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INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS E TECNOLOGIA ALBERTO CHIPANDE

FACULDADE DE DIREITO

Direito Constitucional e Garantia da Constituição

Investigação Criminal

Trabalho de carácter Cientifico a entregar no curso de


Investigação criminal, na cadeira de Metodologia
Jurídica e Investigação Cientifica, recomendado pelo
docente da cadeira de Direito Constituicional.

Docente: Prof. Dr. Douglas Joseph Cawell

Discente: Joanes Benjamim Tomas


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INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS E TECNOLOGIA ALBERTO CHIPANDE

FACULDADE DE DIREITO

Direito Constituicional e Garantia da Constituicao

Investigação Criminal

Discente: Joanes Benjamim Tomas


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Índice
Resumo..............................................................................................................................4

Introdução..........................................................................................................................4

1.Direito Constitucional e Garantia da Constituição.........................................................4

1.1.O princípio da supremacia da constituição do Estado Democratico...........................6

1.1.2.Principios da Constituicao em sentido restrito.........................................................8

1.2.3.Princípios da Constituição em sentido restrito.........................................................9

1.3. Inconstituicionalidade dos Actos Juridicos Publicos Constituicional......................10

1.4.Valor Positivo do Jurídico Publico............................................................................11

Referencias Bibliograficas...............................................................................................12
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Direito Constitucional e Garantia da Constituição

Joanes Benjamim Tomas1

Resumo

O presente trabalho tem como tema: O princípio da supremacia da constituição do


Estado Democratico. O princípio da supremacia constitucional significa encontrar-se a
Constituição no vértice do sistema normativo. Ela é o fundamento de validade de todas
as demais normas, pois estabelece em seu corpo a forma pela qual a normatividade
infra-constitucional será produzida. Este trabalho resulta de consultas bibliográficas
feitas a diversos autores que consistiram na recolha, analise critica e interpretação de
diversas abordagens que sustente o tema em análise, desde já importa destacar que o
texto foi devidamente citado e os referidos autores foram prontamente apresentados na
referência bibliográfica. Este trabalho tem três parte, a 1ª corresponde a nota
introdutiva, onde são destacados questões relativos ao tema, objectivo e em seguida a
metodologia, segunda pela 2ª parte onde tem a discussão de dados referente ao tema, e
por fim a 3ª parte temos a nota conclusiva seguida por referencias bibliográficas.

Palavras-Chave: Constituicao, Supermacia e Democracia.

Introdução

O princípio da supremacia constitucional significa encontrar-se a Constituição no


vértice do sistema normativo. Ela é o fundamento de validade de todas as demais
normas, pois estabelece em seu corpo a forma pela qual a normatividade infra-
constitucional será produzida. Este trabalho resulta de consultas bibliográficas feitas a
diversos autores que consistiram na recolha, analise critica e interpretação de diversas
abordagens que sustente o tema em análise, desde já importa destacar que o texto foi
devidamente citado e os referidos autores foram prontamente apresentados na referência
bibliográfica. Este trabalho tem três parte, a 1ª corresponde a nota introdutiva, onde são
destacados questões relativos ao tema, objectivo e em seguida a metodologia, segunda
pela 2ª parte onde tem a discussão de dados referente ao tema, e por fim a 3ª parte temos
a nota conclusiva seguida por referencias bibliográficas.

1.Direito Constitucional e Garantia da Constituição

A questão da garantia e do modo de garantia da Constituição, i.e., da regularidade


dos escalões da ordem jurídica a ela imediatamente subordinados, só pode ser resolvida
por quem tenha uma noção clara do que é uma Constituição. Essa noção só pode ser

1
Estudante da ISCTAC, Curso de Investigacao Criminal.
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fornecida pela teoria, que aqui desenvolvemos, da estrutura hierárquica (Stufenbau) da


ordem jurídica. Não há exagero, inclusive, em afirmar que só ela permite entender o
sentido imanente dessa noção fundamental de “Constituição”, já divisada pela teoria do
Estado da Antigüidade, porquanto essa noção implica a idéia de hierarquia das formas
jurídicas. Um núcleo permanente perspassa as múltiplas transformações sofridas pela
noção de Constituição: a idéia de um princípio supremo, que determina a ordem estatal
em sua totalidade e a essência da comunidade constituída por essa ordem.

