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 ANALDINO ADOLFO DUNHE

BERTA CLAUDINO DE SOUSA

ENIFA FABIÃO CAMPOS

FERNANDO AUGUSTO ANTÓNIO RIBEIRO JÚNIOR

NGOTCHEPE ORLANDO ROIA CHATIMA

RAQUEL SÁBADO DOMINGOS NJAZE

TEMA: METODOLOGIA ZOOP


 

TRABALHO DE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO


HOSPITALAR
4º ANO 

1 º GRUPO

1
ANALDINO ADOLFO DUNHE

BERTA CLAUDINO DE SOUSA

ENIFA FABIÃO CAMPOS

FERNANDO AUGUSTO ANTÓNIO RIBEIRO JÚNIOR

NGOTCHEPE ORLANDO ROIA CHATIMA

RAQUEL SÁBADO DOMINGOS NJAZE

TEMA: METODOLOGIA ZOOP


 
 
Trabalho
  Escolar apresentado à Faculdade de
Ciências
  de saúde para o propósito de avaliação
como requisito parcial necessário para a conclusão
da cadeira de Planificação em Saúde do Curso de
Administração e Gestão Hospitalar.

Orientador: dr. Abel Bingarda

TETE
2020
 
 
 
2
ÍNDICE
1. CAPITULO I.......................................................................................................................................4
1.1. Introdução....................................................................................................................................4
1.2. Objectivos....................................................................................................................................5
1.2.1. Objectivo Geral....................................................................................................................5
 Apresentar a visão de Metodologia Zoop.....................................................................................5
1.2.2. Objectivos Específicos.........................................................................................................5
1.3. Metodologia.................................................................................................................................6
2. CAPITULO II......................................................................................................................................7
2.1. Metodologia Zoop.......................................................................................................................7
2.1.1. Conceitos Básicos................................................................................................................7
2.1.1.1. Planeamento.....................................................................................................................7
2.1.1.2. Metodologia.....................................................................................................................7
2.1.2. Origens da Metodologia ZOOP...........................................................................................8
2.1.3. Características......................................................................................................................9
2.1.4. Objectivos do Método ZOOP...............................................................................................9
2.1.5. Técnicas utilizadas no Método ZOOP................................................................................10
2.1.6. Fazes do ZOOP..................................................................................................................10
2.1.6.1. Análise dos Envolvidos..................................................................................................11
2.1.6.2. Análise de problemas.....................................................................................................11
Esquema 1: Árvore de problemas.....................................................................................................12
2.1.6.3. Análise de objetivos.......................................................................................................12
2.1.6.4. Análise de alternativas...................................................................................................13
2.1.6.5. Planejamento do Projeto: Matriz de Planejamento do Projeto (MPP)............................13
Figura 1 - Estrutura da matriz de planejamento do projeto................................................................13
2.1.6.5.1. Descrição da matriz de planeamento..............................................................................14
3. CAPITULO III..................................................................................................................................17
3.1. Conclusão..................................................................................................................................17
3.2. Referências bibliográficas......................................................................................................18

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1. CAPITULO I

1.1. Introdução
Planear é pensar antes e durante uma ação, que é um cálculo. De maneira geral, calculamos os
objetivos a serem alcançados a partir da situação em que nos encontramos, do caminho ou das
ações que teremos de fazer para alcançar esses objetivos e com quais recursos precisamos contar.
Isto é o planeamento. A importância do planejamento no setor saúde tem sido relacionada com as
transformações nas formas de assistência, organização de redes e sistemas de serviços de saúde a
partir da segunda metade do século XX, gerando o interesse de organismos internacionais em
desenvolver propostas metodológicas que pudessem subsidiar a administração dos serviços de
saúde. No entanto, existem diferentes maneiras de planear. Ou seja, existem distintos modelos ou
métodos de planeamento. É importante e indispensável conhecê-los para escolher aquele mais
adequado ao nosso modelo assistencial de saúde “organização dos cuidados de saúde”,
especificidade de cada população e, por conseguinte, ao modelo de gestão que adotamos
(Campos, 2010). Pretende-se com o presente trabalho descrever a metodologia de planificação
ZOOP (Planejamento de Projetos Orientado por Objetivos)

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1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo Geral

 Apresentar a visão de Metodologia Zoop.

