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O INSPETOR ESCOLAR E A AFETIVIDADE NO ÂMBITO DA GESTÃO


EDUCACIONAL

ISIS DE CARVALHO MONTEIRO1

RESUMO

O serviço de Inspeção Escolar está atrelado ao sucesso educacional do aluno, sendo a afetividade
objeto de discussão nos meios acadêmicos como fator de sucesso para o alcance dos objetivos
educacionais. O presente artigo tem como objetivo analisar a importância da afetividade no âmbito da
gestão educacional como meio de enfrentamento dos problemas vivenciados ela área gestacional das
instituições educacionais brasileiras. Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, tendo como
embasamento teórico GOLEMAN(1995), GAMA(1998), MARCELOS(2009), SANTOS (2004), entre
outros autores que apresentam concepções das atribuioes do inspetor escolar e de que a afetividade
no relacionamento interpessoal é o fator essencial para garantir relações mais harmoniosas e
saudáveis no ambiente educacional, seja ela entre os agentes educacionais e entre estes e seus
alunos. Com base nas pesquisas realizadas foi possível identificar relações mais afetivas são fundamentais
para a convivência de todos. Concluiu-se a importância de ter um inspetor escolar atuante, e como
mediador dos relacionamentos interpessoais no âmbito educacional, possa garantir que relações
mais afetivas ocorram com maior intensidade nas relações interpessoais.

Palavras-chave: Gestão Escolar. Inspeção. Relações Interpessoais. Afetividade.

Introdução

O presente trabalho tem como tema o serviço da inspeção escolar e sua


atuação no âmbito da gestão escolar, considerando a afetividade como fator
motivacional e de sucesso no processo de liderança nas instituições educacionais e
suas consequências no processo de ensino-aprendizagem, bem como a sua
influência direta no processo ensino-aprendizagem, o professor e o aluno.
Nesta perspectiva, construiu-se questões que nortearam este trabalho:
 Quais as relações afetivas estabelecidas entre o inspetor e os
demais profissionais envolvidos na área gestacional das escolas e a influência
no processo ensino- aprendizagem?

1
Graduada em Pedagogia ela Universidade Antônio Carlos UNIPAC e professora da Rede Municipal do
Município de Baependi-MG
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 Como o inspetor escolar deve posicionar-se diante da nas


questões?
O ser humano para desenvolver-se saudavelmente necessita vivenciar
relações mais afetivas para que desta forma possa relacionar-se interpessoalmente
de forma mais harmoniosa, respeitando as diferenças existentes nas relações com
os seus pares.
Nesse sentido, e para atender aos objetivos desta pesquisa e através da pesquisa
bibliográfica sobre esse assunto, definiu-se a pesquisa qualitativa como metodologia para o
desenvolvimento do trabalho, buscando um referencial teórico que estivesse voltado para a
compreensão do trabalho do inspetor escolar e da afetividade nas relações interpessoais no
âmbito educacional. Essa fundamentação teórica vai subsidiar o trabalho do inspetor escolar
na sua atividade profissional e fará com que reflita sobre sua própria prática educativa.
Considerando a relação entre afetividade e aprendizado, cabe ao gestor
educacional, na função de inspeção escolar, a responsabilidade de incentivar as
relações afetivas junto aos demais profissionais da educação convocando-os e
incentivando-os a se fazerem mais presente e afetivos e, a contar as suas histórias
de vida, e suas experiências como fator determinante para se conseguir uma maior
afetividade no âmbito escolar.
Por tudo isso é que o texto referencia a afetividade como um fenômeno capaz de
influenciar positivamente na gestão educacional bem como na relação interpessoal entre os
profissionais da educação e na relação destes com os seus educandos.
Neste contexto, o objetivo primordial deste estudo é, pois, investigar como o
especialista em Inspeção Escolar deve posicionar-se junto aos profissionais da
educação de modo a buscar relações mais afetivas no âmbito educacional.

Desenvolvimento

A educação é fator preponderante no processo de formação de qualquer


sociedade, e a escola, por sua vez, enquanto instituição educativa desempenha um
papel primordial no desenvolvimento de qualquer sujeito e oferece perspectivas para
a ampliação da cidadania de um povo, sendo palco de diversas interações.
A interação com outras pessoas é uma característica da vida humana, pois,
desde que nasce a criança se relaciona com outros semelhantes, adultos ou
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crianças, formando vínculos afetivos e sociais, influenciados por valores culturais de


