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Julgue os itens seguintes, relativos às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB3A1AAA.
1 - As orações “de auxiliar o usuário” (L.11) e “a tomar decisões de maneira mais fundamentada” (L. 11 e 12)
exercem a função de complemento do nome “objetivo” (L.11).
GABARITO:ERRADO
“Cabe à inteligência tratar fundamentalmente da produção de conhecimentos com o objetivo específico de
auxiliar o usuário a tomar decisões de maneira mais fundamentada”.
“De auxiliar o usuário” é complemento nominal de “objetivo”. Entretanto, “a tomar decisões de maneira mais
fundamentada” é complemento verbal de “auxiliar”.
2 - Os travessões que delimitam o trecho “comunicações, transportes, tecnologias de informação” (L. 15 e 16)
isolam uma oração interferente, tendo sido empregados para dar-lhe ênfase.
GABARITO:ERRADO
“A contrainteligência tem como atribuições a produção de conhecimentos e a realização de ações voltadas à
proteção de dados, conhecimentos, infraestruturas críticas — comunicações, transportes, tecnologias de
informação — e outros ativos sensíveis e sigilosos de interesse do Estado e da sociedade”
Não há verbo no trecho isolado por travessões, portanto não há como falar em “oração interferente”.
3 - O sentido do texto seria prejudicado, embora sua correção gramatical fosse preservada, caso a preposição
presente na expressão “contra ameaças” (L.19) fosse substituída pela preposição de.
REESCRITA: O trabalho desenvolvido pela contrainteligência tem foco na defesa de ameaças como a espionagem,
a sabotagem, o vazamento de informações e o terrorismo, patrocinadas por instituições, grupos ou governos
estrangeiros
O uso da preposição “contra”, no texto original, dá uma ideia de “combate”, “oposição a ameaças”. A reescrita
do trecho com a preposição “de” muda o sentido original do texto, pois confere uma ideia de “ser a favor”,
“proteger”.
4 - O escopo do trabalho da inteligência se confunde com o da contrainteligência, embora sejam duas facetas da
atividade de inteligência.
GABARITO:ERRADO
A inteligência atua na obtenção de dados, enquanto que a contrainteligência trabalha na proteção de dados.
5 - No texto, predomina a tipologia textual expositiva, dado o seu objetivo comunicativo de transmitir ao leitor
um conjunto de informações relativas às atividades desenvolvidas sob o rótulo de inteligência.
GABARITO:CERTO
O texto em questão tem como objetivo informar, esclarecer o leitor sobre a atividade de inteligência. Os textos
predominantemente expositivos possuem essa característica de informar sobre algum assunto.
A propósito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto CB3A1BBB, julgue os itens subsequentes.
6 - A correção gramatical e as informações originais do texto seriam preservadas caso seu terceiro período — “O
mesmo (...) do sigilo” (L. 4 a 7) — fosse assim reescrito: É possível afirmar o mesmo a propósito do vazamento, o
qual mantém íntima relação com a espionagem e consiste na divulgação indevida de informações por aqueles
que têm o dever legal do sigilo.
GABARITO:CERTO
ORIGINAL: O mesmo se pode dizer do vazamento, que guarda estreita relação com a espionagem e que consiste
na divulgação indevida de informações por quem tem o dever legal do sigilo
REESCRITA: É possível afirmar o mesmo a propósito do vazamento, o qual mantém íntima relação com a
espionagem e consiste na divulgação indevida de informações por aqueles que têm o dever legal do sigilo.
7 - A “estreita relação” (L.5) entre o “vazamento” (L.5) e a “espionagem” (L.6) refere-se tanto ao objeto com que
lidam seus agentes — informações sigilosas — quanto aos meios indevidos de que esses agentes se utilizam —
para obter esse objeto, no caso da espionagem, e para torná-lo público, no caso do vazamento.
GABARITO:CERTO
O enunciado da questão é um caso de uma reescritura do primeiro período do texto, mantendo a ideia
apresentada pelo autor no referido trecho.
“Na legislação interna dos países, a espionagem costuma ser juridicamente entendida como a obtenção sub-
reptícia e indevida de informação sigilosa do Estado. Esse tipo de conduta é criminalizado pela legislação de cada
país. O mesmo se pode dizer do vazamento, que guarda estreita relação com a espionagem e que consiste na
divulgação indevida de informações por quem tem o dever legal do sigilo.”
8 - O texto aponta que, embora haja consenso entre os países acerca da definição do que vem a ser espionagem,
a criminalização dessa conduta não é universal, a exemplo do caso brasileiro, país onde o acusado de espionagem
é sentenciado à morte apenas em situações extremas.
GABARITO:ERRADO
O texto não abre margem para afirmar que a espionagem não é criminalizada em todos os países, conforme
podemos observar no seguinte trecho: "Esse tipo de conduta é criminalizado pela legislação de cada país." (L. 3 e
4).
9 - Na construção das cadeias referenciais do texto, os termos “Esse tipo de conduta” (L. 3 e 4) e “a” (L.11)
constituem diferentes formas de evocar o mesmo conteúdo semântico: o do referente “a espionagem” (L.1).
GABARITO:ERRADO
“Na legislação interna dos países, a espionagem costuma ser juridicamente entendida como a obtenção sub-
reptícia e indevida de informação sigilosa do Estado. Esse tipo de conduta é criminalizado pela legislação de cada
país. O mesmo se pode dizer do vazamento, que guarda estreita relação com a espionagem e que consiste na
divulgação indevida de informações por quem tem o dever legal do sigilo.
A espionagem é um dos poucos crimes na legislação brasileira que podem, em tempo de guerra, levar à pena de
morte, seja o condenado nacional ou estrangeiro, civil ou militar, além de, em tempo de paz, sujeitar o militar que
a pratique à indignidade para o oficialato”.
Apenas o pronome a retoma “a espionagem”. O primeiro termo, “esse tipo de conduta”, retoma “obtenção sub-
reptícia e indevida de informação sigilosa do Estado”.
10 - O paralelismo sintático do último parágrafo do texto seria prejudicado se fosse inserido sinal indicativo de
crase em “a cassação” (L.17).
A respeito das ideias e das estruturas linguísticas do texto CB1A1AAA, julgue os itens seguintes.
1 - Para o autor do texto, há muito tempo o mundo encontra-se em uma guerra cuja intensidade aumenta a cada
ciclo histórico e cujos efeitos já estão bem divulgados.
GABARITO:ERRADO
Os efeitos não são bem divulgados, pois “convivemos com a guerra secreta há muito tempo, embora de forma
não perceptível” (L. 24 e 25).
2 - Depreende-se do texto que a guerra secreta é o mais complexo dos conflitos porque é um jogo estratégico de
poder, de interesses e de influência que se desenvolve em um espaço específico: nos bastidores do poder político
internacional, onde governos semeiam inverdades e encenam acordos sem validade.
GABARITO:ERRADO
“Trata-se do mais complexo dos conflitos, pois ocorre nas sombras, nos bastidores do poder, identificando
propagandas enganosas, desinformação, e celebrando acordos cujas partes sabem antecipadamente que nunca
serão cumpridos”
O trecho acima fala sobre esses bastidores do poder, mas nada diz que isso acontece exclusivamente no poder
político internacional.
3 - A próclise observada em “se multiplicam” (L.7) e “se desenvolve” (L.14) é opcional, de modo que o emprego
da ênclise nesses dois casos também seria correto — multiplicam-se e desenvolve-se, respectivamente.
GABARITO:CERTO
“Atualmente, como em nenhum outro período da história, crescem e se multiplicam as agências governamentais”
“Essa modalidade de guerra se desenvolve entre”
4 - Os vocábulos “é” (L.10) e “que” (L.12) poderiam ser suprimidos, sem prejuízo para a correção gramatical do
texto, visto que constituem expressão de realce sem função sintática no período em que se inserem.
GABARITO: CERTO
“E é esse processo de identificação de ameaças, a busca por informações e dados, que pretende detectar intenções
dissimuladas que ocultem os mais diversos interesses”
A supressão dos termos em destaque são partículas de realce, podendo ser retirados sem prejuízo para o texto.
5 - No trecho “poder e influência globais” (R.10), a palavra “globais” apresenta flexão de plural porque caracteriza
tanto “poder” quanto “influência” e, nesse caso, seria gramaticalmente incorreto seu emprego no singular —
poder e influência global.
GABARITO:ANULADA
Justificativa da banca:
Deferido com anulação. ''Uma vez que a redação do item possibilita mais de uma interpretação, prejudicou-se o
seu julgamento objetivo
6 - A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso seu primeiro parágrafo fosse
desmembrado em dois períodos da seguinte forma: A busca de dados e informações, e a interpretação do
significado destes, tratam-se do que hoje se conhece pelo nome de inteligência. Mais ou menos, conforme a
época, essa atividade sempre teve papel predominante na história humana, sobretudo na de política
internacional.
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: A atividade de busca por dados e informações e a interpretação de seu significado, o que se conhece
hoje por inteligência, sempre desempenhou um papel preponderante na história da humanidade, principalmente
na política internacional, em maior ou menor grau, conforme a época.
REESCRITA: A busca de dados e informações, e a interpretação do significado destes, tratam-se do que hoje se
conhece pelo nome de inteligência. Mais ou menos, conforme a época, essa atividade sempre teve papel
predominante na história humana, sobretudo na de política internacional
Há erro na correção gramatical do texto, por flexionar no plural a forma verbal “tratam-se de”, quando há a
presença do índice de indeterminação do sujeito, o que obriga o verbo a ser conjugado no singular.
7 - O termo “um aparelho capaz de desvendar os segredos da máquina de criptografia nazista chamada de
Enigma” (L. 4 e 5) introduz uma explicação a respeito do aparelho “Bomba” (L.4), tal como o faz o termo “uma
máquina eletromagnética que substituía letras por palavras aleatórias escolhidas de acordo com uma série de
rotores” (L. 6 a 8) em relação a “Enigma” (L.6).
GABARITO:CERTO
“a Bomba, um aparelho capaz de desvendar os segredos da máquina de criptografia nazista chamada de
Enigma”
“A complexidade da Enigma — uma máquina eletromagnética que substituía letras por palavras aleatórias
escolhidas de acordo com uma série de rotores —”
Nos dois casos, os termos em destaque desempenham a função de aposto do termo antecedente.
8 - Do emprego da forma “estavam dizimando” (L.2) infere-se que a ação de dizimar foi contínua durante a época
citada no início do primeiro período do texto.
GABARITO: CERTO
A presença do gerúndio na locução verbal (estavam dizimando) confere ao período uma ideia de continuidade.
9 - No trecho “para testar possíveis soluções” (L. 16 e 17), o emprego da preposição “para”, além de contribuir
para a coesão sequencial do texto, introduz, no período, uma ideia de finalidade.
GABARITO:CERTO
“A máquina replicava os rotores do sistema alemão e tentava reproduzir diferentes combinações de posições dos
rotores para testar possíveis soluções”
Coesão sequencial se refere ao mecanismo de construção textual responsável pela progressão do texto. O uso de
conjunções e preposições é uma das maneiras de se trabalhar a coesão sequencial de um escrito.
10 - A vírgula logo após o termo “máquina” (R.12) poderia ser eliminada sem prejuízo para a correção gramatical
do período no qual ela aparece.
GABARITO:ERRADO
“Após espiões poloneses terem roubado uma cópia da máquina, Turing e o campeão de xadrez Gordon Welchman”
A vírgula, no trecho acima, separa uma oração subordinada adverbial deslocada para o início do período. Seu uso
é, portanto, obrigatório.
11 - A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados caso o período “Após quatro anos de trabalho,
Turing conseguiu quebrar a Enigma, ao perceber que as mensagens alemãs criptografadas continham palavras
previsíveis, como nomes e títulos dos militares” (R. 17 a 20) fosse reescrito da seguinte forma: Turing conseguiu
quebrar a Enigma, depois de quatro anos de trabalho, quando notou que haviam, nas mensagens alemãs
criptografadas, palavras previsíveis, tais como, nomes e títulos dos militares.
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: “Após quatro anos de trabalho, Turing conseguiu quebrar a Enigma, ao perceber que as mensagens
alemãs criptografadas continham palavras previsíveis, como nomes e títulos dos militares”
REESCRITA: “Turing conseguiu quebrar a Enigma, depois de quatro anos de trabalho, quando notou que haviam,
nas mensagens alemãs criptografadas, palavras previsíveis, tais como, nomes e títulos dos militares”.
Há erro na reescrita, pois o verbo “haver” é empregado com sentido de “existir”, o que impede a sua conjugação
no plural, sendo obrigatória a sua forma no singular: “notou que havia”.
1 - O uso diário que as pessoas fazem da palavra “saúde” contribuiu para que ela perdesse seu valor semântico
original, tornando-a uma palavra “tola”.
GABARITO:ERRADO
O texto não defende que o uso cotidiano dessa palavra a tornou tola. Quem defende essa ideia é o autor Oscar
Wilde, que foi citado em uma passagem do texto: “É o mais tolo vocábulo em nosso idioma”, disse, com desprezo,
o iconoclasta Oscar Wilde”.
2 Existe uma discordância entre o que a crença popular e o que a literatura médica — personificada na OMS —
definem como “estar sadio” (L.5).
GABARITO:ERRADO
A OMS defende que estar sadio não é o oposto de estar doente: “Para muitas pessoas, estar sadio é simplesmente,
e ao contrário do que pretende a OMS, não estar doente”
A crença popular também partilha dessa mesma visão, pois “às vezes, a voz da saúde é a voz do corpo grato”.
3 - Na argumentação desenvolvida no texto, a informação presente em “Teoricamente, a higidez não tem voz” (L.
4 e 5) é contraposta à informação presente em “Às vezes, a voz da saúde é a voz do corpo grato” (L. 22 e 23).
GABARITO:CERTO
“Higidez” significa estar sadio.
O autor faz uma contradição, pois diz que a higidez, ou seja, o “estar saudável”, não tem voz. Entretanto, no final
do texto ele afirma que “às vezes, a voz da saúde é a voz do corpo grato”.
4 - A palavra “até” (L.11), que denota o posicionamento do autor frente a um dos usos da palavra “saúde”, pode
ser substituída por sobretudo sem que isso prejudique a correção e o sentido original do texto.
Há mudança de sentido, pois o advérbio “até” dá ideia de inclusão (= inclusive). Já o conectivo “sobretudo” confere
uma ideia de ênfase (=sobretudo, especialmente).
5 - Caso se alterasse a ordem dos termos em “o iconoclasta Oscar Wilde” (R.12) para o Oscar Wilde iconoclasta,
haveria mudança do significado original do texto, mas as funções sintáticas de “Oscar Wilde” e de “iconoclasta”
permaneceriam inalteradas.
GABARITO:ERRADO
Em “o iconoclasta Oscar Wilde”, temos “iconoclasta” como núcleo da expressão e “Oscar Wilde” como adjunto
adnominal. Com a mudança de posição dos termos, “iconoclasta” passa a ser o adjunto adnominal e “Oscar
Wilde”, o núcleo da expressão. Há, portanto, mudança de função sintática.
6 - Na linha 18, a forma “no” desempenha a função de complemento direto da forma verbal “Sabem” e funciona
como elemento de coesão, uma vez que retoma a informação segundo a qual o diálogo com o corpo é gratificante.
GABARITO:CERTO
Passamos a dialogar com nosso corpo e, para nossa surpresa, descobrimos que esse é um diálogo gratificante.
Sabem-no bem as pessoas que embarcam em um programa de exercício
A forma pronominal “no” atua como objeto direto da forma verbal “sabem”. Além disso, ela também retoma uma
expressão do período anterior (um diálogo gratificante), sendo, portanto, um elemento coesivo e um complemento
verbal.
Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto, julgue os itens que se seguem.
GABARITO:CERTO
O texto da questão é um texto narrativo. Esse tipo textual caracteriza-se pela predominância de verbos no
passado, para recontar ações que aconteceram antes do momento em que estão sendo narradas.
8 - A forma verbal “acreditava” (L.3) está flexionada no singular para concordar com a palavra “parte” (L.2), mas
poderia ser substituída sem prejuízo à correção gramatical pela forma verbal acreditavam, que estabeleceria
concordância com o termo composto “dos médicos e da população” (L.2).
GABARITO:CERTO
“Grande parte dos médicos e da população acreditava”
“Grande parte dos médicos e da população acreditavam”
Em casos de sujeito formado por expressões partitivas (grande parte, a maioria de, a minoria de, parte de...)
seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ser flexionado tanto no singular quanto no plural.
9 - Na linha 3, o termo “se” é um pronome apassivador e, caso sua colocação fosse alterada de proclítica — como
está no texto — para enclítica — que a doença transmitia-se —, essa alteração incorreria em erro gramatical.
GABARITO:CERTO
O termo “que” é partícula atrativa, sendo fator obrigatório de próclise.
10 - O sentido original do texto e a sua correção gramatical seriam preservados caso o período “Com o
recrudescimento (...) massa da população” (R. 12 a 14) fosse reescrito da seguinte forma: Por conta do
agravamento da epidemia de varíola, foi promovido por Oswaldo Cruz uma massiva vacinação da população.
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: Com o recrudescimento dos surtos de varíola, o sanitarista tentou promover a vacinação em massa da
população.
REESCRITA: Por conta do agravamento da epidemia de varíola, foi promovido por Oswaldo Cruz uma massiva
vacinação da população
Há mudança de sentido, pois no texto original a expressão “tentou promover” confere uma ideia de possibilidade,
enquanto que a reescrita “foi promovido” denota uma certeza. Além disso, há também erro gramatical, pois o
termo “foi promovido” não está fazendo a concordância correta, já que deveria estar no feminino, concordando
com o seu sujeito: “foi promovida [...] uma massiva vacinação popular”.
11 - A “batalha” (L.20) que Oswaldo Cruz venceu refere-se à busca de reconhecimento pelo seu trabalho de
sanitarista, o qual só veio quando a população passou a acreditar que a vacinação era o único meio de vencer a
epidemia de varíola que se manifestou em 1908.
GABARITO:ERRADO
A “batalha” a que o texto se refere é a epidemia de febre amarela ocorrida no Rio de Janeiro.
12 - A supressão das vírgulas logo após “genéricos” e “citados”, no trecho “Os genéricos, que, de início, aderiam
a todos os preceitos citados, adquiriram fama e distribuição ampla em todo o mundo” (R. 15 a 17), não incorreria
em erro gramatical, mas, sem elas, a interpretação do termo “Os genéricos” seria restringida.
GABARITO:CERTO
As vírgulas citadas estão sendo utilizadas para separar uma oração subordinada adjetiva explicativa. A supressão
delas transforma a oração em uma oração subordinada adjetiva restritiva.
13 - Com o advento dos medicamentos genéricos, a saúde de uma parcela da população mundial mudou, pois,
com a distribuição gratuita desses medicamentos, essa população passou a ter acesso a remédios, sendo que
algumas pessoas vivenciaram isso pela primeira vez.
GABARITO:ERRADO
Em nenhum momento do texto é citado que os medicamentos serão de distribuição gratuita, apenas que eles
serão mais baratos. Além disso, o texto não fala que a saúde da população mudou para melhor ou pior. Houve,
portanto, extrapolação.
14 - A disseminação de medicamentos de qualidade duvidosa é uma ameaça à boa fama conquistada pelos
medicamentos genéricos ao longo de sua história.
GABARITO:CERTO
Conforme podemos constatar no último período do texto: “Um dos perigos desse comércio ilícito, além dos maus-
tratos aos doentes, é a difamação [ameaça a boa fama] dos genéricos.”
15 - Nos termos “livres de impurezas tóxicas” (L. 10 e 11) e “risco da disseminação descontrolada” (L.20), verifica-
se paralelismo de funções sintáticas entre “de impurezas” e “da disseminação” e entre “tóxicas” e
“descontrolada”.
GABARITO:CERTO
“e ser livres de impurezas tóxicas”
“o risco da disseminação descontrolada de medicamentos”
16 A oração “que os genéricos sejam bem mais baratos” (L. 13 e 14) funciona como o complemento da forma
verbal “espera-se” (R.13), na qual o sujeito é indeterminado pela partícula “se”.
GABARITO:ERRADO
“Além disso, espera-se que os genéricos sejam bem mais baratos”.
A forma verbal “espera-se” trata-se de um verbo transitivo direto seguido de uma partícula apassivadora do
sujeito. A expressão “que os genéricos sejam bem mais baratos” exerce a função sintática de sujeito paciente do
verbo, não de complemento verbal.
Com relação às ideias do texto CB3A1AAA, às construções linguísticas nele empregadas e à sua tipologia, julgue
os itens a seguir.
1 - O livro O Fim do Emprego e o relatório do Future of Work apresentam conclusões equivalentes sobre o
impacto da tecnologia na geração de empregos.
GABARITO:ERRADO
Esses dois escritos têm conclusões opostas. O livro defende que a tecnologia irá extinguir os empregos, enquanto
que o relatório afirma que a tecnologia aumenta renda, demanda e necessidade de novos empregos.
2 - O último parágrafo do texto caracteriza-se como predominantemente descritivo, pois apresenta uma
articulação textual de informações e opiniões.
GABARITO: ERRADO
O último parágrafo é predominantemente argumentativo, pois traz argumentos (inclusive um testemunho que se
configura como argumento de autoridade) para corroborar a tese de que a tecnologia pode aumentar o ambiente
virtual de trabalho e fazer a pessoa trabalhar mais.
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: “Se a tecnologia pode decretar o fim do emprego para alguns, ela pode, paradoxalmente, representar
um aumento do trabalho para muitos”.
REESCRITA: “Como a tecnologia pode decretar o fim do emprego para alguns, ela pode, paradoxalmente,
representar um aumento do trabalho para muitos”.
Há mudança de sentido, pois no texto original, a conjunção “se” confere uma ideia de condição. A reescrita do
período substituindo “se” por “como” provoca alteração no sentido original, tendo em vista que a conjunção
“como”, em início de frase, tende a ter valor causal.
GABARITO:ERRADO
“Ao aumentar a produtividade, a tecnologia aumenta a renda”.
“A produtividade” é complemento da forma verbal “aumentar”. O sujeito desse verbo é o termo implícito
“tecnologia”.
5 - Em ‘extingui-los’ (L. 15), a forma pronominal ‘los’ refere-se ao termo “prognósticos” (L.13).
GABARITO:ERRADO
“Mas nem todos concordam com os prognósticos pessimistas de Rifkin. Embora a tecnologia possa tanto criar
trabalhos como extingui-los, o efeito líquido é geralmente o aumento do emprego”
Julgue os itens que se seguem, relativos às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB3A1BBB.
6 - A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso se substituísse a expressão “estará
em evidência” (L.18) por será vítima.
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: “A segunda categoria é constituída por jovens com boa formação intelectual, que estão atentos às
tendências e que precisam de ajuda para entender melhor como fazer uso de seus conhecimentos. Em médio
prazo, essa categoria estará em evidência”.
REESCRITA: “A segunda categoria é constituída por jovens com boa formação intelectual, que estão atentos às
tendências e que precisam de ajuda para entender melhor como fazer uso de seus conhecimentos. Em médio
prazo, essa categoria será vítima”.
Há mudança de sentido e prejuízo para a correção gramatical. A expressão “estar em evidência” não é sinônimo
de “ser vítima”. Além disso, a palavra “vítima” necessita de complemento nominal para fazer sentido (vítima de
quê?).
7 - De acordo com o texto, os trabalhadores que compõem a segunda categoria serão os mais prejudicados pelo
avanço da tecnologia sobre o mercado de trabalho, porque “precisam de ajuda para entender melhor como fazer
uso de seus conhecimentos” (L. 17 e 18).
GABARITO:ERRADO
O que o texto nos permite entender é que os mais prejudicados serão os trabalhadores da primeira categoria, pois
não possuem uma formação elevada e têm resistência a voltar a estudar. A segunda categoria estará, entretanto,
em evidência.
8 - De acordo com as informações do texto, há relação entre desemprego e emprego informal; entretanto, tais
informações são insuficientes para se inferir se tal relação é diretamente proporcional.
Com relação às ideias do texto CB3A1CCC, às construções linguísticas nele empregadas e à sua tipologia, julgue
os itens subsequentes.
9 - A correção gramatical do texto seria preservada caso se inserisse a preposição a logo após a forma verbal
“ignora”, na frase “Simplesmente ignora você” (L.9).
GABARITO:ERRADO
O verbo “ignorar” é VTD, não cabendo o uso da preposição a entre ele e seu complemento.
10 - O autor defende a opinião de que, na relação com o usuário, o computador é mais passivo e a máquina de
escrever, mais ativa.
GABARITO:ERRADO
O autor defende exatamente o contrário, pois “a máquina de escrever faz tudo o que você manda” (R. 5 e 6), sendo
passiva. Por outro lado, “o computador é diferente. Você faz o que ele manda” (R. 7), ou seja, o computador é
ativo.
GABARITO:CERTO
O autor personifica esses dois itens, como podemos perceber nos seguintes trechos:
“Ele [o computador] nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que
você sabe fazer” (L. 3 a 5).
“A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar
de quem só aguentava os humanos por falta de coisa melhor, no momento” (L. 25 a 28).
12 - Considerando os gêneros e tipos textuais, o texto em apreço configura-se como uma crônica em que se
combinam ficcionalidade e narratividade.
GABARITO:CERTO
Esse trecho é uma crônica, pois é uma narração curta, tem caráter humorístico, trata sobre questões do cotidiano,
possui uma linguagem simples e está em um tempo cronológico determinado.
13 - No trecho “cheguei em casa e bati na minha máquina” (L. 31 e 32), o autor explora o potencial
plurissignificativo do verbo bater para produzir um efeito expressivo de humor dado o contexto de suas
afirmações sobre sua relação com o computador e a máquina de escrever.
GABARITO:CERTO
O autor usou o verbo “bater” de forma ambígua, podendo significar tanto “teclar” quanto “agredir”.
14 O termo “Assim” (L.15) tem valor semântico demonstrativo e, por isso, a sua substituição pela conjunção
Portanto prejudicaria o sentido original do texto.
GABARITO:CERTO
“Às vezes, quando a gente erra, ele faz “bip”. Assim, para todo mundo ouvir”.
O termo “assim” tem, geralmente, valor conclusivo. Entretanto, no trecho em questão, esse termo está sendo
utilizando de forma demonstrativa para se referir ao barulho que o computador faz quando erramos.
Julgue os itens a seguir, relativos às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente.
1 - Sem alteração dos sentidos e da coesão do texto, o primeiro período do primeiro parágrafo poderia ser
reescrito da seguinte maneira: Esta é minha declaração de amor à língua portuguesa.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: Esta é uma declaração de amor: amo a língua portuguesa.
REESCRITA: Esta é minha declaração de amor à língua portuguesa.
No texto original, o pronome “esta” atua como catafórico, ou seja, está antecipando o seu referente (“amo a
língua portuguesa”). Na reescrita, o “esta” tem como referente toda a oração.
