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O uso de vapor de água como vetor de

transporte de energia térmica traz grandes


vantagens, que explicam sua grande
disseminação, pois a água é uma substância
facilmente disponível, pouco agressiva
quimicamente e com grande capacidade de
transport1ar energia. Em média, cerca de 15 kg
de vapor contêm a energia de 1 kg de óleo
combustível ou 3 kg de lenha.
Na geração e na utilização do vapor ocorrem
mudanças de fase, tanto na vaporização quanto na
condensação,que causam grandes variações de
volume, resultando em elevado coeficiente de
transferência térmica, que, somado à alta densidade
energética (calor latente) do vapor, produz elevadas
taxas de transferência de calor por unidade de área.
Portanto, o vapor conjuga de forma muito
interessante relativamente baixo preço
alta densidade energética (> 2700 kJ/kg) e elevada
taxa de transferência de energia (>10.000 W/m .k)
durante a mudança de fase.
NR-13: “Caldeiras a vapor são
equipamentos destinados a
produzir e acumular vapor sob
pressão superior à atmosférica,
utilizando qualquer fonte de
energia, excetuando-se os
refervedores e equipamentos
similares utilizados em unidades de
processo. “
Primeira Caldeira e Motor térmico.
As primeiras aplicações práticas ou de caráter
industrial de vapor surgiram por volta do século
17. O inglês Thomas Savery patenteou em 1698
um sistema de bombeamento de água
utilizando vapor como força motriz. Em 1711,
Newcomen desenvolveu outro
equipamento com a mesma finalidade,
aproveitando idéias de Denis Papin, um
inventor francês. A caldeira de Newcomen era
apenas um reservatório esférico, com
aquecimento direto no fundo, também
conhecida como caldeira de Haycock.
❖ Geração de energia elétrica nas usinas
termelétricas e nucleares
❖ Papel e Celulose
❖ Açúcar e Álcool
❖ Indústrias químicas e petroquímicas em geral
❖ Refinarias de petróleo
❖ Indústrias de suco de laranja e derivados
❖ Frigoríficos, abatedouros e laticínios
❖ Indústrias têxteis e de tintas/ vernizes
❖ Cervejarias e bebidas em geral
❖ Indústrias de processamento de madeira e
borracha
❖ Navegação marítima, fluvial e submarina
❖ Diversas indústrias alimentícias e farmacêuticas,
Indústria alimentar: padarias industriais, matadouros, processos de
desmanche, fabricação de comida processada e comida para bébé,
bebidas, produtos derivados do leite
Indústria textil: secadores giratórios, tinturarias, laminação e
tecelagem
Indústria química: reactores e armazenamento
Farmaceuticas: fabricação de medicamentos, vacinas, vapor estéril
Cosmetica: perfumes, cremes
Papel / Impressão: rolos de secagem, secagem de impressão, cartão
canelado
Indústria do cimento: fabrico de peças em cimento
Indústria do petróleo: armazenamento e distribuição de óleos
pesados
Indústria da madeira: processos de conrtraplacado e melamina
Hospitais, Hoteis: lavandaria, cozinha
Tratamento de superfície & Indústria automóvel: acabamentos
metálicos, electrodeposição
Uma das primeiras aplicações das máquinas térmicas foram as
máquinas a vapor. Estas equiparam as primeiras locomotivas. A
primeira locomotiva a vapor usando trilhos foi construída pelo
engenheiro inglês Richard Trevithick e fez o seu primeiro percurso
em 21 de Fevereiro de 1804. A locomotiva conseguiu puxar cinco
vagões com dez toneladas de carga e setenta passageiros à
velocidade vertiginosa de 8 km por hora usando para o efeito
trilhos fabricados em ferro-fundido. Esta locomotiva, por ser
demasiado pesada para a linha-férrea e avariar constantemente,
não teve grande sucesso.
Flamotubular: Os produtos de combustão
circulam pelo interior dos tubos, que ficam
imersos na água a ser vaporizada.

