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Diretor Executivo

DAVID LIRA STEPHEN BARROS


Diretora Editorial
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autoras
GIOVANNA VALENZA
THALYTA MABEL NOBRE BARBOSA
Desenvolvedor
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autoras
GIOVANNA VALENZA
Olá. Meu nome é Giovanna Valenza. Sou formada em Letras, com
experiência técnico-profissional na área de Produção de Texto e Língua
Portuguesa nos formatos Presencial e a Distância há mais de 10 anos. Faço
edição e revisão de textos para várias editoras e também sou autora de
materiais didáticos para EAD. Adoro dar aulas e escrever materiais, pois assim
posso compartilhar minha experiência e meu conhecimento com aqueles
que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora
Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz
em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!

THALYTA MABEL NOBRE BARBOSA


Olá! Seja bem-vindo(a). Sou Thalyta Mabel. Graduada em Serviço Social
e Mestre em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), tendo como objeto de estudo o Serviço Social na Previdência Social.
Possuo experiência como docente, na graduação e na pós-graduação, tanto
em instituições públicas quanto privadas, principalmente nas disciplinas de
Política de Previdência Social e Social, Fundamentos Teórico-Metodológicos
do Serviço Social, Trabalho de Conclusão de Curso, Metodologia Científica,
Docência no Ensino Superior, Introdução à Educação a Distância, Introdução
ao Ensino Superior e Tecnologias Educacionais.
A minha trajetória acadêmica-profissional está ligada à área da Educação
a Distância há aproximadamente 15 anos. Nessa larga trajetória atuo como
Designer Instrucional de materiais didáticos para a EaD, desde a sua orientação
pedagógica até o produto final, em Instituições de Ensino Superior (IES)
Públicas e Privadas e de Educação Corporativa, como autora e organizadora
de e-books e demais materiais didáticos, facilitadora de treinamento de
professores/autores/conteudistas quanto à escrita de conteúdo dos materiais
didáticos a serem utilizados na EaD nas IES e nas instituições de Educação
Corporativa e também como tutora. Para que possamos obter êxito nessa
caminhada rumo ao conhecimento acadêmico, recomendamos que você
esteja atento aos conceitos aqui apresentados. Vamos começar.
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha
de aprendizagem toda vez que:

INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO:
para o início do desen- houver necessidade
volvimento de uma de se apresentar
nova competência; um novo conceito;

NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações es-
necessários obser- critas tiveram que ser
vações ou comple- priorizadas para você;
mentações para o
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e inda-
algo precisa ser gações lúdicas sobre
melhor explicado o tema em estudo, se
ou detalhado; forem necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamento atenção sobre algo
do seu conhecimento; a ser refletido ou
discutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma ativi- quando o desen-
dade de autoaprendi- volvimento de uma
zagem for aplicada; competência for
concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
A leitura e seus estágios .....................................................11

Leitura: como definir?.......................................................11

Estágios da leitura.............................................................17

Reconhecimento ou pré-leitura..............................18

Leitura seletiva.......................................................18

Leitura interpretativa . ...........................................19

Leitura crítica ou reflexiva.................................20

Os estágios da leitura nos estudos...................................23

Decodificação e diferenciação...........................................23

Os estágios da leitura nos estudos..................................24

Reconhecimento ou pré-leitura .......................................24

Leitura seletiva.......................................................27

Leitura interpretativa..............................................28

Leitura crítica ........................................................29

Análise de textos ...............................................................32

Análise ..............................................................................32

Análise textual.......................................................33
Análise temática....................................................33

Análise interpretativa e crítica.............................34

Uma nota sobre a leitura na educação a distância.................36

Elaboração de sínteses.....................................................38

Retenção e capacidade de síntese.....................................38

Etapas de elaboração de um resumo........................40


8 Introdução à Ead

02
UNIDADE
Introdução à Ead 9

INTRODUÇÃO
Olá! Seja bem-vindo (a)! Nesta unidade estudaremos temas
importantes sobre habilidades que auxiliarão em muito nos estudos.
A leitura é o primeiro passo para que o estudante consiga apreender o
conteúdo, uma vez que encontramos o conhecimento em livros, artigos,
vídeos (sim, podemos fazer uma leitura de imagens também!). Veremos
que há várias definições e características da leitura, e vários estágios dela
também. Porém, não basta ler, somente, é preciso compreender. E é por
isso que conversaremos sobre interpretação. Por fim, você aprenderá a
elaborar uma síntese, uma das maneiras de estudar que comprovadamente
contribui muito para a retenção do conteúdo. Entendeu? Ao longo desta
unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
10 Introdução à Ead

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso propósito é auxiliar
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o
término desta etapa de estudos:

1. Compreender o conceito de leitura e seus estágios;


2. Utilizar os estágios de leitura nos estudos;
3. Ser capaz de analisar textos;
4. Aprender a elaborar uma síntese.

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao


conhecimento? Ao trabalho!
Introdução à Ead 11

A leitura e seus estágios

OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender
o conceito de leitura e os seus estágios. Isto será
fundamental para aluno em formação na modalidade de
ensino da educação a distância. E então? Motivado para
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!

Leitura: como definir?


Segundo o último Censo do IBGE (2018), existem 11,3 milhões
de analfabetos no Brasil. Esse número vem diminuindo ao longo dos
anos, porém, outro termo ganhou bastante destaque: o analfabetismo
funcional. Você sabe a diferença entre analfabetismo e analfabetismo
funcional?
Analfabetas são as pessoas que não conhecem o alfabeto ou
não sabem ler nem escrever e, os analfabetos funcionais são pessoas
que sabem ler e escrever, mas não são capazes de interpretar o texto
que leem, e essa parte da população corresponde a 30% dos brasileiros
que têm entre 15 e 64 anos (AÇÃO EDUCATIVA; INSTITUTO PAULO
MONTENEGRO, 2018).

ACESSE:

Veja gráficos sobre resultados da pesquisa sobre


analfabetismo e analfabetismo funcional em:
https://bit.ly/2QQnnxa
12 Introdução à Ead

SAIBA MAIS:

Às pessoas que sabem ler e escrever dá-se o nome de


alfabetizadas e, às pessoas que sabem ler, escrever e
conseguem usar essas habilidades nas demandas sociais
são denominadas letradas.

Mas o que significa ler? Você já parou para pensar nisso? Uma
busca rápida em qualquer dicionário mostrará como definição de leitura
o “ato de ler”, juntamente com “o ato de compreender o conteúdo de um
texto escrito”. Porém, como acabamos de ver, há muitas pessoas que
não conseguem compreender aquilo que leem. Sendo assim, podemos
usar as duas definições para o ato da leitura?

