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O HOMEM E A MORTE
A questão da morte no trabalho psicológico
Londrina
2019
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O HOMEM E A MORTE
A questão da morte no trabalho psicológico
Londrina
2019
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Segundo Elias (2001) a vida eterna era uma motivação para os egípcios, que
fez uso de feitiços, rituais, embalsamamentos, e a construção de tumbas. Tendo
como característica dos romanos as esculturas nos túmulos e a cremação dos
mortos, sendo vista como uma nova etapa de suas vidas. Na sociedade Greco-
romana era feita a distinção entre os moribundos. Que por serem considerados pela
sociedade como meros mortais, eram cremados e em seguida tinham suas cinzas
deixadas em valas coletivas. Já os moribundos da alta sociedade, considerados
heróis, recebiam uma linda cerimônia, com cremação luxuosa.
queimar no inferno era o maior medo do homem medieval. Em seguida com acesso
da igreja, o julgamento da morte passa a ser sinônimo de fins dos tempos, mostra
suas facetas na literatura e pinturas europeias, sendo marcado com figuras de
horror, medo. Surge então nesse período o símbolo do esqueleto e da foice.
Nos hospitais não é diferente que o maior desafio referente ao luto e a perda
do paciente neste ambiente é saber como manusear esta pessoa em estado grave
com grandes chances de falecer, além dos aspectos físicos debilitados o paciente
está frágil psiquicamente e com ele toda sua família demonstrando alta negação da
aceitação da morte. A eutanásia por exemplo é muito mal interpretada e descartada
perante situações de puro sofrimento e dor dessa pessoa, pacientes que não
conseguem suportar tratamentos agressivos, e muitas medicações que alteram seu
comportamento. processos cirúrgicos totalmente invasivos e ter que lidar com um
ambiente nada saudável para ele.
A morte é a único fato que temos total certeza de toda nossa vida, são um
ciclo como todos os outros que temos em nosso desenvolvimento, a única diferença
é a forma negativa de como depositam nela. (BROWN, 1995 apud. MEDEIROS,
2011). Estas famílias negam a perca e não compreendem o processo do luto de
forma natural e necessário para o fim do ciclo. Assim podendo entrar em uma dor
psíquica muito intensa, não conseguindo se reestruturarem. Não permitindo as fases
do luto se desenvolveram saudavelmente.
Fase 1 Negação: A negação é uma defesa psíquica que faz com que o sujeito negue
o problema tentando não entrar em contato com a realidade não tocando no
assunto, seja ele da morte de alguém querido ou de qualquer outra perda e é
marcado pela dificuldade em acreditar no que realmente aconteceu devido ao
grande sofrimento pelo ocorrido.
Fase 2 Raiva: Nessa fase, o sujeito se revolta com tudo e com todos se sentido
injustiçado e inconformado por estar passando por essa situação pois nesse
momento o indivíduo se dá conta do que realmente aconteceu e que não existe a
possibilidade de reverter o ocorrido.
Fase 3 Barganha: Nessa fase, o indivíduo começa a negociar tentando aliviar a sua
dor através de acordos ou promessas que ele faz com Deus caso saia dessa
situação de luto e perda.
Fase 4 Depressão: Nessa fase a pessoa se isola de todos se retirando para seu
mundo interno se sentindo impotente diante de tal situação. Essa também é uma
fase mais longa e difícil para o sujeito, por isso ele se sente tão impotente e
depressivo.
REFERÊNCIAS
KUBLER- ROSS, Elisabeth. Sobre a morte e o morrer”. 8ª Ed., Martins Fontes: São
Paulo, 2002.
MEDEIROS, Luciana A.; LUSTOSA, Maria Alice. A difícil tarefa sobre morte no
hospital. SBPH. v. 14 nº.: 2. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em:
<https://is.gd/vHtGPk >. Acesso em: 06 abril 2020.
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