Aquatubulares: A água a ser vaporizada


circula pelos tubos, e os produtos de
combustão pelo exterior deles.
São equipamentos derivados das caldeiras antigas,
onde o fogo e os gases quentes da combustão
circulam no interior dos tubos e a água a ser
vaporizada circula pelo lado de fora. Ambos são
contidos por uma carcaça cilíndrica denominada casco.
Nas extremidades do casco são fixados os espelhos,
onde são mandrilhados os tubos da caldeira. Os tubos
podem ser verticais ou horizontais, dependendo do
modelo. Normalmente este tipo de caldeira tem
produção de vapor limitada a cerca de 40 t/ h e pressão
de operação máxima de 16 Kgf/ cm . Um esquema de
caldeira fogotubular é mostrado na figura a seguir.
Surgiram da necessidade de maiores produções de
vapor e maior pressão de operação. Nestes
modelos, a água ocupa o interior dos tubos,
enquanto que o fogo e os gases quentes ficam por
fora. Existem modelos com produção de vapor
superiores a 400 t/ h e pressão de operação da ordem
de 23 MPa (caldeiras supercríticas).
Na figura subseqüente, é mostrado um sistema
gerador de vapor aquatubular, com demais
acessórios.
De acordo com a fonte de energia:
1. Para combustíveis.
1.1 Sólidos. (Carvão, Biomassas, Lixo, etc.)
1.2 Líquidos. (Diesel, fuel oil, Mazut, álcool,
etc.)
1.3 Gasoso. (Gás Natural, biogas, Gás de
sínteses, etc.)
2. De recuperação.
3. Eléctricas.
4. Para Energias Solar.
5. De combustivel nuclear
Grandes geradores de vapor podem
possuir os componentes principais
seguintes:
a) Cinzeiro: em caldeiras de combustíveis sólidos, é o
local onde se depositam as cinzas ou pequenos
pedaços de combustível não queimado.
b) Fornalha com grelha ou queimadores de óleo ou
gás.
c) Secção de irradiação: são as paredes da câmara
de combustão revestidas internamente por tubos de
água.
d) Secção de convecção: feixe de tubos de água, recebendo
calor por convecção forçada.
e) Superaquecedor: trocador de calor que aquecendo o
vapor saturado transforma-o em vapor superaquecido.
f) Economizador: trocador de calor que através do calor
sensivel dos gases de combustão saindo da caldeira aquecem
a água de alimentação.
g) Pré-aquecedor de ar: trocador de calor que aquece o ar
de combustão também trocando calor com os gases de
exaustão da caldeira.
h) Exaustor: faz a exaustão dos gases de combustão,
fornecendo energia para vencer as perdas de carga devido a
circulação dos gases.
i) Chaminé: lança os gases de combustão ao meio ambiente,
geralmente a uma altura suficiente para dispersão dos
mesmos.
𝑬𝒏𝒆𝒓𝒈𝒊𝒂 𝑼𝒕𝒊𝒍
ηgv =
𝑬𝒏𝒆𝒓𝒈𝒊𝒂 𝒅𝒊𝒔𝒑𝒐𝒏𝒊𝒗𝒆𝒍
Fumos
Gases não Quentes
queimados

Chama

Perdas por
isolação
Cinzas e Sólidos não
queimados Extracção de fundo
Métodos de avaliação de
eficiência das caldeiras
Eficiência Método Indirecto
η = 100 – q2 – q3 – q4 – q5- q6-q7
Perdas %
Qdis = Q1 + Q2 + Q3 + Q4 + Q5 + Q6
q2 _ Perdas com os gases escape
q3 _ Perdas incombustão química
q4 _ Perdas incombustão Mecânica
q5 _ Perdas pelas paredes
q6 _ Perdas com calor cinzas.

qi = Qi/ Qdisp
Eficiência Método Directo
Qdisp = B x (PCI + qar + qcom + qinj)
η = Qutil/Qdisp
Qutil = Do (io – iaa) + Qar + Qcom
PERGUNTAS DE CONTROLO
1. Defina que entende por caldeira de vapor?
2. Quais as razoes para o amplo uso do vapor de agua em
diversas instalações?
3. Como se podem classificar as caldeiras de acordo com o
fluido que circula por dentro dos tubos e quais as
diferencias entre elas?
4. Enumere as parte principais de uma caldeira de tubo de
água, e as funções de cada uma apoiado no seguinte
esquema?
5. Enumere algumas aplicações da geração de vapor?
6. Explique os elementos componentes do Balanço térmico
do gerador de vapor?
7. Que vantagem e desvantagem possuem os métodos
directo e indirectos de avaliação da eficiência?

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