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Redes Industriais

Outros Protocolos Digitais

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1
Tipos de Controles e Equipamentos
Controle de Processo
e Diagnóstico

Fieldbus
•4-20mA/HART
• Wireless HART
• PROFIBUS-PA
Devicebus
Variáveis de

• Foundation Fieldbus
Processo

• INTERBUS-S
• CAN
• LONWorks
• MODBUS
Sensorbus • DeviceNet
Controle

• Seriplex • PROFIBUS-DP
Lógico

• INTERBUS Loop
• AS-i
Bit Byte Block
Equipamentos Simples Equipamentos Complexos

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Barramento de Campo SERIPLEX

• Difundido pela Schneider Electric durante os anos 90;


• Cerca de 2.500 instalações e 1 milhão de nós instalados;

• Aplicado em configurações:
─ Mestre - Escravo a 4 fios;
─ Ponto a ponto (sem mestre);
─ Distâncias de 1650m (5000 pés);
─ Tempo de varredura menores que 1 ms;
─ Endereços definidos pelo mestre ou por programação;
─ 32 funções lógicas embutidas;

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Aplicações SERIPLEX

• Apoio a módulos Mestres de Barramento:


─ (Controladores Lógicos, Acopladores e Gateways);

• Botoeiras, Partida de Motores, Banco de Indicações;

• Módulos de Interface para acionamento rápido;

• Indutores de Proximidade, Detectores Fotoelétricos;

4
Barramento de Campo SERIPLEX

5
Barramento de Campo SERIPLEX
• Topologia:
─ Estrela, árvore, anel ou barramento;

─ Distâncias de até 1500m;

─ Até 510 dispositivos;

• Comunicação e alimentação (24V) em um mesmo


cabo com 4 fios;

• O Barramento Seriplex é um concorrente direto do


AS-i e Interbus-Loop.

6
Barramento de Campo SERIPLEX

7
Barramento de Campo SERIPLEX

8
Protocolo INTERBUS - S

• O INTERBUS-S foi desenvolvido na Alemanha pela


empresa Phoenix Contact em 1987;

• O Interbus-S foi concebido para integração de sensores e


atuadores a um elemento de tomada de decisão (CLP,
CNC, etc.), envolvendo controle determinístico e
velocidade otimizada via configuração em anel;

• O INTERBUS é utilizado em mais de 10 milhões de nós


instalados e possui mais de 600 fabricantes em todo o
mundo;
9
Protocolo INTERBUS - S
• O elemento de tomada de decisão (Controlador
Lógico) opera como estação mestre;

• Sensores e atuadores formam as estações escravas


que executam operações de entrada/saída;

• O INTERBUS-S adotou a comunicação EIA-485 Full-


duplex (2 fios sinal + 2 fios 24Vcc) e topologia em
anel;

• O mestre monta um quadro único contendo campos


reservados para cada um dos escravos;
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Protocolo INTERBUS - S

• O quadro então é enviado ao primeiro escravo


no anel;

• O primeiro escravo reconhece no quadro o


início de sua janela de dados e verifica o
conteúdo somente do campo reservado a ele;

• O escravo lê a informação contida no seu


campo reservado e substitui o conteúdo do
campo pelos dados de resposta;

11
Protocolo INTERBUS - S
• Em seguida, o primeiro escravo envia o quadro
completo para o próximo escravo no anel;

• O processo se repete até que o quadro tenha


percorrido todos os escravos do anel e retornado ao
mestre;

• Este processo também é conhecido como shift register;

• O tempo que o quadro somado leva para percorrer o


anel (ciclo de varredura), depende do número de
escravos e é determinista;

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Protocolo INTERBUS - S
• Analogia pode ser feita com um trem (quadro somado)
que pára em diversas estações (escravos), deixando
alguns passageiros e pegando outros.

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Protocolo INTERBUS - S
• O número máximo de entradas e saídas suportadas pelo
Interbus-S é de 4096, que podem ser varridas em 14 ms;

• As distância entre estações consecutivas no anel podem


chegar a 400 metros, expansíveis até 13km com
acopladores e sem repetidores;

• Número máximo de 256 estações por barramento remoto e


512 no total, conforme diagrama anexo;

• Suporta sinais digitais/analógicos e cliente servidor


(adequado para o controle distribuído), além de detecção de
erro via CRC;

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Rede INTERBUS - S

15
Rede INTERBUS-S

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Protocolo INTERBUS - S
• O protoco INTERBUS é baseado no modelo OSI,
utilizando as camadas de aplicação 1, 2, e 7. Certas
funções das camadas de 3 a 6, foram também incluídas
na camada de aplicação 7.

