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Introdução

A ética em saúde caracteriza-se essencialmente pela qualidade de cuidados


prestados no dia-a-dia com sentido de ajuda e de cuidado.
Ética e os princípios éticos terão de estar presentes em todos os cuidados prestados, com
um objetivo: respeitar a integridade do ser humano, isto torna-se ainda mais
relevante porque o contacto pessoa a pessoa é inevitável.
Neste trabalho o grupo se propõe a debruçar sobre: a conduta ética relacionada a
prática de enfermagem: sigilo profissional, reprodução assistida, aborto, eutanásia, bem
como transplante e doação de órgãos.
Sabendo que é a ação do enfermeiro cuidar do paciente integralmente usando
procedimentos específicos, que são intermediários nas relações interpessoais daí a
importância do nosso estudo.
Objetivos
Geral
 Capacitar os estudantes de enfermagem a pensar na realidade social, e intervir
nela por meio de solida formação cultural, consubstanciado a identidade
profissional.

Específicos
 Fundamentar teoricamente o tema.
 Ordenar os principios de bioetica
 Explicar as implicações éticas e legais relacionadas a prática de enfermagem
 Compreender a importância do sigilo profissional.

Pergunta de partida: qual é o papel do enfermeiro diante a reprodução assistida,


aborto, eutanásia, transplante e doação de órgãos?
Hipótese
Partindo do pressuposto de que o enfermeiro deve ter uma visão holística do
paciente, cabe a ele prestar cuidados personalizados que vão desde a assistência
terapêutica a educação para saúde, sendo que o enfermeiro, mais do que o cliente sabe
das possíveis alterações que o organismo estará antes, durante e depois dos problemas
descritos.

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TRABALHO EM GRUPO DE
ÉTICA E BIOÉTICA DE ENFERMAGEM
CAPITULO Nº 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O cuidado é considerado como o objeto e a essência da enfermagem, pois esta


profissão envolve vários saber, entre eles, o saber afetivo arte de cuidar. Sabendo que o
processo de cuidar relaciona-se com atos diferenciados, as intervenções pelo enfermeiro
se caracterizam pelo cuidado no momento em que os comportamentos de cuidar sejam
exibidos, tais como: respeito, gentileza, atenção, a solidariedade e o interesse.
Muitos aspetos envolvem algo que é, aparentemente, simples: a manutenção de
um segredo
Sigilo Profissional
O termo sigilo tem origem do latim sigillum, que significa selo ou segredo.
Segundo Ceneviva (1996, p. 22), “o sigilo, além do sinônimo de segredo, é também o
selo e o respectivo sinete, ligando-se diretamente ao étimo, como selo aposto para
garantir a inviolabilidade de documento ou de seu envoltório.

O sigilo profissional trata de uma informação a ser protegida, impõe umarelação


entre privacidade e publicidade, cujo dever profissional se estabelece desdea se ater ao
estritamente necessário ao cumprimento de seu trabalho, a não informara matéria
sigilosa.

Não são todas as profissões que devem a obrigação do sigilo e isso já seria
revelador da disposição social que é atribuída a algumas profissões de terem o dever e o
direito de mantê-lo. Ora é consenso que o profissional conheça todos os elementos
necessários para o bom cumprimento de seu trabalho, desde as condições institucionais
até as informações obtidas na sua relação com o usuário.
O sigilo profissional não é absoluto, no caso do Serviço Social, esse elemento
abre a possibilidade de esse pro- fissional avaliar, subjetivamente, se deve manter ou
divulgar o fato sigiloso, devendo prevalecer o disposto no Código de Ética Profissional
do Assistente Social atentando para o conteúdo ético-político dos princípios que o
regem.
A análise do sigilo profissional a partir da ética mostra que se está diante de algo
complexo, que não se limita a um preceito legal. Quer dizer, o seu entendimento remete
as questões: para quem? com qual necessidade? para quê? e em que condições?
Essas questões não podem ser pensadas abstratamente, mas sim a partir das situações
concretas nas quais estão inseridas, pois interrogam a multiplicidade de demandas que
lhe são colocadas na comunicação de uma informação.
Dessa forma, as reflexões que serão propostas aqui não pretendem ser nem um
guia de boas práticas, nem tampouco um catálogo de comportamento, mas
problematizar esse importante aspeto presente no exercício profissional.

