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1 – Motores elétricos.................................................................................. 3
1.1 - Histórico ....................................................................................... 3
1.2 - Universo tecnológico dos motores................................................ 5
1.3 - Componentes dos motores elétricos............................................ 6
1.3.1 - Rotor..................................................................................... 6
1.3.2 - Estator................................................................................... 7
1.3.3 - Mancais................................................................................ 8
1.3.4 - Sistema de refrigeração....................................................... 9
1.3.5 - Sistema de lubrificação....................................................... 9
1.4 - Tipos de motores elétricos............................................................ 10
1.4.1 - Motores síncronos ................................................................ 10
1.4.2 - Motores Assíncronos............................................................. 11
1.5 – Principio de funcionamento dos motores elétricos....................... 12
1.6 – Particularidade dos motores elétricos........................................... 15
1.7 – Motores monofásicos.................................................................... 17
1.7.1 Aplicações do motor monofásico.............................................17
1.7.2 Principais características dos motores monofásicos............... 17
1.7.3 Motor monofásico de arranque capacitivo...............................18
1.8 - Motor assíncrono de indução trifásico.......................................... 21
1.8.1 Considerações gerais.............................................................. 21
1.8.2 Conceito e constituição........................................................... 21
1.8.3 Conjugado............................................................................... 21
1.8.4 Funcionamento........................................................................ 22
1.8.5 Características de motor trifásico........................................... 23
1.9 - Motor de corrente contínua........................................................... 27
1.9.1 Tipos de motor CC ................................................................ 33
1.9.2 Comutação ............................................................................ 35
1.9.3 Reação do induzido ............................................................... 35
1.9.4 Dicas de manutenção ............................................................ 37
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1. Motores Elétricos
1.1 Histórico
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O primeiro dínamo de Werner Siemens possuía uma potência de
aproximadamente 30 watts e uma rotação de 1200rpm. A máquina de Siemens
não funcionava somente como gerador de eletricidade. Podia também operar
como motor, desde que se aplicasse aos seus bornes uma corrente contínua.
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1.2 Universo tecnológico dos motores elétricos:
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1.3 Componentes dos motores elétricos
1.3.1 Rotor
• Rotor bobinado
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1.3.2- Estator
É parte fixa do motor e não gira durante o seu funcionamento, nele ficam
alojadas as bobinas de campo. O estator é responsável pela criação de um
campo magnético que influencia o motor. É constituído de um conjunto de
chapas de ferro-silício contendo ranhuras longitudinais. O número de ranhuras
varia de acordo com a rotação do motor, potência e tipo de bobinado.
Fig. 3 – Estator
1.3.3- Mancais
Mancais de Rolamento
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Quando necessitar de mancal com maior velocidade e menos atrito, o mancal
de rolamento é o mais adequado.
Mancais de Deslizamento
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Esses óleos devem ter características lubrificantes adequadas às condições de
trabalho.
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os rotores, com suas massas polares, permitem o uso de maiores
entreferros do que os rotores tipo gaiola de esquilo usados nos motores
de indução, requerendo menor tolerância nos mancais e permitindo
maior utilização dos mesmos;
Podem ser mais baratos para a mesma potência, velocidade e tensão
nominal.
O motor síncrono não tem partida própria, necessitando, portanto, que o rotor
seja arrastado até a velocidade síncrona por um meio auxiliar. Existem motores
em que a partida é dada por condutores em gaiola embutidos na face dos pólos
do rotor. Inicia-se a partida como motor de indução e no momento certo excita-
se os pólos do rotor e o motor entra em sincronismo.
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Como podemos constatar o princípio de funcionamento do motor de indução
baseia-se em duas leis do eletromagnetismo, a Lei de Lenz e a Lei de Faraday
Lei de Faraday: "Sempre que através da superfície abraçada por um circuito
tiver lugar uma variação de fluxo, gera-se nesse circuito uma força eletromotriz
induzida. Se o circuito é fechado será percorrido por uma corrente induzida".
Lei de Lenz: "O sentido da corrente induzida é tal que esta pelas suas ações
magnéticas tende sempre a opor-se à causa que lhe deu origem".
