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Introdução
O milho (Zea mays L.) é uma planta da família das Gramíneas (Poaceae) pertence ao grupo
de plantas com metabolismo fotossintético do tipo C4, caracterizando-se pelo elevado
potencial produtivo (Sarto, et al., 2012). A cultura do milho tem grande importância
econômica e social. Econômica, pelo valor nutricional de seus grãos e por seu uso intenso nas
alimentações humana e animal e como massa-prima para a indústria. Social, por ser um
alimento de baixo custo, pela viabilidade de cultivo tanto em grande quanto em pequena escala
e por ser a base de várias cadeias agroindustriais, como a da carne. Neste sentido, o milho é
um dos principais cereais cultivados em todo o mundo (Italconsult, 1990). Em particular os
países mais pobres, onde o milho é o principal constituinte básico para a alimentação humana,
e alguns países em que o consumo do milho é praticamente um alimento tradicional (Garcia,
et al., 2011).
Os cinco maiores produtores mundiais são: Estados Unidos, China, Brasil, Argentina e
Ucrânia (Cruz, et al., 2011). Os maiores produtores do continente africano são a África do Sul
e o Zimbabwe. Em Angola, como na maioria dos países da Comunidade de Desenvolvimento
da África Austral (SADC), o milho constitui o cereal de maior importância económica e
social, destaca-se que cerca de 60% a 70% da população angolana dependem do milho, sendo
usado como alimentação básica (Manuel, 2013).
Embora este cereal seja cultivado em todas as regiões do país, é na província de Malanje, nos
planaltos centrais e na Huila que a cultura se reveste de importância fundamental. Apesar da
importância que este cereal apresenta, as produções unitárias são baixas, encontrando-se
próximas de 1 000 kg há-1 (FAOSTAT, 2016).
O milho durante o seu crescimento e desenvolvimento é limitado por fatores como acidez do
solo, a disponibilidade de água, temperatura e a radiação solar, dentre estes fatores acidez do
solo é apontado como um dos principais fatores que limita o crescimento das culturas em solos
ferralítico com pH abaixo de 5. Esta condição prejudica o desenvolvimento das culturas, pois a
grande maioria das plantas apresenta melhor desenvolvimento em solos com pH na faixa de 6 a 7
(Martins, 2005; e Sousa de, 2017).
É nos solos ferralíticos que assenta a atividade agrícola de quase toda, população rural que ai
estabelece a tradicional lavra, a base de feijão principalmente o milho e a mandioca. Em
Angola cerca de 45,35% da superfície total é ocupado por solos ferralíticos (Ucuassapi, 2006).
Os solos ferríticos são favoráveis em condições físicas para as práticas agrícolas, porem não
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apresentam boas condições de fertilidade química, com um pH menor de 5 (Diniz, 2006). Em
solos com pH menor que 5,5 o alumínio e o manganês (Mn), que são muito solúveis, ficam
disponíveis na solução do solo, causando toxidez nas plantas, reduzindo de forma considerável
a actividade dos microrganismos responsáveis pela decomposição da massa orgânica e pela
libertação de nitrogénio, fósforo e enxofre outra consequência que se verifica é a deficiência
na fixação simbiótica de nitrogénio pelas leguminosas, que torna-se severamente reduzida e
os agregados do solo diminutos o que causa baixa permeabilidade e aeração (Santana, et al.
2014). Os solos com um pH ácido, não apresentam condições favoráveis para o crescimento
e desenvolvimento de varias culturas, como o cultivo de milho, portanto a condição ácida do
solo, implica diretamente na redução da produtividade da cultura (Teixeira, 2014).
As práticas de fertilização dos solos, em particular a aplicação de calcário visão acima de tudo
resolver os problemas encontrados em solos ferralíticos com pH ácido, bem como incrementar
os nutrientes necessários, para garantir o aumento das produções agrícolas (Barbosa, 2007).
A prática que deve ser realizada nos solos ferralíticos para resolver problemas de acidez, é
denomina de calagem que visa unicamente em diminuir a acidez do solo. Consiste em
aumentar cálcio e ou magnésio e neutralizar o alumínio que se apresenta em quantidade e
forma que prejudicam o crescimento radicular e a nutrição das plantas (Chaves, 2002).
Em geral a calagem do solo é feita não só para elevar o pH do solo e fornecer cálcio, e ou
magnésio mais também diminui a fixação do fósforo; aumenta a disponibilidade de nitrogénio,
fósforo, potássio, enxofre, magnésio, cálcio e molibdénio, no solo, bem como outros
nutrientes que a planta necessita; aumenta a actividade microbiana e libertação de nutrientes,
como o nitrogénio, fósforo e boro pela decomposição da massa orgânica; melhora a estrutura,
porosidade, permeabilidade e aeração do solo, eliminando assim desta forma os fatores
limitantes dos solos ácidos (Barbosa, 2007). A correção de todo solo ácido faz se
principalmente para que o sistema radicular das culturas explore maior volume de solo, para
facilitar a planta, em termos de absorção de água e nutrientes para seu crescimento e
desenvolvimento (Nolla, 2006).
A recomendação de calagem é que a incorporação do calcário no solo deve ser feita mediante
aplicação de metade da dose antes da aração e outra metade após, com posterior gradagem
(Bonito, et al., 2013).
Problema de pesquisa
O alto índice de acidez no solo Ferralítico Castanho têm causado baixos rendimentos na
cultura de milho devido o pouco conhecimento sobre a aplicação de calcário nestes solos.
Objetivo geral
Específicos
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I. Revisão bibliográfica
O milho (Zea mays L.) é uma espécie que pertence à família Gramínea (Poaceae), há mais de
8000 anos que é cultivada em muitas partes do mundo, actualmente é potencialmente cultivada
em países como (Estados Unidos da América, República Popular da China, Índia, Brasil,
França, Indonésia, África do Sul, etc.). A sua grande adaptabilidade, representada por variados
genótipos, permite o seu cultivo desde o Equador até ao limite das terras temperadas e desde
o nível do mar até altitudes superiores a 3600 m, encontrando-se, assim, em climas tropicais,
subtropicais e temperados. Esta planta tem como finalidade de utilização a alimentação
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humana e animal, devido às suas elevadas qualidades nutricionais, contendo quase todos os
aminoácidos conhecidos, com exceção da lisina e do triptofano (Barros, et al., 2014).
A utilização do milho é ampla, abrangendo seu emprego como alimento, assim como para uso
industrial, energético bem como a produção de rações para uso animal. Ao contrário do trigo
e o arroz, que são refinados durante seus processos de industrialização, o milho conserva sua
casca, que é rica em fibras, fundamental para a eliminação das toxinas do organismo humano.
Além das fibras, o grão de milho é constituído de calorias, gordura puras, vitaminas (B e
complexo A), sais naturais (metal, fócio, cálcio), óleo e grandes quantidades de açúcares,
gorduras e celulose (Sologuren, 2015).
O cereal pode ser utilizado na produção de alimentos básicos (como canjicas), como pode ser
empregado em produtos mais elaborados, como xarope de glicose (utilizado na produção de
farinhas, balas, gomas de mascar, doces em pasta etc.), malto dextrinas (destinadas a produção
de aromas, sopas desidratadas, produtos achocolatados e outros) e corantes caramelo (para
produção de refrigerantes, cervejas, molho etc.). Seu uso ultrapassa a fronteira alimentícia a
exemplo, dos amidos industriais, que podem ser utilizados na produção de papelão ondulado,
adesivos e fitas gomadas. O etanol produzido a partir do milho também tem importância
global: nos Estados Unidos, é a principal fonte de bioenergia (EMBRAPA, 2011).
