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Índice

1. Introdução..................................................................................................................2

1.1. Objectivos...........................................................................................................3

1.1.1. Objectivo Geral...........................................................................................3

1.1.2. Objectivos específicos.................................................................................3

1.2. Metodologia do trabalho.....................................................................................3

2. Bacteriófagos.................................................................................................................3

2.1. Caracteristicas gerais dos fagos..............................................................................4

2.2 Classificação dos Bacteriófagos..............................................................................5

2.2.1. Ciclo lítico........................................................................................................6

2.2.2. Ciclo lisogênico................................................................................................7

2.3. Morfologia e composição química dos bacteriófagos............................................7

2.4. A importância dos Bacteriófagos............................................................................8

3. Conclusão....................................................................................................................10

4. Referencias Bibliográficas...........................................................................................11
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1. Introdução
O presente trabalho tem como tema Bacteriófagos. Para este tema os Bacteriófagos, ou
fagos, são vírus que infectam bactérias, reproduzindo-se em seu interior. Vírus são
patógenos, isto é, partículas infecciosas, constituídos basicamente de um ácido nucleico
circundado por uma cápsula proteica, denominada de capsídeo. Em alguns casos, podem
apresentar também um envelope membranoso.

Os bacteriófagos são um dos tipos de vírus mais estudados, e seu capsídeo é constituído
por: uma cabeça icosaédrica e uma cauda proteica com fibras que o ligam à bactéria.

1.1. Objectivos
Em função do trabalho definiu-se os seguintes objectivos:

1.1.1. Objectivo Geral


 Analisar Bacteriofagos: Conceito, características, classificação e importância.

1.1.2. Objectivos específicos


 Identificar os diferentes tipos de bacteriófagos;
 Caracterizar e classificar os diferentes tipos de bacteriófagos;
 Descrever a importância dos bacteriófagos;

1.2. Metodologia do trabalho


Para a materialização do presente trabalho usou-se o método qualitativo que se baseou
na análise das obras literárias e artigos da internet sobre Bacteriofagos: Conceito,
características, classificação e importância, neste sentido o presente trabalho de pesquisa
apresenta a seguinte estrutura temática. Introdução, desenvolvimento em que nos
debruçaremos com mais detalhes os aspectos ligados ao tema, conclusão e por fim a
bibliografia usada na elaboração do presente trabalho.
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2. Bacteriófagos
Bacteriófagos, também chamados de fagos, são vírus que apresentam a capacidade de
infectar bactérias, as quais são utilizadas para o processo de replicação viral. O termo
vem do grego e significa “comedor de bactérias”. Assim como todos os outros vírus, os
bacteriófagos não possuem células e são parasitas intracelulares obrigatórios, uma vez
que não possuem metabolismo próprio e precisam da célula hospedeira para reproduzir-
se.

Segundo (Moreira & Mendes, 1998), os bacteriófagos são encontrados em diferentes


locais na natureza e não são responsáveis por causar danos à saúde dos seres humanos.
Por parasitarem bactérias, os bacteriófagos atuam nesses locais controlando as
populações bacterianas.

2.1. Caracteristicas gerais dos fagos


Os bacteriófagos ou fagos, são vírus que infectam especificamente as bactérias.Tal
como todos os vírus, os fagos têm uma estrutura muito simples, consistindo meramente
numa molécula de ADN (ou ocasionalmente ARN), que transporta determinado número
de genes, nos quais se incluem vários para a replicação do fago, rodeado por um
invólucro protector ou um cápside composto por moléculas proteicas (Fig. 1) (Moreira
& Mendes, 1998).
Figura 1 – Representação esquemática dos dois principais tipos de fago. (a) – Cabeça e
cauda, ex. l . (b) - Filamentoso

Fonte: (Moreira & Mendes, 1998)


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Segundo (Moreira & Mendes 1998), o padrão geral de infecção/contaminação, que é o


mesmo para todos os tipos de fagos, é um processo de 3 etapas:
1. O fago liga-se ao exterior da bactéria e injecta o seu ADN cromossómico para o
interior desta.
2. A molécula de ADN do fago é replicada, normalmente por acção de enzimas
codificadas por os genes presentes no cromossoma do fago.
3. Outros genes do fago orientam a síntese dos componentes proteicos do cápside,
levando á montagem de novos fagos e posterior libertação da bactéria.

2.2 Classificação dos Bacteriófagos


Segundo (Moreira & Mendes 1998), os bacteriófagos podem ser classificados de acordo
com seu ciclo em dois grupos: líticos e lisogênicos. Os bacteriófagos líticos
multiplicam-se dentro da célula hospedeira e rompem-nas (lise) no momento da
liberação. Existem ainda os bacteriófagos lisogênicos, que se integram ao material
genético da célula hospedeira, passando a ser chamados de profago. O DNA do profago
é copiado, e o vírus passa a se reproduzir com a célula hospedeira.

