Você está na página 1de 8

10/02/2020 Segurança contra choques – fundamentos eletrotécnicos e médico-biológicos | EM

Segurança contra choques –


fundamentos eletrotécnicos e médico-
biológicos
Nas edições de outubrodezembro de 2015, EM publicou uma série de artigos
abordando a segurança contra choques, respectivamente com corrente
alternada, corrente contínua e descargas atmosféricas. Os autores apresentam
aqui um resumo desse trabalho, com exemplos sobre as questões que
permanecem abertas. E incentivam a cooperação interdisciplinar para melhor
compreensão da matéria sob os seus diversos ângulos.

Jürgen Kupfer, professorUniversidadeemérito, Berlim, e Michael Rock, da Técnica de Ilmenau


(Alemanha)
Data: 23/06/2017
Edição: EM Maio 2017 - Ano - 45 No 518
Compartilhe:

A segurança contra acidentes


impõe limites às pessoas e animais
que devem ser admitidos no
projeto, execução e operação de
instalações de eletrotécnicas. Os
limiares estabelecidos pela
natureza ao longo da evolução
humana não podem ser
ultrapassados. Portanto, os
limiares elétricos dos tecidos
humanos constituem um
importante ponto de partida para
todas as ideias e medidas,
segundo as quais a segurança
elétrica possa ser garantida
(fisiologia versus tecnologia, ver
exemplos na tabela I).

Reconhecer e dominar os riscos


Com o objetivo de evitar ou reduzir riscos de morte em acidentes elétricos, medidas de segurança
adequadas são em geral compulsórias nas normas. Certamente as mais antigas são a isolação e a
distância a ser mantida de partes vivas. Contudo, as análises de risco devem também considerar o tipo
de defeito: falhas de isolação, inobservância das distâncias, bem como o contato com condutores sob
www.arandanet.com.br/revista/em/materia/2017/06/23/seguranca_contra_choques.html 1/8
10/02/2020 Segurança contra choques – fundamentos eletrotécnicos e médico-biológicos | EM

potenciais diferentes. A partir dessas constatações foram definidos, por exemplo, valores máximos
admissíveis para tensões de toque e de passo, complementadas por tempos predeterminados dentro
dos quais a falta deve ser desligada. Resistências de contato e impedâncias do circuito têm um papel
importante no dimensionamento desses valores. Para avaliação do risco pode-se recorrer a
parâmetros fisiológicos comprováveis, como a resistência interna do corpo, a impedância da pele e as
influências [5-7] que as aumentam ou diminuem, por exemplo, a umidade e a área de contato.
Um exemplo de acidente típico de
outros tempos serve para
esclarecer essas correlações [8]. O
plugue de um aquecedor de
imersão portátil, originalmente
provido de contato para o condutor
de proteção, foi indevidamente
substituído por um plugue bipolar
sem o terceiro pino. Conforme o
uso, a fase ocasionalmente estava
ligada à carcaça metálica do
aquecedor. Uma senhora, em pé
sobre um piso bom isolante,
testava rapidamente
(milissegundos) a temperatura da
água com o dedo indicador intacto
e anteriormente seco. O leve
formigamento percebido lhe
parecia algo divertido (caso 1). Até
que um dia, as condições de resistência se alteraram: ao completar a água, a panela metálica e a
torneira metálica foram empunhadas com ambas as mãos, provavelmente molhadas (caso 2). Em
consequência, ela não conseguiu mais largar esses objetos. Os vários segundos ou até minutos de
duração do fluxo de corrente pelo tórax levaram à morte dessa senhora.
Após medições de resistência (condições da rede) e um cálculo estimativo pela lei de Ohm, assumindo
uma resistência interna do corpo de 1300 W e sem considerar o fator de corrente cardíaca aproximado
de 0,4, os riscos nas duas situações descritas resultam, respectivamente, nas seguintes correntes de
choque e efeitos fisiológicos:

Caso 1

Fig. 1 – Corrente de largar para corrente alternada senoidal


em função da frequência. (Curvas para probabilidades de
0,5%, 50% e 99,5%)

www.arandanet.com.br/revista/em/materia/2017/06/23/seguranca_contra_choques.html 2/8
10/02/2020 Segurança contra choques – fundamentos eletrotécnicos e médico-biológicos | EM

Onde R1 é a resistência do corpo com a pele seca, e R2 a resistência do piso.


