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44 OBSERVATÓRIO ITAÚ CULTURAL

SER-TÃO BAIANO
Cláudia Pereira Vasconcelos

Este trabalho visa discutir como o propagado texto identitário da baianidade se construiu
de modo a suprimir a visibilidade de uma presença rural/sertaneja em um estado culturalmente
muito plural e do qual 70% do território é classificado como semiárido. Apresenta resultados de
uma pesquisa sobre o assunto realizada em 2007 e, de forma breve, se propõe a pensar na atua-
lização do tema a partir da questão: estariam hoje a baianidade e a sertanidade no mesmo lugar?
Para compreender tais reflexões, dialoga com autores e experiências que atravessam a temática.

1. O Sertão, esse ser eterno

Sertão – se diz –, o senhor As formas de dizer do sertão tanto do


querendo procurar, nunca não encontra. marcante personagem de Guimarães Rosa,
De repente, por si, quando a gente não Riobaldo, quanto da música esbraseante e
espera, o sertão vem. contemporânea do Cordel do Fogo Encantado
revelam que esse conceito-personagem pode
Guimarães Rosa ser ao mesmo tempo geográfico e simbólico.
Um ente perene entre nós que nada mais é do
que um longe perto, pode estar em toda parte,
Quando chove no sertão ser o mundo todo e, ao mesmo tempo, estar
O sol deita e a água rola dentro da gente... A única certeza que se tem é
O sapo vomita espuma que “nenhuma palavra é mais ligada à história
Onde um boi pisa se atola do Brasil e, sobretudo, à do Nordeste do que a
E a fartura esconde o saco palavra sertão” (BARROSO, 1962, p. 35).
Que a fome pedia esmola O presente texto propõe um breve pas-
seio por diferentes tempos, lugares e sentidos
Trecho de poema de João Paraibano em para, mais uma vez, pensar a dimensão e o
música do Cordel do Fogo Encantado papel do sertão na contemporaneidade. No
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caso específico, trataremos de como a Bahia, na mídia local e nacional e especialmente na