Em Angola, as produções de milho são baixas, encontrando-se próximas de 1 000 kg há-1 o que não
satisfaz as necessidades de procura (FAOSTAT, 2016). A cultura de milho apresenta uma grande
importância alimentar, constituindo a base alimentar de 60% a 70% da população de Angola
(Manuel, 2013). Em quase todas as regiões do país este cereal é cultivado destacando-se as
províncias de: Huila e nos planaltos centrais onde a cultura é de importância fundamental (Garcia,
et al., 2011).
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emissão do segundo par de folha até o início do florescimento, cuja extensão varia em decorrência
do genótipo e de fatores climáticos, caracterizando classificando diferentes genótipos entre ciclos
superprecoces, precoces e normais; (3) florescimento: estabelecido entre o início da polinização e o
da frutificação; (4) frutificação: compreendida entre a fecundação e o enchimento completo dos
grãos, cuja duração varia entre 40 e 60 dias; (5) maturação é o período compreendido entre o fim da
frutificação e o aparecimento da camada negra, sendo esse relativamente curto e indicativo do fim
do ciclo de vida da planta (Sologuren, 2015).
Cada planta desenvolve 20-21 folhas totais, floresce cerca de 65 dias após a emergência e
atinge a maturidade fisiológica cerca de 125 dias após a emergência, lembrar que os intervalos
de tempo específicos entre as fases e os números totais de folhas desenvolvidas podem variar
entre diferentes híbridos, estações do ano, datas de sementeira e locais. (Dias, 2016).
O número de grãos que se desenvolvem, o tamanho final dos grãos, a taxa de incremento no
peso dos grãos e a duração do período de crescimento reprodutivo variarão entre diferentes
híbridos e condições ambientais, (Benson, et al., 2003; e Barros, et al., 2014).
O milho possui metabolismo C4, que lhe confere uma taxa fotossintética líquida maior ao ser
comparado a C3, pois apresenta baixa perda de água podendo ser cultivado em ambientes
quentes com alta intensidade luminosa, se adaptando bem ao clima tropical pela sua baixa
fotorrespiração (Majerowicz APUD Maldaner, 2014). A produção do milho está totalmente
relacionada a radiação, pois cerca de 78,5% da produtividade é dependente da radiação
luminosa (Romano, 2005). A temperatura, influencia muito na maior ou menor velocidade de
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crescimento dos caules e das folhas ocorre quando as temperaturas se situam entre os 25 ºC a
35 ºC. Se as temperaturas máximas durante a fecundação são superiores a 35 ºC causam danos
na produtividade, devido a uma diminuição do número de grãos (Barros, et al., 2014).
Apesar que o milho possui um metabolismo, C4 pois, apresenta baixa perda de água a
precipitação de 150 mm durante, o período em que decorre o ciclo vegetativo da cultura de
milho, poder-se-á considerar o limite mínimo para a cultura de milho sem irrigação, a
necessidade de água de rega por unidade de área (ha) pode variar aproximadamente de 250 a
350 L/m2 em milho forrageiro e cerca de 500 a 600 L/m2 em milho destinado à produção de
grão sendo as necessidades diárias de 2-3 mm até as plantas atingirem cerca de 30 a 40 cm de
altura e de 7-10 mm durante a fase reprodutiva (Barros, et al., 2014). Em geral o número de
regas ao longo do ciclo da cultura é variável, sendo em média, entre 3 a 4 por semana
(EMBRAPA, 2011).
A planta absorve água do solo para atender às suas necessidades fisiológicas e, com isto,
suprir a sua necessidade em nutrientes, que são transportados junto com a água, sob a forma
de fluxo de massa. Do total de água absorvida pela planta, uma quantidade bem reduzida
(cerca de 1%) é retida pela mesma. Embora possa-se pensar que há desperdício, na verdade,
isso não ocorre, pois é pelo processo da transpiração (perda de calor latente) que os vegetais
controlam a sua temperatura. Todas as plantas exigem certas condições para darem respostas
satisfatórias, caso contrario elas ativam certos mecanismos fisiológicos que permitem aos
vegetais escapar ou tolerar essas limitações climáticas, modificando seu crescimento e
desenvolvimento, e até mesmo atenuando as reduções na produção final. Na cultura do milho,
2 (dois) dias de estresses hídrico no período de florescimento diminui o rendimento em mais
de 20%, e 4 a 8 dias diminui em mais de 50%, sendo que a quantidade de água consumida por
uma lavoura de milho durante o seu ciclo está em torno de 600 mm (Magalhães, 2006).
Existem três fases durante as quais não pode haver falta de água para a cultura do milho: (1ª)
iniciação floral e desenvolvimento da inflorescência, quando o número potencial de grãos é
determinado; (2ª) período de fertilização, quando o potencial de produção é fixado; nessa fase,
a presença da água também é importante para evitar a desidratação do grão de pólen e garantir
o desenvolvimento e a penetração do tubo polínico e (3ª) enchimento de grãos, quando ocorre
o aumento na deposição de massa seca, o qual está intimamente relacionado à fotossíntese,
(Barros, et al., 2014).
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O bom crescimento da cultura de milho não depende só da disponibilidade de água mais
também depende da disponibilidade dos macros e micronutrientes (Dias, 2016). As maiores
exigências nutricionais do milho referem-se ao nitrogénio (N) e ao potássio (K), seguindo-se
o cálcio (Ca), o magnésio (Mg) e o fósforo (P) (Barros, et al., 2014). As plantas de milho são
muito pouco exigentes em micronutrientes. Geralmente para uma produtividade de 9
toneladas de grãos/ha, são extraídos 2.100 g de ferro, 340 g de manganês, 400 g de zinco, 170
g de boro, 110 g de cobre e 9 g de molibdénio. Isto não significa que quantidades pequenas
não sejam necessárias, porque a deficiência de um destes elementos pode provocar a
desorganização de processos metabólicos e a redução na produtividade, além de contribuir
para a deficiência de macronutrientes (Coelho, et al., 2008; e Barros, et al., 2014).
Na fase inicial de crescimento da cultura do milho as raízes estão ainda pouco crescidas e
portanto com pouca capacidade para extrair o azoto do solo. Até a fase de desenvolvimento
de 8-10 folhas, as necessidades de azoto no milho são reduzidas, correspondendo
aproximadamente a 10% ou até menos, do total do azoto absorvido. A partir da fase de 10
folhas até ao escurecimento total dos estigmas, o ritmo é intensificado e a quantidade de azoto
absorvido pela cultura corresponde cerca de 60 a 70% do total absorvido. Na fase de
enchimento do grão, a absorção de azoto volta a ser novamente mais baixa, sendo a quantidade
absorvida nesta fase, aproximadamente 20 a 30% do total absorvido (EMBRAPA, 2011; e
Barros, et al., 2014).
No cultivo de milho cerca de 77% a 86% do fósforo é transcolado para o grão. Contrariamente
ao azoto, o fósforo (P2O5) é um nutriente pouco solúvel e que pode ser retido facilmente no
solo ficando indisponível para as plantas. Quando o pH do solo é ácido, o ião fósforo tem
tendência a ligar-se ao ferro e ao alumínio, ficando desse modo, indisponível para ser
absorvido pelas plantas (Coelho, et al., 2008). Quando o pH é alcalino o ião fósforo liga-se ao
cálcio, formando fosfatos bicálcicos e tricálcicos (retrogradação do fósforo) que são pouco
solúveis e por isso, dificilmente absorvidos pelas plantas (Favarato, et al., 2016).
O potássio, depois do azoto, é o nutriente absorvido em maiores quantidades pelo milho, com
aproximadamente 26% a 43%, a ser exportado para o grão. Considera-se que o coeficiente de
utilização do potássio é em média de 40%, já que, as plantas o absorvem na forma de ião K+,
sofrendo assim menos lavagem, o que facilita sua ligação às argilas, principalmente à elite,
ficando desse modo indisponível para as plantas (Oliveira, et al., 2008).