O resultado é uma sensação de formigamento com condições de largar.

Caso 2

Sendo R3 a resistência do corpo com a pele molhada.


O resultado é uma inclinação para frente, com tetanização dos músculos de ambas as mãos e braços
durante alguns minutos, sem condições de largar. Provável parada cardíaca fatal.
Este acidente põe em evidência duas constatações importantes:
Do limiar de percepção (CA 50/60 Hz » 1 mA), em geral não falta muito até alcançar o limite da
corrente de largar (CA 50/60 Hz » 16 mA).
Em caso de defeito em baixa tensão – independentemente do tipo – é especialmente bem-
sucedido o desligamento da corrente de choque em tempo £ 100 ms [2]. A introdução de
modernos dispositivos de proteção garante este requisito, obrigatório na Alemanha desde 2009
para circuitos terminais de tomadas manuseadas por leigos [9]. A norma VDE prescreve o uso
de dispositivos de proteção DR com corrente dife rencial-resi dual nominal de 30 mA, para
circuitos terminais com corrente no minal de até 20 A (em áreas externas, até 32 A) que
alimentem aparelhos de utilização portáteis.
[N. da R.: Quanto à obrigatoriedade de dispositivos DR, ver ABNT NBR 5410:2004, seção 5.1.3.2.2 e
capítulo 9 da mesma norma.]

Outras influências a considerar


Conforme cada caso, é preciso distinguir, para efeito de proteção, entre as diversas formas de tensão.
A frequência tem aqui um papel relevante. A evolução nos ensina: o corpo humano diferencia sua
resposta ao estímulo! (A respeito da dependência da frequência, ver figura 1 e referência [2]). A
eletroterapia fornece um exemplo ilustrativo: em aplicações domésticas, é conhecida a terapia TENS
(Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation) para tratamento de dores e estimulação muscular
[10,11]. A figura 2 mostra a aplicação de diversas formas de corrente alternada senoidal retificada
(correntes diadinâmicas), nas quais as frequências de 50 Hz e 100 Hz são moduladas, e às quais pode
ser adicionada uma corrente contínua subliminar de 1-2 mA. A terapia de alta frequência com
correntes acima de 300 kHz (que já não são eficazes como estímulo) é utilizada para produzir calor em
determinadas regiões do corpo, por exemplo, na diatermia.
Para os profissionais que atuam na
área de segurança elétrica isto
significa que, no que tange à tensão
de serviço, deve ser feita distinção
entre: ·
tensões senoidais com
conteúdo harmônico de efeito
fisiológico estimulante
desprezível; ·
excursões de tensão não
senoidais (periódicas), por
exemplo, controladas por
ângulo de fase;
corrente contínua, com ou sem
ondulações;
tensões impulsivas,
principalmente descargas de
capacitores e descargas
atmosféricas; aqui se
www.arandanet.com.br/revista/em/materia/2017/06/23/seguranca_contra_choques.html 3/8
10/02/2020 Segurança contra choques – fundamentos eletrotécnicos e médico-biológicos | EM

enquadram também, por


exemplo, cercas eletrificadas e Fig. 2 – Correntes diadinâmicas com diversos efeitos
pistolas de choque (Taser). estimulantes

Estes diversos graus de risco para


pessoas e animais foram derivados
de pesquisas específicas. À luz das
diferenças entre tensões alternadas e
contínuas, deve ser mais uma vez
esclarecido: Tensões contínuas puras
se distinguem de tensões contínuas
com ondulações nos seus efeitos
sobre o corpo (ver referência [3]).
Nervos e músculos e, portanto,
também o coração, reagem de modo
muito diversificado ao estímulo
externo em caso de acidente. Por
meio de ensaios (inofensivos) com
estudantes, Dalziel [12] determinou a
corrente de largar para corrente
contínua em função da ondulação,
com superposição de 60 Hz. Os
resultados estão representados na Fig. 3 – Corrente de largar para corrente contínua
figura 3 [13], e se baseiam nas retificada, com componente alternada superposta. As
indicações de Petrie [14] sobre a curvas significam linhas de idêntica periculosidade: 1 –
distribuição percentual do limiar de 50% para homens; 2 – 0,5% para homens; 3 – 0,5% para
percepção (figura 4). A partir disso,
mulheres; 4 – crianças (estimado)
em 1987, Kupfer colocou em
discussão um estudo preliminar

