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Diogo Rafael No 37
A Pesca em Moçambique
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Nazário Alberto No84
Diogo Rafael No 37
A Pesca em Moçambique
dra. Joaquina
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Índice
Introdução...................................................................................................................................3
1. A Pesca em Moçambique........................................................................................................4
1.3. A evolução...........................................................................................................................6
1.4. A importância.......................................................................................................................6
Conclusão..................................................................................................................................10
Bibliografia...............................................................................................................................11
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Introdução
Hoje é possível perceber que a pesca é uma prática de quase todos os povos que têm a
possibilidade de praticar essa actividade. A finalidade da prática é diversa: outros praticam
para servir de alimentação (servir de caril), outros capturam para vender e conseguir dinheiro.
Dependendo das técnicas de pescado, em alguns casos é capturado em quantidade e, por sua
vez, é importado. Todo isso está relacionado com a pesca.
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1. A Pesca em Moçambique
A extensa costa moçambicana, com cerca de 2500 km, mais a riqueza das águas interiores,
constituídas por numerosos rios e lagos, fazem com que a pesca, em maior ou menor escala,
esteja presente praticamente em todo o país, constituindo o produto desta actividade um
complemento importante na dieta familiar da população que a pratica.
As características de Moçambique fizeram com que a pesca sempre fosse praticada, quer ao
longo da costa quer nas águas interiores. A população recorre a processos primitivos para
realizar a pesca, sendo o principal objectivo da produção o auto-consumo, reservando-se para
os excedentes o destino de serem vendidos nos mercados próximos ou secados para
conservação. Somente nalguns casos, sobretudo na proximidade das áreas urbanas, são
utilizados barcos movidos a motor, o que permite a pesca no alto mar. Quer isso dizer que ao
lado dos pescadores artesanais actuam pescadores que desenvolvem um tipo de pesca
empresarial, cuja produção se destina aos mercados local e internacional. As regiões de pesca
mais importantes são as seguintes: entre a baía de Maputo e Quissico; entre Zavora e Ponta da
Barra Falsa, entre Inhassoro e Bartolomeu Dias, desde Mambone até ao Delta do Zambeze e
toda a costa de Cabo Delgado. No interior destacam-se a albufeira de Cahora Bassa, o lago
Niassa e os principais rios.
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É praticada ao longo da costa nas baías de Pemba, Beira, Inhassoro, Inhambane, Quíssico e
Maputo. Também é desenvolvido nos lagos Niassa, Chiúta, na albufeira de Cahora-Bassa,
Corumana, Massingir e nos lagos.
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As pescas semi-industrial e industrial têm como principal objectivo a colocação do produto no
mercado, para o que recorrem a mão-de-obra assalariada.
1.3. A evolução
Desde que há memória que a pesca sempre fez parte das culturas humanas, não só como fonte
de alimento, mas também como modo de vida, fornecendo identidade a inúmeras
comunidades, e como objecto artístico. A Bíblia tem várias referências à pesca e o peixe
tornou-se um símbolo dos cristãos desde os primeiros tempos.
De uma forma geral, a pesca inicialmente era de carácter de subsistência, ou seja, o homem
utilizava dessa actividade extractivista para simplesmente complementar sua alimentação sem
carácter de venda ou escambo. Com o passar dos anos e posteriormente com o surgimento de
comunidades, vilas e cidades o homem iniciou então a produção de alimentos para a
comercialização e para a geração de riquezas.
1.4. A importância
O sector das pescas, parte natural desta realidade, tem uma relevante importância para a
situação socioeconómica das populações e comunidades ribeirinhas, que dependem
fortemente do sector, que contribui, consideravelmente, para o desenvolvimento local, para o
emprego e para a manutenção de outras actividades económicas e de numerosos postos de
trabalho, para além de que constitui uma matriz cultural que interessa preservar.
Mais do que isso, o sector da pesca tem uma importância estratégica para o País, na medida
em que cumpre o objectivo necessário do abastecimento público de pescado, contribuindo
com recursos próprios nacionais para minimizar o desastroso desequilíbrio da balança
alimentar, facto em si, que tendo importância relevante a todo o tempo, é, nos tempos de
conturbada crise que o país atravessa, ainda mais importante, contribuindo para a manutenção
da soberania e independência nacional.
