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AROMATERAPIA

Aromaterapia 2

SUMÁRIO

1. Introdução ....................................................................................................... 3
1.1. Conceito e breve histórico ............................................................................ 3
1.2. Óleos essenciais .......................................................................................... 4
1.3. Óleos vegetais ............................................................................................. 5
2. Uso dos óleos essenciais ................................................................................ 6
2.1. Ramos da atuação ....................................................................................... 6
2.2. Formas de uso ............................................................................................. 6
2.3. Óleos e sua aplicação nos cosméticos ........................................................ 9
3. Métodos de obtenção dos óleos ................................................................... 11
3.1. Enfleurage ou enfloração ........................................................................... 11
3.2. Prensagem a frio ........................................................................................ 11
3.3. Maceração ................................................................................................. 12
3.4. Destilação .................................................................................................. 12
4. Características dos óleos essenciais ............................................................ 14
5. Aromaterapia aplicada a yoga e meditação ................................................. 25
6. Reações adversas ........................................................................................ 26
7. Cuidados e precauções ................................................................................ 27
8. Tabela de contraindicações .......................................................................... 28
Conclusão ......................................................................................................... 29
Referências Bibliográficas ................................................................................ 30
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1. Introdução
1.1. Conceito e breve histórico
Aromaterapia é o ramo da Fitoterapia em que aplica óleos voláteis obtidos de
plantas em tratamento dos desequilíbrios, através dos aromas, buscando o bem-
estar do indivíduo. É considerada um tipo de medicina natural, alternativa,
preventiva e curativa, podendo ser usada como terapia complementar e
cuidados com a beleza no nosso dia a dia. De forma geral, trata nosso corpo
buscando restabelecer o equilíbrio do organismo. Os óleos utilizados aqui são
os essenciais, que podem atuar em nível fisiológico, emocional e até mesmo
energético.
Sessenta mil anos atrás, o homem Neanderthal já utilizava plantas
aromáticas. No entanto, foi na década de 1920, na Europa, que o termo
aromaterapia foi introduzido pelo químico francês René Maurice Gatefossé. Isso
aconteceu a partir de uma explosão no laboratório de sua família, onde teve sua
mão severamente queimada, fazendo como que ele imergisse suas mãos em
óleo de lavanda puro, observando que a queimadura regrediu em pouco tempo,
sem deixar infecções ou cicatrizes, fazendo com que seu interesse pelas
propriedades terapêuticas dos óleos essenciais surgisse. Além disso, ele se
dedicou a estudar sobre o uso destes em cosméticos, uma vez que verificou que
muitos óleos essenciais tinham propriedades antissépticas mais poderosas do
que alguns produtos químicos já utilizados com a mesma função.
Entretanto o termo só começou a se difundir em 1964. Foi neste ano que o
Dr. Jean Valnet publicou o livro de nome "Aromatherapie", em que apresentava
resultados do tratamento de desordens médicas e psiquiátricas durante a
Segunda Guerra Mundial, na qual se voluntariou como médico. Como ficou sem
seus antibióticos para utilizar, resolveu usar óleos essenciais e avaliar seus
efeitos, observando que os processos infecciosos em feridos eram
completamente exterminados e reduzidos com o uso destes.
As plantas e seus componentes vêm sendo usados desde antes de Cristo
(a.C.) com diversos objetivos, como medicinais, religiosos, incrementos na
beleza, dentre tantos outros. Pesquisas arqueológicas conduzidas na Índia,
Egito e Afeganistão relatam que antes mesmo dos anos 3.000 a.C. pomadas e
incensos aromáticos já eram utilizados. No período Neolítico (4000 a.C.), os
homens tribais cultivavam plantas e aprenderam a extrair os óleos graxos
vegetais através de pressão aplicada por meio de pedras, sendo que nesta
época já eram conhecidos os níveis de toxicidade de algumas ervas, que
passaram a ser usadas com muita cautela.
Ao longo da história até os dias de hoje, diversos povos e culturas vêm
utilizado a aromaterapia com inúmeros propósitos. Podemos citar o povo chinês
como os precursores para a utilização da técnica visando o bem-estar, harmonia
e equilíbrio do corpo humano. Por outro lado, os egípcios possuem uma ampla
utilização de plantas aromáticas em sua cultura, sendo os primeiros a implicarem
estas na fabricação de incensos, como já foi citado, além do uso em cosméticos
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e fins terapêuticos, sendo também os criadores do termo “perfume”. No mais,


este povo realizava a mumificação dos corpos com plantas aromáticas por
acreditar tanto em sua força como em seu valor antisséptico para conservar
imortais. Similarmente, os gregos implicaram o uso da aromaterapia em
perfumes. massagens terapêuticas e combater pragas.
O emprego dos óleos essenciais é dividido em duas grandes vertentes na
Europa. A Aromaterapia inglesa que se fixou mais no emprego dos óleos
essenciais para o bem-estar e tratamento, como já foi mencionado, sendo,
portanto, voltado para o uso holístico. Por outro lado, a Aromaterapia francesa
ou Aromatologia, se refere a ciência que estuda os óleos essenciais e suas
possíveis atuações, compreendendo o uso dos óleos na área clínica, de modo
farmacológico, abrangendo sua aplicação também na perfumaria e gastronomia,
por exemplo. Seja inspirada na escola francesa ou inglesa, esses tratamentos
permitem evolução no estudo de diversas doenças, agregando cada vez mais
informações dos benefícios dos aromas na nossa saúde.

