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Santana do Livramento
2010
BRUNA TRINDADE MACHADO
Santana do Livramento
2010
BRUNA TRINDADE MACHADO
____________________________________
Prof.ª Msc Carolina Freddo Fleck
Orientador
Administração - UNIPAMPA
__________________________________________
Prof.ª Msc Marta Olivia Rovedder de Oliveira
Administração - UNIPAMPA
__________________________________________
Profº Msc Alcívio Vargas Neto
Administração - UNIPAMPA
Dedico este trabalho aos meus pais, que
sempre me incentivaram a estudar e conquistar
meus objetivos e aos meus irmãos que,
incansavelmente, me apóiam na realização do
meu sonho de ser uma administradora
competente.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus pela vida, logo após isso, agradeço os meus pais por
sempre me incentivarem a estudar e por me mostrarem o quanto é importante o estudo para
um futuro de trabalho e sucesso, por terem confiança nas minhas decisões de projetos de vida.
Aprendi com eles que nada na vida vem de graça, e que é fundamental estudar, aprender, se
esforçar e lutar para conquistar qualquer objetivo.
Aos meus irmãos Felipe e Anelise, que me ajudaram e me ajudam em todos os
momentos de dúvida, desânimo e tristeza pelos quais passo, me apoiando e não me deixando
nunca desistir dos meus sonhos.
Agradeço o apoio e a amizade das minhas amigas que estão longe, entretanto estão
pensando em mim e torcendo para eu ter sucesso nas minhas lutas.
Agradeço pelo apoio e coleguismo dos meus amigos da faculdade, Thiéle, Tayra,
Fabiano, Raed e Mário, que desde o princípio foram muito especiais para mim. Agradeço em
especial as minhas amigas Tayra e Thiéle que são pessoas que quero guardar para sempre no
coração, amigas verdadeiras, pela força que me dão todos os dias, principalmente, nos mais
adversos.
À Profª Msc. Carolina Freddo Fleck, pela exigente orientação que, acredito, me fez
entender muitas questões.
Finalmente, agradeço a participação de todos os respondentes, sem eles a pesquisa não
teria sentido e valor, e também à Universidade Federal do Pampa, por me dar oportunidade de
mostrar quem eu sou e qual é o meu verdadeiro potencial.
RESUMO
O presente trabalho teve por objetivo identificar qual a imagem organizacional os servidores
da Universidade Federal do Pampa, Campus Santana do Livramento, possuem sobre a
instituição comparativamente com a imagem organizacional que os alunos da instituição
possuem sobre a mesma. Ressalta-se a importância de fazer uma avaliação da imagem
organizacional, considerando como análise indispensável no planejamento estratégico de
qualquer empresa, independentemente do ramo de atividade em que estas estão inseridas.
Porém, a imagem organizacional está diretamente ligada com a identidade da empresa, por
isso, o trabalho explica a diferença entre identidade e imagem organizacional. Nesse sentido,
coloca-se a disposição por meio de Morgan (1996) e do livro Imagem das Organizações, onde
se explana a respeito de que as organizações devem ser vistas através de oito metáforas que
levam a entender e compreendê-las de forma específica. A partir das metáforas, o autor divide
e explica as organizações para compreender o caráter complexo e paradoxal da vida
organizacional, fazendo com que a partir do momento em que as metáforas são explicadas, os
administradores consigam planejar a sua organização de maneira não pensada anteriormente.
This study aims to identify the organizational image servers, Federal University of Pampa,
Campus Santana do Livramento, have on the institution compared with the organizational
image that the institution's students have about the same. We highlight the importance of
making an assessment of organizational image, considering how indispensable analysis in
strategic planning of any company, regardless of the branch of activity in which they operate.
However, the organizational image is directly linked with the company's identity, therefore,
the work explains the difference between identity and organizational image. Accordingly,
there is the disposition by Morgan (1996) and the picture book of Organizations, which
explains as to which organizations should be viewed through eight metaphors that lead to
understand and comprehend them in a specific way. Starting on metaphors, the author shares
and explains the organization to understand the complex and paradoxical character of
organizational life, so that from the time that metaphors are explained, administrators are able
to plan your organization in ways not previously thought.
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
1.1 Problemática
guardam daquela empresa, pois o cliente sente-se especial e “único” por fazer parte daquele
ambiente (KOTLER, 1998). Mediante esse fato, a imagem de uma universidade pode
também decidir sua competência em obter recursos nas áreas organizacionais como: humanos
e financeiros, influenciando sua capacidade em relacionar-se com órgãos governamentais,
além de motivar seu desempenho administrativo (BELO e AQUINO, 2008).
Nesse sentido, o presente projeto tem como questão problema a seguinte: Qual a
imagem que integrantes da Universidade Federal do Pampa, Campus Santana do
Livramento, possuem sobre a instituição?
1.2 Objetivos
1.2.1 Geral
1.3 Justificativa
ressalta que para uma organização entender o ambiente externo, essa deve primeiramente
conhecer-se a si mesma, uma vez que a compreensão do ambiente é sempre uma projeção de
si própria. No momento em que uma instituição começa a olhar para o seu ambiente para
determinar a sua natureza, deveria dar-se conta que, na realidade, está criando uma
oportunidade de compreender-se a si mesma e as suas relações com o mundo exterior. Muitas
dessas organizações têm problemas em lidar com o ambiente externo por não reconhecerem
que fazem parte desse mesmo ambiente, e que suas atitudes são condizentes com esse mesmo
ambiente. Por esse motivo, será tomado por tema a importância de conhecer a instituição com
profundidade, em relação às expectativas e desejos da empresa, e políticas de relacionamento
com seus colaboradores, para entender a motivação desses na produção do trabalho.