Qualquer que seja a definição da Constituição, essa é sempre o alicerce do Estado, a


base da ordem jurídica que se pretende abarcar. O que sempre, e em primeiro lugar, se
entende por Constituição – nisso coincidindo essa noção com a de forma do Estado – é
um princípio em que se expressa juridicamente o equilíbrio das forças políticas do
momento, uma norma que regula a elaboração das leis, das normas gerais em execução
das quais atuam os órgãos estatais – tribunais e autoridades administrativas. (NALINI,
1998).

Essa regra da criação das normas jurídicas essenciais do Estado, da determinação


dos órgãos e do processo legislativo forma a Constituição, no sentido próprio, original e
estrito do termo. É a base indispensável das normas jurídicas que regulam a conduta
recíproca dos membros da comunidade estatal e das normas que determinam os órgãos
encarregados de aplicá-las e impô-las, assim como a forma de atuação desses órgãos;
em suma, a Constituição é a base fundamental da ordem estatal.

Daí que se deseje dar-lhe a maior estabilidade possível, distinguir as normas


constitucionais das normas legais, sujeitando sua revisão a procedimento especial, que
comporta requisitos de mais difícil atendimento. Assim é que aparece uma distinção
entre a forma constitucional e a forma legal ordinária. Pode-se dizer, inclusive, que
apenas a Constituição, no sentido estrito e próprio do termo, se reveste dessa forma
especial ou – como se diz habitualmente, se não acertadamente – que a Constituição no
sentido material coincide com a Constituição no sentido formal. (FERREIRA FILHO,
1991).

Se o Direito positivo conhece uma forma constitucional especial, distinta da forma


legal, nada se opõe a que essa forma constitucional também seja usada para normas que
não fazem parte da Constituição no sentido estrito, em primeiro lugar para normas
reguladoras, não da criação, mas do conteúdo das leis. (NALINI, 1998).
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Disso resulta a noção de Constituição no sentido lato. É a noção a que se recorre


quando as Constituições modernas contêm, além das regras relativas aos órgãos e ao
processo legislativo, uma enumeração de direitos fundamentais da pessoa ou de
liberdades individuais. Com isso – este é o sentido primordial, embora não exclusivo,
dessa prática – a Constituição define princípios, orientações e limites para o conteúdo
das leis que se venham a fazer. Ao proclamar a igualdade dos cidadãos perante a lei, a
liberdade de opinião, a liberdade de consciência, a inviolabilidade da propriedade, sob a
forma habitual de garantia, dada aos sujeitos, de um direito subjetivo à igualdade, à
liberdade, à propriedade etc., a Constituição dispõe, no fundo, que as leis, além de
serem elaboradas da maneira por ela prescrita, não poderão conter qualquer disposição
que atente contra a igualdade, a liberdade, a propriedade etc.

Destarte, a Constituição não é apenas regra processual, é também regra de fundo.


Em conseqüência, uma lei pode ser inconstitucional em razão de alguma irregularidade
processual cometida em sua feitura ou porque seu conteúdo contraria os princípios ou
orientações formulados na Constituição, extrapolando os limites nela estabelecidos. Por
isso, distingue-se amiúde a inconstitucionalidade formal da inconstitucionalidade
material das leis. (FERREIRA FILHO, 1991).

Tal distinção só pode ser aceita com a ressalva de que a chamada


inconstitucionalidade material é, em última análise, uma inconstitucionalidade formal:
uma lei cujo conteúdo fere as prescrições da Constituição deixaria de ser
inconstitucional se fosse aprovada como uma lei de natureza constitucional. A única
questão real, portanto, é saber se é preciso observar a forma legal ou a forma
constitucional.

Se o Direito positivo não fizer distinção entre essas, o estabelecimento de princípios,


orientações e limites para o conteúdo das leis não tem sentido jurídico, é apenas uma
aparência motivada por razões políticas, como são, aliás, as liberdades
constitucionalmente garantidas nos casos – não raros – em que a Constituição permite
que sejam restritas pela legislação ordinária. (FERREIRA FILHO, 1991).

1.1.O princípio da supremacia da constituição do Estado Democratico

A Constituição é a mais alta expressão jurídica da soberania popular e nacional. É o


instrumento seguro para a manutenção do Estado de Direito. Daí este significar a
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submissão de todos os indivíduos e dos próprios órgãos do Estado ao Direito, à lei,


remontando, em última instância, à submissão à Lei Magna. (NALINI, 1998).

