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O Triângulo
Universidade Pedagógica
Nampula
2016
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O Triângulo
Universidade pedagógica
Nampula
2016
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Índice
Lista de abreviaturas..................................................................................................................iii
Lista de figuras...........................................................................................................................iv
Declaração...................................................................................................................................v
Dedicatória.................................................................................................................................vi
Agradecimentos........................................................................................................................vii
Introdução...................................................................................................................................8
1.1. Definição............................................................................................................................10
1.6.3. Relação entre os segmentos e pontos secundários nos casos particulares de.................18
1.8.2.1. Definição......................................................................................................................21
Conclusão..................................................................................................................................28
Bibliografia...............................................................................................................................29
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Lista de abreviaturas
MSc – Mestre em Ciências;
dr. – doutor
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Lista de figuras
Figura 1: triangulo ou trilátero ……………………………………………………...………..11
Figura 2: elementos de um triângulo ……………………………………………..…………..11
Figura 3: Triângulo equilátero, isósceles e escaleno…………………………………..……..12
Figura 4: triângulo rectângulo, obtuso e agudo………………………………………...……..12
Figura 5: a) a soma dos ângulos internos é menor do que 180º…………………………..…..13
Figura 5: b) a soma dos ângulos internos é maior do que 180º: triângulo não existe)………..14
Figura 5: c) o triângulo existe ………………………………………………………………..14
Figura 6: Segmentos notáveis de um triângulo……………………………………...………..15
Figura 7: o baricentro ………………………………………………………………………...16
Figura 8: o Incentro………………………………………………………………...………....16
Figura 9: o Circuncentro (C) ……………………………………………………..…………..17
Figura 10: O ortocentro (O) …………………………………………………….…………..18
Figura 11: Relação entre os segmentos e pontos secundários…………………….………..18
Figura 12: resumo de regras para o cálculo de área de um triângulo…………………………19
Figura 13: triângulos congruentes pelo critério l.a.l. ………………………...………………20
Figura 14: triângulos congruentes pelo critério a.l.a. ……………………………..…………20
Figura 15: triângulos congruentes pelo critério l.l.l. …………………………………………20
Figura 16: triângulos semelhantes……………………………………………...……………..21
Figura 16 a): triângulos semelhantes pelo caso A.A. ………………………….……...……22
Figura 16 b): triângulos semelhantes pelo caso L.L.L. …………………………..…..………22
Figura 16 c): triângulos semelhantes pelo caso L.A.L. ………………………………………22
Figura 17: triangulo ABC e seus pontos médios………………………………………….…..23
Figura 18: circunferência inscrita e circunscrita em um triângulo equilátero……………...…24
Figura 19: 2 triângulos congruentes ………………………………………………………....25
Figura 20: dois triângulos semelhantes ………………………………………………..……..25
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Declaração
Declaro que este trabalho de conclusão do curso é resultado da minha investigação pessoal, o
seu conteúdo é digno e original e todas as fontes consultadas estão devidamente listadas no
texto e na bibliografia final.
Declaro ainda que, este trabalho é singular, isto é, não foi apresentado em nenhuma instituição
para a obtenção de qualquer grau académico.
____________________________________
Dedicatória
Dedico este trabalho aos meus pais Fernando Sadique e Helena Ricardo.
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Agradecimentos
Agradeço a Deus, por ter me dado saúde e força na realização deste trabalho.
Ao meu orientador, MSc. Emílio António, um agradecimento especial pela paciência e apoio
de forma incansável na orientação técnica e científica do trabalho tornando-o eficiente e
melhor na sua qualidade.
Os meus agradecimentos vão aos meus pais, que me deram o prazer e a responsabilidade de
me nascer nesta maravilhosa África continente do futuro, com abraço, pela honestidade e
educação informal que contribuiu para a minha personalidade individual.
Agradecimento especial aos meus irmãos – Hermenegildo Sadique Carlos Fernando,
Demétria Carlos Fernando, Felizardo Carlos Fernando, Anabela Carlos Fernando.
Os meus agradecimentos vão aos meus filhos Fernando da Odete David, Leosvilda da Odete
David e Diol da Odete David.