Os nomes comuns dos bacteriofagos não seguem regras particulares. São simplesmente
designações ou códigos determinados pelos investigadores. Embora servem às
necessidades práticas dos laboratórios, este é um meio casual de nomear um grupo de
entidades infecciosas (Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).

Portanto, o Comité Internacional de Taxonomia dos vírus (CITV) tem um subcomitê de


vírus bacterianos trabalhando na classificação e nomenclatura de bacteriófagos. As
famílias de vírus bacterianos (nomes terminados em –viridae) aprovados pelo CITV
(Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).

a) Sistema de classificação baseada nas diferenças dos processos de


transcrição
Em 1971, David Baltimore (laureado com o Prêmio Nobel por seu trabalho sobre vírus
tumorais) propôs uma classificação dos vírus com um conceito único baseada na
replicação e expressão do genoma viral. Todos os vírus foram colocados em uma das
seis classes de acordo a via particular envolvida na síntese de mRNA.
Um papel importante é designado mRNA, pois a síntese proteica ocorre pelo mesmo
mecanismo em todas as células. Embora este esquema agrupe vírus com etapas
replicativas semelhantes, também agrupa vírions muito diferentes na mesma classe (por
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exemplo, bacteriófago e vírus animais). Ele também não leva em conta outras
propriedades dos vírus, sendo mais aceite por biólogos moleculares que estudam os
vírus. Mas virologistas voltados ao estudo da biologia preferem uma classificação mais
geral, baseada no modelo de classificação de Linnaeus, utilizando nomenclatura para
famílias, géneros e espécies (Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).
b) Bacteriofago de Escherichia coli
Entre os bacteriófagos, o grupo mais bem estudado é o dos colifagos, um nome que se
refere aos fagos que infectam E. Coli. Um grupo de colifagos que infectam E. Coli é
designado T1 a T7 (T refere-se ao tipo). Todos os vírus deste grupo são compostos
quase exclusivamente de DNA e proteína em quantidade aproximadamente iguais.
Excepto T3 e T7, todos possuem forma de girino com cabeça poliédrica e caudas
longas; as caudas de T3 e T7 são muito curtas. O fago T atinge cerca de 65 a 200 nm de
comprimento a 50 a 80 nm de largura. A molécula espiralada de DNA de fita dupla (50
μm de comprimento, cerca de 1.000 vezes o comprimento do fago) está firmemente
acondicionado na cabeça proteica (Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).
Outros colifagos têm morfologia e composição química muito diferente dos fagos T.
Por exemplo, o fago f2 (“f” de filamento) é muito menor que os fagos T, tem uma
molécula de RNA linear de fita única em vez de DNA e não possui cauda.
Há também colifagos que possuem DNA de fita única. Morfologicamente, eles podem
ser tanto icosaédrico como filamentosos. Um fago icosaédrico com DNA de fita única é
o ɸX174 (Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).

2.2.1. Ciclo lítico


No ciclo lítico, o vírus invade a bactéria, onde as funções normais desta são
interrompidas na presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao mesmo
tempo em que é replicado, comanda a síntese das proteínas que comporão o capsídeo.
Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de ácido nucléico.

Segundo (Moreira & Mendes 1998), são produzidos, então novos vírus. Ocorre a lise,
ou seja, a célula infectada rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados. Sintomas
causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo
multicelular aparecem imediatamente. Nesse ciclo, os vírus utilizam o equipamento
bioquímico(Ribossomo)da célula para fabricar sua proteína (Capsídeo).

Figura 1: ciclo lítico e lisogênico


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2.2.2. Ciclo lisogênico

Segundo (Moreira & Mendes 1998), no ciclo lisogênico, o vírus invade a bactéria ou a
célula hospedeira, onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o
DNA viral torna-se parte do DNA da célula infectada. Uma vez infectada, a célula
continua suas operações normais, como reprodução e ciclo celular. Durante o processo
de divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o material genético do
vírus que foi incorporado, sofrem duplicação e em seguida são divididos
equitativamente entre as células-filhas.

Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o vírus sempre que passar
por mitose e todas as células estarão infectadas também. Sintomas causados por um
vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular podem
demorar a aparecer. Doenças causadas por vírus lisogênico tendem a ser incuráveis.
Alguns exemplos incluem a AIDS e herpes.

Para (Moreira & Mendes 1998), sob determinadas condições, naturais e artificiais (tais
como radiações ultravioleta, raios X ou certos agentes químicas), uma bactéria
lisogênica pode transformar-se em não-lisogênica e iniciar o ciclo lítico.