Além disso, o uso do artigo indefinido “uma” dá uma ideia de uma declaração qualquer. Na reescrita, o uso do
pronome possessivo “minha” não mantém a mesma ideia do texto original por especificar essa declaração, não
sendo ela mais uma qualquer.
Há, portanto, mudança de sentido.
2 - Com o emprego do termo “pontapé” (L.5), a autora dá a entender que a língua portuguesa às vezes resiste
furiosamente às tentativas de ser domesticada.
GABARITO: CERTO
“E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter sutilezas e de reagir
às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de
sentimento e de ‘alerteza’”.
A autora afirma que a língua não possui “sutilezas”, resistindo de maneira mais incisiva àqueles que tentam
transformá-la em uma “linguagem de sentimentos e de ‘alerteza’”.
GABARITO: CERTO
“A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das
coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo”
Por “peculiar”, entende-se como aquilo que é privativo, próprio, característico. Ao usar a expressão “tirando das
coisas e das pessoas”, a autora remete a forma características que alguns escritores usam para desenvolverem
sua escrita.
GABARITO: ERRADO
“A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas
e das pessoas a primeira capa de superficialismo.
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado.”
5 - No primeiro período do terceiro parágrafo, há uma ambiguidade que poderia ser corretamente eliminada com
a substituição da preposição a, presente na contração “ao” (L.15), pela preposição em — no —, sem alteração
dos sentidos originais do texto.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: “Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo nas minhas mãos”.
REESCRITA: “Eu queria que a língua portuguesa chegasse no máximo nas minhas mãos”.
O verbo “chegar” pode ser tanto VI quanto VTD (sentido de “aproximar”) ou VTI (sentido de “alcançar” ou “atingir
o fim de um movimento”). Quando é VTI, o padrão culto da língua exige a preposição a, entretanto, devido ao uso
recorrente no contexto informal, ficou convencionado pelo padrão informal da língua também o uso da preposição
em.
No entanto, no contexto apresentado nessa questão, a mudança de preposição, além de gerar desacordo com a
padrão culto, acarreta em mudança de sentido, pois, no original, o uso da preposição a dá ideia de alcançar (ao
máximo), enquanto que, na reescrita, o uso da preposição em sugere uma ideia de limite (no máximo).
Desse modo, há mudança de sentido e da correção gramatical do texto.
6 - Depreende-se do texto, sobretudo da afirmação “O que recebi de herança não me chega” (R.23), que uma das
dificuldades encontradas pela autora no manejo da língua portuguesa é o fato de ela não dispor de acesso
adequado a todos os textos já escritos nesse idioma.
GABARITO: ERRADO
“Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo nas minhas mãos. E esse desejo todos os que escrevem
têm. Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança de língua já feita. Todos
nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.
Essas dificuldades nós as temos. Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada.
O que recebi de herança não me chega”
O que é possível depreender do período em destaque é que a autora, apesar ter acesso a textos de outros escritores
como Camões, isso não é suficiente tanto para ela quanto para todos os que escrevem é a incapacidade de
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto antecedente, julgue os itens seguintes.
7 - Sem alteração do seu sentido original e da sua correção gramatical, o primeiro parágrafo do texto poderia ser
assim reescrito: Descobrir que, hoje, quase todas as traduções são feitas com a ajuda de máquinas pode assustar,
na medida em que vivemos tempos nos quais nos sentimos amedrontados e paranoicos, mas também fascinados,
pela presença da inteligência artificial no dia-a-dia.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: Em um momento no qual a presença da inteligência artificial na vida cotidiana frequentemente gera
medo e paranoia na mesma proporção em que fascina, pode ser mesmo assustador descobrir que 99% de todas
as traduções são feitas, atualmente, com o auxílio de máquinas.
REESCRITA: Descobrir que, hoje, quase todas as traduções são feitas com a ajuda de máquinas pode assustar, na
medida em que vivemos tempos nos quais nos sentimos amedrontados e paranoicos, mas também fascinados,
pela presença da inteligência artificial no dia-a-dia.
Na reescrita, há erros gramaticais: o uso da conjunção “na medida em que” (causal), sendo o correto o uso de “à
medida que” (proporcional). Além disso, há também erro ao usar vírgula para separar o complemento do nome
“fascinados”, assim como a grafia de “dia-a-dia” também é caso de erro gramatical.
GABARITO: ERRADO
“[...] pode ser mesmo assustador descobrir que 99% de todas as traduções são feitas, atualmente, com o auxílio
de máquinas.
A informação consta do mais recente relatório de uma organização dedicada a fazer avançar o uso do computador
nessa atividade, que, particularmente em sua vertente literária [...]”
O erro da questão está em dizer que “atividade” se refere apenas às traduções feitas por máquinas, quando na
verdade faz referência a qualquer atividade de tradução.
GABARITO: CERTO
O texto tanto apresenta uma série de informações e explicações sobre determinado assunto, algo característico
do texto expositivo, quanto apresenta um ponto de vista defendido pelo autor, aspecto típico do texto
argumentativo.
10 - Infere-se do terceiro parágrafo do texto que foram poucos os profissionais tradutores de textos literários que
perderam seus empregos e oportunidades de trabalho em razão da utilização de tradutores automatizados.
GABARITO: ERRADO
“É um cenário devastador para os tradutores profissionais. E, de fato, muitos foram dispensados ao longo das
últimas décadas, exceto um punhado de privilegiados, pois aquilo de que ainda não se tem notícia é que algum
romance, conto ou poema tenha sido traduzido inteira e, sobretudo, satisfatoriamente por algoritmos”.
O texto se refere apenas aos tradutores que foram “dispensados” de uma maneira genérica. Não há margem para
afirmar que, entre os tradutores que foram demitidos ao longo das décadas, aqueles que traduzem textos
literários tenham sido demitidos. O erro da questão está no fato de ter extrapolado o texto.
11 - A correção e os sentidos do texto seriam preservados caso o trecho “até a menos sofisticada das recriações
de uma língua a outra não se faz palavra por palavra” (L. 20 e 21) fosse reescrito da seguinte maneira: não se
traduz palavra por palavra nem mesmo os textos mais simples.
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: “até a menos sofisticada das recriações de uma língua a outra não se faz palavra por palavra”.
REESCRITA: “não se traduz palavra por palavra nem mesmo os textos mais simples.”
Há mudança de sentido, pois “fazer” e “traduzir” são palavras de campos semânticos distintos. O verbo “fazer”
está no campo semântico da elaboração, construção, formulação; enquanto que o “traduzir” está no campo
semântico da representação, compreensão, interpretação.
12 - O emprego do advérbio “precisamente” (R.25) enfatiza o nexo causal entre o avanço da qualidade da
tradução feita por computadores e a percepção de seus desenvolvedores de que uma língua não é feita apenas
de conjuntos de palavras.
GABARITO: CERTO
“O espantoso avanço das máquinas sobre o engenho humano nessa área só começou, precisamente, quando seus
desenvolvedores perceberam que a linguagem humana transcende o nível lexical [...]”
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anteriormente apresentado, julgue os itens
subsequentes.
13 - Infere-se do texto que, pelo emprego do adjetivo “compreensível” (R.7), o narrador transmite sua opinião, o
que se confirma pela ponderação exposta no último período do primeiro parágrafo.
GABARITO: CERTO
“O resignado senhor que porta a receita diz que vai telefonar ao seu médico e voltar mais tarde. “Letra de doutor”,
suspira o balconista, com compreensível resignação. Letra de médico já se tornou sinônimo de hieróglifo”
Ao usar o adjetivo “compreensível”, o narrador compartilha da resignação do balconista, pois se coloca em seu
lugar e entende a frustração de a “letra de doutor” ter se tornado “sinônimo de hieróglifo”.
GABARITO: ERRADO
“Na farmácia, presencio uma cena curiosa, mas não rara: balconista e cliente tentam, inutilmente, decifrar o nome
de um medicamento na receita médica. Depois de várias hipóteses, acabam desistindo. O resignado senhor que
porta a receita diz que vai telefonar ao seu médico e voltar mais tarde. “Letra de doutor”, suspira o balconista,
com compreensível resignação. Letra de médico já se tornou sinônimo de hieróglifo”.
O cliente e o balconista desistem de entender a letra do médico. O cliente ainda pretende comprar o remédio, pois
afirma “voltar mais tarde”, após falar com seu médico e decifrar o que ele havia prescrito.
15 - A expressão “para conquistar” (L.11) foi empregada no texto com o mesmo sentido de a fim de que
obtenham.
GABARITO: CERTO
“Exercício de caligrafia saiu de moda, mas todos os alunos sabem que devem escrever de modo legível para
conquistar a boa vontade dos professores”.
A conjunção “a fim de que” tem sentido de finalidade, sendo esse o mesmo sentido que possui a expressão “para”
no trecho em questão.
16 - Citado na linha 17, o “mecanismo de poder” é explicado de forma irônica no período seguinte: “Doutor não
precisa se fazer entender: são os outros, os seres humanos comuns, que têm de se familiarizar com a caligrafia
médica” (L. 18 a 20).
GABARITO: CERTO
Ao usar a expressão “os seres humanos comuns”, o autor está sendo irônico, sugerindo que os médicos se julgam
uma espécie diferente que “não precisa se fazer entender”.
17 - Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, a oração “A receita satisfaz a voracidade de
nossa cultura pelo remédio” (L. 26 e 27) poderia ser reescrita da seguinte maneira: A receita atende à avidez da
nossa cultura pelo remédio.
GABARITO:CERTO
ORIGINAL: “A receita satisfaz a voracidade de nossa cultura pelo remédio”.
REESCRITA: “A receita atende à avidez da nossa cultura pelo remédio”.
“Voracidade” tem o sentido de “vontade exagerada”, enquanto que “avidez” significa “vontade ardente”; elas
são, portanto, expressões sinônimas.
A forma verbal “atender” pode ser VTD ou VTI, por isso, nessa frase, o uso da crase não está inadequado.
A reescrita, desse modo, não provoca mudança de sentido ou erro gramatical.
GABARITO: ERRADO
“Os velhos doutores sabem que a luta contra uma doença não se apoia em certezas, mas sim em tentativas: na
medicina, “sempre” e “nunca” são palavras proibidas. Daí a dúvida, daí a ansiedade da dúvida, da qual o doutor
se livra pela escrita rápida. E pouco legível”
“Daí” remete ao período anterior: “Os velhos doutores sabem que a luta contra uma doença não se apoia em
certezas, mas sim em tentativas: na medicina, “sempre” e “nunca” são palavras proibidas”.
No que concerne às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens a seguir.
1 - Seriam mantidas a correção gramatical e as ideias originais do texto se o último período do texto — “Não
constitui crime (...) consentida pelo proprietário” — fosse reescrito da seguinte forma: Quando consentida pelo
proprietário a grafitagem, que se faz por meio de manifestação artística com vistas a valorizar o patrimônio, seja
ele público ou privado, não é crime.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou
privado mediante manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário.
REESCRITA: Quando consentida pelo proprietário a grafitagem, que se faz por meio de manifestação artística com
vistas a valorizar o patrimônio, seja ele público ou privado, não é crime”.
Apesar não haver mudança de sentido, a falta de vírgula após a oração subordinada adverbial “quando consentida
pelo proprietário” acarreta em erro gramatical.
2 - No texto, predomina a tipologia instrucional, uma vez que seu propósito comunicativo é conscientizar o leitor
acerca do que são pichação e grafitagem, a fim de convencê-lo a não cometer crimes.
GABARITO: ERRADO
O texto em questão é informativo, sendo o tipo textual predominante o dissertativo expositivo. Textos
instrucionais são típicos de manuais, receitas, bulas de remédios, entre outros.
3 - Observa-se uma polarização de ideias no texto: de um lado, o produtor do texto apresenta uma opinião
negativa acerca da pichação; do outro, uma visão positiva acerca da “prática de grafite”.
GABARITO: ERRADO
O texto apenas expõe informações sobre o que é pichação e grafite, sem emitir juízo de valor.
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 26
Agora Eu Passo PORTUGUÊS
4 - A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados se, no período “Conforme o art. 65 (...)
monumento urbano”, o trecho “é crime pichar edificação ou monumento urbano” fosse reescrito da seguinte
forma: pichar edificação ou monumento urbano é crime.
GABARITO: CERTO
ORIGINAL: Conforme art. 65 da Lei nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais), é crime pichar edificação ou
monumento urbano
REESCRITA: Conforme art. 65 da Lei nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais), pichar edificação ou monumento
urbano é crime.
5 - Justifica-se o emprego de vírgula após as palavras “condenação” (primeiro parágrafo) e “histórico” (segundo
parágrafo) com base na mesma regra de pontuação.
GABARITO: CERTO
“Em caso de condenação, a pena varia de três meses a um ano de detenção e multa”.
“Em se tratando de ato realizado em monumento ou coisa tombada em virtude de seu valor artístico ou histórico,
a pena varia de seis meses a um ano de detenção[...]”
Nos dois casos, temos adjuntos adverbiais deslocados para o início do período.
Com relação às ideias e à tipologia do texto CB3A1-I, julgue os itens que seguem.
6 - O texto foi construído com o uso de elementos que caracterizam a tipologia argumentativa.
7 - Conforme o texto, a ideia de um Brasil monolíngue tem consequência negativa para o reconhecimento da
verdadeira realidade linguística do país.
GABARITO: CERTO
Conforme podemos confirmar no seguinte trecho:
“O desconhecimento da diversidade linguística por grande parte da população brasileira é sustentado pela
representação de uma suposta unidade da língua portuguesa, ou seja, pela ideia de que a língua portuguesa é a
única língua falada no país. Essa falta de conhecimento e de valorização leva, por conseguinte, à marginalização
e à discriminação de grupos falantes de outras línguas." (L. 4 a 10).
8 - O autor do texto defende que a extinção de línguas é resultado de vários fatores, entre eles a ausência de
políticas voltadas à diversidade linguística e o desconhecimento dessa diversidade.
GABARITO: ERRADO
O autor não afirma que a extinção é resultado da falta de políticas ou desconhecimento dos falantes da
diversidade linguística do país. O que o autor afirma é que “a falta de conhecimento e de valorização leva, por
conseguinte, à marginalização e à discriminação de grupos falantes de outras línguas”, nada afirmando sobre o
seu desaparecimento.
9 - Conforme o texto, o sucesso de uma política voltada à sustentabilidade da diversidade linguística depende da
sua potencialidade de unificar o conhecimento sobre as línguas existentes no Brasil, com o propósito de valorizá-
las e promovê-las.
GABARITO: ERRADO
O texto não afirma que é necessário a unificação do conhecimento, como sugere a questão, mas a “articulação
de produção de conhecimento sobre as línguas existentes no território nacional e de valorização e promoção
dessas línguas” (L. 15 e 17).
10 - O texto aponta que a vulnerabilidade das línguas faladas por grupos sociais minoritários relaciona-se ao
número de falantes dessas línguas e ao grau de conhecimento que se tem acerca delas.
GABARITO: CERTO
Conforme está expresso no seguinte trecho do texto:
“As línguas faladas por grupos sociais minoritários requerem atenção especial de uma política de salvaguarda da
diversidade linguística, pois elas se encontram em posição de maior vulnerabilidade linguística. Tal situação
decorre não só do fato de essas línguas serem faladas por grupos sociais pouco numerosos, mas também da falta
de conhecimento sobre elas” (L. 18 a 24).
11 - Depreende-se do texto que uma política voltada para a diversidade linguística garante a valorização dessa
diversidade a partir de ações de desconstrução da suposta riqueza expressiva do português e de conscientização
da população acerca da realidade linguística do país.
GABARITO: ERRADO
GABARITO: CERTO
“Diversas” significa algo que é “distinto, múltiplo, variado”.
Nesse contexto, os dois vocábulos são sinônimos.
13 - A locução “por conseguinte” (L.9) introduz no período uma ideia de oposição e equivale à conjunção
entretanto.
GABARITO: ERRADO
A conjunção “por conseguinte” tem sentido de conclusão, sendo uma conjunção coordenada conclusiva.
14 - Seria mantida a correção gramatical do texto caso a partícula “se”, em “pois elas se encontram em posição
de maior vulnerabilidade linguística” (L. 20 e 21), fosse deslocada para imediatamente após a forma verbal
“encontram”, da seguinte forma: encontram-se.
GABARITO: CERTO
A ênclise nessa situação não acarretaria em erro gramatical por não existir nenhuma situação de próclise
obrigatória.
15 - Seriam mantidas a correção gramatical e as ideias originais do texto se o período “Tal situação decorre (...)
de conhecimento sobre elas” (L. 21 a 24) fosse reescrito da seguinte forma: Essa situação não apenas decorre do
fato dessas línguas serem faladas por grupos sociais pouco numerosos, mas também pela ausência de
conhecimento sobre elas.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: “Tal situação decorre não só do fato de essas línguas serem faladas por grupos sociais pouco
numerosos, mas também da falta de conhecimento sobre elas”.
REESCRITA: “Essa situação não apenas decorre do fato dessas línguas serem faladas por grupos sociais pouco
numerosos, mas também pela ausência de conhecimento sobre elas”.
Apesar de não acarretar mudança de sentido, a reescrita apresenta erros gramaticais. O uso de “dessas línguas”
é inadequado para essa situação, por “essas línguas” ser sujeito da forma verbal “serem faladas” e nenhum sujeito
pode ser precedido de preposição.
O outro erro está no uso da preposição “por” em “pela ausência”, pois essa expressão é complemento do verbo
“decorrer”, o qual exige a preposição “de” para seus complementos.
16 - No texto, a expressão “Colocar no mapa” (L.24) pode ser entendida tanto como Mapear geograficamente
quanto como Trazer ao conhecimento público.
GABARITO: CERTO
“Colocar no mapa as centenas de línguas ainda ocultadas pela representação majoritária de um país com uma
única língua talvez seja o caminho mais significativo para o reconhecimento das línguas como patrimônio
cultural”.
GABARITO: CERTO
Conforme podemos confirmar na seguinte passagem do texto:
“O Estado, como poder legítimo instituído, que zela pelo bem da coletividade, torna-se o principal agente nesse
processo de guarda da memória” (L. 19 a 22).
18 - Por ter unificado pessoas, culturas e territórios a partir de um ideal de nação, a história, entendida como área
do conhecimento, tornou-se o elemento garantidor da legitimidade dos Estados-nações.
GABARITO: ERRADO
A história foi um elemento garantidor, não o elemento garantidor. Outros elementos também foram necessários
para construir a ideia de nação.
“Nesse contexto, a história foi um poderoso elemento de legitimação dessa ideia de nação[...]” (L. 11 e 12).
19 - É possível que um elemento caracterizado como resquício do passado e como testemunho das experiências
e da capacidade criativa de um povo venha a ser tratado como patrimônio da nação.
GABARITO: CERTO
Com base na seguinte passagem do texto:
"Com isso, voltamos à ideia de patrimônio: tudo aquilo que restou do passado, que constitui vestígio das
experiências vividas e do potencial de criação de um povo, pode vir a se tornar patrimônio da nação." (L. 22 a 25).
GABARITO: ERRADO
O texto não permite que seja afirmada a posição de que a ideia de patrimônio surgiu inicialmente na Europa, pois
nele não há a delimitação do espaço em que isso aconteceu.
21 - O sinal de dois-pontos na linha 9 e o travessão na linha 17 foram empregados com a mesma finalidade:
introduzir uma enumeração que fornece detalhes acerca do conceito de “nação” explorado no texto.
GABARITO: ERRADO
“Para unificar populações, culturas, territórios, foi preciso elaborar a própria ideia de nação, que se fundamenta
em alguns elementos estruturantes: um conjunto de pessoas que partilha uma cultura, uma língua, uma origem
comum, uma única identidade”.
“A concepção do passado como “herança da nação” está dada como fundamento mesmo da possibilidade de
futuro — e, nesse sentido, é necessário preservá-lo, garantir a existência de seus vestígios e sinais, para usufruto
das gerações que virão”
No primeiro caso, temos os dois-pontos antecedendo um aposto enumerativo, enquanto que, no segundo caso, o
travessão isola um aposto explicativo.
22 - As formas pronominais “suas”, em “suas origens” (L.13), e “a”, em “que a constituía” (L.14), remetem ao
mesmo referente: “ideia de nação” (L.12).
GABARITO: ERRADO
“Nesse contexto, a história foi um poderoso elemento de legitimação dessa ideia de nação, pois era preciso buscar
suas origens no passado, evidenciando a continuidade, o caráter e a força do povo que a constituía”
23 - A substituição da forma verbal “partilha” (L.9) por partilham preservaria a correção gramatical do texto.
GABARITO: CERTO
“um conjunto de pessoas que partilha uma cultura”
Com expressões partitivas, a concordância pode ser feita com a expressão (um conjunto), ficando o verbo no
singular, ou com o núcleo do termo determinante (das pessoas).
24 - Na linha 18, o termo “de seus vestígios e sinais” qualifica o substantivo “existência”.
GABARITO: ERRADO
“De seus vestígios” é complemento nominal de “existência”.
GABARITO: ERRADO
“[...]voltamos à ideia de patrimônio: tudo aquilo que “restou” do passado [...]”
O verbo “voltar” exige a preposição a. Sendo “ideia” uma palavra feminina, precedida pelo artigo a, a crase é
obrigatória.
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto precedente, julgue os itens a seguir.
1 - O termo “Desenvolveram-se” (L.5) poderia ser substituído pela locução Foram desenvolvidos, sem prejuízo
do sentido e da correção gramatical do texto.
GABARITO: CERTO
Em “desenvolveram-se”, temos a voz passiva sintética (VTD + SE). Em “foram desenvolvidos”, temos a voz passiva
analítica (SER + PARTICÍPIO). Essas duas vozes são sintaticamente e semanticamente equivalentes, o que não
ocasionaria prejuízo gramatical ou mudança de sentido ao texto.
2 - A “rede mundial de computadores” a que o autor se refere nas linhas 16 e 17 do texto corresponde à Internet.
GABARITO: CERTO
Internet e “rede mundial de computadores” são termos equivalentes.
3 - As formas pronominais “os quais” (L.9) e “a qual” (L.16) referem-se, respectivamente, a “portadores físicos”
(L.8) e “situação” (L.15).
GABARITO:ERRADO
O termo “os quais” retoma “objetos”: “[...]independentemente também dos objetos sobre os quais informava
[...]”.
Enquanto que “a qual” retoma “mudança”: “A mudança de situação sobre a qual se informava [...]”
GABARITO: ERRADO
A expressão “pôs fim” exige a preposição “a”. Sendo “a própria noção de viagem” complemento de “pôs fim”, a
crase torna-se obrigatória.
5 - A substituição do conectivo “Afinal” (L.16) por Contudo manteria os sentidos originais do texto.
GABARITO: ERRADO
“Afinal” é uma conjunção de valor conclusivo, enquanto “contudo” é uma conjunção de valor adversativo. A
mudança traria mudança aos sentidos originais do texto.
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens que se seguem.
6 - No trecho “pairava ofegante num beiral de telhado” (L. 2 e 3), o verbo pairar está empregado com o mesmo
sentido de ameaçar.
GABARITO: ERRADO
“Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros (beirais de telhado)
com dificuldade [...]”
Nessa construção, a forma verbal “pairava” tem sentido de “estar sobre”.
7 - As palavras que formam a frase “Estúpida, tímida e livre” (R.6) qualificam o ser que é o tema do texto: a galinha.
GABARITO: CERTO
“Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia em suas vísceras que fazia
dela um ser? A galinha é um ser”.
O tema do texto é a galinha. Além disso, os períodos seguintes confirmam que as características citadas se referem
à galinha.
GABARITO: CERTO
Palavras negativas (não, nunca, ninguém, jamais) são fatores de próclise obrigatória.
9 - O trecho “enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade” (L. 3 e 4) mostra que havia uma perseguição à
galinha pelos telhados da casa.
GABARITO: CERTO
O verbo “galgar” significa “andar com passadas largas como um galgo”. O termo “galgo” tem sua origem
etimológica no latim gallĭcus, termo usado para denominar os cães levados de Roma para a Gália. A presença
desse termo (galgar) confere ao período uma ideia de uma perseguição do jovem à galinha tal qual a de um cão
que persegue sua caça.
10 - No trecho “Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista” (L. 9 e 10), existe uma relação de
oposição entre as orações que compõem o período.
GABARITO: ERRADO
O conectivo “como” dá uma ideia de comparação (“tal qual”, “igual a”), não de oposição.
11 - O trecho “Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante
outra tão igual como se fora a mesma” (L. 10 a 13) nos remete à ideia de que a personagem já estava certa de sua
morte e substituição.
GABARITO:ERRADA
Essa questão trata a galinha como ser consciente de sua realidade, o que não é verdade, pois o texto a descreve
como “estúpida” (L. 3), ou seja, desconhecedor de sua condição
Julgue os próximos itens, com base no Manual de Redação da Presidência da República (MRPR).
12 - O MRPR prevê somente dois fechos diferentes para as modalidades de comunicação oficial entre autoridades
da administração pública: Respeitosamente, caso o destinatário seja autoridade de hierarquia superior à do
remetente; e Atenciosamente, caso o destinatário seja autoridade de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior
à do remetente. Ficam excluídas dessa norma as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem
a rito e tradição próprios.
GABARITO: CERTO
A questão apenas transcreveu aquilo que está escrito na 3ª edição do MRPR, item 5.1.7., página 31.
a) Para autoridades de hierarquia superior a do remetente, inclusive o Presidente da República:
Respeitosamente,
b) Para autoridades de mesma hierarquia, de hierarquia inferior ou demais casos:
Atenciosamente,
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e
tradição próprios.
GABARITO: CERTO
A questão apenas transcreveu aquilo que está escrito na 3ª edição do MRPR, item 3.5, página 20.
A redação oficial é elaborada sempre em nome do serviço público e sempre em atendimento ao interesse geral
dos cidadãos. Sendo assim, os assuntos objetos dos expedientes oficiais não devem ser tratados de outra forma
que não a estritamente impessoal.
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue os itens a seguir.
14 - O texto apresentado é predominantemente descritivo, já que exemplifica uma das acepções do termo ritual.
GABARITO: ERRADO
Há, no texto, a predominância da argumentação, pois o autor defende a tese de que o ser humano trata o termo
“ritual” como algo formal, antigo, sem valor.
15 - A substituição do trecho “se for considerado” (L.12) por quando considerado preservaria a coerência e a
correção gramatical do texto.
GABARITO: CERTO
A questão não comenta nada sobre a mudança de sentido, apenas afirma que a correção gramatical e a coerência
(lógica das ideias) seriam mantidas, apesar de se tratarem de conectores de diferentes classificações (se –
condição/ quando – tempo).
Portanto, a correção gramatical e a coerência seriam mantidas, mesmo existindo uma mudança de sentido.
16 - A acepção de ritual empregada nos dois primeiros períodos do texto afasta-se, segundo a autora, do sentido
corrente dessa palavra, explorado no restante do texto.
