O DNA das células eucarióticas é linear enquanto que o das procarióticas é circular.
Nos procariontes o DNA encontra-se no hialoplasma, como uma molécula circular, sem outros
constituintes associados – nucleoide.
O núcleo das células eucarióticas é separado do citoplasma pelo invólucro nuclear (membrana
dupla). Em determinados locais as duas membranas fundem-se e formam poros nucleares –
regulam o movimento de macromoléculas entre o núcleo e o citoplasma.
No núcleo, podem existir nucléolos – regiões em cuja constituição entram ácidos nucleicos e
proteínas.
DNA – molécula pertencente à categoria dos ácidos nucleicos; na sua estrutura encontra-se,
em código, a informação que programa todas as atividades celulares e que é transmitida de
geração em geração.
O DNA é igual em todo o lado (46 cromossomas), menos nos gametas femininos e masculinos
(23 cromossomas) e nos glóbulos vermelhos (por serem células anucleadas, e por isso sem
núcleo, também não têm cromossomas)
A totalidade das 100 biliões de células resultou de uma célula inicial- o ovo ou zigoto. Esta
célula contém a informação necessária para o nosso desenvolvimento.
• Experiência de Griffith:
Após a descoberta de Friedrich Miescher em 1869 da existência do DNA, Griffith realizou uma
série de experiências em 1928 que vieram a desenvolver a importância do DNA para a célula.
A partir das bactérias que causam a pneumonia (Strepococcus Pneumoniae) que se podem
dividir em duas estirpes, S (lisas, capsuladas e virulentas) e R (rugosas, não capsuladas e não
patogénicas), Griffith procedeu da seguinte forma:
Lote 2:O rato foi infetado com a estirpe não virulenta e sobreviveu.
Lote 3:O rato foi infetado com a estirpe virulenta morta pelo calor e sobreviveu.
Lote 4:O rato foi infetado com a estirpe não virulenta juntamente com a virulenta morta pelo
calor e morreu. Surgiam bactérias tipo S vivas no rato.
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• Experiência de Avery:
B-Tipo R (não virulentas) + DNA tipo S (virulentas) ---------------------> tipo S vivas, o rato morre
C-Tipo R (não virulentas) + DNA degradado tipo S ---------------------->Tipo R, rato vivo (porque o
DNA está degradado)
D-Tipo R (não virulentas) + DNA tipo S + RNA degradado -------------> tipo S vivas, o rato vive (o
rato vive, pois o RNA está degradado, não virulentas)
E-Tipo R (não virulentas) + DNA tipo S + protease ----------------------> tipo S vivas, o rato vive (o
rato vive, pois a proteína está degradada, não virulentas)
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• Bases Pirimídicas: Uracilo (RNA), Timina (DNA) e Citosina que formam um anel simples.
Estrutura do DNA:
Através da análise do DNA de vários organismos por Chargaff foi possível chegar-se à
conclusão de que a percentagem de Adenina é igual a de Timina e que a de Guanina é igual à
de Citosina (não perfeitamente pois existem sempre erros). Assim, a percentagem de Purinas é
igual à de Pirimidinas. A partir destas investigações e da descoberta de Rosalind Franklin,
Watson e Crick apresentaram na Universidade de Cambridge o Modelo de Dupla Hélice do
DNA.
Ex:
1 cadeia tem: A molécula a que pertence essa cadeia tem:
100 nucleótidos 200 nucleótidos
3 timinas 6 timinas
3 adeninas 6 adeninas
100-6=94 guaninas + citosinas 188 guaninas + citosinas
? guaninas 94 guaninas
? citosinas 94 citosinas
As cadeias designam-se por antiparalelas uma vez que a extremidade 5’ de uma cadeia
corresponde a extremidade 3’ da outra cadeia.
Entre as bases azotadas verifica-se uma ligação por pontes de hidrogénio. Ou seja, a Adenina
emparelha com a Timina (por duas pontes de hidrogénio) e a Guanina à Citosina (por três
pontes de hidrogénio). Por isso são bases complementares, o que justifica as proporções
encontradas por Chargaff.
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Marta Leal
Estrutura do RNA:
A molécula de RNA é formada por uma cadeia simples de
nucleótidos e é muito mais pequena que a molécula de DNA.
Contudo, em determinadas regiões, a molécula de RNA pode
dobrar-se devido ao estabelecimento de pontes de hidrogénio
entre as bases complementares (A com U e G com C).
Esta pode apresentar formas estruturais diferentes de acordo
com a função que desempenha;
Esta molécula é sintetizada a partir do DNA (por isso é que é
mais curta que este) e pode ser de três tipos:
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Marta Leal
Replicação do DNA:
Foram propostos três modelos para a replicação do DNA:
Experiência A
A1-Cultivaram bactérias (Escherichia coli) em meios de cultura diferentes. um contendo um
isótopo pesado de azoto (15N) e outro contendo azoto normal (14N)
A2-Extrairam o DNA das bactérias presentes em cada um dos meios de cultura e colocaram
essas amostras de DNA numa solução de cloreto de césio (CsCl), procedendo à sua
centrifugação.
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A3 - Verificaram que as cadeias de DNA das bactérias cultivadas no meio contendo 15N eram
mais densas do que as cadeias de DNA das bactérias que cresceram no meio com azoto normal
(1N).
Esta experiência é necessária para saber a posição onde estaria o DNA, informação importante
para a experiência seguinte.
Experiência B
Cultivaram E.Coli num meio de cultura com 15N durante várias gerações de bactérias,
transferindo posteriormente para um meio com azoto normal.
