Aromaterapia 2
SUMÁRIO
1. Introdução ....................................................................................................... 3
1.1. Conceito e breve histórico ............................................................................ 3
1.2. Óleos essenciais .......................................................................................... 4
1.3. Óleos vegetais ............................................................................................. 5
2. Uso dos óleos essenciais ................................................................................ 6
2.1. Ramos da atuação ....................................................................................... 6
2.2. Formas de uso ............................................................................................. 6
2.3. Óleos e sua aplicação nos cosméticos ........................................................ 9
3. Métodos de obtenção dos óleos ................................................................... 11
3.1. Enfleurage ou enfloração ........................................................................... 11
3.2. Prensagem a frio ........................................................................................ 11
3.3. Maceração ................................................................................................. 12
3.4. Destilação .................................................................................................. 12
4. Características dos óleos essenciais ............................................................ 14
5. Aromaterapia aplicada a yoga e meditação ................................................. 25
6. Reações adversas ........................................................................................ 26
7. Cuidados e precauções ................................................................................ 27
8. Tabela de contraindicações .......................................................................... 28
Conclusão ......................................................................................................... 29
Referências Bibliográficas ................................................................................ 30
Aromaterapia 3
1. Introdução
1.1. Conceito e breve histórico
Aromaterapia é o ramo da Fitoterapia em que aplica óleos voláteis obtidos de
plantas em tratamento dos desequilíbrios, através dos aromas, buscando o bem-
estar do indivíduo. É considerada um tipo de medicina natural, alternativa,
preventiva e curativa, podendo ser usada como terapia complementar e
cuidados com a beleza no nosso dia a dia. De forma geral, trata nosso corpo
buscando restabelecer o equilíbrio do organismo. Os óleos utilizados aqui são
os essenciais, que podem atuar em nível fisiológico, emocional e até mesmo
energético.
Sessenta mil anos atrás, o homem Neanderthal já utilizava plantas
aromáticas. No entanto, foi na década de 1920, na Europa, que o termo
aromaterapia foi introduzido pelo químico francês René Maurice Gatefossé. Isso
aconteceu a partir de uma explosão no laboratório de sua família, onde teve sua
mão severamente queimada, fazendo como que ele imergisse suas mãos em
óleo de lavanda puro, observando que a queimadura regrediu em pouco tempo,
sem deixar infecções ou cicatrizes, fazendo com que seu interesse pelas
propriedades terapêuticas dos óleos essenciais surgisse. Além disso, ele se
dedicou a estudar sobre o uso destes em cosméticos, uma vez que verificou que
muitos óleos essenciais tinham propriedades antissépticas mais poderosas do
que alguns produtos químicos já utilizados com a mesma função.
Entretanto o termo só começou a se difundir em 1964. Foi neste ano que o
Dr. Jean Valnet publicou o livro de nome "Aromatherapie", em que apresentava
resultados do tratamento de desordens médicas e psiquiátricas durante a
Segunda Guerra Mundial, na qual se voluntariou como médico. Como ficou sem
seus antibióticos para utilizar, resolveu usar óleos essenciais e avaliar seus
efeitos, observando que os processos infecciosos em feridos eram
completamente exterminados e reduzidos com o uso destes.
As plantas e seus componentes vêm sendo usados desde antes de Cristo
(a.C.) com diversos objetivos, como medicinais, religiosos, incrementos na
beleza, dentre tantos outros. Pesquisas arqueológicas conduzidas na Índia,
Egito e Afeganistão relatam que antes mesmo dos anos 3.000 a.C. pomadas e
incensos aromáticos já eram utilizados. No período Neolítico (4000 a.C.), os
homens tribais cultivavam plantas e aprenderam a extrair os óleos graxos
vegetais através de pressão aplicada por meio de pedras, sendo que nesta
época já eram conhecidos os níveis de toxicidade de algumas ervas, que
passaram a ser usadas com muita cautela.