1.2. Óleos essenciais


Os óleos essenciais (OE) são substâncias químicas voláteis produzidas pelas
plantas para processos próprios, exercendo função ecológica, como proteção e
reprodução, e são utilizados na aromaterapia. Eles podem ser extraídos de
algumas regiões como as folhas, flores, cascas, galhos, raízes, sementes e
troncos, sendo que os óleos cítricos como limão e bergamota são extraídos das
cascas dos frutos. Além disso, dentro de uma mesma espécie podemos extrair
óleos diferentes, dependendo do local de onde foram coletados. Todos os óleos
essenciais são altamente concentrados e complexos, podendo ultrapassar 300
componentes químicos dependendo do óleo.
Os princípios ativos encontrados são extremamente potentes. Porém, como
podemos encontrar uma grande variedade de componentes em sua fórmula,
como álcoois, cetonas, aldeídos, ésteres, fenóis e hidrocarbonetos, alguns
cuidados devem ser tomados para que efeitos secundários indesejados sejam
minimizados no organismo, não sendo observados durante seu uso. Isso não
acontece quando isolamos uma molécula em específica que o óleo contém para
usarmos posteriormente.
Os fenóis, por exemplo, são potentes antissépticos, estando presentes nos
óleos de tomilho e orégano, por exemplo. Já as cetonas, tem ação na
regeneração celular, liquefazendo mucosidades, sendo ótimos
descongestionantes podendo atuar em casos de doenças respiratórias, sendo
encontrados nos óleos de lavanda, tuia e tagetes. Álcoois costumam atuarem
como sedativos, antissépticos e estimulam o sistema imunológico, estando nos
óleos de sândalo e neroli. Sesquiterpenos possuem como órgão de atuação o
fígado, ajudando no processo de desintoxicação do organismo. Também atuam
como estimuladores de funções glandulares, e podem ser encontrados nos óleos
de camomila, pinho e limão.
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Por mais que sejam óleos, não são gorduras em si, o que os diferem dos óleos
vegetais. Recebem esta denominação por solubilizaram em fase oleosa e não
em água. Pode-se perceber que quando o colocamos em contato com a água,
os dois não se misturam, sendo que podemos ver claramente os dois compostos.
Exatamente por este motivo, são altamente capazes de penetrarem na
membrana de nossas células, que possuem característica lipídica, portanto,
permitem a entrada de similares, sendo altamente solúvel em componentes
lipídicos do nosso organismo. Com isso, eles atingem a corrente sanguínea onde
serão disseminados pelo corpo, podendo atuar em diversos sistemas.
Há ainda outras características que devem ser mencionadas. Podemos citar
que seus odores são fortes, são óleos extremamente fluídos e, geralmente,
possuem coloração. Em suas plantas de origem são encontrados em
quantidades muito pequenas, sendo mais abundantes naquelas que são mais
evoluídas como Dicotiledônias. Além do estágio de desenvolvimento da espécie,
fatores ambientais, condições de colheita da planta (devem acontecer pela
manhã) e forma de obtenção podem interferir na qualidade final do óleo.

1.3. Óleos vegetais


Como citado anteriormente, os óleos essenciais são uma mistura rica de
substâncias orgânicas altamente concentradas, sendo que, em sua maioria, são
utilizados diluídos. Podemos diluí-los em substâncias carreadoras e um exemplo
comumente utilizado são os óleos vegetais (OV). A diferença destes óleos são o
local da planta do qual são extraídos, sendo que este último é, principalmente,
proveniente de sementes, ao passo que os essenciais são obtidos das estruturas
anteriormente mencionadas, como a folha. Além disso, não são substâncias
voláteis, possuem o aroma mais suave e são menos líquidos que os essenciais.
Os óleos vegetais são podem ser considerados propriamente gorduras por
possuírem ácidos graxos em sua composição. Suas moléculas formadoras são
de natureza lipídica, portanto possuem cadeias longas ricas em carbono,
enquanto os essenciais possuem compostos terpenos, caracterizados pela
presença de anéis em sua fórmula, sendo que isso não acontece com os
vegetais. Cada tipo de vegetal possui propriedades específicas e os óleos
obtidos são utilizados para diversas finalidades, tais como alimentícias,
cosméticas, combustíveis e terapêuticas.
Como não são concentrados, os óleos vegetais podem ser usados
isoladamente, sem necessidade de diluição. Assim, quando não são usados
como carreadores, podem ser aplicados em massagens, hidratações do corpo e
cabelos, rosto, dentre outras finalidades. Obtemos mais benefícios quando
utilizados em sua forma pura, e principalmente se forem obtidos por prensagem
a frio. Deste modo, podemos observar melhor seus efeitos do que quando
utilizamos seus princípios ativos sintéticos comercializados pela indústria,
porque estes incluem em suas formulações componentes químicos agressivos,
como os parabenos.
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2. Uso dos óleos essenciais