Extraiu-se DNA no momento em que foi colocado no azoto normal, 20 minutos depois e 40
minutos depois. Através da densidade do DNA recolhido foi possível chegar-se à conclusão que
o DNA se duplica de modo semiconservativo, sendo que se conserva sempre uma cadeia e se
gera uma nova.
Assim, na primeira geração, cada molécula de DNA apresenta uma cadeia de nucléolos
com 15N (que provinha da geração parental) outra com 14N (formados com nucléolos
que incorporam o azoto presente no meio). Desta forma as moléculas de DNA
apresentam uma densidade intermediária entre DNA com 15N e DNA com 14N.
(50%/50%)
Na segunda geração, metade das moléculas é formada por duas cadeias leves e outra
metade é formada por uma cadeia leve e uma cadeia pesada (densidade
intermediária). (75%/25%)
• os nucleótidos de DNA que se encontram livres na célula encaixam nos filamentos que
se vão afastando, através de ligações que obedecem à regra da complementaridade
das bases – a citosina liga-se à guanina e a timina à adenina;
• as novas moléculas de DNA, idênticas entre si, são complementares das cadeias
originais e cada uma delas é antiparalela relativamente à cadeia que lhe serviu de
molde;
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Síntese Proteica:
Para que a síntese proteica ocorra, são necessários dois processos: a transcrição e a tradução.
A transcrição é o processo que permite que a informação genética do DNA seja copiada para
uma molécula de mRNA.
A tradução é o processo de utilização da informação contida, agora, na molécula de RNA para
sintetizar proteínas.
O segmento de DNA que contem a informação necessária para sintetizar uma determinada
proteína é o gene.
Ao conjunto dos genes que existe num indivíduo chama-se genoma. O genoma constitui a
totalidade da informação genética presente num ser vivo.
Código Genético:
As moléculas de DNA e as proteínas são constituídas por monómeros ou unidades básicas. Os
monómeros dos ácidos nucleicos são os nucleótidos, enquanto que os monómeros das
proteínas são os aminoácidos. No caso dos ácidos nucleicos, existem quatro monómeros
diferentes, enquanto que nas proteínas existem cerca de vinte unidades básicas diferentes.
Como é que, existindo quatro nucleótidos diferentes, era possível que estas codificassem cerca
de vinte aminoácidos distintos? Que código seria usado pelos genes?
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Assim, chegou-se à conclusão de que para codificar um aminoácido seriam necessários três
nucleótidos, um tripleto.
Após esta descoberta, realizaram-se duas experiências que a vieram desenvolver. Nirenberg
chegou à conclusão de que quando utilizava mRNA poli-U apenas obtinha um tipo de
aminoácido, e a mesma coisa com poli-A e poli-C.
Khorana sintetizou moléculas com nucleótidos alternados (ACACACA), e como esta cadeia
permitia duas combinações (ACA e CAC) formaram-se dois tipos de aminoácidos.
Assim uma informação do DNA é transcrita para o mRNA, sendo, posteriormente, traduzida
para linguagem proteica (com intervenção do tRNA e dos ribossomas)
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(ver melhor isto) Em relação aos erros neste código, na formação de proteínas, alguns podem
causar grandes consequências, como nenhuma. Pois mais que uma sequência de nucleótidos
está associada a uma proteína, por isso em certos erros a proteína é a mesma em outras não, e
por isso trazem consequências.
• o terceiro nucleótido de cada codão não é tão específico como os dois primeiros – por
exemplo, os codões CGU, CGC, CGA e CGG são sinónimos na codificação da arginina;
• o tripleto AUG tem dupla função – este tripleto codifica a metionina e é um codão de
iniciação da síntese de proteínas;
• os tripletos UAA, UAG e UGA são codões STOP ou de finalização – estes codões, que
não codificam nenhum aminoácido, representam sinais de fim de síntese de proteínas.
Transcrição
Para que a transcrição ocorra é necessário que a RNA polimerase desenrole um segmento de
DNA, quebrando as ligações hidrogénio entre as bases azotadas e separando as cadeias.
Assim, uma das cadeias de DNA serve de molde para o mRNA (que se constitui através dos
nucleótidos existentes no nucleoplasma).
Nessa altura a molécula de RNA sintetizada desprende-se da molécula de DNA, que volta à sua
estrutura inicial de dupla hélice.
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Nos seres eucariontes o mRNA utilizado durante a transcrição é designado por RNA pré-
mensageiro, uma vez que ainda irá sofrer uma maturação ou processamento. Esta ocorre
quando diversas secções do mRNA, os intrões, são removidas.
Desta forma, os exões constituem o mRNA maturado, ou seja, a informação para a síntese
proteica dispõe-se de forma fragmentada.
Nos seres procariontes a fase de processamento do mRNA não ocorre, pois a transcrição e
tradução correm no citoplasma, e por isso a transcrição ainda não acabou e a tradução já
começou, não dando tempo para que ocorra o processamento.
No final deste processo, o mRNA migra do núcleo para o citoplasma, onde ocorrerá o processo
de tradução.
Tradução
• uma região que lhe permite fixar um aminoácido específico, designado local aminoacil.
Esta região localiza-se na extremidade 3’ da molécula (de tRNA);
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Iniciação
Alongamento
Finalização
• Por último o ribossoma encontra um codão de finalização (UAA UAG ou UGA). Como a
estes codões não corresponde nenhum tRNA, o alongamento termina.
