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ESCOLA SECUNDÁRIA DA MACHAVA SEDE

Curso Nocturno – Ciências com Biologia


Disciplina: Física
Turma: B3
Classe: 12ª
Sala: 06

RESOLUÇÃO DE QUESTIONÁRIO

Discente:
Jefule Abílio Bruno

Docente:
Vicente

Matola, Maio de 2020


ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 2
2.1. Leis do fenómeno fotoeléctrico ....................................................................................... 2
2.2. Raio X .............................................................................................................................. 3
2.2.1. Produção dos raios X ................................................................................................. 3
2.2.2. Aplicações dos raios X............................................................................................... 4
2.2.3. Propriedade dos raios X ............................................................................................. 4
2.3. Espectro dos Raios X ....................................................................................................... 5
2.4. Níveis de energia do átomo de Hidrogénio...................................................................... 6
2.5. Funcionamento do painel solar ........................................................................................ 7
2.5.1. A teoria de Planck ...................................................................................................... 8
3. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................. 10

I
Resolução de Questionário

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho é composto por questões, sendo divididas em 5 partes. A primeira esta
relacionada a Leis do fenómeno fotoeléctrico, para tal é necessário que se compreenda que, o
efeito fotoeléctrico é um fenómeno de origem quântica que consiste na emissão de elétrons
por algum material que é iluminado por radiações electromagnéticas de frequências
específicas.

A segunda parte trata-se dos raios X, que são radiações electromagnéticas de alta frequência,
produzidas a partir da colisão de feixes de elétrons com metais. Essa radiação não pode ser
percebida pelo olho humano, pois está além da frequência máxima distinguida pela visão
humana.

A terceira parte aborda os espectro de raios X, que correspondem a um gráfico da quantidade


de raios X por energia emitida, usualmente medida em kilovolts, pois a faixa de energia
utilizada em radiodiagnóstico está nesta ordem, e engloba tanto raios X de freamento quanto
característicos.

A quarta parte retrata níveis de energia do átomo de Hidrogénio e, é de fundamental


importância que se entenda que o hidrogénio é o átomo mais simples que existe: seu núcleo
tem apenas um próton e só há um elétron orbitando em torno desse núcleo.

A quarta e a última parte aborda o funcionamento do painel solar. Painéis solares são
dispositivos utilizados para converter a energia da luz do Sol em energia eléctrica.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Leis do fenómeno fotoeléctrico

Para se obter uma ideia mais completa sobre o efeito fotoeléctrico é necessário determinar o
número de elétrons (foto elétrons ) emitidos, sob a acção da luz, por uma superfície e a
velocidade ou energia cinética desses elétrons. Com este objectivo foram levadas a cabo
investigações experimentais onde colocam-se dois eléctrodos num balão de vidro do qual se
retirou previamente o ar. Num dos eléctrodos, através de uma "janela" de quartzo,
transparente não só para a luz visível como também para a radiação ultravioleta, incidem os
raios de luz.

Com a ajuda de um potenciômetro faz-se variar a diferença de potencial entre os eléctrodos,


medindo-a por meio de um voltímetro. O polo negativo da pilha liga-se ao eléctrodo
iluminado. Sob a acção da luz, este eléctrodo emite elétrons que, ao movimentarem-se no
campo eléctrico, criam corrente eléctrica. Quando o potencial é pequeno, nem todos os
elétrons atingem o outro eléctrodo. Se se aumentar a diferença de potencial entre os
eléctrodos e não se alterar o feixe de luz, a intensidade da corrente aumenta, atinge o valor
máximo, depois do que deixa de crescer. O valor máximo da intensidade da corrente Is
chama-se corrente de saturação. A corrente de saturação é determinada pelo número de
elétrons emitidos num segundo pelo eléctrodo iluminado.

Mudando, nesta experiência, o feixe luminoso, determinou-se que o número de elétrons


emitidos pela superfície do metal num segundo é directamente proporcional à energia da onda
de luz, absorvida durante o mesmo intervalo de tempo. Neste fato não há nada de inesperado,
já que quanto maior é a energia do feixe de luz, mais eficaz se torna a sua acção.