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Examinando o que acontece com as linhas de força magnética numa situação
em que se têm dois campos magnéticos defasados de 90º, observa-se que:
Nota-se que, com isso, haverá um desvio no sentido das linhas força
magnética. Portanto, numa situação em que existem dois campos magnéticos
defasados de 90º haverá um desvio das linhas de força magnética.
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As linhas de força magnética procuram sempre manter a sua trajetória entre o
pólo Norte e o pólo Sul o mais curto possível. Dessa forma, nessa situação,
elas agem como se fossem tiras de elástico sob pressão, ou seja, as linhas de
força magnética forçam a espira a girar no mesmo sentido para o qual foi
impulsionada inicialmente.
Com isso, a espira receberá um forte impulso. Como as bobinas dos eletroímãs
estão sendo alimentadas por corrente alternada, à medida que a espira é
impulsionada, estará havendo a variação na corrente que circula pelas bobinas.
Como a espira está girando na velocidade aproximada de variação do campo
magnético, quando ela tiver dado 1/4 de volta, estará havendo também a
inversão do sentido da corrente elétrica pelas bobinas. Haverá, então, a
inversão da polaridade dos eletroímãs, o que acarretará o surgimento de linhas
de força magnética no sentido contrário ao anterior. Conseqüentemente, com
1/4 de volta, o campo magnético formado pela espira desaparecerá por
completo.
Porém, à medida que a espira vai girando até completar meia volta, irá
surgindo um novo campo magnético que será máximo a 90º do campo
magnético dos eletroímãs.
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Haverá novamente um desvio das linhas de força do campo magnético dos
eletroímãs, resultando, como no caso anterior, um ovo impulso na espira.
Os motores elétricos, como já foi visto, apresentam partes que são fixas
(eletroímãs) e urna parte móvel (espira) que tem um movimento de rotação.
Essas partes são chamadas, respectivamente, estator e rotor.
Portanto
Então, pode-se afirmar que, neste caso, a velocidade de variação dos campos
magnéticos no estator é correspondente a 120 vezes por segundo.
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Também de acordo com o que já foi estudado, quando se coloca no centro do
estator um rotor (espira) e dá-se um impulso para a direita ou para a esquerda,
o rotor passa a girar acompanhando a velocidade de variação do campo
magnético do estator.
Onde:
ns = velocidade síncrona em rpm - 120 = constante
f = freqüência da rede elétrica
P = número de pólos do motor
Por exemplo, num motor alimentado com uma tensão elétrica de 6OHz, tendo
dois pólos magnéticos, qual será o número de rpm desse motor?
Solução:
Para facilitar o estudo deste conteúdo, foi dito, até aqui, que o rotor acompanha
a velocidade de rotação do campo magnético do estator, ou seja, se o campo
magnético do estator está a uma velocidade de rotação de 60 vezes por
segundo, o rotor estará girando a uma velocidade de 60 voltas por segundo.
Porém, esta não é a realidade porque, para que o rotor gire, é necessário que
ocorra nele uma indução. Essa indução, por sua vez, provocará o
aparecimento de um campo magnético defasado do campo magnético do
estator.
E, para que haja indução no rotor, sua velocidade de rotação não pode ser
igual à velocidade de rotação do campo magnético do estator. Se o rotor
acompanhar a velocidade de rotação do campo magnético do estator, deixará
de haver nele a indução de corrente. Sem indução (e sem campo magnético
defasado), o rotor perde velocidade. Girando a uma velocidade um pouco
menor, o rotor terá novamente corrente induzida e campo magnético defasado.
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Consequentemente:
onde:
S = escorregamento
ns = velocidade síncrona
nr = velocidade do rotor
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b) De pólos amortecedores - destina-se a proporcionar funcionamento em
equipamentos como toca-discos, ventiladores, etc.;
c) universal - é o único tipo de motor monofásico que pode ser alimentado por
tensão contínua ou alternada. É utilizado em equipamentos como
liquidificadores, furadeiras, enceradeiras e eletrodomésticos em geral.
1- Enrolamento de trabalho
2- Interruptor centrífugo
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3- Enrolamento de partida
4- Capacitor de partida
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Com relação ao enrolamento de partida, como se trata de uma carga indutiva,
a tendência é provocar um atraso da corrente de até 90 em relação à tensão.
