Você está na página 1de 388

TEXTOS FUNDAMENTAIS

DA FÍSICA MODERNA

IIl volume
FUNDAMENTOS DA FÍSICA NUCLEAR

Colectânea de artigos tais como foram originalmente


publicados em revistas científicas
com uma introdução e bibliografia por
ROBERT T. BEYER

Nota de Abertura de
FERNANDO BRAGANÇA ÜlL

Tradução de
CARLOS FIOLHAIS
FERNANDO DOS AIDOS
PAULO MENDES
RUI MARQUES

SERVIÇO DE EDUCAÇÃO E BOLSAS


FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN
Tradução do original inglês
fOUNDAT!ONS OF NUCLEAR PHYSICS
Facsimiles ofthirteen fundamental studies
as they were originally reported in the Scientif Journals

Reservados todos os direitos


de harmonia com a lei
Edição da
Fundação Calouste Gulbenkian
Av. de Berna/Lisboa
2004

ISBN 972-31-1070-9
Nota de Abertura

O presente volume é a versão portuguesa de uma colectânea


de treze artigos científicos que relatam investigações pioneiras
no domínio da Física Nuclear, cruciais para o seu posterior
desenvolvimento. Designada, no originai, por Foundations of
Nuclear Physics, os seus limites cronológicos são os anos de
1911 - com a publicação do artigo em que Ernest Rutherford
apresenta a sua análise teórica dos resultados experimentais que
lhe permitiram concluir pela existência do núcleo atómico - e
1939, quando Otto Hahn e Fritz Strassmann relataram os
primeiros resultados experimentais que, convenientemente inter-
pretados, levaram à descoberta do fenómeno da fissão nuclear.
A colectânea, publicada em 1949, é constituída por fac-
-símiies dos originais dos trabalhos escolhidos e foi organizada
por Robert T. Beyer, então professor auxiliar da Universidade de
Brown (E. U.A.) que lhe acrescentou uma copiosa bibliografia:
ao longo de 118 páginas a duas colunas reúnem-se as referên-
cias bibliográficas dos trabalhos de investigação mais rele-
vantes para o conhecimento do estado de desenvolvimento da
Física Nuclear em 1947. Estava-se, então, a dois anos do fim
dessa horrorosa hecatombe que· tinha sido a Segunda Guerra
Mundial, a qual veio abalar profundamente a produção cientí-
fica europeia, não só pela desfn!ição de uma boa parte das suas
infra-estruturas, como pela emigração, para os Estados Unidos,

[v]
de um número substancial dos seus mais brilhantes cérebros,
nomeadamente no que concerne à Física Nuclear, então um dos
mais novos e promissores domínios da investigação em Física.
Esse êxodo tinha começado no início da década de 30, com
a expulsão (ou prudente fuga ...) da Alemanha e da Itália dos
mais proeminentes fisicos nucleares desses países, em conse-
quência das perseguições movidas, por motivos étnicos ou
ideológicos, pelos regimes nazi e fascista - totalitários e fanáti-
cos - que então dominavam esses países.
Também a Física Quântica, o enquadramento teórico da
Física Atómica e Subatómica, foi uma construção essencial-
mente europeia. Primeiro, a antiga teoria dos quanta, que teve a
sua origem na explicação teórica obtida por Max Planck para
a distribuição espectral da radiação do corpo negro observada
experimentalmente, incompreensível no quadro teórico da
Termodinâmica e Electromagnetismo clássicos, cuja aplicação
conduziu a resultados absurdos que ficaram conhecidos como
a "catástrofe do ultravioleta". Esse facto obrigou Max Planck a
admitir - com relutância - a existência de descontinuidade nas
trocas entre a matéria e a energia, introduzindo o conceito
inteiramente novo e revolucionário dos quanta de energia.
Estava, assim, aberto o caminho para uma nova fisica que
permitiu a Albert Einstein utilizar o fotão ou quantum de radia-
ção (com o qual explicou, com toda a clareza e simplicidade, o
efeito fotoeléctrico) ; e a Niels Bohr estabelecer os fundamentos
da teoria quântica da estrutura da matéria, com a plena consciên-
cia, aliás, que ela violava princípios básicos da Mecânica e
Electromagnetismo clássicos.
Na realidade, a antiga teoria dos quanta, desenvolvida
durante o primeiro quartel do século xx; constituiu o suporte
teórico possível na época, para procurar a compreensão dos
diversos fenómenos que, ao nível da microfisica, a investigação
experimental ia descobrindo. De facto, essa teoria, embora com

[VI]
numerosos sucessos na explicação da natureza à escala atómica,
apresentava graves contradições que só vieram a ser ultrapas-
sadas com o aparecimento da Mecânica Quântica que começou
a ser construída a partir de 1925, sob a forma de dois formalis-
mos independentes (posteriormente mostrados equivalentes): o
de Werner Heisenberg, com a sua mecânica das matrizes, e o de
Erwin Schrodinger que edificou a mecânica ondulatória a partir
da dualidade onda-corpúsculo, introduzida, no movimento dos
electrões, por Louis de Broglie que, com a sua célebre equação,
relacionou a massa da partícula - conceito essencialmente
corpuscular - com o comprimento de onda associado a esse movi-
mento. Estava encontrado o enquadramento cujo desenvolvi-
mento tem permitido construir a Física Nuclear teórica de que,
nesta colectânea, estão incluídos quatro trabalhos fundamentais,
três dos quais elaborados no quadro da Mecânica Quântica.
Nascida e sobretudo desenvolvida na Europa (o que expres-
sivamente se reflecte na presente colectânea), o "centro de gra-
vidade" da Física Nuclear foi-se progressivamente deslocando
para a outra margem do Atlântico Norte, à medida que os meios
técnicos indispensáveis a uma parte substancial da sua investi-
gação experimental eram cada vez mais exigentes. Na realidade,
o objectivo essencial da Física Nuclear fundamental é o conhe-
cimento e compreensão da estrutura do núcleo atómico: inicial-
mente estudada apenas a partir da Radioactividade, através da
interpretação dos dec/ínios dos núcleos instáveis, aquele conhe-
cimento deu um salto qualitativo assaz significativo quando se
passou a dispor de reacções nucleares, isto é, de interacções de
partículas com núcleos em que estes sofrem modificações
conduzindo à criação de outros núcleos e à eventual emissão de
uma ou mais partículas.
As primeiras reacções nucleares foram obtidas usando, como
projécteis, partículas alfa provenientes do declínio de núcleos
radioactivos naturais. Utilizando este método, em 1919, Ernest

[VII]
Rutherford, ao bombardear azoto com aquelas partículas, obteve
protões, um dos constituintes dos núcleos. Trabalho de funda-
mental importância pelo seu carácter pioneiro no estudo da
estrutura do núcleo e sua abordagem através do uso de reacções
nucleares, ele encontra-se incluído nesta colectânea.
Para que uma reacção nuclear ocorra, é evidentemente indis-
pensável que a partícula bombardeante penetre no núcleo-alvo.
Isso exige que ela tenha a energia cinética suficiente para que
seja vencida a barreira de potencial que o núcleo, positivamente
carregado, opõe à aproximação da partícula, também portadora
de carga eléctrica positiva. As energias disponíveis eram as que
se podiam obter a partir dos declínios dos elementos radioac-
tivos naturais. Depressa se conclui que o conhecimento que se
poderia obter do estudo experimental das reacções nucleares,
usando como projécteis as partículas libertadas nos declínios
radioactivos, estava limitado pelas energias disponibilizadas por
estes. Surgiu, assim, naturalmente, a ideia de acelerar artificial-
mente as partículas bombardeantes (protões, deuterões, partí-
culas alfa, .. .) usando campos eléctricos (aceleradores de alta
tensão) ou a combinação de campos eléctricos e magnéticos
(ciclotrão e seus derivados), tirando partido do facto de essas
partículas serem electricamente carregadas. Para o conseguir,
os problemas a resolver não eram de natureza estritamente cien-
tifica, mas tecnológica: o movimento de partículas carregadas
sob a acção de campos eléctricos e magnéticos era já bem
conhecido e descrito a partir das equações de Maxwell. Na reali-
dade, os progressos da ciência e da tecnologia, em todos os
domínios, interpenetram-se: o avanço da ciência origina novas
aplicações (mesmo não sendo esse, em geral, o seu objectivo
primário) cujos produtos tecnológicos permitem alargar os hori-
zontes do conhecimento científico, que dependem da investigação
experimental, fornecendo-lhes novos e mais aperfeiçoados meios
técnicos de observação.

[VIII]
A construção dos primeiros aceleradores de partículas foi
ainda iniciada, nas suas variantes básicas atrás referidas, antes
da Segunda Guerra Mundial: o primeiro acelerador de alta
tensão, construído na Grã-Bretanha por J. D. Cockroft e E. T. S.
Walton, e o quase contemporâneo ciclotrão de Ernest Lawrence
do Laboratório de Berkeley (Universidade da Califórnia); a
estes aceleradores de partículas pioneiros se referem dois
trabalhos incluídos nesta colectânea.
Os aceleradores de partículas vieram trazer um insuspeitado
avanço ao nosso conhecimento do núcleo, através da utilização,
em reacções nucleares de partículas animadas com energias
cada vez mais elevadas; para isso, o ciclotrão e os aceleradores
dele derivados (o sincrociclotrão e o sincrotrão) deram contri-
buições particularmente relevantes. Este facto tem conduzido
alguns autores afazer coincidir a história da Física Nuclear com
o desenvolvimento dos aceleradores de partículas, o que, em
nossa opinião, é demasiado redutor.
O progresso na construção dos aceleradores, que deu origem
à chamada Física das Altas Energias, exigiu a montagem de
laboratórios de dimensões sem precedentes na investigação
científica, servidos por elevado número de cientistas e técnicos,
com orçamentos inimagináveis uma década atrás.
Devido a esse "gigantismo ", que já se anunciava antes da
Segunda Guerra Mundial, bem como às gravosas consequências
deste nefasto acontecimento para a ciência europeia, os Estados
Unidos tomaram a dianteira na investigação experimental em
Física Nuclear. Na realidade, na época imediatamente a seguir
àquele pesadelo, apenas aquele pais e a União Soviética dis-
punham de potencial económico e tecnológico necessários à cons-
trução de instalações sucessivamente mais grandiosas, como o
exigia a "corrida " à produção de partículas com energias sempre
em aumento. Assim, enquanto na década iniciada em 1930 as
energias que se conseguiam comunicar às partículas, por meio

[IX]
de aceleradores, situavam-se entre menos de um megaelectrão-volt
(Me V) e valores da ordem de grandeza de dez Me V, entre 1940 e
1950 (isto é, na Segunda Guerra Mundial e naquela que imedia-
tamente se lhe seguiu) as energias atingidas situaram-se entre
aqueles valores e as centenas de megaelectrão-volt, encami-
nhando-se rapidamente para o GeV (milhar de Me V) .
Os "pequenos " países em que a Europa se encontrava dividida
(situação que, em muitos aspectos, continua a persistir) - debi-
litados técnica e economicamente, bem como pela "sangria " de
cérebros que o nazi-fascismo, primeiro, e a guerra que provocou
depois - pareciam irremediavelmente condenados a ficar para
trás nos domínios de "ponta " da investigação experimental em
Física Nuclear e, sobretudo, em Física das Partículas Elemen-
tares, a que ela deu origem como mais um capítulo individuali-
zado de investigação em Física Subatómica.
Contudo, os fisicos que permaneceram na Europa, mesmo
sob ocupação nazi e lutando contra ela na clandestinidade,
procuraram manter viva, neste continente, a investigação cientí-
fica fundamental. Entre eles, é justo destacar Frédéric Joliot e
sua mulher Irene Joliot-Curie que, nessa época, eram os dois
mais proeminentes fisicos nucleares franceses descobridores da
radioactividade artificial, cuja comunicação à Academia das
Ciências de Paris está incluída nesta colectânea. Antes dessa
descoberta já F Joliot e I. Joliot-Curie tinham dado importante
contribuição à identificação do neutrão que acabou por ser
inequivocamente obtida por James Chadwick, como se encontra
descrito em artigo também aqui transcrito. Ambos estes traba-
lhos foram decisivos para o progresso da Física Nuclear funda-
mental, bem como para a produção de nuclídeos radioactivos
artificiais aplicados em diversificados domínios da ciência e da
tecnologia. Com a descoberta do neutrão deu-se um passo deci-
sivo no conhecimento da estrutura do núcleo, que até aí se
pensava ser constituído por protões e electrões, as únicas

[X]
partículas elementares conhecidas até então. Esta estrutura era
incompreensível, quer do ponto de vista da Mecânica Quântica,
como do princípio da conservação do momento angular.
O conhecimento da existência do neutrão veio permitir
ultrapassar mais uma dificuldade com que se deparava a Física
Nuclear; ele foi obtido em 1932, o primeiro de três anos parti-
cularmente fecundos. Na realidade, logo no ano seguinte, Carl
Anderson descobria a antipartícula do electrão - o positrão- (cuja
comunicação constitui o primeiro artigo desta colectânea) para,
em 1934, se descobrir a radioactividade artificial, como atrás
referimos.
Enquanto Irene Joliot-Curie era professora da Universidade
de Paris, onde sucedeu a sua mãe Marie Curie, dirigindo igual-
mente o quase mítico Institut du Radium que esta criou, F Joliot
estava à frente do ensino e investigação em Física Nuclear no
altamente prestigiado College de France, onde construiu o pri-
meiro ciclotrão europeu, mais tarde transferido para o Institut
de Physique Nucléaire de Orsay que criara em colaboração com
sua mulher, na década de 50. Entretanto, apesar da lenta e
penosa reconstrução europeia do pós-guerra, os países do velho
continente com maior tradição de pesquisa em Física Nuclear
procuravam construir os seus próprios aceleradores de par-
tículas. Entre os primeiros contou-se o ciclotrão de Copenhaga,
instalado no celebérrimo instituto de investigação em Física
Fundamental dirigido por Niels Bohr que, já antes da guerra,
constituía um dos "santuários " de primeiríssimo importância
onde se construía a Física teórica.
. Começam então a surgir, na debilitada Europa do pós-guerra,
os primeiros centros de investigação em Física Nuclear com uma
escala - em dimensões e meios - que pouco tinha de comum
(para além da actividade intelectual...) com aqueles laboratórios
universitários que, sobretudo em França, na Grã-Bretanha, na
Alemanha e na Itália, tinham visto nascer e afirmar-se esse novo

[XI]
domínio da Física. Contudo, nenhum desses países dispunha de
potencial económico que lhes permitisse montar laboratórios
comparáveis aos maiores existentes nos Estados Unidos, como
Berkeley ou Brookhaven. A única solução para a Europa, de
modo a não perder irremediavelmente a "corrida " da investi-
gação "de ponta " em Física das Altas Energias, seria os países
do velho continente ultrapassarem ancestrais preconceitos e
reunirem esforços para, em conjunto, construírem um grande
laboratório europeu de investigação experimental do universo
subatómico.
A ideia surgiu em Dezembro de 1949 na Conferência
Europeia de Cultura reunida em Lausana, vindo a ser aprovada
na Conferência Geral da UNESCO que teve lugar em Florença
no mês de Junho do ano seguinte, uma resolução nesse sentido
apresentada pelo fisico Isaac Rabi. Depois de diversas conver-
sações de cientistas e políticos, os primeiros interessados em
colmatar as carências europeias no que respeita a grandes labo-
ratórios de investigação fundamental, e os segundos procurando
contribuir para o projecto da unidade europeia, foi provisoria-
mente criado o Conselho Europeu para a Investigação Nuclear
(CERN), numa reunião, em Genebra (Fevereiro de 1952), de
onze países europeus. Depois da necessária ratificação por nove
desses Estados, ocorrida em Setembro de 1954, o CERN passou
a ter existência de facto e de direito, iniciando-se imediatamente
a construção do que é hoje um imenso laboratório de investi-
gação em Física das Altas Energias, localizado nos arredores de
Genebra junto à fronteira francesa.
O seu primeiro grande acelerador de partículas foi um
sincrocic/otrão de 600 Me V, que entrou em funcionamento em
1957; pouco depois, osfisicos do CERN puderam observar, por
meio dele, pela primeira vez, a desintegração do mesão 1C num
electrão e num neutrino, resultado importante para a elaboração
da teoria das interacções fracas. A Europa dava, assim, um

[XTI]
passo decisivo para sair da situação de suba/ternidade em que
se encontrava, no que respeita à Física Nuclear e à Física das
Partículas Elementares, desde os finais da década de 30.
Mas voltemos atrás, pois muito de importante ficou por
referir no que se refere aos primórdios da Física do núcleo
atómico.
Após o reconhecimento da existência dessa muito pequena
fracção do átomo, onde se situa a quase totalidade da sua
massa e toda a sua carga eléctrica positiva - a que foi dado o
nome de núcleo -, evidenciado em 1911 pela análise de
Rutherford já atrás mencionada, o primeiro trabalho teórico que
se lhe segue cronologicamente nesta colectânea é a teoria quân-
tica do núcleo atómico realizada por G. Gamow. Neste trabalho,
o autor constrói uma teoria para a emissão de partículas alfa por
certos núcleos, conhecida desde a descoberta da Radioactividade
como um dos processos de declínio dos núcleos instáveis, mas
inexplicável tomando como base a chamada Física clássica.
Utilizando o fenómeno designado por efeito túnel, previsto pela
Mecânica Quântica, Gamow (e, independentemente, Condon
e Gurney) explicariam, com grande elegância conceptual e
formal, a emissão de partículas alfa dos núcleos, justificando a
validade da teoria pela comparação com os resultados experi-
mentais já conhecidos, nomeadamente no que respeita aos
valores das constantes de declínio, ou seja, as probabilidades de
emissão por unidade de tempo. Esta teoria data de 1928, apenas
três anos após o surgimento da Mecânica Ondulatória, em que
ela se baseia, constituindo, aliás, uma das primeiras brilhantes
verificações da validade dessa Mecânica que, pelo seu carácter
inovador e em rotura epistemológica com a denominada Física
clássica, era então ainda olhada com desconfiança pela maioria
dos fisicos.
Depois da descoberta da radioactividade, em 1896, por
Antoine Henri Becquerel, os raios alfa dele resultantes foram

[XIII]
identificados por Rutherford como sendo núcleos de átomos de
hélio, cada um deles constituído por dois protões e dois neutrões.
Na realidade, essa identificação foi efectuada antes de o próprio
Rutherford ter evidenciado a existência do núcleo atómico.
Assim, ao relatar as suas conclusões sobre a natureza das
partículas alfa, Rutherford, com assinalável precisão e rigor,
escreveu:

"(...) Podemos concluir que uma partícula alfa é um


átomo de hélio ou, para ser mais preciso, a partícula alfa,
após ter perdido a sua carga positiva é um átomo de hélio "
(destaque nosso).

Além da emissão alfa, outro processo de declínio, logo des-


coberto em 1896 por A. H. Becquerel, é a emissão de partículas
beta, rapidamente identificadas como sendo electrões. Também
aqui, os físicos nucleares se esforçaram por construir a teoria
que permitisse descrever este processo de emissão: a tarefa
revelou-se muito mais árdua do que a explicação do declínio
alfa, pois aqui, uma vez encontrado o enquadramento teórico
adequado - a então recém-construída Mecânica Quântica -, a
explicação procurada surgiu naturalmente, sem "entorses "
para as ideias e princípios básicos em que a Física tem sido
construída.
Nada de semelhante se passou com a teoria do declínio beta,
pelo facto de o espectro de energia das partículas beta emitidas
por um dado nuclídeo ser contínuo, ao invés dos espectros alfa
em que as partículas emitidas têm uma energia bem definida.
Aquele facto violaria os princípios da conservação da energia e
do momento linear, admitindo que no processo de declínio apenas
intervêm dois corpos, a partícula beta emitida e o núcleo resi-
dual, o que era realmente observado com os meios experimentais
disponíveis.

[XIV]
Só havia, portanto, duas hipóteses: ou admitir que esses
princípios "sagrados ", sempre respeitados na construção da
Física, tinham aqui perdido a sua validade; ou admitir a inter-
venção de uma terceira partícula, ainda não observada. Perante
a tragédia que significaria a adopção da primeira hipótese para
a explicação da natureza até então arduamente conseguida, W.
Pauli tomou a segunda, em 1933, introduzindo essa terceira
partícula que foi designada por neutrino. A sua existência só foi
experimentalmente comprovada vinte anos depois por Cowan e
Reines que, para isso, tiveram que utilizar poderosos meios de
produção e detecção das partículas, atendendo à sua pratica-
mente nula interacção com a matéria.
Um ano depois de Pauli ter apresentado a sua hipótese da
existência do neutrino, Enrico Fermi (provavelmente o último
"monstro sagrado" da Física que reunia, numa só pessoa, as
mais notáveis qualidades de experimentador e a fina argúcia de
um teórico da mais alta categoria) apresentava a primeira teoria
para o declínio beta, pressupondo a validade da hipótese de
Pauli. Esse trabalho pioneiro também se encontra na presente
colectânea.
Ainda no domínio da Física Nuclear teórica, apresenta-se
nesta obra o primeiro trabalho de Hideki Yukawa sobre a
interacção de partículas elementares, posteriormente usado
para explicar a coesão dos núcleos. Com efeito, pouco depois da
descoberta do neutrão por J. Chadwick, já anteriormente assi-
nalada, W. Heisenberg sugeriu que o protão e o neutrão - os dois
constituintes dos núcleos - poderiam ser considerados como
estados de carga diferente de uma mesma partícula fundamental
que designou por nucleão (estava-se ainda longe das teorias que
introduziram os quarks como constituintes dos protões e
neutrões).
Na concepção de Heisenberg, o nucleão no interior do núcleo
seria considerado como constituído por um core (ou "caroço'')

[XV]
envolvido por uma "nuvem " de partículas então desconhecidas
- designadas por mesões -, cujas massas se situariam entre a do
electrão e a do protão (daí o nome de mesão). As forças de
ligação entre os nucleões eram então concebidas como sendo
devidas a uma permuta de mesões entre eles. Esta concepção da
força de ligação nuclear inspirou-se na explicação quântica das
forças electromagnéticas, as quais são devidas a uma troca de
fotões entre as partículas carregadas; ou na ligação covalente
dos compostos químicos, interpretada como sendo devida a uma
permuta de electrões entre atómos de uma mesma molécula.
A concepção de Heisenberg foi utilizada por Yukawa para
interpretar as forças responsáveis pela estabilidade nuclear,
visto que forças de atracção de tipo gravitacional entre nucleões
seriam manifestamente insuficientes para compensar as forças
de repulsão electrostática entre os protões que entram na
composição do núcleo.
Com base no princípio da indeterminação de Heisenberg e
no alcance das forças nucleares, foi possível calcular o valor da
massa dos mesões de Yukawa (posteriormente designados por
mesões n ou piões): 270 vezes a massa do electrão, valor em
excelente acordo com o valor experimental que posteriormente
se mediria para a massa destas partículas, 273 vezes a massa do
electrão!
Como fizemos notar no início desta nota de abertura, o
último artigo, em data, desta colectânea é o de Otto Hahn e Fritz
Strassmann. Ele relata um trabalho que se enquadra no
numeroso grupo de investigações experimentais que foram reali-
zadas nos anos 30, após a identificação do neutrão, nomeada-
mente no domínio da sua interacção com a matéria. A vantagem
da utilização dos neutrões para provocar reacções nucleares
situa-se no facto de se tratar de uma partícula electricamente
neutra (ao contrário das restantes usadas, até então, como
projécteis), não sofrendo, portanto, a repulsão coulombiana dos

[XVI]
núcleos. De facto, como Fermi refere num outro trabalho
também incluído nesta colectânea:

"( ..)demonstra-se que um grande número de elementos


(47 dos 68 examinados até agora) de peso atómico variado
pode ser activado com fontes de neutrões constituídas por um
pequeno tubo de vidro cheio de berílio em pó e de radão até
800 milicuries. Esta fonte tem uma actividade de cerca de um
milhão de neutrões por segundo ".

Na realidade, os neutrões são aqui produzidos por uma reacção


nuclear provocada nos núcleos de berílio pelas partículas alfa
emitidas pelo radão.
A maior parte das reacções nucleares provocadas por
neutrões são do tipo (n, ')j, isto é, reacções em que o núcleo
absorve o neutrão ficando excitado e perdendo o excesso de
energia por emissão de radiação gama. O núcleo resultante é,
em geral, radioactivo devido a esse neutrão excedentário em
relação à sua estrutura inicial:

"Um estado estável é então geralmente obtido pela trans-


formação de um neutrão num protão, a qual está relacionada
com a emissão de uma partícula {3 ",

como esclarece Fermi no mesmo artigo de onde foi transcrita a


citação anterior.
Ora a adição de um protão a um núcleo faz aumentar de uma
unidade o número atómico, Z, deste e, portanto, do elemento a
que pertence. Como o elemento do número atómico mais elevado
existente na Natureza é o urânio (Z =92), pensou-se imediata-
mente na eventualidade de produzir artificialmente, por meio
daquela reacção nuclear, elementos de número atómico supe-
rior: captura de um neutrão dando origem a um isótopo radioac-

[XVII)
tivo, declínio deste por emissão beta e obtenção de um novo
núcleo de número atómico aumentado de uma unidade. No
elemento urânio existem diversos isótopos dos quais o mais
abundante é o 23BU; capturando um neutrão obtém-se o 239U que
é um emissor beta, dando origem a um novo núcleo deZ =93, o
qual, sendo também um emissor beta, produz um outro núcleo
com número atómico Z =94: originaram-se, assim, os dois
primeiros elementos transuranianos a que foram dadas as desig-
nações de neptúnio e plutónio, respectivamente.
O trabalho de Hahn e Strassmann, bem como o último de
Fermi aqui citado, enquadram-se justamente nesta linha de pes-
quisa experimental dos elementos de número atómico superior
ao do urânio. A isso fazem explicitamente referência o título
do artigo de Fermi e as primeiras linhas do de Hahn e
Strassmann, em que mencionam um trabalho anterior de ambos,
em colaboração com Lise Meitner, que trata de elementos
transuranianos.
Entretanto, o texto de Hahn e Strassmann incluído nesta colec-
tânea teve um alcance que transcendeu largamente a pesquisa
daqueles elementos: ele constituiu a descrição da primeira
experiência em que se observou o fenómeno, pouco depois desig-
nado por fissão nuclear, no qual a irradiação com neutrões de
núcleos de urânio pode dar origem à cisão ou fraccionamento
destes em dois fragmentos, libertando-se simultaneamente uma
enorme quantidade de energia, quando comparada com os res-
tantes processos nucleares então conhecidos. Assim, enquanto
nestes, como o declínio alfa, a energia envolvida não excede a
dezena de MeV, nafissão essa energia é de cerca de 200 MeV!
Foi este processo que, desenvolvido à escala macroscópica
(depois de se ter descoberto que, sob certas condições, ele dá
origem a uma reacção em cadeia), culminou num projecto indus-
trial-militar sem precedentes - o projecto Manhattan - no qual
os Estados Unidos produziram, com o apoio de numerosos

[XVIll]
físicos e radioquímicos europeus imigrados, as tristemente céle-
bres bombas atómicas, que não hesitaram em utilizar em dois
bombardeamentos sobre populações civis do Japão, com horro-
rosas consequências.
O fenómeno da fissão nuclear por irradiação do urânio com
neutrões foi provocado, pela primeira vez, por O. Hahn e F
Strassmann, como referimos. Contudo, estes investigadores não
souberam interpretar os resultados que obtiveram. Foi a antiga
discípula e assistente de Otto Hahn, Lise Meitner, que o
conseguiu, com a colaboração de um sobrinho, O. R. Frisch.
Lise Meitner era austríaca mas foi na Alemanha que desenvol-
veu intensa actividade científica. De origem judaica, embora
baptizada, a sua situação na Alemanha nazi tornou-se insusten-
tável qu.ando a Austriafoi anexada e ós seus cidadãos passaram
a ser abrangidos pelas disposições anti-semitas que, há anos,
vigoravam naquele país. Hóspede de Niels Bohr em Copenhaga,
onde já se encontrava o seu sobrinho, veio a aceitar o convite de
Manne Siegbahn para trabalhar no Instituto Nobel de Física
Experimental da Real Academia Sueca das Ciências.
Foi em Estocolmo, logo após a sua chegada, que Lise Meitner
e O. R. Frisch interpretaram correctamente os resultados expe-
rimentais obtidos por Hahn e Strassmann nas suas experiências
de irradiação de urânio com neutrões. Meitner e Frisch,
baseando-se no modelo nuclear da "gota líquida", proposto por
Niels Bohr, sugeriram que o núcleo de urânio, ao absorver um
neutrão, sofre uma perturbação na sua estrutura, deixando-o
suficientemente excitado para se cindir em dois fragmentos, em
geral de massas próximas. Deste processo sobra uma certa
quantidade da massa nuclear inicial, isto é, a soma das massas
dos núcleos resultantes da fissão é inferior à massa do núcleo de
urânio inicial. Este excesso de massas surge sob a forma de uma
enorme quantidade de energia, em acordo com a célebre equação
de Einstein que estabelece a equivalência entre esta e aquela.

[XIX]
Quando as grandes descobertas da Física exp erimental dos
nossos dias, particularmente em Física Nuclear e Física das
Partículas Elementares, se caracterizam pela complexidade
e enormidade das instalações utilizadas, é comovente observar a
simplicidade e as dimensões da instalação usada por Hahn
e Strassmann - hoje exposta no Deutsches Museum em Munique -,
a qual ocupa, na sua totalidade, uma pequena bancada de
laboratório.
A descoberta da fissão nuclear é atribuída, pela generali-
dade dos historiadores da ciência, a Hahn e Strassmann.
Pensamos que é uma irijustiça histórica deixar Lise Meitner na
sombra; afinal foi ela quem soube interpretar o fenómeno,
extraindo dele as implicações que lhe deram futuro científico e
tecnológico: as já referidas bombas atómicas, que recordamos
com horror, mas também a produção de energia para fins pací-
ficos, por meio de reactores nucleares de fissão, tendo o primeiro
- então ainda conhecido por pilha atómica - sido construído, em
Chicago, por Enrico Fermi.
Lise Meitner foi, entre diversos destacados fisicos nucleares
e radioquímicos europeus, convidada a colaborar nos trabalhos
de desenvolvimento da bomba atómica: recusou! Isto foi, certa-
mente, um reflexo do seu humanismo que, entretanto, fez com
que, muitos anos antes - durante a Primeira Guerra Mundial -,
colaborasse com o exército austro-húngaro, não na produção
de engenhos destruidores, mas fazendo funcionar instalações de
raios X, usadas como meio de diagnóstico médico-cirúrgico.
Refira-se, de passagem, que o mesmo acontecia então do outro
lado das trincheiras, onde Marie Curie ia para a frente de
batalha com um camião dos serviços de saúde do exército
francês transportando uma instalação de raios X Duas
mulheres - ambas com uma actividade científica relevante,
embora mais ex tensa com Marie Curie - com destinos

[XX]
históricos bem diferentes : enquanto Marie Curie é univer-
salmente conhecida entre a generalidade dos detentores de
uma cultura geral mediana, quem conhece hoje, mesmo no
seio da comunidade científica, a personalidade e a obra de
Lise Meitner?
Como tivemos ocasião de destacar no início desta nota de
abertura, o organizador de Foundations of Nuclear Physics,
Dr. Robert T. Beyer, compilou uma extensa bibliografia, actua-
lizada até 1947. Do nosso ponto de vista, julgamos importante
salientar que nela estão incluídos alguns trabalhos de investi-
gadores portugueses, não só efectuados em centros científicos
estrangeiros, mas também - o que é mais significativo - conce-
bidos e realizados em Portugal, no único centro de investigação
em Física então existente entre nós, anexo à Faculdade de
Ciências da Universidade de Lisboa, cuja actividade foi quase
extinta, justamente naquele ano quando, por iníqua e retrógrada
decisão governamental, foram compulsivamente afastados da
Universidade muitos dos seus mais brilhantes colaboradores,
complementando um processo repressivo contra a inteligência
universitária portuguesa, iniciado mais de uma dezena de anos
antes.
A "escola " de investigação em Física que se estava paciente
e resolutamente formando, desde o início da década de 30,
realizando trabalhos de investigação experimental de nível
internacionalmente aceite, foi brutalmente interrompida.
Portugal detinha, nessa ocasião, uma interessante posição, no
que respeita à investigação em Física, entre os pequenos países.
Pensamos que constitui um bom indício do que acabámos de
afirmar, o facto de a revista Portugaliae Physica, criada pelo
centro de investigação em Física atrás referido para publicação
de trabalhos de investigação, ter sido incluída na lista dos
periódicos científicos seleccionados pelo organizador da
presente colectânea de trabalhos pioneiros em Física Nuclear.

[XXI]
Ainda mais significativo da posição que teve a actividade cien-
tífica daquele centro no panorama internacional é o facto de só
a Portugaliae Physica - entre as publicações da Península
Ibérica - ter sido incluída naquela lista e ser uma das três únicas
seleccionadas provenientes de todo o espaço ibero-americano.

Lisboa, 30 de Agosto de 2002

Fernando Bragança Gil

Nota do Editor: O Editor agradece as autorizações concedidas para a repro-


dução dos textos e está disponivel para regularizar a situação nos casos em
que, apesar de todos os esforços, não tenha sido possível identificar os respec-
tivos detentores.

[XXII]
Prefácio

A compilação dos artigos deste livro foi preparada com o


objectivo de reunir, num único volume, os relatos originais de
estudos fundamentais de Física Nuclear, tal como foram apre-
sentados pelos próprios investigadores.
A descoberta da bomba atómica conduziu à publicação de
muitos textos em que o conhecimento actual do núcleo é descrito em
pormenor. O objectivo deste volume é um pouco diferente- nomea-
damente proporcionar uma visão histórica da Física Nuclear ao
leitor, e colocá-/o em contacto directo com as ideias dos mento-
res deste ramo de investigação.
Algumas palavras devem ser referidas acerca do método de
selecção. Estes artigos são as apresentações originais do que o
editor considera as hipóteses, descobertas e invenções mais
importantes na Física Nuclear. Como critério da sua importân-
cia, prestou-se particular atenção à frequência com que estes
artigos são citados por outros investigadores e à quantidade de
investigação estimulada por eles.
A selecção de artigos teóricos foi particularmente difici/,
uma vez que os progressos neste ramo foram realizados, a maior
parte das vezes, por pequenos passos e grande número de cien-
tistas.
O editor está consciente de que haverá, com certeza,
possíveis desacordos com a presente selecção, em especial no

[XXIII]
que diz respeito a artigos que não foram incluídos. O editor crê
ser este facto uma consequência natural da rapidez com que a
Física Nuclear se desenvolveu, bem como uma condição edito-
rial em geral. Um ponto em sua defesa é a dimensão limitada
deste volume.
Junta-se em apêndice uma bibliografia de artigos que está
razoavelmente completa até aos primeiros meses de 1947.
Faz-se notar que, devido a necessidades de composição, usou-se
o itálico em vez do negrito, para os números dos volumes dos
vários periódicos. Além disso, o idioma do artigo original é o
mesmo que o usado no título do periódico, a menos que se dê
indicação em contrário.

Robert T Beyer

Universidade de Brown
Julho 1947

[XXIV]
O Electrão Positivo
CARL D. ANDERSON, California Institute ofTechnology. Pasadena, California
(Recebido a 28 de Fevereiro de 1933)

[Physical Review, 43 (1933), 491-494


copyright 1933 by the American Physica1 Society]

Num total de 1300 fotografias de traços de raios cósmicos


obtidos numa câmara vertical de Wilson, foram encontrados 15
traços correspondentes a partículas de carga positiva cuja
massa não pode ser tão grande como a do protão. Uma análise
da energia perdida pelas partículas e da ionização produzida
permite concluir que a respectiva carga é inferior ao dobro da
carga do protão. É provável que essa carga seja, de facto, exacta-
mente igual à carga do protão, o que leva a que, após análise das
curvaturas das trajectórias e das ionizações produzidas, a corres-
pondente massa tenha que ser inferior a vinte vezes a massa do
electrão. Essas partículas serão chamadas positrões. Uma vez
que elas aparecem em grupos, associados a outros traços,
conclui-se que devem ser partículas secundárias emitidas por
núcleos atómicos.

Editor

No dia 2 de Agosto de 1932, durante uma sessão fotográfica


de traços produzidos por raios cósmicos numa câmara vertical
de Wilson (campo magnético de 15 000 gauss) concebida pelo
Professor R. A. Millikan e pelo autor durante o Verão de 1930,
foram obtidos os traços representados na Fig. I. Procedendo à

[ I ]
Fig. I - Um positrão de 63 milhões de volts (Hp = 2, 1 x lOSgauss-cm) atra-
vessa uma placa de chumbo com 6 mm de espessura e emerge como um positrão
de 23 milhões de volts (Hp = 7,5 x 1(}4 gauss-cm). O comprimento deste último
traço é, pelo menos, dez vezes superior ao comprimento que poderia ter o traço
de um protão com esta curvatura.

interpretação desta fotografia, parece ser necessário admitir a


existência de uma partícula de carga positiva, mas cuja massa
seja da mesma ordem de grandeza da massa normalmente
atribuída ao electrão negativo livre. Esta foi também a opinião
de todo um grupo de colaboradores do Laboratório Norman
Bridge que efectuou posteriormente um estudo da fotografia .
O motivo por que esta interpretação parece ser tão inevitável é o
traço que aparece na metade superior da figura não poder, de
modo nenhum, corresponder a uma partícula com uma massa tão
grande como a do protão. De facto, conhecida a massa, a energia
é imediatamente determinada pela curvatura da trajectória, o que

[ 2]
implicaria para o protão com a curvatura representada neste caso
uma energia de 300 000 voJts<ll. Porém, um protão com esta ener-
gia, de acordo com resultados bem estabelecidos e univer-
salmente aceites<2>, tem um alcance total de cerca de 5 mm no ar
e a porção da trajectória visível neste caso excede os 5 cm sem
que haja uma alteração apreciável da curvatura. O único modo de
fugir a esta conclusão seria admitir que, por coincidência, exac-
tamente no mesmo instante (e a nitidez dos traços determina esse
instante com uma precisão de cerca de I quinquagésimo de
segundo), dois electrões independentes produzissem dois traços
dispostos de modo a darem a impressão de uma única partícula a
atravessar a placa de chumbo. Esta hipótese foi posta de lado por
motivos probabilísticos, uma vez que um traço nítido, com uma
curvatura desta ordem de grandeza e nas condições experimen-
tais verificadas, ocorreu na câmara apenas em uma fotografia de
entre cerca de 500, não havendo, portanto, praticamente qualquer
hipótese de dois destes traços se alinharem desse modo. Foi
também posta de lado a hipótese, completamente irrealista, de
um electrão de 20 milhões de volts entrar por um lado da placa
de chumbo e sair pelo outro com uma en~rgia de 60 milhões de
volts. Uma quarta hipótese é um fotão entrar na placa de chumbo
pela parte de cima e expulsar duas partículas de um núcleo de
um átomo de chumbo, uma das quais é lançada para cima e a
outra para baixo. No entanto, neste caso, a partícula que se
movesse para cima teria que ter carga positiva e massa pequena,
pelo que qualquer das duas hipóteses conduz à existência do
electrão positivo.

<'l N. do T. : No original a energia é frequentemente medida em volts em vez


de electrões-volt.
<'l Rutherford, Chadwick e Ellis, Radiations from Radioactive Substances,
p. 294. Supondo R a tP e usando valores aí referidos, o alcance de um protão de
300 000 volts no ar em condições P. T. N . é de cerca de 5 mm .

[3]
Durante as semanas seguintes foram obtidas mais fotografias,
que só podiam ser logicamente interpretadas com base na
hipótese da existência do electrão positivo e foi , então, publicado
um breve relatório(3), com a devida reserva quanto à interpretação,
em virtude da importância e da natureza surpreendente da comu-
nicação.

VALORES DA CARGA E DA MASSA

Com os resultados experimentais de que presentemente se


dispõe é apenas possível estabelecer limites relativamente amplos
para os valores da carga e da massa da partícula. A ionização
específica para estes casos não foi medida. No entanto, é muito
provável, a partir do conhecimento das condições experimentais
e da comparação com muitas outras fotografias tiradas a electrões
lentos e rápidos nas mesmas condições, que a carga não difira,
em módulo, da carga do electrão de um factor superior a dois.
Além disso, se se considerar que a fotografia representa uma
partícula positiva que penetra numa placa de chumbo com 6 mm de
espessura, então a energia perdida por unidade de carga é aproxi-
madamente de 38 milhões de electrões-volt, valor este que é prati-
camente independente da massa própria da partícula, desde que
esta não seja muitas vezes superior à do electrão negativo livre.
Considerou-se razoável comparar este valor de 63 milhões de volts
por cm para a energia perdida da partícula positiva com o valor
experimental médio de aproximadamente 35 milhões de volts<•J
para electrões negativos com uma energia de 200-300 milhões de
volts, uma vez que se supõe que a taxa de energia perdida, para
partículas de pequena m~sa, varia muito pouco numa gama de

(>l C. O. Anderson, Science 76, 238 (1932).


!' l C. O. Anderson, Phys. Rev. 43, 381 A ( 1933).

[ 4]
energias que vai desde os milhões até às centenas de milhões de
volts. Tomando em linha de conta as incertezas experimentais, é
possível concluir que a taxa de energia perdida pela partícula
positiva é inferior a quatro vezes a do electrão. Assim, em virtude
da relação usual entre taxa de ionização e carga, fica automatica-
mente fixado para o valor da carga um limite superior que é
menor do que o dobro da carga do electrão negativo. Conclui-se,
portanto, que o valor da carga do electrão positivo, que designa-
remos a partir de agora por positrão, é muito provavelmente igual
à do electrão negativo livre, o qual, por motivos de simetria,
deveria naturalmente passar a ser chamado de negatrão (Fig. 2).
De notar que a profundidade efectiva da câmara ao longo da
direcção de observação, que coincide com a direcção das linhas
de força do campo magnético, é de I cm e o seu diâmetro útil
perpendicularmente a essa direcção é de 14 cm, ficando assim
assegurado que a partícula atravessa a câmara segundo uma
direcção que é praticamente normal às linhas de força. A mudança
de direcção ao atravessar a placa de chumbo<5>, que é, neste caso,
de cerca de 8° medidos no plano da câmara, corresponde a um
valor provável para uma partícula com esta energia, embora seja
inferior ao valor mais provável.
O valor da massa própria não pode ainda ser determinado
com precisão, sendo apenas possível estabelecer um limite
superior de vinte vezes a massa do electrão. Se se considerar
que a Fig. I representa uma partícula de carga unitária a atra-
vessar a placa de chumbo, então, baseando-nos nas informações
disponíveis sobre ionização, as curvaturas fornecem um valor
demasiado pequeno . para a perda de energia a menos que a
respectiva massa seja inferior a vinte vezes a massa do electrão
negativo. É possível melhorar os valores limite para a massa

'" C. D. Anderson, Phys. Rev. 43, 381A ( 1933).

[5]
Fig. 2 - Um positrão com uma energia de 20 milhões de volts {Hp = 7, 1 x 1(}4
gauss-cm) e um negatrão com uma energia de 30 milhões de volts {Hp = 10,2 x 1(}4
gauss-cm) projectados de uma placa de chumbo. O alcance da partícula positiva exclui
a possibilidade de ela ser identificada com um protão com a curvatura observada.

através da determinação do HrJ6> para partículas de energia rela-


tivamente baixa antes e depois de terem atravessado uma quanti-
dade de matéria conhecida, juntamente com o estudo de efeitos
balísticos, tais como choques com electrões envolvendo transfe-
rência de grandes quantidades de energia.
Até à data, de um total de 1300 fotografias de traços de iões
cósmicos, 15 representam partículas positivas a atravessar o
chumbo, cuja massa não pode ser tão grande como a do protão,

<'l N. do T: Produto do campo magnético H pelo raio de curvatura p; esta


grandeza é frequentemente utilizada no estudo do movimento de partículas
carregadas sob a acção de um campo magnético.

[ 6]
ficando assim estabelecida a existência de partículas positivas de
carga unitária e massa pequena comparada com a do protão. Em
muitos outros casos, devido ou à pequena dimensão do traço
disponível para medição, ou à elevada energia da partícula, não
é possível distinguir com segurança protões de positrões. No
entanto, um estudo das seis ou sete centenas de traços de raios
positivos que nós obtivemos é ainda consistente com a hipótese
de a partícula positiva arrancada ao núcleo pelo raio cósmico
primário incidente ser, em muitos casos, um protão (Fig. 3).

Fig. 3 - Um grupo de seis partículas projectadas de uma região da parede da


câmara. O traço da esquerda do grupo central de quatro traços é um negatrão com uma
energia de cerca de 18 milhões de volts (Hp = 6,2 x I()4 gauss-cm) e o traço da direita
um positrão com urna energia de cerca de 20 milhões de volts (Hp = 7,0 x 1()4 gauss-
-cm). Não é possível identificar os dois traços no meio. À esquerda aparece um nega-
Irão de cerca de 15 milhões de volts. Este grupo representa traços formados algum
tempo antes de ser tirada a fotografia e que foram alargados pela difusão de iões.
A uniformidade deste alargamento para todos os traços mostra que as partículas
entraram na câmara ao mesmo tempo.

[ 7]
Do facto de os positrões ocorrerem em grupos associados a outros
traços conclui-se que eles devem ser partículas secundárias arran-
cadas ao núcleo atómico. Mantendo a hipótese de o núcleo ser
constituído por protões e neutrões (e partículas a) (Fig. 4) e de o
neutrão representar a combinação de um protão com um electrão,
então, da teoria electromagnética sobre a origem da massa, a
hipótese mais simples parece ser a da possibilidade de uma colisão
entre o raio primário incidente e um protão, de modo a expandir
o diâmetro deste último até ao mesmo valor do do negatrão. Este

Fig. 4 - Um positrão com uma energia de cerca de 200 milhões de volts


(Hp = 6,6 x I osgauss-cm) penetra na placa de chumbo com li mm de espessura
e emerge com uma energia de cerca de 125 milhões de volts (Hp = 4,2 x JOs
gauss-cm). A hipótese de o traço representar um protão a atravessar a placa de
chumbo não é consistente com as curvaturas observadas. As energias seriam
então de cerca de 20 milhões e 8 milhões de volts respectivamente acima e abaixo
do chumbo, energias estas demasiado baixas para que o protão tivesse um alcance
que lhe permitisse atravessar a placa de chumbo de li mm de espessura.

[ 8]
processo libertaria uma energia de um bilião de electrões-volt
que seria emitida sob a forma de um fotão secundário. Uma segunda
possibilidade seria o raio primário desintegrar um neutrão (ou
mais do que um) no núcleo, com emissão de um negatrão ou de
um positrão, dando assim origem, consoante o caso, a um protão
positivo ou negativo que ficaria alojado no núcleo no lugar do
neutrão, ocorrendo todo este processo, desta vez, sem emissão de
fotões. No entanto, esta alternativa postula a existência de um
protão de carga negativa no núcleo, o qual nunca foi encontrado.
Porém, a maior simetria entre cargas positivas e negativas,
decorrente da descoberta do positrão, constituirá certamente um
estímulo para investigar a possível existência de protões nega-
tivos. Se se chegar à conclusão de que o neutrão é uma partícula
fundamental de um novo tipo em vez da combinação de um
protãô com um negatrão, as hipóteses acima aventadas terão de
ser abandonadas, pois então o protão tem toda a probabilidade
de vir a ser representado por uma partícula complexa constituída
por um neutrão e um positrão.
Durante a preparação deste artigo, alguns relatos anunciaram
que P. M. S. Blackett e G. Occhialini, num extenso estudo de
traços de raios cósmicos, também obtiveram provas da existência
de partículas positivas leves, confirmando assim a nossa comuni-
cação anterior.
Desejo exprimir a minha imensa dívida para com o Professor
R. A. Millikan por ter sugerido este trabalho e por muitas conver-
sas proficuas durante a sua evolução. Agradeço igualmente o
competente auxílio do Sr. Seth H. Neddermeyer.

[Tradução de Fernando dos A idos]

[ 9]
A Existência de um Neutrão
Por J. CHADWICK, F. R. S.
(Recebido em lO de Maio de 1932)

[Proceedings Royal Society ofLondon, AJ36, ( 1932), 692-708]

§ 1. Bothe e Becker<'>mostraram que alguns elementos leves,


quando bombardeados pelas partículas-a do polónio, emitem
radiação que parece ser do tipo y. Observou-se este tipo de efeito
de modo particularmente nítido no berílio, e observações poste-
riores feitas por Bothe, pela Sr.3 Curie-Joliot<2>e por Webster<3>
mostraram que a radiação excitada no berílio possui um poder de
penetração distintamente maior que o de qualquer da radiação
y de radio-elementos conhecida. Nas experiências de Webster, a
intensidade da radiação foi medida por meio de um tubo de
Geiger-Müller e por uma câmara de ionização de alta pressão.
Este investigador descobriu que a radiação do berílio possui um
coeficiente de absorção para o chumbo de 0,22 cm- I, medido nas
condições experimentais disponíveis. Efectuando as correcções
devidas a estas condições e usando os resultados de Gray e
Tarrant para calcular as contribuições relativas à dispersão,
absorção fotoeléctrica e absorção nuclear na absorção desta
radiação tão penetrante, Webster conclui que esta radiação pos-
sui uma energia de 7 x I ()6 electrões-volt. Do mesmo modo, desco-
briu que a radiação do boro provocada pelo bombardeamento com

111
Z. Physik, vol. 66, p. 289 ( 1930).
''' I. Curie, C.
R. Acad. Sei. Paris, vol. 193 , p. 141 2 ( 1931 ).
m Proc. Roy. Soe., A, vol. 136, p. 428 ( 1932).

[ 11 ]
partículas-a. do polónio consiste, em parte, numa radiação mais
penetrante que a do berílio, e estimou que a anergia desta compo-
nente é de 7 x 1()6 electrões-volt. Estas conclusões estão de acordo
com a suposição de que a radiação tem origem na captura da
partícula-a. pelo núcleo do berílio (ou boro), e posterior emissão
da energia em excesso sob a forma de um quantum de radiação.
Estas radiações mostram, no entanto, algumas peculiaridades
e, a meu pedido, deixou-se entrar a radiação do berílio numa
câmara de expansão e tiraram-se várias fotografias. Não se obser-
varam nenhuns fenómenos imprevistos, embora, como se verá
mais tarde, experiências semelhantes agora realizadas tenham reve-
lado a existência de alguns acontecimentos notáveis. O insucesso
das experiências iniciais foi devido, em parte, à fraca intensidade
da fonte de polónio e, em parte, ao dispositivo experimental que,
é agora claro, não era o mais apropriado.
Muito recentemente, a Sr.a Curie-Joliot e o Sr. Joliot<4, fizeram
a observação surpreendente de que a radiação do berílio e do
boro pode ejectar protões, com velocidades consideráveis, de maté-
ria contendo hidrogénio. Na sua experiência, a radiação do berí-
lio passou através de uma janela fina para uma câmara de
ionização contendo ar à pressão atmosférica. Quando se colo-
cava parafina, ou outra matéria contendo hidrogénio em frente da
janela, a ionização na câmara aumentava e, em alguns casos,
duplicava. Este efeito pareceu ser devido à ejecção de protões e,
a partir de outras experiências, eles mostraram que estes protões
tinham alcances no ar de até 26 cm, correspondendo a velocida-
des de quase 3 x 109 cm por segundo. Os Srs. Joliot sugeriram que
a energia transferida da radiação do berílio para o protão é feita
por um processo semelhante ao efeito do Compton para os elec-
trões, e calcularam que a radiação do berílio possui uma energia de
cerca de 50 x l ()6 electrões-volt. O alcance dos protões ejectados

• Curie e Joliot, C. R. Acad. Sei. Paris, vol. 194, p. 273 ( 1932).

[ 12]
pela radiação do boro foi estimada em cerca de 8 cm no ar, cor-
respondendo num processo Compton a uma energia de cerca de
35 x 106 electrões-volt para o quantum efectivo<s>.
Há dois obstáculos importantes a esta explicação do fenómeno .
Em primeiro lugar, está bem estabelecido que a frequência de
desvio de quanta de elevada energia por electrões é dada, com
precisão suficiente, pela fórmula de Klein-Nishina. Esta fórmula
também se deve aplicar ao desvio de quanta por protões. A fre-
quência observada no desvio por protões é, no entanto, muitos
milhares de vezes maior que a prevista por esta fórmula. Em
segundo lugar, é dificil justificar a produção de um quantum de
50 x I 06 electrões-volt a partir da interacção de um núcleo de
berílio e de uma partícula-a de energia cinética igual a 5 x 106
electrões-volt. O processo que pode fornecer a maior quantidade
de energia para a radiação é a captura da partícula-a pelo núcleo
de berílio, Be9, e a sua incorporação na sua estrutura nuclear for-
mando um núcleo de carbono, Cl3. O excesso de massa do núcleo
de Cl3 é conhecido pelos dados obtidos nas medidas de desin-
tegração artificial do BIO e nas observações do espectro de ban-
das do carbono; é cerca de I O x 106 electrões-volt. O excesso de
massa do Be9 não é conhecido, mas, supondo-o igual a zero, per-
mite-nos obter um valor máximo para a possível variação de
energia na reacção Be9 + a~ CI J + quantum. Desta hipótese
segue-se que a energia do quantum emitido nesta reacção não pode
ser maior do que cerca de 14 x 1Q6 electrões-volt. É claro que se
deve admitir que este argumento dos defeitos de massa se baseia na
hipótese de que o núcleo é formado , tanto quanto possível,
por partículas-a; que o núcleo Be9 é formado por 2 partículas-
-a+ 1 protão + 1 electrão e que o núcleo do Cl3 é formado por
3 partículas-a + 1 protão + 1 electrão. No que diz respeito aos

' Muitos dos argumentos utilizados na discussão subsequente aplicam-se de


igual modo a ambas as radições, de modo que o termo "radiação do berílio"
deve ser frequentemente considerada como incluindo a radiação do boro.

[ 13 ]
núcleos mais leves, esta suposição é corroborada por experiências
de desintegração artificial, mas não se dispõe de uma prova genérica.
Por consequência, realizei experiências adicionais a fim de
estudar as propriedades da radiação excitada no berílio. Descobriu-
-se que esta radiação ejecta partículas não só do hidrogénio mas
também de todos os elementos leves estudados. A explicação dos
resultados experimentais, admitindo a hipótese de que a radiação
do berílio seja radiação quântica, é muito dificil, no entanto estes
podem compreender-se facilmente se se supuser que esta radia-
ção é formada por partículas de massa quase igual ao protão e sem
carga eléctrica, ou seja, neutrões. Um pequeno relato circunstan-
ciado destas observações foi publicado na Natunf- 6>. Neste artigo
faz-se uma descrição mais completa das experiências que sugeri-
ram a existência dos neutrões, e que permitiram determinar algu-
mas das propriedades destas partículas. Num artigo seguinte, o
Dr. Feather fará uma descrição de algumas observações, feitas
com a câmara de expansão, sobre colisões entre a radiação do berí-
lio e núcleos de hidrogénio, seguindo-se a descrição, pelo Dr. Dee,
de experiências em que se observa a colisão com electrões.

§ 2. Observação de Atamos de Recuo. As propriedades da


radiação do berílio foram examinadas, em primeiro lugar, por
meio do contador de válvulas utilizado no trabalho sobre a desin-
tegração artificial por partículas-a<1l, podendo aí encontrar-se uma
descrição completa do aparelho. De um modo resumido, consiste
numa pequena câmara de ionização ligada a um amplificador de
válvulas. A produção súbita de iões na câmara pela entrada da
partícula ionizante é detectada por meio de um oscilógrafo ligado
ao circuito de saída do amplificador. As deflexões do oscilógrafo
são registadas fotograficamente num filme de papel brometo.

<'l Nature, vol. 129, p. 312 ( 1932).


<7l Chadwick, Constable e Pollard, Proc. Roy. Soe., A, vol. 130, p. 463
( 1931 ).

[ 14]
Para Bomba

r==ttJ___ Para o
~kplificador .. Osctlógra 0
. r.

Fonte de Po Be

Fig. l

A fonte de polónio foi preparada a partir de uma solução de


rádio (D + E + f)Cs> depositada num disco de prata. Este disco, com
um diâmetro de I cm, foi colocado perto de um disco de berílio
puro com 2 cm de diâmetro, sendo ambos colocados num
pequeno recipiente que pode ser evacuado, Fig. 1. A primeira
câmara de ionização utilizada possuía uma abertura de 13 mm,
fechada por uma folha de alumínio com espessura de ar equiva-
lente de 4,5 cm e uma espessura de 15 mm. Esta câmara possuía
um efeito naturalc9> muito baixo dando, em média, cerca de 7 defle-
xões por hora.
Quando se colocou o recipiente da fonte em frente da câmara de
ionização, o número de deflexões aumentou imediatamente.
Para uma distância de 3 cm entre o berílio e o contador, o número
de detlexões era de quase 4 por minuto. Uma vez que o número de
deflexões permanecia aproximadamente constante quando se inter-
punham folhas espessas de metal, mesmo com espessuras de até

''l Proc. Roy. Soe., A, vol. 136, p. 428 ( 1932).


19l N. do T. : O tenno moderno para "efeito natural" é "ruído de fundo" .

[ 15]
I\.A

\
'Í\
~
.ee '
·::S
:z
I~
I

~
" )--..
~ ........
......

""
...............
. • • • .~ " .
Alcance em cm equivalente de ar

Fig. 2

2 cm de chumbo, entre o recipiente da fonte e o contador,


tomou-se claro que estas deflexões eram devidas a uma radiação
muito penetrante provinda do berilio. Mais tarde mostrar-se-á
que estas deflexões são devidas a átomos de azoto deslocados
pelo impacto da radiação do berílio.
Quando se interpôs uma folha de parafina, com cerca de 2 mm
de espessura, no trajecto da radiação mesmo em· frente do conta-
dor, o número de deflexões registadas pelo oscilógrafo aumentou
consideravelmente. Este aumento é devido a partículas ejectadas
da parafina que entram no contador. Colocando folhas de alumí-
nio de absorção entre a parafina e o contador obteve-se a curva
de absorção representada na Fig. 2, curva A. A partir desta curva
pode concluir-se que, considerando que uma folha de alumínio
de 1,64 mg por centímetro quadrado é equivalente a 1 cm de ar,
estas partículas têm um alcance máximo de pouco mais de 40 cm

[ 16]
no ar. Comparando os tamanhos das deflexões (proporcionais ao
número de iões produzidos na câmara) devidas a estas partículas,
com as deflexões provocadas por protões com aproximadamente
o mesmo alcance, é óbvio que as partículas em causa são protões.
A partir da curva alcance-velocidade para protões deduzimos
então que a velocidade máxima comunicada a um protão pela
radiação do berílio é de cerca de 3,3 x I Q9 cm por segundo, cor-
respondendo a uma energia de cerca de 5,7 x J06 electrões-
-volt.
Foi, em seguida, investigado o efeito da exposição de outros
elementos à radiação do berílio. Utilizou-se urna câmara de ioniza-
ção com a abertura coberta por uma folha de ouro com espessura
igual a 0,5 mm de ar equivalente. O elemento a ser examinado
foi fixado numa placa de latão limpa colocada muito perto da
abertura do contador. Deste modo testou-se lítio, berílio, boro,
carbono e azoto (sob a forma de para-cianogénio). Em todos os
casos, o número de deflexões no contador aumentava quando o
elemento era bombardeado com a radiação do berílio. Os alcan-
ces das partículas ejectadas destes elementos eram muito peque-
nos, da ordem de alguns milímetros no ar. As deflexões por elas
produzidas tinham tamanhos variados, mas muitas delas eram
grandes em comparação com a deflexão produzida até por um
protão lento. Estas partículas têm, portanto, um grande poder de
ionização e são provavelmente devidas, em cada caso, a átomos
de recuo destes elementos. Foram também investigados gases
fazendo-os circular na câmara durante vários minutos. Deste modo
examinou-se o efeito devido ao hidrogénio, hélio, azoto, oxigénio
e árgon. Foram novamente observadas deflexões em cada caso,
atribuídas à produção de átomos de recuo nos diferentes gases.
Para a mesma posição da fonte relativamente ao contador, o
número de átomos de recuo era aproximadamente o mesmo para
todos os gases. Este ponto será considerado mais tarde. Toma-se
claro que a radiação do berílio pode comunicar energia aos átomos

[ 17]
constituintes da matéria que atravessa, e a probabilidade de
interacção não varia muito de um elemento para outro.
Mostrou-se já que os protões ejectados da parafina têm ener-
gias até um máximo de cerca de 5,7 x 106 electrões-volt. Se se
atribuir este processo a um recuo de Compton de um quantum de
radiação, então a energia desse quantum deve ser 55 x I 06 elec-
trões-volt, uma vez que a energia máxima transmitida por um

quantum hv a uma massa m é


2
+ m~ 1 hv hv. As energias dos
2
átomos de recuo, que esta radiação produz noutros elementos
pelo mesmo processo, podem também ser calculadas facilmente.
Por exemplo, os átomos de recuo de azoto deveriam ter energias
até um máximo de 450 000 electrões-volt. Considerando que a
energia necessária para formar um par de iões no ar é 35 elec-
trões-volt, os átomos de recuo de azoto devem produzir cerca de
13 000 pares de iões. Muitas das deflexões observadas com o
azoto correspondem, no entanto, a muitos mais iões; alguns dos
átomos de recuo produziam entre 30 000 e 40 000 pares de iões.
Para os outros elementos, observou-se uma discrepância seme-
lhante entre as energias e alcances dos átomos de recuo observados
e os valores calculados, supondo que estes átomos são colocados
em movimento por um quantum de 55 x I 06 electrões-volt. As ener-
gias dos átomos de recuo foram calculadas a partir do número de
iões produzidos no contador, obtido a partir da amplitude das
oscilações do oscilógrafo. Uma medida suficientemente boa dos
alcances foi feita, quer variando a distância entre o elemento e o
contador, quer por interposição de folhas finas de ouro entre o ele-
mento e o contador.
Os átomos de recuo de azoto foram também examinados, por
meio da câmara de expansão, em colaboração com o Dr. Feather.
O recipiente da fonte foi colocado imediatamente acima de uma
câmara de expansão do tipo Shimizu, de modo a esta ser atra-
vessada por uma fracção apreciável da radiação do berílio. Num

[ 18]
período de algumas horas observou-se um grande número de
traços. O seu alcance, estimado a olho, atingia por vezes 5 ou
6 mm dentro da câmara ou, corrigindo para a expansão, cerca de
3 mm no ar normal. Estas estimativas visuais foram confirmadas
por uma série de experiências preliminares, realizadas pelo
Dr. Feather, com uma câmara de expansão automática maior, na
qual se obtiveram fotografias dos traços de recuo dos átomos de
azoto. As medidas dos alcances de átomos de azoto de veloci-
dades diferentes foi já feita por Blackett e Lees. Utilizando os
seus resultados, os átomos de recuo do azoto produzidos pela
radiação do berílio podem ter velocidades de até 4 x I os cm
por segundo, correspondendo a uma energia de cerca de 1,2 x 106
electrões-volt. Para que um núcleo de azoto adquira uma tal
energia, numa colisão com um quantum de radiação, se houver
conservação da energia e quantidade de movimento na colisão,
é necessário que a energia do quantum seja cerca de 90 x I 06
electrões-volt. Mostrou-se atrás que é necessário um quantum
de 55 x 106 electrões-volt para explicar as colisões com o hidro-
génio. De um modo geral, os resultados experimentais mostram
que, se o recuo dos átomos é explicado por colisões com um
quantum, temos de admitir uma energia desse quantum cada vez
maior à medida que aumenta a massa do elemento bombardeado.

§ 3. A Hipótese do Neutrão . Evidentemente que, para


explicar este processo, devemos ou renunciar a aplicar a conser-
vação da energia e quantidade de movimento nestas colisões, ou
adoptar uma outra hipótese quanto à natureza desta radiação.
Se considerarmos que não é uma radiação de origem quântica,
mas é formada por partículas de massa quase igual à do protão,
as dificuldades relativas à explicação das colisões desaparecem,
quer em relação à sua frequência , quer em relação à transferên-
cia de energia para diferentes massas. Para explicar o grande
poder de penetração desta radiação devemos admitir, além disso,

[ 19]
que estas partículas não têm carga eléctrica. Podemos supor que
é formada por um protão e um electrão combinados, o "neutrão"
discutido por Rutherford<'o>na sua Lição Bakeriana de 1920.
Quando estes neutrões passam através da matéria colidem
ocasionalmente com os núcleos dos átomos e dão origem aos áto-
mos de recuo observados. Uma vez que a massa do neutrão é
igual à do protão, os átomos de recuo produzidos quando os neu-
trões atravessam matéria contendo hidrogénio terão toda uma
gama de velocidades até um valor máximo que é igual à veloci-
dade máxima dos neutrões. As experiências mostraram que a
velocidade máxima dos protões ejectados da parafina é de cerca
de 3,3 x 1Q9 cm por segundo. Esta é, portanto, a velocidade
máxima dos neutrões emitidos do berílio quando bombardeado
por partículas-a do polónio. A partir deste valor podemos cal-
cular a energia máxima que pode ser transmitida por uma
colisão de um neutrão com outros átomos, encontrando um
acordo razoável com as energias observadas nas experiências.
Por exemplo, um átomo de azoto adquirirá numa colisão frontal
com o neutrão de massa I e velocidade 3,3 x I Q9 cm por
segundo, uma velocidade de 4,4 x I os cm por segundo, corres-
pondendo a uma energia de 1,4 x 1Q6 electrões-volt, um alcance
de 3,3 mm no ar, e cerca de 40 000 pares de iões produzidos.
Do mesmo modo, um átomo de árgon pode adquirir uma energia
de 0,54 x I Q6 electrões-volt, e produzir cerca de 15 000 pares de
iões. Quer um, quer o outro destes valores estão em bom acordo
com a experiência<">.

1' 01 Rutherford, Proe. Roy. Soe., A, vol. 97, p. 374 (1920). Experiências para

detectar a formação de neutrões num tubo de descarga de hidrogénio foram rea-


lizadas por J. L. Glasson, Phil. Mag., vol. 42, p. 596 (1921), e por J. K. Roberts,
Proe. Roy. Soe. , A, vol. 102, p. 72 (1922). Desde 1920 um grande número de
experiências para busca destes neutrões têm sido realizadas neste laboratório.
1" 1 Fez-se notar que alguns dos átomos de recuo de azoto produziram cerca

de 50 a 60 000 pares de iões. Estes correspondem, provavelmente, aos casos de


desintegração descobertos por Feather e descritos no seu artigo.

[ 20]
É possível provar que a massa do neutrão é aproximadamente
igual à do protão, combinando os resultados das colisões com o
hidrogénio e das colisões com o azoto. No artigo seguinte, Feather
apresenta experiências em que se registaram cerca de 100 traços
de recuos de átomos de azoto que foram fotografados na câmara
de expansão. A medida do comprimento dos traços mostra que o
alcance máximo dos átomos de recuo é 3,5 mm no ar a 15 °C e
760 mm de pressão, correspondendo a uma velocidade de
4, 7 x 1os cm por segundo de acordo com Blackett e Lees. Se M
e V forem a massa e a velocidade do neutrão, então a velocidade
máxima comunicada a um átomo de hidrogénio é

e a velocidade máxima transmitida ao átomo de azoto é

2M
un= M+ 14 V,

donde
M+ 14 ....!!E_= 3,3xl09
M+ 1 un 4,7 X 108
e

M= 1,15.

O erro total na estimativa da velocidade do átomo de recuo de


azoto pode atingir facilmente os 1Opor cento, o que permite con-
cluir que a massa do neutrão é aproximadamente igual à massa
do protão.
Devemos agora considerar a produção de neutrões no berílio
pelo bombardeamento com partículas-a. Devemos supor que
uma partícula-a é capturada por um núcleo de Be9 com a for-
mação de um núcleo de CI 2 e a emissão de um neutrão. O processo

[ 21 ]
é análogo à bem conhecida desintegração artificial, com a emis-
são de um neutrão em vez de um protão. As relações de energia
para este processo não podem ser deduzidas com precisão, pois
as massas do núcleo de Be9 e do neutrão não são conhecidas com
precisão. É, no entanto, fácil mostrar que um tal processo se
ajusta aos factos experimentais. Temos

Be9 + He4 + energia cinética da partícula-a. =


= CI2 + nl +energia cinética do CI2 +energia cinética do nt

Se considerarmos que o núcleo de berílio é formado por duas


partículas-a. e um neutrão, então a sua massa não pode ser maior
do que a soma das massas dessas partículas, uma vez que a ener-
gia de ligação corresponde a uma diminuição da massa. A equação
de energia transforma-se em
(8,00212 + nl) + 4,00106 + E.C. da a.> 12,0003 + ni +
+ E.C. do CI2 + E.C. do nl
ou

E.C. do nl < E.C. da a.+ 0,003- E.C. do C12.

Uma vez que a energia cinética da partícula-a. do polónio é


5,25 x 106 electrões-volt, segue-se que a energia de emissão do
neutrão não pode ser maior do que cerca de 8 x 1()6 electrões-volt.
A velocidade do neutrão deve ser menor do que 3,9 x 109 cm por
segundo. Como vimos, a velocidade actual do neutrão é cerca de
3,3 x 109 cm por segundo, de modo que o processo de desinte-
gração proposto é compatível com as observações experimentais.
Um teste adicional desta hipótese do neutrão foi realizado
observando a radiação emitida pelo ben1io na direcção oposta à
das partículas-a. incidentes. O recipiente da fonte, Fig. 1, foi
invertido de modo a expor à radiação do berílio emitida para trás
uma folha de parafina colocada em frente do contador. O alcance
máximo dos protões ejectados da parafina foi determinado do

[ 22]
mesmo modo, contando o número de protões que atravessam
diferentes espessuras de alumínio colocado entre a parafina e o
contador.
Na Fig. 2, curva B, mostra-se a curva de absorção obtida.
O alcance máximo dos protões era de cerca de 22 cm no ar, cor-
respondendo a uma velocidade de cerca de 2,74 x 109 cm por
segundo. Uma vez que a fonte de polónio se encontrava somente
a cerca de 2 mm do berílio, esta velocidade deve ser comparada
com a de neutrões emitidos, não a 180°, mas num ângulo pouco
maior do que 90° em relação à direcção incidente das partículas-a.
Um cálculo simples mostra que a velocidade do neutrão emitido
a 90°, quando uma partícula-a de energia máxima é capturada
por um núcleo de berílio, deve ser 2, 77 x I 09 cm por segundo,
considerando que a velocidade do neutrão emitido a 0° no mesmo
processo é 3,3 x I 09 cm por segundo. A velocidade encontrada
na experiência anterior deveria ser menor que este valor, uma vez
que o ângulo de emissão é ligeiramente maior do que 90°. O acordo
dos valores experimentais com os valores calculados é razoavel-
mente bom.

§ 4. A Natureza do Neutrão. Mostrou-se que a origem da radia-


ção emitida pelo berílio quando bombardeado por partículas-a e
o comportamento desta radiação, no que diz respeito à sua
interacção com núcleos de átomos, explica-se de um· modo sim-
ples considerando que esta radiação é formada por partículas de
massa quase igual à do protão e sem carga. A hipótese mais sim-
ples que se pode fazer acerca da natureza desta partícula é supor
que é formada por um protão e um electrão combinados, dando
uma carga total O e urna massa que deve ser pouco menor que a
massa do átomo de hidrogénio. Esta hipótese é apoiada pela
informação que se pode obter acerca da massa do neutrão.
Como já vimos, uma estimativa grosseira da massa do neu-
trão foi obtida nas medidas das suas colisões com átomos de
hidrogénio e azoto, mas estas medidas não podem ser feitas com

[ 23 ]
a elevada precisão desejada. É necessário passar a considerar as
relações de energia no processo em que se liberta um neutrão
do núcleo de um átomo; se as massas dos núcleos envolvidos
no processo são conhecidas com precisão, pode fazer-se uma
estimativa precisa da massa do neutrão. No entanto, a massa do
núcleo de berílio não foi ainda medida e, como se mostrou no
§ 3, só se podem extrair conclusões de ordem geral desta
reacção. Resta-nos, felizmente, o caso do boro. Como foi afir-
mado no § I , o boro, quando bombardeado por partículas-a. do
polónio, também emite radiação que ejecta protões de materiais
que contêm hidrogénio. Observações adicionais mostraram que
esta radiação se comporta sob todos os aspectos cor,no a que se
obtém do berílio, podendo concluir-se que também é formada por
neutrões. É provável que os neutrões sejam emitidos do isótopo
Bll , pois é bem conhecido que o isótopo B 10 se desintegra com a
emissão de um protão(l 2>. O processo de desintegração será então

As massas do BII e do NI4 são conhecidas das medidas deAston,


e os dados que ainda faltam para deduzir a massa do neutrão
podem ser obtidos por experiência.
No recipiente da fonte da Fig. I , o berílio foi substituído por
um alvo de boro depositado numa placa de grafite. O alcance dos
protões ejectados pela radiação do boro foi medido do mesmo modo
que para a radiação do berílio. Os efeitos observados são muito
menores do que com o berílio, e foi dificil medir, com precisão,
o alcance dos protões. O alcance máximo é cerca de 16 cm no ar,
correspondendo a urna velocidade de 2,5 x I Q9 cm por segundo.
Esta é, pois, a velocidade máxima dos neutrões libertados do
boro pelas partículas-a. do polónio com velocidade I ,59 x I Q9 cm

cm Cbadwick, Constable e Pollard, loc. cit.

[ 24]
por segundo. Considerando que há conservação da quantidade de
movimento na colisão, a velocidade do núcleo de Nl 4 que recua
pode ser calculada, e ficamos a saber todas as energias cinéticas
de todas as partículas envolvidas no processo. A equação de ener-
gia deste processo é

Massa de BI I + massa do He4 + E.C. do He4 =


= massa do Nl4 + massa do n l + E.C. do Nl 4 + E.C. do nl.

As massas envolv idas são : B II =· li ,00825 ± 0 ,00 16;


He4 = 4,00106 ± 0,0006; N14 = 14,0042 ± 0,0028. As energias
cinéticas, em unidades de massa, são: partícula-a = 0,00565;
neutrão = 0,0035 ; e núcleo de azoto = 0,00061. Assim determi-
namos para a massa do neutrão o valor de 1,0067. Os erros cita-
dos para os valores das rnassas são os dados por Aston. São os
erros máximos permitidos nas suas medidas e o erro provável
pode ser considerado como um quarto destes valores03>. Tomando
em consideração os erros possíveis nas medidas de massas, a
massa do neutrão não pode ser menor do que 1,003 e, provavel-
mente, está compreendida entre I ,005 e 1,008.
Este valor para a massa do neutrão é o esperado se ele for real-
mente formado por um protão e um electrão, suportando este ponto
de vista. Uma vez que a soma das massas do protão e do electrão
é I ,0078, a energia de ligação, ou excesso de massa, do neutrão é
cerca de 1 a 2 milhões de electrões-volt, o que é um valor razoável.
Pode supor-se que o protão e o electrão formam um pequeno
dipolo, ou considerar o ponto de vista mais atraente do protão que
se encontra embebido num electrão. Em qualquer dos pontos de
vista, o "raio" do neutrão deve ser de poucos I Q-13 cm.

11 '> A massa relativa do 8 " relativamente ao 8 •o foi veri ficada por métodos

ópticos por Jenkins e McKellar [Phys. Rev., vol. 39, p. 549 ( 1932)]. Os seus
valores estão de acordo com os de Aston até I parte em I05, o que assegura a
confiança nas medidas de Aston.

[ 25]
§ 5. A Passagem do Neutrão através da Matéria. O campo
eléctrico de um neutrão destes será, com certeza, extremamente
pequeno, excepto a distâncias muito pequenas, da ordem de
J0- 12 cm. Na sua passagem pela matéria, o neutrão não sofrerá
deflexões, a menos que colida com um núcleo. O potencial de
um neutrão no campo de um núcleo pode ser representado
aproximadamente pela Fig. 3. O raio da área de colisão para se
obter uma deflexão sensível do neutrão será pouco maior do que
o raio do núcleo. Por outro lado, o neutrão deve penetrar facil-
mente no núcleo, e pode suceder que a deflexão de neutrões seja,
em grande parte, devida ao campo interno do núcleo ou, por outras
palavras, que os neutrões desviados sejam aqueles que pene-
traram a barreira de potencial. Sob este ponto de vista, deve
esperar-se que as colisões de neutrões com núcleos sejam muito
pouco frequentes, e que a deflexão seja aproximadamente igual
em todas as direcções, ao contrário do que sucede com a deflexão
de partículas carregadas por efeito de Coulomb.
Confinnámos estas conclusões do seguinte modo. O recipiente
da fonte, com o alvo de berílio, foi colocado a pouco mais de uma
polegada de distância da entrada de um contador fechado com ar,
Fig. I. O número de deflexões, ou o número de átomos de azoto
que recuam na câmara foram registados durante um certo tempo.

Fig. 3

[ 26]
Observaram-se 190 deflexões por hora, depois de subtrair o
efeito natural. Em seguida, introduziu-se um bloco de chumbo,
com I polegada de espessura, entre a fonte e o contador. O número
de deflexões observadas foi de 166 por hora. Uma vez que o
número de átomos de recuo deve ser proporcional ao número de
neutrões que passam pelo contador, estas observações mostram
que 13 por cento dos neutrões foram absorvidos ou desviados ao
atravessar I polegada de chumbo.
Suponhamos que um neutrão é desviado e removido do feixe
quando passa a uma distância p do centro de um núcleo de
chumbo. Então, a fracção de neutrões removidos do feixe ao
atravessar uma espessura t de chumbo será 1t plnt, onde n é o
número de átomos de chumbo por unidade de volume. Deste
modo 1t plnt = O, 13, e p = 7 x I Q-1 3 cm. O valor do raio de coli-
são para o chumbo assim obtido parece bastante pequeno, mas
não é absurdo. Podemos compará-lo com o raio dos núcleos
radioactivos calculados a partir das constantes de desintegração
por Gamow e Houtermans<1•>, ou seja, cerca de 7 x I Q-1 3 cm.
Foram (eitas experiências semelhantes em que a radiação de
neutrões passava através de blocos de latão e cobre. Os valores
de p deduzidos do mesmo modo foram 6 x I Q-1 3 cm e 3,5 x I Q-1 3
cm respectivamente.
As áreas de colisão(IS) do alvo para elementos leves foram
comparadas por outro método, utilizando a segunda câmara de
ionização que podia ser enchida com gases diferentes. A posição
do recipiente da fonte foi mantida fixa relativamente ao contador,
e observou-se o número de deflexões com o contador cheio, suces-
sivamente, de hidrogénio, azoto, oxigénio e argon. Uma vez que
o número de neutrões que passa através do contador permaneceu
constante, o número de deflexões devia ser proporcional à área

( ~<> Z. Physik, vol. 52, p. 453 ( 1928).

"" N do T. : O termo moderno para "área de colisão" é "secção efi caz".

[ 27]
de colisão do alvo, desprezando o efeito do material do contador
e entrando em conta com o facto de o argon ser monoatómico.
Verificou-se que o azoto, o oxigénio e o argon deram origem a
aproximadamente o mesmo número de deflexões; as áreas de coli-
são para o azoto e oxigénio são portanto aproximadamente iguais,
e a área de colisão do argon é quase o dobro destas. As medições
foram muito dificeis de realizar com o hidrogénio, pois muitas
das deflexões eram muito pequenas devido ao pequeno poder de
ionização do protão e à baixa densidade do gás. Os resultados
experimentais indicam que a área de colisão do hidrogénio é,
provavelmente, dois terços das do azoto ou oxigénio, mas pode
ser maior do que este valor.
Não existe por enquanto muita informação acerca da dis-
tribuição angular dos neutrões deflectidos. Em algumas expe-
riências que o Dr. Gray e o Sr. Lea tiveram a amabilidade de rea-
lizar a meu pedido, foi comparada a deflexão para a frente e para
trás no chumbo, utilizando a ionização numa câmara de alta
pressão para medir os neutrões. Verificou-se que a quantidade de
deflexões era aproximadamente a que se esperava das medidas
acima citadas, e que a intensidade por unidade de ângulo sólido
era aproximadamente a mesma entre 30° e 90° no sentido para a
frente e entre 90° e 150° no sentido para trás. A deflexão pelo
chumbo não é, portanto, nitidamente anisotrópica.
Há dois tipos de colisões que se revelam de especial interesse,
a colisão com um protão e a colisão com um electrão. O estudo
detalhado destas colisões com uma partícula elementar tem
grande interesse, uma vez que proporcionará informação acerca
da estrutura e do campo do neutrão, ao passo que as outras coli-
sões dependem essencialmente da estrutura dos núcleos dos áto-
mos. Algumas experiências preliminares realizadas pelo Sr. Lea,
usando a câmara de alta pressão para medir a deflexão de neu-
trões pela parafina e pelo hidrogénio líquido, sugerem que a coli-
são com protões é mais frequente do que com outros átomos
leves. Estes resultados não estão de acordo com as experiências

[ 28]
descritas acima, mas eles ainda não são decisivos. Estas colisões
podem ser investigadas em maior pormenor utilizando a câmara
de expansão ou por métodos de contagem, o que se espera
realizar em breve.
A colisão de um neutrão com um electrão foi examinada de
duas maneiras: usando a câmara de expansão e o contador. Um
relato detalhado das experiências da câmara de expansão será
dada pelo Sr. Dee no terceiro artigo desta série. O Sr. Dee
procurou observar a ionização geral produzida por um grande
número de neutrões ao passarem pela câmara de ionização, e
também os traços pequenos devidos aos electrões resultantes das
colisões entre um neutrão e um electrão. Os seus resultados mos-
tram que as colisões com electrões são extremamente raras
quando comparadas mesmo com as colisões com os núcleos de
azoto, e estima que um neutrão não produz, em média, mais do
que um par de iões ao passar por 3 metros de ar.
Nas experiências com o contador, um feixe de neutrões atra-
vessa um bloco de latão, com 1 polegada de espessura, e o alcance
máximo dos protões ejectados da parafina pelo feixe emergente
foi medida. Do valor deste alcance obtém-se a velocidade
máxima dos neutrões depois de atravessarem o latão, podendo
comparar-se com a velocidade máxima do feixe incidente. Não
se conseguiu detectar nenhuma diferença de velocidade dos neu-
trões após a sua passagem através do latão. A precisão da expe-
riência não é muito elevada, pois a estimativa do alcance dos pro-
tões foi bastante difícil. Os resultados mostram que a perda de
energia de um neutrão ao passar através de I polegada de latão é
menor que cerca de 0,4 x l 06 electrões-volt. O trajecto através de
I polegada de latão corresponde, no que diz respeito a choques
com electrões, a um trajecto de quase 2 x 1()4 cm no ar. De acordo
com este resultado, a energia que um neutrão perde, devido a coli-
sões com electrões, ao atravessar o ar, é menor que 20 electrões-
-volt por centímetro. Assim, esta experiência corrobora de modo

[ 29]
geral as realizadas com a câmara de expansão, embora a sua pre-
cisão seja menor. Concluímos deste modo que a transferência de
energia de neutrões para electrões ocorre muito raramente. Este
facto não é muito imprevisto. Boht'6' mostrou, baseado em ideias
muito gerais, que as colisões de neutrões com electrões devem
ser muito pouco frequentes quando comparadas com as colisões
nucleares. Massey<' 7' efectuou cálculos detalhados da perda de
energia para electrões, baseado em considerações plausíveis
sobre o campo do neutrão, encontrando também um efeito muito
pequeno, menos de 1 par de iões por metro de ar.

Considerações Gerais

Interessa verificar se outros elementos, para além do berílio e


do boro, emitem neutrões quando bombardeados por partículas-a..
Nas experiências realizadas até agora não se encontrou nenhum
caso comparável a estes dois. Obteve-se alguma evidência de
emissão de neutrões para o flúor e o magnésio, mas o efeito
observado é muito pequeno, menos de 1 por cento do efeito obtido
com o berílio nas mesmas condições. Existe, além disso, a pos-
sibilidade de alguns elementos emitirem neutrões espontanea-
mente, como, por exemplo, o potássio, que emite, como se sabe,
radiação ~ acompanhada de uma radiação mais penetrante. Mais
uma vez não se encontrou qualquer evidência da presença de
neutrões, sendo quase certo que o tipo de radiação mais pene-
trante é radiação y.
Embora só se tenha provas da emissão de neutrões em dois
casos de transformações nucleares, deve, todavia, supor-se que o
neutrão é um constituinte importante dos núcleos dos átomos.

,,., Bohr, discussões de Copenhaga, não publicado.


<"1 Massey, Nature, vol. 129, p. 469, corrigido p. 691 (1932).

[ 30]
Podemos então construir os núcleos com partículas-a., neutrões e
protões, podendo evitar-se a presença de electrões não combina-
dos no núcleo. Isto apresenta algumas vantagens pois, como é
conhecido, os electrões no núcleo perdem algumas das proprie-
dades que possuem fora dele, por exemplo, o seu spin e momento
magnético. Se as partículas-a., neutrões e protões são as únicas
unidades de construção do núcleo, podemos calcular o excesso
de massa ou energia de ligação de um núcleo como a diferença
entre a massa do núcleo e a soma das massas das partículas que
o constituem. Não é, no entanto, certo que a partícula-a. e o neu-
trão sejam as únicas partículas complexas no núcleo e, portanto,
os defeitos de massa calculados deste modo podem não correspon-
der à energia de ligação real. Relacionado com isto deve notar-se
que os exemplos de desintegração discutidos pelo Dr. Feather no
próximo artigo não são todos do mesmo tipo, e ele sugere que,
em alguns casos, uma partícula de massa 2 e carga 1, o isótopo
do hidrogénio recentemente descrito por Urey, Brickwedde e
Murphy, possa ser emitido. É, com efeito, possível que esta par-
tícula também ocorra na estrutura nuclear.
Temos considerado até agora que o neutrão é uma partícula
complexa formada por um protão e um electrão. Esta é a hipótese
mais simples e é suportada pela indicação de que a massa do neu-
trão é cerca de 1,006, somente um pouco menos que a soma das
massas de um protão e de um electrão. Uma tal partícula parece
ser o primeiro passo na combinação de partículas elementares na
formação do núcleo. Obviamente este neutrão pode ajudar-nos a
visualizar a construção de estruturas mais complexas, mas não
prosseguiremos mais esta discussão, pois tais especulações, embora
não sejam inúteis, não são no presente muito frutuosas . É natu-
ralmente possível supor que o neutrão pode ser uma partícula
elementar. Este ponto de vista é pouco atraente actualmente,
excepto pela possibilidade de explicar as estatísticas de certos
núcleos como, por exemplo, o Nl4.

[ 31 ]
Falta ainda discutir as transformações que têm lugar quando
uma partícula-a é capturada por um núcleo de berílio, Be9.
Os resultados apresentados indicam que o principal tipo de trans-
formação é a formação de um núcleo de CI2 e a emissão de um
neutrão. As experiências de Curie-Joliot e Joliot<'8>, de Auger'9>, e
de Dee mostram definitivamente que existe radiação emitida
pelo berílio que causa a ejecção de electrões rápidos ao passar
pela matéria. Realizei experiências usando um contador Geiger
para investigar esta radiação e os resultados sugerem que os elec-
trões são produzidos por radiação y. Dois processos distintos
podem dar origem a esta radiação. Em primeiro lugar, podemos
supor que a transformação do Be9 em C 12 ocorre algumas vezes
com a formação de um núcleo de CI2 num estado excitado, que
emite radiação y ao passar para o estado fundamental. Estas trans-
formações são semelhantes às que se pensa ocorrerem em alguns
casos de desintegração com emissão de um protão, por exemplo,
BIO, fi 9, AJ27; a maioria destas transformações ocorrem com a for-
mação de um núcleo excitado, o estado final do núcleo residual só
é atingido num passo em um quarto dos casos. Deveríamos
observar então dois grupos de neutrões com energias diferentes
e uma radiação y de energia igual à diferença dos dois grupos de
neutrões. A energia desta radiação deve ser menor que a energia
máxima dos neutrões emitidos, cerca de 5,7 x 106 electrões-volt.
Em segundo lugar, podemos supor que, ocasionalmente, o núcleo
de berílio se transforma num núcleo de C 13 e que todo o excesso
de energia é emitido como radiação. Neste caso, a energia do
quantum da radiação pode ser cerca de 10 x 106 electrões-volt.
É interessante observar que Webster observou a emissão de urna
radiação fraca, com uma energia de cerca de 5 x 1os electrões-volt,
do berílio, quando é bombardeado por partículas-a do polónio. Esta

'"' C. R. Aead. Sei. Paris, vol. 194, p. 708 e p. 876 ( 1932).


"" C. R. Aead. Sei. Paris, vol. 194, p. 877 ( 1932).

[ 32]
radiação pode ser atribuída ao primeiro dos processos discutidos,
tendo a sua intensidade a ordem de grandeza correcta. Por outro
lado, alguns dos electrões observados por Curie-Joliot e Joliot
possuíam energias da ordem de 2 a IO x IQ6 electrões-volt, e
Auger registou um caso de um electrão com uma energia de
6,5 x I ()6 electrões-volt. Estes electrões podem ser devidos a uma
radiação 'Y dura produzida pelo segundo tipo de transformação<20>.
Deve notar-se que, aparentemente, não se observam electrões
com energia maior que a acima referida. Isto é confirmado por
uma experiência realizada neste laboratório pelo Dr. Occhialini<2 '>.
Dois tubos de contagem foram colocados num plano horizontal e
o número de coincidências registadas entre eles foram obser-
vadas utilizando um método desenvolvido por Rossi. A fonte de
berilio foi então colocada no plano dos contadores de modo a que
a radiação por ela produzida passe através dos dois contadores.
Não se conseguiu detectar qualquer aumento no número de coin-
cidências. Segue-se, portanto, que só haverá muito poucos, ou
mesmo nenhuns, raios ~ com energia suficiente para passar
através das paredes de ambos os contadores, num total de 4 mm
de latão; ou seja, com energias superiores a 6 x 106 electrões-volt.
Esta experiência mostra, além disso, que os neutrões não produzem
coincidências em condições normais.
Como conclusão, podemos apresentar de novo, de modo breve,
os argumentos para supor que a radiação, cujos efeitos foram
examinados neste artigo, é constituída por partículas neutras e
não por quanta de radiação. Em primeiro lugar, não se encontrou
qualquer evidência de colisões com electrões indicando a
existência de quanta com a energia necessária para dar conta das
colisões nucleares. Em segundo lugar, a hipótese dos quanta de

1201 Embora a presença de electrões rápidos possa ser expl icada facilmente
deste modo, a possibilidade de alguns poderem ser devidos a efeitos secundários
dos neutrões não deve ser posta de lado.
1" 1 Cf também Rasetti, Naturwiss., vol. 20, p. 252 ( 1932).

[ 33]
radiação só se pode manter pondo de lado a conservação da ener-
gia e da quantidade de movimento. Por outro lado, a hipótese da
existência do neutrão produz explicações simples e imediatas
dos factos experimentais; é autoconsistente e lança uma nova luz
sobre os problemas de estrutura nuclear.

Sumário

Foram examinadas as propriedades da radiação penetrante emi-


tida pelo berílio (e pelo boro), quando bombardeado por partículas-
-a. do polónio. Conclui-se que esta radiação é formada, não por
quanta, como se supunha, mas por neutrões, partículas de massa
1 e carga O. Mostra-se que a massa do neutrão se encontra,
provavelmente, entre I ,005 e I ,008. Isto sugere que o neutrão é
formado por um protão e um electrão combinados, com uma
energia de ligação de aproximadamente I ou 2 x 1()6 electrões-volt.
A frequência das colisões de neutrões com os átomos é discutida
com base em experiências da sua passagem pela matéria.

Desejo exprimir os meus agradecimentos ao Sr. H. Nutt pela


sua ajuda na realização das experiências.

[Tradução de Paulo Mendes]

[ 34]
Experiências com Iões Positivos de Velocidade Elevada
U. -A Desintegração dos Elementos por Protões
de Velocidade Elevada
1. D. CocKCROFT, Ph. D., Membro do St. John 's College, Cambridge,
e E. T. S. WALTON, Ph. D.
(Comunicado por Lord Rutherford, O. M., F. R. S. - Recebido
em 15 de Junho de 1932)
[Chapa 12]
[Proceedings Royal Society ofLondon, A137, ( 1932), 229-242]

I . Introdução

Num artigo anterior<'> descrevemos um método para a


produção de iões positivos de elevada velocidade com energias
até 700 000 electrões-volt. Este método foi inicialmente utilizado
com o fim de determinar o alcance de protões de alta energia
no ar e em hidrogénio, sendo os resultados obtidos descritos
num artigo posterior. Nesta comunicação descrevemos expe-
riências que demonstram que protões com energias acima de
150 000 electrões-volt são capazes de induzir a desintegração
de um número considerável de elementos.
As experiências de desintegração artificial têm sido reali-
zadas até agora com feixes de partículas-a como partículas
incidentes; as transformações resultantes são, em geral, acom-
panhadas pela emissão de um protão e, nalguns casos, por
radiação y2>. As presentes experiências mostram que, devido
ao bombardeamento com protões, são emitidas partículas-a
de vários elementos; este processo de desintegração é, de certo
modo, o inverso do processo de transformação devido às par-
tículas-a.

1' 1 Proc. Roy. Soe., A, vol. 136, p. 619 ( 1932) referido como (1) a partir daqui .
1' 1 Rutherford, Chadwick e Ellis, Radioactive Substances.

[ 35 ]
2. O Método Experimental

Iões positivos de hidrogénio, obtidos a partir de uma


válvula termiónica de hidrogénio, são acelerados por meio de
voltagens até 600 kilovolts no tubo experimental descrito em (I),
emergindo, através de um tubo de latão com 3 polegadas de
diâmetro, numa câmara bem blindada com chumbo e isolada
de campos electroestáticos. A este tubo de latão é acoplado, por
meio de uma junta plana e plasticina, o dispositivo que se mostra
na Fig. I. Um alvo, A, do metal a ser investigado é colocado
fazendo um ângulo de 45 graus em relação à direcção do feixe de
protões incidente. Em frente ao centro deste alvo encontra-se um
tubo lateral na extremidade do qual se cola, em B, ou um cinti-
lador de sulfureto de zinco ou uma janela de mica.
Nas nossas primeiras experiências usámos um alvo redondo
de lítio com 5 cm de diâmetro e selámos o tubo lateral com um

Feixe de protões rápidos

_ ___.u.IO c
B

Fig. I.

[ 36]
cintilador de sulfureto de zinco com a superficie sensível voltada
para o alvo. A distância desde o centro do alvo ao cintilador era
de 5 cm. Foi colocada entre o alvo e o cintilador uma folha de
mica, C, com poder de paragem 1,4 cm, sendo perfeitamente
adequada para evitar que protões desviados do alvo atinjam o
cintilador, pois as nossas determinações do alcance de protões(J>,
bem como as experiências de Blackett<•> mostraram que o alcance
máximo de protões acelerados por 600 kilovolts é da ordem de
1O mm no ar. O cintilador é observado através de um microscó-
pio de abertura numérica 0,6, cobrindo uma área de 12 mm2. Esta
disposição, com a superficie sensível do lado do vácuo, é em
geral utilizada nas investigações preliminares dos elementos e
quando é necessário detectar a presença de partículas de curto
alcance.
A corrente recebida no alvo é medida com um galvanó-
metro e controlada fazendo variar a velocidade do motor uti-
lizado para movimentar o alternador que faz a excitação da
válvula de descarga (ver o Artigo I). É possível obter correntes
até 5 microamperes. Uma vez que os metais, quando bombar-
deados com iões positivos de elevada velocidade, emitem um
número elevado de electrões secundários por cada ião inci-
dente, para uma medida precisa do número de iões incidentes
é necessário suprimir a emissão destes electrões. Isto foi conse-
guido aplicando um campo magnético da ordem de 700 gauss
ao alvo. Como é bem conhecido que a maioria dos electrões
secundários têm energias abaixo de 20 electrões-volt, um
campo desta grandeza deve ser adequado a fim de evitar que
a emissão de electrões secundários constitua uma fonte de erro
importante.

tJl Em publ icação.


t•l Proc. Roy. Soe., A, vol. 134, p. 658 ( 1931 ).

[ 37]
A determinação precisa da composição exacta do feixe de
iões ainda não foi realizada; no entanto, experiências de deflexão
com um campo magnético num aparelho suplementar mostraram
que aproximadamente metade da corrente do feixe é transportada
por protões e metade por iões H;. O número de átomos neutros
parece ser pequeno.
A voltagem de aceleração utilizada nas experiências foi
controlada variando o campo do alternador que excita o trans-
formador principal de alta tensão. A voltagem secundária
deste transformador é medida pelo método de rectificação da
corrente que passa através de um condensador, descrito num
artigo anterior 5>. Um microamperímetro na mesa de controlo
permite obter uma leitura contínua desta voltagem. O valor do
potencial estático produzido pelo sistema rectificador varia de
acordo com o brilho dos filamentos do rectificador, entre 3 e
3,5 vezes o máximo da voltagem do transformador. O valor real
da voltagem é determinado usando um condensador esférico
formado por duas esferas de alumínio, com 75 cm de diâmetro,
uma das quais se encontra ligada à terra. O factor de multipli-
cação do sistema de rectificação é determinado, em cada expe-
riência, para um determinado conjunto de voltagens, determi-
nando-se os valores para pontos intermédios por interpolação.
A precisão das medidas da voltagem usando o condensador
esférico foi verificada medindo a deflexão dos protões num
campo magQético. Concluiu-se que pode ser necessário efec-
tuar correcções da ordem dos 15 por cento devido à proxi-
midade de vários objectos ou à disposição pouco favorável
dos cabos de ligação. As voltagens indicadas neste artigo
foram todas corrigidas em função das experiências de deflexão
magnética.

<ll Proc. Roy. Soe., A, vol. 129, p. 477 ( 1930).

[ 38]
3. A Desintegração do Lítio

Quando a corrente recebida no alvo era da ordem de I microam-


pere e quando se aumentava o potencial até 125 kilovolts, obser-
varam-se cintilações brilhantes no cintilador lateral, sendo o seu
número proporcional à corrente recebida e da ordem de 5 por
minuto e por microampere a 125 kilovolts.
Não se observaram cintilações quando a corrente de protões
era cortada desligando a excitação da válvula de descarga ou
pela interposição de uma chapa de latão entre o feixe e o alvo.
Uma vez que as cintilações possuíam uma aparência e brilho
muito semelhantes às de partículas-a, modificou-se o apare-
lho de modo a permitir a determinação do seu alcance. Com
este fim fixou-se ao tubo lateral uma janela de mica, com um
poder de paragem de 2 cm, no lugar do cintilador que é agora
colocado do lado de fora desta. Deste modo, é possível inserir
folhas de mica, de poder de paragem conhecido, entre a janela
e o cintilador. Tomou-se então evidente que as cintilações eram
produzidas por partículas de alcance bem definido com um
valor de cerca de 8 cm. Este alcance não é alterado significati-
vamente variando a voltagem de aceleração entre 250 e 500
kilovolts.
A fim de verificar estas conclusões, fez-se incidir estas partí-
culas numa câmara de expansão de Shimizu, através de uma janela
de mica com um poder de paragem de 3,6 cm. Quando se apli-
cou a voltagem de aceleração ao tubo acelerador observaram-se
imediatamente na câmara rastos discretos, cujos comprimentos
estão em excelente acordo com as anteriores determinações de
alcance. Considerando a aparência dos rastos e a intensidade das
cintilações, pareceu-nos evidente que se estava a observar par-
tículas-a ejectadas dos núcleos de lítio devido ao bombardea-
mento com protões, e que o isótopo do lítio de massa 7 se parte
em duas partículas-a.

[ 39]
A fim de obter provas adicionais acerca da natureza destas
partículas, repetiram-se as experiências com uma câmara de
ionização, um amplificador e um oscilógrafo do tipo descrito
por Wynn Williams e WardC6>. A espessura da janela de mica no
tubo lateral foi reduzida para um valor correspondendo a um
poder de paragem de I ,2 mm, tendo uma área de cerca de I cm2
e sendo suportada por uma rede. Simultaneamente, a fim de
diminuir a dispersão angular das partículas à entrada do conta-
dor, o alvo de lítio foi reduzido a um círculo com I cm de
diâmetro . A câmara de ionização utilizada era do tipo de pla-
nos paralelos, com uma profundidade total de 3 mm, sendo
fechada por uma janela de alumínio com um poder de paragem
de 5 mm. A resolução do amplificador e oscilógrafo permitia
registar com precisão até 2000 partículas por minuto. Com o
potencial total aplicado ao aparelho, mas sem feixe de protões,
o número de detlexões espúreas no oscilógrafo era da ordem
de 2 por minuto, enquanto, com um potencial acelerador de
500 kilovolts e uma corrente de 0,3 microamperes, o número
de partículas que entram na câmara de ionização por minuto
era da ordem de 700.
Nas Figs. 8, 9, 10 e II , Chapa 12, mostram-se os registos
obtidos no oscilógrafo à medida que se inserem folhas adicionais
de mica. Pode observar-se que o tamanho das detlexões aumenta
à medida que se adiciona mica, enquanto o seu número diminui
muito rapidamente quando a espessura total do absorvente ultra-
passa 7 cm. Na Fig. 2, encontra-se representado o número de
partículas que entram na câmara, por minuto e por microampere,
em função do aumento da espessura do absorvente e para poten-
ciais aceleradores de 270 kilovolts e 450 kilovolts. O poder de
paragem das folhas de mica utilizadas nas janelas foi verificado

<'l Proc. Roy. Soe. , A, vol. 132, p. 39 1 ( 193 1).

[ 40]
800
~
0

"~
0
2 400

z080
Gpl
600

200
V'
~

ib
·~

o2
<Al
.. 6 8
i
cm.

Absorvente em cm equivalentes de ar
270 kilovolts

8 000

7 - ~
6 --·
·-
5

·-
1

000

000

000

o2
( B)

6 Bem. •
Absorvente em cm equivalentes de ar
450 kilovolts

Fig. 2.

[ 41 ]
e fez-se a determinação final do alcance destas partículas por
comparação com as partículas-a do tório C. O alcance máximo
encontrado é de 8,4 cm. Observações preliminares mostraram
que, entre os valores mais baixos e os mais elevados da voltagem
utilizada, o alcance permanece aproximadamente constante. É, no
entanto, do maior interesse verificar se toda a energia do protão
é comunicada às partículas-a, sendo nossa intenção debruçarmo-
-nos com maior atenção sobre este ponto. A forma geral da curva
de absorção, associada ao tamanho das deflexões, sugere que
a grande maioria das partículas deve ter uma velocidade inicial
uniforme. É, no entanto, necessário efectuar mais investigações
com absorção total menor a fim de excluir a possibilidade da
existência de partículas de curto alcance.
Como é bem conhecido, o tamanho dos impulsos do osciló-
grafo dá uma medida da ionização total produzida pelas partículas.
Para alcances pequenos, o tamanho dos impulsos observados é
muito uniforme, ao passo que o tamanho médio dos impulsos
varia com o alcance das partículas correspondendo à ionização
dada pela curva de Bragg. Na Fig. 3 mostra-se a variação da
ionização das partículas mais numerosas em função do alcance.
As amplitudes das deflexões foram, em seguida, comparadas
com as deflexões produzidas na mesma câmara de ionização por
partículas-a de uma fonte de polónio. Na Fig. 12, Chapa 12,
mostra-se um registo destas deflexões para fins de comparação.
Demonstra-se deste modo que a deflexão máxima para os dois
tipos de partículas é o mesmo. Este resultado, simultaneamente
com a uniformidade da ionização produzida pelas partículas, é
suficiente para excluir a possibilidade de algumas destas par-
tículas serem protões, uma vez que a ionização máxima pro-
duzida por um protão é menor que 40% do máximo da ionização
produzida por uma partícula-a.
A variação do número de partículas em função da voltagem
de aceleração foi determinada a partir dos registos do osciló-

[ 42]
8

~
ª
e...

6
v
a
.
:2
.õ 4
J
o
o
"'
~ ~
o
"""...
o;:: 2
I...
I"
/ \

\
...
o

4 5 6 7 8 cm . . 9
Absorvente em cm equivalentes de ar

Fig. 3.

grafo, para valores entre 200 kilovolts e 500 kilovolts, sendo


evidente a sua modificação, como se pode ver nas Figs. 13, 14
e 15, Chapa 12. Para voltagens entre 70 kilovolts e 250 kilovolts,
o número de partículas que entram na câmara de ionização
foram contadas por um contador tiratrão de um estágio do tipo
descrito por Wynn Williams e Ward(7>. Os resultados encontram-se
representados na Fig. 4. O número de partículas-a aumenta
de um modo aproximadamente exponencial com a voltagem
para voltagens baixas e, linearmente, com a voltagem acima de
300 kilovolts<8>.

Pl Proc. Roy. Soe. , A, vol. 131 , p. 191 (1931).


''l Estão representadas na figura todas as medidas de um único ensaio no qual
foram contadas mais de 2000 partículas. A dispersão dos pontos da parte cen-
tral da curva é, provavelmente, devida a variações no vácuo e, portanto, na
voltagem aplicada durante a experiência. Esta dispersão não foi observada em
outros ensaios.

[ 43]
4000

2 000 I "'
~

.88.e 1600 I
·§
8. I ZOO
v.
./
u

~
"8"

e
8.
~
•::l
z
800

400
v
~
/
o 100 200 300 400 soo
Kilovolts

Fig. 4.

É de elevado interesse estimar o número de partículas produzi-


das ao bombardear uma camada espessa de lítio com um número
fixo de protões. Ao fazer esta estimativa, consideramos que as
partículas são emitidas uniformemente em todas as direcções, e
que os iões moleculares não produzem nenhum efeito. Com estas
considerações, o número de desintegrações para uma voltagem
de 250 kilovolts é de l por l 09 protões, e para uma voltagem de
500 kilovolts é de lO por l 09 protões.
Ao ter em consideração a variação do número de partículas
com a voltagem devemos, naturalmente, ter presente que com
um alvo espesso estes efeitos são devidos a protões com todas as
energias, desde a energia máxima até zero. Será muito impor-

[ 44]
tante determinar a probabilidade de desintegração para protões
com uma energia bem definida, sendo necessário, para este fim,
utilizar alvos finos . Experiências preliminares usando filmes de
lítio, obtidos por evaporação, mostram que a função probabili-
dade ou função "excitação" não aumenta tão rapidamente com a
voltagem como para o alvo espesso, mas, devido ao pequeno
número de partículas obtidas, estas experiências ainda não foram
completadas.

4. A Interpretação dos Resultados

Como já foi afirmado, a interpretação mais óbvia dos nossos


resultados é assumir que o isótopo de massa 7 do lítio captura
um protão e que o núcleo de massa 8 resultante se desintegra
em duas partículas-a. Se houver conservação da quantidade de
movimento neste processo, as partículas-a resultantes devem
ter energias iguais e, do alcance observado para estas partí-
culas, concluímos que neste processo de desintegração se liber-
tam 17,2 milhões de electrões-volt. A massa do núcleo de Li 7,
determinada por Costa, é 7,0104 com um erro provável de
0,003 . A diminuição de massa no processo de desintegração
é então 7,0104 + 1,0072 - 8,0022 = 0,0154 ± 0,003 . Esta
redução de massa é equivalente a uma libertação de energia de
( 14,3 ± 2,7) x l 06 electrões-volt. Concluímos, portanto, que as
energias observadas para as partículas-a são consistentes com a
nossa hipótese. Pode, no entanto, efectuar-se um teste adicional.
Se a quantidade de movimento é conservada na desintegração, as
duas partículas-a devem ser ejectadas em direcções praticamente
opostas e, portanto, se dispusermos dois cintiladores de sulfureto
de zinco diametralmente opostos em relação a um pequeno alvo
de lítio, como se mostra no diagrama da Fig. 5, deveríamos

[ 45]
observar uma grande proporção de cintilações nos dois cintila-
dores coincidentes no tempo. O lítio utilizado nestas experiências
foi evaporado num filme fino de mica com uma área de l mm2 e
um poder de paragem de l, I cm, para que as partículas-a. ejectadas
do lítio passem facilmente pela mica e atinjam o cintilador do
lado oposto da camada de lítio.

Feixe de protões rápidos

1
- - - - - ZnS

-B~'~ ~ ~
ZnS

O..n---1 .-~
Alvo fino de lítio

Fig. 5.

Os dois cintiladores foram observados através de microscó-


pios, cada um cobrindo uma área de 7 mm2, e utilizou-se um
gravador de som para registar as cintilações, tendo-se instalado
um vibrador eléctrico na câmara de observação para evitar que
o ruído das teclas de gravação fosse ouvido pelos observadores.
Foram observadas quinhentas e sessenta e cinco cintilações no
microscópio A (que se encontrava mais perto do alvo) e 288
cintilações no microscópio B. A análise dos registos mostrou
que os resultados são consistentes com a hipótese de cerca de
25% das cintilações registadas em B terem uma cintilação
correspondente em A. Se calcularmos a probabilidade de uma
cintilação ser registada em B dentro de x segundos do registo
duma cintilação em A, considerando uma distribuição perfeita-
mente aleatória das cintilações, e a compararmos com o registo

[ 46]
das observações, obtém-se a curva que se mostra na Fig. 6.
Note-se que, à medida que o intervalo x diminui, a razão entre
as coincidências observadas e as aleatórias aumenta. Mostra-se,
também, para fins de comparação, a curva teórica (linha a
tracejado) que se obteria se houvesse 25% de coincidências.
Pode ver-se que há uma boa concordância entre as duas
curvas. O número de coincidências observadas é aproximada-
mente igual ao valor esperado a partir da nossa teoria do
processo de desintegração, quando se tem em consideração a
geometria do dispositivo experimental e a eficiência dos cinti-
ladores de sulfureto de zinco. Existe portanto um forte suporte

..
"I:
4
~... I
-; I

...o
<>
.a.. ·:;
.D
·~
i:: 3
~ ~
.D
o
::1 "'E
"ü " I
.,.e ~ I
"ü .,
c o
2Q.

~...... ....._

u [
~ I
~
.,;zE 1

o 2 6 8 sec. lO
Tempo definindo uma coincidência

Fig. 6.

[ 47]
experimental para a hipótese de que as partículas-a são emi-
tidas aos pares. Uma investigação mais detalhada será feita
posteriormente, usando maiores áreas para os dispositivos de
contagem, e espera-se obter um aumento da fracção de coin-
cidências.

5. Comparação com a Teoria de Gamow

Num artigo que estimulou largamente a presente investigação,


Gamow(9) calculou a probabilidade W1* de uma partícula de
carga Z e, massa m e energia E, penetrar num núcleo de carga
Z' e. A fórmula de Gamow é

- 41t ~ ZZ'e2 J
Wi* =e h · ~ ·k

em que Jk é uma função que varia lentamente com E e Z.


Utilizando esta fórmula calculámos W1*, a probabilidade de
um protão entrar num núcleo de lítio, para 600, 300 e I 00 kilo-
volts, encontrando os valores 0,187, 2,75 x IQ-2 e 1,78 x IQ-4.
Usando estes números, a variação do alcance dos protões com
a velocidade observada para um alvo espesso, e considerando
urna área de I Q-25 cm2 para o alvo, pode calcular-se o número
de protões N necessários para produzir uma desintegração. Para
600 kilovolts o valor de N é da ordem de l 06 e, para 300 kilo-
volts, da ordem de 2 x 107.
A ordem de grandeza dos números observados é, portanto,
menor que os valores previstos pela teoria de Gamow, mas

m Z. Physik, vol. 52, p. 5 1O ( 1928).

[ 48]
uma comparação mais completa deve ser adiada até estarem
disponíveis resultados com alvos finos .