extrapolado sobre o suposto limiar da fibrilação com corrente contínua ondulada e tempos de choque >
500 μs, levando em conta o relatório técnico-médico da Associação de Mecânica Fina e Eletrotécnica
[15].

www.arandanet.com.br/revista/em/materia/2017/06/23/seguranca_contra_choques.html 4/8
10/02/2020 Segurança contra choques – fundamentos eletrotécnicos e médico-biológicos | EM

No contexto da obtenção dos valores limite adequados na prática, deve ser mencionado o papel dos
experimentos com animais. No início dos anos 1970, a pesquisa básica e a técnica de segurança
foram estimuladas por conclusões derivadas de ensaios com animais de grande porte. Cabe citar três
exemplos significativos sob o aspecto patofisiológico:
de Jacobson, em 1973, para correntes controladas por ângulo de fase e correntes retificadas
[6,17];
de Reinhold, em 1976, para correntes do tipo trem de pulsos [15]; e
de Kupfer, em 1981, com resultados apoiados em estatísticas sobre o limiar de fibrilação para
corrente alternada de 50 Hz (figuras 7 e 8 na referência [2]).
Os resultados dessas pesquisas com suínos — cuja realização não é mais permitida — são
adequados para derivar conclusões para seres humanos, porque a massa do corpo e do coração, e as
características fisiológicas, são bastante convergentes.

Incertezas na análise de riscos


Para o profissional de eletricidade pode ser às vezes difícil contemplar a diversidade das pessoas e
animais dentro de um conceito de segurança. O raciocínio deve levar em conta os diversos efeitos de
uma mesma corrente elétrica sobre o organismo como um todo, por exemplo, para crianças, adultos,
pessoas saudáveis ou doentes, etc. Com a proibição, por razões éticas, de pesquisas que impliquem
riscos para a saúde ou para a vida, tanto de humanos como de animais, os grêmios de normalização
procuram, por analogia, aplicar conceitos de segurança suficientemente testados e comprovados na
prática a outras formas de tensão.
Um exemplo de dedução de risco
para CA 50/60 Hz com base em
corrente contínua pura e descargas
de capacitores está ilustrado na
figura 5. Orientações desse tipo
são extremamente importantes e
em geral úteis na prática. Todavia,
é necessário alertar também para
as inseguranças a elas associadas,
como demonstra o exemplo
seguinte.
O grupo de trabalho de tensões de
passo e de toque, no âmbito da
comissão de proteção contra
descargas atmosféricas da VDE,
analisou publicações científicas a
respeito dos efeitos das correntes
impulsivas (por exemplo, de
Fig. 4 – Limiar da percepção: distribuição percentual com capacitores e raios) sobre o limiar
de fibrilação do coração [20]. Como
voluntários, com diversas formas de tensão. As curvas
indica a tabela II, experiências com
significam: 1 – CA 50/60 Hz; 2 – corrente contínua pura; 3 – animais e a interpretação dos
CC pulsante (retificador de meia onda); 4 – CC pulsante respectivos resultados, muitas
(retificador de onda completa) vezes sem confirmação estatística,
conduzem a valores limite de
tensão claramente diversos para o
conceito de proteção procurado.
Nesses casos, portanto, recomenda-se cautela com o “valor limite admissível”!