Figura 1 – A leitura é uma atividade exclusivamente humana

Fonte: Freepik

A leitura é uma atividade exclusivamente humana, que nos


permite o acesso a um infinito conhecimento. Ela está intimamente
ligada ao processo de aprendizagem. Por isso, o tema é amplamente
estudado por várias perspectivas: do ponto de vista linguístico, é claro,
mas também psicológico, biológico, social, entre outros.
Introdução à Ead 13

Etimologicamente, a palavra vem do verbo em latim lego, cuja


primeira acepção é “juntar, reunir”. Ele também significa “ler”, pois essa
ação nada mais é que juntar e reunir as palavras, as sentenças e as
partes de um texto.
O educador Paulo Freire dedicou uma obra inteira ao assunto,
“A importância do ato de ler”, em que afirma que “A leitura do mundo
precede a leitura da palavra” (FREIRE, 1988). Nesse sentido, todos nós
temos a capacidade de ler, já que estamos, a todo o momento, lendo a
realidade que nos cerca, isto é, lendo o mundo.
A definição apresentada no texto dos Parâmetros Curriculares
Nacionais (2001, p. 53) é a seguinte:
A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho
ativo de construção do significado do texto, a partir dos seus
objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o
autor, de tudo o que sabe sobre a língua: características do
gênero, do portador, do sistema de escrita etc.
Vilson Leffa (1996, p. 11), pesquisador da UFRGS, define leitura
como o “processo de interação entre o leitor e um determinado segmento
da realidade, que é usado para representar um outro segmento”. Ao
estudar o tema, o autor nos lembra das duas definições restritas de
leitura, as quais são antagônicas:
[...] (a) ler é extrair significado do texto e (b) ler é atribuir
significado ao texto. O antagonismo está nos sentidos
opostos dos verbos extrair e atribuir. No primeiro, a direção
é do texto para o leitor. No segundo, é do leitor para o texto.
Ao se usar o verbo extrair, dá-se mais importância ao texto.
Usando o verbo atribuir, põe-se a ênfase no leitor. (LEFFA,
1996, p. 11)
Leffa segue explicando que a melhor definição, por vários motivos,
é a segunda: ler é atribuir significado ao texto. O autor explica:
A qualidade do ato da leitura não é medida pela qualidade
intrínseca do texto, mas pela qualidade da reação do leitor.
A riqueza da leitura não está necessariamente nas grandes
obras clássicas, mas na experiência do leitor ao processar
o texto. O significado não está na mensagem do texto, mas
14 Introdução à Ead

na série de acontecimentos que o texto desencadeia na


mente do leitor. (LEFFA, 1996, p. 14)
Vamos concordar com o autor ao optar por essa definição, já
que acreditamos que a leitura depende sim, mais do leitor do que do
texto em si e da forma como o primeiro interage com o segundo. Isso
vai ao encontro dos resultados que trazem as pesquisas no que se
refere à taxa de analfabetismo funcional. Significa que aqueles que não
compreendem o que está escrito não estão conseguindo interagir com
o texto.
E como podemos realizar a leitura de modo a interagir com o
texto e alcançar a sua compreensão total? Para Leffa (1996, p. 25),
Para compreender um texto devemos relacionar os dados
fragmentados do texto com a visão que já construímos
do mundo. Todo texto pressupõe essa visão do mundo
e deixa lacunas a serem preenchidas pelo leitor. Sem o
preenchimento dessas lacunas a compreensão não é
possível.
Para Andrade (2016, p. 1-2), tal definição é, hoje, muito mais
complexa:
Sabe-se que o conceito de leitura foi aperfeiçoado nas
últimas décadas. Nos dias atuais, a leitura não se constitui
um processo de decodificação do texto, nem somente
a compreensão e interpretação do signo linguístico. Na
verdade, a leitura possui uma dimensão mais ampla do
que apenas atribuir significado às palavras e frases. Pereira,
Souza e Kirchof (2012) afirmam que o ato de ler transcende
à simples decodificação, compreensão e interpretação do
signo linguístico, porquanto pressupõe o ato de dar sentido
ao texto, o que estará sempre na dependência da vivência
histórica do sujeito, do seu modo de pensar e olhar o
mundo.
O que observamos no comentário de Andrade (2016) é, novamente,
que o foco está no leitor, o sujeito que olha para o texto. Podemos
aproximar essa afirmação do que queremos dos nossos alunos, tanto
no ensino presencial como no ensino a distância. A habilidade de leitura
Introdução à Ead 15

é algo trabalhado na escola desde os primeiros anos. E assim deve


ser em todos os níveis de ensino, já que os textos vão ganhando mais
complexidade ao longo da vida escolar. Ora, se lemos e estudamos por
meio da leitura durante a nossa vida toda, por que então, existem tantas
pessoas que não conseguem compreender um texto?
Segundo Silva,
Ler é básico para o progresso na aprendizagem de qualquer
assunto. A formação de um leitor competente, segundo
os PCN (2001, p. 54), “só pode constituir-se mediante uma
prática constante de leitura de textos de fato, a partir de um
trabalho que deve se organizar em torno da diversidade de
textos que circulam socialmente”. (2011, p. 25)
Tal questionamento é objeto de estudo de muitos pesquisadores,
que tentam entender o que está errado na educação básica/
fundamental, por que motivo os alunos estão chegando muito fracos
ao ensino superior, no que diz respeito à leitura, e o que pode ser feito
para que a prática se torne hábito na população brasileira, assim como
já acontece em outros países.
Uma nota, antes de seguirmos: quando falamos de leitura, estamos
nos referindo à leitura de objetos das mais variadas espécies. Podemos
ler um texto, um filme, uma obra de arte, até mesmo uma expressão
facial, já que, como apontou Freire, a leitura do mundo vem antes da
leitura da palavra. Nesse sentido, estamos lendo (e interpretando) todas
as coisas a todo o momento.
Nesta unidade, porém, vamos nos deter à leitura de um texto
escrito, que constitui a maior fonte de pesquisa para os estudantes.
Ainda que existam materiais em outros formatos, vamos nos concentrar
no texto escrito por se tratar de objeto de fundamental importância, e
que ainda causa muita dificuldade de interpretação por parte dos alunos.
16 Introdução à Ead

REFLITA:

Com certeza você já teve dificuldade de ler e compreender


um texto, não é mesmo? Muitas vezes parece que estamos
lendo um texto escrito em outra língua, tão distante nos
parece do que costumamos ler no dia a dia. Por que será
que isso acontece?