A autora defende uma noção de “ritual” diferente da ideia usual de ser algo ultrapassado, arcaico, conforme ela
afirma no final do texto: “Em suma, usamos o termo ritual no dia a dia com uma conotação de fenômeno formal
e arcaico” (L. 21 e 22). Desse modo, logo no início do texto, a autora deixa claro que defende uma ideia de que os
rituais é algo que faz parte do nosso cotidiano.
17 - A substituição da conjunção “porque” (L.3) pela locução de modo que preservaria os sentidos originais do
texto.
GABARITO: ERRADO
A conjunção “porque” é causal, enquanto que a locução conjuntiva “de modo que” é consecutiva (valor de
consequência). Se fosse feita a substituição, haveria mudança de sentido.
18 - No trecho “em relação à expectativa de um importante comunicado” (L. 12 e 13), a retirada do sinal indicativo
de crase no vocábulo “à” prejudicaria a correção gramatical do texto.
GABARITO: CERTO
O termo “em relação” exige a preposição “a”. Como “expectativa” é uma palavra feminina, a crase é obrigatória.
Em relação a + a expectativa = em relação à expectativa.
GABARITO: CERTO
“Em geral, consideramos que rituais seriam eventos de sociedades históricas, da vida na corte europeia, por
exemplo, ou, em outro extremo, de sociedades indígenas. Entre nós, a inclinação inicial é diminuir sua relevância”
(L. 5 a 8)
Para descobrir o referente de “sua relevância”, faça a pergunta ao verbo que ele completa: “diminuir o quê? A
relevância. E a relevância de quem? Dos rituais”.
20 - Depreende-se do trecho “Tudo se passa como se nós, modernos, guiados pela livre vontade, estivéssemos
liberados desse fenômeno do passado” (L. 19 a 21) que a autora, ao se declarar moderna, repudia o que pertence
ao passado.
GABARITO: ERRADO
A autora, em momento algum, se posiciona como se repudiasse o passado. Ao usar o termo “modernos”, ela, de
certa forma, está sendo irônica, pois quer mostrar que, apesar toda a tecnologia que temos, não conseguimos nos
desprender do passado, tendo sido graças a ele que chegamos onde estamos.
GABARITO: ERRADO
Conforme afirma o próprio texto: “Ritual, nesse caso, é a dimensão menos importante de um evento, sinal de uma
forma vazia, algo pouco sério [...]” (L. 13), ou seja, seria o que menos contribui para essa transmissão de valores,
segundo a autora.
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens a seguir.
1 - Depreende-se do texto que a psicologia experimental é uma área do conhecimento científico que concorda
com a tese do caráter hereditário do racismo em humanos.
GABARITO: ERRADO
O texto se baseia na ideia de que o racismo é algo que não se sustenta cientificamente, algo que, inclusive, é
comprovado pela psicologia experimental, conforme podemos perceber no seguinte trecho:
“Já as pesquisas na área de psicologia experimental, que muitas vezes estudam o comportamento dos animais,
poderiam encontrar uma explicação para o racismo de bases evolutiva — apesar de não existirem, nos animais,
traços de preconceito ou discriminação propriamente dita”
Ou seja, existia a possibilidade de a psicologia experimental encontrar algum traço de racismo adotado pelos
animais, mas isso é descartado logo em seguida.
GABARITO: ERRADO
A fala da doutora Patrícia Izar deixa claro que não há nenhuma ação no reino animal que seja análoga (= parecida,
semelhante) com as atitudes racistas desempenhadas por alguns seres humanos.
“Nós não identificamos em animais um correlato exato ao preconceito, especialmente porque preconceito é uma
construção verbal e social típica das culturas humanas” (l. 23 a 26).
3 - O emprego de aspas no vocábulo ‘raças’ (L.38), na fala do geneticista Sérgio Pena, reproduz a intenção desse
pesquisador de demonstrar a inadequação da palavra no contexto apresentado por ele.
GABARITO: CERTO
Conforme podemos constatar no próprio texto:
“O geneticista Sérgio Pena não concorda com estudos evolutivos: ‘Ao postular a existência de uma natureza
humana evolutivamente moldada para ser etnocêntrica, paroquial, bairrista e chauvinista, esses discursos
geralmente terminam por atribuir ao racismo uma inevitabilidade natural. Isso não é verdade. Pelo contrário, as
‘raças’ e o racismo não têm nenhuma justificativa biológica e não passam de uma invenção muito recente na
história da humanidade’”.
As aspas podem ser usadas para reforçar que o seu uso é datado, demonstrando a discordância entre os estudos
evolutivos e uso inadequado do termo.
4 A substituição da forma verbal “seja” (L.3) por é manteria a coerência e a correção gramatical do texto.
GABARITO: CERTO
ORIGINAL: “Não há conclusões unânimes, mas a ciência e os especialistas caminham para o entendimento de que
o preconceito seja um conceito aprendido”.
REESCRITA: “Não há conclusões unânimes, mas a ciência e os especialistas caminham para o entendimento de que
o preconceito é um conceito aprendido”.
Observe que a questão pergunta se a mudança manteria a coerência e a correção, nada é mencionada acerca a
mudança de sentido.
A reescrita mantém o período lógico, por isso não há prejuízo para a coerência do texto. A mudança do verbo do
subjuntivo para o indicativo também não prejudicou a correção gramatical do texto, apesar de ter mudado o
sentido (subjuntivo – possibilidade, desejo/ indicativo – certeza).
5 - A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso o período “Assim, foge da postura típica
dos animais, que só passam a rejeitar aquilo que os prejudica a partir da experiência adquirida.” (L. 7 a 9) fosse
reescrito da seguinte forma: Assim, o preconceito foge da postura típica dos animais, que rejeitam aquilo que é
prejudicial a partir da experiência adquirida.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: Assim, foge da postura típica dos animais, que só passam a rejeitar aquilo que os prejudica a partir da
experiência adquirida.
REESCRITA: Assim, o preconceito foge da postura típica dos animais, que rejeitam aquilo que é prejudicial a partir
da experiência adquirida.
6 - O emprego do sinal indicativo de crase no trecho “não responde à questão racial” (L. 15 e 16) é obrigatório,
dados o caráter definido do termo “questão racial” e a acepção do
verbo responder no período.
GABARITO: CERTO
O verbo “responder” com sentido de “reagir, responder a um estímulo” é um VTI (Verbo Transitivo Indireto), sendo
regido pelo preposição “a”. “Questão racial” é uma expressão feminina que está definida, sendo o artigo “a”
obrigatório. Portanto, a crase nesse caso é obrigatória.
Atenção: o verbo “responder”, no sentido de “pergunta e resposta”, pode ser tanto VTD quanto VTI (respondi a
uma pergunta/ respondi uma pergunta).
7 - A correção gramatical do texto seria mantida caso a forma “existirem” (L.22) fosse substituída por existir.
GABARITO: ERRADO
“apesar de não existirem, nos animais, traços de preconceito ou discriminação propriamente dita”
O sujeito da forma verbal “existirem” está explícita na oração (“apesar de traços de preconceito ou discriminação
não existirem nos animais”). A mudança faria com que o trecho tivesse erro de concordância verbal.
8 - O verbo ‘postular’ (L.34) está empregado no texto com o mesmo sentido de pressupor.
GABARITO: CERTO
“Postular” significa admitir algo como postulado, ou seja, como algo que ainda não foi confirmado como
verdadeiro.
“Pressupor” tem o sentido de “presumir”, “supor de forma antecipada”.
Desse modo, há uma relação de sinonímia entre esses dois verbos.
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue os próximos itens.
9 - Embora seja um problema mundial, a contaminação dos alimentos ocorre de forma mais severa nos países do
continente americano, de acordo com o texto.
GABARITO: ERRADO
Apesar de o texto trazer dados de alguns países do continente americano, em momento algum ele aponta que
nesse continente a contaminação dos alimentos ocorra de forma mais severa.
10 - O problema dos alimentos não seguros reflete em diversos setores, como o econômico, que perde em
produtividade, e o da saúde, que necessita despender altos valores na recuperação das pessoas contaminadas.
GABARITO: CERTO
Conforme podemos conferir no texto:
“Alimentos não seguros também dificultam o desenvolvimento em muitas economias de baixa e média renda, que
perdem cerca de US$ 95 bilhões em produtividade devido a doenças, incapacidades e morte prematura de
trabalhadores” (L. 9 a 12)
Os dados disponíveis indicam que as doenças transmitidas por alimentos geram de US$ 700 mil a US$ 19 milhões
em custos anuais de saúde nos países do Caribe e mais de US$ 77 milhões nos Estados Unidos da América [...]”
(L. 16 a 20).
11 - No trecho “quase uma em cada dez pessoas no mundo” (L.5), a inserção de uma vírgula logo após “pessoas”
prejudicaria a correção gramatical do texto.
GABARITO: CERTO
“quase uma em cada dez pessoas no mundo (cerca de 600 milhões de pessoas) adoece”
12 - A substituição da expressão “metade delas” (L.15) por cuja metade manteria a correção gramatical e a coesão
do texto.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: “Nas Américas, estima-se que 77 milhões de pessoas sofram um episódio de doenças transmitidas por
alimentos a cada ano – metade delas são crianças com menos de 5 anos de idade”
REESCRITA: “Nas Américas, estima-se que 77 milhões de pessoas sofram um episódio de doenças transmitidas por
alimentos a cada ano – cuja metade são crianças com menos de 5 anos de idade
O pronome relativo “cujo” e suas variações (cuja, cujos, cujas) tem um uso bastante específico e exige alguns
cuidados quando falamos de reescrita que sugere sua presença na do lugar de outro vocábulo.
Cujo é um pronome relativo que retoma o substantivo antecedente, relacionando-o ao substantivo subsequente,
dando uma ideia de posse. Observe que no período em questão, a expressão “metade delas” retoma “pessoas”,
ou seja, em média mais de 30 milhões daqueles que sofrem um episódio de doenças transmitidas por alimentos a
cada ano são crianças. Não há uma relação de posse nessa construção.
O uso do pronome “cujo” faria com que retomasse o substantivo que está imediatamente anterior (ano), o que
não faria o menor sentido, por não sugerir essa ideia de posse típica desse tipo de pronome.
13 - A correção gramatical e os sentidos originais do texto seriam mantidos caso o período “A inocuidade dos
alimentos contribui para a segurança alimentar, a saúde humana, a prosperidade econômica, a agricultura, o
acesso ao mercado, o turismo e o desenvolvimento sustentável.” (L. 23 a 26) fosse reescrito da seguinte forma:
A integridade dos alimentos contribuem com a segurança alimentar, saúde humana, prosperidade econômica,
agricultura, acesso ao mercado, turismo e desenvolvimento sustentável.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: “A inocuidade dos alimentos contribui para a segurança alimentar, a saúde humana, a prosperidade
econômica, a agricultura, o acesso ao mercado, o turismo e o desenvolvimento sustentável.”
REESCRITA: “A integridade dos alimentos contribuem com a segurança alimentar, saúde humana, prosperidade
econômica, agricultura, acesso ao mercado, turismo e desenvolvimento sustentável”.
O núcleo do sujeito é “integridade”, então o verbo não pode ser “contribuem”, mas sim “contribui”. Há também
um erro de paralelismo sintático, pois foi utilizado o artigo apenas no primeiro substantivo que complementa o
verbo (a segurança alimentar), sendo obrigatório ou o uso de artigo nos demais substantivos ou a ausência de
artigo em todos eles.
14 - Sem alteração dos sentidos originais do texto, a palavra “transmitidas” (L.17) poderia ser substituída por
transmissíveis.
GABARITO: ERRADO
“Transmissíveis” tem a ver com algo contagioso.
“Transmitidas” tem a ver com o que é passado por meio algo.
Há, portanto, mudança de sentido.
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens seguintes.
15 - Segundo Ronald Dworkin, a ampla liberdade de expressão subjaz à existência de um governo legítimo e
democrático.
GABARITO: CERTO
“Subjaz” significa “manifesta, subentende”. O texto, deixa claro que Ronald Dworkin concebe essa ideia de a ampla
liberdade de expressão manifesta a existência de um governo legítimo e democrático, conforme o seguinte trecho:
“Essa é a perspectiva defendida por Ronald Dworkin, para quem ‘A livre expressão é uma das condições de um
governo legítimo. As leis e políticas não são legítimas a menos que tenham sido adotadas por meio de um
processo democrático, e um processo não é democrático se o governo impediu alguém de exprimir as suas
convicções acerca de quais devem ser essas leis e políticas’”.
GABARITO: ERRADO
Temos um parágrafo essencialmente dissertativo-argumentativo, pois o autor expõe suas ideias acerca da
liberdade de expressão.
17 No texto, sugere-se que a liberdade de expressão pode ser usada em favor da mentira e da manipulação.
GABARITO: CERTO
Conforme o último parágrafo do texto: “Porém, tal como a retórica e a argumentação podem ser postas ao serviço
da mentira e da manipulação, também em relação à liberdade de expressão se coloca a questão dos seus limites”.
GABARITO: ERRADO
“Desprezo o que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito a dizê-lo.”
O uso da vírgula é obrigatório, pois separa uma oração coordenada adversativa da oração principal.
19 - Sem prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos originais do texto, o trecho “em que se incluem a
palavra escrita, as peças teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os cartuns, as pinturas, entre outros” (R. 5 a
7) poderia ser reescrito da seguinte forma: onde se incluem a palavra escrita, as peças teatrais, os filmes, os
vídeos, as fotografias, os cartuns, as pinturas e entre outros.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: “A liberdade de expressão – entendida em sentido amplo, em que se incluem a palavra escrita, as peças
teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os cartuns, as pinturas, entre outros”
REESCRITA: “A liberdade de expressão – entendida em sentido amplo onde se incluem a palavra escrita, as peças
teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os cartuns, as pinturas e entre outros”.
O pronome relativo onde só retoma lugares. No período em questão, o referente é “liberdade de expressão” não
sendo permitido o uso do pronome “onde”.
20 - A correção gramatical e a coerência do texto seriam mantidas caso fosse inserida a expressão por isso, isolada
por vírgulas, entre as palavras “e” e “não”, na linha 13 — e, por isso, não.
GABARITO: CERTO
ORIGINAL: “[...] governo seria de todo legítimo e não deveria ser denominado democrático”
REESCRITA: “[...] governo seria de todo legítimo e, por isso, não deveria ser denominado democrático”.
A reescrita insere uma conjunção coordenativa conclusiva entre vírgula, o que mantém a correção gramatical do
texto. A mudança muda o sentido, mas não afeta a coerência do texto (coerência = fazer sentido, ser lógico).
GABARITO: CERTO
“Desde os alvores da democracia ateniense, são sobejamente conhecidas as suas relações com a argumentação
e a retórica”.
Os pronomes possessivos geralmente retomam algo que foi dito anteriormente, conferindo uma ideia de posse ao
seu referente. No trecho em questão, “suas relações” retoma “democracia ateniense”. É possível, inclusive,
reescrever o período da seguinte maneira:
“Desde os alvores da democracia ateniense, são sobejamente conhecidas as relação da democracia ateniense
com a argumentação e a retórica”.
Com base no Manual de Redação da Presidência da República, julgue os itens que se seguem, acerca de aspectos
da redação oficial.
23 - É adequado o uso da forma Fortaleza, 8 de março de 2020. alinhada à margem direita da página em um
documento no padrão ofício expedido na referida data na cidade de Fortaleza – CE.
GABARITO: CERTO
Lembre-se: data fica à direita.
Sobre o local e data em um documento no padrão ofício, o MRPR versa o seguinte:
5.1.3 Local e data do documento Na grafia de datas em um documento, o conteúdo deve constar da seguinte
forma:
24 - O expediente denominado ofício é apropriado como forma de comunicação entre unidades administrativas
de um mesmo órgão.
GABARITO: CERTO
A nova edição do MRPR aboliu a distinção entre ofício, memorando e aviso. Com o objetivo de uniformizá-los,
deve-se adotar nomenclatura e diagramação únicas, que sigam o que chamamos de padrão ofício.
Com relação às ideias e aos sentidos do texto CB1A1-I, julgue os próximos itens.
1 - Para o autor, a confissão sobressai entre as provas construídas pela investigação, mas não é condição para a
determinação da verdade.
GABARITO: CERTO
Conforme podemos testificar pela seguinte passagem do texto:
“Mas, por outro lado, a confissão triunfa sobre quaisquer outras provas” (L. 31 e 32).
2 - A investigação penal deve ser encerrada quando há confissão do acusado, uma vez que este ato pressupõe a
culpa do criminoso confesso e implica a sua condenação.
GABARITO: ERRADO
A confissão é “a peça complementar de uma investigação escrita e secreta." (L.21), assim “[...] não pode por si só
implicar a condenação e tem de ser acompanhada por indícios, anexos e presunções" (L.26 e 27)
GABARITO: ERRADO
É a partir do momento que confessa que o réu aceita os bons fundamentos da acusação, pois “a confissão é o ato
pelo qual o réu aceita a acusação e reconhece os seus bons fundamentos" (R. 33 a 35).
GABARITO: CERTO
Ao confessar, o réu “aceita a acusação” (L. 34), ou seja, legitima a acusação que foi feita.
5 - Infere-se do texto que o autor não concorda com a ideia de que a confissão seja apenas mais uma prova entre
tantas outras.
GABARITO: CERTO
O autor diferencia a confissão dos demais tipos de prova quando afirma o seguinte: “A confissão triunfa sobre
quaisquer outras provas. Até certo ponto, transcende-as” (L. 32 a 33).
GABARITO: ERRADO
O que o texto afirma é que a investigação criminal é secreta (L. 21), mas nada diz que também é secreta a
confissão.
7 - Do trecho “se não tiver em sua posse mais do que a confissão regular do culpado, o juiz deverá então fazer
investigações complementares” (L. 29 a 31) depreende-se que, diante da ausência de confissão, é dever do juiz
buscar outros indícios de autoria.
GABARITO: ERRADO
Do trecho, depreende-se que o juiz deverá fazer outras investigações caso só tenha a confissão regular do culpado
(“em sua posse mais do que a confissão regular”), não que ele não possui a confissão do réu.
8 - A correção gramatical do texto seria prejudicada se o trecho “a regras rigorosas” (L.2) fosse substituído por
sob regras rigorosas.
GABARITO: CERTO
“Escrita, secreta e submetida, para construir as suas provas, a regras rigorosas,”
“A regras rigorosas” é complemento de “submetida”, sendo essa regida pela preposição a, não cabendo, portanto,
a substituição por sob.
GABARITO: ERRADO
“No interior do crime reconstituído por escrito, o criminoso confesso desempenha o papel de verdade viva. Ato do
sujeito criminoso, responsável e falante, a confissão é a peça complementar de uma investigação escrita e secreta.
Daí a importância que todo processo de tipo inquisitorial atribui à confissão”.
“Daí” é um conectivo conclusivo, equivalente a “por isso”. No texto em questão, ele faz conclui a ideia apresentada
no período anterior.
10 - A correção gramatical do texto seria preservada se o trecho “sábia e obscuramente” (L.16) fosse isolado por
vírgulas.
GABARITO: CERTO
“é que o criminoso assuma o seu próprio crime e assine aquilo que foi sábia e obscuramente construído pela
investigação”
“Sábia e obscuramente” são dois adjuntos adverbiais. Como estão intercalados no meio da locução verbal e são
de curta extensão, o uso da vírgula é facultativo, por isso isolá-los com virgulas não prejudica a correção
gramatical do texto.
11 - O trecho “que não há (...) indícios” (L. 7 e 8) exprime uma noção de consequência.
GABARITO: CERTO
“Por duas razões: em primeiro lugar, porque constitui uma prova tão forte que não há necessidade de acrescentar
outras”
Geralmente, quando a conjunção “que” vem antecedida de tal, tamanho, tão, tanto será caso de conjunção
subordinada adverbial consecutiva.
12 - Os sentidos e a coesão do texto seriam preservados caso se inserisse a palavra porque imediatamente antes
de “a única maneira” (L.11).
GABARITO: CERTO
“em primeiro lugar, porque constitui uma prova tão forte que não há necessidade de acrescentar outras, nem de
entrar na difícil e duvidosa combinatória dos indícios; a confissão, desde que seja devidamente feita, quase exime
o acusador de fornecer outras provas (em todo o caso, as mais difíceis); em segundo, [porque] a única maneira
para que esse procedimento perca toda a sua autoridade unívoca”
Por uma questão de paralelismo, o “porque”, antes de “a única maneira”, está implícito, pois está explícito no
início do período: “em primeiro lugar, porque constitui”.
13 - A substituição da palavra “só” (L.26) por somente não alteraria os sentidos do texto, já que ambas são
sinônimos no contexto linguístico considerado.
GABARITO: ERRADO
“tal como a mais forte das provas, não pode por si só implicar”
No trecho acima, “só” é adjetivo e tem sentido de “sozinha”. A mudança por “somente” (advérbio) traria mudança
de sentido ao texto.
GABARITO: ERRADO
“pois já houve acusados que se declararam culpados de crimes que não cometeram”
1 - A cultura é um fator que limita a concepção de mundo dos diferentes povos, levando-os a uma visão estreita
das dimensões da vida humana.
GABARITO: ERRADO
Segundo o texto, o que contribui para uma visão estreita da vida humana é o fato de as pessoas se limitarem
apenas à cultura. Ou seja, a cultura sozinha não é a única responsável por tal visão.
“Se a cultura, no que tange a valores e visões de mundo, é fundamental para nossa constituição enquanto
indivíduos (servindo-nos como parâmetro para nosso comportamento moral, por exemplo), limitarmo-nos a ela,
desconhecendo ou depreciando as demais culturas de povos ou grupos dos quais não fazemos parte, pode nos
levar a uma visão estreita das dimensões da vida humana” (L. 1 a 7).
2 - De acordo com o texto, a herança cultural repassada pelos pais contribui para que seus filhos desenvolvam
uma visão etnocêntrica.
GABARITO: CERTO
Segundo o texto, a herança cultural contribui para o etnocentrismo, pois nos educa e condiciona ao mesmo tempo.
GABARITO: ERRADO
É o contrário. O etnocentrismo que gera a xenofobia.
“O etnocentrismo está, certamente, entre as principais causas da intolerância internacional e da xenofobia” (L. 19
a 22).
4 - Em “servindo-nos” (L.3), o pronome “nos” poderia ser suprimido, sem prejudicar a correção gramatical e a
coesão do texto.
GABARITO: CERTO
A presença do pronome possessivo “nosso” permite a supressão de “nos” sem prejudicar a correção gramatical e
coesão do texto.
5 - Na linha 4, a correção do texto seria prejudicada caso a vírgula empregada logo após o parêntese fosse
substituída por ponto e vírgula.
GABARITO: CERTO
Não é possível substituir essa vírgula por ponto e vírgula por termos um período composto por subordinação.
“Se a cultura, no que tange a valores e visões de mundo, é fundamental para nossa constituição enquanto
indivíduos (servindo-nos como parâmetro para nosso comportamento moral, por exemplo), limitarmo-nos a ela,
[...]”
“limitarmo-nos a ela, desconhecendo ou depreciando as demais culturas de povos ou grupos dos quais não
fazemos parte, [...]”
7 - O trecho “Tomar conhecimento (...) preconceituosa” (L. 16 a 18) poderia ser reescrito, sem prejuízo da correção
gramatical e do sentido do texto, da seguinte forma: Tomar conhecimento do outro sem aceitar a lógica de seu
pensamento e sem acatar a lógica de seus hábitos acabam gerando uma visão etnocêntrica e preconceituosa.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: Tomar conhecimento do outro sem aceitar sua lógica de pensamento e seus hábitos acaba por gerar
uma visão etnocêntrica e preconceituosa,
REESCRITA: Tomar conhecimento do outro sem aceitar a lógica de seu pensamento e sem acatar a lógica de seus
hábitos acabam gerando uma visão etnocêntrica e preconceituosa.
8 - No penúltimo período do texto, a correção gramatical estaria preservada se, logo após a forma verbal
“pensarmos” (L.21), fosse inserida a expressão por exemplo, desde que excluídas a expressão “apenas como
exemplos” (L.24) e a vírgula que a antecede.
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: Basta pensarmos nas relações entre norte-americanos e latinos i No original, a conjunção “e” dá ideia
de acréscimo. A substituição por “ao” faz com que trecho tenha o sentido de tempo.
migrantes, entre franceses e os povos vindos do norte do continente africano que buscam residência em países
estrangeiros, apenas como exemplos
REESCRITA: Basta pensarmos nas relações entre norte-americanos e latinos imigrantes, entre franceses e os povos
vindos do norte do continente africano que buscam residência em países estrangeiros por exemplo.
A ausência de vírgula antes da expressão “por exemplo” prejudica a correção gramatical do período.
9 - A inserção de uma vírgula após “global” (L.26) alteraria os sentidos originais do texto, mas não sua correção
gramatical.
GABARITO: CERTO
“A visão etnocêntrica caminha na contramão do processo de integração global decorrente da modernização dos
meios de comunicação como a Internet, pois é sinônimo de estranheza e de falta de tolerância”
A ausência de vírgula traz um caráter restritivo, enquanto que, com a vírgula, há um caráter explicativo.
10 - O texto informa que, em 2002, entrou em vigor no Brasil o primeiro dispositivo legal para eliminação da
discriminação contra a mulher.
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 53
Agora Eu Passo PORTUGUÊS
GABARITO: ERRADO
O texto não afirma ter sido esse o primeiro dispositivo legal para extinguir a discriminação contra a mulher, mas
que “o tratado internacional entrou em vigor internamente no Brasil apenas em 2002”.
11 - Depreende-se do texto que a cota eleitoral de sexo é um dos exemplos mais prósperos de ação afirmativa
implementada no Brasil, no que diz respeito à eliminação da discriminação contra a mulher.
GABARITO: ERRADO
O autor não faz qualquer tipo de juízo de valor a respeito dessa ação afirmativa.
“A Convenção prevê, ainda, a adoção de ações afirmativas, a exemplo do que ocorreu no Brasil com a cota eleitoral
de sexo, prevista na Lei n.º 9.504/1997 (Lei das Eleições). O dispositivo exige que as candidaturas dos partidos
obedeçam, nas eleições proporcionais, ao parâmetro mínimo de 30% e máximo de 70% para cada sexo.”
12 - As medidas a que se refere o terceiro parágrafo estão elencadas no segundo parágrafo, especificamente no
trecho ‘toda distinção (...) outro campo’ (L. 7 a 13).
GABARITO: ERRADO
No segundo parágrafo, há uma definição do que é discriminação, não quais as medidas propostas.
13 - Conforme o terceiro parágrafo do texto, a Convenção pretende implementar medidas que acabem com a
prática da prostituição e alterem os padrões de conduta da sociedade em geral com relação à mulher.
GABARITO: ERRADO
A convenção almeja “suprimir todas as formas de tráfico de mulheres e exploração da prostituição feminina”, não
acabar com a prostituição.
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-II, julgue os itens a seguir.
14 - O trecho “para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher” (L. 2 e 3) apresenta a
razão pela qual a ONU aprovou a referida Convenção.
