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Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro

Teste de Avaliação de Português – 6ºAno


Ano Letivo 2019 / 2020

GRUPO I – ORALIDADE
Para responderes às questões que se seguem, vais ouvir uma notícia sobre o naufrágio de
um navio português.
http://ensina.rtp.pt/atualidade/identificado-navio-da-frota-de-vasco-da-gama/
Antes de iniciares a audição do texto, lê as questões e as respetivas alíneas. Em seguida,
ouve atentamente a notícia duas vezes e responde ao que é pedido.

1. Assinala com X (de 1.1. a 1.4.) a única opção que completa corretamente a frase de acordo
com o sentido do texto.

1.1 Um índio é uma moeda de prata


A. pouco importante retirada da nau Esmeralda.
B. muito rara mandada fazer para o comércio com o Brasil por D. Manuel I.
C. que se pode ver em vários museus.
D. muito rara mandada fazer por D. Manuel I para o comércio com a Índia.X

1.2 O índio tem o estatuto de moeda perdida ou fantasma porque

A. só há dois exemplares desta moeda.X


B. é o exemplar único desta moeda.
C. foi o nome dado pelo Ministério do Património e da Cultura de Omã.
D. é muito vulgar.

1.3 O navio Esmeralda

A. naufragou sem motivo aparente, pois não há registo de tempestades.X


B. tinha como destino a Índia e naufragou durante uma tempestade.
C. naufragou durante uma tempestade quando regressava da Índia.
D. resistiu a uma tempestade, mas acabou por naufragar sem motivo.

1.4. A descoberta da nau Esmeralda permitiu

A. concluir que não pertencia à armada de Vasco da Gama.


B. recuperar alguns índios e outros artefactos sem valor arqueológico.
C. recuperar quase 3000 artefactos que provam a armada a que pertencia.X
D. recuperar alguns objetos pessoais que pertenciam a Vasco da Gama.
2. Faz corresponder cada informação da coluna A à respetiva data na coluna B.
Coluna A Coluna B

A. Naufrágio da nau Esmeralda.


1. 2013
B. Descoberta do local do naufrágio.
2. Agora
C. Levantamento arqueológico.
3. 1503
D. Anúncio oficial da descoberta pelas
4. 1998
autoridades de Omã.

A. 3; B. 4; C. 1; D. 2

Grupo II – LEITURA

Lê o texto e, em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentadss.

SÍTIOS QUE NÃO PODE PERDER EM ÉVORA


Há quanto tempo não visita Évora? Falamos duma cidade que continua a receber milhares de
turistas que vão em busca de um património que atravessa o tempo e os povos. Siga o nosso
roteiro e passe um dia na capital do Alentejo.

PRAÇA DO GIRALDO
É o coração da cidade. E reza a história que sempre assim foi. O nome vem
de Geraldo Geraldes que conquistou a cidade aos mouros em meados do
século XII. No centro, as esplanadas, sempre cheias de gente. Ao fundo,
tanto a norte como a sul da praça, dois edifícios imponentes – a Igreja de
Santo Antão e o Banco de Portugal. Mesmo em frente à igreja, o chafariz com
quase 500 anos de existência. E, claro, as arcadas que albergam lojas de
comércio tradicional e que nos dão a sombra nos dias mais quentes. E são muitos...
CAPELA DOS OSSOS
Dentro da Igreja de São Francisco encontramos uma obra sem precedentes. Com tanto
de fascinante como de oculto, a Capela do Ossos está totalmente forrada com ossadas
humanas. O objetivo desta peculiar construção, que nos recebe com a inscrição “Nós
ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”, é assinalar o quão efémera1 é a
vida, sendo apenas uma passagem para o céu (ou inferno).
RUA 5 DE OUTUBRO
A antiga Rua da Selaria é desde sempre uma referência do comércio eborense. Na
artéria que liga a Praça do Giraldo à Sé de Évora encontra uma dezena de lojas onde
predomina o artesanato – artigos em cerâmica, cortiça e ainda produtos gourmet2.
CROMELEQUE DOS ALMENDRES
Sabe o que é um cromeleque? É um conjunto de menires. E o que é um menir? É um
monumento do período megalítico de simbolismo religioso, espiritual ou astronómico.
A cerca de 15 km de Évora existe um dos mais antigos cromeleques do mundo –
reúne 95 menires – que terá sido construído há qualquer coisa como 7 mil anos.
Imperdível, portanto.
in https://www.viaverde.pt/Viagens-Vantagens/Descobrir-Portugal/Roteiros/9-sitios-que-nao-pode-perder-em-
evora (excerto adaptado, consult. 2019-04-03)

1. efémera: breve, passageira; 2. gourmet: diz-se de comidas e bebidas que se caracterizam


pela qualidade dos seus ingredientes.
1. Completa o quadro abaixo, selecionando a opção correta em cada alínea.