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TRABALHO EM GRUPO DE
ÉTICA E BIOÉTICA DE ENFERMAGEM
REPRODUÇÃO ASSISTIDA

Antes de observarmos, de uma forma simples e clara, o processo de fertilização,


devemos primeiramente ,conhecer as estruturas que fazem parte desse processo:
espermatozoides e óvulos.
A reprodução assistida é um processo pelo qual muitos casais inférteis estão
utilizando, com mais freqüência nos dias de hoje, para conseguir gerar crianças. Esse
processo pode, até mesmo, ser usado para a doação de sêmen e óvulos, com o intuito de
ajudar, os hospitais especializados, na falta desses gâmetas masculino e feminino
(espermatozóides e óvulos).

NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE


REPRODUÇÃO ASSISTIDA

PRINCÍPIOS GERAIS
1. Auxiliar e Facilitar o Processo de Procriação
2. Probabilidade de sucesso, sem riscos para a paciente e descendente e permita a idade
3. Consentimento obrigatório;
Explicar o processo a ser submetido; Informações de caráter biológico, jurídico, ético e
econômico.

TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA


Indução de ovulação;
É um método onde a mulher se sujeita à administração dehormônios com
objetivo de corrigir ciclos ovulatórios ou exacerbarsua ovulação.

Doação de óvulos e espermatozóides;


É o método, onde os casais ajudam outros, à gerar crianças, com adoação de seus
óvulos e espermas.

Inseminação artificial;
É um dos métodos mais utilizados para a reprodução assistida, Nele tem-se o
objetivo de facilitar a introdução do espermatozóide no óvulo. A inseminação artificial,
é um processo que tanto pode ser realizado com o sêmen do marido,como pelo sêmen
de um doador desconhecido.

Fertilização in vitro (FIV) ou bebê de proveta


É uma técnica de Reprodução Assistida muito mais complexa e que necessita de
um laboratório que seja mais especial, com mais recursos que aqueles necessários para
realizar inseminação artificial, é indicada para casos de baixa fertilidade masculina e de
esterilidade sem causa aparente e para mulheres com problemas nas trompas, como
seqüela de infecção tubária (doença inflamatória ou de extração cirúrgica de tumores,
ou de gravidezes nas trompas, ou ainda realizado laqueadura sem chances de reversão
desta cirurgia) como Ilustra a fg nº 1 do nosso trabalho em anexos.

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Aborto

O aborto ou interrupção da gravidez é a remoção ou retirada prematura de um


embrião ou feto do útero, provocando sua morte ou sendo por esta causada. Isto pode
ocorrer de forma espontânea ou artificial, colocando fim na gestação, e
consequentemente o fim da vida do feto, mediante técnicas médicas, caseira, cirúrgicas
entre outras.
A decisão de interromper a gravidez não é coisa de mulheres modernas, preocupadas
com as obrigações da maternidade, trabalho e estudos

Estilhaços de documentos antigos nos mostram que a prática do aborto é tão


antiga quanto à capacidade humana de decisão. “Já entre 2737 e 2696 a.C, o imperador
chinês ShenNung cita, em texto médico, a receita de um abortífero oral, provavelmente
contendo mercúrio”. (SCHOR, ALVARENGA, 1994, p. 15).
Aborto é a interrupção proposital ou espontânea de uma gravidez nas primeiras
20 semanas, ou a expulsão do produto de concepto que pesa menos de 500gramas

O aborto é um caso típico onde as posições quanto ao fundamento ético são


inconciliáveis. Para alguns se trata do direito à vida, para outros é evidente que envolve
o direito da mulher decidir sobre seu próprio corpo e há, ainda, os que estão
convencidos de que a malformação grave deve ser eliminada a qualquer preço porque a
sociedade tem o direito de ser constituída por indivíduos capazes.