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1.1.5. Faixa de pH ótimo para o desenvolvimento da cultura de milho
A disponibilidade dos nutrientes para as plantas é condicionada na maioria das vezes pelo pH
do solo. Constata-se que na faixa de pH compreendida entre 6,00 a 7,00 é iDDEl para a cultura
de milho assim como para a grande maioria das culturas. Por outro lado encontra-se a maior
disponibilidade de nutrientes, particularizando porém certos elementos como o molibdénio e
cloro, que sua disponibilidade aumenta com o aumento do pH (Martins, 2005).
1.2. O solo.
Este recurso representa o património maior no contexto não apenas da agropecuária, mas
também de outras atividades desenvolvidas pelo homem, sob o ponto de vista de
sustentabilidade de todas as atividades desenvolvidas para o bem-estar da humanidade
(Chaves, 2002).
É o resultado do desgaste das rochas, por intermédio de fatores responsáveis por este processo
como: o clima (chuva, calor), organismos vivos (plantas, animais), relevo (declividade do
terreno) e tipos de rochas (mais resistentes ou menos resistentes) (Lopes, 1998; e Lepsch,
2002). Enquanto solo agrícola, deve ser manejado de forma a preservar todas as suas
características físicas, químicas e biológicas, com o objetivo de garantir sua exploração
económica por muitas gerações (Hejkrlik, 2005; e Lima de, 2017).
A sua importância é encontrada por ser o suporte físico para as plantas e é a fonte de água e
de nutrientes para as mesmas, regula a distribuição da humidade através de sua capacidade de
conservar água disponível às plantas (capacidade de infiltração e armazenamento), purifica a
água que penetra ao subterrâneo (água subterrânea) (EMBRAPA. , 2009; e Sampaio, 2011).
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1.3. Principais grupos de solos em Angola
Os solos sempre vão apresentar diversidades em função da região, por causa de diferenças de
materiais de origem, de condições climáticas, de relevo, etc. Adotando-se critérios científicos
para o seu estudo, em conjunto com uma experimentação bem conduzida, é possível
compreender essas diferenças, (Raij, 1983).
Na carta generalizada dos solos de Angola, os diferentes tipos de solos são agrupados de
acordo com suas finalidades, em grupos de categorias taxonómicas: Solos pouco Evoluídos,
Solos Calcários, Barros, Solos Arídicos Tropicais, Solos hidromórficos ou solos orgânicos
hidromórficos, Solos ferralíticos, Solos paraferralíticos, Solos Fersialíticos Tropicais, Solos
podzolizados, Solos Francamente Lavados a Lavados, Solos calsialíticos de regiões sub-
húmidas e Húmidas (Ucuassapi, 2006).
Dos 1.246.700 Km² da superfície total de Angola cerca de 45,35% é ocupado por solos
ferralíticos, que ocupam maiores escalas em termos de superfície nas regiões húmidas a sub-
húmidas, em especial nas províncias do Huambo, Bié, Huila, Cabinda, Cuanza Norte, Cuanza
Sul e Zaire (Ucuassapi, 2006; e Nangafina, 2015)
A província do Huambo pertence na zona agrícola 24, que é caracterizada com a maior altitude
do território angolano, com 1500m acima do nível, do mar com solos de fraco valor agrícola,
com reduzido nível de fertilidade (Diniz, 2006).
Os solos ferralíticos são muito destacados, aparecem em geral como solos zonais ou
climáticos, que originam-se das mais diversas formações geológicas, nela representadas,
desde as rochas cristalinas, as sedimentares consolidadas ou não. Estes são solos
desenvolvidos sob a influência dos condicionantes climáticos e da vegetação do local (Filho,
2007). Os solos ferralíticos apresentam, pequenos agregados constituídos de quartzo, caulinita
e de quantidades variáveis de hidróxidos de ferro (goetita sobretudo) e de alumínio (gibbsita).
Sempre fortemente lavado com um valor (V% inferior a 30%), com uma capacidade de troca
catiónica inferior a 15% e pH ácido (Volkoff, 1976).
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obtendo-se a composição de um solo rico em alumínio e ferro, com algum titânio (Bonito, et
al., 2013).
A riqueza química dos solos ferralíticos, revelam um conteúdo muito baixo, em nutrientes
minerais e em massa orgânica baixa, outro sim, é a baixa capacidade de trocas catiónicas,
problemas de grau de saturação de bases e baixos teores de fósforo (P) associados a elevado
poder de fixação desse nutriente. Estes solos apresentam condições físicas que são favoráveis,
para as práticas agrícolas (Diniz, 2006). Os solos ferralíticos podem ocupar um valor agrícola
muito elevado, com um baixo índice de acidez os cuidados quanto a maneio, devem ser
levados em conta já que perdem rapidamente a sua limitada fertilidade química (MINADER,
2007).
Os solos ferralíticos são predominante em regiões de clima chuvoso e são caraterizados pela
forte lixiviação das bases é por esta e outras razões que estes solos apresentam um pH muito
ácido. O pH é um índice que indica o grau de acidez do solo, é de extrema importância, porque
determina a disponibilidade dos nutrientes contidos no solo ou a ele adicionados e também a
assimilação dos nutrientes pelas plantas. Considerando-se que a maioria dos solos, de Angola
apresentam acidez média a alta, a sua correção, ou seja, a calagem, é um factor decisivo na
eficiência das adubações, nestes solos ferraliticos (Diniz, 2006; e Ucuassapi, 2006).
Em solos com pH menor que 5,5, o alumínio e o manganês (Mn), que são muito solúveis,
ficam disponíveis na solução do solo, causando toxidez nas plantas. Assim a toxidade ao
alumínio é um dos principais fatores limitantes à expansão da produção de plantas em solos
ácidos em diversas culturas (Santana, et al., 2014). Também deve-se levar em consideração o
pH de referencia da cultura que é o valor do pH do solo mais adequado ao desenvolvimento
das culturas, portanto acima desse valor não é observada resposta dessas à calagem. Por
exemplo a maioria das culturas de grãos enquadra-se na classe de pH 6,0, desta forma para os
solos ferralíticos com pH muito ácido a utilização de corretivos de acidez do solo é, portanto,
de grande importância para a produção agrícola (Gatelli, 2014).
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As causas da acidificação podem ser de variadas naturezas desde as causas antropogénicas, os
tipos de adubos usados até as causas naturais. Entre os processos naturais, destaca-se a
intemperização, como a lixiviação de cátions básicos (Ca2+, Mg2+, K+, Na+) e permanência de
Al3+ (cátion ácido por ocorrência de sua hidrólise) e prótons (H+), em locais onde naturalmente
a precipitação excede a evapotranspiração. Nas zonas tropicais e subtropicais, essa é a razão
preponderante para a larga ocorrência natural de solos ácidos e pouco férteis (Santana, et al.,
2014).
Entre tanto, os solos podem ter a sua acidez aumentada por cultivos e adubações, que podem
conduzir a perda de catiões básicos (Ucuassapi, 2006). Outra grande causa de acidificação dos
solos, é ocasionada pelos fertilizantes acidificantes adicionados ao solo (Gatelli, 2014).
Tomando como exemplo o sulfato de amónio, um dos fertilizantes de maior poder de
acidificação (Caires, 2015; e Natale, et al., 2012).
