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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9

Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE


NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2013
Título: A IMPORTÂNCIA DA MIDIA COMO FONTE DE INFORMAÇÃO SOBRE A
SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA.

Autora MARLI APARECIDA TRIZOTTI POLI

Disciplina/Área CIÊNCIAS

Escola de Implementação do Colégio Estadual Professora Maria Muziol Jaroskievicz - Ensino


Projeto e sua localização Fundamental e Médio – Faxinal – Paraná

Município da escola Faxinal - Paraná

Núcleo Regional de Educação Apucarana - Paraná

Professora Orientadora DRA. VIRGINIA IARA DE ANDRADE MAISTRO

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Londrina - UEL


Esta unidade didática é uma produção didático-pedagógica,
Resumo
direcionada aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental do
Colégio Estadual Professora Maria Muziol Jaroskievicz - Ensino
Fundamental e Médio, do município de Faxinal – Paraná,
Núcleo Regional de Educação de Apucarana-Pr. A adolescência
é uma fase da vida rica em possibilidades, em descobertas, é um
período de grande agitação e é quando os adolescentes
manifestam curiosidade natural em relação à sexualidade. É
importante para o desenvolvimento integral dos jovens que lhes
sejam oferecidos espaços onde possam obter uma educação
sexual segura sobre como expressar e vivenciar sua sexualidade,
abordando-a de maneira crítica, refletindo-a a partir de um
enfoque sociocultural e psicológico, levando em consideração a
importância fundamental do diálogo que possibilitem discussões
e debates. Os discursos veiculados pela mídia podem contribuir
significativamente para a construção das identidades de jovens e
adolescentes; e neste sentido, podemos afirmar que a mídia,
especialmente a televisiva, é considerada como um espaço
educativo, uma vez que produz conhecimentos a respeito da
vida, do mundo que nos cerca, de como devemos ser ou nos
comportar, do que devemos gostar. Portanto, a mídia está posta
em nossas vidas e não podemos negar sua influência e o quanto
ela educa ou não os nossos jovens. Desta maneira, devemos
aproveitar o que está sendo posto na mídia quanto à sexualidade
e educação sexual e aproveitarmos para levar para dentro dos
muros escolares discussões e reflexões sobre o quanto ela exerce
de influência e de que maneira a está exercendo.

Palavras-chave Adolescência. Educação Sexual. Mídia. Sexualidade.

Formato do Material Didático Unidade Didática


Alunos do 9º. Ano, do Ensino Fundamental.
Público Alvo
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Superintendência da Educação
Diretoria de Políticas e Programas Educacionais
Programa de Desenvolvimento Educacional

MARLI APARECIDA TRIZOTTI POLI

UNIDADE DIDÁTICA
SEXUALIDADE

LONDRINA - PR
2013
MARLI APARECIDA TRIZOTTI POLI

A IMPORTÂNCIA DA MIDIA COMO FONTE DE


INFORMAÇÃO SOBRE A SEXUALIDADE NA
ADOLESCÊNCIA.

Material didático pedagógico como


requisito do Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE), da Secretaria de
Estado da Educação do Paraná, na área
de Ciências, com o tema Sexualidade, sob
a orientação da Dra. Virginia Iara de
Andrade Maistro.

LONDRINA - PR
2013
ADOLESCER
“Boneca, carinhos...
Bonecos, aviões.
Cabeça confusa,
Responsabilidade, rebeldia,
Som, música, sexo, transa,
Diversão, namoro...
Indecisão, atração, enrolação...
Confusão, amor, paixão, medo.
Muito criança,
Muito adulto,
Muita responsabilidade,
Muito futuro em jogo...
Decisão certa, decisão errada...
Futuro perdido... Vida perdida,
Vida ganha,
Pensar demais, decidir demais,
Vida jogada fora..., ou...
Vida vivida”.
(Tatiana Britto da Silveira, 14 anos, Belém - Pará, 1994).
Fonte: Manual do multiplicador: adolescente. Brasil: Ministério da Saúde: Secretaria de Projetos
Especiais de Saúde: Coordenação Nacional de DST e AIDS. São Paulo: FDE, 2000.
5

APRESENTAÇÃO

Esta unidade didática é uma produção didático-pedagógica, direcionada


aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Professora
Maria Muziol Jaroskievicz - Ensino Fundamental e Médio, do município de Faxinal
– Paraná, Núcleo Regional de Educação de Apucarana-Pr.
A sexualidade é uma das dimensões do ser humano que envolve gênero,
identidade sexual, orientação sexual, erotismo, envolvimento emocional, amor e
reprodução. É expressa em pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes,
valores, atividades, práticas, papéis e relacionamentos.
A adolescência é uma fase da vida rica em possibilidades, em descobertas,
é um período de grande agitação e é quando os adolescentes manifestam
curiosidade natural em relação à sexualidade. Desta maneira, é importante para o
desenvolvimento integral dos jovens que lhes sejam oferecidos espaços onde
possam obter uma educação sexual segura sobre como expressar e vivenciar sua
sexualidade, abordando-a de maneira crítica, refletindo-a a partir de um enfoque
sociocultural e psicológico, levando em consideração a importância fundamental
do diálogo que possibilitem discussões e debates.
Por ser compreendido como assunto inquietante e ser tratado de maneira
velada, repleta de tabus e preconceitos, ou por ausência de formação necessária
do professor, para promover debates e reflexões, ou por se acreditar que
achismos, ou biologismos, ou higienismos dão conta da temática, é que esse
assunto tem encontrado dificuldades em vencer as barreiras explícitas e implícitas
impostas no contexto escolar.
Observa-se que a falta de informação entre os adolescentes, só tem
contribuído para o aumento de infecções sexualmente transmissíveis (IST),
gravidez precoce, falta de conhecimento sobre o uso correto dos métodos
6