Hoje em dia, verdadeiramente, aquilo que suscita a maior preocupação não são
os aspetos secundários ou marginais mas por assim dizer, o humanum como tal, ou seja,
a verdade sobre o homem, a sua dignidade, a sua liberdade e o respeito devido às
pessoas individualmente consideradas e os povos em geral. Sobretudo, está em jogo a
coerência na proclamação e na defesa dos direitos fundamentais e, primeiro de entre
todos, o direito à vida.

É necessário levar em consideração que não há direito contra a vida de inocente,


em qualquer hipótese. Toda eliminação voluntária da vida humana inocente é, em si,
antijurídica e ilícita. Ora, o verso da moeda que reconhece o direito à vida é o dever
jurídico de respeitá-la é, isso que importa afirmar, em si, a proibição do homicídio e do
infanticídio.

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Eutanásia
A etimologia da palavra Eutanásia vem do grego: “eu”, o qual significa bem, e
“thanatos”, significa morte, traduzindo-se como “morte boa”. (RODRIGUES, 1993).
A palavra eutanásia significa “boa morte” e visa a antecipação da morte de uma forma
saudável e indolor, ou seja, sem sofrimento. Na obra de iniciação à bioética (1998, p.
182) está disposto que “[...] podemos perceber no resultado da eutanásia dois elementos:
a eliminação da dor e a morte do portador da dor como meio para alcançar este fim

Quanto ao tipo de ação:


Eutanásia ativa: o ato deliberado de provocar a morte sem sofrimento do paciente,
por fins misericordiosos.
Eutanásia passiva ou indireta: a morte do paciente ocorre por uma condição
terminal.

Eutanásia de duplo efeito: quando a morte é acelerada como uma conseqüência


indireta das ações médicas que são executadas visando o alívio do sofrimento de um
paciente terminal.
MODALIDADES DE EUTANÁSIA
Seguindo o pensamento do Professor Goldim (2003), a eutanásia pode ser
classificada de diversas formas, podendo ser classificada quanto ao tipo da ação como:
Eutanásia Ativa, sendo aquela que por um ato caritativo proporciona uma morte ao
indivíduo sem sofrimento, ou, Eutanásia passiva ou indireta, onde não se inicia uma
ação médica ou há uma interpelação de medida ao exercício de prolongar um
sofrimento e a eutanásia de duplo efeito, que vem a ser o aceleramento da morte para
que o paciente pare de sofrer, sabendo-se que este não tem mais chance de viver

POSICIONAMENTO RELIGIOSO SOBRE A EUTANÁSIA


A Igreja católica é contra a prática da eutanásia, pois interrompe o ciclo natural
da vida do ser humano. Para a igreja, trata-se de um crime a eutanásia, admitindo apenas
a ortotanásia em determinados casos.
Entende o catolicismo que, o momento morte, não significa apenas morrer, mas,
proteger a dignidade da pessoa humana.
Budismo
Os que seguem a religião budista consideram à vida um bem sagrado. Segundo
estudos de Pessine (1999), é dada a tranquilidade e paz no momento morte do paciente.
Diz ainda, que não existe uma contrariedade perante a prática da eutanásia seja ela, ativa
ou passiva, às quais são aplicadas em situações determinadas.

Quanto ao consentimento do paciente:


Eutanásia voluntária: quando a morte é provocada atendendo a uma vontade do
paciente.
Eutanásia involuntária: quando a morte é provocada contra a vontade do paciente.
Eutanásia não voluntária: quando a morte é provocada sem que o paciente tivesse
manifestado sua posição em relação a ela.