Passemos agora à medição da energia cinética (ou velocidade) dos elétrons. A intensidade da
corrente fotoeléctrica é diferente de zero mesmo quando a diferença de potencial é nula. Isto
significa que, mesmo na ausência de diferença de potencial, uma parte dos elétrons atinge o
eléctrodo directo. Se se alterar a polaridade da bateria, a intensidade da corrente diminui até
se anular, quando o potencial de polaridade inversa atinge o valor Up. Isto significa que os
elétrons emitidos são detidos e forçados a valor para trás, sob a acção do campo eléctrico.

O potencial de paragem Up depende do valor máximo da energia cinética que os elétrons


emitidos atingem sob a acção da luz. A medição do potencial de paragem e o teorema da
energia cinética permitem calcular energia cinética máxima dos elétrons:

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Verificou-se experimentalmente que o potencial de paragem não depende da intensidade da


luz (energia transmitida ao eléctrodo por unidade de tempo). Não muda, portanto, também a
energia cinética dos elétrons. Do ponto de vista da teoria ondulatória, este fato é
incompreensível já que, quanto maior for a intensidade da luz, maiores são as forças que se
exercem sobre os elétrons por parte do campo electromagnético da onda luminosa e, portanto,
mais energia deveria ser transmitida aos elétrons.

Verificou-se experimentalmente que a energia cinética dos elétrons emitidos sob a acção da
luz só depende da frequência da luz. A energia cinética máxima dos fotoelétrons é
proporcional à frequência da luz e não depende da intensidade desta. O efeito fotoeléctrico
não se verifica quando a frequência da luz é menor do que um dado valor mínimo vmin,
dependente do material do eléctrodo.

2.2. Raio X

Em 1895, o físico Wilhelm Konrad Roentgen, estudando descargas eléctricas em gases


rarefeitos e ampolas de Crookes, por acaso descobriu os raios X. Ele tinha uma ampola de
Crookes encerrada em uma caixa de papelão, e alimentada por uma bobina de Rumkhorff.
Com o conjunto em um quarto escuro, ele observou que, quando o tubo funcionava, se
produzia fluorescência num cartão pintado com platino-cianureto de bário. A fluorescência
era observada quer estivesse voltada para o tubo a face do cartão pintada com platino
cianureto de bário, quer a face oposta, e até com este cartão afastado a dois metros do tubo.

2.2.1. Produção dos raios X

A produção dos raios X é explicada do seguinte modo: os elétrons emitidos pelo cátodo são
fortemente atraídos pelo ânodo, e chegam a este com grande energia cinética. Chocando-se
com o ânodo, eles perdem a energia cinética, e cedem energia aos elétrons que estão nos
átomos do ânodo. Estes elétrons são então acelerados. E acelerados, emitem ondas
electromagnéticas que são os raios X. Já tínhamos visto, que os raios X são ondas
electromagnéticas de comprimento de onda muito pequeno.

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2.2.2. Aplicações dos raios X

São conhecidas as aplicações dos raios X na medicina, em radiografias e curas de certas


moléstias. Mas estes também têm muitas aplicações na técnica e na pesquisa em Física. Por
meio de raios X se conseguiu provar a estrutura reticular dos cristais. Em Mineralogia, a
aplicação dos raios X é tão intensa que foi criada dentro dela, uma especialização chamada
“Óptica Cristalográfica”, que trata das propriedades dos cristais reveladas por raios X.

Actualmente, sofisticados programas de computador localizam com grande precisão a região


do tumor e definem a dosagem adequada de radiação a ser aplicada, contribuindo para
diminuir os efeitos colaterais desse tratamento.