Questões não resolvidas


Consequentemente, permanecem aber tas questões sobre as correlações entre a natureza do efeito, o
mecanismo de atuação e o diagnóstico dos danos à saúde causados pela corrente elétrica, inclusive
dos raios. Diferenças significativas entre os acidentes elétricos e aqueles com raios foram tratadas na
referência [4]. Especificamente para o acidente elétrico, embora em parte aplicável também a ambos,
www.arandanet.com.br/revista/em/materia/2017/06/23/seguranca_contra_choques.html 5/8
10/02/2020 Segurança contra choques – fundamentos eletrotécnicos e médico-biológicos | EM

as inseguranças remanescentes são analisadas a seguir sob os aspectos técnicos. Numa rodada de
discussões em 2014, vieram à tona os problemas pendentes de solução do ponto de vista médico e
patofisiológico [21]. De um lado, foi ressaltada a necessidade de diferenciar os parâmetros elétricos de
risco de acidentes e, de outro, de uniformizá-los para uma avaliação equânime:
Tradicionalmente, as grandezas de referência de um acidente elétrico são a tensão interceptada
e a intensidade de corrente. Destes parâmetros, considerando-se o percurso da corrente e a
impedância da pele, podem ser extraídas a densidade de corrente e, mais recentemente, a
intensidade do campo elétrico no órgão-alvo. Deve ser também considerada a duração do
choque (tempo de fluxo da corrente pelo corpo), espe cialmente para corrente alternada de
50/60 Hz, de uso predominante.
Fenômenos impulsivos (principalmente raios e descargas de capacitores) devem ser
caracterizados complementarmente por outros parâmetros, com vistas aos seus efeitos
patofisiológicos. Recomenda-se neste caso a energia específica, a carga e a densidade de
carga. Essas grandezas devem permanecer mutuamente equivalentes, desde que a forma da
corrente o permita.
Novas formas de corrente requerem tratamento específico, levando em conta seu tempo de
atuação. Com base nas normas vigentes e na experiência prática, é necessária, na opinião dos
autores, uma discussão científica. Ensaios e experiências de outros campos de aplicação, como
eletroimobilização de animais, pesca elétrica, cercas eletrificadas e pistolas taser podem
contribuir.
Cabe advertir que não se deve
simplesmente transpor modelos de
computação e circuitos
equivalentes de baixa frequência
(por exemplo, CA 50/60 Hz) para
outras formas de tensão,
principalmente as impulsivas. Em
vez disso, recomenda-se a
utilização de modelos derivados da
fisiologia sensorial, para avançar
na avaliação e interpretação dos
efeitos da energia elétrica sobre o
organismo.
Uma temática especial refere-se
aos dados probabilísticos. Eles
devem ser contemplados nas
normas, por exemplo, na
impedância do corpo, como valor
percentual. Contudo, existem
também divergências Fig. 5 – Parâmetros de risco derivados de pesquisas com
fundamentadas. Por isso, em caso animais, para corrente contínua pura e descarga de
de acidente com raio foi capacitores, considerando experiências práticas: * Valor
recomendado, até segunda ordem, Conversão máximo para CA x CA: √2 valor eficaz de CA =
adotar o worst-case [21]. Na * Conversão para CC pura: amplitude de CC = Valor eficaz
sequência, dois exemplos nos
quais foram discutidos fatores de CA valor * Conversão de pico para = valor descarga
adicionais de segurança sob o eficaz de de CA capacitor: x √6, ou amplitude de CC x √6;
ponto de vista fisiológico e duração 3 x a constante de tempo (de cauda)
ergonômico, depois recusados
devido às incertezas existentes:
A probabilidade de que a corrente de impulso do raio atinja o ciclo cardíaco na fase vulnerável
reduziria seu efeito pelo fator 0,2–0,3. Entretanto, descargas atmosféricas consistem de
aproximadamente 45% de fenômenos múltiplos com uma primeira descarga, descargas
subsequentes e/ou componentes de longa duração. A metade dos raios negativos nuvem-terra,
que representam o tipo mais frequente, com cerca de 90% das incidências, é de descargas
múltiplas. Com isso há uma probabilidade de que o tempo total do fluxo total de corrente supere
mpo tota 400 μs.
O comprimento de um passo na média ergonômica é de cerca de 70 cm, e não de 1 m, como
consta de diversas normas, de onde resulta um fator de redução de 0,7. Para ficar do lado
seguro (para pessoas com o passo mais longo), bem como para evitar a alteração de normas
correlatas, esta medida foi mantida em 1 m.