Problemas de compreensão de texto começam a aparecer já


na infância, assim que começamos a “juntar as palavras”, e nunca mais
deixam de existir. De tempos em tempos nos deparamos com algo
difícil de compreender, seja no nosso dia a dia, como leitores de jornais
e revistas, seja no contexto acadêmico, como leitores de ciência. Mas
ninguém pode negar que a leitura é essencial para a nossa vida escolar,
nos mais diversos níveis.
Observe o que afirmam Lakatos e Marconi (2018, p. 1) à respeito da
importância da leitura para os estudos:
[A leitura] favorece a obtenção de informações já
existentes, poupando o trabalho da pesquisa de campo ou
experimental. Ela propicia a ampliação do conhecimento,
abre horizontes na mente, aumenta o vocabulário,
permitindo melhor entendimento do conteúdo das obras.
[...] Dois são os seus objetivos fundamentais: serve como
meio eficaz para aprofundamento dos estudos e para a
aquisição de cultura geral.
De fato, a leitura é uma atividade complexa. Na sequência,
você verá que muitas vezes, não é na primeira leitura que chegamos
a uma compreensão total. Existem alguns estágios para chegar a uma
compreensão completa de um texto escrito, de modo que se possa
refletir sobre ele.
Introdução à Ead 17

Estágios da leitura
Os estágios da leitura dizem respeito ao nível de compreensão
que uma pessoa tem ao ler um texto, desde o seu primeiro contato com
ele até a fase em que é capaz de realizar uma leitura crítica a respeito
do que foi abordado.

Figura 2 – Os estágios da leitura dizem respeito ao nível de compreensão que uma pessoa
tem ao ler um texto

Fonte: Freepik

VOCÊ SABIA?

A informatividade de um texto é medida pelo grau de


intimidade que o leitor tem com determinado assunto.
Quanto mais uma pessoa sabe sobre um tema, menos
informativo, para ela, vai ser um texto sobre esse tema, e
vice-versa. Por exemplo: se você é fã de super-heróis, um
texto que explica as características dos super-heróis vai ser
menos informativo para você do que para uma pessoa que
nunca se interessou por eles. Logo, não podemos dizer
que um texto é bastante informativo ou não, pois isso vai
depender mais do que o leitor sabe sobre o assunto do que
do conteúdo do texto.
18 Introdução à Ead

Vamos conhecer, a partir de agora, os quatro estágios:


Reconhecimento ou pré-leitura; Leitura seletiva; Leitura interpretativa;
Leitura crítica (ou reflexiva) e suas características.

Reconhecimento ou pré-leitura
Aa leitura superficial do texto serve para se ter uma ideia do
que ele trata – seu conteúdo e sua organização. No caso de textos de
jornal, por exemplo, trechos são destacados para fazer com que o leitor
observe quais são as principais partes. O título e subtítulo (se houver)
são extremamente importantes, pois chamam a atenção para o tema
principal que será abordado.
Nesse estágio, o leitor pode responder à pergunta: de que trata
o texto? Assim, ele tem uma visão global do assunto, porém, não se
aprofundará em subtemas ou informações mais específicas.
É muito comum hoje, nas redes sociais, nos depararmos com
títulos de textos. E muitas vezes, ficamos só no título: não lemos o texto,
nem sequer clicamos no link para acessar mais informações sobre o
assunto. Está aí uma boa maneira de confirmar de que modo fazemos
essa leitura de reconhecimento.
Faça o teste. Quando estiver em uma rede social e se deparar
com uma notícia, pare para refletir: o título me chamou a atenção? Eu
estou interessado em saber mais sobre isso?

Leitura seletiva
Neste segundo estágio de leitura, a pessoa realiza uma leitura
mais atenta do texto, inspecionando-o. Ela presta atenção nas sentenças,
compreende o contexto envolvido na sua produção.
Aqui, o leitor ainda não faz uma leitura minuciosa, mas inicia esse
processo, separando aquilo que é essencial e deixando de lado o que é
desnecessário.
Vamos continuar com o exemplo de uma notícia que você
encontrou ao navegar em sua rede social. Você se interessou pelo
assunto e quer saber mais: se tiver acesso ao texto completo da notícia,
Introdução à Ead 19

de que forma você vai lê-lo? Vai passar o olho para “pescar” algumas
informações relevantes ou vai ler atentamente? É bem provável que
você dê uma “sondada”, uma passada de olho nesse momento. E isso
vai fazer com que se interesse ou não por uma leitura mais minuciosa.

Leitura interpretativa
Na leitura interpretativa, o leitor consegue identificar as
informações que estão sendo colocadas no texto, bem como o que o
autor dele quer dizer. O leitor analisa as partes do texto – introdução,
desenvolvimento, conclusão – estabelecendo uma correlação entre
elas.
Aqui, a leitura é minuciosa e não se perde nada. Se há alguma
palavra que o leitor não conhece, ele vai procurar o seu significado e, se
algo passou despercebido durante a leitura, o leitor vai voltar atrás para
entender melhor.

Figura 3 – O terceiro estágio da leitura compreende a fase interpretativa

Fonte: Freepik
20 Introdução à Ead

Neste estágio, o leitor é capaz de entender a intenção do autor ao


escrever aquele texto, e de relacionar o seu posicionamento com outros
textos que já leu. É importante dizer que, neste caso, o aproveitamento
do texto dependerá da bagagem que o leitor já tem acerca do assunto. Se
houver alguma referência ou uma informação implícita (um pressuposto),
o leitor experiente será capaz de localizá-la.
Continuando com o exemplo do texto encontrado na rede social,
o leitor após se interessar sobre o tema e fazer uma leitura seletiva,
mergulha de fato, em todas as suas partes, percebendo alguns fatores,
por exemplo: como foi construído, por que, em que contexto. Assim,
o leitor é capaz de falar sobre o assunto, explicando a outras pessoas
aquilo que leu.

Leitura crítica ou reflexiva


Neste estágio podemos dizer que há uma compreensão maior
do texto por parte do leitor, pois ele reflete de maneira crítica sobre o
conteúdo. Ele compara, julga as informações apresentadas de modo a
tomar uma posição. Nesta fase, portanto, o leitor vai além da mensagem
do texto, fazendo juízo de valor a respeito daquilo que leu.
Neste nível, que é o último, o leitor já é capaz de responder
criticamente ao texto que leu, pois compreende todas as suas nuances
– o tema tratado, as partes do texto, de que modo foi construído, a
intenção do autor, o contexto em que foi escrito, como se relaciona
com o mundo e com outras produções sobre o mesmo tema etc. – e,
além disso, consegue julgar o texto, estabelecendo a ele um valor a
partir do que já leu sobre o assunto: é um texto mais completo? Cai em
contradição? É coerente e apresenta concisão? A opinião do autor é bem
fundamentada? Está de acordo com a minha? Vai de encontro com a de
outros autores?
No exemplo que utilizamos, finalizado este estágio de leitura – e
somente após isso –, o leitor poderia escrever sobre o assunto, fazendo
uma crítica (positiva ou negativa) a respeito do texto, pois tem total
intimidade e compreensão daquilo que leu que é capaz de opinar sobre.
Introdução à Ead 21

REFLITA:

A partir de sua experiência com o uso de redes sociais e


observando o comportamento dos outros, você acredita
que as pessoas realizam uma leitura crítica dos textos antes
de compartilhá-los ou de comentar sobre eles?

Retomando os quatro níveis de leitura, podemos estabelecer um


quadro que sintetiza o que acontece em cada um deles:

Quadro 1 - Estágios da leitura

Estágio Definição Questão


Reconhecimento
Leitura superficial Qual é o tema?
ou pré-leitura

Quais são
as principais
Seletiva Inspeção
informações que o
texto traz?

