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Introdução a Cefalometria

Universidade Gama Filho


Disciplina de Ortodontia
COD123

Lilian Gil
Histórico
- 1780 – Pieter Camper (anatomista) – Plano de Camper = base do nariz e
centro do conduto auditivo externo.

-1882 – XIII Congresso Geral da Sociedade de Antropologia Alemã – plano


standart = Plano horizontal de Frankfurt = margem superior do conduto
auditivo externo e ponto mais inferior da órbita
- 1895 – Wilhelm Conrad Roentgen – Raios X
Histórico

- 1931 – Broadbent (EUA)


- Hofrath (Alemanha)

cefalostato
cefalostato

Simpson, 1920
Radiografia Cefalométrica Lateral
Traçado Cefalométrico Lateral
Histórico
- Na ortodontia:

- 1940 – Brodie “On the growth of the human head – from the third
month to the eighth year of life”

- 1943 – Margolis: inclinação ideal do incisivo inferior 90°± 3°.


Ratificado 2 anos mais tarde por Tweed como 90°± 5°.

- 1948 - Downs
- 1952 - Tweed Análises cefalométricas
- 1953 - Steiner
Histórico - cefalometria

1957 1° Workshop de Cefalometria

- Definir normas internas da cefalometria.


- Definir pontos e planos.
- Uniformizar a técnica.
- Estabelecer interpretações.
- Avaliar as aplicações clínicas.
Cefalometria

Objetivos básicos:

- estudo do crescimento cranio facial,


- diagnóstico de anomalias dento-cranio-faciais;
- planejamento do tratamento ortodôntico
- avaliação dos casos tratados ortodonticamente
- comunicação dos objetivos do tratamento
Radiografias cefalométricas

-Póstero Anterior (PA) - Norma frontal.


-Lateral oblíqua em 45o
-Perfil - Norma lateral
Técnica do traçado

-O cefalograma é feito em papel de acetato


transparente

- Uso de linhas cheias, tracejadas e/ou pontilhadas


para estudos de superposição (Steiner) ou

- Uso de cores convencionadas

Preto – traçado inicial


Azul – traçado da fase de tratamento
Vermelho – traçado final
Verde – traçado da fase de contenção
Marrom – traçado da fase de pós-contenção
Análise cefalométrica

Medidas lineares
Medidas
cefalométricas
Medidas angulares

Paciente Grupo de referência


Análise cefalométrica

Conjunto de valores lineares e angulares


Objetivo

Determinar o padrão dento-crânio-facial

Padrão Esquelético
Componentes básicos Padrão Dentário
Perfil
Análise cefalométrica

 Análise de Tweed

 Análise de Steiner
Análise de Tweed

1928- Angle School of Orthodontia.


Tratamento sem extrações.

1934- havia atingido os objetivos que


almejava em 20% dos pacientes tratados.

estética facial satisfatória

saúde dos tecidos bucais

estabilidade do tratamento

mecanismo mastigatório eficaz

Charles H. Tweed
Análise de Tweed

Indivíduos com oclusão normal

A inclinação dos incisivos inferiores com o


plano mandibular era de

90° +- 5° (IMPA)

Extrações dentárias

Charles H. Tweed
Análise de Tweed
Ampla variação no
ângulo formado entre
os planos mandibular
e horizontal de
Frankfort.

FMA =25°
Análise de Tweed

Soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180°.

65°
25°

90°
Análise de Tweed

Pontos Planos e Linhas

• Pório mecânico • Plano Horizontal de Frankfurt

• Orbitário • Plano mandibular

• Mento • Longo eixo do incisivo inferior


Análise de Tweed

Pontos

Or
Po •

Planos e Linhas


Me
Análise de Tweed

FMIA
FMA

Triângulo de
Diagnóstico Facial IMPA
Análise de Tweed

Tweed acreditava que um FMA de 25°, um


IMPA de 87° e um FMIA de 68° proporcionam uma
estética facial satisfatória e resultados finais mais
estáveis.

Padrão facial Compensações na inclinação dos


incisivos inferiores.
Análise de Tweed

FMA

FMIA
FMA

Inclinação dos
incisivos IMPA
inferiores.
Análise de Tweed

FMA

FMIA
FMA

Inclinação dos
incisivos
inferiores.
IMPA
(limite 94°)
Análise de Tweed

Postulado da Análise de Tweed

FMA = 25° +- 4°---------------- FMIA = 68°

FMA ≥ 30° ---------------------- FMIA = 65°

FMA ≤ 20° ---------------------- IMPA ≤ 94°


Análise de Steiner

1953: Análise cefalométrica


Objetivo

Facilitar o diagnóstico e o
planejamento dos problemas dento-
crânio-faciais.

Composta de medidas preconizadas


por Riedel, Downs, Thompson,
Margolis e Wylie.