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Aplicações INTERBUS-S
• Seu campo tradicional de aplicação é a indústria automotiva
indústria, mas o INTERBUS está cada vez mais sendo
usado como uma solução de automação de outros
processos como:
– Transporte de Materiais via esteira;
– Indústria de papel e impressão;
– Alimentícia & Bebidas;
– Automação predial, Sistemas da segurança
– Indústria de transformação da madeira;
– Montagem Robótica e HVAC,
– Iluminação de rua e controles públicos, etc.

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Aplicações INTERBUS-S
• Para aplicações tradicionais são utilizados cabos de
cobre sem mudanças radicais na topologia da rede ou
sistema de estrutura;

• Para aplicações em condições ambientais críticas ou


ambientes que estão sujeitos a interferência
eletromagnética, o cabo serial INTERBUS pode ser
substituído por fibras ópticas;

• Ambos os meios de transmissão podem ser


combinados, conforme desejado na rede e sem
restrições;

19
Aplicações INTERBUS-S
• Distribuição de Potência…

20
Aplicações INTERBUS-S
• Controle de Moagem...

21
Aplicações INTERBUS-S
• Mudança de Processo Alternativo em Centro de
Usinagem...

22
Protocolo INTERBUS Loop

• Em 1995 houve o desenvolvimento de INTERBUS Loop,


também conhecido como o loop de sensor – barramento
de instalação local, como extensão lógica do INTERBUS
(utiliza o mesmo protocolo do INTERBUS-S) para a
conexão direta de sensores e atuadores, através de
cabo a dois fios;

• A tecnologia, INTERBUS Loop (loop sensor, IP 65),


oferece uma método físico de transmissão onde os
dispositivos individualmente serão conectados através
de um cabo a 2 fios sem blindagem em forma de anel e
onde a alimentação de 24 V para até 32 dispositivos
também é fornecida através do cabo.
23
Rede INTERBUS Loop

24
Diagrama Rede INTERBUS Loop

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Protocolo INTERBUS Loop

• Os dados são transmitidos como sinais de corrente, que


têm um maior nível de imunidade a interferências do que
os sinais de tensão normalmente utilizados;

• Os dados a serem transmitidos são modulados utilizando


o código Manchester na tensão de alimentação de 24 V;

• As características físicas do barramento são convertidas


por um módulo terminal adequado, que pode ser
conectado ao anel INTERBUS em qualquer ponto do
segmento remoto.
26
Protocolo INTERBUS Loop

• O INTERBUS Loop apresenta as seguintes características:


– Comprimento: máximo de 100m
– Distância entre dispositivos máximo 10m
– Número de dispositivos máximo 32 equip.
– I consumo dos equipamentos máximo 1,5 A
– Meio Físico 2 fios unshieded
(2 x 1.5m2 – 16AWG)

 A interação entre os protocolos INTERBUS-S e INTERBUS Loop não


necessita de qualquer interação de gateway. Isto significa que os
dados serão sincronizados pelo sistema entre as redes de forma
simplificada e que a velocidade de processamento e os benefícios
das aplicações são mantidas.

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Protocolo CAN - Controller Area Network

• A rede CAN (Controller Area Network) consiste em um


protocolo de comunicação serial síncrono apresentado
pela BOSCH em 1986 em Detroit, com o objetivo de
embarcar uma rede de dispositivos eletrônicos
inteligentes em automóveis, visando maior conforto,
desempenho e segurança;

• Como conseqüência isto geraria uma significativa


redução na quantidade de cabos, conectores e ainda a
eliminação de muitos sensores redundantes existentes;

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Protocolo CAN - Controller Area Network

• Aplicações automobilísticas:
- Controle de Suspensão;
- Carburação eletrônica;
- Frenagem anti-bloqueante (ABS);
- Controle e supervisão da temperatura do óleo e do
radiador, pressão de óleo de freio;
- Ajuste automático de espelhos retrovisores, banco
do motorista, luzes;
- Entre outros...

29
Protocolo CAN - Control Area Network
• Exemplo de aplicação em Indústria
Automobilística

30
Protocolo CAN - Controller Area Network

• A partir de 1992 o protocolo foi também implementado em


trens, ônibus, caminhões, vans e motocicletas;

• A tecnologia atingiu as aplicações em apoio à máquinas


agrícolas (agricultura de precisão) e florestais;

• Expandindo-se enormemente graças à introdução das


famílias de perfis CANopen;

• Originariamente, o CANopen foi projetado para sistemas de


controle industrial voltados ao movimento, como controle
numérico computadorizado (CNC);

31
Protocolo CAN - Controller Area Network

• Apesar disso, as redes CANopen também são


utilizadas em outros campos de aplicação, como no
transporte público, veículos off-road, e sistemas
eletrônicos marítimos;

• Também está presente na automação predial, como em


controle de elevadores, escadas rolantes, ar
condicionado, iluminação, ventilação, portas, controle
de acesso. É utilizado em aplicações com aeronaves,
da Bombardier e da Airbus, pela NASA, em carros
militares, helicópteros, satélites, etc.

