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CONSÓCIO CEDERJ / CECIERJ

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO I – LICENCIATURAS
COORDENADOR: ALLAN DAMASCENO
MEDIADORA A DISTÂNCIA: MÔNICA PEREIRA

AVALIAÇÃO SOMATIVA DE AD2 – (2020/2º)

LICENCIATURA:______________________________________________________
POLO:________________________________________________________________
ALUNO(A): ___________________________________________________________
MATRICULA:_________________________________________________________

Leia o trecho do texto1 a seguir:

O ESTÁGIO CURRICULAR NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES:


UMA EXPERIÊNCIA EM CONSTRUÇÃO

SANTOS, Helena Maria dos


(Trabalho apresentado na ANPED)

Compreender o Está gio Curricular como um tempo destinado a um


processo de ensino e de aprendizagem é reconhecer que, apesar da formaçã o
oferecida em sala de aula ser fundamental, só ela nã o é suficiente para preparar os
alunos para o pleno exercício de sua profissã o. Faz-se necessá ria a inserçã o na
realidade do cotidiano escolar. O que é proporcionado pelo está gio.
Segundo Behrens (1991, p. 18) “o Estágio tem sido motivo de muitas
controvérsias no meio acadêmico. Normalmente, caracteriza-se como uma atividade
realizada no último ano do Curso com o objetivo de instrumentalizar o profissional
para atuar na sala de aula.”
Esta interpretaçã o feita do Está gio Curricular nem sempre tem contribuído
para a efetiva formaçã o de futuros professores. Por um lado, o está gio concentrado

1
Disponível em: http://www.anped.org.br/reunioes/26/posteres/helenamariasantos.rtf
no ú ltimo ano do curso acaba por se caracterizar pela preocupaçã o excessiva com
os aspectos burocrá ticos, como: o cumprimento de carga horá ria, o preenchimento
de fichas, entre outros. Por outro lado, acentua o conceito equivocado de está gio
enquanto polo prá tico de um curso, num relativo distanciamento da teoria
estudada, ao longo do curso, pelas demais disciplinas.
A concepçã o fragmentada da formaçã o — em que a sala de aula é o espaço
para a teoria e o campo profissional é o espaço para a prá tica — é uma das
responsá veis pela efetiva desarticulaçã o desses elementos, contribuindo para que
a preocupaçã o principal na realizaçã o do está gio curricular se concentre nos seus
aspectos burocrá ticos.
Na tentativa de superar esta visã o fragmentada da formaçã o, Fá vero (2002,
p. 65) propõ e a construçã o de uma concepção dialética, em que a teoria e prá tica
sejam considerados como um nú cleo articulador no processo de formaçã o a partir
do trabalho desenvolvido com esses dois elementos de forma integrada,
indissociá vel e complementar.
A conceitualizaçã o da concepçã o dialética da formaçã o nos ajuda a
compreender a teoria e a prá tica como elementos da prá xis pedagó gica, em que a
prá tica, sendo reflexiva, remete-nos a uma busca teó rica para melhor aná lise e
compreensã o desta pró pria prá tica, oferecendo-nos subsídios para transformá -la.
Ser competente para saber construir esta prá xis pedagó gica é condiçã o
fundamental e emergencial nos cursos de formaçã o de professores, uma vez que,
segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formaçã o de Professores da
Educaçã o Bá sica em Nível Superior, nã o basta que o professor aprenda e saiba
fazer, é preciso que “o professor, além de saber e de saber fazer deve compreender o
que faz”.
Em consonâ ncia com esse pensamento, Pimenta (2001, p. 21) afirma que o
“estágio e disciplinas compõem o currículo de um curso”. Contudo, o está gio é o
espaço/tempo no currículo de formaçã o destinado à s atividades que devem ser
realizadas pelos discentes nos futuros campos de atuaçã o profissional, onde os
alunos devem fazer a leitura da realidade, o que exige competências para “saber
observar, descrever, registrar, interpretar e problematizar e, consequentemente,
propor alternativas de intervenção” (Pimenta, 2001, p. 76) e de superaçã o.
Referências:
BEHRENS, Marilda Aparecida. O Estágio Supervisionado de Prática de Ensino: Uma
proposta coletiva de reconstrução. Dissertaçã o de Mestrado. PUC/SP. 1991.
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃ O. Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de
licenciatura, de graduação plena. Parecer CNE/CP 009/2001. Brasília, DF, maio de
2001.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃ O. Parecer CNE/CP 21/2001.

FAVERO, Maria de Lurdes. Universidade e Está gio Curricular: Subsídios para


discussã o. IN: ALVES, Nilda (org.). Formação de professores: pensar e fazer. 7 ed.
Sã o Paulo: Cortez, 2002.

PIMENTA, Selma Garrido. O Estágio na Formação de Professores: Unidade Teoria e


Prática? 4ª ed. Sã o Paulo: Cortez, 2001.

Disserte sobre a seguinte questã o:

Considerando os aspectos problematizados no texto, realize uma pesquisa


bibliográfica/teórica sobre a importância do estágio na
construção da identidade docente.

OBS: Sua escrita deverá se organizar de maneira que estejam contemplados


no texto dissertativo que redigirá os três aspectos considerados centrais para a
formaçã o do professor: a dimensã o metodoló gica e instrumental, a construçã o da
prá xis (uniã o teoria e prá tica) e a construçã o da identidade profissional.
Nã o há limite de nú mero de pá ginas para esta atividade.

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