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Universidade Politécnica

A POLITÉCNICA
Escola Superior Aberta
ACTIVIDADE DE ECONOMIA POLÍTICA I

Nome do(a) aluno(a): Edson António João Jó__________________________________ Cód. 533465


Curso: Ciências Juridica Semestre: 1º/ Bloco II
Assinatura do Vigilante:________________________________________ Data: 05/ 05 /2020

1. Dê um conceito de economia e qual é a sua relação com as Ciências Jurídica.

R.: Nos dias de hoje, define-se Economia como a ciência que estuda o emprego de
recursos escassos, entre usos alternativos, com o fim de obter os melhores resultados,
seja na produção de bens, ou na prestação de serviços.

A relação entre economia e as Ciências Jurídicas existe desde que o homem passou a
viver em sociedade. Porém essa relação passou a ser estudada de forma sistemática, a
partir do século XVIII com Adam Smith. Hoje, diversos centros de estudos e
universidades se dedicam a estudar as relações entre economia e direito.

Uma boa regulamentação de mercado e uma legislação clara, objectiva e simples são
fundamentais para o desenvolvimento de uma economia de mercado. Sem direitos de
propriedade bem definidos, é muito difícil a realização de trocas e, portanto, o
desenvolvimento econômico.

Pela tão estreita ligação entre economia e as Ciências Jurídicas e o facto de as Ciências
Jurídicas estar dada a incumbência de organizar o ordem social e se dentro da ordem
social inclui-se também, a economia.

2. Explique a diferença entre macroeconomia e microeconomia. Como se relacionam


esses dois campos?

R.: Microeconomia é o ramo da economia que estuda o comportamento e desempenho


das unidades individuais, ou seja, consumidores, famílias, indústrias e empresas. Assim,
analisa as decisões que estas unidades tomam em relação à alocação de recursos e
preços de bens e serviços. Para isso, a microeconomia se concentra na oferta e demanda
e outras forças que determinam os níveis de preços vistos na economia.

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A macroeconomia, por outro lado, é o campo da economia que estuda o comportamento
da economia como um todo, e não apenas de empresas específicas. Ela inclui economias
regionais, nacionais e internacionais. Além disso, abrange as principais áreas da
economia como desemprego, pobreza, nível geral de preços, Produto Interno Bruto
(PIB), importações e exportações, globalização, política monetária e fiscal, etc.

Como as duas se relacionam pode-se dizer que enquanto a microeconomia é o ramo da


economia que analisa a economia em menor escala e lida com entidades específicas,
como empresas, famílias e indivíduos. Já a macroeconomia analisa a economia em um
sentido amplo, lidando com fatores que afetam a economia nacional, regional ou global
como um todo.

3. a) Na economia positiva, julgam – se a ética ou os valores envolvidos? R.: Ética.


b) Qual a relação entre as economias normativas e positiva?
R.: Economia normativa se preocupa precisamente com juízos de valores; qual
resultado é bom e qual resultado é mau.
Economia positiva é a parte da ciência econômica que se preocupa com as afirmativas
capazes de serem verificadas pelos factos. 

4. Quais dentre as seguintes afirmações envolvem análise positiva e quais envolvem


análise normativa. Quais as diferenças entre os dois tipos de análise?
a) O racionamento de gasolina (que fixa para cada individuo uma quantidade
maxima de gasolina a ser comprada anualmente) é uma politica
insatisfatoria do governo, pois interfere nas atividades do sistema do
mercado competitivo.

R.: A afirmação se enquadra nos dois tipos de análise. Logo a primeira, a mesma
apresenta o argumento positivo segundo o qual o racionamento de gasolina “interfere no
funcionamento do sistema de mercado competitivo”. Em seguida, apresenta uma
afirmação normativa (ou seja, que envolve um juízo de valor) segundo a qual o
racionamento de gasolina é uma “política social ineficiente”. Dessa forma, a afirmação
representa uma conclusão derivada da análise positiva da política.

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b) O racionamento de gasolina é uma politica que piora a situação de um certo
número de pessoas e melhora a de outras; o numero das pessoas cuja
situacao piora é maior do que o número daquelas cuja situação melhora.