contraceptivos e experiências prematuras as quais podem acarretar prejuízos no


desenvolvimento físico e psicológico.
Meios midiáticos como a televisão, o rádio, a internet, têm contribuído para
a educação dos adolescentes, na maioria das vezes, com informações e imagens
equivocadas na construção de identidades de jovens e adolescentes. Os
discursos veiculados por meios midiáticos podem contribuir significativamente
para a construção das identidades de jovens e adolescentes; entretanto, podemos
afirmar que, especialmente a televisiva, é considerada como um espaço
educativo, uma vez que produz conhecimentos a respeito da vida, do mundo que
nos cerca, de como devemos ser ou nos comportar, do que devemos gostar.
Portanto, a mídia está posta em nossas vidas e não podemos negar sua
influência e o quanto ela educa ou não os nossos jovens.
Desta maneira, devemos aproveitar o que está sendo posto na mídia
quanto à sexualidade e educação sexual e levar para dentro dos muros escolares
discussões e reflexões sobre o quanto ela exerce de influência e de que maneira
a está exercendo.
Assim, esta unidade didática visa desenvolver um trabalho educativo de
caráter preventivo que beneficie a socialização, a promoção, a proteção, o apoio,
o prazer e a oportunidade de criação e reflexão crítica, favorecendo assim a
melhoria da qualidade de vida.
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INTRODUÇÃO
Segundo as Diretrizes Curriculares de Gênero e Diversidade Sexual
(PARANÁ, 2010), a sexualidade vem sendo construída ao longo de toda a vida,
de muitos e diferentes modos, por todos os sujeitos, por isso, é entendida como
um conceito dinâmico que se modifica conforme as posições do sujeito e suas
disputas políticas. A sexualidade tem a ver tanto com o corpo, como também com
os rituais, o desejo, a fantasia, as palavras, as sensações, as emoções, as
imagens e as experiências. Ela não tem ligação somente com a questão do sexo
e dos atos sexuais, mas também com os prazeres e sua relação com o corpo e a
cultura, compreendendo o erotismo, o desejo e o afeto; até questões relativas à
reprodução, saúde sexual.
De acordo com o Ministério da Saúde, a adolescência é uma etapa de
nossas vidas marcada por uma porção de transformações: no corpo, nos
sentimentos, nas relações com os outros. É um tempo de conhecer, descobrir,
experimentar. Todo o crescimento que acontece nessa fase tem um objetivo
importante: o amadurecimento físico e emocional. As modificações corporais
despertam novos desejos, sentimentos, medos e ansiedades. Na adolescência
iniciam-se os namoros e o ficar. Tudo muda muito rápido, tão rápido que é difícil
adaptar-se a essas transformações, o que gera insegurança.
Para Furlani (2009, p. 45), a sexualidade se manifesta na infância, na
adolescência, na vida adulta e na terceira idade. Esperar para abordar a
sexualidade, apenas na adolescência, reflete uma visão pedagógica limitada,
baseada na crença de que a “iniciação sexual” só é possível a partir da
capacidade reprodutiva [puberdade].
Sabe-se que os adolescentes estão começando a vida sexual cedo, o que
os deixa expostos a riscos como o de uma gravidez precoce ou de contrair
infecções sexualmente transmissíveis, como a AIDS. A orientação e a informação
podem minimizar tudo isso, e ajudar o adolescente a viver essa etapa com menos
dúvidas e medo, permitindo, assim, um crescimento saudável e feliz.
Para Figueiró (2009, p. 189), a sexualidade é elemento integrante de nossa
identidade e envolve o amor, o prazer, o toque, o sexo, a afetividade, o carinho,
os gestos, o respeito, a alegria de viver e o conjunto das normas culturais
8

relacionadas à prática sexual. O sexo, por sua vez, diz respeito ao ato sexual em
si. A sexualidade
[...] não pode ser restringida à sua dimensão biológica, nem à
noção de genitalidade, ou de instinto, ou mesmo de libido.
Também não pode ser percebida como uma „parte‟ do corpo. [...]
É uma dimensão essencialmente humana, cujas significações e
vivências são determinadas pela natureza, pela subjetividade de
cada ser humano e, sobretudo, pela cultura, que deve ser
compreendida, em sua totalidade e globalidade, como uma
construção social que é condicionada pelos diferentes momentos
históricos, econômicos, políticos e sociais. (FIGUEIRÓ, 2001, p.
39)