GABARITO: ERRADO
“Em 1979, foi aprovada pela Assembleia Geral da ONU a Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra a Mulher”.
15 - Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos do texto, o primeiro parágrafo poderia ser reescrito da
seguinte forma: Em 1979, a Assembleia Geral da ONU aprovou a Convenção para a Eliminação de Todas as Formas
de Discriminação contra a Mulher. No entanto, apenas em 2002 o tratado internacional passou a viger
internamente no Brasil.
GABARITO: CERTO
ORIGINAL: Em 1979, foi aprovada pela Assembleia Geral da ONU a Convenção para a Eliminação de Todas as
Formas de Discriminação contra a Mulher. O tratado internacional entrou em vigor internamente no Brasil apenas
em 2002.
Não há mudança de sentido ou prejuízo para a correção gramatical do texto, apesar da mudança de voz e da
inserção da conjunção “no entanto”.
16 - A substituição de “e suprimir” (L.17) por ao suprimir não comprometeria a correção gramatical do período,
mas alteraria seu sentido original.
GABARITO:CERTO
ORIGINAL: “além de buscar alterar os padrões socioculturais de conduta e suprimir todas as formas de tráfico de
mulheres e exploração da prostituição feminina”
REESCRITA: “além de buscar alterar os padrões socioculturais de conduta ao suprimir todas as formas de tráfico
de mulheres e exploração da prostituição feminina”
No original, a conjunção “e” dá ideia de acréscimo. A substituição por “ao” faz com que trecho tenha o sentido de
tempo.
GABARITO: CERTO
“As medidas previstas visam garantir o gozo dos direitos humanos e das liberdades fundamentais das mulheres”
Ao trocar “das mulheres” por “às mulheres”, a expressão se torna complemento da forma verbal “garantir”.
1 - O protesto é a primeira e a mais natural reação do ser humano a calamidades ou a casos de injustiça.
GABARITO: ERRADO
O autor afirma que parece natural protestar diante de calamidades ou casos de injustiça, mas não que isso é a
primeira e mais natural reação do homem.
“Quando nos defrontamos, por exemplo, com uma alastrada fome coletiva, parece natural protestar em vez de
raciocinar de forma elaborada sobre a justiça e a injustiça”
2 - O autor do texto defende a ideia de que a razão é um elemento de relevância na definição do que possa ser
considerado justiça ou injustiça.
GABARITO: CERTO
Conforme o autor deixa claro no final do texto:
"Entre os requisitos de uma teoria da justiça inclui-se o de permitir que a razão influencie o diagnóstico da justiça
e da injustiça."
3 - Infere-se do texto que calamidades com consequências de proporções imensuráveis não devem ser
consideradas casos de injustiça, já que é impossível contê-las.
GABARITO: ERRADO
O que o texto apresenta é que uma calamidade só seria injustiça caso pudesse ser evitada, o que não é aplicável
a todas elas.
“Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada, em especial se aqueles
que poderiam ter agido para tentar evitá-la tivessem deixado de fazê-lo”.
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 56
Agora Eu Passo PORTUGUÊS
4 - Para o autor do texto, nem sempre a discussão sobre justiça pode ser feita a partir de uma argumentação
racional, visto que, em casos de evidente injustiça, as pessoas são tomadas por um impulso que as impede de
raciocinar antes de agir.
GABARITO: ERRADO
O autor apresenta a realidade acerca das discussões sobre injustiça, pois muitas vezes elas são feitas de forma
irracional. Para o autor, no entanto, isso não deveria ser assim, posto que ele defende uma racionalização sobre
esses casos.
“A necessidade de uma teoria da justiça está relacionada com a disciplina de argumentar racionalmente sobre um
assunto. Afirma-se, às vezes, que a justiça não diz respeito à argumentação racional”
Julgue os próximos itens, relativos aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I.
5 - Os sentidos e a correção gramatical do texto seriam preservados caso o trecho “uma calamidade seria um caso
de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada” (L. 14 e 15) fosse reescrito da seguinte maneira: apenas uma
calamidade que poderia ter sido evitada é um caso de injustiça.
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: “uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada”
REESCRITA: “apenas uma calamidade que poderia ter sido evitada é um caso de injustiça”.
O uso do futuro do pretérito do indicativo no texto original (seria) sugere a ideia de uma hipótese. A reescrita
optou por utilizar o verbo ser no presente do indicativo, tempo verbal que denota certeza, o que acarreta, portanto,
mudança de sentido.
6 - Na expressão “fazê-lo” (L.16), a forma pronominal “lo” retoma a ideia de agir para tentar evitar uma
calamidade.
GABARITO: CERTO
“Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada, em especial se aqueles
que poderiam ter agido para tentar evitá-la tivessem deixado de fazê-lo”.
A forma pronominal “lo”, retoma a ideia expressa no trecho “uma calamidade seria um caso de injustiça apenas
se pudesse ter sido evitada”, ou seja, a ação de agir para evitar a calamidade.
7 - Na forma “Afirma-se” (L.9), o emprego do pronome “se” indica que não existe um agente responsável pela
ação de afirmar.
GABARITO: ERRADO
“Afirma-se, às vezes, que a justiça não diz respeito à argumentação racional”
A forma verbal “afirma-se” tem como sujeito “que a justiça não diz respeito à argumentação racional”, sendo um
caso de sujeito paciente, pois o verbo está na voz passiva sintética (VTD+SE).
GABARITO: CERTO
Apesar de ser conjugado, na maioria das vezes, como verbo pronominal, gramáticos como Celso Pedro Luft e
Antenor Nascentes também o registram sem o pronome. Dessa forma, a banca considerou como facultativo o uso
da forma pronominal com essa forma verbal.
GABARITO: ERRADO
O adjetivo “patente” significa, nesse contexto, algo óbvio, explícito, não tendo nenhum sentido semelhante a
“impressionante”.
10 - Na linha 9, caso a expressão “às vezes” fosse deslocada para imediatamente após “justiça”, feitos os devidos
ajustes de pontuação, a correção gramatical seria mantida, mas o sentido original do texto seria alterado.
GABARITO: CERTO
ORIGINAL: Afirma-se, às vezes, que a justiça não diz respeito à argumentação racional.
REESCRITA: Afirma-se que a justiça, às vezes, não diz respeito à argumentação racional.
No original, “às vezes” refere-se a “afirma-se”. Na reescrita, “às vezes” refere-se à “justiça”.
11 - A substituição de “relacionada com a disciplina” (L.8) por relacionada à disciplina, embora mantivesse o
sentido do texto, prejudicaria sua correção gramatical
GABARITO: ERRADO
Não há prejuízo para a correção gramatical do período, mas há mudança de sentido, pois “relacionado com”
confere uma ideia de pertencimento, enquanto que “relacionado a” sugere uma ideia de vinculo, ligação.
Acerca das ideias e dos sentidos do texto CB1A1-II, julgue os itens a seguir.
12 - A história do Brasil é marcada por fatos cujos efeitos na sociedade até hoje contribuem para a manutenção
de desigualdades.
GABARITO: CERTO
Conforme podemos constatar no seguinte trecho:
“A história de colonização e de escravidão deixou heranças ainda presentes, que resguardam a condição desigual
no acesso a bens, serviços e equipamentos públicos”. (L. 10 a 12)
13 No texto, a palavra “minoria” (L.8) refere-se aos grupos sociais marginalizados, em situação de maior
vulnerabilidade social, tal qual a população das periferias, por exemplo.
GABARITO: ERRADO
“É necessário compreender que a desigualdade se expressa em diferentes dimensões na vida das pessoas e que
apenas uma minoria se beneficia com a acumulação de riqueza e de poder”.
Nesse trecho, “minoria” se refere à parte privilegiada da população que “se beneficia com a acumulação de
riqueza e de poder”, nada tendo a ver com a parte marginalizada econômica e socialmente da população.
14 - Considerando que situações de pobreza são sensíveis ao grau de desigualdade de um país, a autora do texto
argumenta que uma ação de enfrentamento da desigualdade consequentemente combate a pobreza.
GABARITO: ERRADO
A autora defende que ação de enfrentamento seja o combate à desigualdade, nada comentando acerca disso
refletir em um combate à pobreza.
“Os mecanismos que reproduzem as desigualdades devem ser revelados de forma que se possibilite seu
enfrentamento pela sociedade civil por meio da cidadania ativa, buscando-se o aprofundamento da democracia
e a garantia da justiça de gênero, da igualdade racial e dos direitos humanos”.
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 59
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15 - A substituição da forma verbal “compreender” (L.6) por compreendermos prejudicaria a correção gramatical
do texto, assim como alteraria os seus sentidos originais.
GABARITO: ERRADO
O erro da questão está em afirmar que há erro gramatical na mudança da forma verbal, quando ocorre, apenas,
a alteração de sentido.
16 - A introdução de uma vírgula imediatamente após a palavra “revelados” (L.16) manteria a correção gramatical
do texto.
GABARITO: CERTO
“Os mecanismos que reproduzem as desigualdades devem ser revelados, de forma que se possibilite seu
enfrentamento pela sociedade civil por meio da cidadania ativa [...]”
A inserção da vírgula mantém a correção gramatical por separar uma oração adverbial. Como ela está no final do
período, o uso da vírgula é facultativo.
17 Os termos “de gênero” (L.19), “da igualdade racial” (L. 19 e 20) e “dos direitos humanos” (L.20) complementam
a palavra “justiça” (L.19).
GABARITO:ERRADO
“[...]o aprofundamento da democracia e a garantia da justiça de gênero, da igualdade racial e dos direitos
humanos”.
“De gênero” completa a palavra “justiça”, mas os demais termos completam o sentido da palavra “garantia”.
Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens a seguir.
1 - De acordo com o texto, a polícia atua a serviço do Estado democrático, assegurando tanto o poder de coerção
como a manutenção do Estado.
GABARITO: ERRADO
O texto cita “manutenção de relações pacificadas”, não “manutenção do Estado”.
2 - Por ser o único modelo de policiamento que tem na participação social um de seus componentes centrais, o
policiamento comunitário garante a real participação dos membros da população na segurança pública.
GABARITO: ERRADO
O texto afirma que há uma discussão sobre o policiamento comunitário ser considerado como um modelo que
garante a participação real da população, mas o autor diz que é preciso analisar essa afirmação, pois “é preciso
verificar se a ação promovida pelo modelo de policiamento comunitário é efetiva como ferramenta de controle
social legítimo da atividade policial e se ela produz uma participação equânime” (L. 20-24).
3 - A expressão “a polícia” presente em “da polícia” (L.1) é retomada, ao longo do primeiro parágrafo do texto,
por meio das expressões “dessa agência de segurança” (L.2), “sua” (L.5), “seu” (L.6), “sua” (L.6) e “dessa
instituição” (L.9).
GABARITO: CERTO
“A existência da polícia se justifica pela imprescindibilidade dessa agência de segurança para a viabilidade do
poder de coerção estatal. Em outras palavras, como atestam clássicos do pensamento político, a sua ausência
culminaria na impossibilidade de manutenção de relações pacificadas. Devido a seu protagonismo e sua
importância na organização e garantia da reprodução das normas legais, o Estado democrático não pode abdicar
dessa instituição” (L. 1 a 9)
4 - Na linha 4, o termo “como” estabelece uma comparação de igualdade entre o que se afirma no primeiro
período do texto e a informação presente na oração “a sua ausência culminaria na impossibilidade de manutenção
de relações pacificadas” (L. 4 a 6).
GABARITO:ERRADO
“Em outras palavras, como atestam clássicos do pensamento político, a sua ausência culminaria na
impossibilidade de manutenção de relações pacificadas”
No trecho acima, “como” tem o mesmo valor de “conforme”, sendo uma conjunção subordinada adverbial
conformativa.
5 - A eliminação da vírgula logo após “legais” (L.8) prejudicaria a correção gramatical do texto.
GABARITO:CERTO
“Devido a seu protagonismo e sua importância na organização e garantia da reprodução das normas legais, o
Estado democrático não pode abdicar dessa instituição”
O trecho em destaque é uma oração subordinada adverbial causal que está deslocada para o início do período
sendo obrigatório o uso da vírgula para isolá-la da oração principal. Retirar a vírgula causaria, portanto, prejuízo
para a correção do texto.
6 - A oração “que haja a implementação de um modelo de policiamento” (L. 11 e 12) tem a função de qualificar o
adjetivo que a antecede: “essencial” (L.11).
GABARITO:ERRADO
“Para que a atuação policial ocorra dentro dos parâmetros democráticos, é essencial que haja a implementação
de um modelo de policiamento”
A oração em destaque é sujeito da forma verbal é (“é essencial”), sendo uma oração subordinada substantiva
subjetiva. Para que tivesse a função de qualificar um termo anterior, essa oração deveria ser uma oração
subordinada adjetiva.
7 - A correção gramatical e os sentidos do texto serão preservados caso se reescreva o último período do texto
da seguinte forma: Para analisar essa participação, é preciso verificar se ela funciona como controle social legítimo
da atividade policial e se acaso ela produz uma participação equânime.
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: Para analisar essa participação, é preciso verificar se a ação promovida pelo modelo de policiamento
comunitário é efetiva como ferramenta de controle social legítimo da atividade policial e se ela produz uma
participação equânime.
REESCRITA: Para analisar essa participação, é preciso verificar se ela funciona como controle social legítimo da
atividade policial e se acaso ela produz uma participação equânime.
Apesar de não haver erro gramatical, há mudança de sentido, tendo em vista que, no texto original, “a ação
promovida” é tópico central abordado no período. Com a reescrita, o uso do pronome ela, ao retomar
“participação”, faz com que o tópico central do trecho seja “participação”.
Com relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens que se seguem.
8 - Predomina no texto a tipologia narrativa, a qual é adequada ao propósito comunicativo de apresentar ao leitor
um relato linear e objetivo da história do DAGV desde o seu surgimento até os dias atuais.
GABARITO: ERRADO
No texto há predominância da tipo textual dissertativo-expositivo.
9 - De acordo com o segundo período do texto, o DAGV é um espaço destinado a alojar grupos vulneráveis, como
idosos, homossexuais, mulheres, crianças e adolescentes, dando-lhes refúgio e proteção constante.
GABARITO: ERRADO
É destinado a atender grupos vulneráveis, não alojar (dar abrigo).
10 - A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados se, no trecho “a um público específico” (L. 2
e 3), a preposição “a” fosse suprimida.
GABARITO: CERTO
“O Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) da Polícia Civil de Sergipe atende a um público
específico”
11 - Os termos “a crimes contra o público” (L. 11 e 12) e “de queixas” (L.14) complementam, respectivamente, os
termos “relativos” e “investigações”.
GABARITO: CERTO
“procedimentos relativos a crimes contra o público vulnerável registrados em outras delegacias, abrem inquéritos
e termos circunstanciados e fazem investigações de queixas”.
“A crimes contra o público vulnerável” é complemento nominal do adjetivo “relativos”, enquanto que “de queixas”
é complemento nominal do substantivo “investigações”.
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do trecho da letra de música anteriormente apresentado,
julgue os itens que se seguem.
12 - No trecho apresentado, a associação de “As grades do condomínio” (L.5) com as palavras “proteção” (L.6) e
“prisão” (L.8) remete a uma solução encontrada pelos cidadãos que, para se proteger da violência, se privam de
sua liberdade, tornando-se prisioneiros em seus lares.
GABARITO: CERTO
O eu que fala no texto questiona a noção de liberdade, tendo em vista que as pessoas usam “as grades de
condomínio” para “trazer proteção”, sugerindo uma forma de se proteger da violência, mas que faz com que eles
sejam aprisionados dentro de seus lares (“você que está nessa prisão”).
13 - No verso “Às vezes é ela quem diz” (L.2), a supressão de “é” e “quem” prejudicaria a coerência do trecho.
GABARITO: ERRADO
Os termos suprimidos são partículas expletivas, podendo ser retiradas sem causar prejuízo ao texto.
14 - Em “Mas não me deixe sentar” (L.11), a colocação do pronome “me” após a forma verbal “deixe” — deixe-
me — prejudicaria a correção gramatical do trecho.
GABARITO: CERTO
A palavra negativa “não” é fator obrigatório de próclise com o verbo auxiliar “deixe”.
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue os itens seguintes.
1 - Infere-se do texto que o Nudetective foi desenvolvido especificamente para o combate à pornografia infantil.
GABARITO: CERTO
Conforme testifica a seguinte passagem do texto:
“Assim eram feitas as operações de combate à pornografia infantil pela Polícia Federal até o dia em que peritos
criminais federais desenvolveram, no estado de Mato Grosso do Sul, o Nudetective.” (R. 2 a 6)
2 - Um dos benefícios do Nudetective para a Polícia Federal é tornar mais célere a investigação de crimes
relacionados à pornografia infantil.
GABARITO: CERTO
“Célere” significa “mais rápido”. Nos dois trechos abaixo, é possível confirmar que o Nudetective permite uma
investigação mais rápida:
“O programa executa em minutos uma busca que poderia levar meses,” (L.7 e 8)
“Conseguiram 95% de acerto em 12 minutos.” (L. 16 e 17).
3 - O primeiro parágrafo do texto informa que, antes da criação do Nudetective, a Polícia Federal não dispunha
de dispositivos tecnológicos para a investigação de crimes de pedofilia na Internet.
GABARITO: ERRADO
Segundo o texto, o programa somente acelerou a busca. Não há trecho algum que afirme que no texto não havia,
até então, dispositivos tecnológicos para a investigação de crime de pedofilia.
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4 - De acordo com o texto, diversos países da América e da Europa compraram a licença de uso do software criado
pelos policiais federais do Mato Grosso do Sul, o que demonstra o reconhecimento estrangeiro da qualidade do
trabalho forense do Brasil.
GABARITO: ERRADO
“Desde seu lançamento, o Nudetective já foi compartilhado” (L. 33 e 34)
O software foi compartilhado, não foi vendido.
GABARITO: ERRADO
“encontrando todo o conteúdo pornográfico de pedofilia em computadores, pendrives, smartphones e demais
mídias de armazenamento” (L. 9 e 10).
Pendrives não precisam estar conectados à internet.
6 - A inserção de uma vírgula imediatamente após a palavra “Assim” (L.2) alteraria os sentidos do texto.
GABARITO: CERTO
“Assim, eram feitas as operações de combate à pornografia infantil”
Sem a vírgula, “assim” é um advérbio com sentido de “dessa maneira”. Já com a vírgula, “assim” passa a ser uma
conjunção conclusiva. Há, portanto, mudança de sentido.
7 - No período em que se insere, o termo “Logo” (L.13) expressa uma ideia de conclusão.
GABARITO: ERRADO
“Logo nos primeiros testes, a detecção de imagens apresentou mais de 90% de acerto”
No trecho acima, “logo” desempenha a função de advérbio. Pode ser substituído por “no início”.
8 - O emprego do sinal indicativo de crase em “a uma paleta” (L.20) manteria a correção gramatical do texto, uma
vez que, no trecho, o vocábulo “a” antecede palavras no feminino.
GABARITO: ERRADO
Antes de artigo indefinido “uma”, “umas”, “um”, “uns” é proibido crase.
No que se refere à tipologia e aos sentidos do texto 12A1AAA, julgue os próximos itens.
GABARITO: ERRADO
O primeiro parágrafo predominância do tipo textual narrativo, pois tem a presença de personagens, verbos no
passado, sucessão de ações, enredo, narrador, tempo e espaço.
“— A polícia parisiense — disse ele — é extremamente hábil à sua maneira. Seus agentes são perseverantes,
engenhosos, astutos e perfeitamente versados nos 4 conhecimentos que seus deveres parecem exigir de modo
especial. Assim, quando o delegado G... nos contou, pormenorizadamente, a maneira pela qual realizou suas
pesquisas no Hotel D..., não tive dúvida de que efetuara uma investigação satisfatória (...) até o ponto a que
chegou o seu trabalho.”
10 - Infere-se das falas de Dupin que a opinião do delegado a respeito dos poetas foi determinante para que ele
não encontrasse “a carta roubada”.
GABARITO: CERTO
O delegado acredita que todos os poetas são idiotas:
“Segundo o delegado, todos os poetas são idiotas — e, neste caso, ele é apenas culpado de uma non distributio
medii, ao inferir que todos os poetas são idiotas” (L. 50 a 52).
Essa sua opinião acabou atrapalhando sua capacidade investigativa.
11 - Dupin é irônico ao caracterizar a polícia parisiense como hábil no primeiro parágrafo, o que é comprovado
pela crítica que faz, no quinto parágrafo, ao trabalho do delegado e de sua equipe, os quais, conforme Dupin,
“Estão certos apenas num ponto” (L. 32 e 33).
GABARITO:ERRADO
Ele não foi irônico, pois "ele parecia haver dito tudo aquilo com máxima seriedade" (L. 17 e 18)
12 - Na opinião de Dupin, a inteligência da polícia de Paris equipara-se à “da massa” (L.34), que, conforme se
infere do texto, é uma inteligência média.
GABARITO:CERTO
“Estão certos apenas num ponto: naquele em que sua engenhosidade representa fielmente a da massa; mas,
quando a astúcia do malfeitor é diferente da deles, o malfeitor, naturalmente, os engana".
Como o malfeitor, “naturalmente, os engana”, a inteligência da polícia e “da massa” não é muito elevada.
13 - O narrador discorda de Dupin com relação à opinião de que o fato de o ministro ser poeta é o que lhe permite
raciocinar bem, o que fica evidente no último parágrafo do texto.
GABARITO: ERRADO
Dupin afirma que o que faz o ministro raciocinar bem é o fato de ele ser matemático e poeta. Sem essa dupla
característica, ele “não racionaria de modo algum”.
“— Você está enganado. Conheço-o bem. E ambas as coisas. Como poeta e matemático, raciocinaria bem; como
mero matemático, não raciocinaria de modo algum, e ficaria, assim, à mercê do delegado” (L. 57 a 60).
Julgue os seguintes itens, relativos aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto 12A1AAA.
14 - Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do texto, o seu sexto parágrafo poderia ser assim
reescrito: Perguntei, entretanto, se ele era realmente poeta. Sabia que são dois irmãos e que ambos adquiriram
renome nas letras. O ministro, acreditava eu, escrevia eruditamente sobre o cálculo diferencial: é um matemático,
não um poeta.
GABARITO: ERRADO
A reescrita passa o discurso direto para o discurso indireto. Nessa transposição de discursos, os verbos que
estavam no presenta do indicativo devem ser conjugados no pretérito imperfeito. Essa mudança de tempo verbal
não é realizada em todas as formas verbais do texto reescrito, acarretando em prejuízo para a correção gramatical
do texto.
15 - O pronome “ele”, no trecho “ele é apenas culpado de uma non distributio medii” (L. 51 e 52), refere-se a “o
ministro” (L.49).
GABARITO: ERRADO
“Segundo o delegado, todos os poetas são idiotas — e, neste caso, ele é apenas culpado de uma non distributio
medii, ao inferir que todos os poetas são idiotas”
O pronome “ele” tem como referente “o delegado”.
16 - A correção gramatical do texto seria mantida caso a forma verbal “compreenderá” (R.42) fosse substituída
por compreende, embora o sentido original do período em que ela ocorre fosse alterado: no original, o emprego
do futuro revela uma expectativa de Dupin em relação a seu interlocutor; com o emprego do presente, essa
expectativa seria transformada em fato consumado.
GABARITO:CERTO
ORIGINAL: “Você compreenderá, agora, o que eu queria dizer ao afirmar que, se a carta roubada tivesse sido
escondida”
REESCRITA: “Você compreende, agora, o que eu queria dizer ao afirmar que, se a carta roubada tivesse sido
escondida’
O futuro do presente pode ser usado tanto para se referir a uma ação que ainda irá acontecer quanto para
expressar uma incerteza, como é o do texto original. A mudança para o presente do indicativo muda o sentido do
texto, pois esse tempo verbal pode sugerir uma certeza.
17 - Dados os sentidos do sexto parágrafo, é possível supor que, na frase “E ambas as coisas”, no sétimo parágrafo,
está elíptico o trecho ele é logo após “E”.
GABARITO: CERTO
É necessário considerar o período anterior para pode entender o que está elíptico no trecho em questão:
“É um matemático, e não um poeta.
— Você está enganado. Conheço-o bem. E [ele é] ambas as coisas [matemático e poeta]”
18 - No trecho “ao procurar alguma coisa que se ache escondida” (L. 30 e 31), o pronome “que” exerce a função
de complemento da forma verbal “ache”.
GABARITO: ERRADO
O pronome relativo “que” exerce a função de sujeito da forma verbal “ache”.
GABARITO:CERTO
Antes de pronomes possessivos femininos no singular, a crase é facultativa.
20 - Feitas as devidas alterações de maiúsculas e minúsculas, o ponto e vírgula empregado logo após “bem” (L.58)
poderia ser corretamente substituído por ponto final.
GABARITO: CERTO
“Como poeta e matemático, raciocinaria bem; como mero matemático, não raciocinaria de modo algum”
O ponto e vírgula separa duas orações coordenadas. Elas podem ser separadas por ponto final sem prejuízo para
a correção gramatical.
21 - A supressão da vírgula empregada logo após a palavra “algum” (R.59) manteria a correção gramatical do
texto.
GABARITO: CERTO
“como mero matemático, não raciocinaria de modo algum, e ficaria, assim, à mercê do delegado”
O uso da vírgula antes da conjunção coordenativa aditiva e é facultativo.
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens seguintes.
1 - De acordo com o texto, o português deixou de ser “língua de comunicação” (L.28) em Cingapura e na Índia.
GABARITO: ERRADO
“Muito mais tarde, essas colônias tornaram-se independentes (...), mas a língua de comunicação foi mantida e é
hoje oficial em oito nações independentes: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São
Tomé e Príncipe e Timor-Leste.” (L. 26 a 31).
Com base no trecho acima, podemos afirmar que o português não deixou de ser língua de comunicação nas
antigas colônias portuguesas. Além disso, Cingapura não é citada como ex-colônia de Portugal e apenas Timor-
Leste, não toda a Índia, foi colonizada pelos lusitanos.
2 - A forma verbal “caldeou-se” (L.7) relaciona-se, no texto, ao sentido de mistura, fusão ou associação
GABARITO: CERTO
“Essa variante vulgar sobrepôs-se às línguas dos povos dominados e com elas caldeou-se, dando origem aos
dialetos que viriam a se chamar genericamente de romanços ou romances (do latim romanice, isto é, à moda dos
romanos)” (L. 6 a 10).
Pelo contexto, podemos ver que “caldeou-se” significa que as línguas dos povos dominados se fundiram à língua
latina. Além disso, “caldear” remete a “caldo”, ou seja, transformar algo em um caldo, uma mistura, uma fusão.
GABARITO: ERRADO
“Séculos mais tarde, Portugal fundou-se como nação, ao mesmo tempo em que o português ganhou seu estatuto
de língua, da seguinte forma: enquanto Portugal estabelecia as suas fronteiras no século XIII, o galego-português
patenteava-se em forma literária” (L. 16 a 20).
