PRÁTICAS COMERCIAIS
§ 2° Sendo o dano causado por componente ou peça
SEÇÃO I
incorporada ao produto ou serviço, são responsáveis
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
solidários seu fabricante, construtor ou importador e o que
realizou a incorporação. Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte,
equiparam-se aos consumidores todas as pessoas
SEÇÃO IV
determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.
DA DECADÊNCIA E DA PRESCRIÇÃO
SEÇÃO II
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de
DA OFERTA
fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente
produtos não duráveis; precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos
de produtos duráveis. ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
entrega efetiva do produto ou do término da execução dos Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços
serviços. devem assegurar informações corretas, claras, precisas,
§ 2° Obstam a decadência: ostensivas e em língua portuguesa sobre suas
características, qualidades, quantidade, composição, preço,
garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados,
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bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e § 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa
segurança dos consumidores. por omissão quando deixar de informar sobre dado
Parágrafo único. As informações de que trata este artigo, essencial do produto ou serviço.
nos produtos refrigerados oferecidos ao consumidor, serão § 4° (Vetado).
gravadas de forma indelével. (Incluído pela Lei nº 11.989, de Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da
2009) informação ou comunicação publicitária cabe a quem as
Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a patrocina.
oferta de componentes e peças de reposição enquanto não
SEÇÃO IV
cessar a fabricação ou importação do produto.
DAS PRÁTICAS ABUSIVAS
Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a
oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo, Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços,
na forma da lei. dentre outras práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº
Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone ou 8.884, de 11.6.1994)
reembolso postal, deve constar o nome do fabricante e I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao
endereço na embalagem, publicidade e em todos os fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem
impressos utilizados na transação comercial. justa causa, a limites quantitativos;
Parágrafo único. É proibida apublicidade de bens e serviços II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na
por telefone, quando a chamada for onerosa ao consumidor exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda,
que a origina. (Incluído pela Lei nº 11.800, de 2008). de conformidade com os usos e costumes;
Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação
solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;
representantes autônomos. IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor,
Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição
cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha: V - exigir do consumidor vantagem manifestamente
I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos excessiva;
da oferta, apresentação ou publicidade; VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento
II - aceitar outro produto ou prestação de serviço e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as
equivalente; decorrentes de práticas anteriores entre as partes;
III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia VII - repassar informação depreciativa, referente a ato
eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos;
perdas e danos. VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou
serviço em desacordo com as normas expedidas pelos
SEÇÃO III
órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não
DA PUBLICIDADE
existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de
consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal. Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus (Conmetro);
produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços,
informação dos legítimos interessados, os dados fáticos, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante
técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem. pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. regulados em leis especiais; (Redação dada pela Lei nº
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou 8.884, de 11.6.1994)
comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços.
falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, (Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de
natureza, características, qualidade, quantidade, 22.10.1999, transformado em inciso XIII, quando da
propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre conversão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999
produtos e serviços. XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua
§ 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu
de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o exclusivo critério. (Incluído pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou
julgamento e experiência da criança, desrespeita valores contratualmente estabelecido. (Incluído pela Lei nº 9.870,
ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se de 23.11.1999)
comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou XIV - permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais
segurança. ou de serviços de um número maior de consumidores que o

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fixado pela autoridade administrativa como máximo. § 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais
(Incluído pela Lei nº 13.425, de 2017) e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos consumidor, quando não solicitada por ele.
remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese § 3° O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos
prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, seus dados e cadastros, poderá exigir sua imediata correção,
inexistindo obrigação de pagamento. devendo o arquivista, no prazo de cinco dias úteis,
Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao comunicar a alteração aos eventuais destinatários das
consumidor orçamento prévio discriminando o valor da informações incorretas.
mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem § 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a
empregados, as condições de pagamento, bem como as consumidores, os serviços de proteção ao crédito e
datas de início e término dos serviços. congêneres são considerados entidades de caráter público.
§ 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá § 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos
validade pelo prazo de dez dias, contado de seu do consumidor, não serão fornecidas, pelos respectivos
recebimento pelo consumidor. Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações
§ 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito
obriga os contraentes e somente pode ser alterado junto aos fornecedores.
mediante livre negociação das partes. § 6o Todas as informações de que trata o caput deste artigo
§ 3° O consumidor não responde por quaisquer ônus ou devem ser disponibilizadas em formatos acessíveis,
acréscimos decorrentes da contratação de serviços de inclusive para a pessoa com deficiência, mediante
terceiros não previstos no orçamento prévio. solicitação do consumidor. (Incluído pela Lei nº 13.146, de
Art. 41. No caso de fornecimento de produtos ou de serviços 2015) (Vigência)
sujeitos ao regime de controle ou de tabelamento de preços, Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do consumidor
os fornecedores deverão respeitar os limites oficiais sob manterão cadastros atualizados de reclamações
pena de não o fazendo, responderem pela restituição da fundamentadas contra fornecedores de produtos e serviços,
quantia recebida em excesso, monetariamente atualizada, devendo divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação
podendo o consumidor exigir à sua escolha, o desfazimento indicará se a reclamação foi atendida ou não pelo
do negócio, sem prejuízo de outras sanções cabíveis. fornecedor.
§ 1° É facultado o acesso às informações lá constantes para
SEÇÃO V
orientação e consulta por qualquer interessado.
DA COBRANÇA DE DÍVIDAS
§ 2° Aplicam-se a este artigo, no que couber, as mesmas
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente regras enunciadas no artigo anterior e as do parágrafo único
não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer do art. 22 deste código.
tipo de constrangimento ou ameaça. Art. 45. (Vetado).
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia
CAPÍTULO VI
indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual
DA PROTEÇÃO CONTRATUAL
ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção
SEÇÃO I
monetária e juros legais, salvo hipótese de engano
DISPOSIÇÕES GERAIS
justificável.
Art. 42-A. Em todos os documentos de cobrança de débitos Art. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo
apresentados ao consumidor, deverão constar o nome, o não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a
endereço e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu
Físicas – CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem
CNPJ do fornecedor do produto ou serviço correspondente. redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu
(Incluído pela Lei nº 12.039, de 2009) sentido e alcance.
Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de
SEÇÃO VI
maneira mais favorável ao consumidor.
DOS BANCOS DE DADOS E CADASTROS DE
Art. 48. As declarações de vontade constantes de escritos
CONSUMIDORES
particulares, recibos e pré-contratos relativos às relações de
Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, consumo vinculam o fornecedor, ensejando inclusive
terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas, execução específica, nos termos do art. 84 e parágrafos.
registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo
ele, bem como sobre as suas respectivas fontes. de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de
§ 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser recebimento do produto ou serviço, sempre que a
objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer
compreensão, não podendo conter informações negativas fora do estabelecimento comercial, especialmente por
referentes a período superior a cinco anos. telefone ou a domicílio.

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Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por
arrependimento previsto neste artigo, os valores benfeitorias necessárias.
eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de § 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem
reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente que:
atualizados. I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a
Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será que pertence;
conferida mediante termo escrito. II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes
Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto
ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada em que ou equilíbrio contratual;
consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor,
lugar em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o
consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao
preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, caso.
acompanhado de manual de instrução, de instalação e uso § 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não
do produto em linguagem didática, com ilustrações. invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar
dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a
SEÇÃO II
qualquer das partes.
DAS CLÁUSULAS ABUSIVAS
§ 3° (Vetado).
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas § 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços represente requerer ao Ministério Público que ajuíze a
que: competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade contratual que contrarie o disposto neste código ou de
do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos
e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. e obrigações das partes.
Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que
pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em envolva outorga de crédito ou concessão de financiamento
situações justificáveis; ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da requisitos, informá-lo prévia e adequadamente sobre:
quantia já paga, nos casos previstos neste código; I - preço do produto ou serviço em moeda corrente nacional;
III - transfiram responsabilidades a terceiros; II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, juros;
que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, III - acréscimos legalmente previstos;
ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade; IV - número e periodicidade das prestações;
V - (Vetado); V - soma total a pagar, com e sem financiamento.
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do § 1° As multas de mora decorrentes do inadimplemento de
consumidor; obrigações no seu termo não poderão ser superiores a dois
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem; por cento do valor da prestação. (Redação dada pela Lei nº
VIII - imponham representante para concluir ou realizar 9.298, de 1º.8.1996)
outro negócio jurídico pelo consumidor; § 2º É assegurado ao consumidor a liquidação antecipada do
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o débito, total ou parcialmente, mediante redução
contrato, embora obrigando o consumidor; proporcional dos juros e demais acréscimos.
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, § 3º (Vetado).
variação do preço de maneira unilateral; Art. 53. Nos contratos de compra e venda de móveis ou
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato imóveis mediante pagamento em prestações, bem como
unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao nas alienações fiduciárias em garantia, consideram-se nulas
consumidor; de pleno direito as cláusulas que estabeleçam a perda total
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de das prestações pagas em benefício do credor que, em razão
cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja do inadimplemento, pleitear a resolução do contrato e a
conferido contra o fornecedor; retomada do produto alienado.
XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o § 1° (Vetado).
conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração; § 2º Nos contratos do sistema de consórcio de produtos
XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas duráveis, a compensação ou a restituição das parcelas
ambientais; quitadas, na forma deste artigo, terá descontada, além da
XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao vantagem econômica auferida com a fruição, os prejuízos
consumidor; que o desistente ou inadimplente causar ao grupo.

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§ 3° Os contratos de que trata o caput deste artigo serão III - inutilização do produto;
expressos em moeda corrente nacional. IV - cassação do registro do produto junto ao órgão
competente;
SEÇÃO III
V - proibição de fabricação do produto;
DOS CONTRATOS DE ADESÃO
VI - suspensão de fornecimento de produtos ou serviço;
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham VII - suspensão temporária de atividade;
sido aprovadas pela autoridade competente ou VIII - revogação de concessão ou permissão de uso;
estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos IX - cassação de licença do estabelecimento ou de atividade;
ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra
modificar substancialmente seu conteúdo. ou de atividade;
§ 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura a XI - intervenção administrativa;
natureza de adesão do contrato. XII - imposição de contrapropaganda.
§ 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão
desde que a alternativa, cabendo a escolha ao consumidor, aplicadas pela autoridade administrativa, no âmbito de sua
ressalvando-se o disposto no § 2° do artigo anterior. atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente,
§ 3o Os contratos de adesão escritos serão redigidos em inclusive por medida cautelar, antecedente ou incidente de
termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, cujo procedimento administrativo.
tamanho da fonte não será inferior ao corpo doze, de modo Art. 57. A pena de multa, graduada de acordo com a
a facilitar sua compreensão pelo consumidor. (Redação gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição
dada pela nº 11.785, de 2008) econômica do fornecedor, será aplicada mediante
§ 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do procedimento administrativo, revertendo para o Fundo de
consumidor deverão ser redigidas com destaque, que trata a Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, os valores
permitindo sua imediata e fácil compreensão. cabíveis à União, ou para os Fundos estaduais ou municipais
§ 5° (Vetado) de proteção ao consumidor nos demais casos. (Redação
dada pela Lei nº 8.656, de 21.5.1993)
CAPÍTULO VII
Parágrafo único. A multa será em montante não inferior a
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
duzentas e não superior a três milhões de vezes o valor da
(VIDE LEI Nº 8.656, DE 1993)
Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou índice equivalente
Art. 55. A União, os Estados e o Distrito Federal, em caráter que venha a substituí-lo. (Parágrafo acrescentado pela Lei
concorrente e nas suas respectivas áreas de atuação nº 8.703, de 6.9.1993)
administrativa, baixarão normas relativas à produção, Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização de produtos,
industrialização, distribuição e consumo de produtos e de proibição de fabricação de produtos, de suspensão do
serviços. fornecimento de produto ou serviço, de cassação do registro
§ 1° A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios do produto e revogação da concessão ou permissão de uso
fiscalizarão e controlarão a produção, industrialização, serão aplicadas pela administração, mediante
distribuição, a publicidade de produtos e serviços e o procedimento administrativo, assegurada ampla defesa,
mercado de consumo, no interesse da preservação da vida, quando forem constatados vícios de quantidade ou de
da saúde, da segurança, da informação e do bem-estar do qualidade por inadequação ou insegurança do produto ou
consumidor, baixando as normas que se fizerem serviço.
necessárias. Art. 59. As penas de cassação de alvará de licença, de
§ 2° (Vetado). interdição e de suspensão temporária da atividade, bem
§ 3° Os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e como a de intervenção administrativa, serão aplicadas
municipais com atribuições para fiscalizar e controlar o mediante procedimento administrativo, assegurada ampla
mercado de consumo manterão comissões permanentes defesa, quando o fornecedor reincidir na prática das
para elaboração, revisão e atualização das normas referidas infrações de maior gravidade previstas neste código e na
no § 1°, sendo obrigatória a participação dos consumidores legislação de consumo.
e fornecedores. § 1° A pena de cassação da concessão será aplicada à
§ 4° Os órgãos oficiais poderão expedir notificações aos concessionária de serviço público, quando violar obrigação
fornecedores para que, sob pena de desobediência, prestem legal ou contratual.
informações sobre questões de interesse do consumidor, § 2° A pena de intervenção administrativa será aplicada
resguardado o segredo industrial. sempre que as circunstâncias de fato desaconselharem a
Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor cassação de licença, a interdição ou suspensão da atividade.
ficam sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções § 3° Pendendo ação judicial na qual se discuta a imposição
administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e de penalidade administrativa, não haverá reincidência até o
das definidas em normas específicas: trânsito em julgado da sentença.
I - multa;
II - apreensão do produto;
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Art. 60. A imposição de contrapropaganda será cominada Parágrafo único. (Vetado).


quando o fornecedor incorrer na prática de publicidade Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria
enganosa ou abusiva, nos termos do art. 36 e seus saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar de
parágrafos, sempre às expensas do infrator. forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança:
§ 1º A contrapropaganda será divulgada pelo responsável da Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa:
mesma forma, freqüência e dimensão e, preferencialmente Parágrafo único. (Vetado).
no mesmo veículo, local, espaço e horário, de forma capaz Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e
de desfazer o malefício da publicidade enganosa ou abusiva. científicos que dão base à publicidade:
§ 2° (Vetado) Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
§ 3° (Vetado). Art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça ou
componentes de reposição usados, sem autorização do
TÍTULO II
consumidor:
DAS INFRAÇÕES PENAIS
Pena Detenção de três meses a um ano e multa.
Art. 61. Constituem crimes contra as relações de consumo Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação,
previstas neste código, sem prejuízo do disposto no Código constrangimento físico ou moral, afirmações falsas
Penal e leis especiais, as condutas tipificadas nos artigos incorretas ou enganosas ou de qualquer outro
seguintes. procedimento que exponha o consumidor,
Art. 62. (Vetado). injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho,
Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a descanso ou lazer:
nocividade ou periculosidade de produtos, nas embalagens, Pena Detenção de três meses a um ano e multa.
nos invólucros, recipientes ou publicidade: Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa. informações que sobre ele constem em cadastros, banco de
§ 1° Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de alertar, dados, fichas e registros:
mediante recomendações escritas ostensivas, sobre a Pena Detenção de seis meses a um ano ou multa.
periculosidade do serviço a ser prestado. Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente informação sobre
§ 2° Se o crime é culposo: consumidor constante de cadastro, banco de dados, fichas
Pena Detenção de um a seis meses ou multa. ou registros que sabe ou deveria saber ser inexata:
Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade competente e aos Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o termo de
cujo conhecimento seja posterior à sua colocação no garantia adequadamente preenchido e com especificação
mercado: clara de seu conteúdo;
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa. Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas penas quem deixar Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer para os crimes
de retirar do mercado, imediatamente quando determinado referidos neste código, incide as penas a esses cominadas na
pela autoridade competente, os produtos nocivos ou medida de sua culpabilidade, bem como o diretor,
perigosos, na forma deste artigo. administrador ou gerente da pessoa jurídica que promover,
Art. 65. Executar serviço de alto grau de periculosidade, permitir ou por qualquer modo aprovar o fornecimento,
contrariando determinação de autoridade competente: oferta, exposição à venda ou manutenção em depósito de
Pena Detenção de seis meses a dois anos e multa. produtos ou a oferta e prestação de serviços nas condições
§ 1º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das por ele proibidas.
correspondentes à lesão corporal e à morte. (Redação dada Art. 76. São circunstâncias agravantes dos crimes tipificados
pela Lei nº 13.425, de 2017) neste código:
§ 2º A prática do disposto no inciso XIV do art. 39 desta Lei I - serem cometidos em época de grave crise econômica ou
também caracteriza o crime previsto no caput deste artigo. por ocasião de calamidade;
(Incluído pela Lei nº 13.425, de 2017) II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo;
Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir III - dissimular-se a natureza ilícita do procedimento;
informação relevante sobre a natureza, característica, IV - quando cometidos:
qualidade, quantidade, segurança, desempenho, a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição
durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços: econômico-social seja manifestamente superior à da vítima;
Pena - Detenção de três meses a um ano e multa. b) em detrimento de operário ou rurícola; de menor de
§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta. dezoito ou maior de sessenta anos ou de pessoas portadoras
§ 2º Se o crime é culposo; de deficiência mental interditadas ou não;
Pena Detenção de um a seis meses ou multa. V - serem praticados em operações que envolvam
Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria alimentos, medicamentos ou quaisquer outros produtos ou
saber ser enganosa ou abusiva: serviços essenciais .
Pena Detenção de três meses a um ano e multa.

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Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Seção será fixada III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta
em dias-multa, correspondente ao mínimo e ao máximo de ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica,
dias de duração da pena privativa da liberdade cominada ao especificamente destinados à defesa dos interesses e
crime. Na individualização desta multa, o juiz observará o direitos protegidos por este código;
disposto no art. 60, §1° do Código Penal. IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos
Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de multa, um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa
podem ser impostas, cumulativa ou alternadamente, dos interesses e direitos protegidos por este código,
observado odisposto nos arts. 44 a 47, do Código Penal: dispensada a autorização assemblear.
I - a interdição temporária de direitos; § 1° O requisito da pré-constituição pode ser dispensado
II - a publicação em órgãos de comunicação de grande pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e seguintes,
circulação ou audiência, às expensas do condenado, de quando haja manifesto interesse social evidenciado pela
notícia sobre os fatos e a condenação; dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do
III - a prestação de serviços à comunidade. bem jurídico a ser protegido.
Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que trata este § 2° (Vetado).
código, será fixado pelo juiz, ou pela autoridade que presidir § 3° (Vetado).
o inquérito, entre cem e duzentas mil vezes o valor do Bônus Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos
do Tesouro Nacional (BTN), ou índice equivalente que venha por este código são admissíveis todas as espécies de ações
a substituí-lo. capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela.
Parágrafo único. Se assim recomendar a situação Parágrafo único. (Vetado).
econômica do indiciado ou réu, a fiança poderá ser: Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da
a) reduzida até a metade do seu valor mínimo; obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela
b) aumentada pelo juiz até vinte vezes. específica da obrigação ou determinará providências que
Art. 80. No processo penal atinente aos crimes previstos assegurem o resultado prático equivalente ao do
neste código, bem como a outros crimes e contravenções adimplemento.
que envolvam relações de consumo, poderão intervir, como § 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente
assistentes do Ministério Público, os legitimados indicados será admissível se por elas optar o autor ou se impossível a
no art. 82, inciso III e IV, aos quais também é facultado tutela específica ou a obtenção do resultado prático
propor ação penal subsidiária, se a denúncia não for correspondente.
oferecida no prazo legal. § 2° A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo
da multa (art. 287, do Código de Processo Civil).
TÍTULO III
§ 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo
DA DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO
justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito
CAPÍTULO I
ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação
DISPOSIÇÕES GERAIS
prévia, citado o réu.
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores § 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor
e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, multa diária ao réu, independentemente de pedido do
ou a título coletivo. autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação,
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.
tratar de: § 5° Para a tutela específica ou para a obtenção do resultado
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para prático equivalente, poderá o juiz determinar as medidas
efeitos deste código, os transindividuais, de natureza necessárias, tais como busca e apreensão, remoção de
indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de
ligadas por circunstâncias de fato; atividade nociva, além de requisição de força policial.
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para Art. 85. (Vetado).
efeitos deste código, os transindividuais, de natureza Art. 86. (Vetado).
indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este código não
pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários
relação jurídica base; periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários
entendidos os decorrentes de origem comum. de advogados, custas e despesas processuais.
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a
legitimados concorrentemente: (Redação dada pela Lei nº associação autora e os diretores responsáveis pela
9.008, de 21.3.1995) (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) propositura da ação serão solidariamente condenados em
I - o Ministério Público, honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem
II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; prejuízo da responsabilidade por perdas e danos.

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Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste Art. 99. Em caso de concurso de créditos decorrentes de
código, a ação de regresso poderá ser ajuizada em processo condenação prevista na Lei n.° 7.347, de 24 de julho de
autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos 1985 e de indenizações pelos prejuízos individuais
mesmos autos, vedada a denunciação da lide. resultantes do mesmo evento danoso, estas terão
Art. 89. (Vetado) preferência no pagamento. (Vide Decreto nº 407, de 1991)
Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste título as normas Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, a
do Código de Processo Civil e da Lei n° 7.347, de 24 de julho destinação da importância recolhida ao fundo criado
de 1985, inclusive no que respeita ao inquérito civil, naquilo pela Lei n°7.347 de 24 de julho de 1985, ficará sustada
que não contrariar suas disposições. enquanto pendentes de decisão de segundo grau as ações
de indenização pelos danos individuais, salvo na hipótese de
CAPÍTULO II
o patrimônio do devedor ser manifestamente suficiente
DAS AÇÕES COLETIVAS PARA A DEFESA DE
para responder pela integralidade das dívidas.
INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitação de
Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão interessados em número compatível com a gravidade do
propor, em nome próprio e no interesse das vítimas ou seus dano, poderão os legitimados do art. 82 promover a
sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos liquidação e execução da indenização devida. (Vide Decreto
danos individualmente sofridos, de acordo com o disposto nº 407, de 1991)
nos artigos seguintes. (Redação dada pela Lei nº 9.008, de Parágrafo único. O produto da indenização devida reverterá
21.3.1995) para o fundo criado pela Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985.
Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará (Vide Decreto nº 407, de 1991)
sempre como fiscal da lei.
CAPÍTULO III
Parágrafo único. (Vetado).
DAS AÇÕES DE RESPONSABILIDADE DO
Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é
FORNECEDOR DE PRODUTOS E SERVIÇOS
competente para a causa a justiça local:
I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de
quando de âmbito local; produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos
II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, I e II deste título, serão observadas as seguintes normas:
para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;
as regras do Código de Processo Civil aos casos de II - o réu que houver contratado seguro de responsabilidade
competência concorrente. poderá chamar ao processo o segurador, vedada a
Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão integração do contraditório pelo Instituto de Resseguros do
oficial, a fim de que os interessados possam intervir no Brasil. Nesta hipótese, a sentença que julgar procedente o
processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla pedido condenará o réu nos termos do art. 80 do Código de
divulgação pelos meios de comunicação social por parte dos Processo Civil. Se o réu houver sido declarado falido, o
órgãos de defesa do consumidor. síndico será intimado a informar a existência de seguro de
Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condenação responsabilidade, facultando-se, em caso afirmativo, o
será genérica, fixando a responsabilidade do réu pelos danos ajuizamento de ação de indenização diretamente contra o
causados. segurador, vedada a denunciação da lide ao Instituto de
Art. 96. (Vetado). Resseguros do Brasil e dispensado o litisconsórcio
Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão ser obrigatório com este.
promovidas pela vítima e seus sucessores, assim como pelos Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste código
legitimados de que trata o art. 82. poderão propor ação visando compelir o Poder Público
Parágrafo único. (Vetado). competente a proibir, em todo o território nacional, a
Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida produção, divulgação distribuição ou venda, ou a
pelos legitimados de que trata o art. 82, abrangendo as determinar a alteração na composição, estrutura, fórmula
vítimas cujas indenizações já tiveram sido fixadas em ou acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo
sentença de liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de regular se revele nocivo ou perigoso à saúde pública e à
outras execuções. (Redação dada pela Lei nº 9.008, de incolumidade pessoal.
21.3.1995) § 1° (Vetado).
§ 1° A execução coletiva far-se-á com base em certidão das § 2° (Vetado)
sentenças de liquidação, da qual deverá constar a ocorrência
CAPÍTULO IV
ou não do trânsito em julgado.
DA COISA JULGADA
§ 2° É competente para a execução o juízo:
I - da liquidação da sentença ou da ação condenatória, no Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a
caso de execução individual; sentença fará coisa julgada:
II - da ação condenatória, quando coletiva a execução. I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente
por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer
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legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito
fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do policial para a apreciação de delito contra os consumidores,
inciso I do parágrafo único do art. 81; nos termos da legislação vigente;
II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou VI - representar ao Ministério Público competente para fins
classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos de adoção de medidas processuais no âmbito de suas
termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese atribuições;
prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81; VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as
III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, infrações de ordem administrativa que violarem os
para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na interesses difusos, coletivos, ou individuais dos
hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81. consumidores;
§ 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da União,
prejudicarão interesses e direitos individuais dos integrantes Estados, do Distrito Federal e Municípios, bem como auxiliar
da coletividade, do grupo, categoria ou classe. a fiscalização de preços, abastecimento, quantidade e
§ 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de segurança de bens e serviços;
improcedência do pedido, os interessados que não tiverem IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros
intervindo no processo como litisconsortes poderão propor programas especiais, a formação de entidades de defesa do
ação de indenização a título individual. consumidor pela população e pelos órgãos públicos
§ 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16, estaduais e municipais;
combinado com o art. 13 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de X - (Vetado).
1985, não prejudicarão as ações de indenização por danos XI - (Vetado).
pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou na XII - (Vetado)
forma prevista neste código, mas, se procedente o pedido, XIII - desenvolver outras atividades compatíveis com suas
beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão finalidades.
proceder à liquidação e à execução, nos termos dos arts. 96 Parágrafo único. Para a consecução de seus objetivos, o
a 99. Departamento Nacional de Defesa do Consumidor poderá
§ 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sentença solicitar o concurso de órgãos e entidades de notória
penal condenatória. especialização técnico-científica.
Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do TÍTULO V
parágrafo único do art. 81, não induzem litispendência para DA CONVENÇÃO COLETIVA DE CONSUMO
as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga Art. 107. As entidades civis de consumidores e as
omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo associações de fornecedores ou sindicatos de categoria
anterior não beneficiarão os autores das ações individuais, econômica podem regular, por convenção escrita, relações
se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a de consumo que tenham por objeto estabelecer condições
contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva. relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e
características de produtos e serviços, bem como à
TÍTULO IV
reclamação e composição do conflito de consumo.
DO SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR
§ 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do registro
Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa do do instrumento no cartório de títulos e documentos.
Consumidor (SNDC), os órgãos federais, estaduais, do § 2° A convenção somente obrigará os filiados às entidades
Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de signatárias.
defesa do consumidor. § 3° Não se exime de cumprir a convenção o fornecedor que
Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa do se desligar da entidade em data posterior ao registro do
Consumidor, da Secretaria Nacional de Direito Econômico instrumento.
(MJ), ou órgão federal que venha substituí-lo, é organismo Art. 108. (Vetado).
de coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa
TÍTULO VI
do Consumidor, cabendo-lhe:
DISPOSIÇÕES FINAIS
I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política
nacional de proteção ao consumidor; Art. 109. (Vetado).
II - receber, analisar, avaliar e encaminhar consultas, Art. 110. Acrescente-se o seguinte inciso IV ao art. 1° da Lei
denúncias ou sugestões apresentadas por entidades n° 7.347, de 24 de julho de 1985:
representativas ou pessoas jurídicas de direito público ou "IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo".
privado; Art. 111. O inciso II do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24 de julho
III - prestar aos consumidores orientação permanente sobre de 1985, passa a ter a seguinte redação:
seus direitos e garantias; "II - inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção
IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor através ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio artístico,
dos diferentes meios de comunicação;

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estético, histórico, turístico e paisagístico, ou a qualquer Zélia M. Cardoso de Mello


outro interesse difuso ou coletivo". Ozires Silva
Art. 112. O § 3° do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24 de julho de Este texto não substitui o publicado no DOU de 12.9.1990 -
1985, passa a ter a seguinte redação: Edição extra e retificado em 10.1.2007
"§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da
ação por associação legitimada, o Ministério Público ou Lei nº 9.613/1998
outro legitimado assumirá a titularidade ativa".
Art. 113. Acrescente-se os seguintes §§ 4°, 5° e 6° ao art. 5º. Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de
da Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985: bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do
"§ 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado sistema financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria
pelo juiz, quando haja manifesto interesse social o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF,
evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou e dá outras providências.
pela relevância do bem jurídico a ser protegido.
§ 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta CAPÍTULO I
lei. DOS CRIMES DE "LAVAGEM" OU OCULTAÇÃO DE
§ 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos BENS, DIREITOS E VALORES
interessados compromisso de ajustamento de sua conduta
às exigências legais, mediante combinações, que terá Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem,
eficácia de título executivo extrajudicial". localização, disposição, movimentação ou propriedade de
Art. 114. O art. 15 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, bens, direitos ou valores provenientes, direta ou
passa a ter a seguinte redação: indiretamente, de infração penal. (Redação dada pela Lei nº
"Art. 15. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da 12.683, de 2012)
sentença condenatória, sem que a associação autora lhe I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público,
facultada igual iniciativa aos demais legitimados". II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
Art. 115. Suprima-se o caput do art. 17 da Lei n° 7.347, de 24 III - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
de julho de 1985, passando o parágrafo único a constituir o
caput, com a seguinte redação: IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
“Art. 17. “Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a V - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
associação autora e os diretores responsáveis pela
VI - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
propositura da ação serão solidariamente condenados em
honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem VII - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
prejuízo da responsabilidade por perdas e danos”.
VIII - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
Art. 116. Dê-se a seguinte redação ao art. 18 da Lei n° 7.347,
de 24 de julho de 1985: Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa. (Redação
"Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais
§ 1o Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou
e quaisquer outras despesas, nem condenação da
dissimular a utilização de bens, direitos ou valores
associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários
provenientes de infração penal: (Redação dada pela Lei nº
de advogado, custas e despesas processuais".
12.683, de 2012)
Art. 117. Acrescente-se à Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985,
o seguinte dispositivo, renumerando-se os seguintes: I - os converte em ativos lícitos;
"Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em
difusos, coletivos e individuais, no que for cabível, os
garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou
dispositivos do Título III da lei que instituiu o Código de
transfere;
Defesa do Consumidor".
Art. 118. Este código entrará em vigor dentro de cento e III - importa ou exporta bens com valores não
oitenta dias a contar de sua publicação. correspondentes aos verdadeiros.
Art. 119. Revogam-se as disposições em contrário.
§ 2o Incorre, ainda, na mesma pena quem: (Redação dada
Brasília, 11 de setembro de 1990; 169° da Independência e
pela Lei nº 12.683, de 2012)
102° da República.
FERNANDO COLLOR I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens,
Bernardo Cabral direitos ou valores provenientes de infração
penal; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)

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II - participa de grupo, associação ou escritório tendo acusado que não comparecer nem constituir advogado ser
conhecimento de que sua atividade principal ou secundária citado por edital, prosseguindo o feito até o julgamento,
é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei. com a nomeação de defensor dativo. (Redação dada pela
Lei nº 12.683, de 2012)
§ 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo único
do art. 14 do Código Penal. Art. 3º (Revogado pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 4o A pena será aumentada de um a dois terços, se os Art. 4o O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
crimes definidos nesta Lei forem cometidos de forma Público ou mediante representação do delegado de polícia,
reiterada ou por intermédio de organização ouvido o Ministério Público em 24 (vinte e quatro) horas,
criminosa. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) havendo indícios suficientes de infração penal, poderá
decretar medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores
§ 5o A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser
do investigado ou acusado, ou existentes em nome de
cumprida em regime aberto ou semiaberto, facultando-se
interpostas pessoas, que sejam instrumento, produto ou
ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo,
proveito dos crimes previstos nesta Lei ou das infrações
por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou
penais antecedentes. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de
partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades,
2012)
prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das
infrações penais, à identificação dos autores, coautores e § 1o Proceder-se-á à alienação antecipada para preservação
partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a qualquer
objeto do crime. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de grau de deterioração ou depreciação, ou quando houver
2012) dificuldade para sua manutenção. (Redação dada pela Lei
nº 12.683, de 2012)
§ 6º Para a apuração do crime de que trata este artigo,
admite-se a utilização da ação controlada e da infiltração de § 2o O juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens,
agentes. direitos e valores quando comprovada a licitude de sua
origem, mantendo-se a constrição dos bens, direitos e
CAPÍTULO II
valores necessários e suficientes à reparação dos danos e ao
DISPOSIÇÕES PROCESSUAIS ESPECIAIS
pagamento de prestações pecuniárias, multas e custas
Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos nesta decorrentes da infração penal. (Redação dada pela Lei nº
Lei: 12.683, de 2012)
I – obedecem às disposições relativas ao procedimento § 3o Nenhum pedido de liberação será conhecido sem o
comum dos crimes punidos com reclusão, da competência comparecimento pessoal do acusado ou de interposta
do juiz singular; pessoa a que se refere o caput deste artigo, podendo o juiz
determinar a prática de atos necessários à conservação de
II - independem do processo e julgamento das infrações
bens, direitos ou valores, sem prejuízo do disposto no §
penais antecedentes, ainda que praticados em outro país,
1o. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
cabendo ao juiz competente para os crimes previstos nesta
Lei a decisão sobre a unidade de processo e § 4o Poderão ser decretadas medidas assecuratórias sobre
julgamento; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) bens, direitos ou valores para reparação do dano decorrente
da infração penal antecedente ou da prevista nesta Lei ou
III - são da competência da Justiça Federal:
para pagamento de prestação pecuniária, multa e
a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem custas. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
econômico-financeira, ou em detrimento de bens, serviços
Art. 4o-A. A alienação antecipada para preservação de valor
ou interesses da União, ou de suas entidades autárquicas ou
de bens sob constrição será decretada pelo juiz, de ofício, a
empresas públicas;
requerimento do Ministério Público ou por solicitação da
b) quando a infração penal antecedente for de competência parte interessada, mediante petição autônoma, que será
da Justiça Federal. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de autuada em apartado e cujos autos terão tramitação em
2012) separado em relação ao processo principal. (Incluído pela
Lei nº 12.683, de 2012)
§ 1o A denúncia será instruída com indícios suficientes da
existência da infração penal antecedente, sendo puníveis os § 1o O requerimento de alienação deverá conter a relação de
fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento todos os demais bens, com a descrição e a especificação de
de pena o autor, ou extinta a punibilidade da infração penal cada um deles, e informações sobre quem os detém e local
antecedente. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) onde se encontram. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 2o No processo por crime previsto nesta Lei, não se aplica § 2o O juiz determinará a avaliação dos bens, nos autos
o disposto no art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de apartados, e intimará o Ministério Público. (Incluído pela
outubro de 1941 (Código de Processo Penal), devendo o Lei nº 12.683, de 2012)

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§ 3o Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergências § 7o Serão deduzidos da quantia apurada no leilão todos os
sobre o respectivo laudo, o juiz, por sentença, homologará o tributos e multas incidentes sobre o bem alienado, sem
valor atribuído aos bens e determinará sejam alienados em prejuízo de iniciativas que, no âmbito da competência de
leilão ou pregão, preferencialmente eletrônico, por valor cada ente da Federação, venham a desonerar bens sob
não inferior a 75% (setenta e cinco por cento) da constrição judicial daqueles ônus. (Incluído pela Lei nº
avaliação. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 12.683, de 2012)
§ 4o Realizado o leilão, a quantia apurada será depositada § 8o Feito o depósito a que se refere o § 4o deste artigo, os
em conta judicial remunerada, adotando-se a seguinte autos da alienação serão apensados aos do processo
disciplina: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) principal. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
I - nos processos de competência da Justiça Federal e da § 9o Terão apenas efeito devolutivo os recursos interpostos
Justiça do Distrito Federal: (Incluído pela Lei nº 12.683, de contra as decisões proferidas no curso do procedimento
2012) previsto neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
a) os depósitos serão efetuados na Caixa Econômica Federal § 10. Sobrevindo o trânsito em julgado de sentença penal
ou em instituição financeira pública, mediante documento condenatória, o juiz decretará, em favor, conforme o caso,
adequado para essa finalidade; (Incluída pela Lei nº da União ou do Estado: (Incluído pela Lei nº 12.683, de
12.683, de 2012) 2012)
b) os depósitos serão repassados pela Caixa Econômica I - a perda dos valores depositados na conta remunerada e
Federal ou por outra instituição financeira pública para a da fiança; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Conta Única do Tesouro Nacional, independentemente de
II - a perda dos bens não alienados antecipadamente e
qualquer formalidade, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas;
daqueles aos quais não foi dada destinação prévia;
e (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
e (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
c) os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal ou
III - a perda dos bens não reclamados no prazo de 90
por instituição financeira pública serão debitados à Conta
(noventa) dias após o trânsito em julgado da sentença
Única do Tesouro Nacional, em subconta de
condenatória, ressalvado o direito de lesado ou terceiro de
restituição; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
boa-fé. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
II - nos processos de competência da Justiça dos
§ 11. Os bens a que se referem os incisos II e III do § 10 deste
Estados: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
artigo serão adjudicados ou levados a leilão, depositando-se
a) os depósitos serão efetuados em instituição financeira o saldo na conta única do respectivo ente. (Incluído pela
designada em lei, preferencialmente pública, de cada Lei nº 12.683, de 2012)
Estado ou, na sua ausência, em instituição financeira pública
§ 12. O juiz determinará ao registro público competente que
da União; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
emita documento de habilitação à circulação e utilização
b) os depósitos serão repassados para a conta única de cada dos bens colocados sob o uso e custódia das entidades a que
Estado, na forma da respectiva legislação. (Incluída pela se refere o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.683,
Lei nº 12.683, de 2012) de 2012)
§ 5o Mediante ordem da autoridade judicial, o valor do § 13. Os recursos decorrentes da alienação antecipada de
depósito, após o trânsito em julgado da sentença proferida bens, direitos e valores oriundos do crime de tráfico ilícito de
na ação penal, será: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) drogas e que tenham sido objeto de dissimulação e
ocultação nos termos desta Lei permanecem submetidos à
I - em caso de sentença condenatória, nos processos de
disciplina definida em lei específica. (Incluído pela Lei nº
competência da Justiça Federal e da Justiça do Distrito
12.683, de 2012)
Federal, incorporado definitivamente ao patrimônio da
União, e, nos processos de competência da Justiça Estadual, Art. 4o-B. A ordem de prisão de pessoas ou as medidas
incorporado ao patrimônio do Estado respectivo; (Incluído assecuratórias de bens, direitos ou valores poderão ser
pela Lei nº 12.683, de 2012) suspensas pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a
sua execução imediata puder comprometer as
II - em caso de sentença absolutória extintiva de
investigações. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
punibilidade, colocado à disposição do réu pela instituição
financeira, acrescido da remuneração da conta Art. 5o Quando as circunstâncias o aconselharem, o juiz,
judicial. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) ouvido o Ministério Público, nomeará pessoa física ou
jurídica qualificada para a administração dos bens, direitos
§ 6o A instituição financeira depositária manterá controle
ou valores sujeitos a medidas assecuratórias, mediante
dos valores depositados ou devolvidos. (Incluído pela Lei
termo de compromisso. (Redação dada pela Lei nº
nº 12.683, de 2012)
12.683, de 2012)

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Art. 6o A pessoa responsável pela administração dos crimes descritos no art. 1o praticados no
bens: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) estrangeiro. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, que será § 1º Aplica-se o disposto neste artigo, independentemente
satisfeita com o produto dos bens objeto da administração; de tratado ou convenção internacional, quando o governo
do país da autoridade solicitante prometer reciprocidade ao
II - prestará, por determinação judicial, informações
Brasil.
periódicas da situação dos bens sob sua administração, bem
como explicações e detalhamentos sobre investimentos e § 2o Na falta de tratado ou convenção, os bens, direitos ou
reinvestimentos realizados. valores privados sujeitos a medidas assecuratórias por
solicitação de autoridade estrangeira competente ou os
Parágrafo único. Os atos relativos à administração dos bens
recursos provenientes da sua alienação serão repartidos
sujeitos a medidas assecuratórias serão levados ao
entre o Estado requerente e o Brasil, na proporção de
conhecimento do Ministério Público, que requererá o que
metade, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de
entender cabível. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de
boa-fé. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
2012)
CAPÍTULO V
CAPÍTULO III
(REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 12.683, DE 2012)
DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO
DAS PESSOAS SUJEITAS AO MECANISMO DE
Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos no CONTROLE
Código Penal: (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 12.683, DE 2012)
I - a perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos de Art. 9o Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e 11
competência da Justiça Estadual -, de todos os bens, direitos as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter
e valores relacionados, direta ou indiretamente, à prática permanente ou eventual, como atividade principal ou
dos crimes previstos nesta Lei, inclusive aqueles utilizados acessória, cumulativamente ou não: (Redação dada pela
para prestar a fiança, ressalvado o direito do lesado ou de Lei nº 12.683, de 2012)
terceiro de boa-fé; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de
I - a captação, intermediação e aplicação de recursos
2012)
financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira;
II - a interdição do exercício de cargo ou função pública de
II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como
qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho de
ativo financeiro ou instrumento cambial;
administração ou de gerência das pessoas jurídicas referidas
no art. 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de III - a custódia, emissão, distribuição, liqüidação,
liberdade aplicada. negociação, intermediação ou administração de títulos ou
valores mobiliários.
§ 1o A União e os Estados, no âmbito de suas competências,
regulamentarão a forma de destinação dos bens, direitos e Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:
valores cuja perda houver sido declarada, assegurada,
I – as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou futuros
quanto aos processos de competência da Justiça Federal, a
e os sistemas de negociação do mercado de balcão
sua utilização pelos órgãos federais encarregados da
organizado; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
prevenção, do combate, da ação penal e do julgamento dos
crimes previstos nesta Lei, e, quanto aos processos de II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as entidades
competência da Justiça Estadual, a preferência dos órgãos de previdência complementar ou de capitalização;
locais com idêntica função. (Incluído pela Lei nº 12.683, de
III - as administradoras de cartões de credenciamento ou
2012)
cartões de crédito, bem como as administradoras de
§ 2o Os instrumentos do crime sem valor econômico cuja consórcios para aquisição de bens ou serviços;
perda em favor da União ou do Estado for decretada serão
IV - as administradoras ou empresas que se utilizem de
inutilizados ou doados a museu criminal ou a entidade
cartão ou qualquer outro meio eletrônico, magnético ou
pública, se houver interesse na sua conservação. (Incluído
equivalente, que permita a transferência de fundos;
pela Lei nº 12.683, de 2012)
V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing), as
CAPÍTULO IV
empresas de fomento comercial (factoring) e as Empresas
DOS BENS, DIREITOS OU VALORES ORIUNDOS DE
Simples de Crédito (ESC); (Redação dada pela Lei
CRIMES PRATICADOS NO ESTRANGEIRO
Complementar nº 167, de 2019)
Art. 8o O juiz determinará, na hipótese de existência de
VI - as sociedades que efetuem distribuição de dinheiro ou
tratado ou convenção internacional e por solicitação de
quaisquer bens móveis, imóveis, mercadorias, serviços, ou,
autoridade estrangeira competente, medidas
ainda, concedam descontos na sua aquisição, mediante
assecuratórias sobre bens, direitos ou valores oriundos de
sorteio ou método assemelhado;
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VII - as filiais ou representações de entes estrangeiros que XVI - as empresas de transporte e guarda de
exerçam no Brasil qualquer das atividades listadas neste valores; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
artigo, ainda que de forma eventual;
XVII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens
VIII - as demais entidades cujo funcionamento dependa de de alto valor de origem rural ou animal ou intermedeiem a
autorização de órgão regulador dos mercados financeiro, de sua comercialização; e (Incluído pela Lei nº 12.683, de
câmbio, de capitais e de seguros; 2012)
IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, XVIII - as dependências no exterior das entidades
que operem no Brasil como agentes, dirigentes, mencionadas neste artigo, por meio de sua matriz no Brasil,
procuradoras, comissionárias ou por qualquer forma relativamente a residentes no País. (Incluído pela Lei nº
representem interesses de ente estrangeiro que exerça 12.683, de 2012)
qualquer das atividades referidas neste artigo;
CAPÍTULO VI
X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de DA IDENTIFICAÇÃO DOS CLIENTES E MANUTENÇÃO
promoção imobiliária ou compra e venda de DE REGISTROS
imóveis; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º:
XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias,
I - identificarão seus clientes e manterão cadastro
pedras e metais preciosos, objetos de arte e antigüidades.
atualizado, nos termos de instruções emanadas das
XII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens autoridades competentes;
de luxo ou de alto valor, intermedeiem a sua
II - manterão registro de toda transação em moeda nacional
comercialização ou exerçam atividades que envolvam
ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de
grande volume de recursos em espécie; (Redação dada
crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser convertido
pela Lei nº 12.683, de 2012)
em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade
XIII - as juntas comerciais e os registros públicos; (Incluído competente e nos termos de instruções por esta expedidas;
pela Lei nº 12.683, de 2012)
III - deverão adotar políticas, procedimentos e controles
XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que internos, compatíveis com seu porte e volume de
eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, operações, que lhes permitam atender ao disposto neste
contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de artigo e no art. 11, na forma disciplinada pelos órgãos
qualquer natureza, em operações: (Incluído pela Lei nº competentes; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
12.683, de 2012)
IV - deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado
a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos no órgão regulador ou fiscalizador e, na falta deste, no
comerciais ou industriais ou participações societárias de Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), na
qualquer natureza; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) forma e condições por eles estabelecidas; (Incluído pela
Lei nº 12.683, de 2012)
b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros
ativos; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) V - deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf na
periodicidade, forma e condições por ele estabelecidas,
c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança,
cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das
investimento ou de valores mobiliários; (Incluída pela Lei
informações prestadas. (Incluído pela Lei nº 12.683, de
nº 12.683, de 2012)
2012)
d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de
§ 1º Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa
qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou
jurídica, a identificação referida no inciso I deste artigo
estruturas análogas; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
deverá abranger as pessoas físicas autorizadas a representá-
e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e (Incluída pela la, bem como seus proprietários.
Lei nº 12.683, de 2012)
§ 2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II deste
f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos artigo deverão ser conservados durante o período mínimo
relacionados a atividades desportivas ou artísticas de cinco anos a partir do encerramento da conta ou da
profissionais; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) conclusão da transação, prazo este que poderá ser ampliado
pela autoridade competente.
XV - pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção,
intermediação, comercialização, agenciamento ou § 3º O registro referido no inciso II deste artigo será efetuado
negociação de direitos de transferência de atletas, artistas também quando a pessoa física ou jurídica, seus entes
ou feiras, exposições ou eventos similares; (Incluído pela ligados, houver realizado, em um mesmo mês-calendário,
Lei nº 12.683, de 2012) operações com uma mesma pessoa, conglomerado ou

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grupo que, em seu conjunto, ultrapassem o limite fixado CAPÍTULO VIII


pela autoridade competente. DA RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
Art. 10A. O Banco Central manterá registro centralizado Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos
formando o cadastro geral de correntistas e clientes de administradores das pessoas jurídicas, que deixem de
instituições financeiras, bem como de seus cumprir as obrigações previstas nos arts. 10 e 11 serão
procuradores. (Incluído pela Lei nº 10.701, de 2003) aplicadas, cumulativamente ou não, pelas autoridades
competentes, as seguintes sanções:
CAPÍTULO VII
DA COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS I - advertência;
Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º: II - multa pecuniária variável não superior: (Redação dada
pela Lei nº 12.683, de 2012)
I - dispensarão especial atenção às operações que, nos
termos de instruções emanadas das autoridades a) ao dobro do valor da operação; (Incluída pela Lei nº
competentes, possam constituir-se em sérios indícios dos 12.683, de 2012)
crimes previstos nesta Lei, ou com eles relacionar-se;
b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente
II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar ciência seria obtido pela realização da operação; ou (Incluída pela
de tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela à qual se refira Lei nº 12.683, de 2012)
a informação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de
proposta ou realização: (Redação dada pela Lei nº 12.683,
reais); (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
de 2012)
III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para
a) de todas as transações referidas no inciso II do art. 10,
o exercício do cargo de administrador das pessoas jurídicas
acompanhadas da identificação de que trata o inciso I do
referidas no art. 9º;
mencionado artigo; e (Redação dada pela Lei nº 12.683,
de 2012) IV - cassação ou suspensão da autorização para o exercício
de atividade, operação ou funcionamento. (Redação
b) das operações referidas no inciso I; (Redação dada pela
dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
Lei nº 12.683, de 2012)
§ 1º A pena de advertência será aplicada por irregularidade
III - deverão comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da
no cumprimento das instruções referidas nos incisos I e II do
sua atividade ou, na sua falta, ao Coaf, na periodicidade,
art. 10.
forma e condições por eles estabelecidas, a não ocorrência
de propostas, transações ou operações passíveis de serem § 2o A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas
comunicadas nos termos do inciso II. (Incluído pela Lei nº no art. 9o, por culpa ou dolo: (Redação dada pela Lei nº
12.683, de 2012) 12.683, de 2012)
§ 1º As autoridades competentes, nas instruções referidas I – deixarem de sanar as irregularidades objeto de
no inciso I deste artigo, elaborarão relação de operações advertência, no prazo assinalado pela autoridade
que, por suas características, no que se refere às partes competente;
envolvidas, valores, forma de realização, instrumentos
II - não cumprirem o disposto nos incisos I a IV do art.
utilizados, ou pela falta de fundamento econômico ou legal,
10; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
possam configurar a hipótese nele prevista.
III - deixarem de atender, no prazo estabelecido, a requisição
§ 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista
formulada nos termos do inciso V do art. 10; (Redação
neste artigo, não acarretarão responsabilidade civil ou
dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
administrativa.
IV - descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a
§ 3o O Coaf disponibilizará as comunicações recebidas com
comunicação a que se refere o art. 11.
base no inciso II do caput aos respectivos órgãos
responsáveis pela regulação ou fiscalização das pessoas a § 3º A inabilitação temporária será aplicada quando forem
que se refere o art. 9o. (Redação dada pela Lei nº 12.683, verificadas infrações graves quanto ao cumprimento das
de 2012) obrigações constantes desta Lei ou quando ocorrer
reincidência específica, devidamente caracterizada em
Art. 11-A. As transferências internacionais e os saques em
transgressões anteriormente punidas com multa.
espécie deverão ser previamente comunicados à instituição
financeira, nos termos, limites, prazos e condições fixados § 4º A cassação da autorização será aplicada nos casos de
pelo Banco Central do Brasil. (Incluído pela Lei nº 12.683, reincidência específica de infrações anteriormente punidas
de 2012) com a pena prevista no inciso III do caput deste artigo.
Art. 13. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020)

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CAPÍTULO IX arquivos que possibilitem a migração de informações para


DO CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES os autos do processo sem redigitação. (Incluído pela Lei nº
FINANCEIRAS 12.683, de 2012)
Art. 14. Fica criado, no âmbito do Ministério da Economia, Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor público, este
o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - Coaf, será afastado, sem prejuízo de remuneração e demais
com a finalidade de disciplinar, aplicar penas direitos previstos em lei, até que o juiz competente autorize,
administrativas, receber, examinar e identificar as em decisão fundamentada, o seu retorno. (Incluído pela
ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas nesta Lei nº 12.683, de 2012)
Lei, sem prejuízo das competências de outros órgãos e
Art. 17-E. A Secretaria da Receita Federal do Brasil
entidades. (Redação dada pela Medida Provisória nº 886, de
conservará os dados fiscais dos contribuintes pelo prazo
2019)
mínimo de 5 (cinco) anos, contado a partir do início do
§ 1º As instruções referidas no art. 10 destinadas às pessoas exercício seguinte ao da declaração de renda respectiva ou
mencionadas no art. 9º, para as quais não exista órgão ao do pagamento do tributo. (Incluído pela Lei nº 12.683,
próprio fiscalizador ou regulador, serão expedidas pelo de 2012)
COAF, competindo-lhe, para esses casos, a definição das
Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
pessoas abrangidas e a aplicação das sanções enumeradas
no art. 12. Brasília, 3 de março de 1998; 177º da Independência e 110º
da República.
§ 2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor mecanismos
de cooperação e de troca de informações que viabilizem FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou Iris Rezende
dissimulação de bens, direitos e valores. Luiz Felipe Lampreia
Pedro Malan
§ 3o O COAF poderá requerer aos órgãos da Administração
Pública as informações cadastrais bancárias e financeiras de
pessoas envolvidas em atividades suspeitas. (Incluído pela Lei nº 9.605/1998
Lei nº 10.701, de 2003)
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
Art. 15. O COAF comunicará às autoridades competentes derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
para a instauração dos procedimentos cabíveis, quando ambiente, e dá outras providências.
concluir pela existência de crimes previstos nesta Lei, de
fundados indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilícito. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 16. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020)
CAPÍTULO I
Art. 17. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020) DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO X Art. 1º (VETADO)
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.683, DE 2012) Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática
DISPOSIÇÕES GERAIS dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o
diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão
Art. 17-A. Aplicam-se, subsidiariamente, as disposições técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de
do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de
Processo Penal), no que não forem incompatíveis com esta outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir
Lei. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) para evitá-la.
Art. 17-B. A autoridade policial e o Ministério Público terão Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas
acesso, exclusivamente, aos dados cadastrais do administrativa, civil e penalmente conforme o disposto
investigado que informam qualificação pessoal, filiação e nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por
endereço, independentemente de autorização judicial, decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu
mantidos pela Justiça Eleitoral, pelas empresas telefônicas, órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
pelas instituições financeiras, pelos provedores de internet Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas
e pelas administradoras de cartão de crédito. (Incluído não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou
pela Lei nº 12.683, de 2012) partícipes do mesmo fato.
Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre
Art. 17-C. Os encaminhamentos das instituições financeiras que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de
e tributárias em resposta às ordens judiciais de quebra ou prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.
transferência de sigilo deverão ser, sempre que Art. 5º (VETADO)
determinado, em meio informático, e apresentados em
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CAPÍTULO II II - arrependimento do infrator, manifestado pela


DA APLICAÇÃO DA PENA espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da
degradação ambiental causada;
Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a
III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de
autoridade competente observará:
degradação ambiental;
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração
IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância
e suas conseqüências para a saúde pública e para o meio
e do controle ambiental.
ambiente;
Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não
II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da
constituem ou qualificam o crime:
legislação de interesse ambiental;
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental;
III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.
II - ter o agente cometido a infração:
Art. 7º As penas restritivas de direitos são autônomas e
a) para obter vantagem pecuniária;
substituem as privativas de liberdade quando:
b) coagindo outrem para a execução material da infração;
I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde
de liberdade inferior a quatro anos;
pública ou o meio ambiente;
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
d) concorrendo para danos à propriedade alheia;
personalidade do condenado, bem como os motivos e as
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas
circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja
sujeitas, por ato do Poder Público, a regime especial de uso;
suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime.
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se
humanos;
refere este artigo terão a mesma duração da pena privativa
g) em período de defeso à fauna;
de liberdade substituída.
h) em domingos ou feriados;
Art. 8º As penas restritivas de direito são:
i) à noite;
I - prestação de serviços à comunidade;
j) em épocas de seca ou inundações;
II - interdição temporária de direitos;
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido;
III - suspensão parcial ou total de atividades;
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura
IV - prestação pecuniária;
de animais;
V - recolhimento domiciliar.
n) mediante fraude ou abuso de confiança;
Art. 9º A prestação de serviços à comunidade consiste na
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou
atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a
autorização ambiental;
parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, no
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou
caso de dano da coisa particular, pública ou tombada, na
parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada por
restauração desta, se possível.
incentivos fiscais;
Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios
proibição de o condenado contratar com o Poder Público, de
oficiais das autoridades competentes;
receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios,
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas
bem como de participar de licitações, pelo prazo de cinco
funções.
anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes
Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão
culposos.
condicional da pena pode ser aplicada nos casos de
Art. 11. A suspensão de atividades será aplicada quando
condenação a pena privativa de liberdade não superior a três
estas não estiverem obedecendo às prescrições legais.
anos.
Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento em
Art. 17. A verificação da reparação a que se refere o § 2º do
dinheiro à vítima ou à entidade pública ou privada com fim
art. 78 do Código Penal será feita mediante laudo de
social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um
reparação do dano ambiental, e as condições a serem
salário mínimo nem superior a trezentos e sessenta salários
impostas pelo juiz deverão relacionar-se com a proteção ao
mínimos. O valor pago será deduzido do montante de
meio ambiente.
eventual reparação civil a que for condenado o infrator.
Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do
Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na
Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda que aplicada no
autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado,
valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo
que deverá, sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou
em vista o valor da vantagem econômica auferida.
exercer atividade autorizada, permanecendo recolhido nos
Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre
dias e horários de folga em residência ou em qualquer local
que possível, fixará o montante do prejuízo causado para
destinado a sua moradia habitual, conforme estabelecido na
efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa.
sentença condenatória.
Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou no
Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena:
juízo cível poderá ser aproveitada no processo penal,
I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;
instaurando-se o contraditório.