Segundo Abramovay, Castro e Silva (2004), a juventude é momento em


que a experimentação da sexualidade vai possibilitar uma estruturação de sua
identidade. Assim, preconceitos e crenças organizam as possibilidades sexual-
afetivas dos jovens.
Figueiredo (1998, p.9), reconhece a sexualidade como construção social,
as práticas e desejos são também construídos culturalmente, dependendo da
diversidade de povos, concepções de mundo e costumes existentes, mesmo
quando integrados em um só país, como ocorre no Brasil. Isso envolve a
necessidade de questionamentos de ideias majoritariamente presentes na mídia,
emcondutas idealizadas, que são "naturalizadas", e, assim, generalizadas para
todos os grupos sociais, independentemente de suas origens e localização.
A sexualidade é imperativa na adolescência, os sentimentos são vividos
com intensidade e o jovem, ainda imaturo, não sabe como lidar com ela.
Figueiró (2001, p. 145), afirma que o termo educação sexual é mais
adequado, na medida em que se abre espaço para que a pessoa que aprende
seja considerada sujeito ativo do processo de aprendizagem e não mero receptor
de conhecimentos e/ou de orientações, como sugere as outras terminologias:
orientação, informação, instrução.
É interessante que as escolas, tanto públicas quanto particulares,
enfatizem a educação sexual para os jovens, esclarecendo suas dúvidas e lhes
oferecendo toda orientação a respeito da sexualidade, contribuindo para que os
estudantes percebam a importância de conhecer o próprio corpo, adotando
hábitos e atitudes saudáveis de qualidade de vida e agindo com responsabilidade
em relação ao seu desenvolvimento físico e emocional.
9

O contexto escolar deve formar jovens conscientes, críticos, emancipados


despertando-lhes a consciência de si e do outro e reconhecendo como lícito o
direito ao prazer e à felicidade.

Educação Sexual: um tema que tem entrado na escola, mas carregando muitos dos
tabus da sociedade.
Disponível em:<http://educasexnainfancia.files.wordpress.com/2011/07/sexualidade.jpg>
acesso em 10/12/13.

Segundo Figueiró (2001, p.18) a educação sexual refere-se a toda ação


ensino-aprendizagem sobre a sexualidade humana, seja no nível do
conhecimento de informações básicas, seja no nível do conhecimento e/ou
discussões e reflexões sobre valores, normas, sentimentos, emoções e atitudes
relacionadas à vida sexual, com a participação dos professores e pais, abordando
e contextualizando a sexualidade; discutindo e refletindo sobre valores; sobre as
fases do desenvolvimento psicossexual, cognitivo, afetivo e comportamental da
criança e do adolescente e também sobre os assuntos tidos como polêmicos
(gravidez precoce, aborto, homossexualidade, pedofilia, etc..).
Desta maneira, Maistro (2009, p. 43), expõe que é importante e
extremamente necessário, levar para o âmbito escolar a discussão sobre os mais
variados temas que envolvem a sexualidade, seja em vista da alegação dos pais
de não se sentirem preparados para falar de sexo com os filhos, seja pelos
elevados índices de gravidez na adolescência, seja pelas altas taxas de
DST/AIDS, seja por outras razões, apesar de tantos livros, revistas, músicas,
televisão, rádio, imprensa, internet, programas de computador e muitos outros
canais de cultura e informação, direcionados aos jovens, tratarem sobre o
assunto. Os professores seriam as pessoas mais indicadas para tratar desses
assuntos, por terem mais facilidade de propor debates e diálogos, permitindo que
os escolares exponham seus sentimentos, dúvidas e ansiedades.
10

De acordo com Abramovay, Castro e Silva (2004), os jovens são


vulneráveis no campo da sexualidade mostrada por alguns indicadores, como
casos de desconhecimento sobre ciclos reprodutivos, gravidez precoce,
preservativos, conversa com adultos, limites individuais e discriminações por
conta de gênero e da orientação sexual.
Segundo infere Figueiró, (2001b),

[...] para que toda e qualquer iniciativa de educar sexualmente


seja funcional, é necessário que os professores tenham fortalecido
em si a atitude de reconhecimento de que é função da escola,
também, ensinar sobre sexualidade para os alunos, não porque os
pais, na maioria das vezes, não sabem fazê-lo; não apenas
porque existem problemas sociais ligados à vivência da
sexualidade, como gravidez na adolescência e contaminação por
DST e AIDS; mas, sobretudo, porque é função da escola como
parte do processo de formação integral do educando. Se o
professor não sentir a tarefa como sendo sua, de nada adianta
conhecer estratégias de ensino, ou mesmo tentar colocá-las em
prática. O resultado, qualitativamente positivo, só será obtido se o
trabalho for feito com alegria, satisfação e espontaneidade e, para
isto, há que se começar por sentir que o trabalho é seu.

A sexualidade é um fator importante para o desenvolvimento da


personalidade de qualquer indivíduo. Por isso, procura-se mostrar que essas
expressões não devem ser recriminadas e sim tratadas como algo saudável e
natural. Faz-se necessário que, através dos vários conceitos em relação à
sexualidade se consiga construir juntamente com os adolescentes uma educação
sexual compreensiva numa perspectiva emancipatória.
O professor precisa mostrar-se disponível para conversar com os alunos
sobre temas propostos por ele ou quando procurados pelo aluno para tratar de
assuntos que os preocupam em relação à sexualidade. Ouvindo as expressões e
sentimentos dos alunos pode formular uma resposta para atender as reais
necessidades do aluno.
É imprescindível dar informações corretas e com embasamento científico
sobre questões estabelecidas pelos alunos, assim, o tipo de conhecimento
desejado na educação sexual é aquele que estimula a autoanálise e serve como
força motivadora para um comportamento sadio.
De acordo com Manzini,
11

A transmissão do conhecimento é uma oportunidade para a


expressão do aluno, para sua reflexão sobre os temas em estudo
e para a busca de informações que possibilitem a construção
coletiva do saber, e ainda o educador deve levar em conta que o
aluno tem conhecimentos empíricos relacionados a sexualidade,
recebidos do seu meio social e cultural, servindo muitas vezes
para solucionar os problemas com os quais ele confronta no seu
dia-dia (MANZINI, 1998, p. 16).