esse estado de tão ricas e variadas represen- concepção e implementação das políticas
tações culturais, elegeu como referência ape- culturais do estado da época.
nas uma região, Salvador e o Recôncavo, para Em linhas gerais, o estudo aponta que a
compor o seu texto identitário, deixando de ideia de Bahia – a baianidade – foi construída
fora uma gama de elementos culturais repre- por meio de uma estratégia imagético-dis-
sentativos de outros recantos desse vasto es- cursiva que a colocou como algo à parte, sui
tado, especialmente do sertão. Vamos a ele! generis, como bem diz o verso de Caymmi:
“A Bahia tem um jeito que nenhuma terra
2. O (não) lugar do sertão na configuração tem”. Aparece no imaginário nacional e in-
da identidade baiana ternacional como a terra da felicidade, um
Em 2005, iniciava um estudo de mestra- lugar diferente, místico e sensual, o berço de
do na Universidade Federal da Bahia (UFBA) uma cultura mestiça marcada pela herança
cuja investigação, concluída em 2007 e publi- africana, um caso à parte do Nordeste e, mais
cada em 2011, traria o título Ser-Tão Baiano: ainda, um caso à parte do Brasil.
o Lugar da Sertanidade na Configuração da Imagens que foram se organizando por
Identidade Baiana. A chamada do livro inten- meio de múltiplas linguagens, na literatura,
cionava claramente provocar no leitor uma na música, nas artes cênicas e visuais, tanto
dupla reflexão: levantar a questão do que, de fora para dentro1 como de dentro para fora.
afinal, é ser baiano e por que sua pretensa Sendo o vigoroso discurso literário de Jorge
intensidade foi tão bem construída, e, em Amado um dos principais suportes para que
segundo lugar, marcar que a Bahia também a Bahia se tornasse conhecida nos diversos
é feita de sertões. cantos do mundo, dos anos 1930 até os dias
A pesquisa nasceu de uma inquietação de hoje. A sua obra, acompanhada da música
pessoal; por ser oriunda de uma pequena ci- de Dorival Caymmi, da pintura de Carybé e
dade do semiárido baiano (Serrolândia) e re- da fotografia de Pierre Verger, encontrou eco
cém-chegada à capital da Bahia, percebi como em diversos tipos de descendentes que foram
em diversas situações o lugar do interiorano/ atualizando essa narrativa. Poderíamos citar
sertanejo na relação com a Soterópolis era (é) a irreverência dos tropicalistas, a explosão da
demarcado por um sentido de “outridade”, axé music, o teatro negro do Bando de Tea-
perpassado por uma sutil e perversa ironia, tro Olodum, além de tantos outros aparatos
que numa espécie de subtexto tenta colocar estéticos nascidos do olhar amadiano ou
esse “outro” em um lugar de estranho e muitas que dele partilham de alguma forma. Desse
vezes de subalterno. Em síntese, poderia dizer modo, construiu-se uma estreita relação en-
que, de fato, o que me levou a problematizar tre o real e o imaginário desta terra.
o discurso oficial da cultura baiana foi a ex- A ideia de “cultura baiana” ganhou
periência de viver em Salvador e de ver que a maior força e definiu melhor os seus contor-
Bahia soteropolitana se apresentava como he- nos pela forma como fora apropriada pelos
gemônica nos discursos de pessoas comuns, discursos oficiais do poder público local em
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suas políticas estaduais de cultura e turismo,2 desenvolvimento; por isso mesmo, não in-
constituindo-se, por sua vez, numa poderosa tegraria ao seu discurso identitário questões
estratégia para alavancar a economia local que pudessem associá-la à região da qual
a partir da representação da singularidade faz parte geograficamente: o Nordeste, um
como motivação para o consumo do entre- território concebido historicamente como
tenimento. Neste período, que vai aproxima- sinônimo de sertão, que por diversas razões
damente dos anos 1970 até o ano de 2006, a também foi construído no imaginário nacio-
permanência no poder de um mesmo grupo nal como representação de pobreza, analfa-
político, liderado por Antônio Carlos Maga- betismo, seca e violência, entre outros signos
lhães, foi determinante para a legitimação da associados ao passado e ao atraso (ALBU-
baianidade, bem como o azeitamento realiza- QUERQUE JÚNIOR, 2003).
do pela mídia local, especialmente pela Rede Para melhor compreender essa constru-
Bahia, de propriedade da família Magalhães, ção histórica do conceito de sertão e as formas
retransmissora da Rede Globo na Bahia. Essa de utilização dos seus múltiplos sentidos na
lógica política e midiática conseguiu construir construção da brasilidade, o estudo adentrou
um texto unificador em torno da ideia de Bah- um contexto mais amplo, entre o final do sécu-
ia, por meio de uma eficaz estratégia da positi- lo XIX e o início do século XX, quando o projeto
vidade pela qual se recorta e evidencia aquilo de constituição da identidade nacional apre-
que interessa e se esconde ou esquece o que sentou-se como uma das principais discussões
não convém (MOURA, 2005). entre os pensadores brasileiros. Em suma, po-
Diversos estudiosos da baianidade, demos afirmar que o sertão foi ocupando lugar
entre eles Antonio Risério (1993), apontam nos discursos sobre a nacionalidade de forma
que o olhar centrado na cultura de Salvador, ambivalente e, por vezes, contraditória, sendo
“Cidade da Bahia”, deve-se ao fato de que as visto tanto como o cerne da brasilidade mais
elites tradicionais locais, após o lento pro- pura quanto como uma mancha que dificulta
cesso de declínio econômico e político que o projeto de modernização e desenvolvimen-
se inicia no final do século XVIII, sentem a to urbano gestado e implementado a partir do
necessidade de ostentar o seu passado glo- século XX. É interessante notar que, mesmo
rioso, buscando a antiga referência da capital divergentes, essas linhas de pensamento se
colonial do Brasil. Desse modo, no período fundamentaram em teorias científicas da
em que o texto da baianidade começa a ser época, de cunho evolucionista, racista e na-
elaborado – início do século XX –, a Bahia turalista. Das diversas narrativas em disputa,
ainda se encontra em crise econômica e po- dois blocos regionais destacam-se ao travar
lítica, perdendo o compasso do desenvolvi- uma batalha discursiva na afirmação de uma
mento que se verificava no centro-sul do país. brasilidade mais legítima.
Como o objetivo central desse proje- De um lado estavam os representantes
to será o de gerar recursos financeiros, a das elites do Norte/Nordeste, região que, mer-
Bahia não se deixará mostrar como mais gulhados numa longa crise política e econô-
um estado pobre que perdeu o passo do mica, buscavam reafirmar sua legitimidade
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como os verdadeiros representantes da nação, apagamento dos baianos do interior, especial-