6. A Desintegração de outros Elementos

Investigações preliminares foram efectuadas a fim de veri-


ficar se alguma evidência de desintegração, sob a acção do bom-
bardeamento por protões, podia ser obtida para os seguintes
elementos: Be, B, C, O, F, Na, AI, K, Ca, Fe, Co, Ni, Cu, Ag, Pb,
U. Utilizando o cintilador de fluorescência como detector, obser-
vámos cintilações intensas para todos estes elementos, verifi-
cando-se que o seu número varia nitidamente de elemento para
elemento. As ordens de grandeza relativas ao número de desinte-
grações para 300 kilovolts estão indicadas na Fig. 7. Os resulta-
dos do método de cintilação foram confirmados pelo contador
electrónico para oCa, K, Ni, Fe eCo, e o tamanho das deflexões
do oscilógrafo sugere que a maioria das partículas ejectadas são
partículas-a..
O número de partículas contadas até ao momento não é sufi-
ciente para considerar estes valores mais do que como indicadores
simples de ordens de grandeza. Deve ter-se presente, em espe-
cial, a possibilidade de algumas das partículas observadas serem
devidas a impurezas. Tem, no entanto, algum interesse uma des-
cpção breve dos efeitos observados em alguns dos casos mais
interessantes.

Berílio - Foram observados dois tipos de cintilações com o


berílio, algumas muito intensas com a aparência de cintilações de
partículas-a., simultaneamente com um grande número de cintila-
ções fracas que aparecem a cerca de 500 kilovolts. O número destas
cintilações aumenta rapidamente com a voltagem. Não nos foi
possível observar as cintilações fracas fora da câmara de vácuo, de
modo que estas parecem ser devidas a partículas de curto alcance.

[ 49]
280

f~ S!
~
21ll
r:l ""
zoo ~

160
AI
120 u
I

80 I
ca I
I
Ag I
40

o o' lO
~
20
Jr
30 10 50 60 70
7'
so !10
!

i
Número atómico

Fig. 7.

Boro - Depois do litio, o boro foi o elemento que deu origem


a maior número de cintilações, tendo a maioria das partículas
emitidas um alcance de 3,5 cm. As cintilações surgiram primeiro
a voltagens da ordem de 115 kilovolts, e o seu número aumentou
mais de 100 entre esta voltagem e 375 kilovolts. O problema
interessante de distinguir se o boro se divide em três partículas-a
ou em Be8 mais uma partícula-a deve esperar por uma resposta
que investigações mais detalhadas sejam efectuadas.

Flúor- O flúor foi investigado sob forma de uma camada de


fluoreto de cálcio pulverizado. Foram observadas algumas cinti-
lações inicialmente a uma voltagem de 200 kilovolts, o seu
número aumentou por um factor de cerca de I 00 entre este valor
e 450 kilovolts. O alcance destas partículas foi medido e é de
cerca de 2,8 cm. Considerando que se trata de partículas-a, a sua

[50]
energia seria 4, 15 x I 06 electrões-volt. Se considerarmos que a
reacção observada é

mostra-se de particular interesse comparar as energias obser-


vadas com as energias esperadas a partir das variações de massa,
uma vez que todas as massas envolvidas são conhecidas, pelo
trabalho de Aston, com razoável precisão.
Utilizando os dados de Aston, a energia libertada deveria ser
5,2 x 106 electrões-volt. Considerando a energia retirada pelo
recuo do núcleo de oxigénio e a energia do protão de bombardea-
mento, a energia da partícula-a. deveria ser cerca de 4,3 milhões
de electrões-volt, dando um alcance de 2,95 cm no ar, o que se
encontra em bom acordo com os alcances observados experi-
mentalmente.

Sódio - Um pequeno número de cintilações intensas foram


observadas a partir de 300 kilovolts, correspondendo a partículas
com alcances entre 2 e 3,5 cm. Além das cintilações intensas foram
também observadas cintilações fracas semelhantes às observadas
no caso do berílio. Estas cintilações fracas são presumivelmente
devidas a partículas de curto alcance, uma vez que não são obser-
vadas fora do tubo. A reacção mais provável será

Potássio - O potássio é particularmente interessante devido a


possuir radioactividade natural. Os efeitos muito pequenos obser-
vados podem ser facilmente devidos a urna impureza. A reacção
mais plausível

tem provavelmente um balanço energético negativo.

[ 51 ]
Ferro, Níquel, Cobalto, Cobre - Estes elementos são conse-
cutivos na tabela periódica, de modo que o pequeno resultado
obtido para o ferro, quando comparado com os obtidos para os
elementos seguintes, é de especial interesse. O efeito para o
ferro é da mesma ordem de grandeza do obtido para o potássio,
podendo novamente ser devido a impurezas. Para estes elemen-
tos, a maioria das partículas tem um alcance de cerca de 2,5 cm,
mas foram observadas algumas partículas com um alcance ligei-
ramente maior.

Urânio -Usando potenciais de até 600 kilovolts e com


correntes de protões elevadas, o número de cintilações obser-
vadas foi de cerca de quatro vezes o efeito da radioactividade
natural, e as partículas produzidas artificialmente parecem ter
um alcance maior do que as naturais. Os números de partículas
obtidos não parecem variar significativamente com a voltagem.
Esperamos, no futuro próximo, investigar os elementos referi-
dos, bem como outros elementos, em maior detalhe e, em espe-
cial, determinar se algum dos efeitos observados são devidos a
impurezas. Parece, no entanto, não haver dúvida de que a maio-
ria destes efeitos são devidos a transformações que dão origem à
emissão de partículas-a. Uma vez que é muito pequena a proba-
bilidade de um protão com uma energia de 500 kilovolts penetrar
a barreira de potencial de núcleos mais pesados por qualquer
processo senão um processo de ressonância, o mais provável é
que os efeitos observados nos elementos mais pesados sejam
devidos a este tipo de processos.
Verificou-se que o lítio, boro e flúor são os três elementos que
dão origem a maiores emissões de partículas, variando estas de
modo semelhante quando se eleva a voltagem. Estes elementos
são todos do tipo 4n + 3, e, presumivelmente, os núcleos são
constituídos por partículas-a com a adição de três protões e dois
electrões. É natural supor que a adição de um protão capturado dá
origem à formação de mais uma partícula-a no núcleo. No caso

[52]
,1L.w • • • • • ,
Fig. 8 - 270 kV, absorvente de 4 cm.
Fig. 9 - 270 kV, absorvente de 5 cm.
Fig. 10-270 kV, absorvente de 6,6 cm.
Fig. 11 - 270 kV, absorvente de 7,9 cm.
Fig. 12 - Partículas-a do polónio, absorvente de 4 cm.
Fig. 13 -250 kV, absorvente de 3,1 cm.
Fig. 14 - 210 kV, absorvente de 3,1 cm.
Fig. 15 - 175 kV, absorvente de 3,1 cm.

Chapa 12

[53 ]
do Lítio parece provável que a captura do protão, a formação da
partícula-a; e a desintegração do núcleo resultante em duas partí-
culas-a; deva ser considerado como um único processo, em que a
energia em excesso aparece sob a forma de energia cinética das
partículas-a; emitidas<10>. Enquanto não se dispuser de mais resul-
tados e com maior qualidade, não parece ser desejável discutir,
nesta fase, as possíveis implicações destas observações para os
problemas de astrofísica e para a questão da abundância dos
elementos.
Em conclusão, desejamos expressar os nossos agradecimen-
tos a Lord Rutherford pelo seu encorajamento e conselhos cons-
tantes. Somos devedores ao Dr. Wynn Williams pela assistência
considerável ao dispositivo de registo eléctrico, e aos membros
do corpo de investigação da Metropolitan-Vickers Electrical Com-
pany pela sua assistência ao fornecer a maior parte dos disposi-
tivos utilizados neste trabalho. Um de nós (E. T. S. W.) está a
usufruir de uma bolsa de pesquisa do Departrnent of Scientific
and Industrial Research.

[Tradução de Paulo Mendes]

<" >Este ponto de vista não exclui a possibilidade de, em alguns casos, parte
da energia poder aparecer sob outra forma, por exemplo, radiação y.

[54]
Física Nuclear- Um Novo Tipo de Radioactividade
Comunicação breve da Sr.• IRENE CURJE e SR. F. JouoT
Apresentada pelo SR. JEAN PERRIN

[Comptes Rendues de L 'Académie de Science, 198, 254 (1934)]

Mostrámos recentemente pelo método de Wilson<'>que certos


elementos leves (glucínio(2), boro, alumínio) emitem electrões
positivos quando são bombardeados com os raios a do polónio.
De acordo com a nossa interpretação, a emissão de electrões
positivos por parte do Be seria devida à materialização interna
da radiação y; enquanto os electrões positivos emitidos pelo B e
pelo AI seriam os electrões de transmutação que acompanham a
emissão dos neutrões.
Ao investigar o mecanismo dessas emissões, descobrimos o
seguinte fenómeno:
A emissão dos electrões positivos por parte de certos elemen-
tos leves irradiados pelos raios a do polónio subsiste durante um
certo tempo, mais ou menos longo, após o afastamento da fonte
de raios a, podendo esse tempo exceder a meia hora no caso
do boro.
Colocámos uma folha de alumínio a I mm de uma fonte de
polónio. Após uma irradiação de cerca de I O minutos, colocámos
o alumínio sobre um contador de Geiger-Müller com um orifício
tapado por uma janela de alumínio com 7/ 100 de milímetro de

1' 1 Comptes rendues, 196; 1933, p. 1885 ; J. de Phys. et Rad., 4, 1933, p. 494.

"' N. do T. : Outro modo de designar o berílio.

[55 ]
espessura. Verificámos que a folha emite uma radiação cuja
intensidade decresce exponencialmente em função do tempo
com um período de 3 minutos e 15 segundos. Obtém-se um
resultado análogo para o boro e o magnésio, mas os períodos de
decaimento são diferentes: 14 minutos para o boro e 2 minutos e
30 segundos para o magnésio.
A intensidade da radiação (imediatamente após a exposição
aos raios a.) aumenta com o tempo de irradiação até um certo
valor limite. Utilizando uma fonte de polónio de 60 milicuries,
têm-se então intensidades iniciais idênticas para o B, o Mg e o AI
de cerca de 150 impulsos por minuto no contador.
Com os elementos H, Li, C, Be, N, O, F, Na, Ca, Ni e Ag não
foi observado qualquer efeito0 >. É provável que, para alguns
destes elementos, o fenómeno não se produza, ao passo que, para
outros, o período de decaimento é demasiado curto.
As experiências efectuadas usando o método de Wilson ou o
método da trocóide introduzido por Thibaud mostraram que a
radiação emitida pelo boro e pelo alumínio é constituída por
electrões positivos. É provável que o mesmo se passe com a
radiação do magnésio.
Introduzindo folhas de cobre entre o contador e a folha irra-
diada, verifica-se que a maior parte da radiação é absorvida em ·
0,88 g/cm2 para o AI e 0,26 g/cm2 para o B e o Mg, o que corres-
ponde, admitindo as mesmas leis de absorção que para os electrões
negativos, a uma energia de 2,2 x 1()6 e V para o AI e O,7 x l ()6 e V
para o B e o Mg (Fig. l).
Quando se diminui a energia dos raios a. que irradiam o
alumínio, o número de electrões positivos diminui, mas o período
de decaimento não parece sofrer modificações. Quando a energia
dos raios a. é reduzida de l 06 e V, esses electrões deixam prati-
camente de ser observados.

<>> Este fenómeno não pode, portanto, ser devido a uma contaminação pela
fonte de polónio.

[56]
Fig. I.

Estas experiências demonstram a existência de um novo tipo


de radioactividade com emissão de electrões positivos. Pensamos
que, para o alumínio, o processo de emissão seja o seguinte:

27 4 30 I
13 AI + 2 He = IS P +o n.

O isótopo ~~ P do fósforo deve ser radioactivo com um


período de 3min 15s, emitindo electrões positivos segundo a reacção

30 30 . +
15 p= 14 SI + E.

Poder-se-ia agora imaginar uma reacção análoga para o


boro e o magnésio, sendo os núcleos instáveis o ; N e o ~~ Si.
1

O motivo para não se terem encontrado os isótopos ; N, ~~ Si e


1

[ 57]
i~ P na natureza seria o facto de eles existirem apenas durante
um intervalo de tempo bastante curto.
Consideramos pouco razoável a explicação segundo a qual

21 AI + 4 He= 30 8 I. + 1I H• 3o
8 I. _- 3o .+ + + _
13 2 14 14 14 8 I E E ,

estando o isótopo i~ Si num estado excitado que decai ao longo


do tempo, a energia se materializaria num par de electrões. Não
se observa a emissão de electrões negativos e, teoricamente, é
altamente improvável que a diferença de energia entre os elec-
trões seja suficiente para que os electrões negativos não sejam
observados<•>. Por outro lado, este processo suporia um estado
excitado com uma duração extraordinariamente longa e com um
coeficiente de materialização interna unitário.
Foi em suma possível, pela primeira vez, criar em certos
núcleos atómicos, com o auxílio de um agente exterior, radioac-
tividade que pode subsistir durante um intervalo de tempo
mensurável na ausência da causa excitadora.
Radioactividades duráveis análogas às que nós observámos
podem, sem dúvida, existir no caso do bombardeamento com
outras partículas. Um mesmo átomo radioactivo pode, evidente-
mente, ser criado por diversas reacções nucleares. Por exemplo,
o núcleo 1 ~ N, que é radioactivo segundo a nossa hipótese, pode-
ria ser obtido pela acção de um deuterão sobre o carbono, com
emissão de um neutrão.

<•>Nedelsky e Oppenheimer, Phys. Rev., 44, 1933, p. 948.

[58]
ERRATA.

(Sessão de 15 de Janeiro de 1934.)

Comunicação breve da Sr.a Irene Curie e do Sr. F. Joliot,


Um nO\:o tipo de radioactividade:

A figura representada na página 255<s> deve ser suprimida.

[Tradução de Fernando dos Aidos]

(>l N. do T. : No original, a página 255 é a página que contém a Fig. I.

[59]
Possibilidade de Produçio de Elementos
de Número Atómico Superior a 92
Pelo PROF. E. FERMI, Universidade Real de Roma

[Nature, 133, 898 (1934)]

Até há pouco tempo, era opinião geral que um átomo que


resulta de uma desintegração artificial deveria normalmente
corresponder a um isótopo estável. O Sr. e a Sr.• Joliot foram os
primeiros a verificar que tal não é necessariamente o caso; pode
acontecer que o átomo produzido seja radioactivo, com uma vida
média mensurável, e que só se transforme num átomo estável
após a emissão de um positrão.
O número de elementos que podem ser activados, seja por
incidência de uma partícula a (Joliot), de um protão (Cockcroft,
Gilbert, Walton) ou de um deuterão (Crane, Lauritsen, Henderson,
Livingstone, Lawrence), está necessariamente limitado pelo
facto de apenas elementos leves poderem ser desintegrados, em
virtude da repulsão coulombiana.
Esta limitação não é efectiva no caso do bombardeamento
com neutrões. A grande eficácia destas partículas no provocar de
desintegrações compensa francamente a pequena intensidade das
fontes de neutrões disponíveis comparadas com as fontes de
partículas a e de protões. De facto, demonstrou-se<tl que um
grande número de elementos (47 dos 68 examinados até agora)

1' 1 E. Fermi, Ricerca Scientifica , 1, 5, 283; 6, 330. Nature, 133, 757, 19 de

Maio de 1934. E. Amaldi, O. D' Agostino, E. Fermi, F. Rasetti, E. Segre, Ricerca


Scientifica, 8, 452; 1934.

[ 61 ]
de peso atómico variado pode ser activado com fontes de
neutrões constituídas por um pequeno tubo de vidro cheio de berílio
em pó e de radão até 800 milicuries. Esta fonte tem uma activi-
dade de cerca de um milhão de neutrões por segundo.
Verificou-se que todos os elementos activados por este
método com uma intensidade suficientemente grande para possi-
bilitar uma análise magnética do sinal da carga das partículas
irradiadas emitiam apenas electrões negativos. Teoricamente isto
é razoável, pois a absorção do neutrão incidente produz um
excesso no número de neutrões no núcleo; um estado estável é
então geralmente obtido pela transformação de um neutrão num
protão, a qual está relacionada com a emissão de urna partícula {3.
Em alguns casos foi possível efectuar uma separação química
do elemento com actividade f3 pela técnica usual de adicionar à
substância irradiada pequenas quantidades dos elementos vizi-
nhos. Estes elementos eram então separados por análise
química e a actividade f3 de cada um medida com um contador
de Geiger-Müller. Verificou-se que a actividade estava sempre
associada a um só elemento, com o qual o elemento activo podia
então ser identificado.
Em três casos (alumínio, cloro, cobalto) o elemento activo
formado após o bombardeamento do elemento de número atómico
Z tem número atómico Z- 2. Em quatro casos (fósforo, enxofre,
ferro e zinco), o número atómico do produto activo é Z- l. Em
dois casos (bromo, iodo), o elemento activo é um isótopo do
elemento bombardeado.
Estes resultados parecem indicar a existência de três tipos
principais de reacções possíveis: (a) captura de um neutrão com
emissão instantânea de urna partícula a; (b) captura do neutrão
com emissão de um protão; (c) captura do neutrão com emissão
de um quantum-r a fim de se Libertar da energia excedente. De um
ponto de vista teórico, a probabilidade de ocorrência dos proces-
sos (a) e (b) depende, em grande parte, da energia da partícula a

[ 62]
ou H emitida; tanto mais quanto mais elevado é o peso atómico
do elemento. A probabilidade de ocorrência do processo (c) pode
ser apenas vagamente estimada, tendo em conta o actual estado
de desenvolvimento da teoria nuclear; no entanto, esperava-se
que ela fosse inferior ao valor observado de um factor de 100 ou
de 1000.
Pareceu que valia a pena estudar, em particular, os elementos
radioactivos pesados tório e urânio, uma vez que a instabilidade
geral dos núcleos nesta gama de pesos atómicos poderia dar
lugar a transformações sucessivas. Foi este o motivo que levou o
autor, em colaboração com F. Rasetti e O. D' Agostino, a efectuar
o estudo destes elementos.
Verificou-se experimentalmente que, após eliminadas as
impurezas activas usuais, ambos os elementos podem ser forte-
mente activados pelo bombardeamento com neutrões. A activi-
dade induzida inicial correspondeu, na nossa experiência, a cerca
de 1000 impulsos por minuto num contador Geiger feito a partir
de uma folha de alumínio com 0,2 mm de espessura. As curvas de
decaimento destas actividades mostram que o fenómeno é bastante
complexo. Uma breve análise da actividade do tório mostrou a
existência de, pelo menos, dois períodos neste elemento.
O caso do urânio foi mais bem estudado; está perfeitamente
estabelecida a existência de períodos de cerca de I O s, 40 s,
13 mio, e ainda, pelo menos, dois períodos entre 40 mio e um
dia. A grande incerteza nas curvas de decaimento devido às
flutuações estatísticas toma muito difícil averiguar se esses
períodos representam processos de desintegração sucessivos ou
alternativos.
Têm sido efectuadas tentativas para identificar quimicamente
o elemento com actividade f3 com o período de 13 min. O plano
geral desta investigação consiste em adicionar à substância irra-
diada (solução concentrada de nitrato de urânio purificado dos
seus produtos de decaimento) um outro elemento com actividade f3

[ 63 ]
em quantidade suficiente para produzir umas centenas de impul-
sos por minuto no contador. Se então for possível provar que a
actividade induzida, reconhecível pelo seu período característico,
pode ser quimicamente separada da actividade adicionada, é
razoável supor que as duas actividades não correspondem a dois
isótopos.
O produto de 13 min pode ser separado da maior parte dos
elementos pesados através da seguinte reacção: a solução de
urânio irradiada é diluída em ácido nítrico a 50 por cento;
adiciona-se uma pequena quantidade de um sal de manganésio e
precipita-se o manganésio sob a forma de um dióxido (Mn0 2) a
partir da solução em ebulição por adição de clorato de sódio.
Verifica-se que o precipitado de dióxido de manganésio arrasta
então uma grande percentagem da actividade.
Esta reacção prova de imediato que a actividade de 13 min
não é isotópica com o urânio. Para testar a possibilidade de ela
ser devida ao elemento 90 (tório) ou 91 (paládio), repetimos a
reacção pelo menos dez vezes, adicionando uma quantidade
de urânio X 1 + X 2<2> correspondente a cerca de 2000 impulsos
por minuto; foram igualmente adicionados cério e lantânio a fim
de suster o urânio X. Verificou-se que, nestas condições, o preci-
pitado de manganésio continha apenas a actividade de 13 min;
não foram encontrados no precipitado quaisquer vestígios dos
2000 impulsos do urânio X 1 (período 24 dias), nem do urânio
X2 , muito embora a operação tivesse demorado menos de
2 min a partir da precipitação do dióxido de manganésio e as
várias centenas de impulsos de urânio x2 (período 75 s),
porventura ainda presentes, pudessem ter sido facilmente
reconhecidas.

<'1 N. do T. : O urânio X 1 e o urânio X2 correspondem respectivamente aos


nuclídeos 234Th e 234 Pa, que constituem os primeiros elementos da cadeia radioac-
tiva que tem início com o mu (série do urânio).

[ 64]
Experiências semelhantes pemuttram excluir os números
atómicos 88 (rádio) e 89 (actínio). Para isso foram utilizados os
mesotórios -1 e -2<3>adicionando-se bário e lantânio; o resultado
foi completamente negativo, tal como no caso anterior. Uma
eventual precipitação de urânio-X 1 e mesotório-1, que não
emitem radiação f3 suficientemente penetrante para ser detectável
pelos nossos contadores, teria sido revelada pela subsequente
formação de, respectivamente, urânio-X2 e mesotório-2.
Por fun, adicionámos à solução de urânio irradiada chumbo e
bismuto inertes e provámos que as condições da reacção do
dióxido de manganésio podiam ser reguladas de maneira a obter
a precipitação de dióxido de manganésio com a actividade de
13 min sem arrastar chumbo ou bismuto.
Assim, parece que excluímos a possibilidade de a activi-
dade de 13 min ser devida a isótopos de urânio (92), paládio (91 ),
tório (90), actínio (89), rádio (88), bismuto (83) e chumbo (82).
O seu comportamento exclui igualmente o ecacénio (87) e a
emanação (86)<•>.
Este insucesso da tentativa de identificar a actividade de 13 min
com um grande número de elementos pesados sugere a possibi-
lidade de o número atómico do respectivo elemento ser supe-
rior a 92. Se se tratasse do elemento 93 , seria quimicamente
homólogo ao manganésio e ao rénio. Esta hipótese é apoiada,
até certo ponto, igualmente pelo facto de a actividade de 13 min
ser arrastada por um precipitado de sulfureto de rénio insolúvel
em ácido clorídrico. No entanto, isto não constitui um argu-
mento decisivo pois alguns elementos são facilmente precipitá-
veis desta forma .

1' J N. do T: O mesotório-1 e o mesotório-2 correspondem respectivamente

aos nuclídeos 22BRa e 228Ac, que constituem os primeiros elementos da cadeia


radioactiva que tem início com o 232Th (série do tório).
<•J N. do T. : Hoje conhecidos respectivamente por frâncio e radão.

[ 65 ]
Um número atómico 94 ou 95 não é fácil de distinguir do
anterior, pois as respectivas propriedades químicas são provavel-
mente bastante semelhantes. Uma possibilidade de obter infor-
mações relevantes acerca dos processos envolvidos reside na
investigação de uma possível emissão de partículas pesadas.
Ainda não se procurou detectar estas partículas porque é
necessário que o produto activo esteja na forma de uma camada
muito fina para que elas possam ser observadas. Presentemente
parece-nos, portanto, prematuro emitir quaisquer hipóteses
definitivas acerca da cadeia de desintegrações envolvida.

[Tradução de Fernando dos Aidos]

[ 66]
Ensaio de uma Teoria da Radiação fi J<'>
Por E. FERMI , Roma
Com 3 Figuras (manuscrito recebido em 16 de Janeiro de 1934)

[Zeitschriftfiir Physik, 88, 161 ( 1934)]

É proposta uma teoria quantitativa do declínio /3, na qual se


supõe a existência do neutrino e se trata a emissão de electrões e
neutrinos de um núcleo, no processo de declínio /3, com métodos
semelhantes aos usados na teoria da radiação para a emissão de
quanta de luz de um átomo excitado. São deduzidas e compara-
das com a experiência fórmulas para o tempo médio de vida e
para a forma do espectro de radiação f3 contínuo.

I . Suposições Fundamentais da Teoria

É sabido que se deparam duas dificuldades à tentativa de


construir uma teoria dos electrões do núcleo assim como da
emissão {3. A primeira está relacionada com o espectro de radia-
ção f3 contínuo. Se queremos manter o teorema da conservação
da energia, temos de supor que uma parte da energia libertada no
declínio f3 escapa às nossas possibilidades actuais de observação.
De acordo com a proposta de W. Pauli, pode por exemplo aceitar-se
que no declínio f3 é emitido não apenas um electrão mas também
uma nova partícula, o chamado "neutrino" (cuja massa é da
ordem de grandeza ou menor que a massa do electrão e que tem

1' 1 Ver a comunicação preliminar: La Ricerca Scientifica 2, 12, 1933.

[ 67]
carga eléctrica nula). Na presente teoria vamos partir da hipótese
do neutrino.
Uma outra dificuldade para a teoria dos electrões do núcleo
consiste no facto de as actuais teorias relativistas de partículas
leves (electrões ou neutrinos) não serem capazes de explicar, de
um modo convincente, corno é que tais partículas podem ser
ligadas em órbitas com dimensões nucleares.
Parece por isso adequado aceitar a proposta de Heisenberg<2>
de que um núcleo é constituído apenas por partículas pesadas,
protões e neutrões. Para, apesar disso, conseguirmos compreen-
der a possibilidade de emissão /3, pretendemos ensaiar uma
teoria da emissão das partículas leves de um núcleo por analo-
gia com a teoria da emissão de um quantum de luz de um átomo
excitado, no processo de radiação usual. Na teoria da radiação,
o número total de quanta de luz não é constante: surgem quanta,
na emissão de luz por um átomo, e desaparecem, na absorção da
luz. Por analogia com este facto, queremos partir das seguintes
suposições para a teoria da radiação /3:

a) o número total de electrões, assim como de neutrinos, não


é necessariamente constante. Os electrões (ou os neutrinos)
podem surgir ou desaparecer. Esta possibilidade não tem,
porém, qualquer analogia com a criação ou aniquilação
de um par composto por um electrão e um positrão; no
caso de se interpretar o positrão como um "buraco" de
Dirac, pode de facto considerar-se este último processo
simplesmente como um salto quântico de um electrão de
um estado de energia negativa para um estado de energia
positiva, havendo conservação do número total (infinito)
de electrões.

121 W. Heisenberg, Zeit. f Phys. 77, I, 1932.

[ 68]
b) As partículas pesadas, neutrões e protões, podem, tal
como propôs Heisenberg, ser consideradas como dois
estados quânticos internos da mesma partícula pesada.
Formulamos esta hipótese, introduzindo uma coordenada
e
interna da partícula pesada, a qual só pode assumir dois
valores: e= 1, no caso de a partícula ser um neutrão e
e = - 1 no caso de a partícula ser um protão.

c) O hamiltoniano do sistema composto pelas partículas leve


e pesada tem de ser escolhido de tal forma que cada tran-
sição de um neutrão para um protão esteja associada à
criação de um electrão e de um neutrino. O processo
inverso, transformação de um protão num neutrão, deve,
pelo contrário, ser associado ao desaparecimento de um
electrão e de um neutrino. Note-se que este facto garante
a conservação da carga.

2. Os Operadores da Teoria

Um formalismo matemático da teoria de acordo com estas


três exigências pode facilmente ser construído com a ajuda do
método de Dirac-Jordan-Klein<J> da " segunda quantização".
Vamos, portanto, considerar como operadores as amplitudes de
probabilidade ljl e <p dos electrões e dos neutrinos, assim como as
grandezas que lhes são complexas conjugadas VI* e <p* ; para
a descrição das partículas pesadas vamos, pelo contrário, utilizar a
representação usual no espaço de configuração, onde natural-
e
mente a coordenada tem também de ser incluída.

(>> Ver, por exemplo, P. Jordan e O. Klein, Zeit. f Phys. 45, 751 , 1927; W.
Heisenberg, Ann. d. Phys. lO, 888, 193 1.

( 69 1
Introduzimos primeiro dois operadores Q e e Q*, os quais
e
actuam nas funções da variável (que pode tomar dois valores)
como substituições lineares:

(I)

Vê-se imediatamente que Q corresponde a uma transição de um


protão para um neutrão e Q* a uma transição de um neutrão para
um protão.
O significado das amplitudes de probabilidade 'I' e qJ, que
foram consideradas operadores, é, como se sabe, o seguinte. Seja

ll't 11'2 ··· ll's ···

um sistema de estados quânticos individuais para os electrões.


Faz-se ainda

(2)

a
As amplitudes 5 e as grandezas complexas conjugadas a;
são operadores que actuam nas funções dos números de
ocupação NI> N 2 , •.• , N 5 , •• • dos estados quânticos individuais. No
caso em que se aplica o princípio de Pauli, cada um dos Ns
apenas pode tomar os valores O ou l. Os operadores as e a; são
então definidos do seguinte modo

[ 70]
O operador as• corresponde à criação e o operador as à des-
truição de um electrão no estado quântico s.
Analogamente a (2), faz-se para os neutrinos

(4)
" "
As grandezas complexo-conjugadas b" e b•" são operadores,
que actuam nas funções dos números de ocupação M~o M2 , ••• ,
M0 , • • • dos estados quânticos individuais 'P~o(/)J. ,... , cp0 , ••• dos
neutrinos. Se se aceitar que o princípio de Pauli também se aplica
aos neutrinos, os números M" só podem tomar os valores O e l .
Mais ainda, tem-se

Os operadores b" e b~ correspondem à destruição ou à


criação de um neutrino no estado quântico a.

3. Construção do Hamiltoniano

A energia do sistema total que consiste de partículas pesa-


das e leves é a soma das energias: H-pesa00 das partículas pesadas
+ Hteve das partículas leves + energia de interacção H entre par-
tículas pesadas e leves.
Escrevemos o primeiro termo, considerando temporaria-
mente uma única partícula pesada, na forma

t+e t-e
H pesado = -2- N + -2- P, (6)

[ 71 ]
onde N e P representam os operadores de energia do neutrão e do
protão. Para e= 1 (neutrão) (6) reduz-se de facto a N; para e= -1
(protão) (6) reduz-se a P.
A energia H 1eve das partículas leves toma a forma mais
simples quando se tomam para estados quânticos '1'1 '1'2 ... 'l's ... e
cp 1 'P2 ... cp0 ••• como estados estacionários dos electrões e neutrinos.
Para os electrões devem escolher-se os estados estacionários no
campo coulombiano do núcleo, considerando o efeito de blindagem
dos electrões. Para os neutrinos, podem simplesmente tomar-se
ondas de Broglie planas, uma vez que as forças que actuam sobre
os neutrinos não desempenham nenhum papel essencial. Sejam
H 1 H 2 ... Hs ... e K 1 K2 ... K0 ••• as energias dos estados estacionários
dos electrões e dos neutrinos; temos então:

Hleve = ~ Hs Ns + ~ Ko Mo (7)
s o

Só falta escrever a energia de interacção. Esta consiste em


primeiro lugar na energia de Coulomb entre protão e electrões; no
caso de núcleos pesados a atracção por um único protão desem-
penha apenas um papel secundário, não contribuindo nunca
para o processo de declínio {}4>. Não iremos, portanto, por razões
de simplicidade, considerar este termo. Temos, pelo contrário, de
somar ao hamiltoniano um termo que satisfaz a condição c) da
secção 1.
Um termo que liga necessariamente a transformação de um
protão num neutrão, com o desaparecimento de um electrão e de
um neutrino, tem agora, de acordo com a secção 2, a forma

(8)

<•>A acção coulombiana dos restantes protões (que são numerosos) tem natu-
ralmente de ser considerada como um campo estático.

[ 72]
O operador complexo conjugado

(8 ')

Liga, pelo contrário, o processo inverso (transformação de um


neutrão num protão, com criação de um electrão e de um neutrino).
Um termo de interacção, que satisfaz a condição c), pode
portanto ser escrito na seguinte forma

SCJ SCJ

onde C5 0 e c5 ; representam grandezas, que podem depender das


coordenadas, quantidades de movimento, etc., da partícula pesada.
Para uma determinação mais precisa de H temos de recor-
rer a critérios de simplicidade. A conservação da quantidade
de movimento assim como a condição de que (9) tem de
permanecer invariante para uma rotação ou translação das
coordenadas espaciais colocam restrições muito importantes à
escolha de H.
Começando por ignorar as correcções relativistas e o efeito
do spin, a escolha mais simples para (9) é certamente a seguinte

H = g {Q Vt(x) q(x) + Q• yl (x) cp• (x)} , (10)

onde g representa uma constante com as dimensões L5M T-2;


x representa as coordenadas da partícula pesada; e 'lf, cp, 'lf", cp•
são dados por (2) e (4), devendo ser tomados na posição x, y, z da
partícula pesada.
A expressão (I O) não representa de maneira nenhuma a única
escolha de H. Qualquer expressão escalar, como por exemplo

L (p) V' (x) M (p) cp (x) N (p) + complexo conjugado,

[ 73]
onde L(p), M(p), N(p) representam funções adequadas da quanti-
dade de movimento da partícula pesada, seria tão possível como
aquela que escolhemos. Como porém as consequências de ( 10)
parecem estar, até agora, de acordo com a experiência, é certa-
mente preferivel limitarmo-nos provisoriamente à escolha mais
simples.
O essencial é, no entanto, generalizar a expressão (I O) de tal
maneira que, pelo menos, as partículas mais leves possam ser
tratadas relativisticamente. Também nesta generalização não é
naturalmente de excluir uma certa arbitrariedade. A solução mais
simples do problema deve ser a seguinte:
Relativisticamente em vez de 'I' e cp surgem respectiva-
mente quatro funções de Dirac '1' 1 '1'2'1'3 '1'4 e cp 1 fP2cp 3cp4. Consi-
deramos agora as 16 combinações bilineares independentes a
partir de '1' 1 '1'2 '1'3 '1'4 e cp1 'P2 'PJ cp4. Numa transformação de
Lorentz das coordenadas, estas 16 quantidades são sujeitas a uma
transformação linear que é uma representação de ordem 16 do
grupo de Lorentz. Esta representação decompõe-se em várias
representações mais simples; em particular, as quatro combi-
nações bilineares transformam-se

Ao = - 'I' 1 'P2 + '1'2 cp, + '1'3 cp4 - 'I'4 cp3, }


A,= '1'1 cp3- '1'2 cp4- '1'3 cp, + '1'4 fP2, ( li)
A2 = i '1'1 cp3 + i '1'2 cp4 - i '1'3 cp, - i'1'4 fP2,
A3 = - '1'1 cp4 - '1'2 cp3 + '1'3 'P2 + '1'4 cp, ,

como as componentes de um tetravector polar, portanto como as


componentes de um tetrapotencial electromagnético . Isto
sugere-nos agora tomar, no hamiltoniano da partícula pesada, no
lugar que corresponde ao das componentes do tetrapotencial, as
seguintes grandezas

g (QA; + Q* A;).

[ 74]
Aqui deparamos com uma dificuldade, que provém do facto
de não ser conhecida a equação de onda relativista para as
partículas pesadas. No caso de a velocidade da partícula pesada
ser pequena comparada com c, podemos, no entanto, limitar-nos
ao termo análogo a e V (onde V é o potencial escalar) e escrever

H = g [Q (- 'l't Ch + '1'2 <i>t + '1'3 <~>r '1'4 <i>J) +


0 0 (12)
+ Q. (- 'l't Ch. + '1'2° <i>t + '1'3° <1>4°- '1'/ <1>3.)] .

A este termo devem ainda ser adicionados outros cuja ordem


de grandeza é vlc. Uma vez que a velocidade dos neutrões e
protões nos núcleos é normalmente pequena em comparação
com a velocidade da luz, queremos desprezar por enquanto estes
membros (ver sobre este assunto a secção 9).
O hamiltoniano (12) pode ser abreviado, utilizando notação
simbólica

H= g [Q 'if õcp + Q• \jT õcp•], (13)

onde 'I' e <p são matrizes - colunas verticais: o símbolo - trans-


forma uma matriz na sua transposta conjugada; tem-se

õ= ( ~ -~ ~ ~
O O O I
) . (14)

O O -I O
Com estas designações obtém-se por comparação com (9)

onde 'l's e 'Pa representam as funções próprias normalizadas com


quatro componentes do estado s (do electrão) e a (do neutrino).
'\jle 'P devem ser tomadas em (15) na posição da partícula pesada,
portanto como funções de x, y e z.

[ 75 ]
4. Matriz de Perturbação

A teoria do declínio p pode ser desenvolvida, com a ajuda do


hamiltoniano indicado, de um modo completamente análogo à
teoria da radiação. Nesta última, o hamiltoniano consiste, como
é sabido, da seguinte soma: energia do átomo + energia do
campo de radiação livre + energia de acoplamento. O último
termo é considerado uma perturbação dos dois outros. Por analo-
gia, vamos considerar no nosso caso a soma

H pesado + Hleve (16)

como bamiltoniano não perturbado; a este acrescenta-se a pertur-


bação representada pelo termo de acoplamento ( 18). Os estados
quânticos do sistema não perturbado podem ser enumerados do
seguinte modo

onde o primeiro número p toma um dos valores ± l, indicando se


a partícula pesada é um neutrão ou um protão. O segundo
número n refere-se aos estados quânticos do neutrão ou do
protão. Para e= I (neutrão) seja a função própria correspondente

(18)

onde x representa as coordenadas da partícula pesada (a menos


de e). Para e = -l (protão) seja a função própria correspondente

(19)

Os números restantes N 1 N2 ... Ns ... M 1 M2 ... M0 só podem tomar


os valores O ou l, indicando se está ocupado o estado em causa
de electrão ou de neutrino.
Se agora se considerar a forma geral (9) da energia de pertur-
bação, vê-se que ela só possui elementos não nulos para as

[ 76]
transições nas quais a partícula pesada passa de um estado de
neutrão para um estado de protão surgindo, ao mesmo tempo, um
electrão e um neutrino, ou vice-versa.
Com a ajuda de (1), (3), (5), (9), (18), ( 19) encontra-se facil-
mente o elemento de matriz em causa

(20)

onde a integração tem de ser efectuada no espaço de configu-


ração da partícula pesada (a menos da coordenada e). O sinal ±
significa mais precisamente

e não será apresentado nos cálculos seguintes. A transição recíproca


corresponde a um elemento de matriz que é o complexo conju-
gado deste.
Se se introduzir para c5; o valor ( 15), obtém-se

(21)

onde, por uma questão de simplicidade de notação, não são


representados no primeiro membro os índices iguais.

5. Teoria do Declínio f3

Um declínio f3 consiste num processo em que um neutrão do


núcleo se transforma num protão e, ao mesmo tempo, segundo o
mecanismo indicado, são emitidos um electrão, que é observado
como radiação /3, e um neutrino. Para calcular a probabilidade

[ 77]
deste processo, aceitamos que no instante t = Oum neutrão existe
num estado nuclear cuja função própria é u0 (x) e N s = Mcr = O,
i. e., o estado electrónicos e o estado de neutrino a estão vazios.
Então a amplitude de probabilidade do estado (I , n, Os, Ocr) é para
t =o

aln Os O(J = I (22)

e a do estado (-1, m, I 5 , I cr), onde o neutrão se transformou num


protão, cuja função própria é vm (x) , com emissão de um electrão
e de um neutrino, é zero.
Aplicando as fórmulas de perturbação usuais tem-se agora
para um tempo suficientemente pequeno, de modo a que (22)
seja ainda aproximadamente válida,

2 7t i
• - 21ti (23)
a- 1 I I - -
m s CJ
--H
h
lnO O
s cr
- lm Is I(J
e
- - (-W+ Hs+ Kcr)t
h

onde W representa a diferença de energia entre os estados de


neutrão e de protão.
De (23) obtém-se (uma vez que para t = O, a_1m I s 1cr = O)

2 7t i
- - (- W+Hs+Kcr)t
e h -! (24)

A probabilidade da transição considerada é portanto no


instante t

sin2 ..!!.!_ (- W + Hs + Kcr)

a - lm I s I cr
2
= 4
I HlnOs OCJ
- 1m I s lcr
12 h . (25)
I 1 (- W+ Hs + Kcr'fl

[ 78]
Para calcular o tempo de vida do estado de neutrão um temos
de somar a expressão (25) para todos os estados de electrão e de
neutrino livres.
Uma simplificação essencial na realização da soma obtém-se
a partir da observação de que o comprimento de onda de De
Broglie para electrões e neutrinos com energias de alguns
milhões de electrões-volt é bastante maior do que as dimensões
nucleares. Em primeira aproximação, podem considerar-se
portanto as funções próprias VIs e <f>cr no interior do núcleo como
constantes. A expressão (21) toma-se então

(26)

onde aqui e no que se segue VIs e <f>cr devem ser tomadas na


posição do núcleo (ver a secção 8). De (26) tem-se

Os estados cr do neutrino são identificados pela sua quanti-


dade de movimento Pcr e pela orientação do seu spin. Se, para
efeitos de normalização, efectuarmos a quantificação num
volume D, cujas dimensões fazemos depois tender para o
infinito, as funções próprias normalizadas do neutrino são
ondas planas de Dirac, com densidade 1/D. Uma manipulação
algébrica simples permite então em (27) tomar o valor médio
sobre todas as direcções de Pcr e todas as orientações de spin do
neutrino. (Apenas se devem considerar os valores próprios posi-
tivos; os negativos podem ser tratados com a ajuda de um método
análogo ao da teoria dos buracos de Dirac.) Encontra-se:

[ 79]
onde 11 é a massa em repouso do neutrino e pé a matriz de
Dirac

ol oo oo ) (29)
O -I O
O O -I

Repare-se agora que:


- o número de estados de neutrino de energia positiva com
quantidade de movimento entre Pa e Pa + dpa é 8 1t D p 2 dp ·
h3 (J (J >

- ~Ka = Va, onde Va é a velocidade do neutrino no estado


cr; 'Pa
- (25) tem um máximo pronunciado nas proximidades do
valor de Pa para o qual a variação da energia não perturbada é
nula, i.e.

- W + Hs + Ka = O (30)

Assim, pode efectuar-se, como é sabido<1>, a soma de (25)


sobre cr, encontrando-se

onde Pa significa o valor da quantidade de movimento do


neutrino, para o qual a eq. (30) é válida.

c>l Para a descrição precisa do método de realizar essas somas, ver qualquer
obra sobre teoria da radiação, por exemplo, E. Fermi, Rev. Mod Phys. 4, 87,
1932.

[ 80]
6. Determinação da Probabilidade de Transição

A eq. (31) dá a probabilidade de que, durante o tempo t,


tenha lugar um declínio f3 com transição do electrão para o
estado s. Como era de esperar, esta probabilidade é propor-
cional ao tempo t (supõe-se que t é pequeno em comparação
com o tempo médio de vida); o coeficiente de t dá a probabili-
dade de transição para o processo em causa. É

(32)

Note-se que:

a) Para os estados livres de neutrino tem-se sempre K 0 > Jlc2.


Para que (30) possa ser satisfeita, é portanto necessário que

(33)

O símbolo = corresponde ao limite superior do espectro de


radiação f3 contínuo.

b) Uma vez que para os estados de electrão livre se tem


H 5 > mc2, obtém-se a seguinte condição necessária para a possi-
bilidade de declínio f3

W?. (m + Jl) c2. (34)

Para que o processo f3 se possa realizar, um estado de neutrão n


ocupado no núcleo tem portanto de ter uma energia suficiente-
mente maior do que um estado de protão não ocupado m.
c) De acordo com (32) Ps depende das funções próprias um
vm da partícula pesada no núcleo por meio do elemento de
matriz

[ 81 ]
Q•mn= Jv•m un d -r . (35)

Este elemento de matriz desempenha na teoria da radiação


{3 um papel semelhante ao do momento eléctrico de um átomo
na teoria da radiação. A ordem de grandeza do elemento de
matriz (35) é normalmente I ; devido a propriedades especiais
de simetria de une vm pode, porém, acontecer muitas vezes que
Q•mn se anule. Falamos então de transições {3 proibidas. Não
se tem evidentemente de esperar que as transições proibidas
sejam totalmente inexistentes, uma vez que (32) é uma
fórmula aproximada. Discutiremos na secção 9 este tipo de
transições.

7. A Massa do Neutrino

A forma do espectro {3 contínuo fica determinada por meio da


probabilidade de transição (32). Queremos discutir em primeiro
lugar como é que esta forma depende da massa em repouso ~ do
neutrino, para poder determinar esta constante por comparação
com a curva empírica. A massa está contida no factor p20 /v0 .
A dependência da forma da curva de distribuição de energia em
~ é mais pronunciada perto do ponto terminal da curva de
distribuição. Se E 0 for a energia limite da radiação {3, vê-se facil-
mente que a curva de distribuição para energias E nas proximi-
dades de E 0 se comporta como

p:: = :3 ~c2 + E0 - E) Y(E 0- E) 2 + 2~c2 (E0 -E) (36)

a menos de um factor independente de E.


A Fig. I representa o fim da curva de distribuição para ~ = O
e para valores um pequeno e outro grande de ~· A grande seme-
lhança com as curvas empíricas é mostrada pela curva teórica
para~ = O.

[ 82]
Eo

Fig. I.

Chegamos, portanto, à conclusão de que a massa em repouso


dos neutrinos ou é zero ou é muito pequena em comparação com
a massa dos electrões<6l . Nos cálculos seguintes vamos introduzir
a hipótese mais simples de 11 = O. Então (30) fica

v0 = c; K0 = Pa c ; p 0
Kc,
=-=
W- H.
(37)
c c

As inequações (33), (34) tomam-se agora

H. ~ W ; W~mc2 . (38)

E a probabilidade de transição (32) toma a forma

(39)

16> Numa nota publicada recentemente (C. R. 197, 1625, 1933), F. Perrin

chegou à mesma conclusão usando raciocínios qualitativos.

[ 83]
8. Tempo de Vida e Forma da Curva de Distribuição para
Transições "Permitidas "

De (39) pode deduzir-se uma fórmula que indica quantas


transições se realizam por unidade de tempo, nas quais a
particula f3 recebe uma quantidade de movimento compreendida
entre mCT) e mc(T) + dT)). Para isso, tem de ser deduzida uma
fórmula para a soma de 'lfs'l's• na posição do núcleo, sobre todos
os estados quânticos do intervalo em causa, que se situam no
espectro contínuo.
Note-se que as funções próprias relativistas no campo coulom-
biano para os estados comj = lf2 (2 s 1; e 2 p 1;) se tomam infini-
2 2
tamente grandes para r = O. Agora, porém, a atracção nuclear
para os electrões obedece à lei de Coulomb apenas até r> onde e,
e representa o raio nuclear. Um pequeno cálculo mostra que, se
se fizerem suposições plausíveis sobre a forma do campo eléctrico
dentro do núcleo, a quantidade 'iís 'l's terá no ponto central um
valor muito próximo do que seria tomado por 'iís 'l's no caso da
lei de Coulomb à distância edo centro.
Utilizando as fórmulas conhecidas(7J para as funções próprias
relativistas do contínuo no caso semelhante do hidrogénio encon-
tra-se portanto, depois de um cálculo bastante longo,

~,
I 'iís'l' = <hl- 321t m3 c3 (41t me e ) ll2+2S e
2S
Ir'( --'11-
dl] s h3 [r(3 + 2S)]2 h

~)1 ,
2

lr(l+S+iy (40)

onde
y= i
1 7
;S= Yl-y - l
2
(41)

l7l R. H. Hulme, Proc. Roy. Soe. London (A) 133,381 , 1931.

[ 84]
A probabilidade de transição para um estado electrónico com
uma quantidade de movimento no intervalo mcd11 toma-se então,
de acordo com (39)

-1l 2 +2s e ~
1t"'f --11- I r ( 1+ 112 )
1 +S+ty ·Vr.-:-::::,
11
1
2

(v + ,~ - v
1 I+ 112 ) ' (42)

onde 1lo representa a quantidade de movimento máxima da radia-


ção f3 emitida, medida em unidades me.
O cálculo numérico de (42) pode ser efectuado, por exemplo,
para y = 0,6, i. e., Z = 82,2, uma vez que os números atómicos da
matéria radioactiva não se afastam muito deste valor. Para y = 0,6
tem-se, segundo (41 ), S = - 0,2. Encontra-se ainda que para 11 < I O
a seguinte fórmula é aproximadamente válida:

A fórmula (42) toma-se, assim, quando se faz e= 9.1Q-13 :

(44)

[ 85]
O tempo de vida recíproco é obtido a partir de (44) inte-
grando de 11 = Oa 11 = 110; obtém-se:

onde

F(110) =~ (~ - 1) + 11~- 11õ + 0,355


3 o 12 3

Para pequenos argumentos F(11o) comporta-se como 11g /24;


para argumentos maiores os valores de F encontram-se
reunidos na seguinte Tabela:

Tabela 1
11o F (11o) 11o F (11o) 11o F (11o) 11o F (11o)
o 11g/24 2 1,2 4 29 6 185
1 0,03 3 7,5 5 80 7 380

9. Transições Proibidas

Antes de passarmos à comparação com a experiência,


pretendemos ainda discutir algumas características das tran-
sições f3 proibidas.
Como já foi referido, uma transição é proibida quando se
anula o elemento de matriz correspondente (35). No caso da
representação do núcleo por estados quânticos individuais de

[ 86]
neutrões e de protões ser uma boa aproximação, O •mn anula-se
sempre por razões de simetria, quando não se tem

i = i' ' (47)

onde i e i' representam os momentos da quantidade de movi-


mento (em unidades 2~ ) do estado neutrónico une do estado
protónico vm. A regra de selecção (47) corresponde, no caso em
que os estados individuais não são uma boa aproximação, à
regra mais geral

1 = 1' , (48)

onde I e I' significam os momentos da quantidade de movi-


mento do núcleo antes e depois do declínio {3.
As regras de selecção (47) e (48) estão muito longe de ser tão
bem definidas como as regras de selecção da óptica. Existem
principalmente dois processos que permitem uma quebra destas
regras de selecção:

a) A fórmula (26) foi obtida desprezando as variações de 'l's


(/)0 no interior do núcleo. No caso de 'l's e (/)0 não serem

considerados constantes no interior do núcleo, tem-se que


são possíveis transições f3 também em casos onde Q •mn se
anula.

É fácil ver que a intensidade de tais transições está aproxi-


madamente para a intensidade dos processos permitidos como
(e/}..)2, onde À. representa o comprimento de onda de De Broglie
das partículas leves. Note-se ainda que, para igual energia, a
energia cinética dos electrões nos núcleos é, em virtude da
atracção electroestática, bastante maior do que a dos neutrinos; a
maior acção provém portanto da variação de 'l's· Uma estimativa
da intensidade destes processos proibidos mostra que eles têm de

[ 87]
ser cerca de l 00 vezes mais fracos do que as transições permiti-
das por (48), das quais são emitidas partículas f3 da mesma
energia.
Uma propriedade das transições proibidas deste tipo é não
apenas o seu tempo de vida comparativamente maior, mas também
a forma diferente da curva de distribuição de energia da radiação
{3; verifica-se nomeadamente que, para tais transições, a curva de
distribuição para pequenas energias tem de ser mais baixa que no
caso normal.

b) Uma segunda possibilidade de transições proibidas por (48)


segue-se do facto referido no final da secção 3 de que, no
caso de não ser desprezável a velocidade dos constituintes
nucleares em comparação com a velocidade da luz, se
acrescentam novos termos, cuja ordem de grandeza é v/c,
ao termo de interacção (12). No caso, por exemplo, de
também se tomar uma equação de onda relativista do tipo
de Dirac para as partículas pesadas, podia por exemplo
somar-se a (12) termos como

gQ (CX.A 1 + t;A 2 + azA 3) +complexo conjugado, (49)


onde a. c; lXz são as matrizes de Dirac para a partícula
pesada e A I> A 2 , A 3 as componentes espaciais do tetravec-
tor definido por (II). O termo (49) estaria para ( 12) na
mesma relação que os termos e V ou e (a, U) (V = poten-
cial escalar; U = potencial vectorial) para o hamiltoniano
de Dirac.

Um termo de interacção como (49) possibilitaria também


transições proibidas, com uma intensidade relativa da ordem de
grandeza (v/c)2 em relação às transições permitidas. Isto dá,
portanto, uma outra possibilidade para a existência de transições
que são cerca de l 00 vezes mais fracas do que as normais.

[ 88]
I O. Comparação com a Experiência

A fórmula (45) fornece uma relação entre a quantidade de


movimento máxima da radiação f3 emitida e o tempo de vida da
substância que radia {3. Nesta relação aparece, de facto, ainda um
elemento desconhecido, nomeadamente o integral

(50)

para cujo cálculo seria necessário um conhecimento das funções


próprias do protão e do neutrão. No caso das transições permiti-
das a ordem de grandeza de (50) é porém 1. Pode portanto
esperar-se que o produto

't F (1'\o) (51)

tenha a mesma ordem de grandeza para todas as transições permi-


tidas. Contudo, no caso de a transição correspondente ser proibida,
o tempo de vida é cerca de I 00 vezes maior do que no caso normal,
sendo o produto (51) também correspondentemente maior.
Na Tabela 2 estão reunidos os produtos (51) referentes aos
elementos radioactivos, para os quais existem dados suficientes
sobre o espectro f3 contínuo.
Tabela 2
Elemento -r (horas) 1'\o F (1'\o) -r F (1'\o)
u x2 0,026 5,4 115 3,0
RaB 0,64 2,04 1,34 0,9
Th B 15,3 1,37 0, 176 2,7
Th C" 0,076 4,4 44 3,3
Ac C" 0, 115 3,6 17,6 2,0
RaC 0,47 7,07 398 190
RaE 173 3,23 10,5 1800
ThC 2,4 5,2 95 230
Ms Th 2 8,8 6,13 73 640

[ 89]
Da Tabela reconhecem-se imediatamente os dois grupos
esperados; uma tal divisão já foi, aliás, assinalada por Sargent<8>,
seguindo uma via empírica. Os valores de Tio são tomados do
trabalho referido de Sargent (para comparação, repare-se que:
Tio = (He)max / 1700). Os valores de Tio considerados por Sargent
como incertos não se adequam bem à divisão; para uxl tem-se
't = 830; Tio= 0,76; F (Tio) = 0,0065; 't F (Tio)= 5,4; este elemento
parece portanto adequar-se ao primeiro grupo. Para AcB têm-se os
seguintes dados: 't = 0,87; Tio = I ,24; F (Tio)= O, I02; 't F (TJ 0) = 0,09,
portanto um valor de 't F cerca de I Ovezes mais pequeno do que
os do primeiro grupo. Para RaD tem-se 't = 320 000; Tio = 0,38
(muito incerto); F (TJo) = 0,00011 ; 't F (TJo) = 35. RaD está,
portanto, aproximadamente entre ambos os grupos. Não encon-
trei nenhuns dados sobre os outros elementos emissores de radia-
ção f3 MsTh 1, UY. Ac, AcC, UZ, RaC".
A partir dos dados da Tabela 2 pode fazer-se uma estimativa,
ainda que grosseira, da constante g. Se se aceitar que em casos
onde (50) é igual a um, se tem 't F (TJo) = I (i. e. , em segundos = 3600),
obtém-se de (45)
g = 4.JQ-50 cm3 erg.

Este valor apenas dá evidentemente a ordem de grandeza de g.

2 3 4 5 6 7 I)

Fig. 2.

1' 1 8. W. Sargent, Proc. Roy. Soe. London (A) 139, 659, 1933.

[ 90]
Em resumo, pode dizer-se que desta comparação entre teoria
e experiência resulta uma concordância tão boa quanto se pode-
ria esperar. Os desvios que se manifestam nos elementos experi-
mentalmente incertos Rad e AcB podem ser explicados em parte
por imprecisão das medidas e em parte, também, por flutuações
anormalmente grandes mas não totalmente implausíveis dos
elementos de matriz (50). Deve ainda notar-se que se pode
concluir, a partir da radiação y que acompanha o declínio /3, que
a maior parte dos processos de declínio f3 poderiam conduzir a
vários estados finais do protão. Assim, mais uma vez flutuações
do valor 't F(Tio) podem ser explicadas.
Viramo-nos agora para a questão da forma da curva de
distribuição de velocidades da radiação /3. Para o caso das tran-
sições permitidas, a curva de distribuição como função de TI {i. e.
a menos do factor 1700, de H e) é dada por (44). A Fig. 2 mostra
curvas de distribuição para vários valores de Tio, onde por como-
didade de desenho a unidade de ordenadas foi escolhida de forma
adequada nos vários casos. Estas curvas mostram uma seme-
lhança satisfatória com as curvas reunidas por Sargent<9>. Só na
parte da curva a baixas energias é que as curvas de Sargent são
um pouco mais baixas do que as teóricas. Isto pode ver-se mais
claramente na Fig. 3, onde foi tomada como abcissa a energia em
vez da quantidade de movimento. Tem-se aqui, no entanto, de
notar que o conhecimento experimental da lei de distribuição é
particularmente inseguro a baixas energias00>. De resto, deve
esperar-se para transições proibidas, também teoricamente,
curvas que, na região das pequenas energias, sejam mais baixas
do que as das Figs. 2 e 3. Este último ponto deve ser atendido em
especial para o caso da curva do RaE, bem conhecida do ponto

!'l B. W. Sargent, Proc. Cambridge Phil. Soe. 28, 538, 1932.

(")Ver, por exemplo, E. Rutherford, B. Ellis e J. Chadwick, Radiations from


Radioactive Substances, Cambridge, 1932. Ver em especial a p. 407.

[ 91 ]
de vista experimental. Da Tabela 2 vê-se nomeadamente que RaE
tem um ·grande valor de t F (11 0) ; o declínio f3 do RaE é portanto
certamente proibido, sendo apenas permitido possivelmente em
segunda aproximação. Espero numa próxima comunicação poder
afirmar algo mais preciso sobre a forma das curvas de
distribuição de energia para as transições proibidas.

2 3 4 5 6E/mc1

Fig. 3.

Em resumo, pode dizer-se que a teoria na forma aqui dada


está de acor9o com os dados experimentais que, todavia, nem
sempre são muito precisos. De resto, se resultarem paradoxos de
uma comparação mais pormenorizada entre teoria e experiência,
seria ainda possível modificar a teoria, sem tocar nos seus
conceitos fundamentais. Poder-se-ia, nomeadamente, conservar
a equação (9) e fazer uma outra escolha dos C80 • Isto poderia em
especial conduzir a uma modificação da regra de selecção (48)
e resultar numa outra forma da curva de distribuição de energia
assim como da dependência do tempo de vida na energia
máxima. Contudo, a necessidade de uma tal modificação só
pode ser evidenciada por meio de um maior desenvolvimento da
teoria e, talvez também, por um maior refinamento dos dados
experimentais.

[Tradução de Carlos Fiolhais]

[ 92]
Sobre o Desvio de Moléculas de Hidrogénio
num Campo Magnético e o Momento Magnético do Protão. I
(Trabalhos de investigação acerca de métodos de feixes moleculares no Instituto
de Química-Física da Universidade de Hamburgo. N.• 24)<'1

Por R. fRISCH e O. STERN, de Hamburgo


(Submetido em 27 de Maio de 1933)

[Zeitschrift for Physik, 85, 4( 1933)]

Usando o método de Gerlach e Stern, separaram-se num campo mag-


nético feixes de moléculas de hidrogénio, tendo-se assim determinado
os seus momentos magnéticos. No caso do para-hidrogénio, as medidas do
momento magnético resultante da rotação molecular forneceram um
valor de cerca de I magnetão nuclear (l/1840 do magnetão de Bohr) por
quantum de rotação. As medidas realizadas em orto-hidrogénio deram
corno resultado para o momento magnético do protão valores de 2 a 3
magnetões nucleares (e não de 1 magnetão nuclear como até aqui se
supunha).

Nos trabalhos anteriores deste Instituto, desde sempre<2> se fez


notar que o método dos feixes moleculares abre a possibilidade
de medir momentos muito pequenos, não acessiveis por outras
técnicas. O trabalho de Knauer e Stern<3> representa a primeira
tentativa neste sentido, tendo obtido para o momento magnético
da molécula de H20 um valor da ordem de grandeza esperada
(~111 000 do magnetão de Bohr). Mas enquanto naquela altura a

<'1N. do T.: Esta série de relatórios internos tem o nome alemão "Untersuchun-
gen zur Molekularstrahlmethode", de que resulta a abreviatura "U. z. M." usada
nas referências e no texto.
<'J Já no trabalho de O. Stern, U. z. M. Nr. I; publicado em Zeit.f Phys. 39,
751, 1926.
<'1 F. Knauer e O. Stern, U. z. M. Nr. 3; publicado em Zeit. f Phys. 39, 780,
1926.

[ 93 ]
simples medida da ordem de grandeza só foi possível recorrendo
a um artificio (o multiplicador de intensidade), o desenvolvimento
entretanto conseguido no domínio dos feixes moleculares, em
particular o método da medida de intensidades<•>, veio abrir a pos-
sibilidade de realizar medidas quantitativas desses pequenos
momentos.
O estudo da molécula de H 2 tinha sido sugerido há já muito
tempo pelas razões que a seguir se expõem. Em primeiro lugar, a
medida no H 2 deveria ser, do ponto de vista experimental, par-
ticularmente fácil de executar: de facto, podem utilizar-se feixes
moleculares de H 2 a muito baixa temperatura, do que resultam
desvios muito grandes, pois tais desvios são inversamente pro-
porcionais à temperatura absoluta; além disso, existia neste
Instituto um método quantitativo de alta sensibilidade, justa-
mente adequado à medida das intensidades de feixes de hidrogé-
nio, bem conhecido e muitas vezes testado. Em segundo lugar, as
medidas com hidrogénio são também particularmente interes-
santes do ponto de vista teórico, nomeadamente a partir da
descoberta do oito-hidrogénio e do para-hidrogénio. Em espe-
cial, trata-se da oportunidade de realizar uma medida do
momento magnético do protão, grandeza até agora não acessível
experimentalmente e que desperta um interesse muito particular,
dada a sua natureza de propriedade da carga positiva elementar.
O spin<s> do protão é conhecido com grande precisão, sendo o
seu valor igual ao do electrão, _l_ _h_ . O momento magnético
2 2n
do electrão é 2 .....!!.._·_!_·...!!_(um magnetão de Bohr= 0,9.1G-20
2mc 2 2n
unidades CGS para um electrão, ou = 5600 unidades CGS por

1'l F. Knauer e O. Stern, U. z. M. Nr. 10; publicado em Zs. f Phy s. 53, 766,

1929; J. B. Taylor, U. z. M. Nr. 14; publicado em Zs. f Phys. 57,242, 1929.


l'l N. do T: Note-se a nomenclatura do original : "Das mechanische Moment

des Protons", à letra "momento mecânico do protão".

[ 94]
mole); admitindo que esta fórmula é válida para o momento
magnético do protão (uma hipótese que é sugerida pela teoria de
Dirac do electrão), este seria multiplicado por um factor igual à
razão das massas, ou seja, 1840 vezes menor (0,5.1 Q-23 unidades
CGS para um protão, ou 3 unidades CGS por mole). No que se
segue mantemos a designação anterior (U. z. M. Nr. 1) de mag-
netão nuclear.
O objectivo imediato do presente trabalho era, portanto, o
estudo do hidrogénio, tendo como meta a determinação do
momento do protão. Para tanto, tornou-se necessário desenvolver
uma aparelhagem capaz de medir momentos da ordem de gran-
deza do magnetão nuclear. As medidas de tais momentos mag-
néticos são importantes, em primeiro lugar para dar resposta a
questões sobre a estrutura nuclear, podendo ainda servir para
controlar, e até melhorar, as determinações da estrutura hiperfina
de linhas espectrais. Existem, além disso, outros casos em que
surgem momentos da mesma ordem de grandeza, como, por
exemplo, a rotação de moléculas, os momentos diamagnéticos,
etc.
O Sistema Experimental. O dispositivo experimental usado foi o
que é comum utilizar-se para o estudo dos desvios magnéticos de
feixes moleculares. Porém, atendendo ao pequeno momento
magnético do feixe em causa, o conjunto era particularmente
longo e estreito, ao mesmo tempo que a inomogeneidade do campo
magnético era especialmente elevada, sendo portanto muito
pequena a altura do feixe, de modo a obterem-se desvios facil-
mente mensuráveis. A Fig. I dá-nos uma vista geral esquemática
do conjunto. O comprimento total do feixe é de 30 cm, sendo de
escassos 15 cm a distância entre a fenda colimadora do forno e a
fenda de entrada na zona do campo magnético; a região de
campo magnético estende-se por 1Ocm e a distância entre o fim
desta região e a fenda de entrada no detector é de 5 cm. As peças
polares do magnete que produzem o campo inomogéneo têm as

[ 95 ]
Fenda do fomo I I Detector I
v
campo magnético
111
Fenda de entrada no Campo
magnético'
I
u
Corte transversal
dos pólos do magnete
e do feixe
Fig. I.

formas habituais, gume-sulco, sendo de 1 mm a largura do sulco e


de 0,5 mm a distância do gume ao plano superior do sulco. A ino-
mogeneidade assim conseguida aH/as é de 2,2.1os gauss por cen-
tímetro.
O desvio calcula-se a partir destes dados, através da relação:

S = l. (2 = _! M aH ..!!._ = _M_ aH (l ( M = 3 CGS )


a 2 g 2 M as a2 4RT as R = 8,3 • J0-7 •
(l = 200

Sendo a temperatura do feixe de 90 graus absolutos, as moléculas


com a velocidade mais provável a sofrem um desvio de 0,044 mm
por magnetão nuclear. Usaram-se feixes de diferentes larguras, até
um mínimo de 0,03 mm. Uma vez que os feixes não eram
monoenergéticos, antes apresentando uma distribuição de Maxwell,
e que a imagem obtida é bastante complicada, não se conseguiu
uma verdadeira separação de feixes, havendo assim que deduzir,
a partir da distribuição de intensidade das moléculas desviadas, o
valor do momento magnético procurado.
Devido ao percurso longo e à pequena altura do feixe, a sua
intensidade era extraordinariamente pequena: num detector com
uma fenda ideal, o aumento de pressão causado pela incidência
directa do feixe era de 2.1o-smm, correspondendo a uma elonga-
ção de 1,6 cm do galvanómetro. Foi por isso necessário usar o
habitual artificio de fazer incidir o feixe sobre a fenda do detector
segundo um canal, tendo-se feito particularmente grande a relação

[ 96]
entre o comprimento e a largura do canal. O factor x de que por este
meio se fez aumentar a pressão foi de cerca de 50, resultando numa
elongação de 80 cm, o que é suficiente mesmo para as moléculas
desviadas. Contudo, o valor elevado do factor x conjugado com a
reduzida abertura da fenda fez com que aumentasse demasiado o
tempo necessário para atingir a pressão de equilíbrio no manóme-
tro. Em manómetros vulgares, com um volume de cerca de 20 cmJ,
esse tempo era de cerca de meia hora, pelo que foi necessário cons-
truir manómetros de muito menor volume. Os manómetros por nós
utilizados tinham apenas 1/2 cm3, o que permitiu diminuir aquele
tempo de um factor de 40, reduzindo-o a 3/4 de minuto.
Detalhes Experimentais (ver Figs. 2 e 3). O "forno", fonte do
feixe, era constituído por um tubo de cobre em cuja base anterior
estava instalada a fe~~:da através da qual as moléculas de H 2 saíam
para o vácuo. O abastecimento de H2 fazia-se pela outra extremi-

Fole

Recipiente
de congelação

de vidro .

Bomba de vazio

Bomba de vazio
Fig. 2 -Corte longitudinal no plano da separação.

[ 97]
Fenda de entrada no
campo magnético
Peça de pressão

Placa de vidro

Zona do detector Zona do magnete Zona do magnete Zona do fomo

Fig. 3 - Corte longitudinal no plano perpendicular ao da separação.

dade do cilindro, através dum tubo de cristofle fino (para isola-


mento térmico do fomo) fixo numa extremidade à caixa do apa-
relho. Um ramo lateral, em tubo de chumbo maleável, fazia a liga-
ção à garrafa de H2. Na outra extremidade do tubo de cristofle
estava colada uma janela de vidro que permitia iluminar a fenda
do fomo por detrás. A elasticidade do tubo de cristofle tomava
possível a transmissão de pequenos deslocamentos laterais ou
verticais ao fomo por meio de dois parafusos micrométricos.
Para possibilitar o arrefecimento do fomo , estava-lhe soldado
um conjunto de fios de cobre (com uma secção total de ~ 20 mm2
e um comprimento de cerca de 2 cm). A outra extremidade encon-
trava-se soldada com "metal de Wood''<6> a um receptáculo de
cobre que, por sua vez, se encontrava ligado ao fundo de um reci-
piente de cristofle que se podia encher com ar líquido. Era o "metal
de Wood" fundido que garantia o bom contacto térmico necessário.
A cerca de 6 mm da fenda do fomo encontrava-se a f enda
colimadora, pelo que as moléculas saídas do fomo só tinham de
percorrer essa pequena distância na zona do fomo, onde a

<•> N. do T : Metal de Wood é a designação genérica usada para ligas metáli-


cas de baixo ponto de fusão.

[ 98]
pressão era relativamente elevada (algumas vezes I Q-4 mm).
Na zona intermédia, por detrás da fenda colimadora, o vácuo era
bastante melhor (I a 2 . lo-s mm). Como a fenda colimadora tinha
a mesma largura da fenda do fomo, apenas 0,02 mm, um even-
tual alargamento do feixe devido à dispersão dentro da zona do
fomo não tinha consequências. De certo modo pode imaginar-se
a fenda colimadora como a verdadeira fonte do feixe; de facto,
dado o valor ínfimo da pressão na zona intermédia, o feixe nessa
região não é afectado. Mercê desta técnica, foi possível obter
feixes cuja distribuição de intensidades ("forma") correspondia
quase exactamente à disposição geométrica das fendas e, sobre-
tudo, era praticamente isenta de caudas. Para que o feixe fosse o
menos perturbado possível por moléculas reflectidas, deu-se a
forma de bico à fenda colimadora (Fig. 4). As lâminas de aço
polidas apertadas uma contra a outra, que constituíam a fenda,
eram mantidas à distância correcta (0,02 mm) por pedaços de folha
de platina; lateralmente essas peças eram fechadas por folha de alu~
mínio betumada com Picein(7). Uma vez colocada na sua posição
correcta (ver adiante, onde se referem os ajustes) e aparafusada,
a fenda não podia depois deslocar-se durante as experiências.
A fenda de entrada na região do campo magnético estava
construída de modo a poder-se alterar a sua largura durante as

Fig. 4 - Fenda colimadora.

<n N. do T. : Picein: nome de uma gordura pastosa usada na época para vedar
ligações de vácuo.

[ 99]
Fig. 5 - Fenda de entrada no capo magnético.

experiências. Isso facilitava a localização do feixe. Por outro lado,


veio a revelar-se muito útil, uma vez que se podiam fazer experiên-
cias de separação com feixes de diferentes larguras sem grande
perda de tempo. As duas faces da fenda foram montadas sobre
uma lâmina metálica em mola (Fig. 5), podendo ser pressionadas
uma contra a outra por meio duma peça adequada, até se tocarem.
A mola e a peça de pressão estavam paradas, para deixarem pas-
sar o feixe. Essa peça encontrava-se na extremidade duma ala-
vanca interfixa, sobre cujo braço maior actuava um parafuso
micrométrico. Podia assim fazer-se um ajuste muito fmo entre os
0,2 mm e um valor ínfimo de abertura da fenda.
A fenda de entrada no detector, tal como a fenda do fomo,
tinha 0,02 mm de largura e 0,5 mm de altura. Tinha porém a
forma de um canal com 4 mm de comprimento, conforme mostra
a Fig. 6. Com estes dados pode calcular-se o factor .x<8>

X=_!_ 1 ~ 45
b 0,5 + 2,3 log (2alb)

Invólucro de aperto

~ Folha de platina
Fig. 6 - Fenda do detector desmontada. Fig. 7 - Manómetro de medida.

<•l Calculado segundo M. v. Smoluchowski, Ann. d. Phys. 33, 1559, 1910.

[ 100]
(b = largura; a = altura; l = comprimento da fenda) . O valor
invulgarmente elevado deste factor x (até aqui raramente se
usaram valores maiores que 10), conjugado com a pequena aber-
tura da fenda, exigiu a construção de manómetros de volume
muito pequeno, como já atrás se referiu.
O manómetro de medida era constituído por um tubo de
latão de 2 mm de diâmetro e cerca de 11 cm de comprimento, ao
longo de cujo eixo se encontrava esticada uma tira de níquel de
3 x 50 f.l, com 1Ocm de comprimento, que, aquecida, funcionava
como fio sensor. As ligações deste fio, feitas em fio de platina
(uma delas enrolada, constituindo uma mola que esticava o fio
sensor), saíam para o exterior através de rolhas cónicas de latão
enfiadas em ambas as extremidades do tubo de latão e isoladas
deste por anéis finos de Galalith. A fenda colimadora de entrada
no detector encontrava-se adaptada a um orifício lateral do manó-
metro. O manómetro de medida e o habitual manómetro de com-
pensação, exactamente iguais, estavam soldados um ao outro a
todo o comprimento, a fim de garantir o seu equilíbrio térmico.
Os manómetros estavam aparafusados ao fundo de um recipiente
de arrefecimento em cobre que se enchia de ar líquido para rea-
lizar as medidas, a cuja parte superior estava ligado um tubo com-
prido de cristofle. Para os proteger do calor irradiado pelo exte-
rior, os manómetros encontravam-se envolvidos por um tubo em
cobre, também aparafusado ao fundo do mesmo recipiente, munido
de um orifício para permitir a chegada do feixe à fenda do detector.
Para se poder medir a distribuição de intensidade do feixe,
era necessário deslocar-se o detector lateralmente através dele;
como esse deslocamento era de apenas alguns décimos de
milímetro, foi possível tirar partido da pequena elasticidade do
tubo de cristofle. O deslocamento era realizado através de um
parafuso micrométrico e de uma pequena cavilha, aguçada nas
duas pontas para diminuir o atrito e a transmissão de calor. Para
evitar um possível desvio dos manómetros perpendicularmente

[ 1OL ]
àquele deslocamento (na direcção do feixe, portanto), eles moviam-
-se apoiados numa pequena barra de vidro de extremidades afiadas.
Para compensar a contracção do recipiente de arrefecimento
e dos próprios manómetros (cerca de I mm), resultante do arre-
fecimento, era possível deslocá-los segundo a sua altura. A peça
exterior, em tubo de latão, que servia de suporte ao recipiente de
arrefecimento era, por isso, constituída por duas partes ligadas por
um fole metálico. A parte superior estava ligada por quatro peque-
nas barras a um anel que se podia deslocar livremente ao longo da
parte inferior; este anel apoiava-se por sua vez sobre uma grande
porca que ao rodar o deslocava segundo a altura (ver Fig. 2).
O campo magnético inomogéneo era criado por duas peças pola-
res cuja forma e dimensões se mostram na Fig. 8. Nos topos estas
peças estavam aparafusadas a dois pratos de latão, onde por sua
vez se encontravam também aparafusados os invólucros das partes
adjacentes; por cima e por baixo as peças polares estavam fecha-
das por placas de vidro betumadas com Picein; todas as outras
juntas foram igualmente fechadas com Picein fundido. Com esta
construção simples conseguiu-se uma estanquicidade conveniente,
com a vantagem adicional de, através das placas de vidro, se
poderem observar as peças polares em todo o seu comprimento.
Os invólucros restantes (ver Figs. 2 e 3), nomeadamente os da
zona do forno, da zona intermédia e da zona do detector tinham

Fig. 8 -Campo magnético.

[ 102]
rebordos, providos de anéis de vedação de borracha, através dos
quais se ligavam entre si e à zona do campo magnético. A zona
do forno continha o fomo acima descrito com os dispositivos de
arrefecimento e de deslocamento, bem como um recipiente para
fixar vapores por congelação; esta zona era bombeada com uma
bomba mecânica de três estágios (velocidade de bombeamento
com o tubo de ligação, 1O litros por segundo para o ar, corres-
pondendo a 36 litros por segundo de H2). A zona intermediária
estava concebida de modo a permitir a realização de experiências
com um feixe "monoenergético"; para tal podia até instalar-se
um sistema de discos dentados rodando a velocidade elevada,
que apenas permitia a passagem de moléculas dentro de uma
gama estreita de velocidades. Esta zona era por isso bastante
espaçosa (9 cm de diâmetro) passando o feixe muito perto da
parede (a cerca de 1 cm). Na presente experiência trabalhou-se
sem esse "monocromador"; em seu lugar instalou-se apenas uma
placa em que estava montada a fenda colimadora. Esta fenda
penetrava na zona do fomo através de um orificio aberto na
parede intermediária; o espaço entre esta parede e a placa que
suportava a fenda colimadora foi vedado com "gordura de
Ramsay"<9>de modo que a fenda colimadora era a única abertura
entre a zona intermédia e a zona do forno. A zona intermédia
também continha um recipiente de arrefecimento. Esta zona era
evacuada por outra bomba (velocidade de bombeamento, com a
tubagem e a trapa, cerca de I litro por segundo para o ar). A zona
do campo magnético e a zona do detector eram bombeadas por
uma terceira bomba, de velocidade de bombeamento semelhante;
como estas duas zonas comunicavam com a zona intermédia por
um pequeno canal (cerca de I mm de diâmetro e 2 mm de com-
primento) podia manter-se um certo diferencial de pressão

<•l N. do T : A gordura de Ramsay é uma outra gordura de vácuo, de ponto de


fusão elevado.

[ 103 ]
durante as medidas. A fenda de entrada na região do campo mag-
nético encontrava-se mesmo junto ao magnete. Além dos manó-
metros já atrás descritos, existia na zona do detector uma lingueta
accionada electromagneticamente e destinada a interromper o
feixe ; esta lingueta estava instalada na extremidade de uma ala-
vanca, existindo na outra extremidade, a uma distância suficiente
do campo magnético, uma massa de ferro.
Os ajustes fizeram-se em parte por meios ópticos e em parte
com o próprio feixe molecular. Em primeiro lugar fixou-se a
fenda de entrada ao magnete, de modo que a sua linha média se
encontrasse entre o plano do sulco e o cutelo, cerca de O, I mm
acima do plano do sulco; esta operação realizou-se com a ajuda
de um microscópio. Procedeu-se depois à montagem da zona
intermédia e da fenda colimadora; enviou-se um feixe de luz de
uma lâmpada pontual de tungsténio através dessa fenda e da fenda
de entrada na zona do campo, deslocando-se a primeira até con-
seguir que o feixe de luz estivesse exactamente paralelo às ares-
tas dos pólos do magnete. Deixando a lâmpada pontual na mesma
posição, montou-se a zona do fomo e deslocou-se este até que
o feixe de luz tivesse a máxima intensidade. Obteve-se assim o
alinhamento das três fendas e o seu perfeito ajuste com o campo
magnético. O paralelismo relativo das fendas garantiu-se pondo
cada uma delas na vertical. Embora o resultado não pudesse ter
sido muito exacto uma vez que o feixe tinha apenas I /2 mm de
altura (ou seja, uma relação altura sobre largura de cerca de 25),
mesmo um erro de I0 no posicionamento vertical, que decerto se
não cometeu, não teria trazido grandes prejuízos.
O ajuste do detector e o ajuste fino do fomo foram realizados
com o próprio feixe molecular. Em particular teve que se posi-
cionar o detector de modo que as moléculas pudessem realmente
passar através do canal sem tocarem nas paredes; uma vez que o
comprimento do canal era 200 vezes maior que a sua largura,
uma rotação de apenas 1/200 = 0,3° provocava já um abaixa-
mento para metade da pressão no detector. Tomou-se portanto

[ 104]
indispensável obter uma precisão de poucos minutos, para o que
se utilizou um braço comprido, com deslocamento micrométrico,
fixado ao detector.
Resultados. Estudaram-se primeiramente feixes de H2 vulgar
a baixa temperatura (ar líquido). Para perceber o significado
desta medida deve dizer-se que o hidrogénio é constituído por
25% de para-hidrogénio e 75% de orto-hidrogénio. No para-H 2
os dois protões orientam-se antiparalelamente, pelo que não
deverá apresentar qualquer momento magnético proveniente do
spin nuclear. Pelo contrário, já é de esperar que a rotação da molé-
cula produza um momento magnético. À temperatura do ar líquido,
porém, quase todas as moléculas de para-hidrogénio (99%) terão
número quântico de rotação zero, pelo que a esta temperatura o
para-H 2 não deverá ter momento magnético. Confirmámos isto
mesmo em experiências com para-H2 puro.
No orto-H2 os dois protões orientam-se paralelamente, do que
deverá resultar um momento magnético com um valor de 2 vezes
o momento do protão. Além disso a rotação também contribui
para o momento magnético, mas neste caso essa contribuição não
se elimina pelo abaixamento de temperatura, uma vez que o
estado de rotação mais baixo do orto-H 2 tem número quântico I.
Como o acoplamento entre os dois momentos (rotacional e de spin
nuclear) é muito pequeno e deverá anular-se totalmente sob a
acção dos campos magnéticos utilizados para a separação (cerca
de 20 000 gauss), é de esperar uma distribuição como a da Fig. 9,
no caso do feixe monoenergético do orto-H 2. Cada um dos dois
momentos terá três possíveis orientações no campo, de acordo com

Fig. 9 - Separação dos feixes do orto-hidrogénio.

[ 105]
o número quântico 1; na figura admite-se que o momento devido
à rotação é muito menor que o momento do núcleo. Nos feixes
reais utilizados, com uma distribuição maxwelliana de velocida-
des, cada traço da figura (excepto o do meio) corresponde a uma
curva de Maxwell e a distribuição de intensidades que se mede é
uma sobreposição destas curvas. SR e Sp representam o desvio
observado para as moléculas com a velocidade mais provável.
Em princípio, é possível obter os valores de SR e Sp a partir
da distribuição de intensidades observada (ver Fig. 9); contudo,
isso pressupõe uma precisão muito elevada da medida. Proce-
demos, por isso, da maneira que a seguir se descreve para deter-
minar SR. Estudámos o para-H2 puro<10> à temperatura do ar líquido
e também a temperaturas mais elevadas (195 graus absolutos,
temperatura do co2sólido e 292 graus absolutos, temperatura
ambiente). À temperatura do ar líquido, tal como seria de esperar, a
amostra era não magnética<11 >; a temperaturas superiores apresen-
tava porém um momento magnético resultante dos estados quân-
ticos de rotação de ordem superior produzidos. Calculámos a dis-
tribuição de probabilidade desses estados quânticos de acordo
com a lei de Boltzmann. Designando por n o número quântico de
rotação, resulta do cálculo que, para a temperatura de 195 graus
absolutos, 73% das moléculas terão n = O e 27% n = 2; à tempera-
tura ambiente (292 graus absolutos) encontram-se 52,5% com
n =O, 46,1% com n = 2 e 1,4% com n = 4. Admitindo que as com-
ponentes presentes do momento magnético (ver Fig. 10) são todas
múltiplos inteiros de um valor fundamental correspondente a
n = 1, pode extrair-se da medida esse valor fundamental do
momento magnético J1R; o valor resultante é ligeiramente inferior
a um magnetão nuclear.

<oo> Produzido pelo Sr. I. Estennann, pelo que lhe estamos muito gratos.
<">Estava presente uma pequena quantidade de moléculas magnéticas, pos-
sivelmente provenientes de impurezas (3 a 4%) de orto-H 2 •

[ 106]
Fig. I O- Separação dos feixes do para-hidrogénio; em cima n = 2, em baixo n = 4.

Convém analisar um pouco mais de perto este processo de


calcular o momento magnético. Procedeu-se primeiro à medida
da forma do feixe não desviado. Por forma do feixe entendemos
aqui a forma da curva que se obtém quando o detector é movido
transversalmente através do feixe e se representa a intensidade
medida em função da sua posição; veja-se, por exemplo, a
Fig. 11 . Com o campo magnético remanescente anulado
(fazendo-se para tal passar através do magnete uma pequena cor-
rente de 0,2 A e de sentido oposto), a forma do feixe obtida
estava em perfeito acordo com a forma esperada. Mediu-se nova-

Fig. II - Exemplo dwna medida realizada com hidrogénio vulgar a 95 graus


absolutos; Forma do feixe com (o) e sem (•) campo magnético.

[ 107]
Fig. 12- Imagem completa do espectro obtido com hidrogénio vulgar a
95 graus absolutos; a assimetria é de origem instrumental.

mente o feixe com o campo magnético ligado (Figs. 11 e 12).


O modo como a partir daqui se calculoJ.l o momento exemplifica-se
com o caso do "para-H2 a 195 graus absolutos".
Toma-se um ponto qualquer da curva medida cuja distância
ao ponto médio seja (na prática é suficiente uma distância igual
à largura do feixe). Sabe-se que 73% das moléculas têm número
quântico de rotação n = O, sendo portanto não magnéticas, pelo
que não contribuem para a intensidade neste ponto. Das restantes
27%, um quinto também não é desviado (ver Fig. 10, em cima),
enquanto dois quintos, correspondentes à rotação de moléculas
de H 2 com número quântico de rotação um, se separam em dois
feixes (tal como um feixe de átomos de prata, pese embora o
valor muito menor de momento JlR) e os restantes dois quintos se
separam também em dois feixes, mas correspondendo a um valor
duplo de momento magnético.
Podemos agora atribuir tentativamente um valor qualquer ao
momento da rotação, por exemplo um magnetão nuclear; a par-
tir daí podemos calcular s a> o desvio observado para moléculas
com a velocidade mais provável, e obter então, admitindo uma

[ 108]
distribuição de Maxwell, a intensidade à distância que estamos a
considerar do centro do feixe<'2>. Para este cálculo admitimos que
o feixe original tinha forma rectangular, com uma largura igual à
largura a meia altura do feixe observado; comprovámos com
cálculos que nas nossas condições esta aproximação não traz incon-
venientes. Variou-se então JlR até que a intensidade calculada
coincidisse com o valor medido.
Verificámos este valor por uma segunda via que consistiu em
medir a intensidade no meio do feixe com e sem campo mag-
nético. Também aqui introduzimos nos cálculos a aproximação
de o feixe não desviado ser considerado rectangular, o que uma
vez mais não trazia inconvenientes, já que aplicámos o método a
feixes muito largos, que na verdade se aproximavam bastante da
forma rectangular.
As medidas com hidrogénio vulgar foram analisadas, em
princípio, do mesmo modo. Admitimos que JlR é também o
momento magnético de rotação unitário do orto-H2. Analisando
com este valor do momento de rotação as nossas medidas com
hidrogénio vulgar, obtém-se para o momento resultante dos
protqes cerca de 5 magnetões nucleares por molécula de orto-H 2.
O momento magnético do protão seria assim de 2 a 3 magnetões
nucleares e não de um magnetão nuclear. Embora os valores obti-
dos não sejam muito exactos, as medidas não parecem com-
patíveis com um valor da ordem de uma unidade.
Deve ainda acrescentar-se o seguinte acerca do momento de
rotação: de início fizemos medidas apenas com hidrogénio
vulgar e procurámos utilizar para o momento da rotação um
valor resultante de um cálculo teórico. A pedido do Sr. Fermi, o
Sr. Bethe teve a amabilidade de estimar o momento de inércia
da molécula de H2. Admitindo que a molécula de H2 rodava

1"> Ver, por exemplo, O. Stern, U. z. M. Nr. 5; publicado em Zeit.f Phys. 41 ,

563, 1927.

[ 109]
como um corpo rígido, resultou dos seus cálculos um momento
de rotação de cerca de 3 magnetões nucleares (para número
quântico de rotação um). Só mais tarde é que notámos que as
medidas em para-hidrogénio puro podiam fornecer directamente
um valor experimental para o momento de rotação. Conforme foi
referido resultou um valor de, no máximo, um magnetão nuclear.
Como esta discrepância estava muito para além das margens de
erro, quer da estimativa teórica, quer das nossas medidas, recor-
remos uma vez mais ao Sr. Fermi, que nos disse o seguinte: é
errado admitir que a molécula de hidrogénio roda como um
corpo rígido, devendo sim imaginar-se que a nuvem electrónica
não acompanha a rotação mas fica para trás ("desliza"). Por
sugestão do Sr. Fermi, o Sr. Wick(lll fez uma estimativa deste efeito,
da qual resultou que o momento de rotação deveria situar-se
entre 0,35 e 0,92 magnetões nucleares. Este resultado está de
acordo com as nossas medidas e parece-nos de admitir que o valor
verdadeiro se situe mais próximo do limite superior referido.

[Tradução de Rui Marques]

111, Zeil. f Phys. 85, 25, 1933.

[ 11 o ]
Sobre a Teoria Quântica do Núcleo Atómico
G. ÜAMOW, actualmente em Gottingen
(Manuscrito recebido em 2 de Agosto de 1921)

[Zeitschriftfiir Physic, 51, 204 (1928)]

Tenta-se neste trabalho examinar em pormenor os processos


de radiação a, com base na mecânica ondulatória, e obter teori-
camente a relação estabelecida experimentalmente entre a cons-
tante de declínio e a energia da partícula-a.

§ 1. Já várias vezes<1>foi avançada a suposição de que as forças


de atracção não coulombianas desempenham um papel bastante
importante no núcleo atómico. Podemos formular muitas hipóte-
ses sobre a natureza dessas forças .
Pode tratar-se da atracção entre momentos magnéticos dos
constituintes nucleares ou de forças provenientes de polarizações
eléctricas e magnéticas.
Qualquer que seja o caso, estas forças diminuem muito rapi-
damente à medida que aumenta à distância ao núcleo. Só na
vizinhança imediata do núcleo se sobrepõem à influência da
força coulombiana.
A partir de experiências de dispersão de partículas a pode-
mos concluir que, para elementos pesados, as forças de atracção
não se tornam evidentes até uma distância de -10- 12 cm. Pode-
mos assim aceitar a representação da energia potencial dada
na Fig. 1.

1' 1
J. Frenke1, Zeit. F. Physik. 37, 243, 1926; E. Rutherford, Phil. Mag. 4,
580, 1927; D. Enskog, Zeit.f Phys. 45, 852, 1927.

[ 111 ]
u \
\
\
\

'

.
_____ .,___
!
-;----------
1 I I · t
I I 1 I
!I :I :I II

Fig. I.

A constante r" significa a distância máxima até onde se provou


experimentalmente que existe exclusivamente atracção coulom-
biana. A partir de r' começam os desvios (o valor de r' é desconhe-
cido, sendo talvez muito menor do que r'') e em r0 a curva U tem
um máximo. Para r < r0 dominam as forças de atracção. Nesta
região a partícula deve orbitar à volta do resto do núcleo, tal
como um satélite.
Contudo, este movimento não é estável, uma vez que a
sua energia é positiva e, ao fim de algum tempo, a partícula a.
é emitida (radiação a.). Aqui encontramos uma dificuldade
essencial.
Para ser emitida, a partícula a. tem de ultrapassar uma
barreira de potencial de altura U0 (Fig. 1), pelo que a sua ener-
gia não pode ser menor do que U0 . Mas foi provado experi-
mentalmente que a energia da partícula a. é muito menor.

[ 112 ]
Encontra-se!2>, por exemplo, na investigação da dispersão no
urânio de raios a provenientes do Ra C' (estas partículas são
muito rápidas), que para o núcleo de urânio a lei de Coulomb é
válida até uma distância de 3,2 x lQ-1 2 cm. Por outro lado, as
partículas a emitidas pelo mesmo urânio têm uma energia que na
curva de repulsão corresponde a uma distância de 6,3 x 1Q- 12 cm
(r2 na Fig. 1). Se for emitida uma partícula a , que provenha do
interior do núcleo, esta tem de atravessar a região entre r 1 e r2,
onde a sua energia cinética seria negativa, o que é claramente
impossível, de acordo com as suposições clássicas.
Para ultrapassar esta dificuldade, Rutherford!3>supôs que a
partícula a no interior do núcleo é neutra, uma vez que aí deve
conter dos electrões. Segundo Rutherford, só a uma certa distân-
cia do núcleo para além do potencial máximo ela perde os seus
dois electrões, os quais regressam ao núcleo, enquanto a partí-
cula a continua o seu processo de fuga, sob a acção da força
de repulsão coulombiana. No entanto, esta suposição parece
muito pouco natural, pelo que dificilmente deve corresponder
aos factos.

§ 2. Se examinarmos a questão do ponto de vista da mecâ-


nica ondulatória, a referida dificuldade cai naturalmente. De
facto, na mecânica ondulatória uma partícula tem uma proba-
bilidade não nula de transitar de uma região para outra com a
mesma energia, que está separada da primeira por uma barreira
de potencial, arbitrária mas finita!•>.
Como veremos de seguida, a probabilidade de uma tal tran-
sição é contudo muito pequena e, de facto, tanto menor quanto

<'• Rutherford, I. c., p. 581 .


<•• lbid, I . c., p. 584.
<•• V., por exemplo, Oppenheimer, Phys. Rev. 31 , 66, 1928; Nordheim, Zeit.
f Phys. 46, 833 , 1927.

[ 113]
maior for a barreira de potencial a ultrapassar. Para esclarecer
este facto, vamos examinar um exemplo simples.

I V, 11
E {----------+f'"'''·~~---------
9'

Fig. 2.

Consideremos uma barreira de potencial rectangular. Preten-


demos encontrar a solução da equação de Schroedinger, que
descreve a passagem da partícula da direita para a esquerda. Para
a energia E, escrevemos a função de onda 'I' na seguinte forma

+2!ti E 1
v='l'(q)e h '

onde a amplitude 'I' (q) satisfaz a equação

~+ 81t2m (E-U) '1' = 0.


aq2 h2 (1)

Para a região I tem-se a solução

'1'1 = A cos (kq +a) ,

onde A e a são duas constantes arbitrárias e

k = 21t&
h
u. (2a)

[ 114]
Na região II a solução é dada por

com

k' = 27t & -.Jv0 -E .


h (2b)

Na fronteira q = O são válidas as condições

'VI (O) = 'l'u (O) e - [a'aqPI] q=o = [à'~~u]


-
aq q=o
,

de onde obtemos facilmente

B1 = -4--
2 sme
sin (a+ 8); B 2 = - -4--
2 sme
sin (a - 8),

com
.e I
sm = -~r=l=+=(=:=)==2 .

A solução na região II é portanto

'Pn 2-4--
=
sme
[sin (a+ 8) e- Kq - sin (a - 8) eH'q].

Em III voltamos a ter

'Pm = C cos (kq + ~)

[ 115 ]
A partir das condições de fronteira tem-se na fronteira q = I

-~- (sin (a. + 8) e- IK- sin (a. - 8) e+ IK J= C COS (k/ + ~)


2 sm8

---4--
2sm8
K [- sin (a.+8) e- IK - sin(a. - 8) e + IK ] = - kCcos (kl+~) .

Assim

C2 = A2 { [1 + ( Kk ) 2 ] sin2 (a. - 8). e2 IK


4 sin28

- [ 1 - ( ~ ) ] 2 sin (a. - 8) sin (a. + 8)


2

+ [1 + ( ~) 2 ] sin2 (a. - 8) sin (a. - 8) e-2 IK } .


(3)

Não nos interessa o cálculo de ~· Apenas nos interessa o caso


de IK ser muito grande, pelo que só temos de considerar o
primeiro termo de (3).
Temos portanto a seguinte solução:
Esquerda: Direita:

A cos (kq +a.) ... A s~n ~:;:) [1 + ( ~) 2 ] w. e+IK cos (kq + ~).
Se agora escrevermos a. - ~ em vez de a., multiplicarmos a
solução obtida por i e somarmos as duas soluções, obtemos à
esquerda

'P = A ei(/cq + a.) (4a)

[ 116 ]
e à direita

'I'= ---4---e [t + (K)


2 sm k
2
]
112
e+tK {sin (a-9) cos (kq + ~)

- i cos (a - 9) cos (kq + W) }, (4b)

onde Wé a nova fase.


Se multiplicarmos esta solução por e(2niEtlhJ, obtemos para 'I'
à esquerda uma onda progressiva (que caminha da direita para
a esquerda). À direita obtemos, porém, um processo oscilatório
complicado, que se desvia pouco da onda estacionária, com uma
grande amplitude (eK'). Isto não tem outro significado a não ser
que a onda proveniente da direita é em parte reflectida e em parte
transmitida.
Vemos assim que a amplitude da onda transmitida é tanto
menor quanto menor for a energia total E. Com efeito, o factor

desempenha o papel mais importante nesta dependência.

§ 3. Podemos agora resolver o problema de duas barreiras de


potencial simétricas (Fig. 3). Vamos procurar duas soluções.
Uma solução deve ser válida para q positivo e dar para
q > q0 + I a onda

A e ;e~Et-kq+a)

A outra solução é válida para q negativo e dá para q <- (q 0 + 1)


a onda

A e '
. (21t
h Et - q:<'+a )

[ 117]
.. . IJ

Fig. 3.

Não podemos então ligar de maneira contínua ambas as solu-


ções na fronteira q = O, uma vez que temos de satisfazer duas con-
dições de fronteira e apenas temos à disposição uma constante a..
A razão ·fisica desta impossibilidade é que a função 'I' cons-
truída a partir destas duas soluções não satisfaz a lei de conservação

+(qo+ l)

aat f 'VW c1q = 2.


- (qo+ f)
-=1!---- ["' grad w- wgrad "']
41t 1 m
1.

Para ultrapassar esta dificuldade, temos de aceitar que as


oscilações são amortecidas, pelo que consideramos E complexo

E = E0 +i hÃ
41t '

onde E0 é a energia usual e À é o decréscimo de amortecimento


(constante de declínio). Vemos então a partir das relações (2a) e
(2b) que k e K têm também de ser complexos, isto é, que a ampli-
tude das nossas ondas também depende exponencialmente da
coordenada q. Por exemplo, para a onda progressiva, a amplitude
cresce na direcção da propagação da onda. Isto apenas significa

[ 118 ]
que, quando a oscilação é amortecida no ponto de partida da
onda, a amplitude da parte da onda que partiu antes tem de ser
maior. Podemos agora escolher a. de modo a satisfazer as condi-
ções de fronteira. No entanto, não nos interessa a solução exacta.
Quando À é pequeno em comparação com E/h (para RaC' tem-se

E JQ-5
- - - = JQ +22 s - 1 e À = JQ +Ss - 1), a modificação de
h IQ-27 s

'P (q) é também muito pequena e podemos multiplicar simples-


mente a solução antiga por e - 1•i
Então, a lei de conservação escreve-se

a ÀJ
-e- J 'Pu<vrn· 'Pu<vm dq
+(qo + l)
=- 2. -A2h . e - ÀJ ,
-. 21k.
at - (qo: /) • 41t im

pelo que

onde x é um número, cuja ordem de grandeza é um.


Esta fórmula fornece a dependência da constante de declínio
na energia de decaimento no nosso modelo nuclear simples.

§ 4. Podemos agora passar para o caso do núcleo real.


Não podemos resolver a equação de onda correspondente
uma vez que não conhecemos a forma exacta do potencial na
vizinhança do núcleo. Mas alguns resultados obtidos no nosso
modelo simples podem ser aplicados ao núcleo real sem ser
necessário conhecer a forma exacta do potencial.

[ 119]
Como é usual no caso da força central, vamos procurar a
solução em coordenadas polares, na forma

'I' = u (9,<p) X (r).

Para u obtemos as funções harmónicas esféricas e X tem de


satisfazer a seguinte equação diferencial

onde n é a ordem da função esférica. Podemos tomar n = O, uma


vez que quando n > O tudo se passaria como se a energia poten-
cial tivesse sido aumentada sendo, por isso, o amortecimento
para essas oscilações muito menor. A partícula tem primeiro de
passar para o estado n = O, antes de poder fugir.
É bem possível que tais transições provoquem a radiação y,
que acompanha sempre a emissão a.. A curva provável de U está
indicada na Fig. 4.
Para valores grandes de r vamos supor a seguinte solução
para X

A I. ( -27th- E 1- kr)
XL =--;:- e

Fig. 4.

[ 120]
Apesar de não podermos obter a solução exacta do problema
neste caso, podemos, no entanto, dizer que nas regiões I e III
em média X não diminui rapidamente (no caso tridimensional,
com llr.
Na região III, porém, X decresce exponencialmente e, de
facto, podemos esperar por analogia com o caso simples anterior
que a relação entre a diminuição de amplitude e E pode ser
aproximada pelo factor:

e
- 21te
h
& f ' 2 . r::--:
'J
'l U- E dr

Na aplicação da lei de conservação podemos novamente


escrever a fórmula

Â.=D. e - 211 &


h
f r
r1
2
~U-Edr
(6)

onde D depende das caracteristicas especiais do modelo nuclear.


Podemos desprezar a dependência de D em E em comparação
com a dependência exponencial do segundo factor.
Podemos também em vez do integral

escrever aproximadamente o integral

2Ze2
I;e~ 2Z/2 - E. dr

[ 121 ]
O erro relativo, que cometemos então, é da ordem de grandeza

I
Uma vez que!_ é pequeno, esse erro não será muito grande.
r2
Uma vez que nos diferentes elementos radioactivos E não tem
valores muito diferentes, escrevemos aproximadamente

2Ze2
4
logÂ.=lgD- 1t ~ { fo Eo-v ~e2 -E dr+ 0

ou

log À= ConstE + BE. ô.E

onde

B= - 41t -{2;, _E_


h aE
f~-v
0
2Z e2

2Z
r
e2 - E dr=

2Z e2

41t & _E_ f ~ ~=dr===


=
2h aE o -v 2~e2 _ E dr.

[ 122]
Se fizermos
E
p = 2Z e2 r
tem-se
(7)
b= 4rt&2ze2J 1 ~ rt2&. 2Ze2
2hE312
o "1p _1 h E312

Queremos agora comparar esta fórmula com os factos expe-


rimentais. É conhecido<5> que, quando registamos como abcissa a
energia da partícula a e como ordenada o logaritmo da constante
de declínio, todos os pontos para uma certa família radioactiva
estão sobre uma mesma recta. Para várias famílias, obtêm-se
várias rectas paralelas. A fórmula empírica é

log Â. = Const + b E,

onde b é uma constante comum a todas as famílias radioactivas.

Fig. 5.

<" Geiger e Nuttall, Phil. Mag. 23, 439, 1912; Swinne, Phys. Zeit. 13, 14, 1912.

[ 123 ]
O valor experimental de b (calculado a partir deRa A eRa) é

b exper = 1,02. 10+7.

Se, porém, introduzirmos na nossa fórmula o valor da energia


paraRa A, o cálculo dá

b teór = 0,7 X 10+7 (6J

O acordo na ordem de grandeza mostra que a suposição


fundamental da teoria deve estar certa. De acordo com a nossa
teoria, têm de existir certos desvios da lei linear: à medida que a
energia cresce, b tem de diminuir, isto é, log À. tem de diminuir
um pouco mais lentamente do que E. As medidas de Jacobsen<7J
estão de acordo com este facto. Para Ra C', cuja radiação <X é
muito energética, obtém-se para a constante de declínio o valor
8,4. lOS, enquanto da lei linear resulta o valor 5. 107.

A concluir, gostaria de agradecer ao meu amigo N. Kotschin


pela discussão amigável de algumas questões matemáticas.
Também quero agradecer muito cordialmente ao Sr. Prof. Bom
pela autorização que concedeu para eu poder trabalhar no seu
Instituto.

Gõttingen, Instituto de Física Teórica, 29 de Julho de 1928

[Tradução de Carlos Fiolhais]

,., Para outros elementos obtemos aproximadamente o mesmo valor, uma vez
que Z varia pouco para vários elementos radioactivos.
m Jacobsen, Phil. Mag. 47, 23, 1924.

[ 124]
Sobre a Verificação e o Comportamento
dos Metais Alcalino-Terrosos Resultantes da Irradiação
do Urânio com Neutrões 0 >
Por 0 . HAHN e F. S TRASSMANN, Berlin-Dah/em

[Die Naturwissenschaften, 27, li ( 1939)


copyright Springer-Verlag]

Numa comunicação provisória recentemente aparecida nestas


colunas<2> foi referido que, além dos elementos transuranianos
descritos em pormenor por Meitner, Hahn e Strassmann - os ele-
mentos 93 a 96 - , resultava ainda da irradiação de urânio
com neutrões um grande número de outros produtos de transmu-
tação, cuja produção se deve evidentemente ao duplo decaimento
alfa sucessivo de urânio 239 transitoriamente formado. Um tal
decaimento deve formar a partir do elemento de carga nuclear 92
o elemento de carga nuclear 88, isto é, o rádio. Na citada comu-
nicação, num esquema de decaimento proposto ainda como pro-
visório, eram apresentados três isómeros de rádio desse tipo, com
os seus períodos estimados de modo aproximado, e os respec-
tivos produtos de decaimento, a saber, três isótopos do actínio
que, por sua vez, decaem evidentemente para isótopos do tório.
Simultaneamente chamava-se também a atenção para a ines-
perada observação de que estes isótopos de rádio, criados por
separação de partículas a e mediante a formação intermédia de
tório, não se produzem apenas com neutrões rápidos mas igual-
mente com neutrões moderados.

(1) Recebido do Kaiser Wilhelm-lnstitut filr Chemie, Berlin-Dahlem, em 22

de Dezembro de 1938.
(ll O. Hahn e F. Strassmann, Naturwiss. 26, 756 ( 1938).

[ 125]
A conclusão de que os membros inicbis destas três novas
séries de isótopos eram rádio baseou-se no facto de esta subs-
tância se deixar separar com sais de bário e todas as reacções
mostrarem que eles são idênticos ao bário. Todos os outros ele-
mentos conhecidos, desde os transuranianos, passando pelo
urânio, protactínio e tórico, até ao actínio, têm propriedades quí-
micas diferentes do bário e são fáceis de separar dele. O mesmo
se passa com os elementos abaixo do rádio, tais como o bismuto,
o chumbo, o polónio e o "ecacénio"(l>. Excluindo então o próprio
bário, resta apenas o rádio.
No que se segue descreve-se rapidamente a separação da mis-
tura de isótopos e a extracção de cada um dos componentes. É a
partir do comportamento da actividade dos isótopos individuais
que se determinam os seus periodos e se consegue investigar os
produtos resultantes. Contudo, os produtos finais não se
descrevem ainda individualmente nesta comunicação porque, em
virtude da grande complexidade dos processos - trata-se de
pelo menos 3 e provavelmente 4 séries, com três substâncias
cada uma - , não foi ainda possível determinar com segurança os
respectivos períodos.
Naturalmente o bário serve sempre como substância de trans-
porte para os isótopos de "rádio". A primeira escolha recaiu no
bário precipitado na forma de sulfato de bário que, com o cromato,
é o sal de bário mais difícil de solubilizar. Mas, de acordo com
experiências anteriores e após alguns testes, pôs-se de lado a ideia
de fazer a separação dos isótopos de "rádio" com sulfato de
bário, uma vez que os seus precipitados retiram da mistura, além
de quantidades diminutas de urânio, quantidades não desprezáveis
de isótopos de actínio e de tório, também eles pressupostamente

n> N do T.: "ecacénio" (em alemão "ekacaesiwn') era a designação usada na época
para o elemento 87. O frâncio só foi descoberto em 1939 no Instituto Curie, em Paris.

[ 126]
produtos do decaimento dos isótopos de "rádio", não permitindo,
portanto, uma extracção dos produtos finais num estado de pureza
adequado. Em vez da precipitação do sulfato, capaz de criar uma
superficie muito grande por precipitar num grande estado de divi-
são, escolheu-se um método que se mostrou muito bom: usou-se o
cloreto de bário, um precipitado muito dificilmente solubilizável
em ácido clorídrico concentrado.
Era indispensável uma determinação básica das característi-
cas químicas destes novos radioelementos produzidos artificial-
mente em resultado do bombardeamento do urânio com neutrões
lentos, neste processo energeticamente dificil de entender.
Através da separação de cada um dos grupos químicos de ele-
mentos a partir da solução de urânio irradiada, encontrou-se sem-
pre radioactividade nos alcalino-terrosos (Ba como substância de
transporte), nas terras raras (La como substância de transporte) e
em elementos do quarto grupo da tabela periódica (Zr como subs-
tância de transporte), para além do grupo dos transuranianos. Estu-
daram-se então aprofundadamente os precipitados de bário que,
evidentemente, continham os termos iniciais das séries isoméri-
cas observadas. Pretendia-se mostrar que os transuranianos, o urâ-
nio, o protactínio, o tório e o actínio eram sempre e completa-
mente separáveis do material radioactivo precipitado com o bário.

1. Com este objectivo tomou-se uma amostra de urânio irra-


diada, separaram-se os transuranianos e o sulfureto de platina con-
juntamente com auxílio do ácido sulfidrico e solubilizaram-se
com água régia. Nesta solução precipitou-se o cloreto de bário com
o ácido clorídrico. Filtrou-se o precipitado de bário e separou-se
dele a platina, novamente com auxílio do ácido sulfidrico. Verifi-
cou-se que o cloreto de bário estava inactivo enquanto o sulfureto
de platina apresentava uma actividade de cerca de 500 partículas/
/minuto. As experiências correspondentes com os transuranianos
de período longo deram os mesmos resultados.

[ 127]
2. Uma precipitação de cloreto de bário a partir de lO g de
nitrato de uranil não irradiado, que se encontrava em equilíbrio
com ux. + ux2(isótopos do tório e do protactínio) com uma
actividade de cerca de 400 000 partículas/minuto, apresentava
uma actividade de aproximadamente 14 partículas/minuto, ou
seja, estava praticamente inactiva; concluiu-se, portanto, que
nem o urânio, nem o protacínio, nem o tório precipitavam com o
cloreto de bário.

3. Por fim, um precipitado de cloreto de bário, produzido a


partir de uma solução contendo um preparado de actínio (MsTh 2)
com uma actividade de 2500 partículas/minuto, apresentou uma
actividade de cerca de 3 partículas/minuto, estando portanto tam-
bém praticamente inactivo.
De modo análogo se procedeu com uma amostra de urânio
irradiado, verificando-se que o precipitado de cloreto de bário era
muito activo; por sua vez os precipitados de sulfureto, obtidos
das soluções do bário radioactivo, neutras, em ácido acético
diluído ou em ácidos inorgânicos diluídos, eram praticamente
inactivas, enquanto os precipitados de La e de Zr tinham uma
actividade cuja proveniência da actividade dos precipitados de
bário se pôde facilmente comprovar.
A simples precipitação de BaCl2 a partir duma solução de
ácido clorídrico concentrado não permite qualquer distinção
entre o bário e o rádio. Perante as reacções aqui sumariamente
referidas, a actividade dos sais de bário poçierá apenas resultar do
rádio, uma vez que o bário propriamente dito não é de considerar,
por ser demasiado improvável.
Analisemos de seguida rapidamente a curva de actividades do
cloreto de bário, a partir da qual se tiram por um lado conclusões
sobre o número dos "isótopos de rádio" e por outro se determi-
nam os respectivos períodos.

[ 128]
I
,
I

I \

I ;\,

,.
I
I
,
s
I

,;
I

-
I
,
I

.. , ..
I
t--o r-

.., " . •• •
I

••, Es~la
I
para, a cyrva, b ,
IT :-1--
,.,,
~li fíJ,j,1f••• ,,1111 J. 1ft. w~Mk
Escala para a curva a
Fig. I Os três isótopos de rádio depois de uma irradiação longa: a = Ra (irra-
diação durante 4 dias), curva medida ao longo de 70 h; b = a mesma curva medida
ao longo de 800 h, representada numa escala diferente (I : I 0).

