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CCNA Exploration
Protocolos e Conceitos de Roteamento

Capítulo 10: Protocolos de Roteamento


Link-State

Sebastião L. Q. António
CCNA Instrutor
Sebastiaokinanga@hotmail.com
Classificação

Protocolos de roteamento link-state também são conhecidos como protocolos de caminho mais curto primeiro e são criados a
partir do algoritmo caminho mais curto primeiro (SPF) de Edsger Dijkstra. Abordaremos mais detalhes do algoritmo SPF em
uma seção posterior.

Os protocolos de roteamento link-state IP são mostrados na figura:

 Protocolo OSPF
 IS-IS (Intermediate-System-to-Intermediate-System, Sistema intermediário para sistema intermediário)
Algoritmo SPF – Caminho mais curto

O algoritmo de Dijkstra geralmente é chamado de algoritmo de caminho mais curto primeiro (SPF).

Ele acumula custos ao longo de cada caminho, da origem para o destino. Embora o algoritmo de Dijkstra seja conhecido
como SPF (algoritmo de caminho mais curto primeiro), esse é na realidade o propósito de todo algoritmo de roteamento.

Na figura, cada caminho é rotulado com um valor arbitrário para


custo. O custo do caminho mais curto para R2 enviar pacotes à
LAN anexada a R3 é 27. Observe que esse custo não é 27 para
todos os roteadores alcançarem a LAN anexada a R3. Cada
roteador determina seu próprio custo para cada destino na
topologia através do algoritmo SPF.
Qual o caminho mais curto?
Processo de roteamento link-state
Todos os roteadores em nossa topologia concluirão o seguinte processo de roteamento link-state genérico para alcançar um
estado de convergência:

1. Cada roteador obtém informações sobre seus próprios links e suas próprias redes diretamente conectadas. Isso é
obtido pela detecção de uma interface no estado up (ativo).

2. Cada roteador é responsável por encontrar seus vizinhos em redes diretamente conectadas. Semelhantes ao EIGRP,
roteadores link-state fazem isso trocando pacotes Hello com outros roteadores link-state em redes diretamente conectadas.

3. Cada roteador cria um pacote link-state (LSP) que contém o estado de cada link diretamente conectado. Isso é feito
com o registro de todas as informações pertinentes sobre cada vizinho, inclusive a ID do vizinho, o tipo de link e a largura de
banda.

4. Cada roteador inunda o LSP para todos os vizinhos, que armazenam todos os LSPs recebidos em um banco de dados.
Esses vizinhos, por sua vez, inundam os LSPs para todos os seus vizinhos até que todos os roteadores na área tenham recebido
os LSPs. Cada roteador armazena uma cópia de cada LSP recebido de seus vizinhos em um banco de dados local.

5. Cada roteador usa o banco de dados para criar um mapa completo da topologia e computa o melhor caminho para
cada rede de destino. Como se tivesse um mapa de estrada, o roteador tem agora um mapa completo de todos os destinos na
topologia e as rotas para alcançá-los. O algoritmo SPF é usado para criar o mapa da topologia e determinar o melhor caminho
para cada rede.
1. Cada roteador obtém informações sobre seus próprios links e suas próprias redes diretamente conectadas da
mesma maneira apresentada no Capítulo1, "Introdução ao Roteamento e Encaminhamento de Pacote". Quando a interface
de um roteador é configurada com um endereço IP e uma máscara de sub-rede, a interface torna-se parte dessa rede.

As informações link-state incluem:


 O endereço IP da interface e a máscara de sub-rede.
 O tipo de rede, como Ethernet (difusão) ou link serial ponto a ponto.
 O custo do link.
 Qualquer roteador vizinho nesse link.
2. Cada roteador é responsável por encontrar seus vizinhos em redes diretamente conectadas. Roteadores com
protocolos de roteamento link-state usam um protocolo Hello para detectar todos os vizinhos em seus links. Um vizinho é
qualquer outro roteador habilitado com o mesmo protocolo de roteamento link-state.

Tal como ocorre em pacotes Hello do EIGRP, quando


dois roteadores link-state descobrem que são vizinhos,
eles formam uma adjacência. Esses pequenos pacotes
Hello continuam sendo trocados entre dois vizinhos
adjacentes, o que funciona como uma função de
manutenção de atividade (keepalive) para monitorar o
estado do vizinho. Se um roteador deixa de receber
pacotes Hello de um vizinho, esse vizinho é
considerado inalcançável e a adjacência é
interrompida.
3. Cada roteador cria um pacote link-state que contém o estado de cada link diretamente conectado. Uma vez que um
roteador estabelece suas adjacências, ele pode criar seus pacotes link-state que contêm as informações link-state sobre seus
links.
4. Cada roteador inunda o LSP em todos os vizinhos, que armazenam todos os LSPs recebidos em um banco de dados.
Cada roteador inunda suas informações link-state em todos os outros roteadores link-state na área de roteamento. Sempre que um
roteador recebe um LSP de um roteador vizinho, esse roteador imediatamente envia o LSP para todas as outras interfaces, exceto a
interface que recebeu o LSP.
Esse processo cria um efeito de inundação de LSPs de todos os roteadores ao longo da área de roteamento.
Os LSPs não precisam ser enviados periodicamente. Um LSP só precisa ser enviado:
 Durante a primeira inicialização do roteador ou do processo de protocolo de roteamento nesse roteador
 Sempre que houver uma mudança na topologia, incluindo um link para cima ou para baixo, ou uma adjacência de vizinho que
estiver sendo estabelecida ou quebrada.