1.2.2. Objectivos Específicos


 Definir os conceitos de planeamento, metodologia e Zoop.
 Identificar os as características e as etapas da Metodologia Zoop.
 Descrever como funciona a metodologia Zoop.

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1.3. Metodologia
Para a concretização dos Objectivos deste trabalho utilizamos como metodologia a pesquisa
bibliográfica, não foi necessário um estudo de caso. Pois o presente trabalho de pesquisa foi
meramente de revisão de literatura. Esta pesquisa bibliográfica assentou-se também em artigos
técnicos e científicos.
O tipo de pesquisa utilizado neste presente trabalho foi o descritivo (pois o que se pretende é
descrever a metodologia de planificação Zoop).
A técnica de pesquisa adotada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica, através da consulta de
manuais, que abordam assuntos ligados à planificação, planificação em saúde e métodos de
planificação, fez-se também a consulta de artigos científicos, teses, dissertações, monografias,
pesquisas científicas, e algumas explanações ou definições de conceitos importantes utilizados
durante a pesquisa desse trabalho, e por outro lado foi feita a pesquisa na internet como forma de
conhecer mais sobre o tema “metodologia de planificação Zoop”.
.

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2. CAPITULO II

2.1. Metodologia Zoop

2.1.1. Conceitos Básicos

2.1.1.1. Planeamento
Segundo Teixeira (2010, p.17) Planejamento é um termo largamente utilizado no cotidiano da
política e da administração, tanto na esfera pública quanto na esfera privada. Por planejamento
entende-se um processo de racionalização das ações humanas que consiste em definir
proposições e construir a sua viabilidade, com vistas à solução de problemas e atendimento de
necessidades individuais e coletivas.
Pode-se afirmar que o ato de planejar consiste em desenhar, executar e acompanhar um conjunto
de propostas de ação com vistas à intervenção sobre um determinado recorte da realidade. O
planejamento pode ser visto como um instrumento de racionalização da ação humana. Ação
realizada por atores sociais, orientada por um propósito relacionado com a manutenção ou
modificação de uma determinada situação (Vilasbôas, 2004 apud Teixeira, 2010).
O interesse pelo planejamento das ações de saúde surgiu como decorrência da complexificação
crescente do processo de trabalho nesta área, em virtude da necessidade de se enfrentar as
mudanças que foram ocorrendo nas condições de vida e saúde da população em diversos países.
Nessa perspectiva, a realização de campanhas sanitárias e posteriormente a elaboração de
programas de controle de doenças podem ser consideradas atividades que já incluíam a prática
do planejamento (Teixeira, 2010, p.17).

Somente com o grande desenvolvimento científico e tecnológico observado na segunda metade


do século passado e as transformações decorrentes na prestação de serviços, com a organização
de redes e sistemas de serviços de saúde, é que a prática do planejamento tornou-se uma
necessidade reconhecida amplamente, gerando o interesse de organismos internacionais de
cooperação técnica, a exemplo da OMS, em desenvolver propostas metodológicas que pudessem
subsidiar a administração pública dos serviços e sistemas de saúde (Teixeira, 2010, p.18).

2.1.1.2. Metodologia
A palavra método origina-se da palavra grega méthodos, composta de dois elementos: metá
(‘atrás, em seguida, através’) e hodós (‘caminho, estrada’). Significa, pois, “caminho a seguir”. A

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palavra metodologia inclui um terceiro elemento grego, logía (indicativo de ‘ciência, arte,
tratado’). Segundo o Dicionário Aurélio, metodologia é “a arte de dirigir o espírito na
investigação da verdade”; em Filosofia, ela é definida como “estudo dos métodos e,
especialmente, dos métodos das ciências”. De maneira genérica, costuma-se entender que a
metodologia indica como será executada determinada atividade.