A Fig. I mostra a evolução da actividade do cloreto de bário


após a irradiação do urânio durante quatro dias. A curva a indica
as medidas das primeiras 70 horas, enquanto a curva b representa
os resultados obtidos para a mesma amostra durante 800 horas.
A escala em que se representa a curva inferior é obviamente dez
vezes menor. O decréscimo, inicialmente rápido, da actividade é
gradualmente travado e, após cerca de 12 horas, observa-se mesmo
um ligeiro crescimento. Depois de cerca de 120 horas assiste-se
novamente a um progressivo decréscimo da actividade, com um
comportamento exponencial correspondente a um período de
cerca de 13 dias .
O comportamento das curvas mostra claramente que estamos
na presença de várias substâncias. Contudo, não podemos dizer
imediatamente quais elas são: o comportamento observado tanto

[ 129 ]
,
s
; .'\.
.
\.
~
~ ~ ~ :
·,
·'
I

/
I
r-- t--
r--
-- 1'-oo.. ~
-r-~
I


· _l

1fT .
, , 11 • tJt1 6fJ fW •
Escala para as curv~s a e b
1 11

,
M III .IWmln # .11 fi • 11
Escala para a curva e
• 11 fll 1111 fffJ f6fJ 110 IIJ8 a .M7min
l \
I _,.,

Escala para as curvas c e b

Fig. 2 - Determinação do período (7) do Ra II [irradiação curta]: a = Ra


após 6 min de irradiação: curva medida; b = curva teórica do aumento da activi-
dade do Ac (2,5 h) resultante do Ra II (T ::: 14 min); c= a [Ra) - b [subida
com 2,5 h) ; d = Ra II (resultado: T = 14 min).

pode ser determinado por um conjunto de isótopos de rádio,


como por um só isótopo de rádio com a cadeia de produtos resul-
tantes a determinar.
Antecipemos desde já que numa anterior comunicação se
comprovou a existência de três isómeros de "rádio". Designemo-los
agora porRa ll, Ra me Ra IV (isto pela suspeita de um Ra I, como
adiante se verá).
A sua verificação e a obtenção dos seus períodos explica-se
aqui rapidamente com base nas figuras seguintes.
A Fig. 2 mostra os cálculos da curva de decaimento do "rádio"
após 6 minutos de irradiação do urânio.
A curva a representa a actividade directamente medida durante
215 minutos. Ela compõe-se da actividade de dois isótopos de

[ 130]
J

i'.. .......

rI ;:·.-
r' I'..
,_,_ - __:
i'-. ~
...
I
r-· _.:__
f=..:
,
J

J '· ~
I I'-..
I'--- .......... 0
e
" ~I
"-
,
S.
r--.
J
,/ r--.._
,, ..........
v
I

~·-··--·~
-
Escala para as curvas a e b
.I tq • • • III III III 111 III fll "' W S16 • •
Escala para a curva c min

Fig. 3 - Determinação do T do Ra III, após 2,5 horas de irradiação.


a = Ra III [irradiação de 2,5 h]; o Ac separou-se 3 h após a irradiação; b =curva
aproximada do aumento da actividade do Ac de vida longa proveniente do
Ra li (T "' 86 min); c = a - b = Ra III (resultado: (T "' 86 min).

"rádio", Ra Il eRam (comparar com a Fig. 3), e de uma pequena


actividade do actínio resultante do Ra II. Esta substância desig-
nada por Ac II apresenta um período de cerca de 2,5 horas, con-
forme resultados duma experiência que aqui se não descreve.
A curva teórica dum tal isótopo de actínio resultante do Ra II é
representada pela curva b. Como o período do Ra II antecipou-se
já o valor de 14 minutos. Subtraindo os valores da curva b dos da
curva a resulta a curva c também representada na figura. Essa
actividade resulta, pois, praticamente de isótopos de rádio,
principalmente do Ra II de período curto e, de modo secundário,
do Ra III de período mais longo. Este último, conforme resulta
da Fig. 3, tem um período de aproximadamente 86 minutos.
A evolução da actividade do Ra III representa-se na curva d da
Fig. 2. Subtraindo a curva d da curva c obtém-se finalmente a

[ 131 ]
curva e que corresponde à actividade do Ra II puro. O decaimento
é exponencial, com um período de 14 minutos, valor que deverá
estar correcto dentro de ± 2 minutos.
Vejamos agora a questão da verificação da existência do
Ra III e da determinação do seu período. Irradiando durante uma
hora ou algumas horas uma amostra de urânio, obtém-se, além de
uma actividade inicial rapidamente decrescente, uma actividade
considerável que se reduz a metade em cerca de I 00 a II Ominu-
tos e que depois decresce ainda mais lentamente. Procedeu-se do
seguinte modo para provar que também esta actividade se deve
essencialmente atribuir a um isótopo de rádio. Com o auxílio de
cloreto de bário separou-se o "rádio" da amostra de urânio irra-
diada; 2,5 horas depois dissolveu-se novamente o cloreto de
bário que de seguida se fez de novo precipitar. O Ra II, de período
curto, desapareceu completamente durante aquele tempo e o Ac II
que dele resultou (com 2,5 horas de período) foi completamente
removido na recristalização do cloreto de bário. O cloreto de bário
permanecia contudo com uma actividade considerável existindo
portanto um outro isótopo de "rádio". Procedeu-se aqui de acordo
com o método usado por Meitner, Strassmann e Hahn na deter-
minação dos produtos resultantes da transmutação artificial do
tório<4J. A evolução da actividade assim obtida está representada
na curva a da Fig. 3.
Durante a primeira hora o decaimento é quase puramente
exponencial, com ::::: 86 minutos de período; permanece uma
pequena actividade que não segue esta lei. Ela deve-se sem
dúvida a um isótopo de "actínio" de período longo, resultante do
Ra III, cuja evolução da actividade se traduz aproximadamente
pelo desvio da curva a relativamente à exponencial pura. Essa
curva de actividade é a que se representa na Fig. 3 pela curva b.

<•> L. Meitner, F. Strassmann e O. Hahn, Z. Physik, 109, 538 (1 938).

[ 132]
(Também quimicamente se provou que do decaimento do Ra III
resultava um isótopo de "actínio" de período relativamente
maior). Subtraindo a curva b de a, resulta a curva c que referire-
mos daqui em diante como correspondendo ao Ra III puro. Ela
apresenta um decaimento muito próximo de exponencial, com
um período de 86 minutos, que deverá estar correcto dentro de
± 6 minutos.
Consideremos agora o terceiro isótopo de "rádio" aqui desig-
nado por Ra IV. O comportamento da última parte da curva b
da Fig. l indicava um período da substância activa de aproxi-
madamente de 12 a 13 dias. Foi de uma maneira semelhante à
que se usou para o Ra III que se pôde provar que este
decréscimo lento da actividade era essencialmente devido a um
isótopo de " rádio". Se deixarmos de lado durante cerca de
um dia uma amostra de urânio previamente activada durante muito
tempo por uma fonte de neutrões, os isótopos Ra II e Ra III
decairão completamente. Se de seguida se produzir uma pre-
cipitação com bário e se proceder, por razões de segurança, a
uma recristalização, a actividade do cloreto de bário resultante
só poderá dever-se a um outro isótopo de "rádio". Observou-se
sempre uma tal actividade, mesmo após dias de repouso, sendo
a sua evolução temporal bastante característica. A actividade
cresce continuamente ao longo de vários dias, atinge um máximo
e desaparece depois com um período de cerca de 300 horas
( 12,5 dias) .
Na Fig. 4 representam-se algumas daquelas curvas. A amostra
da curva c foi obtida a partir de urânio moderadamente irradiada,
enquanto as outras correspondem a precipitados de bário resul-
tantes de urânio fortemente irradiado. (Acerca do factor de inten-
sidade nada se pode concluir destas curvas, uma vez que foram
obtidas em condições geométricas diferentes; em condições
iguais, com quantidades iguais do urânio, etc., encontrámos um
factor de cerca de 7.) O comportamento das três curvas é muito

[ 133]
I

;
I
I
I
- -
,'Ir" t-- ....._ .

E!
, I
'lf
.N"' . ~
r.-, ....:t.
1--
-r- .,.._ r--o
h- 1-- '-.:....
-
t- 1-- ~ 1--

"" I
-c
~
,
I

:~ J
ü I
<
., • • ~•••••••••~••••m•••
Fig. 4 - Determinação do T do Ra IV usando irradiações diferentes em
intensidade e duração.
a = Ra IV [irradiação intensa :::: 4 dias)
b = Ra IV [irradiação intensa ::: 2,6 dias] , Ra separado 15 h após o fi nal da
irradiação
c= Ra IV [irradiação moderada "' 2,6 dias]
T "' 311 h T "' 31 O h T ::: 300 h

semelhante. O crescimento da actividade processa-se com um


período de menos de 40 horas, sendo cerca de 300 horas o valor
correspondente ao decréscimo. Sem dúvida que o período deste
"Ra IV" há-de ser um pouco menos de 300 horas, pois, além da
produção do Ac IV responsável pelo aumento inicial da activi-
dade, este Ac IV produz ainda um isótopo de "tório" de longa
duração, o que não permite determinar com exactidão o período
do Ra IV. Um valor entre 250 e 300 horas deverá contudo
aproximar-se da realidade. Com o auxílio das curvas a, b e c
vê-se claramente que a radiação ~ do Ra IV é bastante mais
absorvida que a dos produtos dele resultantes; de outro modo
não poderia ocorrer um aumento tão grande da actividade da
amostra.
Resumindo os resultados até aqui apresentados, podemos
dizer que foram identificados três isómeros de metais alcalinos

[ 134]
que designámos por Ra II, Ra III e Ra IV. Os seus períodos são
respectivamente 14 ± 2 minutos, 86 ± 6 minutos e 250 a 300 horas.
É notório que não designámos a espécie com 14,2 minutos de
período porRa I e as outras porRa II e Ra III. A razão para tal está
em que acreditamos que existe um outro "Ra" instável, se bem
que não tenha sido comprovada a sua presença. Na nossa
primeira comunicação acerca dos novos produtos da transmu-
tação, referimos um actínio de cerca de 40 minutos de período e
admitimos como hipótese mais razoável que esse isótopo mais
instável de actínio provinha do isótopo mais instável do rádio.
Verificámos entretanto que o "actínio" resultante do rádio com
14 minutos (anteriormente 25 minutos) de período apresenta
um período de 2,5 horas (anteriormente de 4 horas). O isótopo
de actínio mais instável acima referido também existe. O seu
período é um pouco mais curto do que anteriormente indicado,
bem abaixo dos 30 minutos. Uma vez que este isótopo de
"actínio" não pode resultar nem dos isótopos de 14 minutos,
nem dos de 86 minutos, nem tão-pouco do "Ra" de vida longa,
e como, além disso, este isótopo de "actínio" é identificável
logo nas amostras de urânio irradiadas durante 5 minutos, a
hipótese mais simples é admitir que ele provém dum isótopo de
"rádio", cujo período terá de ser inferior a I minuto. Se ele
tivesse um período superior a um minuto tínhamo-lo identifi-
cado; e fizemos urna investigação cuidada. Designamos, pois, a
partir daqui por "Ra I" esta espécie anteriormente desconhecida,
fácil de identificar inequivocamente com a ajuda de uma fonte
radioactiva forte e que é "substância-mãe" do isótopo de "actínio"
mais instável.
O esquema proposto na nossa primeira comunicação deverá,
pois, sofrer urna correcção. O esquema seguinte tem já em conta
essa alteração e indica para os termos iniciais das séries os valo-

[ 135]
res dos períodos considerados a partir de agora como os mais
correctos:

"Ra I" ? ·· · ... ~ > Ac I . t > Th ?


<1 mio <30 mio

"Ra II" } > Ac II · ~ · > Th ?


14 ± 2 mio ::::2,5 h

"Ra III" · ........~ · ·> Ac III ······ ·····~··· > Th ?


86 ± 6 mio alguns dias?

"Ra IV" ........ ..~ .. > Ac IV } > Th ?


250-300 h <40 h

Até agora não foi estabelecida qualquer relação entre estas


séries e o grande grupo dos "transuranianos".
Os esquemas de transmutação aqui propostos devem tomar-se
como totalmente correctos no que diz respeito às relações
"genéticas" que estabelecem. Pudemos tirar já algumas con-
clusões acerca dos últimos termos destas séries de isómeros que
designámos por "tório". Porém, limitamo-nos a indicá-los, por
não podermos dar ainda informações precisas sobre os valores
dos seus períodos.
De seguida, cabe ainda falar de algumas investigações recen-
tes, cujos estranhos resultados tomamos públicos com alguma
reserva. Para demonstrarmos, sem margem pa_ra dúvida, a natu-
reza química dos termos iniciais das séries que designámos por
isótopos de "rádio" e que são separáveis com bário, procedemos
a recristalizações fraccionadas e a precipitações fraccionadas dos
sais de bário, conforme é usual para conseguir o enriquecimento
(ou empobrecimento) em rádio dos sais de bário.
O brometo de bário enriquece muito em rádio por cristaliza-
ção fraccionária e o cromato de bário enriquece ainda mais se os
cristais não crescerem muito rapidamente. O cloreto de bário

[ 136]
enriquece menos fortemente do que o brometo e o carbonato de
bário empobrece um pouco. As experiências correspondentes
que realizámos com amostras activas de bário, limpas dos pro-
dutos subsequentes, resultaram negativas sem excepção: a
actividade permaneceu igualmente repartida por todas as
fracções de bário, pelo menos tanto quanto é possível garantir
face aos erros experimentais, que não são totalmente desprezáveis.
Procedeu-se então a alguns testes com os isótopos de rádio ThX
e MsTh 1. Como seria de esperar, eles decorreram de acordo com
todas as experiências realizadas anteriormente com rádio .
Utilizou-se então o "método do indicador" numa mistura de
"Ra IV" purificado (de período longo) com MsTh 1 purificado e
isento de rádio: a mistura foi sujeita a uma cristalização frac-
cionáría usando o brometo de bário como substância de trans-
porte. A mistura foi enriquecida em MsTh 1 mas não em "Ra IV",
mantendo-se esta actividade igual em fracções com o mesmo
conteúdo de bário. Chegámos assim à conclusão de que os nos-
sos isótopos de "rádio" têm as mesmas propriedades do bário.
Como químicos diríamos mesmo que se trata de bário e não de
rádio; de qualquer modo não podem estar em causa outros ele-
mentos além do rádio e do bário.
Procedemos finalmente a um outro teste com indicador
usando o "Ac Ir' (de período 2,5 horas) separado e purificado e o
isótopo puro MsTh 2• Se os nossos isótopos de "rádio" não fos-
sem rádio, os isótopos de "actínio" não seriam actínio mas sim
lantânio. De acordo com o procedimento da Sr.3 Curie<s>, realizá-
mos uma separação fraccionada de oxalato de lantânio que
continha ambas as substâncias activas, a partir de uma solução
de ácido azótico. De acordo com as informações da Sr.3 Curie,
a fracção final encontrava-se muito enriquecida em MsTh 2.
No nosso caso não foi possível notar qualquer enriquecimento

<SJ Sr.• Pierre Curie, J. Chim. physique, etc. 27, 1( 1930).

[ 137]
final com o "Ac II". Em perfeito acordo com o que referem
Curie e Savitch<6>relativamente à sua substância com 3,5 horas
de período, verificámos também que o metal alcalino resul-
tante do decaimento Pdo metal alcalino-terroso activo não era
actínio. Gostaríamos de ter melhores provas experimentais
para o resultado referido por Curie e Savitch de que a activi-
dade em lantânio era enriquecida (e que, portanto, contradizia
a hipótese de se tratar de lantânio ), uma vez que na mistura
com que trabalharam podia ter parecido que havia um enrique-
cimento.
Não está ainda perfeitamente provado que os termos finais
das nossas séries, produzidos a partir das amostras de "Ac-La" e
que designámos por "tório", não sejam cério.
No que diz respeito aos "transuranianos", embora eles sejam
quimicamente semelhantes aos seus homólogos de número
atómico inferior (rénio, ósmio, irídio e platina), não são propria-
mente idênticos a eles. Contudo, não está ainda provado que não
sejam quimicamente idênticos aos outros homólogos de número
atómico ainda mais baixo, tais como "masurium"(7>, ruténio,
ródio e paládio. De início, não se pôs essa hipótese: a soma dos
números de massa Ba +Ma (138 + 101), por exemplo, é 239!
Como químicos deveríamos alterar o esquema atrás apresen-
tado, escrevendo em vez de Ra, Ac e Th os símbolos Ba, La e Ce.
Como físicos, de certo modo próximos de "químicos nucleares",
não podemos dar esse passo que negaria toda a experiência ante-
rior da Física Nuclear. Talvez que uma série de acontecimentos
estranhos e improváveis tenha feito com que acreditássemos nos
nossos resultados ...

c•J I. Curie e P. Savitch, C. r. Acad Sei. Paris 206, 1643 ( 1938).


1'l N. do T. : O elemento 43 foi supostamente descoberto em 1925, tendo-lhe
sido atribuído o nome de "masurium". O tecnécio só foi efectivamente
descoberto, em 1937.

[ 138]
Está previsto realizarmos mais testes com indicadores para os
novos produtos de transmutação. Em especial dever-se-á tentar a
separação fraccionada de uma mistura contendo, além do isótopo
de rádio resultante da irradiação do tório com neutrões rápidos,
já investigado por Meitner, Strassmann e Hahn<8>, os metais
alcalinos que produzimos a partir do urânio. Estes testes serão
fáceis de realizar em locais onde se disponha de fontes radioac-
tivas artificiais de grande intensidade.
Por último, queremos agradecer às meninas Cl. Lieber e I.
Bohne a ajuda eficiente que nos deram na execução das numero-
sas precipitações e medidas.

[Tradução de Rui Marques]

c•> L. Meitner e F. Strassmann e O. Hahn, /. c.

[ 139]
A Produção de Iões Leves Rápidos sem Utilizar Altas Voltagens
Por ERNEST 0 . LAWRENCE e M. STANLEY LIVINGSTON,
Universidade da Califórnia
(Recebido em 20 de Fevereiro de 1932)

[Physical Review, 40, 19-35 (1932)


copyright 1932 by The American Physical Society]

Resumo

O estudo do núcleo seria muito facilitado se se dispusesse de


fontes de iões de elevada velocidade, em particular protões ou
iões de hélio com energias cinéticas superiores a 1 000 000 de
electrões-volt, pois parece que partículas com estas veloci-
dades são as mais apropriadas para a excitação dos núcleos.
O método directo de acelerar os iões, através de diferenças de
potencial apropriadas, apresenta grandes dificuldades experi-
mentais associadas aos campos eléctricos elevados necessaria-
mente envolvidos. O presente artigo descreve o desenvolvimento
de um método que evita essas dificuldades através de uma múlti-
pla aceleração dos iões até altas velocidades sem usar altas vol-
tagens. Este método baseia-se no seguinte: placas ocas semicir-
culares, não muito diferentes das placas de um electrómetro, são
montadas, com as arestas diametrais adjacentes, no vazio e num
campo magnético uniforme que é normal ao plano das placas.
Oscilações de alta frequência são aplicadas a estes eléctrodos
produzindo um campo oscilatório eléctrico na região diametral
entre elas. Como resultado, durante um meio ciclo do campo
eléctrico este acelera os iões, formados na região diametral, para
o interior de um dos eléctrodos onde eles são deflectidos numa tra-
jectória circular pelo campo magnético acabando por emergir

[ 141 ]
novamente na região entre os eléctrodos. O campo magnético
é ajustado de modo a que o tempo requerido para a travessia
da trajectória semicircular dentro dos eléctrodos seja igual a
meio período das oscilações. Como consequência, quando os
iões voltam à região entre os eléctrodos, o campo eléctrico inver-
teu a sua direcção, e os iões recebem um segundo incremento de
velocidade ao passar para o eléctrodo. Devido ao facto de o raio
da trajectória dentro dos eléctrodos ser proporcional à velocidade
dos iões, o tempo necessário para a travessia de uma trajectória
semicircular é independente das suas velocidades. Deste modo,
se os iões demoram exactamente um meio ciclo no seu primeiro
semicírculo, procedem da mesma maneira em todos os semicír-
culos seguintes e, portanto, percorrem uma espiral em ressonância
com o campo eléctrico até atingirem a periferia do aparelho. A sua
energia cinética final é tantas vezes maior que aquela que cor-
responde à voltagem aplicada aos eléctrodos, como o número de
vezes que passarem de um eléctrodo para o outro. Este método
destina-se essencialmente à aceleração de iões leves e, nas pre-
sentes experiências, foi dada particular atenção à produção de
protões de elevada velocidade devido à sua utilidade, presumi-
velmente única, em investigações experimentais do núcleo
atómico. Utilizando um magnete em que as faces dos pólos têm
um diâmetro de II polegadas, produziu-se uma corrente de
I 0-9 amperes, de protões de I 220 000 electrões-volt, num tubo
ao qual se aplicou a voltagem máxima de 4000 volts. Há duas
características importantes do método experimental desenvolvido
que contribuíram largamente para o seu sucesso. Em primeiro
lugar, existe uma acção de focagem dos campos eléctrico e mag-
nético que evita perdas sérias de iões à medida que eles são ace-
lerados. Em consequência, as intensidades de corrente de iões de
elevada velocidade, obtidas por este método indirecto, são com-
paráveis com as que, concebivelmente, se podem obter por méto-
dos directos de alta voltagem. Além disso, a acção de focagem dá

[ 142]
origem a feixes de iões muito estreitos - menos de 1 mm de secção
transversal - , o que é ideal para realizar estudos de processos de
colisão. De não menor importância é a segunda característica do
método que é o modo simples e altamente eficaz como se faz a
correcção do campo magnético ao longo do percurso dos iões.
Assim, é possível, e mesmo fácil, utilizar o tubo eficazmente com
um ganho elevado (isto é, razão entre a voltagem equivalente
final dos iões e a voltagem aplicada). Por consequência, este
método, no seu presente estádio de desenvolvimento, constitui
uma fonte altamente fiável e experimentalmente conveniente de
iões de elevada velocidade, que requer um equipamento de labo-
ratório relativamente modesto. Além disso, estas experiências
indicam que este método de múltipla aceleração torna praticável,
actualmente, a produção em laboratório de protões com energias
acima de 1O 000 000 electrões-volt. Com este objectivo está a ser
instalado no nosso laboratório um magnete em que as faces dos
pólos têm um diâmetro de 114 cm.

Introdução

As experiências clássicas de Rutherford e colaboradores<1> e


de Pose(2) sobre a desintegração artificial, e as de Boethe e Becker3>
sobre a excitação de radiação nuclear, demonstram que o núcleo
é sensível aos mesmos métodos gerais de investigação que têm
sido tão bem sucedidos a revelar as propriedades extranucleares
dos átomos. Em especial, os resultados destes trabalhos revelam
a grande utilidade dos estudos de transições nucleares excitadas
no laboratório. Revela-se assim um problema de grande interesse

<ll Ver o Capítulo 10 de Radiations f rom Radioactive Substances por


Rutherford, Chadwick e Ellis.
<ll H. Pose, Zeits. f Physik 64, I (1930).
<'> W. Boethe e H. Becker, Zeits. f Physik 66, 1289 ( 1930).

[ 143 ]
desenvolver extensivamente métodos artificiais de excitação nuclear;
a sua solução pode conduzir a todo um novo mundo de fenómenos,
o mundo do núcleo.
Mas é um problema tão difícil quanto interessante, pois o
núcleo resiste a estes ataques experimentais como uma barreira
formidável de elevadas energias de ligação. Os níveis energéti-
cos nucleares encontram-se muito separados e, por consequên-
cia, os processos de excitação nuclear envolvem quantidades enor-
mes de energia - milhões de electrões-volt.
É, portanto, de grande interesse pesquisar os métodos de exci-
tação nuclear mais promissores, apresentando-se-nos dois méto-
dos de carácter geral; excitação por absorção de radiação (radia-
ção gama), e excitação por colisão nuclear com partículas de
velocidade elevada.
Acerca do primeiro método, podemos referir que estudos
experimentais recentes<•~ <s) da absorção de radiação gama pela
matéria mostram, para os elementos mais pesados, variações
com o número atómico que indicam um efeito nuclear apre-
ciável. Estes resultados sugerem que a excitação nuclear por
absorção de radiação é, talvez, um processo frequente, e o desen-
volvimento de uma fonte artificial muito forte de radiação gama
de vários comprimentos de onda terá, portanto, muito interesse
para os estudos nucleares. O desenvolvimento de tal fonte está a
ser tentado no nosso e noutros laboratórios.
Mas como consequência das pesquisas de Rutherford e de outros
acima citados, o método de colisões parece ser ainda mais promis-
sor. As investigações pioneiras destes investigadores devem ser
encaradas como grandes proezas experimentais, pois determi-
naram informação importante e definitiva acerca de processos
nucleares bastante raros, excitados por feixes extremamente fracos

<•> G. Beck, Naturwiss. 18, 896 (1930).


<>> C. Y. Chao, Phys. Rev. 36, 1519 ( 1930).

[ 144]
de partículas incidentes - partículas-alfa de fontes radioactivas.
Além disso, e é este ponto que se pretende realçar aqui, os seus
trabalhos mostraram de modo admirável a utilidade do método
de colisão cinética e a importância do desenvolvimento de fontes
artificiais de partículas-alfa. Naturalmente não se pode inferir
destas experiências que as partículas-alfa são os projécteis
nucleares mais apropriados: levanta-se naturalmente a questão de
quais as partículas com a mesma energia, as mais leves ou as
mais pesadas, que serão mais eficientes na produção de tran-
sições nucleares.
Já foram iniciados estudos teóricos do núcleo que permitiram
obter uma resposta parcial a esta questão. Gurney e Condon<6>e
GamowP> aplicaram independentemente, e com considerável
sucesso, as ideias da mecânica ondulatória à radioactividade.
Gamow< 8> considerou do mesmo modo a penetração num núcleo
de partículas rápidas (tendo em mente a excitação de transições
nucleares), e concluiu que, para determinada energia cinética,
quanto mais leve for a partícula maior será a probabilidade de ela
penetrar a barreira de potencial nuclear. Este resultado está, com
certeza, ligado à menor quantidade de movimento e, conse-
quentemente, maior comprimento de onda das partículas mais
leves; é bem conhecido que a transmissão de ondas de matéria
através de barreiras de potencial aumenta com o aumento do
comprimento de onda.
Se a probabilidade de excitação nuclear por uma partícula car-
regada só dependesse da sua capacidade de penetrar a barreira de
potencial nuclear, então os electrões seriam as partículas mais
eficazes para este fim. Há, no entanto, numerosas indicações de
que a excitação nuclear por electrões é negligenciável. Basta

") Gurney e Condoo, Phys. Rev. 33, 127 (1929).


<') Gamow, Zeit.f Physik 51,204 (1928).
") Gamow, Zeit.f Physik 52, 514 (1929).

[ 145 ]
referir que, do ponto de vista actual, a densidade média de elec-
trões extranucleares é muito elevada na região nuclear, ou seja,
o núcleo é muito transparente aos electrões; por outras palavras,
estes não encontram estados disponíveis energeticamente favo-
ráveis.
Por outro lado, há evidência de que existem estados nuclea-
res bem definidos para protões, bem como para partículas-alfa<9>;
efectivamente, parece justificar-se o ponto de vista de que os
princípios gerais da mecânica quântica são aplicáveis aos protões
e partículas-alfa no núcleo. Não é possível actualmente estimar
as probabilidades relativas de excitação de protões e partículas-
-alfa necessárias para penetrar o núcleo. Contudo, parece
plausível que a maior penetrabilidade dos protões<10> é uma van-
tagem que compensa quaisquer diferenças nas suas característi-
cas de excitação. Assim, os protões parecem ser as partículas
mais apropriadas para provocar excitações nucleares.
Embora presentemente a eficiência relativa entre protões e
partículas-alfa não possa ser estabelecida com grande certeza,
parece ser, no entanto, seguro concluir que os projécteis nuclea-
res mais eficazes serão iões rápidos, provavelmente de baixo
número atómico. Em consequência, é importante desenvolver
métodos para acelerar iões até velocidades muito maiores do que
as que têm sido produzidas até agora no laboratório.
A importância deste facto tem sido reconhecida estando vários
laboratórios a desenvolver técnicas para gerar altas voltagens
aplicando-as a tubos de vazio com o fim de gerar iões de elevada
velocidade. Progressos significativos neste campo têm sido feitos

<•> J. Chadwick, J. E. R. Constable, E. C. Pollard, Proc. Roy. Soe. Al30, 463


(1930).
<"> De acordo com a teoria de Gamow um protão com um milhão de volts
possui um poder de penetração igual ao de uma partícula-alfa com dezasseis
milhões de volts.

[ 146]
por Coolidge(' '), Lauritsen<' 2), Tuve, Breit, Hafstad, Dahl<ll), Brasch
e Lange<' 41, Cockcroft e Walton<u), Van de Graaff' 6) e outros, que
desenvolveram diversas técnicas diferentes tendo sido aplicadas
a voltagens da ordem do milhão de volts.
Estes métodos, envolvendo a utilização directa de altas volta-
gens, estão sujeitos a certas limitações de ordem prática. As difi-
culdades experimentais crescem rapidamente com o aumento da
voltagem; existem dificuldades ligadas a descargas e isolamentos
e há o problema do desenvolvimento de válvulas de alta tensão
apropriadas.
Em face destas dificuldades, considerámos desejável desen-
volver métodos de aceleração de partículas que não requeiram a
utilização de altas voltagens. Procurámos atingir dois objectivos:
em primeiro lugar, tomar a produção de partículas com energias
cinéticas da ordem do milhão de electrões-volt uma técnica que
pode ser realizada com equipamento relativamente modesto e
com uma conveniência experimental que, esperamos, conduza
a uma vasta actividade neste importante domínio dos fenómenos
físicos; e, em segundo lugar, tornar praticável a produção de
partículas com energias cinéticas superiores às produzidas por
métodos directos de alta voltagem - possivelmente na gama de
I O 000 000 electrões-volt e acima deste valor.
Um método de aceleração múltipla de iões a altas velocidades,
desenvolvido em primeiro lugar para iões pesados, foi recente-
mente descrito neste jomal0 7) . No presente artigo descreve-se o

'"' W. D. Coolidge, Am. Ins. E. Eng. 47, 212 (1928).


'"' C. C. Lauritsen e R. D. Bennett, Phys. Rev. 32, 850 (1928).
'"' M. A. Tuve, G. Breit, L. R. Hafstad e O. Dahl, Phys. Rev. 35, 66 (1930);
M. A. Tuve, L. R Hafstad e O. Dahl, Phys. Rev. 39, 384 (1932).
''" A. Brash e J. Lange, Zeit. f Physik70, lO (1931).
'"' J. J. Cockcroft e E. T. S. Walton, Proc. Roy. Soe. Al29, 477 (1930).
'"' R. S. Van de Graaff, Schenectady Meeting American Physica1 Society,
1931.
'"' D. H. Sloan e E. O. Lawrence, Phys. Rev. 38,2021 (1931).

[ 147]
desenvolvimento de um método de múltipla aceleração de iões
leves<18>. Foi dada particular atenção à aceleração de protões
devido à sua utilidade única em estudos nucleares. Neste trabalho
foram geradas correntes relativamente elevadas de protões de
I 220 000 electrões-volt e está previsto no futuro próximo a pro-
dução de protões de I O 000 000 electrões-volt.

O Método Experimental

No método, recentemente descrito, para a aceleração múltipla


de iões a velocidades elevadas<19>, os iões atravessam uma série de
tubos de metal em sincronia com um potencial eléctrico oscilante
aplicado aos tubos. O dispositivo está construído de modo que
um ião ao passar do interior de um tubo para o próximo sofre
sempre a acção de um campo acelerador, e a velocidade final do
ião ao sair do sistema corresponde aproximadamente a uma vol-
tagem que é o produto da voltagem aplicada entre tubos adjacentes
pelo número de tubos. Este método é particularmente apropriado
para a aceleração de iões pesados; os iões leves movem-se a velo-
cidades maiores e requerem, portanto, tubos mais longos quais-
quer que seja a frequência aplicada.
O método experimental agora apresentado utiliza o mesmo
princípio de aceleração repetida de iões com um processo de res-

1111 Este método foi descrito em primeiro lugar em Setembro, 1930, no encon-

tro da National Academy ofSciences [Lawrence e Edlefsen, Science 72, 376-377


( 1930)). Mais tarde, os resultados de um estudo preliminar acerca da praticabili-
dade do método foram apresentados à American Physical Society [Lawrence e
Livingston, Phys. Rev. 37, 1707 ( 193 1)]. Um trabalho posterior foi apresentado
numa carta ao editor da Physical Review [Lawrence e Livingston, Phys. Rev. 38,
834 ( 1931)].
!19J D. H. Sloan e E. O. Lawrence, Phys. Rev. 38, 2021 ( 1931 ).

[ 148]
tf .... tf

I '~::.;:_+~: ::--~-<-' -' t-~"""'~ "~f=-=----_,_, I

Fig. I - Diagrama do método experimental para a múltipla aceleração de iões.

sonância semelhante, mas ultrapassa a dificuldade da necessi-


dade de um sistema de aceleração muito longo fazendo com
que os iões, por meio de um campo magnético, circulem
alternadamente do interior de um_eléctrodo para o interior de
outro.
Pode compreender-se mais facilmente o funcionamento do
método através de urna descrição geral do dispositivo experi-
mental (Fig. 1). Dois eléctrodos A e B, com a forma de placas
ocas semicirculares, são montados num tubo vazio, coplanares
entre si, e com as suas arestas diamet(ais adjacentes. Colocando
este sistema entre os pólos de um magnete é aplicado um campo
magnético normal ao plano das P.lacas. Aplicando oscilações de
al~ frequência às placas cria-se um campo eléctrico oscilante na
região diametral entre as placas.
Com esta disposição compreende-se que, se em determinado
instante existir um ião na região entre os eléctrodos, e o eléc-
trodo A estiver negativo em relação ao eléctrodo B, então esse
ião será acelerado para o interior do primeiro eléctrodo. Dentro

[ 149]
deste o ião percorre uma trajectória circular devido ao campo
magnético, emergindo finalmente de novo entre os dois eléc-
trodos; isto está indicado no diagrama pelo arco a.b. Se o tempo
gasto pelo ião para percorrer a trajectória semicircular for igual
a metade do período da oscilação eléctrica, o campo eléctrico
terá entretanto invertido e o ião recebe uma segunda aceleração,
entrando no interior do eléctrodo B como uma velocidade maior.
De novo percorre uma trajectória semicircular (b.c), mas, desta
vez, o raio de curvatura é maior devido à maior velocidade. O raio
da trajectória é proporcional à velocidade para todas as veloci-
dades (desprezando variações de massa com a velocidade), de
modo que o tempo necessário para percorrer uma das trajec-
tórias semicirculares é independente da velocidade do ião.
Portanto, se o ião percorrer o primeiro semicírculo em meio ciclo
das oscilações, comportar-se-á do mesmo modo em todas as
sucessivas trajectórias. Deste modo, o ião irá percorrer semicír-
culos de raio cada vez maior, passando do interior de um eléc-
trodo para o interior do outro, e ganhando um incremento de
energia, correspondente à diferença momentânea do potencial
eléctrico entre os eléctrodos, cada vez que atravessa a região
diametral. Assim, se se aplicar aos eléctrodos oscilações de alta
frequência com um valor máximo de 4000 volts, como foi feito
na presente experiência, e se se obrigar os protões a circular em
150 vezes da maneira referida, eles receberão 300 incrementos
de energia, adquirindo, portanto, uma velocidade correspondente
a I 200 000 electrões-volt.
Recapitulemos estas observações de um modo quantitativo.
Ao longo das trajectórias circulares dentro dos eléctrodos, a força
centrifuga do ião é equilibrada pela força magnética, ou seja, na
notação usual,

mv2 Hev
(I)
r c

[ 150]
E o tempo que o ião demora a percorrer uma trajectória semi-
circular é
1tr 1tmc
t =-v-= He (2)

que é independente do raio r da trajectória e da velocidade v do


ião. Pode, assim, obrigar-se uma partícula de massa m e carga e
a deslocar-se em fase com o campo oscilatório eléctrico ajus-
tando o campo magnético H de modo apropriado: a relação entre
o comprimento de onda À das oscilações e o campo magnético de
sincronização correspondente H é, portanto,

À= 2rtmc2 .
(3)
He
Para protões e um campo magnético de I O 000 gauss, o compri-
mento de onda correspondente é 19,4 metros; para partículas
mais pesadas, o comprimento de onda apropriado será propor-
cionalmente maior20>.
Pode mostrar-se facilmente que a energia V em electrões-volt
das partículas carregadas quando chegam à periferia do aparelho
num círculo de raio r é
H2r2 e
V = 150---. (4)
c2 m
Assim, a energia máxima que se pode produzir varia, teorica-
mente, com o quadrado do raio e o quadrado do campo magnético.

120' Deve notar-se que, para um determinado comprimento de onda, os iões

entram em ressonância com as oscilações quando são utilizados campos mag-


néticos de grandeza 1/3, 1/5, etc., da grandeza dada pela Eq. (3). Estes tipos de
ressonância foram já observados nos trabalhos experimentais anteriores. No
entanto, nas presentes experiências, os iões de elevada velocidade resultantes da
ressonância original só conseguiam passar através do sistema de fendas para o
colector devido às elevadas voltagens de deflexão utilizadas.

[ 151 ]
Dispositivo Experimental

O dispositivo experimental encontra-se representado esque-


maticamente na Fig. 2. Na Fig. 3, mostra-se uma fotografia da

,__ fj~--nniO volts A.C.


I
!i Bomba de vazio

Filamento - 12 volts. D.C.

Fig. 2 - Diagrama do aparelho utilizado para a múltipla aceleração de iões.

Fig. 3 - Tubo para a múltipla aceleração de iões - com a tampa removida.

[ 152]
Fig. 4 - Vista externa do aparelho para a geração de protões de I 220 000 volts.

câmara de vazio em latão com a tampa removida e mostrando o


filamento, o eléctrodo de aceleração, as placas de deflexão e fen-
das, a amostra, em frente da primeira fenda montada numa arti-
culação, e o colector de Faraday atrás da última fenda . Na Fig. 4
mostra-se uma vista externa do aparelho. Pode ver-se o tubo,
entre os pólos do magnete, ligado ao oscilador, ao sistema de vazio
e ao gerador de hidrogénio. Deste modo, pode ter-se uma ideia da
quantidade modesta de equipamento envolvida na aceleração de
protões até energias um pouco acima de I 000 000 electrões-volt.

[ 153 ]
Por se encontrarem do outro lado do aparelho, não se vê nesta
figura o electrómetro e o painel de controlo. Apresenta-se, em
seguida, uma descrição do aparelho.
O Sistema de Aceleração. Embora haja vantagens óbvias na
aplicação do potencial de alta frequência, relativamente à terra,
aos dois eléctrodos de aceleração, achou-se conveniente, nestas
experiências, aplicar a tensão de alta frequência a apenas um dos
eléctrodos, como se mostra na Fig. 2. Este eléctrodo é uma placa
semicircular e oca de latão com 24 cm de diâmetro e I cm de espes-
sura. As paredes laterais da placa oca são de latão fino, de modo
que as dimensões interiores da placa têm aproximadamente aque-
las dimensões. Esta placa foi montada num tubo de cobre arrefe-
cido a água, que passa por uma ligação cobre-vidro. O eléctrodo,
assim isolado, foi montado numa caixa de latão, onde se faz o
vazio, com dimensões internas 2,6 cm por 28,6 cm por 28,6 cm,
deixando, portanto, um espaço livre entre o eléctrodo e as pare-
des da câmara de 8 mm.
O outro eléctrodo do sistema é constituído pela própria caixa
de latão. Ao longo da secção média da câmara de latão e paralela
à aresta diametral do eléctrodo A colocou-se uma parede divisória
de latão S com fendas de dimensões iguais à abertura do eléc-
trodo vizinho. Esta montagem dá origem aos mesmos campos
que seriam produzidos por dois eléctrodos semicirculares isola-
dos e com as suas arestas diametrais adjacentes e paralelas.

A Fonte de Iões. Uma fonte de iões ideal produziria na zona


diametral entre os eléctrodos grandes quantidades de iões com
componentes de velocidade normal ao plano dos aceleradores
muito pequenas. Este requisito foi preenchido nas presentes expe-
riências, colocando simplesmente um filamento acima da região
diametral gerando um feixe de electrões que seguem as linhas do
campo magnético e gerando iões dos gases no tubo. Os iões for-
mados são puxados lateralmente pelo campo eléctrico oscilatório.

[ 154]
Os electrões não são retirados devido ao pequeno raio da cur-
vatura das suas trajectórias no campo magnético. Deste modo, o
feixe de electrões é colimado e os iões são formados com veloci-
dades iniciais desprezáveis na região em que são necessários.
O campo eléctrico oscilante retira-os imediatamente dessa região
e fá-los iniciar a sua trajectória em espiral para a periferia, como
se mostra esquematicamente na parte superior da Fig. 1.

O Campo Magnético. Este método experimental requer um


campo magnético normal ao plano do sistema acelerador bas-
tante uniforme. Se os iões devem circular 100 vezes, por exem-
plo, com um ganho em energia de 200 vezes a voltagem aplicada,
é necessário que as variações na uniformidade do campo magné-
tico sejam bastante menores que um por cento. Considerações
genéricas deste assunto permitem-nos concluir que o campo mag-
nético deve ser, se possível, mantido constante a menos de O, 1
por cento do centro para a periferia. Embora este requisito, aparen-
temente difícil, tenha sido facilmente preenchido usando um
método empirico de correcção do campo, as faces das peças
polares do magnete utilizado foram trabalhadas com a maior pre-
cisão possível. Estas peças são muito semelhantes às utilizadas
por Curtis<21 >. As peças polares têm 11 polegadas de diâmetro e o
intervalo entre elas é de 11/2 polegadas. Para fechar o circuito
magnético usou-se ferro Armco. A força magnetomotriz foi gerada
por duas bobines de fio número 14 de cobertura dupla de algo-
dão, com 2000 espiras cada uma. Não se incorporou arrefeci-
mento a água pois não se pretende obter campos elevados com
este magnete. Em funcionamento o magnete gera campos de
14 000 gauss por períodos consideráveis sem sobreaquecer.
As faces das peças polares foram alinhadas de modo a estarem
paralelas a menos de 0,2 por cento, esperando-se assim um campo

<"> L. F. Curtis, Jour. Op. Soe. Am. 13, 73 ( 1926).

[ 155 ]
magnético de grande uniformidade. Esta uniformidade foi con-
firmada por testes com uma espiral de bismuto, não se detectando
nenhuma variação apreciável do campo magnético na região entre
os pólos, excepto na região a menos uma polegada da periferia.
O Sistema de Recolha de Iões. Ao planear um dispositivo
apropriado para a recolha dos iões de elevada velocidade na peri-
feria do aparelho, desejava-se obter um dispositivo que somente
recolhesse os iões de alta velocidade e que, simultaneamente,
medisse as suas velocidades. Pode pensar-se que seria legitimo
supor que o próprio campo magnético e a distância do colector
de iões ao centro do sistema iria determinar as velocidades dos
iões recolhidos. Isto seria verdade se não houvesse dispersão e
reflexão dos iões recolhidos. Com o fim de eliminar estes efeitos
espúreos, dispôs-se um conjunto de fendas com I mm num cír-
culo a.a, como mostra a Fig. 2, com um raio cerca de 12 por
cento maior que o do círculo indicado pela linha a ponteado na
figura, cujo centro coincide com o centro do tubo e com um raio
de II ,5 cm. Como se pode ver na figura, os dois círculos são
tangentes na primeira fenda . Os iões, ao chegar à primeira fenda,
devem estar a percorrer uma trajectória coincidente com o cír-
culo a ponteado, e não poderiam passar pelas segunda e terceira
fendas para o colector de Faraday C. Colocou-se entre as duas
primeiras fendas as placas de deflexão electrostática D , separadas
por 2 mm, o que torna possível a aplicação de campos elec-
troestáticos com o fim de aumentar o raio de curvatura das trajec-
tórias dos iões de alta velocidade permitindo-lhes entrar no colec-
tor. Aplicando altas voltagens apropriadas às placas deflectoras,
somente iões com determinadas velocidades serão contados.
As correntes obtidas no colector de Faraday foram medidas
por meio de um electrómetro acoplado a uma resistência de deri-
vação elevada.
O oscilador. As oscilações de alta frequência aplicadas ao
eléctrodo foram geradas por uma fonte de alimentação Federal

[ 156]
Telegraph de 20 kilowatts, arrefecida a água, num circuito do
tipo "placa sintonizada grelha sintonizada" cujo funcionamento
pode ser facilmente compreendido através do exame do dia-
grama apresentado na Fig. 2.

Os Mecanismos de Focagem

Quando se considera a circulação dos iões neste dispositivo


ao serem acelerados um grande número de vezes, ocorre-nos
pensar se, na prática, será possível fazer com que uma fracção
apreciável dos iões formados no centro cheguem à periferia e
passem por um conjunto de fendas apenas com 1 mm de largura
e 1 cm de comprimento. A trajectória completa dos iões teria
vários metros de comprimento e seria de esperar que, devido aos
efeitos inevitáveis de distribuição de carga espacial, velocidades
de agitação térmica e forças electromotivas de contacto, bem como
a não completa homogeneidade dos campos aplicados, o ângulo
sólido efectivo das fendas periféricas fosse muito pequeno.
Felizmente não é este o caso. Os campos eléctricos e mag-
néticos estão dispostos de tal modo que se obtém uma acção de
focagem nos iões em circulação bastante forte e que os obriga a
manterem-se perto do plano médio do sistema acelerador:
Na Fig. 5 mostra-se o mecanismo de focagem do campo
eléctrico. Pode ver-se, neste diagrama, uma secção transversal da

Fig. 5- Diagrama indicando a acção de focagem do campo eléctrico entre os


eléctrodos de aceleração.

[ 157]
região diametral entre os eléctrodos de aceleração com a distri-
buição do campo eléctrico indicada pelas linhas de força. A linha
a ponteado representa qualitativamente uma trajectória de um ião
quando passa do interior de um eléctrodo para o outro. Pode veri-
ficar-se que, estando fora do plano médio do eléctrodo A, ao
entrar no eléctrodo B recebe uma impulsão na direcção do plano
médio deste. Este impulso é devido à existência da curvatura do
campo, que possui uma componente apreciável normal ao plano
numa região extensa. Se a velocidade do ião for muito grande com-
parada com o ganho em velocidade ao passar da placa A para a
placa B, o seu deslocamento para o centro será relativamente
pequeno e, em primeira aproximação, pode considerar-se que o
ião foi acelerado para dentro na primeira metade da sua trajec-
tória entre os eléctrodos, e acelerado para fora na segunda parte da
trajectória, resultando num deslocamento do ião para o centro sem
adquirir uma componente apreciável de velocidade transversal.
No entanto, em geral, a aceleração para fora na segunda metade
da trajectória não compensa exactamente a aceleração para o
interior da primeira metade, resultando num aumento da veloci-
dade para o interior, bem como um deslocamento também para o
interior. De qualquer modo, à medida que o ião viaja em espiral
irá deslocar-se para um lado e outro do plano médio e não será
perdido nas paredes do tubo.
Também o campo magnético possui uma acção de focagem.
A Fig. 6 mostra esquematicamente a forma do campo produzido

Fig. 6 - Diagrama indicando a acção de focagem do campo magnético.

[ 158]
pelo magnete. Na região central das faces polares o campo é
muito uniforme e normal ao plano destas; mas, na periferia do
dispositivo, este apresenta uma curvatura. Os iões, ao viajar em
círculos na periferia, sofrem a acção de forças magnéticas, indi-
cadas pelas setas na figura. Se a trajectória se encontra no plano
médio, então a força magnética actua na direcção do centro desse
plano. Se o ião viaja num círculo fora do plano médio, aparece
então uma força magnética que o acelera na direcção desse
plano, criando uma acção efectiva de focagem.
Examinámos experimentalmente estas duas acções de foca-
gem usando um detector, em frente da primeira fenda, que podia
ser movido para cima e para baixo no feixe por meio de uma arti-
culação (ver a Fig. 3). Verificou-se que as duas acções de foca-
gem são tão eficazes que o feixe de iões de alta velocidade pos-
sui uma largura de menos de um milímetro. Um feixe de iões tão
estreito é, naturalmente, o ideal para um grande número de expe-
riências.
Efectuámos um teste adicional à acção de focagem dos dois
campos baixando o plano médio do sistema de aceleração 3 mm
em relação ao plano de simetria do campo magnético. Observou-se
que, na periferia, o feixe de iões de elevada velocidade viaja num
plano intermédio entre os planos de simetria dos dois campos,
mostrando a actuação das duas acções de focagem, e que a sua
grandeza na periferia da trajectória é muito semelhante.

Resultados Experimentais

Na Fig. 7 mostra-se um exemplo típico da dependência da


corrente iónica no colector de Faraday em função do campo
magnético aplicado, para oscilações de comprimento de onda de
28 metros e com hidrogénio no tubo. Pode verificar-se que só
há duas gamas muito estreitas da intensidade do campo magné-
tico nas quais se observam correntes de iões conforme era

[ 159]
À = 2 .O metros
D = 1200 volts
614 000 volts
o. ·
o
H+
X 307.000 volts 2
<I

~
8o
c
"
]
6930 13 860
Campo magnético - gauss

Fig. 7 - Corrente de iões no colector de Faraday em função do campo mag-


nético para oscilações de 28 metros de comprimento de onda aplicada aos eléc-
trodos de aceleração.

esperado: a de 6930 gauss envolvendo a ressonância de protões,


e a outra, a ressonância de moléculas de hidrogénio.
Para todos os comprimentos de onda utilizados, o campo mag-
nético que produzia a maior corrente no colector concordava
exactamente com o valor teórico esperado. Este facto é ilustrado
na Fig. 8, onde se mostram as curvas parabólicas que relacionam
o comprimento de onda e o campo magnético (Eq. 3) para pro-
tões e moléculas de hidrogénio, representando os círculos as
observações experimentais. Os campos magnéticos foram medi-
dos com uma espiral de bismuto e o comprimento de onda das
oscilações foi determinado com um medidor General Radio. Não
se procurou obter estas medidas com exactidão, de modo que a
sua precisão não é melhor que um por cento.
A variação das larguras dos picos de ressonância com a vol-
tagem de alta frequência aplicada também concorda com as pre-
visões teóricas. Observou-se que, à medida que a voltagem era

[ 160]
70
g
"E u
I
"'c so
"O
o
" <fO
"O
.9
c JO
"E
·~
--·~ · · - ~
lO
E
uo lO

o ZIJOO 10()() lt1!JIXJ lf.IH10


Campo magnético - gauss

Fig. 8 - Campos magnéticos produzindo ressonâncias de iões para vários


comprimentos de onda: as curvas sólidas correspondem às relações teóricas
[Eq. (3)] para os iões H+ e H2+. Os círculos correspondem aos pontos experi-
mentais.

reduzida, as larguras dos picos de ressonância diminuem e, com


efeito, com voltagens que obriguem os iões a circular 50 vezes
ou mais antes de atingir a periferia, a corrente iónica varia até
zero quando se varia o campo magnético de algumas décimas de
um por cento do seu valor ideal. A precisão com que esta resso-
nância é definida pode ser facilmente compreendida, pois o tempo
que um ião demora a percorrer uma das trajectórias semicirculares
é inversamente proporcional ao campo magnético. Se, por
exemplo, o campo magnético for um por cento maior ou menor
que o valor da ressonância, os iões ficam completamente des-
fasados das oscilações após somente 50 ciclos no tubo. Na Fig. 7,
os picos de ressonância exibem uma largura apreciável, esten-
dendo-se numa gama que é maior que um por cento do campo
magnético. No entanto, na maioria das experiências, os iões cir-

[ 161 ]
culavam um número muito maior de vezes dando origem a picos
tão estreitos que não seriam discerníveis num diagrama deste
tipo.
Evidentemente que o número máximo de vezes que os iões
podem circular é determinado pelo grau de uniformidade do
valor médio do campo magnético ao longo da trajectória em
espiral. De facto, parece dificil construir um magnete com pólos
fornecendo campos suficientemente uniformes que permitam
mais de 100 acelerações dos iões. Mas, felizmente, é possível
corrigir a não uniformidade do campo de um modo semiempí-
rico, permitindo amplificações de voltagem surpreendentemente
maiores. Esta correcção é efectuada inserindo folhas finas de
ferro entre o tubo e o magnete; quer na região central quer na
periferia, conforme necessário. Se o campo magnético for, em
média, ligeiramente mais fraco na periferia de modo que a fase
dos iões se atrasa cada vez mais relativamente à das oscilações à
medida que estes circulam na espiral, podemos sincronizá-los
novamente inserindo na periferia uma folha de ferro de espes-
sura, largura e extensão apropriadas. Se, por outro lado, os iões
tiverem tendência para se adiantar nesta região, pode corrigir-se
essa diferença de fase inserindo uma folha de ferro na região cen-
tral.
É importante frisar, em relação a este ponto, que não é essen-
cial que o campo magnético seja absolutamente uniforme em toda
a região das placas, desde que o valor médio do campo ao longo
das trajectórias dos iões seja tal que estes efectuem revoluções
sucessivas em intervalos de tempo iguais. Assim, pequenos
ajustes do campo magnético podem ser obtidos de modo simples,
aumentando ou diminuindo o campo em pequenos segmentos das
sucessivas trajectórias circulares dos iões. Nas nossas experiências,
o ajuste mais satisfatório foi obtido quando se inseria uma folha
de ferro com 0,025 cm de espessura e com uma forma semelhante
a um ponto de exclamação estendendo-se radialmente com o

[ 162]
extremo mais largo, de 8 cm de largura, na região central e o
extremo mais estreito, de 3 cm de largura, na periferia. A intro-
dução deste "calço" de correcção aumentou o factor de ampli-
ficação (ou seja, a razão entre a voltagem equivalente dos iões
que atinjem o colector e a voltagem de alta frequência máxima
aplicada ao tubo) de cerca de 75 para cerca de 300. Estes valo-
res são estimativas um pouco grosseiras, pois não dispúnhamos
de meios convenientes para medir as tensões de alta frequência
aplicadas ao tubo. As estimativas apresentadas são baseadas
nas distâncias a que se libertam descargas no ar e, por isso, é
provável que a amplificação de voltagem tenha valores ainda
maiores.
O maior factor de amplificação de voltagem foi obtido ao
gerar os iões de maior velocidade, protões de 1 220 000 elec-
trões-volt. Ao longo do desenvolvimento dos trabalhos, verificá-
mos que, em relação a este aspecto, bem como em relação a
outros, a eficiência deste método experimental aumenta à medida
que se utilizam voltagens cada vez maiores.
Determinou-se, por exemplo, que a pressão óptima para o
hidrogénio dentro do tubo aumenta de menos de I~ mm de Hg,
quando se geram protões de 200 000 electrões-volt, para mais de
1Q-3 mm de Hg, quando se produzem protões de 1 000 000 elec-
trões-volt. Entende-se por pressão óptima aquela que dá origem
à maior corrente no colector para uma mesma emissão de elec-
trões do filamento. Tal está ligado ao facto de o percurso médio
livre das partículas aceleradas aumentar com a voltagem.
Na Fig. 9, mostram-se exemplos da variação da corrente
de iões no colector em função da voltagem aplicada às placas de
deflexão. As diferentes curvas referem-se a diferentes condições
particulares de ressonância; por exemplo, a curva A foi obtida na
primeira fenda do sistema colector, quando protões entram em
ressonância com oscilações de 37,5 metros de comprimento de
onda num campo magnético de 5180 gauss resultando, teorica-

[ 163 ]
A - À= 37,5 m, iões H+ 172 000 volts O - À = 28,0 m, iões H; 614 000 volts
B - À = 28,0 m, iões H+ 307 000 volts E - À = 15,3 m, iões H+ 1 035 000 volts
C - À = 37,5 m, iões H ; 344 000 volts F - À = 14, 1 m, iões H+ 1 220 000 volts

~
X IJ

<
I
~

B
u li
..!!
o
u
oc
.!l .s
c
~
o
u

o 1000 1000 .1000


Potencial deflector - volts

Fig. 9 - Correntes de iões no colector de Faraday em função da tensão apli-


cada às placas de deflexão. Verifica-se que as voltagens de deflexão óptimas são
proporcionais às energias cinéticas dos iões calculadas teoricamente (indicadas
em volts na figura), provando assim que os iões recolhidos no colector de Faraday
possuem as velocidades esperadas teoricamente.

mente, na recolha de protões de 172 000 electrões-volt na pri-


meira fenda do sistema colector. Na figura, indicam-se os com-
primentos de onda e os valores teóricos esperados para a voltagem
equivalente dos iões para cada caso. Pode ver-se que, quanto
maior é a voltagem equivalente dos iões, maior é a voltagem de
deflexão necessária para obter a corrente máxima no colector.
Com efeito, a voltagem de deflexão óptima é, dentro do erro
experimental, proporcional à energia cinética dos iões [calculada
a partir da Eq. (4)] e é independente da grandeza da tensão de alta
frequência aplicada ao eléctrodo de aceleração. Estas obser-
vações demonstram, de modo inequívoco, que os iões que chegam
ao colector possuem realmente as altas velocidades previstas
teoricamente. As grandezas das voltagens de deflexão obser-

[ 164]
vadas também estão de acordo com as prev1soes teóricas
dentro da incerteza experimental nas trajectórias dos iões ao
atravessarem o sistema de deflexão. Devido à largura considerável
da fonte de iões (o filamento tem o comprimento de 2,5 cm) o cen-
tro real das trajectórias circulares dos iões na periferia era muito
largo. Este facto em conjunto com as larguras das fendas são
responsáveis pela gama de voltagens de deflexão que chegam ao
colector.

Discussão

Nas presentes experiências atingiu-se um dos objectivos pro-


postos na introdução, nomeadamente, o desenvolvimento de um
método conveniente para a produção de protões com energias
cinéticas da ordem de grandeza de I 000 000 electrões-volt.
Devem realçar-se dois aspectos que contribuiram de modo essen-
cial para o sucesso do método: a acção de focagem dos campos
eléctrico e magnético, e o meio empírico de correcção do campo
magnético pela introdução de tiras de ferro apropriadas. O primeiro
resolveu o problema de gerar feixes intensos de iões de alta velo-
cidade com uma secção muito pequena, necessários para estudar
processos de colisão. O segundo eliminou o problema da uniformi-
dade do campo magnético, tomando possíveis amplificações de
voltagem de mais de 300 vezes. Isto eliminou, por sua vez, quais-
quer dificuldades associadas à geração e aplicação aos eléctrodos
das altas voltagens de alta frequência necessárias. Dispomos, por-
tanto, de uma fonte de iões leves de elevada velocidade que pode
ser facilmente construída e montada numa área restrita de labo-
ratório e a partir de equipamento relativamente modesto. O feixe de
iões produzido possui valiosas características de conveniência e
flexibilidade para muitas experiências de investigação; as vanta-
gens de se obter um feixe estável de iões de elevada velocidade

[ 165]
somente com um milímetro de diâmetro, e gerado num aparelho
colocado numa mesa vulgar de laboratório, são óbvias. Além disso,
o aparelho desenvolvido neste trabalho não apresenta de modo
nenhum características caprichosas, mas funciona sempre de um
modo satisfatoriamente previsível. Isto pode ser ilustrado pelo facto
de poder desmontar-se e remontar-se o tubo de aceleração e, no
prazo de algumas horas após refazer-se o vazio, se poder obter
facilmente feixes estáveis de 1 220 000 electrões-volt.
Mas é talvez ainda mais interessante indagar quais são os
limites práticos deste método, com o fim de estabelecer as exten-
sões e desenvolvimentos que podem prever-se a partir das pre-
sentes experiências.
A limitação de maior importância é o limite provável da ener-
gia máxima dos protões que podem produzir-se. Este limite é
determinado pelas dimensões do magnete disponível; pois a vol-
tagem equivalente final dos iões na periferia é proporcional ao
quadrado da intensidade do campo magnético e ao quadrado do
raio da trajectória. Para protões, não é praticável o uso de campos
magnéticos muito maiores que os empregues no presente tra-
balho (cerca de 14 000 gauss), devido aos problemas colocados
na aplicação de oscilações de alta frequência apropriadas - ou
seja, não é desejável descer muito abaixo de comprimentos de
onda de 14 metros. É, no entanto, praticável usar magnetes muito
maiores do que o utilizado nas presentes experiências. Está actual-
mente a ser instalado no nosso laboratório um magnete com
pólos cujas faces têm 114 cm de diâmetro. Como se pode ver a
partir da Eq. (4), um campo magnético de 14 000 gauss numa
região tão extensa torna possível a produção de protões de
25 000 000 electrões-volt.
É claro que pode argumentar-se que outras dificuldades
podem impedir que se atinja alguma vez uma tal gama de ener-
gias. Pode, por exemplo, ser duvidoso que se consiga obter um
factor de amplificação tão grande que permita realizar na prática

[ 166]
voltagens de alta frequência suficientemente baixas. Nas presentes
experiências, obteve-se, sem grande esforço, um factor de ampli-
ficação de 300, e parece ser possível, através de uma melhor cor-
recção do campo, aumentar consideravelmente esta amplificação
para tensões mais altas. Nas gamas de velocidades mais elevadas
a variação da massa com a velocidade toma-se apreciável, mas a
correcção deste efeito não apresenta grande dificuldade, pois pode
ser obtida alterando o campo magnético do mesmo modo
empírico que foi usado para corrigir a sua falta de uniformidade.
Considerando, assim, um factor de amplificação da voltagem
de 500, a produção de protões de 25 000 000 electrões-volt
necessita de uma tensão de 50 000 volts com um comprimento
de onda de 14 metros aplicados entre as placas aceleradoras; ou
seja, 25 000 volts aplicados a cada placa aceleradora relativa-
mente à terra. É perfeitamente possível fazer isto, embora certa-
mente tivesse que estar disponível uma quantidade enorme de
potência devido à capacidade do sistema.
Interessa também considerar qual é a intensidade máxima do
feixe que se pode obter. Nas experiências actuais não se fez
nenhum esforço a fim de obter intensidades de corrente muito
elevadas. As correntes no colector tinham, em geral, valores· da
ordem de grandeza de 1o-9 A. Com o actual gerador de iões, há
dois factores que podem ser melhorados a fim de aumentar a
produção de iões de alta velocidade - a emissão electrónica e a
pressão do hidrogénio no tubo. A emissão electrónica pode ser
facilmente aumentada de um factor de I O ou 100 vezes em
relação à usada nas presentes experiências. O percurso médio
livre dos protões aumenta com a voltagem de modo que, como se
verificou experimentalmente, a pressão máxima do hidrogénio é
controlada pelo aparecimento de descargas de alta frequência no
tubo devidas à voltagem aplicada aos aceleradores. Estas descar-
gas surgem a uma pressão maior que Io-3 mm de Hg; o motivo
por que a pressão crítica é tão alta deve estar associado à acção
inibidora do campo magnético. Estas considerações levam-nos a

[ 167]
esperar que, com a fonte de iões actual, feixes de iões de alta
velocidade com correntes de até 0,1 microampere possam ser
obtidos facilmente.
Em qualquer caso, a focagem dos iões na trajectória em espi-
ral parece ser tão eficaz que a maior parte dos iões que são forma-
dos chegam ao colector e a intensidade do feixe é determinada,
em grande parte, pela fonte de iões. Este método de aceleração múlti-
pla de iões pode apresentar rendimentos da mesma ordem de gran-
deza dos apresentados por métodos de aplicação directa de alta
voltagem.
Para um determinado dispositivo experimental, a energia dos
iões que chegam ao colector varia inversamente com as suas mas-
sas e directamente com a carga. Deste modo, o magnete de 114 cm,
referido acima, torna possível produzir iões de hidrogénio mole-
cular e iões duplamente carregados de hélio (partículas alfa) de
12 500 000 electrões-volt, e também protões de 25 000 000 elec-
trões-volt. Além disso, toma-se mais fácil gerar o valor teórico
máximo de energia para iões de peso atómico crescente uma vez
que o comprimento de onda das oscilações de alta frequência
aumenta com uma taxa semelhante. Por exemplo, usando um
campo magnético de 14 000 gauss numa região de 114 cm de
diâmetro, poderiam gerar-se iões de azoto com 2 800 000 elec-
trões-volt aplicando oscilações com 123 metros de comprimento
de onda. De um modo geral, este aparelho está adaptado à pro-
dução de iões de todos os elementos, até à massa atómica 25,
com energias cinéticas superiores a 1 000 000 electrões-volt.
Desejamos exprimir o nosso reconhecimento e agradecer ao
Committee-on-Grants-in-Aid do National Research Council, à
Federal Telegraph Company através do Dr. Leonard F. Fuller, seu
vice-presidente, à Research Corporation e à Chemical Founda-
tion, pela sua generosa ajuda que tomou possível a realização
destas experiências.

[Tradução de Paulo Mendes]

[ 168]
A Dispersão de Partículas a e p
pela Matéria e a Estrutura do Átomo
Pelo Professor E. RUTHERFORD, F R. S., Universidade de Manchester'-' 1

[The London, Edinburgh and Dublin Philosophical


Magazine and Journal ofScience, 61h series, 21, 669 (1911)]

§I. É um facto bem conhecido que as partículas a e f3 sofrem


desvios relativamente ao seu movimento rectilíneo devido a coli-
sões com os átomos da matéria que atravessam. Estes desvios são
muito superiores para o caso das partículas /3, uma vez que estas
transportam uma energia e uma quantidade de movimento muito
mais pequenas do que as das partículas a. Parece não haver
dúvida de que estas partículas rápidas passam através dos átomos
ao longo do seu percurso e de que as deflexões observadas são
devidas ao forte campo eléctrico que elas atravessam dentro do
sistema atómico. Tem sido geralmente aceite que a dispersão de
um feixe paralelo de raios a ou /3, quando atravessam urna placa
fina de matéria, é o resultado de uma série de pequenas colisões
com os átomos da matéria atravessada. Contudo, as experiências
de Geiger e Marsden<2l de dispersão de raios a indicam que algu-
mas das partículas a devem sofrer uma deflexão superior a um
ângulo recto numa única colisão. Eles verificaram, por exemplo,
que uma pequena fracção das partículas a incidentes, cerca de I
em 20 000, era desviada de um ângulo médio de 90° quando

1" Comunicação apresentada pelo autor. Um breve resumo deste artigo foi

comunicado à Manchester Literary and Philosophical Society em Fevereiro de


1911.
1' 1 Proc. Roy. Soe. lxxxii. p. 495 ( 1909).

[ 169]
atravessavam uma folha de ouro com cerca de 0,00004 cm de
espessura, o que equivale, em poder de paragem de partículas
a, a I ,6 milímetros de ar. Posteriormente, Geiger(l) mostrou
que o ângulo de deflexão mais provável para um feixe paralelo
de partículas a que atravessa uma folha de ouro com esta
espessura é de cerca de 0,87°. Um pequeno cálculo baseado
em teoria de probabilidades mostra que a probabilidade de uma
partícula a ser deflectida de 90° é perfeitamente desprezável.
Além disso, veremos mais tarde que a distribuição das partículas
a pelos vários ângulos de deflexão grandes não está de acordo
com a lei probabilística que seria de esperar se esses grandes des-
vios fossem o resultado de um elevado número de desvios
pequenos. Parece razoável supor que uma deflexão de um ângulo
grande é devida a uma só colisão atómica, pois a probabilidade
de se dar uma segunda colisão de modo a produzir um desvio
grande deve ser, na maior parte dos casos, extremamente
pequena. Um pequeno cálculo mostra que o átomo tem que criar
um campo eléctrico intenso para produzir desvios tão grandes
numa só colisão.
Recentemente, Sir J. J. Thomson<•) apresentou uma teoria
para explicar a dispersão das partículas carregadas que atraves-
sam placas finas de matéria. Esta teoria pressupõe que o átomo
consiste num número N de corpúsculos com carga negativa,
juntamente com uma quantidade igual de electricidade positiva
distribuída uniformemente e com forma esférica. A deflexão de
uma partícula com carga negativa que passa através do átomo
é então o efeito de duas causas - (I) a repulsão dos corpúsculos
disseminados no átomo e (2) a atracção da electricidade positiva
do átomo. Supõe-se que a deflexão da partícula ao passar pelo

(3) Proe. Roy. Soe. lxxxii. p. 492 (1910).


<•> Camb. Lit. & Phil. Soe. xv. pt. 5 (1910).

[ 170]
átomo é pequena e que a deflexão média após um número ele-
vado m de colisões é de Vm.(} , em que (} é a deflexão média
devida a um único átomo. Foi demonstrado que o número N de
electrões num átomo pode ser deduzido a partir dos resultados
experimentais provenientes da dispersão de partículas car-
regadas. Esta teoria de colisões múltiplas foi testada experimen-
talmente por Crowthd5> num artigo posterior. Aparentemente os
seus resultados confirmaram as conclusões principais da teoria e
ele deduziu, pressupondo que a electricidade positiva era con-
tínua, que o número de electrões num átomo é de cerca de três
vezes o seu peso atómico.
A teoria de Sir J. J. Thomson é baseada na hipótese de
um pequeno desvio causado por uma única colisão atómica
e pressupõe para o átomo uma estrutura tal que uma par-
tícula a que o atravesse não sofra uma deflexão grande, a
menos que o diâmetro da esfera de electricidade positiva seja
minúscula comparada com o diâmetro da esfera de influência
do átomo .
Uma vez que as partículas a e f3 atravessam o átomo, deveria
ser possível, a partir de um estudo minucioso da natureza da
deflexão, formar uma ideia da constituição do átomo de maneira
a produzir os efeitos observados. De facto, a dispersão de par-
tículas carregadas a alta velocidade pelos átomos da matéria é
um dos métodos mais prometedores para atacar este problema.
O desenvolvimento do método de contagem de partículas a uma
a uma por cintilação trouxe grandes vantagens para a investi-
gação, tendo os trabalhos de H. Geiger, que usou este método,
aumentado substancialmente o nosso conhecimento sobre a
dispersão dos raios a pela matéria.

''1 Crowther, Proc. Roy. Soe. lxxxiv. p. 226 ( 1910).

[ 171 ]
§2. Primeiro vamos estudar, de um ponto de vista teórico, as
colisões simples<6> com um átomo de estrutura simples capaz de
provocar deflexões grandes de uma partícula a. Em seguida
vamos comparar as deduções da teoria com os resultados experi-
mentais disponíveis.
Considere-se um átomo constituído por uma carga ± Ne no
centro rodeada por uma esfera de electrificação com uma carga
+ Ne que se supõe estar uniformemente distribuída numa esfera
de raio R e é a unidade fundamental de carga que, neste artigo, se
considera igual a 4,65 x I Q-10 unidades E. S.(7). Vamos supor que,
para distâncias inferiores a I ü- 12 cm, tanto a carga central como
a carga da partícula a podem considerar-se como pontuais. Mais
tarde ver-se-á que os resultados principais desta teoria não
dependem do sinal atribuído à carga central. Por uma questão de
conveniência, admitiremos que esse sinal é positivo. O problema
da estabilidade do modelo atómico proposto não necessita de ser
abordado nesta altura, pois isso dependerá obviamente da estru-
tura detalhada do átomo e do movimento das partes carregadas
que o constituem.
Para se ficar com uma ideia da força necessária para
deflectir uma partícula a de um ângulo grande, considere-se
um átomo constituído por uma carga positiva Ne colocada no
seu centro e rodeada por uma distribuição de electricidade
negativa Ne uniformemente distribuída numa esfera de raio R.
A força eléctrica Xl8> e o potencial V num ponto dentro do
átomo a uma distância r do seu centro são dados por

<'l A deflexão de uma partícula de um ângulo considerável devido a uma


colisão com um único átomo será chamada, neste artigo, colisão " simples".
A deflexão de uma partícula causada por uma série de pequenos desvios será
designada por colisão " múltipla".
1' 1 N. do T: Unidades E. S. correspondem às unidades electrostáticas de carga

(u.e.c.). O valor actual de e é 4,80 x 1o-1o u.e.c.


1' 1 N. do T : O autor refere-se à força eléctrica por unidade de carga, i. e., ao

campo eléctrico.

[ 172]
1
X= Ne ( - -
r2
_!_)
R3

V=Ne ( - -__+~).
1 3
r 2R 2R3

Seja uma partícula a, de massa m, velocidade u e carga E, dis-


parada directamente em direcção ao centro do átomo. Ela
atingirá o repouso a uma distância b do centro dada por

1 3
_I_ mu2 = NeE ( - - -- + _!!!__) ·
2 b 2R 2R3

b é uma grandeza importante, como se poderá verificar em cál-


culos posteriores. Pressupondo para a carga central um valor de
I 00 e, pode determinar-se que, para uma partícula a com uma
velocidade de 2,09 x 109 cm por segundo, b virá igual a cerca de
3,4 x I Q-1 2 cm. Neste cálculo supôs-se que b era muito pequeno
quando comparado com R. Como se considera que R é da ordem
de grandeza do raio do átomo, cerca de I o-s cm, é óbvio que a
partícula a, antes de voltar para trás, penetra até tão perto da
carga central que o campo devido à distribuição uniforme de
electricidade negativa pode ser desprezado. Um simples cálculo
mostra que, em geral, para todas as deflexões superiores a um
grau, se pode supor que a deflexão é devida apenas ao campo
criado pela carga central sem cometer um erro apreciável.
Possíveis desvios devidos a colisões simples com a electrici-
dade negativa, admitindo que esta se distribui sob a forma de
corpúsculos, não são, para já, incluídos na teoria. Mostrar-se-á,
posteriormente, que o seu efeito é, em geral, pequeno quando
comparado com o do campo central.
Considere-se a passagem de uma partícula de carga positiva
perto do centro de um átomo. Supondo que essa passagem
através do átomo não vai causar nenhuma alteração apreciável na

[ 173 ]
Fig. I.

velocidade da partícula, o percurso que ela segue sob a influên-


cia de uma força repulsiva que varia inversamente com o
quadrado da distância será uma hipérbole, cujo foco exterior
coincide com o centro do átomo S. Suponha-se que a partícula
penetra no átomo segundo a direcção PO (Fig. I) e sai segundo
a direcção OP'. OP e OP' fazem ângulos iguais com a linha SA,
em que A é o vértice da hipérbole. p = SN = distância na per-
pendicular entre o centro do átomo e a direcção do movimento
inicial da partícula.
Seja o ângulo POA = 8.
Seja V= velocidade da partícula ao entrar no átomo e v a sua
velocidade em A. Então, considerações acerca do momento
angular levam a que
pV= SA.v.

[ 174]
Da conservação da energia vem

1 1 NeE
-mV2=-mv2+ - - ,
2 2 SA

v2= V2 ( 1- s~) .

Como a excentricidade é sec O,

SA = SO + OA = p cosec O(1 + cos 8)


= p cot 012,
p2 = SA (SA- b) = p cot 012 (p cot 012- b),
:. b = 2 p cotO.

O ângulo de desvio tp da partícula é 1r - 2 Oe

2 (9)
cot (tf>/2) = _.P_ (I)
b

Esta expressão permite calcular o ângulo de desvio da


partícula em termos de b e da distância, na perpendicular, entre o
centro do átomo e a direcção de incidência.
A título de exemplo, mostra-se seguidamente uma tabela com
os ângulos de desvio tp correspondentes a diversos valores de
p/b:

p/b ... lO 0,5 0,25 0, 125


tp.. .... 5,7° 90° 127° 152°

<•l Facilmente se pode verificar que se obtém a mesma expressão para a


deflexão se as forças forem atractivas em vez de repulsivas.

[ 175 ]
§3 . Probabilidades de Deflexão Simples de um Ângulo Arbitrária.

Suponhamos um feixe paralelo de partículas carregadas que


incide sobre uma placa fina de matéria de espessura t, segundo a
perpendicular. As partículas do feixe deverão então passar
através da placa praticamente segundo a normal, sofrendo apenas
uma ligeira alteração na sua velocidade, com excepção de umas
poucas que sofrem uma deflexão grande. Seja n = número de áto-
mos por unidade de volume do material. O número de colisões
de uma partícula com os átomos de raio R ao atravessar a espes-
sura t será então de 1r R2 nt.
A probabilidade m de essa partícula incidir num átomo a uma
distância do seu centro inferior a p é dada por

m = np2 nt.

A probabilidade dm de incidir a uma distância entre p e p + dp


vem dada por

1r
dm = 2n pnt.dp =
4 ntb2 cot ( ~2) cosec2 ( 1/)/2) di/), (2)

uma vez que

cot (~2) = 2 plb.

O valor de dm corresponde à proporção do número total de


partículas que sofre um desvio entre os ângulos tP e tP + di/).
A proporção p do número total de partículas que é deflectida
de um ângulo superior a tP é dada por

1r
p= ntb2 cot2 ( ~2).
4 (3)

[ 176]
A proporção p que é deflectida entre os ângulos <PI e 4>2 vem
dada por

n
p = 4ntb2 ( cot2 2<f>I - cot2 24>2 ) . (4)

É conveniente escrever a equação (2) de outra forma a fim de


facilitar a sua verificação experimental. No caso dos raios a,
conta-se o número de cintilações numa área constante de um
detector de sulfureto de zinco para vários valores diferentes do
ângulo com a direcção de incidência das partículas. Seja r = dis-
tância ao ponto de incidência dos raios a no material deflector.
Então, se Q for o número total das partículas incide.ntes sobre o
material deflector, o número y das partículas a que são deflecti-
das de um ângulo <P e vão incidir sobre a unidade de área é dado
por

Q dm ntb2.Q.cosec4(<Pf2) (5)
Y = 2nr2 sincp. dcp = 16 r2

2NeE
Como b = ~· esta equação mostra que o número de par-
tículas a (cintilações) por unidade de área do detector de sul-
fureto de zinco colocado a uma certa distância r do ponto de
incidência dos raios a é porporcionál a

(l) cosec4(<Pf2) ou 1/cp4 se <P for pequeno;

(2) espessura do material deflector t, desde que seja pequena;

(3) grandeza da carga central Ne;

(4) e é inversamente proporcional a (mu2)2, ou à quarta potên-


cia da velocidade se m for constante.

[ 177]
Nestes cálculos, supôs-se que as partículas a deflectidas de
um ângulo grande sofrem uma única deflexão grande. Para que
esta hipótese se verifique, é essencial que a espessura do material
deflector seja tão pequena que a probabilidade de uma segunda
colisão envolvendo outra deflexão grande seja muito pequena.
Se, por exemplo, a probabilidade de uma única deflexão 1/J, ao
passar por uma espessura t, é de 1/1000, a probabilidade de duas
deflexões sucessivas, cada uma de valor 1/J, é de 1/106 sendo, por-
tanto, completamente desprezável.
A distribuição angular das partículas a dispersadas por uma
folha metálica fina constitui um dos métodos mais simples de
testar, na generalidade, a validade desta teoria de colisão simples.
Experiências deste género com raios a foram recentemente efec-
tuadas pelo Dr. Geiger< 10l, que verificou que a distribuição das
partículas deflectidas entre 30° e 150° por uma folha de ouro fina
está substancialmente de acordo com a teoria. Uma descrição
mais detalhada desta e de outras experiências que testam a vali-
dade da teoria será publicada posteriormente.

§4. Alteração da Velocidade numa Colisão Atómica

Até agora, tem-se partido do princípio de que uma partícula


a ou f3 não sofre uma alteração apreciável na sua velocidade
devido a uma colisão atómica simples que origine uma grande
deflexão. A variação da velocidade da partícula causada por uma
colisão deste tipo pode ser calculada desde que se admitam cer-
tas hipóteses. Supõe-se que se trata de um problema que apenas
envolve dois corpos, como é evidente, a partícula que se dirige
rapidamente para o alvo e o átomo que ela atravessa e que se

<"> Manch. Lit. & Phil. Soe. 1910.

[ 178]
B

Fig. 2.

supõe estar inicialmente em repouso. Supõe-se que o princípio de


conservação da quantidade de movimento e da energia se man-
tém válido e que não há perda apreciável de energia nem de
quantidade de movimento por radiação.

Sejam a massa da partícula,

v1 = velocidade de aproximação,

v2 = velocidade de afastamento,

M = massa do átomo,

V = velocidade comunicada ao átomo em virttide da colisão.

Representemos por OA (Fig. 2), a quantidade de movimento


mv 1 da partícula incidente, em dire~ção , sentido e módulo, e
por OB a quantidade de movimento mv2 da partícula deflectida,
a qual se desviou de um ângulo AOB = !p. Então BA representa
a quantidade de movimento MV do átomo no seu movimento de
recuo, em direcção, sentido e módulo.

[ 179]
Pela conservação da energia

(2)

Seja Mim = K e v2 = pvl> em que p < I.


De (I) e (2),

(K + 1) p2 - 2p cos 1/J = K- 1,

ou
cosljJ 1 ,----
p = K+T + K + 1 y' K2 - sin2 1/J.

Considere-se o caso de uma partícula a de peso atómico 4,


deflectida de um ângulo de 90° por colisão com um átomo de
ouro de peso atómico 197.
Como praticamente K = 49,

-\~
p= v K+T = 0,979,
ou seja, a velocidade da partícula é reduzida de apenas cerca de
2 por cento pela colisão.
No caso do alumínio K = 27/4 e, para ljJ = 90°, p = 0,86.
Vê-se que, de acordo com esta teoria, a redução da veloci-
dade da partícula a se toma importante para colisões com os áto-
mos mais leves. Como o alcance das partículas a no ar ou noutra
matéria é aproximadamente proporcional ao cubo da velocidade,
uma partícula a com um alcance de 7 cm verá este valor
reduzido a 4,5 cm após sofrer um único desvio de 90° ao atra-
vessar um átomo de alumínio. A ordem de grandeza destes valores
permite uma fácil verificação experimental. Como o valor de K é

[ 180]
muito elevado para a colisão de uma partícula f3 com um átomo, a
diminuição da velocidade dada por esta fórmula é muito pequena.
Quando se considera a alteração da velocidade e a dis-
tribuição das partículas deflectidas na colisão de uma partícula a
com um átomo leve, como por exemplo um átomo de hidrogénio
ou de hélio, surgem alguns casos teóricos muito interessantes.
Um tratamento destes e de outros casos semelhantes fica adiado
até esta questão ter sido abordada experimentalmente.

§5 . Comparação das Colisões Simples e Múltipla

Antes de comparar os resultados teóricos com os experimen-


tais, é conveniente avaliar a importância relativa da colisão sim-
ples e da colisão múltipla na determinação da distribuição das
partículas deflectidas. Uma vez que se supõe que o átomo é cons-
tituído por uma carga central, rodeada por uma distribuição uni-
forme de sinal oposto com a forma de uma esfera de raio R, a
probabilidade de colisão correspondente a deflexões pequenas é
muito elevada comparada com a probabilidade correspondente a
uma única deflexão grande.
Este problema da colisão múltipla foi abordado por Sir J. J.
Thomson no artigo referido anteriormente (§I). Nesse artigo é
deduzida uma expressão para a deflexão média 1/>1 devida ao
campo da esfera de electricidade positiva de raio R e valor Ne
que, na notação aí usada, é

tr NeE 1
lf>t=4 · mu2 ·R ·

A deflexão média 1/>2 devida aos N corpúsculos de carga


negativa que se supõe estarem uniformemente distribuídos na
esfera vem dada por

[ 181 ]
_ _!i eE _I_" !3fT
~ - 5 mu2 · R V----::;--2- ·

Tomou-se para a deflexão média devida à electricidade positiva


e negativa

A deflexão média originada pelo átomo com uma carga cen-


tral referida neste artigo pode ser facilmente calculada de um
modo semelhante.
Como o campo eléctrico radial X a qualquer distância r do
centro é dado por

X= Ne (...!._-...!:.),
r2 R3

não é difícil demonstrar que a deflexão (supostamente pequena)


de uma carga eléctrica causada por este campo é dada por

(}= .!!.__( 1- p2 ) 3/2


p R2 '

em que p é a distância na perpendicular entre o centro e a trajec-


tória da partícula e b tem o mesmo significado que anterior-
mente. Verifica-se que o valor de (}aumenta com a diminuição de
p e torna-se elevado para pequenos valores de q,<11 ).
Uma vez que já vimos que as deflexões se tornam muito
grandes para uma partícula que passe perto do centro do átomo,
não é, obviamente, correcto tirar a média com base na hipótese
de (} ser pequeno.

<" 1 N. do T. : Certamente uma gralha no original. 8 toma-se elevado para


pequenos valores de p .

[ 182]
Tomando para R valores da ordem de I o-s cm, o valor de p para
deflexões grandes é, para partículas a e /3, da ordem de I o-11 cm.
Como a probabilidade de uma colisão correspondente a uma
deflexão grande é pequena quando comparada com a probabili-
dade correspondente a deflexões pequenas, facilmente se pode
concluir que a pequena deflexão média permanece praticamente
inalterada se as deflexões grandes forem omitidas. Isto é equiva-
lente a integrar na região da secção eficaz do átomo correspon-
dente às deflexões pequenas e a desprezar a pequena área central.
Deste modo pode facilmente demonstrar-se que a pequena
deflexão média vem dada por

31t b
t/>1 =8/f ·

Este valor de 4> 1 para o átomo com uma carga central concentrada
é três vezes superior à deflexão média para o mesmo valor de Ne
no modelo do átomo estudado por Sir J. J. Thomson. Combinando
as deflexões produzidas pelo campo eléctrico e pelos corpús-
culos, a deflexão média vem dada por

( 12)

(t/>~ + ~ i ou _!_ ( 5 54+ 15,4 )1/2


2R ' R ·

Ver-se-á mais tarde que o valor de N é aproximadamente pro-


porcional ao peso atómico e é de cerca de I 00 para o ouro. O efeito
causado pela colisão com os corpúsculos, representado pelo
segundo termo da equação, é, consequentemente, pequeno para áto-
mos pesados quando comparado com o efeito causado pelo campo
eléctrico central.

''" N. do T: Trata-se claramente de uma gralha no original. A expressão


para a deflexão média deverá evidentemente ser ( q,~ + ~) 112 •

[ 183 ]
Desprezando o segundo termo, a deflexão média por átomo é
. - d e const.derar os etiettos
J1tb E stamos agora em postçao
d e 8R. . re Ia-
tivos devidos à colisão simples e à colisão múltipla na dis-
tribuição das partículas. De acordo com a argumentação de J. J.
Thomson, a deflexão média 01, após passagem por uma espessura
t de matéria, é proporcional à raiz quadrada do número de coli-
sões e é dada por

o,-- 3rtb
8R
v 2
trR .n.t-
- 31tb ... ; -
8
V 1rnt,

em que n representa ainda o número de átomos por unidade de


volume.
A probabilidade p 1 de colisão múltipla correspondente a uma
deflexão da partícula superior a tfJ é igual a
2
/ e-' e: .
Consequentemente

tfJ2 = - -9rt3 b2 nt Iogp 1•


64

Suponhamos seguidamente que apenas ocorrem colisões sim-


ples. Já vimos (§3) que a probabilidade p 2 de uma deflexão supe-
rior a t/J é dada por

p 2 = ~ b2.n.t cot2 (t/J/2).


4

Comparando estas duas equações

p 2 logp 1 = --0,181, qilcot2 (t/J/2),

t/J é suficientemente pequeno para que

tan ( t/J/2) = t/J/2,


p 2 logp 1 = --0,72.

[ 184]
Se supusermos p 2 = 0,5, então p 1 = 0,24.

Se P2 = 0, 1, p 1 = 0,0004.

É evidente, como ilustra esta comparação, que a probabili-


dade de uma certa deflexão é sempre maior para a colisão sim-
ples do que para a colisão múltipla. Esta discrepância é espe-
cialmente marcada quando apenas uma pequena fracção das
partículas é deflectida de qualquer ângulo. Daqui resulta que a
distribuição das partículas devida a colisões com os átomos
seja, para pequenas espessuras, essencialmente governada pela
colisão simples. Não há dúvida de que a colisão múltipla produz
um certo efeito de uniformização da distribuição das partículas
deflectidas; no entanto, este efeito toma-se, relativamente, tanto
mais pequeno quanto menor for a proporção das partículas
deflectidas de qualquer ângulo.

§6. Comparação da Teoria com a Exp eriência

Na teoria apresentada neste artigo, a grandeza da carga


central Ne é uma constante importante, pelo que é conveniente
determinar o seu valor para os diferentes átomos. A maneira mais
fácil de o fazer consiste em dete_rminar a pequena proporção
das partículas a e {3 incidentes numa folha metálica fina com
velocidade conhecida, que são deflectidas entre cp e cp + dcp,
sendo cp o ângulo de deflexão . A influência das colisões
múltiplas deverá ser pequena desde que esta proporção seja
pequena.
Experiências neste sentido estão presentemente em curso,
mas é conveniente proceder, desde já, à interpretação dos resul-
tados experimentais já publicados acerca da dispersão de partí-
culas a e {3 à luz da teoria aqui apresentada.

[ 185 ]
Considerar-se-ão os seguintes pontos:

(a) A "reflexão difusa" de partículas a, i. e., a deflexão de


partículas a correspondente a ângulos grandes (Geiger e
Marsden).

(b) A variação da reflexão difusa com o peso atómico do


material deflector (Geiger e Marsden).

(c) A dispersão média de um feixe paralelo de partículas a


que atravessa uma placa metálica fina (Geiger).

(d) As experiências de Crowther de dispersão de raios f3 com


diferentes velocidades por vários metais.

(a) O artigo de Geiger e Marsden (loc. cit.) sobre a reflexão


difusa das partículas a que incidem sobre várias substâncias
mostra que cerca de 1/8000 das partículas a de rádio c cll> que
incidem numa placa grossa de platina são deflectidas para trás na
direcção de incidência. Esta proporção foi deduzida a partir da
hipótese de as partículas a serem uniformemente difundidas em
todas as direcções, tendo as observações sido feitas para uma
deflexão de cerca de 90°. O tipo de experiência não é muito apro-
priado à obtenção de resultados rigorosos, mas é possível
mostrar, a partir dos resultados disponíveis, que a dispersão
observada é aproximadamente a que será de esperar da teoria se
se supuser que o átomo de platina tem uma carga central de cerca
de 100 e.

(b) Nas suas experiências neste domínio, Geiger e Marsden


determinaram o número relativo de partículas a difusamente
reflectidas por camadas grossas de vários metais diferentes, em

cm N. do T.: O rádio C corresponde ao nuclido "'Bi da série radioactiva do


urânio.

[ 186]
condições semelhantes. Os números que eles obtiveram figuram
na Tabela seguinte, onde z representa o número relativo de partí-
culas deflectidas medido pelo número de cintilações por minuto
num detector de sulfureto de zinco.

Tabela I
Metal Peso atómico z zfAJ12

Chumbo .. 207 62 208


Ouro .. 197 67 242
Platina . 195 63 232
Estanho 119 34 226
Prata . 108 27 241
Cobre . 64 14,5 225
Ferro . 56 10,2 250
Alumínio . .... 27 3,4 243
Média 233

Na teoria de colisão simples, e pressupondo que a carga cen-


tral é proporcional ao peso atómico A, a fracção do número total
de partículas a deflectida de um ângulo arbitrário ao passar
através de uma espessura t é proporcional a nA2 t. No caso pre-
sente, a espessura de matéria da qual as partículas a deflectidas
são capazes de emergir e afectar o detector de sulfureto de zinco
depende do metal. Uma vez que Bragg mostrou que o poder de
paragem de um átomo para uma partícula a é proporcional à raiz
quadrada do seu peso atómico, o valor de nt para os diferentes
elementos é proporcional a 1/W. Neste caso, t representa a pro-
fundidade máxima da qual as partículas a deflectidas podem
emergir. O número z de partículas a deflectidas para trás por uma
placa grossa é, consequentemente, proporcional a A312, ou seja,
zfA312 deve ser constante.

[ 187]
Para comparar esta dedução com os resultados experimentais,
dão-se, na última coluna, os valores relativos deste quociente.
Considerando a dificuldade das experiências, a concordância
entre a teoria e a experiência é razoavelmente boa<'•>.
A colisão simples de partículas a correspondente a deflexões
grandes irá obviamente afectar, até certo ponto, a forma da curva
de ionização de Bragg para um feixe paralelo de raios a. Este
efeito das deflexões grandes deve ser acentuado quando os raios
a atravessam folhas de metais de elevado peso atómico, mas
deve ser pequeno para átomos leves.
(c) Geiger efectuou uma determinação cuidada, pelo método
das cintilações, da deflexão das partículas a que atravessam
folhas metálicas finas e deduziu o ângulo de deflexão mais
provável para as partículas a que atravessam espessuras conhe-
cidas de diferentes tipos de matéria.
A fonte utilizada era constituída por um fino feixe paralelo
homogéneo de raios a. Foi efectuada a medição directa do
número total de partículas a deflectidas de vários ângulos dife-
rentes após atravessarem a folha deflectora. Tomou-se para
ângulo mais provável o ângulo para o qual o número de partículas
deflectidas era máximo. Foi igualmente calculada a variação do
ângulo mais provável com a espessura da matéria, embora o cál-
culo efectuado a partir destes resultados seja um tanto dificultado
pela variação da velocidade das partículas a ao atravessarem o
material deflector. Uma análise da curva de distribuição das par-
tículas a apresentada nesse artigo (loc. cit., p. 496) mostra que o
ângulo segundo o qual metade das partículas são deflectidas<ll> é
cerca de 20 por cento superior ao ângulo mais provável.

1" 1 Neste cálculo é desprezado o efeito da variação da velocidade numa

colisão atómica.
1" 1 N. do T. : O autor refere-se ao ângulo tal que metade das partículas sofre

urna deflexão superior a ele.

[ 188]
Já vimos que a colisão múltipla se pode tornar importante
quando cerca de metade das partículas é deflectida de um certo
ângulo<'6> e é difícil destrinçar, nesses casos, os efeitos relativos
devidos a cada um dos tipos de colisão. É possível efectuar um
cálculo estimativo do seguinte modo: de (§5) a relação entre as
probabilidades PI e p 2, para a colisão múltipla e a colisão simples
respectivamente, é dada por

p 2 logpi =- 0,721.

Em primeira aproximação, pode tomar-se para a probabilidade q


dos dois efeitos combinados

Para q = 0,5, tem-se

PI = 0,2 e p 2 = 0,46.

Já vimos que a probabilidade p 2 de ocorrência de uma deflexão


simples superior a tP é dada por

p2 =
n n.t.b2 cot2 (tP/2).
4
Como tP é comparativamente pequeno nas experiências conside-
radas,

2NeE
=b=--·
mu2

<"1 N. do T : O autor refere-se ao ângulo tal que metade das particulas sofre
uma deflexão que lhe é superior.

[ 189]
Geiger obteve o valor de I 0 40' para o ângulo de deflexão
mais provável dos raios a que atravessam uma espessura de
ouro equivalente, em poder de paragem, a cerca de 0,76 cm
de ar. O ângulo lP correspondente à deflexão de metade das par-
tículas a é, portanto, de quase 2°.

t= 0,00017 cm; n= 6,07 x 1022;


u (valor médio)= 1,8 x 109.
Elm = 1,5 x 1014 unidades E. S.; e= 4,65 x lQ-10.

Considerando a probabilidade de colisão simples = 0,46 e


substituindo estes valores na fórmula, o valor de N para o ouro
vem igual a 97.
Com uma espessura de ouro equivalente, em poder de para-
gem, a 2, 12 cm de ar, Geiger obteve para o ângulo mais provável
o valor de 3°40'. Neste caso t = 0,00047, lP= 4,4° e o valor médio
deu = I ,7 x 109, vindo então N igual a 114.
Geiger mostrou que o ângulo de deflexão mais provável para
um certo átomo é aproximadamente proporcional ao seu peso
atómico. Consequentemente, o valor de N para os diversos átomos
deve ser aproximadamente proporcional ao respectivo peso
atómico, pelo menos para pesos atómicos entre o ouro e o aluminio.
Como o peso atómico da platina é quase igual ao do ouro,
estas considerações mostram que a intensidade da reflexão difusa
das partículas a pelo ouro correspondente a ângulos superiores a
90°, e o valor do pequeno ângulo de deflexão médio de um feixe
paralelo de raios que atravessam uma folha de ouro, são ambos
explicados pela hipótese de colisão simples, desde que se admita
que o átomo de ouro tem uma carga central de cerca de l 00 e.

(d) Experiências de dispersão de raios f3 de Crowther. Vamos


agora ver até que ponto os resultados experimentais de Crowther

[ 190]
de dispersão de partículas f3 com diferentes velocidades por
vários materiais podem ser explicados pela teoria geral de coli-
são simples. Segundo esta teoria, a proporção p de partículas f3
desviadas de um ângulo superior a iP é dada por

p =-
n n.t.b2 cot2 (4>/2).
4

Na maior parte das experiências de Crowther, iP é suficiente-


mente pequeno para que se possa substituir tan ( q,/2) por q,/2 sem,
com isso, se recometer um erro apreciável. Consequentemente

iP2 = 2n n.t.b2 se p = 1/2.

Vimos já que, de acordo com a teoria de colisão múltipla, a pro-


babilidade PI correspondente a uma deflexão das partículas
superior a iP é dada por

9n3
iP 2 I logpi =- n.t.b 2.
64

Como nas experiências de Crowther a espessura t da matéria foi


ajustada de modo a que PI = 1/2,

iP 2 = 0,96n ntb2.

Assim, para uma probabilidade de l/2, as teorias de colisão


simples e de colisão múltipla assumem uma forma idêntica,
diferindo embora de um factor constante. É, portanto, evidente
que os resultados essenciais da teoria de colisão múltipla de Sir
J. J. Thomson que foram verificados experimentalmente por
Crowther são igualmente válidos na teoria de colisão simples.
Por exemplo, se tm for a espessura para a qual metade das
partículas são deflectidas de um ângulo iP, Crowther mostrou
que as quantidades iPI v't;; e .mf.
v't;; permanecem constantes

[ 191 ]
para um certo material desde que tfJ permaneça fixo<17). Estes
resultados também são válidos na teoria de colisão simples.
Apesar desta aparente semelhança na forma, as duas teorias são
fundamentalmente diferentes. Num caso, os efeitos observados
são devidos a uma acção cumulativa das deflexões pequenas,
enquanto, no outro, se supõe que as deflexões grandes são devi-
das a uma única colisão. Quando a probabilidade de deflexão
superior a tfJ é pequena, a distribuição das partículas deflectidas
é completamente diferente nas duas teorias.
Já vimos que Geiger verificou que a distribuição das partí-
culas a pelos diversos ângulos de deflexão está substancial-
mente de acordo com a teoria de colisão simples, não podendo,
além do mais, ser explicada pela teoria de colisão múltipla por
si só. Como há todos os motivos para acreditar que as leis que
regem a dispersão das partículas a e f3 são muito semelhantes,
a lei de distribuição das partículas f3 que atravessam matéria de
pequena espessura deverá ser a mesma que a das partículas a.
Uma vez que o valor de mu2JE para as partículas f3 é, na maior
parte dos casos, muito mais pequeno do que o valor correspon-
dente para as partículas a, a probabilidade de as partículas f3
sofrerem uma deflexão grande numa única colisão, quando pas-
sam através de uma certa espessura de matéria, é muito maior do
que a das partículas a. Como na teoria de colisão simples, a pro-
porção do número de partículas que são deflectidas de um certo
ângulo< 18) é proporcional a kt, em que t é a espessura, que se supõe
ser pequena, e k é uma constante, o número de partículas que não

0 ' 1 N do r: Trata-se de uma gralha no original. Crowther mostrou que,

para um certo material, ~ !VI;, permanece constante para diversos valores


de ~, e mu 2 permanece constante para ~fixo.
EYÇ
do r: O autor refere-se às partículas que são deflectidas de um ângulo
1" 1 N.

superior a esse.

[ 192]
são deflectidas desse ângulo<'9>é proporcional a I - kt. De con-
siderações baseadas na teoria de colisão múltipla, Sir J. J.
Thomson deduziu que a probabilidade de deflexão inferior a l/J é
proporcional a I - e-JII1 em que ).l é constante para qualquer valor
de l/J.
A validade desta última fórmula foi testada por Crowther
através da medição eléctrica da fracção 1110 das partículas {3 que
foram deflectidas e passaram pela abertura circular que subtende
o ângulo de 36° com o material deflectot20>. Se

1110 = I - e-JIIt,

o valor de I deve inicialmente decrescer muito lentamente com o


aumento de t. Crowther, usando o alumínio como material
deflector, afirma que a variação de 1110 está em bom acordo com
esta teoria para pequenos valores de t. Por outro lado, se a coli-
são simples tem, de facto, lugar, como acontece sem dúvida para
os raios a, a curva que descreve a relação entre 1110 e t deverá ser
quase linear no estádio inicial. As experiências de dispersão de
raios {3 de Marsdsenc2 '>, embora não tenham sido realizadas com
uma espessura de alumínio tão pequena como as de Crowther,
corroboram certamente esta conclusão. Considerando a importân-
cia do ponto em causa, seria vantajosa a realização de mais expe-
riências sobre esta questão.
Os valores da carga central Ne podem ser calculados pela teo-
ria de colisão simples a partir da tabela de valores de l/J I '\/T,; para
vários elementos e para raios {3 com a velocidade de 2,68 x I0 10 cm/s,

1" 1N. do T. : O autor refere-se ao número de partículas que são deflectidas

de um ângulo inferior a esse.


1201 N. do T.: O autor refere-se às partfculas com um ângulo de defl exão infe-

rior a 18°.
<m Phil. Mag. xviii. p. 909 ( 1909).

[ 193 ]
fornecida por Crowther. Supõe-se, tal como para o caso dos
raios a, que, para cada valor de 1/J I V"i;,, a proporção das partí-
culas f3 deflectidas por colisão simples de um ângulo superior a
1/J é de 0,46 em vez de 0,5.
Os valores de N calculados a partir dos resultados de Crowther
são os seguintes

Tabela 2
Elemento Peso atómico 1/J!Vf, N
Alumínio .. 27 4,25 22
Cobre ······· ---····- 63,2 10,0 42
Prata ... ·-- -·-- ...... 108 15,4 78
Platina . 194 29,0 138

Recorde-se que os valores de N para o ouro, obtidos de


dois cálculos baseados na dispersão de partículas a, foram 97 e
114. Estes números são um pouco mais pequenos do que o valor
dado acima para a platina (evidentemente, 138) cujo peso
atómico não é muito diferente do do ouro. Tendo em conta o
efeito das incertezas dos resultados experimentais nos cálculos, a
concordância é suficientemente boa para constituir uma indi-
cação de que as leis gerais de dispersão para as partículas a e f3
são as mesmas, apesar das grandes diferenças na velocidade rela-
tiva e na massa dessas partículas.
Tal como no caso dos raios a, o valor de N para qualquer ele-
mento pode ser muito simplesmente determinado pela medida da
pequena proporção das partículas f3 incidentes que são deflecti-
das de um ângulo grande. Deste modo evitam-se possíveis erros
devidos a deflexões pequenas.
Os resultados experimentais para a dispersão de raios {3, tal
como para a dispersão de raios a, indicam que a carga central
dum átomo é aproximadamente proporcional ao seu peso

[ 194]
atómico. Isto está de acordo com as verificações experimentais
de Schmidt<22 '. Na sua teoria de absorção de raios /3, ele supõe que
uma pequena proporção a das partículas que atravessam uma
folha fina de matéria é detida e uma pequena proporção f3 é
reflectida ou desviada para trás na direcção de incidência.
Comparando as curvas de absorção de vários elementos, ele
deduziu que o valor da constante f3 para os diferentes elementos
é proporcional a nA2 em que n é o número de átomos por unidade
de volume e A é o peso atómico do elemento. Esta é exactamente
a relação que seria de esperar da teoria de colisão simples se a
carga central de um átomo for proporcional ao seu peso atómico.

§7. Considerações Gerais

Ao comparar a teoria resumida neste artigo com os resul-


tados experimentais, supôs-se que o átomo consiste numa carga
central concentrada num ponto e que os valores elevados das
deflexões simples das partículas a e f3 são essencialmente
devidos à sua passagem através do forte campo central. O efeito
da carga de compensação igual e oposta, que se supõe estar dis-
tribuída uniformemente numa esfera, foi desprezado. Ir-se-ão
agora fazer umas breves considerações acerca de alguns dos argu-
mentos a favor destas hipóteses. Concretamente, considere-se a
passagem de uma partícula a a alta velocidade através de um
átomo com uma carga central positiva Ne rodeada de uma carga
de compensação de N electrões. Recordando que a massa, a
quantidade de movimento e a energia cinética da partícula a
assumem valores muito elevados quando comparados com os
respectivos valores para um electrão animado de um movimento

<m Annal. d. Phys. i v. 23, p. 67 1 ( 1907).

[ 195 ]
rápido, não parece possível, por considerações de ordem
dinâmica, que uma partícula a possa ser deflectida de um ângulo
grande devido a uma colisão de curto alcance com um electrão,
ainda que este último se desloque a grande velocidade e esteja
limitado pela acção de forças eléctricas muito intensas. Parece
razoável supor que a probabilidade de ocorrer uma deflexão sim-
ples correspondente a um ângulo grande por este motivo, se não
for nula, deve ser extremamente pequena comparada com a pro-
babilidade de deflexão devido à carga central.
É interessante examinar até que ponto os resultados experi-
mentais clarificam a questão do tamanho da distribuição da carga
central. Suponha-se, por exemplo, que a carga central é consti-
tuída por N cargas unitárias distribuídas por um volume tal que
as grandes deflexões simples são essencialmente devidas às car-
gas constituintes e não ao campo externo produzido pela dis-
tribuição. Foi demonstrado (§3) que a proporção das partículas a
deflectidas de um ângulo grande é proporcional a (NeE)2 , em que
Ne é a carga central concentrada num ponto e E é a carga da
partícula deflectida. No entanto, se esta carga está distribuída por
unidades elementares, a proporção das partículas a deflectidas
de um certo ângulo é proporcional a Ne2 em vez de N2e2. Neste
cálculo desprezou-se a influência da massa da partícula consti-
tuinte, tendo apenas sido considerado o efeito do seu campo eléc-
trico. Como se viu que o valor da carga central pontual para o
ouro deve ser de cerca de 100, o valor da carga distribuída
necessária para produzir a mesma proporção de deflexões sim-
ples de ângulos grandes deverá ser de, pelo menos, 10 000.
Nestas condições, a massa da partícula constituinte terá que ser
pequena comparada com a da partícula a e levanta-se a questão
de ser possível a ocorrência de qualquer deflexão grande. Para
além disso, com uma distribuição de carga tão elevada, o efeito
da colisão múltipla é relativamente mais importante do que o da
colisão simples. Por exemplo, o pequeno ângulo de deflexão

[ 196]
provável de um feixe paralelo de partículas a que atravessa uma
folha fina de ouro seria muito superior ao valor encontrado
experimentalmente por Geiger (§b-c). A dispersão segundo
ângulos grandes e segundo ângulos pequenos não poderia então
ser explicada pela hipótese de uma carga central com o mesmo
valor. Considerando os resultados como um todo, afigura-se mais
simples supor que o átomo contém uma carga central distribuída
por um volume muito pequeno e que as grandes deflexões sim-
ples são devidas à carga central como um todo e não aos seus
constituintes. Simultaneamente, os resultados experimentais não
são suficientemente precisos para negar a possibilidade de uma
pequena porção da carga positiva poder ser transportada por
satélites até uma certa distância do centro. Esta questão pode ser
esclarecida verificando se é necessária a mesma carga central
para explicar as grandes deflexões simples das partículas a e /3;
uma vez que, para sofrer a mesma deflexão grande, uma
partícula a tem de se aproximar muito mais do centro do átomo
do que uma partícula f3 com uma velocidade mediana.
A generalidade dos resultados experimentais disponíveis
indicam que o valor desta carga central para os diversos átomos
é aproximadamente proporcional aos respectivos pesos atómi-
cos, pelo menos para átomos mais pesados do que o alumínio.
Seria muito interessante verificar experimentalmente se esta
relação tão simples é também válida para os átomos mais leves.
Nos casos em que a massa do átomo deflector (por exemplo,
hidrogénio, hélio, lítio) não difere muito da da partícula a, a teo-
ria geral da colisão simples terá que ser modificada, pois será
necessário entrar em linha de conta com o movimento do próprio
átomo (ver §4).
É interessante notar que Nagaoka<23 > estudou matematica-
mente as propriedades de um átomo "saturniano" que ele supôs

"'>Nagaoka, Phil. Mag. vii , p. 445 (1904).

[ 197]
consistir de uma massa central atractiva rodeada por anéis de elec-
trões em rotação. Ele mostrou que este sistema é estável se a força
atractiva for forte. Do ponto de vista considerado neste artigo, a
probabilidade de se verificarem deflexões grandes seria pratica-
mente a mesma, quer se considere que o átomo tem a forma de um
disco quer de uma esfera. De notar que o valor aproximado encon-
trado para a carga central do átomo de ouro (100 e) é idêntico ao
que seria de esperar se o átomo de ouro consistisse em 49 átomos
de hélio, cada um com carga 2e. Isto pode ser apenas uma coin-
cidência, mas é certamente sugestivo, tendo em vista a emissão de
átomos de hélio com duas cargas unitárias pela matéria radioactiva.
As deduções da teoria consideradas até agora são indepen-
dentes do sinal da carga central e não foi possível, até agora,
obter resultados que determinem definitivamente se ele é posi-
tivo ou negativo. A questão do sinal pode ser resolvida através do
estudo da diferença das leis de absorção das partículas f3 obtidas
a partir de cada uma das hipóteses, uma vez que o efeito da radia-
ção ao reduzir a velocidade da partícula f3 deverá ser muito mais
marcado para um centro positivo do que para um centro nega-
tivo . Se a carga central for positiva, facilmente se compreende
que uma massa carregada positivamente e emitida pelo centro
dum átomo pesado adquira uma grande velocidade ao atravessar
o campo eléctrico. Poder-se-ia assim compreender a alta veloci-
dade de emissão das partículas a sem supor que elas estão ini-
cialmente animadas de um movimento rápido dentro do átomo.
Outras considerações acerca das aplicações desta teoria a
estas e outras questões ficarão para um próximo artigo, quando
as principais deduções da teoria tiverem sido testadas experi-
mentalmente. Experiências neste sentido estão já a ser preparadas
por Geiger e Marsden.

Universidade de Manchester,
Abril de 1911.

[Tradução de Fernando dos Aidos]

[ 198]
Colisão de Partículas a com Átomos Leves.
IV. Um Efeito Anómalo no Azoto
Pelo Professor Sir E. R UTHERFORD, FR.s.<n, Universidade de Manchester
(Abril de 1919)

[The London, Edinburgh and Dublin Philosophical Magazine


andJournalofScience, 61h series, 37, 581 (1919)]

No artigo I, viu-se que uma fonte metálica, recoberta com um


depósito de rádio c (2>, dá sempre origem a um certo número de
cintilações num ecrã de sulfureto de zinco colocado muito para
além do alcance das partículas a. Os átomos rápidos que causam
estas cintilações possuem carga positiva e são deflectidos por um
campo magnético, tendo um alcance e uma energia semelhantes
aos dos átomos rápidos de H produzidos pela passagem de partí-
culas a através de hidrogénio. Pen~a-se que estas cintilações
"naturais" são principalmente devidas a átomos rápidos de H da
fonte radioactiva, mas é dificil decidir se eles são expelidos pela
própria fonte radioactiva ou se são devidos à acção das partículas
a em hidrogénio dissolvido.
A aparelhagem experimental utilizada no estudo destas cinti-
lações "naturais" é igual à descrita no artigo L A fonte intensa de
rádio C foi colocada dentro de uma caixa metálica a cerca de 3 cm
da sua extremidade, a qual continha uma abertura coberta com uma
placa de prata com um poder de paragem igual a cerca de 6 cm de
ar. O ecrã de sulfureto de zinco foi montado no lado de fora,
a cerca de I mm de distância da placa de prata a fim de permitir a
inserção de folhas absorventes entre eles. Toda a aparelhagem

''' Comunicação apresentada pelo autor.


''' N. do T: O rádio C correspondente ao nuclido 2>4Bi.