Ao longo da história até os dias de hoje, diversos povos e culturas vêm
utilizado a aromaterapia com inúmeros propósitos. Podemos citar o povo chinês
como os precursores para a utilização da técnica visando o bem-estar, harmonia
e equilíbrio do corpo humano. Por outro lado, os egípcios possuem uma ampla
utilização de plantas aromáticas em sua cultura, sendo os primeiros a implicarem
estas na fabricação de incensos, como já foi citado, além do uso em cosméticos
Aromaterapia 4
Por mais que sejam óleos, não são gorduras em si, o que os diferem dos óleos
vegetais. Recebem esta denominação por solubilizaram em fase oleosa e não
em água. Pode-se perceber que quando o colocamos em contato com a água,
os dois não se misturam, sendo que podemos ver claramente os dois compostos.
Exatamente por este motivo, são altamente capazes de penetrarem na
membrana de nossas células, que possuem característica lipídica, portanto,
permitem a entrada de similares, sendo altamente solúvel em componentes
lipídicos do nosso organismo. Com isso, eles atingem a corrente sanguínea onde
serão disseminados pelo corpo, podendo atuar em diversos sistemas.
Há ainda outras características que devem ser mencionadas. Podemos citar
que seus odores são fortes, são óleos extremamente fluídos e, geralmente,
possuem coloração. Em suas plantas de origem são encontrados em
quantidades muito pequenas, sendo mais abundantes naquelas que são mais
evoluídas como Dicotiledônias. Além do estágio de desenvolvimento da espécie,
fatores ambientais, condições de colheita da planta (devem acontecer pela
manhã) e forma de obtenção podem interferir na qualidade final do óleo.
inalação dos aromas que temos os efeitos que propiciam a energização do corpo
e da mente. Os receptores no nariz estão ligados ao sistema límbico, e é por isso
que nosso olfato pode desencadear memórias e emoções.
Existem diversos meios de realizar a dispersão de
aromas no ambiente, sendo que a mais comum delas
é utilizando difusores. Nestes aparelhos, dilui-se
gotas do óleo de sua preferência em água. As
moléculas difundidas pelo ar duram até mesmo
horas intactas no ambiente. Com isso, é possível que
sejam eliminadas impurezas do ar, bem como
esporos fúngicos e bactérias, por exemplo, por causa
das suas propriedades antissépticas. Assim, melhoram o grau de pureza e
qualidade do ar.
Existe uma ampla variedade de modelos de difusores de ambiente, sendo que
é recomendado escolher aquele que se adapta melhor ao seu caso. Difusores a
calor precisam ter a temperatura controlada até no máximo 50°C. Caso a
temperatura se eleve, a composição química dos óleos pode ser alterada,
modificando suas estruturas e, portanto, o modo como interagem com o
organismo, diminuindo, portanto, suas qualidades terapêuticas. É importante
mencionar que o excesso de estimulação olfativa não é de todo boa.
Especialistas afirmam que é recomendado criar intervalos sem cheiros para que
o olfato se renove antes de receber mais óleos essenciais.
Além dos difusores, é possível que haja a inalação direta do aroma dos óleos.
Esta é a maneira mais simples que tem, sendo capaz de afetar o humor e as
emoções. É possível fazê-lo colocando o frasco próximo ao nariz ou pingando
de 3 a 5 gotas na palma das mãos e inalando. Outro modo é colocar poucas
gotas (1-3) em um papel toalha, tecido, bola de algodão, lenço de pescoço,
toalha ou fronha e segurar perto do rosto e inalar. Ainda é possível realizar a
técnica do vapor quente, a qual consiste em colocar de 3-5 gotas em uma panela
com água quente e posicionar o rosto em cima. Pela temperatura da água, o óleo
evaporará rapidamente e penetrar pelo no sistema olfativo.