seu contexto.
Segundo o dicionário técnico de Psicologia (CABRAL e NICK, 1999),
afetividade é um termo utilizado para designar e resumir não só os afetos em sua
acepção mais estrita, mas também os sentimentos ligeiros ou matizes de
sentimentais de agrado ou desagrado, enquanto o afeto é definido como qualquer
espécie de sentimento e (ou) emoção associada a ideias ou a complexos de ideias.
Na concepção de Piaget (1980) a afetividade:
[...]constitui a energética das condutas, cujo aspecto cognitivo se refere
apenas às estruturas. Não existe, portanto, nenhuma conduta, por mais
intelectual que seja, que não comporte, na qualidade de móveis, fatores
afetivos; mas, reciprocamente, não poderia haver estados afetivos sem a
intervenção de percepções ou compreensão, que constituem a estrutura
cognitiva. A conduta é, portanto, uma, mesmo que, reciprocamente, esta
não tome aquelas em consideração: os dois aspectos afetivo e cognitivo
são, ao mesmo tempo, inseparáveis e irredutíveis.

Acredita-se que o aspecto afetivo é um elemento importante que deve ser


considerado e destacado nos planos de aulas dos professores, possibilitando um
ambiente escolar acolhedor e humanizado, pois além de favorecer a aprendizagem
e a motivação dos alunos contribui para um melhor clima de convivência,
influenciando diretamente na relação professor-aluno e diretamente no processo de
aquisição do conhecimento.
E fato que o modelo tradicional de educação, desvaloriza as dimensões
emocionais e pessoais do desenvolvimento cognitivo, concedendo pouco espaço
para a livre expressão dos profissionais da educação e para a sua participação ativa e
afetiva na vida dos alunos.
No entanto, realizar estas ações no dia-a-dia escolar requer um
posicionamento mais afetivo por parte dos profissionais da educação, e que
considerem o aluno como se fosse um membro familiar, para tanto, faz-se
necessária a utilização de estratégias e propostas pedagógicas distintas para cada
aluno, uma vez que cada aluno possui uma necessidade afetiva distinta dos demais,
sendo portanto, um dos maiores desafios para os agentes educacionais e
principalmente para o Inspetor Escolar.
Se a afetividade sempre foi vista como aquilo que em nós sente de maneira
profunda e experimenta emoções, houve tendência para considerar que ela
constituía, no sujeito, uma espécie de setor à parte, em todo o caso, distinto e
oposto à atividade de conhecimento. (Dolle, 1993, p. 122)
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No entender de Pinto (2004) a afetividade vai englobar uma variedade de


estados de ânimo e, além do mais, engloba uma organização viva de significados e
conteúdos psicológicos; como tristeza, amor, paixão, inveja, desesperança e outros
mais.
No entender de Piaget (1962), é irrefutável que o afeto desempenha um
papel essencial no funcionamento da inteligência. Sem afeto não haveria interesse,
nem necessidade, nem motivação e, consequentemente, perguntas ou problemas
nunca seriam colocados e não haveria inteligência. Para o autor a afetividade é
caracterizada como instrumento propulsor das ações, estando a razão a seu serviço,
Pode-se, portanto, constatar o estabelecimento de relações entre a cooperação e a
formação/desenvolvimento intelectual.
De acordo com Vygotsky (1989) parte da ideia do homem como ser biológico
e social, e em sua abordagem sociointeracionista, ele privilegia o ambiente social.
Assim, o desenvolvimento varia conforme o ambiente, muito embora o autor não
aprofunde em sua teoria a questão da afetividade, ele evidencia a necessidade de
sinapses entre as extensões cognitiva e afetiva do funcionamento psicológico
humano.
Vygotsky compartilha com Piaget e outros autores, da ideia de que a
emoção e a razão estão intrinsecamente ligadas. Segundo o autor só é possível ter
uma compreensão completa do pensamento humano quando se compreende sua
base afetiva, ou seja, as razões que impulsionam os pensamentos, encontram suas
origens nas emoções que as constroem. Com relação ao papel da dimensão afetiva
no processo de construção do conhecimento, todos concordam com o fato de que os
estados afetivos interferem no estado cognitivo.
Para Piaget, a afetividade, não se restringe somente as emoções e aos
sentimentos, mas engloba também as tendências e a vontade. Ele estabelece uma
importante visão nas dimensões afetivas e cognitivas no campo da ação moral.
Segundo o teórico, toda a ação remete a um “fazer”, a um “saber fazer” e a
dimensão afetiva que corresponde ao “querer fazer”, sendo assim, as dimensões
cognitiva e afetiva, aparecem em seus postulados teóricos como indissociáveis.
Para Piaget a afetividade atua no desenvolvimento intelectual na forma de
motivação e interesse; já para Vygotsky, a afetividade atua na construção das
relações do ser humano dentro de uma perspectiva social e cultural.
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Os novos paradigmas da educação exigem um novo perfil de educador, e