32
Protocolo CAN - Controller Area Network

• Nas aplicações do dia a dia, tais como, as médicas:


equipamentos de suporte de vida, ressonância magnética,
tomografia computadorizada, raios X, controle de
equipamentos cirúrgicos e de laboratório;

• Leitores de código de barras, fotocopiadoras, sistemas de


semáforo urbano, subsistemas de caixas eletrônicos,
acionamento de telescópios, cafeteiras, simuladores de
vôo, acionamento de telescópios, satélites, entre outros;

33
Sinal Elétrico CAN
• Um dos conceitos mais importantes do nível físico CAN é
o de dominância de bit. A dominância é semelhante à
dominância genética, onde a presença de um gene
dominante inibe o efeito de um gene recessivo;

• A rede CAN utiliza um meio de transmissão diferencial, no


qual é avaliada a diferença de tensão entre dois fios,
CANH e CANL;

34
Sinal Elétrico CAN

• Quando a interface deseja gerar um bit dominante,


ele força o nível elétrico do fio CANH para
aproximadamente 3,5 volts e força o fio CANL para
aproximadamente 1,5 volts, estabelecendo uma
diferença de 2 volts. Este estado é conhecido como
bit dominante;

• A escrita de um bit dominante (“0”) na rede


sobrescreve o estado de bit recessivo (“1”) na rede;

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Sinal Elétrico CAN - Balanceado

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Protocolo CAN - Controller Area Network

• Padronizado em 1993 pela ISO (International System


Organization), pode-se afirmar que o CAN apresenta
seus conceitos baseados na técnica CSMA/CD com
AMP (Carrier Sense Multiple Access / Collision
Detection and Arbitration on Message Priority);

S A E
O 11 bit Control 0 to 8 bytes Data CRC C O
Length
F IDENTIFIER Field K F
Arbitration Data Field
Field
SOF - Start of Frame
EOF – End of Frame ACK - Acknowledgment
CRC - Cyclic Redundancy Check (CRC 16)

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Protocolo CAN - Control Area Network

• Como na Ethernet, cada nó tenta transmitir se o meio encontra-


se livre. Diferentemente de Ethernet, não há colisões;
• Se 2 ou mais nós iniciam transmissão simultânea, o conflito é
resolvido por arbitragem bit a bit usando o campo IDENTIFIER:
– “0” é dominante no fio sobre “1” (operação AND binária);
– Se um nó transmite “1”, mas escuta “0”, ele imediatamente
pára a transmissão;
– O nó vencedor envia o resto da mensagem;
– Mecanismo garante que não se perde informações nem
tempo;

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CAN – Exemplo de Arbitragem

Nó 1 Transmite:
E
0 10110110100 0 0 0 1 00000001 xxxx 11 O
F

Nó 2 Transmite:
Nó 2 perde arbitragem
e pára transmissão!
0 10110111

No meio:
E
0 10110110100 0 0 0 1 00000001 xxxx 01 O
F

39
Comparativo com o Modelo OSI/ISO

40
CAN - Características

• Camada física (padrão ISO 11898) determina:


 Topologia: barramento ou estrela;

 Taxa de transmissão: 125 Kbps até 1 Mbps;

 Comprimento máximo do barramento 40m com


taxa de 1 Mbps e até 1Km com taxa de 125 Kbps;

 Número máximo de nós: 64 dispositivos;

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Protocolos de Nível Alto

42
Protocolo LonWorks

• A rede operacional local (LON – Local Operating Network) é


uma tecnologia que torna possível uma geração de produtos
inteligentes, baratos e que comunicam entre sí, tornando
possível a criação de cadeia de dispositivos que “sentem”,
processam, comunicam e controlam um conjunto de
aplicações, variando de instrumentos a grandes sitemas de
controle de processo;

• A plataforma é construída em um protocolo de baixa largura


de banda criado pela Echelon (USA) na década de 90 para
dispositivos de controle para funcionar sobre par trançado,
transmissão de dados sobre a rede elétrica, cabo par
trançado, fibras óticas e rádio frquência