É possível ainda que seja realizado o uso interno do óleo essencial. Essa
modalidade só acontece quando recomendado por um médico ou terapeuta
apropriado, uma vez que a ingestão destes compostos pode causar diversas
reações adversas, devendo ser feita com extrema cautela e apenas quando for
extremamente necessário. Podem causar irritação gástrica se não forem diluídos
propriamente, além de acumularem no organismo levando a efeitos indesejados
no caso de superdosagens. Para que sejam usados desta maneira, deve haver
prescrição médica. A ingestão pode ocorrer por meio de cápsulas, pingando o
óleo de escolha na colher, adicionando-os em bebidas e alimentos.
Aromaterapia 9
como A, B1, B2 e C, as quais também são compostos gordurosos que irão atuar
na pele, deixando-a mais macia e flexível. Além disso, por conter vitamina C atua
também como antioxidante, impedindo o envelhecimento da pele e o
aparecimento de rugas.
Andiroba: a árvore da família Meliaceae da qual podemos obter este óleo é
a Carapa guianesis, que possui propriedades antissépticas, anti-inflamatórias,
cicatrizantes e inseticidas. Seu efeito é mais observado em pele secas, uma vez
que é um emoliente e possui alto teor hidratante.
Amêndoas doce: por mais que seja originado na Ásia, atualmente é um dos
óleos vegetais mais conhecidos e utilizados no mundo todo, sendo extraído das
sementes da Prunus amygdalus. Mais usado em cuidados com peles delicadas
e sensíveis como de crianças, idosos e grávidas. É também rico em vitaminas A,
B1, B2 e B6, proteínas e ácidos graxos. Atua como suavizante, nutritivo e
emoliente para todos os tipos de pele, também utilizado na prevenção de
aparecimento de estrias.
Gergelim: obtido da planta Sesamum indicum, uma planta da família
Pedaliáceas, e por isso pode também ser chamado de óleo sésamo. Contém
vitaminas do complexo A, B e E, sendo, portanto, aplicado na hidratação e
proteção da pele, aumentando a tonicidade e firmeza muscular, além de ser
muito bom para auxiliar em uma melhor circulação sanguínea na região.
Girassol: extraído de sementes do Helianthus annuus, tendo ação emoliente
e revitalizantes muito utilizado em massagens. Muito aplicado em peles secas,
sendo um ótimo hidratante.
Gérmen de trigo: concentra alto teor de proteínas e vitamina E, ácido linolêico
e fosfolipídeos. A vitamina E é capaz de impedir a perda de vitamina A do
organismo, retardando o envelhecimento da pele, além de impedir o
aparecimento de varizes por ser fortalecedor dos vasos sanguíneos. Este óleo é
extraído do germen do grão de trigo (Triticum vulgare).
Jojoba: capaz de obstruir os poros e glândulas sebáceas, regulando a
oleosidade intrínseca da pele, limpando bulbo capilar. Geralmente aplicado no
tratamento de rosácea e acne.
Semente de uva: tem elevado tero de alfa-tocoferol, ácido linolêico e
palmítico, que irão realizar a regeneração e manutenção da pele, sendo extraído
da semente do fruto da Vitis vinifera. É amplamente usado na prevenção de
estrias.
Rosa mosqueta: extraído por prensagem das sementes do fruto da Rosa
rubiginosa (Rosa Canina). É extremamente conhecido e utilizado por causa da
sua alta capacidade regeneradora, promovendo a renovação celular e
cicatrização.
Aromaterapia 11
3.3. Maceração
Neste processo, as folhas e flores são esmagadas para que suas glândulas
celulares sejam rompidas e liberem seu conteúdo. Posteriormente, são
colocadas em contato com gordura purificada e inodora ou até mesmo em óleo
vegetal quente. Uma nova massa vegetal de flores e folhas é colocada dentro do
primeiro óleo vegetal usado – o qual já está aromatizado –, assim é possível
adquirir a concentração do óleo. Aquece a mistura novamente a 30°C e deixa o
conteúdo macerando. O processo é repetido até alcançar a concentração do óleo
essencial desejada. No entanto, este método é muito lento e demorado, sendo
que o ciclo pode levar até um mês para ser concluído.