2.1.2. Origens da Metodologia ZOOP


Do alemão,”Zielorientiente Projektplanung - ZOPP” traduzido para o Português significa
“Planejamento de projetos orientado por objetivos” desenvolvido pelo Deustsche ,Gesellchaft
Für Tecnische - GTZ (2007) da Alemanha apud Campos (2010).
A sigla ZOPP pode ser traduzida como Planeamento de Projetos Orientado por Objetivos e visa
modificar a situação inicial para uma situação-objetivo com os resultados que se deseja obter.
O Zielorientiert Projectplannung (ZOPP) ou método de Planeamento de Projeto Orientado por
Objetivos é uma técnica de planeamento de intervenção social, criada e desenvolvida pela
Sociedade Alemã de Cooperação Técnica na década de 1980 para atender à necessidade de ações
mais efetivas ligadas aos fatores mais próximos às causas dos problemas, identificados por meio
da escuta cuidadosa das pessoas envolvidas e beneficiadas pelos projetos sociais, como gestores,
grupos beneficiários e técnicos responsáveis pela implementação, para construção conjunta de
decisões.
Método ZOPP utilizar técnicas de moderação (ou facilitação), objetivando facilitar a
participação, estimulando, organizando e conduzindo a discussão do grupo; dar cadência e
conteúdo à comunicação e promover a integração dos participantes. Com o ZOPP, espera-se que
uma maior participação leve a um maior conhecimento e compreensão por parte dos atores, que
se traduz em um maior compromisso com o projeto. Este maior envolvimento tende a fornecer
resultados melhores e uma maior probabilidade de se alcançar os objetivos, OLIVEIRA (2013).

O método prevê a definição de ações a partir de uma análise exaustiva dos problemas, causas e
efeitos e a consequente reversão dos problemas em objetivos, resultados esperados e ações,
presumindo-se que as ações responderão aos problemas de forma mais integral e efetiva. A
utilização de diferentes técnicas de visualização e estratégias comunicativas são essenciais para
promover a participação horizontalizada e subsidiar a construção de um quadro lógico no qual

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todos podem identificar a relação entre as ações e os resultados esperados, entre outros aspectos
do planeamento (responsáveis, parceiros, prazo, indicadores, riscos, compromissos).

Na construção de um modelo participativo para avaliação de um programa específico,


pesquisadores ressaltaram que o envolvimento da equipe como um todo favorece a valorização e
integração dos profissionais, agiliza as discussões e permite o retorno ágil dos resultados uma
vez que este se dá no próprio processo de discussão.
É importante salientar que, por ter surgido como uma ferramenta para viabilizar a cooperação
internacional (ENAP, 2006), o ZOPP buscam facilitar as decisões sobre quais projetos têm a
capacidade de alterar o território para a situação-objetivo pretendida, OLIVEIRA (2013).
Desta forma, é preciso compreender até onde se pode chegar realisticamente com as intervenções
propostas e é justamente essa questão que a análise da situação visa responder de modo objetivo,
evitando frustrações e decepções tanto dos apoiadores quanto daqueles que recebem o apoio
(ibid).

2.1.3. Características
O método possui as seguintes características básicas:
1. É um procedimento gradual através de uma seqüência de etapas sucessivas e
interligadas de planejamento,
2. Procura garantir a permanente visualização e documentação de todas as etapas do
planejamento,
3. Baseia-se em um enfoque no trabalho em equipe (participativo), e
4. Pressupõe que planejamento e implementação não se separam, portanto, os potenciais
beneficiários dos planos e programas devem ser parte ativa no processo de planejamento,
juntamente com a equipe técnica. A participação de todos os envolvidos com a situação
problemática a ser enfrentada no planejamento aumenta as chances de sucesso do plano a ser
executado.