No segundo caminho, há também um capacitor. Tratando-se, portanto, de uma
carga capacitiva, a tendência é haver um adiantamento da corrente de até 90
em relação à tensão.
• Potência: 3 HP
• Pólos: 2
• Frequência: 60 Hz
• Conjugado: 6,04 Nm
• Tensão: 110/220 V
• Carcaça: G56H
• RPM: 3480
• In: 30,8/15,4 A
• Rendimento (100%): 78,5
• F.P. (100%): 0,83
• Isolamento: F
• Ruído: 50 dB(A)
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• Corrente a vazio: 15,0/7,50 A
• Ip / In: 7
1.8.3 Conjugado
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Nesse gráfico, são observados:
1.8.4 Funcionamento
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Fig.19 - Ligação interna do motor trifásico
Como as correntes nos três enrolamentos estão com uma defasagem de 120º,
os três campos magnéticos apresentam também a mesma defasagem.
É a tensão para a qual o motor foi projetado. Pelas normas, o motor deve ser
capaz de funcionar satisfatoriamente com tensões de até 10% acima ou abaixo
da nominal, desde que a freqüência da rede seja igual à tensão nominal. Caso
haja simultaneamente variação de tensão e freqüência, haverá alteração no
funcionamento do motor.
As tensões trifásicas mais encontradas nas instalações industriais são 220, 380
e 44OV. Porém, são encontradas indústrias de origem ou influência norte-
americana que especificam motores para 230, 460 e 575V.
Esse tipo de ligação exige seis terminais no motor, o que permite comutar o
motor em dois fechamentos: triângulo (Δ) - para a menor tensão - e estrela (Y) -
para a maior tensão.
O valor da segunda tensão corresponde ao valor da primeira multiplicada por
√3.
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Observação: As tensões acima de 600V (por exemplo, 380/66OV e 440/76OV)
não são consideradas de baixa-tensão. As tensões maiores servem apenas
para indicar que o motor pode ser ligado em sistema de partida estrela e
triângulo.
Diagrama de ligação
Os motores trifásicos, para que possam ser ligados às diversas tensões para
as quais foram fabricados, apresentam, na sua caixa de ligações, três, seis,
nove ou 12 terminais. Os terminais saem dos enrolamentos e poderão ser
fechados de acordo com o diagrama gravado na placa. Os motores podem ter
seus terminais identificados por número, como por exemplo:
• Entrada da bobina - 1, 2, 3, 7, 8 e 9;
• Saída da bobina - 4, 5, 6, 10, 11 e 12.
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(Δ), para o acoplamento a uma rede trifásica. Para isso, deve-se levar em
conta a tensão que irão operar.
Na ligação em estrela, o final das fases se fecha em si, e o início se liga à rede.
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Fig.24 - Ligação do motor trifásico de doze terminais
Entrada - u, v, w;
Saida - x, y, z.
É o fator que, aplicado à potência nominal, indica a carga permissível que pode
ser aplicada continuamente ao motor sob condições especificadas pelo
fabricante.
É a capacidade de sobrecarga contínua. Ou seja, uma reserva de potência que
dá ao motor capacidade de suportar melhor o funcionamento em condições
desfavoráveis.
Rendimento (n)
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É o dado que expressa as perdas no motor elétrico. Trata-se de uma relação
matemática entre a potência de saída - que é a potência efetiva transformada
em potência mecânica no eixo -e a potência de entrada - que é a potência
absorvida da rede elétrica.
Essa relação pode ser representada através da seguinte expressão
matemática:
Pe = In.Vn.cosΦ.√3
Onde:
In = corrente nominal
Vn = tensão nominal
cosΦ = fator de potência
√3 = fator do circuito trifásico
Onde:
N = rendimento
Pe = potência de entrada
Ps = potência de saída
As perdas;
O aquecimento;
A potência absorvida da linha;
O custo de consumo por hora de funcionamento.
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Sistema de mancais e rolamentos desenhados para reduzir perdas por
atrito;
Ventilador desenvolvido para oferecer máximo fluxo de ar com mínimas
perdas.
Tab.2
Classes de isolação
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sistemas de isolação são agrupados em classes de isolamento definidas pelo
limite de temperatura de cada material.