3.4. Destilação
Deixamos a destilação por último por ser justamente o método mais utilizado
para extração. É uma técnica que já foi observada por Dioscórides no século I e
utilizada por antigos egípcios, sendo aprimorada desde então. As cinco etapas
do processo acontecem dentro de um equipamento (alambique ou destilador)
que podem ser dos mais simples até os mais complexos. A ordem do processo
é a seguinte:
1. todo o material vegetal fresco ou seco da planta é inserido no tanque,
apoiado em uma peneira inox, onde irá passar vapor d’água – por mais que
seja a melhor maneira, não é recomendado para raízes, sementes (óleos
vegetais) ou galhos. Nestes casos, coloca-se o material diretamente na água,
sendo portanto fervido (destilação direta).
2. O material é aquecido pelo vapor (destilação indireta), e junto a ele é
carreado as substâncias aromáticas voláteis;
3. O vapor que agora contém o óleo, passa por uma serpentina, na qual será
resfriado e condensado;
4. Na porção terminal da serpentina, a mistura de água + óleo essencial acaba
sendo coletada a temperatura ambiente
5. Posteriormente, a dissociação de água e óleo ocorre pelo processo de
decantação, devido suas diferentes densidades. Aqui o óleo fica
sobrenadando a água, sendo coletado.
Aromaterapia 13
Por mais que este seja o método básico, há ainda variações dele que
acontecem para melhorar a qualidade do produto obtido. Deste modo, as
destilações podem ocorrer a temperaturas mais brandas durante um tempo
maior. Pode ainda ocorrer a repetição das etapas citadas acima, tendo no fim
um material mais refinado. No entanto, em todos os casos o rendimento é baixo
e caro, por exemplo, se formos obter um quilo de óleo essencial de eucalipto,
são necessários 46 quilos de planta.
Na maioria das vezes, a destilação é processada para obtenção exclusiva do
seu respectivo hidrolato. O hidrolato nada mais é do que a água que foi separado
do óleo na última etapa do processo, sendo caracterizada como uma água
destilada que contém cerca de 0,2 g/L de óleo essencial disperso na sua forma
ionizada, não sendo possível de decantar. Este material pode ser utilizados em
desinfecção de feridas e cuidados em geral com a pele.
O modo como são armazenados também interfere na qualidade do produto.
Depois de extraídos, por qualquer método que seja, os óleos devem ser
armazenados em vidros escuros (de cor âmbar), desinfectados, longes de luz e
calor, em lugares frescos sem grandes variações de temperatura, sempre muito
bem tampados, durando cerca de 2 a 3 anos.
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A bergamota é uma fruta cítrica, sendo que seu óleo é obtido por meio da
prensagem a frio da casca. O rendimento é de 0,5%, sendo necessários 2kg de
casca de bergamota para obter 10ml do óleo essencial. Apresenta um odor que
se assemelha ao limão e sua coloração é um amarelo-esverdeado ou até mesmo
verde-esmeralda, depende dos recipientes de cobre utilizados no momento da
extração.
Possui elevados teores de ésteres, tendo como principais componentes,
canfeno, limonemo, acetato de linalilo e nerol. Na aromaterapia é altamente
relaxante e sedativo. Suas indicações terapêuticas são para problemas de pele
como psoríase, eczemas, além de tratar problemas digestivos, febre, feridas,
acne, manchas de pele, celulite, dentre outros. O aroma proporciona alívio da
ansiedade, depressão, tensão, medo, insônia, sendo altamente eficaz para
dores de cabeça.
Aromaterapia 16
O óleo é obtido a partir da destilação das suas flores, sendo que a colheita
destas devem ser feitas em dias secos. O rendimento é de 0,22%, fornecendo
um óleo de coloração azulada por causa do seu principal componente, o azuleno,
que é um potente agente anti-inflamatório presente em altas concentrações no
óleo.
