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1
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 30ª edição, p. 6. Editora Atlas.
2
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 38ª edição, p. 39-40. Editora
Malheiros.
Esse conceito de Constituição foi criado a partir de outras concepções e
desenvolveu a ideia de uma Constituição normativa. É uma síntese daqueles conceitos
que definem a Constituição sob uma única perspectiva, como veremos a seguir:
Para Ferdinand Lassalle, a constituição seria “a soma dos fatores reais do poder
que regem a sociedade”, ou seja, o conjunto da atuação de forças politicas,
econômicas e sociais que determinam uma realidade, um sistema. Para ele, a
constituição só poderia ser considerada legítima se representasse o poder
social, sendo a constituição escrita uma mera folha de papel, tendo por
objetivo apenas “converter os fatores reais do poder em instituições jurídicas,
em Direito”.3
Nessa concepção entendida por Carl Schmitt, a Constituição seria uma decisão
política fundamental, ou seja, competiria a ela apenas a disciplina da forma de
Estado e forma de Governo, dos órgãos dos poderes e dos direitos individuais.
Caberiam às leis constitucionais, inseridas no corpo da Constituição, as demais
matérias que não tenham decisão politica fundamental.
3
BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo. 5ª edição, p. 103.
Editora Saraiva.
4
BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo. 5ª edição, p. 104.
Editora Saraiva.
5
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 18ª edição, p. 89. Editora Saraiva.
apenas fatores reais, mas também históricos, racionais e sociais, considerando
aspectos econômicos, sociológicos, jurídicos e filosóficos.
Desenvolvido por Konrad Hesse, não é uma teoria inovadora, mas um resumo
dos pontos mais relevantes de outras teorias. É um conceito muito prestigiado
contemporaneamente e de acordo com o jurista, “a Constituição deve ser
entendida como a ‘ordem jurídica fundamental de uma comunidade ou o plano
estrutural para a conformação jurídica de uma comunidade, segundo certos
princípios fundamentais”7.
TIPOS DE CONSTITUIÇÃO
1. Quanto ao conteúdo:
6
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 18ª edição, p. 89. Editora Saraiva.
7
MENDES, Gilmar; COELHO, Inocêncio; BRANCO, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 5ª
edição, p. 54. Editora Saraiva.
(ii) formais, quando composta de normas materialmente constitucionais e
normas formalmente constitucionais (ou seja, estas últimas presentes
no documento, mas sem conteúdo constitucional).
2. Quanto à forma:
4. Quanto à origem:
Materiais/Substanciais
Quanto ao conteúdo
Formais
Escritas
Quanto à forma
Não escritas
Dogmáticas/Ortodoxas
Quanto ao modo de elaboração
Históricas/Ecléticas
Classificação das Promulgadas/Democráticas
Quanto à origem
Constituições Outorgadas
Imutáveis
Rígidas
Quanto à estabilidade
Flexíveis
Semirrígidas/Semiflexíveis
Analíticas/Prolixas
Quanto à extensão e finalidade
Sintéticas/Concisas
Quanto à função: (i) provisórias, aquelas que têm por finalidade eliminar o
regime antigo, através da elaboração de uma Constituição e da estruturação do
poder político; (ii) definitivas, aquelas com duração indefinida, como produto
final do processo constituinte;
Promulgada
Reduzida
Escrita
Eclética
Analítica
Principiológica
Formal
Definitiva
Dogmática
Autônoma
Rígida
8
MENDES, Gilmar; COELHO, Inocêncio; BRANCO, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 5ª
edição, p. 54. Editora Saraiva.