43
Protocolo LonWorks

• Estes dispositivos podem ser aplicados em Eletrônica de


consumo, automatização de fábricas, controle comercial
de edifícios, veículos, automação residencial, predial e
industrial. Além disso, os dispositivos podem estar
disponíveis on-board ou em módulos de dados compostos
por chips com tecnologia neural (neuron chip);

• Uma Rede Operacional Local consite de dispositivos


inteligentes ou nós que são conectados por um ou mais
meios de comunicação e, usando um protocolo comum;

44
Protocolo LonWorks

• A tecnologia LonWorks utiliza um protocolo chamado


LonTalk que implementa as sete camadas do modelo
OSI - Modelo de Referência para Interconexão de
Sistemas Abertos e possui mecanismos que impedem
a modificação acidental ou intencional;

• Inclui ainda, outras características tais como: funções


de reconhecimento, comunicação, prioridade na
transmissão, detecção de mensagens duplicadas,
evitam colisões, retransmissão automática, detecção e
correcção de erros, padronização e identificação do tipo
de dados;

45
Protocolo LonWorks

• O LonWorks opera em 78kbit/s usando par trançado


e codificação Manchester, permitindo a construção
de cadeias de até 1.400 m, provendo isolamento e
rejeição a ruído. Pode operar também a 1,25 Mbps
para distâncias de até 130m;

• A versão utilizando linhas de energia, (rede elétrica


com características proprietárias), elimina a
necessidade de instalações elétricas adicionais e
permitindo comunicação a distâncias que vão até
2.000m;
46
Protocolo LonWorks

Fibra ótica

Nó Nó
Router

Par trançado

Nó Nó Nó Nó
Router

Rede elétrica

Nó Nó Nó Nó

Router

Nó RF Nó RF Nó RF

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Protocolo LonWorks

• Camada de enlace:
– Subcamada MAC: CSMA preditivo com detecção de
colisão e atribuição de prioridades às mensagens;
– Subcamada LLC: serviços sem conexão (com ou sem
reconhecimento) e oferece funções de montagem de
quadros e checagem de erros com CRC;

• Elementos para interconexão de sub-redes LON:


– Roteadores
– Pontes

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Protocolo LonWorks
• A plataforma Lonworks é aberta permitindo sua
integração com redes TCP/IP, internet e
implementação em processadores de mercado
(solution provider);

• Isto significa que aplicações que requerem


processadores de 16 ou 32 bits não necessitam
mais de programa de interface para o
microprocessador.

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Plataforma LonWorks

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Aplicações usando o Lonworks

• Linhas de montagem
• Fabricação de semicondutores
• Controle de iluminação
• Controle e gerencia de Energia
• Sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado
• Sistemas da segurança
• Automação residencial
• Controles de dispositivos genéricos
• Iluminação de rua e controles públicos
• Controle da estação de Petróleo
• Controle de freios em trens de carga
51
Aplicações usando o Lonworks
• Existem mais de 1 milhão de nós instalados nos USA em
aplicações tais como:
– Controle de iluminação e controle de eletrodomésticos,
Termostatos e sistemas HVAC
– Sensores de presença, luminosidade e segurança em
geral;
– Equipamentos de áudio e vídeo (por exemplo, Home
Theaters);
– Gerenciamento de energia;
– Controle otimizado de elevadores;
– Subsistemas de água e gás (válvulas, sensores de nível
e outros componentes), etc.
52
Protocolo MODBUS

• Criado em 1978 pela Modicon (Schneider Electric);


• Implementação de transferência de dados entre
controladores, sensores e atuadores usando uma porta
RS232;
• Após sua criação, tornou-se um padrão industrial
adotado por muitas empresas com uma segunda opção
para intercâmbio de dados;
• O MODBUS® é um protocolo proprietário. No entanto, a
Schneider optou por uma licença sem royalties e as
especificações do protocolo estão disponíveis em seu
web-site gratuitamente;

53
Protocolo MODBUS

• O MODBUS® essencialmente é uma estrutura


de troca de mensagens usada para
comunicação tipo mestre- escravo ou cliente-
servidor entre dispositivos inteligentes;

• O MODBUS é usualmente implementado


também utilizando RS422, ou RS485 sobre
uma variedade de meios de transmissão (fibra,
rádio, celular, etc.) a taxas variando de 38kbps
a 115kbps;

54
Arquitetura MODBUS

55
Protocolo MODBUS

• O MODBUS TCP/IP é usado para comunicação entre


sistemas de supervisão e controladores lógicos
programáveis. O protocolo Modbus é encapsulado no
protocolo TCP/IP e transmitido através de redes padrão
ethernet com controle de acesso ao meio por CSMA/CD;

• O MODBUS PLUS é usado para comunicação entre si de


controladores lógicos programáveis, módulos de E/S,
chaves de partida eletrônica de motores, interfaces homem
máquina etc. O meio físico é o RS-485 com taxas de
transmissão de 1 Mbps e controle de acesso ao meio por
HDLC (High Level Data Link Control).