www.arandanet.com.br/revista/em/materia/2017/06/23/seguranca_contra_choques.html 6/8
10/02/2020 Segurança contra choques – fundamentos eletrotécnicos e médico-biológicos | EM

Conclusão
Na referida rodada de discussões foi ainda enfatizada a necessidade de dedicar maior atenção à
investigação de acidentes, inclusive retroativamente. Um formulário para coleta de dados de acidentes
com raios encontrase disponível [22].
Finalmente, foi incentivado o fortalecimento de uma estreita cooperação entre as disciplinas
envolvidas, a fim de reduzir o déficit mútuo de compreensão dos fundamentos técnicos e médico-
biológicos, no contexto de ocorrências de danos à saúde humana.

Referências
1. Kupfer, J.; Rückerl, Ch.: Elektrosicherheit – wichtige Grundlagen, Teil 1: Wirkungen des elektrischen Stroms,
Elektropraktiker, Berlin 68 (2014) 4, S. 278 – 280.
2. Kupfer, J.; Rückerl, C. – Riscos de choque elétrico – Parte 1: Corrente alternada, Eletricidade Moderna, 10/2015,
p. 36-41.
3. Rückerl, C., Kupfer, J. – Riscos de choque elétrico – Parte 2: Corrente contínua, Eletricidade Moderna, 11/2015,
p. 36-41.
4. Kupfer, J.; Rock, M. – Riscos de choque elétrico – Parte 3: Corrente alternada, Eletricidade Moderna, 12/2015, p.
46-53.
5. DIN IEC/TS 60479-1 (VDE V 0140-479-1): 2007-05: Wirkungen des elektrischen Stromes auf Menschen und
Nutztiere – Teil 1: Allgemeine Aspekte.
6. DIN V VDE V 0140-479-3 (IEC 60479-3):2001-04: Wirkungen des elektrischen Stromes auf Menschen und
Nutztiere – Teil 3: Wirkungen von Strömen durch den Körper von Nutztieren.
7. EC/TR 60479-4:2011-04: Effects of current on human beings and livestock – Part 4: Effects of lightning strokes,
Technical Report, Edition 2.0.
8. Kupfer, J.; Funke, K.; Erkens, R.: Elektrischer Strom als Unfallursache – Verhütung, Wirkungen,
Sofortmaßnahmen, Behandlung, Begutachtung, Verlag Tribüne, Berlin, 1987.
9. DIN VDE 0100-410 (VDE 0100-410):2007-06 Errichten von Niederspannungsanlagen, Teil 4-41:
Schutzmaßnahmen – Schutz gegen elektrischen Schlag; Abschnitt 411.3.3: Zusätzlicher Schutz für
Endstromkreise für den Außenbereich und Steckdosen.
10. Kramme, R. (Hrsg.): Medizintechnik, Verfahren – Systeme – Informationsverarbeitung. 4. Auflage. Springer,
Berlin, Heidelberg, 2011.
11. Wenk, W.: Elektrotherapie, 2. Auflage, Springer, Berlin, Heidelberg, 2011.
12. Dalziel, C.F.: Effects of Electric Shock on Man, IRE Transactions on Medical Electronics, Vol. PGME-5, July 1956,
pp. 44 – 62.
13. Frucht, A.-H.; Dalziel, C.F.: Elektrischer Strom als Unfallursache, Handbuch der gesamten Arbeitsmedizin, IV.
Band, 1. Teil, München, Wien, Verlag Urban & Schwarzenberg, Berlin, 1963.
14. Petrie, L.O.: Empfindungsund Festhalteschwelle für Gleich-, Wechselund pulsierende Ströme. Elektrie, Nr. 9,
Berlin, 1984, S. 459 – 460.
15. Reinhold, K.; Buntenkötter, S.; Schaefer, S.; Kieback, D.: Die Gefährdung durch schwingungspaketartig