Em solos com pH menor que 5,5, o alumínio e o manganês (Mn), que são muito solúveis,
ficam disponíveis na solução do solo, causando toxidez nas plantas. Outra consequência da
acidez do solo é a diminuição da disponibilidade de alguns nutrientes, como o fósforo (P), que
é fixado pelo Al+3 ficando indisponível para ser absorvido pelas plantas. Portanto, a condição
ácida do solo, implica diretamente na redução da produtividade de uma cultura (Martins, 2005;
e Gatelli, 2014).
A importância do sistema radicular das plantas é óbvia, visto existir uma estreita dependência
entre o desenvolvimento das raízes e a formação da parte aérea. Assim, corrigir a acidez do
solo é o modo mais eficiente e barato de eliminar as barreiras químicas ao pleno
desenvolvimento das raízes e, em consequência, da planta (Raij, 2011).
Para resolver o problema de acidez dos solos é necessário realizar uma calagem que consiste
em aumentar cálcio e ou magnésio e neutralizar o alumínio que se apresenta em quantidades
e forma que prejudicam o crescimento radicular e a nutrição das plantas. Para realizar a
calagem é necessário utilizar corretivos de acidez que são materiais alcalinos que neutralizam
as substâncias ácidas presentes no solo (Nolla, 2006). Recomenda-se que não deve ser feita a
calagem sem a análise prévia do solo, pois pode conduzir a desequilíbrios entre os catiões
básicos (Ca2+, Na+, Mg2+ e K+), bem como reduzir a solubilidade de outros nutrientes,
especialmente os micronutrientes (Chaves, 2002).
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A equação química, que mostra o comportamento do carbonato de cálcio no solo é
representada abaixo. Neste processo temos a dissolução mais a dissociação do calcário, da
seguinte forma: (Silva, 2013)
Em função dos resultados, a calagem é a primeira prática a ser adotada nos plantios racionais
de qualquer cultura (Martins, 2005). A calagem é considerada uma das ferramentas que mais
benefícios trazem ao produtor. Através da correção da acidez do solo, ocorre a melhoria das
condições para o crescimento radicular com melhor aproveitamento dos nutrientes do solo e
maior absorção de água; existe o aumento da saturação de bases, promovendo a
disponibilidade de N, P, K, Ca, Mg, propiciando um aumento da produtividade das culturas
(Gatelli, 2014).
Esta prática ajuda os produtores a terem solos ricos em cálcio e magnésio sem deixar de parte
a nutrição das culturas. A correção de todo solo faz-se para que o sistema radicular das culturas
explore maior volume de solo, para facilitar a planta, em termos de absorção de água e
nutrientes para seu crescimento e desenvolvimento. Os principais critérios de recomendação
de calagem são o pH do solo de referência da cultura e o percentual de saturação da CTC pH
7,0 por catiões trocáveis de reação básica (Ca2+, Mg2+, K+ e Na+) ou de saturação da CTC
efetiva por Al3+ (Gatelli, 2014; e Santana, et al., 2014).
De acordo com a origem e os principais objetivos, os corretivos agrícolas podem ser: minerais,
orgânicos e condicionadores. Os corretivos minerais: são produtos usados nos solos quando
estes são ácidos ou alcalinos, neste contexto os corretivos minerais são usados com duas
finalidades principais, de corrigir a acidez isto é subir o pH bem como corrigir a alcalinidade
dos solos, isto para baixar o pH. No caso da correção da acidez o produto usado recebe o nome
de alcalinizaste e os utilizados nos solos alcalinos são chamados de acidificantes. Nos solos
ácidos utilizam-se corretivos alcalinizastes, já que estes baixam a actividade do hidrónio
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(H3O+), o que se recomenda é o uso de qualquer material ou substância que contenha ou
origine no solo o hidróxido, OH- para reagir com o hidrónio (H3O+), para formar a molécula
de água (Natale, et al. 2012; e Santos 2012).
Há no mercado diversos tipos de corretivos de acidez como a cal virgem, a cal apagada, as
conchas marinhas moídas, entre outros (Souza de., et al., 1988; e Martins, 2005).
O calcário pode ser classificado de acordo com, a concentração de oxido de magnésio (MgO)
da seguinte forma: Calcítico: com menos de 10% de MgCO3; Magnesiano: de 10% a 25% de
MgCO3 e Dolomítico: com mais de 25% de MgCO3. Uma agricultura moderna exige o uso de
fertilizantes em quantidades adequadas, de forma a atender a critérios económicos e ao mesmo
tempo, conservar a fertilidade do solo para manter ou elevar a produtividade das culturas (Raij,
1981; e Gatelli, 2014).
Existe um padrão que permite também avaliar a qualidade do corretivo chamado de PRNT
(Poder Relativo de Neutralização Total) que representa a eficiência de um calcário. Assim, ao
se adquirir um calcário deve-se considerar o custo do produto por unidade do PRNT, posto na
propriedade. Quanto maior o PRNT, melhor a qualidade do calcário e, consequentemente,
mais rápida é a sua reação no solo (Pereira, et al., 2005).
A quantidade de corretivo a ser aplicado depende sobre tudo dos resultados da análise do solo
ou mesmo do pH em água a atingir (valor de referência). Essa quantidade aumenta com a
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acidez potencial do solo. A elevação do pH do solo ao valor desejado depende, entre outros
fatores, da quantidade de corretivo aplicada, da sua mistura com o solo, do teor de humidade
do solo, do tempo de contacto do corretivo com o solo e da granulometria do corretivo
(Pereira, et al., 2005).
Para quantidades maiores que 5 t ha-1, recomenda-se aplicar a metade da dose e lavrar. Em
seguida, aplica-se o restante e recomenda-se lavrar novamente e passar com uma grade de
disco. Quantidades menores que 5 t ha-1 são satisfatoriamente incorporadas com uma
gradagem, seguida de aração e mais uma gradagem, em solos já cultivados. A finalidade da
primeira gradagem é fazer a pré-incorporação do corretivo na camada superficial para
incorporá-lo depois no restante do solo pela aração (Chaves, 2002).
Na maior parte a dose de calcário é realizado pelo método da saturação por bases. A fórmula
utilizada para estabelecer a quantidade de corretivo a aplicar é a seguinte: (Raij, et al., 1997)
A quantidade a aplicar varia entre 200 e 300 kg há-1 para solos de lavoura e de 200 a 400 kg
há-1 para solos de campo natural, optando-se pela dose maior em solos argilosos. Quando a
acidez for muito elevada a necessidade de calagem que se recomenda é de 7 t há-1. A
necessidade de calagem para o sistema de cultivo convencional é determinada pelo pH do solo
em água com o valor 6,0 como referência para a maioria das culturas (Chaves, 2002; e Nolla,
2006).
O calcário deve ser aplicado, preferencialmente, até seis meses antes da sementeira ou do
plantio da cultura mais exigente, como as leguminosas, que são menos tolerantes à acidez e
até três meses antes do plantio das demais culturas para obter os efeitos benéficos da calagem,
especialmente quando o solo apresentar acidez média. A distribuição do corretivo no solo
deve ser evitada em períodos de vento forte (Gatelli, 2014).
A distribuição do corretivo deve ser feita uniformemente em toda a área a ser corrigida. A
incorporação do corretivo não corrige os problemas devidos à má distribuição, mas sim, tende
a agravá-los, portanto deve-se efetuar tanto a distribuição como a incorporação o mais
uniforme possível (Natale, et al., 2012; e Fonseca, et al., 2015).
Alguns recomendam a aplicação de corretivos da acidez do solo, nas linhas onde vai-se
realizar a sementeira, o que chega a ser muito económico. Essa prática consiste na aplicação
de calcário unicamente na linha de sementeira para algumas culturas de grãos sensíveis à
acidez, quando não for possível aplicar a quantidade recomendada de corretivo para toda a
área (Ernani, et al., 2001; e Chaves, 2002). É necessário que a semeadora possua caixa para
calcário, pois a mistura com adubos prejudica a distribuição uniforme de ambos (Santana, et
al., 2014).