Qual é o
Interpretativa Leitura minuciosa posicionamento do
autor sobre o tema?

Concordo ou discordo
Julgamento do
Crítica ou reflexiva do posicionamento do
conteúdo
autor e por quê?

Fonte: Adaptado de Lakatos e Marconi (2019)

É fundamental que você aluno, que está em formação profissional


e que está realizando está formação em um curso na modalidade a
distância, atente-se para as informações que foram apresentadas até
aqui. Faça da leitura a sua aliada no processo da aprendizagem.
22 Introdução à Ead

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir o que vimos. Você deve ter aprendido que as
definições de leitura e teve a oportunidade de conhecer os
seus quatro estágios ou níveis: o reconhecimento, a leitura
seletiva, a interpretativa e a crítica. É muito importante que
você aluno, faça com que a leitura se torne um hábito,
pois dessa forma, conseguirá passar por esses estágios de
modo a compreender e julgar um texto.
Introdução à Ead 23

Os estágios da leitura nos estudos

OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de identificar
e utilizar esses estágios de leitura em seus momentos de
estudo. Isto será fundamental para você em processo de
formação profissional. E então? Motivado para desenvolver
esta competência? Então vamos lá. Avante!

Decodificação e diferenciação
Como vimos no capítulo anterior, uma primeira definição de leitura
seria a de extrair significado do texto. Seria como decodificar os símbolos
que ali estão colocados. Porém, já vimos que essa não é a melhor
maneira de conceituar o ato de ler. Estamos entendendo aqui, a leitura
como uma atividade além da decodificação: ela depende do sujeito
leitor e da sua experiência, constituindo-se um processo interacional. Ao
ler, estamos estabelecendo uma relação com o texto, relação esta que
será diferente para cada leitor, pois depende da bagagem que ele tem,
do que ele espera do texto, de como ele o recebe.
Vamos imaginar que você está assistindo a um filme pela primeira
vez, e a primeira leitura que faz dele é mais superficial, você pode não
entender algumas partes, outras podem até passar despercebidas;
você está focado no enredo, numa primeira camada da história, que é
a mais explícita e que a maioria dos espectadores vai compreender. Na
segunda vez que você assiste a esse filme, como já conhece o enredo,
presta atenção em aspectos menos evidentes e, descobre alguns
efeitos de sentido, detalhes que passaram despercebidos da primeira
vez. Além disso, os espectadores de uma época podem assistir a esse
filme de maneira diferente daquela que pessoas de décadas anteriores
o assistiram.
E o que podemos comprovar com isso? Que o sentido ou a
compreensão de uma obra (seja ela um filme, um texto) não está na
24 Introdução à Ead

forma como ela foi elaborada, e sim na relação estabelecida entre ela e
o seu leitor. E quando mais experiente for o leitor, melhor será a interação
entre ele e o objeto que está lendo. Afinal, as nossas leituras constituem
nosso repertório.
Sendo assim, que tal nos aprofundar nos estágios da leitura,
utilizando-os em nossos momentos de estudo? Parece complicado, mas
a prática fará com que a leitura se torne algo cada vez mais confortável.

Os estágios da leitura nos estudos


Para ilustrar como isso acontece em um ambiente escolar
ou acadêmico, vamos tomar como exemplo um aluno que esteja
pesquisando sobre o tema “novas tecnologias na educação a distância”,
passando pelos quatro estágios de leitura. Vamos lá!

Reconhecimento ou pré-leitura
Como vimos, há um estágio anterior ao que consideramos, de
fato, uma leitura. É aquele momento em que nos deparamos com uma
manchete de jornal, a capa de um livro, mas ainda não sabemos mais
detalhes sobre o texto dentro dele. Chama-se pré-leitura ou leitura de
reconhecimento.
Utilizamos esse nível de leitura quando procuramos referências
sobre um tema que estamos estudando: fazemos uma seleção de
documentos relevantes a respeito de determinado assunto a partir de
uma leitura pré-seletiva, observando a capa de um livro, seu sumário,
o título de um artigo, o texto de introdução ou conclusão, por exemplo.
No caso do aluno, seria o ponto de partida, isto é, a procura
por materiais que tratem do tema “novas tecnologias na educação
a distância”. Uma rápida busca na internet vai gerar alguns primeiros
resultados. É importante que você saiba que na unidade seguinte
veremos as técnicas a serem utilizadas no momento da busca na internet
através dos buscadores. Então, recomendamos que você associe os
conhecimentos adquiridos nas duas unidades para que tenha proveito
em seus estudos.
Introdução à Ead 25

Voltamos ao que estávamos comentando anteriormente, que


era a busca por materiais na internet. Vejamos o que o resultado nos
apresentou.

Quadro 2 - Exemplos de resultados.

1. EAD e as Novas Tecnologias

O atual sucesso da modalidade de Ensino a Distância (EAD) só


se faz possível devido à constante evolução das Tecnologias de
Informação e de Comunicação.
2. Conheça as tecnologias usadas no ensino a distância -
EAD

São milhares de novos cursos superiores autorizados pelo MEC


todo ano e essa modalidade de ensino tem tornado possível o
sonho do diploma para muitas...
3. 9 tecnologias para EAD essenciais nos cursos à
distância

As novas tecnologias agora incluem fóruns de discussão, e-mail,


gravações de áudio e vídeo, biblioteca virtual, etc.

www.epdonline.com.br › noticias › EaD-a-tecnologia-a-favor-da-


educ...
4. EAD: A tecnologia a favor da educação | EPD Online

O ensino a distância (EAD) é uma modalidade que usa a tecnologia...


e realizar um curso que possibilite a conquista de novos caminhos.
5. As novas tecnologias a serviço da educação à distância

Nos anos 1996, a nova LDB, Lei nº. 9.394/96 contemplou novos
avanços a EaD, estabelecendo a regulamentação da modalidade
de Educação a Distância ...
6. Educação a distância e as novas tecnologias

Consulta a “material já elaborado, constituído principalmente de


[...] artigos... Seguindo esse raciocínio, a EaD é fruto de tecnologias
que possibilitaram o seu.
26 Introdução à Ead

7. Seminário discute uso da tecnologia na EAD - MEC

A tecnologia tem sido uma importante ferramenta para a melhoria


da... Em educação a distância e em novas tecnologias de
aprendizagem
Fonte: as autoras