• Finalmente, o péptido (o melhor é dizer sequencia de aminoácidos, pois pode não ser
péptido, tendo mais de 20 aminoácidos e pode não ser uma proteína funcional) é
libertada.
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Apesar de este ser um processo anabólico exige consumo de energia, a síntese proteica pode
ser considerada um processo económico pois a cada molécula de mRNA podem ligar-se vários
ribossomas, formando um polirribossoma ou polissoma. Assim que um ribossoma se desloca o
suficiente outro ribossoma se pode ligar ao mRNA, desta forma podem ser feitas várias copias
desta proteína.
Nota: É mais grave ocorrer mutações na replicação do DNA do que na transcrição, pois tudo o
que será formado a partir desta molécula terá um erro, enquanto que na transcrição afetará
apenas aquele mRNA. É ainda menos grave na formação da proteína.
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Quando uma célula entra em divisão para facilitar a mesma o DNA necessita de se condensar e
por isso o DNA sofre um processo progressivo de condensação, originando filamentos curtos e
espessos designados cromossomas, que antes desta condensação constituam um filamento de
cromatina.
Quando uma célula se divide, cada célula-filha recebe uma de cada um dos seus cromossomas,
assegurando-se, desta forma, que recebe toda a informação genética que a célula-mãe
possuía.
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O processo que permite que um núcleo se divida, originando dois núcleos-filhos, cada
um contendo uma cópia de todos os cromossomas do núcleo original e,
consequentemente, de toda a informação genética, designa-se mitose.
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Interfase
• Período G1
Após uma divisão celular, inicia-se a primeira etapa da interfase, o período G1. Durante este
período, ocorre uma intensa atividade de síntese. São produzidas moléculas de RNA, a partir
da informação do DNA nuclear, no sentido de sintetizar proteínas, lípidos e glícidos. Esta fase
tem uma duração muito variável, dependendo do tipo de célula (se a célula já estava em
repouso antes já foram, por isso, já foi formandas novas substancias se este período foi curto
ou mesmo 0). As células de divisão lenta, ou que não irão sofrer mais divisões, entram então
numa fase G0 onde permanecem longos períodos de tempo, até nova divisão ou até à sua
morte. Por sua vez, as células de divisão rápida entram no período S
• Período S
O período S é caracterizado pela replicação do DNA. Durante este período, cada molécula de
DNA origina, por replicação semiconservativa, duas moléculas-filhas idênticas. Às novas
moléculas de DNA associam-se histonas, formando-se, então, cromossomas constituídos por
dois cromatídeos ligados pelo centrómero.
• Período G2
O período G2 tem lugar após a replicação do DNA e antes de ter início a divisão nuclear. Neste
período, verifica-se a síntese de mais proteínas, bem como a produção de estruturas
membranares, a partir das moléculas sintetizadas em G2, que serão utilizadas nas células-filhas
No final do período G2, inicia-se a mitose, período durante o qual O núcleo da célula
experimenta um conjunto de transformações que termina com a sua divisão. Embora a mitose
seja um fenómeno contínuo, por uma questão de facilidade de estudo, é comum distinguir-se
quatro fases: profase, metafase, anafase e telofase.
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Mitose
• Profase
• Metafase
• Anafase
o Verifica-se o rompimento do centrómero, separando-se os dois cromatídeos
que constituíam cada um dos cromossomas.
o Os cromossomas iniciam a ascensão polar ao longo das fibrilas dos
microtúbulos.
o No final da anafase, cada polo da célula possui um conjunto de cromossomas
(constituídos por um só cromatídeo) exatamente igual.
• Telofase
o Inicia-se a organização dos núcleos-filhos.
o Forma-se um invólucro nuclear em torno dos cromossomas de cada monte de
cromossomas
o Os cromossomas iniciam um processo descondensação, formando a
cromatina.
o As fibrilas do fuso acromático desorganizam-se.
o A mitose termina. A célula possui agora dois núcleos.
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Citocinese
Citocinese- a divisão do citoplasma que completa a divisão celular, pode ocorrer (ou não no
caso das células polinucleadas). Esta pode se iniciar na anafase ou na telófase.
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Para que a partir de uma célula inicial se obtenha uma variedade tão grande de células têm
que existir um processo de diferenciação.
As células que, como o ovo ou zigoto, possuem a capacidade de originar todas as outras
células, designam-se, totipotentes. As primeiras divisões do ovo originam células
indiferenciadas que se vão continuar a dividir até que iniciam um processo de diferenciação,
tornando-se células especializadas.
Características:
• São células indiferenciadas - não especializadas;
• Têm a capacidade de expansão, isto é, são capazes de se dividirem e de se
diferenciarem em diferentes tipos de células
• Apresentam capacidade de autorrenovação – apresentam uma divisão assimétrica
originando, por mitose, uma célula especializada e outra estaminal.
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Embrionárias Totipotentes
Células
Fetais Pluripotentes
Estaminais
Adultas Multipotentes
Nos tecidos adultos apenas existem células multipotentes, que não são capazes de produzir
células de outro tipo.
No entanto, nos tecidos adultos vegetais existe um outro tipo de células indiferenciadas, os
meristemas, que são capazes de renovar zonas lesadas e levar ao crescimento de órgãos.
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informação para a diferenciação de qualquer célula) permitindo que ocorra a diferenciação das
células.
É óbvio que o clone é o clone do dador do núcleo, pois é lá que está a informação genética que
será usada.
Para ser geneticamente igual à mãe usa-se apenas o óvulo, se fosse usado um Ovo,e ntão o ser
vivo já não seria geneticamente igual.
