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Glossário

2.4. Os recursos marítimos


2.4.1. As potencialidades do litoral
a) A costa portuguesa
b) A plataforma continental

Abrasão marinha: erosão mecânica provocada pelo mar, que é um agente erosivo onde os materiais
retirados ao litoral ou transportados pelas correntes marítimas e pelos rios são projetados pelas ondas
contra as vertentes litorais.
Acidente litoral: deformação ao longo do litoral que constitui uma exceção ao traçado retilíneo da
costa.
Águas territoriais: águas sujeitas à jurisdição do Estado ribeirinho até 12 milhas marítimas da linha de
costa.
Arriba fóssil ou morta: arriba que se encontra a distância do mar devido ao recuo da arriba.
Baía: reentrância do litoral em comunicação com o mar.
Costa de arriba: costa alta e escarpada talhada em afloramentos rochosos de elevado grau de dureza,
como o granito e o xisto. Pode ser acompanhada por pequenas extensões de areia e falésias, muitas
vezes só visíveis na maré baixa, pois durante a maré alta ficam submersas.
Costa de praia: costa baixa e geralmente arenosa, frequentemente associada a sistemas dunares.
Delta: forma terminal de um curso de água que desagua por vários canais. Resulta de uma elevada
acumulação de detritos transportados pelo mar e que a ação das ondas e marés não consegue remover.
Estuário: constitui o setor terminal dos rios, até onde o canal fluvial é percorrido pelas correntes de
maré.
Linha de costa: área de contacto entre a terra e o mar, que varia de acordo com as marés.
Mar territorial ou águas territoriais: área marítima que se encontra a um limite máximo de 12 milhas. O
seu limite é contado a partir de uma linha que une os pontos mais externos de cada país e delimita as
águas interiores. Em Portugal, essa linha é definida pelos cabo Raso, Espichel e Sines.
Plataforma continental: unidade morfológica contígua ao continente, ligeiramente inclinada, que se
estende até uma profundidade de 200 metros. Apresenta um declive muito fraco que se vai acentuando
em direção ao mar alto. É limitada pelo talude continental que a separa da zona abissal.
Plataforma de abrasão: levemente inclinada para o mar, fica submersa na maré alta e emersa na maré
baixa. Resulta da acumulação dos materiais desgastados na arriba e transportados pelo mar
Plataforma de acumulação: fica submersa e resulta da acumulação dos materiais desgastados na arriba,
o que provoca o prolongamento da plataforma de abrasão.
Praia: acumulação de areias e seixos na linha de costa.
Proposta de extensão da “plataforma continental” apresentada na ONU: projeto de alargamento da
ZEE, enquadrado na CNUDM, que considera essa possibilidade em determinadas condições geológicas
que carecem de rigoroso comprovativo científico, sendo que a designação de “plataforma continental”
utilizada pelo Governo português não corresponde aos fundos oceânicos que vão até aos 200 metros de
profundidade.
Restinga: cordão arenoso que resulta da acumulação de sedimentos transportados pelas correntes
marítimas.
Ria: aspeto característico do litoral resultante da submersão de um antigo vale fluvial.

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2.4. Os recursos marítimos
Talude continental: forte declive que separa a plataforma continental da zona abissal.
Upwelling: correntes de compensação de águas frias, ou seja, as correntes ascendentes (do fundo para
a superfície) compensam as correntes descendentes (da superfície para o fundo).
Zona abissal: área de grande profundidade oceânica.
Zona contígua: área marítima, de transição entre as águas territoriais e o mar alto, que se estende até
às 24 milhas. Nesta, os países costeiros têm uma soberania restrita, pois não usufruem de vantagens,
quer na pesca quer a nível económico.
Zona Económica Exclusiva (ZEE): prolongamento do mar territorial com uma extensão de 200 milhas
determinada a partir da linha de costa, onde os países ribeirinhos detêm os poderes de exploração,
conservação e administração dos recursos.

4.2. A atividade piscatória


a) As principais áreas de pesca
b) As infraestruturas portuárias e a frota
c) A qualificação da mão-de-obra

Aquicultura: cultura de espécies aquáticas em ambientes controlados pelo Homem, em água doce ou
marinha.
Frota de arrasto: embarcações especialmente armadas para a pesca de arrasto.
Frota de cerco: embarcações especialmente armadas para a pesca por cerco. Estas embarcações atuam,
normalmente, relativamente perto da costa.
Frota polivalente: embarcações que estão equipadas para o uso alternativo de duas ou mais artes de
pesca, sem ser necessário fazer modificações significativas no arranjo dos navios ou respetivo
equipamento. Inclui todas as embarcações da pesca local e costeira que não efetuem, exclusivamente, a
pesa por arrasto e a pesca por cerco.
GT: arqueação bruta de uma embarcação ou navio. Representa a medida do seu volume total.
Lota: infraestrutura em terra, implantada na área de um porto de pesca ou em zona ribeirinha na sua
influência, onde se realizam operações de comercialização e outras operações que lhe são inerentes ou
complementares.
Pesqueiro: local onde ocorrem operações de pesca pelas boas condições para a atividade, tal como a
existência de razoáveis concentrações de pescado, tais como bancos de peixes ou de bivalves.
Quota de pesca: parte do total autorizado de captura (TAC) repartido segundo critérios diferentes, tais
como países, regiões, frotas ou embarcações.
Stock: reserva de recursos piscícolas.
Tonelagem de Arqueação Bruta (TAB): volume interno total, do casco do navio e das superestruturas
(espaços relacionados ou destinados a carga, passageiros e tripulação, à navegação e TSF, paios e
tanques) expresso em toneladas.
Total Admissível/Autorizado de Captura (TAC): medida de gestão que limita o total de captura de um
recurso pesqueiro numa área e períodos específicos.

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2.4. Os recursos marítimos
2.4.3. A gestão do espaço marítimo
2.4.4. A rentabilização do litoral e dos recursos marítimos

Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC): planos especiais articulados com os PDM e outros
planos de ordenamento. A sua atuação é definida em faixas de proteção de acordo com cada plano. Na
zona terrestre, a largura máxima dessa faixa não excede os 500 metros contados a partir da linha de
costa e, sobre a faixa marítima, o seu limite máximo é a batimétrica dos 30 metros. Planos setoriais que
definem os condicionamentos, vocações e usos dominantes e a localização de infraestruturas de apoio a
esses usos e que orientam o desenvolvimento de atividades conexas.

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