56
Protocolo MODBUS

• O MODBUS PADRÃO é usado para comunicação dos


CLPs com os dispositivos de entrada e saída de dados,
instrumentos eletrônicos inteligentes (IEDs) como relés de
proteção, controladores de processo, atuadores de
válvulas, transdutores de energia e etc.

57
Modbus e o Modelo OSI

• O protocolo MODBUS PADRÃO pode ser


enquadrado na camada de aplicação do modelo
OSI;

• Ele define uma estrutura de mensagens de


comunicação usadas para transferir dados discretos
e analógicos entre dispositivos microprocessados
com detecção e informação de erros de transmissão.

58
Modbus e o Modelo OSI

59
Transações entre dispositivos

60
Transações entre dispositivos

• Na mensagem de consulta, o código de função


informa ao dispositivo escravo com o respectivo
endereço, qual a ação a ser executada;

• Os bytes de dados contêm informações para o escravo,


por exemplo, qual o registrador inicial e a quantidade
de registros a serem lidos;

• O campo de verificação de erro permite ao escravo


validar os dados recebidos;

61
Transações entre dispositivos

• Na mensagem de resposta, o código de função é


repetido de volta para o mestre. Os bytes de dados
contêm os dados coletados pelo escravo ou o seu estado;

• Se um erro ocorre, o código de função é modificado para


indicar que a resposta é uma resposta de erro e os byte
de dados contém um código que descreverá o erro;

• A verificação de erro permite ao mestre validar os dados


recebidos.

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Camada de Enlace
• Modos de Transmissão
RTU: Cada byte contem dois dígitos hexadecimais.
ASCII: Cada byte contem um caractere ASCII entre 0 e 9, A a F.
• Formação dos Quadros
Definição do inicio e fim da mensagem
RTU: Tempos de silêncio de 3,5 caracteres.
ASCII: Inicia com “:” e termina com “CR” e “LF”.
• Conteúdo dos Quadros
Conjuntos de caracteres Hexadecimais de 00 a FF. [LSB ... MSB]

63
Camada de Enlace

• Algumas características do protocolo Modbus


são fixas, como o formato da mensagem,
funções disponíveis e tratamento de erros de
comunicação;

• Outras características são selecionáveis como


o meio de transmissão, velocidade, timeout, bits
de parada e paridade e o modo de transmissão
(RTU os ASCII);

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Camada de Enlace
• A seleção do modo de transmissão define como os
dados serão codificados.
Exemplo: Transmissão do endereço 3Bh
RTU: 0011 1011
ASCII: 3 = 33h B = 42h
0011 0011 0100 0010

• Nos protocolos MODBUS Plus e TCP/IP as mensagens


são colocadas em frames, não sendo necessário a
definição do modo de transmissão, usando sempre o
modo RTU.

65
Modelagem de Dados

• Todo dispositivo em uma rede Modbus deve ter a sua


memória dividida em registradores de 16 bits numerados
conforme o modelo apresentado;

• A divisão é baseada na estrutura de memória de um CLP:


– Saídas discretas para os atuadores ON-OFF utilizam um bit.
Cada registrador comporta 16 saídas.
– Entradas discretas para os sensores ON-OFF utilizam um bit.
Cada registrador comporta 16 entradas.
– Entradas analógicas utilizam registradores de 16 bits para os
valores obtidos por conversores A/D a partir dos sinais dos
sensores analógicos.
– Registradores de Memória com 16 bits para os valores utilizados
internamente no CLP.
66
Modelagem de Dados

67
Modelagem de Dados

• A identificação dos comandos (funções) de


leitura e escrita são diferentes de acordo com o
tipo de dado a ser lido ou escrito:
– A função 1 efetua a leitura do estado das saídas
discretas;
– A função 5 efetua a escrita de uma única saída
discreta;
– A função 15 efetua a escrita de múltiplas saídas
discretas;
– A função 2 efetua a leitura do estado das entradas
discretas;

68
Modelagem de Dados

– A função 4 efetua a leitura dos valores das entradas


analógicas.
– A função 3 efetua a leitura dos valores dos
registradores de memória.
– A função 6 efetua a escrita de um valor em um
registrador de memória.
– A função 16 efetua a escrita de múltiplos valores em
registradores de memória.