O texto nada afirma sobre a criação de uma primeira gramática da língua portuguesa, mas que, ao ter
reconhecido o estatuto de língua, isso tem íntima relação com reconhecimento de Portugal como nação. Esse
episódio político-histórico não está atrelado a criação de uma gramática da língua lusitana.
4 - A expressão “língua de comunicação” (L.28) constitui, pelo contexto, um sinônimo para o termo “galego-
português” (L.19).
GABARITO: ERRADO
“Muito mais tarde, essas colônias tornaram-se independentes — o Brasil no século XIX, as demais 28 no século XX
—, mas a língua de comunicação foi mantida e é hoje oficial em oito nações independentes" (L. 26 a 29).
No trecho acima, “língua de comunicação” se refere a uma língua comum entre falantes de um mesmo país.
5 - A correção do texto seria mantida se as vírgulas que isolam o trecho “dos grandes escritores romanos e latinos
e falado pelas classes romanas mais abastadas” (L. 2 e 3) fossem substituídas por travessões.
GABARITO:CERTO
“Como se pode imaginar – não foi o latim clássico, dos grandes escritores romanos e latinos e falado pelas
classes romanas mais abastadas – que penetrou na Península”
É possível fazer essa troca das vírgulas por travessão, porque o trecho em destaque é um termo explicativo
intercalado no meio de um período.
6 - A expressão “esse papel” (L.6) refere-se à penetração do latim “na Península Ibérica e nos demais espaços
conquistados pelo Império Romano” (L. 3 a 5).
GABARITO: CERTO
“Como se pode imaginar, não foi o latim clássico, dos grandes escritores romanos e latinos e falado pelas classes
romanas mais abastadas, que penetrou na Península Ibérica e nos demais espaços conquistados pelo Império
Romano. Foi o latim popular, falado pelas tropas invasoras, que fez esse papel”
A expressão “que fez esse papel” retoma a ideia expressa no período anterior: a penetração do Latim na Península
Ibérica e nos demais espaços dominados pelo Império Romano.
7 - Dado o trecho “à imagem do que Roma fizera” (L. 22 e 23), é correto concluir que Portugal, em sua “expansão
de conquistas” (L.22), atuou de forma idêntica à que o Império Romano adotou para conquistar a Península
Ibérica.
GABARITO:ERRADO
“Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se em uma expansão de conquistas que, à imagem do que Roma
fizera, levou a língua portuguesa a remotas regiões”
A comparação feita pelo autor de Portugal com Roma não foi na forma de conquista adotada por essas duas
nações, mas sim que, tal qual Roma, Portugal expandiu sua língua para áreas remotas.
8 - No texto, é apresentada, em ordem cronológica crescente, uma sucessão de fatos relacionados à história da
formação da língua portuguesa.
GABARITO: CERTO
A texto é permeado de verbos no pretérito perfeito do indicativo, tempo que expressa passado já concluído. Além
disso, há também expressões que denotam a passagem do texto, como: “no século V d.c."; “séculos mais tarde";
“cerca de três séculos"; “muito mais tarde". Além dessas marcas textuais, há também o conteúdo que trata sobre
a origem da Língua Portuguesa e o seu surgimento em outras áreas do globo.
9 - A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas caso a forma verbal “levou” (L.23) fosse
substituída por levaram.
GABARITO: CERTO
ORIGINAL: “Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se em uma expansão de conquistas que, à imagem do
que Roma fizera, levou a língua portuguesa a remotas regiões:”
REESCRITA: “Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se em uma expansão de conquistas que, à imagem do
que Roma fizera, levaram a língua portuguesa a remotas regiões:”
O sujeito da forma verbal “levou” é o pronome relativo “que”. Em casos como esse, a concordância do verbo é
feita com elemento referente. No texto acima, o pronome relativo “que” pode se referir tanto a “uma expansão”,
o que obriga o verbo a ser conjugado no singular(“levou”); ou pode se referir a “de conquistas”, fazendo a
concordância do verbo no plural (“levaram”).
10 - Mantendo-se os sentidos originais do texto, o vocábulo “remotas” (L.23) poderia ser substituído tanto por
longínquas quanto por ignotas.
GABARITO: ERRADO
“Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se em uma expansão de conquistas que, à imagem do que Roma
fizera, levou a língua portuguesa a remotas regiões: Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cingapura, Índia e Brasil,
para citar uns poucos exemplos em três continentes".
No trecho acima, “remotas” tem como sinônimo a palavra “longínqua”. No entanto, o vocábulo “ignoto” significa
“ignorante”, não sendo possível desempenhar a função de sinônimo daquela palavra.
11 - No contexto em que estão inseridas, as palavras “neolatinas” e “românicas”, ambas na linha 13, podem ser
consideradas sinônimos.
GABARITO: CERTO
“No século V d.C., o Império Romano ruiu e os romanços passaram a diferenciar-se cada vez mais, dando origem
às chamadas línguas neolatinas ou românicas: francês, provençal, espanhol, português, catalão, romeno, rético,
sardo etc"
As línguas românicas são sinônimo de línguas neolatinas, sendo isso expresso pelo uso do conectivo “ou”.
12 - A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados caso se substituísse a palavra “genericamente”
(L.8) por comumente.
GABARITO: ERRADO
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto 13A1AAA, julgue os itens a seguir.
GABARITO:CERTO
“A punição vai-se tornando a parte mais velada do processo penal, provocando várias consequências: deixa o
campo da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata; sua eficácia é atribuída à sua fatalidade,
não à sua intensidade visível; a certeza de ser punido é que deve desviar o homem do crime, e não mais o
abominável teatro.” (L. 15 a 20).
O trecho acima explicita a afirmação feita no enunciado, pois a punição deixa de física e passa a ser moral quando
“deixa o campo da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata”.
14 - No longo período que finaliza o primeiro parágrafo do texto, as formas verbais no gerúndio relacionam-se,
por coesão, ao termo “tal rito” (L.7).
GABARITO: CERTO
“Ficou a suspeita de que tal rito que dava um “fecho” ao crime mantinha com ele afinidades espúrias: igualando-
o, ou mesmo ultrapassando-o em selvageria, acostumando os espectadores a uma ferocidade de que todos
queriam vê-los afastados, mostrando-lhes a frequência dos crimes, fazendo o carrasco se parecer com criminoso,
os juízes com assassinos, invertendo no último momento os papéis, fazendo do supliciado um objeto de piedade
e de admiração”
15 - Embora tanto o primeiro quanto o segundo parágrafo do texto tratem de acontecimentos passados, o
emprego do presente no segundo parágrafo tem o efeito de aproximar os acontecimentos mencionados ao tempo
atual, o presente.
GABARITO: CERTO
O uso dos verbos no presente do indicativo sugere que aquilo que acontecia no passado continua presente hoje.
16 - A coerência textual seria prejudicada se, após “teatro” (L.20), fossem inseridos dois-pontos e o trecho a
mecânica exemplar da punição muda as engrenagens, como conclusão das consequências enumeradas, dado o
emprego, nesse trecho, de linguagem figurada, incompatível com o gênero do texto.
GABARITO:ERRADO
“não à sua intensidade visível; a certeza de ser punido é que deve desviar o homem do crime, e não mais o
abominável teatro: a mecânica exemplar da punição muda as engrenagens”.
A reescrita sugerida pela questão não prejudica a coerência do texto. O que torna questão errada é o fato de ela
afirma que a linguagem figurada é incompatível com gênero do texto em questão, algo que não é verdade, pois o
autor utiliza esse tipo de linguagem ao escrever a expressão “abominável teatro”.
17 - A substituição de “Porém” (L.23) por Entretanto manteria a correção gramatical e os sentidos originais do
texto.
GABARITO:CERTO
Ambas são conjunções coordenativas adversativas. A substituição mantém a correção gramatical e os sentidos
originais do texto.
GABARITO: ERRADO
A banca alterou o gabarito preliminar de “certo” para “errado” e justificou da seguinte maneira:
“O texto não dá a entender que as grandes fogueiras eram pouco numerosas, além de não sugerir a extinção das
fogueiras em razão de seu já baixo número à época, mas sim destacar a mudança ocorrida no processo de
punição.”
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto 13A1AAA, julgue os próximos itens.
19 - Nas razões de crimes e delitos, encontram-se elementos obscuros relacionados ao réu, e esses elementos é
que são, efetivamente, julgados e punidos.
GABARITO: CERTO
Conforme podemos constatar no trecho abaixo:
“Punem-se as agressões, mas, por meio delas, as agressividades, as violações e, ao mesmo tempo, as perversões,
os assassinatos que são, também, impulsos e desejos. Dir-se-ia que não são eles que são julgados; se são
invocados, é para explicar os fatos a serem julgados e determinar até que ponto a vontade do réu estava envolvida
no crime. As sombras que se escondem por trás dos elementos da causa é que são, na realidade, julgadas e
punidas" (L. 25 a 32).
20 - A locução “no entanto” (L.41) introduz no período uma ideia de conclusão; por isso, sua substituição por
portanto preservaria a correção gramatical e as relações de sentido originais do texto.
GABARITO:ERRADO
“Dir-se-á, no entanto, que nenhum deles partilha realmente do direito de julgar; os peritos não intervêm antes da
sentença para fazer”
A locução conjuntiva no entanto é uma conjunção coordenativa adversativa, expressando ideia de adversidade.
Enquanto que portanto é uma conjunção coordenativa conclusiva.
21 - Sem prejuízo para o sentido original e a correção gramatical do texto, a oração “se são invocados” (L. 28 e
29) poderia ser deslocada para logo após a palavra “crime” (R.31), desde que estivesse isolada por vírgulas.
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: “Dir-se-ia que não são eles que são julgados; se são invocados, é para explicar os fatos a serem julgados
e determinar até que ponto a vontade do réu estava envolvida no crime”.
REESCRITA: “Dir-se-ia que não são eles que são julgados; é para explicar os fatos a serem julgados e determinar
até que ponto a vontade do réu estava envolvida no crime, se são invocados”.
A mudança da oração condicional muda o seu referente para que seja aplicada a condição, alterando o sentido
do texto.
22 - A supressão da preposição “de” empregada logo após “ferocidade”, no trecho “acostumando os espectadores
a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados” (L. 10 e 11), manteria a correção gramatical do texto.
GABARITO:ERRADO
O termo “afastado” exige a preposição de (afastar de algo/alguma coisa/alguém).
GABARITO:CERTO
Em “dir-se-á” temos uma mesóclise (dirá + se), estando o verbo na voz passiva sintética (VTD+SE). Em “será dito”
temos a mudança para a voz passiva analítica (verbo auxiliar + particípio). Essas duas vozes verbais são
semanticamente equivalentes.
24 - Subentende-se a forma verbal “intervêm” (L.42) logo após o vocábulo “mas” em “mas para esclarecer a
decisão dos juízes” (L.43).
GABARITO:CERTO
“os peritos não intervêm antes da sentença para fazer um julgamento, mas para esclarecer a decisão dos juízes”
No trecho acima, temos a presença da figura de linguagem zeugma, em que há a omissão de um elemento
anteriormente citado, facilmente recuperado pelo contexto.
A correção gramatical do texto precedente, assim como sua coerência e sua coesão, seriam preservadas se:
1 - o trecho “afetados por traumas e por patologias agudas ou crônicas, como inflamações, displasias endócrinas
e osteíte” (L. 25 a 27) fosse reescrito da seguinte forma: afetados por patologias agudas ou crônicas como
inflamações, displasias endócrinas, osteíte e traumas.
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: afetados por traumas e por patologias agudas ou crônicas, como inflamações, displasias endócrinas
e osteíte
REESCRITA: afetados por patologias agudas ou crônicas como inflamações, displasias endócrinas, osteíte e
traumas.
Há erro de coesão por falta de paralelismo sintático, já que os termos “patologias agudas” e “traumas” são
complementos de afetados, devendo ambos serem precedidos pela preposição por: “afetados por patologias
agudas ou crônicas como inflamações, displasias endócrinas, osteíte e por traumas”
Há também mudança de sentido, pois no original “traumas” e “patologias agudas” fazem parte de grupos
distintos, unidos pela conjunção e. Na reescrita, “traumas” acaba fazendo parte do grupo de “patologias agudas
ou crônicas”.
2 - o segundo e o terceiro parágrafos passassem a compor um único parágrafo mediante a união de ambos de
uma das seguintes formas: (...) da identificação do indivíduo sob exame, porquanto, como as impressões
digitais, (...) ou (...) da identificação do indivíduo sob exame, uma vez que, como as impressões digitais, (...).
GABARITO: CERTO
“Uma vez que” e “porquanto” são conjunções adverbiais causais.
GABARITO:CERTO
“Contudo” e “todavia” são conjunções coordenativas adversativas.
O 4º parágrafo estabelece uma ideia de contrariedade com o 3º, pois apresenta as possibilidades em que a
identificação pelos seios da face pode não ser eficiente
4 - o trecho “a grande maioria da literatura anatômica sugere que eles aliviam o crânio e adicionam ressonância
à voz” (L. 4 e 5) fosse assim reescrito: a literatura, em sua maior parte, sugere reduzir a pressão sobre o cérebro
e provocar a ressonância da voz.
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: a grande maioria da literatura anatômica sugere que eles aliviam o crânio e adicionam ressonância à
voz
REESCRITA: a literatura, em sua maior parte, sugere reduzir a pressão sobre o cérebro e provocar a ressonância
da voz
A reescrita muda o sentido por retirar o determinante “anatômica” da palavra literatura, o que traz uma
generalidade ao termo. Além disso, a ausência de um pronome, expressão sinônima ou termo que remeta aos
“seios paranasais” (R. 2) na reescrita do texto, sugere que seria a literatura a responsável por reduzir a pressão
sobre o cérebro e provocar a ressonância da voz.
5 - a forma verbal “conhecidos” e a expressão “os seios paranasais”, no primeiro período do texto, fossem
substituídos, respectivamente, por conhecidas e por cavidades paralelas ao nariz.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: “Popularmente conhecidos como seios aéreos faciais, os seios paranasais começam a se desenvolver
precocemente na vida fetal. As funções desses seios não são totalmente compreendidas, mas a grande maioria
da literatura anatômica sugere que eles aliviam o crânio e adicionam ressonância à voz”.
REESCRITA: “Popularmente conhecidas como seios aéreos faciais, as cavidades paralelas ao nariz começam a se
desenvolver precocemente na vida fetal. As funções desses seios não são totalmente compreendidas, mas a
grande maioria da literatura anatômica sugere que eles aliviam o crânio e adicionam ressonância à voz”.
O erro da questão reside no fato de o restante do parágrafo utilizar expressões que retomam o termo “os seios
paranasais”, como: desses seios, eles. A mudança traria, portanto, prejuízo para a coesão do texto.
Os itens a seguir apresentam, de forma consecutiva, os períodos que compõem um parágrafo adaptado do texto
Como se identificam as vítimas de um desastre de massa, de Teresa Firmino (Internet: ). Julgue-os quanto à
correção gramatical e à coerência e à coesão textual.
6 - Nos casos de cadáveres de vítimas carbonizadas, podem não mais haver impressões digitais.
GABARITO:ERRADO
“podem não mais haver impressões”
Quando o verbo haver cumpre a função de verbo principal de uma locução verbal, o verbo auxiliar,
obrigatoriamente, deve ficar no singular.
O correto, portanto, seria: “pode não mais haver impressões”.
GABARITO: ERRADO
O erro do trecho acima está no fato de uma oração subordinada adverbial deslocada “quando as temperaturas
são muito elevadas” não estar isolada por dupla vírgula.
O correto, portanto, seria: “E , quando as temperaturas são muito elevadas, a partir dos 400ºC, o material [...]”.
8 - Nessas situações, procura-se então utilizar a medicina dentária forense como técnica primária de identificação
dos corpos.
GABARITO:CERTO
“Então” não precisa ser isolado por vírgulas por ser um adjunto adverbial de curta extensão. É caso de vírgula
facultativa.
9 - Para tal, tem de haver forma de fazer uma comparação entre os dentes da pessoa e o seu registro dentário.
GABARITO:CERTO
Apesar de no cotidiano utilizarmos a expressão “tem que”, de acordo com o registro culto da língua, o correto
seria “tem de”. Não há, portanto, erro gramatical no trecho nem prejuízo a coerência e coesão gramatical do
texto.
10 - É preciso que haja registros dentários, logo, se a pessoa nunca foi ao dentista, não há como identificar com a
técnica da medicina dentária forense.
GABARITO:ERRADO
O trecho acima tem um erro de coesão, pois o verbo “identificar” está sem complemento. Esse problema poderia
ser resolvido com a inserção de um pronome oblíquo após o verbo, para que haja a retomada do termo a pessoa:
“não há como identificá-la”.
11 - Vale dizer: a possibilidade de se usar essa técnica tem haver diretamente com a existência de registros
dentários.
GABARITO:ERRADO
O erro está na expressão “tem haver”. O correto seria: “essa técnica tem a ver”.
12 - Da afirmação “Nossos modelos de hoje certamente serão pobres aproximações para os modelos do futuro”
(L. 4 a 6) deduz-se que os modelos científicos de antigamente têm pouca importância para os estudos atuais.
GABARITO:ERRADO
O próprio texto desmente essa ideia, pois afirma que “o trabalho dos cientistas do futuro seria impossível sem o
nosso[...]" (L. 6 e 7).
13 - Dada a sequência lógica do texto, é correto afirmar que os trechos “Novos fenômenos estranhos, inesperados
e imprevisíveis irão sempre desafiar nossa imaginação” (L. 12 e 13) e “E, a cada passo dessa busca sem fim,
compreenderemos um pouco mais sobre nós mesmos e sobre o mundo a nossa volta” (L. 15 a 17) são usados
como argumentos para reforçar a ideia do primeiro período do texto.
GABARITO:ERRADO
O primeiro trecho desse parágrafo é: “A natureza jamais vai deixar de nos surpreender”.
A banca afirma que o argumento “novos fenômenos estranhos, inesperados e imprevisíveis irão sempre desafiar
nossa imaginação” reforça a ideia daquele primeiro período. Para ter certeza disso, basta reescrever o primeiro
período acrescentando o argumento, unindo-os com a conjunção “pois”.
“A natureza jamais vai deixar de nos surpreender, POIS novos fenômenos estranhos, inesperados e imprevisíveis
irão sempre desafiar nossa imaginação
Faz sentido? Sim. Então esse primeiro argumento está correto.
Vamos ver o próximo argumento: “E, a cada passo dessa busca sem fim, compreenderemos um pouco mais sobre
nós mesmos e sobre o mundo a nossa volta”
Vamos fazer o mesmo texto que realizamos com o primeiro argumento proposto pela banca:
“A natureza jamais vai deixar de nos surpreender, POIS E, a cada passo dessa busca sem fim, compreenderemos
um pouco mais sobre nós mesmos e sobre o mundo a nossa volta”.
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 81
Agora Eu Passo PORTUGUÊS
Faz sentido? Não.
Sendo assim, a questão está errada, pois apenas o primeiro trecho é usado como argumento.
14 - Para conferir um tom menos categórico ao trecho “Teorias científicas jamais serão a verdade final” (L.9),
poderia utilizar-se a expressão em tempo nenhum no lugar de “jamais”.
GABARITO:ERRADO
Assim como “jamais”, a locução adverbial “em tempo nenhum” confere uma ideia de exclusão igualmente
categórica.
15 - No último parágrafo, o autor inclui a si mesmo, junto com Kepler, Galileu, Newton, Heráclito, Copérnico e
Einstein, entre os cientistas que expandiram as fronteiras do conhecimento.
GABARITO:ERRADO
“Nesse sentido, você, eu, Heráclito, Copérnico e Einstein somos todos parceiros da mesma dança, todos dançamos
com o Universo. É a persistência do mistério que nos inspira a criar”
O autor do texto não coloca os filósofos e cientistas como aqueles que “expandiram as fronteiras do
conhecimento”, mas como aqueles que, assim como o autor e o leitor, fazem parte das descobertas.
16 - Para o autor, compreender o novo implica conhecer mais o ser humano e a natureza que o rodeia.
GABARITO:CERTO
Conforme podemos confirmar na seguinte passagem:
"E, a cada passo dessa busca sem fim, compreenderemos um pouco mais sobre nós mesmos e sobre o mundo a
nossa volta" (L. 15 a 17).
17 - Conclui-se do texto que as teorias científicas sempre contribuem para a evolução, mas nem sempre permitem
apresentar dados precisos, uma vez que a natureza está em constante estado de transformação.
GABARITO:CERTO
Conforme podemos confirmar no seguinte trecho: “Teorias científicas jamais serão a verdade final: elas irão
sempre evoluir e mudar, tornando-se progressivamente mais corretas e eficientes, sem chegar nunca a um estado
final de perfeição. Novos fenômenos estranhos, inesperados e imprevisíveis irão sempre desafiar nossa
imaginação.”
No que se refere aos aspectos linguísticos do texto 14A15AAA, julgue os itens que se seguem.
18 - No trecho “se não por intermédio ... intelectual” (L. 20 a 23) as expressões “se não” e “ao menos” poderiam
ser substituídas, sem prejuízo para a correção gramatical e os sentidos do texto, por não só e mas também,
respectivamente.
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: se não por intermédio de nossas próprias atividades de pesquisa, ao menos ao estudarmos as ideias
daqueles que expandiram
REESCRITA: não só por intermédio de nossas próprias atividades de pesquisa, mas também ao estudarmos as
ideias daqueles que expandiram
Há mudança de sentido, pois “não só... mas também” confere valor aditivo ao texto, enquanto que “se não... ao
menos” denota um valor alternativo.
19 - No fragmento “Em graus diferentes, todos fazemos parte dessa aventura, todos podemos compartilhar (...)”
(L. 18 e 19) as vírgulas poderiam ser substituídas por travessões, sem prejuízo gramatical para o texto.
GABARITO:ERRADO
No trecho acima, as vírgulas não isolam um termo deslocado ou em destaque. A primeira vírgula separa um
adjetivo adverbial deslocado (“em graus diferentes”), enquanto que a segunda vírgula separa duas orações
coordenadas.
20 - Feito o devido ajuste de inicial maiúscula, a locução “É ... que”, por ser puramente de realce nesse caso,
poderia ser suprimida do trecho “É a persistência do mistério que nos inspira a criar” (R.26), sem comprometer a
clareza nem a correção gramatical do texto.
GABARITO:CERTO
A supressão de “é... que” não causa prejuízo gramatical ou mudança de sentido drástica ao texto, sendo uma
partícula de realce.
“A persistência do mistério nos inspira a criar”.
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: Teorias científicas jamais serão a verdade final: elas irão sempre evoluir e mudar, tornando-se
progressivamente mais corretas e eficientes, sem chegar nunca a um estado final de perfeição.
REESCRITA: Tornando-se progressivamente mais corretas e eficientes, teorias científicas jamais serão a verdade
final: elas irão sempre evoluir e mudar, sem chegar nunca a um estado final de perfeição.
No texto original, a oração subordinada deslocada (“tornando-se progressivamente mais corretas e eficientes”)
confere uma relação de consequência com a oração principal. A reescrita muda essa relação, passando a
desempenhar uma ideia de causa com a oração principal.
Portanto, apesar de estar gramaticalmente correta, há mudança de sentido.
22 - As expressões “dessa busca sem fim” (L.15) e “dessa aventura” (L. 18 e 19) retomam, por coesão, o mesmo
referente: “compreender o novo” (L.15).
GABARITO:CERTO
“Assim como nossos antepassados, estaremos sempre buscando compreender o novo. E, a cada passo dessa
busca sem fim, compreenderemos um pouco mais sobre nós mesmos e sobre o mundo a nossa volta.
Em graus diferentes, todos fazemos parte dessa aventura,[...]”
Ao fazer a pergunta as expressões destacadas, a resposta é “compreender o novo”, ou seja, é o referente dessas
expressões.
GABARITO:ERRADO
O termo “futuristas” confere uma ideia de algo inovador, moderno para os dias atuais. “Do futuro” estabelece
relação com algo que ainda irá acontecer depois de um tempo decorrido.
1 - Conclui-se do último período do primeiro parágrafo que os laboratórios de investigação criminal têm pouca
demanda de trabalho e, por isso, não realizam todos os tipos de análises mostrados nas séries de TV que retratam
os processos de investigação forense.
GABARITO: ERRADO
“Além 13 disso, os laboratórios frequentemente não realizam todos os tipos de análise devido ao custo, à
insuficiência de recursos ou à pouca procura”.
A pouca procura enunciada no trecho acima não significa pouca demanda, mas que há pouca procura por algumas
especialidades.
GABARITO: CERTO
“Ao analisar uma amostra desconhecida em um aparelho com telas brilhantes e luzes piscantes, o investigador de
um desses seriados pode conseguir uma resposta do tipo “batom da marca X, cor 42, lote A-439”. O mesmo
personagem talvez interrogue um suspeito e declare ‘sabemos que a vítima estava com você, pois identificamos
o batom dela no seu 37 colarinho’”
O trecho acima de fato comprova a ideia do autor de que não há o perfil de profissional apresentado nas séries e
que as informações apresentadas não são assim tão precisas.
3 - O autor do texto apresenta uma crítica à produção de séries que retratam o ambiente policial, principalmente
no que se refere à ciência forense, defendendo a suspensão da veiculação desse tipo de produção na TV, dados
os prejuízos que elas causam aos policiais em serviço na vida real, conforme ilustrado ao final do texto.
GABARITO: ERRADO
Em momento algum do texto, o autor faz críticas a essas séries televisas e defende a sua suspensão. Em seu texto,
ele apenas distingue a ficção da realidade.
4 - Infere-se do texto que, até o final da década de 80 do século passado, todos os profissionais que atuavam em
laboratórios forenses eram generalistas.
GABARITO: ERRADO
“A especialização dentro dos laboratórios tornou-se uma norma desde o final da década de 80 do século passado”
(L.8 a 10)
O trecho acima não permite afirmar que todos os profissionais de laboratórios forenses eram generalistas, mas
que a especialização passou a ser norma a partir da década de 80. Ou seja, antes disso, poderia ter profissionais
que já fossem especialistas.
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, bem como o disposto no Manual de
Redação da Presidência da República, julgue os itens que se seguem.
5 - Considere que o delegado de polícia tivesse de relatar o acontecimento mencionado no último período do
texto em documento destinado ao Ministério Público. Nesse caso, o policial deveria utilizar um ofício e poderia
nele incluir o seguinte trecho, que mantém a correção gramatical e os sentidos originais do texto, além de
apresentar linguagem adequada para compor um documento oficial: O policial relatou que estava com um
homem cujo carro fora roubado e que tal homem, tendo visto uma fibra vermelha no banco traseiro, queria que
ele, o policial, descobrisse de onde a fibra havia vindo, em que loja havia sido comprada e qual cartão de crédito
havia sido usado na compra.
GABARITO: CERTO
O texto está gramaticalmente correto, respeitando aos princípios do MRPR.
GABARITO:CERTO
“e boa parte dos pedidos de aumento no orçamento baseia-se"
Não há fator que obrigue a ênclise, portanto, nesse trecho, é possível tanto a ênclise quanto a próclise.