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Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos
possível, fixará o valor mínimo para reparação dos danos habilitados. (Redação dada pela Lei nº 13.052, de 2014)
causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos § 2o Até que os animais sejam entregues às instituições
pelo ofendido ou pelo meio ambiente. mencionadas no § 1o deste artigo, o órgão autuante zelará
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença para que eles sejam mantidos em condições adequadas de
condenatória, a execução poderá efetuar-se pelo valor acondicionamento e transporte que garantam o seu bem-
fixado nos termos do caput, sem prejuízo da liquidação para estar físico. (Redação dada pela Lei nº 13.052, de 2014)
apuração do dano efetivamente sofrido. § 3º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão
Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou estes avaliados e doados a instituições científicas,
alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com o hospitalares, penais e outras com fins beneficentes.
disposto no art. 3º, são: (Renumerando do §2º para §3º pela Lei nº 13.052, de 2014)
I - multa; § 4° Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis
II - restritivas de direitos; serão destruídos ou doados a instituições científicas,
III - prestação de serviços à comunidade. culturais ou educacionais. (Renumerando do §3º para §4º
Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica pela Lei nº 13.052, de 2014)
são: § 5º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão
I - suspensão parcial ou total de atividades; vendidos, garantida a sua descaracterização por meio da
II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou reciclagem. (Renumerando do §4º para §5º pela Lei nº
atividade; 13.052, de 2014)
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como
CAPÍTULO IV
dele obter subsídios, subvenções ou doações.
DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL
§ 1º A suspensão de atividades será aplicada quando estas
não estiverem obedecendo às disposições legais ou Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação
regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente. penal é pública incondicionada.
§ 2º A interdição será aplicada quando o estabelecimento, Parágrafo único. (VETADO)
obra ou atividade estiver funcionando sem a devida Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo,
autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de
violação de disposição legal ou regulamentar. direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26
§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele de setembro de 1995, somente poderá ser formulada desde
obter subsídios, subvenções ou doações não poderá exceder que tenha havido a prévia composição do dano ambiental,
o prazo de dez anos. de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de
Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa comprovada impossibilidade.
jurídica consistirá em: Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº 9.099, de 26 de
I - custeio de programas e de projetos ambientais; setembro de 1995, aplicam-se aos crimes de menor
II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas; potencial ofensivo definidos nesta Lei, com as seguintes
III - manutenção de espaços públicos; modificações:
IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais I - a declaração de extinção de punibilidade, de que trata o §
públicas. 5° do artigo referido no caput, dependerá de laudo de
Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, constatação de reparação do dano ambiental, ressalvada a
preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou impossibilidade prevista no inciso I do § 1° do mesmo artigo;
ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada II - na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter
sua liquidação forçada, seu patrimônio será considerado sido completa a reparação, o prazo de suspensão do
instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo processo será prorrogado, até o período máximo previsto no
Penitenciário Nacional. artigo referido no caput, acrescido de mais um ano, com
suspensão do prazo da prescrição;
CAPÍTULO III
III - no período de prorrogação, não se aplicarão as
DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO
condições dos incisos II, III e IV do § 1° do artigo mencionado
DE INFRAÇÃO
no caput;
ADMINISTRATIVA OU DE CRIME
IV - findo o prazo de prorrogação, proceder-se-á à lavratura
Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus de novo laudo de constatação de reparação do dano
produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos autos. ambiental, podendo, conforme seu resultado, ser
§ 1o Os animais serão prioritariamente libertados em novamente prorrogado o período de suspensão, até o
seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não máximo previsto no inciso II deste artigo, observado o
recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins disposto no inciso III;
zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para V - esgotado o prazo máximo de prorrogação, a declaração
de extinção de punibilidade dependerá de laudo de

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constatação que comprove ter o acusado tomado as Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
providências necessárias à reparação integral do dano. § 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência
dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins
CAPÍTULO V
didáticos ou científicos, quando existirem recursos
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE
alternativos.
SEÇÃO I
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre
DOS CRIMES CONTRA A FAUNA
morte do animal.
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento
da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática
devida permissão, licença ou autorização da autoridade existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas
competente, ou em desacordo com a obtida: jurisdicionais brasileiras:
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa. Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas
§ 1º Incorre nas mesmas penas: cumulativamente.
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:
autorização ou em desacordo com a obtida; I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou de aqüicultura de domínio público;
criadouro natural; II - quem explora campos naturais de invertebrados
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, aquáticos e algas, sem licença, permissão ou autorização da
tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, autoridade competente;
larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de
migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais,
provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida devidamente demarcados em carta náutica.
permissão, licença ou autorização da autoridade Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou
competente. em lugares interditados por órgão competente:
§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas
considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, as penas cumulativamente.
considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:
§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes
pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer com tamanhos inferiores aos permitidos;
outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante
de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos
território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras. não permitidos;
§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado: III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa
I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca
extinção, ainda que somente no local da infração; proibidas.
II - em período proibido à caça; Art. 35. Pescar mediante a utilização de:
III - durante a noite; I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água,
IV - com abuso de licença; produzam efeito semelhante;
V - em unidade de conservação; II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela
VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de autoridade competente:
provocar destruição em massa. Pena - reclusão de um ano a cinco anos.
§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo
exercício de caça profissional. ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender
§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos,
pesca. moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de
Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies
répteis em bruto, sem a autorização da autoridade ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da
ambiental competente: fauna e da flora.
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:
Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente
técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade ou de sua família;
competente: II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. predatória ou destruidora de animais, desde que legal e
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar expressamente autorizado pela autoridade competente;
animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou III – (VETADO)
exóticos:

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IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
pelo órgão competente. Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção
de seis meses a um ano, e multa.
SEÇÃO II
Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que
DOS CRIMES CONTRA A FLORA
possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de
preservação permanente, mesmo que em formação, ou assentamento humano:
utilizá-la com infringência das normas de proteção: Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
penas cumulativamente. Art. 43. (VETADO)
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou
reduzida à metade. consideradas de preservação permanente, sem prévia
Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de
secundária, em estágio avançado ou médio de regeneração, minerais:
do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
normas de proteção: (Incluído pela Lei nº 11.428, de Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei,
2006). assim classificada por ato do Poder Público, para fins
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração,
ambas as penas cumulativamente. (Incluído pela Lei nº econômica ou não, em desacordo com as determinações
11.428, de 2006). legais:
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa.
reduzida à metade. (Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006). Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou
Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de
preservação permanente, sem permissão da autoridade origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do
competente: vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final
penas cumulativamente. beneficiamento:
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto nº Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende,
99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua expõe à venda, tem em depósito, transporta ou guarda
localização: madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal,
Pena - reclusão, de um a cinco anos. sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do
§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção armazenamento, outorgada pela autoridade competente.
Integral as Estações Ecológicas, as Reservas Biológicas, os Art. 47. (VETADO)
Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de
de Vida Silvestre. (Redação dada pela Lei nº 9.985, de 2000) florestas e demais formas de vegetação:
§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
extinção no interior das Unidades de Conservação de Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer
Proteção Integral será considerada circunstância agravante modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros
para a fixação da pena. (Redação dada pela Lei nº 9.985, de públicos ou em propriedade privada alheia:
2000) Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou
§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. ambas as penas cumulativamente.
Art. 40-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000) Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis
§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Uso meses, ou multa.
Sustentável as Áreas de Proteção Ambiental, as Áreas de Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas
Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais, as ou vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues,
Reservas Extrativistas, as Reservas de Fauna, as Reservas de objeto de especial preservação:
Desenvolvimento Sustentável e as Reservas Particulares do Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Patrimônio Natural. (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000) Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou
§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio
extinção no interior das Unidades de Conservação de Uso público ou devolutas, sem autorização do órgão
Sustentável será considerada circunstância agravante para competente: (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
a fixação da pena. (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000) Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa.
§ 3o Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
(Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000)
Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:

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§ 1o Não é crime a conduta praticada quando necessária à Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos
subsistência imediata pessoal do agente ou de sua família. minerais sem a competente autorização, permissão,
(Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006) concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida:
§ 2o Se a área explorada for superior a 1.000 ha (mil Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
hectares), a pena será aumentada de 1 (um) ano por milhar Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de
de hectare. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006) recuperar a área pesquisada ou explorada, nos termos da
Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas autorização, permissão, licença, concessão ou
e nas demais formas de vegetação, sem licença ou registro determinação do órgão competente.
da autoridade competente: Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar,
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar,
Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica,
substâncias ou instrumentos próprios para caça ou para perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente,
exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou
licença da autoridade competente: nos seus regulamentos:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela
aumentada de um sexto a um terço se:
Lei nº 12.305, de 2010)
I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão
do solo ou a modificação do regime climático; I - abandona os produtos ou substâncias referidos
II - o crime é cometido: no caput ou os utiliza em desacordo com as normas
a) no período de queda das sementes; ambientais ou de segurança; (Incluído pela Lei nº 12.305, de
b) no período de formação de vegetações; 2010)
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta,
que a ameaça ocorra somente no local da infração;
reutiliza, recicla ou dá destinação final a resíduos perigosos
d) em época de seca ou inundação; de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento.
e) durante a noite, em domingo ou feriado. (Incluído pela Lei nº 12.305, de 2010)
SEÇÃO III § 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa,
DA POLUIÇÃO E OUTROS CRIMES AMBIENTAIS a pena é aumentada de um sexto a um terço.
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais § 3º Se o crime é culposo:
que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição Art. 57. (VETADO)
significativa da flora: Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as penas
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. serão aumentadas:
§ 1º Se o crime é culposo: I - de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à flora
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. ou ao meio ambiente em geral;
§ 2º Se o crime: II - de um terço até a metade, se resulta lesão corporal de
I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a natureza grave em outrem;
ocupação humana; III - até o dobro, se resultar a morte de outrem.
II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo
ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, somente serão aplicadas se do fato não resultar crime mais
ou que cause danos diretos à saúde da população; grave.
III - causar poluição hídrica que torne necessária a Art. 59. (VETADO)
interrupção do abastecimento público de água de uma Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer
comunidade; funcionar, em qualquer parte do território nacional,
IV - dificultar ou impedir o uso público das praias; estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente
V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos
gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em ambientais competentes, ou contrariando as normas legais
desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou e regulamentares pertinentes:
regulamentos: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as
Pena - reclusão, de um a cinco anos. penas cumulativamente.
§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que
anterior quem deixar de adotar, quando assim o exigir a possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à flora
autoridade competente, medidas de precaução em caso de ou aos ecossistemas:
risco de dano ambiental grave ou irreversível. Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

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SEÇÃO IV Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.


DOS CRIMES CONTRA O ORDENAMENTO URBANO E O Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização
PATRIMÔNIO CULTURAL ou permissão em desacordo com as normas ambientais,
para as atividades, obras ou serviços cuja realização
Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar:
depende de ato autorizativo do Poder Público:
I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
ou decisão judicial;
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três
II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca,
meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa.
instalação científica ou similar protegido por lei, ato
Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual
administrativo ou decisão judicial:
de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
ambiental:
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três
Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local
meses a um ano, sem prejuízo da multa.
especialmente protegido por lei, ato administrativo ou
Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder
decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico,
Público no trato de questões ambientais:
ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso,
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização
Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licenciamento,
da autoridade competente ou em desacordo com a
concessão florestal ou qualquer outro procedimento
concedida:
administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por
Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no
omissão: (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
seu entorno, assim considerado em razão de seu valor
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído
paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico,
pela Lei nº 11.284, de 2006)
cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou
§ 1o Se o crime é culposo: (Incluído pela Lei nº 11.284, de
monumental, sem autorização da autoridade competente
2006)
ou em desacordo com a concedida:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela Lei
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
nº 11.284, de 2006)
Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou § 2o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços),
monumento urbano: (Redação dada pela Lei nº 12.408, de se há dano significativo ao meio ambiente, em decorrência
2011) do uso da informação falsa, incompleta ou enganosa.
(Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 12.408, de 2011) CAPÍTULO VI
o DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA
§ 1 Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada
em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental
a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção e multa. toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso,
(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 12.408, de gozo, promoção, proteção e recuperação do meio
2011) ambiente.
§ 1º São autoridades competentes para lavrar auto de
§ 2o Não constitui crime a prática de grafite realizada com o
infração ambiental e instaurar processo administrativo os
objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado
funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema
mediante manifestação artística, desde que consentida pelo
Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as
proprietário e, quando couber, pelo locatário ou
atividades de fiscalização, bem como os agentes das
arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com
Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.
a autorização do órgão competente e a observância das
§ 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental,
posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos
poderá dirigir representação às autoridades relacionadas no
governamentais responsáveis pela preservação e
parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de
conservação do patrimônio histórico e artístico nacional.
polícia.
(Incluído pela Lei nº 12.408, de 2011)
§ 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de
SEÇÃO V infração ambiental é obrigada a promover a sua apuração
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL imediata, mediante processo administrativo próprio, sob
Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou pena de co-responsabilidade.
enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou dados § 4º As infrações ambientais são apuradas em processo
técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de administrativo próprio, assegurado o direito de ampla
licenciamento ambiental:

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defesa e o contraditório, observadas as disposições desta estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições
Lei. legais ou regulamentares.
Art. 71. O processo administrativo para apuração de infração § 8º As sanções restritivas de direito são:
ambiental deve observar os seguintes prazos máximos: I - suspensão de registro, licença ou autorização;
I - vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação II - cancelamento de registro, licença ou autorização;
contra o auto de infração, contados da data da ciência da III - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;
autuação; IV - perda ou suspensão da participação em linhas de
II - trinta dias para a autoridade competente julgar o auto de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito;
infração, contados da data da sua lavratura, apresentada ou V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo
não a defesa ou impugnação; período de até três anos.
III - vinte dias para o infrator recorrer da decisão Art. 73. Os valores arrecadados em pagamento de multas
condenatória à instância superior do Sistema Nacional do por infração ambiental serão revertidos ao Fundo Nacional
Meio Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e do Meio Ambiente, criado pela Lei nº 7.797, de 10 de julho de
Costas, do Ministério da Marinha, de acordo com o tipo de 1989, Fundo Naval, criado pelo Decreto nº 20.923, de 8 de
autuação; janeiro de 1932, fundos estaduais ou municipais de meio
IV – cinco dias para o pagamento de multa, contados da data ambiente, ou correlatos, conforme dispuser o órgão
do recebimento da notificação. arrecadador.
Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as Art. 74. A multa terá por base a unidade, hectare, metro
seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º: cúbico, quilograma ou outra medida pertinente, de acordo
I - advertência; com o objeto jurídico lesado.
II - multa simples; Art. 75. O valor da multa de que trata este Capítulo será
III - multa diária; fixado no regulamento desta Lei e corrigido
IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da periodicamente, com base nos índices estabelecidos na
fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou legislação pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00
veículos de qualquer natureza utilizados na infração; (cinqüenta reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00
V - destruição ou inutilização do produto; (cinqüenta milhões de reais).
VI - suspensão de venda e fabricação do produto; Art. 76. O pagamento de multa imposta pelos Estados,
VII - embargo de obra ou atividade; Municípios, Distrito Federal ou Territórios substitui a multa
VIII - demolição de obra; federal na mesma hipótese de incidência.
IX - suspensão parcial ou total de atividades;
CAPÍTULO VII
X – (VETADO)
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PARA A
XI - restritiva de direitos.
PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
§ 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais
infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as Art. 77. Resguardados a soberania nacional, a ordem pública
sanções a elas cominadas. e os bons costumes, o Governo brasileiro prestará, no que
§ 2º A advertência será aplicada pela inobservância das concerne ao meio ambiente, a necessária cooperação a
disposições desta Lei e da legislação em vigor, ou de outro país, sem qualquer ônus, quando solicitado para:
preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções I - produção de prova;
previstas neste artigo. II - exame de objetos e lugares;
§ 3º A multa simples será aplicada sempre que o agente, por III - informações sobre pessoas e coisas;
negligência ou dolo: IV - presença temporária da pessoa presa, cujas declarações
I - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, tenham relevância para a decisão de uma causa;
deixar de saná-las, no prazo assinalado por órgão V - outras formas de assistência permitidas pela legislação
competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do em vigor ou pelos tratados de que o Brasil seja parte.
Ministério da Marinha; § 1° A solicitação de que trata este artigo será dirigida ao
II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA Ministério da Justiça, que a remeterá, quando necessário, ao
ou da Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha. órgão judiciário competente para decidir a seu respeito, ou
§ 4° A multa simples pode ser convertida em serviços de a encaminhará à autoridade capaz de atendê-la.
preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio § 2º A solicitação deverá conter:
ambiente. I - o nome e a qualificação da autoridade solicitante;
§ 5º A multa diária será aplicada sempre que o cometimento II - o objeto e o motivo de sua formulação;
da infração se prolongar no tempo. III - a descrição sumária do procedimento em curso no país
§ 6º A apreensão e destruição referidas nos incisos IV e V solicitante;
do caput obedecerão ao disposto no art. 25 desta Lei. IV - a especificação da assistência solicitada;
§ 7º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do caput serão V - a documentação indispensável ao seu esclarecimento,
aplicadas quando o produto, a obra, a atividade ou o quando for o caso.

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Art. 78. Para a consecução dos fins visados nesta Lei e considerados efetiva ou potencialmente poluidores, a
especialmente para a reciprocidade da cooperação assinatura do termo de compromisso deverá ser requerida
internacional, deve ser mantido sistema de comunicações pelas pessoas físicas e jurídicas interessadas, até o dia 31 de
apto a facilitar o intercâmbio rápido e seguro de dezembro de 1998, mediante requerimento escrito
informações com órgãos de outros países. protocolizado junto aos órgãos competentes do SISNAMA,
devendo ser firmado pelo dirigente máximo do
CAPÍTULO VIII
estabelecimento. (Redação dada pela Medida Provisória nº
DISPOSIÇÕES FINAIS
2.163-41, de 2001)
Art. 79. Aplicam-se subsidiariamente a esta Lei as § 3o Da data da protocolização do requerimento previsto no
disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal. § 2o e enquanto perdurar a vigência do correspondente
Art. 79-A. Para o cumprimento do disposto nesta Lei, os termo de compromisso, ficarão suspensas, em relação aos
órgãos ambientais integrantes do SISNAMA, responsáveis fatos que deram causa à celebração do instrumento, a
pela execução de programas e projetos e pelo controle e aplicação de sanções administrativas contra a pessoa física
fiscalização dos estabelecimentos e das atividades ou jurídica que o houver firmado. (Redação dada pela
suscetíveis de degradarem a qualidade ambiental, ficam Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001)
autorizados a celebrar, com força de título executivo § 4o A celebração do termo de compromisso de que trata
extrajudicial, termo de compromisso com pessoas físicas ou este artigo não impede a execução de eventuais multas
jurídicas responsáveis pela construção, instalação, aplicadas antes da protocolização do requerimento.
ampliação e funcionamento de estabelecimentos e (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001)
atividades utilizadores de recursos ambientais, § 5o Considera-se rescindido de pleno direito o termo de
considerados efetiva ou potencialmente poluidores. compromisso, quando descumprida qualquer de suas
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) cláusulas, ressalvado o caso fortuito ou de força maior.
§ 1o O termo de compromisso a que se refere este artigo (Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001)
destinar-se-á, exclusivamente, a permitir que as pessoas § 6o O termo de compromisso deverá ser firmado em até
físicas e jurídicas mencionadas no caput possam promover noventa dias, contados da protocolização do requerimento.
as necessárias correções de suas atividades, para o (Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001)
atendimento das exigências impostas pelas autoridades § 7o O requerimento de celebração do termo de
ambientais competentes, sendo obrigatório que o compromisso deverá conter as informações necessárias à
respectivo instrumento disponha sobre: (Redação dada pela verificação da sua viabilidade técnica e jurídica, sob pena de
Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) indeferimento do plano. (Incluído pela Medida Provisória nº
I - o nome, a qualificação e o endereço das partes 2.163-41, de 2001)
compromissadas e dos respectivos representantes legais; § 8o Sob pena de ineficácia, os termos de compromisso
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) deverão ser publicados no órgão oficial competente,
II - o prazo de vigência do compromisso, que, em função da mediante extrato. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-
complexidade das obrigações nele fixadas, poderá variar 41, de 2001)
entre o mínimo de noventa dias e o máximo de três anos, Art. 80. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo
com possibilidade de prorrogação por igual período; de noventa dias a contar de sua publicação.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) Art. 81. (VETADO)
III - a descrição detalhada de seu objeto, o valor do Art. 82. Revogam-se as disposições em contrário.
investimento previsto e o cronograma físico de execução e Brasília, 12 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e
de implantação das obras e serviços exigidos, com metas 110º da República.
trimestrais a serem atingidas; (Redação dada pela Medida FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Provisória nº 2.163-41, de 2001) Gustavo Krause
IV - as multas que podem ser aplicadas à pessoa física ou Este texto não substitui o publicado no DOU de 13.2.1998
jurídica compromissada e os casos de rescisão, em e retificado em 17.2.1998
decorrência do não-cumprimento das obrigações nele
pactuadas; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.163-
41, de 2001)
Lei nº 9.099/1995
V - o valor da multa de que trata o inciso IV não poderá ser
superior ao valor do investimento previsto; (Redação dada Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá
pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) outras providências.
VI - o foro competente para dirimir litígios entre as partes.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
§ 2o No tocante aos empreendimentos em curso até o dia 30 Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
de março de 1998, envolvendo construção, instalação,
ampliação e funcionamento de estabelecimentos e
atividades utilizadores de recursos ambientais,
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CAPÍTULO I Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá a ação ser


DISPOSIÇÕES GERAIS proposta no foro previsto no inciso I deste artigo.
Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, órgãos da SEÇÃO II
Justiça Ordinária, serão criados pela União, no Distrito DO JUIZ, DOS CONCILIADORES E DOS JUÍZES LEIGOS
Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para conciliação,
Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liberdade para
processo, julgamento e execução, nas causas de sua
determinar as provas a serem produzidas, para apreciá-las e
competência.
para dar especial valor às regras de experiência comum ou
Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, técnica.
simplicidade, informalidade, economia processual e
Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a decisão que reputar
celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou
mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e às
a transação.
exigências do bem comum.
CAPÍTULO II
Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares da
DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS
Justiça, recrutados, os primeiros, preferentemente, entre os
SEÇÃO I
bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados com
DA COMPETÊNCIA
mais de cinco anos de experiência.
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para
Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão impedidos de
conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de
exercer a advocacia perante os Juizados Especiais, enquanto
menor complexidade, assim consideradas:
no desempenho de suas funções.
I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário
SEÇÃO III
mínimo;
DAS PARTES
II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de
Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por
Processo Civil;
esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito
III - a ação de despejo para uso próprio; público, as empresas públicas da União, a massa falida e o
insolvente civil.
IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não
excedente ao fixado no inciso I deste artigo. § 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o
Juizado Especial: (Redação dada pela Lei nº 12.126, de
§ 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução:
2009)
I - dos seus julgados;
I - as pessoas físicas capazes, excluídos os cessionários de
II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até direito de pessoas jurídicas; (Incluído pela Lei nº 12.126,
quarenta vezes o salário mínimo, observado o disposto no § de 2009)
1º do art. 8º desta Lei.
II - as pessoas enquadradas como microempreendedores
§ 2º Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as individuais, microempresas e empresas de pequeno porte
causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de na forma da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro
interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a de 2006; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de
acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade 2014)
das pessoas, ainda que de cunho patrimonial.
III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da
§ 3º A opção pelo procedimento previsto nesta Lei importará Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Lei
em renúncia ao crédito excedente ao limite estabelecido no 9.790, de 23 de março de 1999; (Incluído pela Lei nº
neste artigo, excetuada a hipótese de conciliação. 12.126, de 2009)
Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor, nos
Juizado do foro: termos do art. 1o da Lei no 10.194, de 14 de fevereiro de
2001. (Incluído pela Lei nº 12.126, de 2009)
I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde
aquele exerça atividades profissionais ou econômicas ou § 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor,
mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou independentemente de assistência, inclusive para fins de
escritório; conciliação.
II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita; Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as
partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas
III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas
por advogado; nas de valor superior, a assistência é
ações para reparação de dano de qualquer natureza.
obrigatória.

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§ 1º Sendo facultativa a assistência, se uma das partes § 1º Do pedido constarão, de forma simples e em linguagem
comparecer assistida por advogado, ou se o réu for pessoa acessível:
jurídica ou firma individual, terá a outra parte, se quiser,
I - o nome, a qualificação e o endereço das partes;
assistência judiciária prestada por órgão instituído junto ao
Juizado Especial, na forma da lei local. II - os fatos e os fundamentos, de forma sucinta;
§ 2º O Juiz alertará as partes da conveniência do patrocínio III - o objeto e seu valor.
por advogado, quando a causa o recomendar.
§ 2º É lícito formular pedido genérico quando não for
§ 3º O mandato ao advogado poderá ser verbal, salvo quanto possível determinar, desde logo, a extensão da obrigação.
aos poderes especiais.
§ 3º O pedido oral será reduzido a escrito pela Secretaria do
§ 4o O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma Juizado, podendo ser utilizado o sistema de fichas ou
individual, poderá ser representado por preposto formulários impressos.
credenciado, munido de carta de preposição com poderes
Art. 15. Os pedidos mencionados no art. 3º desta Lei
para transigir, sem haver necessidade de vínculo
poderão ser alternativos ou cumulados; nesta última
empregatício.(Redação dada pela Lei nº 12.137, de 2009)
hipótese, desde que conexos e a soma não ultrapasse o
Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de limite fixado naquele dispositivo.
intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o
Art. 16. Registrado o pedido, independentemente de
litisconsórcio.
distribuição e autuação, a Secretaria do Juizado designará a
Art. 11. O Ministério Público intervirá nos casos previstos em sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de quinze dias.
lei.
Art. 17. Comparecendo inicialmente ambas as partes,
SEÇÃO IV instaurar-se-á, desde logo, a sessão de conciliação,
DOS ATOS PROCESSUAIS dispensados o registro prévio de pedido e a citação.
Art. 12. Os atos processuais serão públicos e poderão Parágrafo único. Havendo pedidos contrapostos, poderá ser
realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as dispensada a contestação formal e ambos serão apreciados
normas de organização judiciária. na mesma sentença.
Art. 12-A. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por SEÇÃO VI
lei ou pelo juiz, para a prática de qualquer ato processual, DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES
inclusive para a interposição de recursos, computar-se-ão
Art. 18. A citação far-se-á:
somente os dias úteis. (Incluído pela Lei nº 13.728, de 2018)
I - por correspondência, com aviso de recebimento em mão
Art. 13. Os atos processuais serão válidos sempre que
própria;
preencherem as finalidades para as quais forem realizados,
atendidos os critérios indicados no art. 2º desta Lei. II - tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual,
mediante entrega ao encarregado da recepção, que será
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha
obrigatoriamente identificado;
havido prejuízo.
III - sendo necessário, por oficial de justiça,
§ 2º A prática de atos processuais em outras comarcas
independentemente de mandado ou carta precatória.
poderá ser solicitada por qualquer meio idôneo de
comunicação. § 1º A citação conterá cópia do pedido inicial, dia e hora para
comparecimento do citando e advertência de que, não
§ 3º Apenas os atos considerados essenciais serão
comparecendo este, considerar-se-ão verdadeiras as
registrados resumidamente, em notas manuscritas,
alegações iniciais, e será proferido julgamento, de plano.
datilografadas, taquigrafadas ou estenotipadas. Os demais
atos poderão ser gravados em fita magnética ou § 2º Não se fará citação por edital.
equivalente, que será inutilizada após o trânsito em julgado
§ 3º O comparecimento espontâneo suprirá a falta ou
da decisão.
nulidade da citação.
§ 4º As normas locais disporão sobre a conservação das
Art. 19. As intimações serão feitas na forma prevista para
peças do processo e demais documentos que o instruem.
citação, ou por qualquer outro meio idôneo de
SEÇÃO V comunicação.
DO PEDIDO
§ 1º Dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão
Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apresentação do desde logo cientes as partes.
pedido, escrito ou oral, à Secretaria do Juizado.
§ 2º As partes comunicarão ao juízo as mudanças de
endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se
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eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente Art. 29. Serão decididos de plano todos os incidentes que
indicado, na ausência da comunicação. possam interferir no regular prosseguimento da audiência.
As demais questões serão decididas na sentença.
SEÇÃO VII
DA REVELIA Parágrafo único. Sobre os documentos apresentados por
uma das partes, manifestar-se-á imediatamente a parte
Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de
contrária, sem interrupção da audiência.
conciliação ou à audiência de instrução e julgamento,
reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido SEÇÃO X
inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do Juiz. DA RESPOSTA DO RÉU
SEÇÃO VIII Art. 30. A contestação, que será oral ou escrita, conterá toda
DA CONCILIAÇÃO E DO JUÍZO ARBITRAL matéria de defesa, exceto argüição de suspeição ou
impedimento do Juiz, que se processará na forma da
Art. 21. Aberta a sessão, o Juiz togado ou leigo esclarecerá
legislação em vigor.
as partes presentes sobre as vantagens da conciliação,
mostrando-lhes os riscos e as conseqüências do litígio, Art. 31. Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na
especialmente quanto ao disposto no § 3º do art. 3º desta contestação, formular pedido em seu favor, nos limites do
Lei. art. 3º desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos que
constituem objeto da controvérsia.
Art. 22. A conciliação será conduzida pelo Juiz togado ou
leigo ou por conciliador sob sua orientação. Parágrafo único. O autor poderá responder ao pedido do réu
na própria audiência ou requerer a designação da nova data,
Parágrafo único. Obtida a conciliação, esta será reduzida a
que será desde logo fixada, cientes todos os presentes.
escrito e homologada pelo Juiz togado, mediante sentença
com eficácia de título executivo. SEÇÃO XI
DAS PROVAS
Art. 23. Não comparecendo o demandado, o Juiz togado
proferirá sentença. Art. 32. Todos os meios de prova moralmente legítimos,
ainda que não especificados em lei, são hábeis para provar a
Art. 24. Não obtida a conciliação, as partes poderão optar,
veracidade dos fatos alegados pelas partes.
de comum acordo, pelo juízo arbitral, na forma prevista
nesta Lei. Art. 33. Todas as provas serão produzidas na audiência de
instrução e julgamento, ainda que não requeridas
§ 1º O juízo arbitral considerar-se-á instaurado,
previamente, podendo o Juiz limitar ou excluir as que
independentemente de termo de compromisso, com a
considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias.
escolha do árbitro pelas partes. Se este não estiver presente,
o Juiz convocá-lo-á e designará, de imediato, a data para a Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para cada
audiência de instrução. parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento
levadas pela parte que as tenha arrolado,
§ 2º O árbitro será escolhido dentre os juízes leigos.
independentemente de intimação, ou mediante esta, se
Art. 25. O árbitro conduzirá o processo com os mesmos assim for requerido.
critérios do Juiz, na forma dos arts. 5º e 6º desta Lei,
§ 1º O requerimento para intimação das testemunhas será
podendo decidir por eqüidade.
apresentado à Secretaria no mínimo cinco dias antes da
Art. 26. Ao término da instrução, ou nos cinco dias audiência de instrução e julgamento.
subseqüentes, o árbitro apresentará o laudo ao Juiz togado
§ 2º Não comparecendo a testemunha intimada, o Juiz
para homologação por sentença irrecorrível.
poderá determinar sua imediata condução, valendo-se, se
SEÇÃO IX necessário, do concurso da força pública.
DA INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
Art. 35. Quando a prova do fato exigir, o Juiz poderá inquirir
Art. 27. Não instituído o juízo arbitral, proceder-se-á técnicos de sua confiança, permitida às partes a
imediatamente à audiência de instrução e julgamento, apresentação de parecer técnico.
desde que não resulte prejuízo para a defesa.
Parágrafo único. No curso da audiência, poderá o Juiz, de
Parágrafo único. Não sendo possível a sua realização ofício ou a requerimento das partes, realizar inspeção em
imediata, será a audiência designada para um dos quinze pessoas ou coisas, ou determinar que o faça pessoa de sua
dias subseqüentes, cientes, desde logo, as partes e confiança, que lhe relatará informalmente o verificado.
testemunhas eventualmente presentes.
Art. 36. A prova oral não será reduzida a escrito, devendo a
Art. 28. Na audiência de instrução e julgamento serão sentença referir, no essencial, os informes trazidos nos
ouvidas as partes, colhida a prova e, em seguida, proferida a depoimentos.
sentença.
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Art. 37. A instrução poderá ser dirigida por Juiz leigo, sob a SEÇÃO XIII
supervisão de Juiz togado. DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
SEÇÃO XII Art. 48. Caberão embargos de declaração contra sentença
DA SENTENÇA ou acórdão nos casos previstos no Código de Processo
Civil. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de
Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção
2015) (Vigência)
do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos
em audiência, dispensado o relatório. Parágrafo único. Os erros materiais podem ser corrigidos de
ofício.
Parágrafo único. Não se admitirá sentença condenatória por
quantia ilíquida, ainda que genérico o pedido. Art. 49. Os embargos de declaração serão interpostos por
escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da
Art. 39. É ineficaz a sentença condenatória na parte que
ciência da decisão.
exceder a alçada estabelecida nesta Lei.
Art. 50. Os embargos de declaração interrompem o prazo
Art. 40. O Juiz leigo que tiver dirigido a instrução proferirá
para a interposição de recurso. (Redação dada pela Lei nº
sua decisão e imediatamente a submeterá ao Juiz togado,
13.105, de 2015) (Vigência)
que poderá homologá-la, proferir outra em substituição ou,
antes de se manifestar, determinar a realização de atos SEÇÃO XIV
probatórios indispensáveis. DA EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO
MÉRITO
Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de
conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o próprio Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em
Juizado. lei:
§ 1º O recurso será julgado por uma turma composta por três I - quando o autor deixar de comparecer a qualquer das
Juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição, audiências do processo;
reunidos na sede do Juizado.
II - quando inadmissível o procedimento instituído por esta
§ 2º No recurso, as partes serão obrigatoriamente Lei ou seu prosseguimento, após a conciliação;
representadas por advogado.
III - quando for reconhecida a incompetência territorial;
Art. 42. O recurso será interposto no prazo de dez dias,
IV - quando sobrevier qualquer dos impedimentos previstos
contados da ciência da sentença, por petição escrita, da qual
no art. 8º desta Lei;
constarão as razões e o pedido do recorrente.
V - quando, falecido o autor, a habilitação depender de
§ 1º O preparo será feito, independentemente de intimação,
sentença ou não se der no prazo de trinta dias;
nas quarenta e oito horas seguintes à interposição, sob pena
de deserção. VI - quando, falecido o réu, o autor não promover a citação
dos sucessores no prazo de trinta dias da ciência do fato.
§ 2º Após o preparo, a Secretaria intimará o recorrido para
oferecer resposta escrita no prazo de dez dias. § 1º A extinção do processo independerá, em qualquer
hipótese, de prévia intimação pessoal das partes.
Art. 43. O recurso terá somente efeito devolutivo, podendo
o Juiz dar-lhe efeito suspensivo, para evitar dano irreparável § 2º No caso do inciso I deste artigo, quando comprovar que
para a parte. a ausência decorre de força maior, a parte poderá ser
isentada, pelo Juiz, do pagamento das custas.
Art. 44. As partes poderão requerer a transcrição da
gravação da fita magnética a que alude o § 3º do art. 13 desta SEÇÃO XV
Lei, correndo por conta do requerente as despesas DA EXECUÇÃO
respectivas.
Art. 52. A execução da sentença processar-se-á no próprio
Art. 45. As partes serão intimadas da data da sessão de Juizado, aplicando-se, no que couber, o disposto no Código
julgamento. de Processo Civil, com as seguintes alterações:
Art. 46. O julgamento em segunda instância constará I - as sentenças serão necessariamente líquidas, contendo a
apenas da ata, com a indicação suficiente do processo, conversão em Bônus do Tesouro Nacional - BTN ou índice
fundamentação sucinta e parte dispositiva. Se a sentença equivalente;
for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do
II - os cálculos de conversão de índices, de honorários, de
julgamento servirá de acórdão.
juros e de outras parcelas serão efetuados por servidor
Art. 47. (VETADO) judicial;

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III - a intimação da sentença será feita, sempre que possível, outras medidas cabíveis, o pagamento do débito a prazo ou
na própria audiência em que for proferida. Nessa intimação, a prestação, a dação em pagamento ou a imediata
o vencido será instado a cumprir a sentença tão logo ocorra adjudicação do bem penhorado.
seu trânsito em julgado, e advertido dos efeitos do seu
§ 3º Não apresentados os embargos em audiência, ou
descumprimento (inciso V);
julgados improcedentes, qualquer das partes poderá
IV - não cumprida voluntariamente a sentença transitada requerer ao Juiz a adoção de uma das alternativas do
em julgado, e tendo havido solicitação do interessado, que parágrafo anterior.
poderá ser verbal, proceder-se-á desde logo à execução,
§ 4º Não encontrado o devedor ou inexistindo bens
dispensada nova citação;
penhoráveis, o processo será imediatamente extinto,
V - nos casos de obrigação de entregar, de fazer, ou de não devolvendo-se os documentos ao autor.
fazer, o Juiz, na sentença ou na fase de execução, cominará
SEÇÃO XVI
multa diária, arbitrada de acordo com as condições
DAS DESPESAS
econômicas do devedor, para a hipótese de
inadimplemento. Não cumprida a obrigação, o credor Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em
poderá requerer a elevação da multa ou a transformação da primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas, taxas
condenação em perdas e danos, que o Juiz de imediato ou despesas.
arbitrará, seguindo-se a execução por quantia certa, incluída
Parágrafo único. O preparo do recurso, na forma do § 1º do
a multa vencida de obrigação de dar, quando evidenciada a
art. 42 desta Lei, compreenderá todas as despesas
malícia do devedor na execução do julgado;
processuais, inclusive aquelas dispensadas em primeiro grau
VI - na obrigação de fazer, o Juiz pode determinar o de jurisdição, ressalvada a hipótese de assistência judiciária
cumprimento por outrem, fixado o valor que o devedor deve gratuita.
depositar para as despesas, sob pena de multa diária;
Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará o
VII - na alienação forçada dos bens, o Juiz poderá autorizar o vencido em custas e honorários de advogado, ressalvados os
devedor, o credor ou terceira pessoa idônea a tratar da casos de litigância de má-fé. Em segundo grau, o recorrente,
alienação do bem penhorado, a qual se aperfeiçoará em vencido, pagará as custas e honorários de advogado, que
juízo até a data fixada para a praça ou leilão. Sendo o preço serão fixados entre dez por cento e vinte por cento do valor
inferior ao da avaliação, as partes serão ouvidas. Se o de condenação ou, não havendo condenação, do valor
pagamento não for à vista, será oferecida caução idônea, corrigido da causa.
nos casos de alienação de bem móvel, ou hipotecado o
Parágrafo único. Na execução não serão contadas custas,
imóvel;
salvo quando:
VIII - é dispensada a publicação de editais em jornais,
I - reconhecida a litigância de má-fé;
quando se tratar de alienação de bens de pequeno valor;
II - improcedentes os embargos do devedor;
IX - o devedor poderá oferecer embargos, nos autos da
execução, versando sobre: III - tratar-se de execução de sentença que tenha sido objeto
de recurso improvido do devedor.
a) falta ou nulidade da citação no processo, se ele correu à
revelia; SEÇÃO XVII
DISPOSIÇÕES FINAIS
b) manifesto excesso de execução;
Art. 56. Instituído o Juizado Especial, serão implantadas as
c) erro de cálculo;
curadorias necessárias e o serviço de assistência judiciária.
d) causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação,
Art. 57. O acordo extrajudicial, de qualquer natureza ou
superveniente à sentença.
valor, poderá ser homologado, no juízo competente,
Art. 53. A execução de título executivo extrajudicial, no valor independentemente de termo, valendo a sentença como
de até quarenta salários mínimos, obedecerá ao disposto no título executivo judicial.
Código de Processo Civil, com as modificações introduzidas
Parágrafo único. Valerá como título extrajudicial o acordo
por esta Lei.
celebrado pelas partes, por instrumento escrito,
§ 1º Efetuada a penhora, o devedor será intimado a referendado pelo órgão competente do Ministério Público.
comparecer à audiência de conciliação, quando poderá
Art. 58. As normas de organização judiciária local poderão
oferecer embargos (art. 52, IX), por escrito ou verbalmente.
estender a conciliação prevista nos arts. 22 e 23 a causas não
§ 2º Na audiência, será buscado o meio mais rápido e eficaz abrangidas por esta Lei.
para a solução do litígio, se possível com dispensa da
Art. 59. Não se admitirá ação rescisória nas causas sujeitas
alienação judicial, devendo o conciliador propor, entre
ao procedimento instituído por esta Lei.
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CAPÍTULO III Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com aviso
DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurídica
DISPOSIÇÕES GERAIS ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da
recepção, que será obrigatoriamente identificado, ou,
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes
sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente
togados ou togados e leigos, tem competência para a
de mandado ou carta precatória, ou ainda por qualquer meio
conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais
idôneo de comunicação.
de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de
conexão e continência. (Redação dada pela Lei nº 11.313, Parágrafo único. Dos atos praticados em audiência
de 2006) considerar-se-ão desde logo cientes as partes, os
interessados e defensores.
Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo
comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato e do mandado
regras de conexão e continência, observar-se-ão os de citação do acusado, constará a necessidade de seu
institutos da transação penal e da composição dos danos comparecimento acompanhado de advogado, com a
civis. (Incluído pela Lei nº 11.313, de 2006) advertência de que, na sua falta, ser-lhe-á designado
defensor público.
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial
ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais SEÇÃO II
e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 DA FASE PRELIMINAR
(dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação dada
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da
pela Lei nº 11.313, de 2006)
ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se- imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima,
á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, providenciando-se as requisições dos exames periciais
economia processual e celeridade, objetivando, sempre que necessários.
possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do
aplicação de pena não privativa de liberdade. (Redação
termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou
dada pela Lei nº 13.603, de 2018)
assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá
SEÇÃO I prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de
DA COMPETÊNCIA E DOS ATOS PROCESSUAIS violência doméstica, o juiz poderá determinar, como
medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou
Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo
local de convivência com a vítima. (Redação dada pela
lugar em que foi praticada a infração penal.
Lei nº 10.455, de 13.5.2002))
Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão
Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a vítima, e não
realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da
sendo possível a realização imediata da audiência
semana, conforme dispuserem as normas de organização
preliminar, será designada data próxima, da qual ambos
judiciária.
sairão cientes.
Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que
Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer dos
preencherem as finalidades para as quais foram realizados,
envolvidos, a Secretaria providenciará sua intimação e, se
atendidos os critérios indicados no art. 62 desta Lei.
for o caso, a do responsável civil, na forma dos arts. 67 e 68
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha desta Lei.
havido prejuízo.
Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante
§ 2º A prática de atos processuais em outras comarcas do Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se
poderá ser solicitada por qualquer meio hábil de possível, o responsável civil, acompanhados por seus
comunicação. advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da
composição dos danos e da aceitação da proposta de
§ 3º Serão objeto de registro escrito exclusivamente os atos
aplicação imediata de pena não privativa de liberdade.
havidos por essenciais. Os atos realizados em audiência de
instrução e julgamento poderão ser gravados em fita Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por
magnética ou equivalente. conciliador sob sua orientação.
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, Parágrafo único. Os conciliadores são auxiliares da Justiça,
sempre que possível, ou por mandado. recrutados, na forma da lei local, preferentemente entre
bacharéis em Direito, excluídos os que exerçam funções na
Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado,
administração da Justiça Criminal.
o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para
adoção do procedimento previsto em lei.

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Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei,
e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato,
terá eficácia de título a ser executado no juízo civil denúncia oral, se não houver necessidade de diligências
competente. imprescindíveis.
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa § 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada
privada ou de ação penal pública condicionada à com base no termo de ocorrência referido no art. 69 desta
representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do
direito de queixa ou representação. exame do corpo de delito quando a materialidade do crime
estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente.
Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será dada
imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o § 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não
direito de representação verbal, que será reduzida a termo. permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público
poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças
Parágrafo único. O não oferecimento da representação na
existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei.
audiência preliminar não implica decadência do direito, que
poderá ser exercido no prazo previsto em lei. § 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser
oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de
complexidade e as circunstâncias do caso determinam a
ação penal pública incondicionada, não sendo caso de
adoção das providências previstas no parágrafo único do art.
arquivamento, o Ministério Público poderá propor a
66 desta Lei.
aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas,
a ser especificada na proposta. Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será reduzida a
termo, entregando-se cópia ao acusado, que com ela ficará
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável,
citado e imediatamente cientificado da designação de dia e
o Juiz poderá reduzi-la até a metade.
hora para a audiência de instrução e julgamento, da qual
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: também tomarão ciência o Ministério Público, o ofendido, o
responsável civil e seus advogados.
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de
crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; § 1º Se o acusado não estiver presente, será citado na forma
dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientificado da data da audiência
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de
de instrução e julgamento, devendo a ela trazer suas
cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos
testemunhas ou apresentar requerimento para intimação,
termos deste artigo;
no mínimo cinco dias antes de sua realização.
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a
§ 2º Não estando presentes o ofendido e o responsável civil,
personalidade do agente, bem como os motivos e as
serão intimados nos termos do art. 67 desta Lei para
circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da
comparecerem à audiência de instrução e julgamento.
medida.
§ 3º As testemunhas arroladas serão intimadas na forma
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor,
prevista no art. 67 desta Lei.
será submetida à apreciação do Juiz.
Art. 79. No dia e hora designados para a audiência de
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo
instrução e julgamento, se na fase preliminar não tiver
autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos
havido possibilidade de tentativa de conciliação e de
ou multa, que não importará em reincidência, sendo
oferecimento de proposta pelo Ministério Público,
registrada apenas para impedir novamente o mesmo
proceder-se-á nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei.
benefício no prazo de cinco anos.
Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando o Juiz,
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a
quando imprescindível, a condução coercitiva de quem deva
apelação referida no art. 82 desta Lei.
comparecer.
§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo
Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor
não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo
para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou
para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá
não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão
efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível
ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa,
no juízo cível.
interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-
SEÇÃO III se imediatamente aos debates orais e à prolação da
DO PROCEDIMENTO SUMARIÍSSIMO sentença.
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não
houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou

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§ 1º Todas as provas serão produzidas na audiência de Art. 86. A execução das penas privativas de liberdade e
instrução e julgamento, podendo o Juiz limitar ou excluir as restritivas de direitos, ou de multa cumulada com estas, será
que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias. processada perante o órgão competente, nos termos da lei.
§ 2º De todo o ocorrido na audiência será lavrado termo, SEÇÃO V
assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo breve resumo DAS DESPESAS PROCESSUAIS
dos fatos relevantes ocorridos em audiência e a sentença.
Art. 87. Nos casos de homologação do acordo civil e
§ 3º A sentença, dispensado o relatório, mencionará os aplicação de pena restritiva de direitos ou multa (arts. 74 e
elementos de convicção do Juiz. 76, § 4º), as despesas processuais serão reduzidas, conforme
dispuser lei estadual.
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da
sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma SEÇÃO VI
composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de DISPOSIÇÕES FINAIS
jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação
§ 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias, especial, dependerá de representação a ação penal relativa
contados da ciência da sentença pelo Ministério Público, aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for
constarão as razões e o pedido do recorrente.
igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o
§ 2º O recorrido será intimado para oferecer resposta escrita Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a
no prazo de dez dias. suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o
acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido
§ 3º As partes poderão requerer a transcrição da gravação da
condenado por outro crime, presentes os demais requisitos
fita magnética a que alude o § 3º do art. 65 desta Lei.
que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do
§ 4º As partes serão intimadas da data da sessão de Código Penal).
julgamento pela imprensa.
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na
§ 5º Se a sentença for confirmada pelos próprios presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá
fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão. suspender o processo, submetendo o acusado a período de
prova, sob as seguintes condições:
Art. 83. Cabem embargos de declaração quando, em
sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição ou I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
omissão. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de
II - proibição de freqüentar determinados lugares;
2015) (Vigência)
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem
§ 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou
autorização do Juiz;
oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da
decisão. IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo,
mensalmente, para informar e justificar suas atividades.
§ 2o Os embargos de declaração interrompem o prazo para
a interposição de recurso. (Redação dada pela Lei nº 13.105, § 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica
de 2015) (Vigência) subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à
situação pessoal do acusado.
§ 3º Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício.
§ 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o
SEÇÃO IV
beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não
DA EXECUÇÃO
efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.
Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa, seu
§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser
cumprimento far-se-á mediante pagamento na Secretaria
processado, no curso do prazo, por contravenção, ou
do Juizado.
descumprir qualquer outra condição imposta.
Parágrafo único. Efetuado o pagamento, o Juiz declarará
§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará
extinta a punibilidade, determinando que a condenação não
extinta a punibilidade.
fique constando dos registros criminais, exceto para fins de
requisição judicial. § 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão
do processo.
Art. 85. Não efetuado o pagamento de multa, será feita a
conversão em pena privativa da liberdade, ou restritiva de § 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste
direitos, nos termos previstos em lei. artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos.

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Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam aos conflitar com esta Lei, o disposto na Lei no 9.099, de 26 de
processos penais cuja instrução já estiver iniciada. (Vide setembro de 1995.
ADIN nº 1.719-9)
Art. 2o Compete ao Juizado Especial Federal Criminal
Art. 90-A. As disposições desta Lei não se aplicam no processar e julgar os feitos de competência da Justiça
âmbito da Justiça Militar. (Artigo incluído pela Lei nº 9.839, Federal relativos às infrações de menor potencial ofensivo,
de 27.9.1999) respeitadas as regras de conexão e continência. (Redação
dada pela Lei nº 11.313, de 2006)
Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir
representação para a propositura da ação penal pública, o Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo
ofendido ou seu representante legal será intimado para comum ou o tribunal do júri, decorrente da aplicação das
oferecê-la no prazo de trinta dias, sob pena de decadência. regras de conexão e continência, observar-se-ão os
institutos da transação penal e da composição dos danos
Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposições dos
civis. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006)
Códigos Penal e de Processo Penal, no que não forem
incompatíveis com esta Lei. Art. 3o Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar,
conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal
CAPÍTULO IV
até o valor de sessenta salários mínimos, bem como
DISPOSIÇÕES FINAIS COMUNS
executar as suas sentenças.
Art. 93. Lei Estadual disporá sobre o Sistema de Juizados
§ 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial
Especiais Cíveis e Criminais, sua organização, composição e
Cível as causas:
competência.
I - referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição
Art. 94. Os serviços de cartório poderão ser prestados, e as
Federal, as ações de mandado de segurança, de
audiências realizadas fora da sede da Comarca, em bairros
desapropriação, de divisão e demarcação, populares,
ou cidades a ela pertencentes, ocupando instalações de
execuções fiscais e por improbidade administrativa e as
prédios públicos, de acordo com audiências previamente
demandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou
anunciadas.
individuais homogêneos;
Art. 95. Os Estados, Distrito Federal e Territórios criarão e
II - sobre bens imóveis da União, autarquias e fundações
instalarão os Juizados Especiais no prazo de seis meses, a
públicas federais;
contar da vigência desta Lei.
III - para a anulação ou cancelamento de ato administrativo
Parágrafo único. No prazo de 6 (seis) meses, contado da
federal, salvo o de natureza previdenciária e o de
publicação desta Lei, serão criados e instalados os Juizados
lançamento fiscal;
Especiais Itinerantes, que deverão dirimir, prioritariamente,
os conflitos existentes nas áreas rurais ou nos locais de IV - que tenham como objeto a impugnação da pena de
menor concentração populacional. (Redação dada pela Lei demissão imposta a servidores públicos civis ou de sanções
nº 12.726, de 2012) disciplinares aplicadas a militares.
Art. 96. Esta Lei entra em vigor no prazo de sessenta dias § 2o Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas,
após a sua publicação. para fins de competência do Juizado Especial, a soma de
doze parcelas não poderá exceder o valor referido no art. 3o,
Art. 97. Ficam revogadas a Lei nº 4.611, de 2 de abril de
caput.
1965 e a Lei nº 7.244, de 7 de novembro de 1984.
§ 3o No foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial,
Brasília, 26 de setembro de 1995; 174º da Independência e
a sua competência é absoluta.
107º da República.
Art. 4o O Juiz poderá, de ofício ou a requerimento das
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
partes, deferir medidas cautelares no curso do processo,
Nelson A. Jobim
para evitar dano de difícil reparação.

Lei nº 10.259/2001 Art. 5o Exceto nos casos do art. 4o, somente será admitido
recurso de sentença definitiva.
Dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Art. 6o Podem ser partes no Juizado Especial Federal Cível:
Criminais no âmbito da Justiça Federal.
I – como autores, as pessoas físicas e as microempresas e
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei no 9.317,
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: de 5 de dezembro de 1996;
Art. 1o São instituídos os Juizados Especiais Cíveis e II – como rés, a União, autarquias, fundações e empresas
Criminais da Justiça Federal, aos quais se aplica, no que não públicas federais.

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Art. 7o As citações e intimações da União serão feitas na Art. 13. Nas causas de que trata esta Lei, não haverá
forma prevista nos arts. 35 a 38 da Lei Complementar no 73, reexame necessário.
de 10 de fevereiro de 1993.
Art. 14. Caberá pedido de uniformização de interpretação de
Parágrafo único. A citação das autarquias, fundações e lei federal quando houver divergência entre decisões sobre
empresas públicas será feita na pessoa do representante questões de direito material proferidas por Turmas
máximo da entidade, no local onde proposta a causa, Recursais na interpretação da lei.
quando ali instalado seu escritório ou representação; se não,
§ 1o O pedido fundado em divergência entre Turmas da
na sede da entidade.
mesma Região será julgado em reunião conjunta das
Art. 8o As partes serão intimadas da sentença, quando não Turmas em conflito, sob a presidência do Juiz Coordenador.
proferida esta na audiência em que estiver presente seu
§ 2o O pedido fundado em divergência entre decisões de
representante, por ARMP (aviso de recebimento em mão
turmas de diferentes regiões ou da proferida em
própria).
contrariedade a súmula ou jurisprudência dominante do STJ
§ 1o As demais intimações das partes serão feitas na pessoa será julgado por Turma de Uniformização, integrada por
dos advogados ou dos Procuradores que oficiem nos juízes de Turmas Recursais, sob a presidência do
respectivos autos, pessoalmente ou por via postal. Coordenador da Justiça Federal.
§ 2o Os tribunais poderão organizar serviço de intimação das § 3o A reunião de juízes domiciliados em cidades diversas
partes e de recepção de petições por meio eletrônico. será feita pela via eletrônica.
Art. 9o Não haverá prazo diferenciado para a prática de § 4o Quando a orientação acolhida pela Turma de
qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito Uniformização, em questões de direito material, contrariar
público, inclusive a interposição de recursos, devendo a súmula ou jurisprudência dominante no Superior Tribunal
citação para audiência de conciliação ser efetuada com de Justiça -STJ, a parte interessada poderá provocar a
antecedência mínima de trinta dias. manifestação deste, que dirimirá a divergência.
Art. 10. As partes poderão designar, por escrito, § 5o No caso do § 4o, presente a plausibilidade do direito
representantes para a causa, advogado ou não. invocado e havendo fundado receio de dano de difícil
reparação, poderá o relator conceder, de ofício ou a
Parágrafo único. Os representantes judiciais da União,
requerimento do interessado, medida liminar determinando
autarquias, fundações e empresas públicas federais, bem
a suspensão dos processos nos quais a controvérsia esteja
como os indicados na forma do caput, ficam autorizados a
estabelecida.
conciliar, transigir ou desistir, nos processos da competência
dos Juizados Especiais Federais. § 6o Eventuais pedidos de uniformização idênticos,
recebidos subseqüentemente em quaisquer Turmas
Art. 11. A entidade pública ré deverá fornecer ao Juizado a
Recursais, ficarão retidos nos autos, aguardando-se
documentação de que disponha para o esclarecimento da
pronunciamento do Superior Tribunal de Justiça.
causa, apresentando-a até a instalação da audiência de
conciliação. § 7o Se necessário, o relator pedirá informações ao
Presidente da Turma Recursal ou Coordenador da Turma de
Parágrafo único. Para a audiência de composição dos danos
Uniformização e ouvirá o Ministério Público, no prazo de
resultantes de ilícito criminal (arts. 71, 72 e 74 da Lei
cinco dias. Eventuais interessados, ainda que não sejam
no 9.099, de 26 de setembro de 1995), o representante da
partes no processo, poderão se manifestar, no prazo de
entidade que comparecer terá poderes para acordar, desistir
trinta dias.
ou transigir, na forma do art. 10.
§ 8o Decorridos os prazos referidos no § 7o, o relator incluirá
Art. 12. Para efetuar o exame técnico necessário à
o pedido em pauta na Seção, com preferência sobre todos
conciliação ou ao julgamento da causa, o Juiz nomeará
os demais feitos, ressalvados os processos com réus presos,
pessoa habilitada, que apresentará o laudo até cinco dias
os habeas corpus e os mandados de segurança.
antes da audiência, independentemente de intimação das
partes. § 9o Publicado o acórdão respectivo, os pedidos retidos
referidos no § 6o serão apreciados pelas Turmas Recursais,
§ 1o Os honorários do técnico serão antecipados à conta de
que poderão exercer juízo de retratação ou declará-los
verba orçamentária do respectivo Tribunal e, quando
prejudicados, se veicularem tese não acolhida pelo Superior
vencida na causa a entidade pública, seu valor será incluído
Tribunal de Justiça.
na ordem de pagamento a ser feita em favor do Tribunal.
§ 10. Os Tribunais Regionais, o Superior Tribunal de Justiça
§ 2o Nas ações previdenciárias e relativas à assistência social,
e o Supremo Tribunal Federal, no âmbito de suas
havendo designação de exame, serão as partes intimadas
competências, expedirão normas regulamentando a
para, em dez dias, apresentar quesitos e indicar assistentes.
composição dos órgãos e os procedimentos a serem

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adotados para o processamento e o julgamento do pedido por decisão do Tribunal Regional Federal, serão instalados
de uniformização e do recurso extraordinário. Juizados com competência exclusiva para ações
previdenciárias.
Art. 15. O recurso extraordinário, para os efeitos desta Lei,
será processado e julgado segundo o estabelecido nos §§ Art. 20. Onde não houver Vara Federal, a causa poderá ser
4o a 9o do art. 14, além da observância das normas do proposta no Juizado Especial Federal mais próximo do foro
Regimento. definido no art. 4o da Lei no 9.099, de 26 de setembro de
1995, vedada a aplicação desta Lei no juízo estadual.
Art. 16. O cumprimento do acordo ou da sentença, com
trânsito em julgado, que imponham obrigação de fazer, não Art. 21. As Turmas Recursais serão instituídas por decisão do
fazer ou entrega de coisa certa, será efetuado mediante Tribunal Regional Federal, que definirá sua composição e
ofício do Juiz à autoridade citada para a causa, com cópia da área de competência, podendo abranger mais de uma
sentença ou do acordo. seção.
Art. 17. Tratando-se de obrigação de pagar quantia certa, Art. 22. Os Juizados Especiais serão coordenados por Juiz do
após o trânsito em julgado da decisão, o pagamento será respectivo Tribunal Regional, escolhido por seus pares, com
efetuado no prazo de sessenta dias, contados da entrega da mandato de dois anos.
requisição, por ordem do Juiz, à autoridade citada para a
Parágrafo único. O Juiz Federal, quando o exigirem as
causa, na agência mais próxima da Caixa Econômica Federal
circunstâncias, poderá determinar o funcionamento do
ou do Banco do Brasil, independentemente de precatório.
Juizado Especial em caráter itinerante, mediante
§ 1o Para os efeitos do § 3o do art. 100 da Constituição autorização prévia do Tribunal Regional Federal, com
Federal, as obrigações ali definidas como de pequeno valor, antecedência de dez dias.
a serem pagas independentemente de precatório, terão
Art. 23. O Conselho da Justiça Federal poderá limitar, por até
como limite o mesmo valor estabelecido nesta Lei para a
três anos, contados a partir da publicação desta Lei, a
competência do Juizado Especial Federal Cível (art. 3 o,
competência dos Juizados Especiais Cíveis, atendendo à
caput).
necessidade da organização dos serviços judiciários ou
§ 2o Desatendida a requisição judicial, o Juiz determinará o administrativos.
seqüestro do numerário suficiente ao cumprimento da
Art. 24. O Centro de Estudos Judiciários do Conselho da
decisão.
Justiça Federal e as Escolas de Magistratura dos Tribunais
§ 3o São vedados o fracionamento, repartição ou quebra do Regionais Federais criarão programas de informática
valor da execução, de modo que o pagamento se faça, em necessários para subsidiar a instrução das causas
parte, na forma estabelecida no § 1o deste artigo, e, em submetidas aos Juizados e promoverão cursos de
parte, mediante expedição do precatório, e a expedição de aperfeiçoamento destinados aos seus magistrados e
precatório complementar ou suplementar do valor pago. servidores.
§ 4o Se o valor da execução ultrapassar o estabelecido no § Art. 25. Não serão remetidas aos Juizados Especiais as
1o, o pagamento far-se-á, sempre, por meio do precatório, demandas ajuizadas até a data de sua instalação.
sendo facultado à parte exeqüente a renúncia ao crédito do
Art. 26. Competirá aos Tribunais Regionais Federais prestar
valor excedente, para que possa optar pelo pagamento do
o suporte administrativo necessário ao funcionamento dos
saldo sem o precatório, da forma lá prevista.
Juizados Especiais.
Art. 18. Os Juizados Especiais serão instalados por decisão
Art. 27. Esta Lei entra em vigor seis meses após a data de sua
do Tribunal Regional Federal. O Juiz presidente do Juizado
publicação.
designará os conciliadores pelo período de dois anos,
admitida a recondução. O exercício dessas funções será Brasília, 12 de julho de 2001; 180o da Independência e
gratuito, assegurados os direitos e prerrogativas do jurado 113o da República.
(art. 437 do Código de Processo Penal).
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Parágrafo único. Serão instalados Juizados Especiais Paulo de Tarso Tamos Ribeiro
Adjuntos nas localidades cujo movimento forense não Roberto Brant
justifique a existência de Juizado Especial, cabendo ao Gilmar Ferreira Mendes
Tribunal designar a Vara onde funcionará.
Art. 19. No prazo de seis meses, a contar da publicação desta Lei nº 9.503/1997
Lei, deverão ser instalados os Juizados Especiais nas capitais
dos Estados e no Distrito Federal. Institui o Código de Trânsito Brasileiro.