que ele deva trabalhar em consonância com a nova realidade que desponta em sua
frente, principalmente em relação às próprias mudanças existentes na sociedade
globalizada. Ele não mais poderá deixar de enfrentar as mudanças culturais,
comportamentais, sociais e principalmente tecnológicas que aí estão.
O professor precisa estar preparado para experimentar outras linguagens e novos
modos de aprendizagem, se dispondo a exercitar outras capacidades cognitivas,
construindo conhecimento coletivamente.
Considerando a relação entre afetividade e aprendizado, cabe ao
especialista em inspeção escolar a responsabilidade de incentivar as relações
afetivas junto aos demais profissionais da educação convocando-os e incentivando-
os a se fazerem mais presente e afetivos e, a contar as suas histórias de vida, e
suas experiências como fator determinando para se conseguir uma maior afetividade
no âmbito escolar.
No entanto, realizar estas ações no dia-a-dia escolar requer um
posicionamento mais afetivo por parte dos profissionais da educação, onde
considerem o aluno como se fosse um membro familiar, para tanto, faz-se
necessária a utilização de estratégias e propostas pedagógicas distintas para cada
aluno, uma vez que cada aluno possui uma necessidade afetiva diferente dos
demais, sendo este, um dos maiores desafios para esses profissionais.
Neste sentido o especialista em Inspeção Escolar possui um papel
político/pedagógico fundamental, uma vez assume lugar de líder participante no processo de
gestão escolar, bem como de colaborador para se consiga relações mais afetivas entre os
gestores escolares e entre professores e alunos.
Por esta razão o especialista em Inspeção Escolar tem que ser formado em nível
superior para dar suporte aos profissionais da educação, por meio do curso de graduação em
Pedagogia e/ou pós-graduação conforme prevê a Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996,
que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional:
Art. 64 – A formação de profissionais de educação para administração,
planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será
feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da
instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional. (LDB. 9.394/96)
É necessário que o especialista em Inspeção Escolar passe a ter uma atuação mais
próxima dos gestores educacionais, diretores e demais especialistas (supervisores,
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orientadores e coordenadores pedagógicos ) e dessa forma irá participar atuar


diretamente nas relações interpessoais de modo a melhorar as relacionais interpessoais entre
esses profissionais e seus reflexos nas relações entre professores e alunos, buscando uma
educação mais afetiva e humanizada.
Desta forma o inspetor escolar se torna o facilitador que presta ajuda aos professores
inexperientes e torna-se um líder motivador da educação, sendo assim, ele não só colabora ara
relações mais afetuosas, como também reinventa o processo pedagógico como um todo,
tornando mais humano.
E nesse sentido Barbosa (2008) argumenta que o que se espera do especialista em
inspeção escolar e que ele possa ser um profissional de apoio afetivo a organização e
funcionamento da escola, usando suas competências para a busca de uma aprendizagem
significativa e necessária a formação integral do educando. Isso posto, o especialista em
Inspeção Escolar deve se comprometer com a instrumentalização do saber, promovendo a
melhoria das relações interpessoais e tornando-as mais afetivas e verdadeiras.
É possível tratar a Inspeção Escolar como instrumento para a contribuição
de uma escola pública mais afetiva. Observe-se o sentido etimológico do termo
inspeção, assim descrito em Meneses (1977, p. 21): “vem do latim inspecto, onis,
que quer dizer ação de olhar, exame, inspeção, verificação”.
Convém interpretar a inspeção como um dos elementos do processo da
administração que envolve os objetivos maiores da escola, ou seja, uma educação
de melhor qualidade para todos os alunos que dela participam.
Neste contexto encontra-se o especialista em inspeção escolar cujo papel
deve estar voltado a inserir essas mudanças no contexto educacional, e para tal
necessita rever seu papel, sua função na sociedade e principalmente sua prática
pedagógica. 
No que tange a função da inspeção escolar estão, segundo De Grouwe
(2006, p. 56), “estão compreendidas três funções-chave, que compreendem tanto o
domínio pedagógico, como o administrativo”, conforme o quadro a seguir expõe:
Funções-chave da Inspeção Escolar

Forma de atuação Domínio pedagógico e administrativo

Controle externo Acompanhar e avaliar as ações


escolares

Orientar, sustentar e intervir nas ações


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Orientação e apoio à escola do projeto pedagógico no sentido de


melhorar os resultados educacionais
das escolas

Levar orientações às escolas e informar


Comunicação/ligação entre escolas ao sistema gestor sobre a necessidade
e o sistema gestor de revisão das medidas, em função da
adequação (ou inadequação) das
políticas em curso

Fonte: De Grouwe (2006).