Cecil C. Steiner
Análise de Steiner

Dinâmica

Crescimento do Alterações decorrentes


paciente da mecânica

Abrangente
Simples
Universalmente conhecida

Cecil C. Steiner
Análise de Steiner

PONTOS

• Sela • Ponto B • Gnátio

• Násio • Ponto D • Pogônio

• Ponto A • Gônio
Análise de Steiner

PONTOS
S •N

•A

Go•

B
D• •
• Pog
• Gn
Análise de Steiner

Planos e Linhas

• Linha S-N • Linha N-D

• Linha N-A • Plano oclusal

• Linha N-B • Plano mandibular

• Longo eixo do incisivo inferior


• Longo eixo do incisivo superior
Análise de Steiner
Planos e Linhas
S •N

•A

Go•

•B
D• •Pog

Gn
Análise de Steiner

Medidas lineares Medidas angulares

Medidas para avaliação

Padrão Padrão Perfil


esquelético dentário
Análise de Steiner
Avaliação do Padrão esquelético

• Ângulo SNA

Medidas • Ângulo SNB


angulares
• Ângulo ANB

• Ângulo SND

• Ângulo GoGn-SN
Avaliação do Padrão esquelético - Steiner

Ângulo SNA
S •N
Expressa o grau de •
protrusão ou retrusão da
maxila em relação à
base do crânio.

•A

Valor normal = 82°


Avaliação do Padrão esquelético - Steiner

Ângulo SNB
S •N
Expressa o grau de •
protrusão ou retrusão
da mandíbula em
relação à base do
crânio.

Valor normal = 80°

•B
Avaliação do Padrão esquelético - Steiner

Ângulo ANB
•N
Expressa a relação
ântero-posterior entre a
maxila e a mandíbula.

•A

Valor normal = 2°

•B
Avaliação do Padrão esquelético - Steiner

Ângulo SND
S •N
Expressa de forma •
mais verdadeira a
localização do osso
basal mandibular em
relação à base do
crânio.

Valor normal = 76 a 77°

•D
Avaliação do Padrão esquelético - Steiner

Ângulo GoGn.SN

Expressa o grau de S •N
abertura da •
mandíbula e de
altura vertical da
sua porção anterior.

Indica o padrão de
crescimento. •
Go

Valor normal = 32°


• Gn
Análise de Steiner

Avaliação do Padrão dentário

• Ângulo plano oclusal-SN


Medidas • Ângulo incisivo superior. NA
angulares
• Ângulo incisivo inferior. NB
• Ângulo interincisivos

• Distância incisivo superior- NA


Medidas
lineares • Distância incisivo inferior- NB
• Distância Pogônio-NB
Avaliação do Padrão dentário - Steiner

Ângulo plano oclusal- SN

S •N

Expressa a inclinação dos
dentes, em oclusão, com
a base do crânio.

Valor normal = 32°


Avaliação do Padrão dentário - Steiner

Ângulo incisivo superior.NA

•N
Expressa a inclinação
axial deste dente com a
linha N-A.

•A

Valor normal = 22°


Avaliação do Padrão dentário - Steiner

Distância incisivo superior.NA

•N
Expressa a relação
ântero-posterior deste
dente com a linha N-A.

•A
Valor normal = 4mm
Avaliação do Padrão dentário - Steiner

Ângulo incisivo inferior.NB

•N
Expressa a inclinação
axial deste dente com
a linha N-B.

Valor normal = 25°

•B
Avaliação do Padrão dentário - Steiner

Distância incisivo inferior.NB

Expressa a relação •N
ântero-posterior deste
dente com a linha N-B.

Valor normal = 4mm

•B
Avaliação do Padrão dentário - Steiner

Ângulo interincisivos

Revela a inclinação dos


incisivos, mostrando o grau
de protrusão destes dentes
entre si.

Valor normal = 131°


Avaliação do Padrão dentário - Steiner

Distância Pogônio.NB

Não tem valor definido, •N


depende da quantidade
de tecido ósseo na
região de mento.

Associada com o
crescimento
mandibular.

•B
• Pog
Análise do Perfil - Steiner

Linha “S”
Avaliar a relação entre tecidos
moles.

S-LS e S-LI > zero ............. Perfil convexo

S-LS e S-LI = zero ............. Perfil reto

S-LS e S-LI < zero ............. Perfil côncavo


Análise de Steiner
Críticas à Análise de Steiner
1) Esquema matemático.
2) Ângulo ANB.
• varia com o crescimento ( ANB)
• influência do crescimento que ocorre na região do
násio.
+ anteriormente ANB
• localização do ponto N
+ posteriormente ANB
• influência da altura vertical da face

Distância vertical entre o násio e os pontos A e B ANB


Conclusão

Todas as análises são baseadas em uma


amostra específica, portanto o profissional deve
utilizar sua inteligência, experiência e perícia
para individualizar esses dados.

Os valores não são aplicáveis para todas as


idades, sexos e raças.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. FERREIRA, F.V. Ortodontia – Diagnóstico e Planejamento clínico. 2ạ ed. São


Paulo: Artes Médicas, 1998. 503 p.

2. INTERLANDI,S. Ortodontia- Bases para a Iniciação. 4 ạ ed. São Paulo: Artes


Médicas, 1999. 769 p.

3. MIYASHITA, K. Contemporary Cephalometric Radiography. Quintessence


Publishing Co, Inc, Tokyo, 1996.

4. MOYERS, R.E. Ortodontia. 4ạ ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,


1991,483p.

5. PROFFIT, W. R. Ortodontia Comtemporânea. 3ạ ed. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2002. 677 p.

6. VILELLA, O.V. Manual de Cefalometria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,


1998. 140 p.

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