Nota: a grande diferença entre a estas duas últimas experiências é o facto na experiencia de
Briggs e King é utilizado um embrião, podendo ainda ter células totipotentes tornando a
clonagem mais fácil do a da ovelha Dolly .
Vantagens da clonagem
Causas: alguns fatores externos, como radiações, certas substâncias tóxicas e vírus.
Determinados
Nota: Para que ocorra a formação de cancro são necessárias duas coisas: que o gene que
aumenta a divisão das células esteja ativo e que o gene responsável por diminuir a divisão das
células esteja desativado.
Uma das mais preocupantes alterações que ocorre nas células é a perda dos mecanismos de
regulação celular, resultantes da alteração na expressão dos genes. Estas alterações podem
traduzir-se por um aumento da proliferação celular ou por uma diminuição da apoptose
(morte celular programada).
Nestas situações, as células dividem-se de forma descontrolada, até que não existam
nutrientes disponíveis. O resultado desta divisão frenética é a produção de grandes
aglomerados celulares, com diferenciação deficiente (a massa de tecido cancerígena não tem a
função do tecido onde se encontra, o que impede o normal funcionamento de um ou mais
órgãos levando o indivíduo à morte), que constituem os tumores.
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A migração das células e a sua fixação em novos locais está dependente do rompimento e do
estabelecimento de ligações entre as células ou entre as células e o meio envolvente (matriz
extracelular).
Cancro invasivo
Proliferação celular não
(resultante da
controlada (aumento de Perda de diferenciação Cancro in situ
acumulação de vários
prooliferação e/ou (Displasia) (localizado, não invasivo)
alterações genéticas nas
diminuição da apoptose
células).
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A reprodução é uma função características dos seres vivos, que permite o aparecimento de
novos indivíduos.
A grande variedade de processos reprodutivos que existe pode sistematizar-se em dois tipos
fundamentais: a reprodução assexuada e a reprodução sexuada.
Assim originam-se clones da célula-mãe, o que permite concluir que este tipo de reprodução
não contribui para a variabilidade genética, embora assegure o rápido crescimento em
colonização em ambientes favoráveis.
Reprodução Assexuada
Na reprodução assexuada:
Apesar destes aspetos comuns, existe uma grande diversidade de processos reprodutivos
assexuados, sendo os fundamentais a bipartição, a gemulação, a divisão múltipla,
a esporulação, a fragmentação, a multiplicação vegetativa e a partenogénese.
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Dependendo da espécie podem-se originar novas plantas a partir de várias partes da planta-
mãe. Os processos de multiplicação podem ser por folhas, estolhos, rizomas, tubérculos e
bolbos.
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Tipos de enxertia:
• Enxertia por garfo:
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Nota: A micropropagação:
Através dos tecidos meristemáticos replicam-se várias vezes os fragmentos da planta mãe, o
que permite criar muito rapidamente uma série de novas plantas
Reprodução sexuada
A reprodução sexuada é o tipo de reprodução mais comum no mundo vivo; é o processo
reprodutivo quase exclusivo dos animais superiores e é usual nas plantas superiores. A maioria
dos seres com reprodução assexuada, em certas condições, também se reproduz
sexuadamente.
Na reprodução sexuada:
• intervêm dois progenitores (ou não existem muitas plantas que têm ambos os sexos,
por exemplo), que produzem células reprodutoras especializadas – os gâmetas, ou
seja, para ser considerada uma reprodução sexuada deve haver a intervenção de
gametas)
• ocorre fusão dos dois gâmetas, ou seja, ocorre fecundação. A reprodução sexuada
depende da fecundação;
• durante a fecundação ocorre cariogamia, a fusão dos núcleos dos gâmetas, que leva à
formação do ovo ou zigoto;
• o ovo é a primeira célula do futuro ser vivo. Por mitoses sucessivas, vai originar um
indivíduo com características resultantes da combinação genética dos gâmetas dos
progenitores;
• os indivíduos das sucessivas gerações que vão sendo originados, apesar de terem
algumas características comuns, apresentam diferenças mais ou menos acentuadas
entre eles e em relação aos progenitores – verifica-se, assim, variabilidade genética
nas populações;
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• para a formação dos gâmetas ocorre um processo de divisão celular – a meiose – que
permite a redução do número de cromossomas de uma célula. A reprodução sexuada
depende da meiose.
O ovo resulta da união dos gâmetas que ocorre durante a fecundação. Assim, os cromossomas
presentes no núcleo do ovo são pares de cromossomas do mesmo tipo que provieram metade
de cada gâmeta.
• Haploides – são células que possuem um só cromossoma para cada par de homólogos,
representam-se simbolicamente por n. Exemplos destas células são os gâmetas que se
formaram por meiose; Os seres que são constituídos maioritariamente por células
haploides são seres haploides e têm um ciclo de vida haplonte.
Assim, pela existência alternada destes dois fenómenos indispensáveis para que ocorra
reprodução sexual, está garantida a constância do número de cromossomas de geração em
geração.
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A meiose é um processo de divisão celular que leva à formação de quatro células haploides
semelhantes entre si e com metade do número de cromossomas da célula que lhes deu
origem. Como este fenómeno implica a passagem de um estado Diplóide para um estado
haploide, pode ser designado por redução cromossómica.