2.2.3. Propriedade dos raios X

Sendo ondas electromagnéticas, os raios X possuem todas as propriedades gerais dessas


ondas:
I. Para o caso da luz: sofrem reflexão, refracção, interferência, difracção, polarização.
II. Propagam-se em linha recta, com velocidade igual à da luz.
III. Tornam fluorescentes muitos corpos sobre os quais incidem, como por exemplo, platino
cianureto de bário (e por esta propriedade que permitiu sua descoberta).
IV. Provocam acção química em certas substâncias. Por exemplo, impressionam chapas
fotográficas.
V. Atravessam grandes espessuras de materiais. A facilidade maior ou menor com que os
raios X atravessam as substâncias depende do comprimento de onda dos raios X, da
espessura da substância e do seu peso atómico. Os raios X de menor comprimento de
onda, da ordem de 0,01A, têm maior facilidade para penetrar nos corpos: são chamados
raios X duros. Os de maior comprimento de onda, da ordem de 1A, penetram menos nos
corpos: são chamados raios X moles.
VI. Ionizam as moléculas dos gases por onde passam, isto é, arrancam elétrons dessas
moléculas.
VII. Como são ondas electromagnéticas, e, portanto, não têm carga eléctrica, não são
desviados por campo eléctrico, nem por campo magnético.
VIII. Os raios X são usados em medicina para radiografias e para cura de certos tumores e
certas moléstias de pele.

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2.3. Espectro dos Raios X

Um espectro de raios X é um gráfico da quantidade de raios X por energia emitida,


usualmente medida em kilovolts, pois a faixa de energia utilizada em radiodiagnóstico está
nesta ordem, e engloba tanto raios X de freamento quanto característicos.

O feixe de raios X é composto por fótons de várias energias, por isso é chamado de
policromático ou polienergético. A relação matemática que descreve o espectro de radiação X
está apresentada na equação, que considera a energia diferente dos fótons de raios X, pois
temos um feixe policromático (ou polienergético) deixando explícita a dependência da
energia dos fótons:

( )
( ) ( )

Onde: N(E)0: Quantidade de fótons antes de atravessar o material absorvedor


N(E): Quantidade de fótons após de atravessar o material absorvedor
μ(E): coeficiente de atenuação linear
x: espessura do material absorvedor

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2.4. Níveis de energia do átomo de Hidrogénio

O hidrogénio é o átomo mais simples que existe: seu núcleo tem apenas um próton e só há
um elétron orbitando em torno desse núcleo. Para explicar a evidente estabilidade do átomo
de hidrogénio e, de quebra, a aparência das séries de linhas espectrais desse elemento, Bohr
propôs alguns "postulados".
1) O elétron gira em torno do núcleo em uma órbita circular, como um satélite em torno
de um planeta, mantendo-se nessa órbita às custas da força eléctrica atractiva entre
cargas de sinais opostos.
2) A órbita circular do elétron não pode ter qualquer raio. Só alguns valores são
permitidos para os raios das órbitas.
3) Em cada órbita permitida, o elétron tem uma energia constante e bem definida, dada
por: E = E1/n2, onde E1 é a energia da órbita de raio mínimo. Bohr deu uma fórmula
para E1:

Observemos o sinal negativo nessa fórmula. Quanto menor o n, mais interna será a órbita
(menor o raio) e mais negativa será a energia do elétron. Os físicos usam energias negativas
para indicar que algo está ligado, “confinado” a alguma região do espaço.

4) Enquanto estiver em uma de suas órbitas permitidas, o elétron não emite nem recebe
nenhuma energia.
5) Quando um elétron muda de órbita o átomo emite ou absorve um "quantum" de
energia luminosa.

Os níveis de energia são representados como na figura abaixo. Vários cientistas pesquisaram
as transições nos diversos níveis. Daí termos várias séries:

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Níveis de energia do átomo de hidrogénio

2.5. Funcionamento do painel solar

A luz do sol atinge o painel fotovoltaico solar e de alguma forma ele gera energia eléctrica.
De uma forma simples, isso ocorre com seguinte processo:

 Célula Fotovoltaica de silício;


 A construção de Painel Solar Fotovoltaico;
 Efeito Fotovoltaico (o processo que gera electricidade).