O princípio da supremacia da constituição consagra a prevalência das normas


constitucionais sobre todas as outras regras existentes no sistema jurídico, em virtude de
sua superioridade hierárquica da Constituição. Não se olvide ainda que a Constituição,
além de reger a confecção das normas jurídicas, também impõe limites ao seu teor.

O princípio da supremacia constitucional significa encontrar-se a Constituição no


vértice do sistema normativo. Ela é o fundamento de validade de todas as demais
normas, pois estabelece em seu corpo a forma pela qual a normatividade infra-
constitucional será produzida.

Todas as demais leis e atos normativos são hierarquicamente inferiores à


Constituição. E se com ela incompatíveis, não têm lugar no sistema jurídico, por não
haver possibilidade de coexistência entre a Constituição e a norma inconstitucional.
(NALINI, 1998).

Com relação à importância de se destacar a superioridade das normas constitucionais


com relação às demais, necessário frisar que:

A disposição hierárquica cumpre a importante função de conferir coerência e coesão


ao ordenamento estatal. A Constituição é o patamar último de determinado ordenamento
positivo, com o que a importância em seu cumprimento se exige com mais intensidade
do que aquela normalmente exigida para os demais textos normativos. (TAVARES,
2001).

A supremacia das normas constitucionais ainda encontra supedâneo na questão


relativa à rigidez atribuída à Constituição:

Nada mais é do que a impossibilidade de mudança das normas constitucionais pelo


mesmo procedimento adotado para revitalização da legislação de cunho
infraconstitucional. Em outras palavras, as normas que regulam a revisão da
Constituição são diversas daquelas previstas para a revisão da legislação em geral, tendo
como principal critério discriminador a dificuldade, que é mais intensificada com
relação às primeiras. Assim se propicia um maior grau de proteção dessas normas.
(TAVARES, 2001).
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Com relação à obediência que deve ser devotada às normas constitucionais, confira-
se a lição de Regina Maria Macedo e Nery Ferrari:

As normas constitucionais limitam os poderes públicos, que só podem agir como e


quando elas determinam, e mais, disciplinam como e por quem vão ser elaboradas as
demais normas.

Esses limites que restringem a ação dos poderes estatais garantem o Estado de
Direito, atuando, principalmente, no que diz respeito aos direitos e garantias
fundamentais. Assim, qualquer norma, seja de direito público, seja de direito privado,
deve estar adequada às normas constitucionais e isto no sentido de não poder contrariá-
las, sob pena de ser declarada inconstitucional pelo Poder Judiciário. (FERRARI, 2001).

Com efeito, é possível concluir que o princípio da supremacia da Constituição, em


significando.

  A particular relação de superioridade e subordinação em que se encontram as


normas dentro de um ordenamento jurídico determinado (FILHO, 1995), as normas
constitucionais são hierarquicamente superiores a quaisquer outras, sendo, o cume de
todo o aparato jurídico positivado, e em não se guardando o devido fundamente de
validade destas naConstituiçãoo, ocorre-se a chamada inconstitucionalidade.

1.1.2.Principios da Constituicao em sentido restrito

Os demais princípios estão estabelecidos nos incisos da Constituição e são:

1) Soberania: O fundamento soberania está inserido no conceito de Estado.

2) Cidadania: O fundamento da cidadania traduz que o titular dos direitos políticos é


o povo, o cidadão que se integra na sociedade estatal. O governo, assim, está submetido
à vontade popular.

3) Dignidade da Pessoa Humana: A dignidade da pessoa humana é outro


fundamento essencial. Daí todo o capítulo dos direitos e garantias fundamentas, os
dados referentes à ordem econômica que busca assegurar a todos uma existência digna,
os fundamentos da ordem social, da educação, do exercício da cidadania.

4) Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa: Isso quer dizer que todo
trabalho é digno, consagrada a liberdade de iniciativa na atividade econômica. Isso
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insere o Brasil nas economias abertas, em que não há dirigismo do Estado, em que os
indivíduos serão os condutores da atividade econômica.

5) Pluralismo Político: Refuta-se a ideia de partido único. Todas as doutrinas, idéias


políticas ou filosóficas podem ser livremente manifestadas e constituídas e partidos
políticos, desde que respeitado o sistema democrático.