Parágrafo único. Na capital dos Estados, no Distrito Federal O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
e em outras cidades onde for necessário, neste último caso, Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

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CAPÍTULO XIX condenação penal, estiver recolhido a estabelecimento


DOS CRIMES DE TRÂNSITO prisional.
SEÇÃO I Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal,
DISPOSIÇÕES GERAIS havendo necessidade para a garantia da ordem pública,
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a
automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas requerimento do Ministério Público ou ainda mediante
gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se representação da autoridade policial, decretar, em decisão
este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para
nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber. dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.

§ 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a
culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do
de setembro de 1995, exceto se o agente Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem
estiver: (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.705, efeito suspensivo.
de 2008) Art. 295. A suspensão para dirigir veículo automotor ou a
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância proibição de se obter a permissão ou a habilitação será
psicoativa que determine dependência; (Incluído pela Lei nº sempre comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho
11.705, de 2008) Nacional de Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito do
Estado em que o indiciado ou réu for domiciliado ou
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou residente.
competição automobilística, de exibição ou demonstração
de perícia em manobra de veículo automotor, não Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime
autorizada pela autoridade competente; (Incluído pela Lei previsto neste Código, o juiz aplicará a penalidade de
nº 11.705, de 2008) suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo
automotor, sem prejuízo das demais sanções penais
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida cabíveis. (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)
para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por
hora).(Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no
pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima,
§ 2o Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser ou seus sucessores, de quantia calculada com base no
instaurado inquérito policial para a investigação da infração disposto no § 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que
penal.(Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) houver prejuízo material resultante do crime.
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.546, de § 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do
2017) (Vigência) prejuízo demonstrado no processo.
§ 4º O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas § 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a
no art. 59 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 52 do Código Penal.
1940 (Código Penal), dando especial atenção à culpabilidade
do agente e às circunstâncias e consequências do § 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa
crime. (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vigência) reparatória será descontado.

Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo
pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras cometido a infração:
penalidades. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com
2014) (Vigência) grande risco de grave dano patrimonial a terceiros;
Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou
obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo adulteradas;
automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos.
III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de
§ 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu Habilitação;
será intimado a entregar à autoridade judiciária, em
quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de
de Habilitação. categoria diferente da do veículo;

§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados
a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor especiais com o transporte de passageiros ou de carga;
não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de

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VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou
equipamentos ou características que afetem a sua proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites dirigir veículo automotor.
de velocidade prescritos nas especificações do fabricante;
§ 1o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se
VII - sobre faixa de trânsito temporária ou ocorrer qualquer das hipóteses do § 1o do art.
permanentemente destinada a pedestres. 302. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.546,
de 2017) (Vigência)
Art. 299. (VETADO)
§ 2o A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a
Art. 300. (VETADO)
cinco anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste
Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de artigo, se o agente conduz o veículo com capacidade
trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de
flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral outra substância psicoativa que determine dependência, e
socorro àquela. se do crime resultar lesão corporal de natureza grave ou
gravíssima. (Incluído pela Lei nº 13.546, de
SEÇÃO II
2017) (Vigência)
DOS CRIMES EM ESPÉCIE
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não
automotor: podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou solicitar auxílio da autoridade pública:
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o
dirigir veículo automotor. fato não constituir elemento de crime mais grave.
§ 1o No homicídio culposo cometido na direção de veículo Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o
automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida
se o agente: (Incluído pela Lei nº 12.971, de por terceiros ou que se trate de vítima com morte
2014) (Vigência) instantânea ou com ferimentos leves.
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do
Habilitação; (Incluído pela Lei nº 12.971, de acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe
2014) (Vigência) possa ser atribuída:
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; (Incluído Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de
risco pessoal, à vítima do acidente;(Incluído pela Lei nº outra substância psicoativa que determine
12.971, de 2014) (Vigência) dependência: (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e
conduzindo veículo de transporte de passageiros. (Incluído suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) habilitação para dirigir veículo automotor.
V - (Revogado pela Lei nº 11.705, de 2008) § 1o As condutas previstas no caput serão constatadas
§ 2o (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) por: (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
o
§ 3 Se o agente conduz veículo automotor sob a influência I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool
de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de
determine dependência: (Incluído pela Lei nº 13.546, de álcool por litro de ar alveolar; ou (Incluído pela Lei nº
2017) (Vigência) 12.760, de 2012)
Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran,
proibição do direito de se obter a permissão ou a habilitação alteração da capacidade psicomotora. (Incluído pela Lei nº
para dirigir veículo automotor. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
13.546, de 2017) (Vigência) § 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida
Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame
veículo automotor: clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios
de prova em direito admitidos, observado o direito à

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contraprova. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez,
2014) (Vigência) não esteja em condições de conduzi-lo com segurança:
§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito
Art. 310-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.619, de
de caracterização do crime tipificado neste
2012) (Vigência)
artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de
2014) (Vigência) Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a
segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações
§ 4º Poderá ser empregado qualquer aparelho homologado
de embarque e desembarque de passageiros, logradouros
pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
estreitos, ou onde haja grande movimentação ou
Tecnologia - INMETRO - para se determinar o previsto
concentração de pessoas, gerando perigo de dano:
no caput. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente
imposta com fundamento neste Código: automobilístico com vítima, na pendência do respectivo
procedimento policial preparatório, inquérito policial ou
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova
processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a
imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de
fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:
proibição.
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado
que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art. Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda
293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. que não iniciados, quando da inovação, o procedimento
preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.
Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via
pública, de corrida, disputa ou competição automobilística Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312
ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a
manobra de veículo automotor, não autorizada pela substituição de pena privativa de liberdade por pena
autoridade competente, gerando situação de risco à restritiva de direitos, esta deverá ser de prestação de serviço
incolumidade pública ou privada: (Redação dada pela Lei à comunidade ou a entidades públicas, em uma das
nº 13.546, de 2017) (Vigência) seguintes atividades: (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência)
Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos
habilitação para dirigir veículo automotor. (Redação dada corpos de bombeiros e em outras unidades móveis
pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) especializadas no atendimento a vítimas de
trânsito; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 1o Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão
corporal de natureza grave, e as circunstâncias II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da
demonstrarem que o agente não quis o resultado nem rede pública que recebem vítimas de acidente de trânsito e
assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade politraumatizados; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das 2016) (Vigência)
outras penas previstas neste artigo. (Incluído pela Lei nº
III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na
12.971, de 2014) (Vigência)
recuperação de acidentados de trânsito; (Incluído pela Lei
§ 2o Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, nº 13.281, de 2016) (Vigência)
e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o
IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento
resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena
e recuperação de vítimas de acidentes de trânsito. (Incluído
privativa de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez)
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a
devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se Lei nº 8.137/1990
cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Define crimes contra a ordem tributária, econômica e
contra as relações de consumo, e dá outras providências.
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo
automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o
ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
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CAPÍTULO I Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.


DOS CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA
SEÇÃO II
SEÇÃO I
DOS CRIMES praticados por funcionários públicos
DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULARES
Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária,
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou além dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de
reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, dezembro de 1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I):
mediante as seguintes condutas: (Vide Lei nº 9.964,
de 10.4.2000) I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer
documento, de que tenha a guarda em razão da função;
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente,
autoridades fazendárias; acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos contribuição social;
inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta
documento ou livro exigido pela lei fiscal; ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida;
venda, ou qualquer outro documento relativo à operação ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar
tributável; ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los
parcialmente. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar multa.
documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;
III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado
V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota perante a administração fazendária, valendo-se da
fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de qualidade de funcionário público. Pena - reclusão, de 1 (um)
mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente a 4 (quatro) anos, e multa.
realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.
CAPÍTULO II
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
DOS CRIMES CONTRA A ECONOMIA E AS RELAÇÕES
Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da DE CONSUMO
autoridade, no prazo de 10 (dez) dias, que poderá ser
Art. 4° Constitui crime contra a ordem econômica:
convertido em horas em razão da maior ou menor
complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao I - abusar do poder econômico, dominando o mercado ou
atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no eliminando, total ou parcialmente, a concorrência mediante
inciso V. qualquer forma de ajuste ou acordo de
empresas; (Redação dada pela Lei nº 12.529, de
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: (Vide Lei
2011).
nº 9.964, de 10.4.2000)
a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529, de
I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas,
2011).
bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se,
total ou parcialmente, de pagamento de tributo; b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529, de
2011).
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de
contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529, de
de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos 2011).
cofres públicos;
d) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529, de
III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte 2011).
beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela
e) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529,
dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como
de 2011).
incentivo fiscal;
f) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529,
IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o
de 2011).
estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto liberadas
por órgão ou entidade de desenvolvimento; II - formar acordo, convênio, ajuste ou aliança entre
ofertantes, visando: (Redação dada pela Lei nº
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de
12.529, de 2011).
dados que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária
possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei,
fornecida à Fazenda Pública.

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a) à fixação artificial de preços ou quantidades vendidas ou V - elevar o valor cobrado nas vendas a prazo de bens ou
produzidas; (Redação dada pela Lei nº 12.529, de serviços, mediante a exigência de comissão ou de taxa de
2011). juros ilegais;
b) ao controle regionalizado do mercado por empresa ou VI - sonegar insumos ou bens, recusando-se a vendê-los a
grupo de empresas; (Redação dada pela Lei nº quem pretenda comprá-los nas condições publicamente
12.529, de 2011). ofertadas, ou retê-los para o fim de especulação;
c) ao controle, em detrimento da concorrência, de rede de VII - induzir o consumidor ou usuário a erro, por via de
distribuição ou de fornecedores. (Redação dada indicação ou afirmação falsa ou enganosa sobre a natureza,
pela Lei nº 12.529, de 2011). qualidade do bem ou serviço, utilizando-se de qualquer
meio, inclusive a veiculação ou divulgação publicitária;
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e
multa. (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011). VIII - destruir, inutilizar ou danificar matéria-prima ou
mercadoria, com o fim de provocar alta de preço, em
III - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.529,
proveito próprio ou de terceiros;
de 2011).
IX - vender, ter em depósito para vender ou expor à venda
IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.529,
ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou
de 2011).
mercadoria, em condições impróprias ao consumo;
V - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.529,
Pena - detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ou multa.
de 2011).
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II, III e IX pune-se
VI - (revogado); (Redação dada pela Lei nº
a modalidade culposa, reduzindo-se a pena e a detenção de
12.529, de 2011).
1/3 (um terço) ou a de multa à quinta parte.
VII - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.529,
CAPÍTULO III
de 2011).
DAS MULTAS
Art. 5º (Revogado pela Lei nº 12.529, de 2011).
Art. 8° Nos crimes definidos nos arts. 1° a 3° desta lei, a pena
Art. 6º (Revogado pela Lei nº 12.529, de 2011). de multa será fixada entre 10 (dez) e 360 (trezentos e
Art. 7° Constitui crime contra as relações de consumo: sessenta) dias-multa, conforme seja necessário e suficiente
para reprovação e prevenção do crime.
I - favorecer ou preferir, sem justa causa, comprador ou
freguês, ressalvados os sistemas de entrega ao consumo por Parágrafo único. O dia-multa será fixado pelo juiz em valor
intermédio de distribuidores ou revendedores; não inferior a 14 (quatorze) nem superior a 200 (duzentos)
Bônus do Tesouro Nacional BTN.
II - vender ou expor à venda mercadoria cuja embalagem,
tipo, especificação, peso ou composição esteja em Art. 9° A pena de detenção ou reclusão poderá ser
desacordo com as prescrições legais, ou que não convertida em multa de valor equivalente a:
corresponda à respectiva classificação oficial; I - 200.000 (duzentos mil) até 5.000.000 (cinco milhões) de
III - misturar gêneros e mercadorias de espécies diferentes, BTN, nos crimes definidos no art. 4°;
para vendê-los ou expô-los à venda como puros; misturar II - 5.000 (cinco mil) até 200.000 (duzentos mil) BTN, nos
gêneros e mercadorias de qualidades desiguais para vendê- crimes definidos nos arts. 5° e 6°;
los ou expô-los à venda por preço estabelecido para os
demais mais alto custo; III - 50.000 (cinqüenta mil) até 1.000.000 (um milhão de
BTN), nos crimes definidos no art. 7°.
IV - fraudar preços por meio de:
Art. 10. Caso o juiz, considerado o ganho ilícito e a situação
a) alteração, sem modificação essencial ou de qualidade, de econômica do réu, verifique a insuficiência ou excessiva
elementos tais como denominação, sinal externo, marca, onerosidade das penas pecuniárias previstas nesta lei,
embalagem, especificação técnica, descrição, volume, poderá diminuí-las até a décima parte ou elevá-las ao
peso, pintura ou acabamento de bem ou serviço; décuplo.
b) divisão em partes de bem ou serviço, habitualmente CAPÍTULO IV
oferecido à venda em conjunto; DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
c) junção de bens ou serviços, comumente oferecidos à Art. 11. Quem, de qualquer modo, inclusive por meio de
venda em separado; pessoa jurídica, concorre para os crimes definidos nesta lei,
d) aviso de inclusão de insumo não empregado na produção incide nas penas a estes cominadas, na medida de sua
do bem ou na prestação dos serviços; culpabilidade.

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Parágrafo único. Quando a venda ao consumidor for emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei
efetuada por sistema de entrega ao consumo ou por não autoriza;
intermédio de outro em que o preço ao consumidor é
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa".
estabelecido ou sugerido pelo fabricante ou concedente, o
ato por este praticado não alcança o distribuidor ou Art. 21. O art. 318 do Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro
revendedor. de 1940 Código Penal, quanto à fixação da pena, passa a ter
a seguinte redação:
Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um
terço) até a metade as penas previstas nos arts. 1°, 2° e 4° a "Art. 318.
7°:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa".
I - ocasionar grave dano à coletividade;
Art. 22. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
II - ser o crime cometido por servidor público no exercício de
Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário e, em
suas funções;
especial, o art. 279 do Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de
III - ser o crime praticado em relação à prestação de serviços dezembro de 1940 - Código Penal.
ou ao comércio de bens essenciais à vida ou à saúde.
Brasília, 27 de dezembro de 1990; 169° da Independência e
Art. 13. (Vetado). 102° da República.
Art. 15. Os crimes previstos nesta lei são de ação penal FERNANDO COLLOR
pública, aplicando-se-lhes o disposto no art. 100 do Jarbas Passarinho
Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Zélia M. Cardoso de Mello
Penal.
Art. 16. Qualquer pessoa poderá provocar a iniciativa do Lei nº 12.850/2013
Ministério Público nos crimes descritos nesta lei,
fornecendo-lhe por escrito informações sobre o fato e a Define organização criminosa e dispõe sobre a
autoria, bem como indicando o tempo, o lugar e os investigação criminal, os meios de obtenção da prova,
elementos de convicção. infrações penais correlatas e o procedimento criminal;
altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
Parágrafo único. Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos (Código Penal); revoga a Lei nº 9.034, de 3 de maio de
em quadrilha ou co-autoria, o co-autor ou partícipe que 1995; e dá outras providências.
através de confissão espontânea revelar à autoridade
policial ou judicial toda a trama delituosa terá a sua pena A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o
reduzida de um a dois terços. (Parágrafo incluído Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
pela Lei nº 9.080, de 19.7.1995) CAPÍTULO I
Art. 17. Compete ao Departamento Nacional de DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
Abastecimento e Preços, quando e se necessário, Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre
providenciar a desapropriação de estoques, a fim de evitar a investigação criminal, os meios de obtenção da prova,
crise no mercado ou colapso no abastecimento. infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser
Art. 18 (Revogado pela Lei nº 8.176, de 8.2.1991) aplicado.

Art. 19. O caput do art. 172 do Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de § 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4
dezembro de 1940 - Código Penal, passa a ter a seguinte (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e
redação: caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que
informalmente, com objetivo de obter, direta ou
"Art. 172. Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a
corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou prática de infrações penais cujas penas máximas sejam
qualidade, ou ao serviço prestado. superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa". transnacional.

Art. 20. O § 1° do art. 316 do Decreto-Lei n° 2 848, de 7 de § 2º Esta Lei se aplica também:
dezembro de 1940 Código Penal, passa a ter a seguinte I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção
redação: internacional quando, iniciada a execução no País, o
"Art. 316. resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou
reciprocamente;
§ 1° Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que
sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido,

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II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas § 9º O condenado expressamente em sentença por integrar
voltadas para a prática dos atos de terrorismo legalmente organização criminosa ou por crime praticado por meio de
definidos. (Redação dada pela lei nº 13.260, de 2016) organização criminosa não poderá progredir de regime de
cumprimento de pena ou obter livramento condicional ou
Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar,
outros benefícios prisionais se houver elementos
pessoalmente ou por interposta pessoa, organização
probatórios que indiquem a manutenção do vínculo
criminosa:
associativo.
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem
CAPÍTULO II
prejuízo das penas correspondentes às demais infrações
DA INVESTIGAÇÃO E DOS MEIOS DE OBTENÇÃO DA
penais praticadas.
PROVA
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de
Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão
qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal
permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei, os
que envolva organização criminosa.
seguintes meios de obtenção da prova:
§ 2º As penas aumentam-se até a metade se na atuação da
I - colaboração premiada;
organização criminosa houver emprego de arma de fogo.
II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos
§ 3º A pena é agravada para quem exerce o comando,
ou acústicos;
individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que
não pratique pessoalmente atos de execução. III - ação controlada;
§ 4º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas,
terços): a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos
ou privados e a informações eleitorais ou comerciais;
I - se há participação de criança ou adolescente;
V - interceptação de comunicações telefônicas e
II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a
telemáticas, nos termos da legislação específica;
organização criminosa dessa condição para a prática de
infração penal; VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos
termos da legislação específica;
III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se,
no todo ou em parte, ao exterior; VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação,
na forma do art. 11;
IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras
organizações criminosas independentes; VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais,
distritais, estaduais e municipais na busca de provas e
V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a
informações de interesse da investigação ou da instrução
transnacionalidade da organização.
criminal.
§ 5º Se houver indícios suficientes de que o funcionário
§ 1º Havendo necessidade justificada de manter sigilo sobre
público integra organização criminosa, poderá o juiz
a capacidade investigatória, poderá ser dispensada licitação
determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou
para contratação de serviços técnicos especializados,
função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se
aquisição ou locação de equipamentos destinados à polícia
fizer necessária à investigação ou instrução processual.
judiciária para o rastreamento e obtenção de provas
§ 6º A condenação com trânsito em julgado acarretará ao previstas nos incisos II e V. (Incluído pela Lei nº 13.097, de
funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou 2015)
mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou
§ 2º No caso do § 1º , fica dispensada a publicação de que
cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao
trata o parágrafo único do art. 61 da Lei nº 8.666, de 21 de
cumprimento da pena.
junho de 1993, devendo ser comunicado o órgão de controle
§ 7º Se houver indícios de participação de policial nos crimes interno da realização da contratação. (Incluído pela Lei nº
de que trata esta Lei, a Corregedoria de Polícia instaurará 13.097, de 2015)
inquérito policial e comunicará ao Ministério Público, que
SEÇÃO I
designará membro para acompanhar o feito até a sua
DA COLABORAÇÃO PREMIADA
conclusão.
Art. 3º-A. O acordo de colaboração premiada é negócio
§ 8º As lideranças de organizações criminosas armadas ou
jurídico processual e meio de obtenção de prova, que
que tenham armas à disposição deverão iniciar o
pressupõe utilidade e interesse públicos.’
cumprimento da pena em estabelecimentos penais de
segurança máxima. ‘Art. 3º-B. O recebimento da proposta para formalização de
acordo de colaboração demarca o início das negociações e

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constitui também marco de confidencialidade, todas as suas circunstâncias, indicando as provas e os


configurando violação de sigilo e quebra da confiança e da elementos de corroboração.
boa-fé a divulgação de tais tratativas iniciais ou de
Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o
documento que as formalize, até o levantamento de sigilo
perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena
por decisão judicial.
privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de
§ 1º A proposta de acordo de colaboração premiada poderá direitos daquele que tenha colaborado efetiva e
ser sumariamente indeferida, com a devida justificativa, voluntariamente com a investigação e com o processo
cientificando-se o interessado. criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais
dos seguintes resultados:
§ 2º Caso não haja indeferimento sumário, as partes deverão
firmar Termo de Confidencialidade para prosseguimento I - a identificação dos demais coautores e partícipes da
das tratativas, o que vinculará os órgãos envolvidos na organização criminosa e das infrações penais por eles
negociação e impedirá o indeferimento posterior sem justa praticadas;
causa.
II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de
§ 3º O recebimento de proposta de colaboração para análise tarefas da organização criminosa;
ou o Termo de Confidencialidade não implica, por si só, a
III - a prevenção de infrações penais decorrentes das
suspensão da investigação, ressalvado acordo em contrário
atividades da organização criminosa;
quanto à propositura de medidas processuais penais
cautelares e assecuratórias, bem como medidas processuais IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito
cíveis admitidas pela legislação processual civil em vigor. das infrações penais praticadas pela organização criminosa;
§ 4º O acordo de colaboração premiada poderá ser V - a localização de eventual vítima com a sua integridade
precedido de instrução, quando houver necessidade de física preservada.
identificação ou complementação de seu objeto, dos fatos
§ 1º Em qualquer caso, a concessão do benefício levará em
narrados, sua definição jurídica, relevância, utilidade e
conta a personalidade do colaborador, a natureza, as
interesse público.
circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato
§ 5º Os termos de recebimento de proposta de colaboração criminoso e a eficácia da colaboração.
e de confidencialidade serão elaborados pelo celebrante e
§ 2º Considerando a relevância da colaboração prestada, o
assinados por ele, pelo colaborador e pelo advogado ou
Ministério Público, a qualquer tempo, e o delegado de
defensor público com poderes específicos.
polícia, nos autos do inquérito policial, com a manifestação
§ 6º Na hipótese de não ser celebrado o acordo por iniciativa do Ministério Público, poderão requerer ou representar ao
do celebrante, esse não poderá se valer de nenhuma das juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda
informações ou provas apresentadas pelo colaborador, de que esse benefício não tenha sido previsto na proposta
boa-fé, para qualquer outra finalidade.’ inicial, aplicando-se, no que couber, o art. 28 do Decreto-Lei
nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo
‘Art. 3º-C. A proposta de colaboração premiada deve estar
Penal).
instruída com procuração do interessado com poderes
específicos para iniciar o procedimento de colaboração e § 3º O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo,
suas tratativas, ou firmada pessoalmente pela parte que relativos ao colaborador, poderá ser suspenso por até 6
pretende a colaboração e seu advogado ou defensor (seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam
público. cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o
respectivo prazo prescricional.
§ 1º Nenhuma tratativa sobre colaboração premiada deve
ser realizada sem a presença de advogado constituído ou § 4º Nas mesmas hipóteses do caput deste artigo, o
defensor público. Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia se a
proposta de acordo de colaboração referir-se a infração de
§ 2º Em caso de eventual conflito de interesses, ou de
cuja existência não tenha prévio conhecimento e o
colaborador hipossuficiente, o celebrante deverá solicitar a
colaborador:
presença de outro advogado ou a participação de defensor
público. I - não for o líder da organização criminosa;
§ 3º No acordo de colaboração premiada, o colaborador II - for o primeiro a prestar efetiva colaboração nos termos
deve narrar todos os fatos ilícitos para os quais concorreu e deste artigo.
que tenham relação direta com os fatos investigados.
§ 4º-A. Considera-se existente o conhecimento prévio da
§ 4º Incumbe à defesa instruir a proposta de colaboração e infração quando o Ministério Público ou a autoridade policial
os anexos com os fatos adequadamente descritos, com competente tenha instaurado inquérito ou procedimento

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investigatório para apuração dos fatos apresentados pelo § 9º Depois de homologado o acordo, o colaborador poderá,
colaborador. sempre acompanhado pelo seu defensor, ser ouvido pelo
membro do Ministério Público ou pelo delegado de polícia
§ 5º Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá
responsável pelas investigações.
ser reduzida até a metade ou será admitida a progressão de
regime ainda que ausentes os requisitos objetivos. § 10. As partes podem retratar-se da proposta, caso em que
as provas autoincriminatórias produzidas pelo colaborador
§ 6º O juiz não participará das negociações realizadas entre
não poderão ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor.
as partes para a formalização do acordo de colaboração, que
ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o § 10-A Em todas as fases do processo, deve-se garantir ao
defensor, com a manifestação do Ministério Público, ou, réu delatado a oportunidade de manifestar-se após o
conforme o caso, entre o Ministério Público e o investigado decurso do prazo concedido ao réu que o delatou.
ou acusado e seu defensor.
§ 11. A sentença apreciará os termos do acordo homologado
§ 7º Realizado o acordo na forma do § 6º deste artigo, serão e sua eficácia.
remetidos ao juiz, para análise, o respectivo termo, as
§ 12. Ainda que beneficiado por perdão judicial ou não
declarações do colaborador e cópia da investigação,
denunciado, o colaborador poderá ser ouvido em juízo a
devendo o juiz ouvir sigilosamente o colaborador,
requerimento das partes ou por iniciativa da autoridade
acompanhado de seu defensor, oportunidade em que
judicial.
analisará os seguintes aspectos na homologação:
§ 13. O registro das tratativas e dos atos de colaboração
I - regularidade e legalidade;
deverá ser feito pelos meios ou recursos de gravação
II - adequação dos benefícios pactuados àqueles previstos magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive
no caput e nos §§ 4º e 5º deste artigo, sendo nulas as audiovisual, destinados a obter maior fidelidade das
cláusulas que violem o critério de definição do regime informações, garantindo-se a disponibilização de cópia do
inicial de cumprimento de pena do art. 33 do Decreto-Lei nº material ao colaborador.
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), as regras
§ 14. Nos depoimentos que prestar, o colaborador
de cada um dos regimes previstos no Código Penal e na Lei
renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao
nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal) e
silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a
os requisitos de progressão de regime não abrangidos pelo
verdade.
§ 5º deste artigo;
§ 15. Em todos os atos de negociação, confirmação e
III - adequação dos resultados da colaboração aos
execução da colaboração, o colaborador deverá estar
resultados mínimos exigidos nos incisos I, II, III, IV e V do
assistido por defensor.
caput deste artigo;
§ 16. Nenhuma das seguintes medidas será decretada ou
IV - voluntariedade da manifestação de vontade,
proferida com fundamento apenas nas declarações do
especialmente nos casos em que o colaborador está ou
colaborador:
esteve sob efeito de medidas cautelares.
I - medidas cautelares reais ou pessoais;
§ 7º-A O juiz ou o tribunal deve proceder à análise
fundamentada do mérito da denúncia, do perdão judicial e II - recebimento de denúncia ou queixa-crime;
das primeiras etapas de aplicação da pena, nos termos do
III - sentença condenatória.
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal) e do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 § 17. O acordo homologado poderá ser rescindido em caso
(Código de Processo Penal), antes de conceder os de omissão dolosa sobre os fatos objeto da colaboração.
benefícios pactuados, exceto quando o acordo prever o não
§ 18. O acordo de colaboração premiada pressupõe que o
oferecimento da denúncia na forma dos §§ 4º e 4º-A deste
colaborador cesse o envolvimento em conduta ilícita
artigo ou já tiver sido proferida sentença.
relacionada ao objeto da colaboração, sob pena de rescisão.
§ 7º-B. São nulas de pleno direito as previsões de renúncia
Art. 5º São direitos do colaborador:
ao direito de impugnar a decisão homologatória.
I - usufruir das medidas de proteção previstas na legislação
§ 8º O juiz poderá recusar a homologação da proposta que
específica;
não atender aos requisitos legais, devolvendo-a às partes
para as adequações necessárias.§ 9º Depois de homologado II - ter nome, qualificação, imagem e demais informações
o acordo, o colaborador poderá, sempre acompanhado pelo pessoais preservados;
seu defensor, ser ouvido pelo membro do Ministério Público
III - ser conduzido, em juízo, separadamente dos demais
ou pelo delegado de polícia responsável pelas investigações.
coautores e partícipes;

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IV - participar das audiências sem contato visual com os § 2º A comunicação será sigilosamente distribuída de forma
outros acusados; a não conter informações que possam indicar a operação a
ser efetuada.
V - não ter sua identidade revelada pelos meios de
comunicação, nem ser fotografado ou filmado, sem sua § 3º Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos
prévia autorização por escrito; será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de
polícia, como forma de garantir o êxito das investigações.
VI - cumprir pena ou prisão cautelar em estabelecimento
penal diverso dos demais corréus ou condenados. § 4º Ao término da diligência, elaborar-se-á auto
circunstanciado acerca da ação controlada.
Art. 6º O termo de acordo da colaboração premiada deverá
ser feito por escrito e conter: Art. 9º Se a ação controlada envolver transposição de
fronteiras, o retardamento da intervenção policial ou
I - o relato da colaboração e seus possíveis resultados;
administrativa somente poderá ocorrer com a cooperação
II - as condições da proposta do Ministério Público ou do das autoridades dos países que figurem como provável
delegado de polícia; itinerário ou destino do investigado, de modo a reduzir os
riscos de fuga e extravio do produto, objeto, instrumento ou
III - a declaração de aceitação do colaborador e de seu
proveito do crime.
defensor;
SEÇÃO III
IV - as assinaturas do representante do Ministério Público ou
DA INFILTRAÇÃO DE AGENTES
do delegado de polícia, do colaborador e de seu defensor;
Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de
V - a especificação das medidas de proteção ao colaborador
investigação, representada pelo delegado de polícia ou
e à sua família, quando necessário.
requerida pelo Ministério Público, após manifestação
Art. 7º O pedido de homologação do acordo será técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de
sigilosamente distribuído, contendo apenas informações inquérito policial, será precedida de circunstanciada,
que não possam identificar o colaborador e o seu objeto. motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá
seus limites.
§ 1º As informações pormenorizadas da colaboração serão
dirigidas diretamente ao juiz a que recair a distribuição, que § 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o
decidirá no prazo de 48 (quarenta e oito) horas. juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério
Público.
§ 2º O acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério
Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o § 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração
êxito das investigações, assegurando-se ao defensor, no penal de que trata o art. 1º e se a prova não puder ser
interesse do representado, amplo acesso aos elementos de produzida por outros meios disponíveis.
prova que digam respeito ao exercício do direito de defesa,
§ 3º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis)
devidamente precedido de autorização judicial, ressalvados
meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que
os referentes às diligências em andamento.
comprovada sua necessidade.
§ 3º O acordo de colaboração premiada e os depoimentos do
§ 4º Findo o prazo previsto no § 3º, o relatório
colaborador serão mantidos em sigilo até o recebimento da
circunstanciado será apresentado ao juiz competente, que
denúncia ou da queixa-crime, sendo vedado ao magistrado
imediatamente cientificará o Ministério Público.
decidir por sua publicidade em qualquer hipótese.
§ 5º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia
SEÇÃO II
poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério Público
DA AÇÃO CONTROLADA
poderá requisitar, a qualquer tempo, relatório da atividade
Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção de infiltração.
policial ou administrativa relativa à ação praticada por
Art. 10-A. Será admitida a ação de agentes de polícia
organização criminosa ou a ela vinculada, desde que
infiltrados virtuais, obedecidos os requisitos do caput do
mantida sob observação e acompanhamento para que a
art. 10, na internet, com o fim de investigar os crimes
medida legal se concretize no momento mais eficaz à
previstos nesta Lei e a eles conexos, praticados por
formação de provas e obtenção de informações.
organizações criminosas, desde que demonstrada sua
§ 1º O retardamento da intervenção policial ou necessidade e indicados o alcance das tarefas dos policiais,
administrativa será previamente comunicado ao juiz os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e, quando
competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites possível, os dados de conexão ou cadastrais que permitam
e comunicará ao Ministério Público. a identificação dessas pessoas.
§ 1º Para efeitos do disposto nesta Lei, consideram-se:

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I - dados de conexão: informações referentes a hora, data, Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados citados no
início, término, duração, endereço de Protocolo de Internet caput deste artigo serão reunidos em autos apartados e
(IP) utilizado e terminal de origem da conexão; apensados ao processo criminal juntamente com o inquérito
policial, assegurando-se a preservação da identidade do
II - dados cadastrais: informações referentes a nome e
agente policial infiltrado e a intimidade dos envolvidos.
endereço de assinante ou de usuário registrado ou
autenticado para a conexão a quem endereço de IP, Art. 11. O requerimento do Ministério Público ou a
identificação de usuário ou código de acesso tenha sido representação do delegado de polícia para a infiltração de
atribuído no momento da conexão. agentes conterão a demonstração da necessidade da
medida, o alcance das tarefas dos agentes e, quando
§ 2º Na hipótese de representação do delegado de polícia,
possível, os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e o
o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério
local da infiltração.
Público.
Parágrafo único. Os órgãos de registro e cadastro público
§ 3º Será admitida a infiltração se houver indícios de
poderão incluir nos bancos de dados próprios, mediante
infração penal de que trata o art. 1º desta Lei e se as provas
procedimento sigiloso e requisição da autoridade judicial, as
não puderem ser produzidas por outros meios disponíveis.
informações necessárias à efetividade da identidade fictícia
§ 4º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) criada, nos casos de infiltração de agentes na internet.
meses, sem prejuízo de eventuais renovações, mediante
Art. 12. O pedido de infiltração será sigilosamente
ordem judicial fundamentada e desde que o total não
distribuído, de forma a não conter informações que possam
exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja comprovada
indicar a operação a ser efetivada ou identificar o agente que
sua necessidade.
será infiltrado.
§ 5º Findo o prazo previsto no § 4º deste artigo, o relatório
§ 1º As informações quanto à necessidade da operação de
circunstanciado, juntamente com todos os atos eletrônicos
infiltração serão dirigidas diretamente ao juiz competente,
praticados durante a operação, deverão ser registrados,
que decidirá no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, após
gravados, armazenados e apresentados ao juiz
manifestação do Ministério Público na hipótese de
competente, que imediatamente cientificará o Ministério
representação do delegado de polícia, devendo-se adotar as
Público.
medidas necessárias para o êxito das investigações e a
§ 6º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia segurança do agente infiltrado.
poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério Público
§ 2º Os autos contendo as informações da operação de
e o juiz competente poderão requisitar, a qualquer tempo,
infiltração acompanharão a denúncia do Ministério Público,
relatório da atividade de infiltração.
quando serão disponibilizados à defesa, assegurando-se a
§ 7º É nula a prova obtida sem a observância do disposto preservação da identidade do agente.
neste artigo.
§ 3º Havendo indícios seguros de que o agente infiltrado
Art. 10-B. As informações da operação de infiltração serão sofre risco iminente, a operação será sustada mediante
encaminhadas diretamente ao juiz responsável pela requisição do Ministério Público ou pelo delegado de polícia,
autorização da medida, que zelará por seu sigilo. dando-se imediata ciência ao Ministério Público e à
autoridade judicial.
Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, o acesso
aos autos será reservado ao juiz, ao Ministério Público e ao Art. 13. O agente que não guardar, em sua atuação, a devida
delegado de polícia responsável pela operação, com o proporcionalidade com a finalidade da investigação,
objetivo de garantir o sigilo das investigações. responderá pelos excessos praticados.
Art. 10-C. Não comete crime o policial que oculta a sua Parágrafo único. Não é punível, no âmbito da infiltração, a
identidade para, por meio da internet, colher indícios de prática de crime pelo agente infiltrado no curso da
autoria e materialidade dos crimes previstos no art. 1º investigação, quando inexigível conduta diversa.
desta Lei.
Art. 14. São direitos do agente:
Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de
I - recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada;
observar a estrita finalidade da investigação responderá
pelos excessos praticados.” II - ter sua identidade alterada, aplicando-se, no que couber,
o disposto no art. 9º da Lei nº 9.807, de 13 de julho de
Art. 10-D. Concluída a investigação, todos os atos
1999, bem como usufruir das medidas de proteção a
eletrônicos praticados durante a operação deverão ser
testemunhas;
registrados, gravados, armazenados e encaminhados ao
juiz e ao Ministério Público, juntamente com relatório III - ter seu nome, sua qualificação, sua imagem, sua voz e
circunstanciado. demais informações pessoais preservadas durante a

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investigação e o processo criminal, salvo se houver decisão CAPÍTULO III


judicial em contrário; DISPOSIÇÕES FINAIS
IV - não ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou Art. 22. Os crimes previstos nesta Lei e as infrações penais
filmado pelos meios de comunicação, sem sua prévia conexas serão apurados mediante procedimento ordinário
autorização por escrito. previsto no Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941
(Código de Processo Penal), observado o disposto no
SEÇÃO IV
parágrafo único deste artigo.
DO ACESSO A REGISTROS, DADOS CADASTRAIS,
DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES Parágrafo único. A instrução criminal deverá ser encerrada
em prazo razoável, o qual não poderá exceder a 120 (cento
Art. 15. O delegado de polícia e o Ministério Público terão
e vinte) dias quando o réu estiver preso, prorrogáveis em até
acesso, independentemente de autorização judicial, apenas
igual período, por decisão fundamentada, devidamente
aos dados cadastrais do investigado que informem
motivada pela complexidade da causa ou por fato
exclusivamente a qualificação pessoal, a filiação e o
procrastinatório atribuível ao réu.
endereço mantidos pela Justiça Eleitoral, empresas
telefônicas, instituições financeiras, provedores de internet Art. 23. O sigilo da investigação poderá ser decretado pela
e administradoras de cartão de crédito. autoridade judicial competente, para garantia da celeridade
e da eficácia das diligências investigatórias, assegurando-se
Art. 16. As empresas de transporte possibilitarão, pelo prazo
ao defensor, no interesse do representado, amplo acesso
de 5 (cinco) anos, acesso direto e permanente do juiz, do
aos elementos de prova que digam respeito ao exercício do
Ministério Público ou do delegado de polícia aos bancos de
direito de defesa, devidamente precedido de autorização
dados de reservas e registro de viagens.
judicial, ressalvados os referentes às diligências em
Art. 17. As concessionárias de telefonia fixa ou móvel andamento.
manterão, pelo prazo de 5 (cinco) anos, à disposição das
Parágrafo único. Determinado o depoimento do
autoridades mencionadas no art. 15, registros de
investigado, seu defensor terá assegurada a prévia vista dos
identificação dos números dos terminais de origem e de
autos, ainda que classificados como sigilosos, no prazo
destino das ligações telefônicas internacionais, interurbanas
mínimo de 3 (três) dias que antecedem ao ato, podendo ser
e locais.
ampliado, a critério da autoridade responsável pela
SEÇÃO V investigação.
DOS CRIMES OCORRIDOS NA INVESTIGAÇÃO E NA
Art. 24. O art. 288 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
OBTENÇÃO DA PROVA
dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com a
Art. 18. Revelar a identidade, fotografar ou filmar o seguinte redação:
colaborador, sem sua prévia autorização por escrito:
“ Associação Criminosa
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim
Art. 19. Imputar falsamente, sob pretexto de colaboração específico de cometer crimes:
com a Justiça, a prática de infração penal a pessoa que sabe
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
ser inocente, ou revelar informações sobre a estrutura de
organização criminosa que sabe inverídicas: Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a
associação é armada ou se houver a participação de criança
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
ou adolescente.” (NR)
Art. 20. Descumprir determinação de sigilo das
Art. 25. O art. 342 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
investigações que envolvam a ação controlada e a infiltração
dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com a
de agentes:
seguinte redação:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
“Art. 342
Art. 21. Recusar ou omitir dados cadastrais, registros,
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.” (NR)
documentos e informações requisitadas pelo juiz, Ministério
Público ou delegado de polícia, no curso de investigação ou Art. 26. Revoga-se a Lei nº 9.034, de 3 de maio de 1995.
do processo:
Art. 27. Esta Lei entra em vigor após decorridos 45 (quarenta
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. e cinco) dias de sua publicação oficial.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem, de forma Brasília, 2 de agosto de 2013; 192º da Independência e 125º
indevida, se apossa, propala, divulga ou faz uso dos dados da República.
cadastrais de que trata esta Lei.
DILMA ROUSSEFF

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José Eduardo Cardozo VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de


assistência social locais.
Este texto não substitui o publicado no DOU de 5.8.2013 -
Edição extra IX – prioridade no recebimento da restituição do Imposto de
Renda. (Incluído pela Lei nº 11.765, de 2008).
Lei nº 10.741/2003 § 2º Dentre os idosos, é assegurada prioridade especial aos
maiores de oitenta anos, atendendo-se suas necessidades
Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras sempre preferencialmente em relação aos demais
providências. idosos. (Incluído pela Lei nº 13.466, de 2017)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Art. 4o Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: negligência, discriminação, violência, crueldade ou
TÍTULO I opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES omissão, será punido na forma da lei.

Art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular § 1o É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos
os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou direitos do idoso.
superior a 60 (sessenta) anos. § 2o As obrigações previstas nesta Lei não excluem da
o
Art. 2 O idoso goza de todos os direitos fundamentais prevenção outras decorrentes dos princípios por ela
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção adotados.
integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou Art. 5o A inobservância das normas de prevenção importará
por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para em responsabilidade à pessoa física ou jurídica nos termos
preservação de sua saúde física e mental e seu da lei.
aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em
condições de liberdade e dignidade. Art. 6o Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade
competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha
Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade testemunhado ou de que tenha conhecimento.
e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta
prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à Art. 7o Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal
alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao e Municipais do Idoso, previstos na Lei no 8.842, de 4 de
trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e janeiro de 1994, zelarão pelo cumprimento dos direitos do
à convivência familiar e comunitária. idoso, definidos nesta Lei.

§ 1º A garantia de prioridade compreende: (Redação dada TÍTULO II


pela Lei nº 13.466, de 2017) DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
I – atendimento preferencial imediato e individualizado DO DIREITO À VIDA
junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços
à população; Art. 8o O envelhecimento é um direito personalíssimo e a
sua proteção um direito social, nos termos desta Lei e da
II – preferência na formulação e na execução de políticas legislação vigente.
sociais públicas específicas;
Art. 9o É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a
III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas
relacionadas com a proteção ao idoso; sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável
IV – viabilização de formas alternativas de participação, e em condições de dignidade.
ocupação e convívio do idoso com as demais gerações; CAPÍTULO II
V – priorização do atendimento do idoso por sua própria DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À
família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos DIGNIDADE
que não a possuam ou careçam de condições de Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à
manutenção da própria sobrevivência; pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como
VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos,
áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis.
aos idosos; § 1o O direito à liberdade compreende, entre outros, os
VII – estabelecimento de mecanismos que favoreçam a seguintes aspectos:
divulgação de informações de caráter educativo sobre os I – faculdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos e
aspectos biopsicossociais de envelhecimento; espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;

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II – opinião e expressão; instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e


eventualmente conveniadas com o Poder Público, nos
III – crença e culto religioso;
meios urbano e rural;
IV – prática de esportes e de diversões;
V – reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para
V – participação na vida familiar e comunitária; redução das seqüelas decorrentes do agravo da saúde.
VI – participação na vida política, na forma da lei; § 2o Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos,
gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso
VII – faculdade de buscar refúgio, auxílio e orientação.
continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos
§ 2o O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.
integridade física, psíquica e moral, abrangendo a
§ 3o É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde
preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de
pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade.
valores, idéias e crenças, dos espaços e dos objetos pessoais.
§ 4o Os idosos portadores de deficiência ou com limitação
§ 3o É dever de todos zelar pela dignidade do idoso,
incapacitante terão atendimento especializado, nos termos
colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano,
da lei.
violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
§ 5o É vedado exigir o comparecimento do idoso enfermo
CAPÍTULO III
perante os órgãos públicos, hipótese na qual será admitido
DOS ALIMENTOS
o seguinte procedimento:(Incluído pela Lei nº 12.896, de
Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da 2013)
lei civil.
I - quando de interesse do poder público, o agente
Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso promoverá o contato necessário com o idoso em sua
optar entre os prestadores. residência; ou(Incluído pela Lei nº 12.896, de 2013)
Art. 13. As transações relativas a alimentos poderão ser II - quando de interesse do próprio idoso, este se fará
celebradas perante o Promotor de Justiça ou Defensor representar por procurador legalmente
Público, que as referendará, e passarão a ter efeito de título constituído.(Incluído pela Lei nº 12.896, de 2013)
executivo extrajudicial nos termos da lei processual
§ 6o É assegurado ao idoso enfermo o atendimento
civil. (Redação dada pela Lei nº 11.737, de 2008)
domiciliar pela perícia médica do Instituto Nacional do
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem Seguro Social - INSS, pelo serviço público de saúde ou pelo
condições econômicas de prover o seu sustento, impõe-se serviço privado de saúde, contratado ou conveniado, que
ao Poder Público esse provimento, no âmbito da assistência integre o Sistema Único de Saúde - SUS, para expedição do
social. laudo de saúde necessário ao exercício de seus direitos
sociais e de isenção tributária.(Incluído pela Lei nº 12.896,
CAPÍTULO IV
de 2013)
DO DIREITO À SAÚDE
§ 7º Em todo atendimento de saúde, os maiores de oitenta
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso,
anos terão preferência especial sobre os demais idosos,
por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS,
exceto em caso de emergência. (Incluído pela Lei nº
garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto
13.466, de 2017).
articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção,
promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado
atenção especial às doenças que afetam preferencialmente o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde
os idosos. proporcionar as condições adequadas para a sua
permanência em tempo integral, segundo o critério médico.
§ 1o A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão
efetivadas por meio de: Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde
responsável pelo tratamento conceder autorização para o
I – cadastramento da população idosa em base territorial;
acompanhamento do idoso ou, no caso de impossibilidade,
II – atendimento geriátrico e gerontológico em justificá-la por escrito.
ambulatórios;
Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades
III – unidades geriátricas de referência, com pessoal mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento de
especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social; saúde que lhe for reputado mais favorável.
IV – atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de
população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se proceder à opção, esta será feita:
locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por
I – pelo curador, quando o idoso for interditado;
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II – pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do
este não puder ser contactado em tempo hábil; idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir
conhecimentos sobre a matéria.
III – pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e
não houver tempo hábil para consulta a curador ou familiar; Art. 23. A participação dos idosos em atividades culturais e
de lazer será proporcionada mediante descontos de pelo
IV – pelo próprio médico, quando não houver curador ou
menos 50% (cinqüenta por cento) nos ingressos para
familiar conhecido, caso em que deverá comunicar o fato ao
eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem
Ministério Público.
como o acesso preferencial aos respectivos locais.
Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios
Art. 24. Os meios de comunicação manterão espaços ou
mínimos para o atendimento às necessidades do idoso,
horários especiais voltados aos idosos, com finalidade
promovendo o treinamento e a capacitação dos
informativa, educativa, artística e cultural, e ao público
profissionais, assim como orientação a cuidadores
sobre o processo de envelhecimento.
familiares e grupos de auto-ajuda.
Art. 25. As instituições de educação superior ofertarão às
Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência
pessoas idosas, na perspectiva da educação ao longo da
praticada contra idosos serão objeto de notificação
vida, cursos e programas de extensão, presenciais ou a
compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à
distância, constituídos por atividades formais e não
autoridade sanitária, bem como serão obrigatoriamente
formais. (Redação dada pela lei nº 13.535, de 2017)
comunicados por eles a quaisquer dos seguintes
órgãos: (Redação dada pela Lei nº 12.461, de 2011) Parágrafo único. O poder público apoiará a criação de
universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará a
I – autoridade policial;
publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão
II – Ministério Público; editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura,
considerada a natural redução da capacidade
III – Conselho Municipal do Idoso;
visual. (Incluído pela lei nº 13.535, de 2017)
IV – Conselho Estadual do Idoso;
CAPÍTULO VI
V – Conselho Nacional do Idoso. DA PROFISSIONALIZAÇÃO E DO TRABALHO
§ 1o Para os efeitos desta Lei, considera-se violência contra Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de atividade
o idoso qualquer ação ou omissão praticada em local público profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais
ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico e psíquicas.
ou psicológico. (Incluído pela Lei nº 12.461, de 2011)
Art. 27. Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou
§ 2o Aplica-se, no que couber, à notificação compulsória emprego, é vedada a discriminação e a fixação de limite
prevista no caput deste artigo, o disposto na Lei no 6.259, de máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os
30 de outubro de 1975. (Incluído pela Lei nº 12.461, de 2011) casos em que a natureza do cargo o exigir.
CAPÍTULO V Parágrafo único. O primeiro critério de desempate em
DA EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER concurso público será a idade, dando-se preferência ao de
idade mais elevada.
Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte,
lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que Art. 28. O Poder Público criará e estimulará programas de:
respeitem sua peculiar condição de idade.
I – profissionalização especializada para os idosos,
Art. 21. O Poder Público criará oportunidades de acesso do aproveitando seus potenciais e habilidades para atividades
idoso à educação, adequando currículos, metodologias e regulares e remuneradas;
material didático aos programas educacionais a ele
II – preparação dos trabalhadores para a aposentadoria, com
destinados.
antecedência mínima de 1 (um) ano, por meio de estímulo a
§ 1o Os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo novos projetos sociais, conforme seus interesses, e de
relativo às técnicas de comunicação, computação e demais esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania;
avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna.
III – estímulo às empresas privadas para admissão de idosos
§ 2o Os idosos participarão das comemorações de caráter ao trabalho.
cívico ou cultural, para transmissão de conhecimentos e
CAPÍTULO VII
vivências às demais gerações, no sentido da preservação da
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
memória e da identidade culturais.
Art. 29. Os benefícios de aposentadoria e pensão do Regime
Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de
Geral da Previdência Social observarão, na sua concessão,
ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao
critérios de cálculo que preservem o valor real dos salários
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sobre os quais incidiram contribuição, nos termos da § 2o O Conselho Municipal do Idoso ou o Conselho Municipal
legislação vigente. da Assistência Social estabelecerá a forma de participação
prevista no § 1o, que não poderá exceder a 70% (setenta por
Parágrafo único. Os valores dos benefícios em manutenção
cento) de qualquer benefício previdenciário ou de
serão reajustados na mesma data de reajuste do salário-
assistência social percebido pelo idoso.
mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de
início ou do seu último reajustamento, com base em § 3o Se a pessoa idosa for incapaz, caberá a seu
percentual definido em regulamento, observados os representante legal firmar o contrato a que se refere
critérios estabelecidos pela Lei no 8.213, de 24 de julho de o caput deste artigo.
1991.
Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco social,
Art. 30. A perda da condição de segurado não será por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência
considerada para a concessão da aposentadoria por idade, econômica, para os efeitos legais.(Vigência)
desde que a pessoa conte com, no mínimo, o tempo de
CAPÍTULO IX
contribuição correspondente ao exigido para efeito de
DA HABITAÇÃO
carência na data de requerimento do benefício.
Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da
Parágrafo único. O cálculo do valor do benefício previsto
família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus
no caput observará o disposto no caput e § 2o do art. 3o da
familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição
Lei no 9.876, de 26 de novembro de 1999, ou, não havendo
pública ou privada.
salários-de-contribuição recolhidos a partir da competência
de julho de 1994, o disposto no art. 35 da Lei no 8.213, de § 1o A assistência integral na modalidade de entidade de
1991. longa permanência será prestada quando verificada
inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou
Art. 31. O pagamento de parcelas relativas a benefícios,
carência de recursos financeiros próprios ou da família.
efetuado com atraso por responsabilidade da Previdência
Social, será atualizado pelo mesmo índice utilizado para os § 2o Toda instituição dedicada ao atendimento ao idoso fica
reajustamentos dos benefícios do Regime Geral de obrigada a manter identificação externa visível, sob pena de
Previdência Social, verificado no período compreendido interdição, além de atender toda a legislação pertinente.
entre o mês que deveria ter sido pago e o mês do efetivo
§ 3o As instituições que abrigarem idosos são obrigadas a
pagamento.
manter padrões de habitação compatíveis com as
Art. 32. O Dia Mundial do Trabalho, 1o de Maio, é a data- necessidades deles, bem como provê-los com alimentação
base dos aposentados e pensionistas. regular e higiene indispensáveis às normas sanitárias e com
estas condizentes, sob as penas da lei.
CAPÍTULO VIII
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL Art. 38. Nos programas habitacionais, públicos ou
subsidiados com recursos públicos, o idoso goza de
Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de
prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria,
forma articulada, conforme os princípios e diretrizes
observado o seguinte:
previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política
Nacional do Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais I - reserva de pelo menos 3% (três por cento) das unidades
normas pertinentes. habitacionais residenciais para atendimento aos
idosos;(Redação dada pela Lei nº 12.418, de 2011)
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos,
que não possuam meios para prover sua subsistência, nem II – implantação de equipamentos urbanos comunitários
de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício voltados ao idoso;
mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei
III – eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas,
Orgânica da Assistência Social – Loas.
para garantia de acessibilidade ao idoso;
Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer
IV – critérios de financiamento compatíveis com os
membro da família nos termos do caput não será
rendimentos de aposentadoria e pensão.
computado para os fins do cálculo da renda familiar per
capita a que se refere a Loas. Parágrafo único. As unidades residenciais reservadas para
atendimento a idosos devem situar-se, preferencialmente,
Art. 35. Todas as entidades de longa permanência, ou casa-
no pavimento térreo.(Incluído pela Lei nº 12.419, de 2011)
lar, são obrigadas a firmar contrato de prestação de serviços
com a pessoa idosa abrigada. CAPÍTULO X
o DO TRANSPORTE
§ 1 No caso de entidades filantrópicas, ou casa-lar, é
facultada a cobrança de participação do idoso no custeio da Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica
entidade. assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos

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urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços seletivos e CAPÍTULO II


especiais, quando prestados paralelamente aos serviços DAS MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO
regulares.
Art. 44. As medidas de proteção ao idoso previstas nesta Lei
§ 1o Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso poderão ser aplicadas, isolada ou cumulativamente, e
apresente qualquer documento pessoal que faça prova de levarão em conta os fins sociais a que se destinam e o
sua idade. fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
§ 2o Nos veículos de transporte coletivo de que trata este Art. 45. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art.
artigo, serão reservados 10% (dez por cento) dos assentos 43, o Ministério Público ou o Poder Judiciário, a
para os idosos, devidamente identificados com a placa de requerimento daquele, poderá determinar, dentre outras,
reservado preferencialmente para idosos. as seguintes medidas:
§ 3o No caso das pessoas compreendidas na faixa etária I – encaminhamento à família ou curador, mediante termo
entre 60 (sessenta) e 65 (sessenta e cinco) anos, ficará a de responsabilidade;
critério da legislação local dispor sobre as condições para
II – orientação, apoio e acompanhamento temporários;
exercício da gratuidade nos meios de transporte previstos
no caput deste artigo. III – requisição para tratamento de sua saúde, em regime
ambulatorial, hospitalar ou domiciliar;
Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual
observar-se-á, nos termos da legislação IV – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio,
específica:(Regulamento) (Vide Decreto nº 5.934, de orientação e tratamento a usuários dependentes de drogas
2006) lícitas ou ilícitas, ao próprio idoso ou à pessoa de sua
convivência que lhe cause perturbação;
I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para
idosos com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários- V – abrigo em entidade;
mínimos;
VI – abrigo temporário.
II – desconto de 50% (cinqüenta por cento), no mínimo, no
TÍTULO IV
valor das passagens, para os idosos que excederem as vagas
DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO AO IDOSO
gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-
CAPÍTULO I
mínimos.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Parágrafo único. Caberá aos órgãos competentes definir os
Art. 46. A política de atendimento ao idoso far-se-á por
mecanismos e os critérios para o exercício dos direitos
meio do conjunto articulado de ações governamentais e
previstos nos incisos I e II.
não-governamentais da União, dos Estados, do Distrito
Art. 41. É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos Federal e dos Municípios.
da lei local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos
Art. 47. São linhas de ação da política de atendimento:
estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser
posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao I – políticas sociais básicas, previstas na Lei no 8.842, de 4 de
idoso. janeiro de 1994;
Art. 42. São asseguradas a prioridade e a segurança do idoso II – políticas e programas de assistência social, em caráter
nos procedimentos de embarque e desembarque nos supletivo, para aqueles que necessitarem;
veículos do sistema de transporte coletivo.(Redação dada
III – serviços especiais de prevenção e atendimento às
pela Lei nº 12.899, de 2013)
vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso,
TÍTULO III crueldade e opressão;
DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO
IV – serviço de identificação e localização de parentes ou
CAPÍTULO I
responsáveis por idosos abandonados em hospitais e
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
instituições de longa permanência;
Art. 43. As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis
V – proteção jurídico-social por entidades de defesa dos
sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem
direitos dos idosos;
ameaçados ou violados:
VI – mobilização da opinião pública no sentido da
I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
participação dos diversos segmentos da sociedade no
II – por falta, omissão ou abuso da família, curador ou atendimento do idoso.
entidade de atendimento;
III – em razão de sua condição pessoal.