Divisão I:
• a separação dos cromossomas homólogos de cada par reduz para metade o número
de cromossomas da célula diploide;
Divisão II:
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Divisão I
Profase I
• Nos pontos de quiasmas pode haver rutura de cromatídeos, podendo ocorrer trocas
recíprocas de segmentos de cromatídios entre dois cromossomas homólogos,
fenómeno designado por crossing-over – um dos responsáveis pela variabilidade
genética;
Metafase I
• Nesta fase, os cromossomas homólogos de cada bivalente dispõem-se
aleatoriamente (ou seja os cromossomas paterno e materno dispõem-
se de forma completamente aleatória ou seja a maneira como se
dispõem não é igual e por isso quando as células se dividem
apresentam tanto cromossomas paternos como maternos, se não
fosse aleatória então as células iriam apresentar apenas cromossomas
paternos ou maternos, diminuindo a variabilidade genética) – um dos
responsáveis pela variabilidade genética - na placa equatorial,
equidistantes dos polos e presos pelos centrómeros às fibras do fuso acromático.
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Anafase I
Telofase I
• Nesta fase não ocorreu alteração do número de cromossomas, nem do teor de DNA.
• Algo muito importante a ter em conta é que como ocorrerá uma divisão logo a seguir a
telófase I, ocorrerá a prófase II, e por isso a maioria dos acontecimentos que ocorrem
nesta etapa não aconteceram realmente evitando gasto de energia e tempo pela
célula, já que os processos que ocorrem na telófase I são os contrários ao que
acontece na Profase II, mas mesmo assim o fuso acromático deve obrigatoriamente se
desagregar.
Divisão II
Profase I
• Na prófase II, os cromossomas com dois cromatídeos condensam-se. (caso
se tenham descondensado na telófase I), o núcleolo desorganiza-se (same),
os dois cromatídeos condensam (same) . O fuso acromático forma-se após a
divisão do centrossoma. Os cromossomas dirigem-se para a placa equatorial,
presos pelo centrómero às fibras do fuso acromático.
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Metafase II
• Caracteriza-se pela formação da placa equatorial;
Anafase II
• Os centrómeros dividem-se;
Telofase II
• Os núcleos reorganizam-se;
• A célula fica constituída por dois núcleos com os mesmo número de cromossomas;
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Na reprodução sexuada, para além da mitose ser fundamental para que se verifique o
crescimento dos novos indivíduos, a meiose é também necessária, como processo de divisão
que compensa a duplicação de cromossomas que se verifica na fecundação.
➢ Assim, existem algumas diferenças bem significativas entre estes dois processos:
Metafase Metafase I
Cromossomas alinham-se no plano equatorial Cromossomas homólogos de cada bivalente
alinham-se aleatoriamente no plano equatorial
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Anafase Anafase I
Separação dos comossomas.e ascenção dos Separação dos comossomas homólogos.e ascenção
cromatídeos dos cromossomas (2 cromatídeos)
Telofase Telofase I
Formam-se células-filhas idênticas à célula-mãe Formam-se duas células-filhas com metade do
(diploides) número de cromossomas da célula-mãe (haploides)
Metafase Metafase II
Cromossomas alinham-se no plano equatorial Cromossomas alinham-se no plano equatorial
Anafase Anafase II
Separação dos comossomas.e ascenção dos Separação dos comossomas.e ascenção dos
cromatídeos cromatídeos
Telofase Telofase II
Formam-se células-filhas idênticas à célula-mãe Formam-se 4 células-filhas com metade do número
(diploides) de cromossomas da célula-mãe (haploides)
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Mutação Cromossómica
➢ Mutações estruturais: são alterações que afetam a estrutura dos cromossomos, ou seja,
o número ou o arranjo dos genes nos cromossomos.
Exemplos de Mutações:
As mutações podem ser provocadas por vários fatores físicos e químicos, mas também podem
ser propositadamente causadas pelo homem, como, por exemplo, a duplicação do número de
cromossomas – poliploidia – para a obtenção de alguns alimentos.
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Ao contrário do que se sucede nos animais, em que os gâmetas se formam por meiose a partir
das células das Gónadas (órgão especializados para a produção de gâmetas), nas plantas, os
gâmetas raramente resultam diretamente da meiose. Geralmente, a meiose origina esporos.
Gametângio- estruturas que dão origem a gâmetas, ainda que estes não sejam formados por
mitose.
Esporângio- estruturas que dão origem a esporos, sejam eles originados ou não por meiose.
Pinheiro
Notas:
- Os pinheiros fazem parte das Gimnospérmicas, que, posteriormente, pertencem ao grupo das
Espermatófitas que se dividem Gimnospérmicas e Angiospérmicas.
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Angiospérmicas
➢ Hermafroditismo:
Um indivíduo possui simultaneamente o sexo masculino e o sexo feminino;
Ocorre principalmente em espécies que têm dificuldades de dispersão geográfica, ou
vivem mesmo isolados;
É comum nos seres invertebrados;
➢ Unissexualismo:
Há um indivíduo do sexo masculino – macho – e um do sexo feminino – fêmea;
A reprodução, neste caso, exige a contribuição de dois indivíduos, um de cada sexo, sendo
estas espécies dioicas;
Ocorre na maioria das espécies;
De acordo com o local onde ocorre, a fecundação pode ser externa ou interna:
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Marta Leal
Nas plantas, as estratégias reprodutivas são bastante diversas. Também os gametângios são
muito variados e característicos dos diferentes tipos de plantas e, como tal, também os
processos de fecundação são diferentes:
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Quanto às angiospérmicas:
o Produzem:
- Os grãos de pólen, gametas masculinos,
produzidos nos sacos polínicos que se
localizam nas anteras;
- Os óvulos, gâmetas femininos existentes no
interior dos ovários.
