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Introdução

É com muita satisfação que apresentamos este trabalho de investigação de matemática da 12ª
classe que fala sobre funções e, equações e inequações trigonométricas. Este trabalho foi
concebido para auxiliar o nosso estudo e aprendizagem da Matemática, permitindo-nos ao
mesmo tempo consolidar os nossos conhecimentos.

O trabalho em referência tem como objectivo geral: Explicar duma forma sintética as funções
e, equações e inequações trigonométricas e, para concretização desde objectivo geral, os
autores optaram em expor o específico, a saber: Perceber duma forma sintética as
características semelhantes das funções trigonométricas.

O trabalho está subdividido em índice, introdução, desenvolvimento, conclusão e a


bibliografia onde estão patentes as obras consultadas. O fim do mesmo é a apresentação do
mesmo na sala de aulas
1.Funções Trigonométricas
As funções circulares ou trigonométricas descrevem o comportamento de muitos sistemas
físicos; marés, correntes, pulsações cardíacas, ondas cerebrais, campos electromagnéticos,
“cash-flow” em negócios sazonais, estacões do ano, fases da lua. A característica comum dos
fenómenos que são modelados pelas funções circulares é que são fenómenos periódicos. Um
importante teorema do cálculo refere que todo fenómeno periódico pode ser descrito por uma
combinação algébrica de senos e cossenos.
Assim, o estudo da trigonometria é a base para qualquer fenómeno periódico.
São exemplos de funções trigonométricas fundamentais:
y=senx, y=cosx, y=tgx e y=cotgx

Representação gráfica das funções trigonométricas

1. Função seno
Chama-se função seno à aplicação que a cada número real x faz corresponder o seno de um
ângulo cuja medida da sua amplitude em radianos é x.

Gráfico (287)

Estudo completo:
 Domínio: Df =R;
 Contradomínio: D ' f =[-1, 1];
 Expressão geral dos zeros: x=kπ, k∈Z;
 Extremos da função:
π
a) Extremo máximo x= +2kπ, k∈Z;
2

b) Extremo mínimo x= +2kπ, k∈Z;
2
 Período: 2π;
 Paridade: É uma função impar (gráfico simétrico em relação a origem).

2. Função cosseno
Analogamente, chama-se função cosseno à aplicação que a cada número real x faz
corresponder o cosseno de um ângulo cuja medida da sua amplitude em radianos é x.
Grafico (288)

Estudo completo:
 Domínio: Df =R;
 Contradomínio: D ' f =[-1, 1];
π
 Expressão geral dos zeros: x= +¿kπ, k∈Z;
2
 Extremos da função:
c) Extremo máximo x=2kπ, k∈Z;
d) Extremo mínimo x=π+2kπ, k∈Z;
 Período: 2π;
 Paridade: É uma função par (gráfico simétrico em relação ao eixo do yy).
3. Função tangente
Define-se do mesmo modo que o seno ou cosseno, bastando substituir tangente por seno.

Gráfico (289)

Estudo completo:
π
{
 Domínio: Df = x ∈ R : x ≠ + kπ , k ∈ Z ;
2 }
 Contradomínio: D ' f =R;
 Expressão geral dos zeros: x=kπ, k∈Z;
 Extremos da função: não tem extremos;
 Período: π;
 Paridade: É uma função ímpar (gráfico simétrico em relação a origem).

4. Função co-tangente

Grafico (289)

Estudo completo:
 Domínio: Df ={ x ∈ R : x ≠ kπ , k ∈ Z };
 Contradomínio: D ' f =R;
π
 Expressão geral dos zeros: x= + kπ , k ∈ Z ;
2
 Período: π;
 Paridade: É uma função ímpar (gráfico simétrico em relação a origem).

Importância das funções trigonométricas


O estudo de Funções é de extrema importância para vários segmentos da ciência.
1) Graficaliza expressões matemáticas complicadas;
2) Modela o comportamento de fenómenos físicos;
3) Fundamenta o Cálculo Diferencial e Integral.

Transformação de funções trigonométricas


Partindo do gráfico de uma função y=f (x) podem ser obtidos gráficos de outras funções:
y=f ( x ) +a Translação de a na direcção do
eixo dos yy.
y=f ( x +a ) Translação de –a na direcção do
eixo dos xx.
y=af ( x ) Esticar ou encolher segundo o
factor a, na direcção do eixo dos
yy.
y=f ( ax ) Esticar ou encolher segundo o

1
factor , na direcção do eixo dos
a
xx.
y=−f ( x ) Simetria em relação ao eixo dos
xx.
y=f (−x ) Simetria em relação ao eixo do yy.