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CAPÍTULO II IV – oferecer instalações físicas em condições adequadas de


DAS ENTIDADES DE ATENDIMENTO AO IDOSO habitabilidade;
Art. 48. As entidades de atendimento são responsáveis pela V – oferecer atendimento personalizado;
manutenção das próprias unidades, observadas as normas
VI – diligenciar no sentido da preservação dos vínculos
de planejamento e execução emanadas do órgão
familiares;
competente da Política Nacional do Idoso, conforme a Lei
no 8.842, de 1994. VII – oferecer acomodações apropriadas para recebimento
de visitas;
Parágrafo único. As entidades governamentais e não-
governamentais de assistência ao idoso ficam sujeitas à VIII – proporcionar cuidados à saúde, conforme a
inscrição de seus programas, junto ao órgão competente da necessidade do idoso;
Vigilância Sanitária e Conselho Municipal da Pessoa Idosa, e
IX – promover atividades educacionais, esportivas, culturais
em sua falta, junto ao Conselho Estadual ou Nacional da
e de lazer;
Pessoa Idosa, especificando os regimes de atendimento,
observados os seguintes requisitos: X – propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de
acordo com suas crenças;
I – oferecer instalações físicas em condições adequadas de
habitabilidade, higiene, salubridade e segurança; XI – proceder a estudo social e pessoal de cada caso;
II – apresentar objetivos estatutários e plano de trabalho XII – comunicar à autoridade competente de saúde toda
compatíveis com os princípios desta Lei; ocorrência de idoso portador de doenças infecto-
contagiosas;
III – estar regularmente constituída;
XIII – providenciar ou solicitar que o Ministério Público
IV – demonstrar a idoneidade de seus dirigentes.
requisite os documentos necessários ao exercício da
Art. 49. As entidades que desenvolvam programas de cidadania àqueles que não os tiverem, na forma da lei;
institucionalização de longa permanência adotarão os
XIV – fornecer comprovante de depósito dos bens móveis
seguintes princípios:
que receberem dos idosos;
I – preservação dos vínculos familiares;
XV – manter arquivo de anotações onde constem data e
II – atendimento personalizado e em pequenos grupos; circunstâncias do atendimento, nome do idoso,
responsável, parentes, endereços, cidade, relação de seus
III – manutenção do idoso na mesma instituição, salvo em
pertences, bem como o valor de contribuições, e suas
caso de força maior;
alterações, se houver, e demais dados que possibilitem sua
IV – participação do idoso nas atividades comunitárias, de identificação e a individualização do atendimento;
caráter interno e externo;
XVI – comunicar ao Ministério Público, para as providências
V – observância dos direitos e garantias dos idosos; cabíveis, a situação de abandono moral ou material por
parte dos familiares;
VI – preservação da identidade do idoso e oferecimento de
ambiente de respeito e dignidade. XVII – manter no quadro de pessoal profissionais com
formação específica.
Parágrafo único. O dirigente de instituição prestadora de
atendimento ao idoso responderá civil e criminalmente Art. 51. As instituições filantrópicas ou sem fins lucrativos
pelos atos que praticar em detrimento do idoso, sem prestadoras de serviço ao idoso terão direito à assistência
prejuízo das sanções administrativas. judiciária gratuita.
Art. 50. Constituem obrigações das entidades de CAPÍTULO III
atendimento: DA FISCALIZAÇÃO DAS ENTIDADES DE
ATENDIMENTO
I – celebrar contrato escrito de prestação de serviço com o
idoso, especificando o tipo de atendimento, as obrigações Art. 52. As entidades governamentais e não-
da entidade e prestações decorrentes do contrato, com os governamentais de atendimento ao idoso serão fiscalizadas
respectivos preços, se for o caso; pelos Conselhos do Idoso, Ministério Público, Vigilância
Sanitária e outros previstos em lei.
II – observar os direitos e as garantias de que são titulares os
idosos; Art. 53. O art. 7o da Lei no 8.842, de 1994, passa a vigorar
com a seguinte redação:
III – fornecer vestuário adequado, se for pública, e
alimentação suficiente; "Art. 7o Compete aos Conselhos de que trata o art. 6o desta
Lei a supervisão, o acompanhamento, a fiscalização e a

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avaliação da política nacional do idoso, no âmbito das podendo haver a interdição do estabelecimento até que
respectivas instâncias político-administrativas." (NR) sejam cumpridas as exigências legais.
Art. 54. Será dada publicidade das prestações de contas dos Parágrafo único. No caso de interdição do estabelecimento
recursos públicos e privados recebidos pelas entidades de de longa permanência, os idosos abrigados serão
atendimento. transferidos para outra instituição, a expensas do
estabelecimento interditado, enquanto durar a interdição.
Art. 55. As entidades de atendimento que descumprirem as
determinações desta Lei ficarão sujeitas, sem prejuízo da Art. 57. Deixar o profissional de saúde ou o responsável por
responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou estabelecimento de saúde ou instituição de longa
prepostos, às seguintes penalidades, observado o devido permanência de comunicar à autoridade competente os
processo legal: casos de crimes contra idoso de que tiver conhecimento:
I – as entidades governamentais: Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00
(três mil reais), aplicada em dobro no caso de reincidência.
a) advertência;
Art. 58. Deixar de cumprir as determinações desta Lei sobre
b) afastamento provisório de seus dirigentes;
a prioridade no atendimento ao idoso:
c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 1.000,00
d) fechamento de unidade ou interdição de programa; (um mil reais) e multa civil a ser estipulada pelo juiz,
conforme o dano sofrido pelo idoso.
II – as entidades não-governamentais:
CAPÍTULO V
a) advertência;
DA APURAÇÃO ADMINISTRATIVA DE INFRAÇÃO ÀS
b) multa; NORMAS DE PROTEÇÃO AO IDOSO
c) suspensão parcial ou total do repasse de verbas públicas; Art. 59. Os valores monetários expressos no Capítulo IV
serão atualizados anualmente, na forma da lei.
d) interdição de unidade ou suspensão de programa;
Art. 60. O procedimento para a imposição de penalidade
e) proibição de atendimento a idosos a bem do interesse
administrativa por infração às normas de proteção ao idoso
público.
terá início com requisição do Ministério Público ou auto de
§ 1o Havendo danos aos idosos abrigados ou qualquer tipo infração elaborado por servidor efetivo e assinado, se
de fraude em relação ao programa, caberá o afastamento possível, por duas testemunhas.
provisório dos dirigentes ou a interdição da unidade e a
§ 1o No procedimento iniciado com o auto de infração
suspensão do programa.
poderão ser usadas fórmulas impressas, especificando-se a
§ 2o A suspensão parcial ou total do repasse de verbas natureza e as circunstâncias da infração.
públicas ocorrerá quando verificada a má aplicação ou
§ 2o Sempre que possível, à verificação da infração seguir-
desvio de finalidade dos recursos.
se-á a lavratura do auto, ou este será lavrado dentro de 24
§ 3o Na ocorrência de infração por entidade de atendimento, (vinte e quatro) horas, por motivo justificado.
que coloque em risco os direitos assegurados nesta Lei, será
Art. 61. O autuado terá prazo de 10 (dez) dias para a
o fato comunicado ao Ministério Público, para as
apresentação da defesa, contado da data da intimação, que
providências cabíveis, inclusive para promover a suspensão
será feita:
das atividades ou dissolução da entidade, com a proibição
de atendimento a idosos a bem do interesse público, sem I – pelo autuante, no instrumento de autuação, quando for
prejuízo das providências a serem tomadas pela Vigilância lavrado na presença do infrator;
Sanitária.
II – por via postal, com aviso de recebimento.
§ 4o Na aplicação das penalidades, serão consideradas a
Art. 62. Havendo risco para a vida ou à saúde do idoso, a
natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que
autoridade competente aplicará à entidade de atendimento
dela provierem para o idoso, as circunstâncias agravantes ou
as sanções regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das
atenuantes e os antecedentes da entidade.
providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério
CAPÍTULO IV Público ou pelas demais instituições legitimadas para a
DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS fiscalização.
Art. 56. Deixar a entidade de atendimento de cumprir as Art. 63. Nos casos em que não houver risco para a vida ou a
determinações do art. 50 desta Lei: saúde da pessoa idosa abrigada, a autoridade competente
aplicará à entidade de atendimento as sanções
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00
regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das
(três mil reais), se o fato não for caracterizado como crime,
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providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério Art. 70. O Poder Público poderá criar varas especializadas e
Público ou pelas demais instituições legitimadas para a exclusivas do idoso.
fiscalização.
Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos
CAPÍTULO VI processos e procedimentos e na execução dos atos e
DA APURAÇÃO JUDICIAL DE IRREGULARIDADES EM diligências judiciais em que figure como parte ou
ENTIDADE DE ATENDIMENTO interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos, em qualquer instância.
Art. 64. Aplicam-se, subsidiariamente, ao procedimento
administrativo de que trata este Capítulo as disposições § 1o O interessado na obtenção da prioridade a que alude
das Leis nos 6.437, de 20 de agosto de 1977, e 9.784, de 29 de este artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o
janeiro de 1999. benefício à autoridade judiciária competente para decidir o
feito, que determinará as providências a serem cumpridas,
Art. 65. O procedimento de apuração de irregularidade em
anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do
entidade governamental e não-governamental de
processo.
atendimento ao idoso terá início mediante petição
fundamentada de pessoa interessada ou iniciativa do § 2o A prioridade não cessará com a morte do beneficiado,
Ministério Público. estendendo-se em favor do cônjuge supérstite,
companheiro ou companheira, com união estável, maior de
Art. 66. Havendo motivo grave, poderá a autoridade
60 (sessenta) anos.
judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar
liminarmente o afastamento provisório do dirigente da § 3o A prioridade se estende aos processos e procedimentos
entidade ou outras medidas que julgar adequadas, para na Administração Pública, empresas prestadoras de
evitar lesão aos direitos do idoso, mediante decisão serviços públicos e instituições financeiras, ao atendimento
fundamentada. preferencial junto à Defensoria Publica da União, dos
Estados e do Distrito Federal em relação aos Serviços de
Art. 67. O dirigente da entidade será citado para, no prazo
Assistência Judiciária.
de 10 (dez) dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar
documentos e indicar as provas a produzir. § 4o Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso
o fácil acesso aos assentos e caixas, identificados com a
Art. 68. Apresentada a defesa, o juiz procederá na
destinação a idosos em local visível e caracteres legíveis.
conformidade do art. 69 ou, se necessário, designará
audiência de instrução e julgamento, deliberando sobre a § 5º Dentre os processos de idosos, dar-se-á prioridade
necessidade de produção de outras provas. especial aos maiores de oitenta anos. (Incluído pela Lei nº
13.466, de 2017).
§ 1o Salvo manifestação em audiência, as partes e o
Ministério Público terão 5 (cinco) dias para oferecer CAPÍTULO II
alegações finais, decidindo a autoridade judiciária em igual DO MINISTÉRIO PÚBLICO
prazo.
Art. 72. (VETADO)
§ 2o Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo
Art. 73. As funções do Ministério Público, previstas nesta Lei,
de dirigente de entidade governamental, a autoridade
serão exercidas nos termos da respectiva Lei Orgânica.
judiciária oficiará a autoridade administrativa
imediatamente superior ao afastado, fixando-lhe prazo de Art. 74. Compete ao Ministério Público:
24 (vinte e quatro) horas para proceder à substituição.
I – instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a
§ 3o Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade proteção dos direitos e interesses difusos ou coletivos,
judiciária poderá fixar prazo para a remoção das individuais indisponíveis e individuais homogêneos do
irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o idoso;
processo será extinto, sem julgamento do mérito.
II – promover e acompanhar as ações de alimentos, de
o
§ 4 A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da interdição total ou parcial, de designação de curador
entidade ou ao responsável pelo programa de atendimento. especial, em circunstâncias que justifiquem a medida e
oficiar em todos os feitos em que se discutam os direitos de
TÍTULO V
idosos em condições de risco;
DO ACESSO À JUSTIÇA
CAPÍTULO I III – atuar como substituto processual do idoso em situação
DISPOSIÇÕES GERAIS de risco, conforme o disposto no art. 43 desta Lei;
Art. 69. Aplica-se, subsidiariamente, às disposições deste IV – promover a revogação de instrumento procuratório do
Capítulo, o procedimento sumário previsto no Código de idoso, nas hipóteses previstas no art. 43 desta Lei, quando
Processo Civil, naquilo que não contrarie os prazos previstos necessário ou o interesse público justificar;
nesta Lei.
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V – instaurar procedimento administrativo e, para instruí-lo: CAPÍTULO III


DA PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERESSES DIFUSOS,
a) expedir notificações, colher depoimentos ou
COLETIVOS E INDIVIDUAIS INDISPONÍVEIS OU
esclarecimentos e, em caso de não comparecimento
HOMOGÊNEOS
injustificado da pessoa notificada, requisitar condução
coercitiva, inclusive pela Polícia Civil ou Militar; Art. 78. As manifestações processuais do representante do
Ministério Público deverão ser fundamentadas.
b) requisitar informações, exames, perícias e documentos
de autoridades municipais, estaduais e federais, da Art. 79. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de
administração direta e indireta, bem como promover responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados ao
inspeções e diligências investigatórias; idoso, referentes à omissão ou ao oferecimento
insatisfatório de:
c) requisitar informações e documentos particulares de
instituições privadas; I – acesso às ações e serviços de saúde;
VI – instaurar sindicâncias, requisitar diligências II – atendimento especializado ao idoso portador de
investigatórias e a instauração de inquérito policial, para a deficiência ou com limitação incapacitante;
apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção ao
III – atendimento especializado ao idoso portador de doença
idoso;
infecto-contagiosa;
VII – zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais
IV – serviço de assistência social visando ao amparo do
assegurados ao idoso, promovendo as medidas judiciais e
idoso.
extrajudiciais cabíveis;
Parágrafo único. As hipóteses previstas neste artigo não
VIII – inspecionar as entidades públicas e particulares de
excluem da proteção judicial outros interesses difusos,
atendimento e os programas de que trata esta Lei,
coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos,
adotando de pronto as medidas administrativas ou judiciais
próprios do idoso, protegidos em lei.
necessárias à remoção de irregularidades porventura
verificadas; Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas
no foro do domicílio do idoso, cujo juízo terá competência
IX – requisitar força policial, bem como a colaboração dos
absoluta para processar a causa, ressalvadas as
serviços de saúde, educacionais e de assistência social,
competências da Justiça Federal e a competência originária
públicos, para o desempenho de suas atribuições;
dos Tribunais Superiores.
X – referendar transações envolvendo interesses e direitos
Art. 81. Para as ações cíveis fundadas em interesses difusos,
dos idosos previstos nesta Lei.
coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos,
§ 1o A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis consideram-se legitimados, concorrentemente:
previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas
I – o Ministério Público;
mesmas hipóteses, segundo dispuser a lei.
II – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
§ 2o As atribuições constantes deste artigo não excluem
outras, desde que compatíveis com a finalidade e III – a Ordem dos Advogados do Brasil;
atribuições do Ministério Público.
IV – as associações legalmente constituídas há pelo menos 1
§ 3o O representante do Ministério Público, no exercício de (um) ano e que incluam entre os fins institucionais a defesa
suas funções, terá livre acesso a toda entidade de dos interesses e direitos da pessoa idosa, dispensada a
atendimento ao idoso. autorização da assembléia, se houver prévia autorização
estatutária.
Art. 75. Nos processos e procedimentos em que não for
parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Público na § 1o Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os
defesa dos direitos e interesses de que cuida esta Lei, Ministérios Públicos da União e dos Estados na defesa dos
hipóteses em que terá vista dos autos depois das partes, interesses e direitos de que cuida esta Lei.
podendo juntar documentos, requerer diligências e
§ 2o Em caso de desistência ou abandono da ação por
produção de outras provas, usando os recursos cabíveis.
associação legitimada, o Ministério Público ou outro
Art. 76. A intimação do Ministério Público, em qualquer legitimado deverá assumir a titularidade ativa.
caso, será feita pessoalmente.
Art. 82. Para defesa dos interesses e direitos protegidos por
Art. 77. A falta de intervenção do Ministério Público acarreta esta Lei, são admissíveis todas as espécies de ação
a nulidade do feito, que será declarada de ofício pelo juiz ou pertinentes.
a requerimento de qualquer interessado.
Parágrafo único. Contra atos ilegais ou abusivos de
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício

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de atribuições de Poder Público, que lesem direito líquido e Art. 90. Os agentes públicos em geral, os juízes e tribunais,
certo previsto nesta Lei, caberá ação mandamental, que se no exercício de suas funções, quando tiverem conhecimento
regerá pelas normas da lei do mandado de segurança. de fatos que possam configurar crime de ação pública contra
idoso ou ensejar a propositura de ação para sua defesa,
Art. 83. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de
devem encaminhar as peças pertinentes ao Ministério
obrigação de fazer ou não-fazer, o juiz concederá a tutela
Público, para as providências cabíveis.
específica da obrigação ou determinará providências que
assegurem o resultado prático equivalente ao Art. 91. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá
adimplemento. requerer às autoridades competentes as certidões e
informações que julgar necessárias, que serão fornecidas no
§ 1o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo
prazo de 10 (dez) dias.
justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito
ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação Art. 92. O Ministério Público poderá instaurar sob sua
prévia, na forma do art. 273 do Código de Processo Civil. presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer
pessoa, organismo público ou particular, certidões,
§ 2o O juiz poderá, na hipótese do § 1o ou na sentença, impor
informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar, o
multa diária ao réu, independentemente do pedido do
qual não poderá ser inferior a 10 (dez) dias.
autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação,
fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito. § 1o Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as
diligências, se convencer da inexistência de fundamento
§ 3o A multa só será exigível do réu após o trânsito em
para a propositura da ação civil ou de peças informativas,
julgado da sentença favorável ao autor, mas será devida
determinará o seu arquivamento, fazendo-o
desde o dia em que se houver configurado.
fundamentadamente.
Art. 84. Os valores das multas previstas nesta Lei reverterão
§ 2o Os autos do inquérito civil ou as peças de informação
ao Fundo do Idoso, onde houver, ou na falta deste, ao Fundo
arquivados serão remetidos, sob pena de se incorrer em
Municipal de Assistência Social, ficando vinculados ao
falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior
atendimento ao idoso.
do Ministério Público ou à Câmara de Coordenação e
Parágrafo único. As multas não recolhidas até 30 (trinta) dias Revisão do Ministério Público.
após o trânsito em julgado da decisão serão exigidas por
§ 3o Até que seja homologado ou rejeitado o arquivamento,
meio de execução promovida pelo Ministério Público, nos
pelo Conselho Superior do Ministério Público ou por Câmara
mesmos autos, facultada igual iniciativa aos demais
de Coordenação e Revisão do Ministério Público, as
legitimados em caso de inércia daquele.
associações legitimadas poderão apresentar razões escritas
Art. 85. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos ou documentos, que serão juntados ou anexados às peças
recursos, para evitar dano irreparável à parte. de informação.
Art. 86. Transitada em julgado a sentença que impuser § 4o Deixando o Conselho Superior ou a Câmara de
condenação ao Poder Público, o juiz determinará a remessa Coordenação e Revisão do Ministério Público de homologar
de peças à autoridade competente, para apuração da a promoção de arquivamento, será designado outro
responsabilidade civil e administrativa do agente a que se membro do Ministério Público para o ajuizamento da ação.
atribua a ação ou omissão.
TÍTULO VI
Art. 87. Decorridos 60 (sessenta) dias do trânsito em julgado DOS CRIMES
da sentença condenatória favorável ao idoso sem que o CAPÍTULO I
autor lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério DISPOSIÇÕES GERAIS
Público, facultada, igual iniciativa aos demais legitimados,
Art. 93. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as
como assistentes ou assumindo o pólo ativo, em caso de
disposições da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985.
inércia desse órgão.
Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima
Art. 88. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá
privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais
se o procedimento previsto na Lei no 9.099, de 26 de
e quaisquer outras despesas.
setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as
Parágrafo único. Não se imporá sucumbência ao Ministério disposições do Código Penal e do Código de Processo
Público. Penal. (Vide ADI 3.096-5 - STF)
Art. 89. Qualquer pessoa poderá, e o servidor deverá,
provocar a iniciativa do Ministério Público, prestando-lhe
informações sobre os fatos que constituam objeto de ação
civil e indicando-lhe os elementos de convicção.

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CAPÍTULO II III – recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de


DOS CRIMES EM ESPÉCIE prestar assistência à saúde, sem justa causa, a pessoa idosa;
Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal IV – deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo
pública incondicionada, não se lhes aplicando os arts. motivo, a execução de ordem judicial expedida na ação civil
181 e 182 do Código Penal. a que alude esta Lei;
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando V – recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis
seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, à propositura da ação civil objeto desta Lei, quando
ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou requisitados pelo Ministério Público.
instrumento necessário ao exercício da cidadania, por
Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo
motivo de idade:
motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. em que for parte ou interveniente o idoso:
§ 1o Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar, Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer
Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos,
motivo.
pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes
§ 2o A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se aplicação diversa da de sua finalidade:
encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do agente.
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando
Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência do idoso,
possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente
como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração à
perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à
entidade de atendimento:
saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o
socorro de autoridade pública: Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária
relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da
como qualquer outro documento com objetivo de assegurar
omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e
recebimento ou ressarcimento de dívida:
triplicada, se resulta a morte.
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.
Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde,
entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de
prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei comunicação, informações ou imagens depreciativas ou
ou mandado: injuriosas à pessoa do idoso:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa. Pena – detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus
psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas atos a outorgar procuração para fins de administração de
ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados bens ou deles dispor livremente:
indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
a trabalho excessivo ou inadequado:
Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar,
Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa.
contratar, testar ou outorgar procuração:
§ 1o Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem
§ 2o Se resulta a morte: discernimento de seus atos, sem a devida representação
legal:
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis)
meses a 1 (um) ano e multa: TÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
I – obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por
motivo de idade; Art. 109. Impedir ou embaraçar ato do representante do
Ministério Público ou de qualquer outro agente fiscalizador:
II – negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou
trabalho; Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

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Art. 110. O Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, Art. 111. O O art. 21 do Decreto-Lei no 3.688, de 3 de outubro
Código Penal, passa a vigorar com as seguintes alterações: de 1941, Lei das Contravenções Penais, passa a vigorar
acrescido do seguinte parágrafo único:
"Art. 61.
"Art. 21
II -
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou
metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos." (NR)
mulher grávida;" (NR)
Art. 112. O inciso II do § 4o do art. 1o da Lei no 9.455, de 7 de
"Art. 121.
abril de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um
"Art. 1o
terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar § 4o
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador
conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta)
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada
anos;." (NR)
de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor
de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos." (NR) Art. 113. O inciso III do art. 18 da Lei no 6.368, de 21 de
outubro de 1976, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 133.
"Art. 18
§ 3o
III – se qualquer deles decorrer de associação ou visar a
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos." (NR)
menores de 21 (vinte e um) anos ou a pessoa com idade igual
"Art. 140. ou superior a 60 (sessenta) anos ou a quem tenha, por
qualquer causa, diminuída ou suprimida a capacidade de
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos
discernimento ou de autodeterminação:" (NR)
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição
de pessoa idosa ou portadora de deficiência:(NR) Art. 114. O art 1º da Lei no 10.048, de 8 de novembro de
2000, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 141.
"Art. 1o As pessoas portadoras de deficiência, os idosos com
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as
de deficiência, exceto no caso de injúria." (NR)
lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo
"Art. 148. terão atendimento prioritário, nos termos desta Lei." (NR)
§ 1o Art. 115. O Orçamento da Seguridade Social destinará ao
Fundo Nacional de Assistência Social, até que o Fundo
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge do
Nacional do Idoso seja criado, os recursos necessários, em
agente ou maior de 60 (sessenta) anos.." (NR)
cada exercício financeiro, para aplicação em programas e
"Art. 159 ações relativos ao idoso.
§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se Art. 116. Serão incluídos nos censos demográficos dados
o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 relativos à população idosa do País.
(sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou
Art. 117. O Poder Executivo encaminhará ao Congresso
quadrilha." (NR)
Nacional projeto de lei revendo os critérios de concessão do
"Art. 183 Benefício de Prestação Continuada previsto na Lei Orgânica
da Assistência Social, de forma a garantir que o acesso ao
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou
direito seja condizente com o estágio de desenvolvimento
superior a 60 (sessenta) anos." (NR)
sócio-econômico alcançado pelo País.
"Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência
Art. 118. Esta Lei entra em vigor decorridos 90 (noventa)
do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto
dias da sua publicação, ressalvado o disposto no caput do
para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60
art. 36, que vigorará a partir de 1o de janeiro de 2004.
(sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos
necessários ou faltando ao pagamento de pensão Brasília, 1o de outubro de 2003; 182o da Independência e
alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; 115o da República.
deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
ascendente, gravemente enfermo:" (NR)
Márcio Thomaz Bastos
Antonio Palocci Filho

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Rubem Fonseca Filho impossibilite a completa identificação dos caracteres


Humberto Sérgio Costa LIma essenciais.
Guido Mantega
Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados
Ricardo José Ribeiro Berzoini
deverão ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma
Benedita Souza da Silva Sampaio
de investigação, ainda que consideradas insuficientes para
Álvaro Augusto Ribeiro Costa
identificar o indiciado.

Lei nº 12.037/2009 Art. 4º Quando houver necessidade de identificação


criminal, a autoridade encarregada tomará as providências
Dispõe sobre a identificação criminal do civilmente necessárias para evitar o constrangimento do identificado.
identificado, regulamentando o art. 5º, inciso LVIII, da Art. 5º A identificação criminal incluirá o processo
Constituição Federal. datiloscópico e o fotográfico, que serão juntados aos autos
O VICE – PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito
cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o policial ou outra forma de investigação.
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Parágrafo único. Na hipótese do inciso IV do art. 3o, a
Art. 1º O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal poderá incluir a coleta de material
identificação criminal, salvo nos casos previstos nesta Lei. biológico para a obtenção do perfil genético. (Incluído pela
Lei nº 12.654, de 2012)
Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos
seguintes documentos: Art. 5o-A. Os dados relacionados à coleta do perfil genético
deverão ser armazenados em banco de dados de perfis
I – carteira de identidade; genéticos, gerenciado por unidade oficial de perícia
II – carteira de trabalho; (Revogado pela Medida criminal. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
Provisória nº 905, de 2019) § 1º As informações genéticas contidas nos bancos de dados
III – carteira profissional; de perfis genéticos não poderão revelar traços somáticos ou
comportamentais das pessoas, exceto determinação
IV – passaporte; genética de gênero, consoante as normas constitucionais e
V – carteira de identificação funcional; internacionais sobre direitos humanos, genoma humano e
dados genéticos. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
VI – outro documento público que permita a identificação do
indiciado. § 2º Os dados constantes dos bancos de dados de perfis
genéticos terão caráter sigiloso, respondendo civil, penal e
Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam- administrativamente aquele que permitir ou promover sua
se aos documentos de identificação civis os documentos de utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em
identificação militares. decisão judicial. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, § 3º As informações obtidas a partir da coincidência de perfis
poderá ocorrer identificação criminal quando: genéticos deverão ser consignadas em laudo pericial
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de firmado por perito oficial devidamente habilitado. (Incluído
falsificação; pela Lei nº 12.654, de 2012)

II – o documento apresentado for insuficiente para Art. 6º É vedado mencionar a identificação criminal do
identificar cabalmente o indiciado; indiciado em atestados de antecedentes ou em informações
não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, julgado da sentença condenatória.
com informações conflitantes entre si;
Art. 7º No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua
IV – a identificação criminal for essencial às investigações rejeição, ou absolvição, é facultado ao indiciado ou ao réu,
policiais, segundo despacho da autoridade judiciária após o arquivamento definitivo do inquérito, ou trânsito em
competente, que decidirá de ofício ou mediante julgado da sentença, requerer a retirada da identificação
representação da autoridade policial, do Ministério Público fotográfica do inquérito ou processo, desde que apresente
ou da defesa; provas de sua identificação civil.
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de
diferentes qualificações; dados ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da I - no caso de absolvição do acusado; ou (Incluído pela Lei
localidade da expedição do documento apresentado nº 13.964, de 2019)

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II - no caso de condenação do acusado, mediante § 8º Os dados constantes do Banco Nacional


requerimento, após decorridos 20 (vinte) anos do Multibiométrico e de Impressões Digitais terão caráter
cumprimento da pena. (Incluído pela Lei nº 13.964, de sigiloso, e aquele que permitir ou promover sua utilização
2019) para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão
judicial responderá civil, penal e administrativamente.
Art. 7º-B. A identificação do perfil genético será
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
armazenada em banco de dados sigiloso, conforme
regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo. (Incluído § 9º As informações obtidas a partir da coincidência de
pela Lei nº 12.654, de 2012) registros biométricos relacionados a crimes deverão ser
consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial
Art. 7º-C. Fica autorizada a criação, no Ministério da Justiça
habilitado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
e Segurança Pública, do Banco Nacional Multibiométrico e
de Impressões Digitais. (Incluído pela Lei nº 13.964, de § 10. É vedada a comercialização, total ou parcial, da base de
2019) dados do Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões
Digitais. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional
Multibiométrico e de Impressões Digitais serão § 11. A autoridade policial e o Ministério Público poderão
regulamentados em ato do Poder Executivo federal. requerer ao juiz competente, no caso de inquérito ou ação
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) penal instaurados, o acesso ao Banco Nacional
Multibiométrico e de Impressões Digitais. (Incluído pela
§ 2º O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões
Lei nº 13.964, de 2019)
Digitais tem como objetivo armazenar dados de registros
biométricos, de impressões digitais e, quando possível, de Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
íris, face e voz, para subsidiar investigações criminais
Art. 9º Revoga-se a Lei nº 10.054, de 7 de dezembro de
federais, estaduais ou distritais. (Incluído pela Lei nº
2000.
13.964, de 2019)
Brasília, 1o de outubro de 2009; 188º da Independência e
§ 3º O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões
121º da República.
Digitais será integrado pelos registros biométricos, de
impressões digitais, de íris, face e voz colhidos em JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA
investigações criminais ou por ocasião da identificação
Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto
criminal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 4º Poderão ser colhidos os registros biométricos, de Lei nº 7.960/1989
impressões digitais, de íris, face e voz dos presos provisórios
ou definitivos quando não tiverem sido extraídos por Dispõe sobre prisão temporária.
ocasião da identificação criminal. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
§ 5º Poderão integrar o Banco Nacional Multibiométrico e de
Impressões Digitais, ou com ele interoperar, os dados de Art. 1° Caberá prisão temporária:
registros constantes em quaisquer bancos de dados geridos I - quando imprescindível para as investigações do inquérito
por órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário policial;
das esferas federal, estadual e distrital, inclusive pelo
Tribunal Superior Eleitoral e pelos Institutos de Identificação II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não
Civil. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua
identidade;
§ 6º No caso de bancos de dados de identificação de
natureza civil, administrativa ou eleitoral, a integração ou o III - quando houver fundadas razões, de acordo com
compartilhamento dos registros do Banco Nacional qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou
Multibiométrico e de Impressões Digitais será limitado às participação do indiciado nos seguintes crimes:
impressões digitais e às informações necessárias para a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);
identificação do seu titular. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019) b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1°
e 2°);
§ 7º A integração ou a interoperação dos dados de registros
multibiométricos constantes de outros bancos de dados c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
com o Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);
Digitais ocorrerá por meio de acordo ou convênio com a
unidade gestora. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°,
2° e 3°);

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f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, § 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o
caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, preso dos direitos previstos no art. 5° da Constituição
de 1940) Federal.
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua § 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a
combinação com o art. 223, caput, e parágrafo autoridade responsável pela custódia deverá,
único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940) independentemente de nova ordem da autoridade judicial,
pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223
sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da
caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848,
decretação da prisão preventiva. (Incluído pela Lei nº
de 1940)
13.869. de 2019)
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);
§ 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão
j) envenenamento de água potável ou substância no cômputo do prazo de prisão temporária. (Redação
alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, dada pela Lei nº 13.869. de 2019)
caput, combinado com art. 285);
Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer,
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; obrigatoriamente, separados dos demais detentos.
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de Art. 4° O art. 4° da Lei n° 4.898, de 9 de dezembro de
outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas; 1965, fica acrescido da alínea i, com a seguinte redação:
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro "Art. 4°
de 1976);
i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de medida de segurança, deixando de expedir em tempo
junho de 1986). oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de
liberdade;"
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído pela
Lei nº 13.260, de 2016) Art. 5° Em todas as comarcas e seções judiciárias haverá um
plantão permanente de vinte e quatro horas do Poder
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face
Judiciário e do Ministério Público para apreciação dos
da representação da autoridade policial ou de requerimento
pedidos de prisão temporária.
do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias,
prorrogável por igual período em caso de extrema e Art. 6° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
comprovada necessidade.
Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário.
§ 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o
Brasília, 21 de dezembro de 1989; 168° da Independência e
Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.
101° da República.
§ 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser
JOSÉ SARNEY
fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e
J. Saulo Ramos
quatro) horas, contadas a partir do recebimento da
representação ou do requerimento.
Lei nº 1.521/19651
§ 3° O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do
Ministério Público e do Advogado, determinar que o preso Altera dispositivos da legislação vigente sobre crimes
lhe seja apresentado, solicitar informações e contra a economia popular.
esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a
exame de corpo de delito. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
§ 4° Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado
de prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao Art. 1º. Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes e as
indiciado e servirá como nota de culpa. contravenções contra a economia popular, Esta Lei regulará
o seu julgamento.
§ 4º-A O mandado de prisão conterá necessariamente o
período de duração da prisão temporária estabelecido Art. 2º. São crimes desta natureza:
no caput deste artigo, bem como o dia em que o preso I - recusar individualmente em estabelecimento comercial a
deverá ser libertado. (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019) prestação de serviços essenciais à subsistência; sonegar
§ 5° A prisão somente poderá ser executada depois da mercadoria ou recusar vendê-la a quem esteja em condições
expedição de mandado judicial. de comprar a pronto pagamento;

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II - favorecer ou preferir comprador ou freguês em de primeira necessidade ou necessários ao consumo do


detrimento de outro, ressalvados os sistemas de entrega ao povo, os gêneros, artigos, mercadorias e qualquer outra
consumo por intermédio de distribuidores ou revendedores; espécie de coisas ou bens indispensáveis à subsistência do
indivíduo em condições higiênicas e ao exercício normal de
III - expor à venda ou vender mercadoria ou produto
suas atividades. Estão compreendidos nesta definição os
alimentício, cujo fabrico haja desatendido a determinações
artigos destinados à alimentação, ao vestuário e à
oficiais, quanto ao peso e composição;
iluminação, os terapêuticos ou sanitários, o combustível, a
IV - negar ou deixar o fornecedor de serviços essenciais de habitação e os materiais de construção.
entregar ao freguês a nota relativa à prestação de serviço,
Art. 3º. São também crimes desta natureza:
desde que a importância exceda de quinze cruzeiros, e com
a indicação do preço, do nome e endereço do I - destruir ou inutilizar, intencionalmente e sem autorização
estabelecimento, do nome da firma ou responsável, da data legal, com o fim de determinar alta de preços, em proveito
e local da transação e do nome e residência do freguês; próprio ou de terceiro, matérias-primas ou produtos
necessários ao consumo do povo;
V - misturar gêneros e mercadorias de espécies diferentes,
expô-los à venda ou vendê-los, como puros; misturar II - abandonar ou fazer abandonar lavoura ou plantações,
gêneros e mercadorias de qualidades desiguais para expô- suspender ou fazer suspender a atividade de fábricas, usinas
los à venda ou vendê-los por preço marcado para os de mais ou quaisquer estabelecimentos de produção, ou meios de
alto custo; transporte, mediante indenização paga pela desistência da
competição;
VI - transgredir tabelas oficiais de gêneros e mercadorias, ou
de serviços essenciais, bem como expor à venda ou oferecer III - promover ou participar de consórcio, convênio, ajuste,
ao público ou vender tais gêneros, mercadorias ou serviços, aliança ou fusão de capitais, com o fim de impedir ou
por preço superior ao tabelado, assim como não manter dificultar, para o efeito de aumento arbitrário de lucros, a
afixadas, em lugar visível e de fácil leitura, as tabelas de concorrência em matéria de produção, transportes ou
preços aprovadas pelos órgãos competentes; comércio;
VII - negar ou deixar o vendedor de fornecer nota ou caderno IV - reter ou açambarcar matérias-primas, meios de
de venda de gêneros de primeira necessidade, seja à vista ou produção ou produtos necessários ao consumo do povo,
a prazo, e cuja importância exceda de dez cruzeiros, ou de com o fim de dominar o mercado em qualquer ponto do País
especificar na nota ou caderno - que serão isentos de selo - e provocar a alta dos preços;
o preço da mercadoria vendida, o nome e o endereço do
V - vender mercadorias abaixo do preço de custo com o fim
estabelecimento, a firma ou o responsável, a data e local da
de impedir a concorrência.
transação e o nome e residência do freguês;
VI - provocar a alta ou baixa de preços de mercadorias,
VIII - celebrar ajuste para impor determinado preço de
títulos públicos, valores ou salários por meio de notícias
revenda ou exigir do comprador que não compre de outro
falsas, operações fictícias ou qualquer outro artifício;
vendedor;
VII - dar indicações ou fazer afirmações falsas em prospectos
IX - obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do
ou anúncios, para fim de substituição, compra ou venda de
povo ou de número indeterminado de pessoas mediante
títulos, ações ou quotas;
especulações ou processos fraudulentos ("bola de neve",
"cadeias", "pichardismo" e quaisquer outros equivalentes); VIII - exercer funções de direção, administração ou gerência
de mais de uma empresa ou sociedade do mesmo ramo de
X - violar contrato de venda a prestações, fraudando sorteios
indústria ou comércio com o fim de impedir ou dificultar a
ou deixando de entregar a coisa vendida, sem devolução das
concorrência;
prestações pagas, ou descontar destas, nas vendas com
reserva de domínio, quando o contrato for rescindido por IX - gerir fraudulenta ou temerariamente bancos ou
culpa do comprador, quantia maior do que a estabelecimentos bancários, ou de capitalização;
correspondente à depreciação do objeto. sociedades de seguros, pecúlios ou pensões vitalícias;
sociedades para empréstimos ou financiamento de
XI - fraudar pesos ou medidas padronizados em lei ou
construções e de vendas e imóveis a prestações, com ou sem
regulamentos; possuí-los ou detê-los, para efeitos de
sorteio ou preferência por meio de pontos ou quotas; caixas
comércio, sabendo estarem fraudados.
econômicas; caixas Raiffeisen; caixas mútuas, de
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, beneficência, socorros ou empréstimos; caixas de pecúlios,
de dois mil a cinqüenta mil cruzeiros. pensão e aposentadoria; caixas construtoras; cooperativas;
sociedades de economia coletiva, levando-as à falência ou à
Parágrafo único. Na configuração dos crimes previstos nesta
insolvência, ou não cumprindo qualquer das cláusulas
Lei, bem como na de qualquer outro de defesa da economia
contratuais com prejuízo dos interessados;
popular, sua guarda e seu emprego considerar-se-ão como

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X - fraudar de qualquer modo escriturações, lançamentos, reduzida à metade dentro desses limites, quando o infrator
registros, relatórios, pareceres e outras informações devidas for empregado do estabelecimento comercial ou industrial,
a sócios de sociedades civis ou comerciais, em que o capital ou não ocupe cargo ou posto de direção dos negócios.
seja fracionado em ações ou quotas de valor nominativo (Redação dada pela Lei nº 3.290, de 1957)
igual ou inferior a um mil cruzeiros com o fim de sonegar
Art. 6º. Verificado qualquer crime contra a economia
lucros, dividendos, percentagens, rateios ou bonificações,
popular ou contra a saúde pública (Capítulo III do Título VIII
ou de desfalcar ou de desviar fundos de reserva ou reservas
do Código Penal) e atendendo à gravidade do fato, sua
técnicas.
repercussão e efeitos, o juiz, na sentença, declarará a
Pena - detenção, de 2 (dois) anos a 10 (dez) anos, e multa, interdição de direito, determinada no art. 69, IV, do Código
de vinte mil a cem mil cruzeiros. Penal, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, assim como, mediante
representação da autoridade policial, poderá decretar,
Art. 4º. Constitui crime da mesma natureza a usura
dentro de 48 (quarenta e oito) horas, a suspensão provisória,
pecuniária ou real, assim se considerando:
pelo prazo de 15 (quinze) dias, do exercício da profissão ou
a) cobrar juros, comissões ou descontos percentuais, sobre atividade do infrator.
dívidas em dinheiro superiores à taxa permitida por lei;
Art. 7º. Os juízes recorrerão de ofício sempre que
cobrar ágio superior à taxa oficial de câmbio, sobre quantia
absolverem os acusados em processo por crime contra a
permutada por moeda estrangeira; ou, ainda, emprestar
economia popular ou contra a saúde pública, ou quando
sob penhor que seja privativo de instituição oficial de
determinarem o arquivamento dos autos do respectivo
crédito; (Vide Lei nº 1.807, de 1953)
inquérito policial.
b) obter, ou estipular, em qualquer contrato, abusando da
Art. 8º. Nos crimes contra a saúde pública, os exames
premente necessidade, inexperiência ou leviandade de
periciais serão realizados, no Distrito Federal, pelas
outra parte, lucro patrimonial que exceda o quinto do valor
repartições da Secretaria-Geral da Saúde e Assistência e da
corrente ou justo da prestação feita ou prometida.
Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio da Prefeitura
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, ou pelo Gabinete de Exames Periciais do Departamento de
de cinco mil a vinte mil cruzeiros. Segurança Pública e nos Estados e Territórios pelos serviços
congêneres, valendo qualquer dos laudos como corpo de
§ 1º. Nas mesmas penas incorrerão os procuradores,
delito.
mandatários ou mediadores que intervierem na operação
usuária, bem como os cessionários de crédito usurário que, Art. 9º. (Revogado pela Lei nº 6.649, de 1979)
cientes de sua natureza ilícita, o fizerem valer em sucessiva
Art. 10. Terá forma sumária, nos termos do Capítulo V,
transmissão ou execução judicial.
Título II, Livro II, do Código de Processo Penal, o processo
§ 2º. São circunstâncias agravantes do crime de usura: das contravenções e dos crimes contra a economia popular,
não submetidos ao julgamento pelo júri. (Vide Decreto-lei
I - ser cometido em época de grave crise econômica;
nº 2.848, de 1940)
II - ocasionar grave dano individual;
§ 1º. Os atos policiais (inquérito ou processo iniciado por
III - dissimular-se a natureza usurária do contrato; portaria) deverão terminar no prazo de 10 (dez) dias.
IV - quando cometido: § 2º. O prazo para oferecimento da denúncia será de 2 (dois)
dias, esteja ou não o réu preso.
a) por militar, funcionário público, ministro de culto
religioso; por pessoa cuja condição econômico-social seja § 3º. A sentença do juiz será proferida dentro do prazo de 30
manifestamente superior à da vítima; (trinta) dias contados do recebimento dos autos da
autoridade policial (art. 536 do Código de Processo Penal).
b) em detrimento de operário ou de agricultor; de menor de
18 (dezoito) anos ou de deficiente mental, interditado ou § 4º. A retardação injustificada, pura e simples, dos prazos
não. indicados nos parágrafos anteriores, importa em crime de
prevaricação (art. 319 do Código Penal).
§3º (Revogado pela Medida Provisória nº 2.172-32, de 2001)
Art. 11. No Distrito Federal, o processo das infrações penais
Art. 5º Nos crimes definidos nesta lei, haverá suspensão da
relativas à economia popular caberá, indistintamente, a
pena e livramento condicional em todos os casos permitidos
todas as varas criminais com exceção das 1ª e 20ª,
pela legislação comum. Será a fiança concedida nos termos
observadas as disposições quanto aos crimes da
da legislação em vigor, devendo ser arbitrada dentro dos
competência do júri de que trata o art. 12.
limites de Cr$ 5.000,00 (cinco mil cruzeiros) a Cr$ 50.000,00
(cinqüenta mil cruzeiros), nas hipóteses do artigo 2º, e Art. 12. São da competência do Júri os crimes previstos no
dentro dos limites de Cr$ 10.000,00 (dez mil cruzeiros) a art. 2º desta Lei. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
Cr$100.000,00 (cem mil cruzeiros) nos demais casos,

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Art. 13. O Júri compõe de um juiz, que é o seu presidente, e III) Havendo acordo entre o Ministério Público e o réu, por
de vinte jurados sorteados dentre os eleitores de cada zona seu defensor, mediante termo lavrado nos autos, será
eleitoral, de uma lista de cento e cinqüenta a duzentos dispensada a inquirição das testemunhas arroladas pelas
eleitores, cinco dos quais constituirão o conselho de partes e cujos depoimentos constem do inquérito policial.
sentença em cada sessão de julgamento. (Vide Emenda
IV) Ouvidas as testemunhas e realizada qualquer diligência
Constitucional nº 1, de 1969)
porventura requeda, o Juiz, depois de sanadas as nulidades
Art. 14. A lista a que se refere o artigo anterior será e irregularidades e determinar ou realizar qualquer outra
semestralmente organizada pelo presidente do Júri, sob sua diligência, que entender conveniente, ouvirá, nos autos,
responsabilidade, entre pessoas de notória idoneidade, sucessivamente, por quarenta e oito horas, o órgão do
incluídos de preferência os chefes de família e as donas de Ministério Público e o defensor.
casa. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
V) Em seguida, o Juiz poderá absolver, desde logo, o
Art. 15. Até o dia quinze de cada mês, far-se-á o sorteio dos acusado, quando estiver provado que ele não praticou o
jurados que devam constituir o tribunal do mês seguinte. crime, fundamentando a sentença e recorrendo ex-officio.
(Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
VI) Se o Juiz assim não proceder, sem manifestar,
Art. 16. o Júri funcionará quando estiverem presentes, pelo entretanto, sua opinião, determinará a remessa do processo
menos quinze jurados. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de ao presidente do Júri ou que se faça a inclusão do processo
1969) na pauta do julgamento se lhe couber a presidência.
Art. 17. O presidente do Júri fará as convocações para o VII) São dispensadas a pronúncia e a formação de libelo.
julgamento com quarenta e oito horas de antecedência pelo
Art. 24 O órgão do Ministério Público, o réu e o seu defensor,
menos, observada a ordem de recebimento dos processos.
serão intimados do dia designado para o julgamento. Será
(Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
julgado à revelia o réu solto que deixar de comparecer sem
Art. 18. Além dos casos de suspeição e impedimento justa causa. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
previstos em Lei, não poderá servir jurado da mesma
Art. 25 Poderão ser ouvidas em plenário as testemunhas da
atividade profissional do acusado. (Vide Emenda
instrução que, previamente, e com quarenta e oito horas de
Constitucional nº 1, de 1969)
antecedência, forem indicadas pelo Ministério Público ou
Art. 19. Poderá ser constituído um Júri em cada zona pelo acusado.
eleitoral. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
Art. 26 Em plenário, constituído o conselho de sentença, o
Art. 20. A presidência do Júri caberá ao Juiz do processo, Juiz tomará aos jurados o juramento de bem e sinceramente
salvo quando a Lei de organização judiciária atribuir a decidirem a causa, proferindo o voto a bem da verdade e da
presidência a outro. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de justiça. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
1969)
Art. 27. Qualificado a réu e sendo-lhe permitida qualquer
Art. 21. No Distrito Federal, poderá o juiz presidente do Júri declaração a bem da defesa, observada as formalidades
representar ao Tribunal de Justiça para que seja substituído processuais, aplicáveis e constantes da seção IV do cap. II do
na presidência do Júri por Juiz substituto ou Juízes livro Il, tit. I do Código de Processo Penal, o juiz abrirá os
substitutos, nos termos do art. 20 da Lei nº 1.301, de w28 de debates, dando a palavra ao órgão do Ministério Público e
dezembro de 1950. Servirá no Júri o Promotor Público que ao assistente, se houver, para dedução da acusação e ao
for designado. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969) defensor para produzir a defesa. (Vide Emenda
Constitucional nº 1, de 1969)
Art. 22. O Júri poderá funcionar com pessoal, material e
instalações destinados aos serviços eleitorais. (Vide Emenda Art. 28. O tempo, destinado à acusação e à defesa será de
Constitucional nº 1, de 1969) uma hora para cada uma. Havendo mais de um réu, o tempo
será elevado ao dobro, desde que assim seja requerido. Não
Art. 23. Nos processos da competência do Júri far-se-á a
haverá réplica nem tréplica. (Vide Emenda Constitucional nº
instrução contraditória, observado o disposto no Código de
1, de 1969)
Processo Penal, relativamente ao processo comum (livro II,
título I, capítulo I) com às seguintes modificações: (Vide Art. 29. No julgamento que se realizará em sala secreta com
Emenda Constitucional nº 1, de 1969) a presença do Juiz, do escrivão e de um oficial de Justiça,
bem como dos acusadores e dos defensores que se
I) o número de testemunhas, tanto para a acusação como
conservarão em seus lugares sem intervir na votação, os
para a defesa, será de seis no máximo.
jurados depositarão na urna a resposta - sim ou não - ao
II) Serão ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa, quesito único indagando se o réu praticou o crime que lhe foi
dentro do prazo de quinze dias se o réu estiver preso, e de imputado. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969)
vinte quando solto.

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Parágrafo único. Em seguida, o Juiz, no caso de condenação, Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas
lavrará sentença tendo em vista as circunstâncias de assistência e proteção às mulheres em situação de
atenuantes ou agravantes existentes nos autos e levando violência doméstica e familiar.
em conta na aplicação da pena o disposto nos arts. 42 e 43
Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça,
do Código Penal.
etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional,
Art. 30. Das decisões do Júri, e nos termos da legislação em idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à
vigor, cabe apelação, sem efeito suspensivo, em qualquer pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e
caso. (Vide Emenda Constitucional nº 1, de 1969) facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde
física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e
Art. 31. Em tudo mais que couber e não contrariar esta Lei
social.
aplicar-se-á o Código de Processo Penal. (Vide Emenda
Constitucional nº 1, de 1969) Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o
exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à
Art. 32. É o Poder Executivo autorizado a abrir ao Poder
alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à
Judiciário o crédito especial de Cr$ 2.000.000,00 (dois
justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à
milhões de cruzeiros) para ocorrer, Vetado, às despesas do
liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar
pessoal e material necessários à execução desta Lei no
e comunitária.
Distrito Federal e nos Territórios.
§ 1º O poder público desenvolverá políticas que visem
Art. 33. Esta Lei entrará em vigor sessenta dias depois de sua
garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das
publicação, aplicando-se aos processos iniciados na sua
relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-
vigência.
las de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
Art. 34. Revogam-se as disposições em contrário. violência, crueldade e opressão.
Rio de Janeiro, 26 de dezembro de 1951; 130º da § 2º Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as
Independência e 63º da República. condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos
enunciados no caput.
GETÚLIO VARGAS
Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão considerados os
Francisco Negrão de Lima
fins sociais a que ela se destina e, especialmente, as
Horácio Lafer condições peculiares das mulheres em situação de violência
doméstica e familiar.
Lei nº 11.340/2006 TÍTULO II
DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A
Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e MULHER
familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da CAPÍTULO I
Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação DISPOSIÇÕES GERAIS
de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres
e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência
Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou
criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão,
contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras patrimonial: (Vide Lei complementar nº 150, de 2015)
providências. I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;

TÍTULO I II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade


DISPOSIÇÕES PRELIMINARES formada por indivíduos que são ou se consideram
aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por
Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a vontade expressa;
violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos
do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor
sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra conviva ou tenha convivido com a ofendida,
a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir independentemente de coabitação.
e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste
internacionais ratificados pela República Federativa do artigo independem de orientação sexual.
Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência

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Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher segurança pública, assistência social, saúde, educação,
constitui uma das formas de violação dos direitos humanos. trabalho e habitação;
CAPÍTULO II II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras
DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de
CONTRA A MULHER raça ou etnia, concernentes às causas, às conseqüências e à
freqüência da violência doméstica e familiar contra a
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra
mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados
a mulher, entre outras:
nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que medidas adotadas;
ofenda sua integridade ou saúde corporal;
III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores
II - a violência psicológica, entendida como qualquer éticos e sociais da pessoa e da família, de forma a coibir os
conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a
autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno violência doméstica e familiar, de acordo com o
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas estabelecido no inciso III do art. 1º , no inciso IV do art. 3º e
ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante no inciso IV do art. 221 da Constituição Federal ;
ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,
IV - a implementação de atendimento policial especializado
isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz,
para as mulheres, em particular nas Delegacias de
insulto, chantagem, violação de sua intimidade,
Atendimento à Mulher;
ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir
ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde V - a promoção e a realização de campanhas educativas de
psicológica e à autodeterminação; (Redação dada pela Lei prevenção da violência doméstica e familiar contra a
nº 13.772, de 2018) mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral,
e a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta
direitos humanos das mulheres;
que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de
relação sexual não desejada, mediante intimidação, VI - a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos
ameaça, coação ou uso da força; que a induza a ou outros instrumentos de promoção de parceria entre
comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua órgãos governamentais ou entre estes e entidades não-
sexualidade, que a impeça de usar qualquer método governamentais, tendo por objetivo a implementação de
contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao programas de erradicação da violência doméstica e familiar
aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, contra a mulher;
suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício
VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da
de seus direitos sexuais e reprodutivos;
Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e dos
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados
conduta que configure retenção, subtração, destruição no inciso I quanto às questões de gênero e de raça ou etnia;
parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho,
VIII - a promoção de programas educacionais que
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
disseminem valores éticos de irrestrito respeito à dignidade
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas
da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou
necessidades;
etnia;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que
IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis
configure calúnia, difamação ou injúria.
de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos
TÍTULO III humanos, à eqüidade de gênero e de raça ou etnia e ao
DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE problema da violência doméstica e familiar contra a mulher.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CAPÍTULO II
CAPÍTULO I
DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE
DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
Art. 8º A política pública que visa coibir a violência
Art. 9º A assistência à mulher em situação de violência
doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio de
doméstica e familiar será prestada de forma articulada e
um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do
conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei
Distrito Federal e dos Municípios e de ações não-
Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de Saúde,
governamentais, tendo por diretrizes:
no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras
I - a integração operacional do Poder Judiciário, do normas e políticas públicas de proteção, e
Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas de emergencialmente quando for o caso.