Sendo assim, Antunes (2004) ressalta a importância de fazer uma avaliação da imagem
organizacional, considerando como análise indispensável no planejamento estratégico de
qualquer empresa, independentemente do ramo de atividade em que estas estão inseridas. A
autora ainda lembra que o principal objetivo dessa avaliação é investigar e descobrir como
ações e competências dessas organizações estão sendo percebidas por seus diversos públicos
de interesse.
Corrobora-se a relevância da imagem organizacional como fator de influência para os
consumidores optarem por determinado serviço, visto que essa imagem é o que aparece para o
mercado consumidor e para os demais stakeholders da organização, isto é, a forma como a
instituição é vista não somente no mercado global, mas também por seus clientes
(ALMEIDA, 2007).
Nas empresas prestadoras de serviços, a preocupação com a imagem é fundamental,
pois conforme ressalta Brito et al. (2005), quanto maior o grau de intangibilidade de um
serviço, maior deve ser a atenção dada à reputação. Neste contexto, este projeto pretende
contribuir para a melhor compreensão da imagem que é identificar qual a imagem
organizacional que os servidores da Universidade Federal do Pampa, Campus Santana do
Livramento, possuem sobre a instituição comparativamente com a imagem organizacional que
os alunos possuem da mesma. Dessa forma, tem-se a compreensão da importância da
universidade manter uma boa imagem organizacional junto aos seus públicos (interno e
externo), porque a mesma pode ser vista como um dos fatores particulares levado em apreço
ao se optar por um serviço oferecido por uma universidade (BELO e AQUINO, 2008).
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Este projeto divide-se em sete capítulos: sendo o primeiro a parte introdutória que
apresenta a problemática do tema junto com a sua relevância, o objetivo geral e o objetivo
específico deste estudo. O segundo capítulo apresenta o referencial teórico de base do projeto
com as discussões sobre os conceitos de Imagem Organizacional e Identidade Organizacional.
Já o terceiro capítulo explica as oito metáforas organizacionais de Gareth Morgan, em que o
autor explana quais são as discussões sobre as teorias organizacionais que condizem com as
metáforas abordadas, visualizando então o embasamento teórico empregado no estudo nas
quais deram base para a parte metodológica do trabalho. No quarto capítulo fala-se a respeito
do surgimento Universidade Federal do Pampa. No quinto capítulo são apresentados os
aspectos metodológicos que conduziram a pesquisa baseados no livro Imagem das
Organizações de Gareth Morgan e, no sexto capítulo explicita-se os resultados da pesquisa e
análise das questões propostas no início do trabalho. Finalmente no sétimo capítulo,
apresentam-se as considerações finais do trabalho, ou seja, se o objetivo do trabalho foi
respondido através da pesquisa.
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CAPÍTULO II
IDENTIDADE E IMAGEM DAS ORGANIZAÇÕES
CAPÍTULO III
IMAGEM DAS ORGANIZAÇÕES - METÁFORAS ORGANIZACIONAIS
Conforme Morgan (1996) as metáforas são normalmente vistas como um artifício para
embelezar o discurso, entretanto seu significado é muito maior que isto, usar uma metáfora
implica um modo pensar e uma forma de ver que atravessa de acordo com a maneira que do
mundo em geral. Usa-se a metáfora sempre que se tenta compreender um elemento da
experiência adquirida em face de outro.
Nesse sentido, Morgan (1996) diz que, as organizações devem ser vistas através de
oito metáforas que levam a entender e compreendê-las de forma específica. A partir das
metáforas, o autor divide e explica as organizações para compreender o caráter complexo e
paradoxal da vida organizacional, fazendo com que a partir do momento em que as metáforas
são explicadas, os administradores consigam planejar a sua organização de maneira não
pensada anteriormente.
Nas oito metáforas, pôde-se examinar a imagem das organizações como máquinas,
mostrando como esse estilo de pensamento alicerça o desenvolvimento da organização
burocrática que busca executar todas as tarefas de maneira planejada, ordenada e organizada.
Ou seja, cada pessoa tem determinado papel dentro da organização, como uma máquina
possui uma função específica dentro de determinado processo de produção. Muitas vezes esse
tipo de pensamento pode ser muito eficaz, outras vezes pode gerar resultados insatisfatórios.
(MORGAN 1996).
Morgan (1996) define também a idéia de que as organizações podem ser vistas como
organismos, isto é, focaliza em compreender as organizações e a relação destas com o seu
ambiente, levando a enxergar diversos tipos de organizações pertencendo a diversos tipos de
ambientes.
A terceira metáfora mostra as organizações vistas como cérebros, pois dá importância
para o processamento de informações, aprendizagem e inteligência. Essa metáfora divide-se
em dois segmentos: a primeira discute sobre o cérebro como se fosse um computador que
armazena informações e dados; já a segunda trata o cérebro como um holograma.
As organizações como cultura encontram-se na quarta metáfora, explicando que dentro
das organizações existem valores, normas, crenças, idéias, rituais, normas, procedimentos,
padrões que dão base para os colaboradores desenvolverem o seu trabalho e construírem a
imagem da instituição.
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Morgan (1996) explica que com a Revolução Industrial e a invenção e proliferação das
máquinas, foi onde surgiu o conceito de organização mecanicista, devido ao fato de que as
organizações deviam adequar-se ao uso e exigências dessas máquinas. A partir desse
momento, a organização passa a ser vista como processos racionais e técnicos, estas são
planejadas e operadas como se fossem máquinas. São chamadas de burocracias, que para
Maximiano (2007) essa é considerada como sistemas de cargos limitados, que colocam
pessoas em situações e funções alienantes, como por exemplo, cargos de escritório,
montadores de peças que somente sabem fazer determinada operação ou serviço, mostrando
que esses trabalhos são adaptados para ambientes relativamente estáveis. Dessa forma, estes
processos já são pré-determinados e definidos antecipadamente para não ocorrerem falhas
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Morgan (1996) explica que organizações burocráticas tendem a executar suas tarefas
de melhor forma em ambientes que são equilibrados e tranqüilos, porém encontram-se
organizações utilizando os processos burocráticos em ambientes extremamente competitivos e
turbulentos.