Para conversar com os jovens é necessário que o professor tenha


habilidades, como aceitar novos conceitos, evitar julgamentos e não permitir que
seus tabus e preconceitos de sua própria sexualidade influenciem.
Atualmente as informações acerca da sexualidade podem ser encontradas
com facilidade nos livros, na internet, etc. O tema sexualidade numa perspectiva
mais crítica traz as informações junto com reflexões e faz com que os
adolescentes percebam que a fase que estão vivendo é um momento de
formação e de preparação para a vida adulta e aprendendo a se valorizar como
seres humanos e construtores de seus próprios caminhos.
A ampliação ao acesso à Internet pode ser um passo para a superação,
mas a sua utilização por si só não promove a participação dos usuários na
sociedade da informação e do conhecimento. Evidencia-se, portanto que a
inclusão digital e social “está diretamente ligada à educação e deve ser
considerada como uma ponte entre os alunos, a escola e sociedade” (SPIGAROLI
et al, 2005). Deste modo, a escola tem papel fundamental, por se mostrar um
local que visa preparação de pessoas críticas e autônomas, capazes de se
adequarem às novas demandas e exigências sociais.
Possibilitar ao professor a utilização dos meios de comunicação, em
especial o computador e a internet, com o intuito de ampliar suas possibilidades
didáticas em sala de aula e que esses recursos possam servir como uma nova
proposta de diálogo e interação na sua relação com seus alunos.
A televisão é uma forma em que a mídia invade nossas casas através da
propaganda, novela, tele jornais, filmes e musicais e sendo assim, é necessário
levar em consideração a política de elaboração e difusão desses recursos, suas
finalidades éticas, a natureza dos mesmos e as possibilidades de uso na
educação.
Fischer (2003, p. 18) chama a atenção para o fato de que “a presença da
TV na vida cotidiana tem importantes repercussões nas práticas escolares, na
12

medida em que crianças, jovens e adultos de todas as camadas sociais aprendem


modos de ser e estar no mundo [...] nesse espaço de cultura.” Afirma, ainda, que
a TV seria um lugar privilegiado para aprendizagens: “aprende-se com ela desde
formas de olhar e tratar nosso próprio corpo até modos de estabelecer e
compreender diferenças de gênero [...] diferenças políticas, econômicas, étnicas,
sociais, geracionais” (FISCHER, 2003, p.16). Através da internet, podemos
localizar fontes de informação que, virtualmente, nos habilitam a estudar
diferentes áreas do conhecimento. Os alunos usam para fazer pesquisas,
desenvolver trabalhos, sendo considerada a mais completa, abrangente e
complexa ferramenta de aprendizado do mundo.
Como ferramenta pedagógica também é bastante utilizada pelos
professores para se comunicarem com os alunos através de e-mails, correio
eletrônico, a troca de informação e principalmente esclarecimento de trabalhos. A
escola tem papel de consolidar a criação de consciência crítica nos alunos, estes,
por sua vez, devem aprender a questionar deixando de ser manipulados pela
mídia, e a mesma deve despertar a curiosidade e a conscientização do cidadão
que buscará uma sociedade mais justa, igualitária e soberana.
É impossível dizer que a tecnologia não faz parte de nossas vidas, e na
educação não é diferente, nossos alunos estão cansados da metodologia
tradicional. Diante de tantas mudanças, provocadas principalmente pela
diversidade tecnológica, que já fazem parte do cotidiano dos alunos, há
necessidade da valoração com responsabilidade dos diferentes recursos. Não
existe mais fronteira para o aprendizado. Cabe ao professor fazer o uso
adequado, responsável, dos diferentes recursos e garantir a essência do
aprendizado.
A utilização de dinâmicas facilita o trabalho pedagógico e de maneira
simples e até mesmo divertida pode levar a reflexão sobre os mais diversos
temas que envolvem a sexualidade. A realização de atividades práticas e lúdicas
torna-se primordiais para que os educandos vivenciem e socializem os
conhecimentos abordados, assimilando-os e internalizando-os como algo valioso
que os auxiliarão em sua vida social e sexual.
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ATIVIDADES
ATIVIDADE 1: QUESTIONÁRIO
Objetivo: Aplicar um questionário aos alunos participantes do Projeto de
Intervenção Pedagógica, para levantar dados e saber quais conhecimentos os
alunos têm sobre o tema sexualidade.
Questionário baseado em Belisse, 2008.
1) Você é do sexo:
( ) masculino ( ) feminino.

2) Assinale a alternativa que corresponde a sua idade:


( ) 13 anos ( ) 14 anos ( ) 15 anos ( ) acima de 15.

3) Você acredita que muitos programas da televisão acabam influenciando os


adolescentes e jovens a terem relações sexuais precoces (ainda na
adolescência)?
( ) sim ( ) não

4) As adolescentes e jovens podem engravidar na 1ª relação sexual?


( ) sim ( ) não

5) Seus pais (mãe ou pai) ou seus responsáveis conversam com você sobre
assuntos relacionados à sexualidade/sexo/prevenção?
( ) sim ( ) não

6) A maior parte das informações que você sabe sobre sexualidade/sexo


aprendeu:
( ) com seus pais ou responsáveis.
( ) com seus amigos e amigas.
( ) na escola durante as aulas das diferentes disciplinas.

7) Em sua opinião, quando uma garota fica grávida na adolescência é porque:


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( ) não conhecia os métodos para se evitar a gravidez.


