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Olhar geográfico sobre a paisagem que a priori não é geográfica, mas a interpretação geográfica que

produzimos a partir dela a torna geográfica.

Debates que revelam as condições de gênero, de raça, de classe e entender que todas essas
condições, a partir do espaço, são geograficisáveis, ou seja, são condições que estão espacialmente
distribuídas e isso vai mostrando que toda vez que vamos construindo raciocínios geográficos cada
vez mais complexos, nós vamos entendendo essa relação que se dá entre sociedade x natureza em
todas as suas contradições, em todas as suas desigualdades.

O que o raciocínio geográfico possibilita…

Condição Espacial à Consciência espacial.

Todos nós existimos espacialmente, ou seja, o espaço é uma a priori que ninguém pode existir a-
espacialmente. Nós nos fazemos fazendo espaço. No entanto, se a condição espacial é um à priori,
independe da nossa vontade, a consciência espacial é apreendida. É um processo de construção
histórico. E aí, portanto, o movimento que vai se dando a partir do raciocínio geográfico é partindo
da condição espacia, produzindo uma consciência espacia desta condição, que nos leva, inclusive a
transformar essa condição. Quando eu me entendo sujeito periférico, quando eu entendo as
condições que produziram essa periferia, que me colocam em condições de pouco direito, eu
entendo também a necessidade de lutar pra produção de uma outra espacialidade, uma vez que essa
espacialidade não é natural, mas ela é produzida historicamente através das técnicas. Nesse sentido,
o raciocínio geográfico é fundamental para que os sujeitos tomem consciência da sua espacialidade,
se posicionem politicamente frente a ela e coletivamente possam propor outras lógicas espaciais que
não a lógica da desigualdade, não a lógica da violência.

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