Altamente recomendado para ocorrências femininas, como hemorragias,
irregularidades na menstruação e cólicas. Além disso, possui propriedades como
analgésico, anti-anêmico, antidepressivo, cicatrizante e anti-espasmódico. É
também indicado para fadiga, afecções do fígado, insônia, acessos de histeria,
dores musculares e dores nas articulações, bem como flatulências e erupções
alérgicas.
Em misturas com outros óleos, a camomila tende a ser predominante. O
azuleno, seu principal componente, é encontrado apenas no óleo destilado,
sendo ausente nas flores frescas da planta.
Este óleo também é obtido pela destilação a vapor de suas folhas, tendo
coloração entre amarelo e marrom avermelhado. Por causa do seu aroma que
lembra limão, vem o nome “capim-limão”. Possui citral como seu principal
Aromaterapia 17
anetol. Este, por sua vez, atua no sistema digestivo. Para obter 1L do seu óleo
essencial, são necessários 33kg de sementes, estas são o fruto da planta.
O óleo possui uma vasta gama de propriedades como, por exemplo, é ótimo
para inibir o apetite, anti-inflamatório, analgésico, antitrombótico, ajuda em
distúrbios como náuseas, constipação, além de ter efeito sedativo, sendo
também eficaz no tratamento de timidez e autoestima. Também estimula o
entusiasmo durante todo o dia.
É terapeuticamente indicado para cálculos renais, dores estomacais,
obesidade, celulites, caspas, pode ser usado como tônico para a pele, fortalece
a gengiva, alivia coceiras, dentre outros. Reduz também o estresse, medo,
ansiedade e fraqueza. Atua na drenagem linfática quando misturado com o óleo
essencial de limão e o óleo vegetal de andiroba.
Entretanto, algumas prevenções devem ser tomadas. Seu uso deve ser
evitado durante a gestação e lactação. Algumas pessoas possuem dermatite
como uma reação adversa em relação ao seu uso. Nunca deve ser utilizado
internamente devido sua alta toxicidade mesmo em doses pequenas, o que não
acontece com seu uso externo. Nunca deve ser usado em crianças menores de
6 anos.
O gengibre é uma planta medicinal muito utilizada com o passar dos anos.
Possui propriedades anti-inflamatórias, bactericidas, desintoxicantes, digestivas,
circulatórias, analgésicas e afrodisíacas. A extração ocorre a partir do seu
rizoma, sendo que para produzir 10ml deste óleo são necessários
aproximadamente 500g de rizomas.
Como indicação terapêutica podemos encontrar: alívio de gripe, resfriados,
bronquite, doenças reumáticas e dores musculares. Para este último, a
massagem deve ser realizada com uma mistura de óleo de gengibre + óleo de
alecrim + óleo vegetal de camomila-alemã. É também utilizado contra varizes,
celulites, flacidez de pele, memória fraca, enxaqueca, insônia, combatendo
letargia, falta de ânimo e disposição, dentre outros distúrbios.
Aromaterapia 20
Entretanto, seu uso interno não deve acontecer uma vez que pequenas doses
já provocam violentas náuseas.
Usar sempre de modo externo, não podendo ser ingerido. Sempre diluir em
óleos vegetais antes de aplicar na pele, evitando seu uso concomitante com
paracetamol. Não deve ser usado por gestantes, crianças, alérgicos, epiléticos
e pessoas com distúrbios de coagulação.
Este óleo também é conhecido como tea tree oil. Possui diversas
propriedades mundialmente reconhecidas, podemos citar sua ação cicatrizante,
expectorante e antisséptica como principais. Para extrair 1L deste óleo são
necessárias 100kg de folhas. Na pele é indicado para cravos e espinhas, picadas
de insetos, podendo ajudar no combate a caspas no couro cabeludo. Ainda pode
ser usado em micoses, cistite, problemas respiratórios, aumentando também a
imunidade.
Aromaterapia 23
Estes são os principais e mais usados óleos essenciais, sendo que ainda
existem outros. Para entrar no mundo da aromaterapia, recomenda-se conhecer
a fundo primeiro cinco óleos e depois partir para os demais, por conta da alta
complexidade destas substâncias.