Exemplos:
1. Considere as funções y1=2+senx e y2=-senx
Descreva como obter gráfico de cada uma delas a partir do gráfico de y=senx e represente-os
respectivamente.
Resolução:
y1=2+senx: o gráfico desta função tem a mesma forma que o gráfico de y=senx, mas
deslocado na vertical para cima 2 unidades.

Gráfico (pag 155)


y2=-senx: o gráfico desta função tem a mesma forma do gráfico de y=senx, mas é simétrico ao
eixo de xx.

Gráfico (pag 156)

Exemplo 2:
Considere as funcoes da família y=aços[k(x-b)]+c. represente graficamnete duas funcoes da
família cujo período seja 4π e amplitude 2

Resolução:
2π 1
Se o período é 4π, então ⇔|k|= . E como amplitude é 2, então a=± 2. As
¿ k∨¿=4 π ¿ 2

1
[ ]
funcoes do tipo y=± 2 cos ( x−b) + c . Consideremos os casos:
2
1
b=c=0 e a=2. Assim, temos o caso y=2 cos x .
2
1
Esticando o gráfico da funcao y=cosx, no valor =2, ao longo dom eixo do xx, obtemos o
a

1
gráfico de y=cos x . Esticando este ultimo gráfico no valor 2, na direccao do eixo dos yy
2

1
obtemos o gráfico de y=2 cos x
2

Gráfico(pagina 156)

2. Equações Trigonométricas
Equações trigonométricas são aquelas que envolvem as funções trigonométricas em seus
membros.
Exemplos:
1. cos (2x) = -cos(x)
1
2. sen (x) =
2
π
3. tg (x) =
4
A maioria das equações trigonométricas são ou reduzem-se a um dos três tipos a seguir:
1) sen x = sen a
2) cos x = cos a
3) tg x = tg β
Que são chamadas de equações fundamentais.

Equações do tipo sen x = sen a


Analisando o círculo trigonométrico (ver figura 1), temos que:
 ou x e a têm a mesma imagem no círculo trigonométrico, isto é, x = a + 2kπ , k ∈ Z.
 ou x e a têm imagens simétricas em relação ao eixo OY, isto é,
x = (π−a)+2kπ , k ∈ Z .
Resumindo:
x=a+2 kπ
{ ou
x=( π −a )+ 2kπ
, k∈ Z

Figura 1.

Exemplo:
π π
1) sen x = sen ( ) ⇒ x = +2kπ ou ou x =
8 8

π
(π− ) + 2kπ, k ∈ Z ⇒
8
π π
x= + 2kπ ou x = 7 + 2kπ, k ∈ Z.
8 8
π π
Logo, S = {x∈R:x= +2kπ, ou x=7 +2kπ, k∈Z}
8 8

Equações do tipo cos x = cos a


Analisando o círculo trigonométrico (ver figura 2), temos que
 ou x e a têm a mesma imagem no círculo trigonométrico, isto é, x =a+2kπ ,
k∈Z.

 ou x e a têm imagens simétricas em relação ao eixo OX, isto é, x = −a+2kπ ,


k∈Z.

Resumindo:

x=b+2 kπ
{ ou
x=−b+2 kπ
, k∈ Z

Figura 2.

Exemplos:
1) cos x = -1 = cos π ⇒ x = π+2kπ ou x =−π+2kπ , k ∈ Z ⇒ x =π+2kπ ,
k ∈ Z.
Logo, S = {x∈R;x = π+2kπ , k∈Z}

−√ 3 5π 5π −5 π
2) cos x =
2 ( )
⇒ cos x = cos
6
⇒x=
6
+2kπ ou
6
+¿2kπ, k ∈ Z
5π −5 π
Logo, S = {x∈R: x = +2kπ ou +¿2kπ, k∈Z}
6 6

Equações do tipo tg (x) = a


Analisando o círculo trigonométrico (ver figura 3), temos que
 ou x e a têm a mesma imagem no círculo trigonométrico, isto é, x =a+2kπ ,
k ∈Z .
 ou x e a têm imagens simétricas em relação a origem, isto é, x =π+a+2kπ ,
k ∈Z , isto é, x = a + (2k + 1)π, k ∈Z .

