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Eles colocaram água para simular o oceano primitivo em um aparato

criado para a experiência. Essa água foi fervida visando sua evaporação,
lentamente. Junto com esse vapor, para os gases da atmosfera, optaram pelo
Metano, Amônia e Hidrogênio, gases simples e prováveis no ambiente da
época. Com um condensador para resfriar a atmosfera e assim, formando
gotas que “chovem” no oceano simulado (em um frasco mais baixo que os
demais). Como fontes de energia prováveis, a luz do Sol, calor geotérmico e
tempestades, acrescentaram faíscas (em outro frasco mais acima da estrutura
criada) nesse ambiente, como forma de aproximação das condições climáticas
primitivas. Em uma semana de experimento, o oceano simulado apresentou
coloração escura e a produção de moléculas complexas, como os
aminoácidos.

Tal análise, apesar de não ter as condições perfeitas ou exatas por falta
de dados comprobatórios, demonstrou que biomoléculas podem se formar em
ambientes semelhantes com a Terra, fazendo com que suas especulações
mudassem para hipóteses que pudessem ser testadas cientificamente.

Possíveis falhas devem ser consideradas, dado a época do experimento


e o aparato limitado tanto de materiais, equipamentos de análise e bibliografia,
por exemplo, podem alterar o resultado do trabalho. Independente de ter sido
realizado há quase um século atrás, medidas como esterilização, utilização de
equipamentos de segurança pessoal, controle de pressão de gases e vácuo,
uso adequado do simulador de energia para geração das faíscas, devem ser
objetos de atenção na experiência.

Embora os aminoácidos sejam importantes para a biologia


contemporânea, o experimento Miller-Urey fornece apenas um mecanismo
possível para sua síntese abiótica, e não explica a origem da vida, pois os
processos que dão origem aos organismos vivos eram provavelmente mais
complexos do que a formação de moléculas orgânicas simples.

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