CLASSE TEMP. ºC
A 105
E 120
B 130
F 155
H 180
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A corrente nominal é calculada empregando-se a seguinte fórmula:
onde:
In = corrente nominal
P = potência em watt
√3 = fator de multiplicação do circuito trifásico 3 =
Vn = tensão nominal
cosΦ = fator de potência
n = rendimento
Quando a corrente elétrica entra num motor elétrico assíncrono (tipo gaiola),
ela se decompõe em duas modalidades de atuação, porque um tipo chamado:
corrente reativa ou magnetizante forma um campo magnético no enrolamento
do estator do motor e o outro tipo faz girar o rotor deste mesmo motor
fornecendo energia ativa(mecânica)capaz de acionar uma máquina operatriz,
produzindo, portanto, trabalho.
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Diante disso, verificasse que a corrente total ou aparente ficará mal aproveitada
todas as vezes que a corrente reativa aumentar, isto é, à medida que o ângulo
Φ for crescendo. Neste caso, os reflexos na rede elétrica serão os seguintes:
• Potência: 7,5 HP
• Pólos: 4
• Frequência: 60 Hz
• Conjugado:30,2 Nm
• Tensão: 220/380 V
• Carcaça: 112M
• RPM: 1.740
• In: 20,0/11,6 A
• Rend (100%): 88,0
• F.P. (100%): 0,82
• Isolamento: B
• Ruído: 58 dB(A)
• Corrente a vazio: 10,0/5,79 A
• Ip / In: 7
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O funcionamento do motor de corrente contínua baseia-se no princípio da
reação de um condutor, colocado num campo magnético fixo, ao ser percorrido
por uma corrente elétrica.
Podemos observar que a corrente que circula pela espira faz este movimento
nos dois sentidos: por um lado, a corrente está entrando e, por outro, saindo.
Isso provoca a formação de duas forças contrárias de igual valor (binário), das
quais resulta um movimento de rotação (conjugado), uma vez que a espira está
presa à armadura e suspensa por mancal.
Essas forças não são constantes em todo giro. A medida que o condutor vai se
afastando do centro do pólo magnético, a intensidade das forças vai
diminuindo.
Nos motores, para que haja força constante, as espiras colocadas nas
ranhuras da armadura devem estar defasadas entre si e interligadas ao circuito
externo através do coletor e escova, conforme figura a seguir.
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Fig.26 – f.e.m. induzida em motor CC
Esse tipo de motor é indicado para casos em que é necessário partir com toda
a carga. Por isso, eles são usados em guindastes, elevadores e locomotivas,
por exemplo.
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O reostato de armadura (Ra), ligado em série com o induzido, limita a corrente
no momento da partida. E o reostato de campo (Rc), ligado em série com as
bobinas do campo magnético, regula a velocidade dentro de determinado
limite. Na partida, o cursor do reostato Rc deve estar no ponto médio para
possibilitar o ajuste de velocidade. A resistência do reostato Ra, por sua vez,
deve estar intercalada no circuito.
1.9.2 Comutação
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Fig.27 – Comutação do motor CC
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Fig.28 – Induzido do motor CC
Quando uma corrente é aplicada ao induzido com uma fonte externa qualquer
e se interrompe a corrente das bobinas do estator, o campo magnético
produzido no induzido será constituído por linhas concêntricas.
Isto pode ser observado, quando analisamos a figura abaixo que indica os
sentidos dos campos magnéticos do estator do rotor.
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Em conseqüência, ocorre uma redução das linhas nos campos magnéticos das
extremidades A' e D' e uma intensificação nas extremidades B' e C'. Todavia, a
intensificação em B' e C' não compensa a redução que se verifica em A' e D'.
Isto se deve à saturação magnética que provoca a redução do fluxo magnético
total.
Composto Aparelhos
Elevado Pouco Variável
Cumulativo Elevatórios
Máquinas de
Composto Ferramentas
Fraco Constante
Diferencial Máquinas de
Tecidos
A inspeção das escovas, bem como das molas dos porta-escovas deve
ser feita cuidadosamente a fim de mantê-las em ótimo estado.
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Todo o material isolante exterior é em alumínio tendo como grande
vantagem a dissipação do calor.
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