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§ 1º O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da da ocorrência policial ou do processo de violência doméstica
mulher em situação de violência doméstica e familiar no e familiar em curso. (Incluído pela Lei nº 13.882, de 2019)
cadastro de programas assistenciais do governo federal,
§ 8º Serão sigilosos os dados da ofendida e de seus
estadual e municipal.
dependentes matriculados ou transferidos conforme o
§ 2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência disposto no § 7º deste artigo, e o acesso às informações será
doméstica e familiar, para preservar sua integridade física e reservado ao juiz, ao Ministério Público e aos órgãos
psicológica: competentes do poder público. (Incluído pela Lei nº
13.882, de 2019)
I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública,
integrante da administração direta ou indireta; CAPÍTULO III
DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL
II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o
afastamento do local de trabalho, por até seis meses. Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência
doméstica e familiar contra a mulher, a autoridade policial
III - encaminhamento à assistência judiciária, quando for o
que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de
caso, inclusive para eventual ajuizamento da ação de
imediato, as providências legais cabíveis.
separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento
ou de dissolução de união estável perante o juízo Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo
competente. (Incluído pela Lei nº 13.894, de 2019) ao descumprimento de medida protetiva de urgência
deferida.
§ 3º A assistência à mulher em situação de violência
doméstica e familiar compreenderá o acesso aos benefícios Art. 10-A. É direito da mulher em situação de violência
decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, doméstica e familiar o atendimento policial e pericial
incluindo os serviços de contracepção de emergência, a especializado, ininterrupto e prestado por servidores -
profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e preferencialmente do sexo feminino - previamente
da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros capacitados. (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
procedimentos médicos necessários e cabíveis nos casos de
§ 1º A inquirição de mulher em situação de violência
violência sexual.
doméstica e familiar ou de testemunha de violência
§ 4º Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão, violência doméstica, quando se tratar de crime contra a mulher,
física, sexual ou psicológica e dano moral ou patrimonial a obedecerá às seguintes diretrizes: (Incluído pela Lei nº
mulher fica obrigado a ressarcir todos os danos causados, 13.505, de 2017)
inclusive ressarcir ao Sistema Único de Saúde (SUS), de
I - salvaguarda da integridade física, psíquica e emocional da
acordo com a tabela SUS, os custos relativos aos serviços de
depoente, considerada a sua condição peculiar de pessoa
saúde prestados para o total tratamento das vítimas em
em situação de violência doméstica e familiar; (Incluído pela
situação de violência doméstica e familiar, recolhidos os
Lei nº 13.505, de 2017)
recursos assim arrecadados ao Fundo de Saúde do ente
federado responsável pelas unidades de saúde que II - garantia de que, em nenhuma hipótese, a mulher em
prestarem os serviços. (Vide Lei nº 13.871, de situação de violência doméstica e familiar, familiares e
2019) (Vigência) testemunhas terão contato direto com investigados ou
suspeitos e pessoas a eles relacionadas; (Incluído pela Lei nº
§ 5º Os dispositivos de segurança destinados ao uso em caso
13.505, de 2017)
de perigo iminente e disponibilizados para o
monitoramento das vítimas de violência doméstica ou III - não revitimização da depoente, evitando sucessivas
familiar amparadas por medidas protetivas terão seus inquirições sobre o mesmo fato nos âmbitos criminal, cível e
custos ressarcidos pelo agressor. (Vide Lei nº 13.871, de administrativo, bem como questionamentos sobre a vida
2019) (Vigência) privada. (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
§ 6º O ressarcimento de que tratam os §§ 4º e 5º deste artigo § 2º Na inquirição de mulher em situação de violência
não poderá importar ônus de qualquer natureza ao doméstica e familiar ou de testemunha de delitos de que
patrimônio da mulher e dos seus dependentes, nem trata esta Lei, adotar-se-á, preferencialmente, o seguinte
configurar atenuante ou ensejar possibilidade de procedimento: (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
substituição da pena aplicada. (Vide Lei nº 13.871, de
I - a inquirição será feita em recinto especialmente projetado
2019) (Vigência)
para esse fim, o qual conterá os equipamentos próprios e
§ 7º A mulher em situação de violência doméstica e familiar adequados à idade da mulher em situação de violência
tem prioridade para matricular seus dependentes em doméstica e familiar ou testemunha e ao tipo e à gravidade
instituição de educação básica mais próxima de seu da violência sofrida; (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
domicílio, ou transferi-los para essa instituição, mediante a
II - quando for o caso, a inquirição será intermediada por
apresentação dos documentos comprobatórios do registro
profissional especializado em violência doméstica e familiar
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designado pela autoridade judiciária ou policial; (Incluído dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento); (Incluído
pela Lei nº 13.505, de 2017) pela Lei nº 13.880, de 2019)
III - o depoimento será registrado em meio eletrônico ou VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao
magnético, devendo a degravação e a mídia integrar o juiz e ao Ministério Público.
inquérito. (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
§ 1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência autoridade policial e deverá conter:
doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre
I - qualificação da ofendida e do agressor;
outras providências:
II - nome e idade dos dependentes;
I - garantir proteção policial, quando necessário,
comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas
Judiciário; solicitadas pela ofendida.
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e IV - informação sobre a condição de a ofendida ser pessoa
ao Instituto Médico Legal; com deficiência e se da violência sofrida resultou deficiência
ou agravamento de deficiência preexistente. (Incluído pela
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes
Lei nº 13.836, de 2019)
para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida;
§ 2º A autoridade policial deverá anexar ao documento
IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a
referido no § 1º o boletim de ocorrência e cópia de todos os
retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do
documentos disponíveis em posse da ofendida.
domicílio familiar;
§ 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei
prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de
e os serviços disponíveis, inclusive os de assistência
saúde.
judiciária para o eventual ajuizamento perante o juízo
competente da ação de separação judicial, de divórcio, de Art. 12-A. Os Estados e o Distrito Federal, na formulação de
anulação de casamento ou de dissolução de união suas políticas e planos de atendimento à mulher em situação
estável. (Redação dada pela Lei nº 13.894, de 2019) de violência doméstica e familiar, darão prioridade, no
âmbito da Polícia Civil, à criação de Delegacias
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar
Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams), de
contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a
Núcleos Investigativos de Feminicídio e de equipes
autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes
especializadas para o atendimento e a investigação das
procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código
violências graves contra a mulher.
de Processo Penal:
Art. 12-B. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a
representação a termo, se apresentada; § 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
II - colher todas as provas que servirem para o § 2º (VETADO. (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;
§ 3º A autoridade policial poderá requisitar os serviços
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, públicos necessários à defesa da mulher em situação de
expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para violência doméstica e familiar e de seus dependentes.
a concessão de medidas protetivas de urgência; (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente
da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários; à vida ou à integridade física da mulher em situação de
violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o
V - ouvir o agressor e as testemunhas;
agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos local de convivência com a ofendida: (Incluído pela Lei nº
autos sua folha de antecedentes criminais, indicando a 13.827, de 2019)
existência de mandado de prisão ou registro de outras
I - pela autoridade judicial; (Incluído pela Lei nº 13.827, de
ocorrências policiais contra ele;
2019)
VI-A - verificar se o agressor possui registro de porte ou
II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for
posse de arma de fogo e, na hipótese de existência, juntar
sede de comarca; ou (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
aos autos essa informação, bem como notificar a ocorrência
à instituição responsável pela concessão do registro ou da III - pelo policial, quando o Município não for sede de
emissão do porte, nos termos da Lei nº 10.826, de 22 de comarca e não houver delegado disponível no momento da
denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)

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§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o audiência especialmente designada com tal finalidade,
juiz será comunicado no prazo máximo de 24 (vinte e antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério
quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a Público.
manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência
dar ciência ao Ministério Público concomitantemente.
doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta
(Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a
§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à substituição de pena que implique o pagamento isolado de
efetividade da medida protetiva de urgência, não será multa.
concedida liberdade provisória ao preso. (Incluído pela Lei
CAPÍTULO II
nº 13.827, de 2019)
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
TÍTULO IV SEÇÃO I
DOS PROCEDIMENTOS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida,
DISPOSIÇÕES GERAIS
caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas:
Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à execução das causas
I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as
cíveis e criminais decorrentes da prática de violência
medidas protetivas de urgência;
doméstica e familiar contra a mulher aplicar-se-ão as
normas dos Códigos de Processo Penal e Processo Civil e da II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de
legislação específica relativa à criança, ao adolescente e ao assistência judiciária, quando for o caso, inclusive para o
idoso que não conflitarem com o estabelecido nesta Lei. ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, de
anulação de casamento ou de dissolução de união estável
Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar
perante o juízo competente; (Redação dada pela Lei nº
contra a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com
13.894, de 2019)
competência cível e criminal, poderão ser criados pela
União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, III - comunicar ao Ministério Público para que adote as
para o processo, o julgamento e a execução das causas providências cabíveis.
decorrentes da prática de violência doméstica e familiar
IV - determinar a apreensão imediata de arma de fogo sob a
contra a mulher.
posse do agressor. (Incluído pela Lei nº 13.880, de 2019)
Parágrafo único. Os atos processuais poderão realizar-se em
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser
horário noturno, conforme dispuserem as normas de
concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público
organização judiciária.
ou a pedido da ofendida.
Art. 14-A. A ofendida tem a opção de propor ação de
§ 1º As medidas protetivas de urgência poderão ser
divórcio ou de dissolução de união estável no Juizado de
concedidas de imediato, independentemente de audiência
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. (Incluído
das partes e de manifestação do Ministério Público,
pela Lei nº 13.894, de 2019)
devendo este ser prontamente comunicado.
§ 1º Exclui-se da competência dos Juizados de Violência
§ 2º As medidas protetivas de urgência serão aplicadas
Doméstica e Familiar contra a Mulher a pretensão
isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas a
relacionada à partilha de bens. (Incluído pela Lei nº 13.894,
qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os
de 2019)
direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou
§ 2º Iniciada a situação de violência doméstica e familiar violados.
após o ajuizamento da ação de divórcio ou de dissolução de
§ 3º Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a
união estável, a ação terá preferência no juízo onde
pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de
estiver. (Incluído pela Lei nº 13.894, de 2019)
urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender
Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de
processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado: seu patrimônio, ouvido o Ministério Público.
I - do seu domicílio ou de sua residência; Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da
instrução criminal, caberá a prisão preventiva do agressor,
II - do lugar do fato em que se baseou a demanda;
decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
III - do domicílio do agressor. Público ou mediante representação da autoridade policial.
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva
representação da ofendida de que trata esta Lei, só será se, no curso do processo, verificar a falta de motivo para que
admitida a renúncia à representação perante o juiz, em

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subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem determinará a restrição do porte de armas, ficando o
razões que a justifiquem. superior imediato do agressor responsável pelo
cumprimento da determinação judicial, sob pena de incorrer
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos
nos crimes de prevaricação ou de desobediência, conforme
processuais relativos ao agressor, especialmente dos
o caso.
pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da
intimação do advogado constituído ou do defensor público. § 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de
urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento,
Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação
auxílio da força policial.
ou notificação ao agressor .
§ 4º Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que
SEÇÃO II
couber, o disposto no caput e nos §§ 5º e 6º do art. 461 da
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA QUE
Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo
OBRIGAM O AGRESSOR
Civil).
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e
SEÇÃO III
familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA À
aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou
OFENDIDA
separadamente, as seguintes medidas protetivas de
urgência, entre outras: Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de
outras medidas:
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com
comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei nº I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa
10.826, de 22 de dezembro de 2003 ; oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento;
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com II - determinar a recondução da ofendida e a de seus
a ofendida; dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do
agressor;
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das
prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e
testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre
alimentos;
estes e o agressor;
IV - determinar a separação de corpos.
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas
por qualquer meio de comunicação; V - determinar a matrícula dos dependentes da ofendida em
instituição de educação básica mais próxima do seu
c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar
domicílio, ou a transferência deles para essa instituição,
a integridade física e psicológica da ofendida;
independentemente da existência de vaga. (Incluído pela
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes Lei nº 13.882, de 2019)
menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade
ou serviço similar;
conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher, o
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios. juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes
medidas, entre outras:
VI – comparecimento do agressor a programas de
recuperação e reeducação; e (Incluído pela Lei nº 13.984, I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo
de 2020) agressor à ofendida;
VII – acompanhamento psicossocial do agressor, por meio II - proibição temporária para a celebração de atos e
de atendimento individual e/ou em grupo de apoio. contratos de compra, venda e locação de propriedade em
(Incluído pela Lei nº 13.984, de 2020) comum, salvo expressa autorização judicial;
§ 1º As medidas referidas neste artigo não impedem a III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao
aplicação de outras previstas na legislação em vigor, sempre agressor;
que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o
IV - prestação de caução provisória, mediante depósito
exigirem, devendo a providência ser comunicada ao
judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da prática
Ministério Público.
de violência doméstica e familiar contra a ofendida.
§ 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório
agressor nas condições mencionadas no caput e incisos do
competente para os fins previstos nos incisos II e III deste
art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz
artigo.
comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição
as medidas protetivas de urgência concedidas e
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SEÇÃO IV com uma equipe de atendimento multidisciplinar, a ser


DO CRIME DE DESCUMPRIMENTO DE MEDIDAS integrada por profissionais especializados nas áreas
PROTETIVAS DE URGÊNCIA DESCUMPRIMENTO DE psicossocial, jurídica e de saúde.
MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
Art. 30. Compete à equipe de atendimento multidisciplinar,
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas entre outras atribuições que lhe forem reservadas pela
protetivas de urgência previstas nesta Lei: (Incluído pela Lei legislação local, fornecer subsídios por escrito ao juiz, ao
nº 13.641, de 2018) Ministério Público e à Defensoria Pública, mediante laudos
ou verbalmente em audiência, e desenvolver trabalhos de
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos. (Incluído
orientação, encaminhamento, prevenção e outras medidas,
pela Lei nº 13.641, de 2018)
voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil especial atenção às crianças e aos adolescentes.
ou criminal do juiz que deferiu as medidas. (Incluído pela Lei
Art. 31. Quando a complexidade do caso exigir avaliação
nº 13.641, de 2018)
mais aprofundada, o juiz poderá determinar a manifestação
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a de profissional especializado, mediante a indicação da
autoridade judicial poderá conceder fiança. (Incluído pela equipe de atendimento multidisciplinar.
Lei nº 13.641, de 2018)
Art. 32. O Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta
§ 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras orçamentária, poderá prever recursos para a criação e
sanções cabíveis. (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018) manutenção da equipe de atendimento multidisciplinar, nos
termos da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
CAPÍTULO III
DA ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 25. O Ministério Público intervirá, quando não for parte,
nas causas cíveis e criminais decorrentes da violência Art. 33. Enquanto não estruturados os Juizados de Violência
doméstica e familiar contra a mulher. Doméstica e Familiar contra a Mulher, as varas criminais
acumularão as competências cível e criminal para conhecer
Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras
e julgar as causas decorrentes da prática de violência
atribuições, nos casos de violência doméstica e familiar
doméstica e familiar contra a mulher, observadas as
contra a mulher, quando necessário:
previsões do Título IV desta Lei, subsidiada pela legislação
I - requisitar força policial e serviços públicos de saúde, de processual pertinente.
educação, de assistência social e de segurança, entre outros;
Parágrafo único. Será garantido o direito de preferência, nas
II - fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de varas criminais, para o processo e o julgamento das causas
atendimento à mulher em situação de violência doméstica e referidas no caput.
familiar, e adotar, de imediato, as medidas administrativas
TÍTULO VII
ou judiciais cabíveis no tocante a quaisquer irregularidades
DISPOSIÇÕES FINAIS
constatadas;
Art. 34. A instituição dos Juizados de Violência Doméstica e
III - cadastrar os casos de violência doméstica e familiar
Familiar contra a Mulher poderá ser acompanhada pela
contra a mulher.
implantação das curadorias necessárias e do serviço de
CAPÍTULO IV assistência judiciária.
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
Art. 35. A União, o Distrito Federal, os Estados e os
Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a Municípios poderão criar e promover, no limite das
mulher em situação de violência doméstica e familiar deverá respectivas competências:
estar acompanhada de advogado, ressalvado o previsto no
I - centros de atendimento integral e multidisciplinar para
art. 19 desta Lei.
mulheres e respectivos dependentes em situação de
Art. 28. É garantido a toda mulher em situação de violência violência doméstica e familiar;
doméstica e familiar o acesso aos serviços de Defensoria
II - casas-abrigos para mulheres e respectivos dependentes
Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da
menores em situação de violência doméstica e familiar;
lei, em sede policial e judicial, mediante atendimento
específico e humanizado. III - delegacias, núcleos de defensoria pública, serviços de
saúde e centros de perícia médico-legal especializados no
TÍTULO V
atendimento à mulher em situação de violência doméstica e
DA EQUIPE DE ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR
familiar;
Art. 29. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher que vierem a ser criados poderão contar
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IV - programas e campanhas de enfrentamento da violência IV - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra
doméstica e familiar; a mulher, nos termos da lei específica, para garantir a
execução das medidas protetivas de urgência.” (NR)
V - centros de educação e de reabilitação para os agressores.
Art. 43. A alínea f do inciso II do art. 61 do Decreto-Lei nº
Art. 36. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a
Municípios promoverão a adaptação de seus órgãos e de
vigorar com a seguinte redação:
seus programas às diretrizes e aos princípios desta Lei.
“Art. 61.
Art. 37. A defesa dos interesses e direitos transindividuais
previstos nesta Lei poderá ser exercida, concorrentemente, II -
pelo Ministério Público e por associação de atuação na área,
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações
regularmente constituída há pelo menos um ano, nos
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com
termos da legislação civil.
violência contra a mulher na forma da lei específica;” (NR)
Parágrafo único. O requisito da pré-constituição poderá ser
Art. 44. O art. 129 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dispensado pelo juiz quando entender que não há outra
dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com as
entidade com representatividade adequada para o
seguintes alterações:
ajuizamento da demanda coletiva.
“Art. 129.
Art. 38. As estatísticas sobre a violência doméstica e familiar
contra a mulher serão incluídas nas bases de dados dos § 9º Se a lesão for praticada contra ascendente,
órgãos oficiais do Sistema de Justiça e Segurança a fim de descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com
subsidiar o sistema nacional de dados e informações relativo quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-
às mulheres. se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de
hospitalidade:
Parágrafo único. As Secretarias de Segurança Pública dos
Estados e do Distrito Federal poderão remeter suas Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
informações criminais para a base de dados do Ministério da
§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será
Justiça.
aumentada de um terço se o crime for cometido contra
Art. 38-A. O juiz competente providenciará o registro da pessoa portadora de deficiência.” (NR)
medida protetiva de urgência. (Incluído pela Lei nº 13.827,
Art. 45. O art. 152 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei
de 2019)
de Execução Penal), passa a vigorar com a seguinte redação:
Parágrafo único. As medidas protetivas de urgência serão
“Art. 152.
registradas em banco de dados mantido e regulamentado
pelo Conselho Nacional de Justiça, garantido o acesso do Parágrafo único. Nos casos de violência doméstica contra a
Ministério Público, da Defensoria Pública e dos órgãos de mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento
segurança pública e de assistência social, com vistas à obrigatório do agressor a programas de recuperação e
fiscalização e à efetividade das medidas protetivas. (Incluído reeducação.” (NR)
pela Lei nº 13.827, de 2019)
Art. 46. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os após sua publicação.
Municípios, no limite de suas competências e nos termos
Brasília, 7 de agosto de 2006; 185º da Independência e 118º
das respectivas leis de diretrizes orçamentárias, poderão
da República.
estabelecer dotações orçamentárias específicas, em cada
exercício financeiro, para a implementação das medidas LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
estabelecidas nesta Lei. Dilma Rousseff
Art. 40. As obrigações previstas nesta Lei não excluem
outras decorrentes dos princípios por ela adotados. Decreto-Lei nº 3.688/1941
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e
familiar contra a mulher, independentemente da pena Lei das Contravenções Penais.
prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de
1995. O Presidente da República, usando das atribuições que lhe
confere o artigo 180 da Constituição,
Art. 42. O art. 313 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro
de 1941 (Código de Processo Penal), passa a vigorar DECRETA:
acrescido do seguinte inciso IV:
“Art. 313.

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PARTE GERAL lI – a suspensão dos direitos políticos.


Art. 1º Aplicam-se as contravenções às regras gerais do Parágrafo único. Incorrem:
Código Penal, sempre que a presente lei não disponha de
a) na interdição sob nº I, por um mês a dois anos, o
modo diverso. condenado por motivo de contravenção cometida com
Art. 2º A lei brasileira só é aplicável à contravenção praticada abuso de profissão ou atividade ou com infração de dever a
no território nacional. ela inerente;
Art. 3º Para a existência da contravenção, basta a ação ou b) na interdição sob nº II, o condenado a pena privativa de
omissão voluntária. Deve-se, todavia, ter em conta o dolo ou liberdade, enquanto dure a execução do pena ou a aplicação
a culpa, se a lei faz depender, de um ou de outra, qualquer da medida de segurança detentiva.
efeito jurídico.
Art. 13. Aplicam-se, por motivo de contravenção, os
Art. 4º Não é punível a tentativa de contravenção. medidas de segurança estabelecidas no Código Penal, à
exceção do exílio local.
Art. 5º As penas principais são:
Art. 14. Presumem-se perigosos, além dos indivíduos a que
I – prisão simples.
se referem os ns. I e II do art. 78 do Código Penal:
II – multa.
I – o condenado por motivo de contravenção cometido, em
Art. 6º A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem estado de embriaguez pelo álcool ou substância de efeitos
rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou seção análogos, quando habitual a embriaguez;
especial de prisão comum, em regime semi-aberto ou
II – o condenado por vadiagem ou mendicância;
aberto. (Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
Art. 15. São internados em colônia agrícola ou em instituto
§ 1º O condenado a pena de prisão simples fica sempre
de trabalho, de reeducação ou de ensino profissional, pelo
separado dos condenados a pena de reclusão ou de
prazo mínimo de um ano: (Regulamento)
detenção.
I – o condenado por vadiagem (art. 59);
§ 2º O trabalho é facultativo, se a pena aplicada, não excede
a quinze dias. II – o condenado por mendicância (art. 60 e seu parágrafo);
Art. 7º Verifica-se a reincidência quando o agente pratica Art. 16. O prazo mínimo de duração da internação em
uma contravenção depois de passar em julgado a sentença manicômio judiciário ou em casa de custódia e tratamento é
que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por de seis meses.
qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo de contravenção.
Parágrafo único. O juiz, entretanto, pode, ao invés de
Art. 8º No caso de ignorância ou de errada compreensão da decretar a internação, submeter o indivíduo a liberdade
lei, quando escusáveis, a pena pode deixar de ser aplicada. vigiada.
Art. 9º A multa converte-se em prisão simples, de acordo Art. 17. A ação penal é pública, devendo a autoridade
com o que dispõe o Código Penal sobre a conversão de proceder de ofício.
multa em detenção.
PARTE ESPECIAL
Parágrafo único. Se a multa é a única pena cominada, a CAPÍTULO I
conversão em prisão simples se faz entre os limites de DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PESSOA
quinze dias e três meses.
Art. 18. Fabricar, importar, exportar, ter em depósito ou
Art. 10. A duração da pena de prisão simples não pode, em vender, sem permissão da autoridade, arma ou munição:
caso algum, ser superior a cinco anos, nem a importância
das multas ultrapassar cinquenta contos. Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou multa, de
um a cinco contos de réis, ou ambas cumulativamente, se o
Art. 11. Desde que reunidas as condições legais, o juiz pode fato não constitui crime contra a ordem política ou social.
suspender por tempo não inferior a um ano nem superior a
três, a execução da pena de prisão simples, bem como Art. 19. Trazer consigo arma fora de casa ou de dependência
conceder livramento condicional. (Redação dada desta, sem licença da autoridade:
pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa,
Art. 12. As penas acessórias são a publicação da sentença e de duzentos mil réis a três contos de réis, ou ambas
as seguintes interdições de direitos: cumulativamente.

I – a incapacidade temporária para profissão ou atividade, § 1º A pena é aumentada de um terço até metade, se o
cujo exercício dependa de habilitação especial, licença ou agente já foi condenado, em sentença irrecorrivel, por
autorização do poder público; violência contra pessoa.

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§ 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a três vigiada ou quando conhecido como vadio ou mendigo,
meses, ou multa, de duzentos mil réis a um conto de réis, gazuas, chaves falsas ou alteradas ou instrumentos
quem, possuindo arma ou munição: empregados usualmente na prática de crime de furto, desde
que não prove destinação legítima:
a) deixa de fazer comunicação ou entrega à autoridade,
quando a lei o determina; Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, e multa de
duzentos mil réis a dois contos de réis.
b) permite que alienado menor de 18 anos ou pessoa
inexperiente no manejo de arma a tenha consigo; Art. 26. Abrir alguém, no exercício de profissão de
serralheiro ou oficio análogo, a pedido ou por incumbência
c) omite as cautelas necessárias para impedir que dela se
de pessoa de cuja legitimidade não se tenha certificado
apodere facilmente alienado, menor de 18 anos ou pessoa
previamente, fechadura ou qualquer outro aparelho
inexperiente em manejá-la.
destinado à defesa de lugar nu objeto:
Art. 20. Anunciar processo, substância ou objeto destinado
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
a provocar aborto: (Redação dada pela Lei nº 6.734, de
de duzentos mil réis a um conto de réis.
1979)
Art. 27. (Revogado pela Lei nº 9.521, de 27.11.1997)
Pena - multa de hum mil cruzeiros a dez mil cruzeiros.
(Redação dada pela Lei nº 6.734, de 1979) CAPÍTULO III
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À
Art. 21. Praticar vias de fato contra alguém:
INCOLUMIDADE PÚBLICA
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
de cem mil réis a um conto de réis, se o fato não constitui Art. 28. Disparar arma de fogo em lugar habitado ou em suas
crime. adjacências, em via pública ou em direção a ela:

Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a Pena – prisão simples, de um a seis meses, ou multa, de
metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos. trezentos mil réis a três contos de réis.
(Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de
Art. 22. Receber em estabelecimento psiquiátrico, e nele quinze dias a dois meses, ou multa, de duzentos mil réis a
internar, sem as formalidades legais, pessoa apresentada dois contos de réis, quem, em lugar habitado ou em suas
como doente mental: adjacências, em via pública ou em direção a ela, sem licença
da autoridade, causa deflagração perigosa, queima fogo de
Pena – multa, de trezentos mil réis a três contos de réis. artifício ou solta balão aceso.
§ 1º Aplica-se a mesma pena a quem deixa de comunicar a Art. 29. Provocar o desabamento de construção ou, por erro
autoridade competente, no prazo legal, internação que no projeto ou na execução, dar-lhe causa:
tenha admitido, por motivo de urgência, sem as
formalidades legais. Pena – multa, de um a dez contos de réis, se o fato não
constitui crime contra a incolumidade pública.
§ 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a três
meses, ou multa de quinhentos mil réis a cinco contos de Art. 30. Omitir alguém a providência reclamada pelo Estado
réis, aquele que, sem observar as prescrições legais, deixa ruinoso de construção que lhe pertence ou cuja conservação
retirar-se ou despede de estabelecimento psiquiátrico lhe incumbe:
pessoa nele, internada. Pena – multa, de um a cinco contos de réis.
Art. 23. Receber e ter sob custódia doente mental, fora do Art. 31. Deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa
caso previsto no artigo anterior, sem autorização de quem inexperiente, ou não guardar com a devida cautela animal
de direito: perigoso:
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa,
de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. de cem mil réis a um conto de réis.
CAPÍLULO II Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES AO PATRIMÔNIO
a) na via pública, abandona animal de tiro, carga ou corrida,
Art. 24. Fabricar, ceder ou vender gazua ou instrumento ou o confia à pessoa inexperiente;
empregado usualmente na prática de crime de furto:
b) excita ou irrita animal, expondo a perigo a segurança
Pena – prisão simples, de seis meses a dois anos, e multa, de alheia;
trezentos mil réis a três contos de réis.
c) conduz animal, na via pública, pondo em perigo a
Art. 25. Ter alguém em seu poder, depois de condenado, por segurança alheia.
crime de furto ou roubo, ou enquanto sujeito à liberdade
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Art. 32. Dirigir, sem a devida habilitação, veículo na via § 1º Na mesma pena incorre o proprietário ou ocupante de
pública, ou embarcação a motor em aguas públicas: prédio que o cede, no todo ou em parte, para reunião de
associação que saiba ser de caráter secreto.
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
§ 2º O juiz pode, tendo em vista as circunstâncias, deixar de
Art. 33. Dirigir aeronave sem estar devidamente licenciado:
aplicar a pena, quando lícito o objeto da associação.
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, e multa,
Art. 40. Provocar tumulto ou portar-se de modo
de duzentos mil réis a dois contos de réis.
inconveniente ou desrespeitoso, em solenidade ou ato
Art. 34. Dirigir veículos na via pública, ou embarcações em oficial, em assembleia ou espetáculo público, se o fato não
águas públicas, pondo em perigo a segurança alheia: constitui infração penal mais grave;
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa,
de trezentos mil réis a dois contos de réis. de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Art. 35. Entregar-se na prática da aviação, a acrobacias ou a Art. 41. Provocar alarma, anunciando desastre ou perigo
vôos baixos, fora da zona em que a lei o permite, ou fazer inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir
descer a aeronave fora dos lugares destinados a esse fim: pânico ou tumulto:
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa,
de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Art. 36. Deixar do colocar na via pública, sinal ou obstáculo, Art. 42. Perturbar alguém o trabalho ou o sossego alheios:
determinado em lei ou pela autoridade e destinado a evitar
I – com gritaria ou algazarra;
perigo a transeuntes:
II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo
Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa,
com as prescrições legais;
de duzentos mil réis a dois contos de réis.
III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
IV – provocando ou não procurando impedir barulho
a) apaga sinal luminoso, destrói ou remove sinal de outra
produzido por animal de que tem a guarda:
natureza ou obstáculo destinado a evitar perigo a
transeuntes; Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa,
de duzentos mil réis a dois contos de réis.
b) remove qualquer outro sinal de serviço público.
CAPÍTULO V
Art. 37. Arremessar ou derramar em via pública, ou em lugar
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À FÉ PÚBLICA
de uso comum, ou do uso alheio, coisa que possa ofender,
sujar ou molestar alguém: Art. 43. Recusar-se a receber, pelo seu valor, moeda de curso
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. legal no país:

Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, sem as Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
devidas cautelas, coloca ou deixa suspensa coisa que, caindo Art. 44. Usar, como propaganda, de impresso ou objeto que
em via pública ou em lugar de uso comum ou de uso alheio, pessoa inexperiente ou rústica possa confundir com moeda:
possa ofender, sujar ou molestar alguém.
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Art. 38. Provocar, abusivamente, emissão de fumaça, vapor
ou gás, que possa ofender ou molestar alguém: Art. 45. Fingir-se funcionário público:

Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. Pena – prisão simples, de um a três meses, ou multa, de
quinhentos mil réis a três contos de réis.
CAPÍTULO IV
Art 46. Usar, publicamente, de uniforme, ou distintivo de
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PAZ PÚBLICA
função pública que não exerce; usar, indevidamente, de
Art. 39. Participar de associação de mais de cinco pessoas, sinal, distintivo ou denominação cujo emprego seja
que se reúnem periodicamente, sob compromisso de regulado por lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº
ocultar à autoridade a existência, objetivo, organização ou 6.916, de 2.10.1944)
administração da associação:
Pena – multa, de duzentos a dois mil cruzeiros, se o fato não
Pena – prisão simples, de um a seis meses, ou multa, de constitui infração penal mais grave. (Redação dada
trezentos mil réis a três contos de réis. pelo Decreto-Lei nº 6.916, de 2.10.1944)

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CAPÍTULO VI b) o hotel ou casa de habitação coletiva, a cujos hóspedes e


DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À ORGANIZAÇÃO moradores se proporciona jogo de azar;
DO TRABALHO c) a sede ou dependência de sociedade ou associação, em
Art. 47. Exercer profissão ou atividade econômica ou que se realiza jogo de azar;
anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que d) o estabelecimento destinado à exploração de jogo de
por lei está subordinado o seu exercício: azar, ainda que se dissimule esse destino.
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, Art. 51. Promover ou fazer extrair loteria, sem autorização
de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. legal:
Art. 48. Exercer, sem observância das prescrições legais, Pena – prisão simples, de seis meses a dois anos, e multa, de
comércio de antiguidades, de obras de arte, ou de cinco a dez contos de réis, estendendo-se os efeitos da
manuscritos e livros antigos ou raros: condenação à perda dos moveis existentes no local.
Pena – prisão simples de um a seis meses, ou multa, de um § 1º Incorre na mesma pena quem guarda, vende ou expõe à
a dez contos de réis. venda, tem sob sua guarda para o fim de venda, introduz ou
Art. 49. Infringir determinação legal relativa à matrícula ou tenta introduzir na circulação bilhete de loteria não
à escrituração de indústria, de comércio, ou de outra autorizada.
atividade: § 2º Considera-se loteria toda operação que, mediante a
Pena – multa, de duzentos mil réis a cinco contos de réis. distribuição de bilhete, listas, cupões, vales, sinais, símbolos
ou meios análogos, faz depender de sorteio a obtenção de
CAPÍTULO VII prêmio em dinheiro ou bens de outra natureza.
DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À POLÍCIA DE
COSTUMES § 3º Não se compreendem na definição do parágrafo
anterior os sorteios autorizados na legislação especial.
Art. 50. Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar
Art. 52. Introduzir, no país, para o fim de comércio, bilhete
público ou acessível ao público, mediante o pagamento de
de loteria, rifa ou tômbola estrangeiras:
entrada ou sem ele: (Vide Decreto-Lei nº 4.866, de
23.10.1942) (Vide Decreto-Lei 9.215, de 30.4.1946) Pena – prisão simples, de quatro meses a um ano, e multa,
de um a cinco contos de réis.
Pena – prisão simples, de três meses a um ano, e multa, de
dois a quinze contos de réis, estendendo-se os efeitos da Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende,
condenação à perda dos moveis e objetos de decoração do expõe à venda, tem sob sua guarda. para o fim de venda,
local. introduz ou tenta introduzir na circulação, bilhete de loteria
estrangeira.
§ 1º A pena é aumentada de um terço, se existe entre os
empregados ou participa do jogo pessoa menor de dezoito Art. 53. Introduzir, para o fim de comércio, bilhete de loteria
anos. estadual em território onde não possa legalmente circular:
§ 2º Incorre na pena de multa, de R$ 2.000,00 (dois mil reais) Pena – prisão simples, de dois a seis meses, e multa, de um
a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), quem é encontrado a a três contos de réis.
participar do jogo, ainda que pela internet ou por qualquer
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende,
outro meio de comunicação, como ponteiro ou apostador.
expõe à venda, tem sob sua guarda, para o fim de venda,
(Redação dada pela Lei nº 13.155, de 2015)
introduz ou tonta introduzir na circulação, bilhete de loteria
§ 3º Consideram-se, jogos de azar: estadual, em território onde não possa legalmente circular.
a) o jogo em que o ganho e a perda dependem exclusiva ou Art. 54. Exibir ou ter sob sua guarda lista de sorteio de loteria
principalmente da sorte; estrangeira:
b) as apostas sobre corrida de cavalos fora de hipódromo ou Pena – prisão simples, de um a três meses, e multa, de
de local onde sejam autorizadas; duzentos mil réis a um conto de réis.
c) as apostas sobre qualquer outra competição esportiva. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem exibe ou tem
sob sua guarda lista de sorteio de loteria estadual, em
§ 4º Equiparam-se, para os efeitos penais, a lugar acessível
território onde esta não possa legalmente circular.
ao público:
Art. 55. Imprimir ou executar qualquer serviço de feitura de
a) a casa particular em que se realizam jogos de azar, quando
bilhetes, lista de sorteio, avisos ou cartazes relativos a
deles habitualmente participam pessoas que não sejam da
loteria, em lugar onde ela não possa legalmente circular:
família de quem a ocupa;

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Pena – prisão simples, de um a seis meses, e multa, de Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, ou multa, de
duzentos mil réis a dois contos de réis. quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
Art. 56. Distribuir ou transportar cartazes, listas de sorteio Art. 64. Tratar animal com crueldade ou submetê-lo a
ou avisos de loteria, onde ela não possa legalmente circular: trabalho excessivo:
Pena – prisão simples, de um a três meses, e multa, de cem Pena – prisão simples, de dez dias a um mês, ou multa, de
a quinhentos mil réis. cem a quinhentos mil réis.
Art. 57. Divulgar, por meio de jornal ou outro impresso, de § 1º Na mesma pena incorre aquele que, embora para fins
rádio, cinema, ou qualquer outra forma, ainda que didáticos ou científicos, realiza em lugar público ou exposto
disfarçadamente, anúncio, aviso ou resultado de extração ao publico, experiência dolorosa ou cruel em animal vivo.
de loteria, onde a circulação dos seus bilhetes não seria
§ 2º Aplica-se a pena com aumento de metade, se o animal
legal:
é submetido a trabalho excessivo ou tratado com crueldade,
Pena – multa, de um a dez contos de réis. em exibição ou espetáculo público.
Art. 58. Explorar ou realizar a loteria denominada jogo do Art. 65. Molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade,
bicho, ou praticar qualquer ato relativo à sua realização ou por acinte ou por motivo reprovável:
exploração:
Pena – prisão simples, de quinze dias a dois meses, ou multa,
Pena – prisão simples, de quatro meses a um ano, e multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
de dois a vinte contos de réis.
CAPÍTULO VIII
Parágrafo único. Incorre na pena de multa, de duzentos mil DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À
réis a dois contos de réis, aquele que participa da loteria, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
visando a obtenção de prêmio, para si ou para terceiro.
Art. 66. Deixar de comunicar à autoridade competente:
Art. 59. Entregar-se alguém habitualmente à ociosidade,
sendo válido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure I – crime de ação pública, de que teve conhecimento no
meios bastantes de subsistência, ou prover à própria exercício de função pública, desde que a ação penal não
subsistência mediante ocupação ilícita: dependa de representação;

Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses. II – crime de ação pública, de que teve conhecimento no
exercício da medicina ou de outra profissão sanitária, desde
Parágrafo único. A aquisição superveniente de renda, que que a ação penal não dependa de representação e a
assegure ao condenado meios bastantes de subsistência, comunicação não exponha o cliente a procedimento
extingue a pena. criminal:
Art. 60. (Revogado pela Lei nº 11.983, de 2009) Pena – multa, de trezentos mil réis a três contos de réis.
Art. 61. (Revogado pela Lei nº 13.718, de 2018) Art. 67. Inumar ou exumar cadáver, com infração das
Art. 62. Apresentar-se publicamente em estado de disposições legais:
embriaguez, de modo que cause escândalo ou ponha em Pena – prisão simples, de um mês a um ano, ou multa, de
perigo a segurança própria ou alheia: duzentos mil réis a dois contos de réis.
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, Art. 68. Recusar à autoridade, quando por esta,
de duzentos mil réis a dois contos de réis. justificadamente solicitados ou exigidos, dados ou
Parágrafo único. Se habitual a embriaguez, o contraventor é indicações concernentes à própria identidade, estado,
internado em casa de custódia e tratamento. profissão, domicílio e residência:

Art. 63. Servir bebidas alcoólicas: Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.

I - (Revogado pela Lei nº 13.106, de 2015) Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de um a
seis meses, e multa, de duzentos mil réis a dois contos de
II – a quem se acha em estado de embriaguez; réis, se o fato não constitui infração penal mais grave, quem,
III – a pessoa que o agente sabe sofrer das faculdades nas mesmas circunstâncias, faz declarações inverídicas a
mentais; respeito de sua identidade pessoal, estado, profissão,
domicílio e residência.
IV – a pessoa que o agente sabe estar judicialmente proibida
de frequentar lugares onde se consome bebida de tal Art. 69. (Revogado pela Lei nº 6.815, de 19.8.1980)
natureza: Art. 70. Praticar qualquer ato que importe violação do
monopólio postal da União:

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Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou multa, de Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
três a dez contos de réis, ou ambas cumulativamente.
Brasília, 20 de junho de 2013; 192º da Independência e 125º
DISPOSIÇÕES FINAIS da República.
Art. 71. Ressalvada a legislação especial sobre florestas, caça DILMA ROUSSEFF
e pesca, revogam-se as disposições em contrário.
José Eduardo Cardozo
Art. 72. Esta lei entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 1942.
Miriam Belchior
Rio de Janeiro, 3 de outubro de 1941; 120º da Independência
Luís Inácio Lucena Adams
e 58º da República.
GETULIO VARGAS. Lei nº 13.964/2019
Francisco Campos.
Aperfeiçoa a legislação penal e processual penal.
Lei nº 12.830/2013 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo
Art. 1º Esta Lei aperfeiçoa a legislação penal e processual
delegado de polícia.
penal.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o
Art. 2º O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
1940 (Código Penal), passa a vigorar com as seguintes
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a investigação criminal alterações:
conduzida pelo delegado de polícia.
“Art. 25.
Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apuração de ............................................................................................
infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de .......
natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos
§ 1º Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade no caput deste artigo, considera-se também em legítima
policial, cabe a condução da investigação criminal por meio defesa o agente de segurança pública que repele agressão
de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a
que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da prática de crimes.” (NR)
materialidade e da autoria das infrações penais.
“Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a
§ 2º Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de multa será executada perante o juiz da execução penal e
polícia a requisição de perícia, informações, documentos e será considerada dívida de valor, aplicáveis as normas
dados que interessem à apuração dos fatos. relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que
concerne às causas interruptivas e suspensivas da
§ 3º (VETADO).
prescrição.
§ 4º O inquérito policial ou outro procedimento previsto em
............................................................................................
lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído
............ (NR)
por superior hierárquico, mediante despacho
fundamentado, por motivo de interesse público ou nas “Art. 75. O tempo de cumprimento das penas privativas de
hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em liberdade não pode ser superior a 40 (quarenta) anos.
regulamento da corporação que prejudique a eficácia da
§ 1º Quando o agente for condenado a penas privativas de
investigação.
liberdade cuja soma seja superior a 40 (quarenta) anos,
§ 5º A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo
ato fundamentado. deste artigo.
§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar- ............................................................................................
se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico- ......... (NR)
jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade
“Art.
e suas circunstâncias.
83. ......................................................................................
Art. 3º O cargo de delegado de polícia é privativo de .........
bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo
............................................................................................
tratamento protocolar que recebem os magistrados, os
..................
membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e os
advogados. III - comprovado:
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a) bom comportamento durante a execução da pena; ............................................................................................


” (NR)
b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze)
meses; “Art.
121. ....................................................................................
c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e
....
d) aptidão para prover a própria subsistência mediante
............................................................................................
trabalho honesto;
.............
............................................................................................
§
......... (NR)
2º. ......................................................................................
“Art. 91-A. Na hipótese de condenação por infrações às .........
quais a lei comine pena máxima superior a 6 (seis) anos de
............................................................................................
reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou
............
proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença
entre o valor do patrimônio do condenado e aquele que seja VIII - (VETADO):
compatível com o seu rendimento lícito.
............................................................................................
§ 1º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo, .” (NR)
entende-se por patrimônio do condenado todos os bens:
“Art. 141.
I - de sua titularidade, ou em relação aos quais ele tenha o .........................................................................................
domínio e o benefício direto ou indireto, na data da infração
§ 1º
penal ou recebidos posteriormente; e
............................................................................................
II - transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante ......
contraprestação irrisória, a partir do início da atividade
§ 2º (VETADO).” (NR)
criminal.
“Art. 157.
§ 2º O condenado poderá demonstrar a inexistência da
........................................................................................
incompatibilidade ou a procedência lícita do patrimônio.
............................................................................................
§ 3º A perda prevista neste artigo deverá ser requerida
............
expressamente pelo Ministério Público, por ocasião do
oferecimento da denúncia, com indicação da diferença § 2º.
apurada. ............................................................................................
....
§ 4º Na sentença condenatória, o juiz deve declarar o valor
da diferença apurada e especificar os bens cuja perda for ............................................................................................
decretada. .............
§ 5º Os instrumentos utilizados para a prática de crimes por VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego
organizações criminosas e milícias deverão ser declarados de arma branca;
perdidos em favor da União ou do Estado, dependendo da
............................................................................................
Justiça onde tramita a ação penal, ainda que não ponham
.............
em perigo a segurança das pessoas, a moral ou a ordem
pública, nem ofereçam sério risco de ser utilizados para o § 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com
cometimento de novos crimes.” emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, aplica-
se em dobro a pena prevista no caput deste artigo.
“Art. 116.
......................................................................................... ............................................................................................
”(NR)
............................................................................................
............. “Art.
171. .....................................................................................
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior;
.
III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos
............................................................................................
aos Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; e
............
IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de
§ 5º Somente se procede mediante representação, salvo se
não persecução penal.
a vítima for:

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I - a Administração Pública, direta ou indireta; X - requisitar documentos, laudos e informações ao


delegado de polícia sobre o andamento da investigação;
II - criança ou adolescente;
XI - decidir sobre os requerimentos de:
III - pessoa com deficiência mental; ou
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em
IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.” (NR)
sistemas de informática e telemática ou de outras formas de
“Art. 316. comunicação;
.........................................................................................
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.” (NR) telefônico;
Art. 3º O Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de c) busca e apreensão domiciliar;
1941 (Código de Processo Penal), passa a vigorar com as
d) acesso a informações sigilosas;
seguintes alterações:
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam
“Juiz das Garantias
direitos fundamentais do investigado;
‘Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória,
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do
vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a
oferecimento da denúncia;
substituição da atuação probatória do órgão de acusação.’
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade
‘Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle
mental;
da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda
dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa,
autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe nos termos do art. 399 deste Código;
especialmente:
XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do direito outorgado ao investigado e ao seu defensor de
inciso LXII do caput do art. 5º da Constituição Federal; acesso a todos os elementos informativos e provas
produzidos no âmbito da investigação criminal, salvo no que
II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da
concerne, estritamente, às diligências em andamento;
legalidade da prisão, observado o disposto no art. 310 deste
Código; XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para
acompanhar a produção da perícia;
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo
determinar que este seja conduzido à sua presença, a XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não
qualquer tempo; persecução penal ou os de colaboração premiada, quando
formalizados durante a investigação;
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer
investigação criminal; XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas
no caput deste artigo.
V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou
outra medida cautelar, observado o disposto no § 1º deste § 1º (VETADO).
artigo;
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, poderá, mediante representação da autoridade policial e
bem como substituí-las ou revogá-las, assegurado, no ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a
primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se
pública e oral, na forma do disposto neste Código ou em ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será
legislação especial pertinente; imediatamente relaxada.’
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada ‘Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange
de provas consideradas urgentes e não repetíveis, todas as infrações penais, exceto as de menor potencial
assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa
pública e oral; na forma do art. 399 deste Código.
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o § 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes
investigado preso, em vista das razões apresentadas pela serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento.
autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não
artigo;
vinculam o juiz da instrução e julgamento, que, após o
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a
não houver fundamento razoável para sua instauração ou necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo
prosseguimento; máximo de 10 (dez) dias.
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§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do autoridade responsável pela investigação deverá intimar a
juiz das garantias ficarão acautelados na secretaria desse instituição a que estava vinculado o investigado à época da
juízo, à disposição do Ministério Público e da defesa, e não ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48
serão apensados aos autos do processo enviados ao juiz da (quarenta e oito) horas, indique defensor para a
instrução e julgamento, ressalvados os documentos representação do investigado.
relativos às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de
§ 3º (VETADO).
provas ou de antecipação de provas, que deverão ser
remetidos para apensamento em apartado. § 4º (VETADO).
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos § 5º (VETADO).
acautelados na secretaria do juízo das garantias.’
§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos
‘Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar servidores militares vinculados às instituições dispostas
qualquer ato incluído nas competências dos arts. 4º e 5º no art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos
deste Código ficará impedido de funcionar no processo. investigados digam respeito a missões para a Garantia da
Lei e da Ordem.”
Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar apenas um
juiz, os tribunais criarão um sistema de rodízio de “Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou
magistrados, a fim de atender às disposições deste de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o
Capítulo.’ órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao
investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos
‘Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as
para a instância de revisão ministerial para fins de
normas de organização judiciária da União, dos Estados e do
homologação, na forma da lei.
Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem
periodicamente divulgados pelo respectivo tribunal.’ § 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar
com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo
‘Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o
de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação,
cumprimento das regras para o tratamento dos presos,
submeter a matéria à revisão da instância competente do
impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com
órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei
órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa
orgânica.
submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil,
administrativa e penal. § 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em
detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades
arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada
deverão disciplinar, em 180 (cento e oitenta) dias, o modo
pela chefia do órgão a quem couber a sua representação
pelo qual as informações sobre a realização da prisão e a
judicial.” (NR)
identidade do preso serão, de modo padronizado e
respeitada a programação normativa aludida “Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o
no caput deste artigo, transmitidas à imprensa, investigado confessado formal e circunstancialmente a
assegurados a efetividade da persecução penal, o direito à prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e
informação e a dignidade da pessoa submetida à prisão.’” com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério
Público poderá propor acordo de não persecução penal,
“Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às
desde que necessário e suficiente para reprovação e
instituições dispostas no art. 144 da Constituição
prevenção do crime, mediante as seguintes condições
Federal figurarem como investigados em inquéritos
ajustadas cumulativa e alternativamente:
policiais, inquéritos policiais militares e demais
procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na
de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no impossibilidade de fazê-lo;
exercício profissional, de forma consumada ou tentada,
II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados
incluindo as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº
pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado
proveito do crime;
poderá constituir defensor.
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o
período correspondente à pena mínima cominada ao delito
investigado deverá ser citado da instauração do
diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo
procedimento investigatório, podendo constituir defensor
juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº
no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal);
recebimento da citação.
IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com
do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a
1940 (Código Penal), a entidade pública ou de interesse
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social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, § 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no
preferencialmente, como função proteger bens jurídicos acordo de não persecução penal, o Ministério Público deverá
iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior
delito; ou oferecimento de denúncia.
V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada § 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal
pelo Ministério Público, desde que proporcional e pelo investigado também poderá ser utilizado pelo
compatível com a infração penal imputada. Ministério Público como justificativa para o eventual não
oferecimento de suspensão condicional do processo.
§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que
se refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas § 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não
de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto. persecução penal não constarão de certidão de
antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no
§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica nas
inciso III do § 2º deste artigo.
seguintes hipóteses:
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução
I - se for cabível transação penal de competência dos
penal, o juízo competente decretará a extinção de
Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei;
punibilidade.
II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em
probatórios que indiquem conduta criminal habitual,
propor o acordo de não persecução penal, o investigado
reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as
poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior, na
infrações penais pretéritas;
forma do art. 28 deste Código.”
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos
“Art. 122. Sem prejuízo do disposto no art. 120, as coisas
anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não
apreendidas serão alienadas nos termos do disposto no art.
persecução penal, transação penal ou suspensão
133 deste Código.
condicional do processo; e
Parágrafo único. (Revogado).” (NR)
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica
ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da “Art. 124-A. Na hipótese de decretação de perdimento de
condição de sexo feminino, em favor do agressor. obras de arte ou de outros bens de relevante valor cultural
ou artístico, se o crime não tiver vítima determinada, poderá
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por
haver destinação dos bens a museus públicos.”
escrito e será firmado pelo membro do Ministério Público,
pelo investigado e por seu defensor. “Art. 133. Transitada em julgado a sentença condenatória, o
juiz, de ofício ou a requerimento do interessado ou do
§ 4º Para a homologação do acordo de não persecução
Ministério Público, determinará a avaliação e a venda dos
penal, será realizada audiência na qual o juiz deverá verificar
bens em leilão público cujo perdimento tenha sido
a sua voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na
decretado.
presença do seu defensor, e sua legalidade.
§ 1º Do dinheiro apurado, será recolhido aos cofres públicos
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou
o que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé.
abusivas as condições dispostas no acordo de não
persecução penal, devolverá os autos ao Ministério Público § 2º O valor apurado deverá ser recolhido ao Fundo
para que seja reformulada a proposta de acordo, com Penitenciário Nacional, exceto se houver previsão diversa
concordância do investigado e seu defensor. em lei especial.” (NR)
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução “Art. 133-A. O juiz poderá autorizar, constatado o interesse
penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para público, a utilização de bem sequestrado, apreendido ou
que inicie sua execução perante o juízo de execução penal. sujeito a qualquer medida assecuratória pelos órgãos de
segurança pública previstos no art. 144 da Constituição
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não
Federal, do sistema prisional, do sistema socioeducativo, da
atender aos requisitos legais ou quando não for realizada a
Força Nacional de Segurança Pública e do Instituto Geral de
adequação a que se refere o § 5º deste artigo.
Perícia, para o desempenho de suas atividades.
§ 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao
§ 1º O órgão de segurança pública participante das ações de
Ministério Público para a análise da necessidade de
investigação ou repressão da infração penal que ensejou a
complementação das investigações ou o oferecimento da
constrição do bem terá prioridade na sua utilização.
denúncia.
§ 2º Fora das hipóteses anteriores, demonstrado o interesse
§ 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de
público, o juiz poderá autorizar o uso do bem pelos demais
não persecução penal e de seu descumprimento.
órgãos públicos.

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§ 3º Se o bem a que se refere o caput deste artigo for veículo, posição na área de exames, podendo ser ilustrada por
embarcação ou aeronave, o juiz ordenará à autoridade de fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua
trânsito ou ao órgão de registro e controle a expedição de descrição no laudo pericial produzido pelo perito
certificado provisório de registro e licenciamento em favor responsável pelo atendimento;
do órgão público beneficiário, o qual estará isento do
IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à
pagamento de multas, encargos e tributos anteriores à
análise pericial, respeitando suas características e natureza;
disponibilização do bem para a sua utilização, que deverão
ser cobrados de seu responsável. V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada
vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de
§ 4º Transitada em julgado a sentença penal condenatória
acordo com suas características físicas, químicas e
com a decretação de perdimento dos bens, ressalvado o
biológicas, para posterior análise, com anotação da data,
direito do lesado ou terceiro de boa-fé, o juiz poderá
hora e nome de quem realizou a coleta e o
determinar a transferência definitiva da propriedade ao
acondicionamento;
órgão público beneficiário ao qual foi custodiado o bem.”
VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para
“Art. 157.
o outro, utilizando as condições adequadas (embalagens,
............................................................................................
veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a
.........
manutenção de suas características originais, bem como o
............................................................................................ controle de sua posse;
..........................
VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do
§ 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada vestígio, que deve ser documentado com, no mínimo,
inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão.” informações referentes ao número de procedimento e
(NR) unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem,
nome de quem transportou o vestígio, código de
“‘CAPÍTULO II
rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio,
DO EXAME DE CORPO DE DELITO, DA CADEIA DE protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
CUSTÓDIA E DAS PERÍCIAS EM GERAL’ VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do
vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas
............................................................................................
características biológicas, físicas e químicas, a fim de se
..........................
obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
‘Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de laudo produzido por perito;
todos os procedimentos utilizados para manter e
IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em
documentar a história cronológica do vestígio coletado em
condições adequadas, do material a ser processado,
locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e
guardado para realização de contraperícia, descartado ou
manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
transportado, com vinculação ao número do laudo
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação correspondente;
do local de crime ou com procedimentos policiais ou
X - descarte: procedimento referente à liberação do
periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio.
vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de pertinente, mediante autorização judicial.’
potencial interesse para a produção da prova pericial fica
‘Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada
responsável por sua preservação.
preferencialmente por perito oficial, que dará o
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou encaminhamento necessário para a central de custódia,
latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração mesmo quando for necessária a realização de exames
penal.’ complementares.
‘Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o § 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou
rastreamento do vestígio nas seguintes etapas: processo devem ser tratados como descrito nesta Lei,
ficando órgão central de perícia oficial de natureza criminal
I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de
responsável por detalhar a forma do seu cumprimento.
potencial interesse para a produção da prova pericial;
§ 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das
remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da
coisas, devendo isolar e preservar o ambiente imediato,
liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada
mediato e relacionado aos vestígios e local de crime;
como fraude processual a sua realização.’
III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se
encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua
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‘Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio “Art. 282.


será determinado pela natureza do material. ............................................................................................
.....
§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres,
com numeração individualizada, de forma a garantir a ............................................................................................
inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o ......................
transporte.
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a
§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar requerimento das partes ou, quando no curso da
suas características, impedir contaminação e vazamento, investigação criminal, por representação da autoridade
ter grau de resistência adequado e espaço para registro de policial ou mediante requerimento do Ministério Público.
informações sobre seu conteúdo.
§ 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de
§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida
proceder à análise e, motivadamente, por pessoa cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para
autorizada. se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada de
cópia do requerimento e das peças necessárias,
§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar
permanecendo os autos em juízo, e os casos de urgência ou
na ficha de acompanhamento de vestígio o nome e a
de perigo deverão ser justificados e fundamentados em
matrícula do responsável, a data, o local, a finalidade, bem
decisão que contenha elementos do caso concreto que
como as informações referentes ao novo lacre utilizado.
justifiquem essa medida excepcional.
§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do
§ 4º No caso de descumprimento de qualquer das
novo recipiente.’
obrigações impostas, o juiz, mediante requerimento do
‘Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter Ministério Público, de seu assistente ou do querelante,
uma central de custódia destinada à guarda e controle dos poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou,
vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao em último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do
órgão central de perícia oficial de natureza criminal. parágrafo único do art. 312 deste Código.
§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de § 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar
protocolo, com local para conferência, recepção, devolução a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de
de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se
classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um sobrevierem razões que a justifiquem.
espaço seguro e apresentar condições ambientais que não
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando
interfiram nas características do vestígio.
não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar,
§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da
deverão ser protocoladas, consignando-se informações substituição por outra medida cautelar deverá ser
sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam. justificado de forma fundamentada nos elementos
presentes do caso concreto, de forma individualizada.” (NR)
§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio
armazenado deverão ser identificadas e deverão ser “Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante
registradas a data e a hora do acesso. delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade
judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou
§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado,
em virtude de condenação criminal transitada em julgado.
todas as ações deverão ser registradas, consignando-se a
identificação do responsável pela tramitação, a destinação, ............................................................................................
a data e horário da ação.’ ............ ”(NR)
‘Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá “Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição
ser devolvido à central de custódia, devendo nela do mandado não obstará a prisão, e o preso, em tal caso,
permanecer. será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido
o mandado, para a realização de audiência de custódia.”
Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua
(NR)
espaço ou condições de armazenar determinado material,
deverá a autoridade policial ou judiciária determinar as “Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no
condições de depósito do referido material em local diverso, prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a
mediante requerimento do diretor do órgão central de realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de
perícia oficial de natureza criminal.’ custódia com a presença do acusado, seu advogado
constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro
............................................................................................
do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá,
............
fundamentadamente:
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............................................................................................ “Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a


..................... prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada.
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que § 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de
o agente praticou o fato em qualquer das condições qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente
constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do a existência de fatos novos ou contemporâneos que
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código justifiquem a aplicação da medida adotada.
Penal), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado
§ 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão
liberdade provisória, mediante termo de comparecimento
judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de
revogação. I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato
normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que
questão decidida;
integra organização criminosa armada ou milícia, ou que
porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem
liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares. explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer
não realização da audiência de custódia no prazo outra decisão;
estabelecido no caput deste artigo responderá
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no
administrativa, civil e penalmente pela omissão.
processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso pelo julgador;
do prazo estabelecido no caput deste artigo, a não
V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula,
realização de audiência de custódia sem motivação idônea
sem identificar seus fundamentos determinantes nem
ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela
demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles
autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de
fundamentos;
imediata decretação de prisão preventiva.” (NR)
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou
“Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a
processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo
existência de distinção no caso em julgamento ou a
juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou
superação do entendimento.” (NR)
do assistente, ou por representação da autoridade policial.”
(NR) “Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes,
revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação ou
“Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como
do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista,
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a
que a justifiquem.
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o
estado de liberdade do imputado. órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua
manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão
§
fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.”
1º ........................................................................................
(NR)
.....................
“Art. 492.
§ 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser
............................................................................................
motivada e fundamentada em receio de perigo e existência
......
concreta de fatos novos ou contemporâneos que
justifiquem a aplicação da medida adotada.” (NR) I -
............................................................................................
“Art. 313.
..................
...........................................................................................
............................................................................................
§
......................
1º ........................................................................................
........... e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à
prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da
§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva
prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena
com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena
igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, determinará
ou como decorrência imediata de investigação criminal ou
a execução provisória das penas, com expedição do
da apresentação ou recebimento de denúncia.” (NR)

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mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do Art. 4º A Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de
conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos; Execução Penal), passa a vigorar com as seguintes
alterações:
............................................................................................
..................... “Art. 9º-A. (VETADO).
§ 3º O presidente poderá, excepcionalmente, deixar de ............................................................................................
autorizar a execução provisória das penas de que trata a ...............
alínea e do inciso I do caput deste artigo, se houver questão
§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias
substancial cuja resolução pelo tribunal ao qual competir o
mínimas de proteção de dados genéticos, observando as
julgamento possa plausivelmente levar à revisão da
melhores práticas da genética forense.
condenação.
............................................................................................
§ 4º A apelação interposta contra decisão condenatória do
...............
Tribunal do Júri a uma pena igual ou superior a 15 (quinze)
anos de reclusão não terá efeito suspensivo. § 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o
acesso aos seus dados constantes nos bancos de perfis
§ 5º Excepcionalmente, poderá o tribunal atribuir efeito
genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de
suspensivo à apelação de que trata o § 4º deste artigo,
custódia que gerou esse dado, de maneira que possa ser
quando verificado cumulativamente que o recurso:
contraditado pela defesa.
I - não tem propósito meramente protelatório; e
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste
II - levanta questão substancial e que pode resultar em artigo que não tiver sido submetido à identificação do perfil
absolvição, anulação da sentença, novo julgamento ou genético por ocasião do ingresso no estabelecimento
redução da pena para patamar inferior a 15 (quinze) anos de prisional deverá ser submetido ao procedimento durante o
reclusão. cumprimento da pena.
§ 6º O pedido de concessão de efeito suspensivo poderá ser § 5º (VETADO).
feito incidentemente na apelação ou por meio de petição
§ 6º (VETADO).
em separado dirigida diretamente ao relator, instruída com
cópias da sentença condenatória, das razões da apelação e § 7º (VETADO).
de prova da tempestividade, das contrarrazões e das demais
§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em
peças necessárias à compreensão da controvérsia.” (NR)
submeter-se ao procedimento de identificação do perfil
“Art. 564. genético.” (NR)
............................................................................................
“Art. 50.
......
............................................................................................
............................................................................................
............................................................................................
......................
..............
V - em decorrência de decisão carente de fundamentação.
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação
............................................................................................ do perfil genético.
.........” (NR)
............................................................................................
“Art. 581. ....” (NR)
............................................................................................
“Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso
..
constitui falta grave e, quando ocasionar subversão da
............................................................................................ ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou
................... condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção
penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes
XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de
características:
não persecução penal, previsto no art. 28-A desta Lei.” (NR)
I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de
“Art. 638. O recurso extraordinário e o recurso especial
repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie;
serão processados e julgados no Supremo Tribunal Federal
e no Superior Tribunal de Justiça na forma estabelecida por II - recolhimento em cela individual;
leis especiais, pela lei processual civil e pelos respectivos
III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem
regimentos internos.” (NR)
realizadas em instalações equipadas para impedir o contato
físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no

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caso de terceiro, autorizado judicialmente, com duração de § 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo
2 (duas) horas; será gravada em sistema de áudio ou de áudio e vídeo e, com
autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário.
IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias
para banho de sol, em grupos de até 4 (quatro) presos, desde § 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime disciplinar
que não haja contato com presos do mesmo grupo diferenciado, o preso que não receber a visita de que trata o
criminoso; inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio
agendamento, ter contato telefônico, que será gravado,
V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu
com uma pessoa da família, 2 (duas) vezes por mês e por 10
defensor, em instalações equipadas para impedir o contato
(dez) minutos.” (NR)
físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização
judicial em contrário; “Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em
forma progressiva com a transferência para regime menos
VI - fiscalização do conteúdo da correspondência;
rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver
VII - participação em audiências judiciais preferencialmente cumprido ao menos:
por videoconferência, garantindo-se a participação do
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for
defensor no mesmo ambiente do preso.
primário e o crime tiver sido cometido sem violência à
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado pessoa ou grave ameaça;
aos presos provisórios ou condenados, nacionais ou
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for
estrangeiros:
reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou
I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do grave ameaça;
estabelecimento penal ou da sociedade;
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for
II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento primário e o crime tiver sido cometido com violência à
ou participação, a qualquer título, em organização pessoa ou grave ameaça;
criminosa, associação criminosa ou milícia privada,
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for
independentemente da prática de falta grave.
reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou
§ 2º (Revogado). grave ameaça;
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for
organização criminosa, associação criminosa ou milícia condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado,
privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais se for primário;
Estados da Federação, o regime disciplinar diferenciado
VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:
será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento
prisional federal. a) condenado pela prática de crime hediondo ou
equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime
livramento condicional;
disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado
sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo,
indícios de que o preso: de organização criminosa estruturada para a prática de
crime hediondo ou equiparado; ou
I - continua apresentando alto risco para a ordem e a
segurança do estabelecimento penal de origem ou da c) condenado pela prática do crime de constituição de
sociedade; milícia privada;
II - mantém os vínculos com organização criminosa, VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for
associação criminosa ou milícia privada, considerados reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado;
também o perfil criminal e a função desempenhada por ele
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for
no grupo criminoso, a operação duradoura do grupo, a
reincidente em crime hediondo ou equiparado com
superveniência de novos processos criminais e os resultados
resultado morte, vedado o livramento condicional.
do tratamento penitenciário.
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime
progressão de regime se ostentar boa conduta carcerária,
disciplinar diferenciado deverá contar com alta segurança
comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas
interna e externa, principalmente no que diz respeito à
as normas que vedam a progressão.
necessidade de se evitar contato do preso com membros de
sua organização criminosa, associação criminosa ou milícia § 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de
privada, ou de grupos rivais. regime será sempre motivada e precedida de manifestação
do Ministério Público e do defensor, procedimento que

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também será adotado na concessão de livramento Parágrafo único. Consideram-se também hediondos,
condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os tentados ou consumados:
prazos previstos nas normas vigentes.
I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei
............................................................................................ nº 2.889, de 1º de outubro de 1956;
.
II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de
deste artigo, o crime de tráfico de drogas previsto no § 4º do dezembro de 2003;
art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006.
III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto
§ 6º O cometimento de falta grave durante a execução da no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
pena privativa de liberdade interrompe o prazo para a
IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo,
obtenção da progressão no regime de cumprimento da
acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826,
pena, caso em que o reinício da contagem do requisito
de 22 de dezembro de 2003;
objetivo terá como base a pena remanescente.
V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à
§ 7º (VETADO).” (NR)
prática de crime hediondo ou equiparado.” (NR)
“Art. 122.
Art. 6º A Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, passa a vigorar
............................................................................................
com as seguintes alterações:
....
“Art. 17.
§
............................................................................................
1º ........................................................................................
................. § 1º As ações de que trata este artigo admitem a celebração
de acordo de não persecução cível, nos termos desta Lei.
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere
o caput deste artigo o condenado que cumpre pena por ............................................................................................
praticar crime hediondo com resultado morte.” (NR) ..............
Art. 5º O art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, passa § 10-A. Havendo a possibilidade de solução consensual,
a vigorar com as seguintes alterações: poderão as partes requerer ao juiz a interrupção do prazo
para a contestação, por prazo não superior a 90 (noventa)
“Art. 1º
dias.
............................................................................................
....... ............................................................................................
...” (NR)
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica
de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só “Art. 17-A. (VETADO):
agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III,
I - (VETADO);
IV, V, VI, VII e VIII);
II - (VETADO);
............................................................................................
................... III - (VETADO).
II - roubo: § 1º (VETADO).
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. § 2º (VETADO).
157, § 2º, inciso V);
§ 3º (VETADO).
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157,
§ 4º (VETADO).
§ 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo de uso
proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); § 5º (VETADO).”
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte Art. 7º A Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996, passa a vigorar
(art. 157, § 3º); acrescida dos seguintes arts. 8º-A e 10-A:
III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da “Art. 8º-A. Para investigação ou instrução criminal, poderá
vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º); ser autorizada pelo juiz, a requerimento da autoridade
policial ou do Ministério Público, a captação ambiental de
............................................................................................
sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos, quando:
.................
I - a prova não puder ser feita por outros meios disponíveis e
IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de
igualmente eficazes; e
artefato análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A).
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II - houver elementos probatórios razoáveis de autoria e §


participação em infrações criminais cujas penas máximas 1º ........................................................................................
sejam superiores a 4 (quatro) anos ou em infrações penais ............
conexas.
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo
§ 1º O requerimento deverá descrever envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de
circunstanciadamente o local e a forma de instalação do reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.” (NR)
dispositivo de captação ambiental.
“Art. 17.
§ 2º (VETADO). ............................................................................................
.
§ 3º A captação ambiental não poderá exceder o prazo de 15
(quinze) dias, renovável por decisão judicial por iguais Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa.
períodos, se comprovada a indispensabilidade do meio de
§
prova e quando presente atividade criminal permanente,
1º ........................................................................................
habitual ou continuada.
............
§ 4º (VETADO).
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma
§ 5º Aplicam-se subsidiariamente à captação ambiental as de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em
regras previstas na legislação específica para a desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a
interceptação telefônica e telemática.” agente policial disfarçado, quando presentes elementos
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.”
“Art. 10-A. Realizar captação ambiental de sinais
(NR)
eletromagnéticos, ópticos ou acústicos para investigação ou
instrução criminal sem autorização judicial, quando esta for “Art. 18.
exigida: ............................................................................................
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa.
§ 1º Não há crime se a captação é realizada por um dos Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou
interlocutores. entrega arma de fogo, acessório ou munição, em operação
de importação, sem autorização da autoridade competente,
§ 2º A pena será aplicada em dobro ao funcionário público
a agente policial disfarçado, quando presentes elementos
que descumprir determinação de sigilo das investigações
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.”
que envolvam a captação ambiental ou revelar o conteúdo
(NR)
das gravações enquanto mantido o sigilo judicial.”
“Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a
Art. 8º O art. 1º da Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, passa
pena é aumentada da metade se:
a vigorar acrescido do seguinte § 6º:
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas
“Art. 1º
referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou
............................................................................................
...... II - o agente for reincidente específico em crimes dessa
natureza.” (NR)
............................................................................................
................... “Art. 34-A. Os dados relacionados à coleta de registros
balísticos serão armazenados no Banco Nacional de Perfis
§ 6º Para a apuração do crime de que trata este artigo,
Balísticos.
admite-se a utilização da ação controlada e da infiltração de
agentes.” (NR) § 1º O Banco Nacional de Perfis Balísticos tem como objetivo
cadastrar armas de fogo e armazenar características de
Art. 9º A Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, passa a
classe e individualizadoras de projéteis e de estojos de
vigorar com as seguintes alterações:
munição deflagrados por arma de fogo.
“Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber,
§ 2º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será constituído
ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
pelos registros de elementos de munição deflagrados por
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob
armas de fogo relacionados a crimes, para subsidiar ações
sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição
destinadas às apurações criminais federais, estaduais e
de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
distritais.
determinação legal ou regulamentar:
§ 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será gerido pela
............................................................................................
unidade oficial de perícia criminal.
................