Com essa lista de resultados, o aluno fará uma pré-leitura para


descartar os textos que não são relevantes para o seu trabalho. Por
exemplo: textos sem autoria ou de sites não acadêmicos. Ele vai preferir
livros e artigos científicos sobre o tema, pois estes podem servir como
referenciais teóricos.
Vamos imaginar que o aluno tenha escolhido o artigo que
aparece no sexto resultado dessa lista: “Educação a distância e as novas
tecnologias”.
O fato de se tratar de um artigo já é um ponto positivo para que
o texto faça parte da sua lista de referências utilizadas no trabalho, pois
contém um autor e foi publicado em alguma revista científica, o que,
por si só, lhe confere credibilidade. Além disso, o título confirma que vai
abordar o assunto que é tema da pesquisa do aluno.
Neste estágio, o aluno pode ler o título, o resumo do artigo, a
introdução, mas não mais que isso – do contrário, já estaria na fase
posterior de leitura. Observe que, ao ler o resumo, o aluno é capaz de
saber que se trata de material relevante para a sua pesquisa:
RESUMO
As inovações tecnológicas transformaram nossa relação
num ambiente constante de troca de informações, que
caracteriza a sociedade moderna e os indivíduos das
gerações “Z” e Millennials, surgidos no contexto da internet
e das redes sociais. A irreversibilidade desta realidade se
confirma no surgimento dos softwares de Ambiente Virtual
de Aprendizagem (AVA) e na evolução tecnológica por qual
passa a Educação a Distância (EaD). A metodologia deste
estudo é uma pesquisa de caráter qualitativo e cunho
bibliográfico, no objetivo de analisar a evolução tecnológica
Introdução à Ead 27

dessa ferramenta, suas aplicações e características –


positivas e negativas – apontando desafios e tendências.
Os resultados indicaram que a evolução tecnológica e
modernização da EaD se deu graças ao desenvolvimento
das TICs, identificando-se duas fortes tendências para o
futuro: o mobile learning e a gamification. No Brasil, o atraso
tecnológico – falta de acesso à internet (inclusão digital)
e social – qualificação de profissionais; são consequência
da falta de Políticas Públicas que contemplem a Educação
e desafios da EaD no país. Portanto, novas linhas de
pesquisa relacionadas a esta discussão teórica podem
ser feitas e espera-se que este trabalho tenha contribuído
para instigar a pesquisa acadêmica na Educação, visando
uma sociedade com melhores expectativas para o futuro.
(MENDES; ZAFINO, EZEQUIEL, 2018, p. 1)
Conseguiu compreender a importância de se analisar bem os
resultados de uma pesquisa realizada na internet como também de
verificar a autenticidade, credibilidade e confiabilidade dos resultados?
Veja o quanto é importante você saber desse assunto para que a partir de
então tenha proveito nas elaborações dos seus trabalhos acadêmicos.

TESTANDO:

Recomendamos a você agora que realize uma busca na


internet seguindo os passos que apresentamos e em
seguida análise o seu material. É importante você se auto
avaliar sobre o seguinte: será que até agora eu estava
realizando as buscas da maneira correta? O que posso fazer
para melhorar as minhas buscas e obter bons resultados?

Leitura seletiva
Chega o momento de realizar uma leitura de sondagem,
identificando os subtemas tratados, “passando o olho” para verificar se
este texto corresponde às expectativas do leitor quanto ao conteúdo
abordado.
28 Introdução à Ead

Em trabalhos acadêmicos, os subtítulos são muito importantes.


Se estiverem nítidos no artigo, é possível perceber a hierarquia dos
assuntos tratados e ter uma ideia de como foi construído o texto.
No caso deste artigo em análise, alguns subtemas se destacam
e já é possível confirmar que o texto será útil para a pesquisa. Uma
olhada rápida sobre o texto garante que o tema das tecnologias aparece
constantemente, com definições, exemplos etc. Aqui nessa fase
devemos garimpar o que temos em mãos.
Uma vez verificada a relevância do trabalho, chega-se à decisão
de ler o texto de maneira mais minuciosa. É quando se passa para o
outro estágio. Vamos lá!

Leitura interpretativa
Neste estágio, o pesquisador observa e relaciona o que está
escrito no texto com aquilo que busca solucionar. Também compara o
posicionamento do autor de acordo com teorias de outros pesquisadores,
localizando-o em determinada escola de pensamento.
Trata-se de uma leitura mais atenta, em que se pode destacar
os trechos que servirão para corroborar a opinião do estudante em seu
trabalho. Por exemplo: se o aluno está pensando em trazer o uso dos
aplicativos de smartphones como uma nova tecnologia que auxiliará o
EAD, neste artigo que está lendo, poderá utilizar os seguintes trechos:
O desenvolvimento recente de tecnologias móveis,
como smartphones e tablets, vem permitindo o uso de
informações fornecidas e compartilhadas por aplicativos
(OLIVEIRA FILHO, 2012) e se tornando cada vez mais popular
como nova forma de acesso à informação e ao ensino/
aprendizado, pois são dinâmicos e contam com a vantagem
da mobilidade – tecnologia acessível em qualquer local
(QUEIROZ et al, 2014) e que demanda menor investimento
em infraestrutura. Para acessar um AVA é necessário o uso
de um computador, enquanto que no conceito do Mobile
Learning (Aprendizado Móvel), qualquer dispositivo com
acesso a rede sem fio (wireless) é uma ferramenta de
estudo. (MENDES; ZAQUINO; EZEQUIEL, 2018, p. 8)
Introdução à Ead 29

O uso de aplicativos na Educação a Distância pode


promover o ensino e auxiliar o aluno na construção e
socialização do saber (QUEIROZ et al, 2014), sendo que
as redes sociais têm ganhado destaque como a primeira
ou mais recorrente forma de interação da maior parte
das pessoas (OLIVEIRA FILHO, 2012). Chats e fóruns e/ou
redes com estrutura semelhante ao LinkedIn, pautadas
na interatividade (BISSOLOTTI; NOGUEIRA; PEREIRA,
2014) trazem como conceito o Flipped Classroom. A ideia
surgiu nas escolas do ensino médio americano, com
Jonathan Bergman e Aaron Sams, para atender alunos
que precisavam se ausentar e quando regressavam,
discutiam dúvidas e davam contribuições em momentos
de reflexão. A iniciativa se estendeu a todos os alunos,
sendo conhecida como blendedlearning: inversão lógica
das aulas – os alunos decidem o conteúdo teórico das
disciplinas, apresentam conceitos, autores e diferentes
proposições a respeito do tema de estudo (SCHNEIDER et
al, 2013) com apoio do professor que funciona como um
facilitador para o processo de aprendizagem. (MENDES;
ZAQUINO; EZEQUIEL, 2018, p. 9)
Com a leitura interpretativa, o aluno já está munido das
informações que precisava para continuar o seu trabalho. Na próxima
etapa, fará uma leitura que lhe permitirá criticar as ideias apresentadas
pelo autor no que se refere ao tema estudado.