2.1.4. Objectivos do Método ZOOP


 Definir objectivos claros e realistas;
 Melhorar a comunicação e a cooperação entre os envolvidos através de planeamento
conjunto e clara definição e documentação do projeto;

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 Permite que as partes envolvidas participem ativamente das decisões;
 Determina a área de responsabilidade da equipa do projeto;
 Criar um sistema de indicadores (métricas) para o acompanhamento, controle e avaliação
(monitoramento) do projecto e de sua implementação.

2.1.5. Técnicas utilizadas no Método ZOOP


 Trabalho participativo em grupo:
 Workshop: construção conjunta, todos são responsáveis, aprende-se fazendo;
 Trabalho em pequenos grupos: agiliza as discuções, dinamiza os trabalhos e há maior
contribuição dos participantes;
 Moderação: brainstorming, neutra, perguntas, apoio instrumental, parteio de ideias,
apresentação, documentação e formalização das decisões;
 Visualização móvel: tarjetas e painéis, estabelece um foco de discussão, todos tem acesso
e torna a discussão mais objectiva.

2.1.6. Fazes do ZOOP


O método ZOPP é constituído basicamente dos seguintes passos, onde que os primeiros 5 são
denominados de analise da situação:

Fase Descrição
Análise de envolvimento Tem como objetivo levantar informações sobre indivíduos,
ou de participação grupos e instituições, incluindo seus interesses e inter-relações,
que são relevantes para o entendimento dos problemas a serem
analisados.
Análise dos problemas Busca definir o problema central, que também pode ser chamado
de problema-chave ou focal. Ele é a base do diagnóstico, porém
não é completo, reflete apenas os conhecimentos e opiniões deste
grupo específico.
Árvore de problemas Após a definição do problema central, é feita a árvore de
problemas, da seguinte maneira: inscreve-se o problema central
no meio; abaixo, devem ser enumeradas as causas; e, na parte
superior, os efeitos.
Análise de objetivos Neste ponto, o problema central passa a ser o objetivo central, e
se estabelece a hierarquia de relações meio-fim.

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Análise de alternativas Nesta fase, são analisadas as diferentes alternativas de ação, com
ou estratégias base no que foi delineado na análise de objetivos.
Elaboração da matriz de As informações anteriores irão formar a matriz de planeamento,
planeamento do projeto constituída basicamente dos diferentes passos do Marco Lógico.
Fonte: adaptado de , NETO, et al (2018)

2.1.6.1. Análise dos Envolvidos


O termo envolvido indica aquelas pessoas ou organizações que têm ligação direta ou indireta
com a situação problemática em questão, inclusive os possíveis beneficiários do projeto a ser
elaborado, embora possa também ter a conotação de participantes do planeamento uma vez que é
desejável e altamente recomendado que estes participantes sejam representantes dos envolvidos,
MOARAES (2006). Visa à identificação, em uma primeira abordagem, de todos os indivíduos,
grupos e organizações que possam estar envolvidos com o projeto, levantando informações
acerca de possíveis expectativas, interesses e disponibilidade dos mesmos que sejam relevantes
para o entendimento dos problemas a serem analisados durante o seminário de
planejamento.Busca analisar e identificar pessoas, grupos ou instituições que direta ou
indiretamente estão envolvidos com a situação problemática em analise ou ao projecto.
Caracteriza os envolvidos, seus interesses, motivações e atitudes, potenciais dos envolvidos:
 Quem é o participante?
 Quais as expectativas dos envolvidos?
 Quais acções devem ser desenvolvidas em relação aos envolvidos?
 De que maneira os envolvidos devem ser considerados?
 Como é que o projecto há de se comportar em relação aos envolvidos?
 O que esperamos dos envolvidos?

