Ensaio Filosófico:

A moralidade de uma ação depende apenas das consequências a que dá origem?

Neste ensaio discute-se se a moral de uma ação depende ou não das suas
consequências.

Primeiro, irei explicitar mais detalhadamente a teoria que defendo,

mostrando a diferença que esta possui relativamente a outras teorias
rivais e alguns argumentos que irão reforçá-la.

Sim, pois se tivermos em conta a felicidade como um valor universal, os

nossos atos são sempre pensados com base na mesma, logo, se uma
consequência boa nos trouxer felicidade, é essa que iremos escolher.

Kant dizia que, o valor moral de uma ação reside na intenção do agente,
fazendo com que não se possa avaliar um ato, sem saber as intenções de
quem o pratica, logo pode haver boas consequências numa ação, sem esta
ter valor moral.

Outra objeção ao argumento apresentado é a responsabilidade, pois se

defendo que nós somos responsáveis pelos nossos atos, também somos
responsáveis pelas consequências dos mesmos, logo se o nosso ato tem
uma má consequência para a maioria, mas nós escolhemo-lo achando que
causaria felicidade, seremos responsáveis de qualquer maneira.

Uma das teorias que fortalece a minha opinião é a de Jeremy Bentham

pois ele defende que devemos escolher as nossas ações para que as
consequências aumentem a quantidade total de prazer no mundo.

Outro argumento a favor do apresentado é o facto de termos de ter em

conta as consequências que causamos nas outras pessoas, se o nosso
objetivo for a paz entre todos, então decidimos os nossos atos conforme a
felicidade igual para toda a gente.

Como respostas à primeira objeção apresentada, tenho a dizer que ao

contrário de Kant acho que não devemos ter em conta as intenções das
pessoas para valorizar as ações, pois uma pessoa pode ter boas intenções,
mas, partindo do seu ato podem resultar más consequências, deixando
desta forma a maioria das pessoas menos felizes.

Por exemplo, se um individuo tiver como intenção ajudar os amigos, mas,

no entanto, piora a situação onde estes se encontram, havendo assim
uma diminuição da felicidade da maioria, logo, teve consequências
negativas sendo considerado uma má ação.

Concluo dizendo que a moralidade das nossas ações depende das suas
consequências, mantendo a minha posição de encontro com uma ética
consequencialista.