Leitura crítica
Por fim, o aluno chega à etapa mais complexa dos estágios
da leitura, em que é capaz de refletir sobre o texto fazendo juízo de
valor. Neste momento, o leitor procura trechos com que concorde e
que discorde, se for o caso. Em seu trabalho, poderá utilizá-los para
enriquecer sua linha de raciocínio.
Vejamos um exemplo. Suponha que o aluno seja contra o uso de
jogos na EAD, pelo motivo de que, pela sua experiência pesquisando
esses recursos, acredita serem os jogos educativos, ferramentas não
30 Introdução à Ead

atrativas como os jogos comuns. Ao encontrar o seguinte trecho no


artigo, poderá fazer uso dele para discordar:
A massificação de conteúdo tem sido uma das preocupações
ao se introduzir elementos computacionais e da web
no ensino/aprendizado. Seu efeito potencializador na
construção do conhecimento, interpretação e compreensão
de contextos e na formação do senso crítico e reflexivo,
têm levado a trabalhar EaD numa lógica de jogos e Alves
(apud OLIVEIRA FILHO, 2012) esclarece que o papel e a
responsabilidade da escola é atentar para as necessidades
e demandas modernas. Os jogos enquanto ferramentas
de aprendizagem são lúdicos, excitantes e transformam
o esforço em algo que traz satisfação (OLIVEIRA FILHO,
2012). Neste contexto a gamificação (gamification) tem
sido incorporada a dinâmica e as formas de EaD, com
elementos, mecanismos e técnicas (NAVARRO, 2013) para
reduzir a baixa autoestima, o desestímulo nos espaços
de interação grupal (QUEIROZ et al, 2014) e trabalhar a
motivação síncrona para maior sinergia (FARIAS, 2013). Por
tornar as atividades menos cansativas, engajar as pessoas
para resolver problemas e encorajar a aprendizagem
(KAPP, 2012), estimular a traçar e conquistar metas, e obter
feedback de seu resultado (NAVARRO, 2013), tem sido
benéfico na Educação a ação de aprender com o jogo para
desenvolver várias dimensões humanas (OLIVEIRA FILHO,
2012).
Percebeu como esse último estágio da leitura é bem mais
complexo? O leitor, além de decodificar, selecionar, interpretar, agora é
capaz de avaliá-lo, de se posicionar contra, caso seja pertinente ao seu
trabalho. Neste momento o leitor já é capaz de transformar em autor,
pois além de ler, está produzindo conteúdo a partir disso.
Entendidos os estágios ou níveis de leitura?
Sugiro que você, ao ler os próximos textos, faça o teste. Escolha
um texto para fazer uma leitura passando pelos seus quatro níveis e
depois comente com seus colegas sobre a sua experiência.
Introdução à Ead 31

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudinho? Neste capítulo você aprendeu como utilizar os
quatro níveis de leitura no processo de aprendizagem.
Usamos um artigo como exemplo para que os estágios
ficassem ainda mais claros.
32 Introdução à Ead

Análise de textos
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de analisar textos
que aparecerão nos seus estudos, de modo que tenha um
bom desempenho durante a sua trajetória acadêmica. E
então? Motivado para desenvolver esta competência?
Então vamos lá. Avante!

Análise
O ato de ler é uma atividade muito maior do que apenas
decodificar os símbolos e juntar palavras. Se formos analisar a origem
da palavra texto, veremos que vem do latim textum, cujo significado é
“tecido”. Nesse sentido, o texto como conhecemos hoje nada mais é do
que a costura de enunciados linguísticos. Não se trata apenas de um
amontoado de palavras e frases soltas, sem conexão entre elas, assim
como um amontoado de fios não faz um tecido: é preciso que eles sejam
costurados. Assim, também é complexa a atividade de ler, pois exige o
reconhecimento de todos esses mecanismos textuais.
Nos capítulos anteriores, estudamos a compreensão do texto a
partir de uma abordagem centrada em seus estágios. Neste capítulo,
vamos conhecer outra perspectiva do ato de ler: a análise de textos.
Essa abordagem é muito comum em manuais de metodologia científica
e focam nos textos que os alunos vão encontrar na sua vida escolar e
acadêmica, observando, além do conteúdo, a estrutura textual. Tem
como objetivo preparar o aluno para a leitura crítica dos textos, de modo
que consiga produzir conteúdo a partir disso.
Conforme explicam Lakatos e Marconi (2019, p. 14),
Analisar significa estudar, decompor, dissecar, dividir, interpretar. A
análise de texto refere-se ao processo de conhecimento de determinada
realidade e implica o exame dos elementos; portanto, implica decompor
um todo em suas partes, a fim de: (a) poder efetuar um estudo mais
completo, encontrando o elemento-chave do autor; (b) determinar as
relações que prevalecem nas partes constitutivas, compreendendo a
Introdução à Ead 33

maneira pela qual estão organizadas; (c) estruturar as ideias de maneira


hierárquica.
Ela pode, segundo as mesmas autoras (2019), ser dividida em três
partes:
• Análise dos elementos – levantamento dos elementos básicos
do texto com o objetivo de compreendê-lo.
• Análise das relações – identificação das principais relações e
conexões entre os elementos que constituem o texto.
• Análise da estrutura – verificação das partes que compõem o
todo para entender as relações existentes entre elas.
Podemos classificar em três as espécies de análise de texto:
textual, temática, interpretativa. Observe a seguir as características de
cada uma!

Análise textual
A análise textual tem por finalidade aproximar-se do texto. É uma
primeira leitura, de modo a identificar de que ele trata. É o momento de
ler o texto do início ao fim, sem a preocupação de interpretá-lo. Pode-se
sublinhar as palavras desconhecidas para voltar nelas depois. Agora é
hora de identificar o tema principal.

Análise temática
Na etapa seguinte, a da análise temática, o leitor compreende
melhor o texto, distinguindo as ideias principais e secundárias e a relação
entre elas. É o momento de esquematizar a linha de raciocínio do autor,
fazendo anotações no texto.
Devem ser observadas: a estrutura do texto, as suas partes
(introdução, desenvolvimento e conclusão), argumentação utilizada
pelo autor, entre outros aspectos importantes para um entendimento
total do que foi elaborado.
O leitor, neste momento, apreende o texto. Observe que ainda não
é o momento de discuti-lo, mas sim de compreendê-lo profundamente
para, a partir dai, ir para a próxima etapa.
34 Introdução à Ead

Figura 4 – A análise temática é o momento de esquematizar a linha de raciocínio do autor

Fonte: Freepik

Análise interpretativa e crítica


Na análise interpretativa, o leitor é capaz de associar o pensamento
do autor com o que já conhece sobre o assunto. Isso lhe permite fazer
uma crítica do texto, observando se é coerente, se os argumentos são
válidos e pertinentes, se há originalidade nas suas ideias.
É o momento de avaliar o texto, relacionando-o com outros sobre
o mesmo tema – caso o aluno já tenha lido bastante sobre o assunto,
será capaz, inclusive, de inserir o texto em determinada escola de
pensamento ou corrente filosófica, por exemplo. Também é preciso ler o
que está nas entrelinhas, identificando não só o que está explícito, mas
o que está subentendido.
Introdução à Ead 35

SAIBA MAIS:

Pesquise por textos que diferenciem e exemplifiquem


informações explícitas e implícitas (também chamadas de
pressupostos).