Analisando o quadro acima, fica claro a diversidade e a abrangência da


atuação do especialista em inspeção escolar, permitindo assim verificar a
transversalidade das relações, possibilitando a sua participação na formulação e
implementação das políticas educacionais, contribuindo para o desenvolvimento dos
processos educacionais como um todo.
Desta forma o Inspetor Escolar deve considerar os pilares da educação, que
são: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver.
Ainda retomando aos desafios presentes na prática pedagógica, vale lembrar que o
especialista em Inspeção Escolar deve lembrar que os gestores escolares devem
criar espaços que favoreçam novas relações, e principalmente relações mais
afetivas.
Hoje não cabe mais ao Inspetor o papel somente ir à escola para fiscalizar,
mas para traduzir, explicar, interpretar e reinterpretar as determinações, avaliar o
seu impacto na vida da escola escolar e discutir junto com a equipe pedagógica
novas estratégias e metodologias de ensino que busquem uma maior afetividade
nas relações interpessoais. 
Enfim, cabe a Inspeção Escolar a tarefa de contribuir na preparação dos
gestores educacionais no sentido de prepará-los para atuar junto aos professores e
esses preparar os educandos para a vida social nos seu sentido abrangente,
compreendendo esta abrangência como participação nas mudanças da sociedade,
daí a necessidade da sua postura estar voltada para o equilíbrio emocional, bom
senso, objetividade, imparcialidade, criatividade, responsabilidade e principalmente
organização e método, colocando seu relato de forma que possa ser compreendido
e usado pelo grupo, procurando traçar sempre uma ponte entre teoria e prática. E
tais práticas somente serão possíveis por meio de relações afetivas que considerem
o ser humano como um ser afetivo.
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Conclusão

No decorrer da construção deste artigo buscamos fontes que nos levem a


compreender a sobre a necessidade do entendimento dos profissionais da educação,
principalmente dos inspetores escolares sobre a importância da afetividade no
desenvolvimento das relações interpessoais, como fator primordial para a aquisição do
conhecimento por arte dos alunos.
Conclui-se, portanto, que é fundamental que o inspetor escolar promova e
discuta, junto aos gestores escolares por meio de oficinas e estudos mais
detalhados sobre a importância da afetividade no desenvolvimento humano, bem
como da sua influência na formação das estruturas cognitivas dos alunos. Desta
forma a qualidade das interações promovidas no interior dos grupos, principalmente,
entre professores e alunos, no espaço da sala de aula, é o que poderá levar o
educando ao desenvolvimento integral de suas capacidades, sejam elas cognitivas
ou afetivas ou motoras.
A escola exerce um papel fundamental no desenvolvimento sócio afetivo,
tanto dos profissionais da educação, como dos próprios alunos. O ambiente escolar
é bastante propício ao seu desenvolvimento, pois é diversificado permitindo que
sejam estabelecidas relações sócio afetivas, sejam entre os gestores educacionais
entre parceiros da mesma idade e aos também nas relações professor-aluno, uma
vez que escola por promover uma maior mobilidade, sendo possível a diversidade
de papéis e posições. Dessa forma, professores e especialistas educacionais são
interlocutores permanentes no desenvolvimento intelectual como do caráter do
aluno.
Por meio dessas diversas interações afetivas, especialistas educacionais,
professores e alunos, serão capazes de vivenciarem relações mais construtivas, o
que proporcionará experiências essenciais para a construção da personalidade de
ambos os atores envolvidos no processo de construção do conhecimento, o que
culminará no desenvolvimento do ser humano, como sujeito do conhecimento e do
afeto, possibilitando um maior crescimento de todos os envolvidos nesse processo.
No âmbito escolar é frequente a existência de uma concepção que leva os
atores a enxergar o ser humano em partes distintas: a cognitiva e a afetiva. Portanto,
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faz-se necessária uma nova visão desta concepção que permita enxergar o ser
humano como um todo, indistintamente.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Maria Rita L. S. Inspeção Escolar: Um Olhar Crítico. Uberlândia, MG:


Composer, 2008.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei das Diretrizes e Bases da Educação – LDB.


Brasília: MEC/SEF, 1996.

DE GROUWE, Anton. L’Etat et l’inspection scolaire: une analyse des relations


et modèles d’action. Thèse de doctorat. École Doctorale de Sciences Po., CNRS,
Paris, 2006.

DOLLE, J-M. Para além de Freud e Piaget – referenciais para novas


perspectivas em psicologia. Petrópolis: Vozes, 1993.

PINTO, F. E. M. Por detrás dos seus olhos: a afetividade na organização do


raciocínio humano. Campinas: FE/Unicamp, 2004 (Dissertação de Mestrado em
Educação).

PIAGET, J.. The relation of affetivity to intelligence in the mental development


of the child. [transl. by Pitsa Hartocollis]. In Bulletin of the Menninger clinic. – 1962,
vol. 26, n.3.

VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes,


1989.

VYGOTSKY, H. Do Ato ao Pensamento. Lisboa: Morais, 2001

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