7 - Seria mantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal “acredita” (L.21) fosse flexionada no plural:
acreditam.
GABARITO: CERTO
“A maioria dos laboratórios acredita”
A concordância verbal com expressões partitivas (a maioria de, a grande parte de, grande número, a menor parte)
pode ser feita tanto no singular quanto no plural
8 - A substituição da forma verbal “dedicando” (L.19) por que dedicam manteria os sentidos originais do texto
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: “Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando toda sua atenção”
REESCRITA: “Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas que dedicam toda sua atenção”
No texto original, a oração “dedicando toda sua atenção” é uma oração subordinada adverbial temporal reduzida
de gerúndio.
A reescrita acarreta em mudança de sentido por mudar a classificação dessa oração para uma oração subordinada
adjetiva reestritiva.
9 - Seriam mantidos os sentidos originais do trecho “o que ela é capaz, ou não, de realizar” (L.3), caso a expressão
“ou não” fosse deslocada para logo depois da forma verbal “é” — escrevendo-se o que ela é, ou não, capaz de
realizar — ou para o final do período — escrevendo-se o que ela é capaz de realizar, ou não.
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: o que ela é capaz, ou não, de realizar (ela pode ser capaz ou incapaz de alguma coisa)
REESCRITA 1: o que ela é, ou não, capaz de realizar (ela é capaz ou incapaz)
REESCRITA 2: o que ela é capaz de realizar, ou não (ela sempre será capaz, podendo ou não realizar aquela
conduta).
10 - Seriam mantidos os sentidos originais do texto e sua correção gramatical caso o período “O cientista forense
precisa conhecer os recursos das outras subdisciplinas, mas ninguém é especialista em todas as áreas da
investigação criminal” (R. 10 a 12) fosse reescrito da seguinte forma: É necessário que o cientista forense conheça
os recursos das outras disciplinas, embora ninguém seja especialista em todas as áreas da investigação criminal.
GABARITO: ERRADO
Na redação original, a conjunção “mas” é adversativa. Na reescrita, o uso da conjunção concessiva “embora”
muda o sentido original do texto.
GABARITO:ERRADO
“Os programas de investigação criminal de ficção não reproduzem corretamente o que ocorre na vida real quando
o assunto são as técnicas científicas: um cientista forense”
“Em Knoxville, Tennessee, um policial relatou: “Estou com um homem cujo carro foi roubado.”
No primeiro trecho, os dois-pontos é utilizado para introduzir um esclarecimento. No segundo trecho, os dois-
pontos antecede uma citação.
12 - A preposição “de” empregada logo após “dificuldade” (L.24) poderia ser corretamente substituída por em
GABARITO:CERTO
“boa parte dos pedidos de aumento no orçamento baseia-se na dificuldade de dar conta de tanto serviço”.
A palavra “dificuldade” permite regência nominal tanto com a preposição “de” quanto com a preposição “em”.
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue os itens que se seguem.
1 - De acordo com o texto, o quadro de concentração de renda, de precarização das relações de trabalho e de
falta de direitos básicos como educação, saúde e moradia é resultado da negligência estatal com relação às
necessidades da população.
GABARITO: ERRADO
O texto não aborda nada sobre negligência estatal, pois o que é afirmado é que o Estado participa, mas de forma
parca, ou seja, de maneira inexpressiva: “e falta de direitos básicos como educação, saúde e moradia, agravados,
entre outros motivos, por propostas que concebem um Estado que seja parco em prestações sociais e no qual a
própria sociedade se responsabilize pelos riscos de sua existência, só recorrendo ao Poder Público
subsidiariamente, na impossibilidade de autossatisfação de suas necessidades” (L. 19 a 24).
GABARITO: ERRADO
O texto menciona que os avanços científicos e tecnológicos trouxeram consequências para os trabalhadores, não
para a sociedade.
“O modelo econômico de produção capitalista, aperfeiçoado pelos avanços científicos e tecnológicos que, por sua
vez, proporcionaram a reestruturação da produção e a Terceira Revolução Industrial, retirou do trabalho seu valor,
transformando o empregado em simples mercadoria inserta no processo de produção” (L. 1 a 6).
3 A substituição de “no qual” (L.21) por aonde prejudicaria a correção gramatical do texto.
GABARITO: CERTO
ORIGINAL: [...] que concebem um Estado que seja parco em prestações sociais e no qual a própria sociedade se
responsabilize pelos riscos de sua existência [...]
“Na qual” funciona como pronome relativo, retomando o termo “Estado”. A sua substituição por “aonde”
acarretaria em erro gramatical, pois “no qual” desempenha a função sintática de adjunto adverbial de lugar,
conferindo ideia de um lugar fixo. Não caberia, portanto, o uso de “aonde” por “existência” não exigir a preposição
“a” e por não ter a ideia de movimento.
4 - A palavra “subsidiariamente” (L.23) foi empregada, no texto, com o mesmo sentido de compulsoriamente.
GABARITO: ERRADO
“Subsidiariamente”: o que pode ser usado de maneira acessória, suplementar.
“Compulsoriamente”: o que é usado de modo compulsório, obrigatório.
5 - Conforme o texto, a Terceira Revolução Industrial foi o evento histórico responsável por transformar o
empregado em simples mercadoria do processo de produção.
GABARITO: ERRADO
O que transformou o valor do empregado em simples mercadoria foi o modelo de produção capitalista:
“O modelo econômico de produção capitalista, aperfeiçoado pelos avanços científicos e tecnológicos que, por
sua vez, proporcionaram a reestruturação da produção e a Terceira Revolução Industrial, retirou do trabalho seu
valor, transformando o empregado em simples mercadoria inserta no processo de produção” (R. 1 a 6).
6 - A correção gramatical e os sentidos originais do texto seriam mantidos caso o trecho “A luta (...) humano.” (L.
8 a 10) fosse reescrito da seguinte forma: Logo, a luta dos trabalhadores apenas deixou de ser por mais condições
de melhor subsistência para priorizar a própria dignidade do ser humano.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: A luta dos trabalhadores, portanto, não é mais apenas por condições melhores de subsistência, mas
pela própria dignidade do ser humano.
REESCRITA: Logo, a luta dos trabalhadores apenas deixou de ser por mais condições de melhor subsistência para
priorizar a própria dignidade do ser humano.
Apesar de as conjunções “logo” e “portanto” serem coordenadas conclusivas, há mudança de sentido pela
mudança na construção da frase. O uso de “mais apenas... mas pela” age como uma locução conjuntiva com
sentido de adição, conferindo ao período uma ideia de que os trabalhadores passaram a lutar também pela
própria dignidade da pessoa humana. A reescrita sugere que os trabalhadores abandonaram a luta por
subsistência e agora apenas (= somente) lutam por dignidade.
7 - A inserção da expressão que seja imediatamente antes da palavra “pautada” (R.15) — que seja pautada —
não comprometeria a correção gramatical nem alteraria os sentidos
originais do texto.
GABARITO: CERTO
ORIGINAL: “A sociedade requer das organizações uma nova configuração da atividade econômica, pautada na
ética e na responsabilidade para com a sociedade”
REESCRITA: “A sociedade requer das organizações uma nova configuração da atividade econômica, que seja
pautada na ética e na responsabilidade para com a sociedade”
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens a seguir.
8 - O desejo de igualdade entre os indivíduos, manifesto a partir da criação da Declaração dos Direitos do Homem
e do Cidadão, impulsionou a busca por autorrespeito.
GABARITO: ERRADO
Entre as linhas 1e 4, o texto afirma o seguinte: “O desejo por igualdade em nossos dias, ensejado pela Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão, marco da modernidade, segundo Axel Honneth, advém de uma busca por
autorrespeito”. Ou seja, a busca por autorrespeito gerou um desejo de igualdade.
9 - O texto indica que, de acordo com Axel Honneth, o conflito motiva o reconhecimento dos sujeitos de direito,
o que é condição básica para a preservação da sociedade.
GABARITO: CERTO
A questão está correta, pois, conforme o texto, “O conflito, diz ele, força-os sujeitos a se reconhecerem
mutuamente” (L. 8).
10 - A inserção de vírgula após a expressão “entre os sujeitos” (L.7) manteria a correção gramatical e os sentidos
do texto.
A banca considerou como “certa” essa questão no gabarito preliminar, no entanto “por conservação e
reconhecimento” é complemento nominal de “luta”, não podendo ser separada por vírgula. No gabarito definitivo
da prova, essa questão foi anulada, talvez para evitar maiores conflitos, no entanto defendo que essa questão
está ERRADA.
11 - A expressão “Quer dizer” (L.10) introduz uma conclusão a respeito do estabelecimento da figura do sujeito
de direitos.
GABARITO: ERRADO
“Quer dizer” é uma expressão que denota explicação, tendo o mesmo sentido de “ou seja”.
12 - A substituição da forma verbal “teria” (R.15) por tem manteria tanto a correção gramatical quanto a coerência
do texto.
GABARITO: CERTO
Há alteração de sentido, pois “teria” está no futuro do pretérito do indicativo e “tem” está no presente do
indicativo. No entanto, a questão pergunta se manteria a “coerência e correção gramatical”, algo que essa
mudança mantém, pois a concordância verbal está correta e não deixa o período sem lógica (incoerente).
13 - Sem prejuízo da correção gramatical do texto, os vocábulos “é” (L.17) e “que” (L.19) poderiam ser suprimidos,
desde que fosse inserida uma vírgula imediatamente após a palavra “alheio” (L.18).
GABARITO: CERTO
ORIGINAL: “afinal, é constatando as obrigações que temos diante do direito alheio que chegamos a uma
compreensão de cada um(a) de nós como sujeitos de direitos”.
REESCRITA: “afinal, constatando as obrigações que temos diante do direito alheio, chegamos a uma compreensão
de cada um(a) de nós como sujeitos de direitos”.
A forma “é... que”, geralmente, é expletiva, podendo ser facilmente retirada sem causar prejuízo gramatical ao
trecho. O uso da vírgula, ao suprimir essa partícula expletiva, é necessária por “constatando as obrigações que
temos diante do direito alheio” é uma oração que está deslocada. A ordem direta seria: “afinal, chegamos a uma
compreensão de cada um(a) de nós como sujeitos de direitos constatando as obrigações que temos diante do
direito alheio”.
14 - Na linha 21, a correção gramatical do texto seria comprometida se o termo “se” fosse posicionado após a
forma verbal “referem”, da seguinte forma: referem-se.
GABARITO: CERTO
“De acordo com Honneth, as demandas por direitos — como aqueles que se referem à igualdade de gênero ou
relacionados à orientação sexual”.
O pronome oblíquo “se” deve estar em próclise nesse período devido a presença da partícula atrativa “que”.
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens a seguir.
1 - Depreende-se do texto que os litígios estruturais resultam, entre outros fatores, da luta pela implementação
de direitos.
GABARITO: ERRADO
O texto afirma o contrário. A luta pela implementação de direitos que resultou em litígios estruturais.
“Nunca os litígios estruturais estiveram tão em voga no Brasil. Uma confluência de fatores contribui para tanto.
Entre eles, é possível mencionar o avanço na conscientização da luta pela implementação de direitos” (L. 1 a 4).
2 - O texto trata de aspectos associados a litígios estruturais sem, contudo, apresentar explicitamente uma
definição para esse conceito.
GABARITO: CERTO
Não há, em momento algum do texto, uma definição explícita do que são os “litígios estruturais”.
3 - A supressão do termo “tanto” (L.4) concomitantemente com a substituição do termo “quanto” (L.5) por e
manteria a correção gramatical e a coerência do texto.
GABARITO: CERTO
Observe que a questão pergunta se será mantida a correção gramatical e coerência (logicidade) do texto, nada
fala sobre manter o sentido original.
ORIGINAL: “decorrente tanto da amplitude do texto constitucional de 1988 quanto das inovações tecnológicas de
comunicação que estendem sua divulgação”.
REESCRITA: “decorrente da amplitude do texto constitucional de 1988 e das inovações tecnológicas de
comunicação que estendem sua divulgação”
4 - Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do texto, o trecho “Garantida (...) inauditas” (L. 10
a 12) poderia ser reescrito da seguinte maneira: A expansão da atuação do Poder Judiciário para novas searas não
ocorreu fortuitamente, tendo em vista a garantia da autonomia do Poder Judiciário e sua elevação ao papel de
guardião do texto constitucional.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: "Garantida sua autonomia, era previsível que o Poder Judiciário, elevado ao papel de guardião do texto
constitucional, expandisse sua atuação para searas antes inauditas."
REESCRITA: “A expansão da atuação do Poder Judiciário para novas searas não ocorreu fortuitamente, tendo em
vista a garantia da autonomia do Poder Judiciário e sua elevação ao papel de guardião do texto constitucional”.
Apesar de manter a correção gramatical, há mudança de sentido, pois no texto original o Poder Judiciário expandiu
sua atuação para áreas que já existiam, mas não eram atendidas por ele. Na reescrita, ao usar a expressão “novas
searas”, temos o entendimento de que o Poder Judiciário irá atuar em novas áreas, que não existiam ainda.
Observe que “searas inauditas”, ou seja, desassistidas, não é a mesma coisa de “novas searas”, ou seja, searas
que surgiram recentemente.
5 - Os dois-pontos empregados na linha 14 poderiam ser substituídos pelo termo porquanto entre vírgulas, sem
alteração da correção gramatical e dos sentidos do texto.
GABARITO: CERTO
“Porquanto” é uma conjunção coordenativa explicativa, sendo usada em orações que expressam uma ideia de
explicação, justificação do que foi dito na outra oração.
O sinal de pontuação “dois-pontos” é usado antes de citações, enumerações ou para esclarecer, explicar o que foi
dito anteriormente.
6 - Na linha 18, o deslocamento do termo “se” para imediatamente após a forma verbal “pode” — pode-se —
comprometeria a correção gramatical do texto.
GABARITO: CERTO
"... ainda não se pode dizer"
A presença da palavra negativa “não” é fator obrigatório para próclise.
GABARITO: ERRADO
“Disseminada” tem o sentido de “difundida”, “espalhada”, “semeada”.
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens que se seguem.
8 - A jurisdição constitucional está relacionada à conservação das bases estruturantes do Estado democrático.
GABARITO: CERTO
Conforme podemos constatar no próprio texto: "Nesses termos, a jurisdição constitucional também se apresenta
como medida democrática. Por meio dela [da jurisdição constitucional], as bases que estruturam
democraticamente o Estado são conservadas" (L. 9 a 11).
9 - Os sentidos e a correção gramatical do texto seriam mantidos caso se substituísse a forma verbal “garante”
(L.3) por assegura.
GABARITO: CERTO
“Garantir” tem como sinônimos: assegurar, asseverar, atestar, confirmar...
10 - A supressão da vírgula empregada logo após a palavra “constitucional” (R.6) prejudicaria a correção
gramatical do texto.
GABARITO: ERRADO
Após “constitucional” temos uma oração subordinada adverbial temporal. Por estar no final do período, o uso da
vírgula é facultativo, podendo ser feita a sua supressão sem causar prejuízo gramatical.
11 - Seria incorreto o emprego da forma quotidianamente em lugar de “cotidianamente” (L.4), pois aquela forma
foi abolida do vocabulário oficial da língua portuguesa.
GABARITO: ERRADO
O uso de “quotidianamente” não foi abolido, apenas é mais utilizado em Portugal. No Brasil, há uma preferência
para forma “cotidianamente”. Ambas as expressões têm o mesmo significado.
GABARITO: ERRADO
Quando há uma ideia de comparação, é possível a presença ou não da preposição “de” e suas variações (do, da,
dos, das).
1 - O preconceito baseia-se em uma visão errônea de alguém, construída a partir de elementos de natureza social
ou de natureza pessoal.
GABARITO: CERTO
Conforme podemos constatar nas linhas 1 a 4, a autora afirma que “o preconceito é um fenômeno que se verifica
quando um sujeito discrimina ou exclui o outro, a partir de concepções equivocadas, oriundas de hábitos, costumes
(elementos sociais), sentimentos ou impressões (elementos pessoais)”.
2 - Subentende-se do texto que o preconceito positivo, por ter origem em uma ideia favorável a determinada
pessoa, não resulta em discriminação ou segregação.
GABARITO: CERTO
A partir da linha 19, a autora afirma que há um tipo de preconceito “positivo” que não provoca reações na
sociedade, ou seja, que não resulta em discriminação, pois isso acontece apenas quando há um preconceito
negativo.
“Preconceito positivo acontece quando características consideradas positivas da pessoa se estendem para seus
atos, ou vice-versa, mesmo quando não são corretos. Em geral, o preconceito positivo não é percebido pela
sociedade (ou pelo menos não provoca reações). O que incomoda é o preconceito negativo, acompanhado de
reação discriminatória” (L. 19 a 22).
GABARITO: ERRADO
O preconceito provém de fatos exteriores, mas nada é dito que ele é construído também como um fenômeno
externo: "A ideia favorável ou desfavorável sobre a pessoa vem de fatos exteriores" (L. 12, 13). Além disso,
podemos inferir, pelo texto, que as pessoas internalizam o preconceito de maneira inconsciente, pois, “em geral,
o preconceito positivo não é percebido pela sociedade” (L. 19).
4 - Levando-se em conta o mecanismo do preconceito, conclui-se que ideias favoráveis a uma pessoa levam à
aceitação irrestrita de seus atos pelo outro, ao passo que ideias desfavoráveis induzem à rejeição sumária de suas
ações por parte do outro.
GABARITO: ERRADO
O texto afirma que há possibilidade de isso acontecer, não que isso seja uma regra: "[...] se houver uma ideia
favorável a uma pessoa, tudo o que ela fizer ou disser PODE SER (tende a ser, é provável que seja) aceito [...].
Inversamente, se houver uma ideia desfavorável sobre alguém, tudo o que essa pessoa disser ou fizer PODE SER
(tende a ser, é provável que seja) rejeitado [...]". (L. 5 a 10).
GABARITO: CERTO
Os pronomes demonstrativos “isso, esse, essa” são anafóricos e se referem, geralmente, a elementos
anteriormente citados.
6 - Seria prejudicada a correção gramatical do texto caso a forma verbal “seja” (L.7) fosse substituída por for.
GABARITO: CERTO
O período do texto “mesmo que o que disser ou fizer seja” está no presente do subjuntivo, portanto a mudança
para for (futuro do subjuntivo) acarretaria em prejuízo gramatical para o trecho.
7 - Na linha 15, a conjunção “portanto” encerra uma ideia de conclusão em relação ao que se afirma no período
anterior.
GABARITO: CERTO
A conjunção “portanto” é coordenaiva conclusiva.
8 - No trecho “o ato que ela executa” (L.5), o pronome “que” é empregado tanto como conectivo, já que liga duas
orações, quanto como elemento referencial, ao retomar o antecedente “o ato”.
GABARITO: CERTO
No período “O preconceito decorre de incompatibilidade entre a pessoa e o ato que ela executa”, o elemento “que”
funciona como pronome relativo, introduzindo uma oração subordinada adjetiva restritiva. Os pronomes relativos
têm dupla função: conectivo, ao unir duas orações, e pronome, ao retomar um elemento da oração anterior.
9 - A correção gramatical do texto seria mantida caso o trecho “tudo o que essa pessoa disser ou fizer pode ser
rejeitado” (L. 9 e 10) fosse reescrito da seguinte forma: tudo o que essa pessoa dizer ou fazer pode ser rejeitado.
GABARITO: ERRADO
No futuro do subjuntivo, os verbos “dizer” e “fazer” na 3ª pessoa do singular devem ser escritos: disser e fizer.
10 - Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto caso o trecho “Em geral, o preconceito
positivo não é percebido pela sociedade” (L. 19 e 20) fosse assim reescrito: Não se percebe o preconceito positivo,
em geral, pela sociedade.
GABARITO: ERRADO
Na forma original (“em geral, o preconceito positivo não é percebido pela sociedade”), temos uma voz passiva
analítica. A reescrita passa para a voz passiva sintética (“não se percebe o preconceito positivo, em geral, pela
sociedade”), mas mantém o agente da passiva (“pela sociedade”), o que torna o período gramaticalmente
incorreto.
Acerca das ideias e dos sentidos do texto CB1A1-II, julgue os itens a seguir.
11 - A exaltação da mistura de raças que forjou a cultura brasileira fundamentou-se na oposição entre a pureza
das raças e a mistura de raças.
GABARITO: CERTO
12 - Apesar de rejeitada no início da construção da identidade nacional, a contribuição da raça negra foi
reconhecida como parte de um movimento de retomada da história nacional.
GABARITO: ERRADO
Em nenhum trecho do texto, podemos fazer essa interpretação.
13 - A seletividade que excluiu a raça negra do rol das raças que se misturaram para a constituição da cultura
brasileira foi orientada por uma visão preconceituosa em relação ao papel social dos negros na sociedade
brasileira.
GABARITO: CERTO
Conforme afirma o autor, no último parágrafo, a construção de uma identidade brasileira se restringia apenas ao
branco e ao índio, excluindo o negro: "No entanto, a decantada mistura brasileira não é indiscriminada, ela é
seletiva. “Há sistemas que não são aceitos na mistura. No primeiro período de construção da identidade nacional,
não há a ideia da mistura das três raças, que hoje se consideram constitutivas da nacionalidade, mas somente
dos índios e brancos. Os negros estavam excluídos. Essa mistura não era desejável, pois se tratava de escravos”
(L. 14 a 20).
GABARITO: ERRADO
Inextricavelmente: inseparável.
Inexoravelmente: inevitável.
GABARITO: ERRADO
Em “A identidade nacional está inextricavelmente vinculada à mistura racial”, a forma verbal “vinculada” exige
preposição “a” e a expressão “mistura racial” é feminina, estando determinada pela presença do artigo feminino,
o que torna a crase obrigatória.
GABARITO: ERRADO
A forma verbal “louva-se” é um caso de VTD + SE, em que o “se” é uma partícula apassivadora. O sujeito, nessa
situação, é “a tendência brasileira”, ou seja, é sujeito paciente.
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 100
Agora Eu Passo PORTUGUÊS
17 - Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, as vírgulas que isolam a oração “que hoje se consideram
constitutivas da nacionalidade” (L. 17 e 18) poderiam ser suprimidas.
GABARITO: ERRADO
“No primeiro período de construção da identidade nacional, não há a ideia da mistura das três raças, que hoje se
consideram constitutivas da nacionalidade, mas somente dos índios e brancos”.
As vírgulas, nesse trecho, isolam uma oração subordinada adjetiva explicativa. A presença da conjunção “mas”
após nacionalidade torna a vírgula obrigatória, portanto a retira das vírgulas que isolam a referida oração só não
traria prejuízo para a correção gramatical do texto se apenas a primeira vírgula fosse suprimida.
18 - Os termos “da contribuição de brancos, negros e índios” (R.4) e “de escravos” (R.20) desempenham a mesma
função sintática nos períodos em que ocorrem.
GABARITO: ERRADO
“O Brasil celebra a mistura da contribuição de brancos, negros e índios”
A expressão em destaque desempenha a função sintática de completo nominal de “mistura”.
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 101
Agora Eu Passo PORTUGUÊS
Julgue os seguintes itens, considerando os aspectos textuais e gramaticais do cartaz precedente veiculado pelo
Ministério Público Federal, no âmbito do projeto Amazônia Protege.
GABARITO: CERTO
É expositivo por apresentar um conceito, uma explicação de como é feita a fiscalização pelo MPF. Também possui
trechos de injuntivo pela presença de instruções expressas pelo uso dos verbos no imperativo: “acesse”, “conheça”
e “consulte”.
20 - As formas verbais “Acesse”, “conheça” e “consulte” caracterizam-se por uma uniformidade na flexão de
modo e de pessoa.
GABARITO: CERTO
As referidas formas verbais estão no modo imperativo da 3ª pessoa do singular (você).
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 102
Agora Eu Passo PORTUGUÊS
PROVA 20
A respeito das ideias, dos sentidos e das propriedades linguísticas do texto precedente, julgue os itens que se
seguem.
1 - O texto critica a superficialidade com que o ensino é tratado nas escolas de educação básica atualmente.
GABARITO: ERRADO
O texto traz críticas à superficialidade que está presente no mundo em que vivemos, sendo a educação a única
forma de nos tirar dessa superficialidade. Houve, portanto, extrapolação.
2 - Infere-se do texto que “formações apressadas, reflexões apressadas, ideias apressadas” (L. 6 e 7) são
consequências negativas de uma vida apressada.
GABARITO: CERTO
O texto traz uma relação de causa e consequência. A vida apressada (causa) (L. 4) traz como consequência
“formações apressadas, reflexões apressadas, ideias apressadas” (L. 6 e 7). Isso é apresentado como consequência
negativa, por carregar um nível alto de superficialidade (L. 7), algo que é criticado pelo autor durante todo o texto.
3 - Segundo o texto, a educação deve levar as pessoas a não se contentarem com as aparências.
GABARITO: CERTO
No último parágrafo, o autor diz o seguinte: “A educação tem que nos tirar dessa superficialidade”, sendo a
superficialidade o contentar-se com as aparências.
4 - A frase de Santo Agostinho foi reproduzida no texto com o propósito de fazer referência à pobreza enfrentada
pela população mundial no século V.
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 103
Agora Eu Passo PORTUGUÊS
GABARITO: ERRADO
A citação de Agostinho, “Não sacia a fome quem lambe pão pintado”, foi utilizada pelo autor com a intenção de,
por meio de uma analogia, demonstrar que assim como a imagem do pão não sacia a fome, um ensino superficial,
só de aparências não sacia a fome de conhecimento.
5 - O texto trata a “velocidade em várias situações” (L.4) e a “mera pressa” (L.5) como circunstâncias distintas.
GABARITO: CERTO
A construção do período permite essa intepretação devido à presença da expressão “em outras”, sugerindo
situações diferentes.
“Vivemos hoje em um mundo marcado pela velocidade em várias situações e, em outras, por uma mera pressa”
(L. 4 e 5).
GABARITO: CERTO
A vírgula está separando uma oração subordinada adverbial temporal deslocada para o início do período. O uso
da vírgula é, portanto, obrigatório.
GABARITO: CERTO
O trecho “[...] a ostentação da propriedade, a “consumolatria”, o desespero para ser proprietário de coisas [...]”
demonstra que o neologismo (criação de novas palavras) utilizado no texto está se referindo a essa cultura do
consumo exagerada.
8 - O sujeito da forma verbal ‘sacia’ (L.17) é a oração ‘quem lambe pão pintado’ (L.18).
GABARITO: CERTO
Para descobrir o sujeito da forma verbal “sacia”, basta fazer a pergunta ao próprio verbo:
Quem não sacia a fome?
Quem lambe pão pintado.
Por se tratar de um sujeito oracional, o verbo deve estar na terceira pessoa do singular.
9 - A substituição de “se contentam” (L.20) por contentam-se manteria a correção gramatical do texto.
GABARITO: ERRADO
Devido a presença da palavra atrativa “não”, a próclise (pronome átono antes do verbo) é obrigatória.