[ 199]
12r-----~~----~------~-------r--~

14 18 22 28
Absorção em cm de ar

Fig. I.

estava imersa num forte campo magnético a fim de desviar os


raios f3. A curva A na Fig. l representa o número destas cintila-
ções "naturais" em função da absorção, em unidades de cm de ar.
Neste caso, extraiu-se o ar da caixa e utilizaram-se folhas
absorventes de alumínio. Quando se introduzia oxigénio ou dió-
xido de carbono secos na caixa, o número de cintilações diminuía
para um valor próximo do que seria de esperar devido ao poder
de paragem da respectiva quantidade de gás.
Contudo, a introdução de ar seco deu origem a um efeito sur-
preendente. O número de cintilações aumentou em vez de diminuir e,
para uma absorção correspondente a cerca de 19 cm de ar, o número
foi de cerca do dobro do que se verificava quando o ar era evacuado.
Desta experiência resultou claramente que as partículas a , na sua

[ 200]
passagem através do ar, davam origem a cintilações de longo
alcance()) que pareciam, a olho nu, ser praticamente tão brilhantes
como as cintilações de H. Realizou-se uma série sistemática
de observações para investigar a origem destas cintilações. Em
primeiro lugar, vimos que a passagem de partículas a através do
azoto e do oxigénio dá origem a numerosas cintilações brilhantes
com um alcance de cerca de 9 cm no ar. O alcance destas cinti-
lações é aproximadamente o que será de esperar, se elas foram
causadas por átomos rápidos de N ou O com uma carga unitária
positiva produzidos por colisão com partículas a. Todas as expe-
riências foram consequentemente efectuadas com uma absorção
superior a 9 cm de ar, de modo a estes átomos serem detidos na
sua totalidade antes de atingirem o ecrã de sulfureto de zinco.
Verificou-se que estas cintilações de longo alcance não podiam
ser devidas à presença de vapor de água no ar, uma vez que o seu
número sofreu apenas um ligeiro decréscimo com uma secagem
cuidadosa do ar. Isto é de esperar, atendendo a que, em média, o
nfunero de cintilações adicionais devidas ao ar era equivalente ao
número de átomos de H produzidos pela mistura de hidrogénio a
6 cm de pressão com oxigénio. Como a pressão do vapor de água
no ar não excede, em média, I cm, o efeito de uma secagem com-
pleta não produziria uma redução superior a um sexto. Mesmo
quando se introduziram oxigénio e dióxido de carbono saturados
com vapor de água a 20 °C em vez de ar seco, o número de cin-
tilações foi muito inferior ao obtido no caso do ar seco.
É bem sabido que a quantidade de hidrogénio, ou de gases que
contêm hidrogénio, é geralmente muito pequena no ar atmosférico .
Não se detectou qualquer diferença, quer o ar proviesse directa-
mente da sala ou de fora do laboratório, quer tivesse sido arma-
zenado em água durante alguns dias.

1'> N. do T : Em todo este artigo, o autor utili za a expressão "alcance das cin-

tilações" e outras similares com o sentido de "alcance da radiação que produz as


cintilações no detector".

[ 201 ]
Havia a possibilidade de o efeito, no caso do ar, ser devido à
libertação de átomos de H dos núcleos de poeira do ar. No entanto,
não se observou qualquer alteração apreciável com a filtragem
do ar seco através de longas cápsulas de algodão-em-rama ou
com a armazenagem em água durante alguns dias, a fim de
eliminar os núcleos das poeiras.
Como este efeito anómalo foi observado com o ar e não com
o oxigénio nem com o dióxido de carbono, então ele deve ser
causado, ou pelo azoto, ou por qualquer outro dos gases que
constituem o ar atmosférico. Esta última possibilidade foi excluída
pela comparação dos efeitos produzidos com ar e com azoto
quimicamente preparado. O azoto foi obtido pelo conhecido
método de adicionar cloreto de amónio a nitrito de sódio e foi
armazenado em água, tendo-se procedido a uma secagem cuida-
dosa antes de o introduzir no aparelho. No caso do azoto puro, o
número de cintilações de longo alcance em condições semelhan-
tes foi mais elevado do que no caso do ar. Experiências cuida-
dosas permitiram concluir que a razão é de I ,25, que é o valor
esperado se as cintilações forem causadas pelo azoto.
Os resultados encontrados até agora mostram que as cinti-
lações de longo alcance obtidas no caso do ar devem ser atribuí-
das ao azoto, mas é importante mostrar igualmente que elas são
devidas a colisões de partículas a com átomos de azoto ao longo
de todo o volume do gás. Em primeiro lugar, verificou-se que o
número de cintilações variava com a pressão do ar do modo que
era de esperar resultando elas da colisão de partículas a ao longo
de todo o volume de gás. Além disso, verificou-se que, se um
ecrã absorvente de ouro ou alumínio fosse colocado perto da
fonte, o alcance das cintilações era reduzido do valor que seria de
esperar se se admitir que o alcance dos átomos expelidos é pro-
porcional ao alcance das partículas a incidentes. Estes resultados
mostram que as cintilações estão relacionadas com todo o volume
do gás e não com qualquer efeito de superficie na fonte radioactiva.

[ 202]
Na Fig. I, a curva A mostra os resultados de uma experiência
típica e representa o número de cintilações naturais em função da
quantidade de matéria absorvente colocada no seu percurso,
medida em unidades de centímetros de ar para partículas a.
Nestas experiências, introduziu-se dióxido de carbono a uma
pressão calculada para corresponder à mesma absorção de raios
a que o ar normal. A curva B corresponde ao caso em que se
introduziu ar em condições P. T.N. em vez do dióxido de carbono.
A curva C corresponde à diferença entre estas duas curvas, e
representa a variação do número de cintilações devido ao azoto
do ar. Observou-se, em geral, que a razão entre o efeito com o
azoto e o efeito natural é um pouco maior para uma absorção de
19 cm do que para urna absorção de 12 cm.
A fim de se obter uma estimativa para a intensidade deste
efeito, encheu-se o espaço entre a fonte e o ecrã com dióxido de
carbono a baixa pressão juntamente com hidrogénio a urna
pressão conhecida. Ajustou-se a pressão do dióxido de carbono e
do hidrogénio de modo a que a absorção total de partículas a na
mistura gasosa fosse igual à do ar. Desde modo, verificou-se que
a curva de absorção dos átomos de H produzida nestas circuns-
tâncias era um tanto mais inclinada do que a curva C da Fig. I.
Consequentemente, a quantidade de hidrogénio misturada com
dióxido de carbono necessária para produzir um número de cin-
tilações igual ao do ar aumentava com o aumento da absorção.
Por exemplo, o efeito do ar era igual a cerca de 4 cm de hidro-
génio para urna absorção de 12 cm e a cerca de 8 cm para uma
absorção de 19 cm. Para um valor médio da absorção, o efeito era
igual a cerca de 6 cm de hidrogénio. Esta maior absorção dos áto-
mos de H em condições idênticas indicava que, ou ( I) os átomos
rápidos no caso do ar tinham um alcance um tanto superior ao dos
átomos de H, ou (2) os átomos, no caso do ar, eram projectados
mais para a linha de voo das partículas a.
Embora o alcance máximo das cintilações no caso do ar, usando
rádio C como fonte dos raios a , fosse aparentemente o mesmo,

[ 203]
como é evidente 28 cm, que para átomos de H produzidos com o
hidrogénio, era difícil determinar o limite máximo do alcance
com segurança, em virtude do pequeno número de cintilações
observadas e da sua fraca intensidade. Fizeram-se experiências
especiais para testar se, em condições favoráveis, era possível obser-
var cintilações devidas ao azoto para além de 28 cm de absorção
de ar. Colocou-se, para este fun, uma fonte intensa (actividade de
60 mg deRa aproximadamente) a cerca de 2,5 cm do ecrã de sul-
fureto de zinco, sendo o espaço intermédio preenchido com ar seco.
Ao encurtar ainda mais a distância, o ecrã tomou-se demasiado
brilhante para se poderem detectar cintilações muito fracas. Não
foi possível ter a certeza de se observarem cintilações com um
alcance superior a 28 cm. Parece, portanto, que a hipótese (2)
acima referida é a explicação mais provável.
Num artigo anterior (lll), viu-se que o número de átomos rápi-
dos de azoto ou de oxigénio produzidos na colisão com partí-
culas a por unidade de percurso é aproximadamente o mesmo
que o número correspondente de átomos de H no hidrogénio.
Como o número de cintilações de longo alcance no ar é equiva-
lente ao produzido em circunstâncias idênticas num volume de
hidrogénio a uma pressão de 6 cm, podemos, portanto, concluir
que, para cada 12 colisões a curta distância, que dão origem a um
átomo rápido de azoto com um alcance máximo de 9 cm, apenas
um átomo de longo alcance é produzido.
É de interesse mostrar resultados correspondentes ao número
de cintilações de longo alcance produzidos no caso do azoto à
pressão atmosférica e em condições bem definidas. Para uma
coluna de azoto com 3,3 cm de comprimento e para uma absorção
total de 19 cm de ar medidos a partir da fonte, o número devido
ao azoto é de 0,6 por minuto e por miligrama de actividade, num
alvo com uma área de 3,14 mm2.
No que respeita ao alcance e à intensidade das cintilações, os
átomos de longo alcance no caso do azoto parecem muito idênti-

[ 204]
cos aos átomos de H e são, com toda a probabilidade, átomos de
hidrogénio. No entanto, para resolver definitivamente este ponto
importante, é necessário medir a deflexão destes átomos num
campo magnético. Foram feitas algumas experiências prelimina-
res por um método idêntido ao que se empregou para medir a
velocidade do átomo de H (ver artigo II). A dificuldade principal
é obter uma deflexão do fluxo de átomos suficientemente grande
mantendo, no entanto, um número de cintilações por minuto sufi-
cientemente elevado para a contagem. Os raios a de uma fonte
intensa passaram através de ar seco entre duas placas paralelas
horizontais com 3 cm de comprimento e separadas por uma dis-
tância de I ,6 mm e observou-se o número de cintilações no ecrã
colocado perto da extremidade das placas para diferentes valores
do campo magnético. Nestas condições, quando as cintilações
são devidas a todo o comprimento da coluna de ar entre as pla-
cas, o campo magnético mais intenso de que se dispunha reduziu
o número de cintilações de apenas 30 por cento. Substituindo
o ar por uma mistura de dióxido de carbono e hidrogénio com o
mesmo poder de paragem para os raios a, obteve-se uma redução
aproximadamente idêntica. Tanto quanto esta experiência nos
pode indicar, estes resultados mostram que as cintilações são
devidas a átomos de H; no entanto, o número efectivo de cinti-
lações e a grandeza da redução foram demasiado pequenos para
se poder ter confiança neste resultado. A resolução definitiva
desta questão irá, provavelmente, obrigar à utilização de um
composto de azoto sólido sem hidrogénio como fonte e a usar
fontes de raios a muito mais intensas. Nessas experiências será
importante distinguir entre as deflexões devidas a átomos de H e
a possíveis átomos de peso atómico 2. Dos cálculos efectuados
no artigo III, vê-se que a colisão de uma partícula a com um
átomo livre de massa 2 deve dar lugar a um átomo com cerca de
32 cm de alcance no ar e com uma energia inicial de cerca de 0,89
da do átomo de H produzido em condições semelhantes. A defle-
xão do feixe destes raios num campo magnético deveria ser de
cerca de 0,6 vezes a de um feixe correspondente de átomos de H.

[ 205]
Discussão dos Resultados

Dos resultados obtidos até ao momento torna-se difícil evitar


a conclusão de que os átomos de longo alcance provenientes da
colisão de partículas a com o azoto não são átomos de azoto mas,
provavelmente, átomos de hidrogénio ou átomos de massa 2.
Se for este o caso, então devemos concluir que o átomo de azoto
se desintegra, devido às forças intensas inerentes a uma colisão a
curta distância com uma partícula a rápida, e que o átomo de
hidrogénio que é libertado correspondia a uma parte constituinte
do núcleo de azoto. No artigo III, chamou-se a atenção para o
resultado bastante surpreendente de o alcance dos átomos de
azoto no ar ser aproximadamente idêntico ao dos átomos de oxigé-
nio, embora se devesse esperar uma diferença de cerca de 19 por
cento. Se, em colisões que dão origem a átomos rápidos de azoto,
o hidrogénio for simultaneamente arrancado, tal diferença poderá
ser explicada, pois então a energia é dividida por dois sistemas.
É de interesse notar que, enquanto a maioria dos átomos
leves, como é bem conhecido, tem pesos atómicos representados
por 4n ou 4n + 3, em que n é um número inteiro, o azoto é o
único átomo representado por 4n + 2. A partir de resultados já
obtidos por radioactividade, seria de prever que o núcleo de
azoto consistisse em três núcleos de hélio, com uma massa
atómica de 4 cada um, e, ou dois núcleos de hidrogénio, ou ape-
nas um de massa 2. Se os núcleos de hidrogénio acompanharem
o sistema principal de massa 12, o número de colisões a curta
distância com os núcleos ligados de H será menor do que se estes
forem livres, pois a partícula a irá sofrer a influência do campo
combinado do núcleo de H e da massa central numa colisão.
Nestas condições, seria de esperar que só ocasionalmente a
partícula a se aproximasse o suficiente do núcleo de H para
lhe transmitir a velocidade máxima, embora em muitos casos lhe
possa fornecer energia suficiente para quebrar a sua ligação com
a massa central. Este ponto de vista explicaria por que razão o
número de átomos rápidos de H no caso do azoto é inferior ao

[ 206]
número correspondente no caso do hidrogénio livre e também
inferior ao número de átomos rápidos de azoto. Os resultados
gerais indicam que os núcleos de H que são libertados distam
do centro do átomo principal de cerca de duas vezes o diâmetro do
electrão (7 x lG-13 cm). Sem conhecer as forças que actuam a
distâncias tão pequenas, é dificil estimar a energia necessária
para libertar o núcleo de H ou calcular a velocidade máxima que
pode ser fornecida ao átomo de H emitido. A priori, não se espera
que os valores para a velocidade ou para o alcance do átomo de
H libertado do átomo de azoto devam ser idênticos aos valores
relativos a colisões no hidrogénio livre.
Tendo em conta a grande energia do movimento da partícula
a expelida pelo rádio C, uma sua colisão a curta distância com
um átomo leve parece ser o processo mais indicado para con-
seguir a desintegração deste último, pois as forças entre os
núcleos produzidas por tais colisões parecem ser superiores a
quaisquer outras produzidas por outros meios presentemente
disponíveis. Considerando a enorme intensidade das forças inter-
venientes, é menos surpreendente o átomo de azoto sofrer uma
desintegração do que a partícula a escapar, ela própria, a um
processo de desintegração nas partículas suas constituintes.
Globalmente, os resultados sugerem que, se se pudesse realizar
experiências com partículas a - ou projécteis idênticos - com
uma energia ainda superior, se esperaria partir a estrutura dos
núcleos de muitos dos átomos mais leves.
Desejo expressar os meus agradecimentos ao Sr. William Kay
pela sua inestimável colaboração na contagem de cintilações.

Universidade de Manchester,
Abril de 1919.

[Tradução de Fernando dos Aidos]

[ 207]
Sobre a Interacção entre Partículas Elementares. I.
Por HIDEKI YUKAWA

(Lida em 17 de Novembro de 1934)


(Recebido em 30 de Novembro de 1934)

[Proceedings ofthe Physico-Mathematica/ Society ofJapan (3) 17, 48 (1935))

§ 1. Introdução

Na situação em que se encontra presentemente a teoria


quântica, pouco se sabe acerca da natureza da interacção entre
partículas elementares. Heisenberg considerou a interacção
"Platzwechsel''<ll entre o neutrão e o protão importante para a
estrutura nuclear<2>.
Recentemente, Fermi tratou o problema da desintegração {3
com base na hipótese do "neutrino''<3>. De acordo com esta teoria,
o neutrão e o protão podem interactuar, emitindo e absorvendo um
par neutrino e electrão. Infelizmente, a energia de interacção cal-
culada a partir desta hipótese é de~asiado pequena para descrever
as energias de ligação de neutrões e protões no núcleo<•>.
. P;rra eliminar es~ deficiência, o mais natural parc::ce ser modi-
ficar a teoria de Heisenberg e Fermi do seguinte modo. A tran-
sição de urna partícula pesada do estado de neutrão para o estado
de protão nem sempre é acompanhada pela emissão de partículas

<•>N. do T.: Em alemão no original. Significa "troca de lugar".


<•>W. Heisenberg, Zeit.f Phys. 77, I (1932); 78, 156 (1932); 80,587 (1933).
Designaremos o primeiro destes artigos por I.
m E. Fermi, ibid. 88, 161 ( 1394). (N. do T. : Trata-se de uma gralha no origi-
nal. O ano da publicação é 1934.)
<•>Ig. Tamm, Nature 133, 981 ( 1934); D. Iwanenko, ibid. 981 (1934).

[ 209]
leves, i. e., um neutrino e um electrão, mas, por vezes, a energia
libertada pela transição pode ser absorvida por outra partícula
pesada, que, por sua vez, será transformada do estado de protão
para o de neutrão. Se a probabilidade de ocorrência deste último
processo for muito superior à do primeiro, a interacção entre o
neutrão e o protão será muito maior do que no caso de Fermi,
enquanto a probabilidade de emissão de partículas leves não será
essencialmente afectada.
Assim, esta interacção entre as partículas elementares pode
ser descrita por intermédio de um campo de força, do mesmo
modo que a interacção entre partículas carregadas é descrita pelo
campo electromagnético. As considerações acima efectuadas mos-
tram que a interacção das partículas pesadas com este campo é
muito superior à das partículas leves.
De acordo com a teoria quântica, este campo deverá ser acom-
panhado por um novo tipo de quantum, do mesmo modo que o
campo electromagnético é acompanhado pelo fotão.
As possíveis naturezas deste campo e o quantum que o acom-
panha serão brevemente considerados neste artigo, assim como a
sua correlação com a estrutura nuclear.
Além desta força de permuta e das forças eléctrica e mag-
nética usuais, poderão existir outras forças entre as partículas ele-
mentares, as quais não serão, por agora, consideradas.
Um tratamento mais completo será efectuado no próximo
artigo.

§2. Campo que Descreve a Interacção

Por analogia com o potencial escalar do campo electromag-


nético, introduz-se uma função U (x, y, z, t) para descrever o
campo entre o neutrão e o protão. Esta função satisfará uma
equação semelhante à equação de onda para o potencial electro-
magnético.

[ 210]
Ora a equação
1
{ â - -c2 __!!___
arz
} U =O (I)

só tem a solução estática com simetria central ; , excepto pelas


constantes aditiva e multiplicativa. O potencial da força entre o
neutrão e o protão não deveria, no entanto, ser do tipo de Coulomb,
mas sim decrescer mais rapidamente com a distância. Poderia,
por exemplo, ser expresso por
e-Ar
+ ou-g2 -r- ' (2)

em que g é uma constante com as dimensões de carga eléctrica, i. e.,


cm3/2 s- • gl/2 e .ít uma constante com as dimensões de cm- •.
Como esta função é uma solução estática com simetria cen-
tral da equação de onda
1 _ .ít2 } u =o '
{ â - -c2 __!!___
arz
(3)

consideremos, por hipótese, que esta é a equação correcta para U


no vácuo. Na presença de partículas pesadas, o campo U interac-
tua com elas e causa a transição do estado de neutrão para o estado
de protão.
Introduzindo as matrizes<s)

~ =(·o o)
-1

e designando os estados de neutrão e de protão por ~ = I e ~= -I


respectivamente, a equação de onda vem dada por

1
{
â - - _.!!___ - ').,2 }
c2 at2
u= - 4trgíií -r. ; Í'l"z '1', (4)

., Heisenberg, loc. cit., I.

[ 211 ]
em que 'P designa a função de onda das partículas pesadas e é
função do tempo, da posição e do spin além de -r 3 , que pode
tomar os valores 1 ou - 1.
Seguidamente, introduz-se a função complexa conjugada
D (x, y, z, t) que satisfaz a equação
1 a2 } _ - -r1 + i~ (5)
{ ~ -~ at 2- f...2 V = - 4ng'P 2 'P,

e que corresponde à transição inversa de um estado de protão


para um estado de neutrão.
Obtém-se uma equação idêntica para a função vectorial, que
é o correspondente ao vector potencial do campo electromag-
nético. Por ora, nós vamos, no entanto, desprezá-lo, pois não existe
nenhuma teoria relativista correcta para as partículas pesadas.
Assim, usar-se-á, para a partícula pesada, uma equação de onda
simples, não relativista, em que se despreza o spin, do seguinte
modo

.em que h é a constante de Planck divida por 2tr e MN, Mp são


respectivamente as massas do neutrão e do protão. A razão para
a escolha do sinal negativo antes do g será dada mais tarde.
A equação (6) corresponde ao hamiltoniano

[ 212]
em que p é a quantidade de movimento da partícula. Definindo
MfVC2- Mpe2 = De MN + Mp = 2M, a equação (7) tomará a forma
aproximada
___i!_g ~ D
H=
2
M + 2{U (-ri - i't2) + U (TI + i't2)} + -r3, 2 (8)

onde se omitiu o termo constante Mc2.


Consideremos agora duas partículas pesadas situadas nos
pontos (xl> y 1, z 1) e (x2,Y2, z2) , respectivamente, e suponhamos que
a sua velocidade relativa é pequena. Os campos em (xl> Y1> z 1)
criados pela partícula em (x2,y2, z2) são, de acordo com (4) e (5),

e
(9)

em que ( -r1(1), 12<1>, -ri 1>) e ( -r1(2), -ri 2>, 13(2)) são as matrizes rela-
tivas à primeira e segunda partículas, respectivamente, e r 12 é a
distância entre elas.
Então, o hamiltoniano do sistema na ausência de campos
externos é dado por
2 22 2
H -- E_!_+
2M 2M P +L 4 {( -r1<1>_;-r_( r~
I})( -r1<2> + i-r-<2>)
r~

+ (-rl (l) + i't2(1))(-rl<2) - i't2<2>)} e-ÀI-.z + (-rp> + 13(2)) D (10)


r l2
2 2 2
PIp2 g ~
= 2M+ 2M + 2 (-r1 <1>-r1 <2>+ -r2< 1>'l2<2>) r + (-r3< 1>+ -rp>) D,
12
em que P1> p 2 são as quantidades de movimento das partículas.

"l N. df!. T. : Trata-se de uma gralha no original. Falta o índice I em x no argu-


mento de U.

[ 213 ]
Este hami ltoniano é equivalente ao hamiltoniano de
Heisenberg (I Y7
>, se tomarmos para o "Platzwechselintegral''<8>,
e -N-
J(r) =- g2-r- · (li)

excepto que a interacção entre os neutrões e a repulsão elec-


trostática entre os protões não estão incluídas. Heisenberg tomou
o sinal positivo para J(r), pelo que o spin do estado de energia
mais baixa de H 2 era O, enquanto, no nosso caso, devido ao sinal
negativo antes do g2, o estado de energia mais baixa tem spin I,
como é exigido pela experiência.
As duas constantes g e À. que aparecem nestas equações são
determinadas por comparação com resultados experimentais. Por
exemplo, usando o hamiltoniano ( 1O) para partículas pesadas,
podemos calcular a diferença de massa para H 2 e a probabilidade
de deflexão de um neutrão por um protão, desde que a velocidade
relativa seja pequena comparada com a velocidade da lu:t 9>.
Uma estimativa por alto indica que os valores calculados
estão de acordo com os resultados experimentais, se tomarmos
para À. um valor entre 1012 cm- 1 e I 01 3 cm- 1 e para g um valor
algumas vezes superior à carga elementar e, embora não tenha sido
sugerida nas considerações anteriores qualquer relação directa
entre g e e.

§ 3. Natureza dos Quanta que Acompanham o Campo

O campo U acima considerado deve ser quantificado de acordo


com o método geral da teoria quântica. Uma vez que tanto o neutrão

<n Heisenberg, I.
<•>N.do T.: Em alemão no original. Tem o significado de "integral de permuta".
<•> Estes cálculos foram previamente efectuados a partir da teoria de
Heisenberg pelo Sr. Tomonaga, a quem o autor muito deve. No nosso caso, é
necessário efectuar uma pequena modificação. Uma explicação detalhada será
exposta no próximo artigo.

[ 214]
como o protão obedecem à estatística de Fermi, os quanta que
acompanham o campo U dev~m obedecer à estatística de Bose e
a quantificação pode ser efectuada de um modo semelhante ao
utilizado para o campo electromagnético.
A lei da conservação da carga eléctrica exige que o quantum
tenha uma carga de +e ou de -e. A variável de campo U corres-
ponde ao operador que aumenta o número de quanta com carga
negativa e diminui o número de quanta com carga positiva de
uma unidade respectivamente. U, que é o complexo conjugado
de U, corresponde ao operador inverso.
Seguidamente, designado por

.h a W= ih _E_
Px= - z h ' etc.,
at '
mue = Âh,
a equação de onda para U no vazio pode ser escrita na forma

pelo que o quantum que acompanha o campo tem massa

própria mu = ~ . Tomando para Â. o valor Â. = 5 x 1012 cm- I,

obtemos para mu um valor 2 x I 02 vezes mais elevado do que o da


massa do electrão. Como um tal quantum com uma massa elevada
e carga positiva ou negativa nunca foi encontrado experimental-
mente, a teoria descrita parece estar no caminho errado. Podemos
demonstrar, no entanto, que, nas transformações nucleares usuais,
esse quantum não pode ser emitido para o espaço exterior.
Consideremos, por exemplo, a transição de um estado de neu-
trão com energia WN para um estado de protão com energia Wp,
em que ambas incluem as respectivas energias próprias. Estes
estados podem ser expressos pelas funções de onda

[ 215 ]
'I'N (x, y, z, t, l) = u(x, y, z)e-iW"'"h, 'I'N (x, y , z, t, - I) = O
e
'l'p(x,y, z, t, l) =O, 'l'p(x,y, z, t, - l) = v(x, y, z)e-iWPtfh,

de modo que aparece o termo


_ 4 ngiíue - it(Wr Wp)lh

no membro direito da equação (4) .


Fazendo U = U'(x, y, z)eiwt, podemos obter, a partir de (4),

{ ~- ( )) - ~: ) } U' = -4trgVU, (13)

WN- WP
em que w= h . Integrando, obtemos uma solução

U'(r) = g !!! ~:~~;I V(r')u(l) dv', ( 14)

emquefJ. = R.
Se À > J.QUou m(./:2 > IWN- Wpl , fJ. é real e a função J(r) de
c
Heisenberg toma a forma - g2 e-; , em que fJ., no entanto, depende

de IWN- Wpl , tomando valores cada vez mais pequenos à medida


que o módulo desta diferença se aproxima de m(/:2. Isto significa
que o alcance da interacção entre um neutrão e um protão
aumenta à medida que IWN- Wpl aumenta.
Assim, a colisão (elástica ou inelástica) de um neutrão com um
núcleo pode ser considerada como o resultado do seguinte pro-
cesso duplo: o neutrão passa para um nível de protão no núcleo
e um protão deste salta para um estado de neutrão com energia
cinética positiva, sendo a energia total conservada em todo o pro-
cesso. O argumento anterior mostra então que a probabilidade de
colisão pode, nalguns casos, aumentar com a velocidade do neutrão.

[ 216]
De acordo com a experiência de Bonner< 10>, a secção eficaz para
a dispersão de neutrões aumenta efectivamente com a velocidade
para o caso do chumbo, enquanto para os casos do carbono e do
hidrogénio ela diminui, sendo a taxa de diminuição menor para o
primeiro do que para o segundo. A origem deste efeito não é clara,
mas as considerações feitas mais acima pelo menos não o con-
tradizem, uma vez que, se a energia de ligação do protão no núcleo
for comparável a mc_~:2, o alcance da interacção do neutrão com o
protão aumentará consideravelmente com a velocidade do neutrão,
pelo que a secção eficaz diminuirá mais lentamente neste caso do
que no caso do hidrogénio, i. e., protão livre. A energia de liga-
ção do protão no Cl2, calculada a partir da diferença de massas
entre o CI2 e o Bll , é
12,0036 - II ,Oll O= 0,9926.
Isto corresponde a uma energia de ligação de 0,0152 em unida-
des de massa, o que corresponde a trinta vezes a massa do elec-
trão. Assim, no caso do carbono, será de esperar o efeito observado
por Bonner. Estes argumentos são apenas uma tentativa de expli-
cação, não se pondo de parte, evidentemente, outras explicações.
Seguidamente, se Â. < M ou mc_~:2 < IWN- Wpj , então J.L é um
c
imaginário puro e U toma a forma de uma onda esférica não amor-
tecida, pelo que um quantum com energia superior a mu c2 pode
ser emitido para o espaço exterior através da transição da partí-
cula pesada de um estado de neutrão para um estado de protão,
desde que IWN- Wpl > muc2.
A velocidade da onda U é superior à velocidade da luz c mas a
velocidade de grupo é inferior, tal como acontece com a onda do
electrão.
O motivo por que estes quanta massivos, se é que eles exis-
tem, ainda não foram descobertos, pode ser atribuído ao facto de

"" T. W. Bonner, Phys. Rev. 45, 606 ( 1934).

[ 217]
a massa mu ser tão grande que a condição IWN- WPI > mu c 2 não
se verifica nas transformações nucleares usuais.

§4. Teoria da Desintegração f3


Até agora temos considerado apenas a interacção dos quanta
U com partículas pesadas. No entanto, de acordo com a nossa teo-
ria, o quantum emitido quando uma partícula pesada passa de um
estado de neutrão para um estado de protão pode ser absorvido
por uma partícula leve que, devido à absorção de energia, passará
de um estado de neutrino de energia negativa para um estado de
electrão de energia positiva. Assim, o núcleo emitirá simulta-
neamente um antineutrino e um electrão. Esta intervenção de um
quantum massivo não altera substancialmente a probabilidade de
desintegração {3, que foi calculada a partir da hipótese de acopla-
mento directo de uma partícula pesada com uma partícula leve, do
mesmo modo que, na teoria da conversão interna de raios a r.
11
intervenção do protão não afecta o resultado final< >. A nossa teo-
ria não difere, portanto, essencialmente, da teoria de Fermi.
Fermi considerou que um electrão e um neutrino são emitidos
simultaneamente do núcleo radioactivo, mas isto é formalmente
equivalente a supor que uma partícula leve salta de um estado de
neutrino de energia negativa para um estado de electrão de ener-
gia positiva.
Assim, se as funções próprias para o electrão e o neutrino forem
rflk e ({Jk respectivamente, onde k = l, 2, 3, 4, é necessário adicionar
ao membro direito da equação (5) para Ü um termo da forma

(15)

em que g' é uma nova constante com as mesmas dimensões de g.

1" l H. A. Taylor e N. F. Mott, Proc. Roy. Soe. A, 138, 665 ( 1932).

[ 218]
A função própria do estado de neutrino com energia e quantidade
de movimento opostos aos do estado ({)k é dada por ({)Íc = - 8k1<P1e
reciprocamente ({)k = ~(p'" em que

o= (! -i ~ !) '
o o -l
de modo que (15) tomará a forma

- 4ng' L ífík8k,êp',. (16)

Das equações (13) e (15) obtemos para o elemento de matriz da


energia de interacção entre a partícula pesada e a partícula leve
uma expressão

gg' f .... f V(r 1)u(r1) ±ífík (r2)({)~r2) ~~


t - 1
12
dv 1dv2, (17)

que corresponde ao seguinte processo duplo: uma partícula pesada


passa do estado de neutrão cuja função de onda é u(r) para o estado
de protão cuja função de onda é v(r) e, simultaneamente, uma par-
tícula leve passa do estado de neutrino ({)~r) de energia negativa
para o estado de electrão 1/J~r) de energia positiva. Em (17) usa-se
).. em vez de J.L uma vez que a diferença de energia entre os estados
de neutrão e de protão, que é igual à soma do limite superior do
espectro de energia dos raios f3 com as energias próprias do elec-
trão e do neutrino, é sempre pequena quando comparada com mu c2.
Como À é muito maior do que os números de onda do estado de
t.r 11
electrão e do estado de neutrino, a função tr pode ser aproxi-
rl 2

mada por uma função 8 multiplicada por ~~ relativamente às


. ~ ., . x , y , z . O~1actor -4n vem de
mtegraçoes nas vanavets 2 2 2
).2

!!! ~~11 dv2 = ~~ .


[ 219]
Assim, ( 17) toma a forma

4n:~g '!!''
J V(r)u(r) -
~ 1/1,/..r)<p,/..r) dv (18)

ou, atendendo a ( 16),

4
~g' Jff V(r)u(r) ~ ;jJ(r)ô'kl(p'1(r) dv,<' >2
(19)

que é idêntica à expressão (21) de Fermi, correspondente à emissão


de um neutrino e de um electrão de estados de energia positiva
4n: g'
<pí/._r) e 1/1,/..r), com excepção do factor ~ que aparece aqui

em vez do factor g na expressão de Fermi.


Assim, o resultado é o mesmo que o da teoria de Fermi, nesta
aproximação, desde que se faça

4ngg'
---:v- = 4 x 1o--so cm3 erg,

de onde a constante g' pode ser determinada. Tomando, por exem-


plo, À.= 5 x 101 2 e g = 2 x IQ--9, obtemos g' "" 4 x 1Q--17, que é
cerca de 1Q--8 vezes mais pequeno do que g.
Isto significa que a interacção entre o neutrino e o electrão é
muito mais pequena do que a interacção entre o neutrão e o pro-
tão, pelo que o neutrino tem um poder de penetração muito supe-
rior ao do neutrão e é, consequentemente, mais dificil de observar.
A diferença entre g e g' pode ser devida à diferença de massas
entre as partículas pesadas e as partículas leves.

"'' N. do T.: Trata-se de uma gralha no original. Falta o índice k no ;j;.

[ 220]
§5. Sumário

Descrevem-se as interacções entre partículas elementares


considerando um quantum hipotético com a carga elementar e com
a massa própria e que obedece à estatística de Bose. A interacção
deste quantum com uma partícula pesada deve ser muito superior
à sua interacção com uma partícula leve a fim de descrever a
forte interacção entre o neutrão e o protão, assim como a pequena
probabilidade do decaimento /3.
Esses quanta, se na verdade existirem e se aproximarem da
matéria a uma distância suficientemente curta para serem
absorvidos, transmitir-lhe-ão a sua carga e a sua energia. Então,
se houver quanta com carga negativa em excesso, a matéria
ficará carregada e a um potencial negativo.
Estes argumentos, com certeza de carácter meramente espe-
culativo, estão de acordo com a opinião de que as partículas posi-
tivas com alta velocidade nos raios cósmicos são geradas pelo
campo electrostático da Terra, que está carregada, e a um poten-
cial negativo<13>.
Os quanta massivos 'podem ainda ter a ver com os chuveiros
produzidos por raios cósmicos.
Em conclusão, o autor deseja expressar os seus cordiais agra-
decimentos ao Dr. Y. Nishina e ao Prof. S. Kikuchi pelo apoio
prestado ao longo de todo este trabalho.
Departamento de Física,
Universidade Imperial de Osaka.

[Tradução de Fernando dos Aidos]

'"' G. H. Huxley, Nature 134,418, 571 (1934); Johnson, Phys. Rev. 45, 569
(1934).

[ 221 ]
BIBLIOGRAFIA
CAPÍTULO UM Aston, MGSSes of some lighl aloms meas.
ured by means of, a new mw speclro-
Isótopos graph. Nature JJ7, 557 (1956).
Aston, New d41a on isolopes. Nature JJ7,
e Medias de Massa 615 (1956).
Aston, lsotopic weighls by lhe doublel
melhod. Nature JJ8, 1094 (1956).
Aldrich and Nier, The •bund4nce of
Aston, lsolopic weighl of uc. Nature
Hei in almospheric Gnd wel/ helium,
JJ9, 922 (1957).
Phys. Rev. 70, 985 (1946).
Aston, Pading fraclions of bromine,
Aldrich and Nier, The · •bund4nce of chromium, nicAel and lilanium. Na-
Hei in helium. Phy's. Rev. 71, 145 ture UI, 1096 (19!18).
(1947). Bacher and Sawyer, lsolope shifl in Mg I .
Alliaon, Graves, Slr.aggs and Smith, A pre· PhyL Rev. 47, 587 (1955).
cise measuremenl of lhe m;w diUerence Bainbridge, The conslilulion of lellur-
4 Bet - 4 Be•. The slabilily of 4 Be•. ium. PhyL ~ev. J9, 1021 (1952).
Phys. Rev ..H, 107 (1959). Bainbridge, lsolopic weighl of Ht. Phys.
Alliaon, The m;wes of Li•, LiT, Bel, Bet, Rev. 42, I (1952).
Beto and Bn. Phys. Rev. H, 624 (1959). Bainbridge, Comparison of lhe mwes of
Almy and lrwin, Mw ralio of lhe lilh- He and Ht on a mGJS spectrograph.
ium isolopes from lhe spectrum of Li1 . PhyL Rev. 41, 105 (1955).
PhyL Rev. 49, 72 (1956). Bainbridge, Measuremenl of lhe mwes
of He 11nd Ht, Neto, Ne2t, Bn, C/U
Alvarez and Cornog. Hea in helium. Phys.
and C/11 wilh a mGSS speclrograph.
Rev. J6, 579 (1959).
Phys. Rev. 41, 578 (1955).
Alvarez and Cornog, Helium and hydro- Bainbridge, The mwes of Neto and Bn.
gen of r7UW lhree. Phys. Rev. 56, 615 The m;w of Ne2t and lhe disinle,;-a-
(1959). lion of Fte. Phys. Rev. 41, 424 (1955).
Asada, Olr.uda, Ogata and Yoshimoto, Bainbridge, A lomic mGJSes and lhe slruc-
Preliminary reporl on lhe mwes of lure of alomic nuclei. J . Franklin Inst.
uc and HN. Nature. UJ, 797 (1959). 2/J, 509 (1955) . .
Asada, Olr.uda, Ogata and Yoshimoto, Bainbridge, The isolopic conslilulion of
lsolopic weights of C and N by doublel Arypton, mercury, seleniuin, cadmium
melhod. Proc. Phys.-Math. Soe. Jap. and germanium. Phys. Rev. 41, 1056
(5) 22, 41 (1940). (1955).
Aston, -Isolopic conslilulion and alomic Bainbridge, The mwes of the lithium
weights of zinc, lin, chromium and mo- isolopes. Phys. Rev. 44, 56 (1955).
lybdenum. Proc. Roy. Soe. JJO, 502 Bainbridge, Comparison of lhe mwes of
(1951). Ht·and H e. Phys. Rev. 44, 57 (1955).
Aston, Isolopic conslilulion and alomic Bainbridge and Jordan, The mw spectro-
weights of Se, Br, B, W, Sb, Os, Ru, graphic del!'minalion of mw changes
Te, Ge, Re and C/. Proc. Roy. Soe. 1JO, in some carbon lransmulations. Phys.
502 (1951) and JJ2, 487 (1951). Rev. 49, 885 (1956).
Aston, Isolopes of lhe rare earlh ele· Bainbridge and Jordan, Atomic masses
ments, Proc. Roy. Soe. U6, 46 (1954). of hydrogen, helium, carbori and nitro-
Aston, Mwes of some lighl aloms de- gen isolopes. Phys. Rev. 51, 584 (1957).
lermined l:y a new melhod. Nature JJJ, Bainbridge, The isotopic weighl of he/-
541 (1955). ium by direcl comparison with oxygen.
Aston, lsolopic conslilulion and alomic Phys. Rev. H, 922· (1958).
weights of Hf, Th, Rh, Ti, Zr, Ca, Ga, Barlr.as, Creuu, De1sasso, Fox and White,
Ag, C, Ni, Cd, Fe and ln. Proc. Roy. Carbon isotopes of l'IIGJS 10 and 11 .
Soe. U9, 596 (1955). PhyL Rev. 57, 562 (1940).

[ 225]
Bartlett and Gibbons, Jsotope shi{t in Corson, MacKenzie and Segrr, Some
neon. Phys. Rev. ~~. 538 (1955). chemical properties o{ elemenl 85.
Bed., Remarlu on lhe systematics o{ iso- Phys. Rev. 57, 1087 (1940).
topes. Phys. Rev. ~8. 47 (1935). Corson, MacKenzie and Segrr, Aslatine,
Bethe, Atasses o{ light atoms {rom trans- lhe e/emenl o{ atomic number 85. Na-
mutation data . Phys. Rev. 47, 633 ture U9, 24 (1947).
(1935). Corvalen, Concenlration o{ plutonium in
Birge, Further evidence o{ the carbon pitchbltmde. Phys. Rev. 71, 152 (1947).
isotope, m.LSS JJ . Phys. Rev. H , 579 Delsasso, White, Barkas and Creuu, Car-
(1929). bon isotopes o{ mass len and e/even.
Birge, The relative abundance o{ the Phys. Rev. 58, 586 (1940).
oxygen isotopes and the bases o{ the Dempster, Positive ray analysis o{ mag-
atomic weight system. Phys. Rev. 37, nesium. Phys. Rev. 17, 427 (1921).
1669 (1951). Dempster, Positive ray analysis o{ lithium
Bleal:.ney, Relative abundance o{ neon and magnesium. Phys. Rev. 18, 415
isotopes. Phys. Rev. 4J, I056 ( 1955). (1921).
Bleal:.ney and Gould, The relative abun- Dempster, Positive ray analysis o{ mag-
dance o{ hydrogen isotopes. Phys. Rev. nesium. Proc. Nat., Acad. Sei. 7, 45
u, 265 (1955). (1921).
Bleal:.ney, Some properties o{ the hydro- Dempster, botopic constitution o{ pai·
gen isotopes as revea/ed by the mass ladium andgold. Nature JJ6, 65 (1955).
spectrograph. Phys. Rev. ~5, 762 (1954). Dempster, 1sotopic conslitution o{ ura-
Bleal:.ney, Harnwell, Lozier, Smith and nium. Nature JJ6, 180 (1955).
Smyth, Production and identi{ication Dempster, The isotopic constitution o{
of ltelium o{ mass three. Phys. Rev. ~6, barium and cerium. Phys. Rev. ~9, 947
81 (1954). (1956).
Bleuler and Zünti, Jsotopes S3T and P3t
Dempster, The isotopic constitution o{
produced by irradiation o{ ch/orine
iron and nicke/. Phys. Rev. 50, 98
with rapid neutrons (in German).
(1956).
Helv. Phys. Acta. 19, 157 (1946).
Blewett and Sampson, Jsotopic constitu- Dempster, The isotopic constitution o{
tion o{ strontium, barium and indium. strontium and te/lurium. Phys. Rev. 50,
Phys. Rev. ~9, 778 (1956). 186 (1956).
Blewett, Mass spectrograph analysis o{ Dempster, The isot.opic constitution o{
bromine. Phys. Rev. ~9, 900 (1956). lungsten. Phys. Rev. 52, 1074 (1957).
Bolhe and Maier-Leibniu, Re/ations be· Dempster, The atomic masses o{ lhe
tween the masses o{ the light atoms. heavy e/ements. Phys. Rev. H, 64
Naturwiss. 25, 25 (1957). (1958).
Bolhe and Gentner, Production o{ a new Dempster, The isotopic cÓnstitution o{
isotope {rom the nuclear photo effect. gadolinium, dysprosium, erbium and
Naturwiss. 25, 126 (1957). -ytterbium. Phys. Rev. H, 727 (1958).
Brewer, The abundance ratio o{ lhe iso- Dempster, Tlte energy content o{ lhe
topes o{ lithium. Phys. Rev. 47, 571 heavy nuc/ei. Phys. Rev. H, 869 (1958).
(1955).
Brewer, Abundance ratio o{ potassium Dempster, Jsolopic conslilution o{ haf-
isolopes in mineral and planl sources. nium, yttrium, lutecium and tanta/um.
J. Amer. Chem. Soe. 58, 565 (1956). Phys. Rev. H , 794 (1939).
Brosi and Harl:.ins, Tlte abundance ratio Dempster, Abnormal isotope abundances
o{ lhe isotopes in natural or isotopic- produced by neutron absorption in cad·
ally separated carbon. Phys. Rev. 52, mium. Phys. Rev. 71 , 144 (1947).
472 (1957). Ducl:.worth and Hogg, Relative abun-
Cohen, The isotopes o{ cerium and rho· dance o{ lhe copper isotopes and lhe
dium . Phys. Rev. 6J, 219 (1945). suitability o{ lhe photometric method

[ 226]
for detecting srruJII ooriations in iso- Huber, Hubcr and Scherrer, Determina-
lopic abundilnce. Phys. Rev. 71 , 212 tio n of the mass of 8 CU from the nu-
(1947). clear reaction N (n, p) C (in German).
Eastman, /ndicalion of a genetic relation Helv. Phys. Acta JJ, 209 (1940).
betiiJeen indium and lin. Phys. Rev. J2, Hughcs, The mass of the neutron. Phys. ·
1226 (19~7). ReY. 70, 219 (1946).
Ewald, The relative isotopic frequencies Hughes, Mass of the mesotron as deter-
and the atomic IIJeight of copper and mined by cosmic-ray measurements.
ruthenium. Z. Phys. 122,487 (1944). Phys. Rev. 71 , 587 .(1947):
Ewald, Photomelric determination of Hulubei and Cauchois, Ne11J researches
rare isotopes. Relative isotope abun- on element 9J in natural slate. C. R.,
dilnces and atomic IIJeight of nicltel. Z. Paris 209, 476 (19~9).
Phys. 122, 686 (1944). Inghram, T h e isotopic constitution of
Flügge and Mattauch, Report on iso- tungsten, silicon and boron. Phys. Rev.
topes. Phys. Z. 42, I (1941). 70, 65~ ( 1946).
~ügge and Mattauch, Report on iso- Jenkins and Woolridge, Mass ralio of
topes. Phys. Z. O , I (1942). the carbon isotopes from the spectrum
Fretter, The rnass of cosmic-ray meso- o{ CN. Phys. Rev. H , 1~7 (1958).
trons. Phys. Rev. 70, 625 (1946). Jensm, Present state of systematics of
Fuchs and Kopfermann, On the isotopes stable atomic nuclei. Naturwiss. 27, 79~
of platinum. Naturwiu. 2J, ~72 (1955). (19~9).
Giauque and Johnston, An isotope of Jordan and Bainbridge, The rnass spec-
oxygen of mass 17 in the earth's at- trographic measurement of the mass
mosphere. Nature 121, 8~1 (1929). separation of certain_ doublets. Phys.
Gibert, Roggen and Rouel, Masses of Rev. 49, 88~ (19~6) .
ClU and ClST (in French). Portugaliae Jordan and Bainbridge, A rnass spectro-
Physica / , 45 (1944). graphic determinátion of the mass dif-
Gier and Zeeman, Isotopes of nicltel. ference NU + HI- NU and lhe nilro-
Proc. K. Ned. Akad. Wet. J8, 810 ge7t disintegration reactions. Phys. Rev.
(19~5). JO, 98 (19~6).
Gõtte, New strontium, ytterbium isotopes Jordan and Bainbridge, Alomic rnasses
from uranium fwion . Naturwiss. 29, oi beryllium, barium, neon and argon.
496 (1941). Phys. Rev. JJ , ~85 (19~7) .
Hahn and Straumann, Problems on the Jordan, C12H 2 - NU mass difference .
existence of transuranic elemenls. Na- Phys. Rev. JB, 1009 (1940).
turwiss. 27, 451 (1959). Jordan, The mass difference o{ the fundil-
Hahn, Flügge and Mattauch, Chemical mental doublets used in lhe determina-
elemenls and natural atomic species ac- tion Õf the isotopic IIJeighls cu and
cording to resulls of isotopic and nu: NU . Phys. Rev. 60, 710 (1941).
clear investigation. Phys. Z. n , I (1940). Jordan and Young, A short history o{
Harnwell and Bleakney, Relative abun- isotopes and the measurement of their
dilnce of lithium isotopes. Phys. Rev. abundances. J. Appl. Phys. JJ, 526
4J, 117 (19~4). (1942).
Hayden and Lewis, Assignments of mass Kamen and Ruben, Production and prop-
to fusion isotopes by mass spectrograph . ~rt ies of carbon (14). Phys. Rev. J8, 194
Phys. Rev. 70, 111 (1946). (1940).
Hill, Production of He3 . Phys. Rev. J9, Kennedy, Seaborg, Segre and Wahl,
10~ (1940). Properties of 94 (239). Phys. Rev. 70,
Holleck, Statistics of the isotope distri- 555 (1946).
bution in particles deposited by con- Kurbatov, A classification of stable nuclei.
densation . Z. Phys. ll6, 624 (1940). J. Phys. ·Chem. 49, 110 (1945).

[ 227]
Kurbatov and Kurbatov, Cltwi{icalion of "!olybdenum. Z. Phys. Chem. B42, 288
sldble nuclei lry me12ns of parlicles of (19~9).
mtw numbers lhree and four. Phys. Mattauch, Ewald, Hahn and Strassmann,
Rev. 65, ~51 (1944). Has a cesium isolope of long half life
Kurbatov, Devialions in lhe classificalion exisled1 A contribulion lo lhe explana-
of slable nuclei. Phys. Rev. 65, ~51 tion of unusual lines in mass speclros-
(1944). copy. Z. Phys. 120, 598 (194~).
Laaff, Beryllium isolope of mass eighl. Mattauch and Ewald, A new method for
Ann. Phys., Leipzig J2, 74~ (19~8). lhe measuremenl of relalive frequency
Lauritsen and Crane, Transmulalion of of isotopes. The isotopic conslilulion
lilhium lry deulom and its bearing on and lhe alomic weight of hafnium. Z.
lhe mtw of lhe neulron . Phys. Rev 45, Phys. 122, ~14 (1946).
550 (19~4). McKellar, Mtw ratío of lhe lithium iso-
Lichtblau, The isolope conslilulion and topes from lhe spectrum of Li 2 . Phys.
lhe alomic weighls of europium. Na- Rev. 44, 155 (19~~) .
turwiss. 27, 260 (19~9). McKellar, On lhe relative abundance of.
Livingston and Hofman, Slow neulron silicon isolopes. Phys. Rev. 45, 761
disinlegralion of Li& and' lhe disinle- (19~4) .
gralion mass scale. Phys. Rev. 50, 401 Mitchell, Brown and Fowler, On lhe iso-
(19~6). topie-constilulion of cobalt. Phys. Rev.
Luhr and Harris, Mtw-speclrograph de- 60, ~59 (1941).
lerminalion of lhe relalive abundance Murphey, Relative abundances of lhe
of heavy hydrogen in a sample. Phys. oxygen isolopes. Phys. Rev. 59, ~20
Rev. 45, 84~ (19~4). (1941).
Massey and Mohr, The mosses of BeR and M urphey and N ier, I'ariations in lhe
cu. Nature JJ6, 141 (19~5). -relalive abundance of lhe abundance
Mattauch, Isolope research . Phys. Z. J5, of lhe carbon isotopes. Phys. Rev. 59,
567 (19M). 771 (1941).
Mauauch, Scheme of isolopes. Z. l'hys. Naudé,lsolopes of Nt6 and 018,011 and
91, ~61 (19M). their abundances. Phys. Rev. J6, ~~~
Mattauch, New mass-speclrog.·aph meas- (19~0).
uremenls. S.B. Allad. Wiss. Wien 145, Ney and McQueen, A mass spectro-
461 (19~6). graphic study of lhe isotopes of silicon.
Mattauch, The mass speclrographic meas- Phys. Rev. 69, 41 (1946).
uremenl of nuclear binding energies. Nier, Evidence for lhe exislence of an
aturwiss. 25, 156 (19~7). isotope of poltwium of mass 40. Phys.
Mauauch, The paclting' fraclion of SrR• Rev. 48, 28~ (19~5) .
and SrRT by lhe doublel melhod. Nat- Nier, The isotopic conslitution of ru-
urwiss. 2S, 170 (19~7). bidium, zinc and argon. Phys. Rev. 49,
Mattauch, The pair RbBT • SrBT and lhe 272 (19~6).
isobaric rule. Naturwiss 25, 189 (19~7). N ier and Hanson, A mtw spectrographic
analysis of lhe ions produced in HCI
Mattauch and Herzog, The doublets of
under eleclron impacl. Phys. Rev. 50,
lhe C 1 group and lhe binding energy
722 (19~6).
of lhe nuclei belween cu and Ot&,
N ier, A mass speclrographic study of lhe
Naturwiss, 25, 747 (19~7).
isotopes of argon, potassium, rubidium,
Mattauch, The subslandard in mass spec- zinc and cadmium. Phys. Rev. 50, 1041
lroscopy. Phys. Z. ~9. 892 (19~8) (19~) .
Mattauch, Lichtblau, Schüler and Goll- Nier, The isotopic constitution of mer-
now, Remarltable isolope oflulecium. cury and lead. Nier, Phys. Rev. 51,
Z. Phys. 111,514 ( 1 9~9) . 1007 (19~7) .
Mattauch and Lichtblau, The isolopic Nier, The isotopic constitution of os-
constilulion and lhe alomic weighl of mium. Phys. Rev. 52, 885 (19~7).

[ 228]
Nier, A mass-spectrographic study of the Pollard and Brasefield, Alpha particle
isotopes of si/ver, xenon , ltrypton , be- bombardment of neon, calcium andar-
ryllium, iodine, arsenic and cesium. gon, and masses of light nuclei. Phys.
Phys. Rev. 52, 933 (1937). Rev. 51, 8 (1937).
Nier,lsotope abundance of common lead. Pollard, Mass and energy leveis of sss.
J. Amer. Chem. Soe. 60, 1571 (1938). Phys. Rev. 56, 961 (1939).
Nier, The isotopic constitution of ca/- Pollard, Mass and stability of cu. Phys.
cium, titantium, sulphur and argon. Rev. 56, 1168 (1939).
Phys. Rev. 5J, 282 (1938).
Rall, Mass assignments of some radio-
Nier, The isotopic constitution of stron-
active isotopes of palladium and irid-
tium, barium, bismuth, thorium and
ium . Phys. Rev. 70, 112 (1946).
mercury. Phys. Rev. H , 275 (1938).
r.[ier, The isotopic constitution of ura- Ray, Extension of periodic table and ele-
nium and lhe half-lives of lhe uranium ments beyond uranium. Sc.ience and
isotopes. I . Phys. Rev. 55, 150 (1939). Culture 4, 167 (1938).
Nier, The isotopic constitution of radio· Ruark and Western, Radium-uranium
genic /eads and the measurement of ratio and the nttmber of actino-ura-
geological time. II. Phys. Rev. 55, 153 nium isotopes. Phys. Rev. 45,69 (1934).
(1939). Sachs, On the leve/ scheme of Mgu and
Nier, The isotopic constitution of iron lhe mass of Nau. Phys. Rev. 70, 572
and chromium. Phys. Rev. 55, 1143 (1946).
(1939). Sampson and Bleakney, A mass spectro-
Ogata,lsotopic weight of cu. Proc. Phys.- graph study o( barium, strontium, in-
Math. Soe. Jap. (3) 22, 486 (1940). dium, gallium, lithium and sodium.
Okuda, Ogata, Aoki and Sugawara, On Phys. Rev. 50, 456 (1936).
lhe isotopic weights o( chlorine, argon
Sampson and Bleakney, The relative
and iron by lhe doublet method. Phys.
abundance of lhe . isotopes in manga-
Rev. 58, 578 (1940). nese, columbium, palladium, platinum,
Okuda, Ogata, Kuroda, Shima and Shin- iridium, rhodium and cobalt. Phys.
do lsotopic weights of ·nicltel isotopes Rev. 50, 732 (1936).
by lhe doublet method. Phys. Rev. 59,
104 (1941). Seaborg, Table o( isotopes. Rev. Mod.
Okuda and Ogata, lsotopic weights of Phys. 16, I (1944).
sulphur and titanium. Phys. Rev. 60, Seaborg, Discovery of e/ements ?5 and 96
690 (1941). and the chemical properties of the
Okuda and Ogata, lsotopic weight of sul- transuranic e/ements. Nature 157, 307
phur and titanium. Proc. Phys.-Math. (1946).
Soe. Jap. (3) 25, m (1943) Segre, An unsuccessful search for trans-
Paneth, T h e malting of lhe missing chem- uranic e/ements. Phys. Rev. 55, 1104
ical elements. Nature 159, 8 (1947). (1939).
Pecher, Long-lived isotope of yttrium. Sherr, Smith and Bleakney, On lhe exis-
Phys. Rev. 58, 843 (1940). tence of HS. Phys. Rev. 54, 388 (1938).
Perey, On e/ement 87, derived from ac- Smythe, On lhe isotopic ratio in oxygen.
tinium. C. R., Paris 208, 97 (1939). Phys. Rev. 45, 299 (1934).
Perey, Element 87, Ac K, a derivative of
actinium. J . Phys. Rad. 10, 435 (1939).
Stephens, Neutron hydrogen mass dif-
ference and the neutron mass. Rev.
Perri~r and Segre, Technetium, the e/e-
ment of atomic number 4J . Nature 159,
Mod. Phys. 19, 19 (1947).
24 (1947). Strauss, The abundance ratio Ni&t ; Ni&< .
Pierce and Brown, Mass spectrographic Phys. Rev. 59, 102 (1941).
confirmation of the isotopic assignment Swartout, Protium-deuterim ratio and
for the /ong-lived radioactivity in Be. atomic weight o( hydrogen. J. Amer.
Phys. Rev. 70, 779 (1946). Chem. Soe. 61, 2025 (1939).

[ 229]
Thodc and Graham, A mass sputromder Yamaguchi, On lhe mass spectrograplllc
investigation o{ the isotopes o{ xenon determination o{ mass number o{ arti-
and lr.rypton resulting from the {ission ficially produced ttadioactive atoms.
o{ U2>~ lry thermal neutrons. Canad. Proc. Phys.-Math. Soe. Jap. (5) 2J, 264
J . Res. 25, I (1947). (1941).
Turner, Nonexistence o{ transuranic ele- Zingg, The isobaric pairs cadmium-in-
ments. Phys. Rcv. 57, 157 (1940). dium, indium-tin, antimony-tellurium,
Turner, Missing heavy nuclei. Phys. Rev. rhenium-osmium (ln Gcrrnan). Hclv.
57, 950 (1940). Phys. Acta JJ, 219 (1940).
Tuve, Hafstad anil Dahl, Stable hydrogen
isotope o{ mass three. Phys. Rev. 45,
840 (1954). CAPÍTULO DOIS
Tuve and Hafstad, The carbon reactions
and the corrected mass scale. Phys. Rev. Estruturas Hiperfinas,
U, 106 (1955).
Urey, Briclr.wcdde and Murphy, A hydro- Momentos Nucleares
gen isotope o{ mass two and its con- eSpins
centration . Phys. Rev. 40, I (1952).
Urey and Teal, Hydrogen isotope o{
atomic weight two. Rev. Mod. Phys. 7, Alvarez and Bloch, Quantitative· deter-
54 (1955). mination o{ lhe neutron moment in
Urey, Separation and u.se o{ stable iso- absolute nuclear magnetons. Phys. Rev.
topes, J. Appl. Phys. 12, 270 (1941). 57, III (1940).
Valley and Anderson, The rela tive abun- Anderson, Nuclear mechanical moment
dance o{ the stable isotopes o{ teM'es- o{ lanthanum {rom hyperfine st-ructure.
trial and meteoric iron. Phys. Rev. 59, Phys. Rev. 45, 685 (19M).
m (1941). Anderson. Nuclear magnetic moment o{
Vallcy, The stable isotopes o{ niclr.el. lanthanum . Phys. Rcv. 46, 475 (1954).
Phys. Rev. 59, 856 (1941). Anderson and Noviclr., Magnetic moment
Vaughan, Williams, and Tate, 1sotopic of lhe triton. Phys. Rev. 71,572 (1947).
abundance ratios o{ carbon, nitrogen, Arnold and Roberts, The magnetic mo-
argon, neon and helium. Phys. Rcv. 46, ments o{ lhe neutron and lhe deuteron .
527 (1954). Phys. Rev. 70, 766 (1946).
Venlr.atesaschas and Sibaiya, 1sotope Arvidsson, Hyperfine structure in some
abundance in platinum. Proc. Indian spectral tines {rom highly ioniud
Acad. Sei. (A) 2, 101 (1955). atoms o{ thallium and bismuth. Na-
Watson, Mass ratio o{ hydrogen and deu· ture 126, 565 (1951).
terium from band rpectra. Phys. Rcv. Ashley, Nuclear spin o{ phosphoru.s f.-om
49, 10 (1956). band sputrum analysis. Phys. Rev. 44,
Wiens and Alvarcz, Spectroscopically 919 (1955).
pure mercury (198). Phys. Rev. 58, 1005 Atherton, Determination o{ nuclear mo-
(1940). ment o{ rubidium lry resonance radia-
Williams, Haxby and Shcpherd, The dis- tion . Phys. Rev. 64, 45 (1945).
integration o{ beryllium and the mosses Bacher, Note on the magnetic momento{
o{ beryllium isotopes. Phys. Rev. 52, the nitrogen nucleus. Phys. Rcv. 4J,
1051 (1957). 1001 (1955).
Williams and Yuster, 1sotopic constitu- Bacher and Tomboulian, ln Il5 hyper-
tion o{ tellurium, silicon, tungsten, fine structure deviations and electric
molybdenum and bromine. Phys. Rev. quadrupole moment. Phys. Rev. 50,
69, 556 (1946). 1096 (1956).
Williams and Yuster, 1sotopic constitu- Bacher and Tomboulian, The electric
tion o{ tellurium and tungsten. Phys. quad.rupole moment o{ 1ntl5. Phys.
Rev. 70, 118 (1946). Rev. 52, 856 (1957).

[ 230]
Baclr. and Goudsmit, Nuclear momenl in optical excitation . Phys. Rev. ~8.
and Zeeman effect for bismuth . Z. Phys. 226 (1955).
47, 174 (1928). Boyd and Sawyer, T he hyperfine struc-
Badami, Hyperfine slruetures in the an- ture o{ Cs 11. Phys. Rev. 61,601 (1942).
timony spar!t speelrum and lhe nuclear Breit, Possible effects o{ nuclear spin on
moments o{ antimony isotopes. Z. Phys. x-ray lerms. Phys. Rev. JJ , 1447 (1950).
79, 206 ( 1952). Breit, Derivotion o{ hyperfine strueture
Badami, Hyperfine sruetures in the anti- formulas for one electron spectra. Phys.
mony are speelrum. Z. Phys. 79, 224 Rev. J7, 51 (1951).
(1952). Breit, On lhe hyperfine structure o{ heavy
Ballard, Nuclear spin o{ eolumbium. elements. Phys. Rev. J8, 465 (1951).
Phys. Rev. ~6. 255 (1954). Breit and Rabi, Measurement o{ nuclear
Ballard, Nuclear moments o{ eolumbium spin. Phys. Rev. J8, 2082 (1951).
from hyperfine slruCture. Phys. Rev. 46, Breit, T he is otope displacement in lhe
806 (19M). hyperfine structure. Phys. Rev. 42, 548
Bartlett, Isotopie displacement in hyper- (1952).
fine srueture. Nature 128,408 (1951). Breit and Wills, Hyperfine slructure in
Bartlett, Gibbons and Watson, The mag- intermediate eoupling. Phys. Rev. U ,
netie moment o{ the LiT nucleus. 11. 470 (1955).
Phys. Rev. JO, 515 (1956). Breit and Rabi, On lhe interpretation o{
Benson and Sawyer, The nuclear momenl present values o{ nuclear moments.
o{ barium. Phys. Rev. J2, 1127 (1957). Phys. Rev. ~6. 250 (19M).
Bethe, /oniUJiion power o{ a neutrino Brei.t and Stehn, T h e fine structure o{
with magnetie momenl. Proc. Camb. lhe nuclear ground levei o{ LiT . Phys.
Phil. Soe. JI, 108 (1955). Rev. JJ, 459 (1958).
Bethe, Magnetie moment o{ LiT in lhe Breit, Relativistie eorrections to magnetie
alpha particle model. Phys. Rev. H, moments o{ nuclear particles. Phys.
842 (1958). Rev. 71, 400 (1947).
Bloch and Rabi, Atoms in variable mag- Broolr.s, Interaction between nuclear spin
netie fields . Rev. Mod. Phys. 17, 257 and molecular rotation. Pbys. Rev. 60,
(1945). 168 (1941). .
Bloch, Hansen and Paclr.ard, Nuclear in- Brown and Bartlett, Hyperfine strueture
duetion . Phys. Rev. 69, 127 (1946). o{ fluorine . Phys. Rev. 4J, 527 (1954).
Bloch, Hansen and Paclr.ard, Nuclear in- Brown and Cook, Nuclear magnetie mo-
duetion . Phys. Rev. 69, 680 (1946). ment o{ aluminum. Phys. Rev. ~J. 781
Bloch, Nuclear induetion. Phys. Rev. 70, (1954).
460 (1946). Bryden, The structure o{ lhe nucleus and
Bloch, Hansen and Paclr.ard, The nuclear its total moment o{ momenlum. Phys.
induetion experiment. Phys. Rev. 70, Rev: J8, 1989 (1951).
474 (1946). Brylinski, Magnetic moment o{ lhe elec-
tron in tile atom. Rev. Gén. l!lect. J2,
Bloch, Graves, Paclr.ard and Spence, Spin
and magnetie momenl o{ tritium. Phys. 249 (1945).
Càldirola, Relativistie eorrection in eal-
Rev. 71, 575 (1947).
eulating the magnetie moment o{ the
Bloch, Graves, Paclr.ard and Spence, Rela- deuteron. Phys. Rev. 69, 608 (1946).
tive moments o{ HI and HS. Phys. Rev. Campbell, Nuclear moments o{ the gal-
71, 551 (1947). lium isotopes 69 and 71 . Nature JJ1,
Bloembergen, Pound and Purcell, The 204 (1955).
width o{ the nucltar magnetie reso- Campbell, Hyperfine strueture in the are
nanee absorption line in gases, liquids, speetrum o{ fluorine. Z. Phys. 84, 595
and solids. Phys. Rev. 71, 466 (1947). (1955).
Boggs and Webb, The hyperfine struc- Casimir, Hyperfine strueture o{ europ-
ture of lhe mercury triplet 6SP012 -7SS 1 ium (ln German). Physica 2, 719 (1955).

[ 231 ]
~krabarty and Majumdar, On the spin Feld and Lamb, Effecl of nuckar eleclric
ofthe meson . Phys. Rev. 65,206 (1945). quadrupole moment on lhe energy
Christy and Kusaka, Electric quadrupole ltveLr of a diatomic molecule in a mag-
moment ofthe deuteron. Phys. Rev. 55, nelic field . Parti. Helemnuclear mole-
665 (19~9). cules. Phys. Rev. 67, 15, 59 (1945).
Christy and Keller, Precise determination Feld, Nuclear elect~ic quadrupole mo-
ofthe fine structure constantfrom x-ray menl and lhe radio frequency spectra
spin doublet splitting. Phys. Rev. 61, of homonuclear diatomic molecules.
147 (1942) .. . Phys. Rev. 70, 112 (1946).
Cohen, Nuclear spin of cesium. Phys. Fermi, Magnelic TTWmenls of alomic nu-
Rev. 46, ?H (19M). clei. Z. Phys. 60, ~20 (19~0).
Craw!ord and Crooke.r, Nuclear moment Fermi and Segre, Theory of hyperfine
of arsenic. Nature JJ1, 655 (19~~) . slruclure. Z. Phys. 82, 729 (1933).
Craw!ord and BateS<>n, Nuclear moments Fisher and Peck, Hyperfine slruclure of
of antimony isotopes; discussion of manganese I and nuclear magnelic mo-
Lande' s themy. Canad. J. Res. 1O, 69~ ment. Phys. Rev. 55, 270 (1939).
(19~4) . Flügge, Quadrupole moment ofthe deu-
Craw!ord and Grace, Hyperfine struc- lerop and nuclea~ forces . Z. Phys. 11 J,
tures in La 1ll. Nuclear magnetic mo- 587 (19~9).
ment oflanthanum. Phys. Rev. 47, 536 Fqx and Rabi, On lhe nuclear moments
( 1 9~5). of lilhium, potassium and sodium.
Craw!ord, Hyperfine structure formulas Phys. Rev . .,8, 746 (19~5).
for lhe configuration d2S. Applicalion Frisch and Stern, Magnetic dtviation of
to lhe 5d26s •F slales of La I . Phys. hydrogen molecules and lhe magnetic
Rev. 47, 768 (1935). moment of the prolon . Z. Phys. 85, 4
Craw!ord and Wills, Hyperfine structure. (19~~).
Formulas for lhe configuralion pss. Frisch, von Halban jr. and Koch, A
Phys. Rev. 48, 69 (19~5) . melhod of measuring the magnetic mo-
Dicldnson, Specific isotope effect in the menl offree neulrons. Nature JJ9, 756
hyperfine speclrum of the lead alom . (19~7) . .
Phys. Rev. 46, 598 (19~4). Frisch, von Halban jr. and Koch, Sign
Ellet and Heydenburg, Nuclear magnelic of lhe magnetic moment of free neu-
momenls from lhe pola-rization of reso- trons. Nature JJ9, 1021 (19~7).
nance radialion: Sodium, J2S 112 -42P 312, Frohlich, Heitler and Kemmer, Nuclear
tp· Phys. Rev . .,6, 58~ (1954). forces and lhe magnetic momenls of
Elhott, Absorplion band speclrum of lhe neulron and lhe prolon. Proc. Roy.
Chlorine. Pari li. Proc. Roy. Soe. 127, Soe. 166, 154 (1938).
6~8 (19~0). Galanin, Properlies of eleclrons and me-
Elliou and Wulff, Hyperfine slructure of son spin in'the classical approximalion.
gold. Phys. Rev. 55, 170 (19~9). J. Phys., USSR, 6, 35 (1942).
Estermann, Frisch and Stern. Magnelic Gale and Monk, Band spectrum of fluor-
momenl of lhe prolon. Nature JJ2, 169 ine. Astrophys. J. 69, 77 (1929).
(1933).
Gibbons and Bartlett, Th e magneliC>mo-
Eastermann and Stern, Magnetic momenl
menl of lhe KS9 nucleus. Phys. Rev 47,
of lhe deulon . Nature JJJ, 911 (1934).
692 (19~5) .
Estermann and Stern, Magnetic moment
· of lhe deuton . Phys. Rev. 45,761 (1954). Ginsburg, The relalivistic theory of ex-
Estermann, Simpson and Stern, The mag- ciled spin slales of lhe proton and lhe
nelic moment ofthe proton. Phys. Rev. neutron. Phys. Rev. 6J, I (194~).
52, 5~5 (1937). Gollnow, Second isotope of cassiopeium
Farkas and Farkas, Ralio ofthe magnelic and magnetic momenl and lhe quadro-
momenls of lhe prolon and deulon . pote moment of the'l,'Cp nucleus. Z.
Proc. Roy. Soe. 152, 152 (19~5) . · Phys. 10J, 44~ (1936).

[ 232]
Gorham, The signs of the nuclear mag- Hamilton, An atomic beam study of the
netic moments of Li6 and KH . Phys. hyperfine structure of the metastable
Rev. 53, 563 (1938). 2P8/2 state of lnHs.I. The electric quad-
Gorter and Broer, Negative result of an rupole moment of lnllS. Phys. Rev.
attempt to observe nuclear magnetic 56, 50 (1939).
resonance in solids (in English). Phy- Hamilton, Molecular beams and nuclear
sica 9, 591 (1942). moments. Amer. J . Phys. 9, 319 (1941).
Goudsmit and Baclt, Fine structure and Hardy, The nuclear magnetic moment of
arrangement of terms of the bismuth [nus. Phys. Rev. 59, 686 (1941).
spectrum. Z. Phys. 43, 321 (1927). Hardy and Millman, Nuclear spin and
Goudsmit and Bacher, Separations in hy- magnetic moments of Jnt u. -Phys. Rev.
perfine st.-ucture. Phys. Rev. 14, 1501 60, 167 (1941).
(1929). Hardy and Millman, Radiofrequency
Goudsmit, T heory of hyperfine structure spectrum of indium. Nuclear spin of
separations. Phys. Rev. J7, 663 (1931). ln113 . Phys. Rev. 61, 459 (1942).
Goudsmit, Nuclear magnetic moments. Hartree and Black, T heoretical investiga-
· Phys. Rev. 4J, 636 (1933). tion of lhe oxygen atom in variow
Goudsmit and Bacher, Anomalies in hy- states of ionization. Proc. Roy. Soe. 1J9,
perfine structure. Phys. Rev. 43, 894 311 (1933).
. (1933). Hay, Nuclear magnetic moment of Ct3 .
Grace, Nuclear moments and their de- Phys. Rev. 58, 180 (1940).
pendence upon atomic . number and Hay, The nuclear magnetic moments of
mass number. Phys. Rev. 44, 361 (1944). BaUs and Bat3T. Phys. Rev. 59, 686
Granath, The nuclear spin and magnetic (1941).
moment of LiT. Phys. Rev. 42,44 (1932). Hay, The nuclear magnetic moment~ of
Granath and Van Ana, Nuclear spin and cu, Ba135 and Ba13T. Phys. Rev. 60,
· magnetic moment of sodium from hy- 75 (1941).
perfine structure. Phys. Rev. 44, 935 Heitler, Scattering of mesons and lhe
(1934). magnetic moments of prolon and neu-
Granath and Stranathan, Magnetic mo- tron. Nature 145, 29 (1940).
. ment of cesium determined from lhe Heyden, Spin change in lhe radioaclive
hyperfine structure of lhe 6p2P 11 2 state. beta decay of RbBT inlo Sr8T. Z. Phys.
Phys. Rev. 46, 317 (1934). 108, 232 (1938). .
Granath and Stranathan, The hyperfine Heyden and Ritschl, Nuclear momenl of
strutture and nuclear magnetic mo- aluminum. Z. Phys. 108, 739 (1938).
ment of cesium I. Phys. Rev. 48, 725 Heydenburg, Paschen-Back effecl of hy-
(1935). perfine structure and polarizalion of
Gray, The nuclear spin of LiT from hy- res(\nance radiation. Cadmium 6tP 1 -
perfine structure data. Phys. Rev. 44, 5tS0 • Phys. Rev. 4J, 640 (1933).
570 (1933). Heydenburg, Nuclear magnelic moment
Güttinger, Hyperfine structure of the Li of cesium from the polarizalion of res-
11 spectrum. Z. Phys. 64, 749 (1930). . onance radiation. Phys. Rev. 46, 802
Güuinger and Pauli, On lhe hyperfine (1934).
structure of Li+. Z. Phys. 67, 743 Hill, Rela tive intensilies in nuclear spin
(1931). multiplets. Proc. Nat. Acad. Sei. 15,
Halpern and Gwathmey, Effect of the 779 (1929).
similarity of particles on gas kinetic Hill, Hyperfine structure in silver. Phys.
quantities with application to nucloar Rev. 48, 233 (1935).
spin. Phys. Rev. 52, 944 (1937). Hoffman, Livingston and Bethe, Some
Halpern and Johnson, On the neutron's direct evidence of lhe magnelic mo-
magnetic moment. Phys. Rev. 57, 160 ment of lhe neutron. Phys. Rev. 51,
(1940). 214 (1937).

[ 233]
Hollenberg, Hy~rfine structure of the Jones, Hyperfine structure in the are s~c­
resonance lines of rubidium. Phys. Rev. trum of xenon. Proe. Roy. Soe. 144,587
52, m (1937). (1934).
Hori, Analysis of the hydrogen band spec- Kaickar and Teller, Theory of the cataly-
trum in the extreme ultra-violeo. Z. sis of the ortho-para transformation by
Phys. 44, 834 (1927). paramagnetic gases. Proe. Roy. Soe. /50,
lnglis and Landé, Magnetic moment of 520 (19~5).
the neut·ron . Phys. 45, 842 (1934). Kellogg, Rabi and Zacharias, Magnetic
1nglis, On nuclear moments. Phys. Rev. moment of the deuteron. Phys. Rev. 49,
4i, 84 (1935). 867 (19~6).
1nglis, On nuclear magnetic moments. Kellogg, Rabi and Zacharias, T h e gyro-
l'hys. Rev. 5J, 470 (1!138). magnetic properti~s of the hydrogens.
Inglis, On interpreting related magnetic Phys. Rev. 5U, 472 (1936).
moments of light nuclei. Phys. Rev. 55 , Kellogg, Rabi, Ramsey and Zacharias, An
329 (1939). electrical quadrupole moment of the
Inglis, Nuclear spin of cu. Phys. Rev. 58, deuteron . l'hys. Rev. 55, 318 (1939).
577 (1940). • Kellogg, Rabi, Ramsey and Zacharias,
lnglis, On the triplets of helium. Phys. The magnetic moments of the proton
Rev. 61, 297 (1!142). and the deuteron. The radiofrequenet·
Jackson, Nuclear moment of gallium. Z. spectrum of H 2 in various magnetic
Phys. 75, 229 (1932). fields. Phys. Rev. 56, 728 (1939).
Jackson, Hyperfine structure of the lines Kellogg, Rabi, Ramsey and Zacharias,
of the are spectrum of rubidium. Proe. Electrical quadrupole moment of lhe
Roy. Soe. JJ9, 673 (1933). deuteron . The radiofrequency spectra
Jackson, Nuclear moment of indium. Z. of HD and D 2 modecules in a mag-
Phys. 80, 59 (1933). netic field . Phys. Rev. 57, 677 (1940).
Kofink, Magnetic and electric moment
Jackson and Kuhn, Hyperfine structure
of lhe electron in Dirac' s theory. Ann.
of the -resonance lines of potassium.
Phys., Leipzig 30, 91 (1937).
Proe. Roy. Soe. 148, 335 (1935).
Kopfermann, Determination of the me-
Jackson and Kuhn, Hyperfine structure chanical moment of the cesium nucleus
and Zeeman effect of resonance lines from the hyperfine structure of some
of silver. Proe. Roy. Soe. I 58,372 (1937). Cs lines. Z. Phys. 73, 437 (1931).
Jackson and Kuhn, Hyperfine structure Kopfermann, Nuclear moments of three
and Zeeman ~ffect of the resonance lead isotopes. Z. Phys. 75, 363 (1932).
lines of lithium . Proe. Roy. Soe. 173, Kopfermann, Hyperfine structure and
278 (1939). nuclear moment of rubidium. Z. Phys.
Jaeckel, Hyperfine structure of platinum 83, 417 (1933).
isolo~. Z. Phys. 100, 513 (1936). Kopfermann and Wieth-Knudsen, Hy-
Jauch, Meson theory of lhe magnetic mo- perfine structure and nuclear moment
ment of proton and neutron. Phys. Rev. of krypto'n . Z. Phys. 85, 353 (1933).
63, 334 (1943). Kopfermann and Rasmussen, The me-
Jenk.ins and Ash1ey, Nuclear spin of chanical moment of the cobalt nucleus.
phosphorus from the band spectrum. Naturwiss. 22, 291 (1934).
Phys. Rev. 39, 552 (1932). Kopfermann and Rindal, Nuclear mo-
Joffe and Urey, The spin of the sodium ments of xenon. Z. Phys. 87,460 (1934).
nucleus. Phys. Rev. 43, 761 (1933). Kopfermann and Rasmussen, Nuclear
Joffe, Nuclear spin of sodium. Phys. Rev. moment of scandium. Z. Phys. 92, 82
45, 468 (1934). (1934).
Jones, Hyperfine structure in the spath Kopfermann and Rasmussen, On the me-
sp~ctrum of cadmium. Proe. Phys. Soe., chanical moment of the cobalt nucleus.
Lond. 45, 625 (1933). Z. Phys. 94, 58 (1935).

[ 234]
Kopfermann and Rasmussen, Hyperfine Ma, Elutroslatic dipole momenl of a nu-
slruclure o{ uanadium mulliplets. Z. cleus in lhe meson theory. Proc. Camb.
Phys. 98, 624 ( 1936). Phil. Soe. 36, H8 (1940).
Kopfermann and Wittke, Magnelic mo- Manley, The nuclear spin and magnelic
menl o{ lhe scandium nucleus. Z. Phys. momenl o{ potassium 41 . Phys. Rev. 49,
105, 16 (1937). 921 (1936).
Korsching, Quadrupole momenls o{ ::xr Manley and Millman, The nuclear spin
and lhe mechanical momenl of 1 ~Xe. and magnetic momenl of Li6. Phys.
Z. Phys. 109, 349 ( 1938). Rev. 51 , 19 (1937).
Krasnikov, Hyperfine slruclure o{ sec- Margenau, Relaliuislic magnetic momenl
ondary x -ray speclra (in English). C. o{ a charged parlicle. l'hys. Rev. 57,
R., URSS 49, 537 (1945). 383 (1940).
Kruger, Gibbs and Williams, The nuclear Markov, Proper masses and magnelic mo-
.momenl of barium as determined from ments o{ elemenlary particles and lhe
lhe hyperfine slruclure o{ lhe Ba /1 Wentul-Dirac Aprocess (in English). C.
lines. Phys. Rev. 41, 322 (1932). R., URSS 47, 177 (1945).
Kruger, Nuclear shells, angular and mag- McLay and Crawford, Multiplel and hy·
netic moments o{ nuclei. Phys. Rev. 47, per fine struclure analysis o{ Bi 1 Jl. Dis-
605 (1935). cussion of perlurbalion e/Jecls. Phys.
Kusch, Millman and Rabi, On lhe nu- Rev. U ; 986 (1955).
clear magnetic momenl o{ beryllium. McLennan and Allin, Spulrum of lhal-
Phys. Rev . .55, 666 (1939). lium /11. Proc. Roy. Soe. 129,43 (1930).
McLennan and Allin, Hyperfine slruc-
Kusch, Millman and Rabi, The nuclear ture of lines in lhe are and firsl spec-
magnetic moments o{ NH, Na23, K39
lrum of indium. Proc. Roy. Soe. 129,
and Cs133. Phys. Rev. 55, 1176 (1939).
208 (1950).
Kusch and Millman, On lhe nuclear mag- McLennan, Craw(ord and Leppard, Nu-
nelic momenls o{ lhe isolopes o{ TU· clear momenls o{ lhe isolopes o{ lead.
bidium and chlorine. Phys. Rev. 56, Relaliue ualues of lhe g (1) faclors o{
527 (1939). Pb207 and "TI. Nature 128, 501 (1951).
Kusch, Millman and Rabi, Radiofre- McLennan and Crawford, Hyperfine
quency speclra of aloms. Hyperfine and slruclure of TI/I. Proc. Roy. Soe. 132,
Zuman elfecl in lhe ground slale of 10 (1951).
Li8, LiT, K39 and KH . Phys. Rev. 57, McMillan and Grace, Hyperfine slruc-
765 (1940). lure in lhe lanlalum are speclrum.
Landé, The absolule inleruals o{ lhe op- Phys. Rev. 44, 949 (1955).
lical doub/.ets and lriplets. Z. Phys. 25, Meggers, The oplical speclra of rhenium.
46 (1924). Phys. Rev. 37, 219 (1951).
Me~ers, King and Bacher, Hyperfine
Landé, Magnelic momenl of lhe neulron.
slruclure and nuclear momenl o{ rhe-
Phys. Rev. 46, 477 (1934).
nium. Phys. Rev. 38, 1258 (1951).
Lapp, On lhe spin o{ lhe mesolron {rom Meissner, Application of atomic beams
bursl measuremenls. Phys. Rev. 64, 255 in speclroscopy. Rev. Mod. Phys. 14, 68
(1943). (1942).
Larrick, Nuclear magnelic momenls {rom Millman, On the nuclear spins and mag-
lhe polarizalion o{ resonanu radialion. nelic momenls o{ lhe principal isolopes
Sodium, J2Su 2 - J2P 312 , 112 . Phys. Rev. o{ polassium. Phys. Rev. 47, 759 (1935).
46, 581 (1934). Millman and Fox,. Nuclear spins and
Lopes, The influenu of lhe recoil o{ magnelic momenls o{ Rb85 and Rb8T.
heauy parlicles on lhe nuclear polen- Phys. Rev. 50, 220 (1936).
lial energy. Phys. Rev. 67, 60 (1945). Millman, Rabi and Zacharias, On lhe
Lyshede and Rasmussen, Nuclear mo- nuclear momenls of indium. Phys. Rev.
menl of Zn67. Z. Phys. 104, 434 (1937). 53, 584 (1958).

[ 235]
Millman, Kusch and Rabi, The nuclear Nierenberg, Ramsey and Brody, Meos-
mognetic moment of NU . Phys. Rev. urements of nuclear quadrupole inter-
54, %8 (19!8). actions. Phys. Rev. 7 I, 466 (1947).
Millman, On the determination of the Nikolsk.y, On isotopic spin. Phys. Rev 67,
signs of nuclear magnetic moments lry !66 (1945).
the molecu!ar beam method of mag· Ornstein and Van Wijk, Negative band
netic resonance. Phys. Rev. 55, 628 spectrum of nitrogen. Z. Phys. 49, !15
(19!9). (1928).
Millman, Kusch and Rabi, On the nu- Pack.ard, Hansen and Bloch, Nuclear in-
clear magnetic moments of the boron duction. Phys. Rev. 69, 680 (1946).
isotopes. Phys. Rev. 56, 165 (19!9). Paschen and Ritsch1, lnfra-red grating
Millman and Kusch, Nuclear spin ·and speclra. Ann. Phys., Leipzig 18, 867
magnetic moment of 13 Al21, Phys. Rev. (19!!).
56, !O! (19!9). Paschen and Campbell, The nuclear mo-
Millman, On the precise meosurement of ment o( indium. Naturwiss. 22, 156
nllclear magnetic moments by the (19M).
molecldar beam magnetic resonance Paschen, Line groups and fine struclure.
method. The moments of H•, Li7, Fl9 Part II. S. B. preuss. Akad. 24, 4!0
and Na23 . Phys. Rev. 60, 91 (1941). (19!5).
Minu and Granath, A test of the interval Payne, lnterpretation of the spinning
rule in the 2Ds/t state of Bi I . Phys. electron with bipolar coordinates. Phys.
Rev. 49, 196 (19!6). Rev. 65, !9 (1944).
More, NucleiJ'T mechanical moment of
Phillips, On the magnetic moments of
cobalt. Phys. Rev. 46, 470 (19M).
light nuclei. Phys. Rev. 57, 160 (1940).
Mrozowsk.i, Hyperfine structure on the
quadrupole line 2815 A and some other Pound, Purcell and Torrey, Meosurement
!ines of ioniz.ed mercury. Phys. Rev. 57, of magnetic resonance absarption lry
207 (1940). nuclear moments in a solid. Phys. Rev.
Mukerji, On the hyperfine structure and 69, 681 (1946).
analysis <>f lhe complex line À 1842.82 Powers, H. Beyer and Dunning, Experi-
spssD 3 - 5p. SP2 in the fmt spark ments on the magnetic moment o( the
spectrum o( arsenic in the .u ltra-violet neulron. Phys. Rev. 51, S71 (19!7).
region. lndian J. Phys. 19, 180 (1945). Powers, Carrol and Dunning, Experi-
Murakawa, Hyperfine structure of are ments on the mognetic moment of the
and sparlt spectra of barium. Tok.yo neulron. Phys. Rev. 51, 1112 (19S7).
lnst. Phys. Chem. Res. 18, !04 (19!2). Powers, Carroll, H . Beyer and Dunning,
Murakawa, Spectra o( I II, I I and CI II. The sign of lhe magnetic moment of
Z. Phys. 109, 162 (19!8). the neutron. Phys. Rev. 52, !8 (19!7).
Murak.awa, Electrical quadrupole mo· Purcell, Torrey and Pound, Resonance
ment of the iodíne nuclew. Z. Phys. absarption lry nuclear magnetic mo-
II2, 2!4 (19!9). menls in a solid. Phys. Rev. 69, !7
Murakawa, Electric quadrupole moment (1946).
of the iodine nuclew. Z. Phys. 114,651 Purcell, Spontaneow emission probabili-
(19!9). ties at radio Jrequencies. Phys. Rev. 69,
Murphy and Johnston, Nuclear spin o( 681 (1946).
deuterium. Phys. Rev. 45, 550 (19!4). Purcell, Pound and Bloembergen, Nu-
Murphy and Johnston, Nuclear spin of clear magnetic resonance absorptio'n in
deuterium. Phys. Rev. 46, 95 (19!4). hydrogen gos. Phys. Rev. 70,986 (1946).
Nierenberg, Ramsey and Brody, Meos- Purcell, Bloembergen and Pound. Reso-
urements of nuclear quadrupole mo- nance absorption lry nuclear magnetic
ment interaction. Phys. Rev. 70, 77! momenls in a single crystal of CaF2 •
(1.946). Phys. Rev. 70, 988 (1946).

[ 236]
Rabi, Kellogg and Zacharias, Magnetic Ritschl, The hyperfine struclures in cop-
moment of the proton. Phys. Rev. 45, perandgold. Naturwiss. 19, 690 (1951).
761 (1954). Ritschl and Sawyer, Hyperfine structure
Rabi, Kellogg and Zacharias, Magnetic and leeman effect of lhe resonance
moment of the deuton. Phys. Rev. 45, /ines of Ball. Z. Phys. 72, 56 (1951).
769 (1954). Ritschl, Hyperfine structure of the are
Rabi, Kellogg and Zacharias, Magndic /ines and the nuclear moment of cap-
moment of the proton. Phys. Rev. 46, per. Z. Phys. 79, I (1952).
157 (1954). Ritschl, Hyperfine structure in alumi-
Rabi, Kellogg and Zacharias, Magndic num. Nature JJ1, 58 _(1955).
moment of the deuton. Phys. Rev. 46, Roberts, Been and Hill, The measure-
165 (1954). ment of nuclear spin, magnetic mo-
Rabi and Cohen, Measurment of nuclear ment and hyperfine structure separa-
spin by the method of molecular beams. tion by a microwave frequency modu-
The nuclear spin of lhe deuton. Phys. lation method. Phys. Rev. 70, 112
Rev. 46, 707 (1954). (1946).
Rabi, On the process of space quanti%4· Roberuon, Magnetic moments and the
tion. Phys. Rev. 49, 524 (1956). vibratory eleclron. Phil. Mag. H, 182
Rabi, Kellogg and Zacharias, The sign (1945).
of the magnetic moment of the proton. Rollin, Nuclear magndic resonance and
Phys. Rev. 49, 421 (1956). spin /attice equilibrium. Nature 158,
Rabi, Space quantiUJtion in a gpating 669 (llH6).
magnetic field.Phys. Rev. 51 , 652 (1957). Rose, Hyperfine struclure of singly ion-
Rabi, Zacharias, Millman and Kusch, A ized lead. Ph ys. Rev. 47, 122 ( 1955).
new method of measuring nuclear mag- Rose and Bethe, Nuclear spins and mag-
netic inoment. Phys. Rev.H, 518 (1958). nelic moments in the Hartree model.
Rabi, Millman, Kusch and Zacharias, Phys. Rn-. 51, 205 (1957). Errata, Jl,
Magnelic moments of 8Lie, 8Li7 and 995 (1957).
o

,Fl&, Phys. Rev. H, 495 (1958). Rose, The electrical quadrupole and
Rabi, Millman, Kusch and Zacharias, magnetic dipole moments of Li& and
The molecular beam resonance method NU . Phys. Rev. 56, 1064 (1959).
for measuring nuclear magnetic mo- Rosenthal and Breit, The isotope shift
ments. The magnetic moments of 8 Lie, in hyperfine slructure. Phys. Rno. 41,
8 Li7 and ,Fli, Phys. Rev. 55, 526 459 (1952).
(1959). Sa~ Nuclear spins and· magnetic mo-
Racah, Theory of hyperfine structure. Z. ments by the alpha particle model.
Phys. 71, 451 (1951). Phys. Rev. 55, 825 (1959).
Racah, lsotopic displacement and hyper- Sacht The magnetic moments of light
fine slructure. Nature 129, 725 (1952). nuclei. Phys. Rev. 69, 611 (1946).
Raseui, Ramon spectra of nitrogen and Sacha and Schwinger, The magnetic mo-
ments of HS and He8. Phys. Rev. 70,
oxygen. Z. Phys. 61, 598 (1950).
o 41 (1946). o
Rasmussen, Hyperfine structure in the
Sachs, On the magnetic moment of the
hafnium spectrum. Naturwiss. 21, 69
trilon. Phys. Rev. 71 , 457 (1947).
(1955).
Rasmussen, On the nuclear moment o( Sakata and Yukawa, Dirac's generali~d
the zinc isotope Znn. Z. Phys. HH, 454 · wave equalion. Proc. Phys.-Math. Soe.
(1956). Jap. (5) 19, 91 (1957).
Schmidt, Nuclear magnetic moment of
Renzetti, Electric quadrupole moments
of Gaev and Gan . An atomic beam 'f:PI. Z. Phys. 101, 486 (1956).
study of the hyperfine structures of the Schmidt, Magnetic moments of 1:01Eu,
tP 112 and 2P!/ 2 states of GaU and \":Eu, 1/:Re, WRe, ::Br, ~Br. Z. Phys.
Gan. Phys. Rev. 57, 755 (1940). 108, 408 (1958).

[ 237]
Schmidt, Quadrupole moment. and mag- Schü1er and Gollnow, Alomic weight and
netic moment o{ the ':,.'I nucleus. Z. lhe mechanica/ nuclear momento{ pro-
Phys. 112, 199 ( 1959). laclinium. N aturwiss. 22, 511 ( 1954).
Schmidt, Electrica/ quadrupole moment Schü1er and Schmidt, The nuclear ma-
o{ the I nucleus. Z. Phys. 1 JJ, 140 ment o{ cassiopeium (lulecium). Natur-
(1959). wiss. 22, 714 (19M).
Schmidt, A note on the quadrupole mo- Schü1er and Gollnow, The nuclear ma-
ments o{ the atomic nuclei. Naturwiss. ment o{ terbium (element number 65).
28, 565 ( 1940). Naturwiss. 22, ?SO (1954) .
Schmidt, On the quadrupole moment o{ Schü1er and Schmidt, The nuclear mo-
the atomic nucleus ·~: Ta . Z. Phys. 121, ment o{ scandium, Sc45. Naturwiss. 22,
65 (1945). 758 (1954).
Schüler and Bruck, Hyperfine structure Schü1er and Schmidt, On the nuclear ma-
in triplet spectra and its meaning in ments o{ thulium (Tut69 ), yttrium
connection with the determination o{ (J'89)and rhodium (RhtOS). Naturwiss.
nuclear moments. Z. Phys. 56, 291 22, 858 (19M).
(1929). Schü1er, Expression o{ the nuclear ma-
Schü1er, Nuclear moments o{ Li6 and ments by nucleus veclors. Z. Phys. 88,
Li1. Z. Phys. 66, 451 (1950). S2S (1954).
Schü1er, Hyperfine structures and nu- Schü1er and Schmidt, Phenomenon ex-
clear moments. Phys. Z. J2, 667 (1951). hibited by lhe isotopes o{ samarium.
Schü1er and Keyston, Measurements o{ Z. Phys. 92, 148 (19M).
intensity in certain hyperfine spectral Schü1er and Schmidt, The nuclear ma-
structures o{ Cd I in relation to nuclear menl o{ holmium (Hti165 :). Naturwiss.
moment and ratio between isotopes. Z. 2}, 69 (1955).
Phys. 67, 455 (1958). Schü1er and Schmidt, Deviations o{ the
Schüler and Keyston, On an isotopic shift atomic nucleus {rom sphtrica/ sym-
o{ the hyperfine struclure o{ lhallium. metry. Z. Phys. 94, 457 (1955).
Z. Phys. 70, I (19S1). Schü1er and Schmidt, Deviation o{ the
Schü1er and Keyston, Intensity changes lutecium nucleus {rom spherica/ sym-
o{ hyperfine structure /ines. Z. Phys. 71, metry. Z. Phys. 95, 265 (1955).
415 (1951). Schü1er and Schmidt, On the asymmetry
Schü1er and Keyston, Hyperfine slruc- of the elecl1'ica/ charge distribution o{
tures and nuclear moments o{ mercury. the ":,'Hg nucleus. Z. Phys. 98, 259
Z. Phys. 72, 425 (1951). (1955).
Schü1er and Jones. Hyperfine structure Schüler and Schmidt, Observations on
and nuclear moments o{ mercury. Z. the electrica/ quadrupole moments o{
Phys. 74, 65 I ( 1952). some atomic nuclei and on the mag-
Schüler and Jones, Hyperfine struclures netic moment o{ lhe proton. Z. Phys.
o{ lead /ines ín lhe wave-length inter- 98, 450 ( 1956).
val .\= 5000 to .\= 8000. Confirma- Schü1er and Schmidt, Electrical quadru-
lion o{ lead isolope 204. Z. Phys. 75, pole moment o{ the t"Bi nucleus. Z.
565 (1952). Phys. 99, 717 (1956).
Schü1er and Westmeyer, Hyperfine slruc-
ture o{ lhe resonance /ines o{ Sr JJ. Schüler and Schmidt, Electric quadrupole
Naturwiss. 21 , 561 (1955). moment and magnetic moment o{ ;:cu
Schü1er and Westmeyer, The nuclea·r m o- and ~Cu. Z. Phys. 100, 115 (1956).
m ent of tin . Naturwiss. 21, 660 (1955). Schü1er and Marketu, Quadrupole mo-
Schüler and Westmeyer, Isolof>e displace- ment and magnetic moment of ;:As.
menl and lhe nuclear moments o{ zinc. Z. Phys. 102, 705 (1956).
Z. Phys. 81 , 565 (1955). Schü1er and Korsching, Quadrupole ma-
Schü1er and Westmeyer, Isotope displace- · ment and magnetic moment o{ f,Ga
ment effect. Z. Phys. 82, 685 (1955). and i/Ga. Z. Phys. 103, 4M (1956).

[ 238]
Schüler and Schmidt, Quadrupole mo- To1ansky, Nuclear spins and magnetic
ment and magnetic moment of Win. moments of the isolopes of anlimony.
Z. Phys. UH, 468 (1957). Proe. Roy. Soe. 146, 182 (1954).
Schüler and Korsching, Nuclear slruc- To1ansky, Nuclear spin of iodine. Pari 1.
ture and quadrupole moment of \'~R e Fine st>·uclw·e in lhe first spark spec-
and ',S:Re. Z. Phys. 105, 168 (1957). trum . Proe. Roy. Soe. 149, 269 (1!155).
Schüler, Roig and Korsching, Mechanical Tolansky, Nuclear spin of iodine. Pari 11 .
moments ofl11 , 113Yb, quadrupole mo- Fine slmclure in are specttum and fine
ment of 113Yb and abundance ralio slruclure perlurbation effecl. Proe. Roy.
!7aYbJ111Yb. Z. Phys. 111, 165 (1958). Soe. 152, 665 (1955).
Schüler and Korsching, Magnetic mo· Tolansky, Fine slruclure in lhe limil
ment ofl11. 113Yb and isotope shifting lerms of lhe (2D) series of til e I + spec-
in Yb I. Z. Phys. 111, 586 (1958). lrum. Proe. Phys. Soe., Lond. 48, 49
Schüler and Gollnow, Mechanical and (1956).
magnetic moments and the quadrupole To1ansky and Lee, Fine slruclure in lhe
moment of lhe rare nscp nucleus. Z. are speclrum of plalinum. Proe. Roy.
Phys.11J, I (1959). Soe. 158, 110 (1937).
Schwinger, On the non-adiabalic proc· To1ansky and Forester, Nuclear spin of
esses in inhomogeneous fields . Phys. iodine. Part li I . Proe. Roy. Soe. I62,
Rev. 51, 648 (1957). 78 (1938).
Schwinger, On the spin of the neulron. To1ansky, Laws of nuclear struclure de-
Phys. Rev. 52, 1250 (1957). rived from nuclear spins. Nature 147,
Schwinger, The quadrupole momenl of 269 (1941).
the deuteron and the range of nuclear To1ansky and Forester, Hyperfine slruc·
forces. Phys. Rev. 60, 164 (1941). ture in the are spectrum of lin . Phil.
Shoupp, Bartlett and Dunn, The mag· Mag. J2, 515 (1941).
netic moment of the Na23 nucleus. Tomboulian and Bacher, On the hyper-
Phys. Rev. 47, 705 (1955). fine slructure inlerval ..ule in iridium.
Shrader, Nuclear spin af C/31 . Phys. Rev. Phys. Rev. 54, 446 (1958).
58, 475 (1940). Tomboulian and Bacher, Evidente for a
Shrader, Millman and Kusch . On the nuclear electric quadrupole moment
nuclear gyromagnetic ratios of the for Sb123. Phys. Rev. 58, 52 (1940).
chlorine isotopes. Phys. Rev. 58, 925 Torrey, The sign of the magnetic mo- .
(1940). ment of lhe polassium J9 nucleus. Phys.
Shrader, Determination of the nuclear Rev. 51 , 501 (1957).
spin of C/37. Phys. Rev. 64, 57 (1945). Torrey, Pureell and Pound, Theory of
Sibaiya, Structure of iridium /ines. Phys. magnelic resonance absorption by nu-
Rev. 56, 768 (1959). clear moments in solids. Phys. Rev. 69,
Smith, Determination of nuclear spin 68(} (1946).
from the Starlt effect of microwave ro· Townes and Smythe, The spin of carbon
tational spectra. Phys. Rev. 71, 126 JJ . Phys. Rev. 56, 1210 (1959).
(1947). Townes, Holden and Merritt, Rolalional
So1omon, Magnetic moment of prolon, · speclra of some linear molecules near
C. R., Paris 208, I 795 ( 1959). I cm wave-lenglh and nuclear quadru-
Tolansky, Fine slructure in the are spec- pole moments of bromine and chlorine.
tra of bromine and iodine. Proe. Roy. Phys. Rev. 71, 479 (1947).
Soc. JJ6, 585 (1952). Van Vleck, Formula for lhe coupling of
Tolansky, Nuclear spin of arsenic. Proe. nuclear quadrupole moments in rym-
Roy. Soc.H7, 541 (1952). melrica/ polyatomic molecules. Phys.
Tolansky, Nuclear moments of the lighter Rev. 7I, 468 (1947).
elements. Z. Phys. 78, 71 (1952). Venkatesaschar and Sibaiya, Platinum
Tolansky, Nuclear spin of tin. Proe. Roy. isolopes and lheir nuclear spin. Nature
Soe. m, 574 (1954). JJ6, 65 (1955).

[ 239]
Venkatesaschar and Sibaiya, 1ridium iso- Zacharias, The nuclear spin and magnetic
topes and their nuclear spin. Nature moment of Kto. Phys. Rev. 60, 168
IJ6, 457 (1955). (1941).
Venlr.atesaschar and Sibaiya, Platinum Zacharias, The nuclear spin and magnetic
.isotopes and their nuclear spin. Proc. moment of KtO. Phys. Rev. 61, 270
Indian Acad. Sei. (A) 1, 955 (1955). (1942).
Venkatesaschar and Sibaiya, 1ridium iso- Zeeman, Gisolf and de Bruin, Magnetic
topes and their nuclear spins. Proc. resolution and nuclear moment of rhe-
Indian Acad ..Sci. 2; 205 (1955). nium. Nature 128, 657 (1951).
Way, The liquid drop model and nuclear
m omenls. Phys. Rev. 55, 965 (1959).
Welles, Electric quadrupole momtnls of CAPÍTULO TRÊS
light and heauy nuclei. Phys. Rev. 62,
197 (1942). Dispersão e Processos
Westmeyer, Hyperfine. structure of the
red cadmium /ine 64 JS A and of stron· de Colisão
tium, tin and magnesium. Z. Phys. 94 ,
590 (1955). Ad1er, On lhe slowing down of neutrons
White, Hyperfine slructure in singly io- by e/astic col/isions. Phys. Rev. 60, 279
niud praseodymium. Phys. Rev. J4, (1941).
1597 (1929). Ageno, The albedo of thermal neutrons.
White and Ritsch1, Hyperfine slructure Phys. Rev. 69, 241 (1946).
in lhe spectrum of neutral manganese. Ageno, The albedo of slow neutrons.
Phys. ·Rev. J5, 1146 (1950). Nuovo Cim. (9) J, 15 (1946).
White and .E1iason, Relative intensity Ageno, Ama1di, Bocciarelli and Tra·
tab/es for spectrum /ines. Phys. Rev. 44 , bacchi, On the scattering of fasl neu-
755 (1955). trons by protons and deuttrons. Pbys.
Wick, Theory of beta rays and lhe mag- Rev. 71 , 20 (1947).
netic momenl of lhe proton. Atti Ac- Akbieser and Pomerantscbuk, Cohtrenl
cad. Lincei 21 , 170 (1955). scalltring of gamma rays of nuclei.
Williams and Granath, Hyperfine struc- Pbys. Z. Sowjet, II, 478 (1957).
ture of boron, yttrium, rhodium and Akbieser and Pomerantschuk, On lhe
palladium. Pliys. Rev. 5( 558 (1958). scatttring of low entrgy neutrons in
Wills, Nuclear moment of thallium. helium. J. Phys., USSR 9, 461 (1945).
Phys. Rev. 45, 885 (1954). Akhieser and Pomerantschuk, On the
Wills and Breit, Nuclear magnetic mo· elastic scatttring of fast charged par-
ment of Na23. Phys. Rev. 47, 704 (1955). ticles by nuclei. J. Phys., USSR 9, 471
Wo1ff, The hyptrfine struclure and nu- (1945).
clear moment of gold. Phys. Rev. 44 , Alichanian, Alichanow· and Weissen-
512 (1955). berg, Scallering of relativistic electrons
Wood and Dieke, The nuclear spin of through /arge angles. J. Phys., USSR 9,
N15 . J. Chem. Phys. 6, 908 (1958). 280 (1945).
Wood and Dielr.e, Negative bands of heauy Ama1di, Bocciarelli, Rasetti and Tra-
nitrogen mo/ecu/es. J. Chem. Phys. 8, bacchi, On the scallering of neutrons
551 (1940). from lhe C+ D reaction. Phys. Rev. 56,
Wurm, The nuclear moment of SeBo. 881 (1959).
Naturwiss. 20, 85 (1952). Amaldi, Bocciarelli, Caccipuoti and Tra-
Young, The proton"s magnetic m omenl. bacchi, Diffraction effects in lhe scal-
Phys. Rev. 52, 158 (1957). tering of fast neutrons. Nuovo Cim.
Zacharias and Kellogg, The nuclear mag- (9) J, 15 (1946).
netic moment of N15 . Phys. Rev. 57, Amaldi, Bocciarelli and Trabacchi, Dif-
570 (1940). fraction phenomena in angular distri-

[ 240]
bulion of fasl neulrons scattered by Bethe, Mulliple scattering and lhe mass
lead nuclei. Phys. Rev. 70, 103 (1946). of lhe meson. Phys. Rev. 70, 821 (1946).
Aold, On lhe scattering of fasl neulrons Beyer, H. G., and Whitaker, lnter{erence
of diUerenl energy. Phys. Rev. H , 795 phenomena in lhe scattering of slow
(1939). neulrons. Phys. Rev. 57, 976 (1940).
Aoki, On lhe scallering of fasl neulrons. Bhabha, Scattering of charged meson_s.
Proc. Phys.-Math. Soe. Jap. (3) 21 , 232 Proc. lndian Acad. Sei. (A) JJ, 9 (1941).
(1959). Blacltett and Champion, Sct~ttering of
Ashkin and Marshall, Neulron-prolon slow alpha parlicles by helium. Proc.
and prolon-prolon scattering ai 200- Roy. Soe. JJO, 580 (1951).
Mev. Phys. Rev. 71 , 467 (1947). Blackett and Lees, Furlher invesligalions
Badarau, Passage of ~arlicles lhrough wilh a Wilson chamber. II . The range
sph.<rical polenlial barriers. C. R., Paris and velocily of recoil aloms. Proc. Roy.
207, 59 (1958). Soe. m , 658 (1952).
Bailey, Phillips and Williams, The yield Blackett, Loss of energy of alpha particles
of neulrons from deulerons on carbon. and H - parlicles. Proc. Roy. Soe. JJ5 ,
Phys. Rev. 62, 80 (1942). U2 (1952).
Bailey, Benneu, Bergstrahl, Nucltolls, Blatt, On lhe Heiller theory of radiation
Richards and Williams, The neulron- damping. Phys. Rev. 71, 468 (1947).
prolon and neulron-carbon scattering Bleuler, Scherrer and Zünti, Single scal-
cross seclions for fasl neulrons. Phys. tering of fast electrons. Phys. Rev. 61 ,
Rev. 70, 585 (1946). 95 (1942).
Barbre a·n d Goldhaber, Resonance scal- Bloch, Stopping power of maller for
lering of neulrons by manganese. Phys. swiflly moving charged parlicles. Ann.
Rev. 71, 141 (1947). Phys., Leipzig 16, 285 (1955).
Barschall and Ladenburg, Elaslic and in- Bloch, Sloppiflg power of aloms wilh sev-
elaslic scattering of fasl neulrons. Phys. era/ eleclrons. Z. Phys. 81, 365 (1935).
Rev. 61, 129 (1942). Bloch and Hamermesh, Furlher .-esulls
Barschall, Battat and Bright, Scattering on magnetic scattering of neulrons.
of fasl neulrons by boron. Phys. Rev. Phys. ltev. 6"1 , 205 (1942).
70, 458 (1946). Blokhintzev, An equation for the scatter·
Bed and Rodrigues Martins, Spin inver- ing of parlicles, lalting into accounl lhe
sion processes and nuclear speclro- reaclion of emission (in English). C. R.,
scopy. Phys. Rev. 62, 554 (1942). URSS, 5J, 201 (1946).
Bennett, Slopping power of mica for Bohm and Thomas, High energy scatter-
alpha parlicles. Proc. Roy. Soc. 155, 419 ing of deulerons by protons. Phys. Rev.
(1936). 61, 205 (1942).
Bethe, Theory of lhe passage of swifl Bohr, On lhe theory of the decrease of
corpuscular rays lhrough matter. Ann. velocity of m oving electrified particles
Phys., Leipzig 5, 525 (1930). on passing lhrough maller. Phil. Mag.
(6) 25, 10 (1915).
Bethe, Scallering of eleclrons. Z. Phys. 76, Bohr, On the decreasti of velocity of
293 (1932). . swiflly moving electrified parlicles on
Bethe and Peierls, Scattering of neulrons passing through matter. Phil. Mag. (6)
by prolons. Proc. Roy. Soe. 149, 176 JO, 581 (1915).
(1935). Bonner, Neutron-proton scattering and
Bethe, Rose and Smith, Mulliple scatter- lhe disinlegralion of deuterium by deu-
ing of eleclrons. Proc. Amer. Phil. Soe. terons. Phys. Rev. 52, 685 (1957).
78, 573 (1938). Booth and Wilson, Scatlering of neutral
Bethe and Oppenheimer, Reaclion of mesons. Proc. Camb. Phil. Soe. J6, 446
radialion of eleclron scatlering and (1940).
Heitler's lheory of radialion damping. Bradbury, Bloch, Tatel and Ross, The
Phys. Rev. 70, 451 (1946). scattering and absorption cross section

[ 241 ]
of neutrons in cobalt. Phys. Rev. 52, Chadwick and Bieler, Collisions of alpha
1025 (1957). particles with hydrogen nuclei. Phil.
Breit, Condon and Present, T heory of Mag. (6) 42, 925 (1921).
scattering of protons by protons. Phys. Chadwick, Scattering of alpha particles
Rev. 50, 825 (1956). in helium. Proc. Roy. Soe. 128, 114
Breit, T he scattering of slow neutrons by (1950).
bound protons. I. Methods of calcula· Champion and Barber, ElaJtic scattt'Ting
tion. Phys. Rev. 71 , 215 (1957). of fast beta particles by atomic nuclei.
Breit, Thaxton and Eisenbud, Analysis Phys. Rev. 55, III (1939).
o[ experiments on"the scattering of pro- Champion, Elastic scattering of fast elec-
tons. Phys. Rev. 55, 1018 (1959). trons by nitrogen nuclei. Nature 148,
Breit, Kittel and Thaxton, Note on pro- 727 (1941).
ton wave anomalies in proton-proton Champion and Powell, Applications of
scattering. Phys. Rev. 57, 255 (1946). the photographic method to problems
Breit and Zilsel, The scattering of slow in nuclear phy~ics. II. The scattt'Ting
neutrons by bound protons. II. Har- of 8.8 and H Mev neutrons by protons.
monic binding-neutrons of zero ener· Proc. Roy. Soe. 183, 64 (1944).
gy. Phys. Rev. 71 , 252 (1947). Cohen, Goldsmith and Schwinger, The
Brickwedde, Dunning, Hoge and Manley, neutron-proton scattering cross slction.
Neutron scattering cross sections of Phys. Rev. 55, 106 (1939).
para and ortho-hydrogen, and of N 2 , Coon, Davis and Barschall, Angular dis-
0 2 and H 2 0 . Phys. Rev. 54, 266 (1955). tribution of neutron-deuteron scatter-
Brown and Plesset, On the equality of ing for 2.5 Mev neutrons. Phys. Rev. 70,
the proton-proton and proton-neutron 104 (1946).
interactions. Phys. Rev. 56, 841 (1959). Cooper and Morrison, Internal scattering
Brubaker, The scattering of alpha par- of gamma rays. Phys. Rev. 57, 862
ticles by argon, oxygen and neon. Phys. (1940).
Rev. 54, 1011 (1958). Coster, de Vries and Diemer, The reso-
Brubaker, The scattering of alpha par- nance leveis for neutron capture. III.
ticles by nitrogen. Phys. Rev. 56, 1181 Scattering of resonance neutrons (in
(1959). English). Physica 10, 299 (1945).
Buckingham and Massey, The scattering Creutz, The resonance scattering of pro-
of neutrons by deuterons and the na- tons by lithium. Phys. Rev. 55, 819
ture of nuclear forces . Proc. Roy. Soe. (1959).
179, 125 (1941). Creutz, Analysis of proton-proton scat-
Buechner, Burrill, Sperduto, Van de tering data . Phys. Rev. 56, 895 (1939).
Graaff and Feshbach, Further experi- Creutz and Wilson, Evidence o{ p- wave
ments on the elastic single scattering proton-proton scatttring. Phys. Rev. 61,
of electrons by nuclei. Phys. Rev. 71, 588 (1942).
142 (1947). Dide and Marshall, Inelastic scatter\-pg
Bunge, Neutron-proton scattering at 8.8 of protons. Phys. Rev. 63, 86 (1943).
and H Mev. Nature 156, 501 (1945). Diemer, Further experitrUlnls upon the
Busshard and SCherrer, Dependence of scattering of silver 22 sec. resonance
scattering of rapid electrons at the ni· neutrons (in English). Physica II , 481
trogen nucleus on energy (in German). (1946).
Helv. Phys. Acta 14,85 (1941). Dmitrieff, Scattering of fast neutrons by
Carroll, The interaction of slow neutrons protons. Phys. Z. Sowjet. I I, 225 (1957).
with nuclei. Phys. Rev. 60, 702 (1942). DrXganu, Passage of very fast .protons
Chadwick, Charge on the atomic nucleus through matter. C. R., Paris 205, 897
and the law of force; valiidty o{ the (1957).
inverse square law for the platinum Duncanson, Calculations on the range-
atom. Phil. Mag. (6) 40, 754 (1920). velocity relations for alpha particles

[ 242]
and protons. Proc. Camb. Phil. Soe. JO, Gentner, Absorption and scattering of
102 (19M). hard gamma rays. Phys. Z. )8, 836
Dunlap and Little, The scattering offast (1937).
neutrons by lead. Phys. Rev. 60, 693 Gibert and Rossel, E[/ect of tempera-
(1941). ture on neutron-proton scattering (in
Dunning, Emission and scattering of neu- French). Helv. Phys. Acta 19, 285
trons. Phys. Rev. 45, 586 (1934). (1946).
Eaton, Collision of alpha particles with Ginsburg, On nuclear scattering of meso-
neon nuclei. Phys. Rev. 48, 921 (1935). trons. J. Phys., USSR 1O, 298 ( 1946).
Eddington, Theory of scattering of pro- Goldhaber and Yalow, R esonance scat-
tons by protons. Proc. Roy. Soe. 162, tering of grou p neutrons. Phys. Rev.
155 (1937). 69, 47 (1946).
Fay, The scattering o{ fasl neutrons by Goldsmith, Cohen and Dunning, Scatter-
heary nuclei. Phys. Rev. 50, 560 (1936). ing of s/ow neutrons by uranium. Phys.
Feather, Col/isions o{ alpha partic/es with Rev. 55, 11 24 (1939).
fluorine nuclei. Proc. Roy. Soc. l41 , 194 Goldstein, Nuclear collisions. J. Phys.
(1933). Rad. 9, 96 ( 1938).
Feather, Collisions o{ neutrons with light Goldstein, Nuclea r collisions. J. Phys.
nuclei. Proc. Roy. Soe. 142, 689 (1933). Rad. 10, 23 (1939).
Fel'll!i, On lhe recombination of neutrons Goloborodko and Leipunski, Scattering
and protons. Phys. Rev. 48, 570 (1938). of photoneutrons from deuterium by
Fermi and Marshall, Phase of neutron lhe nuclei o{ atoms of light e/ements.
scattering. Phys. Rev. 70, 103 (1946). Phys. Rev. 56, 891 (1939).
Feshbacb, Peaslee and Weisskopf, On lhe Goloborodko, Scattering of neutrons by
scattering and absorption of particles protons. J. Phys., USSR 8, IS (1944).
by atomic nuclei. Phys. Rev. 71, 145 Goloborodko, A nomalous scattering o{
(1947). photoneutrons by nuclei of heary ele-
Fisk and Morse, The elastic scattering of ments. J. Phys. USSR 8, 106 (1944).
neutrons by protons. Phys. Rev. 51, 54 Grahame, Seaborg and Gibson, Ine/astic
(1937). ' scat tering of {ast neutrons. Phys. Rev.
Flügge, Cross sections for reactions be· 51, 590 (1937).
tween very light nuclei. Z. Phys. 108, Grahame and Seaborg, Elastic and in·
545 (1938). e/astic scattering offast neutrons. Phys.
Flügge, On lhe derivation of lhe Breit- Rev. 53, 795 (1938).
Wigner formula. Z. Naturforscb. 1, 121 Grahame, Resonance scattering of {asl
(1946). neutrons. Phys. Rev. 69, 369 (1946).
Fowler and Oppenheimer, Scattering and Gupta and Majumdar, On lhe collision
loss of energy of {as I e/ectrons and posi- between meson and electron. Proc.
tróns in /ead. Phys. Rev. 54, 320 (1938). Nat. Inst. Sei. India 8, 199 (1942).
Fowler, Scattering of {ast electrons. Phys.
Gupta, On lhe elastic scattering of lhe
Rev. 54, 773 (1938).
fast mesons. Proc. Nat. Inst. Sei. India
Géhéniau and van Isacker, E[/ective cross
8, 369 (1942).
section of scattering o{ particles with
spin n/2. C. R., Paris 222, 484 (1946). Guth, Nuclear spectroscopy and inelastic
Geiger, The scattering ofthe alpha par- scattering of particles by nuclei. Phys.
ticles by matter. Proc. Roy. Soe. 8), Rev. 68, 279 (1945).
492 (1910). Guth, Nuclear spectroscopy and energy
Geiger, The ioniUJtion produced by an distribution of charged particles in-
alpha particle. Pari li. Connection be- elastically scattered by nuclei. Phys.
tween ioniUJtion and absorption. Proc. 68, 280 (1945).
Roy. Soe. 8J, 505 (1910). Guth, Nuclear processes by polariUJtion
Geiger, Range measurements with alpha scattering of deuterons. Phys. Rev. 69,
rays. Z. Phys. 8, 45 (1921). 47 (1946).