Finalmente, estabelece-se que todo o poder emana do povo que deverá exercê-lo
diretamente ou através de representantes eleitos. Aí está explicitado quem é o
verdadeiro titular da soberania nacional: o povo. (VALDES,1973, p.88).

Objetivos do Estado estão relacionados constituição e construir uma sociedade livre,


justa e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a
marginalização, reduzindo as desigualdades sociais e promover o bem de todos, sem
quaisquer preconceitos ou outras formas de discriminação.

Esses objetivos são os fundamentais, não todos, à toda evidência. Os enumerados


são os fundamentais e que valem como prestações positivas e que deverão concretizar a
democracia econômica, social e política. Todos esses objetivos do Estado se dirigem à
dignificação da pessoa humana.

1.2.3.Princípios da Constituição em sentido restrito

Já tivemos oportunidade de classificar, em outros trabalhos, as regras presentes na


Constituição, dividindo-as em:

a) regras em sentido restrito, que regulam situação específica, tendo grau de


abrangência menor em relação as outras regras. Ex: taxa de juros de doze por cento ao
ano.

b) regras expressas em sentido amplo (princípios), que se aplicam a diversas


situações, direcionando e condicionando a aplicação da regras constitucionais em
sentido restrito e as diversas normas infraconstitucionais.

Estes princípios constitucionais muitas vezes se complementarão e em algumas


situações se chocarão, conflito este que será solucionado através da ideologia
constitucionalmente adotada, como princípio maior, ou valor maior que possibilitará
10

eliminar os antagonismos do texto constitucional, aplicando o princípio da


economicidade, que baseado neste valor, irá apontar qual princípio será aplicado ao caso
concreto. (CANARIS, 1983).

Exemplo destes princípios será a função social da propriedade, a igualdade jurídica, a


soberania, o interesse social entre muitos outros.

c) regras deduzidas em sentido amplo que são os princípios elaborados a partir da


aplicação do texto constitucional a determinadas situações específicas, princípios estes
que evoluem e se modificam com situações históricas diferentes, sendo o produto do
processo de mutação constitucional que advém da interpretação sistêmica da
Constituição inserida em determinada realidade social, política e econômica.
(FERREIRA FILHO, 1991).

Estes princípios deduzidos surgem muitas vezes a partir do confronto de duas ou


mais regras expressas em sentido amplo, ou entre estas e regras expressas em sentido
restrito.

O professor Washington Albino enumera alguns princípios deduzidos, quando da


análise da ordem econômica constitucional, referindo ao princípio ou como prefere o
autor, regra do equilíbrio, regra da primazia da realidade econômica, entre outras.

1.3. Inconstituicionalidade dos Actos Juridicos Publicos Constituicional

Conforme indicámos, ás
diversas funções do
Estado, correspondem
diferentes categorias de
atos,
11

nomeadamente leis,
actos de governo,
eleições e referendos,
regulamentos, atos
administrativos,
contratos administrativos
e outros contratos
públicos, actos
jurisdicionais ou
sentenças latissimo
sensu. Todos estes actos
integram o leque dos
actos jurídico-públicos,
12

que são portanto, os


actos do
Estado no exercício de
um poder público e
sujeitos a normas de
Direito Público. No
conjunto dos
actos jurídico-públicos
avultam os actos
jurídico-constitucionais.
Numa definição formal,
os atos
jurídico-constitucionais
dizem-se os atos cujo
13

estatuto pertence a título


principal, ao Direito
constitucional; os actos
regulados por normas da
CRP, ou ainda os atos
provenientes dos órgãos
constitucionais e com a
sua formação adstrita a
normas constitucionais.
Estão classificados como
acto jurídico-
constitucionais os atos da
função político-
14

legislativa e governativa,
e em seu
complemento, os actos
de garantia jurisdicional
da constitucionalidade. e,
com efeito , são tais
actos
os únicos que a CRP visa
disciplinar em
articulação com as
competências próprias
dos órgãos e dos
colégios eleitorais que
institui; aqueles que à
15