As organizações mecanicistas têm dificuldade em adaptar-se a ambientes de
mudanças, em razão de que são planejadas para atingir objetivos já conhecidos e
predeterminados, e não situações desconhecidas. Esse fato é conseqüência de as máquinas não
se adaptarem ao ambiente se não forem planejadas ou ordenadas para fazer a tarefa já
estabelecida. Esse tipo de organização desencoraja a iniciativa de outras atitudes e
comportamentos, pois as pessoas não são remuneradas para terem idéias e iniciativas e sim
para cumprirem exatamente as ordens que receberam (MORGAN, 1996). Isto é, “as forças e
limitações da máquina, enquanto uma metáfora da organização é refletida nas forças e
limitações da organização mecanicista na prática”. MORGAN (1996, p. 37)
organização deve motivar seus colaboradores, focando em três questões essenciais para os
funcionários sentirem-se motivados: realização, poder e associação. Necessidade de
realização é a busca da excelência, de se realizar em relação a determinados padrões, de luta
pelo sucesso. Necessidade de poder é a necessidade de fazer as outras pessoas se
comportarem de uma maneira que não o fariam naturalmente. Necessidade de associação é o
desejo de relacionamentos interpessoais próximos e amigáveis (ROBBINS, 2002). Essa teoria
está diretamente ligada às relações interpessoais, em que cargos deveriam ser redesenhados
para o perfil do colaborador, proporcionando crescimento e desenvolvimento próprio
concomitantemente fazendo com que essas atitudes ajudassem a instituição a gerar os lucros
esperados, pois integrava as necessidades individuais com as organizacionais. É válido
lembrar também a importância que é o funcionário trabalhar motivado, porque quando esse se
sente motivado a executar determinado serviço, ele trabalha melhor, entretanto no começo
deste século esse pensamento não era levado em consideração, devido ao fato da metáfora
proposta para a organização ser a mecanicista (MORGAN, 1996).
Sob o ponto de vista de Morgan (1996), durante os anos 60 e 70, pesquisas de
administração evidenciaram o fato de planejar o trabalho com o objetivo de aumentar a
produtividade e a satisfação no trabalho, melhorando a qualidade de vida deste, acarretando
em diminuição de trocas e demissões de funcionários (giro de mão-de-obra). Motta (1999)
corrobora que nos estudos feitos atualmente sobre as forças propulsoras do trabalho, tornou-se
notável as demonstrações de que os indivíduos, quando são incentivados, mobilizam energias
e adquirem maneiras de comportamento que normalmente não buscariam. Deste modo as
organizações devem preocupar-se em adequar os seus métodos ao ambiente e aos seus
colaboradores para atingirem bons resultados, devendo desempenhar diferentes papéis e
atividades dentro da organização para adequarem-se aos diferentes ambientes, porém a grande
diferença nesse comportamento depende somente da interpretação e habilidade da alta
administração em entender o ambiente externo da organização e ficar de acordo com as suas
necessidades.
interligar as atividades da administração é o que criou a imagem das empresas serem vistas
como cérebros. É incomum pensar sobre organizações como se essas fossem cérebros e
analisar como é possível fazer com que elas se pareçam com o cérebro humano, agindo e
tendo atitudes totalmente interligadas com o todo da organização, ao invés de fazê-las agirem
separadamente ou por partes específicas, porém muitos livros sobre planejamento corporativo
utilizam os pensamentos das organizações vistas como cérebros, igualando a administração
estratégica ao cérebro (MORGAN, 1996).
Morgan (1996) enfatiza duas imagens que representam a idéia das organizações vistas
como cérebros: o cérebro como um sistema de processamento de informações capazes de
aprender a aprender; e o cérebro como um sistema holográfico, onde as capacidades
requeridas no todo estão embutidas nas partes.
“A Ciência da Informação teve seu aparecimento e expansão no pós-guerra,
principalmente a partir de 1950, quando pesquisas e documentos mantidos fora do fluxo
normal de informação foram liberados para conhecimento coletivo” (BARRETO 2002, p. 17).
Desta forma, o processamento correto das informações recebidas pelos colaboradores da
organização é fundamental para o seu bom funcionamento, pois da maneira que um fato ou
informação é processado em um determinado contexto, as decisões que os gerentes
organizacionais tomam, pode alterar no desempenho ou sucesso da empresa. Neste contexto,
graças à tecnologia avançada, atualmente os computadores automatizam os fluxos de
informações complexas e facilitam na hora de grandes decisões ou processos que exijam
tempo e dedicação, mostrando que a organização pode ser descrita como sistemas de
informações, sistemas de comunicações e sistemas de decisões (MORGAN, 1996).
Morgan (1996) propõe que futuramente seja viável ver as organizações
transformarem-se em sinônimos dos sistemas de informações, devido ao fato de que a infra-
estrutura do microprocessamento gera o benefício de a empresa não ter que administrar suas
funções ou seus colaboradores em um espaço físico determinado, descentralizando o controle
do trabalho e fazendo com que o funcionário exerça suas atividades em qualquer local e não
diante de um escritório fechado. Essa evolução se dá graças aos microcomputadores e seus
sistemas interligados nas redes da empresa que utiliza essa ferramenta da informática.