1.1.Tipo de destino: 1.2. Duração da visita 1.3. Alojamento e transporte 1.4. Tipo de programa

a. Montanha a. Um dia X a. Não são necessários a. Romance

b. Cidade X b. Um fim de semana b. Alojamento obrigatório b. Desporto e


aventura

c. Praia c. Uma semana c. Transporte possivelmente c. História e cultura X


necessário X

d. Outro d. Sem indicação d. Transporte desnecessário e d. Festivais e eventos


alojamento obrigatório

2. Seleciona, de 2.1. a 2.4., a opção que completa cada frase de acordo com o sentido do texto.

2.1. O roteiro de Évora sugere visitas a espaços


a. localizados no centro da cidade.
b. situados quer no centro de Évora quer nos arredores da cidade.X
c. que se situam maioritariamente nas aldeias vizinhas.
d. pouco conhecidos do público em geral e de acesso difícil.

2.2. As propostas do roteiro centram-se em


a. locais ao ar livre que proporcionam o contacto com a Natureza selvagem.
b. atividades desportivas, realizadas quer ao ar livre quer em espaços fechados.
c. espaços com interesse histórico e cultural, independentemente de serem interiores ou
exteriores.X
d. espaços fechados, devido às temperaturas elevadas que normalmente se fazem sentir.

2.3. A Capela dos Ossos


a. é uma obra inspirada em construções europeias similares.
b. apresenta-se como um local onde se pode experimentar a “vida no inferno”.
c. não pode ser visitada por pessoas mais sensíveis.
d. é uma obra única e original.X

2.4. A partir deste roteiro, percebemos que a cidade de Évora se distingue


a. por edifícios e construções que revelam a história milenar da região.X
b. pela sua arquitetura moderna.
c. pela intensa atividade industrial e comercial.
d. pelo seu património natural.
Grupo III – EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Lê o texto e, em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