2.1. Ramos da atuação
Podemos dividir a aromaterapia em três grandes ramos de atuação: fisiologia,
psicologia e energia, como já foi mencionado. Na área fisiológica, trabalha-se
mais com as propriedades químicas dos óleos essenciais. A molécula química
presente no óleo atua como hormônio, interagindo com nossas moléculas
levando informações às nossas células. De modo geral, podemos observar seu
poder antisséptico, anti-inflamatório, analgésico e sedativos, sendo que cada um
interage da sua própria maneira, obtendo resultados diferentes. Isso pode
acontecer através do uso do óleo em massagens, banhos, inalação, ingestão e
o uso de produtos que contam com estes em sua composição.
Na área psicológica, é necessário inalar as substâncias químicas dos óleos
essenciais. Assim, elas conseguem penetrar na barreira hematoencefálica, que
é o que protege o nosso cérebro, atingindo diretamente o Sistema Límbico,
responsável pelas nossas emoções, observando a promoção do equilíbrio. A
memória olfativa que a pessoa carrega também possui grande influência sobre
o resultado. Em toda as formas de uso dos óleos é possível entrar contato com
algumas emoções que são possibilitadas ao sentir seu aroma, no entanto a
inalação propriamente dita exerce efeitos psicológicos mais profundos.
Por último, temos a área energética na qual pesquisas vêm sendo
desenvolvidas desde 1992. Neste ano, o Dr. Bruce Tainio demonstrou que os
óleos essenciais possuem uma vibração intrínseca que corresponde a vibração
original da planta quando estava viva. Dessa forma, os óleos podem interagir
com o nosso sistema energético, aumentando sua frequência e diminuindo a
susceptibilidade a doenças. Podemos citar, mais uma vez, o francês Jean Valnet
que enfatizou as propriedades do óleo essencial de alecrim, comparando, por
exemplo, a salvia e ao tomilho, observando sua habilidade de modificar o tônico
cardiovascular, que pode fazer com que palpitações desapareçam.

2.2. Formas de uso


Quando o efeito do óleo é fisiológico, podemos obtê-lo por meio de aplicações
tópicas. Estas por sua vez podem ser de forma direta, massagens, banhos
aromáticos, compressas e escalda-pés. Dependendo do que está sendo tratado,
você pode utilizar o óleo essencial puro no local, em pequena quantidade,
atentando sempre para não utilizar aqueles que podem causar danos para a pele
(ex.: tomilho, canela e orégano).
Existem alguns óleos essenciais que devemos nos atentar por poderem
causar manchas e queimaduras quando são expostas ao sol. Os mais comuns
são o de laranja, limão, tangerina, bergamota e arruda. O que faz com que isso
aconteça são as furanocumarinas (LFC), que algumas empresas escolhem
retirar ao produzirem os óleos essenciais livres.
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O uso tópico pode acontecer de algumas maneiras, vamos começar falando


sobre a aplicação direta. Acontece quando se aplica o óleo apenas no local
afetado, mas sempre com muita cautela por causa da sua alta concentração de
compostos. Devemos lembrar também que a quantidade maior de produto não
implica em uma melhora mais rápida, podendo causar eventos adversos
severos. Geralmente, o recomendado é que se aplique de 1 a 5 gotas, pode ser
aplicado puro mas não são todos e apenas em alguns casos.
Outra maneira de aplicarmos estas substâncias na pele, é por meio de
massagens. Com esta técnica, estimula-se pele, músculos e tecidos conjuntivos,
promovendo o relaxamento e equilíbrio. Aqui é necessário a diluição em óleos
vegetais como amêndoas, abacate, dentre outros. A diluição recomendada é de
1 a 5%, mas pode chegar a 10% em casos graves de inflamações articulares e
fibromialgia.
Por meio das massagens aromáticas, tem-se a eficácia imediata dos
compostos do óleo. Isso acontece porque é assim que possuem acesso ao
sistema linfático, o segundo sistema circulatório do nosso organismo. Ele é
responsável por drenar tudo que está em grandes quantidades, como fluido de
células e tecidos, pela absorção de nutrientes lipossolúveis (aqueles que são
dissolvidos em óleo e gordura). Por ser apolar, os óleos atraem estes nutrientes
que estão em excesso no nosso corpo, eliminando-os pelo sistema linfático.
Realizar compressas com água, quente ou fria, misturada com algumas gotas
de óleo é outro meio de promover a absorção tópica de óleos essenciais. Em
banhos, diluí-los em sabonete líquido ou em água na banheira é outro modo de
adquirir os benefícios destas substâncias, uma vez que os poros da sua pele
estarão abertos por causa da água quente do chuveiro, as propriedades serão
mais bem aproveitadas e absorvidas rapidamente.
Há ainda a possibilidade de ser realizado uma espécie de escalda-pés,
também chamado de pedilúvio. Consiste na imersão dos pés em um recipiente
com água quente e óleos essenciais dispersos no meio, sendo que o nível da
água deve alcançar a panturrilha. Esse método é capaz de aquecer todo o corpo,
além de permitir que os vasos sanguíneos desta região se dilatem por causa da
temperatura, recebendo mais sangue e reduzindo a congestão em outros locais
do corpo. É recomendado em casos de insônia, congestão, gripes e resfriados,
dores de cabeça, dentre outros distúrbios de equilíbrio. Por causa do seu efeito
relaxante, também é usado em conjunto a outros tratamentos fitoterápicos.
No entanto, o uso tópico dos óleos essenciais depende de alguns fatores para
que suas propriedades sejam absorvidas. Existem alguns fatores que permitem
maior permeabilidade das propriedades encontradas nos compostos. Podemos
citar a temperatura mais elevada da pele, que pode acontecer por meio de
banhos quentes ou compressas, maior grau de hidratação e integridade.
A inalação é outra maneira de absorver os óleos essenciais. Aqui teremos a
atuação mais na área psicológica, mas também possibilita tratar distúrbios
respiratórios como asma, bronquite, pneumonia, laringite e rinite. É também pela
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inalação dos aromas que temos os efeitos que propiciam a energização do corpo
e da mente. Os receptores no nariz estão ligados ao sistema límbico, e é por isso
que nosso olfato pode desencadear memórias e emoções.
Existem diversos meios de realizar a dispersão de
aromas no ambiente, sendo que a mais comum delas
é utilizando difusores. Nestes aparelhos, dilui-se
gotas do óleo de sua preferência em água. As
moléculas difundidas pelo ar duram até mesmo
horas intactas no ambiente. Com isso, é possível que
sejam eliminadas impurezas do ar, bem como
esporos fúngicos e bactérias, por exemplo, por causa
das suas propriedades antissépticas. Assim, melhoram o grau de pureza e
qualidade do ar.
Existe uma ampla variedade de modelos de difusores de ambiente, sendo que
é recomendado escolher aquele que se adapta melhor ao seu caso. Difusores a
calor precisam ter a temperatura controlada até no máximo 50°C. Caso a
temperatura se eleve, a composição química dos óleos pode ser alterada,
modificando suas estruturas e, portanto, o modo como interagem com o
organismo, diminuindo, portanto, suas qualidades terapêuticas. É importante
mencionar que o excesso de estimulação olfativa não é de todo boa.
Especialistas afirmam que é recomendado criar intervalos sem cheiros para que
o olfato se renove antes de receber mais óleos essenciais.
Além dos difusores, é possível que haja a inalação direta do aroma dos óleos.
Esta é a maneira mais simples que tem, sendo capaz de afetar o humor e as
emoções. É possível fazê-lo colocando o frasco próximo ao nariz ou pingando
de 3 a 5 gotas na palma das mãos e inalando. Outro modo é colocar poucas
gotas (1-3) em um papel toalha, tecido, bola de algodão, lenço de pescoço,
toalha ou fronha e segurar perto do rosto e inalar. Ainda é possível realizar a
técnica do vapor quente, a qual consiste em colocar de 3-5 gotas em uma panela
com água quente e posicionar o rosto em cima. Pela temperatura da água, o óleo
evaporará rapidamente e penetrar pelo no sistema olfativo.
É possível ainda que seja realizado o uso interno do óleo essencial. Essa
modalidade só acontece quando recomendado por um médico ou terapeuta
apropriado, uma vez que a ingestão destes compostos pode causar diversas
reações adversas, devendo ser feita com extrema cautela e apenas quando for
extremamente necessário. Podem causar irritação gástrica se não forem diluídos
propriamente, além de acumularem no organismo levando a efeitos indesejados
no caso de superdosagens. Para que sejam usados desta maneira, deve haver
prescrição médica. A ingestão pode ocorrer por meio de cápsulas, pingando o
óleo de escolha na colher, adicionando-os em bebidas e alimentos.
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2.3. Óleos e sua aplicação nos cosméticos