[ 243]
Hafsllld, Heydenburg and Tuve, Scatter- Heydenburg, Hafstad and Tuve, The
ing o{ protons 1rj protons. Phys. Rev. scattering o{ protons lrj protons. Phys.
49, 402 ( 1956). Rev. 56, 1078 (1959).
Halpern, Lueneberg and Clarlr., On mul- Heydenburg and Roberts, Deuteron-deu-
tiple scattering o{ neutrons. I . Theory teron, proton-helium, and deuteron-
of the albedo o{ a plane boundary. helium scattering. Phys. Rev. 56, 1092
Phys. Rev. 53, 173 (1958). (1959).
Halpern and Johnson, On lhe magnetic Heydenburg and Ramsey, The scattering
scattering of neutrons. Phys. Rev. 55, o{ J.J Mev protons lrj helium. Phys.
898 (1959). Rev. 60, 42 (1941).
Hamermesh, Magnetic scattering of neu- Hõclr.er, Effective cross section o1 reac-
troiU. Phys. Rev. 61 , 17 (1942). tions between neutrons and deuterons.
Jtamermesh and Schwinger, The scatter- Phys. Z. 4J, 256 (1942).
ing of slow neutrons 1rj ortho- and Hoisington, Share and Breit, EUects of
para-deuterium. Phys. Rev. 69, 145 shape o{ potenti61 energy wells detect-
(1946). able lrj experiments on proton-proton
Hamilton and Peng, On lhe production scattering. P.hys. Rev. 56, 884 (1959).
of mesons lrj light quanta and related
Horsley, Schematic representation of lhe
processes. Proc. R. lrish Acad. 49, 197
anomalous scattering lrj suitable nu·
(1944).
clear fields . Phys. Rev: 48, I (1955).
Hansen and Wrenshall, Collisions of
Hsüeh and Ma, Approximate solutions
alpha particles with chlorine nuclei.
o{ the integral equations in scattering
Phys. Rev. 57, 750 (1940).
problems. Phys. Rev. 67, 505 (1945).
Harish-Chandra, On lhe scattering of
Huber, Huber and Scherrer, Effective
scalar mesons. Proc. lndian Acad. Sei.
cross section for elastic scattering and
(A) 21, 155 (1945).
nuclear 'l'eactions of fasl neutrons in
Harlr.ins, Gans, Kamen and Newson, The N 2 (in German). Helv. Phys. Aclll H,
scattering o{ protons in collision with 212 (1940).
neutrons. Phys. Rev. 17, 511 (1955).
Hudspeth and Dunlap, Anomalous scat-
Harlr.ins, Kamen, Newson and Gans, tering o{ neutrons lrj helium and lhe
Neutron·proton interaction: lhe scat- d-d neutron spectrum. Phys. Rev. 57,
tering of neutrons by protons. Phys. 971 (1940).
Rev. 50, 980 (1956).
Hulthén, On lhe meson field theory of
Heisenberg, Passage of very high energy nuclear forces and lhe scattering o{
particles through atomic nuclei. N uovo fast neutrons liy protons (in English).
Cim. 15, 51 (1958). Arlr.. Mat. Astr. Fys. 29A, No. 55 (1945).
Heitltt, Jnfluence o{ radiation damping Huthén, On lhe meson field theory o{
on the scattering o{ light and mesons nuclear forces and the scattering o{
by free particles. Proc. Camb. Phil. Soe. fast neul'l'ons 1rj protons, II (in Eng-
J7, 291 (1941). lish). Arlr.. Mat. Astr. Fys. JOA, No. 9
Heitltt and Peng, Anomalous scattering (1945).
of mesons. Phys. Rev. 62, 81 (1942). HuhMn, On lhe meson field theory o{
Heitltt, Quantum theory of damping. f}Uclear forces and · lhe scattering of
Phys. Rev. 70, 795 (1946). fast neutrons 1rj protons, III (in Eng-
Hellund, Phase series. Phys. Rev. 59, 595 Iish). Arlr.. Mat. Astr. Fys. )IA, No. 15
(1941). (1944).
Henneberg, Electron scattering by heavy Hulthén, On the scattering of neutrons
atoms. Z. Phys. 8J, 555 (1955). lrj protons. Phys. Rev. 6), 585 (1945).
Herb, Kerst, Parkinson and Plain, The Hulthén, High energy neutron-proton
scattering of protons by protons. Phys. scattering and lhe saturation problem.
Rev. 55, 998 (1959). Phys. Rev. 67, 195 (1945).

[ 244]
Jauch, Scallering problemJ in lhe elu- Kimura, On lhe variation in scattering
tron pair theory (in German). Helv. and absorption cross sections with res-
Phys. Acta 15, 221 (1942). onanu neutron energy. 11. Proc. Phys ..
Jauch, Neutron-proton scattering and Math. Soe. Jap. (5) 25, 481 (1945).
lhe meson theory of nuclear forces . Kimura and Hasiguti, On the scattering
Phys. Rev. 71, 125 (1945). of thermal neutrons by solids. Proc.
Kahan, Collisions of fast neutrons with Phys.-Math. Soe. Jap. (5) 25, 550
protons. C. R., Paris 206, 742 ( 1958). (1945).
Kar and Basu, Neutron-poton scatter· Kittel and Breit, Note on the scattering
ing. Phil. Mag. (7) 27, 76 (1959). of neutrons lry protons. Phys. Rev. 56,
Kar and Basu, PToton-poton scattering. 744 (1959).
Phil. Mag. (7) 29, 200 (1940). Klein and N ishina, Scattering of radia-
Kar, On nuclear scallering. Indian J. tion lry fru electrons in lhe new rela-
Phys.l5, 115 (1941). tivistic quantum dynamics of Dirac.
Kar, PToton-proton interaction and lhe Z. Phys. 52, 855 (1928).
Yuhawa particle. Indian J. Phys. 16, Kobayasi and Utiyama, Pair creation of
187 (1942). mesons lry gamma rays and lhe "brem·
Kar and Roy, The theory of neutron- strahlung" of mesons in the nuclear
proton scattering. Indian J . Phys. 17, field. Tokyo lnst. Phys. Chem. Res. J7,
521 (1945). 221 (1940).
Kar, The distMiion of plane x wave and Kruger, Shoupp and Stallmann, Scatter-
its effect on elastic scattering. lndian ing of neutrons of homogeneow en-
J. Phys. 18, 144 (1944). ergy lry protons. Phys. Rev. 51, 1021
Kar and Basu, The scattering of fast (1957).
beta particles lry elutrons. Indian J . Kruger, Shoupp and Stallmann, The
Phys. 18, 225 (1944). scattering of protons lry neutrons. Phys.
Kar and Mitra, Proton-proton scallering Rev. 52, 678 (1957).
atlow velocity. lndian J. Phys. 18, 505 Kruger, Shoupp, Watson and Stallmann,
(1944). The scattering of neutrons lry deu-
Kikuchi and Aoki, The scallering of the terons. Phys. Rev. JJ, 1014 (1958).
D-D neutrons. Phys. Rev . .H, 108 Kulchitsky and Latyshev, The scattering
(1959). of fast electrons. J. P.hys., USSR 5, 249
Kikuchi, Aoki and Wakatuld, On the (1941).
angular distribution of lhe fasl neu- Kulchitsky and Latyshev, The multiple
trons scattec-"d lry atomJ. Phys. Rev. 55, scattering of fast electrons. Phys. Rev.
1264 (1~9) . 61, 254 (1941).
Kikuchi and Aoki, The scattering of fasl Kurie, The collisions of neutrons with
neutrons lry alomJ. Proc. Phys.-Math. protons. Phys. Rev. 44, 465 (1955).
Soe. Jap. (5) 21, 75 (1959). KuroÍlUma, Sueoka and Toya,Phase shift
Kikuchi, Aoki and Wakatuki, On the in deuteron -deuteron scattering. Proc.
angular distribution of lhe fasl neu· Phys.-Math. Soe. Jap. (5) 22, 862 (1940).
11'ons scattered lry alomJ. Proc. Phys. I,.andau and Smorodinsky, On lhe theory
Math. Soe. Jap. (5) 21, 410, 656 (1959). of scattering of protons lry protons.
Kimura, Scattering of slow neutrons lry
some elements. Proc. Phys.-Math. Soe.
J. Phys., USSR 8, 154 (1944).
Jap. (5) 22, 591 (1940). Langer and Daly, The scattering of (her-
Kimura, On lhe resonanu levei of Hg mal neutrons in polycrystalline mate-
ai negative energy. Phys. Rev. 60, 688 riais. Phys. Rev. 71 , 464 (1947).
(1941). Langevin, Collisions betwun fast neu-
Kimura, On the variation in scattering trons and nuclei of any mass. Ann.
and absorption cross sutions with neu- Phys., Paris 17, 505 (1945).
tron energy. Proc. Phys.-Math. Soe. Laporte, Elastic scattering of Yuhawa
Jap. (5) 24, 569 (1942). partic/es. 1. Phys. Rev. H, 905 (1958).

[ 245]
Laslett, The magnetic scattering o( slow Marshall and Weisskopf, On the scatter-
neutrons. Phys. Rev. 51, 22 (1987). ing o( mesons o( spin Yt 1r by atomic
Libby and Long, The scattering o( slow nuclei. Phys. Rev. 59, 180 (1941).
neutrons by gaseous ortho- and para- Massey and Burhop, The probability o(
hydrogen : spin dependence on lhe n-p K shell ionization o( silver by calho~
(orce. Phys. Rev. 55, 889 (1989). rays. Phys. Rev. 48, 468 (1985).
Lifshiu, Trans(er o( neutrons between Massey and Mohr, Jnteraction o( light
nuclei in heavy nuclei in colllisions nuclei. Pari I. Proe. Roy. Soe. 148, 206
(in Russian). J . Exp. Theor. Phys., (1985).
USSR 9, 287 (1989). Massey and Buekingham, Nature o( in-
Little, Long and Mandeville, Th e scat- teraction between neutron and proton
tering o( neutrons by magnesium. Phys. (rom scattering experiments. Proe. Roy.
Rev. 69,414 (1946). Soe. 163, 281 (1987).
Lopes, High energy neutron-proton scat- Massey and Corben, Elastic collisions o(
tering and the meson theory o( nuclear mesons with electrons and protons.
forces with a strong coupling. Phys. Proe. Camb. Phil. Soe. 35, 468 (1989).
ltev. 69, 252 (1946). Massey and Buekingham, The collision
Lopes, H igh energy neutron-proton scat- o( neutrons with deuterons and the
tering and the meson theory o( nuclear reality o( exchange forces . Phys. Rev.
forces with strong coupling. Phys. Rev. 71, 558 (1947).
70, 5 ( 1946). Members of the Nuclear Physics Labora-
MaePhail, Anomalous scattering o( (ast tory of the Physical Institute of Osaka
neutrons. Phys. Rev. 57, 669 (1940). Imperial University, The scattering o(
neutrons by protons. Proc. Phys.-Math.
Ma, Calculations o( lhe scattering o(
Soe. Jap. (8) 23, 855 (1941).
mesons by lhe matrix (in English).
Mitchell and Murphy, Scattering o( neu-
Sei. Ree. Aead. Sinica. 1, 128 (1942).
trons. Phys. Rev. 47, 881 (1985).
Ma, Relativistic treatment o( the scatter- Mitehell and Murphy, Scattering o( slow
ing o( charged mesons under influence neutrons. Phys. Rev. 48, 658 (1985).
o( radiation damping (in English). Sei. Mitehell, Murphy and Langer, Continu-
Ree. Acad. Sinica 1, 881 (1945). ation o( worlt on scattering o( slow
Ma, On a general condition o( Heisen - neutrons. Phys. Rev. 49, 400 (1986).
berg for lhe S matrix. Phys. Rev. 71, Mitehell, Murphy and Whitaker, Scat-
195 (1947). tering o( slow neutrons. I . Phys. Rev.
Manley, Agnew, Barschall, Bright, Coon, 50, m (1986).
Graves, Jorgensen and Waldman, Elas- Mitchell and Varney, Neutron scattering
tic baclt scattering o( d-d neutrons. cross section as a (unction o( eneq;y.
Phys. R ev. 70, 602 (1946). Phys. Rev. 52, 282 (1987).
Mano, Retardation o( alpha particles in Miyazima, Spin orbit interaction between
hydrogen. C. R ., Paris 197, 47 (1988). elementary particles and angular asym-
Mano, Absorption o( alpha particles. m~try in neutron-proton scattering.
Ann. Phys., Paris J, 407 (1984). Proe. Phys.-Math. Soe. Jap. (8) 22, 188
Mano, A bsorption o( alpha rays and H (1940).
particles by matter. J . Phys. Rad. 5, Miller, Passage o( hard beta rays through
628 (1984). matter. Ann. Phys., Leipzig 14, 581
Manu, Reta-r dation o( alpha rays by mag- (1982).
nesium, zinc and molybdenum. Buli. Mohr and Pringle, Collision forces be-
Soe. Roumaine de Phys. 41 , 88 (1940). tween light nuclei. Nature 137, 865
Marsden and Taylor, The decrease in (1986).
velocity o( alpha particles in passing Morse, Fisk and Schiff, Collision o( neu-
th rough matter. Proe. Roy. Soe. 88, tron and proton. Phys. Rev. 50, 748
448 (1918). (1986).

[ 246]
Morse, Fisk and Schiff, Collision of neu- ter. Part V. Proc. K. Akad. Amsterdam
tron and proton. II. Phys. Rev. 51, 706 10, 464 (lm).
(19S7). Pais, On the scattering o( fast neutrons
Mott, The exclusion principie and aperi· by protons. Proc. Camb. Phil. Soe. 42,
odic systems. Proc. Roy. Soe. 125, 222 45 (1946).
(1929). Parkinson, Herb, Bellamy and Hudson,
Mott, Collision betwun two electrons. The range o( protons in aluminum
Proc. Roy. Soe. 126, 259 (19gO). and air. Phys. Rev. 52, 75 (19g7).
Motz and Schwinger, N eutron-deuteron Petukhov and Vyshinsky, Nuclear scat-
scattering cross section. Phys. Rev. 57, tering o( electrons in thin metallic
162 (1940). films . I . J. Phys., USSR 4, 2g5 (1941).
Muehlhause and Goldhaber, Capture Petukhov and Vyshinsky, The nuclear
cross sections for slow neutrons. II . scattering of electrons in thin metallic
Small captuu cross sections. Phys. Rev. films . II. J. Phys., USSR 5, m (1941).
70, 85 (1946). Philipp, Angular scattering of neutrons
Muto, Radiative collisions of neutrons by protons. Z. Phys. 107, 68g (19g7).
with protons. Phys. Rev. 59, 8g7 (1941). Plesset and Brown, Scattering of slow
Nelson and Oppenheimer, Pair theories neutrons by proions. Proc. N at. Acad.
o( meson scattering. Phys. Rev. 61, 202 Sei. 25, 600 (19g9).
(1942). Pollard and Margenau, Collisions of al-
Nix and Clement, Thermal neutrons pha particles in deuterium . Phys. Rev.
scattering studies in metais. Phys. Rev. 47, 8gg (19g5).
68, 159 (1945). Pollard, LDrge angle scattering o( gamma
Nogami, Elastic collisions by protons and radiation. Phys. Rev. 71 , 1g4 (1947).
neutrons. Tokyo Inst. Phys. Chem. Pomerantschuk, Scattering of slow neu-
Res. 36, 244 (19g9). trons in a crystal lattice. Phys. Z. Sow·
Nogami, On the elastic collisions of neu- jet. H , 65. (19g8).
trons and alpha particles. Proc. Phys.- Pose and Diebner, Scattering of alpha
Math. Soe. Jap. (g) 24, 26 (1942). particles by H nuclei. Z. Phys. 90, ?H
Nonaka, On the cross sections o( inelas· (19M).
tic scattering o( d-d neutrons. Proc. Powell, Heitler and Champion, Neutron-
Phys.-Math.. Soe. Jap. (g) 25, 227 proton scattering at high energies. Na-
(194g). ture 146, 716 (1940).
Nuckolls, Bailey, Bennett, Bergstrahl, Powers, The magnetic scattering o( neu-
Richards and Williams, The total scat- trons. Phys. Rev. 54, 827 (19g8).
tering cross sections o( deuterium and Primakoff, On the ulation o( proton·
oxygen for {ast neutrons. Phys. Rev. 70, deuteron scattering. Phys. Rev. 52,
805 (1946). 1000 (lm).
Ragao, Kanne, Taschek, The scattering
Nuckolls, Bailey, Bennett, Bergstrahl,
o( protons by protons from 200 to 300
Richards and Williams, The total
Kev. Phys. Rev. 60, 628 (1941).
scattering cross sections o( deuterium
Ray and Champion, Single scattering o(
and oxygen for (ast neutrons. Phys.
. (ast beta particles by protons. Nature
Rev. 7I , 140 (1947).
158, 75g (1946).
O'Ceallaigh and MacCarthaigh, A con- Riezler, Scattering o( alpha particles by
venient method of measuring the in- light elements. Proc. Roy. Soe. JJ4,
tensity of nuclear scattering o( fast 154 (19S2).
beta particles in the cloud chamber. Riezler, Scattering o( alpha particles
Proc. R . Irish Acad. 50A, )g (1944). from polonium by 0 2 and N 2 • Ann.
Oleson, Chao and Grane, The multiple Phys., Leipzig 23, 198 (19g5).
scattering of fast electrons. Phys. Rev. Riezler, Scattering o( alpha particles on
6o, m (1941). · carbon. Ann. Phys., Leipzig 38, g04
Ornstein, Scattering of neutrons in mal· (1940).

[ 247]
Rose, The multiple scatte>-ing and stop- Shutt, On the electrical and anomalow
ping of electrons. Phys. Rev. 51, 1024 scattering of mesotrons. Phys. Rev. 61 ,
(1957). 6 (1942). •
Rose, On the resonance scatteTing of al- Shutt, Some experimental results con-
pha particles. Phys. Rev. 57,958 (1940). cerning mesotrons. Phys. Rev. 69, 261
Rosenfeld, Penetration of fast nucleons (1946).
inlo heavy atomic nuclei. Nature 156, Sigrist, Scattering of rapid electrons by
141 (1945). iodine nuclei (in German). Helv. Phys.
Ruarlr., Multiple scattering of charged Acta 16, 471 (1945).
particles. Phys. Rev. 57, 62 (1940). Simons, The neutron-proton scattering
Rutherford, The scattering of alpha and cross section. Phys. Rev. 55, 792 (1959).
beta particles by matter and lhe struc· Sleator, Fast neutron collision cross sec-
ture of lhe atom. Phil. Mag. (6) 21, tions of carbon and hydrogen. Phys.
669 (1911). Rev. 69, 681 (1946)
Rutherford, The capture and loss of Smirnov and Vonsovslr.y, The effect of
electrons by alpha particles. Phil . Mag. /ong-range order in alloys on lhe scat-
(6) 47, 277 (1924). tering of slow neutrons. J . Phys., USSR
Rutherford and Chadwiclr., Scattering of 5, 265 (1941).
alpha particles by helium. Phil. Mag. Smith, Theoretical range-energy values
(7) 4, 605 (1927). for protons in air and aluminum. Phys.
Sachs and Teller, The scattering of s/ow Rev. 71, 52 (1946).
neutrons by molecular gases. Phys. Smorodinslr.y, On the scattering of neu·
Rev. 60, 18 (1941). trons by pro tons. J . Phys., USSR 8,
Salr.ata and Tanilr.awa, On the capture 219 (1944).
of the mesotron by lhe atomic nucleus. Snyder, T heory of multi pie scattering.
Proc. Phys.·Math. Soe. Jap. (5) 21, 58 Phys. Rev. 71, 478 (1947).
(1959). Soden, I onization of lhe K leve/ by elec-
Scherrer and Zünti, Nuclear scattering of tron collision. Ann. Phys., Leipzig 19,
rapid electrons in argon (in German). 409 (1954).
Helv. Phys. Acta U, III (1941). Solr.olow, ScatteTing of mesons talting
Schiff, Inelastic collision of deuteron and damping into account. J . Phys., USSR
deuteron . Phys. Rev. 51 , 785 (1957). 5, 251 (1941).
Schiff, Scatte1'ing of neutrons by deu- Staub and Stephens, Anomalous scatter-
terons. Phys. Rev. 52, 149 (1957). ing of neutrons by he/ium. Phys. Rev.
Schwinger, On the magnetic scatte>-ing "· 151 (1959).
of neutrons. Phys. Rev. 51, 544 (1957). Staub and Tatel, Resonance scattering of
Schwinger and Teller, The scattering of neutrons in helium. Phys. Rev. 57, 956
neutrons by ortho- and para-hydrogen. (1940).
Phys. Rev. 51, 775 (1957). Stüclr.elberg, Radiation damping in lhe
Schwinger and Teller, The scattering of quantum theory (in French). Helv.
neutrons by ortho- and para·hydrogen. Phys. Acta 16, 427 (1945).
Phys. Rev. 52, 286 (1957). Sundarachar and Streib, The elastic scat-
Schwinger, Polarization of neutrons by tering of neutrons in deuterium. J.
resonance scattering in helium. Phys. Mysore Univ. J, 55 (1942).
Rev. 69, 681 (1946). Sandarachar and Streib, Scattering of
Seaborg, Gibson and Grahame, Ine/astic neutrons in deuterium . Nature 51 , 149
scatte>-ing of fast neutrons. Phys. Rev. (1942).
52, 408 (1957). Tanilr.awa and Yulr.awa, On the scatter-
Seeger and Teller, On lhe ine/astic scat- ing of mesons by nuclear particles. Proc.
tering of neutrons by crystal lattices. Phys.-Math. Soe. Jap. (5) 2J, 445
Phys. Rev. 62, 57 (1942). (1941).

[ 248]
Taschek, Scaltering of protons by deu- Weinstock, lnelastic scattering of slow
terium . Phys. Rev. 61, 13 (1942). neutrons. Phys. Rev. 6J, 15!1 (1945).
Tatel, The angular distúbution of pro- Weinstock, lnelastic scattering of slow
tons scaltered by high energy neutrons. neutrons. Phys_ Rev .. 65, I (1944).
Phys. Rev. 61, 450 (1942). Wells, The scattering of protons on pro-
Taylor, lnteraction energy o{ two alpha tons. Phys. Rev. 47, 591 (1955).
particles at close distances determined Wentzel, Theory of anomalous alpha ray
from the anomalous scattering in hei- scattering. Z. Phys. Chem. 90, 754
i um. Proc. Roy. Soe. 134, 105 (1951). (1954).
Taylor, Anomalous scattering o{ alpha Wentzel, Anistropy o{ proton-neutron
porticles by hydrogen and helium. scaltering and symmetrical meson the-
Proc. Soe. 136, 605 ( 1952). ory (in German). Helv. Phys. Acta I8,
Teller, lnterference o{ neutron waves in 450 (1945).
ortho- and para-hydrogen. Phys. Revi Wheeler, Scattering of alpha porticles in
49, 420 (1956). helium. Phys. Rev. 59, 16 (1941).
Thaxton and Monroe, Phase shifts (K 1 ) Wheeler, Mechanism o{ capture of slow
for the square well. Phys. Rev. 56, 616 mesons. Phys. Rev. 7 I, 520 (1947).
(1959). Wheeler, Mechanism o{ absorption o{
Thaxton and Hoisington, Phase shift cal- negative mesons. Phys. Rev. 7 I, 462
culations for P-P scaltering at high (1947).
energies. Phys. Rev. 56, 1194 (1959). Whitak.er, Magnetic scattering of neu-
Thaxton, Scaltering of protons from 200 trons. Phys. Rev. 52, 584 (1957).
to JOO Kev. Phys. Rev. 60, 175 (1941). Whitak.er, H . G. Beyer and Dunning,
Thaxton, Note on the low energy scat- Scattering of slow neutrons by para-
tering of protons by protons. Indian magnetic salts. Phys. Rev. 54, 771
m
J. Phys. 16, (1942). (19!18).
Tuve, Heydenburg and Ha!stad, T he Whitak.er and Briglit, Total and scat-
scaltering o{ protons by protons. Phys. tering cross sections for slow neutrons.
Rev. 49, 452 (1956). Phys. Rev. 60, 155 (1941).
Urban, The scattering of fast electrons Whitak.er and Bright, On the forward
by nuclei. Ano. Phys., Leipzig 43, 557· scattering of neutrons by paramagnetic
(1945). media. Phys. Rev. 60, 280 (1941).
Van de Graaff, Buechner and Feshbach, White, Scattering o{ high energy protons
Experi>Mnts on the elastic single scat- in hydrogen. Phys. Rev. 49, 509 (1956).
tering of electrons by nuclei. Phys. Wick, Scattering of slow neutrons by
Rev. 69, 455 (1946). atomic lattices o{ crystals. Phys. Z. J8,
Van Isacker, Certain formulas associated 405 (1957).
with plane waves o{ particles with spin Wigner, Scattering o{ neutrons and pro-
nh/21t. C. R., Paris 222, 575 (1946). tons. Z. Phys. 8J, 255 (1955).
Van Vleck, On the theory of the {orward Wigner, Resonance reactions and anom-
scattering o{ neutrons by paramagnetic alous scattering. Phys. Rev. 70, 15
media. Phys. Rev. H, 924 (1959). (1946) .
· Wakatuki, Angular distribution o{ fast . Wigner, Resonance reactions. Phys. Rev.
neutrons, scattered by the atoms. Proc. 70, 606 (1946).
Phys.-Math. Soe. Jap. (5) 22, 450 Wilkins, Scattering o{ protons by mag-
(1940). nesium and aluminum. Phys. Rev. 60,
Wang, On the deceleration of high en- 565 (1941).
ergy protons and neutrons by emana- Williams, Passage o{ alpha and beta por-
tion o{ mesotrons. Z. Phys. I 15, 451 ticles through matter and Born's theory
1940). of collisions. Proc. Roy. Soe. 135, 108
Weinberg, Scattering in the pair theory (1952).
o{ nuclear forces. Phys. Rev. 59, 776 Williams, Application of ordinary spoce-
(1941). time concepts in collision problems

[ 249]
and relation o{ classical theory to Allen, The disintegration o{ beryllium
Born's approximation. Rev. Mod. Phys. by protom. Phys. Rev. 51, 182 (1937).
17, 217 (1945). Allen, Experimental evidence for the ex-
Wilson, Quantum theoiy o{ radiation istence o{ a neutrino. Phys. Rev. 61,
damping. Proc. Camb. Phil. Soe. 37, 692 (1942).
301 (1941). Allison, Experiments on lhe e[Jiciencies
Wilson, Range and ionization measure- o{ production, and half lives o{ radio
ments on high speed protom. Phys. carbon and radio nitrogen. Phys. Rev.
Rev. 60, 749 (1941). 49, 420 (1936).
Wilson and Creutz; Proton-proton scat- Allison, Skaggs and Smith, A precise
tering at 8 M ev. Phys. Rev. 71 339 measurment o{ the energy change in
(1947). lhe trammutation o{ beryllium into
Wilson, P-roton-proton scattering at 10 lithium by proton bombardment. Phys.
Mev. Phys. Rev. 71 , 384 (1947). , Rev. 54, 171 (1938).
Wilson, Range, straggling and multiple Allison, Skaggs and Smith, Re-measure-
scattering o{ {ast protom. Phys. Rev. ment o{ lhe energies released in the
71 , 385 (1947). reactiom Li1 (p, a) Het and Li& (d,
Wilson, Lofgren, Richardson, Wright a) He4 . Phys. Rev. 56, 288 (1939).
and Shank1and, Proton-proton scatter- Allison, Graves and Skaggs, Alpha par-
ingat 14.5 M ev. Phys. Rev.71,560(1947). · ticle groups from the disintegration o{
Wrenshall, Collision o{ alpha particles beryllium by neutrons. Phys. Rev. 57,
with carbon nuclei. Phys. Rev. 57, 158 (1940).
1095 (1940). Allison, Miller, Per1ow, Sl-.aggs and Smith.
Wrenshall, Scattering o{ protons by mog- Energy released in the reaction Li•
nesium nuclei. Phys. Rev. 6}, 56 (1943). (p. a) He3 and the mass of HeS. Phys.
Wright, Scattering o{ alpha particles ai Rev. 58, 178 (1940).
small angles by helium. Proc. Roy. Allison, Miller, Skaggs and Smith. Elec-
Soe. JJ7, 677 ( 1932). trostatic deflection studies of . alpha
Wu, Rainwater, Havens and Dunning, particles. The alpha's from Li& (p, a)
Neutron scattering in ortho- and para- He3, Phys. Rev. 59, 108 (1941).
hydrogen and lhe range o{ nuclear •Alvarez, Nuclear K electron capture.
forces . Phys. Rev. 69, 236 (1946). Phys. Rev. 52, 134 (1937).
Yamasita and Nogami, On lhe virtual A1varez, The capture of orbital electrom
P doublet o{ the compound nucleus by nuclei. Phys. Rev. 54, 486 (1938).
2He5, Proc. Phys.-Math. Soe. (3) 25, Alvarez, He1mholz and Nelson, lsomeric
354 (1943). silver and the Weizsiicher theory. Phys.
Yukawa and Sakata, Theory o{ collision Rev. 57, 660 (1940).
o{ neutrom with deuterom. Proc. Phys.- Alvarez, Helmholz and Wright, Recoil
Math. Soe. Jap (!) 19, 542 (1937). from K capture. Phys. Rev. 60, 160
Zah-Wei, Collisiom o{ positrons with (1941).
negatons. C. R ., Paris 222, 1168 (1946).
Amaldi, Disintegration of boron and
other light elements by slow neutrom.
CAPÍTULO QUATRO Nuovo. Cim. 12, 223 (1935).
Amaki and Sugimoto, On the relative
Vários Artigos sobre c·ross sectiom of the (n, a) and (n, p)
reactiom produced by {ast neutrons.
Processos de Desintegração Toltyo lnst. Phys. Chem. Res. JB, 377
(Experimental) (1941).
Anderson, The positive electron. Phys . .
Al1an and C1avier, Disintegration o{ Rev. 4J, 491 (1933).
magnesium and aluminum by deu- Anderson and Neddermeyer, Cloudcham-
leram. Nature 158, 832 (1946). ber observatiom of cosmic rays ai 4JOO

[ 250]
meters elevation and near sea levei. Barkas, Some new reactions in light
Phys. Rev. 50, 26~ (19~6). nuclei with high energy protons. Phys.
Anthony, Collisions of alpha particles Rev. 56, 287 ( 19~9).
with sulphur nuclei. Phys. Rev. 50, Barkas and White, Disintegration of deu-
726 (19~). teri .. m by protons and p.n reactions
Ao1d, Disintegration of carbon by fast in light gaseous dements. Phys. Rev.
neutrons. Proc. Phys.-Math. Soe. Jap. 56, 288 ( 19~9).
(~) 20, 755 (19~8). Barkas, Helium o{ mass three as an
Arakatsu, Sonada, Uemura, Shimizu and agent in nuclear reactions. Phys. Rev.
Kimura, A type of nuclear photo-dis- 56, 1242 (19~9).
integration. The expulsion o{ alpha Barkas, Creutz, Delsasso and Sutton, Pro-
particles from various substances ir- cesses induced in the nuclei of iodine
radiated by the gamma rays of lithium and bromine by high energy protons.
and fluorine bombarded by high spud Phys. Rev. 57, 1087 (1940).
protons. Proc. Phys.-Math. Soe. Jap. Barker, Thiclt target yields with deu-
(~) 25, m (194~). teron-proton .-eactions. Phys. Rev. 70,
Argo, Hemmendinger, Kratz, Perry, 101 (1946).
Sherr, Taschek and Williams, Reac· Barker, The total disintegration energy
tio~ constant Li• (p, n) Be•. Phys. Rev. of NaU. Phys. Rev. 71, 45~ (1947).
70, 102 (1946). Barnes, Proton reactions o{ 48 Cd and
Arnett, Sharff-Go1dhaber and K.laiber, 49 /n. Phys. Rev. 5'5, 241 (1959).
Search for (n, a) reaction in rare earth Barschall and Battat, On lhe disintegra-
elements with slow neutrons. Phys. tion o{' nitrogen by {as I neutrons. Phys.
Rev. 68, 100 (1945). Rev. 70, 245 (1946).
Asano, Nuclear reaction F;(p, a) O and Barton and Mueller, Detection o[ nu-
lhe new effect on the angular distri- clear disinteg.-ation products. Phys.
bution of lhe emitted alpha particles Rev. 45, 650 (19~4).
(in German). Proc. Phys.-Math. Soe. Becker, Fowler and Lauritsen, The short
Jap. (~) 25, H2 (1945). range alpha particles from FI9 and
Bachelet and Bouissieres, Measurement HI. Phys. Rev. 59, 217 (1941).
o{ the paths of alpha rays o{ protacti- Becker, Fowler and Lauritesen, Short
nium. J. Phys. Rad. 7, 151 ( 1946). range alpha particles from fluorine
Bagge, T he disintegration of lhe deu- bombarded with protons. Phys. Rev.
teron by fast neutrons. Phys. Z. 43, 62, 186 (1942).
226 (1942). Becker, Hanson and Diven, Thresholds
Bailey and Williams, Thiclt target yield for lhe photo-disintegration of Li•,
o{ NaU under deuteron bombard· Mg!4, A/27, Si28, SS2 and Ca4o, Phys.
ment. Phys. Rev. 61, 5~9 (1942). Rev. 71, 466 (1947).
Bainbridge, The equivalence of mass Bennett, Bonner, Hudspeth, Richards
and energy. Phys. Rev. 44, 12~ (1953). and Watt, Protons from cu and H2.
Baldinger and Huber, Nuclear trans- Phys. Rev. 58, 478 (1940).
forTIUJiions o{ nitrogen with .-apid neu-
trons (in German). Helv. Phys. Acta 12, Bennett, Bonner, Hudspeth, Richards
· and Watt, The disinugration of car-
~~o (19~9).
Baldwin and Klaiber, Multiple nuclear bon by deuterons . Phys. Rev. 59, 781
disintegrations induced by 100 Mev. (1941).
x-rays. Phys. Rev. 70, 259 (1946). Bennett, Bonner, Mandeville and Watt,
Baldwin and Koch, T hreshold for lhe Resonances in the disintegration o{
nuclear photo-effect. Phys. Rev. 63, fluorine by protons. Phys. Rev. 70, 882
462 (194~) . (1946).
Baldwin and Koch, Threshold measure- Bennett, Bonner, Richards and Watt,
ments on lhe nuclear photo-effect. The disintegration of Li• by deuterons.
Phys. Rev. 67, 1, 1945). Phys. Rev. 71, 11 (1947).

[ 251 ]
Beringer and Montgomery, The 11ngular Bonner, Formation of an excited Hes
distribution of positron annihil11tion in the disintegration o( deuterium by
r11di11tion. Phys. Rev. 61, 222 (1942). deuterons. Phys. Rev. H, 711 (19~8).
Bernardini, Neutron disintegration of Bonner and Hudspeth, Resonance in
beryllium 11nd boron by bomb11rdment lhe disintegration o( carbon by deu-
with alpha particles from polonium. terons. Phys. Rev. 57, 1075 (1940).
Nuovo. Cim. 15, 220 (19~8). Bonner, Neutrons from lhe disintegra-
Bhabha, Experimental test o( the pro- tion o( fluorine by deuterons. Proc.
ton-neutron exch11nge interaction. Na- Roy. Soe. lU, ~~9 (1940).
ture /J9, 1021 (19~7). Bonner, Freidlander, Pepkowiu and Perl;
Bhattacharya, A se11rch for lhe double man, Search for Jhe transmutation
proton. Proc. Nat. Inst. Sei. India 7, products o( gamma-meson reactions
275 (1941). induced by 100 Mev. x-rays. Phys. Rev•
Bittencourt and Goldhaber, The "two 71, 511 (1947).
step" isomeric transition in Tel21. Borst and Harkins, Search for a neutron·
Phys. Rev. 70, 780 (1946). deuteron reaction. Phys. Rev. 57, 659
Bladett and Lees, Phatography o( 11rti· (1940).
{icial disintegration collisions and ac- Borst, Deuteron-t-ritium reaction in ni-
curacy o( angle determinations. Proc. trogen. Phys. Rev. 59, 941 (1941).
Roy. Soe. JJ4, 658 (19~2). Borst, Deuteron-tritium reaction in ni-
Blau, Photographic investig11tion o( llr- trogen and fluorine. Phys. Rev. 61, 106
ti{icial disintegration . J. Phys. Rad. 5, (1!142).
61 (19!4). Bothe and Franz, Atomic disintegration
Bleuler, Scherrer and Zünti, Determina· o( alpha rays from polonium. Z. Phys.
tion o( nuclear masses with lhe aid oj 4), 456 (1927).
beta-gamma coincidences (in German). Bothe and Franz, Products o( atomic
Helv. Phys. Acta 18, 262 (1945). disintegration, reflected alpha particles
Bleuler and Zünti, The absorption meth- and x-rays excited by alpha particles.
od determining beta and gamm11 en- Z. Phys. 49, I (1928).
ergies (in German). Helv. Phys. Acta Bothe, Disintegration experiments on
19, ~75 (1946). boron with polonium alpha rays. Z.
Bleuler and Zünti, Decay energy o( OtB, l'hys. 6J, ~81 (19W).
Na25 and KU (in German). Helv. Bothe, Artificial nuclear disintegration .
Phys. Acta 19, 421 (1946). Phys. Z. J6, 776 (19~5).
Bonner and Brubaker, The disintegra- Bothe, Nuclear spectra o( light atoms.
tion o( nitrogen by slow neutrons. Z. Phys. 100, 27~ (19~6).
Phys. Rev. 48, 469 (19~5). Bolhe and Gentner, Further atomic trans-
Bonner and Brubaker, Disintegration oj mutations' by gamma rays. Naturwiss.
lithium by deuterons. Phys. Rev. 48, 25, 191 (19~7).
742 (19~5) . Bothe and Gentner, Nuclear isome·rism
Bonner and Brubaker, The disintegra- in bromine. Naturwiss. 25, 284 (1957).
tion o( nitrogen by neutrons. Phys. Bothe and Gentner, Atomic transforma-
Rev. 49, 22~ (1936). tions by gamma rays. Z. Phys. 106, 236
(19~7).
Bonner and Brubaker, The disintegra· Bothe and Maier-Leibnitz, Transmuta·
tion o( nitrogen by slow neutrons. Phys. tion o( BlO into Ct3. Z. Phys. 107, 515
Rev. ~9, 778 (19~6). (19~7) .
Bonner and Brubaker, Disintegration o( Bothe and Gentner, Nuclear photoeffect
beryllium, boron and carbon by deu- with gamma rays (rom Bll (p, õ).
terons. Phys. Rev. 50, ~08 (1936). Naturwiss. 26, 497 (1958).
Bonner and Brubaker, The disintegra- Bower and Burcham, Transmutation o(
tion o( nitrogen by (ast neutrons. fluorine by deuterons. Proc. Roy. Soe.
Phys. Rev. 50, 781 (1936). 17J, ~79 (1959).

[ 252]
Bowersox, Efficiency of production of Brasch, Production and application of
shcwt range particles from lithium and fast ccwpwcular rays. Naturwiss. 21,
of 4.4cm alpha particles from boron 82 (1935).
under proton bombardment. Phys. Rev. Brasefield and Pollard, T h e transm ula-
"· 525 (1959). tion of sulphur 1Yy Th C" alpha par-
Bradt, Guillissen and Scherrer, Pair pro- ticles. Phys. Rev. 50, 296 (1956).
duction 1Yy fast beta rays (in German). Breucher and Cook, Production of ac-
Helv. Phys. ActaJJ, 259 (1940). tinum C" from lead. Nature 146, 450
Bradt, Pair production 1Yy electron and (1940).
positron emission from beta radiators Briggs, The straggling of alpha particles
(in German). Helv. Phys. Acta 17, 59 from Ra C. Proc. Roy. Soe. lU, 515
(1944). (1927).
Bradt, Gugelot, Huber, Medicus, Presi- Briggs, The ·decrease in velocity of alpha
werk and Scherrer, K capture and posi· particles from Ra C. Proc. Roy. Soe.
tron emission of 6.7 hr. CdtOT, t09 (in lU, 541 (1927).
German). Experienta 1, 119 (1945). Briggs, Redetermination of lhe velocities
Bradt, Gugelot, Huber, Medicus, Presi- of alpha particles from Ra C, Th C
werk and Scherrer, T alting up of K- and C'. Proc. Roy. Soc.l18, 549 (1928).
electron and positron emission of CuOt Briggs, ReliJtive velocities of lhe alpha
and Cu14 (in German). Helv. Phys. particles from Th X and its products
Acta 18, 252 (1945). and from Ra C'. Proc. Roy. Soe. 1J9,
Bradt, and Scherrer, Disintegration of 658 (1955).
uz and lhe uxl - uz isomerism (in Briggs, ReliJtive velocilies of alpha par-
German). Helv. Phys. Acta 18, 405 ticles from radon, Ra A and Ra C' .
1945). Proc. Roy. Soe. UJ, 604 (1954).
Bradt, Halter, Heine and Scherrer, Pair Briggs, Absolute velocity of alpha par-
emission of Th C" (in German). Helv. ticles from radium C'. Proc. Roy. Soe.
Phys. Acta 18, 457 (1945). U7, 185 (1956).
Bradt, Gugelot, Huber, Medicus, Preis- Brubaker and Pollard, MIJJiimum energy
werk, Scherrer and Steffen, The silver of the protons emitted IYy bcwon under
isomers Ag* and Ag*l09 (in Gerrnan). alpha particle bol!lbardment. Phys.
Helv. Phys. Acta 19, 218 (1946). Rev. 51, 1015 (1957).
Bradt, Gugelot, Huber, Medicus, Preis- Buck, Strain and Valley, Resonance
werk, Scherrer and Steffen, The dual transmutation of Si (J4) 1Yy protons.
radioactive I'Tansfcwmalion of Cuu (in Phys. Rev. 51, 1012 (1957).
German). Helv. Phys. Acta 19, 219 Burcham and Goldhaber, Disintegration
(1946). of nitrogen 1Yy slow neulrons. Proc.
Bradt, Gugelot, Huber, Medicus, Preis- Camb. Phil. Soe. J2, M2 (1956).
werk, Scherrer and Steffen, The trans- Bureham and Smith, Transmutation of
formation scheme of Znos (in German). fluorine 1Yy protons and deuterons.
Helv. Phys. Acta 19, 221 (1946). Proc. Roy. Soe. 168, 176 (1938).
Bradt, Gugelot, Huber, Medicus, Preis-
Burcham and Smitl\, Shcwt range alpha
werk, Scherrer and Steffen, K capture
particles from oxygen, nitrogen and
of Fen (in German). Helv. Phys. Acta
fluorine bombarded with protrons. Na-
19, 222 (1946).
Bradt, Halter, Heine and Scherrer , Pair ture H J, 795 ( 1959).
emission of Th C" (in German). Helv. Burcham and Devons, Resonance phe-
Phys. Acta 19, 431 (1946). nomena in disintegration of fluorine
Braga, lnvestigation of the transmuta· IYy protons. Proc. Roy. Soe. 17}, 555
tion Ra D - > Ra E IYy magnetic spec- (1959).
trography of lhe beta radiation of in- Burhop, Atomic disintegration IYy par-
ternal conversion (in French). Portu- ticles of low energy. Proc. Gamb. Phil.
galiae Physica I , 159 (1944). Soe. J2, 645 (1956).

[ 253]
Burson, Bittencourt, Duffield and Gold· Christy and Rubin, Angular distribution
haber, Decay scheme for Tel21. Phys. o{ alpha particles {rom LiT + p. Phys.
Rev. 70, 566 (1946). Rev. 71, 275 (1947).
Carlson and Henderson, Photonuclear Clarke and lrvine, Excitation functions
disintegration of iron and manganese. obtained by bombardment of NaBr
Phys. Rev. 58, 193 (1940). with 14 Mev deuterons. P·hys. Rev. 65,
Chadwick, Artificial disintegration of el- 352 (1944).
ements. Phil. Mag. (7) 2, 1056 (1926). Clarke and lrvirie, Nuclear excitation
Chadwick, Constable and Pollard, Arti- functions. I. Na23 ( d, p) Na24, Br81
ficial disintegration by alpha particles. (d, p) Br82 and Br (d, 2n) Kr (H hrs).
Proc. Roy. Soe. JJO, 463 (1931). Phys. Rev. 66, 251 (1944).
Chadwick and Constable, Artificial dis- Clarke and Jrvine, Nuclear excitation
integration by alpha particles. Proc. functions: 14 Mev deuteron reactions
Roy. Soe. JJ5, 48 (1932). on copper, magnesium and aluminum.
Chadwick and Feather, Nuclear trans- Phys. Rev. 69, 680 ( 1946).
formations with alpha particles and Clarke and Jrvine, Experimental yields
neutrons. Jnt. Conf. Phys., London 1, with 14 Mev deuterons. Phys. Rev. 70,
95 (1934). 895 (1946).
Chadwick and Goldhaber, Disintegra- Clarke, Nuclear excitation functions. II.
tion of diplons. Nature JJ4 , 237 (1934). Al21 (d; p, a)Na24. Phys. Rev. 71, 187
Chadwick, Feather and Davies, New dis- (1947).
integration produced by neutrons. Proc. Cockcroft and Walton, Experiments with
Camb. Phil. Soe. 30, 357 (1934). high velocity positive protons. Proc.
Chadwick, Blackett and Occhialini, Some Roy. Soe. JJ7, 229 (1952).
experiments on the production of posi- Coekcroft and Walton, Disintegration of
tive electmns. Proe. Roy. Soe. 144, 235 light elements by {ast protons. Nature
(1934). m. 25 (1955).
Chadwick and Goldhaber, Disintegration Cockcroft, Transmutations with protons
by slow neutrons. Nature JJ5, 65 and diplons. lnt. Conf. Phys. London
(1935). 1, 112 (1934).
Cliadwick and Goldhaber, Disintegra- Cockcroft and Walton, High velocity
tion by slow neutrons. Proc. Camb. positive ions. Part III. Disintegration
Phil. Soe. 31, 612 (1935). of lithium, boron and carbon by di-
Chadwick and Goldhaber, Nuclear pho- plons. Proe. Roy. Soe. 144, 704 (1934).
toelectric effect. Proc. Roy. Soe. 151, Cockcroft and Lewis, Experiments with
479 (1935). high velocity positive ions. Pari V.
Champion, Nuclear energy leveis. Nature Further experiments on the disinte-
m , 120 (1944). gration o{ boron. Pari VI. The disin-
Champion and Ray, Angular distribu- legration o{ carbon, nilrogen and oxy-
tion of protons ejected in lhe disin- gen by deuterons. Proe. Roy. Soe. 154,
tegration of nitrogen by alpha par- 46 (1956).
lides. Nature 159, 127 (1947). Collins, Waldman and Polye, Electrodis.
Chang, Short range alpha particles from integration of beryllium. Phys. Rev.
polonium. Phys. Rev. 67, 267 (1945). 55,412 (1959).
Collins, Waldman,Stubblefieldand Gold-
Chang, Low energy alpha ray spectra haber, · Nuclear excitalion of indium
and mechanism ,o{ alpha decay. Phys.
by x-rays. Phys. Rev. 55, 507 (1959).
Rev. 69, 254 (1946).
Collins, Waldman and Guth, Disinte-
Chang, Low energy alpha particles from g-Talion of beryllium by electrons. Phys.
radium. Phys. Rev. 70, 632 (1946). Rev. 56, 876 (1959).
Chatterjee, Disintegration of boron by Collins and Waldman, Nuclear excila-
slow neutrons. Jndian J. Phys. 18, 269 lation of indium by electrons. Phys.
(1944). Rev. 57, 1088 (1940).

[ 254]
Collins and Waldman, Energy distribu- Crane and Lauritsen, Disintegration of
tion of continuous x-rays from nuclear beryllium by deutons. Pbys. Rev. 45,
excitation. Phys. Rev. 59, 109 (1941). 226 (1934).
Conversi, Pancini and Piccioni, On the Crane, Delsasso, Fowler and Lauritsen,
disintegration of negative mesons. Phys. Th e emission o{ negative electrons
Rev. 71, 209 (1947). from boron bombarded by deuterons.
Cork and Lawrence, Transmutation of Phys. Rev. 47, 887 (1935).
platinum by deuterons, a resonance Crane and Halpern, New experimental
phenomenon. Phys. Rev. 49, 205 (1936). evidence for tlte existence o{ a neu-
Cork and Lawrence, The transmutation trino. Phys. Rev. 53, 789 (1938).
of platinum by deuterons. Phys. Rev. Crane and Halpern, A reply to the above
49, 788 (19S6). note by Wertenstein (concerning the
Cork and Thornton, The bombardment neutrino). Phys. Rev. 54 , 306 (19S8).
of gold with deuterons. Phys. Rev. 51, Crane, An attempt to obseroe the ab-
59 (19S7). sorption of neutrons. Phys. Rev. 55,
Cork and Thornton, The disintegration 501 (19S9). •
of cadmium with deuterons. Phys. Crane and Halpern, On the creation of
Rev. 51, 608 (19S7). pairs or positrons by fast e/ectrons.
Cork and Curtis, Excitation function for Phys. Rev. 55, 838 (1939).
iron by energetic deuterons. Phys. Rev. Crenshaw, Young, Manning, Difference
55, 1264 (19S9). in loss of energy of deuterons in D 2
Cork, Halpern and Tatel, The produc- and H 2 • Phys. Rev. 61, 388 (1942).
• tion of radium E and radium F from Curie and Joliot, Emission o{ protons o{
bismuth. Phys. Rev. 57, 348 (1940). great speed by hydrogenic substances
Cork, Halpern and Tatel, Production under the influence of very penetrat-
of radium E and radium F (polonium) ing gamma rays. C. R., Paris 194, 213
from bismuth. Phys. Rev. 57, S71 (1932).
(1940). Curie and Joliot, Effect of absorption o{
Cork and Halpern, Relative probability gamma .-ays of high frequency by pro-
for the loss of neutrons and alpha jection o{ heavy nuclei. C. R., Paris
particles from an excited nucleus. Phys. 194, 708 (1932).
Rev. 57, 667 (1940). Curie and J oliot, On the origin o{ the
Cork and Middleton, Simultaneous emis- positive e/ectron. C. R., Paris 196, 1581
sion of three particles from an excited (1933).
nucleus. Phys. Rev. 58, 474 (1940). Curie and Joliot, Electrons produced by
Corlr., Hadley and Kem, On the relative artificial disintegration . J. Phys. Rad.
probability of the d, 2n and the d, n 4, 494 (19S3).
reactions in nicltel and zinc. Phys. Rev. Curie and Tsien, Paths of alpha rays of
61, S88 (1942). ionium . J. Phys. Rad. 6, 162 (1945).
Corlr., The re/ative probability of the Curran and Strothers, Bombardment of
( d, p) and the ( d, n) .-eactions in bom- nitrogen and oxygen with protons.
barded bismuth. Phys. Rev. 70, 56S . Nature 145, 224 (1940).
(1946). Darrow, Transmutation by alpha par-
Cork, The escape probability of protons ticles. Rev. Sei. Instrum. J, 66 (19M).
and neutrons from bombarded bis- Davidson and Pollard, The transmuta-
muth. Phys. Rev. 71 , 144 (1947). tion o{ titanium by Th C' alpha par-
Corson, MacKenzie and Segrl:, Artifi- ticles. Pbys. Rev. 54, 408 (1938).
cially produced alpha particle emitter. Davidson, A study of the protons from
Phys. Rev. 57, 250 (1940). calei um under deuteron bombardment-
Craggs and Smee, Action of fast hydro- Phys. Rev. 56, 1061 (1939).
gen ions on lithium chloride. Nature Davidson, A study of the protons from
ua, m (1941). vanadium, copper, manganese and

[ 255]
scandium under bombardmenl by deu- Dunworth and Pontecorvo, Excitation of
lerons. Phys. Rev. 56, 1061 (19~9) . indium JIJ by x-rays. Proe. Camb.
Davidson, Energy leveis near lhe ground Phil. Soe. 43, 12~ (1947).
state in Coso and As16. Phys. Rev. 57, Eggen and Pool, X -radiation and in-
568 (1940). ternal conversion from Ra + d. Phys.
Dee and Walton, Transmulatiun of. lith- Rev. 70, 446 (1946).
ium a11d buron . Proe. Roy. Soe. 141, Ehrenberg, Excitation of nuclei by neU-
73~ (19~S) . trons. Nature IJ6, 870 (19~5).
Dee, IJisi11tegratio11 of the diplon . Nature Eklund and HoJe, On neutron induced
UJ, 564 (19~4) . activity in aluminum (in English). Ark.
Dee, Some experiments upon artificial Mat. Astr. Fys. 29A, No. 26 (194~) .
transmutaliuns, vsing lhe duud track Eklund, An attempt to obtain nuclear
methud. Proe. Roy. Soe. 148, 62~ excitation by means of x -rays. Nature
(19~5). 156, 690 (1945).
Dee and Gilbert, Transmulation of heavy Eklund, Studies in nuclear physics. Ex-
hydrogen investigated by the cloud citation by means of x-rays. Activity of
lrQck method. Proe. Roy. Soe. 149, 200 81Rb (in English). Ark. Mat. Astr. Fys.
(19~5) . . JJA , No. 14 (1946).
Dee and Gilbert, Duintegralion of boroft Elleu and H11ntoon, Asymmetric distri-
into lhree alpha particles. Proe. Roy. bution of protons frbm deuteron-deu-
Soe. 154, 279 (1956). teron reaélion. Phys. Rev.54, 87 (19~8).
Dee, Curran and PetJilka, Resonance Elleu, McL.ean, Young and Plain, Dutri-
transmutations of carbon by protons. bution in angle of alpha particles from
Nature 141, 642 (1938). F19 and H I . Phys. Rev. 57, 108~ (1940).
Delsasso, Fowler and Lauritsen, Protons Elliott and Deutsch, Nuclear energy
from lhe disintegration of lithium by leveis in Fe56 from decay of Mn68 and
deulerons. Phys. Rev. 48, 848 (19~5). Co56, Phys. Rev. 63, ~21 (194~).
Delsasso, Fowler and Lauritsen, Produc- Ellis and Wooster, The average energy
tion of pairs and Compton electrons of disintegration of radium E. Proe.
by gamrnu · radiation from lhe bom- Roy. Soe. 117, 109 (1927).
bardment of lithium by prulons. Phys. Evans and Livingston, Correlation of
Rev. 50, ~89 (19~6). nuclear disintegration processes. Rev.
Deutsch, Radiations from /l31->Xel31. Mod. Phys. 7, 229 (1935).
Phys. Rev. 59, 940 (1941). Fea, Bibliography and tables of artificial
Deutsch and Elliott, The disintegration transmutation. Nuovo Cim. 12, 568
of Co&o. Phys. Rev. 62, 558 (1942) . . (1935).
Diebner and Pose, Resonance penelra- Feather, Artificial disintegration by neu-
tion of alpha particles into the alumi- trons. Nature IJO, 257 (1952).
num nucleus. Z. Phys. 75, 753 (19~2) . Feather, Collisions of neutrons with ni-
Dopel, Atomic disintegration by H and trogen nuclei. Proe. Roy. Soe. IJ6, 709
H e parlicles. Z. Phys. 91, 796 (1934). (1952).
Doolittle, T h e disintegration of LiT bom·
Feather and Dunworth, Production of
barded by slow protons. Phys. Rev 19,
779 (1936). positron-electron pairs during lhe pas-
· Doran and Henderson, N ew ·reactions i11 sage of beta particles through maller.
11icke/. Phys. Rev. 60, 411 (1941). Proc. Camb. Phil. Soe. H , 435 (1958).
DuBridge, Nuclear reactions produced Feather and Dunworth, Absorption and
by 6.5 Mev protons. Phys. Rev. 55; 60~ coincidence experimenls on the radia-
(19~9). tion from the radioactive sodium Na24..
Duncanson and Miller, Artificial disin- Proe. Camb. Phil. Soe. H , 442 (1958).
tegration by Ra C' alpha particles from Feather and Bretscher, Uranium Z and
a/uminum and magnesium. Proe. Roy. nuclear isomerism. Proe. Roy. Soe. 165,
Soe. 146, ~96 (1954). 530 (19~8).

[ 256]
Feather and Dunworth, Nuclear isomer- Goldhaber, Muehlhause and Turkel, L -
ism. Proe. Roy. Soe. /68, 566 (1958). converted isomeric transition . Phys.
Feldmeier and Collins, Excitation of nu· Rev. 71 , 572 (1947).
clei by x-rays. Phys. Rev. 59, 937 Goldhaber, L -converted isomeric transi-
(1941). tion. Phys. Rev. 71 , 467 (1947).
Fischer, Nuclear transformations o{ ni- Good and Hill, lnvestigation of boron
trogen by means of fast neutrons. Phys. by slow neutrons. Phys. Rev. 56, 288
z. 4J, 507 (1942). (1939).
Fischer-Colbrie, Nuclear disintegration Good, Peaslee and Deutsch, Experimen-
using R a ( B + C) as source o{ radia - tal tesl of beta ray theory for lhe posi-
tion. Akad. Wiss. Wien 145, 285 (1956). tron emitters Na22, V4&, Mn52, .Co5R.
Fisk, Transmutation o{ boron by slow Phys. Rev. 69, 51~ (1946). Erratum, 69,
neutrons with the emission of alpha 673 (1946).
particles and protons. Phys. Rev. H, Good and Peacock. Positron emission,
1117 (1959). electron capture competition in Zn&5.
Flammersfeld, Jsomers to stable nuclei Phys. Rev. 69, 680 (1946).
by neutron capture in dysprosium and Graves, Energy release from Be" (d, a)
hafnium . Z. Naturforsch. / , 190 (1946). Lit and the production o{ Lit. Phys.
Flügge and Krebs, Nuclear chemistry. Rcv. 57, 855 (1940).
Phys. Z. 36, 466 (1955). Graves, Graves, Coon and Manley, Cruss
Fowler and Lauritsen, Pair emission {mm section of D (d, p) H3 reaction. Phys.
fluorine bombarded with protons. Phys. Rev. 70, 101 (1946).
Rev. 56, 840 (1959). Graves and Coon, Disintegrations of
Franz, Disinte~·ation experiments on ba- neon and argon by d-d neutrons. Phys.
ron with alpha rays from Ra C'. Z. Rev. 70, 101 (1946).
Phys. 63, 570 (1950). Grinberg and Roussinow, SII'Ucture of
Friedlander, Perlman and Pepkowitz, the lotuer excited le-oels of lhe Br&o
Radiochemical search for gamma-me- nucleus. Phys. Rev. 58, 181 (1940).
son reactions induced by 100 Meu x- Groetzinger, Kruger and Smith, Eui·
rays. Phys. Rev. 70, 790 (1946). dence for lhe production of a nun-
Fünfer, Transmutation of boron by slow ionizing radiation other tlran neutrvns
neutrons, meast~red by a propm·tiunal and gamma rays by /0 Mev deutemns.
counter. Ann. Phys., Leipzig 29, I Phys. Rev. 67, 202 (1945).
(1957). Groetzinger, Kruger and Lowen, Eui-
Gentner, Processes of addition of rapid dence for the artificial production of
protons to nuclei. Z. Phys. 107, 554 a new neutral radiation . Phys. Rev. 67,
(1957). 52 (1945).
Groetzjnger and Smith, Further wurk on
Gentner, Nuclear photoeffect under sim·
the artifici11l production o{ mesotrons.
ultaneous emission of two neutrons.
Phys. Rev. 68, 55 (1945).
Naturwiss. 26, 109 (1938).
Günther, Fonnatiun of helium from al-
Giarratana and Brennecke, Angular dis- pha my emissiun. Z. phys. Chem. 185,
tribution of the products of artificial 367 (1959).
nuclear disintegration . Phys. Rev. 49, Hacman and Haxel, F.nergy and range
35 (1936). of slow alpha rays. Z. Phys. /20, 486
Gibert, Roggen and Rossel, Nuclear re- (1943).
actions of chlorine with neutrons (in Hafstad and Tuve, Resonance transmu -
German). Helv. Phys. Acta 17, 97 tation by protons. Phys. Rev. 47, 506
(1944). (1955). .
Glückauf and Paneth, Jdentificatimr a11d Hafstad, Heydenburg and Tuve, Widths
measurement of He formed in Be by uf nuclear •·estmance leveis and lhe
gamma rays. Proe. Roy. Soe. 165, 22Y calibratiun of ion beam energy leveis.
(1938). Phys. Rev. 49, 866 (1936).

[ 257]
Hafstad, Hc.ydenburg and Tuve, F.x cita- Haxe1, T h e proton spectra of the ele-
tion cumes for fluorine and lithimn . ments magnesium, silicon and sulphur
Phys. Rev. 50, 504 (1936). by irradiation with fast alpha rays.
Hahn and Strassmann, Formation uf zir- Phys. Z. 36, 804 (1935).
coniurn and protactiniurn by bom- Haxc1, Nuclear transformatioru of nitro-
bardment of tlwrium with 1lelttrons. gen produced by fast alpha rays. Z.
Naturwiss. 29, 285 (1941). Phys. 93, 400 (1935).
Hall, Disintegration of the deuteron by Haxe1, Nuclear transforrnations of boron
gamma rays. Phys. Rev. 49, 401 (1936). by slow 11eutrons. Z. Phys. 104, 540
Hamilton, Eleciron -netttrino angular cur- (1937). o o

•·e/atiun in beta decay . Phys. Rev. 71 , Henderson, The disintegration oflithium


456 (194i). by protons of high energy. Phys. Rev.
Haruen , Disinteg•·ation of nitrogen and 43,98 (1935).
uxygen by neutmns. Phys. Rcv. 59, 941 Henderson, Livingston and Lawrence,
(1941). Tmnsmutation of fluorine by proton
Hanson and Benedict, An independent bombardment and the mass of fluorine
detennin11ticn of fixed puints on the 19. Phys. Rev. 46, 38 (1934).
higlt voltage scale. Phys. Rev. 65 , H Henneberg, Excitation of atoms in inner
(1944). shells by slow protons and alpha par-
Harkins, Gans and Newson, Disintegra- ticles. Z. Phys. 86, -592 (1933).
tio" of the nuclei of nitrogen a11d other Herb, Parkinson and Kerst, Yield of ai-
light atums by neutrons. I. Phys. Rev. pila particles from lithium films bom-
H, 529 (1933). barded by protons. Phys. Rev. 48, 118
Harkins, Gans and Newson, The disin- (1935).
tegration of the nuclei of light atoms Hevesy and Levi, T h e action of neutrons
by neutrum. II. Neon, flttorine and on the rare em·th elements (in Eng1ish).
carbon. Phys. Rev. 47, 52 (1935). Kgl. Danske Acad. 14, No. 5 (1936).
Harnwell, Smyth, van Voorhis and Ku- Hevesy and Levi, Action of slow neu-
per, Produrtion of 1HS by a canal ray trons on rare earth e/ements. Nature
discharge in deuterium. Phys. Rev. 45, JJ7, 185 (1936).
655 (1934). Heyn, Evidence for lhe expulsion of two
Hatch, The yie/d of alpha particles frorn netttrons from copper and zinc by one
beryllium bombarded by protons. Phys. fast neutron . Nature JJ8, 723 (1936).
Rev. 54, 165 (1938). Hibdon, Poo1 and Kurbatov, Transmu-
Haworth and King, The excitatiun fun c- tation of titanium. Phys. Rev. 65, MI
tions fm· the disintegration of LiT (1944).
under bombardment by low energy pro- Hill and Haxby, A note on the disinte-
tons. Phys. Rev. 54 , 38 (1938). gration of boron by protons. Phys.
Haworth and King, The stopping power Rev. 55, 147 (1939).
of lithium for /ow energy protons. Hill, The p-n reactions in lithium and
Phys. Rev. H , 48 ( 1938). beryllium . Phys. Rev. 57, 567 (1940).
Haxby, Allen and Williams, The angular Hincks, Evidence for the reaction 011
distribution of the disintegration prod- (n , a) Cl<. Phys. Rev. 70, 770 (1946).
ucts uf light elements. Phys. Rev. 55 , Hirze1 and Waff1er, Nttclear photoe!Ject
140 (1939). under the emission of a proton in Cd :
Haxby, Shoupp, S1ephens and Wells, Cdlll ( 0 , p) Aguo (in German). He1v.
Lithium and carbon (p , n) threshholds. Phys. Acta 19, 214 (1946).
Phys. Rev. 57, 348 (1940). Hirzel and Wãff1er, Nuclear photoefJect
Haxby, Shoupp, Stephens and Wells, in emission of a proton (in German).
Beryllium (p, n) threshold . Phys. Rev. Helv. Phys. Acta 19, 425 (1946).
57, 567 (1940). Hole and Siegbahn, Tl•e disintegration
Haxel, Artificial disinteg.-atiun of alumi- of C/38 (in English). Ark. Mat. Astr.
num. Z. Phys. 83 , 323 (1933) . Fys. 33A, No. 9 (1946).

[ 258]
Holloway and Livingston, Range and to rubidium (in German). Helv. Phys.
specific ionization of alpha particles. Acta 17, 195 (1944).
Phys. Rev. H , 18 (19~8). Hudson, Herb and Plain, Excitation of
Holloway and Moore, Disintegration of the 455 Kev levei of Li1 by proton
Nt4 and NI5 produced by deuteron bombardment. Phys. Rev. 57, 587
bombardment . Phys. Rev. 56, 705 (1941).
(19~9) . Hudspeth and Bonner, Observation of
Holloway, The disintegration of NU and HI and H S ranges from the disintegra-
NI5 by deuterons. Phys. Rev. 57, ~47 tion of deuterium by deuterons. Phys.
(1940). Rev. H, ~08 (19~8).
Holloway and Bethe, Cross section of Humphreys and Pollard, Alpha-proton
the reaction NI5 (p, a) CI2. Phys. Rev. reactions of sodium and aluminum.
57, 747 (1940). Phys. Rev. 59, 942 (1941).
Holloway and Moore, The disintegra· Humphreys and Watson, Protons from
tion of cu, cu and 016 by deuterons. deuteron bombardment of cu. Phys.
Phys. Rev. 57, 1086 (1940). Rev. 60, 542 (1941).
Holloway and Moore, Disintegration of Huntoon, Ellett, Bayley and van Allen,
NU and Nl5 by deuterons. Phys. Rev. Distribution in angle of protons from
58, 847 (1940). the deuteron-deuteron reaction. Phys.
Huber, Huber and Scherrer, Determina- Rev. 58, 97 (1940).
tion of the mass of C~• from the nu- Hurst, Latham and Lewis, Production
clear reaction N (n, p) C (in German). of radium and polonium by deuteron
Helv. Phys. Acta JJ, ,209 (1940). bombardment of bismuth . Proc. Roy.
Huber, lnvestigation of nuclear reactions Soe. 174, 1~6 (1940).
of nitrogen and sulphur with neu· Jacobs and McLean, Resonance in Bl1.
trons (in German). Helv. Phys. Acta Proc. Iowa Acad. Sei. 48, ~08 (1941).
14, 16~ (1941). Jaeckel, Disintegration of neon by neu-
Huber, Rossel and Scherrer, Nuclear re- trons. Z. Phys. 96, 151 (19~5).
actions of fluorine with fast neutrons Jensen, The relative e(ficiency o{ some
(in German). Helv. Phys. Acta 14, ~14 (n , 2n) processes. Z. Phys. 122, 587
(1941). (1944).
Huber, Lienhard, Scherrer and Waffler, Kahn, Interaction o{ nuclear particles
Nuclear photoeffect on sulphur, alu- (in English). Physica 4, 40~ (19~7) .
minum and magnesium. Phys. Rev. 60, Kalbfell, Internal conversion o{ gamma
910 (1941). rays in element 4J. Phys. Rev. 54, 54~
(19~8).
Huber Lienhard and Wãffler, Nuclear
Kanne, Disintegration of aluminum by
photoeffect with titanium, nichel and
polonium alpha particles. Phys. Rev.
copper, using lithium gamma rays (in
52, 266 (19~7).
German). Helv. Phys. Acta 16, 226
Kapitza, X-ray traclr.s in a strong mag-
(194~).
netic field. Proc. Roy. Soe. 106, 602
Huber, Lienhard, Scherrer and Waffler, (1924).
Excitation of isomer conditions by nu- Kempton, Browne and Maasdorp, Trans-
clear photoefject (in German). Helv. mutation of Li1 by deuterons. Proc.
Phys. Acta 16, 228 (194~) . Roy. Soe. 157, ~72 (19~6) .
Huber, Lienhard, Scherrer and Waffler, Kempton, Browne and Maasdorp, Angu·
Nuclear photoeffect with the ejection lar distributions of the protons and
of a proton. Mg26 ("0 , p) Na25 (in neutrons emitted in transmutations of
German). Helv. Phys. Acta 17, 1~9 deuterium . Proc. Roy. Soe. 157, ~86
(1944). (19~6) .
Huber, Lienhard and Waffler, The nu- Kennedy, Seaborg and Segre, Nuclear
clear plwtoefject with lithium gamma isomerism in zinc. Phys. Rev. 56, 1095
radia!ion. II. The elements titanium (19~9).

[ 259]
Kikuchi, Husimi and Aoki, Enerr;y lib- Korsunsky, Lange and Spinell, Thres-
erated at lhe addition of neutrons. hold value for nuclear excitation of
Z. Phys. 105, 265 (19~7). In•n5 by x·rays (in Eng1ish). C. R.,
Kikuchi, Watase, Itoh, Takeda and Ya- URSS, 26, 144 (1940).
maguchi, On the disintegralion of Korsunsky, Walther, Ivanov, Zypkin and
Na 24. Proe. Phys.-Math. Soe. Jap. (~) Ganenko, An investigation of "Brem-
21, ~81 (19~9). strahlung" by means of excited /nll5
Kinsey, Attempts at disintegration using nuclei. J . Phys., USSR 7, 129 (194~) .
liJhium ions. Phys. Rev. 50, ~86 (19~6) . Kovarik and Adams, The disintegration
Kirchner,Artificial disintegration of atom- conslant o{ Th and the branching
ic nuclei. Phys. Z. 34, 777 (1933). ratio of Th C. Phys. Rev. H, 41~
Kirchner and Neuert, On the extensive (19~8) .
disintegralion of boron upon bom- Kovarik and Cork, The bombardment
bardment with protons. Phys. Z. 34, of palladium with deuterons. Phys.
897 (19~~). Rev. 51, ~8~ (19~7).
Kirchner, Transformation o{ elements. by Krishnan and Gant, Deuteron bombard-
fast hydrogen nuclei. Ergeb. d. exakt. ment o{ si/ver. Nature 144, 547 (19~9).
Naturwiss. /J, 57 (19~4). Krishnan and Banks, A new type of dis-
Kirchner and Neuert, On the ranges of integration produced by deuterons.
fragments o{ lilhium and boron under Nature /45, 777 (1940).
radiation of fast protons. Phys. Z. 35, Krishnan and Nahum, Deuteron bom-
292 (f9M). bardment of the heavy elçments. Proe.
Kirchner and Neuert, The transmutation Camb. Phil. Soe. 36, 490 (1940).
of beryllium by fast protons and the Krishnan, Deuteron bombardment of
mass of BeD. Phys. Z. 36, 36 (19~5). silver. Proe. Camb. Phil. Soe. 36, 500
Kirchner and Neuert, Transformation o{ (1940).
beryllium by slow protons and the Krishnan, Deuteron·tritium reaclion in
mass o{ 4Be9. Phys. Z. 36, 54 (1935) fluorine. Nature 148, 407 (1941).
Kirchner, Neuert and Laaff, 1onizing Krishnan, · Deuteron bombardment o{
power of alomic nuclei emitted in gold. Proc. Camb. Phil. Soe. 37; 186
nuclear transformation processes. Phys. (1941).
z. 38, 969 ( 19~7). Krishnan and Banks, New type of dis-
K1aiber, Luebke and Ba1dwin, Range- integralion produced deuterons. Proe.
momentum measurements of particles Camb. Phil. Soe. 37, ~17 (1941).
emitted in nuclear disintegrations in- Krishnan and Nahum, Deuteron bom-
duced by 100 Mev x·rays. Phys. Rev. bardment o{ the heavy elements. II.
70, 789 (1946). Platinum. Proe. Camb. Phil. Soe. 37,
K1arrnann, Artificial transmutation of 422 (1941).
magnesium by polonium alpha rays. Krishnan and Nahum, Cross si:ction
Z. Phys. 87, 411 ( 19~~) . measuremenls for disinlegrations pro-
K1arrnann, Transformetion of aluminum duced by deuterons in the heavy ele·
by neutron bombardment. Z. Phys. 95, ments. Proe. Roy. Soc. l80, ~21 (1942).
221 (19~5). Krishnan and Nahum, Excitation func-
Klema and Barschall, Saturation char- tion measurements for disinlegrations
acteristics for alpha particles in puri- p..oduced by deulerons in lhe heavy
fied gases. Phys. Rev. 63, 18 (194~). elements. Proe. Roy. Soe. 180, ~33
Kõnig, Disinlegration of sodium. Z. Phys. (1942).
90, 197 (19~4). Kronig, Nucleus 1Be (in English). Phy-
Korff and C1arke, The production of sica 4, 171 (1937).
neutrons and protons by lhe cosmic Kruger, Stallmann, Shoupp, Nuclear en-
..adiation at 14,125 feel . Phys. Rev. 61, err;y leveis in BtO. Phys. Rev. 56, 297
422 (1942). (19~9).

[ 260]
Kruger and Ogle, Pair tlectrons formed Lawrence and Livingston, Three types
in lhe field of an electron. Phys. Rev. of nuclear disintegration of calctum
67, 282 (1945). fluoride by bombarding protons of
Kundu and Pool, Deuteron-H3 reaction high energy. Phys. Rev. 44, 517 (1955).
in columbium and silver. Phys. Rev. Lawrence and Livingston, Emission of
71, 140 (1947). protons and neutrons from various tar-
Kundu and Pool, Results o{ H3 bom· gets bombarded by three 'million volt
bardments on silver and rhodium. deutons. Phys. Rev. 45, 220 (1954).
Phys. Rev. 71, 467 (1947). Lawrence, Transmutations of sodium by
Kurbatov and Kurbatov, Determination deutons. Phys. Rev. 47, 17 (1955).
of stable spe.cies 39 f89, 40Zr90, and Lawrence, MacMillan and Henderson,
58 Ba134 produced by nuclear transmu- Transmutations of nitrogen by deu-
tations. Phys. Rev. 71, 466 (1947). tons. Phys. Rev. 47, 254 (1935).
Kurie, The angular distributions of pro- Lawrence, McMillan and Henderson,
tons projected by neutrons. Phys. Rev. Transm~ttations of nitrogm by deu-
43, 1056 (1955). tons. Phys. Rev. 47, 273 (1955).
Kurie, A nitrogen disintegration by a Lewis, Livingston and Lawrence, The
very fast neutron. Phys. Rev. 43, 771 emission of alpha particles from var·
(1955). ious targets bombarded by deutons o{
Kurie, New mode o{ disintegration in- high speed. Phys. Rev. 44, 55 (19~3).
duced by neutrons. Phys. Rev. 45, 904 Lewis, Livingston, Henderson and Law-
(1954). rence, Disintegration of deutons by
Kurie, The disintegration of nitrogen high speed protons and the instability
by neutrons. Phys. Rev. 47, 97 (1955). o{ the deuton. Phys. Rev. 45, 242
(1954).
Ladenburg anel Kanner, The yitld of Lewis and Bowden, An analysis o{ lhe
protons and neutrons from the deu· fine sll'Ucture of the alpha particle
teron-deuteron reaction. Phys. Rev. 51, groups from th orium C and of the long
1022 (1957). range groups from .lhorium C'. Proc.
·l..adenburg and Wheeler, Mass of the Roy. Soe. 145, 255 (1.9~4). .
meson by lhe metlwd o{ momentum Lewis, Burcham and Chang, Alpha par-
loss. Phys. Rev. 61, 105 (1942). lides from lhe .-adioactive disinlegra-
Langsdorf and Segre, Nuclear isomerism lion of a light el6ment. Nature 1)9, 24
in selenium and krypton. Phys. Rev. 57, (1937).
105 (1940). Livingston, Henderson and Lawrence,
Larlr.-Horoviu, Risser and Smith, Nuclear The disintegration of lhe tlements by
excitation of indium with alpha par- swiftly moving protons. Phys. Rev. 44,
ticles. Phys. Rev. 55, 878 (1959). 316 (1955).
Lauritsen and Crane, Disintegration o{ Livingston, Lewis and Lawrence, The
boron by deutons and by protons. disintegration of nuclei by swiftly mov-
Phys. Rev. 45, 495 (1954). ing ions of lhe heavy isotope of hydro-
gen. Phys. Rev. 44, 317 (19H).
Lawrance, Production o{ Li& by bom-
Uvingston, Genevese and Konopinslr.i,
bardment of boron with neutrons.
The excitation of characteristic x-•·ays
Proc. Camb. Phil. Soe. )5, 504 (1959).
by protons. Phys. Rev. 51 , 835 (1957).
Lawrence, Livingston and White, The Livingston and Bethe, Nuclear Physics.
disintegration o{ lithium by swi{tly Pari 111. Nuclear dynamics, experi-
moving protons. Phys. Rev. 42, 150 mental. Rev. Mod. Phys. 9, 245 (1937).
(1952). Livingston and Hoffman, Slow neutron
Lawrence, Livingston and Lewis, The disinlegration o{ B!O and Li&. Phys.
emission of protons from uarious lar· Rev. H , 227 (1958).
gets bombarded by deutons of high Livingston and Wright, (d, 2n) reaction
speed. Phys. Rev. 44, 56 (195~). in copper. Phys. Rev. 58, 656 (1940).

[ 261 ]
Magnan, t:nergies of tlectrom and posi- ticles from fluorine bombarded with
trons emilted in certain nuclear re· protom. Phys. Rev. 58, 500 (1940).
actions. C. R., Paris 205, 1147 (1937). McMillan and Lawrence, Trammutation
Maier ' Leibnitz and Maurer, Longes I of aluminum by deutom. Phys. Rev.
range protrm groups in the disintegra- 47, 345 (1935).
tion of boron by alpira particles. Z. Meerhaut, Nuclear spectra of light ele-
Phys. 107, 509 (1937). ments on the photographic plate. Phys.
Man1ey, Coon and Graves, Cross section z. 41, 528 (1940).
of D (d, n) H e~ reaction. Phys. Rev. 70, Meerhaut, Nuclear spectra of ligllt tle-
101 (1946). ments on tire plwtographic plate. Z.
Mann, Nuclear transformatiom produced techn. Phys. 21, 280 (1940).
in copper by alpira particle bombard- Meitner and Phi1ipp, On the interaction
ment. Phys. Rev. 52, 405 (1937). between neutrom and atomic nuclei.
Mann, Nuclear tram(ormatiom produced N aturwiss. 20, 929 ( 19112).
in zinc by alpha particle bornbard- Meitner, Energy spectrum of positrons
ment. Phys. Rev. 53, 212 (1938). from aluminum. Naturwiss. 22, 388
Mann, Nuclear tra11s(ormatiom in zinc (1934).
by alpha particle bombardment. Phys. Meitner, Beiravior o{ rare eartlu under
Rev. 54 , 649 (1958). neutron bornbardment (in German).
Manning, Crenshaw and Young, Distri- Arlr.. Mat. Astr. fys. 27A, No. 17
bvtion with angle of protons from d-d (1941).
reactions. Phys. Rev. 59, 941 (1941). Meitner, Tlu resonance energy of the
Manning, Huntoon, Myers and Young, tlwrium capture process. Phys. Rev.
Distribution in angle o( protons frorn 60, 58 (1941).
the d-d reaction. Phys. Rev. 61, 371 Miller, Duncanson and May, Disintegra-
(1942). tion of boron by alpha particles. Proe.
Mano, Retardation of lhe alpha rays of Camb. Phil. Soe. 30, 519 (1934).
The C' in air. C. R., Paris 194, 1235 Mitchell and Langer, The nuclear iso-
(1932). m..-s · of /nll&. Phys. Rev. 5), 505
Martin, Energy leveis in tire nucleus (1938). .
Mn56 . Phys. Rev. 71, 127 (1947). Mitchell, Jurney and Ramsey, Coinci-
Martin, Energy leveis in the nucleus dence experiments on Ga72. Phys. Rev.
Mns&. Phys. Re v. 71, 466 (1947). 71 , 324 (1947).
Marvin, Width of resonance process in Miwa, Photodisintegration of deuteron
boron. Phys. Rev. 68, 228 (1945). by radium gamma rays. Proe. Phys.-
Maurer and Fi1k, Tram(ormation o( Math. Soc.Jap (3) 22, 560 (1940).
boron by slow neutrom. Z. Phys. 112, Monod-Herzen, Distribution of protons
456 (1939). produced by neutron bombardment.
May and Vaidyanathan, Energy leveis ]. Phys. Rad. 5, 95 (1934).
of light nuclti. Proe. Roy. Soe. 155, Murrell and Smith, Transmutation o(
519 (1936). sodium by deuterom. Proe. Roy. Soe.
May and Hincks, Evidence for an (n, a) /7), 410 (1939).
reaction induced in 011 by thermal Myers and Langer, Search for an excited
neutrons. Canad.]. Res. 25, 77 (1947). state o( the HS nucleus. Phys. Rev. 54,
McCreary, Keurti and Van Voorhis, Posi- 90 (1935).
tron energy distribution of Si2T. Phys. Myers, Tire angular distribution of res-
Rev. 57, 351 (1940). onance disintegration products. Phys.
McLean, Beclr.er, Fow1er and Lauritsen, Rev. 34, 36 1 (1938).
Short range alpha particles from F!9 Myers, Huntoon, Shull and Crenshaw,
+ Ht. Phys. Rev. 55, 796 (1939). Search for a slwrt range group o( pro-
McLean, Ellett and Jacobs, Distribution tons in the d-d reaction. Phys. Rev. 56,
in angle of the long range alpha par- 1104 (1939).

[ 262]
Myers and Van Aua, On lhe plwtodis- Oliphant and Rutherford, Transmuta-
integration of beryllium and deute- tion o{ elements by protons. Proe. Roy.
riwn. Phys. Rev. 61, 19 (1942). Soe. 141, 259 (1933).
Nahamias, Attempt to detect the neu· 01iphant, Kinsey and Rutherford, Trans-
trino. Proe. Camb. Phil. Soe. 31, 99 mutation of lithium . Proe. Roy. Soe.
(1935). 141, 722 (1933).
Nede1sky and Oppenheimer, Production Oliphant, Transformations by hydrogen
of positives by nuclear gamma rays. ions. lnt. Conf. Phys., London /, 144
Phys. Rev. 45, 136 (19M). Errata, 45, (1934).
283 (19M). Oliphant, Shire and Crowther, Disin-
Neuert, Ranges of particles emitted by tegration of lhe separated isotopes of
light elements under proton bombard- lithium by protons and by heavy hy-
ment. Phys. Z. 36, 629 (1935). drogen . Nature 1)3, 377 (1934).
Neuert, Angular distribution o{ the prod- 01iphant, Harteclr. and Rutherford,
ucts of disintegration of light e/ements Transmutation effects observed with
by hydrogen ions. Pari I. Phys. Z. 38, heavy hydrogen. Nature 1)3, 413
122 (1937). (1934).
Oliphant, Harteclr. and Rutherford,
Neuert, Angular dirtribulion of trans- Transmutation effects observed with
muled particles in transformation proc· heaVJ hydrogen. Proe. Roy. Soe. 144,
esses o{ light nuclei. Ann. Phys., Leip- 692 (1934).
zig, 36, 437 (1939). Oliphant, Shire and Crowther, Separa-
Newson, Transmutalion functions at tion and transmutation o{ the isotopes
high bombarding energies. Phys. Rev. of lithium . Proe. Roy. Soe. 146, 922
51, 620 (1937). (1984).
Newson and Borst, The delerminalion 01iphant, Kempton and Rutherford,
of nuclear reaction energies for a mix- Energy released in nuclear transforma·
ture o{ copper isotopes. Phys. Rev 59, tions. Proe. Soe. Roy. 149, 406 (1935).
941 (1941). Oliphant, Kempton and Rutherford, Nu-
Nishina, Yasaki, Kimura and lkawa, Ar- clear transformations of beryllium and
tificial production of uranium Y from boron, and the mosses o{ light ele·
thorium. Nature 142, 874 (1938). ments. Proe. Roy. Soe. 150, 241 (1935).
Norling, On lhe coupling of lhe beta O'Neal and Goldhaber, Decay constant
and gamma rays of radio-manganese of H3 . Phys. Rev. 58, 574 (1940).
and lhe energy leveis o{ the stable iron Ortner and Stetter, H .-rays from alumi-
nucleus. Naturwiss. 27, 432 (1939). num with Ra(B + C) as r.qdiation
source. Z. Phys. 89, 708 (19M).
Norling, The coincidence method and Ortnl!r and Protiwinslr.y, The reactions of
its applications to disintegrat ion prob· fast neutrons wilh nitrogen and neon
lems (in Eng1ish). Ark. Mat. Astr. Fys. nuclei. Anz. Alr.ad. Wien 76A , 116
27A, No. 27 (1941).
(1939).
Northrup, Van Aua, Van de Craaff and Ortner and Protiwinslr.y, The reaction o{
Van Aua, Some experiments on lhe fast neutrons with nitrogen and neon
i1Tadiation of deuterium, beryllium nuclei. S. B. Alr.ad. Wiss. Wien, 148,
and indium by x-rays. Phys. Rev. 58, 349 (1939).
199 (1940). Pais, Lifetime o{ the neutral meson. Na-
Occhialini and Powell, Nuclear disin · ture 156, 715 (1945). .
legrations produced by slow charged Paneth and Lo1eit, Chemical detection
particles of smal/ mass. Nature 159, o{ artificial transmutation of e/ements.
186 (1947). Nature 1)6, 950 (1935).
Og1e, Brown and Conlr.lin, Evidence ior Parir. and Mouzon, Euidence againsl lhe
a gamma-proton reaction in Be9. Phys. existence of an excited state of He3 .
Rev. 71,378 (1947). Phys. Rev. 58, H (1940).

[ 263]
Paton, Protons emitted from boron and Pollard, Yields of prolons in transmu-
plwsphorus bombarded by high en- tations. Phys. Rev. 71, 467 (1947).
err;y alpha particles. Phys. Rev. 46, Pontecorvo and Lazard, Nuclear isomer-
22Y (1984). ism produced by x-rays of lhe con-
Paton, Proton emission from boron and tinu ous speclrum. C. R ., Paris 208, 99
phosphorus under bombardmtnl by (1989).
high enerr;y alpha rays. Z. Phys. 90, Pool and Cork, Deuteron bombardmtnl
586 (1984). of barium, lanthanum and cerium.
Paton, Proton emission resulting from Phys. Rev. 51, JOIO (1987).
alpha ray bombardment of boron and Pose, Detection of producls of lhe atomic
plwsph orus. Phys. Rev. 47, 197 (1985). disinlegration of aluminum. Phys. Z.
Paxton, Positrons from deuteron acli- JO, 780 (1929).
vated phosphorus. Phys. Rev. 49, 206 Pose, Range groups of H -particles from
(1986). . aluminum. Z. Phys. 64, I (1980).
Perkins, Nuclear disintegmtion by meson Pose, Number and range of the nuclear
capture. Nature 159, 126 (1947). protons liberated from aluminum and
Perlow, Accurale measuremenl of the nilrogtn by alpha rays . Z. Phys. 95,
tnerr;y releastd in the disintegration 84 (1985).
of Li& by protons. Phys. Rev. 58, 218 Pose, Measuremenls of nuclear lransfor-
(1940). mation processes Ín lhe preunce of
Pettersson, Artificial disintegration of st·r ong gamma rays . Phys. Z. J7, 154
atoms and their paching fractions (in (1986).
English). Ark. Mat. Astr. Fys. 21A, Powell, May, Chadwick and Pickavance,
No. I (1928). Excited stales of stable nuclei. Nature
Pollard, Experimenls on the prolons 145, 898 (1940).
produced in lhe artificial dismtegra- Reddemann, Nuclear isomerism in Sr8T.
tion of lhe nitrogen nucleus. Proc. Naturwiss. 28, 110 (1940).
Roy." Soe. 141, 875 (1988). Reddemann, On nuclear isomerism of
Pollard and Eaton, Disintegration of Sr. Z. Phys. 116, 137 (1940).
nitrogtn and boron and possible emis· Reid, Synthesis by nuclear recoil. Phys.
sion of deuterons. Phys. Rev. 47, 597 Rev. 69, 580 (1946).
(1985). Richardson and Emo., T he photodisin-
Pollard and Brasefield, The transmuta - tegralion of the deuteron by lhe gam-
tion of potassium, chlorine and phos· ma radiation from NaZ<. Phys. Rev.
phorus by Th C' alpha particles. Phys. 53, 284 (1988).
Rev. 50,. 890 (1986). Richardson and Em o, T h e photodisin-
Pollard and Brubaker, Maximum tn- tegration of lhe deuleron. Phys. Rev.
err;y of lhe prolons from lhe bombard- 51 , 1014 (1987).
menl of boron by alpha particles. Phys. Richardson and Wright, The nuclear
Rev. 52, 762 (1987). reaction (p, pn). Phys. Rev. 70, 445
Pollard, The lransmulation of scandium (1946).
by Th C' alpha particles. Phys. Rev. Ringo, Velocity spectrum of alpha par-
54, 411 (1938). ticles. Phys. Rev. 58, 942 (1940).
Pollard and Watson, Deuteron bombard- Roberts, Zandstra, Cortell and Myers,
ment of lhe uparated isotopes of neon . Variation of range with angle of lhe
Phys. Rev. 57, 567 (1940). disintegration alpha parlicles of LiT.
Pollard, Davidson and Schultz, Prolons Phys. Rev. 49, 788 (1986).
from lhe transmulation of boron by Roberts, lnvestigation of lh e deuleron-
deuterons. Phys. Rev. 57, 1117 ( 1940). deuteron reaction. Phys. Rev. 51, 810
Pollard and Humphreys, Enerr;y /roeis (1987).
of Mgzs and s;so formed by deu- Roberts and Heydenburg, Further ob-
teron bombardmtnl. Phys. Rev. 59; 466 servations on lhe production of N13 .
(1941). Phys. Rev. 53, 875 (1988).

[ 264]
Roberts, Downing and Deutsch, A study clear transmutations of the lithium
of lhe radiations from lhe disintegra- isotopes. Phys. Rev. H , 657 ( 19~8).
tion of Br82_ Phys. Rev. 60,544 (1941). Rutherford and Chadwick, Artificial dis-
Rogers, Bennett, Bonner and Hudspeth , integralion of light elemenls. Phil.
Resonances in the emission of pro- Mag. (6) 42, 809 (1921).
tons from lhe reaction cu + H 2. Rutherford and Chadwick, The bum-
Phys. Rev. 58, 186 (1940). bardment uf elemenls by alpha par-
Rosenb1um, Passage of alpha raysthrouglo ticles. Nature li 3, 45 7 ( 1924 ).
maller. Ann. Phys., Leipzig 10, 408 Saha, Disintegration of fluorine by alpha
(1928). particle bombardment. Z. Phys. J/0,
Rosenb1um, Recent progress in lhe sludy 4n (19~8).
of lhe magnetic. spectrum of alploa Save1, Artificial disinlegr·ation . Ano. Phys.
rays. J. Phys. Rad. I , 438 ( 19~0). Leipzig 4, 88 (19~5) .
Rosenb1um, Guillot and Perey, Mag- Scherrer, Huber and Rosse1, Nuclear re-
netic alpha spectra of aclinium family . aclions of flu orine with fasl neutruns
C. R., Paris 204, 175 (19~7). (in German). He1v. Phys. Acta H , 618
Rossi and Swartz, Tloe angular distribu- (1941 ).
tion of alphas from F19(p, a)016, Phys. Schiff, Threshold.! for sluw neu tron in-
Rev. 65, 8~ (1944). duced reactions. Phys. R ev. 70, 106
Rotb1at, Range of particles emitted in (1946).
lhe disintegration of boron and litlo - Schiff, Threslwld.! for slow neulron in-
ium by slow neutrons. Nature JJ8, 202 duced reactions. Phys. Rev. 70, 562
(19~6). (1946).
Roussinow and Yusephovich, Energy of Schintlmeister, Range of Th alpha rays.
conversion electrons arising in the S. B. Akad. Wiss. Wien U6, ~71
transformation of bromine isomers (in (19~7).
Eng1ish). C. R ., URSS. 24, 129 (1 9~9). Schnetzler, Nuclear processes in lithium
Rousinow and Yusephovich, X -ray emis- upon i>Yadiation witlo alpha rays. Z.
sion from lhe isomers of radioaclive Phys. 95, 84 (19~5) .
bromine. Phys. Rev. 55, 979 (19~9) . Schnetz1er, Nuclear processes in lithium
Roussinow and lge1nitzki, On nuclear on bombardment with alpha rays. Z.
isomers with long life times (in Eng- Phys. 95, 302 (1935).
lish). C. R., URSS 47, m (1945). Schrader and Pollard, Protons from lhe
Rubin, Excilation energy of excited Li1 , deuteron bombardment of lhe sep-
Phys. Rev. 59, 216 (1941). arated isotopes of chlorine. Phys. Rev.
Rubin, Excilalion energy of excited Li1. 59, 277 (1941).
Phys. Rev. 69, 1M (1946). Schultz, Disintegration of lhe deuteron
Rubin, Fow1er and Lauritsen, Angular under fast alpha particle bombard-
distribution of lhe Li1 (p, a) a reac- ment. Phys. Rev. 51, 102~ (1937).
tion . Phys. Rev. ,71, 212 (1947). Schultz, Disintegration of the deuteron
Rubin, Angular distribution of long by alpha particles. Phys. Rev. 53, 622
range alpha particles from excited (1938).
Ne20, Phys. R ev. 71, 275 (1947). Schultz, Davidson and Ott, Protons from
Rumbaugh and Hafstad, Disintegration carbon and aluminum bombarded by
experiments on the separated isotopes deuterons. Phys. Rev. 58, 1043 (1940).
oflithium. Phys. Rev. 50, 681 (19~6). Schultz and Watson, Protons from the
Rumbaugh, Roberts and Hafstad, Trans- separated isotopes uf carbon and neon
mutation processes of Li6 and LiT , under deuteron bombardment. Phys.
Phys. Rev. 51 , 101~ (19~7). Rcv. 58, 1047 ( 1940).
Rumbaugh, Roberts and Hafstad, Con- Seaborg and Segre, Nuclear isomerism in
servation of energy in the disintegra- element 43 . Phys. Rev. 55, 808 (19~9).
tion of LiS. Phys. Rev. 51 , 1106 (19~7). Segre and Seaborg, Nuclear isomerism in
Rumbaugh, Roberts and H afstad, Nu- elemenl 43. Phys. Rev. 54, 772 (1938).

[ 265]
Seren, Freidlander and Turkel, Tfle re- He4, and the masses o{ light atoms.
action 38 Sr88 (n , õ) 38 Sr87 produced Phys. Rev. 56, 548 (1939).
by thermal neutrons. Phys. Rev. 71 , Smith and Murrell, DisintegMtion o{ sep-
454 (1947). arated isotopes o{ boron under proton
Shepherd, Haxby and Hill, A searc/1 for and deuteron bombardment. Proe.
prutons from lithium bombardid by Camb. Phil. Soe. J5, 298 (1939).
Ra C' alpfla particles. Phys. Rev. 52, Smith and Pollard, Ent1'gy leveis o{ 533
674 (1937). by deuteron bombardmenl o{ 532.
Sherr, Evidence for a new type o{ nuclear Phys. Rev. 59, 942 (1941).
reaction. Phys .. Rev. 57, 937 (1940). Smith, Isomeric states in indium 112.
Sherr and Bainbridge, Transmutation o{ Phys. Rev. 61 , 389 (1942).
mercury by {ast neutrons. Phys. Rev. Smith and Groeuinger, On the positive
59, 937 (1941). particles appearing near beta ray emit-
Sherr, Bainbridge and Anderson, Trans- ters. phys. Rev. 70, 96 (1946).
mutatiun u{ mercw y by {ast neutrons. Smith and Groetzinger, On tfle positive
Phys. Rev. 60, 473 (1941). particles emitted by radioactive elec-
Shinohara and Hatoyama, Pair p roduc- tron source. Phys. Rev. 70, 102 (1946).
tion by gamma rays {rom fluo.rine bom- Soonawala, Some nuclear disintegrations.
barded witfl protons. Tokyo Inst. Phys. Indian J. Phys. 19, 185 (1945).
Chem. Res. J8, 2~3, 326 (1941). Stegmann, Excitation . o{ the nitrogen
Shrader and Pollard, Protons from deu- nucleus to H ray emission by alpha
teron bumbardment o{ separated clllo- rays {rom polonium. Z. Phys. 95, 72
rine isotopes. Phys. Rev. 58, 199 (1940). (1935).
Shrader and Pollard, Protons {rom the Stephens and Bonner, Disintegration of
deuterun bombardment o{ tfle up- boron by deuterons. Phys. Rev. 52,
arated isotopes o{ clalorine. Phys. Rev. 527 (1937).
59, 277 (1941). Stetter, Tfle disintegration of tfle ele-
Siegbahn and Petersson, Coincidence on ments. Phys. Z. J7, 88 (1936).
Nt3 and cu (in English). Ark. Mat. Stetter, Excitation o{ tfle ~1 0 nucleus. Z.
Astr. Fys. J2B, No. 5 (1945). Phys. 100, 652 (1936).
Siegbahn, The disintegration o{ Mn56 Steudel, Artificial disintegration o{ alu-
(in English). Ark. Mat. Astr. Fys. JJA, minum and nitrogen. Z. Phys. 77, 139
No. 10 (1946). (1952).
Siegbahn, The disintegration of Na24 Streib, Fowler and Lauritsen, T.-ansmu-
and P32. Phys. Rev. 70, 127 (1946). tation o{ fluorine by protons. Phys.
Siegbahn and Ho1e, The disintegration Rev. 59, 253 (1941).
o{ /128 , Phys. Rev. 70, 133 (1946). Swartz, Rossi, Jennings and Ing1is, The
Sirkar and Bhattacharyva, On the evi- angular distribution o{ alphas from
dence fur the existence o{ neutral me- LiT (p, a) a· Phys. Rev. 65, 80 (1944).
sotrons. Phys. Rev. 67, 365 (194-5), Szalay, Neutron excitation functions fu r
Sizoo and Frie1e, On the nuclear isomer- ::AI and ~0 B . Z. Phys. 112, 29 (1939).
ism o{ f.Rh (in English). Physica 10, Tatel and Cork, Formation o{ radium
57 (1943). E and Po by deuteron bombardment
o{ bismutfl. Phys. Rev. 71 , 159 (1947).
Skaggs, A precise determination o{ the
Taylor and Goldhaber, Detection o{ nu-
energy released in the production o{
clear disintegr·ation in a photograpflic
deuterium from be•yllium by proton
emulsion. Nature JJ5, 341 (1935).
bombard11.ent. Phys. Rev. 56, 24 (1939).
Taylor, Disintegration of boron by neu-
Skaggs and Graves, Excited state o{ LiT trons. Proe. Phys. Soe., Lond. 47, 873
from lhe reactiun Be9 (d, a) LiT . Phys. (1935).
Rev. 57, 1087 (1940). Taylor and Dabho1kar, Ranges o{ alpha
Smith, The energies released in the ,.._ particles in plwtograpflic emulsions.
actions LiT ( p, a) H e and Li& ( d, a) Proc. Phys. Soe., Lond. 48, 285 (1936).

[ 266]
Tomlinson, Nuclear eleclron pairs frorn capture arod internal conversioro iro
016. Phys. Rev. 60, T59 (1941). Cr5t . Phys. Rev. 57, 171 (1940).
Traubenberg, Eclc.hardt and Gebauer, Wambacher, Nuclear disirolegratioro iro
Alorn disintegration ai low potenlials. a photographic emulsion by cosmic
Naturwiss. 21, 26 (1933). -rays. S. B. Akad. Wiss. Wien 149, 157
Tsien, Bachelet and Bouissieres, Patlu (1940).
and fine st<uclures of lhe alpha rays Watase, A sludy of lhe disintegralioros of
of prolaclinium. J. Phys. Rad. 7, lti7 Cl38, Al28 arod Na24 wilh lhe use of
(1946). lhe melhod of coirocidence courolirog.
Tsien, Bachelet and Bouissieres, Fine Proc . .Phys.-Math. Soc.Jap. (3) 23, 618
slruclure of lhe alpha rays from pro- (1941).
laclinium. Phys. Rev. 69, 39 (1946). Welles, Deuleron bombardmenl of oxy-
Tuve and Hafstad, Emission of disinle- gen. Phys. Rev. 59, 679 (1941).
gration particles from largets bom- Wertenstein, Remarlr.s on lhe article by
barded by prolons and by deulerium Crane arod Halpern, "New experimen-
ions ai l200KV. Phys. Rev. 45, 651 tal evidence for lhe neutrino." Phys.
(19M). Rev. 54, 306 ( 1938).
Valente and Zagor, Fasl neulron reso- Whitmer and Pool, Low voltage disin-
nance wilh nilrogen. Phys. Rev. 69, legration of lilhium wilh lithium.
55 (1946). Phys. Rev. 47, 795 (1935).
Valley and McCreary, Internal conver- Wiedenbeck, Nuclear excilalion of cad-
sion eleclrons from Br8o. Phys. Rev. mium. Phys. Rev. 66, 36 (1944).
55, 666 (1939). Wiedenbeck, The nuclear isomerism of
Valley, Intentai conversion in rhenium . gold. Phys. Rev. 67, 53 (1945).
Phys. Rev. 59, 686 (1941). Wiedenbeck and Marhoefer, A new
Valley, Internal conversion in mercury. melhod for delermining lhresholds in
Phys. Rev. 60, 167 (1941). o-n processes. Phys. Rev. 67, 54 (1945).
Van Allen, Ellett and Bayley, Cross sec· Wiedenbeck, The nuclear excitalion of
tion for lhe reaclion H2 + H2 -> Ht silver and cadmium. Phys. Rev. 67, 92
+ HS. Phys. Rev. 56, 383 (1939). (1945).
Van Allen and Smith, Tlie absolule num· Wiedenbeck, The nuclear excilalion of
ber of quanta from lhe bombardmenl rhodium . Phys. Rev. 67, 267 (1945).
of fluorine wilh prolons. Phys. Rev. 59, Wiedenbeck, The excilalion of heavy
108 (1941). nuclei. Phys. Rev. 68, I (1945).
Van Allen and Smith, The absolute cross Wiedenbeck, The nuclear excilation of
seclion for the pholodisintegration of krypton and rhodium. Phys. Rev. 68,
deuterium by 6.2 Mev quanta. Phys. 237 (1945).
Rev. 59, 618 (1941). Wieqenbeck, The lifelimes of melastable
Van Heerden and Nimclc.-Biolc., The radi- stales. Phys. Rev. 69, 47 (1946).
ation excited by slow neulrons in cad- Wiedenbeck, Note on lhe lifelime of
mium (in English). Physica 10, 13 melastable slates. Phys. Rev. 69, 567
(1943). . (1946).
Waldman, Waddel, Callihan and Schnei- Willr.ins and Crawford, A cloud chamber
der, The 'Tesonance processes in lhe of lhe alpha rays of aclino-uranium.
disintegralion of boron by protoros. Phys. Rev. 54, 316 (1938).
Phys. Rev. H, 1017 (1938). Williams and Wells, Evidence from lhe
Waldman and Collins, Nuclear excila- efficierocy curves for lhe nature of lhe
lion of lead by x-rays. Phys. Rev. 57, disintegration process for boron . Phys.
338 (1940). Rev. 50, 186 (1936).
Waldman and Wiedenbeclc., The nuclear Williams, Wells, Tate and Hill, A reso-
excitation of indium by x-rays and nance process in lhe disintegration of
eleclrons. Phys. Rev. 63, 60 (1943) boron by protons. Phys. Rev. 51, 434
Wallc.e,. Thompson and Holt, K-electron (1937).