O leitor finalmente adota uma posição pessoal sobre aquilo que


leu, e se torna preparado para elaborar seu próprio texto crítico.
Lakatos e Marconi (2019, p. 14) propõem um esquema para
diferenciar os três tipos de análise:
Análise textual:
• Leitura rápida de todo texto para obter uma visão global,
assinalando palavras desconhecidas e dúvidas.
• Encontrar o significado das palavras e dirimir dúvidas.
• Formar um esquema, visando à estrutura redacional.
• Análise temática:
• Releitura para apreender o conteúdo.
• Nova leitura para separar ideias centrais das secundárias.
• Verificar a correlação entre elas, seu modo e forma.
• Procurar respostas para as questões: sobre o que versa este
texto? O que influi para lhe dar uma unidade global?
• Reconhecer o processo de raciocínio do autor.
• Redigir um esquema que revele o pensamento lógico do autor.
• Análise interpretativa e crítica:
• Correlacionar as ideias do autor com outras sobre o mesmo
tema.
• Realizar uma crítica fundamentada em argumentos válidos,
lógicos e convincentes.
• Fazer um resumo para discussão.
O que as autoras fizeram acima, ao esquematizar as espécies de
análise textual, é um exemplo do que pode ser feito na primeira etapa
da leitura.
Na realidade, as etapas para ler um texto se parecem muito e
você pode decidir qual vai seguir durante seus anos de estudo – quem
sabe testar essas e outras. Não há problema, pois todos esses processos
36 Introdução à Ead

de leitura têm o objetivo em comum de transformar o leitor em alguém


crítico sobre o assunto, de modo que também seja capaz de produzir
ciência.

SAIBA MAIS:

Leia este artigo sobre leitura, níveis de leitura, espécies de


análise de texto:
http://www.filologia.org.br/xv_cnlf/tomo_2/144.pdf.

Uma nota sobre a leitura na educação a


distância
O aluno da educação a distância estará em constante contato
com os mais diversos tipos de texto: o material didático, elaborado
em linguagem dialógica – e às vezes até mesmo redundante – para
que a compreensão seja garantida. Assim como com o enunciado das
atividades, que procuram explicar de maneira detalhada o que deve
ser feito, sem espaço para dúvidas; como as postagens no fórum de
discussão, escritas pelos colegas de curso, que podem trazer uma
linguagem menos formal; além das orientações de tutores e professores;
os avisos da coordenação de curso; o manual de utilização do ambiente
virtual de aprendizagem e o manual de formatação de trabalhos
acadêmicos, dentre outros.
Espera-se que o aluno consiga apreender o que é oferecido a
ele e também que seja capaz de pesquisar em outras fontes a fim de
aumentar seu conhecimento.
Então, aproveite a oportunidade para também fazer uma auto
avaliação de como está a sua leitura. Um checklist simples pode te
ajudar. Ao final de cada unidade, responda:
Introdução à Ead 37

Quadro 3 – Checklist de aproveitamento da unidade.

Checklist – Aproveitamento da unidade


Consegui realizar a leitura dos textos base de forma eficiente?

Acessei o material complementar indicado na unidade (Saiba


Mais, Acesse...)?

Procurei me aprofundar nos conteúdos buscando outros


materiais que não estavam indicados (outros textos, vídeos,
podcasts)?

Realizei os exercícios com atenção e comprometimento?

Fiz anotações ou um resumo do conteúdo da unidade?

Fonte: as autoras.

Todas essas ações vão ajudar na retenção do conteúdo, tema do


próximo capítulo.

SAIBA MAIS:

Leia e realize os exercícios desta aula sobre leitura:


https://bit.ly/2y8C08A

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Neste capítulo


você aprendeu a analisar um texto sob outra perspectiva,
diferente da abordada nos capítulos anteriores. Conferiu o
que é uma análise textual e conheceu três espécies dela:
textual, temática e interpretativa.
38 Introdução à Ead

Elaboração de sínteses
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de elaborar uma
síntese de modo a auxiliar na retenção dos conteúdos. E
então? Motivado para desenvolver esta competência?
Então vamos lá. Avante!

Retenção e capacidade de síntese


Até aqui trabalhamos aspectos relacionados à leitura: seus
estágios e como proceder em cada etapa. Porém, um questionamento
pode ser feito: passar por esses estágios garante a retenção do conteúdo?
A retenção do conteúdo diz respeito ao armazenamento daquilo
que foi lido, com o objetivo de aplicar esse conhecimento na realidade
que nos cerca. É preciso dizer, também, que reter o conteúdo não é a
mesma coisa que decorar o conteúdo.

REFLITA:

Lembra-se de seus tempos de escola, quando tentava


decorar o conteúdo e, na hora da prova, dava aquele
branco? Ou ainda, quando você conseguia decorar o
conteúdo para a prova, mas depois dela esquecia tudo?
Você lembra algumas fórmulas matemáticas que utilizava
na escola, mas que hoje não sabem nem para que servem?
E as músicas que os professores ensinavam para decorar
alguns nomes da biologia, como as funções das partes da
célula?
Introdução à Ead 39

Para alcançar a retenção existem técnicas, tais como: recitar o


texto; copiar partes dele; utilizar sinais gráficos como setas, marcação
de cores, grifos para destacar as partes mais importantes; associação
de ideias; leitura dinâmica; entre outros. Uma busca na internet resultará
em vários textos sobre essas técnicas. Mas, cuidado! Nem tudo é
comprovado cientificamente.
Escolhemos uma dentre essas técnicas, a qual é considerada
efetiva para a retenção de conteúdos e muito utilizada no contexto
científico: a elaboração de síntese ou resumo.
Resumir significa: abreviar, sintetizar, condensar, reduzir, restringir.
Certamente você já leu um resumo de filme ou de livro, isso faz parte do
nosso dia a dia.
No contexto acadêmico, procuramos resumos de artigos ou livros
que possam nos auxiliar em nossos estudos. O resumo acadêmico é,
inclusive, uma das partes obrigatórias das produções científicas. É por
meio deles que os estudantes podem ter rápido acesso aos temas para
verificar se o artigo é relevante para seu trabalho.
O objetivo do resumo é fazer uma redução do texto original,
mantendo as ideias principais do texto e descartando o que é secundário.
Segundo Platão e Fiorin (2007, p. 420),
o resumo é uma condensação fiel das ideias ou dos fatos
contidos no texto. Resumir um texto significa reduzi-
lo ao seu esqueleto essencial sem perder de vista três
elementos: cada uma das partes essenciais do texto; a
progressão em que elas se sucedem; a correlação que o
texto estabelece em cada uma dessas partes.
Na opinião dos autores, “quem resume deve exprimir, em estilo
objetivo, os elementos essenciais do texto. Por isso não cabem, em um
resumo, comentários ou julgamentos ao que está sendo condensado”
(PLATÃO; FIORIN, 2007, p. 420).
40 Introdução à Ead

Figura 5 – O resumo é a condensação fiel das ideias do texto

Fonte: Freepik

Mas resumir não significa recortar partes do texto original e


reproduzi-las ipsis litteris no seu novo texto. Platão e Fiorin (2007, p.
420) lembram que “a colagem de fragmentos do texto original não é
um resumo. Resumir é apresentar com as próprias palavras os pontos
relevantes de um texto”.
Sendo assim, o resumo será um novo texto, escrito com as
palavras do autor, que é você.