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§ 4º Os dados constantes do Banco Nacional de Perfis além de eventuais crianças, separados por vidro e
Balísticos terão caráter sigiloso, e aquele que permitir ou comunicação por meio de interfone, com filmagem e
promover sua utilização para fins diversos dos previstos gravações;
nesta Lei ou em decisão judicial responderá civil, penal e
III - banho de sol de até 2 (duas) horas diárias; e
administrativamente.
IV - monitoramento de todos os meios de comunicação,
§ 5º É vedada a comercialização, total ou parcial, da base de
inclusive de correspondência escrita.
dados do Banco Nacional de Perfis Balísticos.
§ 2º Os estabelecimentos penais federais de segurança
§ 6º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional de
máxima deverão dispor de monitoramento de áudio e vídeo
Perfis Balísticos serão regulamentados em ato do Poder
no parlatório e nas áreas comuns, para fins de preservação
Executivo federal.”
da ordem interna e da segurança pública, vedado seu uso
Art. 10. O § 1º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de nas celas e no atendimento advocatício, salvo expressa
2006, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso IV: autorização judicial em contrário.
“Art. 33. § 3º As gravações das visitas não poderão ser utilizadas
........................................................................................... como meio de prova de infrações penais pretéritas ao
ingresso do preso no estabelecimento.
§ 1º
............................................................................................ § 4º Os diretores dos estabelecimentos penais federais de
...... segurança máxima ou o Diretor do Sistema Penitenciário
Federal poderão suspender e restringir o direito de visitas
............................................................................................
previsto no inciso II do § 1º deste artigo por meio de ato
............
fundamentado.
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou
§ 5º Configura o crime do art. 325 do Decreto-Lei nº 2.848,
produto químico destinado à preparação de drogas, sem
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a violação ao
autorização ou em desacordo com a determinação legal ou
disposto no § 2º deste artigo.” (NR)
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando
presentes elementos probatórios razoáveis de conduta “Art. 10.
criminal preexistente. ............................................................................................
......
............................................................................................
..” (NR) § 1º O período de permanência será de até 3 (três) anos,
renovável por iguais períodos, quando solicitado
Art. 11. A Lei nº 11.671, de 8 de maio de 2008, passa a vigorar
motivadamente pelo juízo de origem, observados os
com as seguintes alterações:
requisitos da transferência, e se persistirem os motivos que
“Art. 2º a determinaram.
............................................................................................
............................................................................................
..
.........” (NR)
Parágrafo único. O juízo federal de execução penal será
“Art. 11-A. As decisões relativas à transferência ou à
competente para as ações de natureza penal que tenham
prorrogação da permanência do preso em estabelecimento
por objeto fatos ou incidentes relacionados à execução da
penal federal de segurança máxima, à concessão ou à
pena ou infrações penais ocorridas no estabelecimento
denegação de benefícios prisionais ou à imposição de
penal federal.” (NR)
sanções ao preso federal poderão ser tomadas por órgão
“Art. 3º Serão incluídos em estabelecimentos penais colegiado de juízes, na forma das normas de organização
federais de segurança máxima aqueles para quem a medida interna dos tribunais.”
se justifique no interesse da segurança pública ou do próprio
“Art. 11-B. Os Estados e o Distrito Federal poderão construir
preso, condenado ou provisório.
estabelecimentos penais de segurança máxima, ou adaptar
§ 1º A inclusão em estabelecimento penal federal de os já existentes, aos quais será aplicável, no que couber, o
segurança máxima, no atendimento do interesse da disposto nesta Lei.”
segurança pública, será em regime fechado de segurança
Art. 12. A Lei nº 12.037, de 1º de outubro de 2009, passa a
máxima, com as seguintes características:
vigorar com as seguintes alterações:
I - recolhimento em cela individual;
“Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de
II - visita do cônjuge, do companheiro, de parentes e de dados ocorrerá:
amigos somente em dias determinados, por meio virtual ou
I - no caso de absolvição do acusado; ou
no parlatório, com o máximo de 2 (duas) pessoas por vez,

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II - no caso de condenação do acusado, mediante § 10. É vedada a comercialização, total ou parcial, da base de
requerimento, após decorridos 20 (vinte) anos do dados do Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões
cumprimento da pena.” (NR) Digitais.
“Art. 7º-C. Fica autorizada a criação, no Ministério da Justiça § 11. A autoridade policial e o Ministério Público poderão
e Segurança Pública, do Banco Nacional Multibiométrico e requerer ao juiz competente, no caso de inquérito ou ação
de Impressões Digitais. penal instaurados, o acesso ao Banco Nacional
Multibiométrico e de Impressões Digitais.”
§ 1º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional
Multibiométrico e de Impressões Digitais serão Art. 13. A Lei nº 12.694, de 24 de julho de 2012, passa a
regulamentados em ato do Poder Executivo federal. vigorar acrescida do seguinte art. 1º-A:
§ 2º O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões “Art. 1º-A. Os Tribunais de Justiça e os Tribunais Regionais
Digitais tem como objetivo armazenar dados de registros Federais poderão instalar, nas comarcas sedes de
biométricos, de impressões digitais e, quando possível, de Circunscrição ou Seção Judiciária, mediante resolução,
íris, face e voz, para subsidiar investigações criminais Varas Criminais Colegiadas com competência para o
federais, estaduais ou distritais. processo e julgamento:
§ 3º O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões I - de crimes de pertinência a organizações criminosas
Digitais será integrado pelos registros biométricos, de armadas ou que tenham armas à disposição;
impressões digitais, de íris, face e voz colhidos em
II - do crime do art. 288-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
investigações criminais ou por ocasião da identificação
dezembro de 1940 (Código Penal); e
criminal.
III - das infrações penais conexas aos crimes a que se referem
§ 4º Poderão ser colhidos os registros biométricos, de
os incisos I e II do caput deste artigo.
impressões digitais, de íris, face e voz dos presos provisórios
ou definitivos quando não tiverem sido extraídos por § 1º As Varas Criminais Colegiadas terão competência para
ocasião da identificação criminal. todos os atos jurisdicionais no decorrer da investigação, da
ação penal e da execução da pena, inclusive a transferência
§ 5º Poderão integrar o Banco Nacional Multibiométrico e de
do preso para estabelecimento prisional de segurança
Impressões Digitais, ou com ele interoperar, os dados de
máxima ou para regime disciplinar diferenciado.
registros constantes em quaisquer bancos de dados geridos
por órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário § 2º Ao receber, segundo as regras normais de distribuição,
das esferas federal, estadual e distrital, inclusive pelo processos ou procedimentos que tenham por objeto os
Tribunal Superior Eleitoral e pelos Institutos de Identificação crimes mencionados no caput deste artigo, o juiz deverá
Civil. declinar da competência e remeter os autos, em qualquer
fase em que se encontrem, à Vara Criminal Colegiada de sua
§ 6º No caso de bancos de dados de identificação de
Circunscrição ou Seção Judiciária.
natureza civil, administrativa ou eleitoral, a integração ou o
compartilhamento dos registros do Banco Nacional § 3º Feita a remessa mencionada no § 2º deste artigo, a Vara
Multibiométrico e de Impressões Digitais será limitado às Criminal Colegiada terá competência para todos os atos
impressões digitais e às informações necessárias para processuais posteriores, incluindo os da fase de execução.”
identificação do seu titular.
Art. 14. A Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013, passa a
§ 7º A integração ou a interoperação dos dados de registros vigorar com as seguintes alterações:
multibiométricos constantes de outros bancos de dados
“Art. 2º
com o Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões
............................................................................................
Digitais ocorrerá por meio de acordo ou convênio com a
...
unidade gestora.
............................................................................................
§ 8º Os dados constantes do Banco Nacional
.................
Multibiométrico e de Impressões Digitais terão caráter
sigiloso, e aquele que permitir ou promover sua utilização § 8º As lideranças de organizações criminosas armadas ou
para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão que tenham armas à disposição deverão iniciar o
judicial responderá civil, penal e administrativamente. cumprimento da pena em estabelecimentos penais de
segurança máxima.
§ 9º As informações obtidas a partir da coincidência de
registros biométricos relacionados a crimes deverão ser § 9º O condenado expressamente em sentença por integrar
consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial organização criminosa ou por crime praticado por meio de
habilitado. organização criminosa não poderá progredir de regime de
cumprimento de pena ou obter livramento condicional ou
outros benefícios prisionais se houver elementos
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probatórios que indiquem a manutenção do vínculo § 2º Em caso de eventual conflito de interesses, ou de


associativo.” (NR) colaborador hipossuficiente, o celebrante deverá solicitar a
presença de outro advogado ou a participação de defensor
“‘Seção I
público.
Da Colaboração Premiada’
§ 3º No acordo de colaboração premiada, o colaborador
‘Art. 3º-A. O acordo de colaboração premiada é negócio deve narrar todos os fatos ilícitos para os quais concorreu e
jurídico processual e meio de obtenção de prova, que que tenham relação direta com os fatos investigados.
pressupõe utilidade e interesse públicos.’
§ 4º Incumbe à defesa instruir a proposta de colaboração e
‘Art. 3º-B. O recebimento da proposta para formalização de os anexos com os fatos adequadamente descritos, com
acordo de colaboração demarca o início das negociações e todas as suas circunstâncias, indicando as provas e os
constitui também marco de confidencialidade, elementos de corroboração.’
configurando violação de sigilo e quebra da confiança e da
‘Art. 4º
boa-fé a divulgação de tais tratativas iniciais ou de
............................................................................................
documento que as formalize, até o levantamento de sigilo
....
por decisão judicial.
............................................................................................
§ 1º A proposta de acordo de colaboração premiada poderá
................
ser sumariamente indeferida, com a devida justificativa,
cientificando-se o interessado. § 4º Nas mesmas hipóteses do caput deste artigo, o
Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia se a
§ 2º Caso não haja indeferimento sumário, as partes deverão
proposta de acordo de colaboração referir-se a infração de
firmar Termo de Confidencialidade para prosseguimento
cuja existência não tenha prévio conhecimento e o
das tratativas, o que vinculará os órgãos envolvidos na
colaborador:
negociação e impedirá o indeferimento posterior sem justa
causa. ............................................................................................
.............
§ 3º O recebimento de proposta de colaboração para análise
ou o Termo de Confidencialidade não implica, por si só, a § 4º-A. Considera-se existente o conhecimento prévio da
suspensão da investigação, ressalvado acordo em contrário infração quando o Ministério Público ou a autoridade policial
quanto à propositura de medidas processuais penais competente tenha instaurado inquérito ou procedimento
cautelares e assecuratórias, bem como medidas processuais investigatório para apuração dos fatos apresentados pelo
cíveis admitidas pela legislação processual civil em vigor. colaborador.
§ 4º O acordo de colaboração premiada poderá ser ............................................................................................
precedido de instrução, quando houver necessidade de ..........
identificação ou complementação de seu objeto, dos fatos
§ 7º Realizado o acordo na forma do § 6º deste artigo, serão
narrados, sua definição jurídica, relevância, utilidade e
remetidos ao juiz, para análise, o respectivo termo, as
interesse público.
declarações do colaborador e cópia da investigação,
§ 5º Os termos de recebimento de proposta de colaboração devendo o juiz ouvir sigilosamente o colaborador,
e de confidencialidade serão elaborados pelo celebrante e acompanhado de seu defensor, oportunidade em que
assinados por ele, pelo colaborador e pelo advogado ou analisará os seguintes aspectos na homologação:
defensor público com poderes específicos.
I - regularidade e legalidade;
§ 6º Na hipótese de não ser celebrado o acordo por iniciativa
II - adequação dos benefícios pactuados àqueles previstos
do celebrante, esse não poderá se valer de nenhuma das
no caput e nos §§ 4º e 5º deste artigo, sendo nulas as
informações ou provas apresentadas pelo colaborador, de
cláusulas que violem o critério de definição do regime inicial
boa-fé, para qualquer outra finalidade.’
de cumprimento de pena do art. 33 do Decreto-Lei nº 2.848,
‘Art. 3º-C. A proposta de colaboração premiada deve estar de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), as regras de cada
instruída com procuração do interessado com poderes um dos regimes previstos no Código Penal e na Lei nº 7.210,
específicos para iniciar o procedimento de colaboração e de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal) e os
suas tratativas, ou firmada pessoalmente pela parte que requisitos de progressão de regime não abrangidos pelo § 5º
pretende a colaboração e seu advogado ou defensor deste artigo;
público.
III - adequação dos resultados da colaboração aos resultados
§ 1º Nenhuma tratativa sobre colaboração premiada deve mínimos exigidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput deste
ser realizada sem a presença de advogado constituído ou artigo;
defensor público.

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IV - voluntariedade da manifestação de vontade, VI - cumprir pena ou prisão cautelar em estabelecimento


especialmente nos casos em que o colaborador está ou penal diverso dos demais corréus ou condenados.’ (NR)
esteve sob efeito de medidas cautelares.
‘Art. 7º
§ 7º-A O juiz ou o tribunal deve proceder à análise ............................................................................................
fundamentada do mérito da denúncia, do perdão judicial e ......
das primeiras etapas de aplicação da pena, nos termos
............................................................................................
do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
..................
Penal) e do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941
(Código de Processo Penal), antes de conceder os benefícios § 3º O acordo de colaboração premiada e os depoimentos do
pactuados, exceto quando o acordo prever o não colaborador serão mantidos em sigilo até o recebimento da
oferecimento da denúncia na forma dos §§ 4º e 4º-A deste denúncia ou da queixa-crime, sendo vedado ao magistrado
artigo ou já tiver sido proferida sentença. decidir por sua publicidade em qualquer hipótese.’ (NR)”
§ 7º-B. São nulas de pleno direito as previsões de renúncia ao “Art. 10-A. Será admitida a ação de agentes de polícia
direito de impugnar a decisão homologatória. infiltrados virtuais, obedecidos os requisitos do caput do
art. 10, na internet, com o fim de investigar os crimes
§ 8º O juiz poderá recusar a homologação da proposta que
previstos nesta Lei e a eles conexos, praticados por
não atender aos requisitos legais, devolvendo-a às partes
organizações criminosas, desde que demonstrada sua
para as adequações necessárias.
necessidade e indicados o alcance das tarefas dos policiais,
............................................................................................ os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e, quando
.............. possível, os dados de conexão ou cadastrais que permitam a
identificação dessas pessoas.
§ 10-A Em todas as fases do processo, deve-se garantir ao
réu delatado a oportunidade de manifestar-se após o § 1º Para efeitos do disposto nesta Lei, consideram-se:
decurso do prazo concedido ao réu que o delatou.
I - dados de conexão: informações referentes a hora, data,
............................................................................................ início, término, duração, endereço de Protocolo de Internet
............ (IP) utilizado e terminal de origem da conexão;
§ 13. O registro das tratativas e dos atos de colaboração II - dados cadastrais: informações referentes a nome e
deverá ser feito pelos meios ou recursos de gravação endereço de assinante ou de usuário registrado ou
magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive autenticado para a conexão a quem endereço de IP,
audiovisual, destinados a obter maior fidelidade das identificação de usuário ou código de acesso tenha sido
informações, garantindo-se a disponibilização de cópia do atribuído no momento da conexão.
material ao colaborador.
§ 2º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o
............................................................................................ juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério
..................... Público.
§ 16. Nenhuma das seguintes medidas será decretada ou § 3º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração
proferida com fundamento apenas nas declarações do penal de que trata o art. 1º desta Lei e se as provas não
colaborador: puderem ser produzidas por outros meios disponíveis.
I - medidas cautelares reais ou pessoais; § 4º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis)
meses, sem prejuízo de eventuais renovações, mediante
II - recebimento de denúncia ou queixa-crime;
ordem judicial fundamentada e desde que o total não
III - sentença condenatória. exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja comprovada sua
necessidade.
§ 17. O acordo homologado poderá ser rescindido em caso
de omissão dolosa sobre os fatos objeto da colaboração. § 5º Findo o prazo previsto no § 4º deste artigo, o relatório
circunstanciado, juntamente com todos os atos eletrônicos
§ 18. O acordo de colaboração premiada pressupõe que o
praticados durante a operação, deverão ser registrados,
colaborador cesse o envolvimento em conduta ilícita
gravados, armazenados e apresentados ao juiz competente,
relacionada ao objeto da colaboração, sob pena de rescisão.’
que imediatamente cientificará o Ministério Público.
(NR)
§ 6º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia
‘Art. 5º
poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério Público
............................................................................................
e o juiz competente poderão requisitar, a qualquer tempo,
......
relatório da atividade de infiltração.
............................................................................................
...................
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§ 7º É nula a prova obtida sem a observância do disposto relevante interesse público ou interesse concreto para a
neste artigo.” apuração dos fatos.
“Art. 10-B. As informações da operação de infiltração serão Parágrafo único. A revelação da identidade somente será
encaminhadas diretamente ao juiz responsável pela efetivada mediante comunicação prévia ao informante e
autorização da medida, que zelará por seu sigilo. com sua concordância formal.”
Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, o acesso “Art. 4º-C. Além das medidas de proteção previstas na Lei
aos autos será reservado ao juiz, ao Ministério Público e ao nº 9.807, de 13 de julho de 1999, será assegurada ao
delegado de polícia responsável pela operação, com o informante proteção contra ações ou omissões praticadas
objetivo de garantir o sigilo das investigações.” em retaliação ao exercício do direito de relatar, tais como
demissão arbitrária, alteração injustificada de funções ou
“Art. 10-C. Não comete crime o policial que oculta a sua
atribuições, imposição de sanções, de prejuízos
identidade para, por meio da internet, colher indícios de
remuneratórios ou materiais de qualquer espécie, retirada
autoria e materialidade dos crimes previstos no art. 1º desta
de benefícios, diretos ou indiretos, ou negativa de
Lei.
fornecimento de referências profissionais positivas.
Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de
§ 1º A prática de ações ou omissões de retaliação ao
observar a estrita finalidade da investigação responderá
informante configurará falta disciplinar grave e sujeitará o
pelos excessos praticados.”
agente à demissão a bem do serviço público.
“Art. 10-D. Concluída a investigação, todos os atos
§ 2º O informante será ressarcido em dobro por eventuais
eletrônicos praticados durante a operação deverão ser
danos materiais causados por ações ou omissões praticadas
registrados, gravados, armazenados e encaminhados ao juiz
em retaliação, sem prejuízo de danos morais.
e ao Ministério Público, juntamente com relatório
circunstanciado. § 3º Quando as informações disponibilizadas resultarem em
recuperação de produto de crime contra a administração
Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados citados
pública, poderá ser fixada recompensa em favor do
no caput deste artigo serão reunidos em autos apartados e
informante em até 5% (cinco por cento) do valor
apensados ao processo criminal juntamente com o inquérito
recuperado.”
policial, assegurando-se a preservação da identidade do
agente policial infiltrado e a intimidade dos envolvidos.” Art. 16. O art. 1º da Lei nº 8.038, de 28 de maio de 1990,
passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º:
“Art. 11.
............................................................................................ “Art. 1º
............................................................................................
Parágrafo único. Os órgãos de registro e cadastro público
........
poderão incluir nos bancos de dados próprios, mediante
procedimento sigiloso e requisição da autoridade judicial, as ............................................................................................
informações necessárias à efetividade da identidade fictícia ....................
criada, nos casos de infiltração de agentes na internet.” (NR)
§ 3º Não sendo o caso de arquivamento e tendo o
Art. 15. A Lei nº 13.608, de 10 de janeiro de 2018, passa a investigado confessado formal e circunstanciadamente a
vigorar com as seguintes alterações: prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e
com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério
“Art. 4º-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Público poderá propor acordo de não persecução penal,
Municípios e suas autarquias e fundações, empresas
desde que necessário e suficiente para a reprovação e
públicas e sociedades de economia mista manterão unidade
prevenção do crime, nos termos do art. 28-A do Decreto-Lei
de ouvidoria ou correição, para assegurar a qualquer pessoa
nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo
o direito de relatar informações sobre crimes contra a
Penal).” (NR)
administração pública, ilícitos administrativos ou quaisquer
ações ou omissões lesivas ao interesse público. Art. 17. O art. 3º da Lei nº 13.756, de 12 de dezembro de
2018, passa a vigorar com as seguintes alterações:
Parágrafo único. Considerado razoável o relato pela unidade
de ouvidoria ou correição e procedido o encaminhamento “Art. 3º
para apuração, ao informante serão asseguradas proteção ............................................................................................
integral contra retaliações e isenção de responsabilização ....
civil ou penal em relação ao relato, exceto se o informante
............................................................................................
tiver apresentado, de modo consciente, informações ou
.................
provas falsas.”
“Art. 4º-B. O informante terá direito à preservação de sua
identidade, a qual apenas será revelada em caso de
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V - os recursos provenientes de convênios, contratos ou Brasília, 24 de dezembro de 2019; 198o da Independência e


acordos firmados com entidades públicas ou privadas, 131o da República.
nacionais, internacionais ou estrangeiras;
JAIR MESSIAS BOLSONARO
VI - os recursos confiscados ou provenientes da alienação Sérgio Moro
dos bens perdidos em favor da União Federal, nos termos da José Vicente Santini
legislação penal ou processual penal; André Luiz de Almeida Mendonça
VII - as fianças quebradas ou perdidas, em conformidade Este texto não substitui o publicado no DOU de 24.12.2019
com o disposto na lei processual penal; - Edição extra
VIII - os rendimentos de qualquer natureza, auferidos como
remuneração, decorrentes de aplicação do patrimônio do
FNSP.
DIREITO CIVIL
............................................................................................
..................” (NR) Lei nº 10.406/2002
Art. 18. O Decreto-Lei nº 1.002, de 21 de outubro de 1969 Institui o Código Civil.
(Código de Processo Penal Militar), passa a vigorar
acrescido do seguinte art. 16-A: O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
“Art. 16-A. Nos casos em que servidores das polícias
militares e dos corpos de bombeiros militares figurarem PARTE GERAL
como investigados em inquéritos policiais militares e LIVRO I
demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a DAS PESSOAS
investigação de fatos relacionados ao uso da força letal TÍTULO I
praticados no exercício profissional, de forma consumada DAS PESSOAS NATURAIS
ou tentada, incluindo as situações dispostas nos arts. 42 a 47 CAPÍTULO I
do Decreto-Lei nº 1.001, de 21 de outubro de 1969 (Código DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE
Penal Militar), o indiciado poderá constituir defensor.
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o civil.
investigado deverá ser citado da instauração do
procedimento investigatório, podendo constituir defensor Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do
no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a
recebimento da citação. concepção, os direitos do nascituro.

§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º com ausência de Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer
nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16
responsável pela investigação deverá intimar a instituição a (dezesseis) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
que estava vinculado o investigado à época da ocorrência 2015) (Vigência)
dos fatos, para que esta, no prazo de 48 (quarenta e oito) I - (Revogado) ; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
horas, indique defensor para a representação do 2015) (Vigência)
investigado.
II - (Revogado) ; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
§ 3º (VETADO). 2015) (Vigência)
§ 4º (VETADO). III - (Revogado) . (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
§ 5º (VETADO). 2015) (Vigência)

§ 6º As disposições constantes deste artigo aplicam-se aos Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à
servidores militares vinculados às instituições dispostas maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
no art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos 2015) (Vigência)
investigados digam respeito a missões para a Garantia da I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
Lei e da Ordem.”
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação
Art. 19. Fica revogado o § 2º do art. 2º da Lei nº 8.072, de 25 dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
de julho de 1990.
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não
Art. 20. Esta Lei entra em vigor após decorridos 30 (trinta) puderem exprimir sua vontade; (Redação dada pela Lei nº
dias de sua publicação oficial. 13.146, de 2015) (Vigência)

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IV - os pródigos. I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do


casamento, o divórcio, a separação judicial e o
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada
restabelecimento da sociedade conjugal;
por legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
2015) (Vigência) II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou
reconhecerem a filiação;
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos,
quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da CAPÍTULO II
vida civil. DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não
mediante instrumento público, independentemente de podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a
tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem
II - pelo casamento; prejuízo de outras sanções previstas em lei.

III - pelo exercício de emprego público efetivo; Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação
para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela colateral até o quarto grau.
existência de relação de emprego, desde que, em função Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de
deles, o menor com dezesseis anos completos tenha disposição do próprio corpo, quando importar diminuição
economia própria. permanente da integridade física, ou contrariar os bons
Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; costumes.
presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido
lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. para fins de transplante, na forma estabelecida em lei
Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem especial.
decretação de ausência: Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a
I - se for extremamente provável a morte de quem estava disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte,
em perigo de vida; para depois da morte.

II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente
prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término revogado a qualquer tempo.
da guerra. Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção
casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as cirúrgica.
buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele
provável do falecimento. compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 8° Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por
ocasião, não se podendo averiguar se algum dos outrem em publicações ou representações que a exponham
comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão ao desprezo público, ainda quando não haja intenção
simultaneamente mortos. difamatória.
Art. 9º Serão registrados em registro público: Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio
I - os nascimentos, casamentos e óbitos; em propaganda comercial.

II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza
juiz; da proteção que se dá ao nome.

III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à
administração da justiça ou à manutenção da ordem
IV - a sentença declaratória de ausência e de morte pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra,
presumida. ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público: uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e
sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a

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honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito
a fins comerciais. (Vide ADIN 4815) dependente de sua morte;
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.
são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge,
Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão
os ascendentes ou os descendentes.
provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias depois de
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado,
a requerimento do interessado, adotará as providências proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao
necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse
norma. (Vide ADIN 4815) falecido.
CAPÍTULO III § 1º Findo o prazo a que se refere o art. 26 , e não havendo
DA AUSÊNCIA interessados na sucessão provisória, cumpre ao Ministério
SEÇÃO I Público requerê-la ao juízo competente.
DA CURADORIA DOS BENS DO AUSENTE § 2º Não comparecendo herdeiro ou interessado para
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem requerer o inventário até trinta dias depois de passar em
dela haver notícia, se não houver deixado representante ou julgado a sentença que mandar abrir a sucessão provisória,
procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente pela
requerimento de qualquer interessado ou do Ministério forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823 .
Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente,
Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará ordenará a conversão dos bens móveis, sujeitos a
curador, quando o ausente deixar mandatário que não deterioração ou a extravio, em imóveis ou em títulos
queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se garantidos pela União.
os seus poderes forem insuficientes. Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes ausente, darão garantias da restituição deles, mediante
e obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões
que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e respectivos.
curadores. § 1º Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja puder prestar a garantia exigida neste artigo, será excluído,
separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a
antes da declaração da ausência, será o seu legítimo administração do curador, ou de outro herdeiro designado
curador. pelo juiz, e que preste essa garantia.

§ 1º Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente § 2º Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez
incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não provada a sua qualidade de herdeiros, poderão,
havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo. independentemente de garantia, entrar na posse dos bens
do ausente.
§ 2º Entre os descendentes, os mais próximos precedem os
mais remotos. Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não
sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o
§ 3º Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a juiz, para lhes evitar a ruína.
escolha do curador.
Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios
SEÇÃO II ficarão representando ativa e passivamente o ausente, de
DA SUCESSÃO PROVISÓRIA modo que contra eles correrão as ações pendentes e as que
de futuro àquele forem movidas.
Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do
ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for
se passando três anos, poderão os interessados requerer sucessor provisório do ausente, fará seus todos os frutos e
que se declare a ausência e se abra provisoriamente a rendimentos dos bens que a este couberem; os outros
sucessão. sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses
frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29 , de
Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se
acordo com o representante do Ministério Público, e prestar
consideram interessados:
anualmente contas ao juiz competente.
I - o cônjuge não separado judicialmente;
Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que
II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários; a ausência foi voluntária e injustificada, perderá ele, em
favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos.
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Art. 34. O excluído, segundo o art. 30 , da posse provisória Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas
poderá, justificando falta de meios, requerer lhe seja jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de
entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu
tocaria. funcionamento, pelas normas deste Código.
Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os
exata do falecimento do ausente, considerar-se-á, nessa Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas
data, aberta a sucessão em favor dos herdeiros, que o eram pelo direito internacional público.
àquele tempo.
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são
Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa
depois de estabelecida a posse provisória, cessarão para qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito
logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, regressivo contra os causadores do dano, se houver, por
todavia, obrigados a tomar as medidas assecuratórias parte destes, culpa ou dolo.
precisas, até a entrega dos bens a seu dono.
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
SEÇÃO III
I - as associações;
DA SUCESSÃO DEFINITIVA
II - as sociedades;
Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença
que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os III - as fundações.
interessados requerer a sucessão definitiva e o IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825,
levantamento das cauções prestadas. de 22.12.2003)
Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de
provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e 22.12.2003)
que de cinco datam as últimas notícias dele.
VI - as empresas individuais de responsabilidade
Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus
descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só § 1º São livres a criação, a organização, a estruturação
os bens existentes no estado em que se acharem, os sub- interna e o funcionamento das organizações religiosas,
rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento
interessados houverem recebido pelos bens alienados ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu
depois daquele tempo. funcionamento. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)

Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, § 2º As disposições concernentes às associações aplicam-se
o ausente não regressar, e nenhum interessado promover a subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da
sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao Parte Especial deste Código . (Incluído pela Lei nº 10.825, de
domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados 22.12.2003)
nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio § 3º Os partidos políticos serão organizados e funcionarão
da União, quando situados em território federal. conforme o disposto em lei específica. (Incluído pela Lei nº
TÍTULO II 10.825, de 22.12.2003)
DAS PESSOAS JURÍDICAS Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de
CAPÍTULO I direito privado com a inscrição do ato constitutivo no
DISPOSIÇÕES GERAIS respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno
se no registro todas as alterações por que passar o ato
ou externo, e de direito privado.
constitutivo.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a
I - a União; constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por
defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
sua inscrição no registro.
III - os Municípios;
Art. 46. O registro declarará:
IV - as autarquias, inclusive as associações
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o
públicas; (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)
fundo social, quando houver;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.

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II - o nome e a individualização dos fundadores ou I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do


instituidores, e dos diretores; sócio ou do administrador ou vice-versa; (Incluído pela Lei
nº 13.874, de 2019)
III - o modo por que se administra e representa, ativa e
passivamente, judicial e extrajudicialmente; II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas
contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à
insignificante; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
administração, e de que modo;
III - outros atos de descumprimento da autonomia
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente,
patrimonial. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
pelas obrigações sociais;
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino
também se aplica à extensão das obrigações de sócios ou de
do seu patrimônio, nesse caso.
administradores à pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos 13.874, de 2019)
administradores, exercidos nos limites de seus poderes
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença
definidos no ato constitutivo.
dos requisitos de que trata o caput deste artigo não autoriza
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as a desconsideração da personalidade da pessoa
decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes, jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as a alteração da finalidade original da atividade econômica
decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou específica da pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de
estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou 2019)
fraude.
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o cassada a autorização para seu funcionamento, ela
juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.
administrador provisório.
§ 1º Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver
Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus inscrita, a averbação de sua dissolução.
sócios, associados, instituidores ou
§ 2º As disposições para a liquidação das sociedades
administradores. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
aplicam-se, no que couber, às demais pessoas jurídicas de
Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas direito privado.
jurídicas é um instrumento lícito de alocação e segregação
§ 3º Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento
de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de estimular
da inscrição da pessoa jurídica.
empreendimentos, para a geração de empregos, tributo,
renda e inovação em benefício de todos. (Incluído pela Lei Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a
nº 13.874, de 2019) proteção dos direitos da personalidade.
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, CAPÍTULO II
caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão DAS ASSOCIAÇÕES
patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas
desconsiderá-la para que os efeitos de certas e que se organizem para fins não econômicos.
determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e
bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa obrigações recíprocos.
jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo
abuso. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019) Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações
conterá:
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de
finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito I - a denominação, os fins e a sede da associação;
de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos
natureza. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) associados;
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de III - os direitos e deveres dos associados;
separação de fato entre os patrimônios, caracterizada
por: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos
deliberativos; (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)

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VI - as condições para a alteração das disposições § 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por
estatutárias e para a dissolução. deliberação dos associados, podem estes, antes da
destinação do remanescente referida neste artigo, receber
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das
em restituição, atualizado o respectivo valor, as
respectivas contas. (Incluído pela Lei nº 11.127, de 2005)
contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o associação.
estatuto poderá instituir categorias com vantagens
§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito
especiais.
Federal ou no Território, em que a associação tiver sede,
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o instituição nas condições indicadas neste artigo, o que
estatuto não dispuser o contrário. remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do
Estado, do Distrito Federal ou da União.
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou
fração ideal do patrimônio da associação, a transferência CAPÍTULO III
daquela não importará, de per si , na atribuição da qualidade DAS FUNDAÇÕES
de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição
diversa do estatuto. Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por
escritura pública ou testamento, dotação especial de bens
Art. 57. A exclusão do associado só é admiss livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo quiser, a maneira de administrá-la.
justa causa, assim reconhecida em procedimento que Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se
assegure direito de defesa e de recurso, nos termos para fins de: (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)
previstos no estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de
2005) I – assistência social; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

Parágrafo único. (revogado) (Redação dada pela Lei nº II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e
11.127, de 2005) artístico; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer III – educação; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
direito ou função que lhe tenha sido legitimamente IV – saúde; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei
ou no estatuto. V – segurança alimentar e nutricional; (Incluído pela Lei nº
13.151, de 2015)
Art. 59. Compete privativamente à assembléia
geral: (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e
promoção do desenvolvimento sustentável; (Incluído pela
I – destituir os administradores; (Redação dada pela Lei nº Lei nº 13.151, de 2015)
11.127, de 2005)
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias
II – alterar o estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de alternativas, modernização de sistemas de gestão,
2005) produção e divulgação de informações e conhecimentos
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os técnicos e científicos; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
incisos I e II deste artigo é exigido deliberação da assembléia VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos
especialmente convocada para esse fim, cujo quorum será o direitos humanos; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição
dos administradores. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de IX – atividades religiosas; e (Incluído pela Lei nº 13.151, de
2005) 2015)

Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na X – (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
forma do estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os
associados o direito de promovê-la. (Redação dada pela Lei bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser
nº 11.127, de 2005) o instituidor, incorporados em outra fundação que se
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu proponha a fim igual ou semelhante.
patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre
quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade,
56 , será destinado à entidade de fins não econômicos ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer,
designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos serão registrados, em nome dela, por mandado judicial.
associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de
fins idênticos ou semelhantes. Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do
patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão logo,

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de acordo com as suas bases ( art. 62 ), o estatuto da Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não
fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.
aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz.
Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo a intenção manifesta de o mudar.
assinado pelo instituidor, ou, não havendo prazo, em cento
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que
e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério Público.
declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa,
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria
Estado onde situadas. mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.
§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
caberá o encargo ao Ministério Público do Distrito Federal e
I - da União, o Distrito Federal;
Territórios. (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
§ 2º Se estenderem a atividade por mais de um Estado,
caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo III - do Município, o lugar onde funcione a administração
Ministério Público. municipal;
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem
mister que a reforma: as respectivas diretorias e administrações, ou onde
elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para
constitutivos.
gerir e representar a fundação;
§ 1º Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
lugares diferentes, cada um deles será considerado
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo domicílio para os atos nele praticados.
máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no
§ 2º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no
caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-
estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no
la, a requerimento do interessado. (Redação dada pela Lei
tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas
nº 13.151, de 2015)
agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por ela corresponder.
votação unânime, os administradores da fundação, ao
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor
submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público,
público, o militar, o marítimo e o preso.
requererão que se dê ciência à minoria vencida para
impugná-la, se quiser, em dez dias. Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu
representante ou assistente; o do servidor público, o lugar
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade
em que exercer permanentemente suas funções; o do
a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência,
militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica,
o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe
a sede do comando a que se encontrar imediatamente
promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio,
subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver
salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no
matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a
estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se
sentença.
proponha a fim igual ou semelhante.
Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no
TÍTULO III
estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde
DO DOMICÍLIO
tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro
estabelece a sua residência com ânimo definitivo. onde o teve.

Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes
residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os
domicílio seu qualquer delas. direitos e obrigações deles resultantes.

Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às


relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é
exercida.
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares
diversos, cada um deles constituirá domicílio para as
relações que lhe corresponderem.

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LIVRO II Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se


DOS BENS indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das
TÍTULO ÚNICO partes.
DAS DIFERENTES CLASSES DE BENS SEÇÃO V
CAPÍTULO I DOS BENS SINGULARES E COLETIVOS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
SEÇÃO I Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se
consideram de per si , independentemente dos demais.
DOS BENS IMÓVEIS
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe
bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham
incorporar natural ou artificialmente.
destinação unitária.
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os podem ser objeto de relações jurídicas próprias.
asseguram;
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de
II - o direito à sucessão aberta. relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor
econômico.
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
CAPÍTULO II
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a
sua unidade, forem removidas para outro local; DOS BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou
para nele se reempregarem. concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do
principal.
SEÇÃO II
DOS BENS MÓVEIS Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes
integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento serviço ou ao aformoseamento de outro.
próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem
substância ou da destinação econômico-social.
principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das
circunstâncias do caso.
I - as energias que tenham valor econômico;
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações
frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
correspondentes;
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas
necessárias.
ações.
§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção,
aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais
enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade
agradável ou sejam de elevado valor.
de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da
demolição de algum prédio. § 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
SEÇÃO III § 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou
DOS BENS FUNGÍVEIS E CONSUMÍVEIS evitar que se deteriore.
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos
outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do
proprietário, possuidor ou detentor.
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa
destruição imediata da própria substância, sendo também CAPÍTULO III
considerados tais os destinados à alienação. DOS BENS PÚBLICOS
SEÇÃO IV Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional
DOS BENS DIVISÍVEIS pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno;
todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem pertencerem.
alteração na sua substância, diminuição considerável de
valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. Art. 99. São bens públicos:

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I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de
estradas, ruas e praças; não valer sem instrumento público, este é da substância do
ato.
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos
destinados a serviço ou estabelecimento da administração Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que
suas autarquias; manifestou, salvo se dela o destinatário tinha
conhecimento.
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as
ou real, de cada uma dessas entidades. circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária
a declaração de vontade expressa.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário,
consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à
jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da
direito privado. linguagem.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados
uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
qualificação, na forma que a lei determinar.
§ 1º A interpretação do negócio jurídico deve lhe atribuir o
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, sentido que: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
observadas as exigências da lei.
I - for confirmado pelo comportamento das partes posterior
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. à celebração do negócio; (Incluído pela Lei nº 13.874, de
2019)
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito
ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela II - corresponder aos usos, costumes e práticas do mercado
entidade a cuja administração pertencerem. relativas ao tipo de negócio; (Incluído pela Lei nº 13.874, de
2019)
LIVRO III
DOS FATOS JURÍDICOS III - corresponder à boa-fé; (Incluído pela Lei nº 13.874, de
TÍTULO I 2019)
DO NEGÓCIO JURÍDICO IV - for mais benéfico à parte que não redigiu o dispositivo,
CAPÍTULO I se identificável; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
DISPOSIÇÕES GERAIS
V - corresponder a qual seria a razoável negociação das
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: partes sobre a questão discutida, inferida das demais
disposições do negócio e da racionalidade econômica das
I - agente capaz;
partes, consideradas as informações disponíveis no
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; momento de sua celebração. (Incluído pela Lei nº 13.874, de
2019)
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
§ 2º As partes poderão livremente pactuar regras de
Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não
interpretação, de preenchimento de lacunas e de integração
pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem
dos negócios jurídicos diversas daquelas previstas em
aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso,
lei. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.
Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia
Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o
interpretam-se estritamente.
negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de
realizada a condição a que ele estiver subordinado. CAPÍTULO II
Art. 107. A validade da declaração de vontade não DA REPRESENTAÇÃO
dependerá de forma especial, senão quando a lei Art. 115. Os poderes de representação conferem-se por lei
expressamente a exigir. ou pelo interessado.
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante,
é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao
constituição, transferência, modificação ou renúncia de representado.
direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o
maior salário mínimo vigente no País. Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é
anulável o negócio jurídico que o representante, no seu
interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.
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Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem
pelo representante o negócio realizado por aquele em quem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que
os poderes houverem sido subestabelecidos. compatíveis com a natureza da condição pendente e
conforme aos ditames de boa-fé.
Art. 118. O representante é obrigado a provar às pessoas,
com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos,
e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado
responder pelos atos que a estes excederem. pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao
contrário, não verificada a condição maliciosamente levada
Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo representante
a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento.
em conflito de interesses com o representado, se tal fato era
ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou. Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de
condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os
Parágrafo único. É de cento e oitenta dias, a contar da
atos destinados a conservá-lo.
conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, o
prazo de decadência para pleitear-se a anulação prevista Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a
neste artigo. aquisição do direito.
Art. 120. Os requisitos e os efeitos da representação legal Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em
são os estabelecidos nas normas respectivas; os da contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do
representação voluntária são os da Parte Especial deste começo, e incluído o do vencimento.
Código.
§ 1º Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á
CAPÍTULO III prorrogado o prazo até o seguinte dia útil.
DA CONDIÇÃO, DO TERMO E DO ENCARGO
§ 2º Meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo
Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando quinto dia.
exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito § 3º Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual
do negócio jurídico a evento futuro e incerto. número do de início, ou no imediato, se faltar exata
Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não correspondência.
contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; § 4º Os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a
entre as condições defesas se incluem as que privarem de minuto.
todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro
arbítrio de uma das partes. Art. 133. Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do
herdeiro, e, nos contratos, em proveito do devedor, salvo,
Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são quanto a esses, se do teor do instrumento, ou das
subordinados: circunstâncias, resultar que se estabeleceu a benefício do
I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando credor, ou de ambos os contratantes.
suspensivas; Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são
II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita; exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita
em lugar diverso ou depender de tempo.
III - as condições incompreensíveis ou contraditórias.
Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber,
Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, as disposições relativas à condição suspensiva e resolutiva.
quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível.
Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o
Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à exercício do direito, salvo quando expressamente imposto
condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se no negócio jurídico, pelo disponente, como condição
terá adquirido o direito, a que ele visa. suspensiva.
Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou
suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquela novas impossível, salvo se constituir o motivo determinante da
disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico.
com ela forem incompatíveis.
CAPÍTULO IV
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não
DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se
SEÇÃO I
desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.
DO ERRO OU IGNORÂNCIA
Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se,
para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as
aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, declarações de vontade emanarem de erro substancial que

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poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo,
face das circunstâncias do negócio. nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar
indenização.
Art. 139. O erro é substancial quando:
SEÇÃO III
I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da
DA COAÇÃO
declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;
II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há
a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano
influído nesta de modo relevante; iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos
seus bens.
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da
lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico. Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não
pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas
Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade circunstâncias, decidirá se houve coação.
quando expresso como razão determinante.
Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a
Art. 141. A transmissão errônea da vontade por meios idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e
interpostos é anulável nos mesmos casos em que o é a todas as demais circunstâncias que possam influir na
declaração direta. gravidade dela.
Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício
referir a declaração de vontade, não viciará o negócio normal de um direito, nem o simples temor reverencial.
quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder
identificar a coisa ou pessoa cogitada. Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por
terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a
Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente
declaração de vontade. com aquele por perdas e danos.
Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer
quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou
dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da devesse ter conhecimento; mas o autor da coação
vontade real do manifestante. responderá por todas as perdas e danos que houver causado
SEÇÃO II ao coacto.
DO DOLO SEÇÃO IV
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, DO ESTADO DE PERIGO
quando este for a sua causa. Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém,
Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua
e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume
seria realizado, embora por outro modo. obrigação excessivamente onerosa.

Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à
intencional de uma das partes a respeito de fato ou família do declarante, o juiz decidirá segundo as
qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão circunstâncias.
dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria SEÇÃO V
celebrado. DA LESÃO
Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente
dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação
devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que manifestamente desproporcional ao valor da prestação
subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas oposta.
as perdas e danos da parte a quem ludibriou.
§ 1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os
Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio
obriga o representado a responder civilmente até a jurídico.
importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do
representante convencional, o representado responderá § 2º Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido
solidariamente com ele por perdas e danos. suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar
com a redução do proveito.

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SEÇÃO VI III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for


DA FRAUDE CONTRA CREDORES ilícito;

Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou IV - não revestir a forma prescrita em lei;
remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou V - for preterida alguma solenidade que a lei considere
por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, essencial para a sua validade;
poderão ser anulados pelos credores quirografários, como
lesivos dos seus direitos. VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;

§ 1 o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a
insuficiente. prática, sem cominar sanção.

§ 2 o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o
podem pleitear a anulação deles. que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.

Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos § 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas
houver motivo para ser conhecida do outro contratante. diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou
Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente transmitem;
ainda não tiver pago o preço e este for, aproximadamente, II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula
o corrente, desobrigar-se-á depositando-o em juízo, com a não verdadeira;
citação de todos os interessados.
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-
Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para conservar os datados.
bens, poderá depositar o preço que lhes corresponda ao
valor real. § 2º Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face
dos contraentes do negócio jurídico simulado.
Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159 , poderá ser
intentada contra o devedor insolvente, a pessoa que com ele Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser
celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou alegadas por qualquer interessado, ou pelo Ministério
terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé. Público, quando lhe couber intervir.

Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo
insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus
obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido
de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu. supri-las, ainda que a requerimento das partes.

Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de
credores as garantias de dívidas que o devedor insolvente confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.
tiver dado a algum credor. Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os
Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que
negócios ordinários indispensáveis à manutenção de visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se
estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à houvessem previsto a nulidade.
subsistência do devedor e de sua família. Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é
Art. 165. Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem anulável o negócio jurídico:
resultante reverterá em proveito do acervo sobre que se I - por incapacidade relativa do agente;
tenha de efetuar o concurso de credores.
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de
Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto perigo, lesão ou fraude contra credores.
atribuir direitos preferenciais, mediante hipoteca, penhor
ou anticrese, sua invalidade importará somente na anulação Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas
da preferência ajustada. partes, salvo direito de terceiro.

CAPÍTULO V Art. 173. O ato de confirmação deve conter a substância do


DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO negócio celebrado e a vontade expressa de mantê-lo.

Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: Art. 174. É escusada a confirmação expressa, quando o
negócio já foi cumprido em parte pelo devedor, ciente do
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; vício que o inquinava.
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;

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Art. 175. A confirmação expressa, ou a execução voluntária TÍTULO III


de negócio anulável, nos termos dos arts. 172 a 174 , importa DOS ATOS ILÍCITOS
a extinção de todas as ações, ou exceções, de que contra ele
dispusesse o devedor. Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
Art. 176. Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
autorização de terceiro, será validado se este a der
posteriormente. Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito
que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites
Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou
sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a pelos bons costumes.
podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a
alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade. Art. 188. Não constituem atos ilícitos:

Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular
pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: de um direito reconhecido;

I - no caso de coação, do dia em que ela cessar; II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a
pessoa, a fim de remover perigo iminente.
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo
ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo
somente quando as circunstâncias o tornarem
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a absolutamente necessário, não excedendo os limites do
incapacidade. indispensável para a remoção do perigo.
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é TÍTULO IV
anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA
será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato. CAPÍTULO I
Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, DA PRESCRIÇÃO
para eximir-se de uma obrigação, invocar a sua idade se SEÇÃO I
dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, DISPOSIÇÕES GERAIS
ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão,
Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem
anulada, pagou a um incapaz, se não provar que reverteu em os arts. 205 e 206 .
proveito dele a importância paga.
Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a
Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as pretensão.
partes ao estado em que antes dele se achavam, e, não
sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou
equivalente. tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro,
depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia
Art. 183. A invalidade do instrumento não induz a do quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis
negócio jurídico sempre que este puder provar-se por outro com a prescrição.
meio.
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados
Art. 184. Respeitada a intenção das partes, a invalidade por acordo das partes.
parcial de um negócio jurídico não o prejudicará na parte
válida, se esta for separável; a invalidade da obrigação Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de
principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas jurisdição, pela parte a quem aproveita.
não induz a da obrigação principal. Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas
TÍTULO II têm ação contra os seus assistentes ou representantes
legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem
DOS ATOS JURÍDICOS LÍCITOS
oportunamente.
Art. 185. Aos atos jurídicos lícitos, que não sejam negócios
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a
jurídicos, aplicam-se, no que couber, as disposições do
correr contra o seu sucessor.
Título anterior.
SEÇÃO II
DAS CAUSAS QUE IMPEDEM OU SUSPENDEM A
PRESCRIÇÃO
Art. 197. Não corre a prescrição:

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I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; § 1º A interrupção por um dos credores solidários aproveita
aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder
devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.
familiar;
§ 2º A interrupção operada contra um dos herdeiros do
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou
devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou
curadores, durante a tutela ou curatela.
devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos
Art. 198. Também não corre a prescrição: indivisíveis.
I - contra os incapazes de que trata o art. 3 o ; § 3º o A interrupção produzida contra o principal devedor
prejudica o fiador.
II - contra os ausentes do País em serviço público da União,
dos Estados ou dos Municípios; SEÇÃO IV
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, DOS PRAZOS DA PRESCRIÇÃO
em tempo de guerra. Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição: lhe haja fixado prazo menor.

I - pendendo condição suspensiva; Art. 206. Prescreve:

II - não estando vencido o prazo; § 1º Em um ano:

III - pendendo ação de evicção. I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres


destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser pagamento da hospedagem ou dos alimentos;
apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da
respectiva sentença definitiva. II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste
contra aquele, contado o prazo:
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores
solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade
indivisível. civil, da data em que é citado para responder à ação de
indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data
SEÇÃO III que a este indeniza, com a anuência do segurador;
DAS CAUSAS QUE INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá pretensão;
ocorrer uma vez, dar-se-á:
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça,
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de
a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma emolumentos, custas e honorários;
da lei processual;
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens
II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; que entraram para a formação do capital de sociedade
anônima, contado da publicação da ata da assembléia que
III - por protesto cambial;
aprovar o laudo;
IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou
inventário ou em concurso de credores;
acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o da ata de encerramento da liquidação da sociedade.
devedor;
§ 2º Em dois anos, a pretensão para haver prestações
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que alimentares, a partir da data em que se vencerem.
importe reconhecimento do direito pelo devedor.
§ 3º Em três anos:
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou
correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato
rústicos;
do processo para a interromper.
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer
temporárias ou vitalícias;
interessado.
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer
Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não
prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores
aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção
de um ano, com capitalização ou sem ela;
operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica
aos demais coobrigados.

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IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem TÍTULO V


causa; DA PROVA
V - a pretensão de reparação civil; Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos fato jurídico pode ser provado mediante:
recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi I - confissão;
deliberada a distribuição;
II - documento;
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por
violação da lei ou do estatuto, contado o prazo: III - testemunha;

a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos IV - presunção;


da sociedade anônima; V - perícia.
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem
sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação não é capaz de dispor do direito a que se referem os fatos
tenha sido praticada, ou da reunião ou assembléia geral que confessados.
dela deva tomar conhecimento;
Parágrafo único. Se feita a confissão por um representante,
c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral somente é eficaz nos limites em que este pode vincular o
posterior à violação; representado.
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de Art. 214. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se
crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições decorreu de erro de fato ou de coação.
de lei especial;
Art. 215. A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do documento dotado de fé pública, fazendo prova plena.
terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade
civil obrigatório. § 1º Salvo quando exigidos por lei outros requisitos, a
escritura pública deve conter:
§ 4º Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar
da data da aprovação das contas. I - data e local de sua realização;

§ 5º Em cinco anos: II - reconhecimento da identidade e capacidade das partes e


de quantos hajam comparecido ao ato, por si, como
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de representantes, intervenientes ou testemunhas;
instrumento público ou particular;
III - nome, nacionalidade, estado civil, profissão, domicílio e
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, residência das partes e demais comparecentes, com a
procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus indicação, quando necessário, do regime de bens do
honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da casamento, nome do outro cônjuge e filiação;
cessação dos respectivos contratos ou mandato;
IV - manifestação clara da vontade das partes e dos
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que intervenientes;
despendeu em juízo.
V - referência ao cumprimento das exigências legais e fiscais
CAPÍTULO II inerentes à legitimidade do ato;
DA DECADÊNCIA
VI - declaração de ter sido lida na presença das partes e
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam demais comparecentes, ou de que todos a leram;
à decadência as normas que impedem, suspendem ou
VII - assinatura das partes e dos demais comparecentes,
interrompem a prescrição.
bem como a do tabelião ou seu substituto legal, encerrando
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. o ato.
195 e 198, inciso I .
§ 2º Se algum comparecente não puder ou não souber
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei. escrever, outra pessoa capaz assinará por ele, a seu rogo.
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, § 3º A escritura será redigida na língua nacional.
quando estabelecida por lei.
§ 4º Se qualquer dos comparecentes não souber a língua
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem nacional e o tabelião não entender o idioma em que se
aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas expressa, deverá comparecer tradutor público para servir de
o juiz não pode suprir a alegação. intérprete, ou, não o havendo na localidade, outra pessoa

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capaz que, a juízo do tabelião, tenha idoneidade e Art. 225. As reproduções fotográficas, cinematográficas, os
conhecimento bastantes. registros fonográficos e, em geral, quaisquer outras
reproduções mecânicas ou eletrônicas de fatos ou de coisas
§ 5º Se algum dos comparecentes não for conhecido do
fazem prova plena destes, se a parte, contra quem forem
tabelião, nem puder identificar-se por documento, deverão
exibidos, não lhes impugnar a exatidão.
participar do ato pelo menos duas testemunhas que o
conheçam e atestem sua identidade. Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e sociedades
provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor,
Art. 216. Farão a mesma prova que os originais as certidões
quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco,
textuais de qualquer peça judicial, do protocolo das
forem confirmados por outros subsídios.
audiências, ou de outro qualquer livro a cargo do escrivão,
sendo extraídas por ele, ou sob a sua vigilância, e por ele Parágrafo único. A prova resultante dos livros e fichas não é
subscritas, assim como os traslados de autos, quando por bastante nos casos em que a lei exige escritura pública, ou
outro escrivão consertados. escrito particular revestido de requisitos especiais, e pode
ser ilidida pela comprovação da falsidade ou inexatidão dos
Art. 217. Terão a mesma força probante os traslados e as
lançamentos.
certidões, extraídos por tabelião ou oficial de registro, de
instrumentos ou documentos lançados em suas notas. Art. 227. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência)
Art. 218. Os traslados e as certidões considerar-se-ão Parágrafo único. Qualquer que seja o valor do negócio
instrumentos públicos, se os originais se houverem jurídico, a prova testemunhal é admissível como subsidiária
produzido em juízo como prova de algum ato. ou complementar da prova por escrito.
Art. 219. As declarações constantes de documentos Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas:
assinados presumem-se verdadeiras em relação aos
I - os menores de dezesseis anos;
signatários.
II - ( Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
Parágrafo único. Não tendo relação direta, porém, com as
2015) (Vigência)
disposições principais ou com a legitimidade das partes, as
declarações enunciativas não eximem os interessados em III - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
sua veracidade do ônus de prová-las. 2015) (Vigência)
Art. 220. A anuência ou a autorização de outrem, necessária IV - o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo
à validade de um ato, provar-se-á do mesmo modo que este, capital das partes;
e constará, sempre que se possa, do próprio instrumento.
V - os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os
Art. 221. O instrumento particular, feito e assinado, ou colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes, por
somente assinado por quem esteja na livre disposição e consangüinidade, ou afinidade.
administração de seus bens, prova as obrigações
§ 1º Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz
convencionais de qualquer valor; mas os seus efeitos, bem
admitir o depoimento das pessoas a que se refere este
como os da cessão, não se operam, a respeito de terceiros,
artigo.
antes de registrado no registro público.
§ 2º A pessoa com deficiência poderá testemunhar em
Parágrafo único. A prova do instrumento particular pode
igualdade de condições com as demais pessoas, sendo-lhe
suprir-se pelas outras de caráter legal.
assegurados todos os recursos de tecnologia
Art. 222. O telegrama, quando lhe for contestada a assistiva. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
autenticidade, faz prova mediante conferência com o
Art. 229. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência)
original assinado.
Art. 230. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência)
Art. 223. A cópia fotográfica de documento, conferida por
tabelião de notas, valerá como prova de declaração da Art. 231. Aquele que se nega a submeter-se a exame médico
vontade, mas, impugnada sua autenticidade, deverá ser necessário não poderá aproveitar-se de sua recusa.
exibido o original.
Art. 232. A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz
Parágrafo único. A prova não supre a ausência do título de poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame.
crédito, ou do original, nos casos em que a lei ou as
circunstâncias condicionarem o exercício do direito à sua
exibição.
Art. 224. Os documentos redigidos em língua estrangeira
serão traduzidos para o português para ter efeitos legais no
País.