R.: A afirmação é positiva porque descreve o efeito do racionamento de gasolina sem


fazer qualquer juízo de valor acerca da desejabilidade dessa política.
A diferença entre os dois tipos de análises é que enquanto a positiva descreve como o
mundo é, a normativa descreve como o mundo deveria ser.

5. Qual das seguintes frases descreve uma externalidade e qual não faz? Explique a
diferença.
a) Uma política de restrição a exportações de café no Brasil faz com que seu preço
suba em Moçambique, o que por sua vez acarreta um aumento no preço de chá.
R.: Não é uma externalidade. As externalidades levam a ineficiências de mercado
porque o preço do bem ou serviço, reflete o seu real valor social. Uma política de
restrição a exportação de café no Brasil, faz com que o preço suba em Moçambique
porque a oferta fica reduzida. Á medida que o preço do café aumenta, os consumidores
mudam para o chá (produto substituto), elevando assim, a demanda de chá e por
consequência, aumentando o seu preço. São efeitos de mercado.

b) A propaganda feita por meio de luminosos nas estradas distrai os motoristas,


provocando acidentes.
R.: É uma externalidade. A propaganda num letreiro luminoso está a produzir
informações sobre a disponibilidade de algum bem ou serviço. No entanto, a forma
como a mesma fornece essa informação, distrai alguns consumidores, especialmente aos
que estão a conduzir. Esta propaganda, está a causar uma externalidade negativa que
interfere na segurança destes condutores. Note-se que o preço cobrado pela empresa que
faz o anúncio, não engloba a externalidade de distrair o condutor.

6. Na teoria do produtor encontramos algumas semelhanças com a teoria do


consumidor.
Complete o quadro seguinte que, de uma forma simplificada, põe as duas
teorias em paralelo.

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  Teoria do Consumidor Teoria do Produtor
Objectivo final do agente Determinar a curva da Determinar as curvas do custo.
demanda.
Apurar as preferências do - Perceber o processo de transformação
consumidor. de factores adquiridos pela empresa em
produtos finais para venda no mercado;
Problemas a resolver - Perceber as relações entre as
variações dos factores de produção e
suas consequências no produto final.

7. O modelo compepetitivo perfeito (concorrencia perfeita) é baseado na suposição de


que existe um grande numero de compradores e vendedores de mercadoria
homogenea, cada um suficientemente pequeno para não afetar o preço desse bem;
de que existe perfeita mobilidade de recursos e perfeito conhecimento.
a) Essas suposições são realistas?
R.: Nenhum mercado real satisfaz as condições da concorrência perfeita e, com
excepção de alguns segmentos da agricultura, da mineração e dos serviços, nenhum
mercado real sequer se aproxima dessas condições.

O modelo de concorrência perfeita descarta quase todos os aspectos do comportamento


real das empresas com os quais a política econômica teria que se preocupar (tais como a
rivalidade na fixação de preços, a inovação em produtos e processos e a propaganda),
além de ignorar os ganhos que poderiam resultar de um esforço para melhorar algumas
empresas através de uma melhor organização interna. Merece menção especial a
ambiguidade do modelo de concorrência perfeita com relação à fixação do preço. O
modelo postula, por um lado, que cada vendedor é tão pequeno que ele não consegue
exercer nenhuma influência perceptível no preço. Por outro lado, a acção conjunta,
colectiva, dos vendedores, afecta decididamente o preço. O modelo não especifica de
que forma o comportamento de cada empresa se harmoniza com o comportamento
colectivo. Isto faz com que os economistas ora se refiram à concorrência perfeita como
uma situação em que os vendedores concorrem exclusivamente através do preço (e não
através da diferenciação dos produtos), ora se refiram à concorrência perfeita como um
mercado impessoal, no qual há uma completa ausência de concorrência directa entre os
vendedores.

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b) Porque que você acha que estudamos o modelo perfeitamente competitivo?
R.: Acredito que é importante estudar o modelo perfeitamente competitivo porque seria
o cenário ideal numa economia justa e transparente, pois neste modelo, o preço é
regulado pelo mercado, de sorte a eliminar qualquer lucro extraordinário. Nenhum
produtor ou consumidor, individualmente, poderá influenciar o preço de equilíbrio.
Somente alterações das condiçoes de oferta e demanda, como variações das preferências
dos consumidores e novas situações climáticas, que fazem variar as quantidades
oferecidas de produtos agrícolas, alteram os preços de equilíbrio do mercado e os lucros
dos vendedores.