A pescaria da gamba teve início em 1968 e, a seguir à pescaria do camarão, é a segunda mais
importante, em termos económicos. A pesca é operada exclusivamente por arrastões
industriais. A produção máxima de 3000 t/ano alcançada em finais dos anos 80, decresceu e
tem-se mantido estável à volta das 1500 t/ano nos últimos 4 anos. Ao longo deste período
verificou-se um decréscimo do esforço de pesca em número de dias, e um melhoramento
gradual do rendimento estimado em 600 kg/h de arrasto. Não obstante, esta pescaria é
sazonal, pelo que a frota está vocacionada igualmente para a pesca da lagosta e de peixe por
arrasto.
Outra pescaria importante é a pesca de peixe à linha e com covos, presentemente mais
concentrada na costa centro-norte ao longo do Banco de Sofala. Esta pescaria inicialmente
concentrou-se na costa sul, mas devido ao esforço de pesca e redução do recurso, a frota
deslocou-se para norte. A composição específica da captura na região a sul do Rio Save é
dominada por Marreco Chrysoblephus puniceus (37% da captura), Cachucho Polysteganus
coeruleopunctatus (20%) e Robalo Cheimeirus nufar com 10%. Na região norte a captura é
principalmente dominada por Pargo Lavanda Pristipomoides sieboldii, Pargo Pristipomoides
filamentosus e Cachucho. A taxa de captura com covos tem aumentado supostamente por
maior eficiência do uso da arte de pesca.
A pescaria do atum na maioria operada por armadores da União Europeia (UE), é realizada
por cerco e palangre dentro da ZEE, a partir das 12 milhas náuticas da costa. Enquanto que a
pesca de cerco centra-se a norte entre os paralelos 10º 32' e 20º Sul, a pesca de palangre é
realizada no Sul, abaixo do paralelo 25º. Esta pescaria faz parte da grande pescaria do atum do
Oceano Índico Ocidental, considerada uma das maiores pescarias de atum com capturas
anuais estimadas em 885 mil toneladas. Acima de 60% desta produção é composta pelos atuns
skipjack, yellowfin e bigeye. O potencial pesqueiro em Moçambique é estimado em 37000
t/ano. Contudo a captura actual não excede as 5000 t/ano.
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A pesca comercial da kapenta (Limnothrissa miodon), uma sardinha de água doce, iniciou em
1992 na albufeira de Cahora Bassa, após ter sido descoberto um manancial substancial desta
espécie na albufeira. Presume-se que a Kapenta tenha sido introduzida naturalmente em
Moçambique vinda do Lago Kariba no Zimbabwe, antes da construção da barragem. Esta
pescaria é exclusivamente dedicada a armadores semi-industriais usando embarcações que são
plataformas flutuantes motorizadas. A pescaria encontra-se encerrada a novos armadores. A
captura tem decrescido nos últimos anos mas mantém-se próximo a 10 mil t/ano.
A anchova é o maior recurso pesqueiro em termos de biomassa total (200 mil toneladas) que
Moçambique possui, mas actualmente a pescaria está limitada à actividade de pequena escala
feita por pescadores artesanais, onde a captura (5000 - 7000 t/ano) representa entre 13-50% da
captura total de peixe deste sector.
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Conclusão
A leitura, interpretação e resumo das informações relacionadas à pesca em Moçambique
permite dizer que a pesca é uma actividade de extracção de organismos no ambiente aquático
e vem sendo praticada ao longo dos séculos.
A pesca em Moçambique desenvolve ao longo dos rios, lagos, lagoas no interior e na costa
(Oceano Indico).
A pesca inicialmente era de carácter de subsistência, ou seja, o homem utilizava dessa
actividade extractivista para simplesmente complementar sua alimentação sem carácter de
venda ou escambo. Com o passar dos anos e posteriormente com o surgimento de
comunidades, vilas e cidades o homem iniciou então a produção de alimentos para a
comercialização e para a geração de riquezas.
Obrigado senhor professor, por ter-nos dado este valioso trabalho e para fazer em grupo,
aprendemos o muito que cremos que não seria possível conhecer apenas na sala de aulas.
Obrigado!
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Bibliografia
GRAÇA, Hilário da. A pesca e silvicultura: Geografia 10ª classe. 2013.
Geografia 10ª classe. Maputo.
http://www.pescabrasil.com.br/Prod_pesqueira.asp
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