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PARTE ESPECIAL Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo


LIVRO I antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte,
DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali
TÍTULO IX referidos.
DA RESPONSABILIDADE CIVIL Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem
CAPÍTULO I pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou,
DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta
ou relativamente incapaz.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187 ), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Art. 935. A responsabilidade civil é independente da
criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,
do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas
independentemente de culpa, nos casos especificados em
questões se acharem decididas no juízo criminal.
lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano
direitos de outrem. por este causado, se não provar culpa da vítima ou força
maior.
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se
as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos
fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta
de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que
deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde
o incapaz ou as pessoas que dele dependem. pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem
lançadas em lugar indevido.
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso
do inciso II do art. 188 , não forem culpados do perigo, Art. 939. O credor que demandar o devedor antes de vencida
assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que a dívida, fora dos casos em que a lei o permita, ficará
sofreram. obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento,
a descontar os juros correspondentes, embora estipulados,
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188 , se o perigo ocorrer
e a pagar as custas em dobro.
por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação
regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo
lesado. ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir
mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor,
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em
no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no
defesa de quem se causou o dano ( art. 188, inciso I ).
segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver
Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, prescrição.
os empresários individuais e as empresas respondem
Art. 941. As penas previstas nos arts. 939 e 940 não se
independentemente de culpa pelos danos causados pelos
aplicarão quando o autor desistir da ação antes de
produtos postos em circulação.
contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: por algum prejuízo que prove ter sofrido.
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do
autoridade e em sua companhia; direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano
causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se
responderão solidariamente pela reparação.
acharem nas mesmas condições;
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os
III - o empregador ou comitente, por seus empregados,
autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932 .
serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes
competir, ou em razão dele; Art. 943. O direito de exigir reparação e a obrigação de
prestá-la transmitem-se com a herança.
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou
estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo CAPÍTULO II
para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e DA INDENIZAÇÃO
educandos;
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
V - os que gratuitamente houverem participado nos
produtos do crime, até a concorrente quantia. Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a
gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir,
eqüitativamente, a indenização.
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Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo
evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em material, caberá ao juiz fixar, eqüitativamente, o valor da
conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor indenização, na conformidade das circunstâncias do caso.
do dano.
Art. 954. A indenização por ofensa à liberdade pessoal
Art. 946. Se a obrigação for indeterminada, e não houver na consistirá no pagamento das perdas e danos que
lei ou no contrato disposição fixando a indenização devida sobrevierem ao ofendido, e se este não puder provar
pelo inadimplente, apurar-se-á o valor das perdas e danos prejuízo, tem aplicação o disposto no parágrafo único do
na forma que a lei processual determinar. artigo antecedente.
Art. 947. Se o devedor não puder cumprir a prestação na Parágrafo único. Consideram-se ofensivos da liberdade
espécie ajustada, substituir-se-á pelo seu valor, em moeda pessoal:
corrente.
I - o cárcere privado;
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem
II - a prisão por queixa ou denúncia falsa e de má-fé;
excluir outras reparações:
III - a prisão ilegal.
I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima,
seu funeral e o luto da família; LIVRO III
DO DIREITO DAS COISAS
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os
devia, levando-se em conta a duração provável da vida da LIVRO III
vítima. DO DIREITO DAS COISAS
(Redação Dada Pela Medida Provisória Nº 881, de 2019)
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor LIVRO III
indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos
DO DIREITO DAS COISAS
lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de
TÍTULO I
algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
DA POSSE
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido CAPÍTULO I
não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe DA POSSE E SUA CLASSIFICAÇÃO
diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das
despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de
convalescença, incluirá pensão correspondente à fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes
importância do trabalho para que se inabilitou, ou da inerentes à propriedade.
depreciação que ele sofreu. Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou
que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez. real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida,
podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o
Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda indireto.
no caso de indenização devida por aquele que, no exercício
de atividade profissional, por negligência, imprudência ou Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se
imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, em relação de dependência para com outro, conserva a
causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho. posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou
instruções suas.
Art. 952. Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da
restituição da coisa, a indenização consistirá em pagar o Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do
valor das suas deteriorações e o devido a título de lucros modo como prescreve este artigo, em relação ao bem e à
cessantes; faltando a coisa, dever-se-á reembolsar o seu outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o
equivalente ao prejudicado. contrário.
Parágrafo único. Para se restituir o equivalente, quando não Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa,
exista a própria coisa, estimar-se-á ela pelo seu preço poderá cada uma exercer sobre ela atos possessórios,
ordinário e pelo de afeição, contanto que este não se contanto que não excluam os dos outros compossuidores.
avantaje àquele. Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina
Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia ou precária.
consistirá na reparação do dano que delas resulte ao Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício,
ofendido. ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.

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Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a Art. 1.213. O disposto nos artigos antecedentes não se aplica
presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a às servidões não aparentes, salvo quando os respectivos
lei expressamente não admite esta presunção. títulos provierem do possuidor do prédio serviente, ou
daqueles de quem este o houve.
Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e
desde o momento em que as circunstâncias façam presumir Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela
que o possuidor não ignora que possui indevidamente. durar, aos frutos percebidos.
Art. 1.203. Salvo prova em contrário, entende-se manter a Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que
posse o mesmo caráter com que foi adquirida. cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas
as despesas da produção e custeio; devem ser também
CAPÍTULO II
restituídos os frutos colhidos com antecipação.
DA AQUISIÇÃO DA POSSE
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se colhidos e percebidos, logo que são separados; os civis
torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer reputam-se percebidos dia por dia.
dos poderes inerentes à propriedade.
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os
Art. 1.205. A posse pode ser adquirida: frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa
I - pela própria pessoa que a pretende ou por seu sua, deixou de perceber, desde o momento em que se
representante; constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e
custeio.
II - por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação.
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda
Art. 1.206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários ou deterioração da coisa, a que não der causa.
do possuidor com os mesmos caracteres.
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou
Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar
do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do
sua posse à do antecessor, para os efeitos legais. reivindicante.
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização
ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às
atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando
violência ou a clandestinidade. o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito
Art. 1.209. A posse do imóvel faz presumir, até prova de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
contrária, a das coisas móveis que nele estiverem. Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente
CAPÍTULO III as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de
DOS EFEITOS DA POSSE retenção pela importância destas, nem o de levantar as
voluptuárias.
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse
em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos, e
de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda
existirem. (Vide Decreto-lei nº 4.037, de 1942)
§ 1 o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se
ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as
logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar
do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé
indenizará pelo valor atual.
§ 2 o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a
alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa. CAPÍTULO IV
DA PERDA DA POSSE
Art. 1.211. Quando mais de uma pessoa se disser possuidora,
manter-se-á provisoriamente a que tiver a coisa, se não Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a
estiver manifesto que a obteve de alguma das outras por vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se
modo vicioso. refere o art. 1.196.
Art. 1.212. O possuidor pode intentar a ação de esbulho, ou Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não
a de indenização, contra o terceiro, que recebeu a coisa presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém
esbulhada sabendo que o era. de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é
violentamente repelido.

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TÍTULO III Art. 1.232. Os frutos e mais produtos da coisa pertencem,


DA PROPRIEDADE ainda quando separados, ao seu proprietário, salvo se, por
CAPÍTULO I preceito jurídico especial, couberem a outrem.
DA PROPRIEDADE EM GERAL SEÇÃO II
SEÇÃO I DA DESCOBERTA
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e restituí-la ao dono ou legítimo possuidor.
dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem
quer que injustamente a possua ou detenha. Parágrafo único. Não o conhecendo, o descobridor fará por
encontrá-lo, e, se não o encontrar, entregará a coisa achada
§ 1 o O direito de propriedade deve ser exercido em à autoridade competente.
consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e
de modo que sejam preservados, de conformidade com o Art. 1.234. Aquele que restituir a coisa achada, nos termos
estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas do artigo antecedente, terá direito a uma recompensa não
naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e inferior a cinco por cento do seu valor, e à indenização pelas
artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. despesas que houver feito com a conservação e transporte
da coisa, se o dono não preferir abandoná-la.
§ 2 o São defesos os atos que não trazem ao proprietário
qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela Parágrafo único. Na determinação do montante da
intenção de prejudicar outrem. recompensa, considerar-se-á o esforço desenvolvido pelo
descobridor para encontrar o dono, ou o legítimo possuidor,
§ 3 o O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de as possibilidades que teria este de encontrar a coisa e a
desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou situação econômica de ambos.
interesse social, bem como no de requisição, em caso de
perigo público iminente. Art. 1.235. O descobridor responde pelos prejuízos causados
ao proprietário ou possuidor legítimo, quando tiver
§ 4 o O proprietário também pode ser privado da coisa se o procedido com dolo.
imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse
ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de Art. 1.236. A autoridade competente dará conhecimento da
considerável número de pessoas, e estas nela houverem descoberta através da imprensa e outros meios de
realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços informação, somente expedindo editais se o seu valor os
considerados pelo juiz de interesse social e econômico comportar.
relevante. Art. 1.237. Decorridos sessenta dias da divulgação da notícia
o
§ 5 No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa pela imprensa, ou do edital, não se apresentando quem
indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a comprove a propriedade sobre a coisa, será esta vendida em
sentença como título para o registro do imóvel em nome dos hasta pública e, deduzidas do preço as despesas, mais a
possuidores. recompensa do descobridor, pertencerá o remanescente ao
Município em cuja circunscrição se deparou o objeto
Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo perdido.
e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis
ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a Parágrafo único. Sendo de diminuto valor, poderá o
atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura Município abandonar a coisa em favor de quem a achou.
ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo CAPÍTULO II
em impedi-las. DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL
Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, SEÇÃO I
minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia DA USUCAPIÃO
hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção,
referidos por leis especiais.
nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a
Parágrafo único. O proprietário do solo tem o direito de propriedade, independentemente de título e boa-fé;
explorar os recursos minerais de emprego imediato na podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença,
construção civil, desde que não submetidos a transformação a qual servirá de título para o registro no Cartório de
industrial, obedecido o disposto em lei especial. Registro de Imóveis.
Art. 1.231. A propriedade presume-se plena e exclusiva, até Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-
prova em contrário. se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no
imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou
serviços de caráter produtivo.

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Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel interrompem a prescrição, as quais também se aplicam à
rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos usucapião.
ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não
SEÇÃO II
superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu
DA AQUISIÇÃO PELO REGISTRO DO TÍTULO
trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-
lhe-á a propriedade. Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até o registro do título translativo no Registro de Imóveis.
duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos § 1 o Enquanto não se registrar o título translativo, o
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua alienante continua a ser havido como dono do imóvel.
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde
que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. § 2 o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a
decretação de invalidade do registro, e o respectivo
§ 1 o O título de domínio e a concessão de uso serão cancelamento, o adquirente continua a ser havido como
conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, dono do imóvel.
independentemente do estado civil.
Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento em que se
§ 2 o O direito previsto no parágrafo antecedente não será apresentar o título ao oficial do registro, e este o prenotar no
reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. protocolo.
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a verdade,
ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com poderá o interessado reclamar que se retifique ou anule.
exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos
e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com Parágrafo único. Cancelado o registro, poderá o proprietário
ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, reivindicar o imóvel, independentemente da boa-fé ou do
utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir- título do terceiro adquirente.
lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de SEÇÃO III
outro imóvel urbano ou rural. (Incluído pela Lei nº 12.424, de DA AQUISIÇÃO POR ACESSÃO
2011)
Art. 1.248. A acessão pode dar-se:
§ 1 o O direito previsto no caput não será reconhecido ao
mesmo possuidor mais de uma vez. I - por formação de ilhas;

§ 2 o (VETADO) . (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011) II - por aluvião;

Art. 1.241. Poderá o possuidor requerer ao juiz seja III - por avulsão;
declarada adquirida, mediante usucapião, a propriedade IV - por abandono de álveo;
imóvel.
V - por plantações ou construções.
Parágrafo único. A declaração obtida na forma deste artigo
constituirá título hábil para o registro no Cartório de SUBSEÇÃO I
Registro de Imóveis. DAS ILHAS

Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns
que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa- ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos
fé, o possuir por dez anos. fronteiros, observadas as regras seguintes:
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste I - as que se formarem no meio do rio consideram-se
artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros
com base no registro constante do respectivo cartório, de ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a
cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele linha que dividir o álveo em duas partes iguais;
tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado II - as que se formarem entre a referida linha e uma das
investimentos de interesse social e econômico. margens consideram-se acréscimos aos terrenos ribeirinhos
Art. 1.243. O possuidor pode, para o fim de contar o tempo fronteiros desse mesmo lado;
exigido pelos artigos antecedentes, acrescentar à sua posse
III - as que se formarem pelo desdobramento de um novo
a dos seus antecessores ( art. 1.207 ), contanto que todas braço do rio continuam a pertencer aos proprietários dos
sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 1.242 , com terrenos à custa dos quais se constituíram.
justo título e de boa-fé.
Art. 1.244. Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao
devedor acerca das causas que obstam, suspendem ou

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SUBSEÇÃO II Parágrafo único. Presume-se má-fé no proprietário, quando


DA ALUVIÃO o trabalho de construção, ou lavoura, se fez em sua presença
e sem impugnação sua.
Art. 1.250. Os acréscimos formados, sucessiva e
imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao Art. 1.257. O disposto no artigo antecedente aplica-se ao
longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas caso de não pertencerem as sementes, plantas ou materiais
destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem a quem de boa-fé os empregou em solo alheio.
indenização. Parágrafo único. O proprietário das sementes, plantas ou
Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente materiais poderá cobrar do proprietário do solo a
de prédios de proprietários diferentes, dividir-se-á entre indenização devida, quando não puder havê-la do plantador
eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga ou construtor.
margem. Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente em solo
SUBSEÇÃO III próprio, invade solo alheio em proporção não superior à
DA AVULSÃO vigésima parte deste, adquire o construtor de boa-fé a
propriedade da parte do solo invadido, se o valor da
Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção construção exceder o dessa parte, e responde por
de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono indenização que represente, também, o valor da área
deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o perdida e a desvalorização da área remanescente.
dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano,
ninguém houver reclamado. Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos
previstos neste artigo, o construtor de má-fé adquire a
Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporção
indenização, o dono do prédio a que se juntou a porção de à vigésima parte deste e o valor da construção exceder
terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida. consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a
SUBSEÇÃO IV porção invasora sem grave prejuízo para a construção.
DO ÁLVEO ABANDONADO Art. 1.259. Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão do
solo alheio exceder a vigésima parte deste, adquire a
Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence aos
propriedade da parte do solo invadido, e responde por
proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que
perdas e danos que abranjam o valor que a invasão acrescer
tenham indenização os donos dos terrenos por onde as
à construção, mais o da área perdida e o da desvalorização
águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios
da área remanescente; se de má-fé, é obrigado a demolir o
marginais se estendem até o meio do álveo.
que nele construiu, pagando as perdas e danos apurados,
SUBSEÇÃO V que serão devidos em dobro.
DAS CONSTRUÇÕES E PLANTAÇÕES
CAPÍTULO III
Art. 1.253. Toda construção ou plantação existente em um DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL
terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, até SEÇÃO I
que se prove o contrário. DA USUCAPIÃO
Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua,
próprio com sementes, plantas ou materiais alheios, adquire contínua e incontestadamente durante três anos, com justo
a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade.
valor, além de responder por perdas e danos, se agiu de má-
fé. Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco
anos, produzirá usucapião, independentemente de título ou
Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno boa-fé.
alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes,
plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a Art. 1.262. Aplica-se à usucapião das coisas móveis o
indenização. disposto nos arts. 1.243 e 1.244 .

Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder SEÇÃO II


consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa- DA OCUPAÇÃO
fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para
mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa ocupação
se não houver acordo. defesa por lei.
Art. 1.256. Se de ambas as partes houve má-fé, adquirirá o
proprietário as sementes, plantas e construções, devendo
ressarcir o valor das acessões.
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SEÇÃO III Art. 1.271. Aos prejudicados, nas hipóteses dos arts. 1.269 e
DO ACHADO DO TESOURO 1.270 , se ressarcirá o dano que sofrerem, menos ao
especificador de má-fé, no caso do § 1 o do artigo
Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e antecedente, quando irredutível a especificação.
de cujo dono não haja memória, será dividido por igual entre
o proprietário do prédio e o que achar o tesouro SEÇÃO VI
casualmente. DA CONFUSÃO, DA COMISSÃO E DA ADJUNÇÃO
Art. 1.265. O tesouro pertencerá por inteiro ao proprietário Art. 1.272. As coisas pertencentes a diversos donos,
do prédio, se for achado por ele, ou em pesquisa que confundidas, misturadas ou adjuntadas sem o
ordenou, ou por terceiro não autorizado. consentimento deles, continuam a pertencer-lhes, sendo
possível separá-las sem deterioração.
Art. 1.266. Achando-se em terreno aforado, o tesouro será
dividido por igual entre o descobridor e o enfiteuta, ou será § 1 o Não sendo possível a separação das coisas, ou exigindo
deste por inteiro quando ele mesmo seja o descobridor. dispêndio excessivo, subsiste indiviso o todo, cabendo a
cada um dos donos quinhão proporcional ao valor da coisa
SEÇÃO IV
com que entrou para a mistura ou agregado.
DA TRADIÇÃO
§ 2 o Se uma das coisas puder considerar-se principal, o dono
Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos sê-lo-á do todo, indenizando os outros.
negócios jurídicos antes da tradição.
Art. 1.273. Se a confusão, comissão ou adjunção se operou
Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o de má-fé, à outra parte caberá escolher entre adquirir a
transmitente continua a possuir pelo constituto possessório; propriedade do todo, pagando o que não for seu, abatida a
quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa, indenização que lhe for devida, ou renunciar ao que lhe
que se encontra em poder de terceiro; ou quando o pertencer, caso em que será indenizado.
adquirente já está na posse da coisa, por ocasião do negócio
jurídico. Art. 1.274. Se da união de matérias de natureza diversa se
formar espécie nova, à confusão, comissão ou adjunção
Art. 1.268. Feita por quem não seja proprietário, a tradição aplicam-se as normas dos arts. 1.272 e 1.273 .
não aliena a propriedade, exceto se a coisa, oferecida ao
público, em leilão ou estabelecimento comercial, for CAPÍTULO IV
transferida em circunstâncias tais que, ao adquirente de DA PERDA DA PROPRIEDADE
boa-fé, como a qualquer pessoa, o alienante se afigurar
Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código,
dono.
perde-se a propriedade:
§ 1 o Se o adquirente estiver de boa-fé e o alienante adquirir
I - por alienação;
depois a propriedade, considera-se realizada a transferência
desde o momento em que ocorreu a tradição. II - pela renúncia;
§ 2 o Não transfere a propriedade a tradição, quando tiver III - por abandono;
por título um negócio jurídico nulo.
IV - por perecimento da coisa;
SEÇÃO V
V - por desapropriação.
DA ESPECIFICAÇÃO
Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da
Art. 1.269. Aquele que, trabalhando em matéria-prima em perda da propriedade imóvel serão subordinados ao registro
parte alheia, obtiver espécie nova, desta será proprietário, do título transmissivo ou do ato renunciativo no Registro de
se não se puder restituir à forma anterior. Imóveis.
Art. 1.270. Se toda a matéria for alheia, e não se puder Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar,
reduzir à forma precedente, será do especificador de boa-fé com a intenção de não mais o conservar em seu patrimônio,
a espécie nova. e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser
§ 1 o Sendo praticável a redução, ou quando impraticável, se arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à
a espécie nova se obteve de má-fé, pertencerá ao dono da propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se
matéria-prima. achar nas respectivas circunscrições.

§ 2 o Em qualquer caso, inclusive o da pintura em relação à § 1 o O imóvel situado na zona rural, abandonado nas
tela, da escultura, escritura e outro qualquer trabalho mesmas circunstâncias, poderá ser arrecadado, como bem
gráfico em relação à matéria-prima, a espécie nova será do vago, e passar, três anos depois, à propriedade da União,
especificador, se o seu valor exceder consideravelmente o onde quer que ele se localize.
da matéria-prima.

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§ 2 o Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se § 1 o Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais
refere este artigo, quando, cessados os atos de posse, deixar natural e facilmente se prestar à passagem.
o proprietário de satisfazer os ônus fiscais.
§ 2 o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que
CAPÍTULO V uma das partes perca o acesso a via pública, nascente ou
DOS DIREITOS DE VIZINHANÇA porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem.
SEÇÃO I § 3 o Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda
DO USO ANORMAL DA PROPRIEDADE quando, antes da alienação, existia passagem através de
Art. 1.277. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o imóvel vizinho, não estando o proprietário deste
direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à constrangido, depois, a dar uma outra.
segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, SEÇÃO IV
provocadas pela utilização de propriedade vizinha. DA PASSAGEM DE CABOS E TUBULAÇÕES
Parágrafo único. Proíbem-se as interferências Art. 1.286. Mediante recebimento de indenização que
considerando-se a natureza da utilização, a localização do atenda, também, à desvalorização da área remanescente, o
prédio, atendidas as normas que distribuem as edificações proprietário é obrigado a tolerar a passagem, através de seu
em zonas, e os limites ordinários de tolerância dos imóvel, de cabos, tubulações e outros condutos
moradores da vizinhança. subterrâneos de serviços de utilidade pública, em proveito
Art. 1.278. O direito a que se refere o artigo antecedente não de proprietários vizinhos, quando de outro modo for
prevalece quando as interferências forem justificadas por impossível ou excessivamente onerosa.
interesse público, caso em que o proprietário ou o possuidor, Parágrafo único. O proprietário prejudicado pode exigir que
causador delas, pagará ao vizinho indenização cabal. a instalação seja feita de modo menos gravoso ao prédio
Art. 1.279. Ainda que por decisão judicial devam ser onerado, bem como, depois, seja removida, à sua custa,
toleradas as interferências, poderá o vizinho exigir a sua para outro local do imóvel.
redução, ou eliminação, quando estas se tornarem Art. 1.287. Se as instalações oferecerem grave risco, será
possíveis. facultado ao proprietário do prédio onerado exigir a
Art. 1.280. O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir realização de obras de segurança.
do dono do prédio vizinho a demolição, ou a reparação SEÇÃO V
deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste
DAS ÁGUAS
caução pelo dano iminente.
Art. 1.288. O dono ou o possuidor do prédio inferior é
Art. 1.281. O proprietário ou o possuidor de um prédio, em
obrigado a receber as águas que correm naturalmente do
que alguém tenha direito de fazer obras, pode, no caso de
superior, não podendo realizar obras que embaracem o seu
dano iminente, exigir do autor delas as necessárias garantias
fluxo; porém a condição natural e anterior do prédio inferior
contra o prejuízo eventual.
não pode ser agravada por obras feitas pelo dono ou
SEÇÃO II possuidor do prédio superior.
DAS ÁRVORES LIMÍTROFES Art. 1.289. Quando as águas, artificialmente levadas ao
Art. 1.282. A árvore, cujo tronco estiver na linha divisória, prédio superior, ou aí colhidas, correrem dele para o inferior,
presume-se pertencer em comum aos donos dos prédios poderá o dono deste reclamar que se desviem, ou se lhe
confinantes. indenize o prejuízo que sofrer.

Art. 1.283. As raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem Parágrafo único. Da indenização será deduzido o valor do
a estrema do prédio, poderão ser cortados, até o plano benefício obtido.
vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido. Art. 1.290. O proprietário de nascente, ou do solo onde
Art. 1.284. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho caem águas pluviais, satisfeitas as necessidades de seu
pertencem ao dono do solo onde caíram, se este for de consumo, não pode impedir, ou desviar o curso natural das
propriedade particular. águas remanescentes pelos prédios inferiores.

SEÇÃO III Art. 1.291. O possuidor do imóvel superior não poderá poluir
DA PASSAGEM FORÇADA as águas indispensáveis às primeiras necessidades da vida
dos possuidores dos imóveis inferiores; as demais, que
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via poluir, deverá recuperar, ressarcindo os danos que estes
pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de sofrerem, se não for possível a recuperação ou o desvio do
indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar curso artificial das águas.
passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se
necessário.
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Art. 1.292. O proprietário tem direito de construir ou banquetas, presumem-se, até prova em contrário,
barragens, açudes, ou outras obras para represamento de pertencer a ambos os proprietários confinantes, sendo estes
água em seu prédio; se as águas represadas invadirem obrigados, de conformidade com os costumes da
prédio alheio, será o seu proprietário indenizado pelo dano localidade, a concorrer, em partes iguais, para as despesas
sofrido, deduzido o valor do benefício obtido. de sua construção e conservação.
Art. 1.293. É permitido a quem quer que seja, mediante § 2 o As sebes vivas, as árvores, ou plantas quaisquer, que
prévia indenização aos proprietários prejudicados, construir servem de marco divisório, só podem ser cortadas, ou
canais, através de prédios alheios, para receber as águas a arrancadas, de comum acordo entre proprietários.
que tenha direito, indispensáveis às primeiras necessidades
§ 3 o A construção de tapumes especiais para impedir a
da vida, e, desde que não cause prejuízo considerável à
passagem de animais de pequeno porte, ou para outro fim,
agricultura e à indústria, bem como para o escoamento de
pode ser exigida de quem provocou a necessidade deles,
águas supérfluas ou acumuladas, ou a drenagem de
pelo proprietário, que não está obrigado a concorrer para as
terrenos.
despesas.
§ 1 o Ao proprietário prejudicado, em tal caso, também
Art. 1.298. Sendo confusos, os limites, em falta de outro
assiste direito a ressarcimento pelos danos que de futuro lhe
meio, se determinarão de conformidade com a posse justa;
advenham da infiltração ou irrupção das águas, bem como
e, não se achando ela provada, o terreno contestado se
da deterioração das obras destinadas a canalizá-las.
dividirá por partes iguais entre os prédios, ou, não sendo
§ 2 o O proprietário prejudicado poderá exigir que seja possível a divisão cômoda, se adjudicará a um deles,
subterrânea a canalização que atravessa áreas edificadas, mediante indenização ao outro.
pátios, hortas, jardins ou quintais.
SEÇÃO VII
§ 3 o O aqueduto será construído de maneira que cause o DO DIREITO DE CONSTRUIR
menor prejuízo aos proprietários dos imóveis vizinhos, e a
expensas do seu dono, a quem incumbem também as Art. 1.299. O proprietário pode levantar em seu terreno as
despesas de conservação. construções que lhe aprouver, salvo o direito dos vizinhos e
os regulamentos administrativos.
Art. 1.294. Aplica-se ao direito de aqueduto o disposto
nos arts. 1.286 e 1.287 . Art. 1.300. O proprietário construirá de maneira que o seu
prédio não despeje águas, diretamente, sobre o prédio
Art. 1.295. O aqueduto não impedirá que os proprietários vizinho.
cerquem os imóveis e construam sobre ele, sem prejuízo
para a sua segurança e conservação; os proprietários dos Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou
imóveis poderão usar das águas do aqueduto para as varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho.
primeiras necessidades da vida. § 1 o As janelas cuja visão não incida sobre a linha divisória,
Art. 1.296. Havendo no aqueduto águas supérfluas, outros bem como as perpendiculares, não poderão ser abertas a
poderão canalizá-las, para os fins previstos no art. 1.293, menos de setenta e cinco centímetros.
mediante pagamento de indenização aos proprietários § 2 o As disposições deste artigo não abrangem as aberturas
prejudicados e ao dono do aqueduto, de importância para luz ou ventilação, não maiores de dez centímetros de
equivalente às despesas que então seriam necessárias para largura sobre vinte de comprimento e construídas a mais de
a condução das águas até o ponto de derivação. dois metros de altura de cada piso.
Parágrafo único. Têm preferência os proprietários dos Art. 1.302. O proprietário pode, no lapso de ano e dia após a
imóveis atravessados pelo aqueduto. conclusão da obra, exigir que se desfaça janela, sacada,
SEÇÃO VI terraço ou goteira sobre o seu prédio; escoado o prazo, não
poderá, por sua vez, edificar sem atender ao disposto no
DOS LIMITES ENTRE PRÉDIOS E DO DIREITO DE
artigo antecedente, nem impedir, ou dificultar, o
TAPAGEM
escoamento das águas da goteira, com prejuízo para o
Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar prédio vizinho.
ou tapar de qualquer modo o seu prédio, urbano ou rural, e
Parágrafo único. Em se tratando de vãos, ou aberturas para
pode constranger o seu confinante a proceder com ele à
luz, seja qual for a quantidade, altura e disposição, o vizinho
demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos
poderá, a todo tempo, levantar a sua edificação, ou
apagados e a renovar marcos destruídos ou arruinados,
contramuro, ainda que lhes vede a claridade.
repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as
respectivas despesas. Art. 1.303. Na zona rural, não será permitido levantar
edificações a menos de três metros do terreno vizinho.
§ 1 o Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios,
tais como sebes vivas, cercas de arame ou de madeira, valas

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Art. 1.304. Nas cidades, vilas e povoados cuja edificação Art. 1.313. O proprietário ou ocupante do imóvel é obrigado
estiver adstrita a alinhamento, o dono de um terreno pode a tolerar que o vizinho entre no prédio, mediante prévio
nele edificar, madeirando na parede divisória do prédio aviso, para:
contíguo, se ela suportar a nova construção; mas terá de
I - dele temporariamente usar, quando indispensável à
embolsar ao vizinho metade do valor da parede e do chão
reparação, construção, reconstrução ou limpeza de sua casa
correspondentes.
ou do muro divisório;
Art. 1.305. O confinante, que primeiro construir, pode
II - apoderar-se de coisas suas, inclusive animais que aí se
assentar a parede divisória até meia espessura no terreno
encontrem casualmente.
contíguo, sem perder por isso o direito a haver meio valor
dela se o vizinho a travejar, caso em que o primeiro fixará a § 1 o O disposto neste artigo aplica-se aos casos de limpeza
largura e a profundidade do alicerce. ou reparação de esgotos, goteiras, aparelhos higiênicos,
poços e nascentes e ao aparo de cerca viva.
Parágrafo único. Se a parede divisória pertencer a um dos
vizinhos, e não tiver capacidade para ser travejada pelo § 2 o Na hipótese do inciso II, uma vez entregues as coisas
outro, não poderá este fazer-lhe alicerce ao pé sem prestar buscadas pelo vizinho, poderá ser impedida a sua entrada no
caução àquele, pelo risco a que expõe a construção anterior. imóvel.
Art. 1.306. O condômino da parede-meia pode utilizá-la até § 3 o Se do exercício do direito assegurado neste artigo
ao meio da espessura, não pondo em risco a segurança ou a provier dano, terá o prejudicado direito a ressarcimento.
separação dos dois prédios, e avisando previamente o outro
CAPÍTULO VI
condômino das obras que ali tenciona fazer; não pode sem
DO CONDOMÍNIO GERAL
consentimento do outro, fazer, na parede-meia, armários,
ou obras semelhantes, correspondendo a outras, da mesma SEÇÃO I
natureza, já feitas do lado oposto. DO CONDOMÍNIO VOLUNTÁRIO
SUBSEÇÃO I
Art. 1.307. Qualquer dos confinantes pode altear a parede DOS DIREITOS E DEVERES DOS CONDÔMINOS
divisória, se necessário reconstruindo-a, para suportar o
alteamento; arcará com todas as despesas, inclusive de Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa conforme
conservação, ou com metade, se o vizinho adquirir meação sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos
também na parte aumentada. compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro,
defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou
Art. 1.308. Não é lícito encostar à parede divisória chaminés,
gravá-la.
fogões, fornos ou quaisquer aparelhos ou depósitos
suscetíveis de produzir infiltrações ou interferências Parágrafo único. Nenhum dos condôminos pode alterar a
prejudiciais ao vizinho. destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou gozo
dela a estranhos, sem o consenso dos outros.
Parágrafo único. A disposição anterior não abrange as
chaminés ordinárias e os fogões de cozinha. Art. 1.315. O condômino é obrigado, na proporção de sua
parte, a concorrer para as despesas de conservação ou
Art. 1.309. São proibidas construções capazes de poluir, ou
divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita.
inutilizar, para uso ordinário, a água do poço, ou nascente
alheia, a elas preexistentes. Parágrafo único. Presumem-se iguais as partes ideais dos
condôminos.
Art. 1.310. Não é permitido fazer escavações ou quaisquer
obras que tirem ao poço ou à nascente de outrem a água Art. 1.316. Pode o condômino eximir-se do pagamento das
indispensável às suas necessidades normais. despesas e dívidas, renunciando à parte ideal.
Art. 1.311. Não é permitida a execução de qualquer obra ou § 1 o Se os demais condôminos assumem as despesas e as
serviço suscetível de provocar desmoronamento ou dívidas, a renúncia lhes aproveita, adquirindo a parte ideal
deslocação de terra, ou que comprometa a segurança do de quem renunciou, na proporção dos pagamentos que
prédio vizinho, senão após haverem sido feitas as obras fizerem.
acautelatórias.
§ 2 o Se não há condômino que faça os pagamentos, a coisa
Parágrafo único. O proprietário do prédio vizinho tem comum será dividida.
direito a ressarcimento pelos prejuízos que sofrer, não
Art. 1.317. Quando a dívida houver sido contraída por todos
obstante haverem sido realizadas as obras acautelatórias.
os condôminos, sem se discriminar a parte de cada um na
Art. 1.312. Todo aquele que violar as proibições obrigação, nem se estipular solidariedade, entende-se que
estabelecidas nesta Seção é obrigado a demolir as cada qual se obrigou proporcionalmente ao seu quinhão na
construções feitas, respondendo por perdas e danos. coisa comum.

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Art. 1.318. As dívidas contraídas por um dos condôminos em § 3 o Havendo dúvida quanto ao valor do quinhão, será este
proveito da comunhão, e durante ela, obrigam o avaliado judicialmente.
contratante; mas terá este ação regressiva contra os
Art. 1.326. Os frutos da coisa comum, não havendo em
demais.
contrário estipulação ou disposição de última vontade,
Art. 1.319. Cada condômino responde aos outros pelos serão partilhados na proporção dos quinhões.
frutos que percebeu da coisa e pelo dano que lhe causou.
SEÇÃO II
Art. 1.320. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a DO CONDOMÍNIO NECESSÁRIO
divisão da coisa comum, respondendo o quinhão de cada
um pela sua parte nas despesas da divisão. Art. 1.327. O condomínio por meação de paredes, cercas,
muros e valas regula-se pelo disposto neste Código ( arts.
§ 1 o Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa 1.297 e 1.298 ; 1.304 a 1.307 ).
comum por prazo não maior de cinco anos, suscetível de
prorrogação ulterior. Art. 1.328. O proprietário que tiver direito a estremar um
imóvel com paredes, cercas, muros, valas ou valados, tê-lo-
§ 2 o Não poderá exceder de cinco anos a indivisão á igualmente a adquirir meação na parede, muro, valado ou
estabelecida pelo doador ou pelo testador. cerca do vizinho, embolsando-lhe metade do que
§ 3 o A requerimento de qualquer interessado e se graves atualmente valer a obra e o terreno por ela ocupado ( art.
razões o aconselharem, pode o juiz determinar a divisão da 1.297 ).
coisa comum antes do prazo. Art. 1.329. Não convindo os dois no preço da obra, será este
Art. 1.321. Aplicam-se à divisão do condomínio, no que arbitrado por peritos, a expensas de ambos os confinantes.
couber, as regras de partilha de herança ( arts. 2.013 a Art. 1.330. Qualquer que seja o valor da meação, enquanto
2.022 ). aquele que pretender a divisão não o pagar ou depositar,
Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e os consortes não nenhum uso poderá fazer na parede, muro, vala, cerca ou
quiserem adjudicá-la a um só, indenizando os outros, será qualquer outra obra divisória.
vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em CAPÍTULO VII
condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, e DO CONDOMÍNIO EDILÍCIO
entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias SEÇÃO I
mais valiosas, e, não as havendo, o de quinhão maior. DISPOSIÇÕES GERAIS
Parágrafo único. Se nenhum dos condôminos tem
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são
benfeitorias na coisa comum e participam todos do
propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum
condomínio em partes iguais, realizar-se-á licitação entre
dos condôminos.
estranhos e, antes de adjudicada a coisa àquele que
ofereceu maior lanço, proceder-se-á à licitação entre os § 1 o As partes suscetíveis de utilização independente, tais
condôminos, a fim de que a coisa seja adjudicada a quem como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas,
afinal oferecer melhor lanço, preferindo, em condições com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes
iguais, o condômino ao estranho. comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser
alienadas e gravadas livremente por seus proprietários,
SUBSEÇÃO II
exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser
DA ADMINISTRAÇÃO DO CONDOMÍNIO alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio,
Art. 1.323. Deliberando a maioria sobre a administração da salvo autorização expressa na convenção de
coisa comum, escolherá o administrador, que poderá ser condomínio. (Redação dada pela Lei nº 12.607, de 2012)
estranho ao condomínio; resolvendo alugá-la, preferir-se-á, § 2 o O solo, a estrutura do prédio, o telhado, a rede geral de
em condições iguais, o condômino ao que não o é. distribuição de água, esgoto, gás e eletricidade, a calefação
Art. 1.324. O condômino que administrar sem oposição dos e refrigeração centrais, e as demais partes comuns, inclusive
outros presume-se representante comum. o acesso ao logradouro público, são utilizados em comum
pelos condôminos, não podendo ser alienados
Art. 1.325. A maioria será calculada pelo valor dos quinhões. separadamente, ou divididos.
§ 1 o As deliberações serão obrigatórias, sendo tomadas por § 3 o A cada unidade imobiliária caberá, como parte
maioria absoluta. inseparável, uma fração ideal no solo e nas outras partes
§ 2 o Não sendo possível alcançar maioria absoluta, decidirá comuns, que será identificada em forma decimal ou
o juiz, a requerimento de qualquer condômino, ouvidos os ordinária no instrumento de instituição do
outros. condomínio. (Redação dada pela Lei nº 10.931, de 2004)

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§ 4 o Nenhuma unidade imobiliária pode ser privada do Art. 1.336. São deveres do condômino:
acesso ao logradouro público.
I - contribuir para as despesas do condomínio na proporção
§ 5 o O terraço de cobertura é parte comum, salvo disposição das suas frações ideais, salvo disposição em contrário na
contrária da escritura de constituição do condomínio. convenção; (Redação dada pela Lei nº 10.931, de 2004)
Art. 1.332. Institui-se o condomínio edilício por ato entre II - não realizar obras que comprometam a segurança da
vivos ou testamento, registrado no Cartório de Registro de edificação;
Imóveis, devendo constar daquele ato, além do disposto em
III - não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e
lei especial:
esquadrias externas;
I - a discriminação e individualização das unidades de
IV - dar às suas partes a mesma destinação que tem a
propriedade exclusiva, estremadas uma das outras e das
edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao
partes comuns;
sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos
II - a determinação da fração ideal atribuída a cada unidade, bons costumes.
relativamente ao terreno e partes comuns;
§ 1º O condômino que não pagar a sua contribuição ficará
III - o fim a que as unidades se destinam. sujeito aos juros moratórios convencionados ou, não sendo
previstos, os de um por cento ao mês e multa de até dois por
Art. 1.333. A convenção que constitui o condomínio edilício
cento sobre o débito.
deve ser subscrita pelos titulares de, no mínimo, dois terços
das frações ideais e torna-se, desde logo, obrigatória para os § 2º O condômino, que não cumprir qualquer dos deveres
titulares de direito sobre as unidades, ou para quantos sobre estabelecidos nos incisos II a IV, pagará a multa prevista no
elas tenham posse ou detenção. ato constitutivo ou na convenção, não podendo ela ser
superior a cinco vezes o valor de suas contribuições mensais,
Parágrafo único. Para ser oponível contra terceiros, a
independentemente das perdas e danos que se apurarem;
convenção do condomínio deverá ser registrada no Cartório
não havendo disposição expressa, caberá à assembléia
de Registro de Imóveis.
geral, por dois terços no mínimo dos condôminos restantes,
Art. 1.334. Além das cláusulas referidas no art. 1.332 e das deliberar sobre a cobrança da multa.
que os interessados houverem por bem estipular, a
Art. 1337. O condômino, ou possuidor, que não cumpre
convenção determinará:
reiteradamente com os seus deveres perante o condomínio
I - a quota proporcional e o modo de pagamento das poderá, por deliberação de três quartos dos condôminos
contribuições dos condôminos para atender às despesas restantes, ser constrangido a pagar multa correspondente
ordinárias e extraordinárias do condomínio; até ao quíntuplo do valor atribuído à contribuição para as
despesas condominiais, conforme a gravidade das faltas e a
II - sua forma de administração;
reiteração, independentemente das perdas e danos que se
III - a competência das assembléias, forma de sua apurem.
convocação e quorum exigido para as deliberações;
Parágrafo único. O condômino ou possuidor que, por seu
IV - as sanções a que estão sujeitos os condôminos, ou reiterado comportamento anti-social, gerar
possuidores; incompatibilidade de convivência com os demais
condôminos ou possuidores, poderá ser constrangido a
V - o regimento interno.
pagar multa correspondente ao décuplo do valor atribuído à
§ 1 o A convenção poderá ser feita por escritura pública ou contribuição para as despesas condominiais, até ulterior
por instrumento particular. deliberação da assembléia.
§ 2 o São equiparados aos proprietários, para os fins deste Art. 1.338. Resolvendo o condômino alugar área no abrigo
artigo, salvo disposição em contrário, os promitentes para veículos, preferir-se-á, em condições iguais, qualquer
compradores e os cessionários de direitos relativos às dos condôminos a estranhos, e, entre todos, os possuidores.
unidades autônomas.
Art. 1.339. Os direitos de cada condômino às partes comuns
Art. 1.335. São direitos do condômino: são inseparáveis de sua propriedade exclusiva; são também
inseparáveis das frações ideais correspondentes as unidades
I - usar, fruir e livremente dispor das suas unidades;
imobiliárias, com as suas partes acessórias.
II - usar das partes comuns, conforme a sua destinação, e
§ 1º Nos casos deste artigo é proibido alienar ou gravar os
contanto que não exclua a utilização dos demais
bens em separado.
compossuidores;
§ 2º É permitido ao condômino alienar parte acessória de
III - votar nas deliberações da assembléia e delas participar,
sua unidade imobiliária a outro condômino, só podendo
estando quite.
fazê-lo a terceiro se essa faculdade constar do ato
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constitutivo do condomínio, e se a ela não se opuser a SEÇÃO II


respectiva assembléia geral. DA ADMINISTRAÇÃO DO CONDOMÍNIO
Art. 1.340. As despesas relativas a partes comuns de uso Art. 1.347. A assembléia escolherá um síndico, que poderá
exclusivo de um condômino, ou de alguns deles, incumbem não ser condômino, para administrar o condomínio, por
a quem delas se serve. prazo não superior a dois anos, o qual poderá renovar-se.
Art. 1.341. A realização de obras no condomínio depende: Art. 1.348. Compete ao síndico:
I - se voluptuárias, de voto de dois terços dos condôminos; I - convocar a assembléia dos condôminos;
II - se úteis, de voto da maioria dos condôminos. II - representar, ativa e passivamente, o condomínio,
§ 1º As obras ou reparações necessárias podem ser praticando, em juízo ou fora dele, os atos necessários à
realizadas, independentemente de autorização, pelo defesa dos interesses comuns;
síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por III - dar imediato conhecimento à assembléia da existência
qualquer condômino. de procedimento judicial ou administrativo, de interesse do
§ 2º Se as obras ou reparos necessários forem urgentes e condomínio;
importarem em despesas excessivas, determinada sua IV - cumprir e fazer cumprir a convenção, o regimento
realização, o síndico ou o condômino que tomou a iniciativa interno e as determinações da assembléia;
delas dará ciência à assembléia, que deverá ser co nvocada
imediatamente. V - diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns
e zelar pela prestação dos serviços que interessem aos
§ 3º Não sendo urgentes, as obras ou reparos necessários, possuidores;
que importarem em despesas excessivas, somente poderão
ser efetuadas após autorização da assembléia, VI - elaborar o orçamento da receita e da despesa relativa a
especialmente convocada pelo síndico, ou, em caso de cada ano;
omissão ou impedimento deste, por qualquer dos VII - cobrar dos condôminos as suas contribuições, bem
condôminos. como impor e cobrar as multas devidas;
§ 4º O condômino que realizar obras ou reparos necessários VIII - prestar contas à assembléia, anualmente e quando
será reembolsado das despesas que efetuar, não tendo exigidas;
direito à restituição das que fizer com obras ou reparos de
outra natureza, embora de interesse comum. IX - realizar o seguro da edificação.

Art. 1.342. A realização de obras, em partes comuns, em § 1 o Poderá a assembléia investir outra pessoa, em lugar do
acréscimo às já existentes, a fim de lhes facilitar ou síndico, em poderes de representação.
aumentar a utilização, depende da aprovação de dois terços § 2 o O síndico pode transferir a outrem, total ou
dos votos dos condôminos, não sendo permitidas parcialmente, os poderes de representação ou as funções
construções, nas partes comuns, suscetíveis de prejudicar a administrativas, mediante aprovação da assembléia, salvo
utilização, por qualquer dos condôminos, das partes disposição em contrário da convenção.
próprias, ou comuns.
Art. 1.349. A assembléia, especialmente convocada para o
Art. 1.343. A construção de outro pavimento, ou, no solo fim estabelecido no § 2 o do artigo antecedente, poderá,
comum, de outro edifício, destinado a conter novas pelo voto da maioria absoluta de seus membros, destituir o
unidades imobiliárias, depende da aprovação da síndico que praticar irregularidades, não prestar contas, ou
unanimidade dos condôminos. não administrar convenientemente o condomínio.
Art. 1.344. Ao proprietário do terraço de cobertura Art. 1.350. Convocará o síndico, anualmente, reunião da
incumbem as despesas da sua conservação, de modo que assembléia dos condôminos, na forma prevista na
não haja danos às unidades imobiliárias inferiores. convenção, a fim de aprovar o orçamento das despesas, as
Art. 1.345. O adquirente de unidade responde pelos débitos contribuições dos condôminos e a prestação de contas, e
do alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e eventualmente eleger-lhe o substituto e alterar o regimento
juros moratórios. interno.

Art. 1.346. É obrigatório o seguro de toda a edificação contra § 1 o Se o síndico não convocar a assembléia, um quarto dos
o risco de incêndio ou destruição, total ou parcial. condôminos poderá fazê-lo.
§ 2 o Se a assembléia não se reunir, o juiz decidirá, a
requerimento de qualquer condômino.
Art. 1.351. Depende da aprovação de 2/3 (dois terços) dos
votos dos condôminos a alteração da convenção; a mudança
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da destinação do edifício, ou da unidade imobiliária, indicados no ato de instituição. (Incluído pela Lei nº 13.465,
depende da aprovação pela unanimidade dos de 2017)
condôminos. (Redação dada pela Lei nº 10.931, de 2004)
§ 2º Aplica-se, no que couber, ao condomínio de lotes o
Art. 1.352. Salvo quando exigido quorum especial, as disposto sobre condomínio edilício neste Capítulo,
deliberações da assembléia serão tomadas, em primeira respeitada a legislação urbanística. (Incluído pela Lei nº
convocação, por maioria de votos dos condôminos 13.465, de 2017)
presentes que representem pelo menos metade das frações
§ 3º Para fins de incorporação imobiliária, a implantação de
ideais.
toda a infraestrutura ficará a cargo do
Parágrafo único. Os votos serão proporcionais às frações empreendedor. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
ideais no solo e nas outras partes comuns pertencentes a
CAPÍTULO VII-A
cada condômino, salvo disposição diversa da convenção de
(Incluído Pela Lei Nº 13.777, de 2018) (Vigência)
constituição do condomínio.
Art. 1.353. Em segunda convocação, a assembléia poderá DO CONDOMÍNIO EM MULTIPROPRIEDADE
deliberar por maioria dos votos dos presentes, salvo quando SEÇÃO I
exigido quorum especial. (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
Art. 1.354. A assembléia não poderá deliberar se todos os DISPOSIÇÕES GERAIS
condôminos não forem convocados para a reunião.
Art. 1.358-B. A multipropriedade reger-se-á pelo disposto
Art. 1.355. Assembléias extraordinárias poderão ser neste Capítulo e, de forma supletiva e subsidiária, pelas
convocadas pelo síndico ou por um quarto dos condôminos. demais disposições deste Código e pelas disposições
Art. 1.356. Poderá haver no condomínio um conselho fiscal, das Leis nºs 4.591, de 16 de dezembro de 1964 , e 8.078, de
composto de três membros, eleitos pela assembléia, por 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do
prazo não superior a dois anos, ao qual compete dar parecer Consumidor) . (Incluído pela Lei nº 13.777, de
sobre as contas do síndico. 2018) (Vigência)

SEÇÃO III Art. 1.358-C. Multipropriedade é o regime de condomínio


em que cada um dos proprietários de um mesmo imóvel é
DA EXTINÇÃO DO CONDOMÍNIO
titular de uma fração de tempo, à qual corresponde a
Art. 1.357. Se a edificação for total ou consideravelmente faculdade de uso e gozo, com exclusividade, da totalidade
destruída, ou ameace ruína, os condôminos deliberarão em do imóvel, a ser exercida pelos proprietários de forma
assembléia sobre a reconstrução, ou venda, por votos que alternada. (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
representem metade mais uma das frações ideais.
Parágrafo único. A multipropriedade não se extinguirá
§ 1 o Deliberada a reconstrução, poderá o condômino eximir- automaticamente se todas as frações de tempo forem do
se do pagamento das despesas respectivas, alienando os mesmo multiproprietário. (Incluído pela Lei nº 13.777, de
seus direitos a outros condôminos, mediante avaliação 2018) (Vigência)
judicial.
Art. 1.358-D. O imóvel objeto da
§ 2 o Realizada a venda, em que se preferirá, em condições multipropriedade: (Incluído pela Lei nº 13.777, de
iguais de oferta, o condômino ao estranho, será repartido o 2018) (Vigência)
apurado entre os condôminos, proporcionalmente ao valor
I - é indivisível, não se sujeitando a ação de divisão ou de
das suas unidades imobiliárias.
extinção de condomínio; (Incluído pela Lei nº 13.777, de
Art. 1.358. Se ocorrer desapropriação, a indenização será 2018) (Vigência)
repartida na proporção a que se refere o § 2o do artigo
II - inclui as instalações, os equipamentos e o mobiliário
antecedente.
destinados a seu uso e gozo. (Incluído pela Lei nº 13.777, de
SEÇÃO IV 2018) (Vigência)
DO CONDOMÍNIO DE LOTES
Art. 1.358-E. Cada fração de tempo é indivisível. (Incluído
(Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
Art. 1.358-A. Pode haver, em terrenos, partes designadas de
§ 1º O período correspondente a cada fração de tempo será
lotes que são propriedade exclusiva e partes que são
de, no mínimo, 7 (sete) dias, seguidos ou intercalados, e
propriedade comum dos condôminos. (Incluído pela Lei nº
poderá ser: (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
13.465, de 2017)
I - fixo e determinado, no mesmo período de cada
§ 1º A fração ideal de cada condômino poderá ser
ano; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
proporcional à área do solo de cada unidade autônoma, ao
respectivo potencial construtivo ou a outros critérios
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II - flutuante, caso em que a determinação do período será Art. 1.358-H. O instrumento de instituição da
realizada de forma periódica, mediante procedimento multipropriedade ou a convenção de condomínio em
objetivo que respeite, em relação a todos os multipropriedade poderá estabelecer o limite máximo de
multiproprietários, o princípio da isonomia, devendo ser frações de tempo no mesmo imóvel que poderão ser detidas
previamente divulgado; ou (Incluído pela Lei nº 13.777, de pela mesma pessoa natural ou jurídica. (Incluído pela Lei nº
2018) (Vigência) 13.777, de 2018) (Vigência)
III - misto, combinando os sistemas fixo e Parágrafo único. Em caso de instituição da
flutuante. (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência) multipropriedade para posterior venda das frações de
tempo a terceiros, o atendimento a eventual limite de
§ 2º Todos os multiproprietários terão direito a uma mesma
frações de tempo por titular estabelecido no instrumento de
quantidade mínima de dias seguidos durante o ano,
instituição será obrigatório somente após a venda das
podendo haver a aquisição de frações maiores que a
frações. (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
mínima, com o correspondente direito ao uso por períodos
também maiores. (Incluído pela Lei nº 13.777, de SEÇÃO III
2018) (Vigência) (Incluído Pela Lei Nº 13.777, de 2018) (Vigência)
SEÇÃO II DOS DIREITOS E DAS OBRIGAÇÕES DO
(Incluído Pela Lei Nº 13.777, de 2018) (Vigência) MULTIPROPRIETÁRIO
DA INSTITUIÇÃO DA MULTIPROPRIEDADE Art. 1.358-I. São direitos do multiproprietário, além
daqueles previstos no instrumento de instituição e na
Art. 1.358-F. Institui-se a multipropriedade por ato entre
vivos ou testamento, registrado no competente cartório de convenção de condomínio em multipropriedade: (Incluído
registro de imóveis, devendo constar daquele ato a duração pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
dos períodos correspondentes a cada fração de I - usar e gozar, durante o período correspondente à sua
tempo. (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência) fração de tempo, do imóvel e de suas instalações,
equipamentos e mobiliário; (Incluído pela Lei nº 13.777, de
Art. 1.358-G. Além das cláusulas que os multiproprietários
2018) (Vigência)
decidirem estipular, a convenção de condomínio em
multipropriedade determinará: (Incluído pela Lei nº 13.777, II - ceder a fração de tempo em locação ou
de 2018) (Vigência) comodato; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
I - os poderes e deveres dos multiproprietários, III - alienar a fração de tempo, por ato entre vivos ou por
especialmente em matéria de instalações, equipamentos e causa de morte, a título oneroso ou gratuito, ou onerá-la,
mobiliário do imóvel, de manutenção ordinária e devendo a alienação e a qualificação do sucessor, ou a
extraordinária, de conservação e limpeza e de pagamento oneração, ser informadas ao administrador; (Incluído pela
da contribuição condominial; (Incluído pela Lei nº 13.777, de Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
2018) (Vigência)
IV - participar e votar, pessoalmente ou por intermédio de
II - o número máximo de pessoas que podem ocupar representante ou procurador, desde que esteja quite com as
simultaneamente o imóvel no período correspondente a obrigações condominiais, em: (Incluído pela Lei nº 13.777, de
cada fração de tempo; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
2018) (Vigência)
a) assembleia geral do condomínio em multipropriedade, e
III - as regras de acesso do administrador condominial ao o voto do multiproprietário corresponderá à quota de sua
imóvel para cumprimento do dever de manutenção, fração de tempo no imóvel; (Incluído pela Lei nº 13.777, de
conservação e limpeza; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
2018) (Vigência)
b) assembleia geral do condomínio edilício, quando for o
IV - a criação de fundo de reserva para reposição e caso, e o voto do multiproprietário corresponderá à quota
manutenção dos equipamentos, instalações e de sua fração de tempo em relação à quota de poder político
mobiliário; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência) atribuído à unidade autônoma na respectiva convenção de
condomínio edilício. (Incluído pela Lei nº 13.777, de
V - o regime aplicável em caso de perda ou destruição parcial
ou total do imóvel, inclusive para efeitos de participação no 2018) (Vigência)
risco ou no valor do seguro, da indenização ou da parte Art. 1.358-J. São obrigações do multiproprietário, além
restante; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência) daquelas previstas no instrumento de instituição e na
convenção de condomínio em multipropriedade: (Incluído
VI - as multas aplicáveis ao multiproprietário nas hipóteses
de descumprimento de deveres. (Incluído pela Lei nº 13.777, pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
de 2018) (Vigência) I - pagar a contribuição condominial do condomínio em
multipropriedade e, quando for o caso, do condomínio

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edilício, ainda que renuncie ao uso e gozo, total ou parcial, II - exclusivamente do multiproprietário responsável pelo
do imóvel, das áreas comuns ou das respectivas instalações, uso anormal, sem prejuízo de multa, quando decorrentes de
equipamentos e mobiliário; (Incluído pela Lei nº 13.777, de uso anormal do imóvel. (Incluído pela Lei nº 13.777, de
2018) (Vigência) 2018) (Vigência)
II - responder por danos causados ao imóvel, às instalações, § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.777, de
aos equipamentos e ao mobiliário por si, por qualquer de 2018) (Vigência)
seus acompanhantes, convidados ou prepostos ou por
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.777, de
pessoas por ele autorizadas; (Incluído pela Lei nº 13.777, de
2018) (Vigência)
2018) (Vigência)
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.777, de
III - comunicar imediatamente ao administrador os defeitos,
2018) (Vigência)
avarias e vícios no imóvel dos quais tiver ciência durante a
utilização; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência) Art. 1.358-K. Para os efeitos do disposto nesta Seção, são
equiparados aos multiproprietários os promitentes
IV - não modificar, alterar ou substituir o mobiliário, os
compradores e os cessionários de direitos relativos a cada
equipamentos e as instalações do imóvel; (Incluído pela Lei
fração de tempo. (Incluído pela Lei nº 13.777, de
nº 13.777, de 2018) (Vigência)
2018) (Vigência)
V - manter o imóvel em estado de conservação e limpeza
SEÇÃO IV
condizente com os fins a que se destina e com a natureza da
(Incluído Pela Lei Nº 13.777, de 2018) (Vigência)
respectiva construção; (Incluído pela Lei nº 13.777, de
2018) (Vigência) DA TRANSFERÊNCIA DA MULTIPROPRIEDADE

VI - usar o imóvel, bem como suas instalações, Art. 1.358-L. A transferência do direito de multipropriedade
equipamentos e mobiliário, conforme seu destino e e a sua produção de efeitos perante terceiros dar-se-ão na
natureza; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência) forma da lei civil e não dependerão da anuência ou
cientificação dos demais multiproprietários. (Incluído pela
VII - usar o imóvel exclusivamente durante o período Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
correspondente à sua fração de tempo; (Incluído pela Lei nº
13.777, de 2018) (Vigência) § 1º Não haverá direito de preferência na alienação de
fração de tempo, salvo se estabelecido no instrumento de
VIII - desocupar o imóvel, impreterivelmente, até o dia e instituição ou na convenção do condomínio em
hora fixados no instrumento de instituição ou na convenção multipropriedade em favor dos demais multiproprietários
de condomínio em multipropriedade, sob pena de multa ou do instituidor do condomínio em
diária, conforme convencionado no instrumento multipropriedade. (Incluído pela Lei nº 13.777, de
pertinente; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência) 2018) (Vigência)
IX - permitir a realização de obras ou reparos § 2º O adquirente será solidariamente responsável com o
urgentes. (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência) alienante pelas obrigações de que trata o § 5º do art. 1.358-J
§ 1º Conforme previsão que deverá constar da respectiva deste Código caso não obtenha a declaração de inexistência
convenção de condomínio em multipropriedade, o de débitos referente à fração de tempo no momento de sua
multiproprietário estará sujeito a: (Incluído pela Lei nº aquisição. (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
13.777, de 2018) (Vigência) SEÇÃO V
I - multa, no caso de descumprimento de qualquer de seus (Incluído Pela Lei Nº 13.777, de 2018) (Vigência)
deveres; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) DA ADMINISTRAÇÃO DA MULTIPROPRIEDADE
II - multa progressiva e perda temporária do direito de Art. 1.358-M. A administração do imóvel e de suas
utilização do imóvel no período correspondente à sua fração instalações, equipamentos e mobiliário será de
de tempo, no caso de descumprimento reiterado de responsabilidade da pessoa indicada no instrumento de
deveres. (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) instituição ou na convenção de condomínio em
multipropriedade, ou, na falta de indicação, de pessoa
§ 2º A responsabilidade pelas despesas referentes a reparos
escolhida em assembleia geral dos condôminos. (Incluído
no imóvel, bem como suas instalações, equipamentos e
pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
mobiliário, será: (Incluído pela Lei nº 13.777, de
2018) (Vigência) § 1º O administrador exercerá, além daquelas previstas no
instrumento de instituição e na convenção de condomínio
I - de todos os multiproprietários, quando decorrentes do
em multipropriedade, as seguintes atribuições: (Incluído
uso normal e do desgaste natural do imóvel; (Incluído pela
pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)