[ 267]
Williams, Shepherd and Haxby, Evi- Adams, N on K-electron capture lry nu-
dence for the instability of He&. Phys. clei of relatively low isotopic number.
Rev. 51, 888 (19~7). Phys. Rev. 66, ~58 (1944).
Williams, Shepherd and HJ.xby, The dis- Alexeeva, Artificial radioactivity pro·
integration of lithium by deulerons. duced lry slow neutrons in antimony.
Phys. Rev. 51, 1011 (19~7). C. R., URSS !7, I~ (19~7) .
Williams, Shepherd and Haxby, The Alexeeva, Long-period radioactivity in
disiniegration of lithium by deuterons . Ag, Cs and ln aclivated lry slow neu·
Phys. Rev. 52, ~90 (19~7). trons. C. R., URSS 18, 55~ (19~8).
Wilson, Jnuestigation of lhe disintegra- Alichanian, Alichanow and Dzelepow,
tion of boron lry slow neutrons. Proc. Artificial radioactivity (in English).
Roy. Soe. 177 ~82 (1941). Phys. Z. Sowjet. I O, 78 ( 19~6) .
Winand, Energy /iberated by ionium. J. Alichanow Alichanian and Dzelepow,
Phys. Rad. 8, 429 ( 19~7). A new type of artificial beta radio-
Yalow and Goldhaber, A " fast" gamma activity. Nature JJJ, 871 (19~4).
ray transition. Phys. Rev. 67, 59 (1945). Alichanow, Alichanian and Dzelepow,
Young, Plain, McLean and Ellett, Dis- Energy speclrum of positive electrons
tribution in angle of alpha particles ejected by radioactive nitrogen . Na-
from LiT + Hl. Phys. Rev. 57, 108~ ture IJJ, 950 (19M).
(1940). Alichanow, Alichanian and Dzelepow,
Young, Ellett and Plain, Distribution in Limits of lhe energy spectra of posi-
angle of alpha particles from lithium lrons and electrons from artificial ra-
bombarded with protons. Phys. Rev. dioactive elemenls. Nature JJ-1, 254
58, 498 (1940). (19M).
Yu, Disin-tegration lry consecutive orbital Allen, Pool, Kurbatov and Quill, Arti-
e/ectron captures: 58 Bal31 - > 55 Csl31 ficial radioaclivity of Ti< $. Phys. Rev.
-> 60 Xel31 . Phys. Rev. 71, ~82 (1947). 60, 155 (1941).
Zagor and Valente, Heary particle groups Allen, Pool, Kurbatov and Quill, Arti-
from the neulron disintegrations of ficial radioactivity of TiU. Phys. Rev.
nitrogen and neon. Phys. Rev. 71, 153 60, 425 (1941).
(1945). Allison, Ef!iciencies of production and
Zah-Wei, Disintegration of 11 C/S< . Phys. half /ives of radio-carbon and .-adio-
Rev. 70, 782 (1946). nitrogen. Proc. Camb. Phil. Soe. J2,
Zeleny, Brasefield, Bock and Pollard, Al- 179 (J9g6).
pha particles from lithium ions strik· Alvarez and Cornog, Radioactive hydro-
ing hydrogen compounds. Phys. Rev. gen . Phys. Rev. 57, 248 (1940).
46, ~18 (19M). Alvarez and Cornog, Radioactive hydro·
Zhdanov, Perfilov and Deisenrod, Anom- gen-a correction. Phys. Rev. 58, 197
a/ous rate of nuclear disintegration (1940).
effected lry cosmic rays. Phys. Rev. 65, Amaki, Iiomori and Sugimoto, Artificial
202 (1944). radioactivity of chromium. Tokyo lnst.
Zlotowski, A nuclear disintegration in- Phys. Chem. Res. J7, ~95 (1940).
duced lry the cosmic radiation. Phys.
Rev. 56, 484 (19~9). Amaki, liomori and Sugimoto, Radio
isotopes of chromium. Phys. Rev. 57,
CAPÍTULO CINCO 751 (1940).
Amaldi, D'Agostino, Fermi, Pontecorvo,
Rasetti and Segre, Artificial radioac-
Radioactividade tivity produced by neutron bombard-
Abelson, The identification of x -rays ment. Pari ll. Proc. Roy. Soe. U9,
emitted during lhe decay of radio- 522 (19~5).
active elements. Phys. Rev. 55, 424 Anderse!', lnduced radioactivity of mer-
(19g9). cury. Nature IJ7, 457 (J9gij).

[ 268]
Andersen, A radiooctive isotope of iron. Bjerge, Radia-helium. Nature JJ8, 400
Nature JJ8, 76 (1936). (1!136).
Andersen, Radioactive sulphu·r isotope. Bjerge, Radioactive neon. Nature JJ9,
Z. phys. Chem. 32, 237 (1936). 757 (1937).
AntonofE, On the position of uranium Y Bohr and Hole, Radioactivity induced
jn radioactive series. Phys. Rev. 68, 288 by neutrons and deuterons in ruthe-
(1945). nium (in English). Ark. Mat. Astr. Fys.
Atterling, Bohr and Sigurgeirsson, N eu- J2A, No. 15 (1946).
tron induced radioactivity in lutecium Bothe and Gentner, Artificial radioac-
and ytterbium (in English). Ark. Mat. tivity induced by gamma rays. Natur·
Astr. Fys. J2A, No. 2 (1945). wiss. 25, 90 (1937).
Banks, Chalmers and Hopwood, Induced Bothe and Gentner, Wavelength depen-
radioactivity produced by neutrons dence of lhe nuclear photoeffect with
liberated from heavy water by radium regard to the radioactive isotope of
gamma rays. Nature JJ5, 99 (1935). selenium. Z. Phys. 112, 45 (1939).
Barendregt, Griffioen and Sizoo, The Bothe, Activation of rare earths by ther-
positron-spectrum emitted by radio- mal neutrons. Z. N aturforsch. 1, I73
phosphorus 151'32 (in English). Physi· (1946).
ca 7, 860 (1940). Bradt and Scherrer, Disintegration con-
Barkas, Carlson, Henderson and Moore, stant and half-life period of The C'
Concentration of radioactiue bromine (in English). Helv. Phys. Acta 16, 229,
· produced by gamma radiatiun. Phys. 259 (1943).
Rev. 58, 577 (1940). Bradt, Gugelot, Huber, Medicus, Preis-
Barnes, Du Bridge, Wiig, Buch and werk and Scherrer, Metastable states
Strain, Proton-induced radiuactivity in of the si/ver nuc/ei . AgtoT and Àgtos
heavy nuclei. Phys. Rev. 51, 775 (1937). (in German). Helv. Phys. Acta 18, 256
Barnes and Valley, A long period activity (1945).
induced in copper. Phys. Rev. H, 946 Bradt, Gugelot, Huber, Medicus, Preis·
(1938). werk and Scherrer, Radioactive trans-
Barnes and Aradine, Radiuactivity by formation of Crst (in German). Helv.
nuclear excitation. II. Excitation by Phys. Acta 18, 259 (1945 ).
protons. Phys. Rev. 55, 50 (1939). Bramley and Brewer, The radioactivity
Barnes, Proton activation of indium and of potassium. Phys. Rev. H , 502 (1938).
cadmium. Phys. Rev. 56, 414 (1939). Brandt, Artificia/ activity of radiO-<Jiumi-
Becker and Gaerttner, The half life of num ( Al26) and the radio-chlorine
Bl2. Phys. Rev. 56, 854 (1939). (CI34). Z. Phys. 108, 726 (1958).
Bertl, Oboril and Sitte, Artificial radio· Bretscher, Radiuactivity of Beto. Nature
activity at low potentials. Z. Phys. 106, 146, 94 (1940).
463 (1937). Brown, Laboratory experiments on 1"adio·
Bethe and Henderson, Evidence for in- actiue recoil. Amer. J. Phys. 9, 313
correct assignment of lhe suppused (1941).
Si2T radioactivity of 6.7 minute half Buck, Pmton induced mdioactivities. III .
life. Phys. Rev. 56, 1060 (1939). Zinc and selenium targets. Phys. Rev.
Bjerge and Westcott, Radioactivity in- 54, 1025 (1958).
duced by bombardment with neutrons Burcham, Goldhaber and Hill, Radio·
of different energies. Nature 1J4, 177 activity produced in scandium by fast
(1934). neutrons. Nature 141, 510 (1938).
Bjerge and Westcott, Radioactivity in- Cacciapuoti and Segre, Radioactive iso-
duced by neutron bombardment. Na- topes of elemenl 43. Phys. Rev. 52,
ture JJ4, 286 (1934). 1252 ( 1957).
Bjerge, Induced radioactivity of short Cacciapuoti, Decay constant of ps2. Nuo-
period. Nature JJ7, 865 (1936). vo Cim. 15, 215 (1938).

[ 269]
Cacciapuoti, Radioacliuily induced in Cook, Jurncy and Langer, On lhe disin-
Mo by deulerons. Nuovo Cim. 15, 425 legralion scheme of Na24. Phys. Rev.
(1938). 70, 985 (1946).
Cacciapuoti, Radioarli11e isolopes of de- Cork, Richardson and Kurie, Radialions
menl 43. Phys. Rcv. 55, 110 (1939). emitted by radio-aluminum. Phys. Rev.
Chamberlain, Williams and Yuster, Half- 49, 208 (1936).
life of uranium (234 ). Phys. Rev. 70, Cork and Lawson, lnduced radioacliuity
580 (1946). i11 cadmium and indium. Phys. Rev. 56,
Chamberlain, Gofman, Scgre and Wahl, 291 (1939).
Range measuremenls of alpha parlicles Cork and Halpern, Radioacliue ísolopes
from 94239 and 94238. Phys. Rev. 7I, uf gold. Phys. Rev. 58, 201 (1940).
529 (1947). Cork and Smith, Radioacliue isolopes of
Chang, Goldhaber and Saganc, Radio- barium from cesium. Phys. Rev. 60,
aclit•ily produced by gamma rays and 480 (194t).
neu1ro11s of high energy. Nature JJ9, Cornog and Libby, Produclion of radio-
962 (1937). aclive hydrogen liy neutron bombard-
Chang and Szalay, Fonnalicm of mdio- menl of boron and nilrogen. Phys. Rev.
aluminum (A/28) and lhe resunance 59, 1046 (1941).
efful of Mg25. Proc. Roy. Soe. !59, 72 Corson, MacKenzie and Segre, Possible
(1937). produclion of •·adi{)acliue isolopes of
Cichocki and Sohan, Radio-silicon pro- elemenl 85. Phys. Rev. 57, 459 (1940).
duced by bombardmenl of sulphur Corson, MacKenzie and Segre, Arlificially
wilh rapid neulrons. C. R., Paris 207, radioacliue elemenl 85. Phys. Rev. 58,
423 (1938). 672 (1940).
Coven, Euidence of ine1·eased radioacli-
Clancy,.Jnduced radioacliuily of hyplon .
Phys. Rev. 58, 88 (1940)). uily of tire almosphere afler lhe alomic
bomb lesl in New Mexico. Phys. Rev.
Clancy, The induced radioacliuily of xe- 68, 279 (1945).
non. Phys. Rev. 59, 686 (1941). Crane and Lauritsen, Radioacliuily from
Clancy, The induced radioaciuily of kryp- cm·bon and boron oxide bombarded
lon and xenon. Phys. Rev. 60, 87 (1941). wilh deulons and lhe conuersion of
Clark, Radialions from radioacliue gold, posilrons inlo radialion . Phys. Rev. 45,
lungslen and dysprosium. Phys. Rev. 430 (1934).
61 , 242 (1942). Crane and Lauritsen, Furlher experi-
Cockcrolt, Gilbert and Walton, Pmduc- menls wilh arlificíally produced radio-
tion of induced radioacliuily by high aclive subslances. Phys. Rev. 45, 497
uelocíly prolons. Nature /JJ , 328 (1934). (1934).
Cockcrolt, Gilbert and Walton, High Crane and Lauritsen, Radioacliuily pro·
uelocily pusiliue ions. Pari IV. Pmauc- duced by arlificíally accderaled par-
lion of induced radiuacliuily by pm- lides. Phys. Rev. 45 , 746 (1934).
lons and diplon:. Proc. Roy. Soe. 148, Creutz, Fox and Sutton, Radioacliuily
225 (1935). induced in neon and aluminum by
prol01os. Phys. Rev. 57, 567 (1940).
Collar, Cork and Smith, Radioacliue ba-
Crcutz, Delsasso, Sunon, White and Bar-
rium from cesium . Phys. Rev. 59, 937
kas, Radioacliuily pmduced by prolon
(1941).
bombardmenl of bromine and iodine.
Conn, Brosi, Swanout, Cameron, Carter Phys. Rev. 58, 481 (1940).
and Hill, Confn·maliun of assig11m enl Cuer and Lattes, Radioacliuily of sama-
of 2.6 h1· N i to a mass number of 65. ,·ium. Nature 158, 197 "( 1946).
Phys. Rev. 70, 768 (1946). Curie and Joliot, Penelralion of aloms by
Cook and McDaniel, Radialions from uery penelraling rays exciled in lhe
•·adioacliue Co66. Phys. Rev. 62, 412 heauy nuclei. C. R., Paris, 194, 876
(1942). (1932).

[ 270]
Curie and Joliot, New type of radioac- stances. Vlll. Co&o, Phys. Rev. 66, 193
tivity. C. R., Paris 198, 254 (19~4) . Er- (1945).
ratum, 198, 408 (19~4) . De Wire, Pool and Kurbatov, Radio-
Curie and Joliot, Chemical separation of active isotopes o{ praseodymium. Phys.
new radioactive elements. C. R., Paris Rev. 61 , 564 (1942).
198, 559 (19~4) . Diclr.son, McDaniel and Konopinslr.i, An-
Curie and Joliot, Jnduced radioacti11ity. other criterion in the identification
J. Phys. Rad. 5, 15~ (1954). and prediction of half lives. Phys. Rev.
Curie and Preiswerlr., Activation of thul- 57, 351 (1940).
ium by slow neutrons. C. R., Paris 203, Diemer and Groendijk, Some measure·
787 (19~6). ments on the 66 hour period o{ gold
Curie and Tsien, Comparison of radia- (in English). Physica JJ, 396 (1946).
tion of radioactive isotopes formed Dode and Pontecorvo, Radioactive cad-
from uranium and thorium. J. Phys. mium. C. R., Paris 207, 287 (1938).
Rad. 10, 495 (19~9). Downing and Roberts, Coincidence study
Curran and Strothers, Radioactivity of o{ the decay uf BrB2, Phys. Rev. 59,
F 20 , Proc. Camb. Phil. Soe. 36, 252 940 (1941).
(1940). Downing, Deutsch and Roberts, Disin-
Curtis and Richardson, Radiations from tegration scheme of the yttrium ac-
radioactive indium. Phys. Rev. 57, 1121 tivity of 100 day half-period. Phys.
(1940). Rev. 60, 4i0 (1941).
Danysz and Zyw, Radio{tuorine (in Downing, Deutsch and Roberts, Disin-
French). Acta Phys. Polonica 3, 485 tegration schemes of radioactive sub-
(19~4). stances. lll . JÍSt . Phys. Rev. 61, 686
Darling, Curtis and Corlr., Radioactivity (1942).
in iron by deuteron bombardment, Du Bridge, Barnes and Buclr., Pruton
Phys. Rev. 51, JOIO (1937). induced radioactivity in oxygen. Phys.
Davidson, Enerr;y leveis, mass and radio- Rev. 51, 995 (1937).
activity of AH. Phys. Rev. 57, 244 Du Bridge, Barnes, Buclr. and Strain,
(1940). Proton induced radioactiv ies. Phys.
Davidson, Production of FtB by deuter- Rev. H, 447 (1938).
tms. Phys. R ev. 57, 1086 (1940). Du Bridge and Marshall, A radioactive
DeBenedetti and McGowan, .A meta- isomer o{ Sr87. Phys. 56, 706 ( 1939).
stable state of 22 microseconds in Du Bridge and Seaborg, Artificial radio-
TatBt. Phys. Rev. 70, 569 (1946). activity. Chem. Rev. 27, 199 (1940).
DeBenedeui and McGowan, A meta- Du Bridge and Marshall, Radioactive
stable state of half-life about J()--6 sec- isotopes of Sr, Y and Zr. Phys. Rev. 57,
ond in Ret87, Phys. Rev. 71, 380 548 (1940).
(1947). Du ~ridge and Marshall, Radioactive
isotopes of Sr, Y and Zr. Phys. Rev.
Delsasso, Ridcnour, Shecr and White,
58, 7 ( 1940).
Artificial radioactivity produced by Duflield and Calvin, P.-eparation of high
protons. Phys. Rev. 55, 113 (1939). specific induced radioactivity by neu-
Deutsch, Downing, Elliott, lrvine and . tron bom bardment of metal chelate
Roberts. Disintegration schemes o{ compounds. J. Amcr. Chem. Soe. 68,
radioactive substances. IV. Fe59 , Phys. 1129 (1946).
Rev. 62, 3 (1942). Dunworth, Radiations from mdioman-
Deutsch and Elliott, Disintegration ganese. Nature 143, 1065 (1939).
schemes of radioactive substances. VJJ . Dunworth, A determination of the half
Mn54 and Coss. Phys. Rev. 65, 211 1!alue periods of radium c· and tho-
(1944). 'TÍUm C', witJ. a note on time lags in
Deutsch, Elliott and Roberts, Disinte- a Geiger counter. Nature 144, 152
gration schemes of radioactive sub· (1939).

[ 271 ]
Eckhardt, Genemtion o{ radioactiue ele- Ewing, Perry and McCreary, Radioac-
ments by bombardment o{ lithium and tivities induced in Mo by fast protons.
magnesium with thorium C' alpha Phys. Rev. 55, llS6 (19S9).
radiation. Ann. Phys., Leipzig 29, 497 Fah1enbrach, Artificial radioactivity. Z.
(19S7). Phys. 94, 607 (19S5).
Edwards and Pool, Radiactive tel/w·ium Fahlenbrach, Discussion o{ artificial ra-
from antimony bombardment. Phys. dioactivity (Curie·]oliot process). 11. Z.
Rev. 69, 140 (1946). Phys. 96, 50S (19S5).
Edwards and Pool, Radioactive isotopes Fajans and Stewart, lnduced radioactiv-
o{ Mo and Ma . Phys. Rev. 69, 25S ity in europium. Phys. Rev. 56, 625
(1946). (19S9).
Elliott and King, Extension o{ lhe radio- Fajans and Voigt, Radioactivity pro-
active series, Z= N ± I . Phys. Rev. dl4ced by bombarding thal/ium. Phys.
60, 489 (1941). Rev. 58, 177 (1940).
Elliott and Deutsch, Disintegration Fajans and Sullivan, lnduced. radioac-
scheme o{ Co58. Phys. Rev. 6), 219 tivity of rhenium and tungsten. Phy.
(194S). Rev. 58, 276 (1940).
Elliott, Deutsch and Roberts, The disin- Fajans and Voigt, A note on lhe radio-
tegration scheme of Na24. Phys. Rev. chemisty of europium. Phys. Rev. 60,
6J, S86 (194S). 5H (1941).
Elliott and Deutsch, Radiations from lhe Fajans and Voigt, Artificial radioactive
100 day arsenic activity. Phys. Rev. 6), isotopes o{ thallium, lead and bismuth.
457 (194S). Phys. Rev. 60, 619 (1941).
Elliott and Deutsch, Disintegration
Fajans and Voigt, The use of uranium
schemes of radioactive substance. VI .
lead in the assignment of artificial
Mn66 and Co56, Phys. Rev. 64, S21
mdioactive isotopes. Phys. Rev. 60, 626
(194S).
(1941).
Ellis and Henderson, Artificial radio-
Feather and Dainty, Absorption and co-
activity produced in Mg by alpha par·
incidence experiments with Au.198.
ticles. Proe. Roy. Soe. 156, S58 (19S6).
Proe. Camb. Phil. Soe. 40, 57 (1944).
Ellis and Henderson, T he period of ra-
dionitrogen . Nature JJ5 , 429 (19S5). Fermi, Artificial radioactivity by neutron
bombardment. Int. Conf. Phys. Lon-
Ellis and Henderson, lnduced radioacti-
don I, 75 (19S4).
vity by bombarding magnesium with
alpha particles. Nature JJ6, 755 (19S5). Fermi, Radioactivity induced by neutron
bombardment. Nature HJ, 757 (19S4).
Enns, Radioactivities produced by pro·
ton bombardment of palladium. Phys. Fermi, Amaldi, D'Agostino, Rasetti and
Rev. 56, 872 (19S9). Segre, Artificial radioactivity produced
by neutron bombardment. Proe. Roy.
Erbacher and Philipp, The identification
Soe. 146, 483 (1934).
of lhe artificial radioactive e/ements
produced by neutrons and their use F1eischmann, Nuclei, radioactivity. Phys.
in chemistry as indicators. Z. angew. in regehnãss. Ber. 8, 17 ( 1940).
Chem. 48, 409 (19S5). Flügge, T h e artificial pmduction of natu-
Erbacher and Philip, Production o{ ar- mlly mdioactive e/ements. Naturwiss.
tificially radioactive halogens in mi- 29, 462 (1941).
nute amounts from the stable isotopes. Fomin and Houtermans, Radioactivity
Ber. Deutsch. Chem. Ges. 69, 89S produced in tanta/um by neutron bom- ·
(19S6). bardment (in German). Phys. Z. Sow·
Erbacher, Extraction o{ artificially radio- jet. 9, 27S (1936).
active ps2 in unweighable amounts Fowler, Delsasso and Lauritsen, Radio-
from CS 2 . Z. phys. Chem. 42, 17S active elements of low atomic numbe•··
(19S9). Phys. Rev. 49, 561 (1936).

[ 272]
Fow1er and Lauritsen, Artificial radio- fullows bombardment lry deuterium
activity produced lry alpha particles. ions. Phys. Rev. 45, 767 (1934).
Phys. Rev. 51, 1103 (1937). Hafstad and Tuve, Artificial radioacti-
Fried1ander and Wu, Radioactive iso- vity using carbon targets. Phys. Rev.
topes of mercury. Phys. Rev. 63, 227 45, 902 (19M).
(1943). Hafstad and Tuve, lnduced radioacti·
Frisch, lnduced radioactivity of Na and vity using carbon targets. Phys. Rev.
P. Nature 133, 721 (1934). 47, 506 (1935).
Frisch, Induced radioactivity of fluorine Hafstad and Tuve, Carbon radioactivity
and calcium. Nature 136, 220 (1935). and lhe resonance t·m nsmutations by
Geiger and Nuttall, The ranges of the a protons. Phys. Rev. 48, 306 (1935).
particles from various radioactive sub- Hahn, On a radioactive substance in
stances and a re/ation between range uranium. Ber. Deutsch. Chem. Ges. H,
and pe·riod of transformation. Phil. 1131 (1921).
Mag. (6) 22, 613 (1911). Hahn, On uranium Z and its mother
Goldhaber, Hill and Szilard, Radioac- substance. Z. phys. Chem. 103, 461
tivity induced by nuclear excitation. (1923).
I . Excitation by neutrons. Phys. Rev. Hahn and Meitner, The artificial trans-
55, 47 (1939). mutation of Th by neutrons. Forma-
Goldhaber; Activation of Ag (225 d) by tion of lhe previuusly undiscovered
resonance neutrons. Phys. Rev. 70, 89 radioactive series. Naturwiss. 23, 320
(1946). (1935).
Go1dhaber and Sturm, The decay of Hahn, Strassmann and Walling, Produc-
Cb94 (6.6min). Phys. Rev. 70, III tion of weighable quantities of the Sr
(1946). isotope 87 as transmutation products
Goodman and Pool, Radioactive isotopes of rubidium from a Canadian mica .
in the osmium region. Phys. Rev. 70, Naturwiss, 25, 189 (1937).
112 (1946). Hancoclr. and Butler, Radioactive iso-
Goodman and Pool, Radioactive iso- topes of rubidium. Phys. Rev. 57, 1088
topes of Re, Os and lr. Phys. Rev. 71 , (1940).
288 (1947). Harteclr., Knauer and Schaeffer, Radiu-
Groendijlr. and deVries, On lhe activities arsenic. Z. Phys. l09, 153 (1938).
caused by n-0 processes and the ab· Hayden and Inghram, Assignment of
sorption coefficient for thermal neu- mass to 46 hr samarium and 9.2 hr
trons (in English). Physica 10, 381 europium by a mass spectrograph.
(1943). Phys. Rev. 70, 89 (1946).
Grahame, Search for short-lived radio- Helmholz, Pecher and Stout, Radioactive
chlorine. Phys. Rev. H , 972 (1938). Rb from deuteron bombardment of Sr.
Grahame and Wallr.e, Preparation and Phys. Rev. 59, 902 (1941).
properties of /ong-lived radioch/orine. Helmholz, Long-lived radioactive Cd
Phys. Rev. 60, 909 (1941). from deuteron bombardment uf Ag.
Phys. Rev. 60, 160 (1941).
Grosse, Booth and Dunning, The fourth
Helmholz, Possible assignment of the
(4n + 1) l'adioactive series. Phys. Rev.
long-lived yttrium. Phys. Rev. 62, 301
59, 322 (1941).
(1942).
Guében, Activation of si/ver by neutrons. Helmholz, I sotopic assignment of Cd and
Nature 138, 1095 (1936). Ag activities. Phys. Rev. 70, 982 ( 1946).
Guge1ot, Huber, Medicus, Preiswerlr., Hemmendinger and Smythe, The radio-
Scherrer and Steffen, On the radio- active isotope of rubidium. Phys. Rev.
active decay of element 4J (in German). 51, 1052 (1937).
Helv. Phys. Acta 19, 418 (1946). Hemmendinger, Proton induced activity
Hafstad and Tuve, Some ubsemations of manganese. Phys. Rev. 55, 604
on the induced radioactivity which (1939).

[ 273 ]
Hemmendinger, froton induced radioac- diations of radioactiue scandium. Phys.
tivity of manganese. Phys. Rev. 58, 929 Rev. 63, 462 (1943).
(1940). Hibdon, Pool and Kurbatov. Radioactive
Henderson, Livingston and Lawrence, scandium. I. Phys. Rev. 67, 289 (1945).
Artificial radioactiuity produced by Hibdon and Pool, Radioactive scandium.
deutun bmnbardment. Phys. Rev. 45, II. Phys. Rev. 67, 313 (1945).
428 (19M). Hill and Valley, A study of radioactive
Henderson, Two radioactiuities produced Be1. Phys. Rev. 55, 678 (1939).
in Mg by deuteron bombardment and Hoag, Pruduction and half life of C/33 .
their excitatiun .fu11ctions. Phys. Rev. Phys. Rev. 57, 937 (1940).
48,480 (1935). Hünigschmid, and Hirschbold-Wittner,
Henderson, Twu 1·adioactive subslances The alumie weight of plwsphorus. Z.
from magnesium after deutenm bom. anorg. allg. Chem. 243, 355 (1940).
bardmmt. Phys. Rev. 48, 855 (19~5). HoJe, On neutron induced radioactivities
Henderson, Ridenour, White and Hend- in R h (in English). Arlc.. Mat. Astr. Fys.
erson, The •·adioactiuity of K3B: Phys. 32A , No. 3 (1945).
Rev. 51 , 1107 (1937). Hosemann, Radioactivity of samarium.
Henderson and Ridcnour, Artificial m- Z. Phys. 99, 405 ( 1936).
dioactiuity produced by alpha par. Houtermans, Halflife of radiotantulum.
ticles. Phys. Rev. 52, 40 (1937). Naturwiss. 28, 578 (1940).
Henderson and Doran, The existence of Howland, Templeton and Perlman, Arti-
radioactive Al29. Phys. Rev. 56, 123 ficial radioactive isotopes of Po, Bi and
(1939). Pb. Phys. Rev. 71 , 552 (1947).
Hevesy, Artificial radioactivity of scan· Huber, Lienhard and Waffier, A new
dium (in English). Kgl. Danslc.e Vid. activity induced in cerium and neo-
Seis. 13, No. 3 (1925). dymium by the nuclear photoeffect (in
Hcvesy and Levi, Radiopotassium and German). Helv. Phys. Acta 17, 251
uther artificial radiuelements. Nature (1944).
135, 580 (1935). Hughes, Eggler and Huddleston, The
Hevesy and Levi, Artificial radioactivity half life of BelO. Phys. Rev. 7 I, 269
uf dysprusium and otloer rare earth ele- (1947).
ments. Nature JJ6, 103 (1935). Hull and Seelig, The half life of iodine
Hevesy, Natu·ml and artificial radiuactiv- (128), Phys. Rev. 60, 553 (1941).
ity of potassium, Nature JJ5, 96 (1935). Hurst and Wallc.e, The induced radioac-
Hevesy, The radioactivity of calcium. tiuity of K. Phys. Rev. 51, 1033 (1937).
Naturwiss, 23, 583 (1935). H urst and Pool, K electron capture in
Hcvesy and Levi, Artificial actiuity uf -radioactive silver. Phys. Rev. 65, 60
hafnium and some other elements (in (1944).
English). Kgl. Danslc.e Vid. Seis. 15, Hurst and Pool, Radioactive silver. Phys.
No. 11 (1938). Rev. 65, 351 (1944).
Heyden and Wefelmeier, A natural radio·
Inghram, Mass spectrographic observa·
activity of cassiopeium. Naturwiss, 26,
tiun of radiuactive C14. Phys. Rev. 70,
612 (1938).
III ( 1946).
Heyn, Radioactiuity induced by fast neu-
truns according to the (n , 2n) reaction. Inghram and Hayden, Artificial activities
Nature 139, 842 (1937). produced in europium and holmium
Heyn, Radioactiuity of Co, Ni, Cu and by slow neutron bombardment. Phys.
Zn induced by neutruns (in English). Rev. 71 , 130 (1947).
Physica 4, 160 (1937). Inghram and Hayden, Some neutron in-
Heyn, Radioactivity of Ni, Cu and Zn (in duced actiuities in the rare earths. Phys.
English). Physica 4, 1224 (1937). Rev. 7 I, 144 (1947).
Hibdon, Pool and Kurbatov, The rela· Inghram, Hayden, and Hess, Neutron in-
tive intensities and characleristic ra- duced activities in lutecium, ytterbium

[ 274]
and dysprosium, Phys. Rev. 71, 270 Knol and Veldkamp, Artificially radio·
(1947). active elements with very short periods
Jensen, Radiations from radioactive co- (in English). Physica 3, 145 (1936).
balt. Phys. Rev. 59, 956 (1941). Kraus and Cork, Radioactive isotopes of
Jensen, Radiations from radioactive co- palladium and silver from palladium .
balt. Phys. Rev. 60,450 (1941). Phys. Rev. 52, 765 (1937).
J nanananda, Radioactive is o tope of gold, Kuerti and Van Voarhis, 1nduced radio-
78 Aut98, and low energy range of its activity produced by bombarding alu-
spectrum. Phys. Rev. 70, 812 (1946). minum with protons. Phys. Rev. 56,
Johnson and Hamblin, Radioactive iso- 614 (1939).
topes of bromine. Nature JJ8, 504 Kundu and Pool, Mo93 and Cb94 from
(1956). columbium. Phys. Rev. 70, 11 I (1946).
Kalbfell and Coolley, Radio isotopes of Kurbatov and Kurbatov, 1solation of
Ba and Cs. Phys. Rev. 58, 91 (1940). radioactive yttrium and some of its
Kamen, Production and isotopic assign- properties in minute concentrations.J.
ment of long-lived radioactive sulphur. Phys. Chem. 46, 441 (1942).
Phys. Rev. 60, 557 (1941). Kurbatov, MacDonald, Pool and Quill,
Kamen, Radioactive sulphur from neu· Further progress on the study of lhe
tron activation of chlorine isotope. radioactive isotopes of lhe N d-11-Sm
Phys. Rev. 62, 505 (1942). region. Phys. Rev. 61 , 106 (1942).
Kennedy and Seaborg, Isotopic identifi- Kurbatov and Pool, Progress report on
cation of induced radioactivity by lhe radioactivities in the illinium re-
bombardment of separated isotopes: 37 gion. Phys. Rev. 63, 463 (1943).
min. C138. Phys. Rev. 57, 845 (1940). Kurbatov and Pool, Isolation of pure ra·
Kent, Cork and Wadey, Radioactive se- dioactive cerium. Phys. Rev. 65, 61
lenium from arsenic. Phys. Rev. 61 , ~89 (1944).
(1942). Kurbatov and Kurbatov, Progress in the
Kent and Cork, Radioactive tellurium determination of the number of arti-
from antimony. Phys. Rev. 62, 297 ficially produced radioactive atorm.
(1942). Phys. Rev. 67, 60 (1945).
King, Henderson and Risser, The pro- Kurtschatov, Kurtschatov, Myssowsky and
duction of artificial radioactivity by Roussinow, Artificial radioactivity pro-
alpha particles. Phys. Rev. 55, I I 18 duced by neutron bombardment with-
(1959). out capture of lhe neutron. C. R ., Paris
King and Henderson, Radioactive iso- 200, 1201 (1935).
topes of indium from alpha bombard- Kurtschatow, Nemenow and Selinow,
ment of silver. Phys. Rev. 56, I 169 Artificial radioactivity of ruthenium
(1959). bombarded by neutrons. C. R ., Paris
King and Henderson, Radioactive in- 200, 2162 (1935).
dium isotopes produced by alpha par· Kurtschatow, Latyschew, Nemenow and
ticles on silver. Phys. Rev. 57, 71 (1940). Selinow, Artificial radioactivity by neu-
tron bombardment. Phys. Z. Sowjet. 8,
King and Elliott, Short-lived radioactiv-
589 (1935).
ities of 14Si27, 18SSt and 18 AS6. Phys.
Langer, Mitchell and McDaniel, Coinci-
Rev. 58, 846 (1940).
dente measurement in As76. Phys. Rev.
King and Elliott, Short-lived radioaclit•- 57, 347 (1940).
ities of 14Si27, 16Sst , 18 AS5 and 21 Sc4t . Laslert, A long period positron activity.
Phys. Rev. 59, 108 (1941). Phys. Rev. 50, 388 ( 1936).
Kittel, Radioactiv ity of Li&. Phys. Rev. Laslett, A long period positron activity.
" · 515 (1959). Na•• . Phys. Rev. 52, 529 (1937).
Klemperer, Radioactivity of potassium Latimer, Hull and Libby, Radiocesium
and rubidium. Proc. Roy. Soe. 148, 658 activated by neutrons. J. Amer. Chem.
(1935). Soe. 57, 781 (1935).

[ 275]
Law, Pool, Kurbatov and Quili, Radio- Livingood and Seaborg, Radioactive ia-
active isotopes of N d, II and Sm . Phys. dine isotopes. Phys. Rev. 53, 1015
Rev. 59, 9~6 (1941). (19~8).
Lawrence, Radioactive sodium produced Livingood and Seaborg, Radioactive iso-
by deuton bombardment. Phys. Rev. topes of iron. Phys. Rev. 54, 51 (19~8).
46, 746 (19M). Livingood and Seaborg, Long-lived ra-
Lawrence, McMillan and Thornton, The dioactive silver. Phys. Rev. 5-f, 88
transmutation functions for some cases (19~8).
of deuteron in.duced radioactivity. Livingood and Seaborg, Long period ra-
Phys. Rev. 48, 49~ (19~5). dioactive zinc. Phys. Rev. 54, 2~9
Lawson and Cork, The radioactive iso- (19~8).
topes of indium. Phys. Rev. 52, 5~1 Livingood and Seaborg, Radioactive
(19~7). manganese isotopes. Phys. Rev. 54, ~91
Lawson and Cork, Enert:J spectra of ra- (19~8).
dioactive indium. Phys. Rev. 57, 556 Livingood and Seaborg, Radioactive iso-
(1940). topes of iodine. Phys. Rev. 54, 775
Lawson and Cork, Radioactive isotopes (19~8) .
of indium. Phys. Rev. 57, 982 (1940). Livingood and Seaborg, Radioactive .
Lecoin, The penetra.ting radiation of antimonyfrom I+ n and Sn + D. Phys.
radium E.. C. R., Paris 224, 912 (1947). Rev. 55, 414 (19~9).
Levi, Radiosulphur. Nature H5 , 588 Livingood and Seaborg, Radioactive iso-
(1940). topes of zinc. Phys. Rev . 55, 457 (19~9).
Lewis and Wynn-Williams, The ranges Livingood and Seaborg, N ew periods of
of alpha particles from radioemana- radioactive tin. Phys. Rev. 55, 667
tions and " A" products and from po- (19~9).
lonium. Proc. Roy. Soe. JJ6, ~49 (19~2) . Livingood and Seaborg, Long-livedf'adio-
Libby, Radioactivity of neodymium and active Fe55. Phys. Rev. 55, 1268 (19~9) .'
samarium. Phys. Rev. 46, 196 (19~4). Livingood and Seaborg, Induced radio-
Libby, Natural radioactivity oflutecium. activities. Rev. Mod. Phys. 12, ~O
Phys. Rev. 56, 21 (19~9). (1940).
Libby, Atmospheric helium three and ra- Livingood and Seaborg Radioactive iso-
diocarbon from cosmic radiation. Phys. topes of cobalt. Phys. Rev. 60, 9U
Rev. 69, 671 (1946). (1941).
Livingood and Snell, Search for radioac- Livingston, Henderson and Lawrence,
tivity induced by 800/tv electrons. Phys. Radioactivity induced by neutron
Rev. 48, 851 (19~5) . bombardment. Phys. Rev. 46, 525
Livingood, Deuteron induced radioactiv- (19M).
ities. Phys. Rev. 50, 425 (19~6). Livingston and McMillan, Production of
Livingood and Seaborg, Deuteron in- radioactive oxygen. Phys. Rev. 46, 4~7
duced radioactivity in Tin . Phys.. Rev. (19M).
50, 4~5 (19~6) .
Lougher and Rowlands, Radioactivity in
osmium. Nature 153, ~74 (1944).
Livingood and Seaborg, Radioactive an- Lyford and Bearden, Radioactivity o{
timony isotopes. Phys. Rev. 52, U5 samarium and ° Columna.Y ionization."
(19~7) .
Phys. Rev. 45, 74~ (19~4).
Livingood, Seaborg and Fairbrother, Ra- Madsen, Radioactive isotopes o{ nickel
dioactive isotopes of Mn, Fe and Co . and copper. Nature JJ8, 722 ( 19~6).
Phys. Rev. 52, 1~5 (19~7). Maier-Leibniu, Coincidence measure-
Livingood and Seaborg, Radio isotopes ments with radioactive sodium iso-
of nickel. Phys. Rev. 53 , 765 (19~8). topes. Z. Phys. 122, 2~~ (1944).
Livingood and Seaborg, Long-lived ra- Marsh and Sugden, Artificial radioactiv-
diocobalt isotopes. Phys. Rev. 43, 847 ity ofthe rare earth elements. Nature
(19~8) . JJ6, 102 (19~5) .

[ 276]
Mauauch and Hauk, The isotopic con- Migdal, Ionization of atoms accompany-
stitution and lhe atomic weight of ing alpha and beta decay . J. Phy.s.,
neodymium. Naturwiss. 25, 780 (19~7) . USSR 4, 449 (1941).
Maurer and Ramm, Investigation of lhe Milatz and ten Kate, The quantitativity
19 min. isotope of Mo and lhe isotope of lhe Geiger Muller counter. The
of element 4J dmved from it. Natur- spectrum of Ra E (in English). Physica
wiss. 29, 568 (1941). 7, 779 (1940).
Maurer and Ramm, Investigation of lhe Miller, Auger electrons resulting from K
19 minute isotope of Mo and lhe re- capture. Phys. Rev. 67, 509 (1945).
sulting isotope of. element 4J. Z. Phys. Minaltawa, Neutron induud radioactiv-
119, 5M (1942). ity of W. Phys. Rev. 57, 1189 (1940).
Maurer and Ramm, Artificial radioactive Minakawa. Long-lived activity of rho-
isotopes of lead and its neighboring dium. Phys. Rev. 60, 689 (1941).
elements, using U and Th lead. Z. Mitchell, Long perjod activity in Cd ir-
Phys. ll9, 602 (1942). radiated with neutrons. Phys. Rev. 5/,
McLennan, Grimmett and Read, Produc- 995 (1957).
tion of radioactivil)l by neutrons. Na- Mitchell, Long period activil)l of indium
ture JJ5, 505 (1955). produced by slow neutrons. Phys. Rev.
McLennan and Rann, Radioactivity of 53, 269 (1958).
some . rare earths induced by neutmn Mitchell, Lat!ger and Brown, Radiations
bómbardment. Nature JJ6, 851 (1955). from radioactive lanthanum (UO).
McMillan and Livingston, Artificial ra- Phys. Rev. 71 , 140 (1947).
dioactivity produced by deuteron bom- Moquin and Pool, Artificial radioactivity
bardment of nitrogen. Phys. Rev. 47, of columbium and zirconium. Phys.
452 (1955). Rev. 65, 60 (1944).
McMillan, Artificial radioactivity of very Motta, Boyd and Brosi, Production and
long life. Phys. Rev. 49, 875 (1956). isotopic assignment of a-90-day activity
McMillan, Kamen and Ruben, Neutron in element 43. Phys. Rev. 71 , 210
induud radioactivil)l of lhe noble (1947).
metais. Phys. Rev. 52, 575 (19~7) . Mounce, Pool and Kurbatov, Radioactive
McMillan and Abelson, Radioactive ele- isotopes of lanthanum. Phys. Rev. 61 ,
ment 93. Phys. Rev. 57, 1185 (1940). S89 (1942).
McMillan, Seven day uranium activity. Mulder, Hoeksema and Sizoo, Measure·
Phys. Rev. 58, 178 (1940). ments on lhe period of radioactive
McMillan and Ruben, Radioactivil)l of phosphorus (in English). Physica 7,
BelO. Phys. Rev. 70, 125 (1946). 849 (1940).
Meitner, Radiations emitted by Scu (in Nahmias and Walen, Artificial radio-
German). Ark. Mat. Astr. Fys. 28B, No. active elements. C. R., Paris 203, 71
14 (1942). (1956).
Nahmias and Walen, Artificial radio-
Meitner, The disintegration scheme of
active products of short period. C. R.,
Sct& (in German). Ark. Mat. Astr. Fys.
Paris 203, 176 (1956).
32A, No. 6 (1945).
Nahmias and Walen, Induud radioactiv-
Meitner, Radioactive nuclei produud by ity. J. Phys. Rad. 8, 15S (19S7).
irradiation of copper with deuterons Naidu, Induced radioactivity of nic/o.el
(in German). Ark. Mat. Astr. Fys. 3JA , and tin. Nature JJ7, 578 (19S6).
No. 5 (1946). Neddermeyer and Anderson, Energy
Meye, Induud radioactivity of light spectra o{ positrons ejected by artifi-
nuclei. Z. Phys. 105, 2~2 (1957). cially stimulated radioactive substanus.
Meyer, Hess and Paneth, New range de- Phys. Rev. 45,498 (19S4).
terminations in polonium, ionium and Nelson, Pool and Kprbatov, The radio·
actinium preparations. A. B. Akad. active isotopes of nicke/ and their
Wiss. Wien. 123, 1459 (1914). assignments. Phys. Rev. 61, 428 (1942).

[ 277]
Nelson, Pool and Kurbatov, The charac- Mn62 and 1'48. Phys. Rev. 69, ~06
teristic radiations of Co6o . Phys. Rev. (1946).
62, I (1942). Perey and Lecoin, Radiation of Ac K . ] .
Nelting, Molybdenum-thorium . Z. Phys. Phys. Rad. 10, 439 (19~9).
115,469 (1!140). Perrier, Santangelo and Segre, Radioac-
Neuninger and Rona, On the artificial tive isotopes of ln and Co. Phys. Rev.
activity of thulium. Wien Akad. Anz. H, 104 (19~8).
72A, 275 (19~5). Philipp and Riedhammer, The energy
Neuninger and Rona, Artificial radioac· relations for 44 hr lanthanum and ele-
tivity of thorium . S. B. Akad. Wiss. ment 93. Z. Naturforsch. 1, ~72 (1946).
Wien 145, 479 (19~6). Plessett, Nuclear excitations from radio-
Newson, T h e radioactivity of oxygen, active decay. Phys. Rev. 62, 181 (1942).
silicon and phosphorus under deuteron Polessitsky, Chemical investigation of
bombardment. Phys. Rev. 48, 482 short-lived artificial "Tadio-elements.
(19~5). Phys. Z. Sowjet. 12, 339 (19~7).
Newson, The radioactivity induced in Pollard, Energy and half life of Beto.
oxygen by deutron bombardment . Phys. Rev. 57, 241 (1940).
Phys. Rev. 48, 790 (19~5) . Pool and Cork, Radioactive isotopes from
Newson, The radioactivity induced in Si aluminum. Phys. Re.v. 51 , ~8~ (1937).
and P by deuteron bombardment. Pool, Corlr. and Thornton, Radioactivity
Phys. Rev. 51,624 (19~7). due to neutron ejection produced by
Newson and Borst, Expe·r iments with ra- fast neutrons. Phys. Rev. 51,890 (1937).
dioactive recoil atoms. Phys. Rev. 57, Pool, Corlr. and Thornton, A survey of
108~ (1940). the radioactivity produced by high
Norling, On the radioactivity of gold (in energy neutron bomba·r dment. Phys.
English). Ark. Mat. Astr. Fys. 27B, No. Rev. 52, 239 (1937).
9 (1941). Pool, Radioactivity in silver induced by
Norris and Inghram, Halflife determina- fast neutrons. Phys. Rev. H, 116 (19~8).
tion of carbon ( 14) with a mass spectro- Pool and Quill, Radioactivity induced in
meter and low absorption counter. the rare earth elements by fast neu·
Phys. Rev. 70, 772 (1946). trons. Phys. Rev. 53, 437 (19~8).
O'Conner, Pool and Kurbatov, Artificial Pool and Kurbatov, The artificial radio-
"Tadioactivity of Cr49. Phys. Rev. 62, activities of cerium . Phys. Rev. 63, 463
41~ (1942). (1943).
Oeser and Tuck, Radioactive isotopes of Pool and Edwards, Radioactive zircon-
copper. Nature JJ9, 1110 (1937). ium and columbium. Phys. Rev. 67, 60
Oldenberg, Artificial radioactivity of tan - (1945).
ta/um. Phys. Rev. H, 35 (1938). Poole and Paul, Short-lived radioactivity
O'Neal and Goldhaber, Radioactive hy- from Li bombarded with neut.-ons.
drogen from the transmutation of Be Nature 158, 482 ( 1946).
by deuterom. Phys. Rev. 57, 1086 Preiswerlr. and Halban, Radioactive ele-
(1940). ments produced by neutrons. C. R.,
Paris 201 , 722 (1935).
O'Neal, On lhe activation of CI by slow
Rajam, Capron and de Hemptenne,
neutrons. Phys. Rev. 59, 109 (1941).
Periods of radiorhodiums and radio-
Oppenheimer and Tomlinson, The posi- silvers obtained by bombardment with
tron spectra of N13 and Na22 . Phys. slow neutrons. Ann. Soe. sei. Brux. 59,
Rev. 56, 858 (1939). 403 (19~9) .
Osborne and Deutsch, Disintegration Ramsey, Montgomery and Montgomery,
scheme of the 21·minute isom er of Al·tificial radioactivity produced by
Mn52. Phys. Rev. 71 , 467 (1947). cosmic rays. Phys. Rev. H, 196 (1938).
Peacock and Deutsch, Disintegration Reddemann and Strassmann, On the pro-
schemes of radioactive substances. 1X. duction of the si/ver isotope with a

[ 278]
half life of 24 min. by Be neutrons. Rotblat, Artificial radioactivity produced
Naturwiss. 25, 458 (1938). by fast neutroru and their inelastic col-
Reid, Dunning, Weinhouse and Grosse, lisions. Nature JJ9, lllO (1937).
Half-life of cu. Phys. Rev. 70, 431 Rotblat, Application of lhe coincidence
(1946). melhod to testing lhe lifetime levei
Reid and Keston, Long life radio-iodine. scheme of Ra C . Nature 144, 248
Phys. Rev. 70, 987 (1946). (1939).
Richardson, Radiatioru from radioactive Rotblat, Radiatioru from bromine (82).
substances: Aul98, Eu152, Agtoe, Cu64 Nature 148, 371 (1941).
and NtS. Phys. Rev, 55, 609 (1939). Ruarlt, A lpha, beta and gamma rays of
Ridenour, Henderson, Henderson and lhe actinium family. Phys. Rev. 45, 564
White, Radioactivity induced by alpha (1934).
particles. Phys. Rev. 51 , 1013 (1937). Ruarlt and Fussler, On lhe half lives of
Ridenour and Henderson, Artificial ra- K , Ru, Nd and Sa. Phys. Rev. 48, 151
dioactivity produced by alpha par- (1935).
ticles. Phys. Rev. 51 , 1102 (1937). Ruben and Kamen, Radioaclive carbon
Ridenour and Henderson, Artificial ra- of long half' life. Phys. R'ev. 57, 549
dioactivity produced by alpha par· (1940).
ticles. Phys. Rev. 52, 139, 889 (1937). Ruben and Kamen, Long-lived radioac-
Ridenour, Delsasso, White and Sherr, · tive carbon : cu. Phys. Rev. 59, 349
Artificial radioactivity produced by (1941).
protoru. Phys. Rev. H, 770 (1938).
Rutherford, Lewis, Bowden, A nalysis of
Riezler, Radioactive sodium with mass
long range alpha partic/es from radium
25. Phys. Z. ~5, 91 (1944). c· by the magnetic focwing method.
Risser, Long period radioactivity in Co
Proc. Roy. Soe. 142, 347 (1933).
induced by slow neulroru. Phys. Rev.
51, !OU (1937). . Sagane, Radioactivity induced in S. Phys.
Risser, Neutron induced radioactivily of Rev. 50, ll41 (1936).
long life in Co. Phys. Rev. 52, 768 Sagane, Kojima and Iltawa, Radioactive
(1937). arsenic isolopes. Phys. Rev. H, 149
Risser, Larlt-Horoviu and Smith, Acliva- (1938).
alion of indium by alpha particles. Sagane, Radioactive isolopes of Cu, ln,
Phys. Rev. 57, 355 (1940). Ga and Ge. Phys. Rev. H, 212 (1938).
Roherts, Heydenburg and Locher, Ra- Sagane, Kojima, Miyamoto and U.awa,
dioaclivily of BeT . Phys. Rev. H , 1016 Preliminary reporl on the radioactivity
(1938). produced in Y, lr and Mo. Phys. Rev.
Roherts, Elliott, Downing, Peacoclt and 54 , 542 (1938).
Deutsch, Disintegralion schemes of ra- Sagane, Kojima, Miyamoto and Iltawa,
dioactive substances. V. JtSo. Phys. Nevtron induced radioactivity in co-
Rev. 64, 268 (1947). lumbium. Phys. Rev. 54 , 970 (1938).
Rona, Scheichenberger and Stangle, Arti-
Sagane, Radioactive isotopes of Cu, ln,
ficial activity of thorium. S. B. Altad.
Ga and Ge. Phys. Rev. 55, 31 (1939).
Wiss. Wien 147, 209 (1938).
Rosenblum and Chamie, Fine structure Sagane, Kojima, Miyamoto and Iltawa,
of alpha radiation of radiothorium. Radioactive As isotopes. Proc. Phys.-
C. R ., Paris 194, 1154 (1932). Math. Soc. Jap. (3) 21, 660 (1939).
Rosenblum, Guillot and Perey, On the Sagane, Kojima, Miyamoto and Iltawa,
interuity of lhe groups of fine structure New radioactive isotope of masurium.
of magnetic alpha spectra of radio- Phys. Rev. 57, 750 (1940).
actinium and ils descendants. C. R., Sagane, Kojima, Miyarrioto and Ikawa,
Paris 202, 1274 (1936). N eutron induced -radioaclivity in C b
Rotblat, Induced radioactivity of nickel (Nb). Proc. Phys.-Math. Soe. Jap. (3)
and cobalt. Nature JJ6, 515 (1935). 22, 174 (1940).

[ 279]
Sagane, Miyamoto and Ilr.awa, Radioac- observe the radioactivity of lhe neu·
tivity produced in germanium. Phys. t<ron. Phys. Rev. 70, 791 (1946).
Rev. 59,904 (1941). Siegbahn and Sliüis, Radiation (rom
Sagane, Kojima, Miyamoto and lkawa, active N (in English). Ark. Mat. Astr.
Radioactive isotopes o( molybdenum Fys. J2A , No. 9 (1945).
and their daughter products. Proc. Siegbahn and Sliitis, Radioactivity o(
Phys.-Math. Soe. Jap. (3) 24 , 499 active N . Nature 156, 568 (1945).
(1942). Siegbahn and Deutsch, The decay scheme
Saha, The fJ-õ coupling in radioactive o( Cs134 . Phys. Rev. 71, 483 (1947).
33 As76. Naturwiss. 27, 786 (1939). Silveira, Natural radioactivity by neu-
Sampson, Ridenour and Bleakney, The lron emission (in French). Portugaliae
isotopes o( Co and their radioactivity. Physica I , 167 (1945).
Phys. Rev. ·50, 382 (1936). Sizoo and Koene, Period of radioactive
Sargent, Half periods o( Ac B, A c C" and phosphorus 15 P32 (in English). Physica
UX . Canad. ]. Res. (A) 17, 103 (1939). J, 1053 (1936).
Schaeffer and Harteclr., Electron and posi- Sliüis, On neutron induced activities in
tron spectra o( radioactive As. Z. Phys. cesium (in English). Ark. Mat. Astr.
llJ, 287 (1939). Fys. J2A , No. 16 (1946).
Scheichenberger, Artificial activity upon Smythe and Hemmendinger; The radio-
irradiation o( europium, rubidium and active isotope o( K. Phys. Rev. 51 , 178
cesium. Wien. Alr.ad. Anz. 75, 18 (1937).
(1938). Snell, Radioactive argon, Phys. Rev. 49,
Seaborg, Livingood and Kennedy, Radio- 555 (1936).
active tellurium further production Snell, A new radioactive isotope o( fluor-
and separation o( isome-rs. Phys. Rev. ine. Phys. Rev. 51, 143 (1937).
55, 794 (I 939). Snell, The radioactivities o( Br. Phys.
Seaborg, Artificial radioactivity. Chem. Rev. 51, 101 I (1937).
Rev. 27, 199 (1940). Snell, The radioactive isot€>pes o( bro-
Seaborg, Livingood and Kennedy, Radio- mine: isomeric forms o( Br80. Phys.
active isotopes o( tellurium. Phys. Rev. Rev. 52, 1007 (1937).
57, 363 (1940). Solomon, Half Life of cu. Phys. Rev. 60,
Seaborg, Livingood and Friedlander, Ra- 279 (1941).
dioactive isotopes o( Ge. Phys. Rev. 59, SoTtan and Wertenstein, lsomeric radio-
320 (1941). isotopes o( bromine. Nature 144, 76
Seaborg, Gofman and Kennedy, Radio- (1938).
active isotope o( protactinium . Phys. Sommers and Sherr, Activity o( NU and
Rev. 59, 321 (1941). He6 . Phys. Rev. 69, 21 (1946).
Seaborg and Friedlander, Radioactive Sosnowslr.i, Artificial radioactivity excited
isotopes o( osmium. Phys. Rev. 59, 400 in gold and lhe complexity of the
(1941). radiation. C. R., Paris 200, 391 (1935).
Seaborg, McMillan, Kennedy and Wahl, Sosnowslr.i, Artificial radioactivity o(
Radioactive element 94 from deuterons iridium. C. R., Paris 200, 922 (1955).
on uranium. Phys. Rev. 69, 366 (1946). Sosnowslr.i, Artificial radioactivity o( bis-
muth. C. R., Paris 200, 1027 (1955).
Seaborg, Wahl and Kennedy, Radioac- Starlr.e, Concentration o( lhe artificial
tive element 94 from deuterons on
radioactive arsenic isotope UAs. Na-
uranium. Phys. Rev. 69, 367 (1946).
turwiss. 28, 631 (1940).
Segre, Artificial radioactivity. Nuovo Stewart, Lawson and Corlr., lnduced ra-
Cim. I2, 232 (1935). dioactivity in strontium and yttrium.
Seren, Engelkemeir, Sturm, Freidlander Phys. Rev. 52, 901 (1957).
and Turkel, Forty-three day 48 Cdl15. Stewart, lnduced radioactivity in stron-
Phys. Rev. 71 , 409 (1947). tium and ytlrium; nuclear isomers in
Shrader, Saxon and Snell, An attempt to strontium. Phys. Rev. 56, 629 (1959).

[ 280]
Strain, Proton induced radioactivities. II . Thornton, The radioactivity produced •'n
Niclrel and copper targets. Phys. Rev. Ni by deuteron bombardment. Phys.
54, 1021 (1938). Rev. 51, 893 (1937).
Strassmann and Walling, The separation Thornton, The radioactive isotopes of
of a pure strontium isotope (87) from zinc. Phys. Rev. H, 326 (1938).
an o/d rubidium bearing lepidolith Tuck, Radioactive sulphur for biochem-
and lhe half /ife of rubidium. Ber. ica/ experiments. J. Chem. Soe. P. 1292
Deutsch. Chem. Ges. 71, I (19S8). (1939).
Strassmann and Hahn, On the isolation Turner, Radioactive isotopes o( vana-
and some of lhe properties of element dium. Phys. Rev. 58, 679 (1940).
91. Naturwiss. 10, 256 (1942). Urry, Radioactive determination o( sma/1
Sugden, Radioactivity of some rarer ele- amounts. Amer. J. Sei. 219, 191 (1941).
ments produced by neutron bombard- Van Voorhis, The artificial radioactivity
ment. Nature JJ5, 469 (1935). of copper, a branch reaction. Phys. Rev.
Sullivan, Decay schemes for isotopes 50, 895 (1936).
Wt87 and Wt85 . Phys. Rev. 68, 217 Veldkamp and Knol, Radioactivity in-
(1945). duced in lithium by neutrons (in
Sullivan, Sleight and Gladrow, Discovery, English). Physica 4, 166 (1937).
identification and characterization o( Veldkamp and de Vries, Radioactivity in-
2.8 d Ru91 . Phys. Rev. 70, 778 (1946). duced in ruthenium by neutrons (in
Surugue, T h e rays and excitation leveis English). Physica 4, 1229 (1937).
o( some radioactive bodies. J. Phys. Victorin, Production of lhe long-lived
Rad. 7, 145 (1946). radioactive cobalt isotope from niclrel
Swartout, Boyd, Cameron, Keim and bombarded by fast neutrons. Proe.
Larson, Mass assignment of 2.6 hr Camb. Phil. Soe. 14, 612 (1938).
nickel. Phys. Rev. 70, 232 (1946). Voge, Exchange reactions with radio-
Szilard and Chalmers, Detection o( neu- sulphur. J. Amer. Chem Soe. 61, 1032
trons liberated f·rom beryllium by (1939).
gamma rays: a new technique for in- de Vries and Veldkamp, Radioactivity
ducing radioactiuity. Nature 114, 494 induced by neutrons in ruthenium (in
(1934). English). Physica 5, 249 (1938).
Szilard and Chalmers, Radioactivity in- de Vries and Diemer, Artificial radioac-
duced by neutrons. Nature JJ5, 98 tivity óf Pb produced by neutrons (in
(1935). English). Physica 6, 599 (1939).
Tape and Cork, lnduced radioactivity in Walen and Nahmias, Artificial radioac-
Te. Phys. Rev. 51, 676 (1938). tivities and search for the negative
Thibaud, The radiation emitted by ra- proton. C. R., Paris 201, 1149 (1937).
dioactive substances in beta disintegra- Walke, The induced radioactivity o( Ca.
tion. C. R.,. Paris 221, 984 (1946). Phy5. Rev. 51 , 439 (1937).
Thibaud, The light partic/es accompany- Walke, The induced radioactivity of ti-
ing beta disintegration . C. R., Paris tanium. Phys. Rev. 51, 1011 (1937).
224, 739 (1947). Walke, Radioactive isotopes of Se from
Thomson and Saxton, Attempt to detect Ca and K by alpha partic/e bombard-
radioactivity produced by positrons. ment. Phys. Rev. 52, 400 (1937).
Phil. Mag. 21, 241 (1937). Walke, A new radioactive isotope of K .
Thompson and Rowlands, Dual decay o( Phys. Rev. 52, 663 (1937).
K. Nature 152, 103 (1943).
Walke, The induced radioactivity of Se.
Thornton, Artificial radioactivity in-
duced in arsenic, niclr.el and cobalt Phys. Rev. 52, 669 (1937).
under deuteron bombardment. Phys. Walke, The induced radioactivity of Ti
Rev. 49, 207 (1936). and Và. Phys. Rev. 52, 777 (1937).
Thornton and Cork, lnduced radioactiv- Walke, Williams and Evans, K electron
ity in lead. Phys. Rev. 51 , 383 (1937). capture, nuclear isomerism and long

[ 281 ]
period aet&v1t&es of Ti and Se. Proc. some rare earths. Phys. Rev. 61, 203
Roy. Soc.171 , 360 (1939). (1942).
Walke, Radioaetive isotopes of Se and Wu and Segre, Radioactive xenons. Phys.
their properties. Phys. Rev. 57, 163 Rev. 67, 142 (1945).
(1940). Yalow and Goldhaber, X-ray coinei-
Walke, Thompson and Holt, Radioaetive dences from Tel21 (125 days). Phys.
isotopes of ealeium and their suitabil- Rev. 66, 36 (1944).
ity as indieators in biologieal inves- Yasaki and Watanabe, Deuteron induced
gations. Phys. Rev. 57, 177 (1940). radioaetivity in oxygen. Nature 141,
Wang, Radioaetivity of the neutron. Na- 787 (1938).
ture 155, 574 (1945). Yost, Ridenour and Shinohara, Chemieal
Ward, Wynn-Williams and Cave, The identification of lhe radio-tlements
rate of emission uf alpha particles from produced from carbon and bromine
radium. Proc. Roy. Soc. 125, 713 (1929). by deuton bombardment. J. Chem.
Ward, Half value period of •,sN. Proc. Phys. 3, 133 (1935).
Camb. Phil. Soe. 35, 523 (1939). Zimens and Hedvall, Radiometrie analy-
Waring and Chang, Formation of radio- sis of U traces with unhnown U :Ra
phosphorus (P30 ). Proc. Roy. Soe. 157, ratio (in German). Ark. Kemi Min.
652 (1936). Geol. 22A, No. 25 (1946).
Watase, Itoh and Takeda, Radioaetive Zirkler, Experiments wilh radioaetive TI
Zn66. Proc. Phys-Math. Soe. Jap. (3) isotope ThC2-. Z. Phys. Chem.187, 103
22, 90 ( 1940). (1940).
Weimer, Kurbatov and Pool, Radioaetive Zünti and Bleuler, Two activities SST and
argon AST. Phys. Rev. 60, 469 (1941). P3• induced in chlorine by rapid neu-
Weimer, Pool and Kurbatov, T .-ansmuta- trons (in German). Helv. Phys. Acta
tion of barium. Phys. Rev. 63, 59 18, 263 (1945).
(1943). Zumstein, Kurbatov and Pool, Disinte-
Weimer, Pool and Kurbatov, Radioaetive gratio71 of lhe long life radioaetive iso-
isotopes of lanthanum . Phys. Rev. 63 , tope of tanta/um. Phys. Rev. 63, 59
67 (1943). (1943).
Weimer, Pool and Kurbatov, Radioac- Zyw, lnduced radioactivity of K . Nature
tivities in Ba obtained from eesium. JJ4 , 64 (1934).
Phys. Rev. 64 , 43 (1943).
Weimer, Kurbatov and Pool, K eltctron
eapture in radioaetive argon A 37. Phys. CAPÍTULO SEIS
Rev. 66, 209 (1944).
Wertenstein, An artificial radio-element Radiação fJ
{rum nitrogen. Nature JJ3 , 564 (1934).
White, Delsasso, Fox and Creutz, SlwrÍ- Alichanian, Alichanow and Dzelepow,
Iived radioaetivities induced in fluor- On the formation of the beta ray spec-
ine, sodium and magnesium by high trum of Ra E in he vicinity of the upper
energy pro tons. Phys. Rev. 56, 512 limit at1d lhe mass of lhe neutrino.
(1939). Phys. Rev. H , 766 (1938).
Alichanian and Nikitin, The shape of the
Wiedenbeck, Radioactive isotopes i11 the beta spectrum of Th C and lhe mass of
columbium regio11. Phys. Rev. 70, 435 the neutrino. Phys. Rev. H , 767 (1938).
(1946). Alichanow, Alichanian and Dzelepow,
Wilkins an<.t Dempster, The radioactive Beta spectra of some radioactive ele-
isotope of samarium. Phys. Rev. 54 , 315 ments. Nature JJ5 , 393 (1935).
(19ll8). Alichanow, Alichanian and Dzelepow,
Wu and Friedlander, Radiuactive iso- Beta ray spectra of artificially produced
topes of Hg. Phys. Rev. 60, 747 (1941). radioactive elements. Nature /36, 257
Wu and Segre, Artificial radioactivity of (1935).

[ 282]
Amalr.i and Sugimoto, Beta ray spectra o( verificatiu11 of lh e Fermi theory of
radioactive Sb and Na . Tolr.yo Inst. beta decay . Phys. Rev. 68, 57 (1945).
Phys. Chem. Res. J4, 1650 (19~8) . Brown and Mitchell, Beta ray spectra of
Baclr.us, The beta ray spectra o( Cu&< at radioactive manganese, arsehic and in-
low energies. Phys. Rev. 68, 59 (1945). dium . Phys. Rev. 50, 593 (1956).
Bacon, Grisewood and van der Merwe, Brown, Beta ray energy o( Ha. Phys. Rev.
The beta ray spectrum uf Mn56. Phys. 59, 954 (1941).
Rev. 52, 668 (19~7). lluechner and Van de Graalf, Calori-
Bacon, Grisewood and van der Merwe, metric experiment on lhe radiation
The beta ray spectrum of /12R . Phys. losses uf 2 Mev electrons. Phys. Rev. 70,
Rev. H, ~15 (19~8) . 174 (1946).
Bacon, Grisewood and van der Merwe, Crane, Delsasso, Fowler and Lauritsen,
The radioactit•ity o( Mn56 and /129 . Shm·t-lived beta radioactivity. Phys.
Phys. Rev. 59, 5~1 (1941). Rev. 48, 484 (1955).
Barindrecht and Sizoo, Further measure- · Crane and Halpern, Further experiments
ments concerning lhe production o( tm lhe recoil uf lhe nucleus in beta
positive electrons by beta particles (in decay. Phys. Rev. 56, 2~2 ( 1959).
English). Physica 7, 490 (1940). Criuenden and Bacher, Nuclear isomer-
Barlr.as, Creutz, Delsasso, Sutton and ism in rhodium. Phys. Rev. H , 862
White, Beta radiation from Si21 and (1958).
P30. Phys. Rev. 58, ~8~ (1940). Crittenden, The beta ray spectra o( M g21,
Barschall, Harris, Kanner, Turner, Pene- Cu&2 and the nuclear isomers o( Rh104.
trating beta particles from U activated Phys. Rev. 56,709 (19~9).
by neutrons. Phys. Rev. 55, 989 (19~9). Curie, Savitch and da Silva, Neutron in-
Bayley and Crane, Experiments on Li8 duced beta -radioactivities from U. J.
and B12. Phys. Rev. 51, 1012 (19~7) . Phys. Rad. 9, 440 (1958).
Bayley and Crane, The beta ray spectra of Curtis and Corlr., Beta radiation from
Li& and Bl2. Phys. Rev. 52, 604 (19~7) . activated isotopes o( arst~~ic. Phys. Rev.
Beers, Direct determination of lhe charge 53, 681 (1958).
of lhe beta particle. Phys. Rev. 6J, 77 Deutsch, Absence o( high energy beta
(194~). rays from Br82. Phys. Rev. 61, 672
Bjerge and Brostr+m. Beta ray spectrum o( 1942.
radio-helium. Nature JJ8, 500 (19~6) . Dzelcpow, Kopjova and Vorobjov, Beta
Bleuler, Bollmann and Zünti, Beta de- ray spectrum o( K4o. Phys. Rev. 69, 5~8
cay o( AU (in German). Helv. Phys. (1946).
Acta 19,419 (1946). Edwards and Pool, Characteristic X·rays
excited by beta particles. Phys. Rev. 69,
Bothe, The beta radiation of Po. Z Phys.
49 (1946).
96, 607 (19~5). Ellis, Beta ray disintegration . lnt. Conf.
Bradt, Heine and Scherrer, Conversion Phys., London I, 45 (1954).
lines in the beta spectrum o( U X (in Flammersfeld, Lower limit o( continuous
German). Helv. Phys. Acta 16, 455 beta spectrum o( Ra E. Z. Phys. //2,
(1945). 727 (1959).
Bradt, Gugelot, Huber, Medicus, Preis- Gaerttner, Turin and Crane, Beta ray
werlr. and Scherrer, Test o( the Fermi spectra of severa/ slow neutron acti·
theory o( beta disintegration by deter· vated substances. Phys. Rev. 49, 795
mination of lhe probability of taking (1956).
up a K electron and lhe e+ emission Gibert, Anal)•sis of beta ray spectra (in
o( 6.7 h r cadmium (in German). Hclv. French). Portugaliae Physica I , 15
Phys. Acta 18, 551 (1945). (1945).
Bradt, Gugelot, Huber, Medicus, Preis- Haggstrom, T h e beta my spectrum of
werlr. and Scherrer, K capture and e+ D1ekatantalum . Phys. Rev. 59, ~2
emissi!m o( 6.7 hr Cd: an experimental (1941).

[ 283 ]
Haggstrom, Tloe beta ray spectra of rubi- spectra from severa! elements. Phys.
di um (86), strontium (89), ekatantalum Rev. 49, 368 (1936).
and protacti11ium . Phys. Rev. 62, 144 Labhart and Medicus, Tloe beta disin-
(1942). tegration o{ Ra A and lhe formation o{
H ales and Jordan, The beta ray spectrum element 85 (in German). Helv. Phys.
o{ antimony ( 124 ). Phys. Rev. 62, 553 Acta 16, 225 (1943).
(1942). Labhart and Medicus, Beta decay of Ra
Hales and Jordan, The beta ray spectrum A (in Germah). Helv. Phys. Acta 16,
of antimony (124). Phys. Rev. 64, 202 392 (1943).
(1943). . Langer, Mitchell and McDaniel, Coinci-
Harper and Roberts, Precise measure- dences between beta and gamma rays
ments uf tloe energies o{ beta rays from in indium. Phys. Rev. 56, 380 (1939).
mdium (B +C). Proc. Roy. Soe. 178, Langer, Mitchell and McDaniel, Coinci-
170 (1941). dences between beta and gamma rays
Henderson, The upper energy limit of in manganese. Phys. Rev. 56, 422
lhe K•o beta ray spectrum. Phys. Rev. (1939).
71, 323 (1947). Langer, Mitchell and McDaniel, Coinci-
Huber, Lienhard, &herrer and Wafller, dmces between beta and gamma rays
Simple absorption metlood for deter- in Na24, Phys. Rev. 56,962 (1939).
mining tloe energy of weak beta spectra Lawsol), Tio e beta ray ..spectra of P, Na
(in German). Helv. Phys. Acta 18, 221 and Co. Phys. Rev. 56, 131 (1939).
(1945). Lee and Libby, Tloe beta rays of meso-
Hull, Libby and Latimer, Beta rays of thorium 1 and radium D. Phys. Rev.
actinium. J. Amer. Chem. Soe. 57, 1649 55, 252 (1939).
(1935). Lecoin, Beta spectra. J. Phys. Rad. (7) 9,
Jacobsen, On tloe recoil o{ the nucleus in 81 (1938).
beta decay. Phys. Rcv. 70, 789 (1946). Lewis and Bohm, Tloe low energy beta-
Jnanananda, Tloe beta mdiations of ura- spectrum of Cu&<, Phys. Rev. 69, 129
nium X . Phys. Rev. 69, 570 (1946). (1946).
Kanner and Harris, Searclo for beta and Li, Absolute intemities of the strong beta
delayed gamma radiatio11 {mm lhe ray tines of Ra (B + C), Th (B + C)
deuteron-deutemn reaction. Phys. Rev. and Ac (B + C). Proc. Roy. Soe. 158,
56, 839 ( 1939). 571 (1937).
Karlik and Bernert, On a supposed beta Libby and Lee, Energies of lhe soft beta
radiatiun of radium A and the natural radiatiom o{ Ru and other bodies.
existence of element 85 . Naturwiss. JO, M ethod for their determination . Phys.
685 (1942). Rev. 55, 245 (1939).
Kikuchi, Aoki and Husimi, Emission of Luu, Pool and Kurbatov, Beta ray spec-
beta rays from substances bombarded tra of lhe artificially radioactive iso-
with neutrom. Nature 138, 841 (1936). topes, Pb205 and Bi207. Phys. Rev. 65,
Kikuchi, Watase, ltoh, Takeda and Yam- 61 (1944).
aguchi, Tloe beta ray spectrum of NlS , Lyman, T h e beta ray spectra o{ radium
Proc. Phys-Math. Soe. Jap. (3) 21, 41, E and radioactive phosphorus. Phys.
52 (1939). Rev. 51 , I (1937).
Kurie, Richardson and Paxton, Furth er
data on the energies o{ beta rays Lyman, The beta ray spectrum of NU
emitted from artificially produced ra- and lhe mass of the neutrino. Phys.
dioactive bodies. Phys. Rev. 49, 203 Rev. 55, 234 (1939).
(1936). Lyman, Evidence· for lhe composite char-
Kurie, Richardson and Paxton, Tloe ra- acter of the NlS beta ray spectrum.
diatiom emitted from artificially pro- Phys. Rev. 55, 1123 (1939).
duced radioactive substances. I . The Magnan, Energy spectra o{ high energy
uppe-r limits and shapes of the beta beta and gamma 'l'ays studied by meam

[ 284]
of lhe spectrometer with magnetic fo- Norling, Beta and gamma radiation of
cusing. Ann. Phys., Parisl5, 5 (1941). radioactive arsenic. Z. Phys. 111, 158
Marinelli, Brinckerhoff and Hine, Aver- (1938).
age energy of beta rays emitted by O'Conor, The beta ray spectrum of Ra
radioactive isotopes. Rev. Mod. Phys. E. Phys. Rev. 52, 303 (1937).
19, 25 (1947). O'Neal, Note on the beta ray energy o/
Marshall., Forbidden transitions in beta HS. Phys. Rev. 60, 359 (1941).
decay and orbital electron capture and Osborne and Peacock, Beta and gamma
spins of nuclei. Phys. Rev. 61 , 451 ray speclra of Lauo. Phys. Rev. 69, 679
(1942). (1946).
Marshall, Beta radiations of UX 1 and Perey and Lecoin, Beta spectrum of
UX 2 • Proc. Roy Soe. 17J, 391 (1939). actinium K . Nature 144, 326 (1939).
Meitner and Orthmann, An absolute de- Perey, Relation between lhe maximum
lermination of lhe entn·gy of lhe P•-i- energy of beta rays of artificial radio-
mary beta rays of radium E. Z. Phys. elements and lhe superficial mas.s ab-
60, 143 (1930). sorbing half of the beam. C. R., Paris
Meitner, A simple method for lhe inves- 218, 74 (1944).
tigation of secondary electrons excited Perey, Cont.-ibution to lhe study of beta
by gamma •·ays a11d the ifllerference of rays of artificial radioelements. J. Phys.
these electrom with the measurements Rad. 6, 28 (1945).
of primary beta ray spectra. Phys. Rev. Pontecorvo, Nuclear isomerism and in·
6J, 75 (1943). Errata, Phys. Rev. 6J, terna/ conuersion. Phys. Rev. H, 542
384 (1943). (1938).
Miller and Curtiss, Beta and gamma ray Pool, Potential nuclear monohinetic elec-
energies of severa/ radioactive isotopes. tron sources. J. Appl. Phys. 15, 716
Phys. Rev. 70, 983 (1946). (1944).
Mitchell, Langer and McDaniel, Investi- ' Rajam, Capron and de Hemptinne,
gations of beta and gamma rays from Evaluation of the beta upper energy
Sbl22 and Sbt24. Phys. Rev. 57, 347 limils with simple absorption data.
(1940). Nature 144, 202 (1939).
Moore, Absorption measureme11ts of beta Rall and Wilkinson, Gamma and beta
rays. Phys. Rev. 57, 355 (1940). ray energies of some radioactive iso-
Nahmias, On lhe distribution of periods topes as measured by a thin magnetic
ofthe beta radioelements. J. Phys. Rad. lens beta ray spectrometer. Phys. Rev.
7, 266 (1945). 71, 321 (1947).
Naidu and Siday, Beta ray spectra of in- Rasetti, Evidence for lhe radioactivity of
duced radioactive elements resulting slow mesotrons. Phys. Rev. 59, 706
from 11eutron bombardment. Proc. (1941).
Phys. Soe., Lond. 48, 330 (1936). Rath)!eber, Influence of intercrystalline
Neary, Beta ray spectrum of Ra E . Proc. forces on beta ray absorption. Phys.
Roy. Soe. 175, 71 (1940). Rev. 69, 239 (1946).
Neary, The absorption of lhe primary
Renard, A measuremenl of the number
beta radiation from radium in /ead and
of quanta emitted by beta decay of
platinum and lhe specific gamma .-ay.
vanadium 52. C. R., Paris 223, 945
dose rate at a filtratiofl of 0.5 mm of
(1946).
platinum. Brit, J. Radiol. 15, 104
(1942). Roa!, En~rgies of beta particles from
Nielsen, The energy spectrum of HS beta UX 2 • Nature 145, 223 (1940).
rays. Phys. Rev. 60, 160 (1941). Rogers, McReynolds and Rogers, Deter-
Nishina, Yasuki, E.zoe, Kimura and Ikawa, mination of tl•e mosses and velocities
1nduced beta activity of ura11ium by of th ree radium B beta particles. The
fas! neutrons. Phys. Rev. 57, 1182 relativistic mass of lhe eltfctron. Phys.
(1940). Rev. 57, 379 (1940).

[ 285 ]
Sagane, Kojima and Mjyamoto, Beta rays Watts and Williams, Beta rays from Hs.
from radioactiue isotopes Ni&S, Zn•a, Phys. Rev. 70, 640 (1946).
Zn&s, Zn69, Zn69• , Ga68, Ga10, Ga12, Wcil and Barkas, The beta radiation of
Ge71, Ge75, and Ge17, Proe. Phys.- As16. Phys. Rev. 56, 485 (19~9) .
Math. Soe. Jap. (~) 21, 728 (19~9). Wcil, Beta ray spectra of arsenic, ru-
Saha and Saha, Nuclear energetics and bidium and krypton . Phys. Rev. 62,
beta actiuity. Nature 158, 6 (1946). 229 (1942).
Sargent, Maximum energy of lhe beta Widdowson and Champion. Upper limits
rays from U X and other bodies. Proe. of cor.tinuous beta ray spectra. Proe.
Roy. Soe. JJ9, 659 ( 19H). Phys. Soe., Lond. 50, 185 ( 19~8).
Sargent, The beta rays of actinium B and Winchester, 1nfluence of intercrystalline
actinium C" partia/ spectra. Phys. Rev. forces on beta ray absorption. Phys.
54' 2~2 ( 19~8) . Rcv. 70, 4~7 (1946).
Sargent, Beta and gamma rays of actin- Wright and McRcyno1ds, The beta rays
ium B and actirlium C". Canad. J . Res. from rtJdiwa E. Phys. Rev. 54, 2~1
J7A, 82 (19~9). (19~8).
Seren, Moyer and Sturm, Absorption Wu, The crmtintwus X-rays excited by
curve of J1 sec. 8019 beta mys ar1d cross lhe beta particles of i 5 p32 , Phys. Rev.
section for production by thermal neu- 59, 481 (1941).
trons. Phys. Rev. 70, 561 (1946). Yamasaki and Sinma, Beta radMioctiuity
Siegbahn and Bohr, The {J+ spectrum of of R e. Tokyo lnst. ·Phys. Chem. Res.
cu (in English). Arlr.. Mat. Astr. Fys. J7, 10 (1940).
JOB, No. ~ (1944). Yuasa, On the contint~ou.s spectrum of
Siegbahn, Beta radiation from active beta rays emitted by radiovanadium.
phosphorus and sodium. Nature 153, C. R., Paris 215, 414 (1942).
221 (1944). Zlotowski, A micrncalorimetric determi-
Sinma and Yamasaki, Beta ray spectra of nation of the mean energy of beta rays
Cu62, Cu•• and Cu66 . Tokyo Inst. from radium E. Phys. Rev. 60, 48~
Phys. Chem. Res. }5, 16 (19~8) . (1941).
Sinma and Yamasaki, Beta radioactiuities
of ..henium. Phys. Rev. 55, ~20 (19~9). CAPÍTULO SETE
Smith, Beta ray spectra of scandium.
Phys. Rev. 59, 9~7 (1941).
Smith, Beta ray spectra of scandium. Radiação r
Phys. Rev. 61, 578 (1942).
Tape, Beta spectra associated with iodine.
Phys. Rev. 55, 1135 (19~9). Aoki, Gamma ray excitation by fa sl neu-
Tape, Beta spectra of iodine. Phys. Rev. trons. Nature JJ9, ~72 (19~7).
56, 965 ( 19~9). Bak and Niko1aevskaya, Gamma rays
from radioactiue iodine (1128). C. R.,
Tcheng and Yang, Absorption coefficient
URSS 22, ~12 (19~9) .
of beta rays. Phys. Rev. 60, 616 (1941).
Bennett and Bonner, Emission o( gamma
Townsend, Beta ray spectra of light ele- rays from tloe disintegration of C by
ments. Proe. Roy. Soe. 177, ~57 (1941). deuterons. Phys, Rev. 57, 10&6 (1940).
Ty1er, The beta and gamma radiations Bennett and Bonner, Gamma ray reso-
from Cu•• and Eut52. Phys. Rev. 56, nances from lhe bombardmenl of car-
125 (19~9) . bon by deuterons. l'hys. Rev. 58, 18~
Wawe and ltoh, Beta ray spectrum o( (1940).
radioch/orine. Proe. Phys.-Math. Soe. Bennett, Bonner and Watt, The energy
Jap. (~) 21, 626 (19~9). of the gamma rays from lhe disintegra-
Watson and Pollard, Mass and beta ray tion of fluorine by protons and deu-
eneigies of Na23. Phys. Rev. 57, 1082 terons. Phys. Rev. 59, 79~ (1941).
(1940). Bennett, Bonner, Richards and Watt,

[ 286]
High ent:'fgy gamma rays from Li + D. Crane, Delsasso, Fowler and Lauritsen,
Phys. Rev . .59, 904 (1941). Gamma ra)'S from boron bombarded
Beringer, The angular carrelation of suc- with deutons. Phys. Rev.46, 1109(19~4).
cessive gamma rays. Phys. Rev. 63, 2~ Crane, Delsasso, Fowler and Lauritsen,
(1945). Gamma rays from the disinlegration
Bernet, Herb and Parkinson, Gamma of beryllium by deuterons and prolons.
rays from fluorine due to proton bom- Phys. Rev. n, 782 (19~5) .
bardment. Phys. Rev . .54, 598 ·(19~8). Crane, Delsasso, Fowler, and Lauritsen,
Bernstein, Preston, Wolfe and Slauery, gamma rays from nilrogen bombarded
High energy gamma rays from U(2J.5) .with deuterons. Phys. Rev. 48, 100
fission products. Phys. Rev. 71 , 46~ (19~5) .
(1947). Crane, Delsasso, Fowler and Lauritsen,
Bleuler, Scherrer, Walter and Zünti, Gamma rays from boron bombarded
Gamma radiation of Nt& (in German). with protons. Phys. Rev. 48, 102 (19~5) .
Helv. Phys. Acta 19, 421 (1946). Crane, Delsasso, Fowler and Lauritsen,
Bonner, Becker, Rubin and Streib, Cloud chamber_ sludies of lhe gamma
gamma rays from C + H2. Phys. Rev . radialion from lilhium bombarded
.59, 215 (1941). wilh prolons. Phys. Rev. 48, 125 (19~5).
Bonner and Richards, 4.9 Mev gamma Crane, Halpern and Oleson, Gamma .-ays
rays from Li + H2. Phys. Rev. 60, 167 from Be and N bombarded with neu-
(1941). lrons. Phys. Rev . .57, I~ (1940).
Bothe and Becker, Artificial excitation Creuu, Barkas and Furman, Gamma ra-
of nucleus gamma rays. Z. Phys. 66, diation from rhenium. Phys. Rev . .58,
289 (1950). 1008 (1940).
Bradt and Scherrer, The 9JKev gamma Curran, Dee and Petrlilka, Excilalion of
line of UX 1 (in German). Helv. Phys. gamma radiation in processes of proton
Acta 19, 507 (1946). capture by lighl elements. Proc. Roy.
Bradt and Scherrer, The 9JKev gamma Soe. 169, 269 (19~8) .
line of UX 1 . Phys. Rev. 71 , 141 (1947). Currand and Strothers, Excilalion of
Burling, Gamma rays from sodium bom- gamma rays in process of prolon cap-
barded by protons. Phys. Rev. 60, MO ture. Proc. Roy. Soe. 172, 72 (1959).
(1941). Curran, Dee and Strothers, Measuremenl
Clay and Kivieser, Jonization by gamma of gamma ray energies. Proc. Roy. Soe.
rays in gases ai high pressures (in 174, 546 (1940).
.English). Physica 7, 721 (1940). Curtis and Richardson, Gamma radia·
Constantinov and Latyshev, Internal tion associaled wilh indium. Phys. Rev.
conversion of gamma rays from Ra C. .53, 942 (19~8).
J. Phys., USSR .5, 2~9 (1941). Curtis, The gamma radialion from f"a-
Cork and Pidd, The absarption of gam - dioaclive cobalt. Phys. Rev . .5.5, 1156
ma radiation in copper and lead. Phys. (19~9) .
Rev. 66, 227 (1944). Davidson and Latyshev, The pholo effecl
Cork, Gamma ray absorption. Phys. Rev. from hard gamma rays. J. Phys., USSR
67, 55 (1945). 6, 15 (1942).
Cork and Shull, Jnternally converted De Benedetti and Kerner, The gamma
gamma radiation from lanlalum (182). rays of Po2tO. Phys. Rev. 71, 122 (1947).
Phys. Rev. 71, 467 (1947). Dee, Curr-an and Strothers, Emission of
Crane and Lauritsen, Gamma rays from gamma rays from fluorine under pro-
nuclear lransformations. Int. Conf. lon bombardmenl. Nature 143, 759
Phys., Lond. 1, 1~0 (19~4) . (19~9) .
Crane, Delsasso, Fowler and Lauritsen, Delsasso, Fowler and Lauritsen, Energy
High energy gamma rays from lilhium and absorplion of lhe gamma radiation
and fluorine bombarded wilh prolons. from Li1 + Ht . Phys. Rev . .51 , ~9 1
Phys. Rev. 46, 5~1 (1954). (19~7).

[ 287]
Delsasso, Fowler and Lauritsen, Gamma barded by deuterons. Phys. Rev. 55, 27
radiati on from fluorine bombarded (1939).
with protons. Phys. Rev. 51 , 527 (1937). Gaerttner and Pardue, Gamma radiation
Deutsch and Roberts, Energies of gamma from nitrogen bornbarded with neu-
rays from Br82,/ISI , /ISO, Mn66, Mn54, trons. Phys. Rev. 57, g86 (1940).
As14 . Phys. Rev. 60, 362 (1941). Gamertsfelder, A high energy gamma ray
Deutsch, Roberts and Elliott, Gamma from radio-yttrium (I 00 days ). Phys.
rays frorn long period activities. Phys. Rev. 63, 60 (194g),
Rev. 61 , 389 (1942). Camertsfelder, High energy gamma ray
De Vault and Libby, Evidence for gamma from radio-yttrium (100 days). Phys
radioactivity of4.5 hour Br 80 frorn ra- Rev. 66, 288 (1944).
diobromate. Phys. Rev. 55, 322 (1939). Centner, "(he absorption of gamma rays
Elliott, Deutsch and Roberts, Measure- in heavy elements as a function of the
rnent of the energy of lhe garnrna radia- wavelength . J. Phys. Rad. 6, 274 (1935).
tion frorn Na24, Phys. Rev. 61, 99 Centner, On a gamma radiation in lhe
(1924). bombardrnent of boron with fast pro-
Ellis and Aston, Absolute intensities and tons. Naturwiss. 25, 12 (J9g7).
conversion coefficients of lhe gamma Goldhaber, Klaiber and Scharff-Cold-
rays of R.a B and Ra C. Proe. Roy. Soe. haber, lnvestigation of high energy
129, 180 (1930). gamma rays of Na24 by lhe photo-
Ellis, Association of garnma rays with the neutron method. Phys. Rev. 65, 61
alpha particle group of Th C. Proe. (1944).
Roy. Soe. JJ6, 396 (19g2). Cood, The angular distribution of gam-
Ellis, Gamma rays of Th C and of lhe ma rays in Naz•, Co60 and yss. Phys.
Th C bodies. Proe. Roy. Soe. /JS, g 18 Rev. 70, 978 (1946).
(19g2). Cray, Plwto-electric absorption of gam-
Ellis, Garnrna rays of Ra (B + C) and ma rays. Proe. Camb. Phil. Soe. 27, I og
Th (C + C'). Proe. Roy. Soe. 143, g50 (19gl).
(19g4). Criffiths and Szilard, Camma rays excited
Feather, Gamma radiations emitted in by capture of neutrons. Nature JJ9,
nuclear processes. Rep. Phys. Soe. m pm).
Progr. Phys. 7, 66 (1941 ). Croetzinger and Smith, Absorption of
Fleischman, Output of gamma radiation 2.8 Mev gamma rays in lead. Phys. Rev.
excited by slow neutrons. z: Phys. 100, 67, 53 (1945).
go7 (19g6). Croshev, Formation of pairs in gases by
Fowler, Gaerttner and Lauritsen, The gamma rays from Th C" . J. Phys.,
gamma radiation from boron born- USSR 5, 115 (1941).
barded ·by protons. Phys. Rev. 53, 628 Cugelot, Huber, Me.dicus, Preiswerk,
(1938). Scherrer and Steffen, H ard gamma
Fowler, Lauriisen, Low energy gamma radiation in positron annihilation (in
radiations from lithium bombarded German). Helv. Phys. Acta 19, 418
with protons. Phys. Rev. 56,841 (19g9).
(1946).
Fowler and Lauritsen, Gamma radiation
Guthrie, Energies· of gamma rays from
from NU HI. Phys. Rev. 58, 192 (1940).
Ni63, Mn56, Zn69, Ga67, Phys. Rev.
Gaerttner and Grane, T h e gamma radia·
tion from lithium bombarded with 60, 746 (1941).
protons. Phys. Rev. 51, 49 ·(1937). Hafstad, Tuve and Brown, Gamma ray
Caerttner and Grane, Experiments on emission of various targets under bom-
the gamma radiation from lithium bardment by deuterium ioru. Phys.
and fluorine bombarded with protons. Rev. 45, 746 (1934).
Phys. Rev. 52, 582 (19g7). Halpern and Grane, The pair internal
Caerttner, Fowler and Lauritsen, The conversion coefficient in lhe F + Hl
gamma radiation with boron bom- reaction and measurements on the

[ 288]
gamma ray spectrum. Phys. Rev. 55, gamma rays excited by slow neulrons.
260 (1939). Nature IJ7, 186 (1956).
Halpern and Crane, Gamma rays from Kikuchi, Aoki and Husimi, Excitation of
B + D . Phys. Rev. 55, 415 (1939). gamma rays by fasl neutrons. Nature
He1mho1z, Energy and multipole order IJ7, 598 (1956).
of nuclear gamma rays. Phys. Rev. 60, Kikuchi, Husimi and Aoki, Quantum
415 (1941). energy of gamma rays ncited by slow
He1mholz, Gamma rays from radioactive neutrons. Nature IJ7, 992 (1956).
Hg. Phys. Rev. 61, 204 (1942). Kikuchi, Husimi and Aoki, Excitation of
Herb, Kerst and McKibben, Gamma rays garnma rays by neutrons, 11. Proc.
from light elements due to proton Phys.-Math. Soe. Jap. (3) 18, 55 (1956).
bombardment. Phys. Rev. H, 691 Kikl!chi, Aoki and Husimi, Excitation of
(1937). gamma rays by neutrons: Proc. · Phys.-
Hirzel and Wãfller, The gamma radia- Math. Soe. Jap. (5) 18, 115 (1956).
tion emitted in decay of K40 ~n Ger- Kikuchi, Husimi and Aoki, Excitation of
man). Helv. Phys. Acta 19, 216 (1946). gamma rays by neutrons. Proc. Phys.-
Ho1e, Ho1tsmark and Tangen, Gamma Math. Soe. Jap. (5) 18; 188 (1956).
rays in lhe bombardment of magne- Kikuchi, Aoki and Kusimi, Excitation of
sium with protons. Naturwiss, 28, 399 gamma rays by neutrons from Ra +
(1940). o Be. Proc. Phys.,Math. Soe. Jap.· (5) 18,
Huber, Lienhard, Scherrer and Wãffter, 297 (.1956).
Nuclear photo-effect with -lithium gam- Kikuchi and Aoki, On lhe "neutron elec-
ma rays (in German). Helv. Phys. Acta tron interaction" proposed by us, and
15, 512 (1942). the gamma rays in the D,D reaction.
Huber, Lienhard, Schttrer and Wii.fller, Proc. Phys.-Math. Soe. Jap. (5) 21, 20
Nuclear photo-effect with gamma rays. (1959).
I . Light elemenls up to calcium (in Kikuchi, Watase, Itoh, Takeda and Y;ama-
German). He1v. Phys. Acta 16, 33 guchi, Gamma ray accompanying lhe
(1945). disintegration of NaU . Proc. Phys.-
Hudson, Herb and P1ain, E~<cilation of Math. Soe. Jap. (3) 21, 260 (1939).
lhe 455 Kev levei of LiT by proton Kikuchi, Watase and Itch, On lhe angu-
bombardment. Phys. Rev. 57, 587 lar relation of lhe two gamma quanta
(1940). radiated in cascades from an atomic
Huah1ey, Gamma 1'/J'jS from Be caused by • nucleus. Z. Phys. 119, 185 (1942).
proton bombardmenl. Phys. Rev. 67, Kovacs, The excitation {unction o{ lhe
54 (1945). gamma radiation generated by Po-ô
Itoh and Watase, Gamma rays emitted bombardment of sodium, Phys. Rev.
from Rn iJnd MsTh-1 and their daugh- 70,1!95 (1946).
ler elements. Proc. Phys.-Math. SP<:. Krebs, The gamma ray transition of lhe
Jap. (5) 2J, 142 (1941). Br isomer of BrBO (4.5 hr). Naturwiss.
ltoh, Gamma rays emitted from Nau, JO, 121 (1942).
Mg21, A/28, and C/38, Proc. Phys.- Kruger and Green, The gamma ray spec-
Math. Soe. Jap. (5) 2J, 605 (1941). trum of Bto, Phys. Rev. 52, 773 (1957).
Kanne and Ragan, Gamma rays from
Kruger and Og1e, Gamma rays emitted
Li + Ht. Phys. Rev. 54, 480 (1958).
Kikuchi, Aoki and Husimi, Excitation of dvring the radioactive · transitions
Sb124-> TltU, Na24->Mg'l•. Phys.
gammtJ rays by slow neutrons. Proc.
Phys.-Math. Soe. Jap. (5) 17, 369 Rev. 67, 275 (1945).
(1955). Latyschev and Ku1chitsky, The recoil
Kikuchi, Aoki and Husimi, Excitation o{ electron spectrum o{ gamma rays from
gamma rays in boron. Nature IJ7, 745. Th active deposit. J . Phys., USSR 4,
(1956). o
515 (1941).
Kikuchi, Aoki and Husimi, Energy of Lauritsen and Crane, Gamma rays from

[ 289]
lithium bomb4rded wit/1 protons. Phys. the nuclear radiations from antimony
Rev. 41 , 6~ (1954). and arsenic. Phys. Rev. 57, 1107 (1940).
l.auritsen and Crane, Gamma rays from Mouzon, Park and Richards, Gamma -rays
rarbon bombarded with deutons. Phys. from uranium activated by neutrons.
Rev. 45, 545 (19~4). Phys. Rev. 55, 668 (1959).
Lauritsen and Fowler, Gamma radiation Nonaka, Resonance capture of slow neu-
from cu + H•. Phys. Rev. 58, 19~ trons and ernission of gamma rays.
(1940). Nature 144, 851 (1959).
l.auritsen, l.auritsen and Fowler, Gamma Nonaka, On the resonance capture of
radiatioro froni Be• + H• . Phys. Re v. slow neutrons and lhe emission of
71, 279 (1947). gamrna rays. Proc. Phys.-Math. Soe.
Lawson and Cork, 1nternally converted Jap. (5) 21 , 594 (1959).
gamma rays frorn radioactive gold. Nonaka, Resonance capture of slow neu-
Phys. Rcv. 58, 580 (1940). trons and emission of gamma rays.
Lea, Suonda>y gamma rays excited by Pari Il . Proc. Phys.-Math. Soe. Jap. (5)
lhe passage of neutrons through mal- 22, 551 (1940).
ter. Proc. Roy. Soe. 150, 657 (1955). Nonaka, Excitation of gamma rays by fast
Maier-Leibnitz, The gamma spectrum of neutrons of different energy. Phys.
BeT . N aturwiss. 26, 614 ( 1958). Rev. 59, 681 (1941). •
Maier-Leibnitz, Absolute counter meas- Nonaka, On lhe resonance capture of
uremmts on gamma rays. Z. Natur- slow neutrons and emission of gamma
forsch. 1, 2H (1946) . . rays. Ill. Resonance groups of silver.
Mandeveille, Gamma rays from Sc•s . Proc. Phys.-Math. Soe. Jap. (5) 24, 55
Phys. Rev. 62, 555 (1942). (1942).
Mandeville, Gamma rays from As11. Ogle and Kruger, Energy of gamma rays
Phys. Rev. 63, 91 (1943). frorn Na24->Mg24 . Phys. Rev. 65, 61
Mandeville, Garnma rays from Nau. (1944).
Phys. Rev. 62, 509 (1942). Plain, Herb, Hudson and Warren, Cam-
Mandeville, Gamma rays from Na24 and ma rays from A I due to proton bom·
La t<O. Phys. Rev. 63, 587 (1945). bardment. Phys. Rev. 57, 187 (1940).
Mandeville, The energies of the gamma Pontecorvo, On a soft radiation emitted
rays from radioactive scandium, gal- upon lhe capture of neutrons by nuclei.
lium, tungsten and lanthanum . Phys. C. R ., Paris 207, 425 (1958).
Rev. 64, 147 (1945 j. Rasetti, Gamma rays produced by neu-
Mandeville and Fulbright, The energies tron absorption. Z. Phys. 97, 64 (1955).
of the gamma rays from Sb122, Cdll&, Richardson, Gamma rays emitted by sev-
/r192, Mn&• , Zn85, and Coso. Phys. era! artificially produced radioactive
Rev. 64, 265 (1945). elements. Phys. Rev. 49, 205 (1956).
McMillan, Some gamma rays accompany- Rlthardson and Kurie, The radiations
ing artificial nuclear disintegrations . emitted from tloe artificially produud
Phys. Rev. 46, 868 (1954). radioactive substances. II. Gamma rays
Meitner and Hupfield, On lhe absorp- from severa! elements. Phys. Rev. 50,
tion law for hard gamma rays. Z. Phys. 999 (1956).
67, 147 (1951). Richardson, The radiations produced
Members of the Nuclear Physics Labora- from artificially produced radioactive
tory of the Osaka Imperial University, sources. IV. Further studies on th1
Gamma ray sputra of V&2 and Mn58. gamma rays from severa! elem1nts.
Proc. Phys.-Math. Soe. Jap. (5) 24, 818 Phys. Rev. 53, 124 (1958).
(1942). Richardson, Gamma radiation from Nta.
Mitchell and l.anger, Energy of the Phys. Rev. H, 610 (1958).
gamma rays of radio-indium and radio- -Richardson, The gamma radiation from
manganese. Phys. Rev. 52, 157 (1957). long-lived yttrium. Phys. Rev. 60, 188
Mitchell, Langer and McDaniel, Study of (1941).

[ 290]
Roberts, Spectrum o{ radium (B + C) Silveira, On the absorption o{ lhe gamma
gamma rays. Phil. Mag. (7) 36, 264 radiaticm emitted by lhe UX cumplex
(1945). (in French). Portugaliae Physica 1, 175
Roberts, Absorption o{ radium (B + C) (1945).
gamma 1'ays. Proc. Roy. Soe. 183, ~~8 Sizoo and Willemsen, Absorfliun of ra-
(1945). dium gamma rays (in Enghsh). Physica
Rose, Gamma radiation from lhe proton 5, 100 (19S8).
bombardment of C. Phys. Rev. 53, 844 Sizoo and Eijkman, Gamma radiatiun
(19~8). o
from ':08Au (in English). Physica 6,
Ruhlig, Search for gamma rays from lhe SS2 (19S9).
deuteron-deuteron reaction. Phys. 54, Speh, Gamma rays of Li and F under
~08 (19~8). alpha particle bombardmenl. Phys.
Salgueiro, Spectrography o{ gamma rays Rey. 50, 689 (19~6).
emitted by lhe active deposit in lhe Stahel and Walton, Experiments lo de-
s/ow evo/ution of radon (in French). termine a new high energy gamma ray
Portugaliae Physica 1, 67 (1944). component of Ra C (in German). Hei v.
Savel, Complex radiation excited in AI Phys. Acta 14, S26 (1941).
by alpha particles. C. R., Paris 198, ~8 Szalay and Zimonyi, The excitation {unc-
(19~)- tion of the gamma rlldiation which is
Savel, Complex radiation excited in light excited by bombarding BeY, Bto, Bll,
elements by alpha particles. C. R., and A/21 with Po-particles. Z. Phys.
Paris 198, 1404 (19~4). 115, 6S9 (1940).
Scharff-Goldhaber, Energy of lhe hard
Tandberg, Some convenient expressiuns
gomma rays of radio-yttrium (100
days). Phys. Rev. 59, 9~7 (1941).
fo•· calculating lhe absorption o{
gamma rays and X -rays (in English).
Scharff-Goldhaber, Goldhaber and Yalow,
Ark. Mat. Astr. Fys. 27B, No. S (1940).
Attempt to detect nuclear resonance
obso.-ption of gomma roys. Phys. Rev. Te-Tchao and Surugue, On lhe gamma
67, 59 (1945). ray of low energy of radio-actinium.
Schwan and Pool, Gammo rays from C. R., Paris 218, 591 (1944).
tungsten. Phys. Rev. 70, 102 (1946). Traubenberg, Eckardt and Gebauer,
Schwarz and Pool, Gammo rays from Gamma rays produced during the dis-
tungsten ond molybdenum. Phys. Rev. integration of Li. Z. Phys. 80, 557
7I, 122 (1947).' (19SS).
Shepherd, Haxby and Williams, The Tsien, Intensity of gamma rays of radium
gammo roys from B and Be under pro- D. C. R., Paris 2I8, 50S (1944).
lon bombardment and from Li under Tsien and' Marty, On photoelectrons of
o deuteron bombardment. Phys. Rev. 52, gamma 1'ays of Ra D. C. R., Paris 220,
247 (19~7). 688 (1945).
Sheppard, Absorption of gamma radia- Tsien and Marty, On fhe existence o{
tion in terrestrial materiais. Phys. Rev. gamma rays of wealt: energy of radium
64, S79 (194S). D. C. R., Paris, 221, 177 (1945).
Siday, The gamma ray transition of
Tsien, The gamma rays of radium D.
radio-bromine. Proc. Roy. Soe. 178, 189
Phys. Rev. 69, ~8 (1946).
(1941).
Siegbahn, Intensities o{ gamma rays, Ty1er, The beta and gamma ray spectra
studied by means o{ their Compton o{ Cu&• and Eut52, Phys. Rev. 55, 11S6
secondaries. Proc. Roy. Soe. 188, 541 (19S9).
(1947). 0 Valley, Magnetic spectrograph investiga-
Silveira, A bsorption of gamma rays tion o{ N!S gamma radiation. Phys.
emitted by U I and its immediate Rev. 56, 8S8 (19S9).
descendants (in French). Portugaliae Valley and McCreary, The internally
Physica I , 151 (1944). converted gamma 1'ays of severa/ radio-

[ 291 ]
active elements. Phys. Rev. 56, 86~ Amaldi and Fermi, Diffusion of slow neu-
(19~9). trons. Ric. Sei. (7) I , 393 (1936).
Watase and ltoh, Gamma rays of NU. Amaldi and Fermi, Absorption and dif-
Proc. Phys.-Math. Soe. Jap (~) 2I, ~89 fusion of slow neutrons. Ric. Sei. (7)
(1939). 1, 454 (1936).
Webster, Artificial production of nuclear Amaldi and Fermi, On the absorption
gamma radiation. Proc. Roy. Soe. JJ6, and lhe diffusion of slow neutrons.
428 (1932). Phys. Rev. 50, 899 · (1936).
Wilson, Dependence of lhe secondary Amaldi, Hafstad and Tuve, Neutron
electronic emission lry gamma radia- yields from artificial sources. Pbys. Rev.
tion upon the direction of lhe radia- 51, 896 (1937).
tion. Proc. Phys. Soe., Lond. H, 613 Anderson, Fermi and Marshall, Produc-
(1941). tion of low energy· neutrons lry filtering
Zlotowsld and Williams, The energy of through graphite. Phys. Rev. 70, 815
gamma rays accompanying lhe decay (1946).
of BeT. Phys. Rev. 62, 29 (1942). Arsenjewa-Heil, Hei! and Westcott, ln-
Zuber, Effective cross section for lhe ma- fluence of temperature on lhe 'groups'
terialization of 2.62 Mev gamma rays of slow neutrons. Nature JJ8, 462
in argon (in German). Helv. Phys. (1936).
Acta I5, 38 (1942). Bayley, Curtis, Gaerrtner and Goudsmit,
Zuber, Tl1e problem pf resonance absorp- Diffusion of slow nêutrons. Phys. Rev.
tion of 2.62 Mev gamma rays in lead 50, 461 (19~6).
(in Gernian). Helv. Phys. Acta I6, 407 Bennett and Watt, Yield of neutrons and
(1943). beta rays from Li + H2. Phys. · Rev.
Zuber, Resonance absorption of gamma 60, 166 (1941).
rays (in German). Helv. Phys. Acta I6, Bennett, Mandeville and Ricbards, The
429 (1943). yield function and angular dist1'ibu-
tion of lhe D + D neutrons. Phys. Rev.
69, 418 (1946).
CAPÍTULO OITO Bennett, Mandeville and Ricbards, The
yield fun ction and angular distribu-
Neutrões tion of the D + D neutrons. Phys. Rev.
70, 101 (1946).
Aebersold and Anslow, Fast neutron ab- Bennett and Ricbards, N eutrons from
sorption in gases, walls and tissue. Ct2 + D. Phys. Rev. 70, 118 (1946).
Phys. Rev. 6?, I (1946). Bernardini, Excitation of neutrons on
Agnew, Bright and Froman, Distribution Be. Z. Phys. 85, 555 (193~).
of neutrons in lhe alm0$phere. Pbys. Bernadini and Bocciarelli, Energy and
Rev. 70, 102 (1946). intensity of groups of neutrons emitted
Amaldi and Fermi, On the absorption by Po-Be. Atti Accad. Lincei U , 59
and lhe diffusion of slow neul1'ons. (1936).
Phys. Rev. 50, 899 (1936). Bernardini, N eutrons of high energy
from Po + Be and lhe nuclear leveis
\maldi and Fermi, On lhe absorption of
of cu. Ric. Sei. 8, ~~ (19~7).
slow neutrons. Ric. Sei. (6) 2, 443
Bernstein, On lhe existence of a r(so-
(1935).
nance absorption of neutrons in graph-
Amaldi and Fermi, Absorption of slow ite. Phys. Rev. 70, 107 (1946).
neutrons. Ric. Sei. (7) I, 56 (1936). Bloch, Hamermesh and Staub, Neutron
Amaldi and Fermi, Mean free path of pola1'ization and ferromagnetic satura-
slow neutrons in para(/in wax . Ric. Sei. tion. Phys. Rev. 62, ~O~ (1942).
(7) I , 223 (1936). Blocb, Hamermesh and Staub, Neutron
Amaldi and Fermi, Groups of slow neu- polarization and ferromagnetic satura-
trons. Ric. Sei. (7) I, 510 (1936). tion. Phys. Rev. M, 47 (1943).

[ 292]
Bloch, Condit and Staub, Neutron polar- Radioactivity induced by means of
ization and ferromagnetic saturation. electron tubes. Nature 134, 880 (1954).
Phys. Rev. 70, 972 (1946). Breit and Wigner, Capture of slow neu-
Bonner, I onization of gases lry neutrons. lrons. Phys. Rev. 49, 519 (1956).
Phys. Rev. 41, 871 (1955). Browne and Danuig, On the theory of
Bonner and Mott·Smith, Enery;y distri- slowing down neutrons in substances
butions of lhe neutrons from fluorine. with periodic absorption lines. Phys.
Phys. Rev. ~5. 552 (1954) . Rev. 71, 465 (1947).
.Bonner, Collisions of neutrons with Carroll and Dunning, The interaction of
atomic nuclei. Phys. R:ev. 45, 601 slow neutrons with gases. Phys. Rev. 54,
(1954). 541 (1958).
Bonner and Mott-Smith, Enery;y spectra Chadwick, Possible existence of a neu-
of lhe neutrons from lhe disintegration tron. Nature 129, 512 (1952).
of fluorine, boron and beryllium lry Chadwick, Existence of a neutron. Proc.
alpha particles. Phys. Rev. 46, 258 Roy. Soe. JJ6, 692 (1952).
(1954). Chadwick, The neutron. Proc. Roy. Soe.
Bonner and Brubaker, The enery;y spec- 142, I (1955).
trum of lhe neutrons from lhe disin- Collie, Absorption of slow neutrons. Na-
tegration of Be lry deutrons. Phys. Rev. ture JJ7, 614 (1956).
47, 910 (1955). Coltman and Goldhaber, Capture cross
Bonner and Brubaker, Neulrons from lhe sections for slow neutrons. Phys. Rev.
disintegration of deuterium lry deu- 69, 411 (1946).
terons. Phys. Rev. 49, 19 (1956). Condon and Breit, The enery;y distribu-
Bonner, The enery;y of lhe neutrons from tion of neutrons slowed lry elastic im-
lhe disintegration of C lry deuterons. pacts. Phys. Rev. ~9. 229 (1956).
Phys. Rev. 5J, 496 (1958). Coon and Barschall, Angular distribu-
Bonner, Hudspeth and Bennett, Reso- tion of 2.5 Mev neutrons scallered lry
nances in lhe emission of neutrons deuterium . Phys. Rev. 70, 592 (1946).
from lhe reaction C 12 +H2 . Phys. Rev. Corinaldesi, On lhe measuremenl of lhe
58, 185 (1940). density of thermal neutrons. N uovo.
Bonner, A precise determination of lhe Cim (9) J, 151 (1946).
enery;y of lhe neutron from lhe deu- Cork and Thomton, The loss of neutrons
teron-deuteron reaction. Phys. Rev. 59, lry neutron bombardment and lhe ·,.a-
257 (1941). . dioactive isotopes of scandium. Phys.
Booth and Hurst, Iso·energetic neutrons. Rev. H, 866 (1958).
Proc. Roy. Soe. 161, 248 (1957). Coster, de Vries and Diemer, The ·reso-
.Borst, Ulrich, Osbome and Hasbrouck, nance leveis for neutron capture. III
Di[Jraction of neutrons and neutron (in English). Physica 10, 281 (1945).
absorption spectra. Phys. Rev. 70, 108 Coster, de Vries and Diemer, The reso-
(1946). nance leveis for neutron capture. IV.
Overlapping of leveis (in English).
Bont, Ulrich, Osborne and Hasbrouck,
Neutron di[Jraction and nuclear reso-
Physica 10, 512 (1945).
Crane, Lauritsen and Soltan, Artificial
nance structure. Phys. Rev. 70, 557
production of neutrons. Phys. Rev. 44,
(1946).
514 (1955).
Bothe and Jensen, Absorption of thermal Crane, Lauritsen and Soltan, Production
neutrons in carbon. Z. Phys. 122, 749 of neutrons by high speed deutons.
(1944). Phys. Rev. 44, 692 (1955).
Bradt, Neutrons from U (in German). Crane, Lauritsen and Soltan, Artificial
Helv. Phys. Acta 12, 555 (1959). production of neutrons. Phy"s. Rev. 45,
Brasch, Lange, Waly, Banks, Chalmers, 507 (1954).
Szilard and Hopwood, Liberation of Curie and Joliot, .Mass of lhe neutron.
neutrons from beryllium lry X-rays. C. R., Paris, 197, 257 (1955).