69
REDES INDUSTRIAIS : MODBUS
ENDEREÇAMENTO MODBUS

70
REDES INDUSTRIAIS : MODBUS
ENDEREÇAMENTO MODBUS

71
Exemplo de Transação Modbus
• O Mestre solicita uma leitura dos registradores 40108 a
40110 do elemento escravo 06.
• A mensagem especifica o endereço inicial como 0107
(006Bh)

72
Exemplo de Transação Modbus
• O primeiro registrador é o “40001”, mas é
endereçado como “0”. Portanto se precisamos da
informação do endereço “40108”, devemos endereçá-
lo como “107”, que transformado em hexadecimal
será “6B”;

• Os registradores utilizam 16 bits para codificar a


informação. Estes 16 bits são enviados em dois bytes
separados (HIGH BYTE e LOW BYTE).

73
Exemplo de Transação Modbus
• O escravo repete o código da função indicando uma
resposta normal;
• A quantidade de bytes especifica quantos itens estão
sendo retornados.

74
Exemplo de Transação Modbus
• O valor 63h é enviado como um byte no modo RTU
(0110 0011);

• O mesmo valor enviado no modo ASCII necessita de


dois bytes, mas são contabilizados como apenas um.
6 (011 0110) e 3 (011 0011);

• As respostas indicam:
Registro 40108: 02 2Bh = 555
Registro 40109: 00 00h = 0
Registro 40110: 00 63h = 99
75
Modbus/TCP
• Lançado em 1999, foi o primeiro protocolo aberto a
usar ethernet e TCP/IP;
Sem distinção entre mestre e escravos ao usar a
uma arquitetura cliente servidor.
Conexões através da Porta 502.
Gateways disponíveis para o Modbus RTU
• Encapsulamento TCP

76
Modbus/TCP
• Não são usados os campos CRC ou LRC para
verificação de erro. São usados os mecanismos
semelhantes do já existentes do TCP/IP e protocolo
Ethernet;

• Ao usar pacotes TCP/IP, o MODBUS/TCP permite


acesso remoto via a estrutura das redes corporativas
e mesmo a Internet, o que pode ser uma vantagem e
um risco. LAN e internet permitem operações
remotas, mas requer que salvaguardas sejam usadas
para prevenir acesso não autorizado;

77
Rede HART & 4 a 20mA
• O protocolo HART® é o sistema de comunicação de maior uso
na área de automação industrial, no mundo;

• Ele tem como característica principal a sua simplicidade e sua


total compatibilidade com o mais consagrado sistema de
medição e controle, o sistema 4-20mA;

• A comunicação digital do HART® convive com o sinal analógico


4-20mA no mesmo par de fios sem interferir na sua medida
analógica.

78
3. Sistema HART
HART - Histórico Programador Portátil
(Handheld)

4 a 20mA

2. Sistema 4 a 20mA e
digital proprietário
Programador Portátil
(Handheld)

4 a 20mA

1. Sistema 4 a 20mA
4 a 20mA

Comporta-se como uma


Fonte de corrente.

Se Resistor = 250Ω, a tensão variará de 1 a 5V


para corrente entre 4 a 20mA
79
Sistema 4-20mA
• O padrão de comunicação 4-20mA é largamente utilizado
como forma de transmitir uma informação do processo
para um elemento de controle ou registro;

80
Protocolo HART
• HART:

– Highway Addressable Remote Transducer

• Origem:

– Fischer Rosemount

– 1980

• Protocolo Aberto:

– HCF – HART Communication Foundation 1989

• HART User Group:

– Incluindo Siemens, Hitachi, Toshiba, Yokogawa, ABB,


Endress+Hauser, Fischer & Porter, Rosemount Inc., Camile
Bauer, Smar International e outras).
81
Protocolo HART

82
Protocolo HART
• Protocolo de comunicação de campo baseado no modelo Mestre /
Escravo.
• Comunicação bi-direcional entre Mestre e Escravo.
• Possibilidade de dois mestres (hospedeiros)
– Primário
• Sistema de Controle, Asset Management, …
– Secundário
• Programador Portátil – Handheld (HHT).