( ) conhecia os métodos, mas tinha aquele ‘pensamento mágico’ que com ela
nunca iria acontecer.
( ) conhecia os métodos para evitar a gravidez, sabia que poderia engravidar e
mesmo assim preferiu ter a relação sexual.
( ) deseja ser mãe.
( ) acredita que será mais respeitada na comunidade em que vive.
( ) quer ter alguém para dar amor, já que não teve dos seus responsáveis.
( )acredita que pode ‘prender’ o namorado por mais tempo.

8) Alguns pais deixam claro para os filhos que sexo é só depois do casamento,
outras famílias desde cedo já orientam os filhos a usarem preservativos. A sua
família, deixa claro para você quais as atitudes e posturas que espera que você
adote frente ao comportamento sexual/sexo?
( ) sim, ela deixa muito claro para mim que comportamento eu tenho que ter
quanto a minha sexualidade/vida sexual.
( ) não, ela não deixa claro o que eu posso ou não posso fazer quando o assunto
é sexo.
( ) mesmo não falando abertamente o que eu posso ou não fazer, eu sei
perfeitamente o que meus pais desejam em relação a minha postura frente a
assuntos relacionados a sexo.

9) Nós sabemos que as IST são as infecções transmitidas nas relações sexuais.
Você acredita conhecer bem as formas de contaminação e prevenção dessas
doenças?
( ) sim ( ) não

10) Você já teve relações sexuais?


( ) sim ( ) não

11) Se respondeu sim a pergunta anterior, usou preservativo (camisinha)?


( ) sim ( ) não
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12) O grupo de amigos e amigas pode incentivar o adolescente a ter suas


primeiras relações sexuais:
( ) não, o grupo não interfere nesse tipo de decisão.
( ) sim, o grupo interfere muito nesse tipo de decisão.

13) Sobre os métodos que evitam a gravidez você acredita que:


( ) conhece todos muito bem e saberia usá-los sem problema algum.
( ) tem dúvidas de como usar a maioria deles.

ATIVIDADE 2: Caixa de dúvidas

Objetivo: Identificar as principais indagações a respeito da sexualidade dos


alunos para serem discutidas ao longo do projeto.
Desenvolvimento:
Colocar em sala de aula uma caixa onde os alunos possam colocar suas
dúvidas/perguntas.
O professor conversará com os alunos a respeito da importância de
abordar a temática e como muitos alunos se sentem constrangidos de fazerem
perguntas sobre sexualidade, a caixa de dúvidas poderá ser utilizada para
abordar suas dúvidas e questões sem a necessidade de identificação do aluno. O
aluno escreve sua questão sobre o tema sexo/sexualidade e a coloca na caixa,
que poderá ficar num ponto estratégico da sala. Após as discussões, as
perguntas e as respostas serão expostas em um mural.

ATIVIDADE 3: MÚSICA

Diferenciando o Sexo e a Sexualidade

Objetivo: Levantar o questionamento relativo à sexualidade.


Analisar a dificuldade ou não de falar sobre a sexualidade.

Sugestão de Música: “Amor e Sexo” de Rita Lee, letra disponível


em:<http://www.vagalume.com.br/rita-lee/amor-e-sexo.html> acesso em:
28/11/2013.
16

Sugestão de vídeo clip da mesma música no <http://www.youtube.com/watch?v=-


Vyl0JP6iu8> acesso em: 28/11/2013.

Desenvolvimento:

Distribuir para cada aluno, a letra da música para que os mesmos possam
ler e interpretar.

De maneira descontraída, solicitar aos alunos que ouçam e cantem a


música, movimentando-se na sala de aula.

Ao terminar, colocá-los sentados em círculos e iniciar um debate entre os


alunos, contextualizando o universo de interpretações que Rita Lee traz na
música “Amor e Sexo”.

Pontos para discussão:

 O que diz a letra da música?

 Utilizando a letra da música compare amor e sexo.

 Qual é a diferença de sexo e sexualidade?

 Porque as pessoas confundem sexo e sexualidade?

 Como cada participante julga estes valores?

 Educar sexualmente na sociedade de hoje é função de quem?

 Em que década foi escrita esta música? E como era colocada a imagem do
sexo e sexualidade naquela época?

ATIVIDADE 4: Dinâmica

“Expressando a Sexualidade”.

Objetivo: Discutir com os adolescentes as manifestações da sexualidade.

Materiais:
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Sala ampla e confortável, cartolinas, folhas de papel, canetas coloridas, revistas e


jornais atuais, tesouras e cola.
Tempo: 30 minutos.
Sugestão de Música: “Super Homem” de Gilberto Gil. Vídeo clip disponível
em:<http://www.youtube.com/watch?v=3GCMCK5e5aU> acesso em: 28/11/2013.
Desenvolvimento:
 Trabalho individual:
1 - Ao som da música, pedir aos adolescentes que pensem em algo que tenham
visto, ouvido, falado ou sentido sobre sexualidade.
2 - Solicitá-los a guardar esses pensamentos para si. Não é necessário escrever.
 Trabalho em grupo:
1 - Formar grupos de 5 adolescentes e solicitar que conversem sobre diferentes
situações em que a sexualidade é manifestada pelas pessoas no ambiente social.
2 - Entregar revistas, jornais, folhas de papel, canetas, tesouras e cola aos
grupos.
3 - Solicitar que montem um painel com as figuras, os anúncios e textos que
estejam relacionados com a sexualidade.
4 - Após a elaboração do painel, pedir a cada grupo que eleja um representante
para explicar como foi o processo de discussão e de montagem do painel.
5 - Cada coordenador de grupo coloca seu painel em uma parede da sala e
explicará para o grande grupo o seu real significado.
6 - Após as apresentações dos coordenadores, abrir um debate com todos os
participantes.
7 - O facilitador poderá fazer uma síntese dos tópicos apresentados e incentivar a
reflexão sobre essas manifestações da sexualidade em diferentes culturas.
Trabalho em grupo

Discutir com os alunos as manifestações da sexualidade.