[ 293]
Curie and Joliot, Experimental proofs of Feeoy, Lapointe aod Rasetti, Resonance
lhe existence of the neut.-on. J. Phys. absorption of neutrons in rhodium,
Rad. 4, 21 (1955). antimony and gold. Phys. Rev. 61 , 469
Curie and Joliot, Emission of neutrons. (1942).
J. Phys. Rad. 4, 278 (1955). Feeoy aod Rasetti, Resonance absorption
Danysz, Rotblat, Wertenstein and Zyw, neutrons in manganese, gallium, and
Experiments on lhe Fermi eUect. Na- palladium . Caoad. J . Res. 2JA, 12
ture 134, 970 (1934). (1945).
Denison, A ttempt to find neutron-like Feeriy, Absorption of thermal neutrons in
particles accompanying beta ray emis- indium. Canad. J . Res. 2JA," 75 (1945).
sion. Phys. Rev. 45, 557 (1934). • Feooiog, Graham aod Seligmao, The
Diemer, Overlapping measurements on ratio of lhe capture cross sections of Li
Cd-resonance neutrons (in English). and B for thermal neutrons. Caoad. J.
Physica 11, 591 ( 1946). Res. 25A, 75 · (1947).
Dtipel, M easurement of neutron intensi- Fermi aod Rasetti, Slow neutrons. Nuovo
ties by r/wdium Fermi electrons. Phys. Cim. 12, 201 (1955).
z. 37, 96 (1956). Fermi, Motion of neut-rons in hydrogene-
Dopel, Neutron emission from Be when ous substances. Ric. Sei. 7, 15 (1955).
bombarded by H, D and He. Z. Phys. Fermi, Amaldi aod Wick, On lhe albedo
104, 666 (1957). of slow neutrons. Phys. Rev. H, 495
Duchoo, I on optics of two neutron gen- (1958).
erators. J . Phys. Rad. 6, 290 (1945); 7, Fermi aod Zioo, Reflection of neutrons
64 (1946). on mirrors. Phys. Rev. 70, 105 (1946).
Duooiog aod Pegram, Neutron emission. Fields, Russell, Sachs aod Watteoberg,
Phys. Rev. 45, 295 (1934). Total cross sections measured with
Duooiog aod Pegram, Scattering of neu- photo-neutrons. Phys. Rev. 71, 508
trons by Ht 20, H2 20, paraffin, Li, B, (1947).
and C, and the production of radio- Fiok, Dunniog, Pegram aod Mitchell,
active nuclei by neul"rons found by The velocities of slow neutrons. Phys.
Fermi. Phys. Rev. 45, 768 (1934). Rev. 49, 105 (1956).
Duooiog, Pegram, Fiok aod Mitchell, Fiok, Duooiog, Pegram and Segre, Pro-
Slow neutrons. Phys. Rev. 47, 970 (1955). duction and absorption of slow neu-
Duooiog, Pegram, Fiok aod Mitchell. trons in hydrogenic materiais. Phys.
Jnteraction of neutrons with matter. Rev. 49, 199 (1956).
Phys. Rev. 48, 265 (1955). Fiok, The production and absorption of
Duooiog, Pegram, Fiok, Mitchell, aod thermal energy neutrons. Phys. Rev.
Segre, Velocity of slow neutrons by 50, 158 (1956).
mechanical velocity selector. Phys. Rev. Fleischmano aod Gentner, Waveltngth
48, 704 (1955). deptndence of nuclear photo-effect of
Dunoiog, Powers aod H. G. Beyer, Ex- beryllium. Z. Phys. 100, 440 (1956) ..
periments on lhe magnetic properties Fleischmaoo, Energy liberated ai neu-
of lhe neutron. Phys. Rev. 51, 54 (1957). tron capture. Z. Phys. 103, I U (1956).
Dunoing, Manley, Hoge aod Brick- Frisch aod Sõrensen, Velocity of "slow
wedde, T h e interaction of neutrons neutrons." Nature 136, 258 (1955).
with normal and parahydrogen. Phys. Frisch aod Placzek, Capture of slow neu-
Rev. 52, 1076 (1957). trons. Nature 137, 557 (1956).
Erilr.ssoo, On lhe distribution of lhe neu- Frisch, voo Halbao aod Koch, Tempera-
tron energies in a moderator of infinite luTe equilibrium of C neutrons. Nature
size (io }:oglish). Ark. Mat. Astr. Fys. 139, 922 (1957).
JJB, No. 5, (1946). Frisch, voo Halbao aod Koch, The mag-
Feeoberg, Jnteraction between neutrons netic field acting upon neutrons in-
and lhe mass of lhe neutron. Phys. Rev. side magnetized iron. Nature 140, 560
45, 649 (1954). (1957).

[ 294]
Frisch, von Halban and Koch, On lhe Goldsmith and Cohen, Mass of the
slowing dówn and capture of neu- neutron from lhe nuclear reaction
trons in hydrogeneous substances (in H• + H •->He3 + nt. Phys. Rev. 45,
English). Kgl. Dansk.e Ak.ad. 1), No. lO 850 (1934).
(1938). Goldsmith and Manley, Absorption of
Frisch, ·von Halban and Koch, Some ex- resonance neutrons. Phys. Rev. 61,
periments on lhe magnetic properties of 1022 (1937).
free neutrons. Phys. Rev.53, 719 (1938). Goloborodlto and Rosenltewitsch, Ang-
Frisch, The total cross sections of C and ular distribution of photo-neutrons
H for neutrons of energies from 35 to from Be. Phys. Z. Sowjet. 11, 78 (1937).
490 Kev. Phys. Rev. 70, 589 (1946). Goloborodlto, The spectra o{ photo-neu-
Frisch, Total cross section of hydrogen trons (Ra Th + Be) and (Ra + Be).
for neutrons o{ energies from 35 to 490 J. Phys. USSR 5, 15 (1941).
Kev. Phys. Rev. 70, 792 (1946). Goloborodlto, Spectra and energy o{
Fryer, A study of velocity selected neu- photoneutrons (Ra Th , Be) and (Ra,
trons. Phys. Rev. 62, 303 (1942). Be). J. Phys. t,JSSR 5, 19 (1941).
Fryer, Transmission o{ velocity-selected Goudsmit, On the slowing down of neu-
neutrons through magnetiud iron. trons. Phys. Rev. 49, 406 (1936).
Phys. Rev. 70, 235 (1946). Graham and von Halban, On lhe ang•llar
Fünfer and Bothe, lnteraction of neu- distribution of neutrons in lhe photo-
trons and'gamma rays with Be. Z. Phys. disintegration of lhe deuteron. Rev.
122, 769 (1944). Mod. Phys. 17, 297 (1945).
Furry, An application of lhe theory o{ von Halban and Preiswerlt, Resonance
neutron absorption in aqueous solu- leveis for neutron capture. C. R., Paris
tions. Phys. Rev. 51, 592 (1937). 202, m (1936).
Gamertsfelder and Goldhaber, The dif- von Halban and Preiswerlt, Diffraction
fusion length of C neutrons in water. o{ neutrons. C. R., Paris 203, 73 (1936).
Phys. Rev. 62, 556 (1942). von Halban and Preiswerk., Resonance
Gamertsfelder and Goldhaber, A repro- leveis for neutron absorption (in Ger-
ducible neutron standard. Phys. Rev. man). Helv. Phys. Acta 9, 318 (1936).
69, 368 (1946). von Halban and Preíswerlt, Cross section
Gamow, Possibility o{ selective phe- measurements with slow neutrons of
nomena for fast neutrons. Phys. Rev. different velocities. Nature IJ7, 905
49, 946 (1956). (1936).
Gehlen, Determination o{ the effective von Halban and Preiswerk., Slow neu-
cross section of commercial aluminum trcms. J. Phys. Rad. 8, 29 (1937).
for lhe capture o{ slow neutrons. Z. von Halban, Kowarsk.i and Savitch, Sim-
Phys. 121, 268 (1943). pie capture of thermal neut.-ons and of
Gibson, Seaborg and Grahame, On the resonance neutrons by uranium. C. R.,
interaction of fasl neutrons with lead. Paris 208, 1396 (1939).
Phys. Rev. 51 , 370 (1937). Halpern and Holstein, On the passage of
Goldberger and Seitz, Refraction and dif- neutrons through ferromagnets . Phys.
fraction o{ neutrons by crystals. Phys. Rev. 59, 960 (1941).
Rev. 70, 116 (1946). Halpern, Hamermesh and Johnson, The
Goldhaber and O'Neil, Slowing down o{ passage of neutrons through crystals
low energy neutrons in water. Phys. and polycrystals. Phys. Rev. 59, 981
Rev. 69, 834 (1941). (1941).
Goldsmith and Rasetti, On the resonance Halpern and Holstein, On lhe dipolar-
capture of slow neutrons. Phys. Rev. ization of neutron beams by magnetic
50, 328 (1936). fields. Proc. N at. Acad. Sei. 28, 112
Goldsmith and Manley, Absorption of (1942).
resonance neutrons. Phys. Rev. 51, 382 Hanstein, Neutron-proton interaction.
(1937). Phys. Rev. 57, 1045 (1940).

[ 295]
Hanstein, lnteraction experiments with iodine and indium. Phys. Rev. 55, 108
resonance neutrons. Phys. Rev. 59, '489 (19~9).
(1941). Horvath and Salant, The absorptio1f of
Harington and Stewart, Capture cross resonance neutrons by Bo, Cl, Co and
section for thermal neutrons of Cd, Li, Mn. Phys. Rev. 59, 154 (1941).
B, Ba, Hg and H. Canad. J . Res. 19A , Horvay, On the slowirlg down of neu-
~~ (l941). trons in water. Phys. Rev. 50, 897
Havens and Rainwater, The slow neu- (I !I~).
tron cross sections of ln, Au, Ag, Sb, Houtermans, On a semi-empirical rela-
Li and Hg as measured with a neutron tion between the productivity of a
beam spectrometer. Phys. Rev. 70, 154, neutron source and the maximum ob-
(1946). tainable density of slow neutrons in a
Havens, Wu, Rainwater and Meaker, hydrogeneous medium. Phys. Z. 45, 258
Slow neutron velocity spectrometer (1945).
studies. II. Au, ln, Ta, W , Pt, Zr. Phys. H udspeth and Dunlap. Low etaergy neu-
Rev. 71 , 165 (1947). trons from the deuteron-deuteron re·
Haxel and Volz, On the absorption of action. Phys. Rev. 55, 587 (19~9).
neutrons in aqueou.i solutions. Z. Phys. Hughes, Radiative capture cross sections
120, 49~ (194~). for fast neutrons. Phys. Rev. 70, 106
Hereward, Lawrence, Paneth and Sar- (1946).
gent, Measurement of the di!Jusion Inghram, Hess and Hayden, Neutron
length of thermal neutrons in graphite. cross sections for mercury isotopes.
Canad. J. Res. 25A, 15 (1947). Phys. Rev. 71, 561 (1947).
Hereward, Lawrence, Munn, Paneth and J aeckel, Resonance capture of slow neu-
Sargent, The di/Jusion length of thermal trons by tungsten nuclei. Z. Phys. 104,
neutrons in heavy water containing 762 (19~7).
Li2 C0 3 • Canad. J. Res. 25A, 26 (1947). Jaeckel, Neutron resonance leveis of Ir
Hill, Studies with the neutrons from P·n and Rh and comparison of yields. Z.
reactions in Li and Be. Phys. Rev. 55, Phys. 107, 669 (19~7).
1117 (19~9). Jaeckel, Neutron resonance leveis for Ir
Hill, The relative distribution in energy and Rh. Z. Phys. 110, ~~O (19~8).
of the neutrons from the (p, n) re- Jensen, Retardation of neutrons in car-
actions in Li and Be. Phys. Rev. 57, bon, water and heavy water. Z. Phys.
1076 ' (1940). 122, 756 (1944).
Hoffmann and Bethe, Neutron absorp- Kimura, Energy of photoneutrons lib-
tion limit of cadmium. Phys. Rev. 51, erated from deuterons by Ra C gamma
1021 (19~7). rays. Mem. Coll. Sei. Kyoto Imp. Univ.
Hoffmann and Livingston, The neutron 22, 2~7 (19~9).
absorption limit in cadmium. Phys. ·Korff and Hamermesh, The energy dis-
Rev. 52, 1228 (19~7). tribution and number of cosmic ray
Hoffmann and Livingston, Angular dis- · neutrons in tlle free atmosphere. Phys.
tributions of slow neutrons from a Rev. 69, 155 (1946).
paraffin source. Phys. Rev. H, 1020 Korff and Hamermesh, The multiple
(19~8) . production of neutrons by cosmic ..adi-
Hoffman and Bacher, Photographic ef- tion. Phys. Rev. 70, 429 (1946).
fects produced by cadmium and other Koyenuma, An approximate formula for
elements under neutron bombard- the elfective reaction cross section a
ment. Phys. Rev. H , 644 (19~8). of slow neutrons for a 1jv absorber.
Hopwood and Chalmers, Directed dilfu- Ann. Phys., Leipzig 4J, 279 (194~).
sion or canalization of slow 'leutrons. Kupferberg and Korff, A determination
Nature JJ5, ~41 (19~5) . of the rate of production in paraffin of ·
Hornbostel and Valente, On the reso- neutrons by the cosmic radiation ai
nance leveis for neutron capture of sea levei. Phys. Rev. 65, '25~ (1944).

[ 296]
Ladenburg, Roberts and Sampson, Some Marshall, Total ~oss uctions of various
investigations of neutrons from differ- materiais for indium resonance neu-
ent sources. Phys. Rev. 48, 467 (1935). trons. Phys. Rev. 70, 107 (1946).
Landenburg and Kanner, On lhe neu· Maurer, Excitation function and energy
trons from lhe deutero71-deuteron re- distribution of neutrons emitted from
actions. Phys. Rev. ,2, 911 (1937). boron by bombardment with alpha
Lamb, A note on lhe capture of slow partic/es from polonium . Z. Phys. 107,
neutrons in hydrogeneous substances. i21 (1957).
Phys. Rev. H , 187 (1957). McDanie1, Slow neutron resonances in
Lamb, Capture of neutrons by atoms in indium. Phys. Rev. 70, 852 (1946).
a crystal. Phys. Rev. "· 190 (1959). Meitner and Philipp, The electron orbits
Laporte, Absorption coe{ficients for ther- resulting from neutron excitatiun. Na-
mal neutrons. Phys. Rev. H , 72 (1957). turwiss 21, 286 (1935).
Lapp, Van Horp and Dempster, The Meitner and Philipp, Further experi-
neutron absorbing isotopes in sa- ments with neutrons. Z. Phys. 87, 484
marium and gadoliniúm. Phys. Rev. (1954).
70, 104 (1946). Meitner, Capture cross sections for ther-
Laughlin and Kruger, Neutron spectra of ma/ neutrons in thorium, lead and
Li, AI, and Be bombarded with 10 (/238. Nature 14,, 422 (1940).
Mev deuterons. Phys. Rev. 71, 484 Mescheryakov, On lhe absorption of fast
(1947). neutrons by heary nuclei (in English).
Lauterjung, On lhe effective cross section C. R., URSS 48, 555 (1945).
of some of lhe elements to slow neu- Mitchell, Rasetti, Fink and Pegram,
trons. Ann. Phys., Leipzig 41, 177 Some experiments with photoneutrons.
(1942). . Phys. Rev. ,0, 189 (1956).
Lewis, A theory of orbital neutrons. Phys. Mitchell, The absorption of neutrons de-
Rev. ,0, 857 (1956). tected by boron and lithium. Phys.
Libby and Long, The production and Rev. 49, 455 (1956).
property of low temperature neutrons. Mitchell and Powers, Bragg re{lections of
Phys. Rev. ,2, 595 (1957). sluw neutrons. Phys. Rev. ,0, 486
Libby, Reactions of high energy atoms (1956).
produced by slow neulron capture. J. Moon and Tillman, Neutrons of thermal
Amer. Chem. Soe. 62, 1930 (1940). energies. Proc. Roy. Soe. 1H , 476
Livingston and Holfmanp, Neutron ab· (1956).
sorption limit in cadmium. Phys. Rev. Mott-Smith and Bonner, Energy dist ri-
H , 1021 (1957). bution of neutrons from boron. Phys.
Lu1drsky and Coreva, Slowing down of Rev. 4,, 554 (1954). .
neutrons by nuc/ei of heary elements Moyer, Peters and Schmidt, Absorption
(in English). C. R ., URSS J, 411 (1956). of slotJJ neutrons by CdllS. Phys. Rev.
Man1ey, Go1dsmith and Schwinger, Neu- 69, 666 (1946).
. tron energy leveis. Phys. Rev. ,1, .1022 Moyer, Peters and Schmidt, Jsotopic ab-
(1957). sorption of slow neutrons in cadmium.
Man1ey, Goldsmith and Schwinger, The Phys. Rev. 70, 446 (1946).
resonance absorption of s/ow neutrons Muehlhause, A method for measuring
in indium. Phys. Rev. " · 107 (1959). total cross sections for low energy neu-
Man1ey, Haworth and Luebke, T ·he mean trons. Phys. Rev. 6J, 60 (1945).
life of neutrons in water and lhe hydro- Mueh1hause and Go1dhaber, Slowing
gen capture ~oss section. Phys. Rev. down of R neutrons inio C neutrons in
61 , 152 (1942). lead. Phys. Rev. 66, 36 (1944).
Man1ey, Haworth and Luebke, The ve- Murphy, Bright, Whitaker, Korlf and
locity dependence of the absorption of C1arke, Relative e{ficiencies of 'Tadio-
boron for slow neutrons. Phys. Rev. 69, active neutron sources. J. Franklin
405 (1946). Inst. 2J1 , 357 (1941).

[ 297]
O'Neal and Scharlf-Goldhaber, Determi- Rainwater and Havens, Neutron betJm
nation of absolute neutron intensities. spectrometer studies of boron, cad-
Phys. Rev. 69, 368 (1946). mium, and lhe energy distribution
O'Neal, The slotuing down of low energy from paraffin. Phys. Rev. 70, 107
neutrons in water. II . Determination (1946).
o{ photo-neutron energies. Phys. Rev. Rainwater and Havens, Neutron beam
70, I (1946). spectrometer studies of boron, caó-
Oppenheimer and Volkolf, On massive mium and the energy distribution from
neutron cores. Phys. Rev. H, 374 para(Jin. Phys. Rev. 70, 156 (1946).
(1959). Rainwater, Havens, Wu and Dunning,
Ornstein apd Uhlenbeck, Motion of neu- Slow neutron velocity spectrometer
trons through para(Jin (in English). studies. I. Cd, Ag, Sb, Ir, Mn . Phys.
Physica 4, 478 (1957). Rev. 71, 65 (1947).
Perrin and Elsasser, Theory of the selec- Rasetti, Excitation of neutrons {'rom Be.
tive capture of slow neutrons by cer- Z. Phys. 78, 165 (1952).
tain nuclei. J. phys. Rad. 6, 194 (1935). Rasetti, Mitchell, Fink and Pegram, On
Placzek, DiDusion o{ thermal neutrons. the absorption of slow neutrons in
Phys. Rev. 60, 16õ (1941). boron. Phys. Rev. 49, 777 ( 1956).
Placzek, On the theory o{ the slowing Rasetti, Segre, Fink, Dunning and Peg-
down o{ neutrons in heavy substances. ram, On the absorption law for slow
Phys. Rev. 69, 425 (1946). neutrons. Phys. Rev. 49, 104 (1956).
Pollard, Schultz and Brubaker. Emission Richards, A photographic plate spectrum
of neutrons from CI andA under alpha o{ the neutrons from the disintegration
particle bombardment. Phys. Rev. 51 , o{ lithium by deuterons. Phys. Rev. 59,
140 (1957). 796 (1941).
Pollard, Schulu and Brubaker, Emission Richards, Angular distribution o{ the d-d
o{ neutrons from argon, chlorine, alu- neulrons. Phys. Rev. 60, 167 (1941).
minum and some heavier elements Richards, Speck and Perlman, Neutron
under alpha particle bombardment. spectra. Phys. Rev. 70, 118 (1946).
Phys. Rev. H , 551 (1938). Riezler, The •Declive cross section of
Pontecorvo, DiDwion of neutrons o{ uni- luypton and xenon to slow neutrons.
form speed through protons. C. R., Ann. Phys., Leipzig 41 , 195 (1942).
Paris 206, I 005 ( 1938). Riezler, Absorption of C neutrons in rare
Pontecorvo and Wick, Neutron diDwion . earths. Ann. Phys., Leipzig 41, 476
Paris I and II. Ric. Sei. I , 154 (1946). (1942).
Pool, Cork and Thornton, Evidence fo r Ruben and Libby, Width of iodine reso-
the simultaneow ejection o{ three neu- . nance neutron band. Phys. Rev. 51, 774
trons from elements bombarded with (1957).
fast neutrons. Phys. Rev. 52, 41 (1957). Russinow, Passage of fast neutrons
Pool, Fast neutrons. Phys. Rev. H , 707 through beryllium (in English). Phys.
(1938). Z. Sowjet, /0, 219 (1956).
Pose, Spontaneous neutron emission o{
Sagane, Minimum neutron energy to
U and Th . Z. Phys. /2/ , 295 (1945).
produce neillron loss process and its
Powers, Fink and Pegtam, The absorp-
application to lhe measurement o{ Q
tion o{ neutrons slowed down by par·
values. Phys. Rev. H, 492 (1958).
affm at diDerent temperatures. Phys.
Rev. 49, 650 (1956). Salant, Horvath and Zagor, Absorption
Rabi, The •Declive neutron collision of slow neutrons o{ diDerent energies
radius. Phys. Rev. 43, 858 (1955). by boron, cobalt and manganese. Phys.
Raether, On the application of neutron Rev. H, III (1959).
diDwion through boundary surfaces to Sawyer, Wollan, Peterson and Bernstein,
the measurement o{ collision cross sec- Application of a bent crystal neutron
tions. Z. Naturforsch. /, 567 (1946). spectrometer to measurements of reso-

[ 298]
nance absorption. Phys. Rev. 70, 791 0.01 ro tu 1000 ro. Phys. Rev. 71,272
(1946). (1!14'/ ).
Schiff, On th~ captur~ o( th~rmal n~u­ Szilard, A bsorption uf residual n~utrons.
trons by d~ut~ons. Phys. Rev; 52, 242 Nature IJ6, 950 (1985).
(1987). Tolman, Static sulutions o( Einst~in's
Schultz and Goldhaber, Capture cmss fi~ld ~quations for sph~~• o( fluid.
section o( hydrog~n for slow n~utrons . Phys. Rev. 55, ~64 (1989).
Phys. Rev. 67, 202 (1945). Torrey, Analysis of n~utron absorptiun
Seren, Friedlander and Turlr.el, T h~rmal in úuron. Phys. Rev. H, 266 (19~8).
n~ulron activatiun cruss sections. Phys. Turner, s~condary n~utruns (rom ura-
Rev. 71, 465 (1947). nium. Phys. Rev. 57, 884 (1940).
Sherr, Collision cross sectiuns for 25 Mro Uehling, Th~ d~nsity distribution in th~
n~utrons. Phys. Rev. 68, 240 (1945). st~ady stat~ diffwion uf n~utrons. Phys.
Sinma and Yamasalr.i, Capture cross sec- Rev. 59, 187 (1941).
tion for slow n~utrons. Phys. Rev. 59, Van Vleclr., On th~ cross section of h~avy
402 (1941). nucl~i for slow n~utrons. Phys. Rev. 48,
Sinma and Yamasalr.i, Captur~ cross sec- 867 (1985).
tions for slow n~utrons. Tolr.yo lnst. Verde, Distribution of n~ulrons from a
Chem. Res. )8, 167 (1941). point sourc~ of fast n~utrons, in an
Snell, Levinger, Willr.inson, Meiners and in(init~ hydrog~n~ow medium. I . R~s­
Sampson, Ch~mical isolation o( two of onance neutrons. Nuovo Cim (9) J, 116
th~ d~lay~d n~utron activiti~s : resolu- (1946).
tion o( d~lay~d n~utron p~riods. Phys. Vollr.off, On th~ ~quilibrium of massive
Rev. 70, I li (1946). spheres. Phys. Rev. 55, 418 (1989).
Snyder, Keuffel, Gilvarry and Way, Th~ Volz, Effectiv~ cross sections for lhe ab-
l~mp~atur~ d~p~nd~net o( slotu n~u­ sorption of slow n~utrons. Z. Phys. 121,
tron r~sonance absorption in silv~r. 201 (1948).
Phys. Rev. 61 , 890 (1942). Wang, N~utron and n~gative proton.
Staub and Stephens, N~utrons from th~ Nature H7, 549 (1946).
· br~ahup o( H~5 . Phys. Rev. 55, 845 Wauenberg, Photo-n~utron sources and
(1989). lhe ~n~gy of photo-n~utrons. Phys.
Stephens, Djanab and Bonner, N~utrons Rev. 71 , 497 (1947).
from th~ disint~gration o( nitrog~n by Weekes, Livingston and Bethe, A m~thod
Mul~rons. Phys. Rev. 52, 1079 (1987). for th~ det~rmination of th~ selectiv~
Stephens, N ~utrons from Li + d~ut~ons. absorption r~gions of slow n~utrons.
Phys. Rev. H, 228 (1988). Phys. Rev. 49, 471 (1936).
Stetter and Jenuchlr.e, Mass o( th~ n~u­ Westcoll and Bjerge, Slowing down of
tron. Z. Phys. 110, 214 (1988). n~utrons by collisions with hydrog~n

Stupp, Th~ filt~ring action and r~sonance nuclei. Proc. Camb. Phil. Soe. )1, 145
absorption oi th~mal n~utrons. Ann. (1955).
Phys., Leipzig (5) 43, 680 (1948). Whitalr.er and H . G . Beyer, Transmission
o( slow neutrons through crystals. Phys.
Sturm and Turlr.el, Studi~s o( n~utron
· Rev. 55, 1101 (1989).
resonanets with a crystal spectrom~t~r.
Whitaker, Bright and Murphy, Transinis-
Phys. Rev. 70, 108 (1946).
sion o( neutrons o( diff~rent ~n~rgies
Sturm and Arnold, Th~ total n~utron through quartz crystals. Phys. Rev. 57,
cross section o( dysprosium and n~o­ 551 (1940).
dymium . Phys. Rev. 71 , 556 (1947). Wick, On th~ slowing down of n~utrons .
Sundaracher, Th~ b~ta activity o( th~ Phys. Rev. 49, 192 (1986).
n~utron. Nature H7, 268 (1946). Wick, An application of the FoHer-
Suuon, McDaniel, Anderson and Lava- Pianck ~quation to the ~nergy spec-
telli, Th~ captur~ cross section o( trum o( th~mal neutrons. Phys. Rev.
boron for n~utrons o( ~n~gi~s from 70, 108 (1946).

[ 299]
Wiedenl)eck, Neutron yields from lhe Bagge, Theory of heavy nuclei. Pari II.
·photo- and electro-disintegration of Decrease of Gamow barrier owing to
Be. Phys. Rev. 69, 255 (1946). excitation. Ann. Phys. Leipzig JJ, 589
Wilson, Delayed neutrons from Pu239. (1958).
Phys. Rcv. 71, 560 (1947). Bagge, Range of nuclear forces and dis-
Yalow and Goldhaber, Wide and sharp integration by cosmic rays. Ann. Phys.
neutron · groups. Phys. Rev. 69, 47 Leipzig Jj, 118 (1959).
(1946). Bagge, Mass defect of lhe atomic nucleus
Yalow and Goldhaber, Evidence of wide and lhe multi-body problem. Z. Na-
neutrora groups. Phys. Rev. 68, 99 turforsch. 1, 561 (1946).
(1945). Bardeen, On lhe density of energy leveis
Yalow, Yato,. and Goldhaber, Upper of heavy nuclei. Phys. Rev. j1 , 799
limil of lhe number of low energy neu- (1957).
trons from Ra- a -Be source. Phys. Rev Bardeen and Feenberg, Symmetry effects
69, 25S ( 1946). in lhe spocing of nuclear energy leveis.
Yost and Didinson, The diffusion and Phys. Rev. H , 809 (1958).
absorption of neutrons in paraffin Barkas, lnterpretive bearing on lhe mel-
spheres. Phys. Rev. j0, 128 (1956). rica! field associated with heavy por-
Zahn, A.bsorption coefficients for thermal lides. Phys. Rev. j2, 1074 (1957).
neutrons. Phys. Rev. j2, 67 (1957). Barkas, The analysis of nuclear binding
Zimmer, Ioniwtion measurements on fasl energies. Phys. Rev. n, 691 (1959).
neutrons. Phys. Z. 42, 560 (1941). Bartleu, Structure of atomic nuclei. Phys.
Zinn and Seeley, Production of neutrons Rev. 41, 570 (1952).
with low voltage. Phys. Rev. jO, 1101 Bartleu, Structure of atomic nuclei II.
(1956). Phys. Rev. 42, 145 (1952).
Zinn, Seeley and Cohen, Collision cross Bartlett, Negative protons in lhe nu·
sections for D- D neutrons. Phys. Rev. cleus1 Phys. Rev. 46, 455 (1954).
,6, 260 (1959). Bartlett, Exchange forces and lhe struc-
Zinn, The Bragg reflection of neutrons ture of lhe nucleus. Phys. Rev. 49, 102
by a single crystal. Phys. Rev. 70, 102 (1956).
(1946). Beck, Siructure of proton and neutron.
Zwicky, On lhe theory and observation C. R., Paris 208, 552 ( 1959).
of highly collapsed stars. Phys. Rev. n, Beck and Tsien, Nuclear leveis of lhe
726 (1959). compound Li. Phys. Rev. 61, 579
(1942).
Beck, Remarhs on the fine structure of
CAPÍTULO NOVE " positronium". Phys. Rev. 69, 552
(1946).
Teoria Belinfante,. Under equation of lhe meson
field (in English). Physica 6, 870
da Estrutura Nuclear (1959).
Belin{ante, Spin of mesons (in English).
Aten, Nuclear packing effect (in Ger- Physica 6, 887 (1959).
man). Physica 6, 425 (1959). Berenda, Notes on lhe Wheeler-Feynman
Atkinson, Evidence against He5 . Phys. theory. Phys. Rev. 71 , 850 (1947).
Rev. 48, 582 (1955). Bethe and Peierls, Quantum theory of
Auluck and Kothari, Distribution of ·l he diplon . Proc. Roy. Soe. U8, 146
energy leveis for lhe liquid-drop nu- (1955).
clear model. Nature H7, 662 (1946). Bethe, A.n attempt to calculate lhe num-
Bagge, Theory of heavy nuclei. Pari I . . ber of energy leveis of a heavy nuclew.
Neutron excess in heavy nuclei. Ann. Phys. Rev. j0, 552 (1956).
Phys. Leipzig JJ, 559 (1958). Bethe and Bacher, Nuclear Physics. Pari

[ 300]
I. Stationary states of nuclei. Rev. Mod. Bhabha and Harish-Chandra, On the
Phys. 8, 82 (1956). fields and equations o{ motion of point
Bethe and Rose, Kinetic energy o{ the particles. Proc. Roy. Soe. 185, 250
nuclei in the Hartree model. Phys. Rev. (1946).
H, 285 (1957). Blatt, On lhe meson charge cloud around
Bethe and Placzek, Resonance effects in a prolon. Phys. Rev. 67, 205 (1945).
nui:lear processes. Phys. Rev. H , 450 Blatt, On lhe heauy eleclron pair in the
(19!7). strong coupling limil. Phys. Rev. 68,
Bethe, The binding energy of lhe deu- 287 (1945).
teron. Phys. Rev. H, 5U (19!8). Blatt, Charge distribution around pro-
Bethe, Coulomb energy of light nuclei. tons. Phys. Rev. 6J, 552 (1944).
Phys. Rev. 54, 456 (1958). Bleu1er, A problem on lhe theory of the
Bethe, The meson theory of nuclear deuleron (in German). Helv. Phys.
forces . Phys. Rev. 5J, 1261 (1959). Acta 17, 405 (1944).
Bethe, M eson theory of nuclear forces . I. Bleuler, A contribution to lhe two nu-
General theory. Phys. Rev. 57, 260 cleon problem (in German). Helv.
(1940). Phys. Acta 18, !17 (1945).
Bethe, Meson theory of nuclear forces. Bloch, The principies of nuclear physics.
Pari II. Theory of lhe deuteron . Phys. Rev. Gin Jllect. JJ; 51 (1945).
Rev. J7, 590 ( 1940). Bohr, Neutron capture and nuclear con-
Bethe, A new treatment o{ the compound stitution. Nature JJ7, 544 (1956).
nucleus. Phys. Rev. 57, 567 (1940). Bohr, Conservation law in quantum
Bethe, Continuum theory of lhe com- theory. Natúre IJ8, 25 (1956).
pound nucleus. Phys. Rev. 57, Il25 Bohr, Quantum theory and lhe atomic
(1940). nucleus. Ano. Phys., Leipzig 32, 5
Bhabha, Theory o{ heauy electrons and (1958).
nuclear forces . Proc. Roy. Soe. I66, 501 Bopp, A linear theory of lhe eleclron.
(1958). Ano. Phys., Leipzig J8, 545 (1940).
Bhabba, Classical theory of mesons. Proc. Boro, Application of "reciprocity" lo
Roy. Soe. 172, 584 (1!159). nuclei. Proc. Roy. Soe. 166, 552 (1958).
Bhabha, Classical theory of spinning par- Breit, Nuclear stability and isotope shift.
ticles. Proc. lndian Acad. Sei. 11 A, 247 Phys. Rev. 46, !19 (1954).
(1940); Erratum llA, 467 (1940). Breit and Wigner, Note on Majorana's
Bhabha, Elementary heauy particles with exchange energy. Phys. Rev. 48, 918
any integral charge. Proc. Indian Acad. (1955).
Sei. llA , 547 (1940); Erratum llA, 468 Breit and Feenberg, The possibility of
(1940). 'lhe sarne form of specific interaction
Bhabha, Protons of double charge and for ali nuclear particles. Phys. Rev. 50,
lhe scattering of mesons. Phys. Rev. 850 (1956).
59,100 (1941). Breit, Approximately relativistic equa-
Bhabha, General classical theory of spin- tions for nuclear particles. Phys. Rev.
ning particles in a meson field. Proc. . H , 248 (1957). Addendum, Proof of
Roy. Soe. 178, 514 (1941). approximale invariance. Phys. Rev. H ,
Bhabha and Basu, The theory of par- 778 (1957).
ticles of spin half and lhe Compton Breit and Stehn, On the comfHJrison of
effect. Proc. Indian. Acad. Sei. IJA , 105 prolon-prolon and prolon-neutron in-
(1942); Erratum IJA, 46.1 (1942). leractions. Phys. Rev. 52, 596 (1957).
Bhabha, Relativistic wave equations for Breit, Approximately relativistic equa-
lhe proton. Proc. Indian Acad. Sei. tions. Phys. Rev. JJ, 155 (1958).
2/A, 241 (1945). Breit and Wigner, The saluration re-
Bhabha, Relativistic wave equations for quiremenls for nuclear forces. Phys.
the elementary fHJrticles . Rev. Mod. Rev. H, 998 (1958).
Phys. 17, 200 (1945). Breit, Hoisington, Share and Thaxton,

[ 301 ]
The appruximate equality of lhe pro- Condon, Note on electron-neutron inter-
lon-procon and prolon-neulron inler- action. Phys. Rev. 49, 459 (1936).
aclions for lhe meson potential. Phys. Cooper and Nelson, Ground states of
Rev. 55, 1103 (1939). BelO and CtO. Phys. Rev. 58, 1117
Brillouin, The ·undulatory mechanics of (1940).
Schrodinge.-. C. R., Paris 18), 24 (1926). Critchfield and Teller, On lhe saturation
de Broglie, O'! lhe electrinos of Thibaud of nuclear forces. Phys. Rev. H , 812
and the possible existence of a very (1938).
small electric charge of neulrons. C. R ., Critchfield, Spin dependence in lhe elec·
Paris 224, 615 (1947). lron-positron theory of nuclear forces .
Brown and Inglis, Coulomb energies and Phys. Rev. 56, 540 (1939).
nuclear models. Phys. Rev. 55, 1182 Critchfield, Excited stales of nuclear par-
(1939). ticles in the meson pair theory. Phys.
Brown, The binding energy of H S. Phys. Rev. 59, 48 (1941).
Rev. 56, 1107 (1939). Critchfield, T h e electron waves in lhe
Brulin and Hjalmars, On lhe singlet and magnetic dipole field of a neutron.
triplet stale of lhe deuteron in the Phys. Rev. 70, 793 (1946).
meson pair theory (in English). Ark. Critchfield, Electron waves in the mag-
Mat. Astr. Fys. J2A , No. 7 (1945). netic dipole field of a neulron. Phys.
Brulin and H jalinars, On a modificalion Rev. 71, 258 (1947). ··
of Klein's vector meson pair theory (in Dancoff, Virtual state of He5 and meson
English). Ark. Mat. Astr. Fys. JJB, No. forces . Phys. Rev. 56, 384 (1939).
4 (1946). Dancoff and Pauli, Strong coupling meso-
Bruno, The Compton e!Jeclfor lhe meson tron theory of nuclear interactions.
(in English). Ark. Mat. Astr. Fys. 28B, Phys. Rev. 61 , 387 (1942).
No. 5 (1942). Dancoff and Serber, Nuclear forces in lhe
Bunge, A new represenlalion oftypes of strong coupling theory. Phys. Rev. 61,
nuclear forces . Phys. Rev. 65, 249 395 (1942).
(1944). Dennison, Specific heat of lhe hydrogen
Bunge, A new represenlalion oflhe types molecule. Próc. Roy. Soe. 115, 485
of nuclear forces . Publ. Fac. Cienc. (1927).
Fis.-Mat. La Plata J, 221 (1944), Destouches, .Heavy electro11. C. R., Paris
Caldirola, The meson field equations in 206, 1095 (1938).
five dimensional space. Nuovo Cim. 19, Dolch, Theory of lhe lightest nuclei. Z.
25 (1942). Phys. 100, 401 (1936).
Carlson and Oppenheimer, The impacls Duckworth, New paclr.ing fractions and
of fasl eleclrons and magnetic neu- lhe paclr.ing fraction curve. Phys. Rev.
lrons. Phys. Rev. 41 , 763 (1932). 62, 19 (1942).
Cassen and Condon. On nuclea·r forces . Eastman, Energy and stabilily •·elated to
Phys. Rev. 50, 847 (1936). composition of alomic nuclei. Phys.
Cernuschi, The neulron. J. Phys. Rad. 8, Rev. 46, I (1946).
273 (1937). Eastman, Heights of 11uclear potential
Chang, The regularities in energy leveis barriers. Phys. Rev. 46, 744 (1934).
of light nuclei. Phys. Rev. 65, 352
Eckart, A comparison of the nuclear
(1944).
Cherdynzev, On lhe frequency of even theories of Heisenberg and W igner. 1.
and odd atomic nuclei (in English). Phys. Rev. 44, 109 (1933).
C. R., URSS JJ , 22 (1941). Ehrenfest and Oppenheimer, Note on the
Coester, Stability of heavy nuclei in tht statistics of nuclei. Phys. Rev. J7, 333
meson theory (in German). Hei v. Phys. (1931).
Acta 17, 35 (1944). Eisenbud and Wigner, lnteraction be-
Condon, Theory of nuclear structure. J. lween nuclear particles. Proc. Nat.
Franklin Inst. 227, 801 (1939). Acad. Sei. 27, 281 (1941).

[ 302]
Elsasser, Application of Pauli's principie Feenberg, Theory of nuclear coulomb
to nuclei. J. Phys. Rad. 4, 549 (1933). energy. Phys. Rev. 61, 387 (1942).
Elsasser, Binding energies in the radio- Feenberg and Goertzel, Theory of nu-
active families U-Ra and Th. C. R., clear coulomb energy. Phys. Rev. 70,
Paris 199, 46 (19!14). 597 (1946).
Elsasser, Constitution of elementary par· Feenberg and Primakoff, Possibility o(
ticles and nuclear forces . C. R., Paris "conditional" saturation in nuclei.
199, 1215 (1954). Phys. Rev. 70, 980 (1946).
Elsasser, Application of Pauli's principie Feenberg, The nuclear. energy surface.
to nuclei. J. Phys. Rad. 5, 589 (1934). Phys. Rev. 7I, 468 (1947).
Elsasser, Application of Pauli's principie Feinberg, Angular distribution for tht
to nuclei. Part lll. J. Phys. Rad. 5, 635 interaction of mesons wit/1 nuclei. J.
(1934). Phys., USSR 5, 177 (1941).
Erilc.sson, Vector - pseudovector meson Fierz, Consequences of the assumption
theory (in English). Arlc.. Mat. Astr. that heatry elementary particles may
Fys. 29A, No. lO (1945). haue a negative charge (in German).
Eriksson, On a generalization of Dirac's Helv. Phys. Atta 14, 105 (1941).
equations (in English). Arlc.. Mat. Astr. Fierz, Meson theory of nuclear forces (in
Fys. JJB, No. 6 (1946). German). Helv. Phys. Acta 15, 529
Euler, Interactio.n of nuclear forces in (1942).
heavy nuclei. Z. Phys. 105, 555 ( 1937). Fierz, On the interaction between two
Fcenberg, Neutron- proton interaction. nucleons in the meson theory (in Ger-
Part I . The binding energies of the man). Helv. Phys. Acta 17, 181 (1944).
hydrogen and helium isotopes. Phys. Fierz and Wentzel, . On the deuteron
Rev. 47, 850 (1935). problem. 1 (in German). Helv. Phys.
Fccnberg and Knipp, Intranuclear forces. Acta 17, 215 (1944).
Phys. Rev. 48, 906 (1935). Fierz, On spin path coupling o( ttuo nu-
Fcenberg and Share; The approximate cleons i11 meson theory (in German).
solution of the nuclear J and 4 particle Helv. Phys. Acta /8, 158 (1945).
eigenvalue problems. Phys. Rev. 50, Fisk, Schiff arid Schockley, On the bind-
253 (1956). ing of neutrons and protons. Phys. Rev.
Fccnberg and Wigner, On the structure 50, 1090 (1956) ; Erratum, 50, 1191
of th~ nuclei between helium and (1936).
oxygen. Phys. Rev. 51, 95 (1937). Flint, Suroey of nuclear field theories.
Feenberg and Phillips, On the structure Proc. Phys. Soe., Lond. 56, 149 ( 1944 ).
of light nuclei. Phys. Rev. 51, 597 Flint, Quantum equations and nuclear
(1957). field theories. Phil. Mag. 36, 635 (1945).
Fccnberg, Further remarks on the satura- Flint, A study of the nature of the field
tion property of nuclear forces. Phys. theories o( tlte electron and positron
Rev. 52, 667 (1937). and of the meson. Proc. Roy. Soe. /85,
Feenberg, A note on the Thomas-Fermi 14 (1946).
statistical method. Phys. Rev. 52, 758 Flügge, St ructure of lhe light atomic nu-
(1937). . cleus. Z. Phys. 96, 459 (1955).
Feenberg, On the shnpe and stability of Flügge, Mass de(ects o( liglot nuclei (rom
heauy nuclei. Phys. Rev. 55, 504 (1939). recenl theories of nuclear forces. Z.
Fccnberg, A note on the density and com- Phys. /05 , 522 (1937). ·
pressibility of nuclear matter. Phys. Flügge, A note on lhe theory of the meson
Rev. 59, 149 (1941). field . Ann. Phys., Leipzig (5) 43, 575
Feenberg, Non-uniform part.icle density (1945).
in nuclear structure. Phys. Rev. 59, 595 Foldy, On lhe mesrm theory o( nuclear
(1941). forces. Phys. Rev. 71 , 276 (1947).
Feenberg, Theory o( nuclear surface Fox, Creutz, White and Delsasso, The
energy. Phys. Rev. 60,204 (1941). diffe>·ence in coulomb ene•·gy of light,

[ 303]
isobaric nuclei. Phys. Rev. 55, 1106 uranic elements. Phys. Rev. 60, 184
(1939). (1941).
Frank, Note on the Hartree and Hartree- Goudsmit, Density of excited leveis in
Focl< methods. Phys. Rev. 51, 577 heavy nuclei. Phys. Rev. 51, 64 (1957).
(1937). Graves, Pacl<ing fraction dif!erences
Fremberg, Some applications of the Riesz among heavy elements. Phys. Rev. "·
potential to the theory of the electro- 863 (1939).
magnetic field and the meson field . Grõnblom, Variation of light atomic
Proc. Roy. Soe. 188, 18 (1946). nuclei from the Hartree model (in
Frõhlich, Heitler and Kahn, Deviation German). Acta Soe. Sei. Fennicae 2, No.
from the Coulomb law for a proton. 9 (1937).
Phys. Rev. 56, 961 (1939). Grõnblom, Deviation of the, nuclei of
Frõhlich, Heitler and Kahn, Deviation 2 He4 and 8 018 from the Hartree
from Coulomb law for proton. Proc. model. Z. Phys. JJO, 57 (1958).
Roy. Soe. 171, 269 (1939). Grõnblom and Marshak, The binding
Fuchs, Statistical method in nuclear energy of 4n nuclei on the alpha par-
theory. Proc. Roy. Soe. 174, 509 (1940). ticle model. Phys. Rev. 55, 229 (1959).
Furry, Note on the IMory of the neul!·al Guggenheimer, Constitution of atomic
particle. Phys. Rev. H, 56 (1938). nuclei. Pari I . J. Phys. Rad. 5, 255
Galanin, M(lf)ement of the meson in a (1934)-
homogeneous magnetic field. J. Phys., Guggenheimer, Constitution of atomic
USSR 6, 27 (1942). nuclei. Part 11. J. Phys. Rad. 5, 475
Gamow, Quantum theory of the atomic (1954).
nucleus. Z. Phys. 51, 2~ (1928). Guggenheimer, Series in nuclear energy
Gamow, Stability of nuclei. Im. Conf. leveis. Nature U5, 104 (1940).
Phys. London I , 60 (1934). Guggenheimer, On nuclear energy leveis.
Gamow, lsomeric Nuclei. Nature IJJ, Proc. Roy. Soe. 181, 169 (1942).
833 (1934). Gupta, Electromagnetic field and the self-
Gamow, Negative protons and nuclear energy of the meson. Proc. Nat. Inst.
structure. Phys. Rev. 45, 728 (1934). Sei. India 9, 175 (1945).
Gamow, Probability of nuclear meson Gupta, PolariZIItion of lhe vacuum in the
absorption. Phys. Rev. 71 , 550 (1947). meson theory. Proc. Nat. Inat. Sei.
Gerjuoy and Schwinger, The theory of India 9, 337 (1943).
light nuclei. Phys. Rev. 60, .158 (1941). Gurevitsch, Energy leveis of a heavy nu-
Gerjuoy and Schwinger, On tensor forces cleus. Phys. Z. Sowjet. 12, 489 (1937).
and the theory of light nuclei. Phys. Gustafson, Elimination of divergencies
Rev. fi , 138 (1942). in quantum electrodynamics and in
Ginsburg, Theory of interaction of mes- meson theory. Nature 157, 734 · (1946).
ons with the electromagnetic field. J. Hafstad and Teller, The alpha particle
Phys., USSR 5, 47 (1941). model of the nucleus. Phys. Rev. 54,
Ginsburg, On lhe pseudoscalar theory of 681 (1938).
meson. J. Phys., USSR 6, 180 (1942). Harish-Chandra, On the equations of
motion of point particles. Proc. Roy.
Ginsburg, On the theory of the particle Soe. 185, 269 (1946).
of spin J( 2. J. Phys., USSR 7, 115 Harish-Chandra, The correspondente be-
(1943). tween the particle and lhe wave aspects
Ginsburg, On the theory of excited ;pin of the meson and the photon. Proc.
states of elementary particles. J. Phys., Roy. Soe. 186, 502 (1946).
USSR 8, 33 (1944). Harkin, The nuclear exclusion principie
Godnew, On the determination of sym- and the 11eutron-proton pattern. Phys.
metry of nuclear spin functions. C. R ., Rev. 52, 39 (1957).
URSS 4J, 194 (1944). Hartree, Wave mechànics of an atom
Goeppert-Mayer, Rare earth and trans- with a non-Coulomb central field . Pari

[ 304]
I . T/Jeory and Metllods. Part 11. Sume cuupling (in hench). Helv. Phys. Acta
results and discwsion. Proc. Camb. 18, 4n (1945).
Phil. Soe. 24, 89, III (1928). Houston, A nuclear model. Phys. Rev. 47,
Hasse, PolariUJbility of the helium atom 942 (1935).
and the lithium ion. Proc. Camb. Phil. Hoyt, On the penetrability o( a simple
Soe. 26, 542 ( 19~0). type o( potential barriel". Phys. Rev.
Heisenberg, Structure of atomic nuclei. SJ, 6n (19~8) .
Z. Phys. 77, I (19~2). Hu, The relativistic correctic.n in the
Heisenberg, Structure of atomic nuclei. meson theory o( nuclear force . Phys.
Part 11. Z. Phys. 78, 156 (19~2). Rev. 71 , ~~9 (1945).
Heisenberg, Structure o( atomic nuclei. Hulthén·, On the virtual state o( the deu·
Z. Phys. 80, 587 ( 19~2). teron. Phys. Rev. 61, 671 (1942).
Heisenberg, Structure of t/Je light atomic Hulthén, Nuclear forces in a non-sym-
nuclei. Z. Phys. 96, 4n (19~5). metrical scalar pseudoscalar meson
Heisenberg, Limits o( applicability o( the field theory (in English). K. Fys. Salblr.
present quantum theory. Z. Phys. 110, Lund. Fõrh. U, 18 (1944).
251 (19~8). Hulthén, Comments on the difficulties o(
Heitler and Herzberg, Do nitrogen nuclei the meson theory. Rev. Mod. Phys. 17,
obey Bose statistics1 Naturwiss. 17, 67~ 265 (1945).
(1929). Hund, Theoretical investigations of nu-
Heitler and Ma, lnner excited states of clear forces . Phys. Z. J8, 929 (19~7).
proton and neutron. Proc. Roy Soe. Hund, Symmetry properties of the (orces
176, ~68 (1940). in atomic nuclei. Z. Phys. 105, 202
Heitler, Physical concepts o( the meson (19~7).
theory of the atomic nuclew. Nature Hylleraas, Binding forces between ele-
u8, 680 (~941). mentary nuclear partic/es. Z. Phys. 107,
Heitler, On the particle equation of the 258 (19~7) .
meson. Proc. R. lrish. Acad. /9A , I Hylleraas and Ore, Stability o( polyelec-
(194~). trons. Phys. Rev. 71, 468 (1947).
Heitler and Peng, On the production of Hylleraas, Electron affinity of positron-
mesons by proton-proton collisions. ium. Phys. Rev. 71, 491 (1947). .
Proc. R. Irish Acad. /9A , 101 (194~) . H ylleraas and Ore, Binding energy of til e
Heitler, Remarlu on the sei( energy prob· positronium molecule. Phys. Rev. 71,
/em. Proc. R . Irish Acad. 50A , I, (19«). 493 (1947).
Heitler, A theorem in the charge-sym- Inglis, Spin-orbit coupling in nuclei.
metrical meson theory. Proc. R . lrish Phys. Rev. 50, 78~ (19~6).
Acad. 51 A , 8~ (1946). Inglis and Young, Stable isobars. Phys.
Hepner and Peierls, N on-central forces in Rev. 51 , 525 (19~7) .
the nuclear two body problem. Proc. Inglis, Perturbation theory of light nu-
Roy. Soc. l81 , 4~ (1942). clei: He4 and Li&. Phys. Rev. 51, 5~1
(19~7).
Hõnl, Theory of charged e/ementary par-
Inglis, A ngle dependence and range o(
ticles. Ann. Phys., Leipzig 28, 721
nuclear forces . Phys. Rev. 55. 988
(19~7) .
(1939).
Holmberg, On nuclear forces described Inglis, Spin-orbit coupling in tl•e alpha
by a pseudo - vector - scalar neutral model o( light nuclei. Phys. Rev. 56,
meson field (in English). K. Fys. saUslr., 1175 (19~9) .
Lund Fõrh. U , 270 (19«). Inglis, The alpha model of nuclear struc-
Houriet, Nuclear forces in the theory o( tuJ·e and nuclear moments. Phys. Rev.
pairs (in French). Helv. Phys. Acta 16, 60, 8~7 (1941).
529 (194~). Islr.raut, Observations on the energy im-
Houriet, Structure o( the nucleon accord- pulse tensor o( the field theories of
ing to the meson theory with strong matter. Z. Phys. 119, 659 (1942).

[ 305]
lwanenko, Constitution of atomic nuclei. of dete•·mining the mass of the meso-
C. R ., Paris 195, H9 (1952). tmn. Indian J- Phys. 17, 516 (1945).
lwanenko, The neutron hypothesis. Na- Kemmer, Neutron-proton interaction (in
ture 129, 798 ( 1952). German). He1v. Phys. Acta 10, 47
lwanenko and Rodichev, Proca potential (1957).
(in Russian). J. Exp. Theor. Phys. Kemmer, Field theory of nuclear inter-
USSR 9, 526 (1959). action. Phys. Rev. 52, 906 (1957).
Iwanenko and Soko1ow, The dipole char- Kemmer, Change tiependence of nuclear
acter of the meson and the polarization forces . Proe. Camb. Phil. Soe. J4 , 554
of vacuum. J. Phys., USSR 6, 175 (1938).
(1942). Kemmer, Quantum theory of Einstein-
Iwanenko, Further remarhs on the dif- Base particles and nuclear interaction.
ficulties o/ the meson theory. Phys. Proe. Roy. Soe. 166, 127 (1958).
Rev. 66, 157 (1944). Kemmer, Particle aspect of meson theory.
Jánossy, Exchange forces between three Proe. Roy. Soe. 173, 91 ( 1959).
heary particles due to the meson ex· Kemmer, Th e algebra of meson matrices.
change field . Proe. Camb. Phil. Soe..H , Proe. Camb. Phil. Soe. J9, 189 (1945).
616 (1959). Kikuchi, A theory of the low mass neutral
Jauch, Nuclear forces in the electron pair mesotron. Phys. Rev. 69, 125 (1946).
theory (in German). He1v. Phys. Acta King and Van V1eck, Dipole-dipole reso-
u, 175 (1942). nance forces . Phys. Rev. 55, 1165
Jauch and Hu, On the mixed meson (1959).
theory of nuclear forces . Phys. Rev. 65 , Kitte1, The fine structure of nuclear
289 (1944). energy leveis in the alpha model. Phys.
Johnson and Primakoff, Relations be- Rev. 62, 109 (1942).
tween til e second and higher order pro- Knie, Nuclear potential of the deuteron.
cesses in the neutrino-electron field Publ. Fac. Cienc. Fis. Mat. La P1ata
theory. Phys. Rev. 51, 612 (1957). No. 156, 529 (1940).
Johnson, Correction for nuclear motion Kothari and Au1uck, Surface tension of
in H 3 . Phys. Rev. 60, 515 (1941). nuclear matter and the enumeration of
Jordan, Theory of atomic nuclei. Ergeb. eigenfunctions of an enclosed particle.
d. exakt. Naturwiss. 16, 47 (1957). Nature 159, 204 (1947).
Jordan, Nuclear forces . Naturwiss. 25, Kramers, Wave mechanics and semi-
275 (1957). numerical quantization. Z, Phys. J9,
Jordan, Themy of elementary particles. 828 (1926).
Z. Phys. Jl1, 498 (1959). Kroeger, The binding energy of 018 . ·
Jost, On the charge dependente of nu- Phys. Rev. H , 10411 (1958).
clem· forces in the vector mesón theory Krogdah1, The intet·action of a proton
without neutral mesons (in German). and a helium atom in its excited states.
Hclv. Phys. Acta 19, 115 (1946). 11. Astrophys. J . 102, 64 (1945).
Kahan, Themy of the deuteron: proton- Kusaka, Quantization of the. wave field
neutron interaction . C. R ., Paris 204, for particles with spin Jj 2. Phys. Rev.
414 (1957). 61 , 205 (1942).
Kahan, .Theory of the deuteron. J. Phys. Kusaka, Difficulties of the meson theories
Rad. 8, 281 (1957). of nuclear forces . Phys. Rev. 70, 794
Kakinuma, Coulomb force between elec- (1946).
tmn and proton. Proe. Phys.-Math. Soe. Kwa1, On the wave mechanics of elemen-
Jap. (5) 19, 505 (1957). tary particles. C. R ., Paris 218, 548
Kar, Pmton-proton intemction and Yu- (1944).
kawa part icle. lndian J. Phys. Ui, 187 Kwa1, On the wtiVe medranics of elemen-
(1942). tmy particles. (;. R ., Paris 218, 615
Kar and Roy, A self-cumistent method (1944).

[ 306]
Lamb and Schiff, On the electromagnetic ory of the alpha particle. Phys. Rev. H ,
properties of nuclear systems. Phys. 422 (1958).
Rev. H, 651 (1958). Margenau and Carroll, The bind energy
Lamb, Deviation from the Coulomb law of Lia. Phys. Rev. H , 705 (1958).
for a proton. Phys. Rev. 56, 584 (1959). Margenau, Binding energy of He6 and
Lamb, Deviation from .the Coulomb law nuclear forces. Phys. Rev. H , 1175
for·a proton. Phys. Rev. 57, 458 (1940). (1 959).
Landau, Statistical theory of nuclei. Phys. Margenau, 1nteraction of alpha particles.
Z. Sowjet. 11, 556 ( 1957). Phys. Rev. 59, 57 (1941).
Landé, Neutrons in the nucleus. Phys. Margenau, Statistics of excited states of
Rev. 43, 620 (1955). nuclti. Phys. Rev. 59, 627 (1941).
Landé and Thomas, Finite self energies Marshak, Hearry electron pair theory of
in radiation theory. Part II. Phys. Rev. .nuclear forces . Phys. Rev. 57, I 101
60, 514 (1941). (1940).
Langer, Interaction betwun neutrons Marvin, Mu t ual magnetic interaction uf
and protons. Phys. Rev. 45, 157 (1954). electrons. Phys. Rev. 71 , 102 . (1947).
Lattes and Wataghin, On the abundante Massey and Mohr, Jnteraction of light
of nuclti in the universe. Phys. Rev. 69, nuclei. Part II. Binding energies of 1H 3
257 (1946). and 2 H3. Proc. Roy. Soe. 152, 695
Laue, Quantum theory of the atomic nu- (1m).
cleus. Z. Phys. 52, 726 (1929). Massey and Buckingham, Collisions of
Lubanski, Remarh on the theory of neutrons with deuterons and the na-
mixed meson fields (in English). Ark. ture of nuclear forces. Nature 146, 776
Mat. Astr. · ·ys. JOB, No. 7 (1944). (1940).
Ma, Deviation from ti•• Coulomb law for Matricon, Application uf the metlwd of
the proton. Proc. Camb. Phil. Soe. )6, lhe self-consistent field to atomic nuclei.
441 (1940). C. R., Paris 206, 651 ( 1958).
Ma and Yu, Electromagnetic properties Matricon, Application of .method of self
of nuclei in the meson theory. Phys. consiste11t field to atQmic nuclti. C. R.,
Rev. 62, 118 (1942). Paris 206, 1809 ( 1958). ·
Majorana, Nuclear theory. Z. Phys. 82, M-ller, The theory of nuclear forces.
157 (1955). Nature 142, 290 (1958).
Majorana, Symmetrical theo·ry of elec- M,.ller and Rosenfeld, Tht electric quad-
trons and protons. Nuovo Gim. 14, 171 rupole moment of th e deuteron and
(1957). the field theory of nuclear forces . Na-
March, Foundations and applications of ture 144, 476 (1959).
the statistical metric. Z. Phys. 105, 620 M,.ller, Distante of energy leveis of
(1957). atomic nuclti. Phys. Z. 40, 615 (1959).
March, Theory of nuclear forces. Z. Phys. Mo!z and Feenberg, Th e spacing of en-
106, 552 (1957). ergy letJels in light nuclti. Phys. Rev.
Margenau, Possiblt models of an electro- 54 , 1055 (1958).
static 11eutron. Phys. Rev. 45 , 559 Murard, Behavior of particles in an ex-
(1954). t•'fior field : application to the nucleon.
Margenau, Complex neutron. Phys. Rev. C. R., Paris 221 , 547 (1945).
46, 107 (1954). Murard: Properties of some types of par-
Margenau, Nuclear energy leveis and the ticles. A pplication to the nucleon. C.
model of a potential hole. Phys. Rev. R., Paris 219, 577 (1944).
46, 615 (1954). Murard, On lh e various types of elemen-
Margenau, Relativity ·and nuclear forces . tary pat·ticles. C. R ., Paris 221 , 607
Phys. Rev. 50, 542 (1956). (1945).
Margenau, Excited states of the alpha Nagakura, Reaction betwun very light
particle. Phys. Rev. 5J, 198 (1958). nuclti. Proc. Phys.-Math. Soe. Jap (5)
Margenau and Tyrrell, V4!·iational tht- 20, 97 7 (1958).

[ 307]
Nahbayasi, Nucl~ar forces (in German). Peng, On the divergenc~ diflicully of
"t ·onuku Univ. Sei. Rep. 2J, 1141 quantized field theories and the rig·
(19~7) . orous treatment of radiation reaction.
Nl•kabayasi, Exchange character of nu· Proc. Roy. Soe. 186, 119 (1946).
clear forces from the b~ta decay theory Perrin, Neutral particles of intrinsic 1114.1.1
(in. German). Toholtu Uni v. Sei. Rep. zero. C. R., Paris 197, 1625 (1955).
26, 261 ( 19~7) . P~tiau, Waueequation of a corpuscle with
Nagamiya and Noguchi, A liquid model two mass states capable of represent-
of atomic nuc/~i. Proc. Phys.-Math. Soe. ing the proton-neutron. C. R., Paris
Jap. (!I) 24, ~06 (1942). 209, 194 (19~9).
Oppcnheimer and Serber, The density P~tiau, On th~ theory of the particle of
of nucle11r leveis. Phys. Rev. JO, !191 spin 1. J. Phys. Rad. 6, 62 (1945).
(19!16). P~tiau, On the interactions between ma-
Oppcnheimcr anel Schwinger, On the in- terial particles exerted by m~ans of a
teractiun of mesotrons and nucl~i. Phys. particle of spin 2 hf21r. J. Phys. Rad. 6,
Rev. 60, 150 (1941). 115 (1945).
Ore, Binding energy of polyel~ctruns. Pétiau, The wave equations of particles of
Phys. Rev. 70, 90 (1946). arbitra•y spin. 1. J. Phys. Rad. 7, 124
Pais, Lifetime ofthe neutral meson. Na- (1946).
ture H6, 715 (1945). P~tiau, On the wave equations of par-
Pais, On lhe theory of the electrnn and ticles of arbitrary spin . II. J. Phys. Rad.
of the nucleon. Phys. Rev. 68, 227 7, 181 (1946).
(1945). Pétiau, Matrix theory ofthe representa-
Pais, On th~ self ~n~rgy of m~sons (in tions of particles of spin hf21r. Rev.
English). Physica 12, 81 (1946). Sei., Paris 83, 67 (1946).
Pais, On the theory of elem~ntary par- Phillips and Feenberg, Coulomb e>e·
ticles (in English). K. Ned. Altad. Wet. change ~nergy in light nuclei. Phys.
Verh. 19, I (1947). Rev. J9, 400 (1941).
Pauli, On th~ question ofth~ th~oretical Plau, A suggestion concerning funda -
interpretatiun ofth~ satellit~s uf some mental particles. Phys. Rev. 70, 110
spectra/lin~s and th~ ~lfect of rnagnetic (1946).
fields on th~m . Naturwiss. 12, 741 Plesset, N ot~ on neutron-proton ~xchange
(1924). interaction. Phys. Rev. 49, 551 (19!16).
Pauli and Dancoff, TI•~ pseudoscalar me- Pollard, 1ndications of a simple 'Tu/e re-
son field with strong coupling. Phys. /ating nuclear resonance lev~ls with
Rev. 62, 85 (1942). atomic number. Phys. Rev. 4J, 218
Pauli, On strong coupling and weak (1954).
coupling theories of the meson field. Pollard, Evidence fur a resonance leve/
Phys. Rev. 63 , 221 (194!1). it1 the BlO nucl~us. Phys. Rev. 4J, 555
Pauli and Kusalr.a, On the theory o{ a (19~4).
mixed pseudoscalar anda uector m~son Pollard, Nuclear potential barri~rs; ~x ­
field . Phys. Rev. 63, 400 (194~) . p~·rim~nt and th~ory . Phys. Rev. 47,
Pauli, On applications ofthe >.-limiting 611 (19~5).
process to lhe theory of tl•e meson field . Presem, M ust n~utron-n~utron forc~s ~x ­
Phys. Rev. 64 , ~~2 (194~). ist in the 1 HS nucl~us1 Phys. Rev. 48,
Pauli and Hu, On the strong coupling 640 (1955).
case for spin-d~pendent interactions in Presem, Proton-proton forces in anom·
scalar and uector pair theories. Rev. a/ous scattering and in nucl~ar binding.
Mod. Phys. 17, 267 (1945). Phys. Rev. 48, 919 (19~5) .
Peierls, Theory of nuclear forces . Nature Presem, Proton-proton forces in anom-
UJ, 687 (1940). alous scatt~ring and nuclear binding.
Peierls, Fundamental particles. Nature Phys. Rev. 49, 201 (1956).
JJ8, 775 ( 1946). Presem, M ust n~utron-n~utron forces ex-

[ 308]
isl in lhe HS nucleus1 Phys. Rev. 50, Schiff, Excited slalt Qf HeS . P:.ys. Rev.
655 (1956). 54, 92 (1938).
Present, A note on nuclear radii. Phys. Schilf, Snyder and Weinberg, On the
Rev. 60, 28 (1941). existence of slationary states of the
Preston, Radii of lhe nuclei of natural mesotron field. Phys. Rev. 57, 515
alpha emitters. Phys. Rev. 69, 535 (1940).
(1946). Schilf, Field lheories for charged parlicles
Primak.off and Holstein, Many body in- of arbilrary spin. Phys. Rev. 57, 905
leractions in atomic and nuclear rys- (1940).
lems. Phys. Rev. H, 1218 (1939). Schoenberg, On lhe theory of inleger
Racah, Symmelry between particles and spin mesons. Phys. Rev. 60, 468 ( 1941 ).
' anli-parlicles. Nuovo Cim. 14, .322 Schoenberg, The eleclron's self energy.
(1937). Phys. Rev. 67, 193 (1945).
Racah, Theory of complex spectra. I. Schrõdinger, Systematics of meson ma-
Phys. Rev. 61, 186 (1942). lrices. Proc. R . lrish Acad. 49 A, 29
Radzinsk.i, Binding energy of NU (in (1943).
German). Acta Phys. Polonica 7, 231 Schüler, On the deviation from spherical
(1938). rymmetry in several alomic nuclei.
Rarita and Present, On lhe nuclear 2, J Phys. Z. J6, 812 (1955).
and ~ body problems. Phys. Rev. 51, Schwinger, On the charged scalar meso-
788 (1937). tron field . Phys. Rev. 60, 159 (1941).
Rarita and Slawsk.y, Nuclear two-body Schwinger, On a field theory of nuclear
varialional problem. Phys. Rev. 54, forces. Phys. Rev. 61, 387 (1942).
I 053 ( 1938). Sen, Nuclear slructure of light atoms.
Rarita and Schwinger, On lhe neutron- lndian J. Phys. 11, 427 (1958).
prolon inleraction. Phys. Rev. 59, 436 Serber and Dancoff, Strong coupling
(1941). mesotron theory of nuclear forces.
Rarita and Schwinger, On lhe exchange Phys. Rev. 6J, 143 (1943).
properties of lhe neulron-proton in- Serpe, The theory of lhe meson and lhe
leraction. Phys. Rev. 59, 556 (1941). electromagnetic properlies of àtomic
Rarita and Schwinger, On a lheory of nuclei (in French). Physica 11, 495
particles with half-inlegral spin. Phys. (1946).
Rev. 60, 61 (1941). Sexl, Choice of nuclear slalislics. Natur-
Renner, Representation of elemenlary wiss. 25, 153 (1937).
particles lry models. Naturwiss. 26, 136 Sexl, On a simple derivation of nuclear
(1958). dispersion formula. Z. Phys. 115, 571
Rogen and Rogers, An independent de- (1940).
lermination of the binding energy of Share and Breit, Relalivislic effects for
lhe deuleron . Phys. Rev. H , 265 (1939). lhe deuleron . Phys. Rev. 52, 546 (1937).
Rosenfeld, Meson theories in fi ve dimen- Share, The exciled slales of the HS and
sions (in English). Proc. K. Akad. Am- H e• nuclei. Phys. Rev. 5}, 875 (1938).
sterdam 45, 155 (1942). Siegert, Note on lhe interaction between
Rutherford, Slruclure of alomic nuclei. nuclei and electromagnetic 1'adiation.
Proc. Roy. Soe. 12}, 373 (1929). Phys. Rev. 52, 787 (1937).
Sachs and Goeppert-Mayer, Calculations Sizoo, Energelic stabilily of isobaric nu-
on a new neutron-prolon interaction dei (in English). Physica 4, 467 (1937).
potential. Phys. Rev. H, 991 (1938). Slater, The theory of complex spectra.
Saha, Sirk.ar and Mukherji, Structure of Phys. Rev. }4, 129~ (1929).
atomic nuclei. Proc. Nat. lnst. Sei. ln- Snyder and Weinberg, Slalionary slates
dia 6, 45 (1940). of scalar and vector fields . Phys. Rev.
Scherrer, Jnteraction belween elemenlm-y 57, 307 (1940).
particles (in German). Helv. Phys. Solomon, Statistical lheory of nuclei. C.
Acta 14, 81, 130 (1941). R ., Paris 207, 910 (1938).

[ 309]
Solmuon, Neut-ralmesotrons and electron Svartholm, The binding energies of the
pairs. C. R., Paris 209, 678 ( 1939). lightest atomic nuclei with an appli-
Solomon, Theory uf th e deuteron . C. R., cation of the theory of integral equa-
Paris 210, 477 (1940). tiom to the eigenvalue problems. Univ.
Sommerfeld, Higher iunization potentials Lund (Thesis Phys. Inst.) (1945).
of atoms according to the Thomas· Taketani and Sakata, Wave equation of
Fermi model. Z. Phys. 80, 415 (1933). the meson. Proc. Phys.-Math . Soe. Jap.
Soonawala, The structure of atomic nu- (3) 22, 757 ( 1940).
clei. Indian J. Phys. 16, 291 (1942) . Taub, Solutio•u o{ equatiom for par-
Stephens, Effect o[ th e Coulomb force on ticles of spin zero or one when no field
binding ene•·gies of light nuclei. Phys. is present . Phys. Rev. 57, 807 (1940).
Rev. 57, 938 (1940). Teller and Wheelcr, On the rotation of
Stueckelberg, lnteraction between ele- the atomic •wdeus. Phys. Rev. H, 778
mentary particles. C. R., Paris 207, 387 (1938).
(1!138). Thomas, The i11teractiun between a neu-
Stueckelberg, lnteraction energy in elec- tron and a pmtun and the structure
trodynamics and in the field theury o{ H3 . Phys. Rev. 47, 903 (1935).
of nuclear forces (in German). Helv. Tobias and Scgre, High energy carbon
Phys. Acta 11, 225 (1938). nuclei. Phys. Rev. 70, 89 (1946).
Stueckelberg, lnteraction forces in elec- Tomonaga, Kinetic e11ergy of the nucleus
trodynamics and in the field theory in the Hartree-FoL"k model. Tokyo
of nuclear forces (in German). Helv. Inst. Phys. Chem. Res. 32, 229 (1937).
Phys. Acta 11, 299 (1938). Tonnelat, A new type uf unitary theory
Stueckelberg, Rigorous theory of inter- -study of the particle of spin 2. Ann .
action between nuclear particles. Phys. Phys., Paris 17, 158 (1942) .
Rev. 54 , 889 (1938). Turner, The missing heavy nuclei. Rev.
Stueckelberg and Patry, lnteraction be· Mod. Phys. 17, 292 (1945).
tween nuclear particles (in German). Tyrrell, Carroll and Margenau, Binding
Helv. Phys. Acta 12, 300 (1939). energies of light nuclei. Phys. Rev. 55,
Stueckelberg and Patri, Classical theory 790 (1939).
of exchange forces (in German). Helv. Tyrrell, The nuclear fi ve-body problem.
Phys. Acta /J , 167 (1940). Phys. Rev. 56, 250 (1939).
Stueckelberg, lnfluence o{ the pseudo- Umeda, Tomonaga and Ono, Mutual
scalar field on the classical theory o{ ex- potential energy between two deu-
change forces (in French). Helv. Phys. terons (in German). Tokyo Inst. Phys.
Acta /J , 347 (1940). Chem. Res. 32, 87 ( 1937).
Stueckelberg, Difficulties in th e field the- Umeda and Ono, Dynamic fluid model
ory of exchange forces. Phys. Z. 4 I , of atomic nucleus (in German). Tokyo
523 (1940). Inst. Phys. Chem. Res. 32, 120 (1937).
Stueckelberg, The difficulty in th e field Umeda, Density of nuclear energy leveis
theory uf excha11ge forces. Z. techn. on the oscillator model (in German).
Phys. 21 , 275 (1940). Tokyo Inst. Phys. Chem. Res. 33, 197
Stueckelberg, New model o{ the point (1938).
electron uf classical theory (in French). Umeda, Contribution of flu ctuation link-
Helv. Phys. Acta 14, 51 (1941). age to nuclear excitation energy (in
Stueckelberg, A p•·inciple connecting the German). Tokyo Inst. Phys. Chem.
theory of relativity and quantum the- Res. 36, 57 (1939).
ory (in French). Helv. Phys. Acta 16, Vand, A note on the analysis o{ the nu-
173 (1943). clear binding energies. PhiL Mag. (7)
Stueckelberg, Present state of the theories 34, 280 (1943).
o{ elementary particles and of quanta Van Isacker, Qn the decomposition of
(in French). Experientia /, 33 (1945). the equations for a particles o{ ar-

[ 310]
b.itrary spin. C. R ., Paris 219, 5 I i cal notions to normal :ta te of lhe
(1944). nucleus. Z. Phys. llJ, 482 (1939).
Van Lier and Uh1enbeclt, Statistical cal· Way, Photoelectric cross section of the
culation of density of ene>-gy leveis of deuteron . Phys. Rev. 51 , 552 (1937).
nuclei (in English). Physica ~ . 531 Way, A simple picture of the binding
(1937). energies of H S and He6 . l'hys. Rev. 56,
Véronnet, Constitution of atomic nuclei. 556 (1939).
C. R., Paris 207, 42 (1938). Wefelmeier, Geometrica/ mude/ of the
Villars. A contribution to the deuteron atomic nucleus. Z. Phys. /07, 332 (1937).
problem (in German). He1v. Phys. Wefelmeier, Nuclear prope>-ties of Sm
Acta 19, 325 (1946). and its structural isome>-ism. Ann.
Volltoff, Tensor forces and heavy nuclei. Phys., Leipzig J6, 3H (1939).
Phys. Rev. 62, 126 (1942). Wefelmeier, A model uf the transuranic
Vo1koff, A note on exchange tensor forces elements. Naturwiss. 27, 110 (1939).
in heavy nuclei. Phys. Rev. 62, 134 Weisskopf and Wigner, Ca/culation uf
(1942). lhe natural breadth of spectral /ines on
Vo11toff, On the lacft of saturation of ex- lhe basis of Dirac's theory. Z. Phys. 6J,
change tensor forces. Phys. Rev. 62, 54 (1930).
304 (1942). Weisslr.opf, Exchange forces between ele-
Vo1z, Magnitude of nuclear forces . Z. mentmy particles. Phys. Rev. 50, 1187
Phys. 105, m (1937). (1936).
Wa1sh, The point singularity in a non- Weisskop~. Statistics and nuclear •·eac-
/inear meson theory. Proc. R. Irish tions. Phys. Rev. 52, 295 (1937).
Acad. 50A , 167 (1945). Weizsacker, The forces valid for the
Wang, On the binding energy of deu- struclure of the nucleus. Phys. Z. ]6,
te>-on and the neutron-proton scatter- 779 (1935).
ing by a new potential. Phys. Rev. 66, Weizsaclr.er, Theory of nuclear masses.
103 (1944). Z. Phys. 96, 431 (1935).
Wang and Tsao, An attempt at finding Weizsacker, N uclear structure mudeis.
the re/ationship between nuclear forces Naturwiss. J6, 209, 225 (1938).
and the gravitationa/ force . Phys. Rev. Weizsaclr.er, On the WefelmeieT model uf
66, 155 (1944). the transuranic elements. Naturwiss.
Wang and Tsao, Re/ationship between 27, m (1939).
nuclear force and gravitational force . Wentzel, A generalization of lhe quan-
Nature 155, 512 (1945). tum conditions for the purpuses of
Wang, Ca/cu/ation of the binding ene>-gy wave mechanics. Z. Phys. J8, 518
of the deuteron and the neutron-pro- (1926).
ton scatte>-ing by a new potentia/. Phys. Wenuel, Heavy electru~s and theories
Rev. 68, 163 (1945). of nuclear phenomena. Naturwiss. 26,
Wang, A calcu/ation of the binding en· 273 (1938).
e>-gies of HS and He• with a new po- Wentzel, Hypothesis uf higher prutun
tentia/. Phys. Rev. 70, 492 (1946). isobars (in German). Helv. Phys. Acta
Wang, Neutron and negative proton . . 14, 2 (1941).
Nature 157, 549 (1946).
Wentzel, Pair theo•y uf nuclear forces
Warren and Margenau, Note on the
(in German). H elv. Phys. Acta 15,
va/idity of methods used in nuclear
III (1942).
ca/culations. Phys. Rev. 52, 1027 ( 1937).
Wataghin, On the abundance of nuclei Wentzel, Saturation clliJ racter uf nuclear
in the universe. Phys. Rev. 70, 430 forces and mesons (in Gennan). H elv.
(1946). Phys. Acta 15, 685 (1942).
Watanabe, Light atomic nuclei and the Wentzel, Theory of meson fields with
Hartree mode/. Z. Phys. 112, 159 (1939). strong coupling to nucleons (in Gcr-
Watanabe, Application of thennodynam- man). H elv. Phys. Acta /6, 222 (19H).

[ 311 ]
Wentze1, Vector meson theory (in Ger- Wigner, Critchfie1d and Teller, The elec-
man). He1v. Phys. Acta 16, 551 (1943). tron·positron field theory of nuclear
Wentze1, On the deuteron problem ll forces . Phys. Rev. 56, 550 (19~9).
(in German). He1v. Phys. Acta 17, 252 Wigner and Feenberg, Symmetry prop-
(1944). erties o{ nuclear leveis. Rep. Phys. Soe.
Wentze1, Recent research in meson the- Prog. Phys. 8, 274 (1942).
ory. Rev. Mod. Phys. 19, I (1947). Wilson, The calcu/ations of processes in-
Wergeland, Meson theory and nuclear volving mesons by matrix methods.
forces . Phys. Rev. 60, 835 (1941). Proe. Camb. Phil. Soe. 35, 565 (1940).
Whee1er, The dependences of nuclear Wilson, A spherical shell nuclear model.
forces on velocity. Phys. Rev. 50, 643 Phys. Rev. 69, 558 (1946).
(1936). Winans, A classical model for the nu-
Whee1er, Melecular viewpoints in nu• deus. Phys. Rev. 71, 579 (1947).
clear structure. Phys. Rev. 52, 1083 Wisniewski, Model of atomic nuclei (in
(1937). German). Acta Phys. Po1onica 6, 125
Whee1er, On lhe mathematical descrip- (1957).
tion o{ light nuclei by lhe metlwd of Wisniewski, Attempt ai a theory of lhe
<resonating group structure. Phys. Rev. nucleus (in French). Acta Phys. Po1on-
52, II07 (1937). ica 6, 355 ( 1937).
Whee1er, Wave functions for large a•·gu- Wisniewski, Structuu of. ·alomic nuclei
ments by lhe amplitude phase methol. (in French). Acta Phys. Po1onica 7, 5
Phys. Rev. 52, 1125 (1937). (1958).
Whee1er, The alpha particle model and Wisniewski, Theory of proton (in French).
the properties of the nucleus Bes. Acta Phys. Po1onica 7, 510 (1959).
Phys. Rev. 59, 27 (1941). · Yamanouchi, Binding energieJ o{ atomic
Whee1er and Ladenburg, Mass of lhe nuclei. PMI I. Proe. Phys.-Math. Soe.
meson by the method of momenturn Jap. (5) 19, 557 (19~7) .
loss. Phys. Rev. 60, 754 (1941). Yamanouchi, Binding energies o{ atornic
Whee1er, The stability of polyelectrons. nuclei. Pari li . Proe. Phys.-Math. Soe.
Ann. N. Y. Acad. Sei. 46, 221 (1946). Jap. (3) 19, 790 (1957).
White, Creutz, De1sasso and Wilson, Posi- Yamasaki, On lhe rneson theory involv-
trons from light nuclei. Phys. Rev. 59, ing a mixture o{ scalar and pseudo·
63 (1941). scalar fields. Pari I . Proe. Phys.-Math.
Wick, On the interaction between neu~ Soe. Jap. (3) 25, 659 (1945).
trons and protons. Z. Phys. 84, 799 Yamasaki On lhe meson theory involv-
(1933). ing a mixture o{ scalar and pseudo-
Wick, Properties of the nucleus. Nuovo scalar fields. Pari II. Proc. Phys.-Math.
Cim. 11, 227 (1954). Soe. Jap. (5) 26, 32 (1944).
Wightman, Pais' f-fie/d theory and lhe Yost, Wheeler and Breit, Coulomb func-
mirror nuc/ei. Phys. Rev. 71, 447 tions in repulsive fields . Phys. Rev. 49,
(1947). 174 (1936).
Young, Note on lhe interaction o{ nu-
Wigner, On lhe mass defect o{ helium.
clear . particles. Phys. Rev. 48, 915
Phys. Rev. 43, 252 (1955).
(1935).
Wigner, Saturation of exchange forces. Young, On lhe shape and stability of
Proc. Nat. Acad. Sei. 22, 662 (1956). heavy nuclei. Phys. Rev. 55 , 1102
Wigner, On lhe consequences of lhe sym- (1939).
metry of the nuclear Hamiltonian on Yukawa, Interaction of elernentary par-
lhe spectroscopy of nuclei. Phys. Rev. ticles. Pm·t I . Proe. Phys.-Math. Soe
51 , 106 (1937). Jap. (3) 17, 48 (1935).
Wigner, On the structure o{ the nuclei Yukawa and Sakata, Interaction o{ ele·
beyond oxygen. Phys. Rev. 51, 947 mentary particles. Pari IJ. Proe. Phys.-
(1957). Math. Soe. Jap (3), 19, 1084 (1937).

[ 312]
Yukawa, Salr.ata and Taketani, Interac- gration of lhe diplon . Int. Conf. Phys.,
tion of elementary particles. Pari III . London I , 9~ (19~4) .
Proc. Phys. Math. Soe. Jap. (~) 20, ~19 Bethe and Peierls, The " neutrino." Na-
(19~8) . ture 133, 5~2 (19~4).
Yukawa, Sakata, Kobayasi and Taketani, Bethe and Peierls, The neutrino. Nature
lnteraction of elementary particles. m, 689 (19~4) .
Pari IV. Proc. Phys.-Math. Soe. Jap. Bethe, Theory of disintegration of nu-
(~) 20, 720 (19~8) . dei lry neutrons. Phys. Rev. 47, 747
Yukawa and Sagata, Mass and mean life (19M).
time of lhe meson. Nature 143, 761 Bethe and Heitler, Stopping power of
(19~9). fast particles and lhe creation of elec-
Yukawa, Remarlts on lhe nature of the trou pairs. Proc. Roy. Soe. 146, 8~
mesotron. Z. Phys. Jl9, 201 (1942). (19~4).
Bethc, Nucleus radius and lhe many-
body problem. Phys. Rev. 50, 977
CAPÍTULO DEZ (19~) -
Bethe, Disintegratio11s of very heavy 11U-
clei lry deuterons. Phys. Rev. 51, 1004
Teoria (19~7) .
de Processos Bethe, Nuclear Physics. Pari II. Nuclear
dynamics. Rev. Mod. Phys. 9, 69 (19~7) .
de Desintegração Bethe, The Oppenheimer-Phillips pro-
cess. Phys. Rev. H, ~9 (1938).
Alichanian and Berestezky, On lhe in- Bethe and Critchfield, The formation
terpretation of beta disintegration dota. of deuterons by proton combination.
Phys. Rev. 55, 978 (19~9) . Phys. Rev. H, 248 (1938).
Alvarez, Electron capture and internal Bethe and Critchfield, On lhe fonnation
coiiVersion in Gae•. Phys. Rev. H, 606 of deuterons by proton combination.
(19~8). Phys. Rev. H , 862 (19~8) .
Alvarez, Helmholz and Nelson, lsomeric Bethe, Energy production in stars. Phys.
silver and the Weizsiicker theory. Phys. Rev. 55, 10~ (19~9).
Rev. 57, 660 (1940). Bethe, Energy production in stars. Phys.
Badarau, Passage of particles through Rev. 55, 434 (19~9) .
Coulomb P~Jiential barriers. C. R., Bethe and Nordheim, On lhe theory of
Paris 207, 842 (19~8) . meson decay . Phys. Rev. 57, 998 (1940).
Badarau, Passage and diffusion of par- Bethe, Multiple production of mesons
ticles across Coulomb potential bar- by protons. Phys. Rev. 70, 787 (1946).
riers. C. R., Paris 207, lO~ (19~8). Bhabha, Creation of electron pairs by
Badarau, Passage of particles through fast charged particles. Nature IH , 934
Coulomb potential barriers. C. R., (1934).
Paris 209, 89 (19~9). Bloch and Gamow, On lhe probability
Bardham, Nuclear structure of radio- of gamma ray emission. Phys. Rev. 50,
active substances. Phil. Mag. (7) 25, 260 (1936).
10~~ (19~8). Bloch, On the continuous gamma radia-
Barnóthy and Forró, Proper lifetime of tion accompanying the beta decay.
lhe mesotron. Phys. Rev. 60, !54 (1941). Phys. Rev. 50, 272 (1936).
Bell, Bond energies and repulsive en- Bohr and Kalckar, On lhe transmutation
ergies in proton transfer reactions. of atomic nuclei by impact of materiar
Trans. Faraday Soe. 37, 49~ (1941). particles. I. Çeneral theoretical re-
Bessey, On the theory of lhe internal marlts. Kg!. Danske Vid. Seis. 14, No.
conversion of gamma radiation. Phys. 10 (1936).
Rev. 61, 544 ( 1942). Bohr, Nuclear photo~ffects. Nature 141,
Bethe and Peierls, Photoelectric disinte- 326 (1938).

[ 313]
Bohr, Peierls and Placzek, Nuclear re- proton induced reactions in Li. Phys.
actions in the continuous energy re- Rev: 63, 219 (194~).
gion . Nature 14-1, 200 (19~9) . Critchfield and Teller, On lhe angular
Booth and Wilson, Radiative processes distribution of alpha particles pro-
involving fast mesons. Proc. N.oy. Soe. duced in the Li1-proton reaction . Phys.
175, 48~ (1940). Rev. 60, 10 (1941).
Boro, Theory of nuclear disintegration. Critchfield and . Wigner, The anti-rym-
Z. Phys. 58, ~06 ( 1929). metrical interaction in beta decay
Borsellino and Ghizzetti, Formation of theory. Phys. Rev. 60, 412 (1941).
electron-pairs lry gamma rays in the Critchfield, On the theoretical half-lives
fieid of an electron. Ric. Sei. Recostruz. of beta activities. Phys. Rev. 61 , 249
16, 625 (1946). (1942).
Bramley, K-A transformation. Seience 86, Critchfield, Tluoretical half-lives of beta
424 (19~7). transitions. Phys. Rev. 61, ~87 ( 1942).
Breit and Yost, Captw·e of charged par- Critchfield, The anti-rymmeh'ical inter-
lides lry nuclei due to emission of action in beta decay theory. Phys. Rev.
gamma radiation. Phys. Rev. 46, lllO 6} , 417 (194~) .
(19~4). Curie, Empírica/ determination of the
Breit and Yost, Radia tive captu•·e of p•·o- atomic number Z A corresponding to
tons lry C. Phys. Rev. 48, 20~ (19~5). the maximum stability of atoms of
Breit and Condon, The photoelect>·ic ef- mass number A. J. Phys. Rad. 6, 209
fecl of the deuteron . Phys. Rev. 49, (1945).
904 (19~6). Dancoff and Morrison, Note on internal
Breit and Wigner, The disintegration of conversion of arbitra>ymultipole order.
Li8. Phys. Rev. 51, 59~ (19~7) . Phys. Rev. 58, 149 ( 19~8) .
Breit and Knipp, N ote on K-electron Dancoff and Morrison, The calculation
capture in Be1 . Phys. Rev. 54, 652 of internal conue•·s ion coef!icients. Phys.
(19~8) . Rev. 55, 122 (19~9).
Breit, Schematic treatment of nuclear Dancoff, Short range alpha' s in natural
resonances. Phys. Rev. 69, 472 (1946). radioactivity. Phys. Rev. 70, 116 (1946).
Breit and Darling, Calculation of angu- Delbruck and Gamow, Tmnsition prob-
lar distributions in resonance reac- abilities o( excited nuclei. Z. Phys. 72,
tions. Phys. Rev. 71 , 141 (1947). 492 (19~1) .
Camp, Heavy partirle interactions frorn Dennison, Excited states of lhe OI& nu-
beta decay theory. Phys. Rev: 51 , 1046 deus. Phys. Rev. 57, 454 (1940).
(19~7) . Diemer and de Vries, On lhe activ ities
Carlson and Oppenheimer, On multi- caused by nea..ty thermal neutrom (in
plicative slwwers. Phys. Rev. 51, 220 English). Physica 11, M5 (1946).
(19~7) . Dube and Jha, On lhe theory of emis-
Chang and Wang, Analysis of beta dis- sions of alpha particles from radio-
integration data . li. The probability active nuclei. Indian J. Phys. 17, ~44
of beta disintegration and lhe com- (194~).
plexity of the atomic nuclei (in En- Eastman, Energy of remotml of neutrons
glish). Sei. Rec. Acad. Sinica 1, 10~ and alpha particles frmn nuclei and
(1942). alpha ins~ability below lhe radio-ele-
Cherdynzev, Binding ene•·gy of lhe atom- ments. Phys. Rev. 46, 2~8 (19M).
ic nucleus antl alpha decay. Phys. Z. Eisner, lnterpretation ofthe angular dis-
Sowjet. 13, 170 (19~8) . tribution of alpha's from Li1 (p, a)a.
Colby and Little, Possible results of a Phys. Rev. 65, 85 (1944).
new reaction. Phys. Rev. 70, 437 (1946). Ellickson, A metlwd of calculating flu c-
Cooper, On the separation of 11uclear tuations. Phys. Rev. 58, 572 (19~8) .
isomer:. Phys. Rev. 61 , I (1942). Ellis and Mott, Internal conversion of
Courant, On the excitation functions of gamma rays and nuclear levei rystems

[ 314]
of Th B and C. Proc. Roy. Soe. 1J9, Froh1ich, Heitler and Kahn, The plwtu·
369 (1933). disintegratiun of lhe deuteron in lh e
Ellis, Cock.croft, Peierls and Richardson, meson theury. Proc. Roy. Soe. 174, 85
Discussion on beta type of nuclear (1940).
ITansmutation. Proc. Roy. Soe. 161 , Fuchs, Stability of nuclei against beta
447 (1937). emission . Proc. Camb. Phil. Soe. J5 ,
Feather, The probability of excitation 242 (1939).
of lhe nuclew Pb208 in lhe alpha dis- Furry, On transition prob"bilities in
integration of Po. Phys. Rev. 70, 88 double beta disintegration. l'hys. Rev.
(1946). 56, 1184 (1939).
Feenberg, Does lhe alpha particle possess Gamow, Quantum them-y of nuclear dis-
excited states' Phys. Rev. 49, 528 integration. Nature 122, 805 (1929).
(1936). Gamow and Houtermans, Quantum me-
Feinberg, lonization of lhe atom due to chanics of the radiuactive nuclew. Z.
beta decay . J. Phys. USSR 4, 425 Phys. 52, 496 (1929).
(1941). Gamow, Quantum them-y uf atomic dis-
Ferber, Theoretical method in radio- ruption. Z. Phys. 52, 510 (1929).
activity. ]. Phys. Rad. 9, 557 (1958). Gamow, Fine structure of alpha rays.
Fermi and Uhlenbeck., On the recombi- Nature 126, 397 (1930).
nation of electrons and positrons. Phys. Gamow, Theory of radioactive alpha dis-
Rev. 44, 510 (1935). integratiotl. Nuclear disruption and
Fermi, A theory of lhe emission of beta excitation by alpha rays. Phys. Z. J2,
rays. Ric. Sei. 2, 12 (1933). 651 (1931).
Fermi, Theory of beta rays. Z. Phys. 88, Gamow and Rosenblum. The effective·
161 (1934). diameters of radioactive nuclei. C. R.,
Fierz, Quantization of theories of beta dis- Paris 197, 1620 (1953).
integration (in German). Helv. Phys. Gamow and Teller, Selectiun ,-ules for
Acta 10, 123 (1957); Erratum 10, 284 lhe beta disintegration . Phys. Rev. 49,
(1937). 895 (1936).
Fierz, Fermi theory of beta disintegra· Gamow, Beta decay . Phys. Z. J8, 800
tion. Z. Phys. 104, 555 (1957). (1937).
Fisk. and Taylor, The internal conver- Gamow and Teller, The rate of selective
sion of gamma rays. Proc. Roy. Soe. thermo-nuclear reactions. Phys. Rev.
146, 178 (1934). H, 608 (1938).
Flammersfeld, lsomers of lhe stable nu- Goeppert-Mayer, Double beta disintegm-
clei rhodium and silver. Z. Natur- tion. Phys. Rev. 48, 512 (1935).
forsch . 1, 3 (1946). Goertzel and Lowen, Magnetic multipile
Flügge and Krebs, Nuclear Physics. Phys. conversion for K electrons. Phys. Rev.
z. J8, 13 (1937). 67, 203 (1945).
Fowler, Matrix elements for positron de- Goeruel and Lowen, Angular con·ela-
tion of sttccessive gamma Tays. Phys.
cay. Phys. Rev. 69, 134 (1946).
Rev. 69, 555 ( 1946).
Frame, Collision of a slow alpha particle Goerue1, Angular correlation of gamma
with lithium . Proc. Camb. Phil. Soe. rays. Phys. Rev. 70, 897 (1946).
JJ, 115 (1937).
Goldhaber, Probability of artificial nu-
Frenk.el, Solid body model of heavy nu- clear lransformation and its connec-
clei (in English). Phys. Z. Sowjet. 9, tion with the vector model of lhe nu-
533 (1936). clew. Proc. Camb. Phil. Soe. JO, 561
Frenk.el, On lhe spectroscopy of heavy (1934).
nuclei. 11. Rotation and magnetic Goldhaber, Mechanism of lhe neutron
excitation leveis of heavy nuclei in con· loss of reaction produced by deuterons .
junction with soft gamma rays. J. Nature 146, 167 (1940).
Phys., USSR 4, 493 (1941). Go1dhaber, Radiation widths of highly

[ 315]
excited nuclei. Phys. Rev. 67, 59 ma quanta emitted fo/lowing beta
(I!H5). decay. Phys. Rev. 60, 168 (1941).
Gotdhaber, Width of nuclear leveis. Phys. Hamilton, Heitler and Peng, Theory of
Rev. 68, 99 (1945). cosmic-ray mesons. Phys. Rev. 64, 78
Goldstein, Theory of alpha disintegra- (1943).
tion. J. Phys. Rad. 7, 5'1.7 (1936). Harlr.ins and Madorslr.y, A graphical
Goldstein, Theory of nuclear reactions. study of the stability relations of
<.:. R., Paris 206, 52 (1958). atomic nuclei. Phys. Rev. I9, 135
Goldstein, Theory of showers of protons (1922).
and neutrons. C. R., Paris 206, 488 Harlr.ins and Gans, Inei4Stic collisions
(1938). with changes of mass and the problem
GoJdstein, Excitation mechanism in of nuclear disintegration with capture
atomic nuclei. C. R ., Paris 206, 1880 or non-capture of a neutron or another
(1958). nuclear projectile. Phys. Rev. 46, 597
Goldstein, Recombination of atomic nu- (1954).
clei. C. R ., Paris 207, 965 ·(1938). Hazen, The multiple production of pene·
Goldstein, Recoil atoms of radioactive trating particles by cosmic-ray protons
bodies. J. Phys. Rad. 8, 316 (1937). and neutrons. Phys. Rev. 64, 257 (I!H5).
Goldstein, Highly activated atomic nu- Hebb and Uhlenbeclr., Stability of nu-
clei. J. Phys. Rad. 9, 262 (1958). clear isomers (in English). Physica 5,
Gora, Fermi's theory of beta decay . Proc. 605 (1958).
lndian Acad. Sei. 4A, 551 (1956). Hebb, Theory of beta decay (in English).
Greuling, Theoretical half-lives of for- Physica 5, 701 (1958).
bidden beta transitions. Phys. Rev. 61, Heitler, Remarlts on nuclear disintegra-
568 (1942). tions by cosmic rays. Phys. Rev. 54, 875
Grõnblom, Beta decay and spin of light (1958).
nuclei. Phys. Rev. 56, 508 (1959). Heitler, On the production of mesons by
Grosev and Frank, Nuclear impulse in proton-proton collisions. II. Proc. R.
pair creation. C. R., URSS 19, 239 Irish Acad. 50.4 , 155 (1945).
(1938). Houtermans and Jordan, The hypothesis
Gueutal and Daudel, On the stability of of the variation in time of beta decay
heavy nuclei. Rev. Sei., Paris 84, 109 and the possibility of its experimental
(19.46). proof. Z. Naturforsch. I, 125 (1946).
Gumbel, Inlervals between radioactive Hoyle, Generalized Fermi interaction.
emissions. J. Phys. Rad. 8, 321 ( 1937). Proc. Camb. Phil. Soe. JJ, 277 (1957).
Gurney and Condoo, Wave mechanics Hoyle, Beta transitions in a Coulomb
and radioactive disintegration. Nature field . Proc. Roy. Soe. I66, 249 (1958).
I 22, 439 ( 1928). Hull, Calculation of activities of radio-
Gurney and Condoo, Wave mechanic; active substances in series disintegra-
and radioactive disintegration . Phys. tions . J. Phys. Chem. 45, 1505 (1941).
Rev. JJ, 127 (1929). Hulme, The internal conversion coef!i-
Gurney, Nuclear leveis and artificial dis- cient forRa C. Proc. Roy. Soe. JJ8, 645
integration. Nature /2) , 565 (1929). (1952).
Guth, Theory of electro-disintegration of Hulme, McDougall, Buclr.ingham and
Be. Phys. Rev. 55, 411 (1939). Fowler, Photoelectric absorption o(
Guth, Radiative transition probabilities gamma rays in heavy elements. Proc.
in heavy nucleí. Excitation of nuclei by Roy. Soe. 149, 151 (1935).
X-rays . Phys. Rev. 59, 325 (1941). Hulme, Mott, Oppenheimer and Taylor,
Guthrie and Sachs, On the excited states Internal conversion coef!icient for gam-
of nuclei beyond oxygen. Phys. Rev. ma rays. Proc. Roy: Soe. I 55, 515
62, 8 ( 1942). (1956).
Hamilton, Angular distribution of gam- Isidu, On the disintegration of deuterons

[ 316]
lry ntutrons. Proc. Phys.-Math. Soe. model of nuclear disintegrations. Phys.
Jap. (5) 2~, 828 (1942). Rev. H, 1004 (19!17).
ltoh, AMlysis of experimental data for Konopinslr.i and Bethe, The theory of
btta disintegration . Proc. Phys. Math. excitation functions on lhe basis of lhe
Soe. Jap. (5) 22, 551 (1940). many body model. Phys. Rev. 5~, lliO
Jaeger and Hulme, The internGl conver- (1958).
sion of X-rays with p01itrons. Proc. Konopinslr.i and Uhlenbeclr., On lhe
Roy. Soe. H8, 708 (1955). Fermi theory of beta radioactivity. II.
Jauch, On the inelastic phota-dissocia· The " forbidden" spectra. Phys. Rev.
tion of lhe deuteron. Phys. Rev. 69, 60, 508 (1941).
275 (1946). Kreisler, Disintegration of deuterons lry
Jauncey, Heauy particles and lhe neu- deuterons (in German). Acta Phys.
trino. Phya. Rev. H, 106 (1958). Polonica 6, !127 (1957).
Kahan, Nuclear disintegrations. C. R., Kurie, Richardson and Paxton, On lhe
Paris 206, 1289 (1958); Erratum 206, shape of lhe distribution curves of elec-
1420 (19!18). lrons emitted from artificially pra-
Kahan, r ..ansmutation of light nuclei duced radioactive substances. Phys.
and their theoretical interp..etation. Rev. 48, 167 (19!15).
C. R., Paris 208, 649 (1959). Kusaka, Beta decay with neutrino of spin
Kalckar, Oppenheimer and Serber, Note Jj2. Phys. Rev. 60, 61 (1941).
on nuclear phota-eUect at high en- Kusaka, The eUect of radiation damping
ergies. Phys. Rev. 52, 275 (1957). on burst produclion. Phys. Rev. 64, 256
Kalckar, Oppenheimer and Serber, Note (1945).
on resonances in transmulations of Landau, Stability of neon and carbon
light nuclei. Phys. Rev. 52, 279 (1957). with respect to alpha particle disin·
Kapur, Transmutation functions for deu· tegration. Phys. Rev. 52, 1251 (1957).
terons. Proc. Roy. Soe. /6J, 555 (1957). Langer, Excitation and disintegration of
Kapur and Peierh, Dispersion formula protons and the neutret. Phys. Rev. 45,
for nuclear reactions. Proc. Roy. Soe. 495 (1954).
166, 277 (19!18). Lifschitz, Collisions of deuterons with
. Klein, On the meson-pair theory of nu- heauy nuclei. Phys. Z. Sowjet. /J, 224
clear interaction (in English). Arlr.. (1958). o

Mat. Astr. Fys. JOA, No. 5 (1944). Lowen, Lifetimes of nuclear leveis with
Knipp and Teller, On the energy loss of respect to electric multipole radialion.
heauy ions. Phys. Rev. 59, 659 (1941). Phys. Rev. 59, 855 (1941).
Kobayasi and Utiyama, lnteraction of Lowen, K-L conversion ratio. Phys. Rev.
mesons with radiation fields. Proc. 67, 205 (1945).
Phys.-Math. Soe. Jap. (5) 22, 882 Luba115lr.i and Rosenleld, On the disin-
(1940). tegration of lhe deuteron lry electron
Kobayasi, Distinction between longitudi- impact (in German). Experientia /,
nGl and transverse mesons. Phys. Rev. 198 (1945).
59, 845 (1941). Marshalr., Beta ray speclrum of K•o and
Kofoed-Hansen, Maximum beta energies theory of beta decay . Phys. Rev. 70, 980
and lhe mass of lhe neutrino. Phys. (1946).
Rev. 71, 451 (1947).
Martins, Jnfluence of " Schwinger" forces
Kompanejez, Jnduced beta disintegralion
on nuclear processes (in French). Por-
lry central collision of an electron wilh
tugaliae Physica 2, 99 (1946).
a heauy nucleus. Phys. Z. Sowjet. 12,
U8 (1957). Massey, Creation of electron pairs lry nu-
Konopinslr.i and Uhlenbeclr., On lhe clear capture of neutrons. Proc. R.
Fermi theory of beta radioactivily. Irish Acad. HA , 77 (1958).
Phys. Rev. 48, 7 (1955). Massey and Burhop, Probability of an-
Konopinslr.i and Bethe, The evaporation nihilalion of positrons without emis-

[ 317]
siun of mdiation. Proe. Roy. Soe. 167, Oppenheimer and Serber, Note on boron
53 (1938). plus proton .-eactions. Phys. Rev . .H,
McConnell, Pruductiun and annihilation 636 (1938).
of negative protons. Proc. R. lrish Oppenheimer and Schwinger, On pair
Acad. 50A , 189 (1945). emission in lhe proton bombardment
Mercier, Theury of beta radioactivity. of fluorine . Phys. Rev. 56, 1066 (1939).
C. R., Paris 204, 1117 (1937). Oppenheimer, On the se/ection rules in
Mercier, A note on the theory of beta beta decay . Phys. Rev. 59, 908 (1941).
radioactivity. Nature 1)9, 797 (1937). Ortner, Nuclear disintegration in photo-
Migdal, Quadrupole and dipole gamma graphic films caused by cosmic rays.
radiation of -nuclei. J . Phys., USSR 8, S. B. Akad. Wiss. Wien 149, 231 (1940).
m (1944). Ostrofsky, Breit and Johnson, The exci-
M{lller, On lhe capture of orbital elec- tation function of Li under proton
trons by nuclei. Phys. Rev. 51, 84 bombardment. Phys. Rev. 49, 22 (1936).
(1937). Ostrofsk.y, Bleick. and Breit, Effects of
M{lller, Fermi theory of positron emi..- exchange forces on lhe excitation func-
sion. Phys. Z. Sowjet. JJ , 9 ( 1937). tion of Li1 under proton bombard-
Mott, Theory of excitation by collision ment. Phys. Rev. 49, 352 (1936).
with heavy particles. Proe. Camb. Phil. Pauli and Jauch, On the application of
Soe. 27, 553 (1931). Dirac's method of field-quantization to
Motz and Schwinger, Beta radioactivity the prob/em of emission of low fre-
of neutrons. Phys. Rev. 48, 704 (1935). quency photons. Phys. Rev. 65, 255
Nelson and Oppenheimer, Multiple pro- (1944).
duction of mesotrons by protons. Phys. Peierls, T he Bohr theory of nuclear r e·
Rev. 60, 159 (1941). actions. Rep. Phys. Soe. Progr. Phys. 7,
Nelson, On the pseudoscalar mesotron 87 (1941).
theory of beta decQy. Phys. Rev. 60, 830 Peng, Cascade productions of mesons.
(1941). Proe. R. lrish Acad. 49A, 245 (1944).
Nordheim, Probability of radiative pro- Perrin, Dissymmetry of positive and nega-
cesses for very high energies. Phys. Rev. tive beta spectra and intrinsic mass of
49, 189 (1936). neutrino or ergon. C. R., Paris 198,
Nordheim and Nordheim, On the pro- 2086 (1934).
duction of heavy electrons. Phys. Rev. Peters and Richman, Deuteron disin-
54, 254 (1938). tegr"tion by electron . Phys. Rev. 59,
Nordheim and Yost, On lhe matrix ele- 804 (1941).
ment in Fermi's theory of beta decay. Pollard, Potential barrier of nitrogen nu-
Phys. Rev. 51 , 942 (1937). deus. Proe. Leeds Phil. Lit. Soe. 2, 324
Nordheim, Nordheim, Oppenheimer and (1932).
Serber, The disintegration of high Pontecorvo, Probability of radiative tran-
energy pro tons. Phys. Rev. 51, 1037 sitions in nuclei. C. R., Paris 207, 230
(1937). (1938).
Oppenheimer, The disintegration of Pool and Campbell, Note on K electron
lithium by protons. Phys. Rev. 4J, 380 capture and isomerism in radiosi/ver.
(1933). Phys. Rev. 5J, 272 (1938).
Oppenheimer and Plesset, On the pro- Predmestnik.ow, Directional distribution
duction of the positive electron . Phys. in beta decay. Phys. Z. Sowjet. JJ, 32
Rev. 44, 53 (1933). (1958).
Oppenheimer, The disintegration of lhe Racah, Pair production by collision of
deuteron by impact. Phys. Rev. 47, 845 charged particles. Nuovo Cim. 14, 93
(1935). (1957).
Oppenheimer and Phillips, Note on lhe Rarita, Schwinger and Nye, The photo-
transmutation functions for deuterons. disintegration of the deuteron. Phys.
Phys. Rev. 48, 500 (1935). Rev. 59, 209 (1941).