CRP estão direta e


imediatamente
subordinados;
aqueles através dos quais
se projetam, desde logo,
as opções politico-
constitucionais ou a ideia
de
direito arrimada na CRP.
Conforme indicámos, ás
diversas funções do
Estado, correspondem
diferentes categorias de
atos,
16

nomeadamente leis,
actos de governo,
eleições e referendos,
regulamentos, atos
administrativos,
contratos administrativos
e outros contratos
públicos, actos
jurisdicionais ou
sentenças latissimo
sensu. Todos estes actos
integram o leque dos
actos jurídico-públicos,
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que são portanto, os


actos do
Estado no exercício de
um poder público e
sujeitos a normas de
Direito Público. No
conjunto dos
actos jurídico-públicos
avultam os actos
jurídico-constitucionais.
Numa definição formal,
os atos
jurídico-constitucionais
dizem-se os atos cujo
18

estatuto pertence a título


principal, ao Direito
constitucional; os actos
regulados por normas da
CRP, ou ainda os atos
provenientes dos órgãos
constitucionais e com a
sua formação adstrita a
normas constitucionais.
Estão classificados como
acto jurídico-
constitucionais os atos da
função político-
19

legislativa e governativa,
e em seu
complemento, os actos
de garantia jurisdicional
da constitucionalidade. e,
com efeito , são tais
actos
os únicos que a CRP visa
disciplinar em
articulação com as
competências próprias
dos órgãos e dos
colégios eleitorais que
institui; aqueles que à
20

CRP estão direta e


imediatamente
subordinados;
aqueles através dos quais
se projetam, desde logo,
as opções politico-
constitucionais ou a ideia
de
direito arrimada na CRP.
Conforme indicámos, ás
diversas funções do
Estado, correspondem
diferentes categorias de
atos,
21

nomeadamente leis,
actos de governo,
eleições e referendos,
regulamentos, atos
administrativos,
contratos administrativos
e outros contratos
públicos, actos
jurisdicionais ou
sentenças latissimo
sensu. Todos estes actos
integram o leque dos
actos jurídico-públicos,
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que são portanto, os


actos do
Estado no exercício de
um poder público e
sujeitos a normas de
Direito Público. No
conjunto dos
actos jurídico-públicos
avultam os actos
jurídico-constitucionais.
Numa definição formal,
os atos
jurídico-constitucionais
dizem-se os atos cujo
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estatuto pertence a título


principal, ao Direito
constitucional; os actos
regulados por normas da
CRP, ou ainda os atos
provenientes dos órgãos
constitucionais e com a
sua formação adstrita a
normas constitucionais.
Estão classificados como
acto jurídico-
constitucionais os atos da
função político-
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legislativa e governativa,
e em seu
complemento, os actos
de garantia jurisdicional
da constitucionalidade. e,
com efeito , são tais
actos
os únicos que a CRP visa
disciplinar em
articulação com as
competências próprias
dos órgãos e dos
colégios eleitorais que
institui; aqueles que à
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CRP estão direta e


imediatamente
subordinados;
aqueles através dos quais
se projetam, desde logo,
as opções politico-
constitucionais ou a ideia
de
direito arrimada na CRP.
Conforme indicámos, ás
diversas funções do
Estado, correspondem
diferentes categorias de
atos,
26

nomeadamente leis,
actos de governo,
eleições e referendos,
regulamentos, atos
administrativos,
contratos administrativos
e outros contratos
públicos, actos
jurisdicionais ou
sentenças latissimo
sensu. Todos estes actos
integram o leque dos
actos jurídico-públicos,
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que são portanto, os


actos do
Estado no exercício de
um poder público e
sujeitos a normas de
Direito Público. No
conjunto dos
actos jurídico-públicos
avultam os actos
jurídico-constitucionais.
Numa definição formal,
os atos
jurídico-constitucionais
dizem-se os atos cujo
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estatuto pertence a título


principal, ao Direito
constitucional; os actos
regulados por normas da
CRP, ou ainda os atos
provenientes dos órgãos
constitucionais e com a
sua formação adstrita a
normas constitucionais.
Estão classificados como
acto jurídico-
constitucionais os atos da
função político-
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legislativa e governativa,
e em seu
complemento, os actos
de garantia jurisdicional
da constitucionalidade. e,
com efeito , são tais
actos
os únicos que a CRP visa
disciplinar em
articulação com as
competências próprias
dos órgãos e dos
colégios eleitorais que
institui; aqueles que à
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CRP estão direta e


imediatamente
subordinados;
aqueles através dos quais
se projetam, desde logo,
as opções politico-
constitucionais ou a ideia
de
direito arrimada na CRP.
Ato jurídico ou acto jurídico é uma manifestação da vontade humana que produz
efeitos jurídicos, causando a aquisição, modificação ou extinção de relações jurídicas e
de seus direitos. Assim, são fatos jurídicos que consistem em manifestações da vontade
humana. O conceito tem sua origem na doutrina alemã pandectista de finais do século
XVIII, tendo tido seu desenvolvimento completo em meados do século XIX com as
contribuições da Escola Histórica do Direito e da Jurisprudência dos conceitos que
muito influenciaram o Direito no resto do mundo, especialmente nos países de tradição
continental.

