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AULA 4
Segundo o Senai (2001, p. 7), muitos de nossos projetos são feitos para
atender exigências solicitadas por nossos clientes, especificamente fiações,
disjuntores etc., que irão atender ao consumo de energia de cada um dos
equipamentos. São dimensionamentos específicos que têm que ser feitos para
suprir cada um deles. Ao iniciarmos projetos visando a eficiência energética,
temos que levar em conta o consumo de energia e como podemos realizá-lo
de acordo com os requisitos que nosso cliente deseja. Algumas situações
encontradas pelos projetistas elétricos são:
2
Tais situações podem ser abordadas de uma maneira sistemática e
lógica. Considere a seguinte sequência de avaliação crítica, começando no
ponto final de uso onde a exigência é atendida e prosseguindo ao ponto onde
a energia é obtida ou comprada:
1.1 Economia
3
ABNT em 2009, está baseada na norma internacional IEC 60287-3-2:1995
(Electric Cables – Calculation of the current rating – Part 3-2: Sections on
operating conditions – Economic optimizations of power cable size). IEC
significa International Eletrotechnical Comission (citado por CU, 2019).
Para o dimensionamento correto da seção do condutor, deve-se seguir
as orientações da NBR 5410:2004. São seis os critérios para dimensionamento
da seção: seção mínima, capacidade de condução de corrente, queda de
tensão, proteção contra sobrecargas, contra curto-circuito e contra contatos
indiretos.
Em que:
4
seção dos condutores. Obtido esse valor, é feita uma análise econômica dos
resultados.
5
A norma não é aplicada aos produtos, somente às instalações elétricas.
Apesar de a norma abordar maneiras de gerenciamento de energia, ela não
trata dos sistemas de automação predial.
Nesta parte, são trabalhados termos e definições, que devem ser lidos e
entendidos para uma adequada interpretação, como: perfil de energia da carga;
perfil da eficiência da energia elétrica; utilização racional da energia;
gerenciamento e eficiência da energia elétrica; medidas ativas de eficiência de
energia elétrica; e as medidas passivas de eficiência de energia elétrica.
1.5.4 Generalidades
6
1.5.6 Requisitos do projeto e recomendações
7
1.5.11 Ações
8
Circuitos independentes para utilização de iluminação (parcial e por
setores);
Iluminação deve conter pontos localizados e especiais como: máquinas
operatrizes, pranchetas de desenho etc.;
Sistemas que permitam desviar o calor gerado pela iluminação para fora
do ambiente, visando assim a redução da carga térmica dos
equipamentos de ar condicionado;
Seleção cuidadosa de lâmpadas e luminárias, buscando conforto visual
com mínima carga térmica ambiental;
Utilização de luminárias espelhadas, pois apresentam alta eficiência;
Seleção cuidadosa de reatores, buscando a redução das perdas e o
aumento do fator de potência;
Utilização de sensores fotoelétricos para o controle de lâmpadas acesas,
em função de luz natural ou movimentação de pessoas no local.
9
2.2 Políticas atuais de conservação de energia em Iluminação
10
preocupações são o aumento das perdas que causa possível
sobrecarga nos transformadores e cabos, principalmente no condutor
neutro. (Ryckaert et al., 2012, citados por Sampaio; Botura; Junior,
2013)
11
Torna o ambiente menos insalubre, com isso as condições da saúde
melhoram;
Torna o ambiente mais acolhedor com uma iluminação esteticamente
correta.
Mínimo Máximo
160
140
120
100
80
60
40
20
0
12
lâmpada LED da Taschibra, verificamos em seu invólucro que, para uma
potência de 9 W, ela apresenta um fluxo luminoso de 803 lm, com eficiência
luminosa de 89 lm/W (que pode ser obtida pela divisão simples dos dados
anteriores, ou seja, 803 por 9). Comparando com qualquer lâmpada em nossos
projetos, podemos fazer essa leitura ou cálculo obtendo êxito em termos de
eficiência.
13
gasto em iluminação por setor da indústria. De posse desse levantamento,
efetuam-se melhorias com substituição do sistema, parcial ou totalmente, de
forma a obter a melhor eficiência energética da iluminação.
Sola e Mota (2015, p. 498), nos informam que “os sistemas industriais
de energia fornecem o processo de aquecimento, refrigeração ou de energia
elétrica necessário para a conversão de matérias-primas e fabricação de
produtos finais”.