LSPs são inundados quase imediatamente após serem recebidos,


sem qualquer cálculo intermediário.
Ao contrário de protocolos de roteamento do vetor de distância que
devem executar o algoritmo Bellman-Ford para processar
atualizações de roteamento e atualizar sua tabela de roteamento
antes de enviá-las a outros roteadores. Os protocolos de roteamento
link-state calculam o algoritmo SPF depois de a inundação ser
concluída.
Como resultado, os protocolos de roteamento link-state alcançam
convergência muito mais rapidamente que protocolos de roteamento
do vetor de distância.
5. Cada roteador usa o banco de dados para criar um mapa completo da topologia e computa o melhor caminho
para cada rede de destino. Depois que cada roteador propaga seus próprios LSPs usando o processo de inundação link-
state, cada roteador tem um LSP recebido de todos os roteadores link-state na área de roteamento. Esses LSPs são
armazenados no banco de dados link-state. Agora, cada roteador na área de roteamento pode usar o algoritmo SPF para
criar as árvores SPF conforme visto anteriormente.

Árvore SPF de R1
Árvore do Caminho mais curto
Vantagens do roteamento link-state

Nota: Roteadores OSPF inundam seus próprios link-states a cada 30 minutos. Isso é conhecido como uma atualização
paranóica, que é discutida no próximo capítulo. Além disso, nem todos os protocolos de roteamento do vetor de distância
enviam atualizações periódicas. O RIP e o IGRP enviam atualizações periódicas; entretanto, o EIGRP não faz isso.
Requisitos para protocolo de roteamento link-state

Por exemplo, quando há uma mudança na topologia, só os roteadores na área afetada recebem o LSP e executam o algoritmo SPF.
Isso pode ajudar a isolar um link instável em uma área específica no domínio de roteamento.
Na figura, há três domínios de roteamento separados: Área 1, Área 0 e Área 51. Se uma rede na Área 51 parar de funcionar, o LSP
com as informações sobre o link parado só será inundado para outros roteadores nessa área. Apenas roteadores na Área 51
precisarão atualizar seus bancos de dados link-state, executar novamente o algoritmo SPF, criar uma nova árvore SPF e atualizar
suas tabelas de roteamento. Roteadores em outras áreas saberão que essa rota não está funcionando, mas isso será obtido com um
tipo de pacote link-state que não os faça executar novamente o algoritmo SPF. Roteadores em outras áreas podem atualizar suas
tabelas de roteamento diretamente.
Requisitos de memória
Protocolos de roteamento link-state normalmente exigem mais memória, mais processamento de CPU e, às vezes, mais largura de
banda do que protocolos de roteamento do vetor de distância. Os requisitos de memória devem-se ao uso de bancos de dados link-
state e à criação da árvore SPF.

Requisitos de processamento
Protocolos de roteamento link-state podem exigir também mais processamento de CPU do que protocolos de roteamento do vetor
de distância. O algoritmo SPF requer mais tempo de CPU do que algoritmos do vetor de distância, como o Bellman-Ford, porque
protocolos link-state criam um mapa completo da topologia.

Requisitos de largura de banda


A inundação de pacotes link-state pode comprometer a largura de banda disponível em uma rede. Isso deve ocorrer apenas durante
a primeira inicialização dos roteadores, mas também pode ser um problema em redes instáveis.
Os protocolos link-state

Atualmente, há dois protocolos de roteamento link-state usados no roteamento de IP.


 Protocolo OSPF
 Intermediate System-to-Intermediate System (IS-IS)

O OSPF foi criado pelo Grupo de Trabalho IETF (Internet Engineering Task Force) do OSPF, que existe até hoje. O
desenvolvimento do OSPF começou em 1987 e há duas versões em uso atualmente:

O IS-IS foi criado pela ISO (International Organization for Standardization, Organização internacional para padronização) e é
descrito na ISO 10589. A primeira versão deste protocolo de roteamento foi desenvolvida na DEC (Digital Equipment
Corporation) e foi conhecida como DECnet Phase V. Radia Perlman foi a engenheira-chefe do protocolo de roteamento IS-IS.
Resumo

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