• Podem ser:
• Para que haja fecundação tem de ocorrer a polinização que é o transporte de grãos de
pólen para os órgãos femininos da flor esta pode ser direta ou indireta:
Alguns seres vivos podem apresentar os dois tipos de reprodução, conseguindo mudar de
estratégia reprodutiva de acordo com as condições do meio, de modo a maximizar as
vantagens oferecidas por cada processo. Esta situação é vulgar em espécies como os afídios,
vulgarmente designados por pulgões.As principais vantagens e desvantagens destes dois tipos
de reprodução são:
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Quando a reprodução é assexuada existe estabilidade genética e, como tal, não há alteração
do número de cromossomas de cada espécie.
➢ Meiose pré-gamética – a meiose ocorre durante a produção dos gâmetas, que são as
únicas células haplóides. O ciclo correspondente diz-se diplonte.
➢ Meiose pós-zigótica – a meiose ocorre logo após a formação do zigoto, sendo o zigoto a
única estrutura diplóide do ciclo, que se designa por haplonte.
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A espirogira:
• É uma alga que vive em água doce. Forma agregados filamentosos, constituídos por
células cilíndricas dispostas topo a topo, que fazem parte daquilo que vulgarmente se
chama limo.
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Nota: se eu der o exemplo do homem, devo explicitar… por exemplo no caso do homem
(cuidado)
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• Desta fecundação resulta um ovo ou zigoto diploide que sofre divisões mitóticas
sucessivas originando um novo indivíduo pluricelular.
• Inclui ao contrário dos outros dois ciclos estados pluricelulares diplóides e haplóides;
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• A diplofase tem início no ovo ou zigoto (2n) que sofre mitoses consecutivas formando um
organismo multicelular diplóide – esporófito, que diferencia esporângios onde, as células
mãe dos esporos sofrem meiose formando os esporos (n) no momento em que ocorre
meiose, esta fase acaba; todas as células desta fase são diplóides à excepção dos
esporos;
• Habita locais húmidos, tais como zonas arborizadas, troncos de árvores e muros
velhos;
• na época reprodutiva, na página inferior das folhas, formam-se soros que são grupos
de esporângios que contêm as células-mãe dos esporos;
• as células-mãe dos esporos sofrem meiose, originando esporos haploides que, quando
estão maduros, são libertados;
• se caírem em solo favorável, cada esporo germina e origina uma estrutura laminar,
fotossintética de vida independente – o protalo;
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• os anterozoides, quando a água no solo é suficiente, nadam até aos arquegónios onde
se fundem com a oosfera;
• desta fecundação, dependente da água, resulta um zigoto diploide que vai iniciar o seu
desenvolvimento sobre o protalo, originando uma nova planta adulta –
novo esporófito de vida independente.
• Há alternância de gerações (que também existe nos outros ciclos de vida, mas como
nesses casos um dos ciclos é muito maior que o outro, então a fase mais pequena não
é considerada, como neste ciclo ambas as fases são iguais ambas são consideradas)
• A fase diploide é mais desenvolvida do que a fase haploide, isto apenas acontece pois
a planta adulta encontra-se na fase diploide.
• Existem dois seres representativos, o esporófito (que pode ou não ser fotossintético,
dependendo se consideramos os soros ou próprio feto como esporófito), que é o ser
pluricelular diploide, assim representante da fase diploide; e o gametófito, que é
fotossintético, é um ser pluricelular haploide, assim representante da fase haploide.
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A vida na Terra foi evoluindo, de forma lenta e gradual, sofrendo diversas modificações que
deram origem à grande diversidade de seres vivos que podemos observar atualmente no
nosso planeta.
Os seres vivos podem agrupar-se em dois grandes grupos, os seres procariontes e os seres
eucariontes:
• São classificados com base na organização celular, ou seja, no tipo de células que os
constituem:
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Pensa-se que foram os procariontes que estiveram na origem da diversidade de formas de vida
existentes atualmente, devido:
• Ao registo fóssil existente: os dados fósseis sugerem que os seres eucariontes surgiram
2000 milhões de anos depois dos organismos procariontes.
Nota: nenhuma das hipóteses explica esta evolução de forma completa, mas podemos afirmar
que a mais aceitável é a hipótese endossimbiótica.
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Hipótese Autogénica
Esta hipótese pressupõe que o material genético do núcleo e dos organelos (sobretudo das
mitocôndrias e dos cloroplastos) tenha uma estrutura idêntica. Contudo, tal não se verifica. O
material genético destes organelos apresenta, geralmente, uma maior semelhança com o das
bactérias autónomas, do que com o material genético presente no núcleo.
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Marta Leal
Hipótese Endossimbiótica
Por outro lado, outro grupo de procariontes, semelhante às atuais ciano- bactérias, tinha
desenvolvido a capacidade de produzir compostos orgânicos, utilizando a energia luminosa. A
associação das células procarióticas de maiores dimensões com estes seres, ancestrais dos
cloroplastos, conferia-lhe vantagens evidentes.
Mas, nem todas as células eucarióticas possuem cloroplastos. Este facto é explicado, segundo
a Hipótese Endossimbiótica, pelo estabelecimento de relações simbióticas de forma
sequencial. Isto é, as primeiras relações endossimbióticas terão sido estabelecidas com os
ancestrais das mitocôndrias e, só posteriormente, algumas dessas células terão estabelecido
relações de simbiose com os ancestrais dos cloroplastos.