Portanto, A equação tg (x) = a tem no intervalo [ 0º , 360º [ ( [ 0, 2π [ ) duas soluções : são os


ângulos de amplitude α e de amplitude 180º + α ( α e π + α rad ), sendo α uma amplitude cuja
tangente é o valor a ( tg (α) = a ).

No universo das amplitudes, temos


tg (x) = a ⇔ tg (x) = tg (α) ⇔ x = α + k∙180º, k ∈ Ζ
( x = α + kπ, k ∈ Ζ )

Resumindo: x = a + kπ, k ∈Z.


Figura 3

Exemplos:
1. A equação tg (x) = 0 tem no intervalo [ 0º , 360º [ ( [ 0, 2π [ ) duas soluções : 0º e
180º ( 0 e π rad ) − os zeros do seno em [ 0º , 360º [.
No universo das amplitudes, temos:
tg (x) = 0 ⇔ x = 0º + k∙180º , k ∈ Ζ ⇔ x = k∙180º , k ∈ Ζ
Logo, S= {x∈R: x = kπ , k ∈ Ζ }.

2π 2π
2. tg x = −√ 3 ⇒ tg x = tg ⇒x= + kπ, k ∈ Z.
3 3

Logo, S ={x∈R: x = + kπ, k ∈ Z}
3
3.

1 1
3 3 ()
tg x = ⇒ x = arctg +kπ, k ∈ Z.

Logo, S ={x∈R: x =arctg ( 13 )+kπ, k ∈ Z}.


4.
√ 3 ⇒ tg 2x = tg π ⇒ 2x = π +¿kπ , k ∈ Z ⇒ x = π +¿k π , k ∈ Z ,
tg 2x =
3 ( )
6 6 12 2
π π
Logo, S ={x∈R: x = +¿k , k ∈ Z}.
12 2

Equações do tipo cotg (x) = a


A equação cotg (x) = a tem no intervalo [ 0º , 360º [ ( [ 0, 2π [ ) duas soluções : são os ângulos
de amplitude α e de amplitude 180º + α ( α e π + α rad ), sendo α uma amplitude cuja
cotangente é o valor a ( cotg (α) = a ).
No universo das amplitudes, temos
cotg (x) = a ⇔ cotg (x) = cotg (α) ⇔ x = α + k∙180º, k ∈ Ζ
( x = α + kπ, k ∈ Ζ )

Exemplo:
A equação cotg (x) = 0 tem no intervalo [ 0º , 360º [ ( [ 0, 2π [ ) duas soluções : 90º e
π π
270º ( e 3 rad ) − os zeros do coseno em [ 0º , 360º [.
2 2
No universo das amplitudes, temos
cotg (x) = 0 ⇔ x = 90º + k∙180º , k ∈ Ζ
π
Logo, S ={x∈R: x = + kπ , k ∈ Ζ}.
2

3. Inequações trigonométricas
Quando encontramos função trigonométrica da incógnita ou função trigonométrica de alguma
função da incógnita em pelo menos um dos membros de uma inequação, dizemos que esta
inequação é trigonométrica.

Exemplos:
1
1) sen x > e sen2 x + tgx 2 são inequações trigonométricas.
2
2) ( sen 30º) . (x2 - 1) > 0 não é uma inequação trigonométrica.
A grosso modo, resolver uma inequação trigonométrica é encontrar o valor de x que satisfaça
a inequação em qualquer arco côngruo.
A maioria das inequações trigonométricas, quando convenientemente tratadas e transformadas,
são ou reduzem-se a pelo menos uma das inequações fundamentais, ou seja, a um dos seis tipos
a seguir, chamadas de inequações fundamentais:
1) sen x > a
2) cos x > a
3) tg x > a
4) sen x < a
5) cos x < a
6) tg x < a
Vamos conhecê-las, a seguir, através de exemplos
1º caso : sen x < sen a (sen x ≤sen a)

Se queremos, sen x< a estamos interessados nos valores do eixo vertical (o eixo dos senos), que
são menores do que a. Se, traçarmos uma recta horizontal r que passa pelo ponto que assinala a
altura a no eixo dos senos, estaremos interessados nos arcos de circunferência com início na
origem (ponto A na figura abaixo), e final nos pontos da circunferência trigonométrica que estão
no semi-plano que fica abaixo da recta r, conforme ilustrado na figura abaixo.