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DOAÇÂO E TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

Nas últimas décadas, a medicina desenvolveu um arsenal tecnológico que tornou


possível a reparação e substituição das funções dos órgãos e a utilização de próteses
externas e internas. O transplante permitiu manter com vida um grande número de
pessoas vítimas de doenças que outrora não tinham possibilidade de sobreviver aos
episódios de agudização.

TRANSPLANTE
É o procedimento de transferência de órgãos vivos, bem como tecidos e células,
de uma parte do corpo de um individuo para outro individuo receptor, visando a
recuperação de uma função vital que por ventura tenha sido perdida.

RISCO DO TRANSPLANTE:

Os principais problemas após o transplante são a infecção e rejeição para


prevenir estes efeitos a pessoa usa medicamentos que debilitam o seu sistema
imunológico, por esta razão ficam mais sujeitas a infecções e outras doenças.
MORTE ENCEFÁLICA:
É a morte do cérebro, incluindo o tronco cerebral que desempenha funções
vitais;
Condição final e irreversível das atividades cerebrais.
Quando isso ocorre, a parada cardíaca é inevitável, embora existam batimentos
cardíacos a pessoa não pode respirar sem aparelhos
QUAIS ÓRGÃOS PODEM SER DOADOS
DE DOADOR VIVO:
 Rim, medula óssea, parte do fígado ou pulmão.
DE DOADOR COM MORTE ENCEFÁLICA:
 Coração, Pulmões, Fígado, Rins, Pâncreas e Intestino
TECIDOS: córneas, partes da pele não visíveis, ossos, tendões e veias.
Todos os órgãos que sujeitos a transplante têm uma idade mínima e tempo limite para o
devido transplante, com detalhe ilustramos na fig nº 2 em anexos.

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CAPITULO Nº 3 CONSENTIMENTOS E CONDUTAS POR PARTE DOS
ENFERMEIROS.
Princípios da Bioético da reprodução assistida.
* A autonomia:
Que se inspira no respeito ao outro e na dignidade da pessoa humana, a qual será tratada
como sujeito autônomo e livre na busca da melhor decisão para sua pessoa.
* A beneficência e a não-maleficência:
Que, em conjunto, significam que o médico deve evitar provocar danos aos seus
pacientes, maximizando os benefícios e minimizando os riscos possíveis, buscando
sempre o seu bem-estar.
* A justiça:
Que propõe a imparcialidade na distribuição dos riscos e dos benefícios, levando-se em
conta as desigualdades entre as pessoas, sejam sociais, morais, físicas ou financeiras e,
também, a dignidade da pessoa humana e a recusa total a qualquer tipo de violência

É eticamente aceitável, a realização de exames científicos em conceptos


(Concepto é um termo genérico aplicado ao produto da concepção (excluídos os anexos
embrionários ou fetais), em qualquer fase da gravidez e no pós-parto imediato.)doados
para esta finalidade, desde que o exame seja feito antes da época do desenvolvimento
em que, normalmente, ocorreria a implantação;- Não se permite que conceptos não
transferidos se desenvolvam no laboratório por mais de 14 dias, e eles podem ser
descartados sem exame científico;

A criopreservação de conceptos com a finalidade de subseqüente transferência


para a doadora só é aceitável sob certas condições (o concepto só pode ser mantido pelo
mesmo tempo que a vida reprodutiva da doadora).

O sentimento de derrota é muito intenso quando o casal descobre "que sua


decisão de conceber, na hora mais apropriada e racionalmente calculada, coloca-se
contra sua incapacidade de completar esse desejo; isso rapidamente lhes dá uma
sensação de fracasso. Sabendo disto é missão dos profissionais de saude, tratar com
serenidade o caso, aconselhar o casal, bem como explicar qual é o procedimento mais
eficaz, tendo em conta o nivel de vida, situação socioeconomica e psicologica do casal.