A aplicação mais comum dos óleos essenciais nos dias de hoje é em
cosméticos. Existem inúmeros desequilíbrios da pele que podem ser melhorados
e tratados efetivamente com as propriedades encontradas nestas substâncias
naturais. Um único óleo, devido à alta complexidade e variedades de moléculas
que podem ser encontradas nele, podem tratar diversas desordens de uma só
vez.
Qualquer tipo de pele pode aderir ao uso dos óleos. Por não serem
devidamente gorduras e óleos trazem benefícios para peles secas, mistas e
oleosas. Existe uma vasta gama destas substâncias que podem atuar contra a
acne, por exemplo. São capazes de reduzir inflamações, previne rugas,
combater infecções por diversos microrganismos
Segundo a aromaterapeuta Rhiannon Harris, editora-chefe do International
Journal of Clinical Aromatherapy: “o tratamento das doenças de pele e a
promoção da saúde da pele é de relevância mundial e representa um mercado
multi bilionário para todas as indústrias envolvidas. As aromaterapeutas tem à
sua disposição ferramentas únicas que podem de forma simples impactar
positivamente um grande espectro de condições de pele responsáveis por
estresse biopsicossocial.”
Como a pele é intimamente conectada ao Sistema Nervoso Central, o uso dos
produtos nela podem trazer diversos benefícios. Quando uma pessoa bem
capacitada e treinada trabalha efetivamente em nível da interface cutânea, é
possível que a aplicação correta dos óleos resulte em cura também por meio do
toque e sensibilização olfativa. Com isso, temos redução do estresse, ansiedade,
insônia e situações de baixa autoestima, insegurança e desmotivação se tornam
menos frequentes. Isso acontece justamente porque eles são capazes de
atravessar a barreira hematoencefálica - que é como se fosse uma película que
protege o cérebro da entrada de diversas substâncias e microrganismos.
No entanto, diferentemente dos essenciais, os óleos vegetais per si podem
ser utilizados no contato com a pele. Além de serem carreadores dos óleos
essenciais, possuem propriedades próprias que também podem trazer muitos
benefícios. O óleo de rosa mosqueta, por sua vez, é de extrema eficácia no
combate de manchas e cicatrizes.
Como já dissemos anteriormente, para possuírem sua devida ação, devem
ser extraídos pelo método de prensagem a frio. Por serem ricos em emolientes,
sua suavidade e flexibilidade na pele são mantidas. Isso faz com que estes óleos
exerçam efeito protetor e hidratante contra a irritação, uma vez que formam uma
barreira que impede a perda excessiva de água da pele. Podemos citar como os
mais utilizados os óleos de abacate, amêndoas doce, andiroba, girassol, gérmen
de trigo, gergelim, rosa mosqueta, semente de uva e jojoba, e conceituam-se da
seguinte forma:
Abacate: uma das plantas da família Lauráceas, sendo extraído da polpa de
Persea gratissima. Contém em sua composição abundante fonte de vitaminas,
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como A, B1, B2 e C, as quais também são compostos gordurosos que irão atuar
na pele, deixando-a mais macia e flexível. Além disso, por conter vitamina C atua
também como antioxidante, impedindo o envelhecimento da pele e o
aparecimento de rugas.
Andiroba: a árvore da família Meliaceae da qual podemos obter este óleo é
a Carapa guianesis, que possui propriedades antissépticas, anti-inflamatórias,
cicatrizantes e inseticidas. Seu efeito é mais observado em pele secas, uma vez
que é um emoliente e possui alto teor hidratante.
Amêndoas doce: por mais que seja originado na Ásia, atualmente é um dos
óleos vegetais mais conhecidos e utilizados no mundo todo, sendo extraído das
sementes da Prunus amygdalus. Mais usado em cuidados com peles delicadas
e sensíveis como de crianças, idosos e grávidas. É também rico em vitaminas A,
B1, B2 e B6, proteínas e ácidos graxos. Atua como suavizante, nutritivo e
emoliente para todos os tipos de pele, também utilizado na prevenção de
aparecimento de estrias.
Gergelim: obtido da planta Sesamum indicum, uma planta da família
Pedaliáceas, e por isso pode também ser chamado de óleo sésamo. Contém
vitaminas do complexo A, B e E, sendo, portanto, aplicado na hidratação e
proteção da pele, aumentando a tonicidade e firmeza muscular, além de ser
muito bom para auxiliar em uma melhor circulação sanguínea na região.
Girassol: extraído de sementes do Helianthus annuus, tendo ação emoliente
e revitalizantes muito utilizado em massagens. Muito aplicado em peles secas,
sendo um ótimo hidratante.
Gérmen de trigo: concentra alto teor de proteínas e vitamina E, ácido linolêico
e fosfolipídeos. A vitamina E é capaz de impedir a perda de vitamina A do
organismo, retardando o envelhecimento da pele, além de impedir o
aparecimento de varizes por ser fortalecedor dos vasos sanguíneos. Este óleo é
extraído do germen do grão de trigo (Triticum vulgare).
Jojoba: capaz de obstruir os poros e glândulas sebáceas, regulando a
oleosidade intrínseca da pele, limpando bulbo capilar. Geralmente aplicado no
tratamento de rosácea e acne.
Semente de uva: tem elevado tero de alfa-tocoferol, ácido linolêico e
palmítico, que irão realizar a regeneração e manutenção da pele, sendo extraído
da semente do fruto da Vitis vinifera. É amplamente usado na prevenção de
estrias.
Rosa mosqueta: extraído por prensagem das sementes do fruto da Rosa
rubiginosa (Rosa Canina). É extremamente conhecido e utilizado por causa da
sua alta capacidade regeneradora, promovendo a renovação celular e
cicatrização.
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3. Métodos de obtenção dos óleos