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• Não esclarece como é que o DNA nuclear comanda o funcionamento dos cloroplastos
e das mitocôndrias;
• Não explica como é que tendo os seres procariontes as mesmas dimensões um foi
englobado por outro (stor).
• Não explica o porque dos ribossomas das células eucarióticas serem maiores (stor).
• Não explica o porque do DNA nas células eucarióticas no núcleo é linear (stor).
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Da unicelularidade à multicelularidade
• O aumento do metabolismo.
À medida que as dimensões da célula aumentam, a razão entre a área da célula e o seu volume
diminui porque o crescimento celular não pode ser indefinido. Então, como o metabolismo se
torna mais ativo, mas a superfície membranar que contacta com o exterior não tem um
aumento proporcional, as trocas com o meio tornam-se menos eficientes e não são capazes de
dar resposta às necessidades das células.
Assim, para indivíduos com dimensões superiores a 1mm sobreviverem só têm duas
possibilidades: ou são unicelulares, mas com um metabolismo muito baixo ou, para darem
resposta às necessidades metabólicas, têm de ser multicelulares.
Embora ainda não esteja bem esclarecida, pois o registo fóssil não é suficiente, pensa-se que a
multicelularidade tenha resultado de associações vantajosas entre eucariontes unicelulares
que foram evoluindo:
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Volvox não é considerado um ser pluricelular, pois, embora seja constituído por células
estruturalmente independentes, sob o ponto de vista funcional, a sua diferenciação é ainda
muito incipiente, confinando-se exclusivamente às células reprodutoras. Contudo, este
exemplo é bastante útil para se compreender que organismos coloniais semelhantes tenham
evoluído no sentido de maior organização e diferenciação estrutural e funcional e, como tal, da
verdadeira multicelularidade.
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Pensa-se que:
• Os seres coloniais possam ter estado na origem de algas verdes pluricelulares, algumas
das quais evoluíram mais tarde para plantas;
• Este dado é apoiado pela existência de clorofila a e b nas algas verdes e nas plantas e,
também, pela presença de amido como substância de reserva em ambas;
Em suma, pode dizer-se de forma muito simples que a evolução das formas de vida se
processou dos procariontes para os eucariontes unicelulares e dos seres coloniais para os
pluricelulares.
Desde tempos remotos que o Homem tenta explicar a origem e a diversidade das espécies.
Várias teorias surgiram, enquadradas em dois grandes grupos: teorias fixistas e teorias
evolucionistas.
Fixismo:
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• Foi aceite durante muitos séculos, principalmente porque era apoiada pela observação
de gerações sucessivas de seres vivos que eram sempre semelhantes;
Evolucionismo:
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Lamarckismo:
• Foi a primeira teoria explicativa sobre o mecanismo de evolução dos seres vivos,
formulada e defendida por um naturalista francês, o cavaleiro de Lamarck;
• Esta teoria assentava em duas leis fundamentais – a Lei do uso e do desuso e a Lei da
herança dos caracteres adquiridos;
• Nesta teoria, a adaptação é definida como sendo a capacidade dos seres vivos
desenvolverem características que lhes permitam sobreviver e reproduzir-se num
determinado ambiente (as características são adquiridas o que é errado, elas já
existem devido à variabilidade, mas prontos)
• Admite, ainda, uma progressão lenta e gradual dos organismos mais simples para os
mais complexos.
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Teoria Transformista
A conceção de Buffon relativamente à origem da diversidade de espécies é uma conceção
transformista.
Buffon admitia que as espécies derivavam umas das outras por degeneração e que esta
transformação era lenta e progressiva, existindo espécies intermédias até às formas atuais.
Esta visão de transformações progressivas encerra uma conceção evolucionista, na qual o
tempo geológico é fundamental para que estes fenómenos tenham lugar.
Buffon admitia que circunstâncias ambientais, como o clima e o alimento, eram a razão desta
transformação por degeneração.
Assim, enquanto que algumas formas originais persistiam, outras degeneravam, conduzindo à
formação de espécies próximas. Segundo ele: “as espécies menos perfeitas, mais delicadas,
menos ativas, menos armadas, já desapareceram ou vão desaparecer".
Hutton estabeleceu uma idade para a Terra muito superior àquela que era admitida até então
e defendia que o planeta era, e tinha sido sempre, dominado por forças terrestres, como os
ventos, a chuva, a geada, responsáveis por fenómenos de erosão, subsidência e sedimentação,
bem como por fenómenos de fusão magmática.
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Darwinismo
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• Em cada geração, uma parte dos indivíduos é naturalmente eliminada na luta pela
sobrevivência;
• A seleção natural, feita pela Natureza, privilegia os indivíduos mais bem dotados e
elimina os menos aptos relativamente a determinadas condições do ambiente –
sobrevivência do mais apto;
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• Os mais aptos, portadores das variações favoráveis, vivem durante mais tempo e
reproduzem-se mais e, como tal, transmitem as suas características aos descendentes
por reprodução diferencial;
A principal crítica a esta teoria é o facto de não conseguir explicar as causas das variações
existentes nas populações. (coitado sabia ele lá da existência dos genes)
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• Tem como objectivo estabelecer possíveis relações de parentesco entre seres vivos de
diferentes grupos taxonómicos;
Estruturas homólogas
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• Um órgão que era mais complexo vai evoluindo no sentido de se tornar mais simples,
regredindo.
