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INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE
GERAÇÃO
CONTEXTUALIZANDO
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1.1 Bacias hidrográficas
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1.3 Regularização de vazões: capacidade de um reservatório
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De posse de um diagrama de massas, pode-se fazer uma análise visando o
cálculo da vazão regularizada. Esse diagrama permite a verificação de algumas
características importantes (Reis, 2011).
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sistema de energia elétrica, interligando hidrelétricas com reservatório,
hidrelétricas a fio d’água, termelétricas, centrais solares, eólicas etc. Assim,
operando em sistemas interligados, é possível, no conjunto, superar a eventual
desvantagem de não se ter apenas uma vazão regularizada ao mesmo tempo em
que se desfruta das vantagens (custos e impacto ambiental) da regularização
parcial. Um reservatório que opera com um conjunto de vazões parciais
regularizadas apresenta várias vantagens nos mais diversos aspectos: a menor
capacidade de armazenamento diminuirá sensivelmente o custo das obras civis.
Por permitir a utilização de diversas vazões regularizadas, o reservatório possui
maior flexibilidade para operar de forma interligada ao sistema (Reis, 2011).
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As Estruturas Hidráulicas – que incluem a barragem, o vertedouro, o
reservatório e as comportas d´água;
As Turbinas – equipamentos usados para converter a energia da queda
d´água em energia mecânica. Tipicamente, uma turbina é composta por
cinco partes: Caixa Espiral, Pré-Distribuidor, Distribuidor, Rotor e Eixo e
Tubo de Sucção.
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fluxo de água na entrada da turbina é conduzido por um tubo em espiral, aliado a
um conjunto de palhetas estáticas, forçando o escoamento a ser normal (radial)
em relação ao rotor. As turbinas Francis são melhor empregadas em quedas
d´água na faixa de 40 a 400 m, podendo operar de 10 a 650 m. Sua potência de
saída também é ampla: geralmente, de 10 a 750 MW até 1 GW. As usinas de
Itaipu, Tucuruí, Furnas e boa parte das hidrelétricas da Chesf usam turbinas
Francis, assim como a maioria das PCHs. A usina de Três Gargantas na China
utiliza 34 turbinas Francis.
Figura 2 – Uma das seis novas turbinas Francis, da hidrelétrica Grand Coulee
A Turbina Kaplan é semelhante à turbina Francis, exceto pelo rotor, que foi
reduzido a um núcleo com poucas pás (duas a seis) em formato de hélice, que
giram sobre si mesma mudando os ângulos de entrada e saída. Semelhante a
uma hélice marinha, as turbinas Kaplan são mais adequadas às quedas fracas,
de 20 a 50 metros, com faixa de potência geralmente entre 30 e 250 MW. São
vistas como uma evolução das turbinas Francis, permitindo uma produção
eficiente de energia para os casos de pequenas quedas, o que não era possível
com aquelas. Kaplan e hélice são geralmente turbinas de eixo vertical, as de eixo
horizontal são chamadas de bulbo. As turbinas Kaplan são mais indicadas para
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elevado escoamento e pequenas quedas d´água. Reguladas por um distribuidor
e pela variação do ângulo de entrada de ataque das pás do rotor, elas têm um
sistema de êmbolo e manivelas instaladas dentro do cubo do rotor, que controla
a inclinação angular das pás. Turbinas Kaplan de grande porte são
individualmente projetadas para funcionar na mais alta eficiência possível. No
Brasil, as hidrelétricas de Três Marias (MG) e Barra Bonita (SP) utilizam essas
turbinas.
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Figura 3 – Diagrama simplificado de uma central termoelétrica com combustão
externa
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uma condicionante importante no planejamento da expansão da geração de
energia (Aneel, 2008).
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aplicados limites de emissão de gases responsáveis pelo aquecimento global,
visto que sua contribuição equivale a até a metade de dióxido de carbono por
unidade de energia do carvão mineral. Contudo, os impactos das emissões e dos
custos operacionais associados devem ser analisados no sistema como um todo.
(Tolmasquim, 2016).
TEMA 5 – BIOMASSA
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regiões é a economia altamente dependente da agricultura. O estudo do WEC
mostra que, em 2005, a Ásia foi o maior consumidor mundial ao extrair da
biomassa de madeira 8.393 PJ (petajoules1), dos quais 7.795 PJ foram
provenientes da lenha. A segunda posição foi da África, com 6.354 PJ, dos quais
5.633 PJ da lenha (Tolmasquim, 2016)
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Vários fatores contribuem para o cenário de expansão. Um deles é o
volume já produzido e o potencial de aumento da produção da cana-de-açúcar,
estimulada pelo consumo crescente de etanol. Em 2007, inclusive, foi a segunda
principal fonte primária de energia do país: os derivados da cana-de-açúcar
responderam pela produção de 37,8 milhões de toneladas equivalentes de
petróleo (tep), um aumento de 14,7% em relação a 2006, diante de uma produção
total de 33 milhões de tep. De acordo com estimativas da Unica (União da
Indústria de Cana-de-açúcar de São Paulo), em 2020 a eletricidade produzida
pelo setor pode representar 15% da matriz brasileira, com a produção de 14.400
MW médios (ou produção média de MWh ao longo de um ano), considerando-se
tanto o potencial energético da palha e do bagaço quanto a estimativa de
produção da cana, que deve dobrar em relação a 2008, e atingir 1 bilhão de
toneladas (Tolmasquim, 2016).
Segundo o Plano Nacional de Energia 2030 (Brasil, 2007), “o maior
potencial de produção de eletricidade encontra-se na região Sudeste,
particularmente no Estado de São Paulo, e é estimado em 609,4 milhões de giga
joules (GJ) por ano. Na sequência estão Paraná (65,4 milhões de GJ anuais) e
Minas Gerais (63,2 milhões de GJ anuais)”.
A evolução da regulamentação, da legislação e dos programas oficiais
também estimulam os empreendimentos. Em 2008, novas condições de acesso
ao Sistema Interligado Nacional (SIN) foram definidas pela Aneel, o que abre
espaço para, principalmente, a conexão das termelétricas localizadas em usinas
de açúcar e álcool mais distantes dos centros de consumo, como o Mato Grosso.
Além disso, um acordo fechado entre a Secretaria de Saneamento e
Energia de São Paulo, a transmissora Isa Cteep, a Unica e a Associação Paulista
de Cogeração de Energia, estabelece condições que facilitam o acesso à rede de
transmissão paulista e a obtenção do licenciamento ambiental estadual. A
iniciativa pode viabilizar a instalação de até 5 mil MW pelo setor sucro-alcooleiro.
Em novembro de 2008, dos 19 empreendimentos termelétricos em construção
relacionados no BIG da Aneel, cinco são movidos a biomassa e, destes, um a
bagaço de cana-de-açúcar. Mas, para as 163 unidades já outorgadas, com
construção ainda não iniciada, 55 serão movidas à biomassa, sendo quase
metade (30) à cana-de-açúcar. As demais serão abastecidas por madeira, carvão
vegetal, licor negro, casca de arroz e biogás.
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FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
REIS, L. B. dos. Geração de energia elétrica. 2. ed. rev. e atual. Barueri, SP:
Manole, 2011.
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