A calagem altera a reação da acidez do solo fazendo com que os nutrientes disponíveis no
solo sejam absolvidos pelas plantas, conseguindo deste modo um bom e melhor crescimento
e desenvolvimento das plantas, o calcário aumenta o pH do solo e altera a disponibilidade de
nutrientes, causando aumentos na absorção de N, P, K, Ca e Mg (Fonseca, et al., 2015). Em
condições de pH menores que 4,5 as membranas tornam-se mais permeáveis favorecendo o
vazamento de cátions, sendo que o efeito desfavorável da acidez sobre a absorção de íons que
é contra balanceado pela presença de concentrações de Ca2+ tem sido considerado suficiente
para a manutenção. Mesmo os genótipos de milho com tolerância ao Al+3 e que conseguem
aprofundar seu sistema radicular em solos ácidos também, normalmente, apresentam respostas
positivas à calagem (Coelho, et al., 2010; e Barreto, 2015).
17
1.10. Aspetos económicos da correção da acidez do solo
Diferentemente de outros insumos agrícolas como é o caso dos adubos, herbicidas inseticidas
e outros, o calcário pode ser considerado um investimento, com múltiplas vantagens do ponto
de vista da sustentabilidade económica, já que seus benefícios perduram por mais de um ano
de cultivo. Esta qualidade deve-se a baixa solubilidade dos materiais corretivos comuns e pela
variabilidade de partículas que compõem os calcários, o que oferece diferentes capacidades
de neutralizar a acidez ao longo do tempo. Por isso dois fatores devem ser considerados nos
corretivos de acidez, a rapidez com que a acidez é corrigida e o tempo de duração dos efeitos
da calagem (Gatelli, 2014).
Os agricultores economicamente ganham quando realizam a correção do solo, uma vez que
dentre vários ganhos destaca-se a disponibilidade dos nutrientes para as plantas o que significa
que o agricultor pode aplicar os adubos no solo e estes não estarão indisponíveis para as
culturas (Natale, et al., 2007).
Outro dos aspetos económicos muito importante, que esta relacionada com a correção dos
solos é o efeito residual dos corretivos. Após a aplicação do corretivo, o pH do solo atinge um
valor máximo em aproximadamente 3 a 12 meses, tendendo a diminuir após 4 a 6 anos, devido
ao processo de reacidificação natural do solo (Leite, et al., 2015).
No entanto, alguns agricultores, por desconhecimento ou pelos bons resultados obtidos pela
correção anterior da acidez do solo, aplicam corretivo a cada 2 (dois) a 3 (três) anos, o que
provoca uma "supercalagem", que é prejudicial, devido à ocorrência de desequilíbrios
nutricionais e no desenvolvimento de patógenos nocivos às plantas (Fageria, 2001).
18
II. MATERIAL E MÉTODOS
O Huambo de forma geral apresenta duas estações (quente e fresca). A estação quente vai de
Agosto a Outubro, com temperatura máxima média diária acima de 29 °C. A estação
fresca varia entre Novembro a Julho, com temperatura máxima diária de 25 °C.
19
altitude de 1684 metros. O solo é classificado como ferralítico, textura arenosa a argilo-
arenosa, profundos e bem drenados.
Julho 4,5 28,7 0,8 0,8 107 8,2 46,1 833 194,7
Ago. 6,1 31,5 0,0 1,3 101 9,0 37,7 831 211,4
Fonte: (autor)
20
As amostras de solo ficavam em um local com ventilação durante 7 dias para o processo de
secagem e posteriormente eram crivadas com uma peneira de 2 mm de diametro. Com uma
balança analitica pezou-se uma quantidade de 10g por amostra de solo sendo 10g para a
determinação do pH em água e 10g para a determinação do pH em cloreto de potassio.
A B
Figura 1. Recolha da amostra de solo com trado holandes na fazenda experimental do Ngongoinga,
com um trado holandes (A). Preparação das amostra do solo no laboratório, determinação do pH em
água e em cloreto de potassio (B) no labortatório de solo da FCA-Chianga.
21
T5 4 t há-1 de Carbonato de cálcio
T6 5 t há-1 de Carbonato de cálcio
T7 6 t há-1 de Carbonato de cálcio
A B
22
Figura 2. Aplicação de calcário nos canteiros de forma manual (A), canteiros do ensaio onde aplicou-
se calcário (B).
2.6. Sementeira
A sementeira do milho, foi realizada depois de dois (2) meses da aplicação do corretivo de
acidez, (calcário) lançou-se a semente de forma manual depositando 3 sementes por cova em
uma profundidade de 3 a 4 cm, usando o compasso de 25 x 75 cm, obtendo desta forma 85,333
plantas em cada parcela (16 m2) Utilizou-se uma semente híbrida, (PAN 53) é um híbrido que
pertence na classe de crescimento intermédio.
As sementes de milho foram adquiridas na loja FertilAngol. Antes da sementeira fez-se uma
seleção, das respetivas sementes seguindo critérios, importantes tais como: tamanho, cor e
estado sanitário do grau, posteriormente realizou-se o teste de germinação das sementes, com
100 sementes em 1 prato com algodão húmido, cujo resultado foi de 92%.
Desenvolveu-se uma serie de actividades relacionadas a cuidados culturais tais como desbaste,
sacha, rega e aplicação de adubo durante o ciclo da cultura de milho.
B) Sacha: A sacha foi feita aos 45 dias depois da emergência das plantas, e consistiu
em retirar dos canteiros as plantas infestantes.
C) Rega: A rega era feita por intermédio de um sistema de rega por aspersão em um
intervalo de 2 dias, durante a semana, variando por vezes em função das condições climáticas.
Utilizamos para tal, adubos elementares em uma dose única. Para a Uréia 46%, usamos 150
kg ha-1, esta quantidade foi fraccionada por dois (2), para o Superfosfato triplo 20% usamos
100 kg ha-1 e para o Sulfato de potássio 45% usamos 240 kg ha-1 estas quantidades foram
calculadas em função das necessidades da cultura do milho. O adubo foi aplicado de forma
manual, tendo os devidos cuidados para não serem depositados em contacto direito com as
sementes já que adubação foi feita no mesmo dia com a sementeira.
A segunda metade de nitrogênio foi aplicada de forma localizada, 30 (DDE). Usou-se de igual
modo a uréia como fonte de nitrogênio 75 kg ha-1. Na adubação de cobertura o adubo foi
23
distribuído superficialmente no solo e aplicação do adubo realizou-se manualmente de forma
localizada.
Altura da Planta (cm): A altura da Planta foi realizada com auxílio de uma régua, isto aos
15 dias após a emergência das plantas. Aos 30 dias após a emergência a medição da altura da
planta passou a ser feita com uma fita métrica. As medições eram da superfície do solo até o
ponto de inserção da última folha. Em cada 15 dia do ciclo da cultura.
24
Diâmetro do caule da planta (mm): O diâmetro foi determinado em cada 15 dia apóis a
emergencia das planta com auxílio de um paquímetro manual e considerou-se o diâmetro do
segundo internódio isto a partir da base da planta.
Massa fresca da parte aérea da planta, massa fresca da raiz, massa fresca da espiga com
a palha: Estais variáveis foram determinadas com o auxílio de uma balança normal. A massa
da parte aérea determinou-se em kg e a massa da raiz em grama (g).
Massa fresca da espiga sem a palha: Para a determinação desta variável retirou-se a palha
da espiga e com uma balança analítica em kg, fez-se a pesagem das espigas de cada
tratamento.