[ 318]
Reinsberg, Angular distribution in nu- Segr~. Possibility of altering lhe decay
clear transitions. Z. Phys. I 08, I 89 rate of a radioactive substance. Phys.
(1958). Rev. 7I, 274 (1947).
Richardson, Relations in beta ray trans- Sen Chowdhury, Sargent's curves for arti-
formations and lhe neutrino theory. ficially beta active nuclei. Indian J.
Nature JJ9, 505 (1957). Phys. 17, 262 (1945).
Richman, Angular distribution in deu- Serber, Beta decay and mesotron lifetime.
teron disintegration lry electrons. Phys. Phys. Rev. 56, 1065 (1959).
Rev. 6I, 205 (1942). Sexl, Wave mechanics derivation of ra-
Rogers and Rogen, The energy-range re- dioiJctive disintegration constants. Z.
lations for deuterons, protons and Phys. 56, 62 (1929).
alpha particles. Phys. Rev . .H, 715 Sexl, Differential equation in wave me-
(1958). chanics. Theory of radioactive alpha
Rose and Uhlenbed, The formation of particle emission. Z. Phys. 56, 72 (1929).
electron-positron pairs by internal con- Sexl, Quantum mechanics of alpha radia-
version of gamma radiation. Phys. Rev. tion. Z. Phys. 59, 579 (1929).
48, 211 (1955). Sexl, Quantitativ• theory of radioactive
Rose, A note on the possible effect of alpha emission. Z. Phys. 8I, 165 (1955).
screening in lhe theory of beta disin- Siegert, On the derivation of the disper-
tegration. Phys. Rev. 49, 727 (1956). sion formula for nuclear reactions.
Rozental, Meson lifetime and radioactive Phys. Rev. 56, 750 (1959).
beta decay . Phys. Rev. 60, 612 (1941). Tamm, Beta 'Tadioactivity and nuclear
Rüchardt, On the transformations of forces. Phys. Z. Sowjet. IO, 567 (1956).
hydrogen canal rays. Ann. Phys., Leip- Taylor and Mott, A theory of lhe in-
zig 7I, 577 (1925). ternal conversion of gamma rays. Proc.
Sachs, Internal conversion in 6.4 lor Cd. Roy. Soe. JJ8, 665 ( 1952).
Phys. Rev. 57, 159 (1940). Taylor and Mott, Internal conversion of
Sachs, A note on nuclear isomerism. Phys. gamma .-ays. Proc. Roy. Soe. 152, 215
Rev. 57, 194 (1940). (1955).
Salr.ata and Tanilr.awa, Capture of meso- Thibaud, Systematic time distribution of
trons lry atomic nuclew. Proc. Phys. alpha disintegration . Ann. Phys., Paris
Math. Soe. Jap. (5) 2I, 58 (1959). 15, 225 (1941).
Salr.ata and Tanilr.awa, Spontaneow dis- Tisza, Pair production at beta disintegra-
integration of lhe neutral mesotron tion. Phys. Z. Sowjet. 11, 425 (1957).
(neutretto). Phys. Rev. 57, 548 (1940). Tsien, The characteristics of lhe nuclei
Salr.ata, Theory of the meson decay. Proc. composed of 3Li6 and lhe resonance
Phys.-Math. Soe. Jap. (5) 2J, 285 mixture. C. R ., Paris 2I8, 996 (1944).
(1941). Uhlenbeclr. and Kulper, Law of Sargent
Salr.ata, YuAawa's theory of lhe beta dis- (in German). Physica 4, 601 (1957).
integration and lhe lifetime of meson. Umeda, Amplitude factor in beta decay
Proc. Phys.-Math. Soe. Jap. (5) 2J, 291 (in German). Tolr.yo Inst. Phys. Chem.
(1941). . Res. JJ, 157 (1958).
Schiff, Resonance fluorescence of nuclei. Umeda, Nuclear excitation and partitio
Phys. Rev. 70, 761 (1946). numerorum (in German). Tolr.yo Inst.
Schiff, Discwsion of the fluorine-proton Phys. Chem. Res. JJ , 629 (1958).
resonances. Phys. Rev. 70, 891 (1946). Urry, The radio-elements in non-equilib-
Schõnherg, Beta ray selective rules and rium systems. Amer. J. Sei. 240, 426
meson decay . Phys. Rev. 56, 612 (1959). (1942).
Sedgwiclr., On lhe theory of successive Valadares, Einstein's photoelectric law
radiative transformations. Proc. Camb. and lhe phenomenon of internal con-
Phil. Soe. J8, 280 (1942). version (in French). Portugaliae Phys-
Segr~. A paradox on nuclear isomerism. ica I, 55 (1945).
Phys. Rev. 70, 445 (1946). Véronnet, Theory of radioactivity, na-

[ 319]
tural and artificial, based on nuclear of neutrons from fluorine. Phys. Rev.
constitution. C. R., Paris 207, 121 45, 846 (1934).
(1938). Yukawa, Interaction of elementary par-
Volkoff, The Oppenheimer-Phillips pro- ticles. Proc. Phys.·Math. Soe. Jap. (3)
cess. Phys. Rev. 57, 866 (1940). 17, 48 (1935).
Wang, A suggestion on the detection o.f Yukawa and Sakata, On the nuclear
lhe neutrino. Phys. Rev. 61 , 97 (1942). transformation with the absorption of
Wang and Chang, Analysis of beta disin- the orbital e/ectron. Phys. Rev. 51 , 677
tegration data . I. The Sargent curves (1937).
and Fermi and K . U . theories of beta Zavelsky, On the upper limit of the beta
radioactivity (in English). Sei. Rec . . spectrum of Th C" and Th B . ·Phys.
Acad. Si nica 1, 98 ( 1942). Rev. 55, 317 (1939).
Wataghin, On the nuclear photo-effect.
Phys. Rev. 69, 33 (1946).
Watase, Disintegration of NIS nucleus.
CAPÍTULO ONZE
Proc. Phys.-Math. Soe. Jap (3) 22, 639
(1940). Fissão Nuclear
Weisskopf, Excitation of nuclei by bom-
bardment with charged particles. Phys. Abelson, C/eavage of the uranium nu-
Rev. 5J, 1018 (1938). deus. Phys. Rev.55, 418 (1939).
Weisskopf and Ewing, Qn the yield of Abelson, Further products of U decay .
nuclear reactions with heavy elements. Phys. Rev. 55, 670 (1939).
Phys. Rev. 57, 472 (1940). Abelson, T he it(entification of some of
Weisskopf, Note on the radiation prop- the products of U ckavage. Phys. Rev.
erties of heavy nuclei. Phys. Rev. 59, 55, 876 (1939).
318 (1941). Abelson, An investigation of the products
Weizslicker, Metastable states of atomic of the disintegration of U by neutrons.
nuclei. Naturwiss. 24, 813 (1936). Phys. Rev. 56, I (1939).
Weltin, On the branching ratio of Na2 2. Adler, Growth of chain f"eaction in mass
Phys. Rev. 64, 128 (1943). containing U . C. R ., Paris · 209, 501
Wentzel, Theory of beta disintegration (1939).
and nuclear forces . Z. Phys. 104, 34 Adler and von Halban, Contra/ of the
(1936). chain .-eaction involved in fission of the
Wenuel, Beta interaction (in German). U nucleus. Nature UJ, 793 (1959).
Helv. Phys. Acta 10, 107 (1937). Ageno, Amaldi, Bocciarelli, Cacciapuoti
Wentzel, Theory of beta disintegration and Trabacchi, Fission yield by fast
and nuclear forces. Z. Phys. 105, 738 neutrons. Phys. Rev. 60, 67 (1941).
(1937). Anderson, Booth, Dunning, Fermi, Gla-
Wick, Ex citation of nuclei by fast elec- soe and Slack, The fission of U . Phys.
trons. Ric. Sei. ll , 49 (1940). Rev. 55, 511 (1939).
Wigner and Breit, The beta ray spectrum Anderson, Fermi and Hanstein, Produc-
of LiB. Phys. Rev. 50, 1191 (1936). tion of neutrons in U bombarded by
Wigner, On coupling conditions in ligM neutron:. Phys. Rev. 55 , 797 (1939).
nuclei and the lifetimes of beta radw- Anderson and Fenni, Simple capture of
activities. Phys. Rev. 56, 519 (1959). neutrons by U. Phys. Rev. 55, 1106
Wilhelmy, Resonance emergence of pro- (1939).
tons and alpha particles. Z. Phys. 107, Anderson, Fermi and Szilard, Neutron
769 (1937). production and absorption in uranium.
Wísniewski, Excited states of nuclei (in Phys. Rev. 56, 284 (1939).
French). Aclll Phys. Polonica 7, 245 Anderson, Fermi and Grosse, Branching
(1958). ratios ln the fission of una. Phys. Rev.
Wu, Remarlt on the energy distribution 59, 52 (1941).

[ 320]
Araltauu, Uemura, Sonoda, Shimizu, Bohr, Disintegration of heavy nuclei. Na-
Kimura and Muraolta, Photo-fission of ture 143, 550 (1945).
U and T h produced lry the gamma Booth, Dunning and Slack, Delayed neu-·
rays of Li and F bombarded with high tron emission frorn U. Phys. Rev. H,
speed protons. Proc. Phys. Math. Soe. 876 (1959).
Jap. (5) 23, 440 (1941). Booth, Dunning and Slack, Energy dis-
Araltauu, Sonoda, Uemura and Shimizu, tribution of U fission fragments. Phys.
Range of the photo-(usion fragments Rev . .55, 981 (1959).
of U produced by the gamma rays Booth, Dunning and Glasoe, Range dis-
of Li bombarded with protons. Proc. tribution of the uranium fission frag·
Phys.·Math. Soe. Jap. (5) 23, 655 ments. Phys. Rev . .5.5, 982 (1959);
(1941). Erratum.5.5, 1275 (1959).
Aten, Baltlter and Heyn, Transmutation Booth, Dunning, Grosse and Nier, Neu-
of thorium lry neutrons. Nature 143, tron capture by uranium. Phys. Rev .
679 (1959). .58, 47!> (1940).
Baltlter, Splitting of heavy nuclei lry neu- Bont and Floyd, Fissionability studies.
trons. Ned. T . Natuurlt. 6, 555 (1959). Phys. Rev. 70, i07 (1946).
Baldwin and Klaiber, Photo-fission in Bothe and Gentner, The energy limit of
heavy elements. Phys. Rev. 71,5 (1947). the neutrons produced by the fission of
Bed and Havas, Dissymmetry of rupture U. Z. Phys. II9, 568 (1942).
of U . C. R., Paris 208, 1084 (1959). Braun, Preiswerlt and Scherrer, Detection
Bernstein, Preston, Wolfe and Slattery, of alpha particles in the disintegration
Yield of photo-neutrons from U236 of Th . Nature 140, 682 (1957).
fission products in heavy watar. Phys. Bretscher and Coolt, Transmutations of
Rev. 71 , 140 (1947). urClnium and thorium nuclei by neu-
Bjerge, Brostrjlm and Koch, Decay curves trons. Nat1,1re 143, 559 (1959).
of U and Th fission products. Nature Broda, Determination of the upper limits
UJ, 794 (1959). of the fission cross sections of lead and
Bjlggild, Brostr6m and Lauriuen, Range bismuth for Li·D neutrons by a traclt
and straggling of fission fragments . cownt method: Nature 1.58, 872 (1946).
Phys. Rev . .59, 275 (1941). Broda and Wright, Determination of the
Bmild, Range velocity relation for fis- upper limits of the fission cross sections
sion fragments in He. Phys. Rev. 60, of lead and bismuth for Li-D neutrons
827 (1941). by a chemical rnethod. Nature 1.58, 871
Bmild, Arroe and SigurgeirssoQ, Cloud (1946).
chamber studies of electronic and nu· Brostrtlm, Koch and Lauriuen, Delayed
clear stopping of fission fragments in neutron emission accompanying ura-
di[Jerent gases. Phys. Rev. 71 , 281 niwm fission . Nature 144, 850 (1959).
(1947). Burgy, · Pardue, Willar<l and Wollan,
Bohr, Disintegration of heavy nuclei. Na- Energy of delayed neutrons f'Tom UU6
ture U3, 550 (1959). fissions . Phys. Rev. 70, 104 (1946).
Bohr, Resonance in U and T h disintegra- Chatterjee, On the spontaneous emission
tion and the phenomenon of nuclear of neutrons from uraniunt nucleus.
fission. Phys. Rev. H, 418 (1959). Indian J . Phys. 19, 211 (1945).
Bohr and Wheeler, T h e mechanism of Chlopin, Passwik-Chlopin and Wolkov,
nuclear fission . Phys. Rev . .56, 426 A particular m ode of fission of the U
(1959). nucleus. Nature 144, 59!> (1959).
Bohr and Wheeler, T he fission of pro- Cocconi, Fission of heavy nuclei. Nuovo
tactinium. Phys. Rev . .56, 1065 (1959). Cim. 16, 417 (1959).
Bohr, Velocity·range relation for fission Corson and T hornton, Disintegration of
fragments. Phys. Rev . .59, 270 (1941). U. Phys. Rev . .5.5, 509 (1959).
Bohr, Mechanism of deuteron induced Crane, Delsasso, Fowler ano Lauritsen,
fission . Phys. Rev . .59, 1042 (1941). T h e emission of negative electrons

[ 321 ]
from lithium and fluorine bombarded bardment of U and Th. Phys. Rev. .5.5,
with deuterons. Phys. Rev. 47, 971 880 (1959).
(1955). Fabre, Magnan anel Muraour, Detona·
Curie, von Ha1ban and Preiswerk, Arti- tion of nitrogen iodide by fragments
ficial production of elements of an of U bombarded by neutrons. C. R.,
unknown radioactive family by the ir- Paris 209, 456 ( 1959).
radiation of thorium by neutrons. C. Fano, Possibility of disintegration of very
R., Paris 200, 1841 (1955). heavy nuclei into two nuclei of me-
Curie, von Ha1ban and Preiswerk, Radio- dittm weight. J. Phys. Rad. 10, 229
active elemenls produced on the irra- (1959).
diation of thorium by neutrom. C. R., Farwell, Segre and Wiegand, Long range
Paris 200, 2079 (1955). alpha particles emitted in connection
Curie, von Ha1ban and Preiswerk, On the with fission. Preliminary ,·eport. Phys.
artificial creation of elements belong· Rev. 71, 527 (1947).
ing to an unknown radioactive family Fearon, Eng1e, Thayer, Swift and John-
upon irradiation of Th by neulrom. son, Results of atmosphere analyses
J. Phys. Rad. 6, 561 (1955). done at Tulsa, Okla. during the period
Curie and Savitch, Radioactive elements neighboring the time of the second
from U by bombardment with neu- Bikini atomic bomb test . Phys. Rev. 70,
trons. J. Phys. Rad. 8, 585 ( 1957). 564 (1946).
Curie anel Savitch, On the mdio-element Feather and Bretscher, Atomic numbers
of period J.) hours found in uranium of the so-called transuranic elements.
irradiated by neutron.:. C. R. 206, 906 Nature 14J, 516 (1959). .
(1958). Feather, The time involved in the process
Curie and Savitch, Radio-element of pe- of nuclear fission . Nature HJ, 597
riod J.5 hr formed in Th irradiated (1959).
with neutrons. C. R., Paris 206, 1645 Feather, Fission of heavy nuclei. Nature
(1958). 14), 1027 (1959).
Curie anel Savitch, Radio-elements Feenberg, The detonation of nitrogen
forrned by the action of neutrons on U . iodide by nuclear fission . Phys. Rev . .5.5,
Part II. J . Phys. Rad. 9, 555 (1958). 980 (1959).
Curie, Savitch and da Silva, On the radia- Fermi, Possible production of elements
tion of a body of period J ..5 hours of atomic number higher than 92. Na-
formed by uranium irradiated by neu- ture JJJ, 898 (1954).
trom . .J. Phys. Rad. 9, 440 (1958). Fermi and Segre, Fission of uranium by
Curie anel Savitch, Radio-elements alpha particles. · Phys. Rev. .59, 680
formed in U and Th irradiated by neu- (1941).
trom. C. R., Paris 208, 545 (1959). Ferretti, On a new type of artificial dis-
Demers, Pnirs nf (usion fragments from integration . Ric. Sei. 10, 55~ (1959).
U~35 . Phys. Rcv. 70, 974 (1946). Flammersfe1d, The partition conditions
Demers, Pairs of fission fragments . Phys. and energies in uranium fission . Z.
Rev. 71 , 485 (1947). Phys. 120, 450 (1945).
Dessauer and Hafner, Proton-induced fis- Flügge, Prospects of technical utilization
sion. Phys. Rev . .59, 840 (1941). of energy-content of atomic nuclei.
Dodé, von Ha1ban, Jo1iot and Kowarski, N aturwiss. 27, 402 ( 1959).
Energy of neutrons liberated by divi- Flügge and von Droste, Energy consid-
sion of U nucleus. C. R., Paris 208, 995 erations in lhe production of barium
(1959). in neutron i1Tadiation of uranium. Z.
Dodson and Fow1er, Products of U (usion . Phys. Chem. B42, 274 (1959).
Radioactive isotopes of iodine and Flügge, On the spontan.eous fission of
xenon. Phys. Rev. .57, 967 (1940). uranium and its neighboring elements.
Dodson and Fow1er, Radioactive halo- Z. Phys. 171 , 298 (1945).
gens produced by the neútron bom- Fow1er and Dodson, 1ntensely ionizing

[ 322]
particles produced by neutron bom- tracks in photog'l'4phic plates. Nature
bardment of U and Th . Phys. Rev. 55, 158, 272 (1946).
417 (1959). Grosse and Agruss, The identity of
Frenlr.el, Electro-capillary theory of split- Fermi's reactions of element 93 wilh
ting of heavy nuclei by slow neutrons element 91 . J- Amer. Chem. Soe. 57,
(in Russian). J- Exp. Theor. Phys. 458 (1935).
USSR9, 641 (1959). Grosse, Booth and Dunning, The {ISsion
Frenlr.el, On the splitting of heavy nuclei of protactinium. Phys. Rev. 56, 582
by slow neutrons. Phys. Rev. 55, 987 (1939).
(1959): - Grosse and Booth, Radioactive zirconium
FreuAc•, On some features of the prnr.ess and columbium from U fission. Phys.
of fission of heavy nuclei. J- Phys., Rev. 57, 664 (1940).
USSR 10, 533 (194ti), Grummitt and Wilkinson, Fission prod-
Frisch, Physical evidence for the division ucts of U235 , Nature 158, 165 (1946).
of heavy nuclei under neutron bom- Haenny and Rosenberg, Emission of neu-
bardment. Nature 143, 276 (1959). trons on rupture of U nucleus. Possible
Frisch, Statistical calculation of compos- chain reaction. C. R., Paris 208, 898
ite decay curves. Nature 143, 852 (1939).
(1959). Hagiwara, Liberation of fast neutrons in
Frisch, The distribution in energy of fis- the nuclear explosions of U irradiated
sion fragments near the fast (1Ssion by thermal neutrons. Mem. Coll. Sei.
threshold. Phys. Rev. 71, 478 (1947). Kyoto lmp. Univ. 23, 19 (1940).
Gant, Fission of uranium under deuteron Hahn, Artificial radio-elements by neu-
bombardment. Nature J.U, 707 (1959). tron irradiation. Elements beyond ura-
Gant and Krishnan, Deuteron-induced nium. Ber. Deutsch. Chem. Ges. 69A ,
fission in U and Th . Proe. Roy. Soe. 217 (1935).
178, 474 (1941). Hahn, Meitner and Strassmann, New
Gibbs and Thomson, Possible delay in transformation processes in neutron
the e"!ission of neutrons from U. Na- irradiation of uranium. Elements be-
ture 144, 202 (1959). yond uranium. Ber. Deutsch. Chem.
Glasoe and Steigman, Fission products Ges. 69B, 905 (1955).
from U. Phys. Rev. 55 , 982 (1959). Hahn and Meitner, On the artificial
Glasoe and Steigman, Radioactive prod- transformation of uranium by neu-
ucts from the gases produced in U trons. I . Naturwiss. 23, 37 (1955).
fission . Phys. Rev. 57, 566 (1940). Hahn and Meitner, On the artificial
Glasoe and Steigman, Radioactive prod- transformation o( urnni11m I>" neu-
ucts from gast.' produced in uranium trons. JJ. Naturwiss. 23, 250 (1955).
fis.<ion . Phys. Rev. 58, I (1940). Hahn, Meitner and Strassmann, Some
Gõue, A nuclear isomer of xenon appear- furlher observations on the artificial
ing in U fission. Naturwiss. 28, 449 transformativ n products of uranium.
(1940). Naturwiss, 23, 544 (1935).
Goldstein, Rogozinslr.i and Walen, lnter- Hahn and Meitner, New transformation
action of fast neutrons with U nuclei. · products in the irradiation of ura-
J- Phys. Rev. 10, 477 (1959). nium with neutrons. Naturwiss. 24, 158
Goldstein, Rogozinslr.i and Walen, The (1936).
scattering by U nuclei of fast neutrons Hahn, Meitner and Strassmann, On the
and the possible neutron emission re- transuranic elements and their chem-
sulting from fission. Nature 144, 201 ical behavior. Ber. Deutsch. Chem.
(1959). Ges. 70B , 1374 (1957).
Green and Alvarez, Heavy ionizing par- Hahn, Meitner and Strassmann, New
ticles from U. Phys. Rev. 55, 417 transformation product of long life in
(1959). the trans-uranium series. Naturwiss.
Green and Livesey, Fission fragment 26, 475 (1938).

[ 323]
Hahn and Strassmann, Neutron induced ber of neutrons liberated in lhe nuclear
Ra isotopes from U. Naturwiss. 26, 755 fission of U. Nature UJ, 680 (1959).
(1958). voo Halban, Joliot and Kowarski, Energy
Hahn, Fission products o( U and Til . of neutrons libtrated in lhe nuclear
Ano. Phys., Leipzig J6, 568 ( 1959). fission of uranium induced by thermal
Hahn and Strassmann, Neutron induced neutrons. Nature UJ, 939 (1939).
radioactivity o( U. Naturwiss. 27, 11 Haxby, Shoupp, Stephens and Wells,
(1959). Photo·fission of uranium and thorium.
Hahn and Strassmann, Active Ba isotopes Phys. Rev. 58, 92 (1940).
from U and Th . Naturwiss. 27, 89 Haxby, Shoupp, Stephens and Wells, fast
(1959). neutron threshold for uranium fission .
Hahn and Strassmann, Disintegration of Phys. Rev. 58, 1035 (1940).
uranium. Naturwiss. 27, 165 (1959). Haxby, Shoupp, Stephens and Wells,
Hahn and Strassmann, Further disin- Photo-fission of uranium and thorium.
tegration producL. from bombardment Phys. Rev. 59, 57 (1941).
of U with neutrons. Naturwiss. 27, 529 Haxel, Energy and range of heavy disin-
(1959). tegration products of U. Z. Phys. 112,
Hahn, Strassmann and Flügge, Disin- 681 (1939).
tegration of Th . Naturwiss. 27, 544 Haynes, Eflect of neutron energy on lhe
(1959). total decay curves o{ fission product.:.
Hahn and Strassman, Collapse of U Phys. Rev. 59, 834 (1941).
and Th nuclei into lighter atoms. Phys. Henderson, The heat of fission in U.
z. 40, 675 (1939). Phys. Rev. 56, 703 (1939).
Hahn and Strassmann, Application of Herzog, Gamma ray anomaly following
the emanation capacity of a uranium the atomic bomb test of ]uly I, 1946.
compound to lhe extraction of. fission Phys. Rev. 70, 227 ( 1946).
products o( U . Two short lived alkali Hess and Luger, The ioniUJtion of the
metais. Naturwiss. 28, 54 (1940). atmosphere in lhe N. Y. area before
Hahn and Strassmann, Separation of the and after the Biltini atom bomb test.
K r and X e isotopes arising in U fission . Phys. Rev. 70, 564 (1946).
Naturwiss. 28, 455 (1940). Heyn, Aten and Baj<ker, Transmutation
Hahn and Strassmann, Some additional of U and Th by neutrons. Nature UJ,
products of U fission . Naturwiss. 28, 516 (1939).
545 (1940). J acobsen and Lassen, Fission cross section
Hahn and Su-assmann, New mdhod for in U and Th for deuteron impact.
separation of active fission "f1roducts Phys. Rev. 59, 1043 (1939).
from U and Th . Naturwiss. 28, 54 J acobsen and Lassen, Deute.-on induced
(1940). fission in uranillm and thorium . Phys.
Hahn and Strassmann, On lhe Mo iso- Rev. 58, 867 (1940).
topes from lhe fission o( U . Naturwiss. Jacobsen and Lassen, Fission cross section
29, 569 (1941). in U and Th for deuteron impact.
Hahn and Strassmann, On lhe strontium Nature 148, 230 (1941).
and yttriúm isotopes resulting from the Jentschke and Prankl, Jnvestigation of
fission of U . Z. Phys. 121, 729 (1943). the heavy fragments in the decay of
voo Halban, Joliot, Kowarski and Perrin, uranium and thorium by neutron bom-
Evidence for a chain nuclear reaction bardment. Naturwiss. 27, 134 (1939).
in the middle of a uraniferous mass. Jentschke, Prankl and Herneger, The fis-
J. Phys. Rad. 10, 428 (1939). sion of ionium under neutron bom-
voo Halban, Joliot and Kowarski, Lib- bardment. Naturwiss. 28, 315 (1940).
eration of neutrons in lhe nuclear Jentschke and Prankl, Energies and
explosion o( uranium. Nature UJ, 470 mosses of the U fragments on irradia-
(1959). tion chiefly with thermal neutrons. Z.
von Halban, Joliot and Kowarski, Num- Phys. 119, 696 (1942).

[ 324]
Joliot, Explosive rupture of U and Th Lasscn, Ionization by fission fragments in
nuclei by neutron&. C. R., Paris 208, nitrogen, argon and xenon. Phys. Rev.
341 (1939). 68, 250 (1945).
Joliot, Trajectories of products of ex- Libby, Stability of uranium and thorium
plosion of U nuclei. C. R., Paris 208, for natural fission . Phys. Rev. 55, 1269
647 (1939). (1959).
Joliot, Explosive rupture of nuclei of U Liebcr, The fission products from lhe ir-
and Th by neutrons. J. Phys. Rad. 10, radiation of uranium with neutrons.
159 (1959). The Sr isotope. Naturwiss. 27, 421
Joliot, On a physical method of extrac- (1959).
tion of radio-elements from fission and Magnan, Rupture of elements lighter
evidence of a radio-praseodymium (JJ than U by neutron bombardment. C.
days). C. R., Paris218, 735 (1944). R., Paris 208, 742 (1959).
Kanner and Banchall, Distribution in Magnan, Neutrons emitted during split-
energy of lhe fragments from U fission . ting of U by neutrons. C. R., Paris 208,
Phys. Rev. 57, 372 (1940). 1218 (1959). .
Kennedy and Seaborg, Search for beta Maurer and Pose, Neutron emission of
porticles emitted during U fission pro- the U nucleus as lhe result of its spon-
cess. Phys. Rev. 5J, 877 (1939). taneous fission . Z. Phys. 121, 285 (1945).
Kennedy and Wahl, Search for sponta- McMillan, Radioactive recoils from U
neous fissíon in 9~ta9, Phys. Rev. 69, activated by neutrons. Phys. Rev. 55,
567 (1946). 510 (1959).
Kingdon, Pollock, Boo~ and Dunning, Meitner and Hahn, New transmutation
Fission of lhe seporated isotopes of U. processes in lhe irradiation of uranium
Phys. Rev. 57, 749 (1940). with neutron_·. Naturwiss. U , 158
Krishnan and Banks. Fission of uranium (1956).
and thorium under deuteron bombard- Meitner, Beta and gamma .-ays of ele-
ment. Nature U5, 860 (1940). ments beyond U . Ann. Phys., Leipzig
Kwal, Several phenomena accomponying 29, 246 (1957).
nuclear fission of U. C. R., Paris 2U, Meitner, Hahn and Strassmann, Disin-
565 (1947). tegration of U by neutrons. ·z. Phys.
Ladenburg," Kanner, Barschall and Van 106, 249 (1957).
Voórhis, Study of U and Th fission pro- Meitner, Strassmann and Qahn, Artificial
duced by fast neutrons of nearly homo- disintegration of Th with neutrons. Z.
geneous energy. Phys. Rev. 56, 168 Phys. 109, 558 (1958).
(1959). Meitner and Frisch, Disintegration of U
Langcr and Stephens, Radioactive ba- by neutron:. Á new type of nuclear
rium and strontium from photo-fission reaction. Nature HJ, 259 (1959).
of uranium. Phys. Rev. 58,_759 (1940). Meitner and Frisch, Products of lhe fis-
Langsdorf, Fission products of thorium. sion of lhe U nucleus. Nature UJ, 471
Phys. Rev. 56, 205 (1959). (1959).
Lark-Horovitz, Uranium fission with Meitner, New products of the thorium
Li-D neutrons. Energy distribution of .nucleus. Nature 14), 657 (1959).
the fission fragments . Phys. Rev. 60, Meitner, Áttempt to single out some fis-
156 (1941). sion processes of U by using lhe dif-
Lasscn, On lhe variation along range of ferences in their energy release. Rev.
the H p distribution and ·lhe charge of Mod. Phys. 17, 287 (1945).
the fission fragments of lhe light group . Michaels, Parry and Thomson, Produc-
Phys. Rev. 69, 157 (1946). tion of neutrons by the fission of ura-
Lasscn, Specific ionization by fission frag- nium. Nature HJ, 760 (1959).
ment. Phys. Rev. 70, 577 (1946). Moussa and Goldstein, Radioactive bro-
Lasscn, H p distribution of fission .frag- mine isotopes from uranium fission.
ments. Phys. Rev. 68, 142 (1945). Phys. Rev. 60, 554 (1941).

[ 325]
Mouzon and Park, Delayed gamma rays Plutonium Project, Nuclei formed in fis-
from U adivated by neutrons. Phys. sion : decay characteristics, fission yields
Rev. 56, 2~8 (19~9). and chain relationship:. Rev. Mod.
Myssowsky and Jdanolf, Traclu on pho- Phys. 18, 513 (1946).
tographic plates of lhe recoil nuclei of Polessitsky, Orbeli and Jllemewsky, Chem-
disintegration of U. Nature 141, 794 ical nature of lhe radioactive fragmmts
(19~9) . of Th fission . Radioactive halogens (in
Nier, Booth, Dunning and Grosse, Nu- English). C. R., URSS 28, 215 (1940).
clear fusiun of separated U isotopes. Presem and Knipp, On lhe dynamics of
Phys. Rev. 57, 546 (1940). complex fission . Phys. Rev. 57, 751
Nier, Booth, Dunning and Grosse, Fur- (1940).
ther experiments on lhe fission of Presem, Reines and Knipp, The liquid
. eparated uranium isotopes. Phys. Rev. tirop model for nuclear fission. Phys.
57, 748 (1940). Rev. 70, 557 (1946).
Nishina, Yasaki, Ezoe, Kimura and Ikawa, Reddemann and Bamke, A bsorption of
Fission of thorium by neutrons. Na- slow neutrons in uranium. Naturwiss.
ture, 144, 547 (1939). 27, 518 (1939).
Nishina, Yasaki, Ezoe, Kimuraandlkawa, Richards and Speck, Range distribution
Fission products of U produced by fast of U236 fission fragments in photo-
neutrons. Nature 146, 24 (1940). graphic emulsion . Phys. Rev. 71, 141
Nishina, Yasaki, Kimura and Ikawa, (1947).
Fission products of uranium by fasl Roberts, Meyer and Hafstad, Droplet
neutrons. Phys. Rev. 58, 660 (1940). fission of U and Th nuclei. Phys. Rev.
Nishina, Yasaki, Kimura and Ikawa, Fis- 55, 416 (1939).
sion products of U by fast neutrons. Roberts, Meyer and Wang, Further ob-
Phys. Rev. 59, 323 (1941). servations on the splitting of U and
Nishina, Yasaki, Kimura and Ikawa, Fis- Th . Phys. Rev. 55, 510 (1939).
sion products of U by fast neutrons. Roberts, Hafstad, ~eyer and Wang, The
Phys. Rev. 59, 677 (1941). delayed neutron emission which ac-
Nishina, Kimura, Yasaki and Ikawa, componies fission of U and T h. Phys.
Some fusion product; from lhe irradia- Rev. 55, 664 (1939).
tion .of U with fast neutrons. Z. Phys. Rona and Neuninger, Further notes on
119, 195 (1942). artificial activity of Th dueto neutrons.
Noddack, On element 91. Z. angew. Naturwiss. 24, 491 (1936).
Chemie 47, 653 (19~4). Rotblat, Emission of neutrons accom-
Nordheim, Pile hinetics. Phys. Rev. 70, panying lhe fission of U nuclei. Nature
115 (1946). 14], 852 (1939).
Olipham, The release of atomic energy. Savitch, Gaseow radio-element formed
Nature 157, 5 (1946). by bombardmenl of U by neutrons.
Peierls, Criticai conditions in neutron C. R., Paris 208, 646 (I 939).
multiplication. Proc. Camb. Phil. Soe.
Scalettar and Nordheim, Theory of pile
J5, 610 (1939). control rods. Phys. Rev. 70, 115 (1946).
Perlilov, Registration of U fragments
with remova! of background due to Scharlf-Goldhaber and Klaiber, Spon-
taneow emission of neutrons from ura-
alpha particles emitted by U. C. R.,
URSS 47, 623 (1945). nium. Phys. Rev. 70, 229 (1946).
Perrin, Possibility of multiple disintegra- Schródinger, Probability problems in nu-
tion. C. R., Paris 208, 1394 ( 1939). clear chemistry. Proc. R. lrish Acad.
Perrin, Calculation of pos. ible conditions 5/A, I (1945).
for chain reactions in U. C. R., Paris Seaborg, Gofman and Stoughton, Nu-
208, 1573 (1939). clear properties of U233 . A new fis-
Plesset, On lhe classical model of nuclear sionable isotope of uranium . Phys.
fission. Amer. J. Phys. 9, I (1941 ). Rev. 71, 378 (1947).

[ 326]
Seclmann-Eggebert, Direct measurement Tsien, Zah-Wei, Chastel and Vigneron,
o( lhe inert gases appearing i11 U fis - On lhe new fission processes o( ura-
sion. NaturwlSs. 28, 451 (1940). nium nuclei. Phys. Rev. 7I, 382 (1947).
Scgre, An unsuccess(ul search for lrans- Turner, Nuclear fission . Rev. Mod. Phys.
uranic elements. Phys. Rev. 55, 1104 I2, I (1940).
(19~9). Turner, Atomic energy from U238 , Phys.
Scgre and Wu, Some fission products o( • Rev. 69, 366 (1946).
U. Phys. Rev. 57, 552 (1940). Von Droste, Jnuestigation of production
Scgre and Seaborg, Fission products o( of alpha rays during lhe irradiation
U and Th produced lry high energy of thorium and uranium lry radium
neutron:. Phys. Rev. 59, 212 (1941). plw beryllium neutrons. Z. Phys. J/0,
Scgre and Wiegand, Stopping powers o( 84 (19~8).
various substances for fission (rag- Von Droste, On lhe energy diuision in
ments. Phys. Rev. 70, 808 (1946). lhe fragments resulting upon iJTadia-
Smythe, Atomic energy for military pur- tion of uranium with neutrons. Natur-
poses. Rev. Mod. Phys. I7, ~51 (1945). wiss. 27, 198 (19~9).
Solomon, Rupture o( radioactiue nuclei Von Droste and Reddemann, · On the
lry neutrons. C. R., Paris 208, 570 neattrons resulting from fission uf lhe
(19~9). . uranium nuclew. Naturwiss. 27, ~71
Solomon, I dea o( sur(ace tension in nu- (1939).
clear physics. C. R., Paris 208, 896 Way and Wigner, Radiation (rom fission
(19~9). products. Phys. Rev. 70, 115 (1946).
Soodak, Pile perturbation. Phys. Rev. 70, Weekes and Weekes, Effort to observe
115 (1946). anomalow gamma rays connected with
Strassmann and Hahn, Short liued bro- atomic bomb test of ]uly I , I946. Phys.
mine and iodine isotopes in U fission . Rev. 70, 565 (1946) . .
Naturwiss. 28, .817 (1940). Weil, Beta spectra o( some U fission
Szilard and Zinn, Instantaneow emis- products. Phys. Rev. 60, 167 (1941).
sion o( (ast neutrons in the interaction Weinberg, Calculation of critica/ siu o(
of slow neutrons with U. Phys. Rev. heterogeneow s/ow neutron chain re-
55, 799 (19~9). actors. Phys. Rev. 70, 115 (1946).
Thibaud and ·Moussa, Disintegration o( Wertenstein, Radioactiue gases euolued
U nuclei lry neutrons. C. R., Paris 208, in U fission. Nature IH, 1045 (1939).
652 (19~9) . Whitaker, Barton, Bright and Murphy,
The cross sections o( metallic uranium
Thibaud and Moussa, Rupture o( U
for : low neutrons. Phys. Rev. 55, 79~
nuclei lry neutrons and liberation o(
lhe resultant energy. C. R., Paris 208, (1939).
744 (19~9). Wiclc.,. Stab ility of elongated drop as
m odel for nuclew. Nuovo Cim. I6,
Thibaud and .Moussa, Degradation o(
229 (19~9) .
lhe uranium nuclew. J. Phys. Rad. IO, Wu, Jdentification of two radioactiue
388 (1939). . xenons from uranium fission . Phys.
Tsien, Chastel, Zah-Wei and Vigneron, Rev. 58, 926 (1940).
On lhe tri-partition o( U cawed by Yasal:.i, Fission products and induced
neutron capture. C. R., Paris 223, 986 beta ray radioactiuity of U by (ast
(1946). neutrons. Tokyo lnst. Phys. Chem.
Tsien, Zah-Wei, Chastel and Vigneron, Res. 37, 457 (1940).
Energies and (requencie• o( the phe- Zah-Wei, T sien, Vigneron and Chastel,
nomena o( tri.partition and quadri- Expet·imental proof o( the quadri-par-
portition. C. R., Paris 2U, 272 (1947). tition of U . C. R., Paris 223 , 1119
Tsien, Zah-Wei and Faruggi, The fissiun (1946).
energy o( thorium . C. R., Paris 2U, Zinn and Szilard, Emission o( neutrons
825 (1947). by U . Phys. Rev. 56, 619 (1939).

[ 327]
CAPÍTULO DOZE Aston, Mass Spectra . Pari 11. Accelerated
anode rays. Phil. Mag. (6) 47 385
(1924). '
Métodos e Aparelhos
Aston, Second-order focusing mass spec-
Aebersold, T he production of a beam of trograph and isotope weights by the
,fast neutrons. Phys. Rev. 56, 714 (1939). doublet method. Proc. Roy. Soe. 16),
A1ya, A self-stabiliud high-voltage source 391 (1957).
for Geiger counters. Curr. Sei. 12, 227 Bacher and Swanson, On the collimation
(1943). of fast neutrons. Phys. Rev. 56, 485
Alaoglu and Smith, Statistical theory o{ a (1939).
scalingcircuit. Phys. Rev.5J, 832 (1938). Bacher, Baker and McDaniel, Experi-
Alfvin, Simple scale-of-two counter. Proc. ments w1th a slow neutron velocity
~hys. Soe., Lond. 50, 358 (1938). spectrometer. 11. Phys. Rev. 69, 443
Alhson, Skaggs and Smith, ·correction (1946).
to electrostatic analyzer measurements. Bainbridge and Jordan, Mass spectrum
. Phys. Rev. 57, 550 (1940). analysis. 1. The mass spectrograph. 2.
Alvarez, McMillan and Snell, The re- The existence of isobars of adiacent
mova! of "the ion beam of the cyclo- elements. Phys. Rev. 50, 282 (Úl56).
tron from the magnet field . Phys. Rev. Baker and Bacher, Experiments with a
51' 148 ( 1937). . slow neutron velocity spectrometl!'r.
Alvarez, The production of collimated Phys. Rev. 59, 332 (1941).
beams of monochromatic neutrons in Baldwin, Klaiber and Haruler, Synchro-
the temperature range JOO• - 10• K. nization of auxiliary apparatus with
Phys. Rev. 54, 609 (1938). a betatron. Rev. Sei. Instr. 18, 121
Alvarez, The design o{ a proton linear (1947).
accelerator. Phys. Rev. 70, 799 (1946). Bale and Bonner, A combined voltage-
Amaldi and Ferretti, Two modifications regulating and quenching circuit for
of the induction accelerator (betatron). the Geiger-Müller counter. Rev. Sei.
Nuovo Gim. (9) J, 22 (1946). Instr. H , 222 (1943).
Anderson and Feld, Preparation of Bardeen, Concentration o{ isotopes by
pressed Ra + Be neutron sources. Rev. thermal diffusion. Rate of approach
Sei. Instr. 18, 186 (1947). to · equilibrium. Phys. Rev. 57, 55
Aoki, Narimatu and Siotani, Features of (1940).
Geiger Müller counters. Proc. Phys.· Barschall and Bethe, Energy sensitivity
Math. Soe. Jap (3) 22, 746 (1940). of fast neutron counters. Rev. Sei. In-
str. 18, 147 (1947).
Aoki, Yamane and Kawanoue, On some
features of Geiger Müller counters. Bartlett, T h e : hape of betatron pole
Proc. Phys.-Math. Soe. Jap (3) 2), 861 faces . Phys. Rev. 64, 185 (1943).
(1941). Barwick, Schütze, Enrichment o{ the light
Ardenne, On a system of ion sources argon isotope by diffusion . Z. Phys. 105,
with mass monochromator for gen- 395 (1937).
erators o{ neutrons. Phys. Z. 43, 91 Beams and Trotter, Acceleration of elec-
(1942). trons to high energies. Phys. Rev. 45,
Ardenne, On a million volt installati·o n 849 (1954).
for lhe transmutation of atoms. z. Beams and Haynes, The separation of
Phys. 121, 236 (1943). isotopes by centrifuging. Phys. Rev. 50,
Asana, An experimental possibility of 491 (1936).
nuclear spectrum analysis by lhe angu- Beams and Skarstrom, The concentra-
lar distribution experiments on nu- .tion of isotopes by lhe evaporative
clear disintegration (in German). Proc. centri{uge method. Phys. Rev. 56, 266
Phys.-Math. Soe. Jap. (3) 25, 276 (1939).
(1!143). Beers, A precision method of ~easuring

[ 328]
Geiger counter resolving times. Rcv. clear processes by coincidence meth-
Sei. Instr. JJ, 72 (1942). ods. Gõtt. Nachr. I , ·t95 (1955).
Bcll and \fckslcr, A flat proportional Bolhe and Gentner, Fast corpwcular-ray
counter. J. Phys., USSR 10, 586 (1946). apparatw and transmutation results.
Bcrgstrand, A scale-of-N counter and the Z. Phys. 104, 685 (1957).
sensitiveness towards light of a Geiger- Bolhe, on· the principie of the methud
Müller tube (in English). Ark. Mat. of neutron prubes. Z. Phys. 120, 4~7
Astr. Fys. 29A, No. 51 (1945). (1945).
Bcrlovich, Statistics of misses in Geiger Bouwers, Hcyn and Kuntke, Neutron
Müller counters (in Russian). J. Exp. generator (in English). Physica f, 15~
Thcor. Phys. 16, 545 (1945). (1957).
Bcrlovich, The theory of misses in an Bradt and Schcrrer, Apparatw for co-
electromagnetic counter at the output incidence measurements of very high
of recording sets with Geiger-Müller resolving power (in Gcrman). Hclv.
counters (in Russian). J. Exp. Thcor. Phys. Acta 16;251 (1945).
Phys. 16, 547 (1946). Bradt, Gugelot, Huber, Medicus, Preis·
Bclhe and Rose, The maximum energy wcrk and Scherrer, Sensitivity of coun-
obtainable from the cyclotron. Phys. ter tubes with lead, brass and alumi-
Rcv. 52, 1254 (1957). num cathodes for gamma rays in the
Bclhe, lnfluence of multiple scattering energy range 0.1 to 3 Mev (in Gcr-
on curvature measurements. Phys. man). Helv. Phys. Acta 19, 77 (1946).
Rev. 69, 689 (1946). Bramlcy, Theory of the separation of
Bijl, Separation of isotopes lry thermal isotopes lry thermal or centrifugai
diffwion. Ned. T. Natuurk 7, U7 methods. Science. 92, 427 (1940).
(1940). Brobeck, Lawrence, MacKcnzic, Mc-
Blau and Dreyfus, The mutiplier photo- Millan, Serber, Sewell, Simpson and
tube in radioactive measurements. Thornton, Jnitial performance of the
Rcv. Sei. Instr. 16, 245 (1945). 184 inch cyclotron of the University of
Blcakncy, The ionization potential of Califomia. Phys. Rcv. 71, 449 (1947).
molecular hydrogen. Phys. Rev. 40, Brown, Irvine and Livingston, Cyclotron
496 (1952). targets: preparation and radiochemical
Bleakncy and Hipple, A new mass spec- separation. II. Krypton . J. Chem. Phys.
trometer with improved focwing prop- 12, 152 (1954).
erties. Phys. Rev. H, 521 (1958). Brown, Mitchell and Fowler, The con-
Blcwett and Jones, Filament sources of struction of a mass spectrometer for
positive ions. Phys. Rev. JO, 464 (1956). isutope analysis. Rev. Sei. Instr. 12, 455
Blewett, Radiation lasses in the induc- (1941).
tion electron accelerator. Phys. Rev. Brown and Curtiss, Thin walled AI beta
69, 87 (1946). ra'j tube counters. J. Res. Nat. Bur.
Blewett, The transition from betatron to Stand. 35, 147 (1945).
rynchrotron operation. Phys. Rev. 70, Buechner, Lamar and Van der Graaf, Ex-
798 (1946). perimental investigation of ion beam
Bohm and Foldy, The theory of the focwing J. Appl. Phys. 12, 141 (1941).
rynchrotron. Phys. Rev. 70, 249 (1946). Buechner, Van de Graaff, Sperduto,
Burrcll, Mclntosh and Urquhart, A
Bosley, Craggs and McEwan, Measure-
compact high voltage electrostatic gen-
ment of out-of.phase magnetic fields in
erator wing sulphur hexafluoride in-
betatrons. Nature 159, 229 (1947).
sulation. Phys. Rev. 69, 692 (1946).
Bosley, The betatron. J. Sei. Instr. 23, Capron, Stokkink and van Meerssche,
277 (1946). Separation of nuclear isomers in the
Bolhe, On the simplication of coinci- electric field . Nature I 57, 806 (1946).
dence counting. Z. Phys. 59, I (1929). Chadwick, May, Pickavance and Powell,
Bothe and Baeyer, Examination of nu- An investigation of the scattering of

[ 329]
lligh-mergy particles from the cyclo- trons in non-uniform crossed electric
tron by lhe pitotographic method. I . and magnetic fields. Phys. Rev. 70,
The experimental method. Proc. Roy. 270 (1946).
Soe. 183, I (1944). Coggeshall, Fringing flux corrections for
Chagas, Gonçalves and Machado, On magnetic focwing devices . Phys. Rev.
the we of a multivibrator as a Geiger- 71 , 482 (1947).
Müller counter externa/ qumching Colby and Hatfield, Apparatw for meas-
circuit. Rev. Brasil Biol. 4, 123 (1944). urement of alpha particle range and
Chang, A study of lhe alpha ray spectra relative stopping power of gases. Rev.
by t!u cyclotron magnet. Phys. Rev. 67, Sei. lnstr. 12, 62 (1941).
58 (1945). Condit, A cloud chamber study of heavy
Chang, A study of the alpha particles particles accelerated in the cyclotron.
with a cyclotron magnet alpha ray Phys. Rev. 62, 301 '(1942).
spectrograph. Phys. Rev. 69, 60 ( 1946). Cooksey and Lawrence, 6 Mev magnetic
Chang and Rosenblum, A simple count- resonance accelerator with emergent
illg rystem for alpha ray spectra and beam. Phys. Rev. 49, 866 (1936).
the energy distribution of Po alpha Coon and Nobles, Hydrogen r~coil pro-
particles. Phys. Rev. 67, 222 (1947). portional counter for neutron detec-
Clark, Magnetic fields due to dee struc- tion . Rev. Sei. lnstr. 18, 44 (1947).
tures in a rynchrotron. Phys. Rev. 70, Copp and Greenberg; A mica-window
444 (1946). Geiger counter tube for measuring
Clark, Getting and Thomas, A new soft radiation . Rev. Sei. lnstr. 14, 205
method for displacing lhe electron (1943).
beam in a synchrotron. Phys. Rev. 70, Cosslett, Magnetic lens for beta rays of
562" (1946). high energy. J. Sei. lnstr. 17, 259
Clusius and Dickel, Thermal diffwion (1940).
tube for separation of isotopes. Z. Courant and Bethe, Theoretical consid-
Phys. Chem. 44 , 397 (1939). erations on bringing the beam out of
Clusius, Staveley and Dickel, On separa- a betatron. Phys. Rev. 70, 798 (1946).
tion experiments of the xenon isotopes Cowie, Geiger-counter characteristics with
by rectification; the triple .point of applied potmtials reversed. Phys. Rev.
xenon. Z. Phys. Chem. 50, 403 (1941). 48, 833 (1935).
Coates, Production of X-rays by swiftly Cowie and Ksanda, Arc·ion source with
moving mercury ions. Phys. Rev. 40, direct current filament supply for 60
542 (1934). inch cyclotron. Rev. Sei. Jnstr. 16, 224
Cockcroft and Walton, Experiments with (1945).
high velocity positive ions. Proc. Roy. Craggs, Absolute sensitivity of Geiger
Soe. 129, 477 (1930). counters. Nature 148, 661 (1941).
Cockcroft and Walton, Production of Craggs, T h e electrostatic focwing of high
high velocity positive ions. Proc. Roy. spud ion and electron beams. J. Appl.
Soe. JJ6, 619 (1932). Phys. H, 772 (1942).
Coggeshall and Jordan, An experimental Craggs, A high voltage apparatw for
mass spectrometer. Rev. Sei. Instr. 14, atomic disintegration experiments.
125 (1943). Proc. Phys. Soe., Lond. 54, 439 (1942).
Coggeshall and Muskat, The paths of Craggs, A high voltage apparatw for
ions and electrons in non-uniform atomic disin t egra tion experiments.
magnetic fields . Phys. Rev. 66, 187 Metrop.-Vick. Gaz. 20, 289 (1944).
(1944). Crane, High potential apparatw for nu-
Coggeshall, The paths of ions and elec- clear disintegration experiments. Phys.
trons in crossed, non-uniform electric Rev. 52, 11 (1937).
and magnetic fields. Phys. Rev. 68, 98 Crane and Mouzon, Simple design for a
(1945). cloud chamber. Rev. Sei. Jnstr. 8, 551
Coggeshall, T h e paths of ions and elec· (1957).

[ 330]
Crane, The racetraclt : a f>rof>osed modi- De Vault, Vacuum tube sca/ing circuit.
fication of the synchrolron. Phys. R ev. Rev. Se~. Instr. 12, 811 (1941).
69, ~2 (1946). De Vos and du Toit, A cof>f>er evaf>ora·
Crane, The racelraclt. Phys. Rev. 70, 800 tion method o{ Geiger-Milller tube
(1946). construction. Rev. Sei. lnstr. 16, 270
Curtis and Bender, The use of elltonite (1945).
for cyclotron ion source. Rev. Sei. Dittrich, Investigations on double coin-
Instr. JJ, 266 (1942). cidence arrangement . Phys. Z. 41, 256
Curtiss, lntegrating circuil for vaf>or (1940).
tyf>e Geiger-Mil/ler counlers. J. Res. Dodd, The reversed cyclotron. Phys. Rev.
Nat. Bur. Stand. 25, 369 (1940). 65, 5511 (1944).
Curtiss, Miniature Geiger-Mil/ler coun- Dodd, The sf>irotron. Phys. Rev. 66, 160
ler. J. Res. Nat. Bur. Stand. JO, 157 (1944).
(194~). Dodd, Frequency elimination in sf>iro-
Curtiss and Davis, A counting method tron systems for accelerating ions and
for lhe determinalion of small amounls e/ectrons. Phys. Rev. 67, 65 (1945).
oJ .-aa•um and of radon. J. Res. Nat. Drehmann, Exf>eriments on lhe enrich-
Bur. Stand. Jl , 181 (19411). menl of radioactive manganese ( M n5• ).
Curtiss and Brown, An arrangemenl Naturwiss. 29, 708 (1941).
with small solid angle for measure- Driscou, Hodge and Ruarlr., Interval
menl of bela rays. J. Res. Nat. Bur. meter and its af>f>lication to studies of
Stand. J7, 91 (1946). Geiger counter statistics. Rev. Sei.
Dahl, Hafstad and Tuve, Technique and Instr. li, 241 (1940).
design of Wilson cloud chambers. Rev. Du Bridge and Brown, Imf>roved D. C.
Sei. Instr. 4, 1175 (1955). A.mplifier. Rev. Sei. Instr. 4, 5112
Davis, and Curtiss, lnterval selector for (1955).
random f>ulses. J. Res. Nat. Bur. Dunning, A mf>lifier systems for lhe meas-
Stand. 29, 405 (1942). urement of ionization by single f>ar·
Debye, Theory of thermal diffusion ticles. Rev. Sei. Instr·. 5, 587 (1954).
method of sef>aration. Ann. Phys., Dunworth, Af>f>lication of melhod of co-
Leipzig J6, 284 (1959). incidence counting to exf>eriments in
Dempster, New method of f>ositive ray nuclear f>hysics. Rev. Sei. lnstr. li , 167
analysis. Phys. Rev. li, 1116 (1918). (1940).
Dempster, Electric and magnetic focus- Eclr.art and Shonlr.a, Accidental coinci-
ing in mass sf>ectroscof>Y. Phys. Rev. dences in counter circuits. Phys. Rev.
51 , 67 (1957). 53, 752 (1958).
Den Hartog and Muller, New af>f>aralus Edwards, Pool and Blalr.e, The adaf>la-
for measurements wilh Geiger-Mil/ler tion o{ lhe Cauchois sf>ectrograf>h to
counter (in English). Physica li, 441 artificial .-adioactive sources. Phys.
(1946). Rev. 67, 150 (1945).
Dennison, The stability of orbits in the Elr.lund, An automatic cloud chamber
f'acelraclt . Phys. Rev. 69, 542 (1946). fo r nuclear disintegration studies and
Dennison, The stability of synchrotron a determination of lhe beta ray sf>ec-
orbits. Phys. Rev. 70, 58 (1946). trum of activated dysf>rosium (in
Dennison and Berlin, Racetraclt stability. English). Ark. Mat. Astr. Fys. 28A., No.
Phys. Rev. 70, 764 (1946). 5 ( 1942).
Deutsch, A magnetic /ens beta ray sf>ec- Elr.lund, A simf>le neutron generator
trometer. Phys. Rev. 59, 684 (1941). using lhe D-D f>rocess (in English).
Deutsch, Elliott and Evans, Theory, de- Arlr.. Mat. Astr. Fys. 29A., No. 7 (1945).
sign and af>f>lications of a shorl mag- Erbacher and Philipp, Sef>aration of ra-
netic lens electron sf>ectromeler. Rev. dioactive atoms from isolof>ic stable
Sei. Instr. 15, 178 (1944). atorns. Z. phys. Chem. 176, 169 (1956).

[ 331 ]
Erbacher and Philipp, Eittraction of arti- in the synchrotron. Phys. Rev. 70, 177
ficially radiOtJCtive phosphorw from a (1946).
mixture with the stable isotope. Z. Freed, Jalfey and Schulu, High cen-
phys. Chem. 179, 265 (1957) trifugai fields and ..adioactive decay.
Estermann and Stern, lntensity measure- Phys. Rev. 63, 12 (1945).
ments of molecular rays. Z. Phys. 85, Freundlich, Hincb and Ozerolf, Pulse
m (1955). analyser for nuclear research. Rev. Sei.
Ewald, A new Mattauch-Herzog dou- lnstr. 18, 90 (1947).
ble focwing m<iss spectrograph. The Friedland, A mass spectroscopic analysis
masses of CIS and NU . Z. Naturforsch. of the polyatornic gases in a fast coun-
I, UI (1946). ter. Phys. Rev. 71, 377 (1947).
Fay and l'aneth, Concentration of arti- Furry,Jones and Onsager, On the theory
ficially produced elements by meam of of isotope separation by thermal dif-
an e/ectric field. J. Chem. Soe. 584 fwion. Phys. Rev. 55, 1083 (1959).
(1956). Furry and Jones, Jsotope separation by
Fealher, Application of method of coin- thermal diffwion. The cylindrical case.
cidence counting in beta particle spec- Phys. Rev. 69, 459 (1946).
trograph of nove/ design . Proc. Camb. Gabor, Stabilizing linear particle accel·
Phil. Soe. 36, 224 (1940). erator by means of grid /enses. Nature
Feld, Proposed neutron spectrometer in 159, 50S (1947).
the 10-1000 hev range. Phys. Rev. 70, Gaeruner and Grane, An improved
429 (1946). method for the measurement of high
Feld, Scaleuar and Szilard, Use of energy gamma rays. Phys. Rev. 51, 58
threshold detectors for fast neutron (1937). . .
studies. Phys. Rev. 71, 464 (1947). Gautier and Ruark, Composition of
Feldenkreis, "lndwtrial" separation of mixed vapors in the cloud chamber.
isotopes. Nature 157, 481 (1946). Phys. Rev. 57, 1040 (1940).
Fertel, Gibbs, Moon, Thomson and Gentner and Segre, Appendix on the
Wynn·Williams. Experiments with ve- calibration of the ionization chamber.
/ocity spedrometer for /ow neutrons. Phys. Rev. 55, 814 (1939).
Proc. Roy. Soe. 175, 316 (1940). Geuing, Multivibrator Geiger counter
Finney and Evans, The radioactivity of circuit. Phys. Rev. H, 105 (1958).
solids determined by alpha ray count- Geuing, Fisk and Vogt, Some features of
ing. Phys. Rev. 48, 505 (1955). an e/ectrostatic generator and ion
Fleischmann, Enrichment of NU by the source for high voltage research. Phys.
separation column method of Clwiw Rev. 56, 1098 (1959).
and Dickel. Phys. Z. 41, 14 (1940). Geuing, A proposed detector for high
Foldy and Bohm, Efficiency of the fre- energy electrons and mesons. Phys.
quency modulated cyclotron. Phys. Rev. 71, 125 (1947).
Rev. 70, 445 (1946). Gideon and Kurbatov, Correction of
Fowler, Dudley and Gibson, Production Geiger-Müller counter data for high
of intense beams of positive ions. Phys. counting rates. III. Phys. Rev. 71, 140
Rev. 46, 1075 (1934). (1947).
Gingrich, Evans and :Edgerton, A direct
Fox, Hipple, Williams, Mass spectro-
reading counting rate meter for ran-
meter with a small magnet. Phys. Rev.
dom pulses. Rev. Sei. Instr. 7, 441
65, 353 (1944).
(1936).
Franck, Proposal of a method for the Good, Kip and Brown, Design of beta
separation of H e~ from H e4. Phys. ray and gamma ray Geiger-Müller
Rev. 70, 561 (1946). counters. Rev. Sei. lnstr. 17, 262
Frank, Phase stability of synchrotron (1946).
orbits. Phys. Rev. 69, 689 (1946). Gõtte, A separation method for the rare
Frank, The stability of eleclron orbits earths appearing in nuclear fission, by

[ 332]
lhe poceJS of SziU.rd and Chalmers. electroslalic generator operating under
Z. Naturfonch. 1, 577 (1946). high air preJSure. Phys. Rev. 51 , 75
Govaeru, A pholographic melhod of (1957).
sludying bela ray absorplion by 15P32. Herb and Bernet, Maximum vollage of
Nature 145, 624 (1940). Wisconsin electroslalic generator as a
Grahame and Seaborg, T h e separalion function of air preJSure. Phys. Rev.
of radioaclive subslances wilhoul lhe 52, 579 (1957).
use of a carrier. Phys. Rev. H, 240 Herb, Turner, Hudson and Warren,
(1958). Eleclrostalic generator wilh concenlric
Graves and Walk.er, A melhod for meas- eleclrodes. Phys. Rev. 58, 519 (1940).
uring half-lives. Phys. Rev. 71, I Heru, A melhod for lhe separalion of
(1947). gaseous isotope mixlures and its ap-
Gray, The ionizalion melhod of measur- plicalion lo the isotope• of neon. Z.
ing neulron energy. Proc. Camb. Phil. Phys. 79, 108 (1952). ·
Soe. 40, 72 (1944). Herzog, Report on a very sensilive coun-
Greanias and Wuk.asch, Eleclron injec- ler for gamma rays and ils technical
lion lechnique for betalrons. Phys. applications (in German). Helv. Phys.
Rev. 70, 797 (1946). Acta 19, 414 (1946).
Greinacher, A new method for measur· Hill and Dunworth, Rate of spead of
ing elemenlary rays. Z. Phys. }6, 564 discharge along lhe wire of a Geiger
(1926). counter, Nature 158, 855 (1946).
Hafstad, The application of lhe FP- Hipple and Condon, Deleclion of. me-
54 pliolron lo alomic disinlegralion lastable ions wilh the mass speclrom-
sludies. Phys. Rev. U, 201 (1955). eler. Phys. Rev. 68, 54 (1945).
Haworth and Gillette, A slow neutron Hoffmann, Methods and resull• of re-
_velocity speclromeler. Phys. Rev. 69, cenl research in nuclear physics. Phys.
254 (1946). z. n, 514 (1940).
Haxby, Ak.eley, Ginzbarg, Smith, Welch Hole, On the slalislical trealmenl of
and Whaley, Preliminary sludies on counting experiments in nuclear phys·
lhe Purdue microwave electron accel- ics (in English). Ark.. Mat. Astr. Fys,
eralor. Phys. Rev. 70, 797 (1946). JJA , No. li (1946).
Hayes, Radio frequency healing cyclo- Houtermans, The energy consumed in
lron filamenls . Phys. Rev. 70, 220 the separalion of isotopes. Ann. Phys.
(1946). Leipzig 40, 495 (1941).
Hazen, Some operating characteristics of Huber and Meuger, lnvestigations on
lhe Wilson cloud chamber. Rev. Sei. an ion source of 60KJI operaling po-
Instr. JJ, 247 (1942). tential (in German). Helv. Phys. Acta
Heine, Wilson cloud-chamber investiga- 19, 200 (1946).
lion of lhe emission of lighl positive Hu~r. Alder and Baldinger, A melhoti
parlicles by beta radioactive bodies (in for lhe measuremenl of velocity oflhe
German). Helv. Phys. Acta 17, 275 ion tube in a fast counter (in German).
(1944). He1v. Phys. Acta 19, 204 (1946).
Hellund, Jsotope separation lry transienl Hudspeth, Wave guide acceleration of
preJSure diffusion. Phys. Rev. 57, 745 parlicles. Phys. Rev. 69, 671 (1946).
(1940).
Hull, Calibration of Neher-Harper counl·
Helmholu, Franck. and Peterson, Syn-
er circuit for accurate comparison of
chrolron radiofrequency rystems. Phys.
bela or gamma sources. Rev. Sei. lnstr.
Rev. 70, 448 (1946).
Henderson and White, Design and oper· 11, 404 (1940).
alion of a large cyclolron. Rev. Sei. Humphreys, Separation of Br isolope•
Instr. 9, 19 (1958). by centri{ugation. Phys. Rev. 56, 684
Herb, Parkinson ând Kent, The de- (1959).
velopment and performance of an Huntoon and Ellett, The ionization

[ 333]
gauge for alomic beam measuremenls. Kerst, T h e acceleration of electrons by
Phys. Rev. 49, 381 (1936). magnetic induction. Phys. Rev. 60, 47
Hutchison, Stewart and Urev, The con- (1941).
cenlralion of cu. J. Che;,... Phys. 8, Kerst and Serber, Electronic orbils in lhe
532 (1940). induclion acceleralor. Phys. Rev. 60, 53
Hutter, The eleclron oplics of mass spec- (1941).
trographs and velocity focusing de- Kerst, A new jnduclion accelerator gen-
vices. Phys. Rev. 67, 248 (1945). eraling 20 Mev . Phys. Rev. 61 , 93
lrnre, Physical chemical separation of (1942).
isomeric atomic ·types. N aturwiss. 28, Kerst, Method of increasing belalron
158 (1940). energy. Phys. Rev. 68, 233 (1945).
Irvine, Concentrating lhe uranium iso- Keston, Stable self-quenching Geiger-
tope of 23 minute half life. Phys. Rev. M üller counters conlaining organic
55, 1105 (1939). metallic compounds. Rev. Sei. Instr.
Jaeger and Zimmer, Radiation prolection 14, 293 (1943).
and protectiue measuremenls. Phys. Klemm, T heory of mass speclrographs
42, 25 (1941). which are double focusing for ali
Jánossy and Ing1eby, Circuit for self-re- masses. Z. Naturforsch. 1, 137 (1946).
cording Geiger-M üller counters. J. Sei. K1emm, The phenomenology of two pro-
Instr. 19, 30 (1942). cesses for isolope separation. Z. Natur-
]esse, Hannum, Forstat and Hart, loni- forsch . 1, 252 (1946).
zation chamber lechniques in measure- Koch, A device producing ion beams
ment of cu. Phys. Rev. 71, 478 (1947). homogeneous as to mass and energy.
Johnson and Johnson, A lheorelical an· Phys. Rev. 69, 238 (1946).
alysis of ionizalion of chambers and Kohman, Counter corrections at high
pulse amplifiers. Phys. Rev. 50, 170 counting rates. Phys. Rev. 65, 63 (1944).
(1936). Kopfermann and Wa1cher, Separation of
Johnston and Hutchison, Efficiency of the thalliurn isotope II. Optical investi·
lhe eleclrolylic separation of Cl iso- gation of various thaUium mixtures. Z.
topes. J. Chem. Phys. 1O, 469 (I 942). Phys. 122, 465 (1946).
Jones, On lhe theory for lhe lhermal dif- Korll arid Danforth, Neutron measure-
fusion coefficient for isotopes. Phys. ments with boron trifluoride counters.
Rev. 59, 1019 (1941). Phys. Rev. 55, 980 (1939).
Jones and Furry, Separation of isotopes Korlf, Fast neutron measurements with
by lhermal diffusion. Rev. Mod. Phys. recoil counters. Phys. Rev. 56, 124 I
18, 151 (1946). (1939).
Jordan and Coggeshall, M easurement of Korll, Operation of proportional coun-
relative abundance wilh lhe mass spec- ters. Rev. Sei. Instr. 12, 94 (1941).
trometer. J. Appl. Phys. JJ, 539 (1942). Korll, Operation of proportional coun-
Kaiser and Greanias, T h e synchro-beta- ters. Rev. Mod. Phys. 14, I (1942).
lron electron accelerator guide fields . Korll and Present, The quenching me-
Phys. Rev. 69, 536 (1946). chanism in "self-quenchint' counters.
Kaiser and Greanias. The rynchro-bela- Phys. Rev. 65, 253 (1944).
tron electron accelerator guide fields . Korll, Experiments on counters with
Phys. Rev. 70, 797 (1946). grid~ . Phys. Rev. 68, 53 (1945).
Kanne, On lhe preparation of Po sources.
Phys. Rev. 52, 380 (1937). Korll, Experiments with triode counters.
Kapur, Sarna and Charanjit, Helium - Phys. Rev. 68, 284 (1945).
filled Geiger-Müller counlers. Curr. Korsunsky, On the four pole beta spec-
Sei. 10, 521 (1941). trograph . ] . Phys., USSR 9, 14 (1945).
Keevil and Grasham, T heory of alpha ray Kosten, On lhe frequency distribution of
couting from solid sources. Canad. J. lhe number of discharges counted by
Res. 21 , 21 (1943). a Geiger-Müller counter in a constant

[ 334]
interval (in English). Physica 10, 749 Lamar, Samson and Compton, High eur-
(1943). rent ion sources for nuclear investiga-
Krasny-Ergen, Separation of U isotopes. tions. Phys. Rev. 48, 886 (1935).
Nature U5, 742 (1940). Lamar, lluechner and Compt0 n, Low
Krüger, Separation and speetroseopie in- voltage proton sourees. Phys. Rev. 51 ,
vestigation of Nu. Z. Phys. 11l, 467 936 (1937).
(1939). Lamar, Buechner and Van de Graaff,
Kruger, Green and Stallmann, Cyclotron Produetion of proton beams. J. Appl.
operation without filaments. Phys. Rev. Phys. 12, 132 (1940).
51, 291 (1937). Langendijlr. and Ornstein, The appliea-
Kruger and Green, T h e construetion and tion of lhe photographie method in
operation of a cyclotron to produee beta •·ay speetroseopy (in English).
I MJI deuterons. Phys. Rev. 51, 699 Physica 7, 475 (1940).
(1937). Laslett, A nomogram to faeilitate the de-
Kruger, Richardson, Groetzinger, Lyman, termination of lhe resolving time of
Ogle, Nelson, Schwarz, Greene, Ander- eounter equipment. Phys. Rev. 71, 144
son, Colbey, Lee, McClellan, Scag, (1947).
Smith and Tallmadge, A cyclotron Lauritsen and Bennett, A new high po-
whieh allows lhe accelerated particles tential X-ray tube. Phys. Rev. J2, 850
to emerge in a direction parallel to lhe (1928).
dee interface. Phys. Rev. 65, 62 (1944). Lauritsen and Lauritsen, A simple quartz
Kruger, Groeuinger; Richarson, Lyman, fiber electrometer. Rev. Sei. Instr. 8,
Ogle, Nelson, Schwarz, Greene, Colby, 438 (1937).
Lee, McCiellan, Scag, Smith and Tall- Lauritsen, Lauritsen and Fowler, Appli-
madge, Cyclotron whieh allows lhe ae- eation of a pressure eleetrostatie gen-
celerated particles to emerge in a direc- erator to the transmutation of light
tion parallel to lhe dee surfaee. Rev. elements by protons. Phys. Rev. 59,
Sei. Instr. 15, 365 (1944). 241 (1941).
Kurbatov and Mann, Correetion of Lauritsen, Fowler and Lauritsen, Deviee
Geiger-Müller eounter data. Phys. Rev. for intro4ueing short-lived radioaetive
68, 40 (1945). samples into a cloud ehamber. Phys.
Kurbatov and Groeuinger, Correetion of Rev. 71, 275 (1947).
Geiger-Müller eounter data. II. Phys. Lauterjung and Neuert, After-effeet with
Rev. 69, 253 (1946). eounter tubes. Z. Phys. 122, 266 (1944).
Kurie, Use of lhe Wilson cloud ehamber Lawrence and Livingston, The produe·
for measuring lhe range of alpha par- tion of high speed light ions without
ticles from wealr. sources. Rev. Sei. lhe use of high voltages. Phys. Rev. 40,
Instr. 2, 655 (1932). 19 , (1932).
Kurie, Present day design and technique Lawrence and Livingston, Multiple ae-
of cyclotron. J. Appl. Phys. 9, 691 eeleration of ions to very high speeds.
(1938). Phys. Rev. 45, 608 (1934).
Lawrence and Coolr.sey, On lhe apparatus
Kurie, Teehnique of high intensity bom-
for lhe multiple acceleration of light
bardment with fast particles. Rev. Sei.
ións to high speeds. Phys. Rev. 50, 1131
Instr. 1O, 199 ( 1939).
(1936).
Lamar and Luhr, Convenient proton Lawrence, Alvarez, Brobeclr., Coolr.sey,
souree. Phys. Rev. 45, 287 (1934). Corson, McM illan, Salisbury and
Lamar and Luhr, Proton currents from a Thornton, Initial performanee of lhe
low voltage are. Phys. Rev. 45 , 745 60 ineh cyclotron of the William H.
(1934). Croelr.er Radioation laboratory, Uni-
Lamar and Luhr, Proton produetion in versity of California. Phys. Rev. 56, 124
the low voltage are. Phys. Rev. 46, 87 (1939).
(1934). Lawson and Tyler, An improvement in

[ 335]
Geiger-Müller tube design . Phys. Rev. Mann and Kurbatov, A corre'ction of
H , 605 (1958). Geiger-Müller counter data . Phys. Rev.
Lawson and Tyler, Design of magnetic 68, 101 (1945).
beta ray spectrometer. Rev. Sei. lnstr. Marschall, Basis of the electron optic
IJ , 6 (1940). theory of a mass spectrograph. Phys.
Lewis and McDonald, Concentration of Z. 45, I (1944).
H2 is otope. J. Chem. Phys. I, 541 Martelly, Method of separating isotopes,
(1955). based on the use of rotating high fre-
Lewis and Hayden, A mass spectrograph quency electric fields . C. R., Paris 215,
for the study of fission product mix- 106 (1942).
tures. Phys. Rev. 70, III (1946). der Mateosian and Friedman, Organic
Lifschuu and Dulfendack, The counting vapors for self-quenched Geiger-Mül·
losses in Geiger-Müller counter circuits ler counters. Phys. Rev. 69, 689 (1946).
and recorders. Phys. Rev. 54, 714 Mattauch, A double focusing mass spec-
(1958). trograph and the masses of N16 and
Lifschuu and Duffendack, The advan· 018. Phys. Rev. 50, 617 (1956) ; Erra-
tages of scilling circuits in recording tum 50, 1089 (1956).
random counts. Phys. Rev. 55, 412 Mattauch, Mass spectrography and nu-
(1959). clear structure. Phys. Z. J8, 951 (1957).
Lifschutz, New vacuum tube scaling cir- Mattauch, Correctio"" to · measurements
cuits of arbitrary integral or fra ctional with the electrostatic analyur. Phys.
scaling rates. Phys. Rev. 57, 245 (1940). Rev. 57, 549 (1940).
Linder, Nuclear electrostatic generator. McCusker, A new type of counter for
Phys. Rev. 71 , 129 (1947). ioni%ing particles. J. Sei. Instr. 21, 120
Livingston and Lawrence, The produc- (1944).
tion of 4,800,000 volt hydrogen ions. McGee, A high voltage D.C. regulator
Phys. Rev. 41, 212 (1955). entirely A.C. operated. Phys. Rev. 66,
Livingston. Magnetic resonance acceler- 160 (1944).
ator. Rev. Sei. Instr. 7, 55 (1956). McKibben, Nomographic charts for nu-
Livingston, I on sources for cyclotrons. clear reactions. Phys. Rev. 70, 101
Rev. Mod. Phys. 18, 295 (1946). (1946).
Lofgren and Peters, Description of a fre- McKibben, Frisch and Hush, Contrai
quency modulated cyclotron and a dis· equipment for 2.5Mev van de Graaf/
cussion of the deflector problem. Phys. giving an ion beam constant to ± 1.5
Rev. 70, 444 (1946). Kev. Phys. Rev. 70, 117 (1946).
Lu, A low temperature thermal source of McMillan and Salisbury, A modified are
Li ions. Phys. Rev. H , 845 (1958). source for the cyclotron. Phys. Rev. 56,
Luhr, A source of doubly ioniud helium. 856 (1959).
Phys. Rev. 49, 517 (1956). McMillan, The rynchroton-6 proposed
MacDonald, The thermionic amplifica- high enerr;y particle accelerator. Phys.
tion of di•·ect currents. Physics 7, 265 Rev. 68, 145 (1945).
(1956). McMillan, Resonance acceleration of
MacKenzie and Schmiddt, Frequency charged particles. Phys. Rev. 70, 800
modulation for Berkeley 'J7 inch cyclo- (1946).
tron. Phys. Rev. 70, 445 (1946). Meaker and Roberts, Some phase ef/ects
Maier-Liebniu, "Siow" Wilson chamber with coincidence proportional count-
experiments. Z. Phys. II2, 569 (1959). ers. Rev. Sei. Instr. 15, 149 (1944).
Maier-Leibniu, The coincidence method Mellen, A radium source ion gauge.
and its application to nuclear physics Phys. Rev. 69, 691 (1946).
problem.l. Phys. Z. 43, 555 (1942). Members o! Nuclear Physics Laboratory
Manley, Berger and Gillette, Experi- of Osaka Imperial University. Separa-
ments with a slow neutron velocity tion of isotopes by thermal di{/wion .
spectrometer. Phys. Rev. 69, 254 (1946). I. Preliminary test of the separation

[ 336]
column. II. Separation o{ C/ isotopes. Nier, Concentration of Cl3 by thermal
Proc. Phys.-Math. Soe. Jap. (~) 2), diffusion . Phys. Rev. 57, ~O (1940).
590 (1941). Nier, A mass spectrometer. Rev. Sei. In-
Mikhaleva, The Geiger-Müller counler str. 11, 212 (1940).
with a hol/ow anode. J. Phys., USSR Nier, Ney and Inghram, A nu/1 melhod
10, 296 (1946). for lhe comparison o{ two ion currents
Miller, Geiger-Müller counler pulse si%e. in a mass spectrometer. Phys. Rev. 70,
Rev. Sei. Instr. H , 68 (194~). 116 (1946).
Miller, A new type of eleclrostalic gen- Norris, Snell, Meiners and Slotin, Manu·
erator. Phys. Rev. 69, 666 (1946). facture o{ cu in lhe chain reacting
Montgomery and Montgomery, Geiger- pile. Phys. Rev. 70, 110 (1946).
Müller counters. J. Franklin Inst. 231, ·oppenheimer, Johnston and Richman,
447, 509 (1941). Dri{t tubes for linear proton accele-
Montgomery and Montgomery, Time rator. Phys. Rev. 70, 447 (1946).
lags in Geiger-Mül/er counltr dis- Ortner and Stretter, On the electrical
charges. Phys. Rev. 59, 1045 (1941). measuremenl o{ particular corpuscular
Muehlhause and Friedman, Geiger-Mül- rays. Z. Phys. 54, 449 (1929).
ler counler lechnique for high counl- Parkinson, Herb, Bernet and McKib-
ing rates. Phys. Rev. 69, 46 (1946). ben, Electrostatic generator operating
Muehlhause and Friedman, Measure- under high air pressure-operalional
menl o{ betatron radiation with Gei- experience and acces ory apparatus.
ger-Mülltr counter. Phys. Rev. 69, 691 Phys. Rev. H , 642 (19~8) .
(1946). Parsegian, Use o{ 6AK5 and 9H tubts in
Murray, Recording negative ions and ioni:ation chamber pulse amplifiers.
electrons in a gas with a Geiger-Mül- Rev. Sei. lnstr. 17, ~9 (1946).
ler counter. Phys. Rev. 65, 6~ (1944). Peacock, The measuremenl o{ absolute
Nawijn, The mtchanism o{ the Geiger- efficiencies o{ gamma ray counters.
Müller counter (-in English). Physica Phys. Rev. 66, 160 (1944).
9, 481 (1942). Peacock and Osborne, Contrai and re-
Nawijn and Mulder, The mechanism o{ cording circuits for a magnetic beta
the Geiger-Müller counler (in Eng- ray speclrograph. Phys. Rev. 69, 679
lish). Physica 10, 5~1 (194~). (1946).
Neher and Harper, A high speed Geiger Peacock and Good, An automatic sample
counter circuit. Phys. Rev. 49, 940 changer to be used for measuring ra-
(19~). diQaclive samples. Rev. Sei. Instr. 17,
Neher and Pickering, Modified high 255 (1946).
speed Geiger counter circuit. Phys. Peck, Photographic neulron detection.
Rev. H, ~16 (19~8). Phys. Rev. 71 , 464 (1947).
Neher and Pickering, Light weight high Pegram, Urey and Huffman, Distilling
voltage supply for Geiger counters. apparalus for separation o{ isotopes.
Rev. Sei. Instr. 12, 140 (1941). Phys. Rev. 49, 88~ (19~6) .
Ney and Mano, Mass measurement with Peierls, Statistical error in counting ex-
a single field mass spectrograph . Phys.
. perimtnls. Proc. Roy. Soe. 149, 467
Rev. 69, 2~9 (1946).
(19~5) .
Ney and Armistead, The sel{-diffusion
coe{ficitnl o{ uranium hexi{luoride. Penick, D.C. amplifier circuits for use
Phys. Rev. 71, 14 (1947). with the electrometer tube. Rev. Sei.
Nielson, Efficienry o{ positive and nega- lnstr. 6, 115 (19~5) .
tive ions as condensation nuclei in Perfilov, A new method o{ recording o{
lhe Wilson cloud chamber. Phys. Rev. particles o{ tloe type o{ U {ragments
61 , 202 (1942). by means o( a photographic plate (in
Nier, Tht coefficienl o{ thermal diffusion English). J. Phys. USSR 10, I (1946).
o{ methane. Phys. Rev. 56, 1009 (19~9) . Pi, Magnesium ion source for high in-

[ 337]
te,sity rnnss spectrogmph . Phys. Rev. Ramsey and Lees, Further confirmation
67, 65 (1945). of the Montgomery theory of counter
Piekering and Snowden, A uoltage regu- discharge. Phys. Rev. 60, 411 (1941).
lator fo r high voltages. Phys. Rev. 65, Ramsey and Hudspeth, Sorne discharge
151 (1944). characteristics of self-quenching count-
Plcsset, Studies with a perrnanmt magnet ers. Phys. Rev. 61, 95 (1942).
beta ray spectrogrnph . Phys. Rev. 59, Ramsey, Directional properties of self-
9~6 (1941). quenching counters. Phys. Rev. 61, 96
Plesset Harnwell and Seidl, A perma- (1942).
nen! beta ray :pectrograph . Re.v. Sei. Rayton and Willr.ins, A Wilson cloud
Instr. 13, MI (1942). chamber investigation of the alpha
Pollard, Use of a proportional counter particles from uranium. Phys. Rev. 51 ,
for meson detection . Phys. Rev. 69, 818 (19~7) .
689 (1946). Regener, Decade counting ci.-cuits. Phys.
Pollock, Cmn!Jination of betatron and Rev. 69, 46 (1946).
rynchrotron for electron. Phys. Rev. Regener, lmproved decade counting cir·
69, 125 ( 1946). cuit. Phys. Rev. 69, 689 (1946).
Pollock, Langrnuir, Elder, Blewett, Gu- Regener, Multiple master coincidence
rewitsch and Wauers, Vesign of a 70 method · for cosmic ray studies. Phys.
Mev rynchrotron. Phys. Rev. 70, 798 Rev. 70, 449 (1946) . .·
(1946). . Reutersward, A new mass spectrograph
Post, A proposed high energy partacle (in German). Ark. Mat. Astr. Fys. JOA ,
accelerator. Phys. Rev. 69, 126 (1946). No. 7 (1944).
Potter, A four tube counter decade. Elee- Richardson, MaeKenzie, Lofgren and
tronies 17, 110, ~58, ~60 (1944). Wright, F•·equency modulated cyclo-
Powell, Furthet· applications of the pho- tron. Phys. Rev. 69, 669 (1946).
tographi<· method in nuclear physics. Ringo, A magnetic alpha particle spec-
Nature 145, 155 (1940). trograph. Phys. Rev. 59, 107 (1941).
Powell, The protographic plate in nu- Roberts, lnterval selector: a device for
clear physics. Endeavour I, 151 (1942). measuring time distribution of pulses.
Powell, Applications of the photographac Rev. Sei. lnstr. 12, 71 (1941).
method to problems in nuclear phys- Rochester and Jánossy, The preparation
ics. I. (a) the determination of the and efficiency of rhe fast Ceiger-Müller
energy of homogeneotts groups of al- counter. Phys. Rev. 63, 52 (194~).
pha particles. (b) The determination Rogers, T heory of lhe electrostatic beta
of the energy of fast neutrons. Proc. part~cle energy spectrogmph . Rev. Sei.
Roy. Soe. 181, M4 (194~) . Instr. 8, 22 (1937).
Powell, Oeehialini, Livesey and Chilton, Rogers, Theory of electrostatic beta par-
A new photographic emulsion for the ticle energy spectrograph . Rev. Sei. In-
detection of fast charged particles. J. str. II , 19 (1940).
Sei. Instr. 23, 102 (1946). Rogers and Horton·, On the theory of
Pureell, The focusing of cha•·ged par- the electrostatic beta-particle energy
ticles by a sphet·ical condenser. Phys. spectrograph . Rev. Sei. Instr. U, 216
Rev. 54 , 818 (19~8). ( 194~) .
Rabinovich, lnvestigation of the phas. Rogers, On the theory of the electro-
ing properties of the relativistic reso- static beta particle energy spectro-
nance accelemtor. I. Synchrotron. II. graph. IV. Phys. Rev. 69, 537 (1937).
Cyclotron with varying frequen cy ot Rose, Focusing and maximum energy of
dee voltage (phasotro,). J . Phys. USSR ions in the cyclotron. Phys. Rev. 53,
I O, 52~ ( 1946). 392 (1938).
Ramsey, Measurements of discharge char· Rose, Magnetic field corrections in the
acteristics of Ceiger-Müller counters. cyclotron. Phys. Rev. 53, 715 (1958).
Phys. Rev. 57, 1022 (1940). Rose and Ramsey, On time lags in co-

[ 338]
incidence discharges of Geiger-Müller Schultz, The determination of small
counters. Phys. Rev. 59, 616 (1941). time intervtJ/s between related nucletJr
Rose and Korff, Properties of propor- events. Phys. Rev. 71, 154 (1947).
tional counters. Phys. Rev. 29,850 ( 1941 ). Schwarz, A voltage stabilizer fm· a D. C.
Rose and Ramsey, The behavior of pro- generator. Phys. Rev. 61 , 544 (1942).
portional counter amplification at low Schwarz and Pool, Use of a mass spectro-
tlo/tages. Phys. Rev. 61 , 198 (1942). scope in artificial radioactive assign·
Rose and Ramsey, Proportional counter ments. Phys. Rev. 64 , 43 (1945).
amplification tJI low vóltages. Phys. Schwartz, A note on the seporation of
Rev. 61, 504 (1942). gases by diffusion into a fast streaming
Rossi, Method of registering multiple vapor. Phys. Rev. 68, 145 (1945).
simulttJneou: impulses of severtJI Gei- Schwinger, Electron •·adiation in ltigl•
ger's counters. Nature 125, 656 (19~0). energy accelerators. Phys. Rev. 70, 798
Rotblat, ApplictJtion of lhe coincidenet (1946).
method for measurements of short life Scott, Focused beam source of hydrogen
periods. Proc. Roy. Soe. 177, 260 (1941). and helium ions. Phys. Rev. 55, 954
Ruark and Brammer, The ef!iciency of (1959).
counters tJnd counter circuits. Phys. Seaborg and Kennedy, Nuclear isomer-
Rev. 52, 522 (1957). ism and lhe chemical separation of
Ruark, MultivibrtJtor Geiger counter cir· isomers in tellurium. Phys. Rev. H ,
cuit. Phys. Rev. H, 516 (1958). 410 (1959).
Rubin, PtJrticle sctJttering camera. Phys. Segr~. Halford and Seaborg, Chemical
Rev. 70, 447 (1946). separation of nuclear isomers. Phys.
Rukavichnikov, The first USSR cyclo- Rev. H , 521 (1959).
tron. Phys. Rev. 52, 1077 (1957). Segr~ and Wiegand, Boron trifluoride
Rumbaugh, The isolotion of Li isotopes detector for low n~utrnr. intensities.
with a mtJSS spectrometer. Phys. Rev. Rev. Sei. lnstr. 18, 86 (1947).
49, 882 (1956). Serber, Orbits of porticles in lhe race-
Rutherford, Wynn-Williams, Lewis and traclt. Phys. Rev. 70, 4~4 (1946).
Bowden, Analysis of alpha rays by tJn Seth and Rao, The linearity. of lhe mass
annultJr mtJgnetic field. Proc. Roy. Soe. scale of Aston's mass spectrograph .
IJ9, 617 (1955). Indian J . Phys. 16, 219 (1947).
Sagane, Miyamoto, Nakamura and Ta- Shapiro, Trachs of nuclear particles in
keti, Preliminary tests on lhe spiral photographic emulsions. Rev. Mod.
orbit gamma ray spectrometer. Proc. Phys. IJ , 58 (1941).
Phys.-Math. Soe. Jap. (5) 25, 274 (1945). Shaw and Rall, An A . C. operated Mat-
Saha, The theory of the 180• magnetic tuch type mass spectrograph. Phys.
focusing type of beta ray spectrometer. Rev. 70, 117 (1946).
Indian J . Phys. 19, 97 (1945). Shaw, Afl intense positive ion source for
Saxon and Schwinger, Electron orbits in solids. Phys. Rev. 71 , 277 (1947).
lhe rynchrotron. Phys. Rev. 69, 702 Shepherd and Haxby, A scale-of-eight
(1946). . impulse cotmler. Rev. Sei. Instr. 7, 425
Schiff, Statistical analysi ; of counter (1956).
data. Phys. Rev. 50, 89 (1936). Sherr, Separation of gaseous isotopes by
Schiff, On lhe poths of ions in lhe cyclo· diOwion . J . Chem. Phys. 6, 251 (1958).
tron. Phys. Rev. 54 , 1114 (1958). Sherwin, Delays in firing time of Geiger-
Schlff, Energy tJngle distribution of beta- Müller counters. Phys. Rev. 71 , 479
tron ltJrget TtJditJtion. Phys. Rev. 70, 87 (1947).
(1946). Shive, Pracliet and theory of lhe modu-
Schultz, System for high speed counting lation of Geiger counters. Phys. Rev.
of nuclear particles. Phys. Rev. 69, 689 56, 579 (1939).
(1946). Shrader, Partia/ separation of the iso-

[ 339]
topes of chlorine by thermal di0usion. Smith and Scott, Conditions for produc-
Phys. Rev. 69, 4~9 (1946). · ing intense ionic beams. Phys. Rev. 55,
Si~bahn, 1nvestigations on the use of 946 (19S9).
magnetic lenses for beta spectroscufJY Smythe and Mattauch, A new mass spec-
(in German). Ark. Mat. Astr. Fys. 28A, trometer. Phys. Rev. 40, 429 (1952).
No. 17 (1942). Smythe, Rumbaugh and West, High in-
Si~bahn, Studies in beta spectroscofJY tensity mass ~pectrometer, Phys. Rev:
(in English). Arlr.. Mat. Astr. Fys. JOA, 45, 220, 724 (19S4).
No. 20 (1944) . . Spatz, Factors influencing the pla-
Si~bahn, A magnetic lens of special teau characteristics of self-quenching
field furm for beta and gamma ray in- Geiger-Müller counters. Phys. Rev. 6),
vestigations, designs and applications. 4ó2 (194S).
Phil. Mag. (7) J7, 162 (1946). Spatz, The factors influencing the pla-
Simoda, On the motion of positive ions teau characteristics of self-quenching
in the Geiger-Müller counter. Proc. Geiger-Müller counters. Phys. Rev. 64,
Phys.-Math. Soe. Jap. (S) 25, 445 2S6 (f945).
(1945). Steigman, A concentratiun method for
Simon, 1sotope separation factor of a certain radioactive metais. Phys. Rev.
thermal diOusion column , Phys. Rev. 59, 498 (1941).
61 , S88 (1942). Stephens, A pulsed mass spectrometer
Simon, Performance of a hot wire Clusius with time dispersion. Phys. Rev. 69,
and·Dicllel column . Phys. Rev. 69, 596 691 (1946).
(1946). Stevenson and Getting, A vacuum tube
Simpson, Reduction of lhe natural in- circuit for scaling duwn counting rates.
sensitive time in Geiger-Müller coun- Rev. Sei. Instr. 8, 414 (1957).
ters. Phys. Rev. 66, 59 (1944). Stever, A diuctive Geige~· counter. Phys.
Simpson, Four-pi solid angle Geiger- Rev. 59, 765 (1941).
Müller counten. Rev. Sei. Instr. 15, Stever, Circuit independence of charge in
119 (1944). fast counter pulses. Phys. Rev. 60, 160
Simpson, A precision alpha proportional (1941).
counter. Phys. Rev. 70, 117 (1946). Stever, The discharge mecloanism of fast
Slr.aggs, Almy, Kerst and Langl, Remova/ Geiger-Müller counters from lhe dead-
of the elei:tron beam from the beta- time experiment. Phys. Rev. 61, S8
tron. Phys. Rev. JO, 95 (1946). (1942).
Slack and Ehrcke, 200KV neutron source. Stone, Livingston, Sloan and Chaffee,
Rev. Sei. Instr. 8, l9S (19S7). Radiofrequency high voltage appara-
Slatis, On a photographic method for tus for X-ray therafJY. Radiology 24,
invutigating lhe optical properties of m (19S5).
magnetic lenses and for recording beta Straus, A new mass spectrograph and tloe
ray /ines (in English). Ark. Mat. Astr. isotopic constitution of nicllel. Phys.
Fys. J2A , No. 20 (1946). Rev. 59, 450 (1941).
Slater, The design of linear accelerators. Swann, Fluctuatiuns in measurements of
Phys. Rev. 70, 799 (1946). ionization per cm of path in propor-
Sloan and Coates, Recent advances in tional counters. Phys. Rev. 69, 690
the production of heavy high speed (1946).
ions without the use of high voltages. Szilard and Chalmers, Chemical separa-
Phys. Rev. 46, 559 (19~4). tion of lhe radioactive element from
Sloan, A radiofrequency high voltage its bombarded isotope in the Fermi
generator. Phys. Rev. n, 62 (19~5). effect. Nature IJ4, 462 (19S4).
Smith, Lozier and Bleakney, Automatic Taylor, A modified Aston-type ma.ss
recording mass - spectrographs. Phys. spectrometer and some preliminary re-
Rev. 45, 761 (19M). sults. Phys. Rev. n, 666 (19~5).

[ 340]
Taylor, A mau spectromcter and gauow Geiger-Miiller counters (in English).
lhermal diUwion isolope uparalor. Physica 9, 556 (1942).
llev. Sei. Instr. H, I (1944). Van Voorhis, Kuper and Harnwell, PTo-
Thode, Grabam and Ziegler, A mass lon source for atomic disintegration
sf'«lrOJMier ond lhe measuremenl of experiments. Phys. Rev. ~5 , 492 (1954).
isolope exchonge faclors . Canad. J. Van Voorhis, The artificial radiooctivity
Res. 2JB, 40 (1945). of copper, a branch reaction. Phys.
Thomas, The pa1hs of ions in lhe cyclo- Rev. ~9, 876 (1956).
lron. I. Orbits in lhe magnetic field . Van Voorhis, Apparatw for lhe measure-
Pbys. Rev. H, 580 (1958). ment of artificial radioactivity. Pbys.
Thomas, The pa1hs of ions in lhe cyclo- Rev. ~9, 889 (1956).
lron. 11. Polhs iJJ the combined el.c- Veksler, A new method for acceleration
lric and magnetic fields. Phys. Rev. H, of relativistic particles (in English).
588 (1958). C. R., URSS 1J, 529 (1944).
Trump and Van de Graaff, A compact Veksler, A new method of acceleration
pressure-insulated electrostatic X-ray of relativistic particle . J. Phys. USSR
generator. Phys. Rev. H , 1160 (1959). 9, 155 (1945).
Tsien, Chastel, Faraggi and Vigneron, A Veksler, Concerning some new methods
new photographic plate for lhe meas- of acceleralion of relalivistic particles.
urement of lhe palhs of alpha rays. Phys. Rev. 69, 244 (1946).
C. R., Paris 22J, 571 (1946). de Vries, The conslruclion of counln·
Tuve, Dahl and Hafstad, The produc- lubes (in English). Physica 11, 455
tion and focwing of intense positive (1946).
ion beams. Phys. Rev. ~s. 241 (1955). WifRer, Problems and research melhods
Tuve, Hafstad and Dahl, High vollage of nuclear physics. Buli. Ass. Suisse
lechnique for nuclear plrysics studies. Elect. Jl, 25, 282 (1940).
Phys. Rev. ~s. 515 (1955). Walcber, Enrichment of rubidium iso-
Van Aua, Van de Graaff and Barton, A IOf'es. Phys. Z. JS, 961 (1957).
new design for a high vollage dis- Walcher, On tlte possible wes of the
charge tube. Phys. Rev. 1J, 158 (1955). K unsman anodes for lhe mass spectro-
Van Atta, Northrup, Van Alta and Van graphic uparation of isotopes. Z. Phys.
de Graaff, The design, operation and 121, 604 (1945).
performance of lhe Round Hill elec- Wakher, An ion source for mass spectro-
lrostatic generator. Phys. Rev. 49, 761 graphic isotope separation. Z. Phys.
(1956). 122, 62 (1944).
Van Atta, Northrup, Van de Graaff and Walcher, Separation of the thallium iso-
Van Alta, Electrostatic generator for tope. 1. MIISS spectroscOf'ic separation.
nuclear research at M . I . T . Rev. Sei. Z. Phys. 122, 401 (1946). .
Instr. 12, 554 (1941). Walchli, Performance tests on the Penn
Van de Graaff, A 1,500,000 volt electro- State type of Geiger-Müller circuits.
static generator. Phys. Rev. JS, 1919 Phys. Rev. 65, 546 (1944).
(1951). Wang, Marvin and Stenstrom, A modi-
fication of the Barnes Geiger-Müller
Van de Graaff, Compton and Van Aua, counter. Rev. Sei. lnstr. JJ, 81 (1942).
The electrostatic production of high Wang, On increasing the eUectiveness of
vollage for nuclear investigations. a betatron. Pbys. Rev. 69, 42 (1946).
Phys. Rev. 1J, 149 (1955). Ward, A new method of determining
Van de Graaff, Buechner, Woodward, half-value periods from observations
Mclntosh, Burrill and Sperduto, An with a single Geiger counter. Proc.
eleclroslatic generator for nuclear re- Roy. Soe. 1S1 , 185 (1942).
uarch. Phys. Rev. 70, 797 (1946). Washburn and Berry, EUects of high
Van Gemen, Den Hartog, and Mul- initial energies on mas; spectra. Phys.
ler, Measurements on self·quenching Rev. 70, 559 (1946).

[ 341 ]
Watson, Concentration o{ heauy carbon Wilson, On the comparative efficiency as
by thermal diffusion . Phys. Rev. ,6, condensation nuclei o{ positively and
703 (1939). negatively charged ions. Phil. Trans.
Watson, Thermal separation o{ isotopes. Roy. Soe. 19J, 2~9 (1900).
Phys. Rev. 57, 899 (1940). Wilson, Magnetic and electrostatic {ocus-
Watson, Simon and Woern1ey, Thermal ing in lhe cyclotron. Phys. Rev. H, 408
diffusion separation o{ isotopes. Phys. (1958).
Rev. 62, 558 (1942). Wilson and Kamen, Internal tar(els in
Weisz, The Geiger-Müller tube. Elec- the cyclotron. Phys. Rev. H, 1051
tronics 14, 18 (1941). (1958).
Weisz, Sei{- quenching Geiger · Müller Wilson, Formation of ions in the cyclo-
counters. Phys. Rev. 61, 392 (1942). tron. Phys. Rev. J6, 459 (1939).
Weisz, Note on the nature o{ lhe gas Witcher, An e.lectron lens type o{ beta
mixture in self-quenching Geiger·Mül- ray spectrometer. Phys. Rev. 60, 52
ler tubes. Phys. Rev. 62, 477 (1942). (1941).
Weisz, Particle accelerators as mass ana- Woodyard, A comparison of lhe high
lyurs. Phys. Rev. 70, 91 (1946). frequency accelerator and betatron as
Welles, Partia/ separation o{ lhe oxygen a source of high enerr;y electrons. Phys.
isotopes by thermal diffusion . Phys. Rev. 69, 50 (1946).
Rev. ,9, 920 (1941). Woo1dridge and Smythé, The separation
Welles, Partia/ separation o{ lhe oxygen of gaseous isotopes by diffusion . Phys.
isotopes by thermal diffusion and the Rev. ,0, 255 (1956).
deutron bombardment of 011 . Phys. Wright and Richardson, Frequency mo-
Rev. 69, 586 (1946). dulated cyclotron characteristics. Phys.
Weltin, Soft radiation Geiger counter. Rev. 70, 445 (1946).
Rev. Sei. 14, 278 (1943). Wynn-Williams, Use of thyratrons for
Westendorf, Biased betatron in opera- high speed automatic counting of
tion . Phys. Rev. 71 , 271 (1947). physical phenomena. Proc. Roy. Soe.
Westhover and Brewer, Efficiency o{ IJ2, 295 (1951).
thermal diffusion process for separat- Wynn-Williams, A thyratron "scale-of-
ing isotopes. J. Chem. Phys. 8, 314 two" automatic counter. Proc. Roy,
(1940). Soe. IJ6, 512 (1952).
White, Henderson, Henderson and Rid· Yates, Separation of isotopes for inves-
enour, T h e production of high entrr;y tigation of nuclear transformations.
alpha particles by the Princeton cyclo- Proc. Roy. Soe. 168, 148 (1938).
tron . Phys. Rev. ,1, 1012 (1937). Yetter, Another circuit for use with
Wick, On diffusion problems. Z. Phys. Geiger-Müller counters. Phys. Rev. ,J,
121, 702 (1945). 612 (1938).
Widerõe, Ou bringing lhe beam out of York, Hildebrand, Putnam and Hamil-
a betat.-on. Phys. Rev. 71, 376 (1947). ton. Acceleration of stripped light.
Wiebe, The problem of {ocusing in a nuclei. Phys. Rev. 70, 446 (1946).
cyclotron . Z. Phys. 122, 451 (1944). Yukawa and Sakata, Efficiency of gamma
ray counter. Tokyo Inst. Phys. Chem.
Wilkening and Kanne, LocaliUJtion o{
Res. JI, 187 (1957).
the discharge in Geiger-Müller coun-
Zahn and Spees, An improved method
ters. Phys. Rev. 62, 554 (1942).
for lhe determination of the specific
Wilkening and Kanne, The localiUJtion charge of beta particles. Phys. Rev. ,J,
phenomenon in Geiger-Müller coun- 557 (1958).
ters. Phys. Rev. 6J, 65 (1945). Zinn, Low voltage positive ion source.
Wilkens and St. Helens. Grain spacing Phys. Rev. ,2, 650 (1957).
of alpha ray, proton and deuteron Zinn and See1y, A neutron generator
lrac/rs in photographic emulsions. utilizing lhe deuteron-deuteron reac-
Phys. Rev. H, 785 (1958). tion. Phys. Rev. ,2, 919 (1957).

[ 342]
LISTA DE REVISTAS

Acta Phys. Polonica Acta Physica Polonica. Warsaw.


Acta Soe. Sei. Fennicae Acta Soei e tas Scicn tiarum Fennicae. Helsingfors.
Amer. 1. Phys. 1\merican 1oumal of Physics. New Yorlr..
Amer. J. Sei. American 1oumal of Sciencc. New Haven, Conn.
Ann. N. Y. Acad. Sei. Annals of the New Yorlr. Academy of Science.
NewYort..
Ann. Phys .• Leipzig Annalen der Physik. Leipzig.
Ann. Soe. Sei. Brux. Annalcs de la Société Scientifique de Bruxelles.
Louvain.
Anz. Akad. Wiss. Wien Anzeiger der Akadcmie der Wissenschaften in
Wien . . Mathematisch . naturwisscnschaftliche
Klassc. Vienna.
Arlr.. Kemi. Min. Gcol. Arkiv fõr Kcmi, Mineralogi och Geologi.
Stoct.holm.
Arlr.. Mat Astr. Fys. Arlr.iv fõr Matcmatit. Astronomi och Fysik.
Stoct.holm.
Astrophys. 1. Astrophysical 1ournal. Chicago.
Atti Accad. Lincci. Atti della reate accademia nazionale dei Lincei.
Rendiconti. Classe di scienze fisiche, materna·
tiche e naturali. Rome.
Ber. Deuuch. Chem. Ges. Berichten der deuuchen chemischen Gesell·
schaft. Bcrlin.
Buli. Ass. Suissc Elect. Bulletin de L'Association Suissc des Électriciens.
Zürich.
Buli. Soe. Roumaine de Phys. Bulletin de la société roumaine de physiq ue.
Bucharcst.
Canad. J. Rcs. Canadian 1oumal o( Rcsearch. Ottawa.
Chem. Rcv. Chemical Revicws. Baltimore.
C.R .• Paris Compte Rendu Hebdomadaire des Séances de
L' Académie dcs Sciences, Paris.
C.R., URSS Comptes Rendus de l'Académie des Sciences de
!'URSS. Moscow.
Curr. Sei. Current Science. Bangalore.
Elcetrooia Electronics. Ncw York and London.
Endeavour Endeavour. London.
Ergeb. d. cxat.t Naturwiss. Ergebnisse der exat.ten Naturwissenschaften.
Berlin.
Gõtt. Nachr. Kõnigliche Gcsellschaft der Wissenschaften zu
Gõttingcn. Nachrichten. Gõuingen .

[ 343]
Helv. Phys. Acta Helvetica Physica Acta. Basle.
Indian J. Phys. Indian Joumal o( Physia. Calcutta.
lnL Conf. Phys. Lond. International Conference on Physia. London.
J. Amer. Chem. Soe. Joumal o( the· American Chemical Society.
Easton, Penna.
J . Appl. Phys. Joumal o( Applied Physia (formerly Physia) .
New York.
J. Chem. Phys. Joumal o( Chemical Physia. New York..
J. Cllem. Soe. J ouma I o( the Chemical Society. London.
J. Exp. Theor. Phys. USSR Journal o( Experimental and Theoretical Phys-
ia of the USSR (Zhumal Exsperimentalnoi
i Teoretich6koi Fizik.i) . Moscow.
J. Fnnk.lin Inn. Joumal o( the Fnnklin Institute. Lancaster and
Philadelphia, Penna.
J. Mysore "!)niv. Journal o( the Mysore University. Bangalore.
J . Phys. Chem. Journal o( Physical Chemistry. Baltimore, Md.,
and London.
J. Phys. Rad. Joumal de p_hysique et le radium. P~
J . Phys., USSR Journal of Physia. Moscow.
J. Res. NaL Bur. Stand. Joumal o( Research o( the National Bureau ol
Standards. Washington, D. C.
J . Sei. lnstr. Journal o( Scientific Instruments. London.
K. Fys. Sillsk.. Lund. Fõrh. Kungliga Fysiognfisk.a Sillsk.apets i Lund Fõr·
handlingar. Lund, Sweden.
K. Ned. Ak.ad. Verh. Koninkli jke Ak.ademie van W~tenschappen .
Verhanelingen. Amsterdam.
Kgl Dansk.e Vid. Seis. Kongelige Danske Vidensk.abemes Selsk.ab.
Copenhagen.
Mem. Coll. Sei. Kyoto lmp. Univ. Memoin o( the College o( Science Kyoto lm·
perial Univenity. Tok.yo.
Metrop·Vick.. Gaz. Metropolitan-Vick.ers Gazette. Manchester.
Nature Nature. London.
Naturwiss. Naturwissenschalten. Berlin.
Ned. T . Natuurk.. Nederlandsch Tijdschrift voor Natuurk.unde.
The Hague.
Nuovo Cim. II Nuovo Cimento. Bologna.
Phil. Mag. The London, Edinburgh and Dublin Philo-
sophical Magazine and Journal o( Science.
London.
Phil. Tnns. Roy. Soe. Philosophical Transactions o( the Royal Society
o( London. London.
Phys. in regelmiss Ber. Die Physik in regelmissigen Berichten. Leipzig.
Phys. Rev. Physical Review. New York.

[ 344]
Phys. Z. Physihlisch~ üitsehrift. Leipzig.
Phys. Z. Sowj~L Physil.alisch~ Z<'iuchrift der Sowj~tunion.
Leipzig.
Physica Physica. The Hague.
Portugalia~ Physica Portugaliae Physica. Lisbon.
Proc. Am~r. Phil. Soe. Proceedings o( th~ American Philosophical ·So-
ci~ty. Philad~lphia, Penna.
Proc. Camb. Phil. Soe. Proc~edings o( th~ Cambrid~ Philosophical
Society. London.
Proc. Indian Acad. Sei. Proceedings o( th~ Indian Academy o( Sciences.
Bangalo~.

Proc. Iowa Acad. Sei. Proceedings of th~ Iowa Academy o( Science.


Ames, Iowa.
Proc. K . Akad. Amst~rdam Proceedings o( th~ "Koninklijk.~ Al.ademi~ van
W~t~nschap~n t~ Amst~rdam." Amstcrdam.
Proc. Nat. Acad. Sei. Proceedings· o( the National Academy o( Sei·
ences. Washington, D. C.
Proc. Nat. lnsL Sei. India. Proc~edings o( the National Institute of Sciences
of India. Calcutta.
Proc. Phys.·Math. Soc.Jap. Proceedings of the Physico-Mathematical So-
ciety of Japan. Tok.yo.
Proc. Phys. Soe., Lond. Proceedings of the Physical Society. London.
Proc. R. Irish Acad. Proceedings of the Royal Irish Academy. Dublin
and London.
Proc. Roy. Soe. Proceedings of the Royal Soci~ty of London.
London.
Publ. Fac.Cienc. Fis.-Mat. La Plata Publicaciones de la Facultad de Ciencias Flsico-
Matemáticas de la Univenidad Nacio·n al de
la Plata. La Plata.
Radiology Radiology. Syracuse, New York..
Rep. Phys. Soe. Progr. Phys. Reports of the Physical Society on Progress in
Physics. London.
R~v. Bras. Biol. Revista Brasiliera de Biologia. Rio de Jan~iro .

R~v. Gén. El«t. Revue Génerale d'Eiectricité . .Paris.


Rev. Mod. Phys. Reviews of Modem Physics. New York..
Rev. Sei. Instr. Review of Scientific Instruments. New York..
Rev. Sei., Paris Revue Scientifique. Paris.
Ric. Sei. Ricostruz. Ricerca Scientifica ~ Ricostruzione. Rom~.
S.B. Ahd. Wiss. Wi~n. Sitzungsbericht~ der Ak.ad~mie der Wissens-
chaften in Wi~n. Vienna.
S.B. preuss Ahd. Sitzungsberichte d~r preussische Ahd~mie der
Wissenschaft~n. Berlin.
Science and Cultur~ Science and Cultur~.

[ 345]
Science Science. Lancaster, Penna.
Sei. Rec. Acad. Sin. Science Record Academia Sinica. Chungk.ing.
Tohok.u Univ. Sei. Rep. Scientific and Technology reporu of the Toho-
k.u Imperial University. Sendai, Japan.
Tok.yo lnst. Phys. Chem. Res. Scientific Papers of the lnstitute of Physical
and Chemical Research. Tok.yo.
Trans. Faraday Soe. Transactions of the Taraday Society. London.
Univ. Lund (Thesis Phys. Inst.) University of Lund. Thesis of the Physia ln·
stitute. Lund, Sweden.
Z. angew. Chem. Zeiuchrift für angewandte Chemie. Berlin.
Z. anorg. allg. Chem. Zeiuchrift für anorganische und allgemeine
Chemie. Leipzig.
Z. Naturforsch. Zeiuchrift für Naturforschung. Wiesbaden,
Gennany.
Z. Phys. Zeiuchrift für Physik.. Berlin.
z. phys. Chem. Zeiuchrift für ph.ysik.alische Chemie. Leipzig.
Z. techn. Phys. Zeiuchrift für technische Physik.. Leipzig.

[ 346]
ÍNDICE

Nota de Abertura .............................. .................................................. . v


Prefâcio ..... . XXIII

Artigos

CARL D. ANDERSON
O Electrio Positivo Phisical Review, 43, 491 (1933)

J. CHADWICK
A Existência de um Neutrio
ProceedingsRoyal Society ofLondon, A 136, 692 (1932) ll

J. D. COCKCROFT e E. T. S. WALTON
Experiências com 16es Positivos de Velocidade Elevada.
ll. A Deslntegnçio dos Elementos por Prot6es de Velocidade
Elevada Procedings Royal Society ofLondon, A 137, 229 (1932) 35

SRA. IRENE CURIE e SR. F. JoLJOT


Fisica Nuclear- Um Novo Tipo de Radioactividade
Comptes Rendus de /'Académie de Science, 198, 254 (1934) ...... 55

E. FERMI
Possibilidade de Produçlo de Elementos de Número Atómico
Superior a 92 Nature, 133, 898 (1934) . ..................... .. 61

E. FERMI
Ensaio de uma Teoria da Radlaçlo p. I
Zeitschriftfor Physik, 88, 161 (1934) 67

[ 347]
R. FRJSCH e O. STERN
Sobre o Desvio de Moléculas de Hidrogénio num Campo
Magnético e o Momento Magnético do Protão. I
Zeitschrift for Physik, 85, 4 (1933) ................ . ................. .. 93

G. GAMOW
Sobre a Teoria Quântica do Núcleo Atómico
Zeitschriftfor Physik, 51 , 204 (1928) .......................... 111

0 . HAHN e F. STRASSMANN
Sobre a Verificação e o Comportamento dos Metais
Alcalino-Terrosos Resultantes da Irradiação do Urânio
com Neutrões Die Naturwissenschaften, 27, 11 (1939) 125

E. 0 . LAWRENCE eM. S . LI VINGSTON


A Produção de Iões Leves Rápidos sem Utilizar Altas Voltagens
Physical Review, 40, 19 (1932) . .... ................. 141

E. R UTHERFORD
A Dispersão de Partículas a e ~ pela Matéria e a Estrutura
do Átomo The London, Edinburgh and Dublin Philosophical
Magazine and Journal of Science, 6th series, 21, 669 ( 1911) 169

E. R UTHERFORD
Colisão de Partículas a com Átomos Leves. Parte IV.
Um Efeito Anómalo no Azoto The London, Edinburgh and
Dublin Phi/osophica/ Magazine and Journal of Science,
6th series, 37,581 (1919) .. . ... .......................... 199

HlDEKI Y UKAWA
Sobre a Interacção entre Partículas Elementares. I Proceedings
ofthe Physico-Mathematical Society ofJapan (3) 17, 48 (1935) .... 209

Bibliografia

Capítulo Um ISÓTOPOS E MEDIDAS DE MASSA 225


Capítulo Dois ESTRUTURAS HIPERFINAS, MOMENTOS
NUCLEARES E SPINS .... .. .................. 230

[ 348]
Capítulo Três DISPERSÃO E PROCESSOS DE COLISÃO 240
Capítulo Quatro VÁRIOS ARTIGOS SOBRE PROCESSOS
DE DESINTEGRAÇÃO (EXPERIMENTAL) 250
Capítulo Cinco RADIOACTIVIDADE ....................... ................. 268
Capítulo Seis RADIAÇÃO {3 .. ............................ 282
Capítulo Sete RADIAÇÃO r . . .. .. . ... 286
Capítulo Oito NEUTRÕES .... .. .. ..... ..... ... ... ... .......... .... ..... ....... .... 292
Capítulo Nove TEORIA DA ESTRUTURA NUCLEAR 300
Capítulo Dez TEORIA DE PROCESSOS
DE DESINTEGRAÇÃO . .. .. ... . ..... 313
Capítulo Onze FISSÃO NUCLEAR 320
Capítulo Doze MÉTODOS E APARELHOS 328
Lista de Revistas .. . 343

[ 349]
Esta 1." Ediçio de TEXTOS
FUNDAMENTAIS DA FISICA
MODERNA - III VOLUME,
fUNDAMENrOS DA FfSICA NUCLEAR,
foi composta, impressa em offset e
encadernada para a Fundação
Calouste Gulbenkian nas oficinas de
A. Coelho Dias, S. A., Lisboa.
A tiragem é de 3000 exemplares
Dezembro de 2004

Depósito Legal: 220 319/04


ISBN: 972-31-1070-9

Você também pode gostar