Agradecimento especial aos colegas – dr. Jacinto Faustino, dr. Severino Damião e dr. Manuel
Raul David – que servilmente deram seu apoio incondicional na realização deste trabalho e
pelo companheirismo desde o primeiro ao quarto ano de estudo, até em momentos difíceis.
Agradecimentos são extensivos aos amigos e toda a minha família pelo apoio moral e em todo
o meu processo estudantil.
Agradeço aos colegas de Matemática que directa/indirectamente prestaram seu apoio
tornando possível a prontificação deste trabalho. Minha eterna gratidão.
Muito obrigado!
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Introdução
No nosso dia-a-dia, deparamos frequentemente com objectos com formas triangulares e
situações nas quais é necessário aplicar o saber do triângulo.
Este trabalho é de conclusão do curso; o mesmo traz uma abordagem sobre Triângulos que
são figuras importantes no nosso dia-a-dia. Com este trabalho em desenvolvimento, objectiva-
se,
i. Geralmente: descrever as características dos triângulos.
ii. Especificamente:
Explicar o conceito de triângulo.
Reconhecer as condições que garantem a congruência e semelhança entre duas figuras.
Resolver problemas, aplicando condições que relacionam lados e ângulos de
triângulos.
Mostrar a aplicabilidade dos triângulos na vida humana.
Para tal, ao elaborarmos este trabalho, procuramos apresentar a teoria de modo resumido,
buscando abordar os conceitos de triângulo, teoremas, casos de congruência e semelhança de
triângulos, aplicabilidade entre outros aspectos que achamos básicos.
O conhecimento de triângulos merece especial atenção pois a sua aplicação na vida prática é
diversa, uma vez que é possível estabelecer uma série de relações entre seus elementos,
principalmente lados e ângulos. Daí a sua grande importância no desenvolvimento da
humanidade e, consequentemente uma motivação para a sua abordagem. Exemplo, no antigo
Egipto, com o desenvolvimento da Geometria, um triângulo rectângulo particular foi muito
utilizado para construir “cantos” rectos, ou ângulos rectos; ora este facto é uma realidade, pois
aqui também verifica-se o uso de formas triangulares em construções civis.
A pesquisa teve como recurso em manuais físicos, revistas de referência bem como consulta
na internet e, todas as obras estão devidamente mencionadas na última página deste trabalho.
A informação colhida foi compilada e organizada de forma hierárquica em garantia de fácil
compreensão e coerência na explanação do objecto em estudo.
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Para a sua melhor compreensão, decidimos estruturar em três partes essenciais, a saber,
introdução, desenvolvimento e conclusão.
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Não existe qualquer referência pontual a quem ou como terá sido inventado ou descoberto o
triângulo.
Terá sido o Homem que ao longo da sua evolução terá sentido necessidade na sua vida prática
de tornar rígidas e seguras algumas das suas construções.
Por exemplo, nos tempos primitivos da civilização Grega, foi usado pelos gregos o triângulo
de descarga.
O triângulo de descarga era uma construção que permitia descarregar as pressões exercidas
por grandes pesos que se encontravam por cima das portas dos túmulos e das cidadelas.
Devido ao peso, as portas podiam abater, mas com o triângulo, esse peso era suportado por
postes laterais que eram maciços.
Os triângulos de descarga eram geralmente abertos, mas podiam ser tapados e decorados,
como acontece no caso da cidade de Micenas, com a Porta dos Leões.
1.1. Definição
A palavra “triângulo” tem origem do latim triangulu, e é um polígono que possui três lados e
três ângulos. É o polígono com o menor número de lados, o único polígono que não possui
diagonais. Cada ângulo externo do triângulo é suplementar ao ângulo interno adjacente.
Segundo BARBOSA (2006: 17) denominamos triângulo (ou trilátero) “a toda figura do plano
euclidiano formada por três segmentos AB, BC e CA, tais que os pontos A, B, C não estão
numa mesma linha recta”.
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O lado BC é dito lado oposto ao vértice A e por isso sua medida é denotada por a.