Massa fresca do grão: determinou-se o peso de todos os grão de cada tratamento com uma
balança analítica em gramas (g).
Massa seca da parte aérea da planta, massa seca da raiz e a massa seca do grão: Estas
variáveis foram determinadas mediante o processo de secagem das mesmas em uma estufa
durante 72 horas e por intermédio de uma balança analitica determinou-se a massa de cada
uma das amostras. A massa da parte aérea da planta foi determinada em kg, a massa da raiz e
a massa dos grãos em grama (g).
25
Figura 5. Processo de secagem da parte aérea da planta de milho em uma na estufa.
Rendimento: determinamos da seguinte maneira; massa seca dos grãos obtida das 5 plantas
de cada parcela, pelo número total de plantas nesta parcela de (16m2), levando os resultados
para kg ha-1 e depois para tonelada por hectare.
26
III Resultados e Discussão
27
7
d
6.5 cd
bcd bcd
bc
pH
6 ab d
cd
5.5 a
bcd bcd
b
5
ab
a
4.5
4
0 1 2 3 4 5 6
Doses crescentes de calcário T/ha
pH H2O pH KCl
Gráfico 1. Medias dos valores de pH do solo em água e cloreto de potássio em função de doses de calcário.
Medias seguidas por letras distintas, na coluna, diferem entre si, no nível de 5% de significância pelo teste
de Tukey.
Houve uma influência positiva do calcário aplicado nos valores de pH do solo, corroborando
com estes resultados Lange (2017) que trabalhou com a aplicação de doses crescentes de
calcário (dolomítico), conseguiu observar redução no valor da acidez de aproximadamente 6,0
para 4,5 cmolc dm-3 isto é, da menor para a maior dose de calcário (0 para 5,1 t ha-1), houve
aumentos nos valores de pH do solo, na saturação por bases e registou redução do Al+3
trocável. Cada t ha-1 de calcário aplicado promoveu aumentos nos valores de pH do solo.
Não corroborando com resultados deste trabalho Ernâni et al (2007), que também trabalharam
com doses crestes de calcário com o objetivo de avaliar os efeitos das doses de calcário (0,
2,5, 3, 5, 6, 12, 15 e 18 T há-1) na redução da acidez de dois solos, entretanto, estatisticamente
não conseguiram observar diferenças significativas entre a testemunha em relação aos
tratamentos com calcário nos valores de pH do solo (4,25, 4,60, 4,40, 4,91, 5,84, 4,46, 4,98,
6,20 e 5,92).
28
3.2. Número de folhas
Ao longo de todo ciclo da cultura verificou-se que o tratamento 1 (testemunha) sempre teve o
menor número de folhas, diferenciando-se, de forma significativa dos tratamentos com
calcário (tabela 3). Entretanto o tratamento que destacou-se com as maiores médias de folhas
foi o tratamento 4 que estatisticamente foi superior a testemunha, seguido dos tratamentos 2
e 7. No período de 45 até 90 dias do ciclo da cultura não registou-se diferenças significativas,
entre todos os tratamentos com calcário, tendo apenais diferença significativa com o
tratamento 1 (testemunha) que estatisticamente foi inferior.
Tabela 3. Número de folhas por planta ao longo do ciclo da cultura de milho e os coeficientes de variação
(CV%) nos diferentes tratamentos. Letras diferentes entre os tratamentos diferem estatisticamente entre si
pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
Tratamentos
Dias T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 CV%
15 3,33b 4,33ab 3,67ab 5a 4,67ab 4,67ab 5,33a 11,69
30 6,33b 7,67ab 7,33ab 8a 7,67ab 7,33ab 8,33a 7,10
45 8,33b 10,67a 10ab 10,67a 10,33a 10ab 10,33a 6,14
60 10b 12,33a 12a 12,33a 12,67a 12a 12a 3,17
75 11b 13,33a 13,33a 13,33a 13,33a 13a 12,67ab 4,80
90 11,67b 13,67a 13,67a 13,67a 13,33a 13ab 13,67a 4
105 11,33b 12,33a 12,67a 13,67a 12b 11,67b 12,33a 4,35
120 11c 12,33bc 13,67ab 14,67a 12,67b 12,33bc 13,33ab 4,16
De acordo com Araújo, et al. (2009), para garantir a disponibilidade dos nutrientes para as
plantas em solos ácido a calagem influência de forma significativa para esta condição. O
comportamento registado na variável número de folhas (tabela 3) no presente trabalho também
pode estar relacionado com as condições necessárias exigidas pela cultura que devem estar
disponíveis para que a planta expresse o seu potencial máximo de produção.
29
Resultados idénticos a estes foram encontrados por Santos (2007), que avaliou os efeitos da
calagem na redução da acidez e constatou maior número de folhas com a calagem. No início
da fase vegetativa (15 DDE) do ciclo de crescimento da cultura não registou-se diferenças
entre os tratamentos e de acordo com Fonseca, et al., (2015), a reserva contida nas sementes
é suficiente para as necessidades iniciais das plantas; assim, nas três primeiras semanas quase
não há absorção de minerais no solo, sendo os elementos contidos nas sementes mobilizados
e transportados para as raízes e para a parte aérea. Autores como Sengik (2003), e Brandão,
et al., (2015), em suas pesquisas sobre o desenvolvimento e produtividade de grãos de milho
em função do número de folhas, utilizando calcário também verificaram diferença
significativa entre a testemunha e os tratamentos com calcário. Concluíram que quanto menor
for o número de folhas maior é o prejuízo no crescimento da planta.
O gráfico 2 ilustra que aos 15 dias após a emergência (DDE) das plantas não houve diferenças
estatisticamente significativas, da testemunha (tratamento 1) em comparação aos tratamentos
com calcário, apresentando um coeficiente de variação de 6,42%. Porém, a partir dos 30 dias
até os 60 dias do ciclo da cultura, começou a registar-se um aumento na altura das plantas nos
tratamentos com calcário. Os tratamentos 6 e 7 apresentaram as maiores médias de altura, e
estatisticamente não houve diferenças significativas entre os tratamentos com calcário. O
gráfico 2 mostra que a altura da planta não variou positivamente com o aumento das doses
crescentes de calcário. De forma geral, verifica-se uma diferença significativa entre a
testemunha e os tratamentos corrigidos, sendo que estes últimos foram estatisticamente
superiores em relação a testemunha.
30
180 a a
a
160
a
Altura da planta em cm
140 b b
120 ab
100 a b b
80 a
ab c
60
40 a b
c
20
a c
0
15 30 45 60 75 90 105 120
Dias depois da emergência (DDE)
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7
Gráfico 2. Altura da cultura de milho, determinado em (cm) ao longo de todo ciclo da cultura (dias após a
emergência) nos diferentes tratamentos. Medias seguidas por letras distintas, no mesmo intervalo de dias, diferem
entre si, no nível de significância de 5%, de probabilidade pelo teste de Tukey.
Corroborando com os resultados obtidos neste trabalho, Barbosa (2007), em seu trabalho com
calcário, conseguiu também constatar, que as doses de calcário influenciaram
significativamente na altura da planta. Resultados idênticos aos do presente trabalho também
foram encontrados por Almeida, et al., (2003), e Cantão, et al., (2010), verificaram que, depois
da correção do solo, houve uma maior disponibilidade de nutrientes que foram absolvidos
pelas raízes e transferidos para serem armazenados na parte aérea da planta, o que influenciou
muito no aumento da altura da planta encontrando alturas máximas de 197cm e 194 cm.
