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ÍNDICE
1. Introdução...............................................................................................................................3
1.2. Objectivos............................................................................................................................3
1.3. Metodologias........................................................................................................................4
2. Ética........................................................................................................................................5
Conclusão..................................................................................................................................10
Referências Bibliográficas........................................................................................................11
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1. Introdução
A ética estuda as atitudes morais de uma pessoa ou de um grupo de pessoas identificando o
comportamento humano dos indivíduos como correto e incorretos de acordo os valores e
crenças de cada época. Dentro do contexto o presente trabalho aborda sobre “ O Papel da
Ética na Sociedade nos Dias de Hoje.” Entretanto, as últimas décadas do século XX foram
marcadas por transformações profundas em todo o mundo, estimuladas em grande medida
pela democratização dos regimes políticos, pela abertura de fronteiras comerciais e por um
desenvolvimento tecnológico sem precedentes.
1.2. Objectivos
1.3. Metodologias
A sua aplicação foi mediante a consulta bibliográfica para a fundamentação dos conceitos
pertinentes que corporizarão o trabalho, consultas estas feitas a partir de livros, dissertações e
teses já aprovadas e publicadas, jornais, artigos científicos.
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2. Ética
José Trasferetti (2006) cita Manfredo Oliveira que acredita que, na sociedade pósmoderna, a
palavra ética vai adquirindo contornos diferentes. Segundo Oliveira (apud José Trasferetti,
2006, p. 94) as pessoas, ao ouvirem a palavra ética, pensam em “[...] um código de deveres, em
um fardo pesado que torna a vida diminuída, sem gosto, sem qualidade”. Mas a própria
mudança do campo para a cidade já modificou a concepção de ética pessoal e coletiva. Milhões
de pessoas deixam o campo para viver nas grandes cidades. Nessas metrópoles, o
comportamento humano é fragmentado pela confusão de papéis, pelo cotidiano atrapalhado,
pelos valores e “desvalores” que atropelam os seres humanos todos os dias. Discernimento,
educação e responsabilidade, faltam. Bastam a distração e o gosto pessoal para as normas
perderem o sentido e a ética cair em desuso. A lei, encarregada de disciplinar o comportamento
humano, e os instrumentos de orientação para a cidadania perdem sua razão de ser. Somente
valem o sucesso, o brilho pessoal, a vantagem em tudo.
Andrew J. Dubrin (2003, p. 69) define a ética como “[...] as escolhas morais que uma pessoa
faz e o que essa pessoa deveria fazer”. É o que ela considera como certo e errado ou como
bom ou mau. É transformar valores em acção.
Portanto, a ética pode ser entendida como um estudo ou uma reflexão sobre ações, costumes
ou comportamentos. Destacar que a ética está diretamente ligada aos hábitos e costumes, e
esses mudam de acordo com o tempo e a localização. Sendo assim, o que é considerado ético
hoje, pode não o ser amanhã e o que é considerado certo em determinado país ou localidade,
pode não o ser em outro. Álvaro Valls (2000) traz assim, uma definição mais abrangente de
ética, onde a entende como hábitos e comportamentos aceitos em determinado espaço de
tempo e em determinada localidade de acordo com os costumes vigentes, enquanto
considerados morais pela maioria da sociedade, deixando clara a condição situacional da
ética.
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Dentre eles, encontra-se o grego Sócrates que viveu entre 470 e 399 a.C. e que se destaca por
ter desafiado a cidade-estado, questionando as leis, mesmo obedecendo-as, fazendo com que o
conservadorismo grego o condenasse a beber veneno. Apesar de não ter deixado nada escrito,
seus ensinamentos podem ser observados por intermédio dos seus discípulos, dentre eles
Platão em seus diálogos. Séculos depois, Sócrates foi chamado de fundador da moral, pela
tentativa de compreensão da justiça através da sua convicção pessoal. Valls (2000) aborda
moral como sinônimo de ética, com pequeno destaque para a interiorização das normas. Para
muitos, Sócrates foi considerado o primeiro pensador da subjetividade, através da
interiorização da reflexão.
Platão, que viveu entre 427 e 347 a.C., discípulo de Sócrates, acreditava que todos os homens
estavam em busca da felicidade, no entanto, sempre se questionava, onde estaria esse bem
supremo. Platão parecia acreditar em uma vida após a morte, demonstrando em seus diálogos
a espera da felicidade especialmente depois da morte. Ele acredita va que esta vida devia
servir de contemplação de idéias, dentre elas, a principal, a idéia do bem. Segundo João
Mattar (2004), Platão teve outra importância, fundando o que pode ser considerada a primeira
universidade da história da humanidade ao fundar sua Academia. Suas obras são descritas em
diálogos e cartas.
Como Sócrates, Platão também teve seus discípulos, dentre eles, Aristóteles, que viveu entre
384 e 322 a.C., pensador que analisava depoimentos sobre a vida das pessoas e das diferentes
cidades gregas. Também compara o ser e o bem, relevando as diversidades de ambos e
enfatizando que cada substância terá o seu ser em busca do seu bem, para que o homem atinja
a felicidade. Mas Aristóteles compreende que o homem não necessita de um único bem
supremo; em sua complexidade, necessita de vários bens, de diversos tipos, formando um
conjunto.
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Segundo Álvaro Valls (2000), Aristóteles afirma que os homens têm o seu ser no viver, no
sentir e na razão, sendo esses os fatores que definirão os melhores bens para cada um.
Aristóteles valoriza a vontade humana, apregoando que o homem necessita converter seu
esforço em bons hábitos, de acordo com a razão, sendo esse esforço voluntário.