Analogamente o lado AC é o lado oposto ao vértice B, e sua medida é denotada por b, e o
lado AB é o lado oposto ao vértice C, e sua medida é c.
Isósceles (do grego: isos=igual, skelós=pernas): tem dois lados com mesmo
comprimento (alguns autores exigem que sejam exactamente dois os lados de mesmo
comprimento).
Escaleno (do grego: skalenon=desigual): os comprimentos dos lados são diferentes.
São dadas três rectas que se interceptam duas a duas; deseja-se saber se unindo os pontos de
intersecção produzimos um triângulo.
Se cada recta intersectar as outras e elas não forem concorrentes (concorrentes = as rectas têm
o mesmo ponto de intersecção) fica definido um triângulo.
Se as rectas forem concorrentes ou se ao menos duas delas forem paralelas não temos três
pontos de intersecção, logo não se define triângulo.
Figura 5: b) 112º+82º=194º, ou seja, a soma é maior do que 180 graus (triângulo não existe) e
o outro caso (98º+82º=180º) tem soma igual a 180 graus (também não fica definido um
triângulo; não há vértice C)
Além dos lados, as cevianas mais importantes são as alturas, as medianas e as bissectrizes, as
quais são exemplificadas na figura 6 a seguir; nessa figura também aparece um outro tipo de
segmento importante, embora não ceviano, a mediatriz:
Mediana - É o segmento que une o vértice ao ponto médio do lado oposto.
Mediatriz - É a recta perpendicular ao lado do triângulo pelo seu ponto médio.
Bissectriz - É a semi-recta de origem no vértice que divide o ângulo em dois ângulos
congruentes.
Altura - É a distância entre o vértice e a recta suporte do lado oposto.
Observação:
Todo triângulo tem: 3 medianas, 3 mediatrizes, 3 bissectrizes e 3 alturas
i. Baricentro (G)
É o ponto de encontro das 3 medianas do triângulo.
Propriedade
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Figura 7: o baricentro
Propriedade.
O incentro é o centro da circunferência inscrita (interna) no triângulo.
O incentro é o ponto do plano equidistante dos 3 lados do triângulo.
Propriedade
O circuncentro é o centro da circunferência circunscrita (externa) ao triângulo.
O circuncentro é o ponto do plano equidistante dos 3 vértices do triângulo.
Propriedade
Não tem.
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Observação:
A posição de cada elemento do triângulo (lado ou ângulo) no desenho é muito importante na
caracterização do caso de congruência.
l.a.l. - dois lados e o ângulo entre eles.
a.l.a. - dois ângulos e o lado entre eles.
Dois triângulos são semelhantes se dois ângulos (AA) de um deles são congruentes a dois
ângulos do outro.
b) Olhando a figura nota-se que o ponto R é ponto de encontro das 3 medianas do triângulo,
logo é o baricentro
10 cm
Resolução: CR=2x7cm=14 cm, BR=2x6cm=12 cm e PR= =5 cm
2
26
Resposta:
Dado: R =5m
Pedidos: r =?, h=?, l=?, P=? e nome do ponto O.
R 5
a) R=2r r = = cm.
2 2
5 cm 15
b) h=3r h=3 ∙ = cm.
2 2
l 2 l 2 225 3l 2 225 225 15 √ 3
c) l 2=( ) +h 2 l 2− =
2 4 4
4
=
4
l=
3
=
3√ =5 √ 3 cm
d) P= 3l P=3 ∙ 5 √ 3=15 √ 3 cm
e) O ponto O é o BICO, isto é, o Baricentro (ou centro de gravidade), o Incentro, o
Circuncentro, e o Ortocentro.
Resposta:
Hipótese:
O segmento DE é paralelo à base BC, AB = 9 cm, AC = 13 cm, BC = 12 cm e a medida de
DE é 8 cm.
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AD 8
{
9
= ¿ ¿¿¿
12
1.10. Importância dos triângulos
No princípio da Idade Média, apareceu no Mediterrâneo, uma vela triangular, alinhada com o
eixo longitudinal do casco, contrariando a até utilizada, que era perpendicular ao mesmo eixo
e de configuração quadrada, chamada Redonda, por ao longe parecer redonda.