1.4.Valor Positivo do Jurídico Publico

Direito positivo é o conjunto de princípios e regras que regem a vida social de


determinado povo em determinada época. Diretamente ligado ao conceito de vigência, o
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direito positivo, em vigor para um povo determinado, abrange toda a disciplina da


conduta humana e inclui as leis votadas pelo poder competente, os regulamentos e as
demais disposições normativas, qualquer que seja a sua espécie. [1] Por definir-se em
torno de um lugar e de um tempo, é variável, por oposição ao que os jusnaturalistas
entendem ser o direito natural. (MOREIRA, 1991)

As duas principais teorias acerca das relações entre o direito e o Estado divergem


quanto à natureza do direito positivo. Para a teoria dualística do direito, Estado e direito
positivo seriam duas realidades distintas. Já a teoria monística, por outro lado, entende
que só existe um direito, o positivo, com o qual o Estado se confunde. Esta última
corrente, portanto, iguala o direito positivo ao Estado que o produz [2] Há também uma
teoria pluralista, minoritária, que afirma ser o direito positivo apenas uma dentre outras
manifestações jurídicas, ao lado do direito canônico e outros.

O positivismo jurídico ou juspositivismo (do latim jus: direito; positus (particípio


passado do verbo ponere): colocar, por, botar; tivus: que designa uma relação ativa ou
passiva[1]) é uma corrente da filosofia do direito que procura reduzir o Direito apenas
àquilo que está posto, colocado, dado, positivado e utilizar um método
científico (empírico) para estudá-lo. Ao definir o direito, o positivismo identifica,
portanto, o conceito de direito com o direito efetivamente posto pelas autoridades que
possuem o poder político de impor as normas jurídicas.

Segundo esta corrente de pensamento, os requisitos para verificar se uma norma


pertence ou não a um dado ordenamento jurídico têm natureza formal, vale dizer,
independem de critérios de mérito externos ao direito, decorrentes de outros sistemas
normativos, como a moral, a ética ou a política. (LAMEGO, 1999).

O direito é definido com base em elementos empíricos e mutáveis com o tempo - é a


tese do fato social, ou das fontes sociais ou convencionalista. Nega-se, com isso, as
teorias dualistas que admitem a existência de um direito natural ao lado do direito
positivo.

Assim, uma regra pertencerá ao sistema jurídico, criando direitos e obrigações para
os seus destinatários, desde que emane de uma autoridade competente para a criação de
normas e desde que seja criada de acordo com o procedimento previsto legalmente para
a edição de novas normas, respeitados os limites temporais e espaciais de validade,
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assim como as regras do ordenamento que resolvem possíveis incompatibilidades de


conteúdo (antinomias).

Referencias Bibliograficas

DANTAS, Ivo. Princípios Constitucionais e Interpretação Constitucional. Rio de


Janeiro, Editora Lumen Juris, 1995.

MOREIRA, Vital. Fundamentos da Constituição. Coimbra Editora, 1991.

FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Direito Constitucional do Trabalho - Estudos


em Homenagem ao prof. Amauri Mascaro do Nascimento, Ed. Ltr, 1991.

LAMEGO, José. Hermeneutica e Jurisprudência. Lisboa, Fragmentos, 1990.

VALDES, Jorge Tapia. Hermeneutica Constitucional. La Interpretación de la


Constitución em Sudamerica. Chile, Editorial Jurídico do Chile, 1973.

WOLFE, Chiristopher. La Transformación de la Interpretación Constitucional, Madrid,


Civitas, 1991.

LAMEGO, José. Hermeneutica e Jurisprudência, Maputo. 2000.

CANARIS, Claus Willtelm. Pensamento Sistemático e Conceito de Sistema na Ciência


do Direito. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenhian, 1989.

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