8. a) Por que o “como produzir” é um problema em todas as economias?

R.: Em qualquer economia, os recursos produtivos ou factores de produção (mão-de-


obra, terra, matérias-primas, dentre outros) são limitados. Por outro lado, as
necessidades humanas são ilimitadas e sempre se renovam, por força do próprio
crescimento populacional e do contínuo desejo de elevação do padrão de vida.
Independentemente do grau de desenvolvimento do país, nenhum deles dispõe de todos
os recursos necessários para satisfazer todas as necessidades da colectividade.

Tem-se então um problema de escassez: recursos limitados contrapondo-se a


necessidades humanas ilimitadas.
Essa é a questão central do estudo da Economia: como alocar recursos produtivos
limitados para satisfazer todas as necessidades da população.
Evidentemente, se os recursos não fossem limitados, ou seja, se não existisse escassez,
não seria necessário estudar questões como inflação, desemprego, crescimento, déficit
público, vulnerabilidade externa e outras. Mas a realidade não é assim, e a sociedade
tem de tomar decisões sobre a melhor utilização de seus recursos, de forma a atender ao
máximo das necessidades humanas.

O que leva a questão central do estudo da economia: como alocar recursos produtivos


limitados (escassos) para satisfazer a todas as necessidades da população? Esse
questionamento levou a sociedade a repensar sobre os modelos de sistema econômico.
Da escassez dos recursos ou fatores de produção, associada às necessidades ilimitadas
do homem, origina-se os chamados problemas econômicos fundamentais.

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Como produzir: a sociedade terá de escolher ainda quais recursos de produção serão
utilizados para a produção de bens e serviços, dado o nível tecnológico existente. A
concorrência entre os diferentes produtores acaba decidindo como serão produzidos os
bens e serviços. Os produtores escolherão, entre os métodos mais eficientes, aquele que
tiver o menor custo de produção possível;

b)Como o mecanismo de preços resolve esse problema na livre empresa? Na


economia mista? E na economia centralizada?
R.: Economia planificada, também chamada de economia centralizada ou economia
centralmente planeada, é um sistema econômico no qual a produção é prévia e
racionalmente planejada por especialistas; os meios de produção são propriedade
do Estado: e a actividade econômica é controlada por uma autoridade central que
estabelece metas de produção e distribui as matérias-primas para as unidades de
produção. Nesse sistema, a escolha da proporção entre quanto do produto interno bruto
deve ser investido e quanto deve ser consumido torna-se uma decisão política
centralizada.
Numa economia planificada, não há desordem na produção. O planeamento é feito de
forma que, teoricamente, não haja escassez ou abundância de determinado produto,
portanto os preços raramente são modificados.

Na economia planificada, é o Estado que elabora um plano que define o quê, como,
quanto, para quem produzir e quanto cobrar. O Estado estuda a necessidade de
produção, de modo que seja produzido somente aquilo é necessário.

Mercado Livre, na economia de mercado são os agentes econômicos privados que


controlam a economia e há pouca intervenção do Estado. É o sistema proposto pelo
regime capitalista, visto que incentiva o lucro e não apenas a manutenção das condições
básicas de vida da população. É conhecido também como economia descentralizada na
medida em que é o oposto da economia centralizada.

A Economia Mista, tal como o nome indica, é o modelo que considera características
dos sistemas de economias planificada e de mercado. Na verdade, é o modelo existente
na maior parte dos países. Isso porque eles não adotam exclusivamente um sistema. O
que de facto acontece é a predominância de um sistema determinado.

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9. Discuta o que normalmente se entende por falhas do mercado. Explique por que
surgem e como podem ser corrigidas. Explore as razões pelas quais a intervenção
governamental nem sempre pode gerar soluções melhoradas.

R.: Uma falha de mercado pode ocorrer em uma série de situações diferentes. Na


maioria das vezes, essa situação irá conceder vantagens para alguns e causar prejuízos
para a maioria.

Falha de mercado é a situação econômica onde um mercado não consegue produzir


uma alocação natural que seja eficiente. Ou seja, nesses casos, as transações do mercado
acabam gerando mais efeitos negativos para todos do que satisfazendo individualmente
os ofertantes e os demandantes.