2.3. Morfologia e composição química dos bacteriófagos


Como todos os vírus os bacteriófagos tem o cerne de ácido nucleico envolvido por um
capsideo de natureza proteica, que protege o genoma de nucleases e outras substâncias
prejudicais. O genoma do fago geralmente consiste em uma única molécula de ácido
nucleico, que pode ser DNA de fita única ou dupla linear ou circular ou RNA linear de
fita única (Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).
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Existem três formas básicas de bacteriófago: cabeça icosaédrica sem cauda, cabeça
icosaédrica com cauda e filamentosa. Como indicado anteriormente as cabeças
icosaédricas de alguns fagos têm comprimento maior que a sua largura.
No fago filamentoso, o ácido nucleico tem uma forma helicoidal estendida ao longo do
comprimento da capa proteica. A cauda do fago pode ser muito curta ou quatro vezes
superior ao comprimento da cabeça e pode ser flexível ou rígida. Uma placa basal
complexa pode também estar presente na cauda; ela possui tipicamente de uma a seis
fibras da cauda (Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).

2.4. A importância dos Bacteriófagos


Segundo (Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996), a importância das bactérias é visível em
diversos meios. Elas auxiliam: digestão de ruminantes, tratamento de esgoto, produção
de antibióticos, fabricação de laticínios etc.

As bactérias não são somente organismos causadores de doenças. Elas contribuem, e


muito, para melhorar a qualidade ambiental e de vida de diversas espécies. No sistema
digestório de alguns organismos, como ruminantes e cupins, por exemplo, determinadas
bactérias auxiliam na quebra de algumas substâncias, como a celulose.

O que diz respeito a cadeias alimentares, muitos destes indivíduos, juntamente com
determinados tipos de fungos, são capazes de decompor a matéria orgânica oriunda de
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organismos mortos e seus resíduos, liberando para o ambiente diversos nutrientes de


composição mais simples, sendo estes aproveitados por outros seres vivos.

Podem, também, disponibilizar compostos nitrogenados para as plantas ao morrer,


liberando no solo nitrogênio na forma de amônia que, em seguida, pode formar íons
amônio e ser aproveitado por alguns vegetais; ou, em vida, no caso das do Gênero
Rhizobium, se unir simbioticamente a leguminosas, fornecendo nitrogênio às plantas
enquanto recebe açúcares e outros compostos orgânicos.

Estes organismos também são muito importantes em estações de tratamento de esgoto,


onde bactérias convertem a matéria orgânica em produtos que podem ser empregados,
posteriormente, como fertilizantes; e em aterros sanitários, situação na qual algumas
bactérias anaeróbicas são capazes de degradar a matéria orgânica e liberar gás metano,
este que pode ser aproveitado como combustível.

No que tange a biotecnologia, podem ser utilizadas:

 Em processos de biorremediação, como determinadas espécies do gênero


Pseudomonas, capazes de oxidar compostos nocivos em substâncias inofensivas
ao meio ambiente;
 Na fabricação de laticínios (Gêneros Lactobacillus e Streptococcus), vinagres
(Acetobacter) e até mesmo do ácido glutâmico (Corynebacterium);
 Na produção de antibióticos, como a neomicina (Streptomyces);
 Na produção da toxina botulínica (Clostridium botulinum);
 No processo de modificação genética de organismos.
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3. Conclusão
Chegado ao final do trabalho concluiu-se que grande parte dos bacteriófagos
apresenta DNA como material genético, mas existem tipos que apresentam RNA. Os
bacteriófagos com DNA apresentam geralmente os seguintes componentes: cabeça,
cauda e fibras da cauda. A cabeça é o local onde está o material genético, e a cauda e as
fibras da cauda estão relacionadas com a penetração do material genético na célula
hospedeira. Os bacteriófagos podem infectar diferentes bactérias, mas existem tipos
muito específicos que são capazes de infectar apenas um tipo determinado de bactéria.

Ao encontrar a célula hospedeira, o bacteriófago liga-se a ela. O vírus injeta seu


material genético no interior da bactéria e começa a utilizar suas estruturas a fim de
duplicá-lo e produzir novos capsídeos.
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4. Referencias Bibliográficas
1. Bossolan, N. R. (2002). Introdução Á Microbiologia. São Paulo: Universidade
de São Paulo.
2. Levinson, W. (2010). Microbiologia Médica e Imunologia. Porto Alegre:
Artmed.
3. Medeiros, R. B. (2000). Virologia Básica. CopyMarket.com.
4. Monteiro, C. L., Cogo, L. L., & Filho, F. C. (2009). Manual teórico - prático de
procedimentos básicos em microbiologia médica (3ª Edição ed.). Curitiba.
5. Moreira, C., & Mendes, D. (1998). Universidade de Évora. Obtido em 2 de
outubro de 2020, de Site da Universidade de Évora: http://www.dbio.uevora.pt
6. Pelczar Jr, M. J., Chan, E. C., & Krieg, N. R. (1996). Microbiologia: conceitos e
aplicações (2ª Edição ed., Vol. I). São Paulo: MAKRON Books.
7. Spicer, W. J. (2002). Bacteriologia, Micologia e Parasitologia Clínicas. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan.

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