Morgan (2007, p. 98) foca na idéia de cibernética e diz: “A cibernética é uma ciência
interdisciplinar centrada no estudo da informação, comunicação e controle”, explicando como
as organizações utilizam esse princípio para aprender a se auto-regular através do
comportamento de feedback negativo. Os sistemas de feedback negativo necessitam
(MORGAN, 2007, p. 99):
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psicológicos e sociais da sua direção e do grupo de colaboradores (MOREIRA, 2008). Por sua
vez, essa pode ser vista como sua segunda dimensão que reflete sua realidade simbólica, a
“alma” da organização. A cultura representa o imaginário, as visões, as percepções e os
sentimentos das pessoas, que influem na sua maneira de agir. Representa, ainda, os valores
que definem o tipo de comportamento que se espera delas (BLAU e SCOTT, 1977).
Cultura organizacional é um conjunto de valores, expressos em elementos
simbólicos e em práticas organizacionais, que em sua capacidade de ordenar,
atribuir significações e construir a identidade organizacional, tanto agem, como
elementos de comunicação e consenso, como expressam e instrumentalizam
relações de dominação (FLEURY, 1995, p.27).
Para Robert Dahl, cientista político americano, citado por Morgan (1996), o poder
envolve habilidade para fazer com que outra pessoa faça alguma coisa que, de outra forma,
não seria feita. Muitos autores adotam esse ponto de vista. Morgan (1996) apresenta duas
tendências dos teóricos em relação à definição de Dahl; aqueles que levam a discussão a um
estudo das condições do “aqui e agora”, sob as quais, uma pessoa, grupo ou organização se
tornam dependentes de outra; enquanto outros levam ao exame de forças históricas que
determinam o estágio da ação no qual as relações de forças atuais são estabelecidas. Desta
maneira, deve-se compreender a diligência do poder dentro empresa para identificar motivos
pelos quais pessoas tentam influenciar os demais.
Morgan (1996) descreve fontes de poder que fazem com que colaboradores da
organização exerçam influência e tenham poder sobre os demais, essas fontes são:
• Autoridade formal- poder legalizado e legitimado que deve respeitado por todos que
têm conhecimento de quem o possui.
• Controle de recursos escassos- sabe-se que todas as organizações dependem de
recursos para desenvolverem-se, tais como dinheiro, materiais, tecnologias, pessoal,
fontes naturais. Desta forma, quem possui domínio por algum destes recursos, pode
exercer grande influencia e poder dentro da empresa.
• Uso da estrutura organizacional, regras e regulamentos- são instrumentos racionais
que tem a intenção de auxilia no desempenho de determinada tarefa, pois esse tipo de
ferramenta pode ser útil para bloquear ou orientar processos dentro da organização.
Quem utiliza esses métodos para convencer e dominar os funcionários pode obter
1
Joint ventures: é uma espécie de aliança estratégica que supõem um acordo comercial de inversão conjunta
de longo prazo entre duas ou mais pessoas (normalmente pessoas jurídicas ou comerciantes).
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vantagens sobre os demais por ter conhecimento de tarefas dentro da organização que
poucos ou ninguém possui.
• O controle do processo decisório- influenciar em resultados de processos decisórios é
fonte de poder, devido ao fato de que a partir do momento em que o indivíduo
consegue exercer influencia ou manipular o resultado dos negócios ou na decisão final
da organização a respeito de determinada ação que está sendo dialogada.
• Controle das fronteiras- a idéia de limite é usada para refletir a interconexão entre
diferentes elementos da organização, monitorando e controlando a transação desses
elementos, o indivíduo é capaz de obter vultoso poder. Então, é importante para quem
está em posição de liderança cuidar da administração de fronteiras para aumentar ou
melhorar o seu poder.
• Habilidade para lidar com incertezas- quando surgem situações de divergência ou
inesperadas para a organização, essa deve planejar maneiras de resolver o problema
beneficiando ao máximo os seus objetivos. Ao entender o impacto que as incertezas
influenciam na rotina empresarial, encontram-se maneiras relevantes de relações de
poder entre diversos setores ou grupos da organização, devido ao fato de que cada
grupo tem objetivos e tarefas distintas e ao longo do processo surgem situações
adversas que devem ser solucionadas pelos agentes que possuem o poder.
• Controle da tecnologia- a implantação de uma boa tecnologia dentro da organização
traz benefícios competitivos em relação aos concorrentes, e quem sabe utilizar essas
tecnologias para eficientizar o processo organizacional possui relevante poder perante
os demais, pois normalmente as organizações tornam-se dependentes de uma
tecnologia básica como meio de converter os insumos organizacionais em resultados,
Dessa forma, quem lida com essa tecnologia detém de conhecimentos e práticas que
poucos possuem, podendo influenciar de maneira relativa dentro da organização.
• Alianças interpessoais, redes e controles da organização informal- através de diversos
tipos de redes interligadas, o colaborador pode obter informações relevantes para o seu
interesse, influenciando essas redes da maneira que o beneficie, e usando as
informações adquiridas por essas relações e redes para desenvolver os seus interesses.
• Controle da contra-organização- controlar e exercer influencia nos grupos que vão
contra os objetivos da organização ou colaboradores que reivindicam melhoras nas
ferramentas de trabalho é proeminente, pois adquire um poder de negociação entre os
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A metáfora analisada por Morgan (1996) cria a imagem de uma prisão psíquica que
tem o objetivo de explorar algumas formas pelas quais as empresas e seus colaboradores são
aprisionados por construções de realidade que, normalmente passam uma imagem imperfeita
do mundo. O autor afirma que o pensamento de que as organizações são criadas e sustentadas
por atitudes conscientes e inconscientes faz com que os indivíduos tornem-se prisioneiros de
imagens, idéias, pensamentos e ações que essas atitudes criam. O foco de discussão dessa
metáfora se dá através das prisões mentais, obsessões, sexualidade latente, medo da morte,
narcisismo, emoções fortes, ilusões de controle, ansiedade e mecanismos de defesa.