As partes das plantas que podem ser utilizadas para a extração dos óleos
essenciais e vegetais são as mais diversas. Entretanto, sempre existem as
partes mais específicas na qual podemos obter o óleo mais adequado para
determinada ação. Por exemplo, por vezes aqueles que são obtidas da flor são
melhores do que se extraídos das folhas da mesma erva, e isso acontece por
causa da diferença na composição.
Existe uma vasta gama de métodos que podem ser utilizados, sendo que cada
planta tem aquele que é o mais adequado para ela. Para os óleos essenciais, o
mais utilizado é a destilação, ao passo que para os vegetais é a prensagem a
frio. Entretanto, de modo geral, o processamento doméstico não se adequa a
nenhum dos métodos atualmente disponíveis, por mais que seja artesanal é
necessária uma exagerada quantidade de material para se obter pequenos
volumes dos óleos.

3.1. Enfleurage ou enfloração


Este é um dos primeiros métodos a serem utilizados na história, sendo usado
principalmente nas pétalas de flores, por serem muito delicadas. O que acontece
é uma extração em camadas, no qual são utilizados tecidos embebidos em óleo
ou até mesmo gordura, fazendo com que o óleo essencial migre das pétalas para
o tecido e seja dissolvido em seu conteúdo. Posteriormente, é removido com o
uso de solventes adequados, e estes também devem ser removidos em uma
segunda etapa para a obtenção do óleo essencial.
Atualmente, o método não é mais utilizado. Em casos em que a flor possui
baixo teor de óleo essencial, ou que sejam extremamente delicadas para serem
utilizado o método de destilação a vapor, ou ainda em flores em que mesmo
depois de cortadas continuam a produzir óleos ainda pode ser usado, mas
apenas em último caso. É um processo lento e de baixo rendimento.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=sYNw1IfOBuM

3.2. Prensagem a frio


Pode ainda ser chamado de “expressão” ou “processo da esponja”.
Geralmente usado na Itália para obtenção de óleos vegetais ou caso seja a
extração de óleos obtidos das cascas de frutos (óleos cítricos). O processo
acontece com o corte de frutas cítricas ao meio, separando as polpas das
cascas, deixando estas últimas imersas na água por várias horas. Em seguida,
as cascas são comprimidas com as mãos em cima de esponjas que irão absorver
o sumo diluído em água. A prensagem realizada em máquinas resulta, em sua
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maioria, no mesmo produto. O rendimento máximo deste método é de 80% do


conteúdo total do óleo.
Do ponto de vista terapêutico, esta seria a melhor abordagem para a obtenção
dos óleos. Por causa da ausência da interferência de calor, menos alterações
são provocadas nas moléculas que compõe o óleo.

3.3. Maceração
Neste processo, as folhas e flores são esmagadas para que suas glândulas
celulares sejam rompidas e liberem seu conteúdo. Posteriormente, são
colocadas em contato com gordura purificada e inodora ou até mesmo em óleo
vegetal quente. Uma nova massa vegetal de flores e folhas é colocada dentro do
primeiro óleo vegetal usado – o qual já está aromatizado –, assim é possível
adquirir a concentração do óleo. Aquece a mistura novamente a 30°C e deixa o
conteúdo macerando. O processo é repetido até alcançar a concentração do óleo
essencial desejada. No entanto, este método é muito lento e demorado, sendo
que o ciclo pode levar até um mês para ser concluído.