83
Protocolo HART
mA
20 1200 Hz
“1”
1 mA

Sinal analógico
2200 Hz
4 “0”
Tempo
• Utiliza padrão de comunicação Bell 202 FSK (modulação
em frequência por chaveamento);
• Opera em modo de comunicação half-duplex assíncrono,
sobreposto ao sinal analógico de corrente;
• Taxa de comunicação: 1200 bps.
84
Protocolo HART

• Simultaneos 4-20 mA e Comunicação Digital:


• Dois Mestres de rede possíveis: DCS e HHT
• Comunicação Multidrop, até 15 devices. Mestre-Escravo
• Compativel com cabos convencionais, controladores,
registradores, indicadores, etc.
85
Rede Single-Drop modo Transmissor

86
Rede Single-Drop modo Controlador

87
Rede Multi-Drop modo Transmissor

88
Rede Multi-Drop modo Controlador

89
Rede de Comunicação HART
• Topologia Multidrop:
– Permitidos até 15 equipamentos.
• Cada um com endereço diferente (de 1 a 15).
– Sinal analógico de corrente fixo – 4mA

90
Protocolo HART

• Baseado em Comandos, que possibilitam a troca de


dados entre hospedeiro e equipamento de campo

• São classificados em três classes:

- Universais

- Common Practices

- Device Specific

91
Protocolo HART

• Universal commands

– Reconhecidos e suportados por todos os equipamentos


HART.

– Possibilitam acesso a informações importantes durante


operação normal.
• Leitura da PV e unidades
• Leitura de fabricantes e tipo de equipamento
• Leitura da corrente de saída e porcentagem da faixa
• Leitura do número de série e limites do sensor.

92
Protocolo HART

• Common Practice commands

– Opcionais. Não necessariamente implementados por


todos os equipamentos HART. A Norma recomenda
que sejam suportados quando aplicáveis:
• Comandos úteis para transmissores de pressão
podem não ser para transmissores de temperatura;

– Exemplos:
• Execução de auto-diagnóstico;
• Requisitar que a corrente de saída vá para um valor
fixo.

93
Protocolo HART

• Device Specific commands

– Representam funções que são únicas, específicas para


cada equipamento.

– Permitem acesso a informações de inicialização e


calibração do equipamento.

– Exemplos:
• Leitura e escrita do tipo de sensor.
• Leitura e escrita de tabelas com dados do
equipamento.

94
Estrutura de Telegrama

Os comandos e respostas enviadas pela rede são


divididas em pacotes e cada pacote divididos em bytes.
Cada byte é transmitido em 11 bits seguindo o padrão
11-UART usando o código ASCII;
95
Protocolo HART
• O protocolo HART é baseado no modelo ISO/OSI
e representado pelas camadas 1, 2 e 7:

OSI HART
Provê aplicações de rede para usuários
7

Protocolo mestre/escravo com passagem


2 de token orientado a bit e byte.

Sinal digital e Analógico simultâneo


1 Com cabeamento de cobre de 4-20mA

96
Protocolo HART

• Camada Física:
– Meio físico: par trançado com até 3.000 m;
– Taxa de transmissão: 1.200 bps;
– Transmissão assíncrona (1 start bit, 8 bits de dados, 1 bit
de paridade e 1 stop bit);
– Topologia: barramento ou árvore;

• Camada de Enlace:
– Mestre-Escravos e Token-Passing;
– Tempo médio de resposta: 378.5 ms;

97
Aplicações

98
Wireless HART

• Objetivo:

➢ Estabelecer um padrão aberto e interoperável


de comunicação sem fio para as aplicações de
processos industriais para as próximas décadas
(século 21).

99
Wireless HART - Arquitetura

• Network Manager:
– distribui chaves de segurança;
– configura e coordena equipamentos e rede.
• Gateways interfaceiam os equipamentos sem fio com os hospedeiros:
– Serial, Ethernet e Wi-Fi, por exemplo, podem ser usadas.
• Adaptadores integram equipamentos HART existentes à rede.
• Programadores Portáteis sem fio.
100
Arquitetura Wireless HART

101
Wireless HART
• Características:
✓ Projetado para ser seguro, robusto, confiável e
flexível;
✓ Especificações HART Revisão 7;

✓ Baseado no padrão IEEE 802.15.4:


✓ Faixa de Operação 2,4 GHz – 2.5 GHz;
✓ Experiência e práticas adquiridas com
equipamentos HART são aproveitadas –
mesmas ferramentas de configuração,
manutenção e diagnóstico.

102
Wireless HART
• Características:
✓ Comandos especiais para Wireless;
✓ Equipamentos de campo podem ser alimentados por:
✓ Baterias:
✓ Longa vida, dependendo da taxa de atualização.
✓ Energia solar;
✓ Potência retirada da malha de controle ou linha.
✓ Ideal para aplicações de monitoração:
✓ Aplicável para controle de processos que não
requeiram alta taxa de atualização;
✓ Temperatura, pressão e vazão, por exemplo.