de modo que se apropriam de imagens rela- mente do sertão, que não combinam com esse
cionadas ao sertão, elegendo como seu repre- modelo “produto Bahia”. Além de ocasionar o
sentante símbolo o sertanejo, que, por ser visto desconhecimento do território não litorâneo,
como um homem forte e resistente, seria capaz fomentando o preconceito contra o interio-
de recolocar aquele pedaço de Brasil no centro rano, essa prática centralizadora impossibi-
do poder. Do lado oposto estavam as elites do litou, durante décadas seguidas, o acesso às
Sul/Sudeste, região que, a partir do apogeu do políticas estaduais de cultura e, mais ainda, a
café, desponta como novo polo econômico e visibilidade de suas ricas e diversificadas ma-
político do Brasil, e, por isso mesmo, surge a nifestações culturais.
necessidade de criar sentidos de brasilidade, Por fim, todas as questões levantadas têm
assegurando-lhe, para além do poder econô- como propósito pensar como o poder simbóli-
mico, validar-se pelo viés histórico e cultural. co (BOURDIEU, 2005) presente nos discursos
Para se afirmarem, essas elites constroem um identitários colonialistas se reproduz nos di-
discurso referenciado nas noções de futuro e versos âmbitos sociais ou territoriais e, a partir
progresso, apontando, portanto, o sertão/Nor- daí, interrogarmo-nos por que esses antigos
deste como uma espécie de entrave ao projeto estereótipos ainda povoam o imaginário de
de modernização e urbanização da nação. tantos brasileiros em pleno século XXI. Espe-
Seja para valorizar, seja para macular, cialmente daqueles que pouco viajam e pouco
tanto os discursos regionalistas citados quan- conhecem a diversidade deste Brasil profundo,
to a literatura da primeira metade do século composto de múltiplos sertões: verdes, secos,
XX apontam o sertão como um conceito-per- conectados, explorados, futuristas e descola-
sonagem associado ao passado, a uma rurali- dos, sertões contemporâneos e multifacetados.
dade rudimentar. Mesmo quando enaltecem No que refere à Bahia, seguimos perguntando:
as qualidades do seu habitante ou denunciam
o descaso com que os governos tratam essas 3. Estariam a sertanidade e a baianidade
populações, acabam por impingir uma série de no mesmo lugar?
estereótipos que fixam a imagem do sertane- Baseando-me em observações e expe-
jo como um eterno resistente à modernidade, riências como ativista das políticas culturais,
representante do atraso e da barbárie. Acen- bem como na análise de dados de estudos
tuam-se, assim, estigmas que o reduzem a ima- específicos mais recentes,3 após 13 anos de
gens cristalizadas, essencializadas e limitantes. conclusão da citada pesquisa, arrisco-me a
As consequências dessa insistente estig- afirmar que houve mudanças. No que se refe-
matização são inúmeras. No caso específico re à hegemonia do texto da baianidade e sua
da Bahia, podemos dizer que a opção por uma relação com a sertanidade, não estamos mais
imagem oficial e hegemônica na qual todo o no mesmo lugar. Para argumentar, destaco três
potencial cultural, as belezas e a capacida- fatores importantes.
de de desenvolvimento se concentram em O primeiro e mais significativo deles
um só espaço, Salvador e Recôncavo, gera o é que, a partir de 2007, com a mudança de
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grupo político no governo estadual, que O reconhecimento de que a Bahia não


passou a ser liderado pelo Partido dos Tra- se limita apenas ao recôncavo e às cidades
balhadores4, a política estadual de cultura turísticas representa uma mudança não só
sofreu mudanças profundas, a começar pela em termos administrativos e estruturais,
separação das pastas de turismo e cultura. mas principalmente em termos simbólicos.
Seguindo a lógica de descentralização e de- Outro ganho importante foi a valorização
mocratização da cultura das gestões Gilberto das culturas populares e da diversidade
Gil e Juca Ferreira no Ministério da Cultu- cultural do estado. O processo de territo-
ra (Programa Cultura Viva), a Secretaria de rialização da cultura é sem dúvidas o mais
Cultura da Bahia vem implementando, desde emblemático no sentido de sintetizar as di-
2007 (com mais ênfase nas gestões Márcio ferenças entre os dois projetos, não só por
Meirelles e Albino Rubim), uma política de tentar acolher um repertório que vai além
promoção da diversidade cultural do estado e do texto da baianidade, por estimular as cul-
de descentralização de recursos, por meio da turas populares, a integração com o interior,
realização de conferências, da execução de mas também por buscar dentro da própria
editais de apoio em diversas áreas, da dispo- capital do estado espaços alternativos fora
nibilização de formações sistemáticas para do circuito onde se concentram os princi-
qualificação de projetos e grupos e da reali- pais equipamentos culturais (2015, p. 182).
zação de eventos de valorização das culturas
dos sertões, entre outros exemplos. Além dessa mudança de perspectiva na
Tais ações são executadas tendo como política cultural/territorial, considero que a
base a política de planejamento territorial ampliação da presença das instituições de
que o governo da Bahia adotou ao reconhe- ensino superior no interior do estado, como a
cer a existência de 27 territórios de identi- Universidade Estadual da Bahia, dos institu-
dade para implementação de suas políticas tos e universidades federais tem fortalecido
estruturantes. Não será possível aprofundar pesquisas sobre espaços e temáticas antes
nem trazer mais detalhes sobre essas políti- invisibilizados. Pautadas por concepções
cas nem sobre seus resultados, em razão do contemporâneas do fazer científico que con-
formato deste texto, porém é possível afirmar sideram possível e importante o estudo de
que a “cara da Bahia” tem mudado. As produ- pessoas e lugares antes tidos como sem his-
ções artísticas, a circulação e os espaços de tória, acabam por expandir o leque de objetos
troca, os eventos, as festas, a cobertura mi- e de saberes e construir novas narrativas, que
diática, a multiplicação dos pontos de cultura, contribuem para o alargamento da ideia de
entre outros fatores, têm feito emergir novas Bahia e de Brasil.
e diversificadas gramáticas sobre a Bahia, não Aliada a essa dinâmica de relativizar as
se limitando à capital nem ao centro da cida- noções de “centro” e “periferia”, aponto, por
de de Salvador. Como conclui Lima em seu fim, a presença de inúmeros movimentos so-
estudo que compara as políticas culturais dos ciais que trazem uma nova dicção sobre o ser-
governos Paulo Souto e Jaques Wagner: tão por meio do conceito de convivência com
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o semiárido, alertam-nos para sua diversida-