Com a ocupação da Península Ibérica, é de prever que este tipo de embarcação tenha vindo
com os invasores e tenha chamado a atenção dos armadores da costa do Atlântico, devido às
suas qualidades náuticas.
Os Portugueses introduziram grandes melhoramentos e nasceu a Caravela Portuguesa.
A Caravela Portuguesa foi o navio escolhido para a demanda dos Descobrimentos
substituindo as barcas de vela rectangular. A vela triangular ou latina permitiu-lhes navegar
contra o vento (bolinar).
Durante mais de 450 anos a Caravela tornou-se célebre pelo Mundo.
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Mestres de bolinar, os Portugueses, mantiveram, durante muitos anos, o segredo desta arte no
Oceano. Por isso chegaram até ao Cabo da Boa Esperança, sem a concorrência do resto da
Europa.
Em 1575, o escritor Escalante de Mendonça escrevia:...“A Caravela Portuguesa foi a melhor
invenção que até ao tempo se alcançou para a navegação de bolina.”
E nós acrescentamos:
“Na base desta invenção está o triângulo!”
Enfim, existe uma quantidade muito vasta de aplicações dos triângulos, a saber:
Na construção civil, os guindastes suportam e elevam grandes pesos, graças à
existência de secções triangulares.
Na construção civil, os guindastes suportam e elevam grandes pesos, graças à
existência de secções triangulares.
Nos postes de alta tensão, para suportar fortes ventos.
Na construção civil, para evitar quedas e outros acidentes, triangularizam-se os
andaimes.
Passagens aéreas: passagem desnivelada para peões.
O Triângulo é “estável”: usando-se na cobertura de estádios e nas pontes de ferro.
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Conclusão
Ao fazer este trabalho notamos que um triângulo é um polígono cujos elementos principais,
são os vértices, lados e ângulos. Assim, a cada triângulo estão associados nove elementos
principais: seus três lados: AB, BC e CA; seus três vértices, os pontos A, B e C e seus três
ângulos (internos). Além dos lados, num triângulo encontram-se as cevianas/segmentos mais
importantes que são as alturas, as medianas e as bissectrizes. Associados a esses segmentos
secundários, temos quatro pontos notáveis: o Baricentro (ou centro de gravidade), o Incentro,
o Circuncentro, e o Ortocentro; usualmente denotados por BICO.
Bibliografia
1. ARAÚJO, José Carlos Morais de. Geometria plana: instrucionais de Matemática.
Brasil. 2007.
2. BARBOSA, João Lucas Marques. Geometria Euclidiana Plana. Rio de Janeiro: SBM.
1993.
3. BARBOSA, J. L. M., Geometria Euclidiana Plana, Colecção do Professor de
Matemática, SBM, 10ª edição, Rio de Janeiro, 2006.
4. DOLCE, Osvaldo e IEZZI, Gelson. Fundamentos da Matemática elementar. Volume.
9. São Paulo: Actual, 1997.
5. GUIBUNDANA, Dinis Hilário e SAPATINHA, João Carlos. Matemática 9ª classe:
saber matemática 9. 1ª Edição. Maputo. 2013.
6. LIMA, Llon Lages. Áreas e volumes. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico. 1973.
7. LINDOQUIST, M. M. e SHULTE, A. P., Aprendendo e Ensinando Geometria. São
Paulo: Actual Editora, 1994.
8. ORM GRANDE POA. Geometria do triângulo: conceitos e fórmulas. Brasil. 2012.
9. POLYA, G., A Arte de Resolver Problemas. Rio de Janeiro – R.J.
10. REZENDE, E. Q. F. de Queiroz, M.L.B., Geometria Euclidiana Plana e Construções
Geométricas, Campinas, SP: Editora da Unicamp, São Paulo, SP: Imprensa Oficial,
2000.
11. SOUZA, Lucas Octávio de. Geometria plana: Resumo teórico e exercícios. 3ª Edição.
São João da Boa Vista – SP. 2010.