gesteuerte elektrische Ströme: Gefährdungsgrenzen am Tier: Schlussfolgerungen für die Unfallverhütung.
Medizinisch-Technischer Bericht 1976. Hrsg.: Inst. zur Erforschung elektrischer Unfälle bei der
Berufsgenossenschaft der Feinmechanik und Elektrotechnik. Köln, 1976.
16. Reinhard, H.-J.; Mickwitz, G.: Untersuchungen an Mensch und Tier zur Verminderung der Unfallgefahr durch
Verwendung von nichtsinusförmigem Wechselstrom. Teil I und II. Elektro-Med., med. Elektronik, Berlin, 14 (1969)
2, S. 71– 80 und 14 (1969) 3, S. 109 – 111.
17. Jacobsen, J.: Die Gefährdung durch phasenangeschnittene und gleichgerichtete elektrische Ströme. Hannover,
Technische Universität, Diss. A, 1973.
18. Kupfer, J.: Experimentelle Untersuchungen zur Wirkung kurzer (20 ms bis 1500 ms) 50-Hz-Wechselströme auf
Großtiere (Schweine) mit dem Ziel der Ableitung von Grenzwerten für Körperströme für Mensch und Nutztier,
Habilitationsschrift, Technische Universität Dresden, 1981.
19. Kupfer, J.; Bastek, R.; Eggert, S.: Grenzwerte zur Vermeidung von Unfällen durch elektrischen Strom mit
tödlichem Ausgang, Zeitschrift für die gesamte Hygiene und ihre Grenzgebiete, 27. Jahrgang, Heft 1, Berlin, 1981,
S. 9 – 12.
20. Rock, M.; Zischank, W.; Kupfer, J.: Grenzwerte für Schrittund Berührungsspannungen an Blitzschutz-
Ableitungseinrichtungen und -Erdungsanlagen, 11. VDE/ABB-Blitzschutztagung, Neu-Ulm, 22. – 23. Oktober
2015.
21. Kupfer, J.; Rock, M.; Raphael, Th.: VDE, Ausschuss für Blitzschutz und Blitzforschung (ABB): Blitzeinwirkungen
auf Menschen und Tiere, Ergebnisse des Arbeitskreises Blitzunfälle sowie der Diskussionsveranstaltung „
Blitzentladung auf Mensch und Tier“ am 27.11.2014; frei verfügbare Informationen:
www.vde.com/de/ausschuesse/blitzschutz/blitzunfaelle/seiten/default.aspx.
22. Kupfer, J.; Rock, M.; Heuhsen, W.: Datenerhebung nach Blitzereignissen mit Personenbeteiligung, 11.
VDE/ABBBlitzschutztagung, Neu-Ulm, 22–23 Oktober 2015; Fragebogen Blitzunfall:
www.vde.com/de/ausschuesse/ blitzschutz/blitzunfaelle/seiten/fragebogen.aspx.
23. Kupfer, J.; Müller, R.; Bödeker, K.: Arbeitsschutzgerechtes Verhalten an elektrotechnischen Anlagen in der DDR.
In: 7. Internationales Kolloquium über die Verhütung von Arbeitsunfällen und Berufskrankheiten durch Elektrizität.
Köln, 4–6 Oktober 1983. Schlussbericht. Köln, 1983, S. 283 – 300.
24. Verband der Elektrotechnik Elektronik Informationstechnik e.V. (VDE), Ausschuss für Blitzschutz und
Blitzforschung (ABB): ABBMerkblätter: http://www.blitzschutz-blitzforschung.de.

www.arandanet.com.br/revista/em/materia/2017/06/23/seguranca_contra_choques.html 7/8
10/02/2020 Segurança contra choques – fundamentos eletrotécnicos e médico-biológicos | EM

Publicidade

ARANDA EDITORA TÉCNICA E CULTURAL / ARANDA EVENTOS E CONGRESSOS 2020


Al. Olga, 315– 01155-900 São Paulo, SP – Brasil Tel.: (11) 3824-5300info@arandaeditora.com.br

www.arandanet.com.br/revista/em/materia/2017/06/23/seguranca_contra_choques.html 8/8

Você também pode gostar