2.1.6.2. Análise de problemas


Considerando que um problema pode ser definido como um estado negativo existente, devese
listar os problemas partindo-se de um problema central identificado pelo grupo. Inicia pela
identificação do problema central (ou problema-chave ou ainda problema focal) a partir do qual é
construída a Árvore do Problema, um diagrama hierárquico bastante simples, que descreve
graficamente a situação problemática que o grupo pretende abordar, sinalizando através de setas
as relações causa-efeito entre os principais problemas. A elaboração desta rede de causas e

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efeitos leva a uma abordagem sistêmica da situação a ser enfrentada baseada tanto em
informações técnicas previamente coletadas, quanto na percepção dos participantes do grupo,
evitando-se assim um excesso de tecnicismo na descrição dos problemas. Entretanto, deve-se
evitar o outro extremo, que é a discussão de problemas sobre os quais se tem pouca informação.
Para a arvore de problemas devem ser considerados os seguintes elementos:
1. Identificação do problema central.
• Situação problemática e sua abrangência
2. Levantamento e/ou à ordenação dos problemas secundários, ligados ao problema principal,
focalizando agora na relação de causalidade entre eles.
• Construir a árvore de efeitos do problema
• Construir uma árvore de causas do problema

Esquema 1: Árvore de problemas

Efeito Alto índice de Mortalilidade neonatal


gravidezes indesejadas e materna

Problema central Cerca de 30% das mulheres em Moçambique não têm


acesso ao Planeamento Familiar vs Métodos
Anticonceptivos

Baixo nível de educação Deficiente sistema da


Causas das mulheres rede sanitária para
prestação de cuidados

2.1.6.3. Análise de objetivos


Após a elaboração da árvore de problemas, a equipe envolvida no processo de construção do
programa deve avançar para a próxima etapa, em que os problemas são transformados em
objetivos, dando origem a uma árvore de objetivos. Por meio de uma análise critica, deve
transformar as relações de causa-efeito mostradas na árvore de problemas em relações do tipo
meio-fim, OLIVEIRA (2013).

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2.1.6.4. Análise de alternativas
A última fase da análise da situação é a análise de alternativas. É nessa etapa em que são feitas as
escolhas estratégicas dentre os objetivos identificados na fase anterior e feito o dimensionamento
dos recursos disponíveis, OLIVEIRA (2013). A necessidade de execução dessa fase ocorre em
razão de que nem todos os objetivos podem ser levados à diante por questões relacionadas à
viabilidade de cada projeto. Para isso é necessário, OLIVEIRA (2013):
 Identificar as causas e excluir aquelas não modificáveis no contexto do projeto ou ações
propostos;
 Classificar os meios analisados em função da possibilidade de execução e de acordo com os
recursos necessários.
A execução dessas etapas permite o desenho da dimensão da transformação pretendida. Com
isso, a análise de alternativas define quais problemas devem ser atacados pelos projetos bem
como a área de intervenção das ações propostas, permitindo avançar para a segunda etapa de
aplicação do método, a de planejamento do projeto, OLIVEIRA (2013).

2.1.6.5. Planejamento do Projeto: Matriz de Planejamento do Projeto (MPP)


A matriz de planejamento do projeto, também conhecida por quadro lógico, consiste, segundo
Pfeiffer (2000), em um conjunto de conceitos interdependentes que descrevem, de modo
operacional e organizado, em uma matriz, os aspectos mais importantes de um projeto de
intervenção, permitindo verificar a estruturação do projeto e um acompanhamento sistemático de
forma fácil e objetiva, OLIVEIRA (2013). Uma estrutura genérica da matriz de planejamento é
apresentada na Figura abaixo:

Figura 1 - Estrutura da matriz de planejamento do projeto.


Estratégias Indicadores Meios de verificação Suposições
Objectivo superior Indicador de efeito Fontes que comprovem Fontes externas para
os efeitos indiretos assegurar o alcançado
Objectivo do Indicador de efeito Fontes que comprovem Fontes externas para
projecto os efeitos diretos alcançar o Objectivo
superior
Resultados Indicador de Fontes que comprovem Fontes externas para
acompanhamento o desempenho alcançar o objetivo do
projecto

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Actividade Indicador de Fontes que comprovem Fontes externas para
acompanhamento o desempenho alcançar os resultados
Fonte: Oliveira (2013)
Nela, é possível observar a existência de relação causal entre os seguintes níveis:
 Atividades/resultados;
 Resultados/objetivos do projeto; e
 Objetivo do projeto/objetivo superior.