3.4. Destilação
Deixamos a destilação por último por ser justamente o método mais utilizado
para extração. É uma técnica que já foi observada por Dioscórides no século I e
utilizada por antigos egípcios, sendo aprimorada desde então. As cinco etapas
do processo acontecem dentro de um equipamento (alambique ou destilador)
que podem ser dos mais simples até os mais complexos. A ordem do processo
é a seguinte:
1. todo o material vegetal fresco ou seco da planta é inserido no tanque,
apoiado em uma peneira inox, onde irá passar vapor d’água – por mais que
seja a melhor maneira, não é recomendado para raízes, sementes (óleos
vegetais) ou galhos. Nestes casos, coloca-se o material diretamente na água,
sendo portanto fervido (destilação direta).
2. O material é aquecido pelo vapor (destilação indireta), e junto a ele é
carreado as substâncias aromáticas voláteis;
3. O vapor que agora contém o óleo, passa por uma serpentina, na qual será
resfriado e condensado;
4. Na porção terminal da serpentina, a mistura de água + óleo essencial acaba
sendo coletada a temperatura ambiente
5. Posteriormente, a dissociação de água e óleo ocorre pelo processo de
decantação, devido suas diferentes densidades. Aqui o óleo fica
sobrenadando a água, sendo coletado.
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Por mais que este seja o método básico, há ainda variações dele que
acontecem para melhorar a qualidade do produto obtido. Deste modo, as
destilações podem ocorrer a temperaturas mais brandas durante um tempo
maior. Pode ainda ocorrer a repetição das etapas citadas acima, tendo no fim
um material mais refinado. No entanto, em todos os casos o rendimento é baixo
e caro, por exemplo, se formos obter um quilo de óleo essencial de eucalipto,
são necessários 46 quilos de planta.
Na maioria das vezes, a destilação é processada para obtenção exclusiva do
seu respectivo hidrolato. O hidrolato nada mais é do que a água que foi separado
do óleo na última etapa do processo, sendo caracterizada como uma água
destilada que contém cerca de 0,2 g/L de óleo essencial disperso na sua forma
ionizada, não sendo possível de decantar. Este material pode ser utilizados em
desinfecção de feridas e cuidados em geral com a pele.
O modo como são armazenados também interfere na qualidade do produto.
Depois de extraídos, por qualquer método que seja, os óleos devem ser
armazenados em vidros escuros (de cor âmbar), desinfectados, longes de luz e
calor, em lugares frescos sem grandes variações de temperatura, sempre muito
bem tampados, durando cerca de 2 a 3 anos.
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4. Características dos óleos essenciais

Alecrim Rosamarinus officinalis

O óleo essencial de alecrim é obtido a partir da destilação de suas folhas e


flores, sendo que é necessário realiza-lo logo depois de colhidas, porque com o
passar do tempo estas partes perdem seus componentes aromáticos,
oferecendo um óleo cada vez mais fraco. O rendimento da destilação de alecrim
fica em torno de 1,5%, portanto, para a extração de 10ml de óleo são necessários
700g a 1kg de planta. Por mais que a maioria dos óleos essenciais apresentem
coloração, este é praticamente incolor.
Possui como principais constituintes: cineol, borneol, canfeno, lineol, pinemo
e cânfora, sendo assim as propriedades observadas são como anti-reumático,
antisséptico, cardiotônico, estimulante geral, hepático e hipertensor.
As indicações terapêuticas são as mais diversas, podendo ser utilizado para
reumatismo, gota, lesões de pele, queimaduras, sarnas, pediculose, fraqueza
geral, fadiga mental, anemia, distúrbios hepato-biliares, altos índices de
colesterol, distúrbios digestivos e hipotensão. O óleo de alecrim é ainda uma
excelente indicação para recomposição mental após excessivo exercício
intelectual. Dependendo do modo como for usado pode propiciar diferentes
benefícios, como pode ser observado na tabela abaixo retirada da Apostila de
Aromaterapia da Phytotherápica.

As dosagens preconizadas devem ser respeitadas rigidamente, pois se for


utilizado em excesso pode ser altamente tóxico. Gestantes e epiléticos devem
evitar o uso deste óleo, uma vez que este pode induzir o aborto e desencadear
ataques, respectivamente.

Artemísia Artemisia vulgaris

As plantas do gênero Artemisia eram mais utilizadas antigamente, sendo


muito úteis no trabalho de parto. Atualmente, o óleo de Artemísia pode ser usado
para aliviar sintomas de menopausa. Para isso, é necessário misturar a ele, o
óleo essencial de sálvia e o óleo vegetal de trigo, massageando o corpo após o
Aromaterapia 15

banho. Para a extração de 10ml são necessários aproximadamente 2kg de


planta.
Suas indicações terapêuticas para a área de saúde são para cólicas
menstruais, enjoo, indigestão, má circulação, dores nas articulações, sendo
também eficazes para piolhos. Quando utilizado como cosmético, atinge
variados efeitos nos cabelos, por exemplo, além de desobstruir poros e
rejuvenescer a pele. Seu aroma também possui efeito emocional, combatendo o
estresse, cansaço, desânimo, dentre outros, por meio de aromatização do
ambientes, banhos, escalda-pés e ainda massagens.