Comportamento similar foram encontrados também por Valderrama, et al.,( 2011), em suas
pesquisas verificaram que a calagem influenciou de forma positiva na altura das plantas de
milho atingindo uma média máxima de 170 cm. Entretanto Lucena, (2000), afirma que as
doses de calcário (180 kg ha-1 e 240 kg ha-1), estavam na base do aumento da altura de plantas
de milho, até 162 cm. Ainda Fonseca, et al., (2015), em suas pesquisas conseguiram
encontram a maior média de altura (186 cm) apenais com a dose de 2 t ha-1de calcário.
Resultados diferentes foram encontrados por Lange (2017), que ao trabalhar com doses
crescentes (0 t ha-1, 1 t ha-1, 3 t ha-1 e 5 t ha-1) de calcário (dolomítico e calcítico) constatou
que a aplicação dos dois calcários não promoveu ganhos na altura de plantas de milho (210cm,
31
212cm, 218cm e 204cm), já que estatisticamente não registou diferença, entre os tratamentos
com calcário em relação a testemunha. Ainda Oliveira (2013), também encontrou
comportamento diferente a do presente trabalho ao trabalhar com doses crescente de calcário
(0 t ha-1, 0,5 t ha-1, 1 t ha-1, 1,5 t ha-1, 2 t ha-1 e 2,5 t ha-1) além de não constatar aumento
significativo na altura da planta com o aumento da dose (206,75cm, 201,25cm, 211,25cm,
212,00cm, 207,00cm e 214,50cm) também não encontrou diferença estatística entre a
testemunha e os tratamentos com calcário.
Tabela 4. Diâmetro do caule determinado em (mm) ao longo de todo ciclo da cultura nos diferentes
tratamentos.
Tratamentos
Dias T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 CV%
15 4,73a 5a 6a 6a 6,33a 6a 5,33a 16,28
30 3,67c 8,17b 9,07ab 9,33ab 9,67a 10,4a 10,43a 6
45 6,67c 10,8b 11,97ab 12,6a 12,67a 13,07a 13,47a 4,78
60 7,9e 14d 14,93cd 15,7bc 16,27ab 16,67ab 17,2a 2,78
75 12,4d 19,4c 19,97bc 21,5abc 21,9ab 22,3a 22,4a 4,12
90 17,27d 23c 25bc 25,3bc 28,13ab 28,83a 29,07a 4,58
105 20,87c 28,7b 29,67ab 29,93ab 30,27ab 30,87a 31,17a 2,12
120 22,33b 30,5a 31,33a 31,87a 31,7a 31,73a 32,33a 2,46
Médias com letras iguais em cada momento de amostragem, não diferem significativamente entre si pelo teste
de Tukey a 5% de probabilidade.
O calcário influenciou no diâmetro do caule já que os resultados obtidos nos tratamentos com
calcário são estatisticamente superiores a testemunha e comportamento semelhante foram
também encontrados por Fonseca, et al., (2015), que trabalharam com dois tipos de calcário,
32
constatou diferença significativa entre a testemunha e os tratamentos com doses de calcário
(1000 Kg há-1, 1500 Kg há-1, 2000 Kg há-1, 2500 Kg há-1 e 3000 Kg há-1), com um coeficiente
de variação (CV) de 14,59%.
De forma geral, na variável massa fresca da raiz, não houve diferenças significativas em quase
todos os tratamentos com calcário e estes foram estatisticamente superior a testemunha sendo
que o tratamento 2 foi estatisticamente inferior entre os tratamentos com calcário.
Tabela 5. Massa fresca e seca e seca da raiz de milho e os coeficientes de variação em todos os
tratamentos.
Massa da raiz em g
Tratamento Fresca Seca
T1 50,33b 15f
T2 62,67b 336e
T3 85,33a 72d
T4 96a 78c
33
T5 99,33a 78c
T6 99,67a 85b
T7 99,8a 88a
CV% 6,98 5,8
Médias com letras diferentes em cada momento de amostragem, diferem significativamente entre si pelo teste
de Tukey a 5% de probabilidade.
O calcário teve muita influência na massa fresca da raiz entretantos não registou-se aumento
da massa fresca da raiz em função do aumento das doses de calcário, que foram utilizadas.
Porém houve um aumento significativo na massa seca da raiz em função da dose de calcário
que foi aplicada em geral, houve produção baixa da massa fresca e seca da raiz no solo onde
não aplicou-se calcário e resultados semelhantes foram encontrados pelo Sengik (2003) e
Castro, et al., (2013), que também trabalharam com cálcio e conseguiram observar a influência
do mesmo na produção de massa na raiz e pouca produção de massa no solo não corrigido.
Segundo Batista, (2012), em solo muito ácido o sistema radicular não consegue ter um
crescimento satisfatório em consequência disto haverá pouca produção de massa fresca e seca.
De acordo com Santos (2007), os nutrientes absolvidos não são armazenados no sistema
radicular mais contribuem significativamente na produção de sua massa.
Como se observa na tabela 6 a massa fresca da parte aérea da planta nos tratamentos com
calcário não houve diferença estatística significativa. Os tratamentos com calcário foram
estatisticamente superiores a testemunha (tratamento 1). Sendo que os tratamentos 2 e 3 não
apresentaram diferença significativa em relação ao tratamento 1. Estatisticamente o
tratamento 1 (testemunha) foi inferior entre todos.
Ainda na tabela 6 observa-se que, o tratamento 7 obteve a maior média de massa seca, e
estatisticamente foi superior entre todos. De forma geral, houve diferença significativa entre
todos os tratamentos e o tratamento 1 foi estatisticamente inferior entre todos.
Tabela 6. Média da massa fresca e seca da parte aérea da planta e os coeficientes de variação (CV%)
em todos os tratamentos.
34
T4 1,91a 1,32c
T5 1,89a 1,37b
T6 1,89a 1,37b
T7 1,91a 1,5a
CV% 19,38 5,6
Médias com letras iguais em cada momento de amostragem, não diferem significativamente entre si pelo teste
de Tukey a 5% de probabilidade.
Corroborando com os resultados obtidos, neste trabalho Kusman, et al., (2002), com a
aplicação de calcário registaram, aumentos na produção de massa seca da parte aérea da
planta.
Segundo a EMBRAPA (2007), a dose de 4 t há-1 de calcário eleva a saturação das bases até
50%, o que influenciou no aumento da produtividade de massa seca na cultura de milho.
Tabela 7. Médias do número de espigas por planta, coeficiente de variação (CV%) em todos os
tratamentos.
35
T1 1a
T2 1,33a
T3 1a
T4 1a
T5 1,33a
T6 1,67a
T7 1,33a
CV% 46,63
Médias com letras iguais em cada momento de amostragem, não diferem significativamente entre si pelo teste
de Tukey a 5% de probabilidade.
3.8. Massa fresca da espiga com a palha e Massa fresca da espiga sem a palha
Como observa-se na tabela 8, de forma geral, na variável massa fresca da espiga com a palha,
não houve diferenças significativas nos resultados encontrados entre os tratamentos com
calcário. Os tratamentos 2 e 3 foram estatisticamente inferiores entre os tratamentos com
calcário, e não apresentaram diferença significativa do tratamento 1 (testemunha).
Na variável massa fresca da espiga sem a palha o tratamento 7 foi estatisticamente superior
entre todos os tratamentos, seguido do tratamento 6 (tabela 8). Conforme constata-se na tabela
8, não houve diferença em quase todos os tratamentos, sendo que, o tratamento 1 apresentou
diferença significativa dos tratamentos 6 e 7 e foi estatisticamente inferior, em comparação a
estes tratamentos.
Tabela 8. Média da massa fresca da espiga com palha (M.F.E.C.P) e massa fresca da espiga sem a
palha (M.F.E.S.P), coeficiente de variação (CV%) nos diferentes tratamentos.