A eficiência energética de motores no Brasil é tratada pela série de
normas ABNT NBR 17094 sobre motores de indução trifásicos, sendo
regulamentada pela Portaria do Inmetro n. 488, de dezembro de 2010. A
portaria define os níveis mínimos de eficiência energética de motores elétricos
trifásicos de indução rotor gaiola de esquilo, nacionais ou importados, para uso
ou comercialização no Brasil. Leva em conta também a Portaria Interministerial
n. 553, de dezembro de 2005, assinada pelos Ministérios do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, da Ciência e Tecnologia e pelo de Minas e
Energia, que contempla o Programa de Metas dos motores elétricos de indução
trifásicos, estabelecendo que os níveis mínimos de rendimento nominal não
tenham distinção entre linhas padrão e alto rendimento.
14
isso, as oportunidades de melhoria são grandes na indústria. Em motores, essa
melhoria pode ser conseguida com o uso de motores de alta eficiência (
100%), cargas de acordo com a capacidade dos motores, correções de fator
de potência (cos 0,92), uso de inversores de frequência para a partida dos
motores, plano de manutenção preventiva/preditiva, equilíbrio da tensão de
alimentação, entre outras.
Além do que foi exposto, em termos de política energética e melhorias
de eficiência dentro da indústria, temos algumas barreiras que devem ser
transpostas.
15
De acordo com essa norma, a empresa deve assegurar que as pessoas
tenham competência, treinamento e conscientização do uso de energia, assim
como desenvolver e manter uma documentação de controle do processo de
eficiência energética.
16
pelo rendimento, , da conversão, ou ainda eficiência da conversão, que é a
diferença entre a energia total consumida e as perdas da conversão. O Decreto
n. 4.508/2002 regulamenta o indicador de eficiência energética: rendimento
nominal para os motores de indução, que são usados em larga escala nas
indústrias.
A eficiência de um motor de indução é determinada utilizando-se o
carregamento em operação, que obedece a uma curva característica de correte
em função desse carregamento.
O carregamento é obtido pela Equação 1 e o parâmetro da curva obtido
pela Equação 2.
1 𝐼𝑅
𝛾 = 1+ ln ( ) (1)
𝛼 𝐼𝑁
𝐼0
𝛼 = − ln ( ) (2)
𝐼𝑁
Sendo:
𝜂𝑅
𝑃𝐸𝐸 = (1 − ) × 100% (3)
𝜂𝑃
1 1
𝑄𝐸𝐸 = 𝑃𝑁 × 𝛾 × 𝑡 × ( − ) (𝑘𝑊ℎ⁄𝑦𝑟 ) (4)
𝜂𝑅 𝜂𝑃
Em que:
17
𝑃𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑃𝑁 × 𝛾
𝜂𝑅 = = (%) (5)
𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑃𝑅
Tabela 1 – Motores
18
Quadro 1 – Exemplos de economia de energia em sistemas de acionamento
de motores
19
levadas em conta (por sujeira ou desgaste das placas), o que eleva o tempo de
retorno de investimento.
Os transformadores mais conhecidos são os de distribuição, que variam
até 500 kVA, e os de transmissão, que partem desse patamar. Com uma curva
de consumo, o transformador de distribuição opera com aproximadamente 50%
de sua potência nominal, na maior parte do tempo; entre 17 e 22 horas, opera
em plena carga. Já o transformador de transmissão opera em plena carga.
Devido a essas características, os critérios de projeto diferem para esses
transformadores. No primeiro, é interessante um rendimento máximo próximo
a 40% da potência nominal, já no segundo esse rendimento deve estar se
aproximar da potência nominal do transformador.
20
A equação do rendimento é dada por (6), e o Gráfico 2 ilustra a curva de
rendimento de um transformador.
Vs . Is. cosφ 𝑃2
η% = = × 100 (6)
Vs . Is. cosφ + PFe + PCu 𝑃1
𝐼2
𝐹𝐶 = (7)
𝐼2𝑛
Em que:
η% = rendimento (%)
P1 = potência no primário (W)
P2 = potência no secundário (W)
FC = fator de carga
I2 = corrente no secundário (A)
I2n = corrente nominal no secundário (A)
PFe = perdas no núcleo ferromagnético (W)
PCu = perdas nos enrolamentos (na corrente nominal) (W)
21
transformador, enquanto as perdas nos condutores (Pcu) dependem do fator de
carga (FC) – que depende da resistência e da corrente no primário e da
resistência e da corrente do secundário. As perdas não sofrem um aumento
exponencial com a carga.