Complementarmente, Johann e Vanti (2001) afirmam que as organizações vistas como
prisões psíquicas geralmente não são flexíveis e são emaranhadas em armadilhas geradas por
formas expostas de idéias e de conceitos que se originaram antes, então as empresas tendem a
aprisionar os funcionários em uma teia psíquica que é composta por tipos de mecanismos e de
motivos inconscientes.
Cotidianamente as pessoas são ludibriadas, pelo fato de que a compreensão da sua
realidade é limitada e imperfeita, mesmo assim as mesmas fazem esforços grandiosos para ver
além do superficial, conseguindo criar habilidades de enxergar fatos de outras maneiras.
Entretanto, sabe-se que não são todas as pessoas que querem enxergar e entender a realidade
das situações e preferem esconder-se ou compreender uma realidade imperfeita ou falsa, ou
seja, pressupostos falsos, regras operacionais sem questionamento e outros conceitos e
normas, crenças já determinadas que prejudicam e limitam os processos empresariais, pois
não enxergam alternativas para a realidade (MORGAN, 1996).
Morgan (1996) chama a atenção para a teoria psicanalítica, em que a realidade social
da rotina mostra problemas e preocupações que estão abaixo do nível de consciência,
mostrando que muitas coisas que acontecem na organização de forma superficial podem
explicar a forma oculta e dinâmica da psique humana. Enfatiza-se o fato de que diversas
concepções de organizações defendem a relação de transformar situações complexas em
fáceis de administrar, pois se argumenta que é mais fácil controlá-lo, por esse motivo a teoria
burocrática surgiu para dividir funções e ações, conseqüentemente facilitando o processo
como um todo. Valores comuns que servem de elementos para gerir a organização,
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geralmente têm a sua origem de problemas comuns que são vistos abaixo do conhecimento
consciente, formando pensamentos que são a cultura organizacional explicita, porque ela nem
sempre é o que aparenta ser.
Desta forma, na sombra das organizações se descobrem todos os opostos sobrepujados
da racionalidade, que lutam para surgir e transformar a natureza da racionalidade que está
sendo exercida pela mesma. Estas inquietações escondidas influenciam na hora de enfrentar
os problemas que devem ser evitados ou enfrentados no planejamento do trabalho para os
colaboradores viverem dentro da realidade da organização (MORGAN, 1996).
O desafio de compreender o significado do inconsciente na organização traz consigo
uma promessa: ser possível liberar a energia escondida sob formas que promovem a
transformação criativa e acarretam a mudança, criando relações mais integradas
entre indivíduos, grupos e organizações e os seus ambientes. E esta promessa
encontra-se em perfeita harmonia com a metáfora da prisão psíquica, tendo em vista
que uma visão de confinamento é freqüentemente acompanhada por uma visão de
liberdade (MORGAN, 1996, p. 234-235).
Morgan (1996) também sustenta a idéia de que a metáfora das organizações como
prisões psíquicas focaliza na organização composta por seres humanos, mostrando como é
importante o indivíduo na vida organizacional e no processo de produção para a empresa.
Com isso, essa metáfora representa uma forma relevante de pensamento crítico que pode
ajudar a resolver questões da vida organizacional, que muitas vezes o alto nível de gerência
não consegue enxergar ou não sabe como lidar com situações adversas.
resultados dos atritos e tensões entre relações circulares; finalmente, a quarta lógica da
mudança afirma que essa é conseqüência de tensões dialéticas entre opostos.
Muitos problemas surgem devido ao fato de as organizações não conseguem lidar com
o mundo exterior, pois não reconhecem que fazem parte dos respectivos ambientes. Ao passo
que as organizações criam a sua identidade, podem começar transformações mais abertas no
ambiente social a que estão inseridas. Todavia as mesmas possuem grandes dificuldades de
renunciar as suas identidades estratégicas já estabelecidas que fizeram sucesso por algum
período em benefício da evolução e de um possível sucesso (MORGAN, 1996).
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desenvolvimento, no significado de que cada negação refuta uma maneira anterior, mesmo
conservando alguma coisa da forma anterior. Finaliza-se com o último principio fazendo
menção aos processos de mudança revolucionários em que um tipo de instituição social
substituiu outra. É imperativo lembrar que a visão dialética da realidade indica que a tensão e
contradição vão estar sempre presentes, posto que variem quanto ao grau de clareza, além de
assumirem diferentes maneiras de acordo com as oposições que se manifestam. Em última
análise, a escolha que pessoas e sociedade têm perante de si, refere-se às contradições que irão
surgir ao longo da rotina organizacional (MORGAN, 1996).
Através do uso da metáfora que diz respeito às organizações vista como fluxo e
transformação de Morgan (1996) criam-se a perspectiva de que é viável construir
conhecimentos a respeito da lógica oculta às mudanças dentro do ambiente organizacional,
utilizando as quatro lógicas da mudança.
fato de muitas funções e cargos dentro das empresas demandarem de tempo e dedicação
exclusiva dos colaboradores, muitos desses não conseguem conciliar a vida pessoal e o
trabalho, dando prioridade para os serviços que devem desenvolver, pois o modo de vida
dessas é de exigir prazos para as tarefas serem entregues, desta forma, as organizações lucram
com esse tipo de funcionário que se dedica de forma intensa a mesma, muitas vezes não sendo
recompensado da mesma maneira (MORGAN, 1996).