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Estruturas análogas
• Resultam da atuação da seleção natural sobre indivíduos com origens distintas que
conquistaram meios semelhantes; os que possuem estruturas que desempenham
funções semelhantes são selecionados em detrimento de outros;
Estruturas vestigiais
• A seleção natural pode exercer pressões seletivas que favoreçam indivíduos com
determinado órgão desenvolvido mas, noutro meio, esse órgão pode ser
desnecessário;
• Existem vários exemplos: é o caso da membrana nictitante, dos músculos das orelhas,
das vértebras do cóccix.
Argumentos paleontológicos
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Argumentos citológicos
• Todos os seres vivos, apesar da grande diversidade que apresentam, são constituídos
por células;
Para reconstituir o processo evolutivo é necessário recorrer a vários tipos de argumentos que
são analisados em conjunto. Para além da Anatomia comparada, da Paleontologia e da
Citologia, os cientistas recorrem à Embriologia, à Bioquímica e à Biogeografia para recolherem
o maior número possível de dados das diferentes áreas do conhecimento e, assim, tentarem
esclarecer melhor o processo evolutivo.
Tal como foi enunciada por Darwin, a teoria da evolução apresentava alguns pontos que não
foram totalmente esclarecidos, como:
• Mutações – são uma evidência que permite explicar as variações dos seres vivos;
Com estes novos dados, a Teoria de Darwin é revista e surge uma nova teoria –
o Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução. Para explicar os mecanismos evolutivos,
esta teoria apresenta duas ideias fundamentais, a variabilidade genética e a seleção natural:
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Mutações
• São a fonte primária da variabilidade porque introduzem novos genes nas populações;
Recombinação genética
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As populações são formadas por indivíduos que podem ser, mais ou menos,
semelhantes entre si (variabilidade genética).
Quanto maior for a diversidade de indivíduos de uma determinada população, maior
será a probabilidade de essa população sobreviver se ocorrerem alterações
ambientais. Isto porque maior será a probabilidade de existirem indivíduos com
características que os tornem mais aptos para esse novo ambiente. Em oposição, as
populações com uma baixa diversidade, embora possam estar muito bem adaptadas a
um determinado ambiente, podem ser rapidamente eliminadas se ocorrerem
modificações ambientais.
Do ponto de vista ecológico, as populações são conjuntos de indivíduos de uma espécie que
vivem numa determinada área, num dado intervalo de tempo. Do ponto de vista genético,
considera-se uma população um conjunto de indivíduos que se reproduz sexuadamente e
partilha um determinado conjunto de genes.
O conjunto de genes de uma população mendeliana constitui o fundo genético (ou gene pool).
Diversos fatores podem atuar sobre o fundo genético de uma população, modificando-o.
Contudo, geralmente, considera-se que apenas as mutações, as migrações, a deriva genética,
os cruzamentos ao acaso e a seleção natural são capazes de produzir alterações significativas
do fundo genético, de forma a promover fenómenos evolutivos.
– alguns genes tornam-se mais frequentes, outros vão sendo progressivamente eliminados;
– os indivíduos com o conjunto génico que os torna mais aptos reproduzem-se mais e estes
genes tornam-se mais frequentes na população;
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Marta Leal
Mutações
A ocorrência de mutações nos seres pode alterar o genoma do organismo e introduzir novas
combinações de genes no fundo genético das populações.
Ou seja, as mutações permitem o aparecimento de novos genes nas populações.
Migrações
Deriva genética
O efeito fundador ocorre quando um reduzido número de indivíduos se desloca para uma nova
área transportando uma parte restrita do fundo genético.
O efeito gargalo quando uma determinada população sofre uma diminuição brusca devido a
alterações climatéricas, epidemias, incêndios, inundações, terramotos, etc. Assim apenas os
genes dos sobreviventes se mantêm, sendo os outros eliminados por deriva genética, e não por
seleção natural.
Cruzamentos ao acaso
Quando os cruzamentos ocorrem ao acaso, diz- se que existe panmixia, o que permite a
manutenção do fundo genético.
Se se privilegiar determinado tipo de características para o cruzamento, ou seja, na escolha do
parceiro sexual houver tendência para privilegiar determinadas características, a frequência do
conjunto de genes que os indivíduos escolhidos possuem tenderá a aumentar.
Seleção Natural
A seleção natural atua sobre fenótipos, isto é, são selecionados os indivíduos que possuem
fenótipos que os tornam mais aptos para o ambiente em que vivem, permitindo-lhes deixar
mais descendentes do que os indivíduos com outros fenótipos.
Considera-se fenótipo (“tipo de aspeto") como o conjunto de características anatómicas,
fisiológicas e bioquímicas observáveis nos indivíduos que resultam da expressão de
determinados genes (genótipo).
Desta forma, a seleção natural pode promover a manutenção de um determinado fundo
genético ou conduzir à sua alteração.
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Marta Leal
Seleção artificial
Tal como Darwin observou, o Homem pode ser responsável pela modificação de determinadas
espécies.
Ao escolher as plantas e os animais que reúnem as “melhores" características, promovendo a
sua reprodução, o Homem realiza um processo de seleção artificial.
Ao encorajar a reprodução de uns e impedir a reprodução de outros de forma sistemática, o
Homem realiza um processo de seleção idêntico ao realizado pela Natureza, mas mais rápido.
Nem sempre as variedades que têm interesse para o Homem são favorecidas pela seleção
natural. A intervenção do Homem pode, assim, alterar o sentido da evolução natural de
algumas variedades. As espécies de plantas cultivadas pelo Homem e os animais domesticados
foram alvo de uma reprodução diferencial imposta artificialmente. Desta forma, foi possível
preservar e desenvolver indivíduos que reúnem as características desejadas.
Sistemas de classificação
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