Ao som da música (Super Homem de Gilberto Gil) pedir que pensem em


algo que tenham falado, ouvido, visto ou sentido sobre sexualidade.

Solicitar que guardem esses pensamentos para si. Não é necessário


escrever.
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Dividir em grupo para conversarem sobre as diferentes manifestações da


sexualidade.

Cada grupo deverá montar um painel usando figuras de revistas, anúncios


de jornais, textos e outros recursos que estejam relacionados com
sexualidade.

Após a elaboração do painel, pedir que cada grupo fixe na parede da sala e
comente para o grande grupo; processo da discussão da montagem do
painel e seu significado, levando em consideração dois pontos relevantes
para discussão:

 Que sentimentos podem estar envolvidos na expressão da sexualidade?

 O que se entende por sexualidade, sensualidade, erotismo e pornografia?

Fonte: Manual do multiplicador: adolescente. Brasil: Ministério da Saúde: Secretaria de Projetos


Especiais de Saúde: Coordenação Nacional de DST e AIDS. São Paulo: FDE, 2000.

ATIVIDADE 5: Filme “Confiar”

Juventude em Rede

Objetivo: Debater e refletir sobre o uso da Internet, principalmente do chat nos


relacionamentos dos adolescentes.
Alertar os jovens para serem mais cautelosos e os pais mais atentos, em relação
aos perigos que a internet traz.

Sugestão de filme: “Confiar”, filme disponível em:


<http://www.youtube.com/watch?v=78imgvswzW0> acessado em 28/11/2013.

“Confiar” é um filme de drama norte-americano de 2010 dirigido por David


Schwimmer. Estrelado por Liana Liberato, que atua ao lado de Clive Owen e
Catherine Keener.
Data de lançamento: 1 de abril de 2011 (Estados Unidos)
Direção: David Schwimmer
Música composta por: Nathan Larson
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Lançamento em DVD: 8 de junho de 2011 (Itália)


Roteiro: Rob Festinger, Andy Bellin
Sinopse e detalhes
Will (Clive Owen) e Lynn (Catherine Keener) têm trêsfilhos. Enquanto um está
prestes a entrar para a faculdade, a filha do meio, Annie (Liana Liberato), começa
a apresentar os sintomas comuns das adolescentes que querem se parecer mais
velhas e serem aceitas entre seus pares. Publicitário bem sucedido e super
envolvido com a profissão, Will procura ter uma relação de confiança com os
filhos, mas Annie inicia um relacionamento no computador com um jovem de 16
anos e dá continuidade através do telefone. Sem que seus pais soubessem, ela
aceita o convite dele para um encontro, mas a surpresa que ela tem no primeiro
momento é só o começo de um pesadelo que marcará para sempre a sua vida e
a de sua família.
Desenvolvimento:
Assistir ao filme com os alunos – refletir sobre a influência dos meios
midiáticos e o comportamento dos adolescentes de hoje.

Abrir um diálogo com os alunos dos momentos mais importantes do filme.

Pontos para discussão:

O que é que este filme tentou nos comunicar?

Que lições podem ser extraídas deste filme?

Quais foram os fatos importantes dentro do filme?

Quantos alunos da classe usam o facebook? Quantas horas por dia? Quais
os principais assuntos discutidos online?

Os relacionamentos (amizade, namoro, etc.) ficaram mais ou menos


pessoais com a utilização da internet? Por quê?

Discuta as diferenças entre namorar e “ficar” e se relacionar no ambiente


do facebook.

ATIVIDADE 6:Dinâmica da festa


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“Contatos pessoais”.

Objetivo: Facilitar a compreensão da transmissão do HIV e das IST e importância


do uso da camisinha.

Material: aparelho de som, caneta ou lápis, papel em branco e kit para festa (se
quiser).
Tempo: 30 minutos.
Descrição da atividade:
Arrumar um ambiente para festa (animação e descontração).
Sugestão de Música: “Será” (Legião Urbana), vídeo clip disponível
em:<http://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/serasem-cifra.html> acesso em:
28/11/2013.
Entregar para cada um dos alunos uma folha em branco com apenas uma figura
já desenhada pelo professor. Para cada grupo de 10 alunos, o professor deve
desenhar a seguinte sequência:
Asterisco (*);

Letra (C).

Desenvolvimento:

O professor deverá ter folhas em branco conforme o número de alunos do


grupo, sendo que duas dessas folhas serão sinalizadas: uma com um C e outra
com um asterisco (*), sem que os alunos vejam quais folhas estão marcadas.
Depois as folhas serão distribuídas aleatoriamente entre todos os alunos. Em
clima de descontração (é importante que tenha música na sala), todos os alunos
(com suas folhas na mão) deverão recolher três assinaturas, num tempo máximo
de 15 minutos.