A questão de segurança e higiene no trabalho é fator fundamental para o
desenvolvimento do trabalho de forma digna e correta para o funcionário, porém o fator
eficiência versus segurança encontra-se envolvido nas decisões das grandes empresas, pois
muitas vezes, esses tomadores de decisões devem primar por uma das políticas, colocando em
prática a primeira opção, mascarando assim com uma política de segurança falsa.
Analogamente, utilizam-se políticas semelhantes no que tange às condições insalubres de
trabalho, surgindo muitas doenças ocupacionais.
É imperativo abordar que muitas instituições são maiores e mais poderosas do que
muitos países, porém diferentemente de muitas nações, grande parte dessas empresas só deve
explicar as suas ações para elas mesmas. Hoje em dia, as multinacionais instaladas em locais
estratégicos são capazes de movimentar a economia não só da cidade que está localizada, mas
também da região próxima, pois essas possuem grande poder de compra, de adquirir mão-de-
obra entre outros fatores que podem ser influenciados por ela, pois esses recursos são
geralmente administrados de modo a criar uma dependência regional (MORGAN, 1996).
Sendo assim, as multinacionais “podem controlar imenso poder econômico, e ter a capacidade
de influenciar sistemas políticos em seus países-base e em outros lugares. As maiores
companhias multinacionais da atualidade têm orçamentos maiores do que o de todas as nações
com poucas exceções” (GIDDENS, 1991. p. 75).
O esforço dessas organizações para dominar o ambiente em que estão inseridas tem
forte relação com o domínio político, conforme se entende que essas utilizam o seu poder de
influencia para moldar e construir um cenário político com condições favoráveis e necessárias
para colocar em prática as suas estratégias (MORGAN, 1996). Chama-se atenção que “as
multinacionais são importante força política na economia mundial e, na grande maioria, uma
força política sem responsabilidade política” (MORGAN, 1996, p. 311). O autor supracitado
explica que essas empresas possuem sistemas de decisão extremamente centralizados, fazendo
com que os interesses e objetivos sejam somente em beneficio das mesmas, fazendo com que
os interesses da região ou da comunidade local fiquem em segunda pauta de discussão.
42
CAPÍTULO IV
UNIPAMPA- HISTÓRIA
Uma breve consideração histórica pode ser útil, diante disso, a Universidade Federal
do Pampa (UNIPAMPA) é uma universidade pública fundada em 2006 com o objetivo de
fortalecer a Região Sul do estado do Rio Grande do Sul. O diploma legal de sua sua criação
saiu em 2008, quando da publicação da Lei 11.640. A Sede encontra-se em Bagé. Possui além
disso, nove Campus espalhados pela metade Sul Rio Grande do Sul, nas cidades de: Alegrete,
Caçapava do Sul, Dom Pedrito, Itaqui, Jaguarão, Santana do Livramento, São Borja e São
Gabriel. O primeiro Concurso Vestibular da Unipampa ocorreu nos dias 17 e 18 de junho de
2006, ocorrendo o início das aulas em setembro de 2006.
Os cursos ofertados pela Universidade Federal do Pampa são: Engenharia de
Produção, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Computação, Engenharia Química,
Engenharia de Energias Renováveis e de Ambiente, Licenciatura em Física, Licenciatura em
Química, Licenciatura em Matemática, Licenciatura em Letras - Português, Inglês e Espanhol,
Pós-Graduação (Especialização em Educação em Ciências e Tecnologia), Especialização em
Letras e Linguagens, Ciência da Computação, Engenharia Elétrica, Engenharia Agrícola,
Engenharia Mecânica, Engenharia Civil, Engenharia de Software, Geofísica, Ciências Exatas,
Tecnologia em Mineração, Curso de Zootecnia , Curso Superior de Tecnologia em
Agronegócio, Agronomia, Ciência e Tecnologia Agroalimentar, Nutrição, Licenciatura em
Letras - Português e Espanhol, Licenciatura em História, Licenciatura em Pedagogia, Curso
Superior de Tecnologia em Turismo, Administração, Ciências Econômicas, Relações
Internacionais, Gestão Pública, Comunicação Social - Jornalismo, Educação Física,
Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina Veterinária e Tecnologia em Aquicultura.
Mediante essas informações, compreende-se a importância da Unipampa para o
desenvolvimento da educação e do ensino da metade Sul do Rio Grande do Sul, porém o
trabalho foi realizado somente no Campus Santana do Livramento para analisar qual a
imagem que os alunos e servidores possuem da instituição no Campus já citado. A Unipampa
tem o objetivo de proporcionar um ensino de qualidade para fortalecer a região e fazer com
que as diversas áreas de ensino possam contribuir com o seu conhecimento para que essa
região seja aproveitada com as potencialidades que possui. Na próxima seção serão
explicados os procedimentos metodológicos deste projeto.
44
CAPÍTULO V
METODOLOGIA
O desenvolvimento deste trabalho foi realizado através de fontes primárias que para
Marconi e Lakatos (2009, p. 161), “são dados históricos, bibliográficos e estatísticos;
informações, pesquisas”, etc, ou segundo Malhotra (2006 p. 124) “dados primários são
gerados por um pesquisador para finalidade específica de solucionar um problema em pauta”.
Entendendo que o estudo é de natureza descritiva, então dessa forma foi utilizado o método
survey, pois esse método é utilizado quando o projeto necessita de coleta de dados de uma
grande amostra de pessoas, através de questionários conforme (HAIR et al, 2005, p. 157)
melhor explica:
Survey é um método de coleta de dados primários a partir de indivíduos. Os dados
podem variar entre crenças, opiniões, atitudes e estilos de vida e até informações
gerais sobre a experiência do indivíduo, tais como gênero, idade, educação e renda,
bem como as características de uma empresa, como lucro e número de funcionários.