10 - Com a pergunta formulada no quarto parágrafo do texto, o autor pretende desconstruir ideia de que o mundo
é superficial, argumentando que as pessoas em geral não aceitam essa condição.
GABARITO: ERRADO
A pergunta formulada no parágrafo em questão é uma pergunta retórica. Com ela, o autor pretende fazer com
que o leitor aceite o seu ponto de vista, ou seja, almeja que o leitor concorde que as pessoas em geral aceitam
essa condição de viver em um mundo superficial.
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 104
Agora Eu Passo PORTUGUÊS
Acerca das ideias, dos sentidos e das propriedades linguísticas do texto anterior, julgue os itens a seguir.
11 - De acordo com o primeiro parágrafo do texto, quem pensa certo alinha suas ações e seu discurso.
GABARITO: CERTO
Todo o parágrafo corrobora para essa questão esteja certa, pois nele o autor afirma que quem pensa certo “[...]
nega, como falsa, a fórmula farisaica do ‘faça o que eu mando, e não faça o que eu faço’”. Essa ideia volta a ser
reafirmada na última frase desse parágrafo: “Pensar certo é fazer certo”.
12 - O segundo parágrafo do texto apresenta um exemplo de professor que demonstra coerência entre sua prática
e seu discurso independentemente do contexto histórico.
GABARITO: ERRADO
O segundo parágrafo apresenta um exemplo de professor que possui um discurso incoerente, pois antes “falava
com quase ardor sobre a necessidade de luta pela autonomia das classes populares” (L. 8 e 9) e hoje “faz um
discurso pragmático contra os sonhos” (L. 10). O que torna o discurso desse professor incoerente é o fato de dizer
que não mudou (L. 10), apesar das mudanças nas manifestações de seus pensamentos
13 - Conforme o último parágrafo do texto, o fato de se discordar de alguém em razão de pontos de vista distintos
não deve ser motivo para o sentimento de raiva desmedida.
GABARITO: CERTO
O que torna essa questão correta é aquilo que está disposto entre a R. 18 e 19: “[...]discordando do seu oponente,
não tem por que nutrir contra ele ou contra ela nutrir uma raiva desmedida [...]”.
GABARITO: CERTO
Nas duas ocorrências, o “que” age como pronome relativo (substituível por “o qual).
“O professor que realmente ensina, quer dizer, que trabalha os conteúdos no quadro [...]”/ “O professor o qual
realmente ensina, quer dizer, o qual realmente trabalha [...]”.
Caso não fosse utilizado esse pronome, as escritas das orações seriam as seguintes:
O professor realmente ensina;
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 105
Agora Eu Passo PORTUGUÊS
O professor trabalha os conteúdos no quadro.
15 - A inserção de uma vírgula logo após “professor” (L.1) alteraria os sentidos originais do texto.
GABARITO: CERTO
A oração que é iniciada pela conjunção que (“[...] que realmente ensina”) é uma Oração Subordinada Adjetiva
Restritiva. A inserção da vírgula antes dessa conjunção faria com que a oração se tornasse uma Oração
Subordinada Adjetiva Explicativa.
Lembre-se, a mudança de Oração Subordinada Adjetiva Restritiva para Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
gera mudança de sentido.
16 - A substituição de “a que” (L.5) por onde manteria a correção gramatical e os sentidos originais do texto.
GABARITO: ERRADO
O pronome “onde” só deve ser utilizado para retomar um lugar.
Nessa texto, o pronome relativo “a que” retoma o substantivo “palavras”, o que torna incorreto gramaticalmente
a troca desse pronome por “onde”.
17 - A forma verbal “há” (L.8) poderia ser substituída por fazem, sem prejuízo da correção gramatical do texto.
GABARITO: ERRADO
No texto em questão, a forma verbal “há” é um verbo impessoal, sendo utilizada no sentido de tempo decorrido.
O verbo “fazer” também pode ser usado no sentido de tempo decorrido, desde que também esteja em sua forma
impessoal, ou seja, não pode estar no plural.
O correto seria usar a forma verbal “faz”.
18 - A expressão ‘faça o que eu mando, e não o que eu faço’ (L. 3 e 4) apresenta uma oposição de ideias.
GABARITO: CERTO
O uso da conjunção “e”, antecedida de vírgula, expressa um valor semântico de oposição de ideias.
19 - A correção gramatical do texto seria mantida caso a expressão “por que” (L.18) fosse substituída por porque.
GABARITO: ERRADO
“Por que” pode ser utilizado em perguntas diretas e indiretas (exceto no final):
“Por que você chegou atrasado ontem?”
Gostaria de saber por que você chegou atrasado ontem.
Também pode ser usado quando for substituível pela expressão “por qual motivo”.
No texto em questão, o trecho “[...] não tem por que contra ele ou contra ela nutrir uma raiva desmedida [...]”
poderia ser assim reescrito:
Não tem por que motivo contra ele ou contra ela nutrir uma raiva desmedida.
Portanto, o uso de “porque” não manteria a correção gramatical, tendo em vista esse ser equivalente a “pois”, o
que traria uma ausência de coesão ao trecho.
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 106
Agora Eu Passo PORTUGUÊS
20 - A retirada do acento indicativo de crase em “às vezes” (R.19) não comprometeria a correção gramatical do
texto.
GABARITO: ERRADO
A expressão “às vezes” (com acento grave) significa “de vez em quando”, “por vezes”, “ocasionalmente”, sendo
uma locução adverbial feminina (crase obrigatória).
Vou, às vezes, ao parque (Vou de vez em quando ao parque).
Há também a possibilidade da escrita de “as vezes” (sem acento grave). Trata-se da junção de “as” (artigo) e
“vezes” (substantivo) e significa “as ocasiões”, “os momentos”.
Todas as vezes que eu fui ao parque, ele também foi. (Todas as ocasiões que fui ao parque, ele também
foi).
No trecho “[...] bem maior, às vezes, do que a razão mesma da discordância” (R. 19 e 20), o termo “às vezes” é
uma locução adverbial feminina (“bem maior, de vez em quando, do que a razão mesma da discordância”), sendo,
portanto, o uso da crase obrigatório.
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 107
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PROVA 21
No que se refere aos sentidos e às construções linguísticas do texto precedente, julgue os itens a seguir.
1 - A forma verbal “viceja” (L.1) poderia ser substituída por germina, sem prejuízo da coerência e da correção
gramatical do trecho.
GABARITO: CERTO
“A vida humana só viceja sob algum tipo de luz, de preferência a do sol, tão óbvia quanto essencial” (L. 1 e 2).
“Vicejar” significa tanto “estar viçoso”, “ter ou dar viço” quanto “encher de plantas”, “fazer brotar”.
“Germinar” tem o sentido de “começar a brotar” podendo, portanto, nesse contexto, as duas expressões serem
consideradas sinônimas, não ocorrendo prejuízo da coerência ou correção gramatical do trecho com a mudança.
2 - Infere-se do primeiro parágrafo do texto que “boêmios da pá virada e vampiros” diferem biologicamente dos
seres humanos em geral, os quais tendem a desempenhar a maior parte de suas atividades durante a manhã e à
tarde.
GABARITO: ERRADO
Em momento algum do texto, há essa afirmação de que os seres humanos diferem biologicamente dos “boêmios
da pá virada e dos vampiros”.
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 108
Agora Eu Passo PORTUGUÊS
3 - A correção gramatical do texto seria mantida caso o pronome “se”, em “se sentindo” (L.6), fosse deslocado
para imediatamente após a forma verbal “sentindo”, da seguinte maneira: sentindo-se.
GABARITO: ANULADA
JUSTIFICATIVA CESPE
“Item anulado por haver divergência entre as principais gramáticas normativas sobre o assunto, prejudicou‐se o
julgamento objetivo do item”.
Essa questão trata sobre a colocação pronominal em casos de locução verbal. Há gramáticos, como Celso Cunha,
que aceitam a colocação pronominal de locuções da seguinte maneira:
No entanto, como isso não é um consenso entre os gramáticos, a banca optou por anular a questão.
4 - A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se suprimisse o trecho “é que”, em “como
é que se fazia” (L.27).
GABARITO: CERTO
“Mas e antes dos sensores, como é que se fazia?”
Nesse trecho, “é que” funciona como expressão expletiva, podendo ser retirado sem causar nenhum prejuízo
gramatical ou mudança de sentido para o texto.
5 - Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, o primeiro período do terceiro parágrafo poderia
ser assim reescrito: Contudo, os cientistas avisam que ter tanta luz à nosso dispor custa muito caro ao meio
ambiente.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: Dispor de tanta luz assim, porém, tem um custo ambiental muito alto, avisam os cientistas.
REESCRITA: Contudo, os cientistas avisam que ter tanta luz à nosso dispor custa muito caro ao meio ambiente.
O erro da reescrita não está no uso da conjunção “contudo”, pois essa, tal qual “porém”, é um conjunção
coordenada adversativa, podendo ser trocada uma pela outra sem causar prejuízo gramatical ou mudança de
sentido ao trecho.
No entanto, erro da reescrita está no uso de crase antes do pronome possessivo masculino: “à nosso”.
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 109
Agora Eu Passo PORTUGUÊS
6 - A correção gramatical do texto seria mantida, mas seu sentido seria alterado, caso o trecho “que se infiltra no
ambiente no qual dormimos” (L. 18 e 19) fosse isolado por vírgulas.
GABARITO: CERTO
“Nos humanos, o excesso de luz urbana que se infiltra no ambiente no qual dormimos pode reduzir drasticamente
os níveis de melatonina, que regula o nosso ciclo de sono-vigília”.
O trecho destacado se trata de uma oração subordinada adjetiva restritiva. Isolá-lo com vírgulas faria com que se
tornasse uma oração subordinada adjetiva explicativa, ocasionando, portanto, mudança de sentido, mas sem
trazer prejuízo gramatical para o texto.
7 - A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso a forma verbal “existia” (L.34) fosse
substituída por existisse.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: Claro que o cargo, se existia, já foi extinto, e o homem da luz já deve ter se transferido para o mundo
das trevas eternas.
REESCRITA: Claro que o cargo, se existisse, já foi extinto, e o homem da luz já deve ter se transferido para o mundo
das trevas eternas
A reescrita substituindo “existia” por “existisse” acarreta em prejuízo gramatical, pois seria necessário mudar a
forma verbal dos demais verbos. Assim, para estar gramaticalmente correto, o trecho deveria ser reescrito da
seguinte forma: “...se existisse, já teria sido extinto...”.
Além disso, a mudança no tempo do verbo também traz mudança de sentido, pois, no texto original, o verbo no
pretérito imperfeito do indicativo (existia) dá ideia de um fato passado que não foi concluído. Já o verbo no
pretérito imperfeito do subjuntivo (existisse) sugere ideia de condição, possibilidade.
8 - A substituição da locução “a cidade toda” (L.30) por toda cidade preservaria os sentidos e a correção gramatical
do período.
GABARITO: ERRADO
Apesar de manter a correção gramatical, há mudança de sentido, pois a escrita original (a cidade toda) dá ideia
de uma cidade inteira, enquanto que a reescrita (toda cidade) sugere que se refere a qualquer cidade.
9 - É correto inferir do trecho “o homem da luz já deve ter se transferido para o mundo das trevas eternas” (L. 34
e 35) que provavelmente o funcionário responsável pelo acionamento da iluminação urbana já morreu.
GABARITO: CERTO
A questão afirma que o referido trecho sugere (“que provavelmente”) o funcionário morreu, sendo uma
interpretação possível para tal trecho, já que há o uso de uma linguagem metafórica.
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Agora Eu Passo PORTUGUÊS
Julgue os seguintes itens, a respeito das ideias e das construções linguísticas do texto apresentado.
10 - As formas pronominais “Estas” (L.4) e “las” (L.7) referem-se a “necessidades dos seres humanos” (L. 2 e 3).
GABARITO: CERTO
“As atividades pertinentes ao trabalho relacionam-se intrinsecamente com a satisfação das necessidades dos
seres humanos — alimentar-se, proteger-se do frio e do calor, ter o que calçar etc. Estas colocam os homens em
uma relação de dependência com a natureza, pois no mundo natural estão os elementos que serão utilizados para
atendê-las” (L. 1 a 7).
Os pronomes “estas” e “las” fazem referência à “necessidade dos seres humanos”. Para ter certeza disso, basta
fazer a pergunta aos verbos:
Quem coloca os homens em uma relação de dependência com a natureza? As necessidades dos seres humanos.
Atender a quem? As necessidades dos seres humanos.
11 - Seriam mantidos os sentidos do texto caso o primeiro período do segundo parágrafo fosse assim reescrito:
Quando prestamos atenção a nossa volta, percebemos que quase tudo que vemos existe pelas atividades do
trabalho humano.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que vemos existe em razão de
atividades do trabalho humano
REESCRITA: Quando prestamos atenção a nossa volta, percebemos que quase tudo que vemos existe pelas
atividades do trabalho humano
No trecho original, temos um período iniciado por uma oração subordinada adverbial condicional, enquanto que
na reescrita temos um período iniciado por uma oração subordinada adverbial temporal.
Apesar de haver situações em que a conjunção “quando” pode ser uma conjunção subordinada condicional, não
é esse o papel que ela desempenha na reescrita, perceptível pelo fato de a oração seguinte não corresponder como
um resultado obtido com o atendimento de alguma proposta exposta na oração anterior.
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Agora Eu Passo PORTUGUÊS
GABARITO: CERTO
“Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que vemos existe em razão de atividades do
trabalho humano”.
“Em razão de” é uma locução causal equivalente a “por motivo de”.
13 - Com o emprego da expressão “assim como” (L.12), estabelece-se uma relação de comparação entre ideias
expressas no período.
GABARITO: CERTO
“Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações diversas entre os indivíduos, assim
como a organização do trabalho alterou-se bastante entre diferentes sociedades e momentos da história”.
No referido trecho, a locução “assim como” age com sentido comparativo, podendo ser substituída pela também
locução comparativa “bem como” sem trazer prejuízo gramatical e mudança de sentido ao trecho.
Não se trata, portanto, de uma conjunção aditiva, pois “assim como” será aditiva quando tiver o mesmo sentido
de “e também”, algo que não se encaixa naquele trecho.
14 - Conclui-se do texto que, devido à abundância de recursos, nas sociedades tribais os indivíduos não têm
necessidade de separar as práticas laborais das outras atividades sociais.
GABARITO: ERRADO
Em nenhum momento do texto, há menção à “abundância de recurso”. Essa questão extrapolou aquilo que
realmente está expresso no artigo.
15 - Caso o advérbio “praticamente” (L.23) fosse isolado por vírgulas, a correção gramatical do trecho seria
alterada.
GABARITO: ERRADO
Adjuntos adverbiais de curta extensão podem ser isolados por vírgula, ou seja, seu uso é facultativo.
16 - No trecho “Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações diversas entre os
indivíduos” (L. 10 a 12), o sujeito da forma verbal “cercam” é “Os processos de produção dos objetos”.
GABARITO: ERRADO
O sujeito da forma verbal “cercam” é o pronome relativo “que”.
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Agora Eu Passo PORTUGUÊS
17 - A afirmação de que alguns nomes põem nos olhos de seus donos “um azul que não possuem” (L. 4 e 5)
contradiz a ideia de que os nomes definem não as qualidades reais de cada um, mas o modo como os outros o
veem.
GABARITO: ERRADO
“O nome é o nosso rosto na multidão de palavras. Delineia os traços da imagem que fazem de nós, embora não
do que somos (no íntimo). Alguns escondem seus donos, outros lhes põem nos olhos um azul que não possuem.
Raramente coincidem, nome e pessoa”.
A afirmação em destaque confirma a ideia do autor de que os nomes definem o modo como os outros o veem,
não sendo possível, pelo nome, saber quais as reais qualidades daquele que os portam.
18 - A informação apresentada pela oração “nenhuma letra se igualando a outra” (L. 7 e 8) é redundante em
relação à informação apresentada na oração imediatamente anterior, servindo para reforçar-lhe o sentido.
GABARITO: CERTO
“Também há rostos quase idênticos, e os nomes de quem os leva (pela vida afora) são completamente díspares,
nenhuma letra se igualando a outra”.
O trecho “nenhuma letra se igualando a outra” tem o sentido de que elas são diferentes entre si. O termo
“díspares” tem o mesmo sentido de “diferente”. Ou seja, a presença da oração em destaque é redundante, estando
ali para reforçar a ideia da oração imediatamente anterior.
19 - O vocábulo “um” (L.14) refere-se a um indivíduo cujo nome é idêntico ao do autor do texto.
GABARITO: CERTO
“O do autor deste texto é um nome simples, apostólico, advindo do avô. No entanto, o sobrenome, pelo qual
passou a ser reconhecido, é incomum. Sonoro, hispânico. Com uma combinação incomum de nome e sobrenome,
difícil seria encontrar um homônimo. Mas eis que um surgiu [...]”.
Nesse parágrafo, o autor fala sobre a singularidade de seu nome e dificuldade de existir um homônimo, ou seja,
alguém que tivesse o nome tal qual o seu. Após um tempo, “um” surge, isto, “um homônimo”.
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Agora Eu Passo PORTUGUÊS
GABARITO: ERRADO
“O do autor deste texto é um nome simples, apostólico, advindo do avô. No entanto, o sobrenome, pelo qual
passou a ser reconhecido, é incomum. Sonoro, hispânico”.
O autor do texto possui um sobrenome hispânico, ou seja, espanhol. Entretanto, em momento algum do texto, ele
afirma ter nacionalidade espanhola.
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Agora Eu Passo PORTUGUÊS
PROVA 22
Em relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens que se seguem.
1 - De acordo com o texto, “a voz que define qual variedade está correta” (L.14) faz uma avaliação apenas social
das gramáticas do português.
GABARITO:CERTO
“O valor social de cada um deles é muito diferente. Aquele que fala Os menino saiu não sabe falar, diz a voz que
define qual variedade está correta.”
No período anterior, a autora deixa claro que “a voz que define” o que está gramaticalmente correto ou incorreto
se baseia em um “valor social”, pois, fora desse ponto de vista, não há gramáticas melhores ou piores.
2 - Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto se o trecho “São duas gramáticas distintas”
(R.8) fosse reescrito da seguinte forma: Tratam-se de duas gramáticas diferentes.
GABARITO: ERRADO
O verbo “tratar” é VTI, não podendo ser colocado na voz passiva. Nesse caso, o “se” desempenha a função de
partícula indeterminadora do sujeito, não podendo o verbo ser flexionado no plural.
GABARITO: CERTO
“Qualquer língua, escrita ou não, tem uma gramática que é complexa”.
A palavra “todo” sem artigo tem sentido de “qualquer”. Quando acompanhado de artigo (todo o/ toda a), tem
sentido de “totalidade”.
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4 - Caso o vocábulo “certo”, em “um certo conteúdo” (R. 6 e 7), fosse deslocado para imediatamente após
“conteúdo”, seriam alterados o sentido e as relações sintáticas entre os termos da oração em que o trecho ocorre.
GABARITO:ERRADO
“Um certo conteúdo” – adjunto adnominal restringindo o substantivo “conteúdo”
“Um conteúdo certo” – adjunto adnominal qualificando o substantivo “conteúdo”.
Há, portanto, mudança de sentido, mas não há mudança das relações sintáticas. Nos dois casos, o vocábulo
“certo” continua sendo um adjunto adnominal.
5 - A oração “que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português” (L. 18 e 19) exerce a função de
complemento do vocábulo “claro” (L.18).
GABARITO: ERRADO
“É claro que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português”
A oração em destaque desempenha a função de sujeito do verbo de ligação “é”, sendo a palavra “claro”
predicativo do sujeito.
6 - A informação expressa na oração “No português do dia a dia, é possível marcar o plural em apenas um dos
elementos” (L. 21 e 22) é o que marca, na argumentação, a oposição entre o tratamento dado à gramática do
inglês e à do português quanto ao emprego do plural.
GABARITO: ERRADO
“É claro que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português, mas o nosso ponto é que o plural só
está em um lugar na oração do inglês e isso não recebe uma avaliação negativa”.
O que marca, na argumentação, a oposição de tratamento dado às gramáticas é o uso do conectivo adversativo
“mas”.
7 - Infere-se do texto que uma boa gramática é aquela que produz frases que transmitem conteúdo, ou seja,
frases que se prestam à veiculação de informação.
GABARITO: ERRADO
O autor não defende a ideia de uma gramática “boa” e outra “ruim”, pois "do ponto de vista naturalístico, não
faz sentido afirmar que há gramáticas melhores ou piores" (L. 2).
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8 - A expressão “engenharia reversa” (R.24) refere-se à atitude dos bons escritores de ler boa prosa para, por
meio da leitura, refletir sobre como um bom texto é escrito e, assim, aprender a escrever bem.
GABARITO:CERTO
“O ponto de partida para alguém tornar-se um bom escritor é ser um bom leitor. Os escritores adquirem sua
técnica identificando, saboreando e aplicando engenharia reversa em exemplos de boa prosa.”
O início do último parágrafo afirma que, para escrever bem, é preciso ler bem. Então, a engenharia reversa é essa
técnica de ler bons textos para aprender a escrever bons textos.
9 - O sentido original da oração “Essa competência pode não se ter originado nos manuais de estilo” (L. 8 e 9)
seria alterado caso a palavra “não” fosse deslocada para antes da forma verbal “pode”.
GABARITO:CERTO
ORIGINAL: “Essa competência pode não se ter originado nos manuais de estilo”
REESCRITA: “Essa competência não pode se ter originado nos manuais de estilo”
No texto original, o “não” após a forma verbal “pode” sugere uma ideia de hipótese.
A reescrita do mesmo trecho, trocando a posição do “não” para antes de “pode”, acarreta em uma mudança de
sentido, pois nega o termo anterior (“competência”).
10 - De acordo com o texto, os manuais de estilo não contribuem para despertar o desejo de ler boa prosa nem
para desenvolver a competência para redigir.
GABARITO:ERRADO
"Essa competência [de redigir] pode não se ter originado dos manuais de estilo, mas deve ter vindo d algum lugar."
A presença da forma verbal “pode” sugere uma possibilidade. A autor, portanto, em momento algum do texto
afirma que os manuais de redigir não contribuem para despertar o desejo de escrever. Na realidade, o autor não
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Agora Eu Passo PORTUGUÊS
sabe onde esse desejo se originou, podendo ter surgido de qualquer lugar, inclusive por meio dos manuais de
estilo.
11 - O autor do texto considera a ardilosa sensibilidade mencionada nas linhas 15 e 16 — característica daqueles
que, por serem leitores ávidos, conseguiram desenvolver a habilidade de escrever bem — algo difícil de atingir e
reservado a poucos.
GABARITO:ERRADO
“Essa é a ardilosa “sensibilidade” de um escritor hábil — o tácito sentido de estilo que os manuais de estilo
honestos admitem ser impossível ensinar explicitamente”
Em nenhum momento do texto, o autor afirma que a habilidade de escrever bem é “difícil de atingir e reservado
a poucos”.
GABARITO:ERRADO
“Quando indaguei a alguns escritores de sucesso que manuais de estilo tinham consultado durante seu
aprendizado, a resposta mais comum foi “nenhum”. Disseram que escrever, para eles, aconteceu naturalmente”.
A forma verbal “disseram” tem sujeito oculto/ elíptico/ implícito/ desinencial. O sujeito desse verbo é “alguns
escritores de sucesso”.
GABARITO:CERTO
“Eu seria o último dos mortais a duvidar que os bons”.
A palavra “último” é, originalmente, um adjetivo. Entretanto, nesse trecho, foi substantivada, sendo classificada
como “substantivo”, pois está acompanhada de artigo (“o último”).
14 - Em “Disseram que escrever, para eles, aconteceu naturalmente” (L. 3 e 4), a supressão das vírgulas
preservaria a correção gramatical do período, mas prejudicaria seu sentido original.
GABARITO:CERTO
Não há mudança na correção gramatical, mas há mudança de sentido.
“Disseram que escrever, para eles, aconteceu naturalmente” – “para eles” refere-se a “aconteceu naturalmente”.
“Disseram que escrever para eles aconteceu naturalmente” – “para eles” refere-se a “escrever”, ou seja, os
próprios escritores como destinatários de seus escritos.
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15 - Na linha 19, o pronome “que” retoma “os livros”, e ambos os termos exercem a mesma função sintática nas
orações em que ocorrem.
GABARITO:CERTO
“Os biógrafos dos grandes autores sempre tentam rastrear os livros que seus personagens leram na juventude”
O pronome relativo “que” retoma “os livros”, desempenhando a função sintática de objeto direto da forma verbal
“leram”:
“tentam rastrear os livros”
VTD OD
“seus personagens leram os livros na juventude”.
VTD OD
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Agora Eu Passo PORTUGUÊS
PROVA 23
1 - Depreende-se do primeiro período do texto que Adílson dos Anjos habitualmente frequenta o depósito de
sucata eletrônica descrito no texto.
GABARITO: CERTO
Conforme podemos ler na primeira linha do texto: “Como em todas as tardes abafadas de Americana”.
2 - Depreende-se do trecho “Ao ar (...) de olhos” (ℓ. 6 a 8) que os equipamentos eletrônicos depositados no local,
ao projetarem a luz solar em diversas direções, causam incômodo à visão de quem visita o local.
GABARITO: CERTO
O referido trecho permite que o leitor infira que os raios solares causam incômodo, tendo em vista que “provocam
um incessante piscar de olhos”.
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Agora Eu Passo PORTUGUÊS
3 - Infere-se do texto que, diferentemente das fraldas descartáveis, a sucata eletrônica é passível de reciclagem
e, por isso, já ultrapassou aquelas em volume em circulação.
GABARITO: ERRADO
O texto apenas utiliza a informação sobre o descarte de fraldas descartáveis para comparar com a quantidade de
lixo eletrônico que a humanidade vem descartando ultimamente.
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue os itens seguintes.
4 - Sem prejuízo para os sentidos e para a correção gramatical do texto, a forma verbal “alcançam” (L.6) poderia
ser substituída por chegam à.
GABARITO: ERRADO
Apesar de possível substituir “alcançar” por “chegar a”, o uso da crase antes do numeral indefinido no masculino
(“um metro”) traria prejuízo para a correção gramatical do texto.
5 - A supressão da vírgula empregada logo após o vocábulo “estreito” (L.9) alteraria os sentidos originais do texto,
mas manteria sua correção gramatical.
GABARITO: ERRADO
“Por trás delas, um corredor estreito, formado por antigos decodificadores de televisão a cabo, se esconde sob
uma poeira fina que sobe do chão”.
Com o uso da vírgula, temos uma oração subordinada adjetiva explicativa, devendo ser colocada entre vírgulas.
Sem a vírgula, teríamos uma oração subordinada adjetiva restritiva, não podendo, nesse caso, ser seguida de
vírgula, pois separaria o sujeito do predicado.
6 - O trecho “Desparafusa (...) sua cabeça” (L. 14 a 21) detalha a “linha de produção repetitiva” (L.13) mantida por
Adílson no trabalho com o e-lixo.