2.1.6.5.1. Descrição da matriz de planeamento


A fim de obter uma melhor precisão desde o planeamento de um projeto, a matriz de
planeamento deve trazer descrições dos objetivos e resultados de forma que se consiga visualizar
os resultados. Para este fim, é importante que os resultados façam uso do verbo no particípio e as
atividades sejam descritas com um verbo no infinitivo. Nas descrições dos objetivos, no entanto,
utiliza-se o presente, descrevendo a situação desejada, OLIVEIRA (2013).

Primeira coluna: Estratégia


 Objetivo superior: tem função de orientação, em um programa pode ser tomado como o
objetivo estratégico, com vários projetos tendo o mesmo objetivo superior.
 Objetivo do projeto: expressa a situação que se deseja alcançar com o projeto. Este objetivo
deve contribuir, de forma mensurável, para o objetivo superior.
 Resultados: são os bens e serviços produzidos pelo projeto. Difere do objetivo do projeto
pelo fato desse ser um efeito desejável que foge do controle e da responsabilidade direta da
gerencia do projeto, enquanto o resultado tem que ser gerenciado de tal forma que possa ser
atribuído aos esforços do projeto.
 Atividades: é tudo aquilo que precisa ser realizado para alcançar os resultados.
 Insumos/recursos: apesar de não estarem expressos na matriz de planeamento, os recursos
são fundamentais para a lógica da matriz.
Um dos aspectos importantes da matriz de planeamento é a diferenciação entre o escopo
gerenciável e o escopo não gerenciável, pois, segundo Baccarini (1999) apud, Oliveira (2013) o
êxito de um projeto pode ser definido em:
 Êxito do gerenciamento do projeto: que é a conclusão das metas de custo, tempo e qualidade;
e

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 Êxito do produto: que são os efeitos finais do produto do projeto. Ou seja, se um projeto de
infraestrutura bem gerenciado não consegue alavancar o desenvolvimento econômico, pode-
se considerar o seu êxito como limitado, por não haver efetividade da intervenção (Pfeiffer,
2000).

Segunda coluna: Indicadores


Um indicador tem a função de caracterizar os objetivos e resultados, permitindo a
mensurabilidade em termos de quantidade e qualidade de forma objetiva. Idealmente os
indicadores tratam os seguintes aspectos (Pfeiffer, 2000) apud, Oliveira (2013):
 Grupo-objetivo;
 Quantidade;
 Qualidade;
 Período; e
 Localização.
A busca por indicadores adequados, segundo Pfeiffer (ibid) pode desencadear um novo processo
de discussão sobre os objetivos ou os resultados já definidos, por demonstrarem a fraqueza ou
insustentabilidade dos consensos alcançados.

Terceira coluna: Meios de verificação


Com a finalidade de evitar que indicadores cuja comprovação não possa ser medida na prática a
matriz de planeamento traz na terceira coluna os meios de verificação, que indicam onde se
encontram as informações e os dados dos indicadores.

Quarta coluna: Suposições


Mudanças inesperadas podem ocorrer ao longo do desenvolvimento do projeto e, embora possam
estar fora do controle da gerencia, devem ser consideradas como importantes para o êxito do
projeto. Na tentativa de diminuir o risco de insucesso é que são construídas as suposições. A
suposição, para ser válida, deve passar pela seguinte avaliação:
 Deve ser importante para o êxito do projeto;
 Pode haver um certo grau de risco de ela não ocorrer; e

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 Se ela for considerada importante, mas pouco provável de ocorrer, significa que o êxito do
projeto está ameaçado e a estratégia de intervenção deve ser mudada.