No final do século XVIII, volta -se a destacar a análise da subjetividade com o pensador
alemão Kant que viveu entre 1724 e 1804, na busca de uma ética universal, na igualdade entre
os homens. Sua filosofia, segundo Álvaro Valls (2000), se chama filosofia transcendental, por
buscar no próprio homem o conhecimento verdadeiro e o agir livre. Para a igualdade
fundamental, Kant necessitaria chegar a uma moral única, racional. Conforme demonstra
Valls (2000, p. 20) “Se a moral é a racionalidade do sujeito, esse deve agir de acordo com o
dever e somente por respeito ao dever: porque é dever, eis o único motivo válido da ação
moral”.
Outro autor que aborda a ética de forma abrangente, é Peter Singer (2002) que traz questões
de natureza prática como a igualdade para as mulheres, o aborto, a eutanásia e utiliza,
indiferentemente, as palavras ética e moral. Afirma que, para alguns, a ética pode ser vista
como uma série de proibições ligadas ao sexo e para outros, pode ser confundida como algo
bonito na teoria, mas que não funciona na prática.
Para Arruda (2001): “A ética é a parte da filosofia que estuda a moralidade dos actos
humanos, enquanto livres e ordenados a seu fim último. De modo natural, a inteligência
adverte a bondade ou malícia dos atos livres, haja vista o remorso ou satisfação que se
experimenta por ações livremente experimenta por ações livremente experimenta por ações
livremente por que tal ação é boa ou má. A resposta a tais questões conduz a um estudo
científico dos atos humanos enquanto bons ou maus.”
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Assim, na actualidade a ética abrange uma vasta área, podendo estar relacionada com temas
ligados ao ambiente familiar, escolar, profissional, econômico, social e político.
Existem códigos de ética profissional que indicam como o indivíduo deve se comportar no
âmbito da sua profissão. Nos dias actuais com um mundo cada vez mais globalizado e
competitivo, as pessoas preocupam-se com a ética nos seus negócios mostrando-se cada vez
mais eficazes para competir com sucesso e obter resultados positivos (RASSID, 2012). A
pessoa é considerada ética quando possui um modo de viver considerado socialmente bom.
Entretando, para que tenhamos um convívio social harmonioso é imprescindível respeitarmos
certas normas preestabelecidas pela sociedade na qual estamos inseridos.
Por outro lado, a ética permite-nos viver como seres humanos, detentores da capacidade de
pensar, protegendo-nos, por isso, do caos e do desmoronamento da sociedade em que
vivemos. Assim, ajuda-nos a distinguir o bem do mal, levando-nos a reflectir sobre questões
muito pertinentes.
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Conclusão
Concluimos que, a sociedade é norteada pelo comportamento das pessoas. O debate de
assuntos polêmicos é ético, a partir deles acontecem as mudanças de percepções da sociedade.
Cada indivíduo deve contribuir para a melhoria do mundo. Uma sociedade justa só é possível
quando a sociedade aplica a ética em suas rotinas. A mudança não ocorre quando aguardamos
apenas a transformação dos outros, todos os indivíduos têm um papel importante na
construção de uma sociedade melhor.
Portanto, como aprendizado, podemos definir a ética como sendo hábitos e comportamentos
repassados de geração a geração, sendo submetida ao subjetivismo, onde cada indivíduo
constrói sua própria opinião, partindo dos princípios e valores os quais aprendem ao longo de
sua vida, transferidos por sua família e a comunidade na qual vive. A ética será definida pelo
relativismo, onde as concepções são relativas, o indivíduo interpreta a situação de acordo com
o tempo, localização na qual o indivíduo estiver. O objetivo maior do comportamento ético é
a preocupação com bem-estar social, tendo que o ser humano não vive isolado.
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Referências Bibliográficas
1. FERREIRA, A. B. H. Miniaurélio: o dicionário da língua portuguesa. 6. ed. rev.
Atual. Curitiba: Positivo, 2005. p. 383.
2. MATTAR NETO, J. A. Filosofia e ética na administração. São Paulo: Saraiva, 2004.
p. 1-34.
3. TRASFERETTI, J. Ética e responsabilidade social. Campinas, SP: Editora Alínea,
2006. 131 p.
4. VALLS, A. L. M. O que é ética. 9. ed. São Paulo: Brasiliense, 2000. 83 p.
5. RASSID, Abdul. A importância da ética na vida humana. 2012. Disponível em:
http://www.epmcelp.edu.mz/index.php/na-ponta-da-lingua/703-a-importancia-da-
etica-na-vida-humana#:~:text=A%20%C3%A9tica%20permite%2Dnos%20viver,da
%20sociedade%20em%20que%20vivemos.&text=Por%20esta%20raz%C3%A3o
%2C%20o%20ser,a%20sua%20tomada%20de%20decis%C3%B5es.. Acesso em
17/10/2020
6. PENA, Iviane de Melo, DE OLIVEIRA, Thamia Leal e DA SILVA, Juliana Beltrão.
A Ética para os dias de hoje: reflexões e apontamentos. 2016. Disponível em:
https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/lei-da-ficha-limpa/ Acesso em
26/10/2020
7. ARRUDA. M.C.C. 2001. Uma abordagem da importância da ética nas organizações.
Disponível em: www.puccamp.br/centros/cea/sites/revista/conteudo/pdf. Acesso em
26/10/2020
8. https://administradores.com.br/artigos/a-importancia-do-comportamento-etico-em-
nossa-vida Acesso em 26/10/2020