A Ilha dos Infernos

Assim desembarcou Ulisses naquela ilha de desolação onde os Gregos acreditavam que apenas
vagueavam as almas dos mortos, as sombras. Passa por entre enormes pedras negras, terras nuas,
cinzas ainda quentes, buracos como vulcões adormecidos mas ainda fumegantes...
Na sua frente vê então a entrada de uma gruta. Olha o cão enorme de três cabeças que guarda
5 a entrada dessa gruta, a entrada dos próprios Infernos. É Cérbero, o feroz. Ele conhece um segredo
que Circe lhe revelara à partida: “Se o cão estiver com os olhos abertos, podes entrar, porque está a
dormir; mas se estiver com os olhos fechados, não entres, porque está acordado!”
Ele olha e repara que o cão tem os olhos fechados. Espera um bocado longo, e a pouco e pouco
os olhos do cão abrem-se: ele adormecera.
10 Então Ulisses entra sem medo no reino dos Infernos.
Então Ulisses entra sem medo pela gruta dentro e vê as sombras dos mortos. Elas não o sentem,
não o veem, nem o ouvem, nem lhe falam. Ulisses sabe que só comunicará com aquelas com quem
ele quiser comunicar, se lhes oferecer carne de uma ovelha negra que leva ali com ele e Circe lhe dera.
De repente vê a sombra de sua mãe, que ele imaginava ainda viva.
15 — Mãe, minha mãe!
Mas a sombra passou por ele sem o ver. Então Ulisses ofereceu-lhe a carne da ovelha negra e
a mãe por uns momentos falou com ele:
— Meu filho, tu aqui neste lugar? Porque estás aqui neste lugar de morte e de tristeza? Também
morreste já?
20 — Não, mãe, ainda não morri, mas tu...
— Foram os desgostos, a tua ausência enorme. E o teu pai está muito mal. Se não estás morto,
corre para a tua pátria, não te demores mais! Graves coisas se estão passando por lá...
— O que é, mãe? Conta-me.
— Todos te julgam morto. Há cerca de dezoito anos que saíste de Ítaca, e há muitos anos que
25 regressaram aos seus lares aqueles que, como tu, combateram na guerra de Troia. Todos te julgam
morto já, e as façanhas1 das tuas aventuras são cantadas por todo o teu povo. Ora, segundo a lei de
Ítaca, como sabes, a tua mulher tem de procurar novo marido, tem de voltar a casar, tem de dar um
novo rei à pátria...
— Penélope, casar??!! — gritou Ulisses.
30 — Ela não quer, e chora dia e noite. O teu filho Telémaco, que está um belo e vigoroso jovem,
revolve os mares para ver se te encontra, sempre sem êxito. Os pretendentes à mão da tua mulher
começam a chegar ao teu palácio, vindos de todas as partes do mundo. Estão agora reunidos no grande
salão, à espera que Penélope se decida a escolher um de entre eles...
— É inacreditável! Mas então ela já escolheu algum?
35 — Não, ela não escolheu nenhum, pois tem sempre a esperança de tu um dia voltares. Mas a
paciência dos pretendentes é que é bem pequena. Exigiram-lhe um prazo. E ela lembrou-se de lhes
dizer que escolheria um de entre eles quando acabasse de tecer uma teia2 que está fazendo para servir
de mortalha3 ao teu pai quando ele morrer.
— Mas então deve estar quase a terminá-la...
40 — Sabes, Ulisses? Ela é muito esperta, porque de dia trabalha, trabalha, e todos a veem
trabalhar na teia, mas de noite desmancha tudo o que fez durante o dia...
— Oh, deuses, mas isso não se aguenta muito tempo! Tenho de lá chegar quanto antes! Adeus,
minha mãe.
E Ulisses despediu-se da mãe e prosseguiu a sua viagem no reino dos Infernos.

Maria Alberta Menéres, 2016. Ulisses.


Porto: Porto Editora (pp. 56-60)

1. façanha: feito heroico, proeza; 2. teia: tecido ou pano feito em tear; 3. mortalha: lençol que
envolve o cadáver que vai ser sepultado.

3. A ação do excerto pode dividir-se em dois grandes momentos: o primeiro da linha 1 à 10 e o


segundo da linha 11 à 49.
3.1. Seleciona os dois títulos que melhor representam essas partes.

X a. Cérbero, o guarda da gruta


b. Penélope e a mortalha interminável
c. As crenças dos gregos
d. Os pretendentes de Penélope
e. O segredo de Circe
X f. O encontro de Ulisses com a sua mãe

4. O espaço onde decorre a ação parece aterrador.


4.1 Indica dois elementos que contribuem para este aspeto.
R: As “enormes pedras negras” tornam o cenário escuro. Por outro lado, as almas que vagueiam
e ignoram Ulisses são sombras, acentuando essa sensação de escuridão.

5. A expressão “vulcões adormecidos” (l. 3) contém uma personificação, pois atribui aos vulcões uma
característica humana: a capacidade de dormir.
5.1. Parece-te que esta expressão é mais sugestiva do que “vulcões apagados”? Apresenta uma
razão para justificares a tua opinião.
R: Sim, creio que a expressão “vulcões adormecidos” é mais sugestiva, pois, ao comparar-se o
estado dos vulcões a um sono, prevê-se a possibilidade de estes poderem “acordar”, ou seja,
voltarem a entrar em atividade.

6. Depois de entrar na gruta, Ulisses cruza-se com a alma da sua mãe.


6.1. Indica a causa da sua morte.
R: A mãe de Ulisses morreu por causa do desgosto provocado pela ausência do filho.
7. A mãe de Ulisses põe-no a par dos acontecimentos em Ítaca.
7.1. Completa o esquema seguinte, que dá conta das relações de causa e efeito entre alguns desses
acontecimentos.

consequência causa
O povo de Ítaca Penélope, a mulher de Pretendentes de todo o
acredita que Ulisses Ulisses, tem de se voltar a mundo aguardam a
está morto. casar para dar um novo rei à escolha de Penélope.
pátria.