Aromaterapia 25
6. Reações Adversas
Como já dissemos, os óleos essenciais são altamente concentrados e
complexos, sendo que uma gota de óleo corresponde a 30g do material vegetal.
A ação dos componentes é imediata no organismo humano. Existem diversas
reações adversas que podem acontecer, como fototoxicidade, irritação na pele
e reações alérgicas, envenenamentos e efeitos psicotrópicos. Falaremos sobre
cada uma deles detalhadamente a seguir.
Fototoxicidade
Compostos que contém furanocumarinas (LFC) podem causar algumas
reações na pele. Podem aparecer manchas escuras, queimaduras e, em casos
extremos, até mesmo câncer. Os óleos que possuem LFC são comumente os
cítricos como limão, grapefruit, bergamota, laranja, cominho, verbena, tagetes,
arruda, dentre outros.Pensando nisso, a indústria já possibilita a produção
destes óleos livres de furanocumarinas, mas não são todos que são feitos deste
modo.
Irritações e alergias
Todos as pessoas estão susceptíveis a estas reações, sendo que irão variar
de acordo com o organismo de cada um, e com os compostos presentes no óleo.
Substâncias como os aldeídos tendem a causarem mais irritação e queimadura
na pele, lembrando que eles estão presentes no óleo de canela.
Envenenamentos
Por mais que sejam reações mais raras, é possível de acontecer. O óleo de
eucalipto e outros possuem casos registrados de envenenamento. O que pode
prevenir isso de acontecer são os gotejadores presentes nos frascos em que são
vendidos, uma vez que impedirão a super-dosagem. Ainda assim, é preciso se
atentar com os óleos que possuem alta toxicidade conhecida, como é o caso do
óleo de erva-de-santa-maria que com apenas duas gotas é capaz de matar uma
criança de três anos.
Em caso de intoxicação por ingestão, é recomendado tomar água em
abundância e sucos de frutas não cítricas como mamão. Leite também
costumam a funcionar nesses casos. Por outro lado, intoxicações por inalação
são menos frequentes, mas também podem acontecer nos locais de produção.
Efeitos psicotrópicos
Alguns óleos possuem propriedades psicotrópicas conhecidas e já
estudadas, devendo ser usados com demasiada cautela quando realizada uso
por via oral. É o caso do óleo de noz-moscada, que possui dois compostos com
potencial alucinogênico quando ingerido em doses elevadas.
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7. Cuidados e precauções
• Ingestão oral nunca deve ser feita antes de haver alguma recomendação
médica.
8. Tabela de contraindicações
Conclusão
Com tudo que vimos, podemos concluir que a Aromaterapia não é algo
relativamente novo, mas que vem ganhando cada vez mais espaço no mundo
moderno. O que foi descoberto na década de 1920 vem sendo cada vez mais
estudado e o conhecimento vem sendo enriquecido. Novas técnicas para a
extração dos óleos se mostraram melhor do que outras utilizadas antigamente,
sendo que algumas possibilitam a obtenção de óleos de melhor qualidade como
é o caso da destilação a vapor (óleos essenciais) e prensagem a frio (óleos
vegetais).
Vimos também que os óleos essenciais são extremamente concentrados e
complexos, repletos de compostos cada um com a sua finalidade. Cada um
possui diversas propriedades e podem ser utilizados em diversos distúrbios, mas
atualmente o que mais é explorado é a aplicação dos óleos na rotina de skincare,
em cosméticos. Além disso, eles não devem ser aplicados sem ser diluídos,
geralmente esta etapa ocorre em óleos vegetais, que por sua vez possuem
propriedades próprias que também são excelentes para combater alguns
desequilíbrios.
Exatamente por serem tão complexos e precisarem ser diluídos, todo cuidado
e atenção em sua manutenção é pouco. Existem reações adversas e precauções
a serem tomadas a fim de evitar problemas maiores como intoxicação.
Aromaterapia 30
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Viver de aromas, 2020.
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