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CONDUTA ETICA FRENTE AO ABORTO
Há duas hipóteses onde o aborto e permitido que conforme situações
relacionadas a complicações que perigam a vida da gestante, embora não consta no
código penal Angola, observa-se a sua pratica dentro da prática de saúde em forma de
sigilo profissional, ou seja, o aborto só é autorizado por necessidade, (ou terapêutico),
que a doutrina entende que a característica necessária e o risco de vida da gestante,
sendo assim nos casos em que a gestante vir a ter alguma complicação que ocorra em
risco de vida, segundo Capez, bastam a constatação de que a gravidez trará risco futuro
para a vida da gestante, que pode advir de causas varias, como por exemplo, câncer no
uterino, tuberculose, anemia profunda, leucemia, diabetes.
E também convenhamos que o fato de uma menina de 12 anos estar grávida,
gera legitimidade para um aborto legal, pois nessa idade seu corpo ainda está iniciando
a sua fase de formação, portanto não possui as mínimas condições para gerar uma vida e
pondo em risco a vida da gestante.

Nos países como Brazil e Olanda O aborto eugênico é o que se interrompe a


gravidez quando há suspeitas de futuras doenças ou anomalias graves e

É um dos casos de aborto eugênico e a anencefalia, doença na qual o feto não


apresenta abóbada craniana e os hemisférios cerebrais ou não existem, ou se apresentam
como pequenas formações aderidas à base do crânio, sendo a morte inevitável durante a
gestação ou logo após o parto, como o nome sugere “a anencefalia não caracteriza
somente casos de ausência total do encéfalo, mas sobretudo casos onde observa-se graus
variados de danos encefálicos. Dentro de todo este debate entre si e não! O enfermeiro
mantém sua posição como, educador e prestador de cuidados.

A morte é o fenômeno natural que mais se tem discutido tanto em religião,


ciência, jurídicas, filósofos sem, todavia chegarem a conclusões definitivas
A questão mais séria em relação à morte, mais que defini-la, é estabelecer o momento
de sua presença.
A morte segundo Todoli. é descrita como sendo um processo com os seguintes estágios.
Parada cardíaca: morte clínica
Parada neurológica: perda dos reflexos da sensibilidade.
Parada dos centros bulbares: morte real.
Autólise dos tecidos: morte biológica.
É eticamente inaceitável, à luz dos princípios já citados, que o doente terminal
hospitalizado seja isolado e abandonado até que ocorra a morte na mais completa
solidão.

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DIREITOS DO PACIENTE TERMINAL
• Tem direito de ser tratado como ser humano vivo até que morra;
• Tem direito de ter esperança não importa que mudanças possam acontecer;
• Tem direito de expressas sentimentos e emoções sobre a morte a sua maneira;
• Tem direito de ter cuidados médicos e de enfermagem mesmo que os objetivos
“de cura” mudem para objetivos “de conforto”.
Aspectos Relacionados com o Fim da Vida.
 A aplicação dos princípios éticos-beneficência, não maleficência,
 Autonomia e Justiça ser realizadas em uma seqüência de prioridades.
 Os Princípios da beneficência e não maleficência são prioritários sobre a
autonomia e a justiça.
De uma forma objetiva e simples, poderíamos dizer que na fase saudável deve
prevalecer à beneficência sobre a não-maleficência.
• O princípio da justiça deve ser levado em conta na decisão final, embora
• Também não deva prevalecer sobre os princípios da beneficência, da não-
maleficência
• E da autonomia. Assim, se é consenso que um paciente, mesmo
• Em estado crítico, seja beneficiado com um determinado tipo de medicação, a
• Despeito de que o produto esteja escasso no hospital, se preserva os princípios
• Da beneficência e da autonomia sobre os da justiça. Por outro lado, o mau uso
• Dos princípios de beneficência, não-maleficência e autonomia podem levar a
uma
• Aplicação incorreta do princípio da justiça.
Dever Da Equipe De Saúde (enfermeiros)
1º acolher
2º asistencia
3º dar apoio aos familiares em processo de luto