Bergamota Citrus bergamia

A bergamota é uma fruta cítrica, sendo que seu óleo é obtido por meio da
prensagem a frio da casca. O rendimento é de 0,5%, sendo necessários 2kg de
casca de bergamota para obter 10ml do óleo essencial. Apresenta um odor que
se assemelha ao limão e sua coloração é um amarelo-esverdeado ou até mesmo
verde-esmeralda, depende dos recipientes de cobre utilizados no momento da
extração.
Possui elevados teores de ésteres, tendo como principais componentes,
canfeno, limonemo, acetato de linalilo e nerol. Na aromaterapia é altamente
relaxante e sedativo. Suas indicações terapêuticas são para problemas de pele
como psoríase, eczemas, além de tratar problemas digestivos, febre, feridas,
acne, manchas de pele, celulite, dentre outros. O aroma proporciona alívio da
ansiedade, depressão, tensão, medo, insônia, sendo altamente eficaz para
dores de cabeça.
Aromaterapia 16

Camomila Matricaria chamomilla

O óleo é obtido a partir da destilação das suas flores, sendo que a colheita
destas devem ser feitas em dias secos. O rendimento é de 0,22%, fornecendo
um óleo de coloração azulada por causa do seu principal componente, o azuleno,
que é um potente agente anti-inflamatório presente em altas concentrações no
óleo.
Altamente recomendado para ocorrências femininas, como hemorragias,
irregularidades na menstruação e cólicas. Além disso, possui propriedades como
analgésico, anti-anêmico, antidepressivo, cicatrizante e anti-espasmódico. É
também indicado para fadiga, afecções do fígado, insônia, acessos de histeria,
dores musculares e dores nas articulações, bem como flatulências e erupções
alérgicas.
Em misturas com outros óleos, a camomila tende a ser predominante. O
azuleno, seu principal componente, é encontrado apenas no óleo destilado,
sendo ausente nas flores frescas da planta.

Canela Cinnamomum zeylanicum

O óleo da canela é extraído da casca do tronco da árvore e de suas folhas,


sendo que este último rende mais. Para obter 10ml são necessários 500g de
folhas, possuindo, portanto, um melhor rendimento em comparação com os
outros anteriormente citados.
É aplicável para diversas situações como o reumatismo, indigestão,
resfriados, gripes, acne, cabelos, depressão, cansaço, fadiga mental, dentre
outros listados na tabela abaixo. Lembrando que o efeito obtido depende do seu
modo de uso.

Capim-limão Cymbopogon citratus

Este óleo também é obtido pela destilação a vapor de suas folhas, tendo
coloração entre amarelo e marrom avermelhado. Por causa do seu aroma que
lembra limão, vem o nome “capim-limão”. Possui citral como seu principal
Aromaterapia 17

componente, estando em maior concentração, e linalol e geraniol em menor


concentração. Possui propriedade antisséptica, diurético, antioxidante,
vasodilatador, digestivo, capaz de acalmar todo o sistema nervoso central
Como indicações terapêuticas temos assepsia, afecções respiratórias,
distúrbios digestivos, podendo prevenir úlcera gástrica e aliviar náuseas, cólicas
e pediculoses. Pode ainda ser utilizado para tratar gota, uma vez que ativa a
circulação sanguínea e ajuda a eliminar ácido úrico. Pode ser usado no combate
da acne, suor excessivo e seborreia, sendo muito útil para peles oleosas. Quanto
ao emocional, pode aliviar fadiga mental, cansaço, estresse, capaz ainda de
aumentar a concentração. É importante mencionar que o óleo pode causar
irritação na pele em concentrações maiores que 1%.

Cravo Eugenia caryophyllata

O cravo é um dos vegetais mais ricos em aroma, sendo usado na culinária do


mundo todo. O óleo essencial pode ser extraído tanto das folhas quanto dos
botões. Ambas as partes possuem propriedades antissépticas, analgésicas,
inseticida e antitumoral. Para obter 1L de óleo são necessários 150kg de folhas
da árvore de cravo.
Como indicações terapêuticas, o óleo pode ser aplicado para tratar micoses,
dor de dente, infecções bucais, acne, verrugas, cabelos secos, reumatismo e
atua também no trato respiratório. Quanto ao emocional, tem efeito positivo no
que se refere a fadiga mental, dores de cabeça e memória fraca. Veja na tabela
abaixo outras aplicações.

Erva-doce Foeniculum vulgare

A erva-doce é muito usada desde antigamente. Os gregos foram os primeiros


a reconhecer seu valor como auxiliar de emagrecimento. As sementes eram
comidas por atletas enquanto treinavam para os jogos olímpicos para
proporcionar força e longevidade. Possui como principal componente químico o
Aromaterapia 18

anetol. Este, por sua vez, atua no sistema digestivo. Para obter 1L do seu óleo
essencial, são necessários 33kg de sementes, estas são o fruto da planta.
O óleo possui uma vasta gama de propriedades como, por exemplo, é ótimo
para inibir o apetite, anti-inflamatório, analgésico, antitrombótico, ajuda em
distúrbios como náuseas, constipação, além de ter efeito sedativo, sendo
também eficaz no tratamento de timidez e autoestima. Também estimula o
entusiasmo durante todo o dia.
É terapeuticamente indicado para cálculos renais, dores estomacais,
obesidade, celulites, caspas, pode ser usado como tônico para a pele, fortalece
a gengiva, alivia coceiras, dentre outros. Reduz também o estresse, medo,
ansiedade e fraqueza. Atua na drenagem linfática quando misturado com o óleo
essencial de limão e o óleo vegetal de andiroba.