[...] As surveys de questionários geralmente são criadas para obter grandes
quantidades de dados, normalmente em forma de números. Um questionário
consiste em um conjunto padrão de perguntas com respostas freqüentemente
limitadas a um número exaustivo de possibilidades mutuamente excludentes
predeterminadas.
Os métodos de análise dos dados coletados serão abaixo descritos para a compreensão
da metodologia do trabalho. A avaliação dos resultados foi realizada através da análise
descritiva dos questionários aplicados, sendo mais bem elucidada abaixo.
Esse método tem como principal objetivo descrever e avaliar um grupo determinado
de indivíduos, sem fazer qualquer julgamento ou conclusão sobre um conjunto maior de
pessoas (HAIR et al, 2005).
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CAPÍTULO VI
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Já no que tange aos cargos dos servidores da Universidade Federal do Pampa, dos 25
servidores, isto é (10,6%); 13 são professores e 11 são técnicos administrativos com funções e
atividades não caracterizadas pelos mesmos.
Após analisar e descrever os dados sobre o perfil dos entrevistados da pesquisa, neste
tópico será explicitado o resultado sobre a imagem que as pessoas têm da UNIPAMPA. As
perguntas para esta parte do instrumento de coleta de dados estavam em uma escala do tipo
Likert de 1 a 6 pontos, em que quanto mais próximo da direita o respondente se posicionou,
maior seria o seu grau de concordância com o que a frase descreve e quanto mais próxima da
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esquerda o mesmo se posicionou, menor seria o seu grau de concordância com o conteúdo da
frase. Para fins de análises por diferenças de médias, optou-se em computar todas as variáveis
em uma nova (foi chamada de Imagem Unipampa Campus Santana do Livramento), que
indica a média referente à percepção de imagem que as pessoas têm da Unipampa Campus
Santana do Livramento. A partir disso, foram realizados testes de comparação de médias, e os
resultados são mostrados na tabela, onde as metáforas são identificadas nas frases numeradas
abaixo e descritas a seguir na análise:
METÁFORAS FRASES
Máquinas 11,13,15,17,18
Organismos 4,8,9,11,12,16,19,20
Cérebros 3,6,7
Culturas 2,10,24,25,30,31,32,34,38
Prisões Psíquicas 35
Na questão número 01: Busca-se adaptar-se ao ambiente externo, a média dessa frase
foi 5 e a moda 5, caracterizando a concordância de que a organização tem semelhança com a
metáfora “As organizações vistas como fluxo e transformação” de Gareth Morgan (1996) que
explana sobre como se pode criar à perspectiva de que é viável construir conhecimentos a
52
mudanças que podem ocorrer no ambiente interno e externo da organização, sendo fator
preponderante para o processo de aprender a aprender como a frase sugere, pois isso depende
das habilidades da instituição e também como essa se prepara para enfrentar as mudanças
contingenciais (MORGAN, 2007). O relatório da questão 07 tem uma média 5 e moda 5,
existindo com isso, concordância com a frase analisada.
Conforme a afirmação: Para evitar problemas, atua preventivamente; onde a moda é 4
e a média 4, mostrando que a Unipampa consegue ser vista com características da metáfora
organismos e “As organizações vistas como fluxo e transformação”. Essas metáforas possuem
minúcias de organizações dinâmicas que se adaptam ao ambiente e as características do
mercado ou do setor, tornando-a sempre competitiva.
Na questão número 09 que explana: Para sobreviver, acredita que deve ser aberta ao
meio externo, que também pode ser comparada com as metáforas “As organizações vistas
como organismos” e “As organizações vistas como fluxo e transformação” a média das
respostas foi 5 e moda 5, conclui-se então que existe um tendência de concordância com a
frase analisada. Dessa forma, entende-se que a organização possui mais de uma característica
correlativa com essas metáforas.
Na frase 10: Acredita que sua sobrevivência depende de equilíbrio e da troca com o
meio, em que Srour (2005) explana que a característica comum da organização como cultura é
de que os indivíduos aprendem, transmitem e compartilham conhecimento com os demais. A
cultura não é hereditária e não se apresenta na genética do ser humano, e sim resulta de uma
aprendizagem socialmente submetida a normas e padrões. Tal assertiva sugere que a cultura é
um elemento que influência de maneira significativa no ambiente organizacional. Sendo
assim, se relaciona com a metáfora “As organizações vistas como culturas”. Da mesma forma,
pode ser comparada com “As organizações vistas como fluxo e transformação”, já explicada
na frase 09. Deste modo, com a média 5 e a moda 5, é visto que existe concordância de
acordo com a escala Likert.
Considerando que a frase: Busca estruturas menos centralizadas e complexas e mais
flexíveis, tem significado contrário ao da metáfora “As organizações vistas como máquinas”,
resultou em uma média 4 e uma moda 4, concluindo que existe uma tendência de
concordância em parte com a frase. Pode-se afirmar que os servidores e alunos da Unipampa
conseguem enxergar a mesma como sendo organismos a partir da afirmação de Morgan
(1996) que a visão humana da organização preocupa-se com assuntos mais genéricos, como
por exemplo, o ambiente organizacional, o seu bem estar e ciclo de vida, as relações
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sociedade, em seus diversos aspectos evitando que chegue a um caos sem ordem ou a uma
bagunça tratando da harmonia de convivência entre indivíduos diferentes. Dessa forma, é
necessário que existam pessoas que coordenem esse processo, e logo, essas busquem
crescimento dentro da organização ao passo que vão se destacando no desempenho das
atividades pré-estabelecidas.