Observação: No caso, sen x > sen a (sen x ≥sen a) os pontos da circunferência trigonométrica
que estarão no semi-plano que fica acima da recta r, conforme ilustrado na figura abaixo.
Exemplo:
1 π
Senx < ⇔senx <sen( )
2 6

π 5π
Encontramos, inicialmente,0< x < ou < x< 2 π , que é uma solução particular no intervalo
6 6
[0, 2 π]. Acrescentando 2 kπ (k∈ Z) às extremidades dos intervalos encontrados, temos a

π 5π
solução geral em IR, que é 2 kπ ¿ x < + 2 kπ ou 2 kπ + < x< 2 π + 2 kπ, k∈ Z.
6 6
O conjunto solução é, portanto:
π 5π
{
S= x ∈ R :2 kπ < x < +2 kπ ou 2 kπ +
6 6
< x< 2 π +2 kπ , k ∈ Z }
2º caso: cos x < cos a (cos x ≤cos a)
Se queremos, cos x< a estamos interessados nos valores do eixo horizontal (o eixo dos cossenos),
que são menores do que a. Se, traçarmos uma recta vertical r que passa pelo ponto que assinala a
altura a no eixo dos cossenos, estaremos interessados nos arcos de circunferência com início na
origem, e final nos pontos da circunferência trigonométrica que estão no semi-plano que fica
esquerda da recta r, conforme ilustrado na figura abaixo.

Se queremos cos x >a, estamos interessados nos valores do eixo horizontal (o eixo dos cossenos),
que são maiores do que a. Se, traçarmos uma recta vertical r que passa pelo ponto que assinala o
ponto no eixo dos cossenos, estaremos interessados nos arcos de circunferência com início na
origem (ponto A na figura abaixo), e final nos pontos da circunferência trigonométrica que estão
no semi-plano que fica à direita da recta r, conforme ilustrado na figura abaixo.

Exemplo:
3 π π 11 π
cos x < √ ⇔ cos x <cos ⇔ +¿ x <
2 6 6 6
π 11 π
{
S: x ∈ R : +2 kπ < x <
6 6
+2 kπ , k ∈ Z }
3º caso: tg x < tg a (tg x ≤tg a)
Exemplo:
tg x > 1 

π π 5π 3π
{
S: x ∈ R : + kπ < x< + kπ , ou
4 2 4
+ 2 kπ < x<
2
+2 kπ , k ∈ Z }
Conclusão
Chegado a este momento, apresentamos as principais ideias marcantes: constatou-se com o
levantamento teórico feito no desenvolvimento deste trabalho que há uma estreita relação
entre cálculo dos zeros de uma função trigonométrica e a resolução de equações
trigonométricas. Para resolver uma inequação trigonométrica é necessário antes um domínio
na resolução de equações trigonométricas, além disso, para resolver as inequações
trigonométricas é importante termos em mente o círculo trigonométrico.

A característica comum dos fenómenos que são modelados pelas funções circulares é que são
fenómenos periódicos, ou seja, aqueles que repetem o seu comportamento/ características
num certo intervalo considerado (domínio).

Foi bom fazer este trabalho pois além de criar e fortificar amizades, entre nós colegas do
grupo, no momento da sua realização, permitiu-nos saber através da leitura e debate do grupo,
alguns aspectos-chave sobre o tema aqui tratado.

Dificuldades enfrentadas na realização do trabalho: falta de domínio profundo da informática


para o esboço do círculo trigonométrico, gráfico de funções trigonométricas entre outros itens
que necessitam o uso de softwares adequados.
Bibliografia
O trabalho feito encontramos nos seguintes livros:
NEVES, Maria Augusta Ferreira. Matemática -12º ano-Parte-3: Trigonometria. Porto
Editora. Portugal. s/d.

SCHIVANI, Juliana. Trigonometria no ciclo-Inequações Trigonométricas. 1ª Edição. 2009.

RIBEIRO, A. Et all. Equações Trigonométricas. Portugal. 2003.

NEVES, Maria Augusta Ferreira et al. Matemática -10º ano. Volume 2. Porto Editora.
Portugal. 1990.

ARAÚJO, Isabelle da Silva. Equações e Funções Trigonométricas. Brasil. 2013

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