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PROCEDIMENTOS NO TRANSPLANTE E DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
O CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
O paciente bem informado sobre o assunto, sua doença, conseqüências,
tratamento, etc., participa das decisões sobre o tratamento médico.
Trata-se da manifestação da essência do princípio da autonomia.
O consentimento livre e esclarecido é composto por três elementos básicos: capacidade,
informação e consentimento.
O indivíduo deve ter a capacidade para entender e decidir voluntariedade na
decisão deve receber informações sobre riscos e benefícios, sobre a alternativa mais
adequada para seu caso e o mais importante: precisa compreender tudo o que está sendo
explicado para que haja o seu consentimento.
ARGUMENTOS A FAVOR DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
1. Corpo composto de matéria orgânica, órgãos e tecidos (que vão se perder
mesmo), úteis para outros;
2. Ajudar pessoas, auxílio, benefício, assistência, caridade, solidariedade,
cidadania;
3. Dar continuidade, protelar a vida de alguém que precisa;
4. Desejo de acabar com o sofrimento alheio;
5. Doar por necessidade social, diminuir as filas, contribuir para a melhora da
saúde pública;
Doar por fatores religiosos, ajudar o próximo, amar o próximo, crescimento espiritual

ARGUMENTOS CONTRA A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS


1. A crença religiosa, determinantes contrários à doação de órgãos, como filosofias
místicas e crenças específicas (espiritualistas e/ou esotéricas);
2. A falta de entendimento da família em compreender a morte encefálica dificulta
a assimilação de que uma pessoa possa estar morta;
3. O familiar tem dificuldade em aceitar a manipulação do corpo do parente;
4. O familiar favorável à doação desconsidera a sua intenção de doar por medo da
repressão por parte de outro membro da família.
É respeitado o desejo do falecido, manifestado em vida, de não ser um doador de órgãos

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DOADOR
Ter identificação e registro hospitalar.
• Ter a causa do coma estabelecida e conhecida.
• Submeter o paciente a exame complementar que demonstre morte encefálica,
caracterizada pela ausência de fluxo sangüíneo em quantidade necessária no cérebro,
além de inatividade elétrica e metabólica cerebral.
• Estar comprovada a morte encefálica. Situação bem diferente do coma, quando as
células do cérebro estão vivas, respirando e se alimentando, mesmo que com dificuldade
ou um pouco debilitadas.
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO
É de responsabilidade da equipe de enfermagem reconhecer, detectar e identificar o
potencial doador em morte encefálica, além de realizar controle de todos os dados
hemodinâmicos.
A assistência de enfermagem a um corpo de um possível doador em morte encefálica
deve ser prestada com dignidade e respeito, independente do procedimento a ser
seguido.
Portanto o enfermeiro frente a qualquer um dos casos (temas em abordagem)
pouco tem sobre o poder de decidir ao procedimento a seguir, mais sim é de extrema
responsabilidade do enfermeiro, passar informações das vantagens e desvantagens de
cada procedimento, no caso de um aborto, reprodução assistida, transplante e doação de
órgãos, fazendo com que as pessoas envolvida tenham o pleno conhecimento, e saibam
decidir conforme o procedimento que lhes convém, sugerindo o procedimento correto