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I - coordenação da utilização do imóvel pelos correspondente à fração de tempo de um dos


multiproprietários durante o período correspondente a suas multiproprietários. (Incluído pela Lei nº 13.777, de
respectivas frações de tempo; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
2018) (Vigência)
SEÇÃO VI
II - determinação, no caso dos sistemas flutuante ou misto, (Incluído Pela Lei Nº 13.777, de 2018) (Vigência)
dos períodos concretos de uso e gozo exclusivos de cada DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS RELATIVAS ÀS UNIDADES
multiproprietário em cada ano; (Incluído pela Lei nº 13.777, AUTÔNOMAS DE CONDOMÍNIOS EDILÍCIOS
de 2018) (Vigência)
Art. 1.358-O. O condomínio edilício poderá adotar o regime
III - manutenção, conservação e limpeza do imóvel; (Incluído de multipropriedade em parte ou na totalidade de suas
pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência) unidades autônomas, mediante: (Incluído pela Lei nº 13.777,
IV - troca ou substituição de instalações, equipamentos ou de 2018) (Vigência)
mobiliário, inclusive: (Incluído pela Lei nº 13.777, de I - previsão no instrumento de instituição; ou (Incluído pela
2018) (Vigência) Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
a) determinar a necessidade da troca ou II - deliberação da maioria absoluta dos
substituição; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência) condôminos. (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
b) providenciar os orçamentos necessários para a troca ou Parágrafo único. No caso previsto no inciso I do caput deste
substituição; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência) artigo, a iniciativa e a responsabilidade para a instituição do
c) submeter os orçamentos à aprovação pela maioria regime da multipropriedade serão atribuídas às mesmas
simples dos condôminos em assembleia; (Incluído pela Lei pessoas e observarão os mesmos requisitos indicados
nº 13.777, de 2018) (Vigência) nas alíneas a , b e c e no § 1º do art. 31 da Lei nº 4.591, de 16
de dezembro de 1964 . (Incluído pela Lei nº 13.777, de
V - elaboração do orçamento anual, com previsão das 2018) (Vigência)
receitas e despesas; (Incluído pela Lei nº 13.777, de
2018) (Vigência) Art. 1.358-P. Na hipótese do art. 1.358-O, a convenção de
condomínio edilício deve prever, além das matérias
VI - cobrança das quotas de custeio de responsabilidade dos elencadas nos arts. 1.332, 1.334 e, se for o caso, 1.358-G
multiproprietários; (Incluído pela Lei nº 13.777, de deste Código: (Incluído pela Lei nº 13.777, de
2018) (Vigência) 2018) (Vigência)
VII - pagamento, por conta do condomínio edilício ou I - a identificação das unidades sujeitas ao regime da
voluntário, com os fundos comuns arrecadados, de todas as multipropriedade, no caso de empreendimentos
despesas comuns. (Incluído pela Lei nº 13.777, de mistos; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
2018) (Vigência)
II - a indicação da duração das frações de tempo de cada
§ 2º A convenção de condomínio em multipropriedade unidade autônoma sujeita ao regime da
poderá regrar de forma diversa a atribuição prevista no multipropriedade; (Incluído pela Lei nº 13.777, de
inciso IV do § 1º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
2018) (Vigência)
III - a forma de rateio, entre os multiproprietários de uma
Art. 1.358-N. O instrumento de instituição poderá prever mesma unidade autônoma, das contribuições condominiais
fração de tempo destinada à realização, no imóvel e em suas relativas à unidade, que, salvo se disciplinada de forma
instalações, em seus equipamentos e em seu mobiliário, de diversa no instrumento de instituição ou na convenção de
reparos indispensáveis ao exercício normal do direito de condomínio em multipropriedade, será proporcional à
multipropriedade. (Incluído pela Lei nº 13.777, de fração de tempo de cada multiproprietário; (Incluído pela
2018) (Vigência) Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
§ 1º A fração de tempo de que trata o caput deste artigo IV - a especificação das despesas ordinárias, cujo custeio
poderá ser atribuída: (Incluído pela Lei nº 13.777, de será obrigatório, independentemente do uso e gozo do
2018) (Vigência) imóvel e das áreas comuns; (Incluído pela Lei nº 13.777, de
I - ao instituidor da multipropriedade; ou (Incluído pela Lei 2018) (Vigência)
nº 13.777, de 2018) (Vigência) V - os órgãos de administração da
II - aos multiproprietários, proporcionalmente às respectivas multipropriedade; (Incluído pela Lei nº 13.777, de
frações. (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência) 2018) (Vigência)

§ 2º Em caso de emergência, os reparos de que trata VI - a indicação, se for o caso, de que o empreendimento
o caput deste artigo poderão ser feitos durante o período conta com sistema de administração de intercâmbio, na

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forma prevista no § 2º do art. 23 da Lei nº 11.771, de 17 de VIII - a possibilidade de realização de assembleias não
setembro de 2008 , seja do período de fruição da fração de presenciais, inclusive por meio eletrônico; (Incluído pela Lei
tempo, seja do local de fruição, caso em que a nº 13.777, de 2018) (Vigência)
responsabilidade e as obrigações da companhia de
IX - os mecanismos de participação e representação dos
intercâmbio limitam-se ao contido na documentação de sua
titulares; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
contratação; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
X - o funcionamento do sistema de reserva, os meios de
VII - a competência para a imposição de sanções e o
confirmação e os requisitos a serem cumpridos pelo
respectivo procedimento, especialmente nos casos de mora
multiproprietário quando não exercer diretamente sua
no cumprimento das obrigações de custeio e nos casos de
faculdade de uso; (Incluído pela Lei nº 13.777, de
descumprimento da obrigação de desocupar o imóvel até o
2018) (Vigência)
dia e hora previstos; (Incluído pela Lei nº 13.777, de
2018) (Vigência) XI - a descrição dos serviços adicionais, se existentes, e as
regras para seu uso e custeio. (Incluído pela Lei nº 13.777, de
VIII - o quórum exigido para a deliberação de adjudicação da
2018) (Vigência)
fração de tempo na hipótese de inadimplemento do
respectivo multiproprietário; (Incluído pela Lei nº 13.777, de Parágrafo único. O regimento interno poderá ser instituído
2018) (Vigência) por escritura pública ou por instrumento particular. (Incluído
pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
IX - o quórum exigido para a deliberação de alienação, pelo
condomínio edilício, da fração de tempo adjudicada em Art. 1.358-R. O condomínio edilício em que tenha sido
virtude do inadimplemento do respectivo instituído o regime de multipropriedade em parte ou na
multiproprietário. (Incluído pela Lei nº 13.777, de totalidade de suas unidades autônomas terá
2018) (Vigência) necessariamente um administrador profissional. (Incluído
pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
Art. 1.358-Q. Na hipótese do art. 1.358-O deste Código, o
regimento interno do condomínio edilício deve § 1º O prazo de duração do contrato de administração será
prever: (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência) livremente convencionado. (Incluído pela Lei nº 13.777, de
2018) (Vigência)
I - os direitos dos multiproprietários sobre as partes comuns
do condomínio edilício; (Incluído pela Lei nº 13.777, de § 2º O administrador do condomínio referido
2018) (Vigência) no caput deste artigo será também o administrador de
todos os condomínios em multipropriedade de suas
II - os direitos e obrigações do administrador, inclusive
unidades autônomas. (Incluído pela Lei nº 13.777, de
quanto ao acesso ao imóvel para cumprimento do dever de
2018) (Vigência)
manutenção, conservação e limpeza; (Incluído pela Lei nº
13.777, de 2018) (Vigência) § 3º O administrador será mandatário legal de todos os
multiproprietários, exclusivamente para a realização dos
III - as condições e regras para uso das áreas
atos de gestão ordinária da multipropriedade, incluindo
comuns; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
manutenção, conservação e limpeza do imóvel e de suas
IV - os procedimentos a serem observados para uso e gozo instalações, equipamentos e mobiliário. (Incluído pela Lei nº
dos imóveis e das instalações, equipamentos e mobiliário 13.777, de 2018) (Vigência)
destinados ao regime da multipropriedade; (Incluído pela
§ 4º O administrador poderá modificar o regimento interno
Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
quanto aos aspectos estritamente operacionais da gestão
V - o número máximo de pessoas que podem ocupar da multipropriedade no condomínio edilício. (Incluído pela
simultaneamente o imóvel no período correspondente a Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
cada fração de tempo; (Incluído pela Lei nº 13.777, de
§ 5º O administrador pode ser ou não um prestador de
2018) (Vigência)
serviços de hospedagem. (Incluído pela Lei nº 13.777, de
VI - as regras de convivência entre os multiproprietários e os 2018) (Vigência)
ocupantes de unidades autônomas não sujeitas ao regime
Art. 1.358-S. Na hipótese de inadimplemento, por parte do
da multipropriedade, quando se tratar de empreendimentos
multiproprietário, da obrigação de custeio das despesas
mistos; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
ordinárias ou extraordinárias, é cabível, na forma da lei
VII - a forma de contribuição, destinação e gestão do fundo processual civil, a adjudicação ao condomínio edilício da
de reserva específico para cada imóvel, para reposição e fração de tempo correspondente. (Incluído pela Lei nº
manutenção dos equipamentos, instalações e mobiliário, 13.777, de 2018) (Vigência)
sem prejuízo do fundo de reserva do condomínio
Parágrafo único. Na hipótese de o imóvel objeto da
edilício; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
multipropriedade ser parte integrante de empreendimento
em que haja sistema de locação das frações de tempo no
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qual os titulares possam ou sejam obrigados a locar suas CAPÍTULO IX


frações de tempo exclusivamente por meio de uma DA PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA
administração única, repartindo entre si as receitas das
locações independentemente da efetiva ocupação de cada (Redação dada pela Medida Provisória nº 881, de 2019)
unidade autônoma, poderá a convenção do condomínio Art. 1.361. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel
edilício regrar que em caso de inadimplência: (Incluído pela de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de
Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência) garantia, transfere ao credor.
I - o inadimplente fique proibido de utilizar o imóvel até a § 1 o Constitui-se a propriedade fiduciária com o registro do
integral quitação da dívida; (Incluído pela Lei nº 13.777, de contrato, celebrado por instrumento público ou particular,
2018) (Vigência) que lhe serve de título, no Registro de Títulos e Documentos
II - a fração de tempo do inadimplente passe a integrar do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na
o pool da administradora; (Incluído pela Lei nº 13.777, de repartição competente para o licenciamento, fazendo-se a
2018) (Vigência) anotação no certificado de registro.

III - a administradora do sistema de locação fique § 2 o Com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o
automaticamente munida de poderes e obrigada a, por desdobramento da posse, tornando-se o devedor possuidor
conta e ordem do inadimplente, utilizar a integralidade dos direto da coisa.
valores líquidos a que o inadimplente tiver direito para § 3 o A propriedade superveniente, adquirida pelo devedor,
amortizar suas dívidas condominiais, seja do condomínio torna eficaz, desde o arquivamento, a transferência da
edilício, seja do condomínio em multipropriedade, até sua propriedade fiduciária.
integral quitação, devendo eventual saldo ser
imediatamente repassado ao multiproprietário. (Incluído Art. 1.362. O contrato, que serve de título à propriedade
pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência) fiduciária, conterá:

Art. 1.358-T. O multiproprietário somente poderá renunciar I - o total da dívida, ou sua estimativa;
de forma translativa a seu direito de multipropriedade em II - o prazo, ou a época do pagamento;
favor do condomínio edilício. (Incluído pela Lei nº 13.777, de
2018) (Vigência) III - a taxa de juros, se houver;

Parágrafo único. A renúncia de que trata o caput deste IV - a descrição da coisa objeto da transferência, com os
artigo só é admitida se o multiproprietário estiver em dia elementos indispensáveis à sua identificação.
com as contribuições condominiais, com os tributos Art. 1.363. Antes de vencida a dívida, o devedor, a suas
imobiliários e, se houver, com o foro ou a taxa de expensas e risco, pode usar a coisa segundo sua destinação,
ocupação. (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência) sendo obrigado, como depositário:
Art. 1.358-U. As convenções dos condomínios edilícios, os I - a empregar na guarda da coisa a diligência exigida por sua
memoriais de loteamentos e os instrumentos de venda dos natureza;
lotes em loteamentos urbanos poderão limitar ou impedir a
instituição da multipropriedade nos respectivos imóveis, II - a entregá-la ao credor, se a dívida não for paga no
vedação que somente poderá ser alterada no mínimo pela vencimento.
maioria absoluta dos condôminos. (Incluído pela Lei nº Art. 1.364. Vencida a dívida, e não paga, fica o credor
13.777, de 2018) (Vigência) obrigado a vender, judicial ou extrajudicialmente, a coisa a
CAPÍTULO VIII terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu crédito e
das despesas de cobrança, e a entregar o saldo, se houver,
DA PROPRIEDADE RESOLÚVEL
ao devedor.
Art. 1.359. Resolvida a propriedade pelo implemento da
Art. 1.365. É nula a cláusula que autoriza o proprietário
condição ou pelo advento do termo, entendem-se também
fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a
resolvidos os direitos reais concedidos na sua pendência, e o
dívida não for paga no vencimento.
proprietário, em cujo favor se opera a resolução, pode
reivindicar a coisa do poder de quem a possua ou detenha. Parágrafo único. O devedor pode, com a anuência do
credor, dar seu direito eventual à coisa em pagamento da
Art. 1.360. Se a propriedade se resolver por outra causa
dívida, após o vencimento desta.
superveniente, o possuidor, que a tiver adquirido por título
anterior à sua resolução, será considerado proprietário Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto não bastar
perfeito, restando à pessoa, em cujo benefício houve a para o pagamento da dívida e das despesas de cobrança,
resolução, ação contra aquele cuja propriedade se resolveu continuará o devedor obrigado pelo restante.
para haver a própria coisa ou o seu valor.
Art. 1.367. A propriedade fiduciária em garantia de bens
móveis ou imóveis sujeita-se às disposições do Capítulo I do
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Título X do Livro III da Parte Especial deste Código e, no que I - a limitação da responsabilidade de cada investidor ao
for específico, à legislação especial pertinente, não se valor de suas cotas; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
equiparando, para quaisquer efeitos, à propriedade plena de
II - a limitação da responsabilidade, bem como parâmetros
que trata o art. 1.231. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de
de sua aferição, dos prestadores de serviços do fundo de
2014)
investimento, perante o condomínio e entre si, ao
Art. 1.368. O terceiro, interessado ou não, que pagar a cumprimento dos deveres particulares de cada um, sem
dívida, se sub-rogará de pleno direito no crédito e na solidariedade; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
propriedade fiduciária.
III - classes de cotas com direitos e obrigações distintos, com
Art. 1.368-A. As demais espécies de propriedade fiduciária possibilidade de constituir patrimônio segregado para cada
ou de titularidade fiduciária submetem-se à disciplina classe. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
específica das respectivas leis especiais, somente se
§ 1º A adoção da responsabilidade limitada por fundo de
aplicando as disposições deste Código naquilo que não for
investimento constituído sem a limitação de
incompatível com a legislação especial. (Incluído pela Lei nº
responsabilidade somente abrangerá fatos ocorridos após a
10.931, de 2004)
respectiva mudança em seu regulamento. (Incluído pela Lei
Art. 1.368-B. A alienação fiduciária em garantia de bem nº 13.874, de 2019)
móvel ou imóvel confere direito real de aquisição ao
§ 2º A avaliação de responsabilidade dos prestadores de
fiduciante, seu cessionário ou sucessor. (Incluído pela Lei nº
serviço deverá levar sempre em consideração os riscos
13.043, de 2014)
inerentes às aplicações nos mercados de atuação do fundo
Parágrafo único. O credor fiduciário que se tornar de investimento e a natureza de obrigação de meio de seus
proprietário pleno do bem, por efeito de realização da serviços. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
garantia, mediante consolidação da propriedade,
§ 3º O patrimônio segregado referido no inciso III
adjudicação, dação ou outra forma pela qual lhe tenha sido
do caput deste artigo só responderá por obrigações
transmitida a propriedade plena, passa a responder pelo
vinculadas à classe respectiva, nos termos do
pagamento dos tributos sobre a propriedade e a posse,
regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
taxas, despesas condominiais e quaisquer outros encargos,
tributários ou não, incidentes sobre o bem objeto da Art. 1.368-E. Os fundos de investimento respondem
garantia, a partir da data em que vier a ser imitido na posse diretamente pelas obrigações legais e contratuais por eles
direta do bem. (Incluído pela Lei nº 13.043, de 2014) assumidas, e os prestadores de serviço não respondem por
essas obrigações, mas respondem pelos prejuízos que
CAPÍTULO X
causarem quando procederem com dolo ou má-fé. (Incluído
DO FUNDO DE INVESTIMENTO
pela Lei nº 13.874, de 2019)
(Incluído Pela Lei Nº 13.874, de 2019)
§ 1º Se o fundo de investimento com limitação de
Art. 1.368-C. O fundo de investimento é uma comunhão de responsabilidade não possuir patrimônio suficiente para
recursos, constituído sob a forma de condomínio de responder por suas dívidas, aplicam-se as regras de
natureza especial, destinado à aplicação em ativos insolvência previstas nos arts. 955 a 965 deste
financeiros, bens e direitos de qualquer natureza. (Incluído Código. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 2º A insolvência pode ser requerida judicialmente por
§ 1º Não se aplicam ao fundo de investimento as disposições credores, por deliberação própria dos cotistas do fundo de
constantes dos arts. 1.314 ao 1.358-A deste Código. (Incluído investimento, nos termos de seu regulamento, ou pela
pela Lei nº 13.874, de 2019) Comissão de Valores Mobiliários. (Incluído pela Lei nº
§ 2º Competirá à Comissão de Valores Mobiliários 13.874, de 2019)
disciplinar o disposto no caput deste artigo. (Incluído pela Art. 1.368-F. O fundo de investimento constituído por lei
Lei nº 13.874, de 2019) específica e regulamentado pela Comissão de Valores
§ 3º O registro dos regulamentos dos fundos de Mobiliários deverá, no que couber, seguir as disposições
investimentos na Comissão de Valores Mobiliários é deste Capítulo. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
condição suficiente para garantir a sua publicidade e a
oponibilidade de efeitos em relação a terceiros. (Incluído
pela Lei nº 13.874, de 2019)
Art. 1.368-D. O regulamento do fundo de investimento
poderá, observado o disposto na regulamentação a que se
refere o § 2º do art. 1.368-C desta Lei, estabelecer: (Incluído
pela Lei nº 13.874, de 2019)

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Artigo 2
DIREITOS HUMANOS I) Todo o homem tem capacidade para gozar os direitos e as
liberdades estabelecidos nesta Declaração sem distinção de
qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião,
Declaração Universal dos Direitos opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou
Humanos/1948 social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
II) Não será também feita nenhuma distinção fundada na
CONSIDERANDO que o reconhecimento da dignidade condição política, jurídica ou internacional do país ou
inerente a todos os membros da familia humana e seus território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um
direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, território independente, sob tutela, sem governo próprio,
da justiça e da paz no mundo, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.
CONSIDERANDO que o desprezo e o desrespeito pelos Artigo 3
direitos do homem resultaram em atos bárbaros que
ultrajaram a consciência da Humanidade, e que o advento Todo o homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança
de um mundo em que os homens gozem de liberdade de pessoal.
palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do Artigo 4
temor e da necessidade,
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a
CONSIDERANDO ser essencial que os direitos do homem escravidão e o tráfico de escravos estão proibidos em todas
sejam protegidos pelo império da lei, para que o homem não as suas formas.
seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a
tirania e a opressão, Artigo 5

CONSIDERANDO ser essencial promover o Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou
desenvolvimento de relações amistosas entre as nações, castigo cruel, desumano ou degradante.

CONSIDERANDO que os povos das Nações Unidas Artigo 6


reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos do homem e da Todo homem tem o direito de ser, em todos os lugares,
mulher, e que decidiram promover o progresso social e reconhecido como pessoa perante a lei.
melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla,
Artigo 7
CONSIDERANDO que os Estados Membros se
comprometeram a promover, em cooperação com as Todos são iguais perante a lei e tem direito, sem qualquer
Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades distinção, a igual proteção da lei. Todos tem direito a igual
fundamentais do homem e a observância desses direitos e proteção contra qualquer discriminação que viole a presente
liberdades, Declaração e contra qualquer incitamento a tal
discriminação.
CONSIDERANDO que uma compreensão comum desses
direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno Artigo 8
cumprimento desse compromisso, Todo o homem tem direito a receber dos tribunais nacionais
A Assembléia Geral das Nações Unidas proclama a presente competentes remédio efetivo para os atos que violem os
"Declaração Universal dos Direitos do Homem" como o ideal direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela
comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, constituição ou pela lei.
com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da Artigo 9
sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se
esforce, através do ensino e da educação, por promover o Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de Artigo 10
medidas progressivas de caráter nacional e internacional,
Todo o homem tem direito, em plena igualdade, a uma justa
por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância
universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios e pública audiência por parte de um tribunal independente e
imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do
Estados Membros, quanto entre os povos dos territórios sob
fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.
sua jurisdição.
Artigo 11
Artigo 1
I) Todo o homem acusado de um ato delituoso tem o direito
Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e
de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha
direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir
sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no
em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

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qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa
necessárias a sua defesa. religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela
observâcia, isolada ou coletivamente, em público ou em
II) Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou
particular.
omissão que, no momento, não constituiam delito perante
o direito nacional ou internacional. Também não será Artigo 19
imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da
Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e
prática, era aplicável ao ato delituoso.
expressão; este direito inclui a liberdade de, sem
Artigo 12 interferências, ter opiniões e de procurar, receber e
transmitir informações e idéias por quaisquer meios,
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na
independentemente de fronteiras.
sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a
ataques a sua honra e reputação. Todo o homem tem direito Artigo 20
à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.
I) Todo o homem tem direito à liberdade de reunião e
Artigo 13 associação pacíficas.
I) Todo homem tem direito à liberdade de locomoção e II) Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma
residência dentro das fronteiras de cada Estado. associação.
II) Todo o homem tem o direito de deixar qualquer país, Artigo 21
inclusive o próprio, e a este regressar.
I) Todo o homem tem o direito de tomar parte no governo
Artigo 14 de seu país diretamente ou por intermédio de
representantes livremente escolhidos.
I) Todo o homem, vítima de perseguição, tem o direito de
procurar e de gozar asilo em outros países. II) Todo o homem tem igual direito de acesso ao serviço
público do seu país.
II) Este direito não pode ser invocado em casos de
perseguição legitimamente motivada por crimes de direito III) A vontade do povo será a base da autoridade do governo;
comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das esta vontade será expressa em eleições periódicas e
Nações Unidas. legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou
processo equivalente que assegure a liberdade de voto.
Artigo 15
Artigo 22
I) Todo homem tem direito a uma nacionalidade.
Todo o homem, como membro da sociedade, tem direito à
II) Ninguém será arbitrariamente privado de sua
segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela
nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.
cooperação internacional e de acordo com a organização e
Artigo 16 recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e
culturais indipensáveis à sua dignidade e ao livre
I) Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer
desenvolvimento de sua personalidade.
restrição de raça, nacionalidade ou religião, tem o direito de
contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais Artigo 23
direitos em relação ao casamento, sua duração e sua
I) Todo o homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de
dissolução.
emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à
II) O casamento não será válido senão com o livre e pleno proteção contra o desemprego.
consentimento dos nubentes.
II) Todo o homem, sem qualquer distinção, tem direito a
III) A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade igual remuneração por igual trabalho.
e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.
III) Todo o homem que trabalha tem direito a uma
Artigo 17 remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim
como a sua família, uma existência compatível com a
I) Todo o homem tem direito à propriedade, só ou em
dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário,
sociedade com outros.
outros meios de proteção social.
II) Ninguém será arbitrariamente privado de sua
IV) Todo o homem tem direito a organizar sindicatos e a
propriedade.
neles ingressar para proteção de seus interesses.
Artigo 18
Artigo 24
Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento,
consciência e religião; este direito inclui a liberdade de

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Todo o homem tem direito a repouso e lazer, inclusive a reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de
limitação razoável das horas de trabalho e a férias outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da
remuneradas periódicas. ordem pública e do bem-estar de uma sociedade
democrática.
Artigo 25
III) Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese
I) Todo o homem tem direito a um padrão de vida capaz de
alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e
assegurar a si e a sua família saúde e be
princípios das Nações Unidas.
star, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados
Artigo 30
médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à
seguranca em caso de desemprego, doença, invalidez, Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser
viuvez, velhice ou outros casos de perda de meios de interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado,
subsistência em circunstâncias fora de seu controle. grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou
praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer
II) A maternidade e a infância tem direito a cuidados e
direitos e liberdades aqui estabelecidos.
assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou
fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.
Decreto nº 0040/1991
Artigo 26
I) Todo o homem tem direito à instrução. A instrução será Promulga a Convenção Contra a Tortura e Outros
gratuita, pelo menos nos graus elementares e Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou
fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A Degradantes
instrução técnic O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que
rofissional será acessível a todos, bem como a instrução lhe confere o art. 84, inciso VIII, da Constituição, e
superior, esta baseada no mérito. Considerando que a Assembléia Geral das Nações Unidas,
II) A instrução será orientada no sentido do pleno em sua XL Sessão, realizada em Nova York, adotou a 10 de
desenvolvimento da personalidade humana e do dezembro de 1984, a Convenção Contra a Tortura e Outros
fortalecimento do respeito pelos direitos do homem e pelas Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes;
liberdades fundamentais. A instrução promoverá a Considerando que o Congresso Nacional aprovou a referida
compreensão, a tolerância e amizade entre todas as nações Convenção por meio do Decreto Legislativo nº 4, de 23 de
e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das maio de 1989;
Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
Considerando que a Carta de Ratificação da Convenção foi
III) Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de depositada em 28 de setembro de 1989;
instrução que será ministrada a seus filhos.
Considerando que a Convenção entrou em vigor para o
Artigo 27 Brasil em 28 de outubro de 1989, na forma de seu artigo 27,
I) Todo o homem tem o direito de participar livremente da inciso 2;
vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar DECRETA:
do progresso científico e de fruir de seus benefícios.
Art. 1º A Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos
II) Todo o homem tem direito à proteção dos interesses ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, apensa por
morais e materiais decorrentes de qualquer produção cópia ao presente Decreto, será executada e cumprida tão
científica, literária ou artística da qual seja autor. inteiramente como nela se contém.
Artigo 28 Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua
Todo o homem tem direito a uma ordem social e publicação.
internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos Brasília, em 15 de fevereiro de 1991; 170º da Independência
na presente Declaração possam ser plenamente realizados. e 103º da República.
Artigo 29 FERNANDO COLLOR
I) Todo o homem tem deveres para com a comunidade, na Francisco Rezek
qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é
possível. Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 18.2.1991

II) No exercício de seus direitos e liberdades, todo o homem


estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei,
exclusivamente com o fim de assegurar o devido

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CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA E OUTROS 1. Cada Estado Parte tomará medidas eficazes de caráter
TRATAMENTOS legislativo, administrativo, judicial ou de outra natureza, a
OU PENAS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES fim de impedir a prática de atos de tortura em qualquer
território sob sua jurisdição.
Os Estados Partes da presente Convenção,
2. Em nenhum caso poderão invocar-se circunstâncias
Considerando que, de acordo com os princípios excepcionais tais como ameaça ou estado de guerra,
proclamados pela Carta das Nações Unidas, o instabilidade política interna ou qualquer outra emergência
reconhecimento dos direitos iguais e inalienáveis de todos pública como justificação para tortura.
os membros da família humana é o fundamento da
liberdade, da justiça e da paz no mundo, 3. A ordem de um funcionário superior ou de uma
autoridade pública não poderá ser invocada como
Reconhecendo que estes direitos emanam da dignidade justificação para a tortura.
inerente à pessoa humana,
ARTIGO 3º
Considerando a obrigação que incumbe os Estados, em
virtude da Carta, em particular do Artigo 55, de promover o 1. Nenhum Estado Parte procederá à expulsão, devolução
respeito universal e a observância dos direitos humanos e ou extradição de uma pessoa para outro Estado quando
liberdades fundamentais. houver razões substanciais para crer que a mesma corre
perigo de ali ser submetida a tortura.
Levando em conta o Artigo 5º da Declaração Universal e a
observância dos Direitos do Homem e o Artigo 7º do Pacto 2. A fim de determinar a existência de tais razões, as
Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, que autoridades competentes levarão em conta todas as
determinam que ninguém será sujeito à tortura ou a pena ou considerações pertinentes, inclusive, quando for o caso, a
tratamento cruel, desumano ou degradante, existência, no Estado em questão, de um quadro de
violações sistemáticas, graves e maciças de direitos
Levando também em conta a Declaração sobre a Proteção humanos.
de Todas as Pessoas contra a Tortura e outros Tratamentos
ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, aprovada ARTIGO 4º
pela Assembléia Geral em 9 de dezembro de 1975, 1. Cada Estado Parte assegurará que todos os atos de
Desejosos de tornar mais eficaz a luta contra a tortura e tortura sejam considerados crimes segundo a sua legislação
outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou penal. O mesmo aplicar-se-á à tentativa de tortura e a todo
degradantes em todo o mundo, ato de qualquer pessoa que constitua cumplicidade ou
participação na tortura.
Acordam o seguinte:
2. Cada Estado Parte punirá estes crimes com penas
PARTE I adequadas que levem em conta a sua gravidade.
ARTIGO 1º ARTIGO 5º
1. Para os fins da presente Convenção, o termo "tortura" 1. Cada Estado Parte tomará as medidas necessárias para
designa qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos estabelecer sua jurisdição sobre os crimes previstos no
agudos, físicos ou mentais, são infligidos intencionalmente Artigo 4º nos seguintes casos:
a uma pessoa a fim de obter, dela ou de uma terceira pessoa,
informações ou confissões; de castigá-la por ato que ela ou a) quando os crimes tenham sido cometidos em qualquer
uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter território sob sua jurisdição ou a bordo de navio ou aeronave
cometido; de intimidar ou coagir esta pessoa ou outras registrada no Estado em questão;
pessoas; ou por qualquer motivo baseado em discriminação b) quando o suposto autor for nacional do Estado em
de qualquer natureza; quando tais dores ou sofrimentos são questão;
infligidos por um funcionário público ou outra pessoa no
exercício de funções públicas, ou por sua instigação, ou com c) quando a vítima for nacional do Estado em questão e este
o seu consentimento ou aquiescência. Não se considerará o considerar apropriado.
como tortura as dores ou sofrimentos que sejam 2. Cada Estado Parte tomará também as medidas
conseqüência unicamente de sanções legítimas, ou que necessárias para estabelecer sua jurisdição sobre tais crimes
sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram. nos casos em que o suposto autor se encontre em qualquer
2. O presente Artigo não será interpretado de maneira a território sob sua jurisdição e o Estado não extradite de
restringir qualquer instrumento internacional ou legislação acordo com o Artigo 8º para qualquer dos Estados
nacional que contenha ou possa conter dispositivos de mencionados no parágrafo 1 do presente Artigo.
alcance mais amplo. 3. Esta Convenção não exclui qualquer jurisdição criminal
ARTIGO 2º exercida de acordo com o direito interno.

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ARTIGO 6º tratado de extradição, poderá considerar a presente


Convenção com base legal para a extradição com respeito a
1. Todo Estado Parte em cujo território se encontre uma
tais crimes. A extradição sujeitar-se-á ás outras condições
pessoa suspeita de ter cometido qualquer dos crimes
estabelecidas pela lei do Estado que receber a solicitação.
mencionados no Artigo 4º, se considerar, após o exame das
informações de que dispõe, que as circunstâncias o 3. Os Estado Partes que não condicionam a extradição à
justificam, procederá à detenção de tal pessoa ou tomará existência de um tratado reconhecerão, entre si, tais crimes
outras medidas legais para assegurar sua presença. A como extraditáveis, dentro das condições estabelecidas
detenção e outras medidas legais serão tomadas de acordo pela lei do Estado que receber a solicitação.
com a lei do Estado mas vigorarão apenas pelo tempo
4. O crime será considerado, para o fim de extradição entre
necessário ao início do processo penal ou de extradição.
os Estados Partes, como se tivesse ocorrido não apenas no
2. O Estado em questão procederá imediatamente a uma lugar em que ocorreu, mas também nos territórios dos
investigação preliminar dos fatos. Estados chamados a estabelecerem sua jurisdição, de
acordo com o parágrafo 1 do Artigo 5º.
3. Qualquer pessoa detida de acordo com o parágrafo 1 terá
assegurada facilidades para comunicar-se imediatamente ARTIGO 9º
com o representante mais próximo do Estado de que é
1. Os Estados Partes prestarão entre si a maior assistência
nacional ou, se for apátrida, com o representante do Estado
possível em relação aos procedimentos criminais
de residência habitual.
instaurados relativamente a qualquer dos delitos
4. Quando o Estado, em virtude deste Artigo, houver detido mencionados no Artigo 4º, inclusive no que diz respeito ao
uma pessoa, notificará imediatamente os Estados fornecimento de todos os elementos de prova necessários
mencionados no Artigo 5º, parágrafo 1, sobre tal detenção e para o processo que estejam em seu poder.
sobre as circunstâncias que a justificam. O Estado que
2. Os Estados Partes cumprirão as obrigações decorrentes
proceder à investigação preliminar a que se refere o
do parágrafo 1 do presente Artigo conforme quaisquer
parágrafo 2 do presente Artigo comunicará sem demora
tratados de assistência judiciária recíproca existentes entre
seus resultados aos Estados antes mencionados e indicará
si.
se pretende exercer sua jurisdição.
ARTIGO 10
ARTIGO 7º
1. Cada Estado Parte assegurará que o ensino e a informação
1. O Estado Parte no território sob a jurisdição do qual o
sobre a proibição de tortura sejam plenamente
suposto autor de qualquer dos crimes mencionados no
incorporados no treinamento do pessoal civil ou militar
Artigo 4º for encontrado, se não o extraditar, obrigar-se-á,
encarregado da aplicação da lei, do pessoal médico, dos
nos casos contemplados no Artigo 5º, a submeter o caso as
funcionários públicos e de quaisquer outras pessoas que
suas autoridades competentes para o fim de ser o mesmo
possam participar da custódia, interrogatório ou tratamento
processado.
de qualquer pessoa submetida a qualquer forma de prisão,
2. As referidas autoridades tomarão sua decisão de acordo detenção ou reclusão.
com as mesmas normas aplicáveis a qualquer crime de
2. Cada Estado Parte incluirá a referida proibição nas
natureza grave, conforme a legislação do referido Estado.
normas ou instruções relativas aos deveres e funções de tais
Nos casos previstos no parágrafo 2 do Artigo 5º, as regras
pessoas.
sobre prova para fins de processo e condenação não
poderão de modo algum ser menos rigorosas do que as que ARTIGO 11
se aplicarem aos casos previstos no parágrafo 1 do Artigo 5º.
Cada Estado Parte manterá sistematicamente sob exame as
3. Qualquer pessoa processada por qualquer dos crimes normas, instruções, métodos e práticas de interrogatório,
previstos no Artigo 4º receberá garantias de tratamento bem como as disposições sobre a custódia e o tratamento
justo em todas as fases do processo. das pessoas submetidas, em qualquer território sob sua
jurisdição, a qualquer forma de prisão, detenção ou
ARTIGO 8°
reclusão, com vistas a evitar qualquer caso de tortura.
1. Os crimes a que se refere o Artigo 4° serão considerados
ARTIGO 12
como extraditáveis em qualquer tratado de extradição
existente entre os Estados Partes. Os Estados Partes Cada Estado Parte assegurará suas autoridades
obrigar-se-ão a incluir tais crimes como extraditáveis em competentes procederão imediatamente a uma
todo tratado de extradição que vierem a concluir entre si. investigação imparcial sempre que houver motivos
razoáveis para crer que um ato de tortura tenha sido
2. Se um Estado Parte que condiciona a extradição à
cometido em qualquer território sob sua jurisdição.
existência de tratado de receber um pedido de extradição
por parte do outro Estado Parte com o qual não mantém ARTIGO 13

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Cada Estado Parte assegurará a qualquer pessoa que alegue geográfica eqüitativa e a utilidade da participação de
ter sido submetida a tortura em qualquer território sob sua algumas pessoas com experiência jurídica.
jurisdição o direito de apresentar queixa perante as
2. Os membros do Comitê serão eleitos em votação secreta
autoridades competentes do referido Estado, que
dentre uma lista de pessoas indicadas pelos Estados Partes.
procederão imediatamente e com imparcialidade ao exame
Cada Estado Parte pode indicar uma pessoa dentre os seus
do seu caso. Serão tomadas medidas para assegurar a
nacionais. Os Estados Partes terão presente a utilidade da
proteção do queixoso e das testemunhas contra qualquer
indicação de pessoas que sejam também membros do
mau tratamento ou intimação em conseqüência da queixa
Comitê de Direitos Humanos estabelecido de acordo com o
apresentada ou de depoimento prestado.
Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e que
ARTIGO 14 estejam dispostas a servir no Comitê contra a Tortura.
1. Cada Estado Parte assegurará, em seu sistema jurídico, à 3. Os membros do Comitê serão eleitos em reuniões bienais
vítima de um ato de tortura, o direito à reparação e a uma dos Estados Partes convocadas pelo Secretário-Geral das
indenização justa e adequada, incluídos os meios Nações Unidas. Nestas reuniões, nas quais o quorum será
necessários para a mais completa reabilitação possível. Em estabelecido por dois terços dos Estados Partes, serão
caso de morte da vítima como resultado de um ato de eleitos membros do Comitê os candidatos que obtiverem o
tortura, seus dependentes terão direito à indenização. maior número de votos e a maioria absoluta dos votos dos
representantes dos Estados Partes presentes e votantes.
2. O disposto no presente Artigo não afetará qualquer
direito a indenização que a vítima ou outra pessoa possam 4. A primeira eleição se realizará no máximo seis meses após
ter em decorrência das leis nacionais. a data de entrada em vigor da presente Convenção. Ao
menos quatro meses antes da data de cada eleição, o
ARTIGO 15
Secretário-Geral das Nações Unidas enviará uma carta aos
Cada Estado Parte assegurará que nenhuma declaração que Estados Partes para convidá-los a apresentar suas
se demonstre ter sido prestada como resultado de tortura candidaturas no prazo de três meses. O Secretário-Geral
possa ser invocada como prova em qualquer processo, salvo organizará uma lista por ordem alfabética de todos os
contra uma pessoa acusada de tortura como prova de que a candidatos assim designados, com indicações dos Estados
declaração foi prestada. Partes que os tiverem designado, e a comunicará aos
Estados Partes.
ARTIGO 16
5. Os membros do Comitê serão eleitos para um mandato
1.Cada Estado Parte se comprometerá a proibir em qualquer
de quatro anos. Poderão, caso suas candidaturas sejam
território sob sua jurisdição outros atos que constituam
apresentadas novamente, ser reeleitos. No entanto, o
tratamento ou penas cruéis, desumanos ou degradantes
mandato de cinco dos membros eleitos na primeira eleição
que não constituam tortura tal como definida no Artigo 1,
expirará ao final de dois anos; imediatamente após a
quando tais atos forem cometidos por funcionário público
primeira eleição, o presidente da reunião a que se refere o
ou outra pessoa no exercício de funções públicas, ou por sua
parágrafo 3 do presente Artigo indicará, por sorteio, os
instigação, ou com o seu consentimento ou aquiescência.
nomes desses cinco membros.
Aplicar-se-ão, em particular, as obrigações mencionadas
nos Artigos 10, 11, 12 e 13, com a substituição das 6. Se um membro do Comitê vier a falecer, a demitir-se de
referências a tortura por referências a outras formas de suas funções ou, por outro motivo qualquer, não puder
tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes. cumprir com suas obrigações no Comitê, o Estado Parte que
apresentou sua candidatura indicará, entre seus nacionais,
2. Os dispositivos da presente Convenção não serão
outro perito para cumprir o restante de seu mandato, sendo
interpretados de maneira a restringir os dispositivos de
que a referida indicação estará sujeita à aprovação da
qualquer outro instrumento internacional ou lei nacional
maioria dos Estados Partes. Considerar-se-á como
que proíba os tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou
concedida a referida aprovação, a menos que a metade ou
degradantes ou que se refira à extradição ou expulsão.
mais dos Estados Partes venham a responder
PARTE II negativamente dentro de um prazo de seis semanas, a
contar do momento em que o Secretário-Geral das Nações
ARTIGO 17
Unidas lhes houver comunicado a candidatura proposta.
1. Constituir-se-á um Comitê contra a Tortura (doravante
7. Correrão por conta dos Estados Partes as despesas em
denominado o "Comitê) que desempenhará as funções
que vierem a incorrer os membros do Comitê no
descritas adiante. O Comitê será composto por dez peritos
desempenho de suas funções no referido órgão.
de elevada reputação moral e reconhecida competência em
matéria de direitos humanos, os quais exercerão suas ARTIGO 18
funções a título pessoal. Os peritos serão eleitos pelos
1. O Comitê elegerá sua mesa para um período de dois anos.
Estados Partes, levando em conta uma distribuição
Os membros da mesa poderão ser reeleitos.
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2. O próprio Comitê estabelecerá suas regras de Estado Parte, convidará o Estado Parte em questão a
procedimento; estas, contudo, deverão conter, entre cooperar no exame das informações e, nesse sentido, a
outras, as seguintes disposições: transmitir ao Comitê as observações que julgar pertinentes.
a) o quorum será de seis membros; 2. Levando em consideração todas as observações que
houver apresentado o Estado Parte interessado, bem como
b) as decisões do Comitê serão tomadas por maioria de
quaisquer outras informações pertinentes de que dispuser,
votos dos membros presentes.
o Comitê poderá, se lhe parecer justificável, designar um ou
3. O Secretário-Geral das Nações Unidas colocará à vários de seus membros para que procedam a uma
disposição do Comitê o pessoal e os serviços necessários ao investigação confidencial e informem urgentemente o
desempenho eficaz das funções que lhe são atribuídas em Comitê.
virtude da presente Convenção.
3. No caso de realizar-se uma investigação nos termos do
4. O Secretário-Geral das Nações Unidas convocará a parágrafo 2 do presente Artigo, o Comitê procurará obter a
primeira reunião do Comitê. Após a primeira reunião, o colaboração do Estado Parte interessado. Com a
Comitê deverá reunir-se em todas as ocasiões previstas em concordância do Estado Parte em questão, a investigação
suas regras de procedimento. poderá incluir uma visita a seu território.
5. Os Estados Partes serão responsáveis pelos gastos 4. Depois de haver examinado as conclusões apresentadas
vinculados à realização das reuniões dos Estados Partes e do por um ou vários de seus membros, nos termos do parágrafo
Comitê, inclusive o reembolso de quaisquer gastos, tais 2 do presente Artigo, o Comitê as transmitirá ao Estado
como os de pessoal e de serviço, em que incorrerem as Parte interessado, junto com as observações ou sugestões
Nações Unidas em conformidade com o parágrafo 3 do que considerar pertinentes em vista da situação.
presente Artigo.
5. Todos os trabalhos do Comitê a que se faz referência nos
ARTIGO 19 parágrafos 1 ao 4 do presente Artigo serão confidenciais e,
em todas as etapas dos referidos trabalhos, procurar-se-á
1. Os Estados Partes submeterão ao Comitê, por intermédio
obter a cooperação do Estado Parte. Quando estiverem
do Secretário-Geral das Nações Unidas, relatórios sobre as
concluídos os trabalhos relacionados com uma investigação
medidas por eles adotadas no cumprimento das obrigações
realizada de acordo com o parágrafo 2, o Comitê poderá,
assumidas em virtude da presente Convenção, dentro de
após celebrar consultas com o Estado Parte interessado,
prazo de um ano, a contar do início da vigência da presente
tomar a decisão de incluir um resumo dos resultados da
Convenção no Estado Parte interessado. A partir de então,
investigação em seu relatório anual, que apresentará em
os Estados Partes deverão apresentar relatórios
conformidade com o Artigo 24.
suplementares a cada quatro anos sobre todas as novas
disposições que houverem adotado, bem como outros ARTIGO 21
relatórios que o Comitê vier a solicitar.
1. Com base no presente Artigo, todo Estado Parte da
2. O Secretário-Geral das Nações Unidas transmitirá os presente Convenção poderá declarar, a qualquer momento,
relatórios a todos os Estados Partes. que reconhece a competência dos Comitês para receber e
examinar as comunicações em que um Estado Parte alegue
3. Cada relatório será examinado pelo Comitê, que poderá
que outro Estado Parte não vem cumprindo as obrigações
fazer os comentários gerais que julgar oportunos e os
que lhe impõe a Convenção. As referidas comunicações só
transmitirá ao Estado Parte interessado. Este poderá, em
serão recebidas e examinadas nos termos do presente
resposta ao Comitê, comunicar-lhe todas as observações
Artigo no caso de serem apresentadas por um Estado Parte
que deseje formular.
que houver feito uma declaração em que reconheça, com
4. O Comitê poderá, a seu critério, tomar a decisão de incluir relação a si próprio, a competência do Comitê. O Comitê
qualquer comentário que houver feito de acordo com o que não receberá comunicação alguma relativa a um Estado
estipula o parágrafo 3 do presente Artigo, junto com as Parte que não houver feito uma declaração dessa natureza.
observações conexas recebidas do Estado Parte As comunicações recebidas em virtude do presente Artigo
interessado, em seu relatório anual que apresentará em estarão sujeitas ao procedimento que se segue:
conformidade com o Artigo 24. Se assim o solicitar o Estado
a) se um Estado Parte considerar que outro Estado Parte não
Parte interessado, o Comitê poderá também incluir cópia do
vem cumprindo as disposições da presente Convenção
relatório apresentado em virtude do parágrafo 1 do
poderá, mediante comunicação escrita, levar a questão ao
presente Artigo.
conhecimento deste Estado Parte. Dentro de um prazo de
ARTIGO 20 três meses a contar da data do recebimento da
comunicação, o Estado destinatário fornecerá ao Estado
1. O Comitê, no caso de vir a receber informações fidedignas
que enviou a comunicação explicações ou quaisquer outras
que lhe pareçam indicar, de forma fundamentada, que a
declarações por escrito que esclareçam a questão, as quais
tortura é praticada sistematicamente no território de um
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deverão fazer referência, até onde seja possível e 2. As disposições do presente Artigo entrarão em vigor a
pertinente, aos procedimentos nacionais e aos recursos partir do momento em que cinco Estado Partes da presente
jurídicos adotados, em trâmite ou disponíveis sobre a Convenção houverem feito as declarações mencionadas no
questão; parágrafo 1 deste Artigo. As referidas declarações serão
depositadas pelos Estados Partes junto ao Secretário-Geral
b) se, dentro de um prazo de seis meses, a contar da data do
das Nações Unidas, que enviará cópia das mesmas aos
recebimento da comunicação original pelo Estado
demais Estados Partes. Toda declaração poderá ser
destinatário, a questão não estiver dirimida
retirada, a qualquer momento, mediante notificação
satisfatoriamente para ambos os Estado Partes
endereçada ao Secretário-Geral. Far-se-á essa retirada sem
interessados, tanto um como o outro terão o direito de
prejuízo do exame de quaisquer questões que constituam
submetê-la ao Comitê, mediante notificação endereçada ao
objeto de uma comunicação já transmitida nos termos deste
Comitê ou ao outro Estado interessado;
Artigo; em virtude do presente Artigo, não se receberá
c) o Comitê tratará de todas as questões que se lhe qualquer nova comunicação de um Estado Parte uma vez
submetam em virtude do presente Artigo somente após ter- que o Secretário-Geral haja recebido a notificação sobre a
se assegurado de que todos os recursos jurídicos internos retirada da declaração, a menos que o Estado Parte
disponíveis tenham sido utilizados e esgotados, em interessado haja feito uma nova declaração.
consonância com os princípios do Direito internacional
ARTIGO 22
geralmente reconhecidos. Não se aplicará esta regra
quando a aplicação dos mencionados recursos se prolongar 1. Todo Estado Parte da presente Convenção poderá, em
injustificadamente ou quando não for provável que a virtude do presente Artigo, declarar, a qualquer momento,
aplicação de tais recursos venha a melhorar realmente a que reconhece a competência do Comitê para receber e
situação da pessoa que seja vítima de violação da presente examinar as comunicações enviadas por pessoas sob sua
Convenção; jurisdição, ou em nome delas, que aleguem ser vítimas de
violação, por um Estado Parte, das disposições da
d) o Comitê realizará reuniões confidenciais quando estiver
Convenção.O Comitê não receberá comunicação alguma
examinando as comunicações previstas no presente Artigo;
relativa a um Estado Parte que não houver feito declaração
e) sem prejuízo das disposições da alínea c), o Comitê dessa natureza.
colocará seus bons ofícios à disposição dos Estados Partes
2. O Comitê considerará inadmissível qualquer comunicação
interessados no intuito de se alcançar uma solução amistosa
recebida em conformidade com o presente Artigo que seja
para a questão, baseada no respeito às obrigações
anônima, ou que, a seu juízo, constitua abuso do direito de
estabelecidas na presente Convenção. Com vistas a atingir
apresentar as referidas comunicações, ou que seja
esse objetivo, o Comitê poderá constituir, se julgar
incompatível com as disposições da presente Convenção.
conveniente, uma comissão de conciliação ad hoc;
3. Sem prejuízo do disposto no parágrafo 2, o Comitê levará
f) em todas as questões que se lhe submetam em virtude do
todas as comunicações apresentadas em conformidade
presente Artigo, o Comitê poderá solicitar aos Estados
com este Artigo ao conhecimento do Estado Parte da
Partes interessados, a que se faz referência na alínea b), que
presente Convenção que houver feito uma declaração nos
lhe forneçam quaisquer informações pertinentes;
termos do parágrafo 1 e sobre o qual se alegue ter violado
g) os Estados Partes interessados, a que se faz referência na qualquer disposição da Convenção. Dentro dos seis meses
alínea b), terão o direito de fazer-se representar quando as seguintes, o Estado destinatário submeterá ao Comitê as
questões forem examinadas no Comitê e de apresentar suas explicações ou declarações por escrito que elucidem a
observações verbalmente e/ou por escrito; questão e, se for o caso, indiquem o recurso jurídico adotado
pelo Estado em questão.
h) o Comitê, dentro dos doze meses seguintes à data de
recebimento de notificação mencionada na b), apresentará 4. O Comitê examinará as comunicações recebidas em
relatório em que: conformidade com o presente Artigo á luz de todas as
informações a ele submetidas pela pessoa interessada, ou
i) se houver sido alcançada uma solução nos termos da
em nome dela, e pelo Estado Parte interessado.
alínea e), o Comitê restringir-se-á, em seu relatório, a uma
breve exposição dos fatos e da solução alcançada; 5. O Comitê não examinará comunicação alguma de uma
pessoa, nos termos do presente Artigo, sem que se haja
ii) se não houver sido alcançada solução alguma nos termos
assegurado de que;
da alínea e), o Comitê restringir-se-á, em seu relatório, a
uma breve exposição dos fatos; serão anexados ao relatório a) a mesma questão não foi, nem está sendo, examinada
o texto das observações escritas e as atas das observações perante uma outra instância internacional de investigação
orais apresentadas pelos Estados Partes interessados. ou solução;
Para cada questão, o relatório será encaminhado aos b) a pessoa em questão esgotou todos os recursos jurídicos
Estados Partes interessados. internos disponíveis; não se aplicará esta regra quando a
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aplicação dos mencionados recursos se prolongar ARTIGO 27


injustificadamente ou quando não for provável que a
1. A presente Convenção entrará em vigor no trigésimo dia
aplicação de tais recursos venha a melhorar realmente a
a contar da data em que o vigésimo instrumento de
situação da pessoa que seja vítima de violação da presente
ratificação ou adesão houver sido depositado junto ao
Convenção.
Secretário-Geral das Nações Unidas.
6. O Comitê realizará reuniões confidenciais quando estiver
2. Para os Estados que vierem a ratificar a presente
examinado as comunicações previstas no presente Artigo.
Convenção ou a ela aderir após o depósito do vigésimo
7.O Comitê comunicará seu parecer ao Estado Parte e à instrumento de ratificação ou adesão, a Convenção entrará
pessoa em questão. em vigor no trigésimo dia a contar da data em que o Estado
em questão houver depositado seu instrumento de
8. As disposições do presente Artigo entrarão em vigor a
ratificação ou adesão.
partir do momento em que cinco Estado Partes da presente
Convenção houverem feito as declarações mencionadas no ARTIGO 28
parágrafo 1 deste Artigo. As referidas declarações serão
1. Cada Estado Parte poderá declarar, por ocasião da
depositadas pelos Estados Partes junto ao Secretário-Geral
assinatura ou da ratificação da presente Convenção ou da
das Nações Unidas, que enviará cópia das mesmas ao
adesão a ela, que não reconhece a competência do Comitê
demais Estados Partes. Toda declaração poderá ser
quando ao disposto no Artigo 20.
retirada, a qualquer momento, mediante notificação
endereçada ao Secretário-Geral. Far-se-á essa retirada sem 2. Todo Estado Parte da presente Convenção que houver
prejuízo do exame de quaisquer questões que constituam formulado uma reserva em conformidade com o parágrafo
objeto de uma comunicação já transmitida nos termos deste 1 do presente Artigo poderá, a qualquer momento, tornar
Artigo; em virtude do presente Artigo, não se receberá nova sem efeito essa reserva, mediante notificação endereçada
comunicação de uma pessoa, ou em nome dela, uma vez ao Secretário-Geral das Nações Unidas.
que o Secretário-Geral haja recebido a notificação sobre
ARTIGO 29
retirada da declaração, a menos que o Estado Parte
interessado haja feito uma nova declaração. 1. Todo Estado Parte da presente Convenção poderá propor
uma emenda e depositá-la junto ao Secretário-Geral das
ARTIGO 23
Nações Unidas. O Secretário-Geral comunicará a proposta
Os membros do Comitê e os membros das Comissões de de emenda aos Estados Partes, pedindo-lhes que o
Conciliação ad noc designados nos termos da alínea e) do notifiquem se desejam que se convoque uma conferência
parágrafo 1 do Artigo 21 terão o direito às facilidades, dos Estados Partes destinada a examinar a proposta e
privilégios e imunidades que se concedem aos peritos no submetê-la a votação. Se, dentro dos quatro meses
desempenho de missões para a Organização das Nações seguintes à data da referida comunicação, pelos menos um
Unidas, em conformidade com as seções pertinentes da terço dos Estados Partes se manifestar a favor da referida
Convenção sobre Privilégios e Imunidades das Nações convocação, o Secretário-Geral convocará uma conferência
Unidas. sob os auspícios das Nações Unidas. Toda emenda adotada
pela maioria dos Estados Partes presentes e votantes na
ARTIGO 24
conferência será submetida pelo Secretário-Geral à
O Comitê apresentará, em virtude da presente Convenção, aceitação de todos os Estados Partes.
um relatório anula sobre suas atividades aos Estados Partes
2. Toda emenda adotada nos termos das disposições do
e à Assembléia Geral das Nações Unidas.
parágrafo 1 do presente Artigo entrará em vigor assim que
PARTE III dois terços dos Estados Partes da presente Convenção
houverem notificado o Secretário-Geral das Nações Unidas
ARTIGO 25
de que a aceitaram em consonância com os procedimentos
1. A presente Convenção está aberta à assinatura de todos previstos por suas respectivas constituições.
os Estados.
3. Quando entrarem em vigor, as emendas serão
2. A presente Convenção está sujeita a ratificação. Os obrigatórias para todos os Estados Partes que as tenham
instrumentos de ratificação serão depositados junto ao aceito, ao passo que os demais Estados Partes permanecem
Secretário-Geral das Nações Unidas. obrigados pelas disposições da Convenção e pelas emendas
anteriores por eles aceitas.
ARTIGO 26
ARTIGO 30
A presente Convenção está aberta à Adesão de todos os
Estados. Far-se-á a Adesão mediante depósito do 1. As controvérsias entre dois ou mais Estados Partes com
Instrumento de Adesão junto ao Secretário-Geral das relação à interpretação ou à aplicação da presente
Nações Unidas. Convenção que não puderem ser dirimidas por meio da

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negociação serão, a pedido de um deles, submetidas a 2. O Secretário-Geral das Nações Unidas encaminhará
arbitragem. Se durante os seis meses seguintes à data do cópias autenticadas da presente Convenção a todos os
pedido de arbitragem, as Partes não lograrem pôr-se de Estados.
acordo quanto aos termos do compromisso de arbitragem,
qualquer das Partes poderá submeter a controvérsia à Corte
Internacional de Justiça, mediante solicitação feita em
conformidade com o Estatuto da Corte.
2. Cada Estado poderá, por ocasião da assinatura ou da
ratificação da presente Convenção, declarar que não se
considera obrigado pelo parágrafo 1 deste Artigo. Os
demais Estados Partes não estarão obrigados pelo referido
parágrafo com relação a qualquer Estado Parte que houver
formulado reserva dessa natureza.
3. Todo Estado Parte que houver formulado reserva nos
termos do parágrafo 2 do presente Artigo poderá retirá-la, a
qualquer momento, mediante notificação endereçada ao
Secretário-Geral das Nações Unidas.
ARTIGO 31
1. Todo Estado Parte poderá denunciar a presente
Convenção mediante notificação por escrito endereçada ao
Secretário-Geral das Nações Unidas. A denúncia produzirá
efeitos um ano depois da data de recebimento da
notificação pelo Secretário-Geral.
2. A referida denúncia não eximirá o Estado Parte das
obrigações que lhe impõe a presente Convenção
relativamente a qualquer ação ou omissão ocorrida antes da
data em que a denúncia venha a produzir efeitos; a denúncia
não acarretará, tampouco, a suspensão do exame de
quaisquer questões que o Comitê já começara a examinar
antes da data em que a denúncia veio a produzir efeitos.
3. A partir da data em que vier a produzir efeitos a denúncia
de um Estado Parte, o Comitê não dará início ao exame de
qualquer nova questão referente ao Estado em apreço.
ARTIGO 32
O Secretário-Geral das Nações Unidas comunicará a todos
os Estados membros das Nações Unidas e a todos os
Estados que assinaram a presente Convenção ou a ela
aderiram:
a) as assinaturas, ratificações e adesões recebidas em
conformidade com os Artigos 25 e 26;
b) a data de entrada em vigor da Convenção, nos termos do
Artigo 27, e a data de entrada em vigor de quaisquer
emendas, nos termos do Artigo 29;
c) as denúncias recebidas em conformidades com o Artigo
31.
ARTIGO 33
1. A presente Convenção, cujos textos em árabe, chinês,
espanhol, francês, inglês e russo são igualmente autênticos,
será depositada junto ao Secretário-Geral das Nações
Unidas.

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