A análise da estrutura da matriz de planeamento ajuda a visualizar os componentes gerenciáveis


de um projeto, inclusive seu contexto, limites e riscos, representando uma importante ferramenta
para a análise estratégica de intervenções.

O método ZOPP trouxe uma contribuição significativa. Primeiro, por incorporar o princípio de
participação, possibilitando assim captar a diversidade de conhecimentos, perspectivas e ideais
dos participantes. Esse método também trouxe inovações relativas à dinâmica de grupos, .4...7..
aos conhecimentos referentes à andragogia6 e o ao processo de comunicação grupal. Além disso,
o estabelecimento de objetivos durante a aplicação do método proporciona uma motivação para a
ação, gerando coesão e um trabalho produtivo. Por fim, o uso das técnicas de visualização do
método ZOPP facilita a concentração, servindo como fio condutor para o processo que vem
sendo desenvolvido, NETO, et al (2018).

3. CAPITULO III

3.1. Conclusão
Para responder os objectivos especificos do presente trabalho, o grupo concluiu que: entende-se
por planeamento, um processo de racionalização das ações humanas que consiste em definir
proposições e construir a sua viabilidade, com vistas à solução de problemas e atendimento de
necessidades individuais e coletivas. Ametodologia é definida como “estudo dos métodos e,
especialmente, dos métodos das ciências”. De maneira genérica, costuma-se entender que a

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metodologia indica como será executada determinada atividade. (ZOPP) ou método de
Planeamento de Projeto Orientado por Objetivos é uma técnica de planeamento de intervenção
social, criada e desenvolvida pela Sociedade Alemã de Cooperação Técnica na década de 1980
para atender à necessidade de ações mais efetivas ligadas aos fatores mais próximos às causas
dos problemas, identificados por meio da escuta cuidadosa das pessoas envolvidas e beneficiadas
pelos projetos sociais, como gestores, grupos beneficiários e técnicos responsáveis pela
implementação, para construção conjunta de decisões.
O método possui as seguintes características básicas: 1. É um procedimento gradual através de
uma seqüência de etapas sucessivas e interligadas de planejamento, 2. Procura garantir a
permanente visualização e documentação de todas as etapas do planejamento, 3. Baseia-se em
um enfoque no trabalho em equipe (participativo), e 4. Pressupõe que planejamento e
implementação não se separam, portanto, os potenciais beneficiários dos planos e programas
devem ser parte ativa no processo de planejamento, juntamente com a equipe técnica. São etapas
do metodo Zoop: Análise de envolvimento ou de participação, Análise dos problemas Árvore de
problemas, Análise de objetivos, Análise de alternativas ou estratégias e a Elaboração da matriz
de planeamento do projeto

3.2. Referências bibliográficas


CAMPOS, Francisco Carlos Cardoso de, Horácio Pereira de Faria, Max André dos Santos
Planejamento e avaliação das ações em saúde. 2ª ed. - Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2010.
MOARES, Valéria Vieira de. Planejamento participativo como instrumento de aprendizado /
Valéria Vieira de Moraes. -- Campinas, SP: [s.n.], 2006.
NETO, Alberto Bracagioli, Ivaldo Gehlen e Valter Lúcio de Oliveira. Planejamento e gestão de
projetos; coordenado pelo SEAD/UFRGS. – Dados eletrônicos. – 2. ed. rev. e ampl. – Porto
Alegre: Editora da UFRGS, 2018. 112 p.: pdf

17
OLIVEITA, Arthur Rodolfo de. Metodologia para construção de programas Territoriais com o
objetivo de implantar Infraestruturas de transportes, 90 paginas. Universidade de brasília,
Faculdade de tecnologia, Departamento de engenharia civil e ambiental. Brasília/df: julho de
2013.
TEIXEIRA, Carmen Fontes. Enfoques teóricos - metodológicos do planeamento em saúde. In:
C.F Teixeira (coord.). Planeamento em saúde: conceitos, métodos e experiencias. Salvador:
EDUFBA. Brasil. (2010)

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