Terminada essa tarefa, com os alunos sentados em círculo, o professor


conta que aconteceu uma festa e que na verdade as assinaturas recolhidas
significam relações sexuais vividas durante essa festa, o professor pergunta ao
grupo qual o suposto significado das figuras, antes de revelá-los. Esclarece que o
aluno que começou a dinâmica com o asterisco (*) no papel é um portador de HIV
ou IST. Este deverá ficar de pé e ler o nome das pessoas de quem recolheu as
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assinaturas. Esses alunos citados deverão ficar de pé e, sucessivamente, ler os


nomes em seus papéis. Ao final, todos os alunos estarão de pé, significando que
todos tiveram contato com alguém portador de HIV ouIDST e foi contaminado.
Nesse grupo apenas um aluno tinha a letra C desenhada na sua folha,
significando que a letra C corresponde à camisinha, portanto somente o aluno que
usou camisinha na festa não foi contaminado.

Facilita a discussão, estando atento aos seguintes pontos:


Avaliação do grau de risco a que se expuseram.

É possível prever quem é ou quem não é portador de IST ou do HIV?

Quais fatores poderiam aumentar ou diminuir as vulnerabilidades dos


contatos.

Sentimentos envolvidos após a revelação da exposição aos riscos.

Fonte: Manual do multiplicador: adolescente. Brasil: Ministério da Saúde: Secretaria de Projetos


Especiais de Saúde: Coordenação Nacional de DST e AIDS. São Paulo: FDE, 2000.

ATIVIDADE 7: Dinâmica

“Cuidando do Ninho”

Objetivo: Trabalhar com os alunos as questões relacionadas com a


maternidade/paternidade precoce e com a responsabilidade de suas ações.

Materiais necessários:

 Um ovo cru (para cada aluno).

 Canetas hidrográficas.

 Caixinha, algodão, papéis para preparar o berço “ninho”.

 Esmalte transparente.

Tempo:

 15 minutos em sala de aula e 5 a 7 dias no cotidiano.


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Desenvolvimento:

1 - Marcar os ovos previamente: uma cor para o sexo feminino, outra para o sexo
masculino, duas marcas para gêmeos e um asterisco ou uma trinca para alguma
necessidade especial (deficiência).
2 - Distribuir 1 ovo por aluno ou 2 ovos com a marca de gêmeos e explicar que ele
simboliza um recém-nascido que será cuidado pelo garoto (pai) e pela garota
(mãe).
3 - Estimular os adolescentes a personalizarem seu "bebê", pintando um rosto,
fazendo-lhe um ninho.
4 - Estabelecer o compromisso de levarem seu "bebê-ovo" a todos os lugares a
que forem pelo prazo de tempo estipulado pelo professor.
5 - Solicitá-los a trazer os "bebês" no dia estipulado pelo professor.
6 - Anotar os depoimentos e as histórias ocorridas com o "bebê" e como aluno.
Observação: Marcar os ovos previamente (ex.: assinatura do professor) e passar
esmalte para a tinta não sair.
Os alunos passarão cinco dias cuidando do "bebê".
No último dia o aluno receberá um papel com as seguintes palavras: antes e
depois. Onde deverá escrever sobre o seu sentimento quando foi proposto à
dinâmica (antes) e agora, após cinco dias.
Será utilizada uma câmera para registrar o depoimento dos alunos sobre os
seguintes pontos de discussão:
a) Como o "bebê-ovo" interferiu na vida diária de cada adolescente?
b) Que sentimentos surgiram?
c) Que dificuldades apareceram durante o processo?
d) Como foram interpretadas as quebras dos ovos?
e) Por que há pessoas sem filhos?
f) Algum "bebê-ovo" foi sequestrado? Como evitar?
e) Que aprendizado resultou dessa dinâmica?
Após a discussão, perguntar para cada aluno, os seguintes pontos:
1- Você se considera preparado para cuidar da futura criança?
2- Se não considera, quem cuidará da criança?
3- Os estudos serão ou não interrompidos?
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4- O que representa para você ter um filho na adolescência?


5- O que muda em termos do seu projeto de vida?
Fonte: Manual do multiplicador: adolescente. Brasil: Ministério da Saúde: Secretaria de Projetos
Especiais de Saúde: Coordenação Nacional de DST e AIDS. São Paulo: FDE, 2000.

ATIVIDADE 8:Pesquisa na internet

Objetivo: Informar sobre as infecções sexualmente transmissíveis e a AIDS e


refletir sobre essas questões e integrá-las às suas vidas.
Discutir sobre as causas e as consequências da gravidez precoce.
Identificar os métodos contraceptivos e sua eficácia.

Desenvolvimento:

Dividir a turma em três grupos: A, B e C, distribuir para cada grupo os seguintes


temas:

Grupo A: IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis);

Grupo B: Gravidez precoce;

Grupo C: Métodos Contraceptivos.

No laboratório de informática, os alunos farão a pesquisa através da


internet, sobre os temas indicados acima, elaborando slides no
PowerPoint, utilizando imagens para atrair a atenção e ao mesmo tempo
informação.

Em seguida das elaborações e produções os materiais da pesquisa, os


alunos, em equipe, apresentarão os trabalhos.

Após as apresentações realizadas pelos alunos fazer as considerações


finais sobre a importância da saúde e prevenção.

ATIVIDADE 9: DINÂMICA
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“JOGO DAS APARÊNCIAS”

Objetivo: Demonstrar como estereótipos e interpretações subjetivas interferem


na comunicação.
Identificar os diferentes tipos físicos das pessoas.
Melhorar a autoestima de cada um.
Materiais:
Sala ampla e confortável, balões, pedaços de papel, lápis ou canetas, música
alegre e movimentada.
Tempo: 30 minutos.
Sugestão de Música: Nádegas a Declarar (Gabriel o Pensador), vídeo clip
disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=CWg6yvVSSpw> acessoem
28/11/2014.