T1 0,31b 0,29b
T2 0,52ab 0,53ab
T3 0,56ab 0,54ab
T4 0,63a 0,59ab
T5 0,60a 0,58ab
36
T6 0,64a 0,61a
T7 0,64a 0,61a
CV% 18,36 21,36
Médias com letras diferentes em cada momento de amostragem, diferem significativamente entre si pelo teste
de Tukey a 5% de probabilidade.
Constatou-se que não houve aumento na produção de massa da espiga com o aumento da dose
de calcário, entretanto, o calcário influenciou no incremento da massa da espiga com a palha
assim como sem a palha. Tal efeito pode estar relacionado com a maior concentração de Mg
na composição do calcário dolomítico, no qual a relação Ca:Mg do solo têm a tendência de
manter-se constante ou até mesmo reduzir em altas concentrações. De acordo com Lange
(2017), o cálcio é um nutriente indispensável para a germinação do grão de pólen e
crescimento do tubo polínico, de tal modo que acaba favorecendo a produção de massa fresca
da espiga.
Com base nos resultados obtidos na testemunha (tabela 8), consegue-se verificar que na
ausência de calcário a resposta da cultura quanto a produção de massa da espiga foi negativa
conforme constatou Garcia, et al., (2011).
Corroborando com os resultados obtidos nesta pesquisa Oliveira et al., (2008), constataram
que, em função da aplicação de calcário, houve incremento linear na produção de massa fresca
da espiga de milho. De acordo com Carvalho, et al., (2006), o modelo de regressão, a produção
de massa fresca da espiga, aumentou significativamente na fase de maturação dos grãos isto
de forma linear em 0,251 g planta-1 por unidade de cálcio (kg ha-1) aplicado ao solo, já que a
planta transfere todas as reservas para os grãos. Ainda Brandão, et al.,( 2015), afirmam que
com a calagem os nutrientes ficacam disponiveis exercendo sua influencia na produção de
massa pela transferencia dos nutrientes para a espiga.
De acordo com os resultados obtidos, na massa fresca dos grãos, observa-se que houve
diferença significativa em todos os tratamentos (tabela 9). Entretanto, os tratamentos com
calcário foram estatisticamente superior do tratamento 1 (testemunha). Como observa-se na
tabela 9, o tratamento 7 foi estatisticamente superior entre todos os tratamentos, obteve a
maior média de massa fresca dos grãos, seguido do tratamento 6. Comportamento semelhante
(a massa fresca dos grãos) verificou-se ao avaliar a massa seca dos grãos.
37
Tabela 9. Media da massa fresca e seca dos grãos da cultura de milho e coeficiente de variação (CV%)
em diferentes tratamentos.
Massa do grão em g
Tratamento Fresca Seca
T1 34,6g 18g
T2 57f 45f
T3 75,2e 68e
T4 86,6d 70d
T5 90,4c 88c
T6 109b 90b
T7 113,6a 100a
CV% 12 7
Médias seguidas de letras diferentes, na mesma coluna diferem entre si a 5% de significância do teste de Tukey.
Estudos realizados por Fageria, (2001 ) e Dias, (2016), também verificaram que a cultura de
milho responde positivamente a aplicação de calcário e constataram aumentos na produção de
massa seca dos grãos de milho até 21%. Segundo Oliveira, (2013), em sua pesquisa sobre
aplicação e reaplicação de calcário na cultura de milho, encontrou resultados que assemelham-
se muito aos do presente trabalho.
Não corrobora com os resultados deste trabalho Lange (2017), que ao trabalhar com doses
crescentes (0 t ha-1, 1 t ha-1, 3 t ha-1 e 5 t ha-1) de calcário (dolomítico e calcítico), constatou
que a aplicação dos dois calcários não promoveram ganhos na produção de massa nos grãos
de milho (27,12g, 28,69g, 27,48g e 28,67g).
3.10. Rendimento
38
Do ponto de vista estatístico houve uma diferença significativa entre os tratamentos com
calcário em comparação ao tratamento sem aplicação de calcário (testemunha) que foi
estatisticamente inferior com o menor rendimento de grãos (gráfico 2). Como observa-se no
gráfico 2, o maior rendimento de grãos foi encontrado com o tratamento 7 que estatisticamente
foi superior entre todos os tratamentos. Não houve diferença significativa do ponto de vista
estatístico entre o tratamento 3 e 4 assim como também o tratamento 5 não diferi do tratamento
6.
6
a
b b
Rendimento de grãos em T/ha
4 c c
3
d
e
1
0
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7
Tratamentos
Gráfico 3. Rendimento por hectare dos grãos de milho nos diferentes tratamentos, sendo que as Médias
com letras diferentes em cada momento de amostragem diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey
a 5% de probabilidade.
De forma geral, o aumento no rendimento de grãos de milho verificado neste estudo está
relacionado com a melhoria dos atributos químicos do solo; como o incremento nos teores de
Ca2+ e Mg2+ em todo o perfil do solo, juntamente com o aumento do pH (H2O) na camada de
0-10 cm, para valores superiores a 5,5, (gráfico 1) próximos ao ideal para a cultura de milho.
Também a redução nos teores de Al3+, na camada subsuperficial, proporcionou condições
químicas mais favoráveis ao desenvolvimento radicular, absorção de água e nutrientes para a
planta. A aplicação de calcário aumentou o rendimento de grãos de milho em todas as doses
de calcário (gráfico 2). Segundo Oliveira, (2013), o aumento no rendimento de grãos de milho
está relacionado com a melhoria dos atributos químicos do solo e decréscimo da saturação por
Al3+ na camada subsuperficial do solo.
Ainda Castro et al. (2013), que também trabalharam com doses crescentes de calcário
conseguiram constatar aumentos no rendimento de grãos em função da aplicação de calcário.
39
Corroborando com os resultados deste trabalho (gráfico 2) Miranda (2007), que trabalhou com
doses crescente de calcário (0, 2 e 4 Tha-1) na cultura de milho, constatou acréscimo
significativo no rendimento de grãos em relação ao tratamento sem calcário (5089kg, 7604kg
e 8570kg/ha).
Segundo Neto, et al., (2017), em suas pesquisas, verificaram aumento no rendimento de grãos
na cultura de milho e da soja, com incremento de 9,3 %, para o milho, em função da aplicação
de calcário. De acordo com Neto, et al., (2017), a resposta da cultura de milho à aplicação de
calcário foi maior até a dose máxima (6 t ha-1), isso devido ao fato da fertilidade do solo ter
aumentado os teores de Ca2+ e Mg2+ nas camadas de 0-20 cm de profundidade, o que supriu
as exigências da cultura e proporcionou altas produtividades de grãos. Autores como França,
et al., (2011), conseguiram encontrar rendimentos máximos de grãos na cultura de milho de
8.920 kg ha-1 com a dose superior (5 t há-1) de calcário.
Resultados diferentes foram encontrados por Oliveira (2013), que trabalhou com doses
crescente de calcário (0 t ha-1, 0,5 t ha-1, 1 t ha-1, 1,5 t ha-1, 2 t ha-1 e 2,5 t ha-1) e não verificou
aumento significativo no rendimento de grãos (6637 kg ha-1, 5130 kg ha-1, 6586 kg ha-1, 6944
kg ha-1, 7205 kg ha-1 e 7148 kg ha-1) em função da dose de calcário utilizado.
V. Conclusão e recomendações
Em função dos objetivos traçados e dos resultados obtidos no presente trabalho chegou-se, as
seguintes conclusão e recomendações:
5.1. Conclusão
40
Ao comparar o efeito das diferentes doses de calcário no crescimento e rendimento da cultura
de milho no solo Ferralítico Castanho, observou-se que com o aumento da dose houve um
aumento significativo nos parâmetros avaliados.
5.2. Recomendações
41
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