de, para a historicidade da sua construção e
sugerem possibilidades de sustentabilidade,
autonomia e emancipação social, rompen-
do com a ideia de combate à seca. A atuação
resistente desses movimentos também tem
provocado o rompimento com as narrativas
coloniais, politizando a discussão sobre os
sujeitos e os sentidos dos sertões.

Cláudia Pereira Vasconcelos


É doutoranda em estudos de cultura (Uni-
versidade de Lisboa), com pesquisa no campo da
música e identidade brasileira, mestra em cultura e
sociedade (UFBA), especialista em arte e educação
(PUC/MG) e licenciada em história [Universidade
Estadual da Bahia (Uneb)]. Coordenou projetos
de arte-educação e educomunicação em ONGs de
Salvador, como o Centro de Referência Integral de
Adolescentes (Cria), o Liceu de Artes e Ofícios e a
Cipó Comunicação Interativa. Foi diretora de Cida-
dania Cultural na Secretaria de Cultura do Estado
da Bahia (SecultBA). Atualmente é professora da
Uneb, Campus IV (Jacobina/BA). Seus interesses de
pesquisa remetem às discussões sobre cultura, mú-
sica e identidades, bem como suas relações com os
recortes regionais correspondentes a sertão, Bahia,
Nordeste e Brasil, com livros e artigos publicados. É
mãe de Pepeu e atua também como atriz e cantora.
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Referências

ALBUQUERQUE JR., Durval M. Nordestino: uma invenção do falo – uma história do


gênero masculino (Nordeste – 1920/1940). Maceió: Editora Catavento, 2003.

BARROSO, Gustavo. À margem da história do Ceará. Fortaleza: Imprensa Universitária


do Ceará, 1962.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, 2005.

LIMA, Hanayana Fontes. Políticas culturais na Bahia: gestões de Paulo Souto (2003-
-2007) e Jaques Wagner (2007-2009). Dissertação de mestrado. Programa de
pós-graduação em cultura e sociedade da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Salvador, 2015.

MOURA, Milton. Identidades. In: RUBIM, Antonio Albino C. (Org.). Cultura e atualidade.
Salvador: Edufba, 2005.

RISÉRIO, Antônio. Caymmi: uma utopia de lugar. São Paulo: Perspectiva. 1993.

RUBIM, Antonio Albino C. Políticas culturais na Bahia contemporânea. Coleção Cult.


Salvador: Edufba, 2014.

VASCONCELOS, Cláudia Pereira. Ser-tão baiano: o lugar da sertanidade na configuração


da identidade baiana. Salvador: Edufba, 2011.

Notas

1 Como Gilberto Freyre no poema “Baía de Todos os Santos e de Quase Todos os


Pecados”; Aluísio Azevedo em seu romance O Cortiço, quando destaca o jeito e o
comportamento da mulher tipicamente baiana – mulata, sensual e maliciosa –; e
Denis Brean com a música Bahia com H, entre muitos outros exemplos.

2 Não será possível aprofundar aqui o tópico referente às políticas culturais do


estado da Bahia. Para uma leitura mais aprofundada, ver o site do Centro de
Estudos Multidisciplinares em Cultura Cult/UFBA: <http://www.cult.ufba.br/
wordpress/?page_id=108>.

3 Para mais informações a respeito das políticas culturais contemporâneas na


Bahia, ver LIMA, 2015 e RUBIM, 2014.

4 Refiro-me aos governos Jaques Wagner, de 2007 a 2014, e ao governo Rui Costa,
de 2015 até os dias atuais.

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