Etapas de elaboração de um resumo


Segundo Cereja e Cochar (2009, p. 55), “para produzir um resumo,
é necessário trabalhar com um processo mental chamado sumarização.
Esse processo consiste em eliminar informações secundárias, que
são aquelas que explicam, exemplificam ou reforçam informações já
dadas”. Os autores lembram ainda que “é necessário utilizar conectivos
ou elementos de coesão” para “amarrar” o texto. É importante lembrar
também que o texto do resumo deverá fazer sentido para quem não leu
o texto original.
Introdução à Ead 41

Figura 6 – O texto do resumo deve ser redigido com as próprias palavras de quem o
escreve.

Fonte: Freepik

O grau de dificuldade para resumir um texto, segundo Platão &


Fiorin (2007), vai depender da complexidade do texto a ser resumido
(dependendo do quão elaborado ele é) e da competência do leitor
(do entendimento que ele teve do texto). Observe a seguir as etapas
indicadas pelos autores para elaborar um bom resumo:
1. Ler o texto ininterruptamente, do começo ao fim. Já
vimos que um texto não é um aglomerado de frases: sem
ter noção do conjunto, é mais difícil entender o significado
preciso de cada uma das partes. Essa primeira leitura deve
ser feita com a preocupação de responder genericamente
à seguinte pergunta: do que trata o texto?
2. Uma segunda leitura é sempre necessária. Mas esta,
com interrupções, com o lápis na mão, para compreender
melhor o significado de palavras difíceis (se preciso,
recorra ao dicionário) e para captar o sentido de frases
mais complexas (longas, com inversões, com elementos
ocultos). Nessa leitura, deve-se ter a preocupação
42 Introdução à Ead

sobretudo de compreender bem o sentido das palavras


relacionais, responsáveis pelo estabelecimento das
conexões (assim, isto, isso, aquilo, aqui, lá, daí, seu, sua,
ele, ela etc.).
3. Num terceiro momento, tentar fazer uma segmentação
do texto em blocos de ideias que tenham alguma
unidade de significação. Ao resumir um texto pequeno,
pode-se adotar como primeiro critério de segmentação
a divisão em parágrafos. Pode ser que se encontre uma
segmentação mais ajustada que a dos parágrafos, mas
como início de trabalho, o parágrafo pode ser um bom
indicador. Quando se trata de um texto maior (o capítulo de
um livro, por exemplo), é conveniente adotar um critério de
segmentação mais funcional, o que vai depender de cada
texto (as oposições entre os personagens, as oposições de
espaço, de tempo). Em seguida, com palavras abstratas
e mais abrangentes, tenta-se resumir a ideia ou as ideias
centrais de cada fragmento.
4. Dar a redação final com suas palavras, procurando não só
condensar os segmentos, mas encadeá-lo na progressão
em que se sucedem no texto e estabelecer as relações
entre eles. (PLATÃO & FIORIN, 2007, p. 421)
No contexto acadêmico, procuramos resumos de artigos ou
livros que possam auxiliar em nossos estudos. O resumo acadêmico é,
inclusive, uma das partes obrigatórias das produções científicas. É por
meio deles que os estudantes podem ter rápido acesso aos temas para
verificar se o artigo é relevante para seu trabalho. O resumo acadêmico
vem sucedido por palavras-chave, que ajudam os estudantes na busca
por temas que lhes interessem.
Leia, como exemplo, o resumo do artigo “Leitura e EAD: diferentes
suportes, diferentes modos de ler”, de Quadros e Dias (2017, p. 1):
RESUMO
Os modos de ler vêm se transformando no decorrer
da história nas diferentes sociedades. Isso porque há
mudanças no contexto, nas necessidades do ser humano,
Introdução à Ead 43

nos objetivos da leitura, nos suportes, na sociedade. O fato é


que, ainda que haja profundas transformações nos suportes
de leitura e nos modos de ler, o ser humano sempre leu
algo e, para tanto, necessitou de determinadas habilidades
leitoras. Isso porque a leitura é uma necessidade. Frente
ao universo digital, encontra-se a realidade do estudante
do ensino a distância. E enquanto espaço de formação de
leitores inserido na sociedade, a EAD também apresenta
desafios nos modos de ler. O estudante dessa modalidade
precisa ler textos, ícones, hipertextos, hiperlinks e demais
itens que compõem o ambiente virtual de aprendizagem
disponíveis no computador, tablet, celular, e estes são os
suportes de leitura. Cabe destacar que os leitores dessa
modalidade de ensino, também necessitam de habilidades
leitoras para ser leitores eficientes. Frente a essa reflexão,
o presente artigo tem como objetivo tecer olhares sobre o
contexto atual da leitura e o modo de ler do estudante da
modalidade ensino a distância, visto que, este tem acesso a
um ambiente virtual de aprendizagem. O estudante da EaD
tem, enquanto leitor, o desafio de ler em um suporte digital,
que proporciona a navegação por hipertextos, hiperlinks e
hipermídias, bem como uma experiência de leitura que traz
o entrelace entre a palavra, a imagem e o som. Esse aluno,
para ter acesso pleno à leitura em suporte virtual, deverá
desenvolver certas habilidades leitoras, conforme afirmam
teóricos como Manguel, Santaella, Murray, Coscarelli e
Marcuschi. E é sobre o contexto da educação a distância, a
relação entre leitura e os estudantes de EaD e habilidades
leitoras que versará o presente artigo. Palavras-chave:
Leitura. Educação a distância. Habilidades leitoras.
Se o pesquisador estiver estudando a importância da leitura para
os alunos de EAD, este artigo certamente será relevante para o seu
trabalho.
44 Introdução à Ead

SAIBA MAIS:

Aproveite para ler o artigo completo: https://bit.ly/3dzfjdZ

RESUMINDO:

E, por falar em resumir, neste capítulo definimos o que é


retenção e vimos que uma das técnicas utilizadas para reter
o conteúdo estudado é elaborar um resumo dele. Bons
estudos!
Introdução à Ead 45

BIBLIOGRAFIA
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trabalho. São Paulo: Ação Educativa; IPM, 2018. Disponível em:

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CEREJA, W.; COCHAR, T. Texto & interação: uma proposta de produção textual
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FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P. Para entender o texto: leitura e redação. 17. ed. São
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LAKATOS, E. M; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico. 8. ed. São


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46 Introdução à Ead

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Introdução à Ead 47

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