Para que tenhamos o máximo de rendimento, teremos que ter um
transformador com a menor perda possível nos condutores, e assim projetamos
de maneira adequada a potência de acordo com sua curva de carga.
22
Há o caso de transformadores de áreas rurais, que possuem uma baixa
eficiência, devido a duas características: as propriedades utilizam pequenas
cargas e o fato de a distância da rede até a chácara/fazenda ser grande. Na
área rural, temos vários pontos de utilização desses transformadores, e com
isso teremos um aumento nas perdas reais do sistema (Dias; Pinto, 2018, p. 6):
23
ferrite, também conhecido como ferro alfa, -Fe (adequado para altas
frequências).
O incentivo de transformadores eficientes deve ser feito através de
portarias e normas de eficiência energética regulatórios do governo, com
incentivos financeiros para uma melhor eficiência.
𝑃 = 𝑉 × 𝐼 × cos 𝜑 (9)
𝑄 = 𝑉 × 𝐼 × sen 𝜑 (10)
𝑆 = √𝑃2 + 𝑄 2 (11)
Em que:
A potência reativa, além de não produzir potência útil, gera perdas por
aquecimento dos condutores, quando o FP é muito baixo; devido a essa
potência, há uma penalidade. O art. 64 da Resolução n. 456, de 2000, da
ANEEL, estabelece um valor máximo para a utilização de energia reativa, em
função da energia ativa consumida, isto é, FP 0,92 que não gera cobrança,
sendo o cosseno do ângulo formado entre a Potência Ativa (W) e a Potência
Aparente (VA). Os valores inferiores a 0,92 indicam excedente de reativo, que
será onerado na conta de energia elétrica. Na conta convencional, a energia e
24
a demanda reativas excedentes são precificadas através do fator de potência
médio mensal – além do excesso de demanda por consumo, é tarifado também
esse excesso de potência reativa, matematicamente calculado com as
equações 8 a 11.
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Segundo a WEG (2009, p. 10), a correção do fator de potência pode ser
feita instalando os capacitores de cinco maneiras diferentes, tendo como
objetivos a conservação de energia e a relação custo/benefício:
Caso Correção
Motor (potência 10 CV) Correção local
Motor (potência < 10 CV) Correção por grupos
Rede de iluminação - (reatores de baixo FP) Correção na entrada da rede
Fonte: WEG, 2009, p. 10.
1030
Potência Aparente Inicial: 𝑆= = 1.515 𝑘𝑉𝐴
0,68
1.030.000
Corrente Inicial 𝐼𝑖 = = 2.301 𝐴
√3×380 ×0,68
Com a correção:
1030
Potência Aparente Final: 𝑆= = 1.120 𝑘𝑉𝐴
0,92
26
1.030.000
Corrente Final 𝐼𝑖 = = 1.701 𝐴
√3×380 ×0,92
Transmissão térmica;
Insolação;
Infiltração de ar e umidade;
Geração interna.
28
consumida pelo sistema. O índice EER é expresso em Btu/W.h e representa a
relação entre o efeito útil, que é a capacidade de refrigeração da instalação, e
a quantidade de trabalho requerida para produzi-lo. kW/TR é o quilowatt por
tonelada de refrigeração.
Quanto maiores forem o EER e o COP, mais eficiente é o equipamento.
Esses índices nos indicam o nível de eficiência de um aparelho de ar
condicionado. O nível de consumo energético depende da relação entre a
quantidade de frio ou calor obtida e a energia elétrica consumida. Portanto, o
COP e o EER significam basicamente a mesma coisa, porém o EER está
associado à eficiência dos sistemas para o resfriamento, enquanto o COP está
associado à eficiência dos sistemas para o aquecimento.
Vejamos o Índice de Eficiência de Energia no modo refrigeração
(esquerda) e aquecimento (direita) versus o Selo de Eficiência Energética na
figura.
29
FINALIZANDO
30
REFERÊNCIAS
BELMANS, R. et al. The Potential for Global Energy Savings from High
Eficiency Distribution Transformers. Leonardo Energy Transformers, 2005.
Disponível em: <http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.549
.3044&rep=rep1&type=pdf>. Acesso em: 4 out. 2019.
31
985241/Efic%20En-Teoria%20e%20Pratica-Eletr-Procel-Unifei%20-07.pdf>.
Acesso em: 4 out. 2019.
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