8. Há duas afirmações falsas no conjunto de frases seguinte.


8.1. Identifica-as e corrige-as, de acordo com o texto.
a. Cérbero, o guarda da gruta, é um cão com um corpo fora do comum. V
b. Ulisses esconde-se dos habitantes da gruta para não ser descoberto. F
c. Ulisses decobre que a mãe morreu. V
d. Telémaco não acredita na morte do pai. V
e. Penélope faz e desfaz a mortalha destinada ao sogro, pois não quer que ele morra. F
f. Ulisses conclui que é urgente chegar a Ítaca. V
45
b. Ulisses entra sem medo na gruta e passa pelas almas dos mortos, que não o veem;
e. Penélope faz e desfaz a mortalha destinada ao sogro, pois não se quer voltar a casar.

Grupo IV – GRAMÁTICA

1. Atenta na frase: “Então Ulisses ofereceu-lhe a carne da ovelha negra […].” (ll. 17-18).
1.1 Reescreve-a, substituindo a expressão sublinhada por um pronome pessoal. Faz apenas as
alterações necessárias.
R: “Então Ulisses ofereceu-lha.

2. Associa os constituintes sublinhados na coluna A à respetiva função sintática na coluna B.


Atenção, há opções a mais na coluna B.
A B
1. Sujeito
a. Meu filho, tu aqui neste lugar? (l. 19) 2. Complemento direto
3. Complemento indireto
b. Exigiram-lhe um prazo. (l. 37)
4. Vocativo

a.4 ; b.3;
3. Assinala com X a função sintática dos constituintes sublinhados.
Frases Comp. direto Comp. oblíquo Predicativo do sujeito

a.Esta história é deveras interessante. X


b.Gostas de histórias de aventuras? X
c.De repente, ele encontrou a mãe. X
d.A solução do problema estava na ilha. X
e.Mais tarde, os marinheiros foram para o barco. X

4.Observa a frase seguinte:

Ulisses e os companheiro eram marinheiros.

4.1 Assinala com as alíneas que contêm afirmações corretas em relação à frase acima.
a) O sujeito da frase é composto. X
b) O verbo da frase é um verbo transitivo. X
c) O verbo da frase é um verbo copulativo. X
d) A palavra sublinhada desempenha a função sintática de predicativo do sujeito. X
e) A palavra sublinhada desempenha a função sintática de complemento direto.

5.Na lista seguinte, sublinha os verbos copulativos.

andar brincar correr comer continuar conversar escrever estar

estudar falar ficar parecer partir permanecer ser

6. Faz corresponder cada forma verbal sublinhada nas frases da coluna A à respetiva subclasse na
coluna B.
Coluna A Coluna B
A. Ulisses não estava com medo.
1.Verbo principal intransitivo
B. Cérbero adormecera.
2.Verbo principal transitivo
C. Ulisses tinha chegado à Ilha dos Infernos.
3.Verbo copulativo
D. Os marinheiros avistaram terra.
4.Verbo auxiliar dos tempos compostos

A. 3; B. 1; C. 4; D. 2

7.Completa as frases, conjugando os verbos entre parênteses nos tempos e modos indicados.
Pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo
a. Circe tinha revelado (revelar) a Ulisses o truque para entrar na gruta.
Condicional
b. O plano de Penélope não resultaria (resultar) durante muito mais tempo.
Pretérito imperfeito do conjuntivo
c. Se todos os seus olhos estivessem (estar) fechados, Cérbero estaria acordado!
Presente do conjuntivo
d. Ulisses disse aos companheiros: – Sejamos / sede (ser) fortes neste momento!
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Grupo V – ESCRITA

Depois da guerra de Troia, Ulisses regressa a casa (a ilha de Ítaca), realizando uma longa viagem
recheada de peripécias.
Recorda, por palavras tuas, o episódio do MAR DAS SEREIAS.
Sugestão: Podes iniciar no episódio anterior que acabaste de ler na Educação Literária – Ilha dos
Infernos.
O teu texto, com um mínimo de 140 e um máximo de 200 palavras, deve:
 apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão;
 apresentar um momento de descrição;
 ter um momento de diálogo;
No final, faz a revisão do teu texto, verificando se:
 respeitaste o tema proposto e o género indicado;
 as partes estão devidamente ordenadas;
 há repetições que possam ser evitadas;
 usaste corretamente a pontuação.
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Bom trabalho!! 

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