É de extrema importância manter segredo das informações do cliente, nas


situações adequadas, e preservar sua privacidade, o que remete a questões de ética e
moral, bem como aspectos relacionados à humanização dos serviços. Deve-se
considerar que, em se tratando de privacidade, não importa cor, sexo ou orientação
sexual do paciente. É um aspecto que deve contemplar, inclusive, a dimensão etária,
estendendo-se desde os recém-nascidos até as pessoas idosas .
Na sociedade atual, há um conjunto muito vasto de informações a respeito dos
indivíduos e das instituições para viabilizar o atendimento aos pacientes, planejar a
alocação de recursos e a gestão de serviços de saúde, entre outras funções. Ante tantas
informações, obtidas das mais diversas formas, ampliam-se as possibilidades e os riscos
do uso indevido e de quebra de privacidade de indivíduos e, mesmo, de instituições.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em suma, ao terminarmos com a pesquisa do tema: a conduta ética na prática de
enfermagem, o grupo concluiou que todo e qualquer procedimento no campo do
exercicio profissional deve ser em torno dos principios ético-profissional e dentro das
bases legais.
Ainda no desenrolar do tema acima citado, concluimos tambem, que a équipe de
saúde tem o dever e obrigação de actualizar o paciente em forma de educão para a saúde
sobre as vantagens e desvantagens de um determinado procedimento, com isso os
mesmos devem ser treinados, adiquir bagagens no campo cientifico, para poder
responder de forma eficiente, respeitandos seus limites e sem ferir a sensiblidade do
paciente.
A morte é direito necessário e possui caráter transdisciplinar, pois envolve direito,
bioética, medicina, psicologia, filosofia, sociologia, dentre outras que, juntas, poderão
assumir o caráter de complexidade da mesma, apresentando respostas satisfatórias a
uma sociedade cada vez mais exigente.
Muito mais haveria a dizer sobre as condutas éticas ligada a esta maravilhosa
profisão, dedicada ao cuidado humano, que todos os dias tem que gerir seus proprios
sentimentos, colocar de partes preconceitos, religião, credos e ideologias.
Foi muito gratificante podermos aprender um pouco mais das condutas éticas
ligadas a profissaão, e sabemos que muito ficou por se dizer, e que deixamos uma porta
aberta para um posterior estudo mais profundo e esperamos contribuir para uma melhor
compreensão desta, pelo menos junto dos nossos colegas.
Por fim podemos afirmar que as condutas éticas profissionais, contribuem cada
vez mais para uma assistencia personalisada, humanizada e inclusiva, fazendo com que
o paciente participe das escolhas em seu beneficio.

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RECOMENDAÇÕES
Em gestos de recomendação primeiramente ao nosso professor, que submeta cada vez
mais temas pertinentes e de ocorrência permanente no cotidiano da nossa profissão, para
que podemos estar consciente dos nossos limites profissionais.
Apos termos conluido com a nossa pesquisa, o grupo recomenda que cada
integrante da equipe de saúde em determinada área do exercio da profissão, preste
assistencia em conformidade com a ética profissional, e para isso, deve se implementar
programas de capacitação, e esclarecimentos de que o aborto, eutanasia em Angola
constitui um crime, não estando descrita na constituição Angolana bem como no codigo
penal, mas que em casos dé! Podem ser feitos.
Recomendamos que os profissionais de saúde devem esclarecer ao maximo
possivel sobre as vantagens e desvantagens de todos os procedimentos aqui dissertados,
sejam eles: reprodução assistida, aborto, eutanasia e doação e transplantes de órgãos,
para que o paciente esteja preparado e contribuir para o realização do mesmo de forma
consciente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1.Loch JA, Clotet J, Goldim JR. Privacidade e confidencialidade na assistência à saúde
do adolescente: percepções e comportamentos de um grupo de 711 universitários. Rev
Assoc Med Bras. 2007;53(3):240-6.
2.BELO, Warley Rodrigues. Aborto: considerações jurídicas e aspecitos correlatos,
1999.
3.Problemas atuais de Bioética, Leo Pessini, Christian de P. de barchifontaine, 2012
4.Corrêa MV. Novas tecnologias reprodutivas: limites da Biologia ou Biologia sem
limites. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2001
5.. Corrêa MV. Novas tecnologias reprodutivas: doação de óvulos. O que pode ser novo
nesse campo? Cadernos de

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