103
Wireless HART - Compatibilidade

▪ Nada se
perdeu;
evoluiu!!

104
Wireless HART

• Diagnósticos
✓ Usados para transferir diagnósticos sobre a
rede e os instrumentos para o hospedeiro.
✓ Cada instrumento da rede mantem
diagnósticos e os publica periodicamente.
✓ O Network Manager mantem todos os
diagnósticos da rede e dos instrumentos.
✓ Hospedeiros podem solicitar diagnósticos via
Network Manager ou Gateway.

105
Wireless HART

• Diagnósticos (continuação)
– Network Manager é também responsável por
coletar e manter diagnósticos sobre a saúde
geral da rede.
• Ao detetar problemas, a rede é reconfigurada durante
operação.

– Pacotes relacionados a diagnóstico de rede,


configuração ou controle têm altíssima
prioridade - “Command”.

106
Wireless HART

• Topologias
– Star
• Único hop até o Gateway.
• Melhor latência
– Adequada para aplicações de alta performance.
– Mesh
• Múltiplos hops até o Gateway.
• Nós interligados.
• Provê redundância de caminho
• Latência é maior
– Adequada para aplicações de menor performance (monitoração).
– Star - Mesh.

107
Wireless HART

• Topologias

108
Wireless HART

• Roteamento de mensagens
– Network Manager estabelece o roteamento, que
pode ser:
• Tipo Graph (gateway – instrumento)
– Mais do que uma rota possível.
– Nós são pré-configurados e têm pelo menos dois
instrumentos para transportar um pacote.
• Tipo Source (instrumento – instrumento)
– Única rota possível, sempre.
– Cada instrumento intermediário descobre o próximo a
partir do pacote.

109
Wireless HART

• Segurança:
– Diz respeito à:
• Prevenção de acesso ilegal ao sistema de automação.
• Segurança de hospedeiros, instrumentos e rede.
– Gerente de Segurança (Security Manager)
• Aplicação que …
– Gerencia os recursos de segurança dos instrumentos
na rede
– Monitora o status de segurança da rede.
– Gera, armazena e gerencia as chaves de segurança.
– Todos os pacotes de informação são encriptados.

110
Conceitos - TDMA

• TDMA
– Técnica largamente usada que controla o
acesso ao meio:
• Propicia comunicações determinísticas e livres de
colisões.
– Sincronização da comunicação baseada no
tempo é crítica;
– Usa Time Slots:
• A comunicação entre dois instrumentos acontece num
time slot.
• Uma coleção de time slots, que se repete ciclicamente,
compõe um Superframe.

111
Time Division Multiple Access

• Utilização de Time Slots:


– A comunicação entre dois instrumentos acontece num time slot.
– Uma coleção de time slots, que se repete ciclicamente, compõe um
Superframe.

112
Conceitos - FHSS

• FHSS - Frequency Hopping Spread Spectrum


– Técnica de modulação (p. ex, como AM e FM).
– Dados transmitidos, a cada instante, numa
frequência previamente acordada entre o
transmissor e receptor.
• Existem 16 canais de frequência definidos pelo padrão de
rádio IEEE 802.15.4. Essa diversidade de frequência …
– Aumenta a segurança
» Tornando a vida dos bisbilhoteiros mais difícil.
– Reduz a possibilidade de interferência entre redes sem fio
vizinhas
» Potencializando a coexistência.

113
FHSS

114
BlackListing

• Network Manager pode reconfigurar os instrumentos na rede


para evitar (pular) certos canais de freqüência porque ...

- Sabe-se de antemão que outra rede sem fio pode


interferir na rede WirelessHART;
- Em operação, algumas freqüências apresentam baixas
eficiência e confiabilidade para o transporte de
mensagens.

115
Blacklisting

116
DSSS
Direct - sequence
spread spectrum

117
Aplicações

• Substituição da conexão através de cabos entre computadores


pessoais e periféricos;
• Implementação de Redes Locais (LANs) em ambientes onde
uma rede cabeada não é viavel ou desejável;
• Extensão de Redes Cabeadas para usuários que requerem
mobilidade;
• Conexão entre prédios ou situações onde o uso de uma linha
privada ou enlace óptico não é viável;
• Acesso a Redes IP a partir de celulares ou PDAs;
• As aplicações envolvendo Wireless HART são orientadas à
sistemas de Monitoração ou Controle em Malha Aberta, dados
os tempos envolvidos em todo o scan da rede (segundos);
• Não se aplica diretamente a controle em malha fechada.

118
Evolução: HSE WIO – Wireless and Remote I/O

119
Redes Industriais
Protocolos de Comunicação Digital - 2

120

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