Célula Fotovoltaica de Silício

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A parte mais importante de um painel solar fotovoltaico (placa fotovoltaica) são as células
fotovoltaicas de silício (Si). O silício é composto de átomos minúsculos que são carregadas
com elétrons. A concepção mais comum de painéis fotovoltaicos (placas fotovoltaicas) utiliza
dois tipos diferentes de silício, que serve para criar cargas negativas e positivas. Para criar
uma carga negativa, o silício é combinado com boro, e para criar uma carga positiva, o silício
é combinado com o fósforo.

Esta combinação cria mais elétrons no silício carregado positivamente e menos elétrons no
silício carregado negativamente. O silício carregado positivamente é “sanduichado” com o
silício carregado negativamente, isso permite a célula de silício reagir com o sol produzindo
energia eléctrica.

Uma placa ou painel solar é composto por células fotovoltaicas que são fabricadas de
materiais semicondutores como o silício. As placas solares colectam a luz do sol e geram
energia eléctrica pelo efeito fotovoltaico.

A geração de corrente eléctrica pelos painéis solares ocorre quando os fótons (partículas de
luz solar) colidem com os átomos do material do painel solar, provocando assim o
deslocamento dos elétrons. Este fluxo de elétrons cria uma corrente eléctrica, ou o que nós
chamamos de Energia Solar Fotovoltaica.

2.5.1. A teoria de Planck

Os resultados apresentados na seção anterior contradiziam a teoria clássica do


electromagnetismo, e desafiaram a inteligência humana durante 18 anos. Em 1905, Einstein
usou uma proposta apresentada por Planck em 1900, e conseguiu explicar o efeito
fotoeléctrico. O trabalho de Planck referia-se à radiação de corpo negro, e sua proposta deu
início ao que hoje conhecemos como teoria quântica.

Herschel conseguiu medir a temperatura correspondente a cada cor do espectro, e descobriu


que o efeito térmico aumentava à medida que o termómetro se aproximava da vermelho. Mais
importante ainda, ele observou que o efeito continuava a aumentar mesmo depois do
vermelho, na parte escura do espectro.

Esses estudos continuaram e desembocaram naquilo que na segunda metade do século XIX
passou a ser conhecida como radiação de corpo negro. Essencialmente, é o seguinte: qualquer
corpo em determinada temperatura, irradia energia, que depende dessa temperatura. E como
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Herschel já havia descoberto, cada temperatura está associada a uma frequência, isto é, a uma
determinada cor.

Em 1900, Max Planck fez uma proposta que ele considerou desesperadora, mas que revelou-
se revolucionária. Ele mostrou que a lei de Rayleigh-Jeans não ajustava a curva espectral em
toda a faixa de comprimentos de onda, porque Rayleigh e Jeans admitiam que os osciladores
irradiavam qualquer quantidade de energia. Planck impôs uma restrição, isto é, os osciladores
só podiam emitir energia em determinadas quantidades. Mais precisamente, em quantidades
inteiras de hf, onde h passou a ser chamada de constante de Planck, e f é a frequência da
radiação emitida. Esta suposição é hoje conhecida como quantização da energia. Em notação
moderna:
E = nhf

A partir dessa ideia, ele obteve uma expressão que ajustou completamente a curva espectral
da radiação de corpo negro.

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3. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Helerbrock, Rafael. Efeito fotoeléctrico. Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/o-efeito-fotoeletrico.htm Acesso em 13 de Maio de 2020.

Santos, Marco Aurélio da Silva. Raios X. Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/raios-x.htm Acesso em 13 de Maio de 2020.

Júnior, Joab Silas da Silva. O que são os raios X?. Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-sao-os-raios-x.htm Acesso em 14 de Maio
de 2020.

Paula, Ricardo Normando Ferreira. Átomo de Hidrogênio por Niels Bohr. Info escola.
Disponível em: https://www.infoescola.com/quimica/atomo-de-hidrogenio-por-niels-bohr/
Acesso em 14 de Maio de 2020.

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