Já as frases: Funcionários fazem qualquer negócio para alcançar poder; O importante é
manter-se em evidência; Chefias sempre dizem que não tem poder para mudar nenhuma
situação e Chefes menores competem com chefes maiores; que também podem ser avistadas
na metáfora dos sistemas políticos, em que dispõem de médias 3, 3, 3 e 2 e moda 3, 3, 1 e 1;
percebendo assim, que os alunos e servidores não concordam que nenhuma dessas frases tem
identificação com a universidade.
No que se referem às questões 30 e 31: Tomam-se decisões em grupinhos ou entre
amigos e Há atritos, devido a diferenças entre valores dos funcionários; onde possuem as
médias 3 e 3 e moda 1 e 1; dessa maneira, não existindo concordância com as frases
analisadas segundo a escala Likert, evidenciando que sobre tais aspectos não há características
da metáfora das organizações vistas como culturas que explana a respeito da mesma ser um
conjunto de valores e práticas organizacionais, que em sua capacidade de ordenar, atribuir
significações e construir a identidade organizacional, age tanto como elemento de
comunicação e consenso, como expressa e instrumentaliza relações de dominação (FLEURY,
1995).
É imperativo abordar que a metáfora “As organizações vistas como prisões psíquicas”
pode ser identificada na frase: Formas de agir mostram apenas aparências, nunca a realidade,
em que Morgan (1996) defende o pensamento de que as organizações são criadas e
sustentadas por atitudes conscientes e inconscientes que a mesma quer mostrar e sustentar,
fazendo com que os indivíduos tornem-se prisioneiros de imagens, idéias, pensamentos e
ações que essas atitudes criam, e não da realidade organizacional. Chama-se a atenção que
essa frase obteve a média 3 e moda 1, mostrando que não existe concordância nesse caso.
Analisando as frases: Há exploração de mão-de-obra não especializada e Existe
descaso para com a segurança no trabalho que se percebe na metáfora das organizações vistas
como instrumentos de dominação onde a questão de segurança e higiene no trabalho é
apontada como fator fundamental para o desenvolvimento do trabalho de forma digna e
correta para o funcionário. Porém o fator eficiência versus segurança encontra-se envolvido
nas decisões das grandes empresas, pois muitas vezes, esses tomadores de decisões devem
primar por uma das políticas, colocando em prática a primeira opção, mascarando assim com
58
uma política de segurança falsa (MORGAN, 1996). Por fim, considerando na pesquisa que as
médias das questões foram de 2 e 2 e a moda 1 e 1, afirma-se que a imagem da Unipampa não
é vista como instrumento de dominação, não havendo concordância por parte dos alunos e
servidores com as frases expostas.
Após a verificação geral da Imagem da Unipampa Campus Santana do Livramento,
buscou-se identificar se haveria diferença de percepção entre o grupo de servidores e o grupo
de alunos pesquisados. E os resultados indicam que não há diferenciação de média entre esses
grupos (portanto, os mesmos não serão apresentados), demonstrando que a percepção
analisada descritivamente confirma-se tanto para o grupo de servidores, quanto para o grupo
de acadêmicos.
59
CAPÍTULO VII
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRITO, Eliane Pereira Zamith et al. Reputação Corporativa e Desempenho: uma análise
empírica no setor bancário. In: Encontro Nacional dos Programas de Pós-Graduação em
Administração, 2005, Brasília. Anais. Brasília: ANPAD, 2005, CD-ROM.
FARIA, José Carlos. Administração: teorias e aplicações. Editora Thomson Learning, 2002.
FREITAS, Maria Ester de. Cultura organizacional: formação, tipologias e impactos. São
Paulo: Makron, McGraw-Hill, 1991.
OLIVEIRA, Milton de. Gestão Plus nº 12, 2000. A medição de conflitos. Disponível em:
<rhplus.com.br>. Acesso em 03 de outubro de 2009.
PIRES, José Calixto de Souza and MACEDO, Kátia Barbosa. Cultura organizacional em
organizações públicas no Brasil. Rev. Adm. Pública. 2006, vol.40, n.1, pp. 81-104.
ROBBINS, Stephen Paul. Comportamento organizacional. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
64
TAVARES, Mauro Calixta. A força da marca: como construir e manter marcas fortes.
São Paulo: Harbra, 1998.
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APÊNDICE
Este questionário faz parte de uma pesquisa que está sendo realizada por uma acadêmica do
curso de Graduação em Administração da Universidade Federal do Pampa. O objetivo deste
trabalho é identificar qual a imagem organizacional que os servidores da Universidade
Federal do Pampa, campus Santana do Livramento possuem pela instituição de ensino,
pesquisa e extensão.
A sua participação é vital para a conclusão deste trabalho, no qual resultará em dados
concretos para a identificação destas variáveis. Os dados fornecidos serão considerados
confidenciais. Assim, não serão, sob qualquer hipótese, repassados a outras pessoas ou
instituições.
Idade: _____________________
Nível de escolaridade:
( ) 2º Grau incompleto ( ) 2º Grau completo ( ) Superior incompleto
( ) Superior completo ( ) Pós-Graduação- Especificar _______________________
( ) Outros. Especificar ___________________________
Cargo: ______________________________________
Nível de escolaridade:
( ) 2º Grau incompleto ( ) 2º Grau completo ( ) Superior incompleto
( ) Superior completo ( ) Pós-Graduação
( ) Outros. Especificar ___________________________
Semestre:_________
Curso:___________________________________________
Para responder às questões seguintes, preencha os espaços em branco, conforme a escala abaixo:
• Quanto mais próximo da DIREITA você se posicionar, MAIOR será a sua concordância com o que a
frase descreve.
• Quanto mais próximo da ESQUERDA você se posicionar, MENOR será a sua concordância com o
conteúdo da frase.
Registre o número que melhor represente sua opinião. Caso a assertiva não se aplique, deixe-
a em branco.