Desenvolvimento:
1 - Entregar um balão vazio e um pedaço pequeno de papel em branco para cada
um dos alunos.
2 - Cada pessoa deverá escrever no papel 3 (três) características pessoais, de
maneira que, a partir dessas características ela possa ser identificada pelos
outros alunos.
3 - A seguir, os alunos deverão dobrar o papel e colocá-lo dentro do balão.
4 - Agora, cada pessoa deverá encher o seu balão. Quando todos os balões
estiverem cheios deverão ser jogados todos para cima, ao mesmo tempo, ao som
de uma música animada.
5 - Quando a música parar, cada um deve pegar o balão que estiver na sua frente
e estourá-lo.
6 - Finalmente, cada aluno deverá ler o papel que encontrar dentro do balão e
tentar identificar a pessoa que apresenta as características descritas.
Pontos para discussão:
a) Como adquirimos os estereótipos?
b) Por que, muitas vezes, as aparências enganam?
c) Os estereótipos influenciam no comportamento e nos sentimentos das
pessoas? De que forma?
É importante lembrar que nem tudo o que parece ser, é e nem tudo que é
parece ser.
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Fonte: Manual do multiplicador: adolescente. Brasil: Ministério da Saúde: Secretaria de Projetos


Especiais de Saúde: Coordenação Nacional de DST e AIDS. São Paulo: FDE, 2000.

REFERÊNCIAS
ABRAMOVAY, Miriam; CASTRO, Mary Garcia; SILVA, Lorena Bernadete de.
Juventudes e Sexualidade. Brasília: UNESCO, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e AIDS. Manual do


multiplicador: adolescente / Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de DST
e AIDS. – Brasília: Ministério da Saúde, 2000.

BRASIL. Ministério da Saúde. Adolescência. Disponível em:


<http://www.minsaude.gov.cv/index.php/sua-saude/adolescencia> Acesso em: 28
nov.2013.

FIGUEIREDO, Regina Maria Mac Dowell de. Prevenção às DST/AIDS em


ações de saúde e educação. São Paulo: NEPAIDS; 1998.

FIGUEIRÓ, Mary Neide Damico. Educação Sexual: retomando uma proposta, um


desafio. 2. ed. Londrina: UEL, 2001.

______. A formação de educadores sexuais: possibilidades e limites. Marília,


2001b. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de São Paulo.

______. (Org). Educação Sexual: em busca de mudanças. Londrina: UEL, 2009.

FISCHER, R. M. B. Televisão e educação: fluir e pensar a TV. 2. ed. Belo


Horizonte: Autêntica, 2003.

FURLANI, Jimena. Mitos e Tabus da Sexualidade Humana – subsídios ao


trabalho em Educação Sexual. 3ª Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

_____. Encarar o desafio da Educação Sexual na escola. In: Sexualidade.


Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de Diversidades. Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual. -
Curitiba: SEED –Pr., 2009. - p. 37 – 48.

MAISTRO, Virginia Iara de Andrade. Desafios para a elaboração de projetos de


educação sexual na escola. In: FIGUEIRÓ, Mary Neide Damico (Org.). Educação
sexual: em busca de mudanças. Londrina: Ed. da UEL, 2009.

MANZINI, Maria de Lourdes. A fala dos homens. São Paulo: Ed. Brasiliense,
1993.
26

PARANÁ, SEED – Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da


Educação Básica – Ciências. 2008.

PROJETO ARARIBÁ. Ciências 7ª. Série, Editora Moderna (org.), 1ª. ed., São
Paulo: Moderna, 2006.

SPIGAROLI et al. “As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) como


Ferramentas Potencializadoras para Inclusão: um Desafio para Sociedade”. In:
Inclusão Digital: Tecendo Redes Afetivas/Cognitivas. Pellanda,Nize Maria
Campos; Schlünzen, Elisa Tomoe Moriya; Schlünzen Jr, Klaus. Rio de Janeiro:
DP&A. 2005.

Sites:

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<http://www.minsaude.gov.cv/index.php/sua-saude/adolescencia>acesso em:
28/11/2013.

Amor e Sexo de Rita Lee. Letra disponível em:


<http://www.vagalume.com.br/rita-lee/amor-e-sexo.html> acesso em: 28/11/2013.
Amor e Sexo de Rita Lee. Vídeo clip disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=-Vyl0JP6iu8> acesso em: 28/11/2013.
Confiar. Filme disponível em:<http://www.youtube.com/watch?v=78imgvswzW0>
acesso em: 28/11/2013.
Educação Sexual na Infância. Imagem disponível
em:<http://educasexnainfancia.files.wordpress.com/2011/07/sexualidade.jpg>
acesso em 10/12/13.

Nádegas a Declarar de Gabriel o Pensador. Vídeo clip disponível em:


<http://www.youtube.com/watch?v=CWg6yvVSSpw> acesso em:28/11/2013.

Será da Legião Urbana.Vídeo clip disponível em:


<http://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/serasem-cifra.html> acesso em:
28/11/2013.

Super Homem de Gilberto Gil.Vídeo clip disponível


em:<http://www.youtube.com/watch?v=3GCMCK5e5aU> acesso em: 28/11/2013.

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