GABARITO: CERTO
No trecho em questão, temos uma série de verbos que detalham a “linha de produção” realizada por Adílson.
“Desparafusa as partes mais volumosas de uma CPU carcomida, crava sua ferramenta em fendas
predeterminadas e, com os dedos da outra mão, faz vergar parte do alumínio do aparelho. Com um solavanco,
arranca do corpo da máquina uma chapa fina e esverdeada conhecida como placa-mãe. Com zelo, deposita-a
perto dos pés. O resto faz voar por cima de sua cabeça: com um ruído estridente, tudo se espatifa metros atrás”
(L. 14 a 21).
7 - Sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do texto, o trecho “O resto faz voar por cima de sua cabeça”
(L. 20 e 21) poderia ser reescrito da seguinte maneira: As outras partes arremessa por cima da própria cabeça.
GABARITO: CERTO
ORIGINAL: “O resto faz voar por cima de sua cabeça”.
REESCRITA: “As outras partes arremessa por cima da própria cabeça”.
Nas duas formas, o sujeito está oculto e se refere a Adílson. “Faz voar” e “arremessa” são, nesse contexto,
expressões sinônimas. Ao usar “sua cabeça”, o pronome possessivo tem Adílson como referente, assim como
“própria cabeça” remete à cabeça de Adílson.
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8 - O elemento “que”, em “que recebem o nome de e-lixo” (L. 25 e 26), retoma o termo “sobras de computadores”
(L.25).
GABARITO: CERTO
“ [...] separando e revendendo sobras de computadores, que recebem o nome de e-lixo”.
O “que”, nesse período, age como pronome relativo (pode ser substituído por “os quais”), tendo “sobra de
computadores” como referente.
GABARITO: CERTO
“A falta de dados e a consequente ausência de projetos voltados para o bom aproveitamento dos detritos
eletrônicos atestam que o e-lixo brasileiro ainda se move pela sombra” (R. 31 a 34).
O termo “consequente” introduz uma informação acerca da falta de informações sobre os dados de e-lixo no
Brasil, ou seja, não há informações quantitativas (dados, números) sobre quantas pessoas e quanto dinheiro estão
envolvidos nesse mercado.
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Agora Eu Passo PORTUGUÊS
10 - Ao afirmar que são inúteis as atividades apresentadas no trecho “ir ao cinema (...) vendo séries” (L. 3 a 6), o
autor do texto sugere que elas não devem ser realizadas de segunda a sexta-feira.
GABARITO: ERRADO
Em nenhum trecho do texto, o autor afirma que a atividade de ir ao cinema não deveria ser feita em dias úteis,
ele apenas ironiza a ideia de que aquilo que não é realizado nos chamados dias “úteis”, deveria ser considerado
inútil.
11 - O texto apresenta o trecho “pessoas que cultivam laços familiares e sociais são mais estáveis, seguras e
resilientes no trabalho” (L. 14 e 15) como possível argumento para a defesa da utilidade do piquenique com os
filhos e da cerveja com os amigos.
GABARITO: CERTO
O autor defende a necessidade de momentos de lazer (piquenique com os filhos, cerveja com os amigos) ao usar
o argumento de que isso gera pessoas mais “estáveis, seguras e resilientes no trabalho”.
12 - O autor afirma explicitamente no texto ser contrário à lógica segundo a qual experiências culturais e relações
afetivas somente são úteis quando resultam em contrapartida laboral.
GABARITO: CERTO
O autor explicita esse seu ponto de vista no seguinte trecho:
“Mas a lógica que avalia as experiências culturais e as relações afetivas por seus incrementos à carreira, que
justifica a própria felicidade por sua contrapartida laboral, é a lógica dos que batizaram os “dias úteis”. Prefiro
tentar encontrar o que há de útil no supostamente inútil a enxergar o que há de inútil no útil” (R. 15 a 21).
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue os itens que se seguem.
13 - O segmento “Se aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias são úteis” (L. 1 e 2) expressa uma hipótese
real, ou seja, expressa um fato existente.
GABARITO: CERTO
O uso da conjunção condicional “se” expressa que o que vai ser apresentado é uma hipótese. As hipóteses nem
sempre precisam ser baseadas em situações irreais, mas podem ser construídas a partir de uma hipótese real,
quando a condição é um fato existente. Nesse caso, o fato existente é que de segunda a sexta-feira são
considerados dias úteis.
14 - O nível de formalidade do texto seria alterado caso a expressão “faz de você” (L.10) fosse substituída por lhe
tornam, mas os sentidos originais e a correção gramatical do texto seriam mantidos.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: “Claro que se podem defender filmes, séries, peças e livros afirmando-se que o enriquecimento cultural
faz de você um melhor profissional”.
REESCRITA: “Claro que se podem defender filmes, séries, peças e livros afirmando-se que o enriquecimento cultural
lhe tornam um melhor profissional”.
O verbo “tornar” é VTD, portanto o pronome adequado seria “o” e não “lhe” (age como objeto indireto). Além
disso, a forma verbal “tornam” não faz a concordância adequada com o sujeito “enriquecimento cultural”, que
está no singular.
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15 - O autor empregou a expressão “absolutamente inúteis” (L.23) em referência ao conceito de dias úteis,
visando criticá-lo.
GABARITO: ERRADO
A expressão “absolutamente inúteis” se refere a “o senhor ou senhora” da oração anterior. Isso pode ser
confirmado pelo período seguinte, em que o autor se inclui nessa qualificação:
“Embora o senhor ou a senhora certamente discordem, são absolutamente inúteis. Não se ofendam, eu também
sou”.
16 - Os sentidos e a correção gramatical do texto seriam preservados caso a expressão “cada um de nós” (L.36)
fosse substituída por todos nós.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: E cada um de nós tem seu aramezinho de fechar pão e se dedica de segunda a sexta a essa missão tão
crucial e inútil para o futuro do cosmos.
REESCRITA: E todos nós tem seu aramezinho de fechar pão e se dedica de segunda a sexta a essa missão tão
crucial e inútil para o futuro do cosmos.
A mudança traria prejuízo gramatical ao texto, pois deveria ser feita a concordância na primeira pessoa do plural:
temos, nosso, nos dedicamos.
17 - Com a afirmação de que “cada um de nós tem seu aramezinho de fechar pão” (L.36), o texto sugere que tanto
o autor quanto os leitores têm atividades profissionais que, quando avaliadas objetivamente e com cuidado,
mostram-se totalmente desnecessárias ao mundo.
GABARITO: ERRADO
O texto sugere é que todos têm atividades que são úteis e outras que são inúteis, mas que essa inutilidade não
deve ser vista como algo negativo.
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 124
Agora Eu Passo PORTUGUÊS
18 - Na linha 16, o autor emprega o termo “suscetibilidade” para questionar a desigualdade de gênero enfrentada
pelas mulheres como motivo que justificasse a reação da senhora na ópera.
GABARITO:ERRADO
O autor reconhece que há desigualdade de gêneros, não sendo algo questionado por ele. O que o termo
“suscetibilidade” denota é apenas a forma precipitada da reação da senhora, pois não chegou a esperar até o fim
da peça para compreender que se tratava de uma crítica ao machismo.
19 - Ao propor, na linha 23, que a indignação “Arrebata a alma” e “enfurece as vísceras”, o autor do texto afirma
que esse sentimento provoca as mesmas alterações fisiológicas que certas drogas.
GABARITO: ERRADO
O erro dessa questão está em associar os efeitos da embriaguez pelo consumo de drogas a efeitos “fisiológicos”
(físicos), quando o autor, na realidade, associa a efeitos psíquicos.
20 - De acordo com o texto, quando estamos indignados e sozinhos, elaboramos mentalmente grandes
argumentações contra aquilo que definimos como alvo da nossa revolta.
GABARITO: CERTO
O autor transparece isso no seguinte trecho:
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Agora Eu Passo PORTUGUÊS
“Quando estamos sozinhos, a indignação nos embriaga como se fosse uma droga. (...) A solidão indignada faz
grandes discursos interiores contra aquilo que erigimos como inimigo. Serve para dar boa consciência. É um prazer
solitário. Exaltados, arquitetamos vinganças e reparações. Depois, o balão murcha, sobrando apenas nossa
miserável impotência” (L. 21 a 30)
21 - Infere-se do texto que a indignação manifestada solitariamente é menos nociva que a manifestada
publicamente.
GABARITO: ERRADO
O autor não expressa uma relação de comparação entre a indignação solitária e a manifestada publicamente,
portanto não há como afirmar que uma é menos nociva do que a outra.
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB1A1-III, julgue os itens subsecutivos.
22 - Em “dirigiu-se” (L.7), a colocação do pronome “se” antes da forma verbal — se dirigiu — prejudicaria a
correção gramatical do texto.
GABARITO: ERRADO
No referido trecho, é possível o uso tanto da próclise quando da ênclise.
23 - O deslocamento do termo “furiosa” (L.8) para imediatamente após a forma verbal “levantou-se” (L.9)
manteria a coerência do texto.
GABARITO: CERTO
ORIGINAL: Logo atrás de mim, uma senhora furiosa levantou-se.
REESCRITA: Logo atrás de mim, uma senhora levantou-se furiosa.
Originalmente, o termo “furiosa” pode ser classificado tanto como predicativo quanto adjunto adnominal. O seu
deslocamento para após “levantou-se” faria com que ele fosse classificado como predicativo. Essa mudança não
prejudicaria a coerência (logicidade) do texto, uma vez que não atrapalha o seu entendimento.
24 - No período em que aparece, o termo “nuclear” (L.11) tem o mesmo sentido de central.
GABARITO: CERTO
No referido trecho, o termo “nuclear” tem o mesmo sentido de “fundamental”, “central”, “principal”.
25 - A oração “não viu a condenação do conde brutal” (L.15) exprime o motivo, a causa por que a senhora furiosa
revoltou-se antes do tempo.
GABARITO: ERRADO
A presença da conjunção aditiva “e” antes da oração “não viu a condenação do conde brutal” expressa ideia de
adição, de uma ação que aconteceu logo após outra no decurso do tempo.
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Agora Eu Passo PORTUGUÊS
PROVA 24
1 - Depreende-se do texto que o debate acerca da justiça organiza-se em torno de parâmetros básicos, mas que
não há consenso quanto ao conceito de justiça e às formas concretas para alcançá-la entre filósofos e cientistas
políticos do século XX.
GABARITO:CERTO
Conforme podemos confirmar com base nos seguintes trechos:
"O debate se enquadra em torno de três principais ideias: bem-estar; liberdade e desenvolvimento; e promoção
de formas democráticas de participação." [L. 8 a 10]
"Em síntese, os autores argumentam a favor de instrumentos variados para a solução da injustiça, os quais
dependem da interpretação de cada um deles acerca do conceito de justiça" [L. 29 a 31]
2 - Para o autor do texto, uma correta definição do termo justiça e a compreensão de sua manifestação social são
imprescindíveis para que se possam traçar soluções adequadas a cada tipo de sociedade.
GABARITO:ERRADO
O autor defende uma pluralidade de conceitos de justiça, conforme ele expressa na conclusão:
“Em síntese, os autores argumentam a favor de instrumentos variados para a solução da injustiça, os quais
dependem da interpretação de cada um deles acerca do conceito de justiça.”
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3 - Os autores mencionados no segundo parágrafo apresentam ideias contrárias acerca da noção de injustiça:
Amartya Sen a relaciona à liberdade na sociedade; Rawls entende injustiça como uma questão de contratos civis;
e Habermas, como uma manifestação linguística e de ação coletiva.
GABARITO:ERRADO
As ideias dos referidos autores são diferentes, mas não são contrárias, pois, “embora a
perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si, eles estão preocupados em desenvolver formas
de promoção de situações de justiça social” (L. 13 a 16).
4 - O verbo enquadrar, no trecho “O debate se enquadra em torno de três principais ideias” (L.8), foi empregado
com o sentido de circunscrever.
GABARITO:CERTO
“Circunscrever” e “enquadrar” possuem, como expressões sinônimas, a palavra “delimitar”, sentido o qual foi
utilizado no trecho acima.
GABARITO:CERTO
“[...]situações de justiça social e têm hipóteses concretas para se chegar a esse estado de coisas [...]”
O termo “a esse estado de coisas” retoma “situações de justiça social”, relação coesiva que fica expressa pelo
contexto.
6 - Embora haja semelhança de sentido entre os verbos divergir e diferir, a substituição da forma verbal “divirja”
(L.14) por difere prejudicaria a correção gramatical do texto.
GABARITO:CERTO
ORIGINAL: “Embora a perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si”
REESCRITA: “Embora a perspectiva analítica de cada um desses autores difere entre si”
O erro da questão reside no fato de o verbo “diferir” estar conjugado no presente do indicativo, quando deveria
estar no presente do subjuntivo: difira.
7 - O sujeito da forma verbal “têm” (L.16) está elíptico e retoma “cada um desses autores” (L.14).
GABARITO:ERRADO
“Embora a perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si eles estão preocupados em desenvolver
formas de promoção de situações de justiça social e têm hipóteses concretas para se chegar a esse estado de
coisas”
O uso da expressão “têm”, com acento circunflexo, ocorre para diferenciar a conjugação do verbo “ter” no
presente do indicativo da 3ª pessoa do singular (tem) daquela da 3ª pessoa do plural (têm).
No trecho em questão, não caberia a concordância na 3ª pessoa do plural, por o sujeito “cada um deles” possuir
uma expressão que obriga a conjugação no singular.
Além desse erro de concordância, a questão também está errada porque a expressão “têm” referir-se a “eles”,
não a “cada um dos autores”.
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8 - Nos trechos “se debruçaram” (L.11) e “se chegar” (L.17), a partícula “se” recebe classificações distintas.
GABARITO:CERTO
“Autores importantes do campo da ciência política e da filosofia política e moral se debruçaram”
“eles estão preocupados em desenvolver formas de promoção de situações de justiça social e têm hipóteses
concretas para se chegar a esse estado de coisas”
O primeiro se é partícula integrante do verbo “debruçar”, enquanto que o segundo se é um índice de
indeterminação do sujeito.
9 - A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados se o seu último período fosse reescrito da
seguinte maneira: Em síntese, os autores argumentam a favor de instrumentos variados para a solução da
injustiça e dependem da interpretação de cada um desses instrumentos relativos ao conceito de justiça.
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: Em síntese, os autores argumentam a favor de instrumentos variados para a solução da injustiça, os
quais dependem da interpretação de cada um deles acerca do conceito de justiça
REESCRITA: Em síntese, os autores argumentam a favor de instrumentos variados para a solução da injustiça e
dependem da interpretação de cada um desses instrumentos relativos ao conceito de justiça
A supressão do pronome relativo “os quais” pela conjunção aditiva “e” muda o referente da forma verbal
“dependem”. No original, seu referente era “instrumentos variados para a solução da injustiça”. Na reescrita, ele
passa a ser “os autores”.
10 - A correção gramatical do texto seria mantida caso se empregasse o acento indicativo de crase no vocábulo
“a” em “a esse estado de coisas” (L.17).
GABARITO:ERRADO
Não é permitido o uso de crase antes de pronomes.
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PROVA 25
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, julgue os próximos itens.
1 - No primeiro parágrafo, os parênteses foram empregados para isolar palavras cuja função é explicar o sentido
do elemento que imediatamente lhes antecede.
GABARITO:ERRADO
“No pensamento filosófico da Antiguidade, a dignidade (dignitas)”
O uso dos parênteses não foi utilizado para explicar o termo “dignidade”, mas para apresentar a sua tradução
para o latim.
2 - Seria mantida a coerência do texto se o trecho “a partir das” (L.8) fosse substituído ou por com base nas ou
por desde as, embora essas duas expressões tenham sentidos distintos.
GABARITO:CERTO
ORIGINAL: “Frise-se que foi a partir das formulações de Cícero que a compreensão”
REESCRITA 1: “Frise-se que foi por base nas formulações de Cícero que a compreensão”
REESCRITA 2: “Frise-se que foi desde as formulações de Cícero que a compreensão”
Apesar de haver mudança de sentido, a questão pergunta se seria mantida a coerência com a mudança, ou seja,
se a logicidade do texto seria mantida, o que de fato ocorre nas duas possibilidades de reescrita.
3 - Seria mantido o sentido do texto caso o trecho “que proíbem que uns prejudiquem aos outros” (L. 12 e 13)
fosse reescrito da seguinte forma: o que impossibilita que uns e outros se prejudiquem.
GABARITO: ERRADO
ORIGINAL: todos estão sujeitos às mesmas leis da natureza, que proíbem que uns prejudiquem aos outros.
REESCRITA: todos estão sujeitos às mesmas leis da natureza, o que impossibilita que uns e outros se prejudiquem.
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Há mudança de sentido, pois a mudança de “que” por “o que” muda os referentes. No original, “que” retomava
“leis da natureza”, enquanto que, na reescrita, “o que” retoma a oração anterior (todos estão sujeitos às mesmas
leis da natureza).
Além dessa mudança de referente, as expressões “proíbem” e “impossibilita” não são sinônimas.
4 - No terceiro parágrafo, com o emprego de “porém” (L.17), o autor expressa uma oposição entre a ideia de
“racionalização e secularização” (L.16) do conceito de dignidade humana e a manutenção da “igualdade de todos
os homens em dignidade e liberdade” (L. 17 e 18).
GABARITO: ERRADO
"a concepção da dignidade da pessoa humana passa por um procedimento de racionalização e secularização,
mantendo-se, porém, a noção básica da igualdade de todos os homens em dignidade e liberdade".
Acerca do texto CB1A1BBB e de seus aspectos linguísticos, julgue os itens que se seguem.
5 - O texto é essencialmente dissertativo-argumentativo e nele o autor expressa sua opinião a respeito do assunto
tratado.
GABARITO:CERTO
O autor apresenta uma série de fatos e defende seu ponto de vista sobre eles.
Observe os trechos abaixo:
“o indivíduo possui uma dignidade absoluta e irredutível que tem de ser defendida da sociedade ou do estado” (L.
5 a 7).
“Uma vez que todos esses pressupostos são claramente ocidentais e facilmente distinguíveis”
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6 - Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos do texto, o último período poderia ser reescrito da seguinte
forma: Considerando esses pressupostos como obviamente ligados a noção ocidental de dignidade humana, que
se diferencia das de outras culturas, a pergunta a ser feita é: porque a universalidade dos direitos humanos é uma
questão que tornou-se tão inflamadamente debatida?
GABARITO:ERRADO
Em início de perguntas, deve ser usado “por que” (separado e sem acento).
Além disso, há um erro de colocação pronominal, pois em “que tornou-se”, o “que” é partícula atrativa, obrigando
a próclise.
Com base no texto CB1A1CCC, escrito por uma juíza acerca de casos de violência doméstica, julgue os itens a
seguir.
7 - Infere-se do primeiro parágrafo que, para a autora, escrever foi uma espécie de processo terapêutico.
GABARITO:CERTO
Conforme podemos constatar no seguinte trecho:
“Não havia outra solução a não ser escrever. Era preciso colocar no papel e compartilhar a dor daquelas pessoas
que, mesmo ao fim do processo e com a sentença prolatada, não me deixavam esquecê-las." (L. 9 a 11).
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8 - No terceiro parágrafo, fica clara a importância da linguagem nas audiências judiciais, momento em que as
vítimas têm a oportunidade de desabafar, e os juízes, como a autora do texto, de lhes explicar o trâmite da ação.
GABARITO:ERRADO
O trecho refere-se às mulheres agredidas, não à juíza.
9 - O trecho “juízes, promotores e advogados” (L. 25 e 26) explica o sentido de “nós” (L.25).
GABARITO:CERTO
“Aquelas mulheres chegavam à Justiça buscando uma força externa como se somente nós, juízes, promotores e
advogados,”
O termo em destaque é aposto de “nós”.
10 - A alteração da forma verbal “deixavam” (L.11) para o singular — deixava — não comprometeria a correção
gramatical do período em que tal forma aparece, mas modificaria seu sentido original.
GABARITO:CERTO
ORIGINAL: “Era preciso colocar no papel e compartilhar a dor daquelas pessoas que, mesmo ao fim do processo
e com a sentença prolatada, não me deixavam esquecê-las.”
REESCRITA: “Era preciso colocar no papel e compartilhar a dor daquelas pessoas que, mesmo ao fim do processo
e com a sentença prolatada, não me deixava esquecê-las.”
No original, a forma verbal “deixavam” concorda com “daquelas pessoas”. Na reescrita, “deixava” concorda com
“a dor”. Mudando o referente, há mudança de sentido.
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PROVA 26
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1AAA, julgue os itens a seguir.
1 - A autora utiliza o termo “tudo” (R.5) para se referir a uma ampla quantidade de experiências, objetos e
produtos que constituem e(ou) comportam uma sequência articulada de eventos.
GABARITO:CERTO
“A narrativa é uma totalidade de acontecimentos encadeados, uma espécie de soma final, e está presente em
tudo: na sequência de entrada, prato principal e sobremesa de um jantar; em mitos, romances, contos, novelas,
peças, poemas; no Curriculum vitae; na história dos nossos corpos; nas notícias; em relatórios médicos; em
conversas, desenhos, sonhos, filmes, fábulas, fotografias. Está nas óperas, nos videoclipes, videogames e jogos de
tabuleiro”
“Sequência articulada de eventos” refere-se a narrativa. Dessa forma, a palavra “tudo” faz referência a essa
totalidade de eventos encadeados.
GABARITO:ERRADO
“A expressão disputa de narrativas, que teve um boom dos anos 80 do século XX para cá, não costuma dizer
respeito à acepção mais literária do termo, como narrativa de um romance. Fala antes sobre trazer a público
diferentes formas de narrar o mundo,”
A palavra “antes” nesse texto tem sentido de “na verdade”, “na realidade”, conferindo uma ideia de oposição com
aquilo que estava sendo apresentado até então. Não há, portanto, ideia de temporalidade.
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3 - Há cerca de três décadas, em contextos históricos, culturais e literários, o termo narrativa passou a ser
considerado um sinônimo de narração.
GABARITO:ERRADO
Conforme podemos constatar no primeiro período do texto: “Narração é diferente de narrativa, uma vez que
mantém algo da ideia de acompanhar os fatos à medida que eles acontecem” (L. 1 a 3).
4 - Sem prejuízo à correção gramatical e aos sentidos originais do texto, o termo “encadeados” (L.4) poderia ser
substituído pela oração que se encadeiam.
GABARITO:CERTO
ORIGINAL: A narrativa é uma totalidade de acontecimentos encadeados
REESCRITA: A narrativa é uma totalidade de acontecimentos que se encadeiam
No texto original, o termo “encadeados” é um particípio com função adjetiva. A reescrita, substituindo-o por uma
oração subordinada adjetiva (“que se encadeiam”), não gera erros ou mudança de sentido ao texto.
5 - Dadas a temática apresentada e a presença de referências temporais, como as expressões “nas últimas
décadas” (L.14) e “dos anos 80 do século XX para cá” (L.17), o texto classifica-se como narrativo.
GABARITO:ERRADO
Esse texto é dissertativo, pois tem objetivo de informar o leitor acerca da diferença entre narração e narrativa.
Para que fosse uma narrativa, precisaria ter os elementos que compõem esse tipo textual: personagem, narrador,
enredo, espaço, tempo.
6 - O texto pode ser considerado informal pela presença dos vocábulos “videoclipes”, “videogames” e da
expressão “jogos de tabuleiro” no primeiro parágrafo.
GABARITO:ERRADO
As palavras apresentadas no enunciado não são informais, pois seguem o padrão culto da língua e estão dentro
de um contexto formal de linguagem. A linguagem informal tem como característica a presença de gírias,
inadequações gramaticais, uso de expressões comuns da oralidade.
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Com relação aos sentidos e aos aspectos gramaticais do texto CB4A1BBB, julgue os itens que se seguem.
7 - Ao narrar a história do macaco Alemão e ao comentar a vida dos tigres-de-bengala nascidos em cativeiro, a
autora remete à perspectiva de visitar zoológicos que ela classifica como “sem inocência” (L.19).
GABARITO: CERTO
Ao falar do macaco Alemão e dos tigres-de-bengala, a autora faz referência a forma de visitar os zoológicos sem
inocência, tendo um tom crítico acerca do encarceramento dos animais.
8 - A forma verbal “passara” (L.5) denota um fato ocorrido antes de duas outras ações também já concluídas, as
quais são descritas nos dois períodos imediatamente anteriores ao período em que ela se insere.
GABARITO:ERRADO
“O largo horizonte do mundo estava à sua espera. As árvores do bosque estavam ao alcance de seus dedos. Ele
passara a vida tentando abrir aquele cadeado.”
O verbo no pretérito-mais-que-perfeito do indicativo (“passara”), apesar de marcar uma ação anterior a outra
também no passado, não é o caso do trecho em questão, pois os verbos anteriores não indicam uma ação
concluída, já que estão no pretérito imperfeito do indicativo.
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9 - Sem prejudicar a correção gramatical tampouco alterar o sentido do trecho, a expressão “serve para” (R.10)
poderia ser substituída por convém à.
GABARITO:ERRADO
ORIGINAL: Um zoológico serve para muitas coisas, algumas delas edificantes.
REESCRITA: Um zoológico convém à muitas coisas, algumas delas edificantes.
Há erro gramatical na reescrita por usar a crase diante de pronome indefinido (“muitas”) e pelo fato do “a” estar
no singular diante de uma palavra no feminino plural.
10 - A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso o período “Ele pode então (...)
sua vida” (L. 14 e 15) fosse assim reescrito: Para o apartamento financiado em quinze anos, pode ele voltar então,
contente com sua vida.
GABARITO:CERTO
ORIGINAL: Ele pode então voltar para o apartamento financiado em quinze anos satisfeito com sua vida.
REESCRITA: Para o apartamento financiado em quinze anos, pode ele voltar então, contente com sua vida.
Não há mudança de sentido, pois “satisfeito” e “contente”, nesse contexto, são palavras sinônimas. Quanto a
correção gramatical, não há erros, pois, mesmo o advérbio “então” não vindo isolado por dupla vírgula, já que
não se trata de uma conjunção conclusiva.
11 - Ao mencionar o “que poderia ter sido” (L.31), a autora refere-se a uma vida de liberdade, na natureza, na
qual, entre outras ações, os tigres-de-bengala poderiam caçar sua própria comida
GABARITO:CERTO
No parágrafo em que se encontra esse trecho destacado, a autor cita uma série de habilidade dos tigres-de-
bengala que são inutilizadas dentro do zoológico, pois possuem presas, mas não caçam, por exemplo. Caso eles
estivessem livres, poderiam caçar seu próprio alimento.
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PROVA 27
Julgue os itens a seguir, com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, no qual a autora
Matilde Campilho aborda a descoberta, em 1953, da estrutura da molécula do DNA, correalizada pelos cientistas
James Watson e Francis Crick.
1 - O texto classifica-se como poema em prosa, dada a predominância de um olhar lírico sobre o tema tratado e
da linguagem figurada.