Ou seja, microeconomicamente falando, uma falha de mercado acontece quando os


agentes econômicos formam uma alocação que não seja pareto-eficiente.

Logo, o custo marginal social desse ponto de equilíbrio não é igual ao benefício


marginal que ele gera – e, por isso, a falha de mercado acaba sendo prejudicial tanto
para os envolvidos quanto para o restante da sociedade.

Exemplos de falhas do mercado: Assimetria de informação, Bens públicos,


Externalidades, Poder de mercado, Condutas anti-competitivas, Monopólios naturais.

No contexto normativo, essas falhas podem ser corrigidas por meio da regulação
econômica, onde um ente superior passa a organizar e fiscalizar o funcionamento dos
agentes que participam desse mercado.

Nesse sentido, o governo pode actuar realizando uma série de políticas públicas – como
legislação, taxação e manutenção de agências reguladoras para agir contra uma falha de
mercado. Porém, a adopção dessas medidas também devem considerar os potenciais
problemas que uma intervenção regulatória do governo pode causar, porque embora a
intervenção governamental seja necessária em casos de falhas de mercado, devemos
levar em consideração que essa intervenção pode melhorar ou piorar a situação da

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alocação de recursos, isto é, não necessariamente uma intervenção do governo será boa
em casos de crise econômica.

De acordo com o economicista, Marcos Mendes (2011), uma intervenção do governo


para solucionar “falhas de mercado”, se bem executada, pode elevar o nível de bem-
estar da população.

Sendo que uma boa intervenção deve considerar os benefícios e os prejuízos de uma
política estatal antes de implementá-la, bem como reduzir o espaço para a ocorrência de
falhas de governo.

Ramos (2003), diz que o grande desafio a enfrentar é a busca adequada de mecanismos
e instrumentos de regulação, uma vez que o Estado também falha nas suas funções
intervencionistas.

As falhas de regulação ou intervenção decorrem da ausência de informação e incentivos


(assimetria da informação), das decisões políticas e administrativas que correspondem
aos interesses particulares de quem as decidem e da “captura do regulador”, ou seja,
quando as finalidades do Estado são desviadas por decisões não eficientes que visam
favorecer os interesses dominantes dos grupos mais influentes no processo de decisão.

Em conclusão, posso dizer, que a intervenção governamental, sobre as falhas de


mercado, pode melhorar ou piorar a situação, se não for feita levando em consideração
os custos sociais.

10. Compare e diferencie o mercado de produtos do mercado de factores de produção.

R.: Em economia, factores de produção, ou recursos são elementos indispensáveis ao


processo produtivo de bens materiais. Tradicionalmente, consideram-se como factores
de produção, a terra, o trabalho e o capital.

Mercado de produto é um mercado com oferta de uma colectividade de produtos


ou serviços a serem utilizados por consumidores que possuem finalidades em comum,

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incorporando a utilidade da forma. Por exemplo: mercado de automóveis, mercado
de navios e mercado de aviões.

No mercado de bens e serviços, as formas e mercado, segundo essas três características,


são as seguintes: concorrência perfeita, monopólio, concorrência monopolística (ou
imperfeita) e oligopólio.

No mercado de factores de produção, é definido as formas de mercado em concorrência


perfeita, concorrência imperfeita, monopólio e oligopólio no fornecimento de insumos.

11. Considerando o conceito de fronteira de possibilidades de produção (FPP), esboce o


respetivo gráfico.

a) Diga como se chamam e caracterize os: (i) pontos interiores, (ii) os pontos
sobre a curva, (iii) exteriores à fronteira do grafico esboce.
R.: Pontos interiores = Produção ineficiente; Pontos sobre a curva = Pontos de produção
eficiente; Exteriores á FPP = Produção impossível.
b) Mostre graficamente e explique os efeitos dos seguintes eventos sobre a FPP: (i)
alteração das preferências; (ii) progresso tecnológico; (iii) aumento da população e
(iv) aumento dos impostos sobre o tabaco.

Data limite de entrega: 05 de Junho de 2020 Hora: 23:59

Tutor: António Bruno de Morais:


Email: brunomorais2007@yahoo.com.br
Pessoal - 828245060

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FIM !

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