Entretanto, é contraindicado para gestantes, epiléticos, crianças de até 5


anos, pele com fissuras e pacientes com endometriose, câncer no seio ou no
sistema reprodutivo. Não pode ser utilizadas concentrações maiores que 2,5%
em aplicações dérmicas. Além disso, não pode ser utilizado concomitantemente
com medicação anticoagulante.

Eucalipto Eucalyptus globulus

Conhecido como o óleo da limpeza energética, é muito utilizado para eliminar


pensamentos negativos. Sua extração acontece por meio da destilação das
folhas da árvore, sendo que devem ser utilizadas as folhas mais velhas
originárias de ramos maduros, sendo que quanto mais fresca, mas concentrado
o óleo fica. Possui coloração amarelo-pálido, com aroma semelhante à cânfora.
É constituído principalmente de eucaliptol, que possui alto teor antisséptico.
Banhos e massagens são as formas mais comuns utilizadas na aplicação
deste óleo essencial. A absorção e eliminação parcial se dá a nível do pulmão,
onde possuem maior ação. Por causa das suas propriedades antissépticas são
aplicados no tratamento de rinite, resfriados, sinusites, bronquite e eliminação de
catarro por conta da sua atividade expectorante. Além disso, tem alto poder anti-
inflamatório, podendo também ser usado em picadas de insetos.
Aromaterapia 19

Suas indicações terapêuticas, além das citadas anteriormente, são utilizados


em caso de doenças reumáticas, além de serem estimulantes mentais, aliviando
estresse, fraqueza, ansiedade, falta de energia, bem como na mudança de
humor. São muito utilizados nos cosméticos devido sua ação nos cabelos,
podendo ajudar no crescimento dos fios, caspa, cabelos opacos e fracos. Veja
outras indicações e suas formas de uso na tabela abaixo.

Entretanto, algumas prevenções devem ser tomadas. Seu uso deve ser
evitado durante a gestação e lactação. Algumas pessoas possuem dermatite
como uma reação adversa em relação ao seu uso. Nunca deve ser utilizado
internamente devido sua alta toxicidade mesmo em doses pequenas, o que não
acontece com seu uso externo. Nunca deve ser usado em crianças menores de
6 anos.

Gengibre Zingiber officinalis

O gengibre é uma planta medicinal muito utilizada com o passar dos anos.
Possui propriedades anti-inflamatórias, bactericidas, desintoxicantes, digestivas,
circulatórias, analgésicas e afrodisíacas. A extração ocorre a partir do seu
rizoma, sendo que para produzir 10ml deste óleo são necessários
aproximadamente 500g de rizomas.
Como indicação terapêutica podemos encontrar: alívio de gripe, resfriados,
bronquite, doenças reumáticas e dores musculares. Para este último, a
massagem deve ser realizada com uma mistura de óleo de gengibre + óleo de
alecrim + óleo vegetal de camomila-alemã. É também utilizado contra varizes,
celulites, flacidez de pele, memória fraca, enxaqueca, insônia, combatendo
letargia, falta de ânimo e disposição, dentre outros distúrbios.
Aromaterapia 20

Hortelã-pimenta Mentha piperita

O óleo de hortelã-pimenta possui alta concentração de mentol (40%), o qual


pode agir contra a tosse, ser analgésico tópico, antiespasmódico. Seu aroma é
refrescante e são necessários 60kg de planta para extrair 1L de óleo. Possui
propriedade expectorante, além de ser anti-inflamatório.
Com isso, pode ser usado para tratar sinusite e rinite, tosse, dores reumáticas,
indigestão e mau hálito. Atua no clareamento de manchas, crescimento capilar,
celulite, varizes e acne. Quanto ao lado emocional, atua melhorando a fadiga
mental, depressão, medo e falta de atenção.

Contraindicado para epiléticos, hipertensos, gestantes, lactantes e crianças


de até 7 anos. Pode sensibilizar peles sensíveis, sendo necessário aumentar a
diluição.

Laranja doce Citrus sinensis

O óleo de laranja doce possui propriedades calmantes, sedantes, estomacais,


carminativas, antissépticas e digestivas. Ainda possui atividades antidepressivas
e ansiolíticas. É relaxante muscular leve, reforça o sistema imunológico, estimula
circulação e elimina a retenção de líquidos. São necessários 100kg da casca ou
250kg da fruta para extrair 1L de óleo essencial.

Como mostrado na tabela acima, possui como indicações terapêuticas:


indigestão, gases, prisão de ventre, gastrite, dermatite, cólicas. É muito utilizada
em cosméticos por atuar contra manchas de pele, celulite, caspa, pele seca e
enrugada e poros abertos. Atua contra ansiedade, agitação, alteração de humor,
Aromaterapia 21

estresse, dores de cabeça, dentre outros, sendo também um estimulador de


criatividade.

Lavanda Lavandula officinalis

O óleo essencial de lavanda é um dos mais versáteis e apreciados pela


Aromaterapia, sendo obtido pela destilação por vapor de suas flores, devendo já
estarem abertas, diferente do seu uso doméstico que são flores fechadas. O
processo rende 0,7 a 1,7%, sendo necessários 1,5kg a 2kg de flores para obter
10ml de óleo.
Suas propriedades antissépticas, cicatrizantes, analgésicas, hipotensoras,
tranquilizantes e antidepressivas são extensivamente aplicadas nas mais
diversas áreas da saúde, podendo ser até mesmo utilizadas contra assaduras
em bebês em conjunto com o óleo vegetal de germe de trigo. Pode ser utilizada
para cólicas, dermatite, queimaduras, picadas de inseto, ajudando também na
TPM e no fluxo irregular. Além disso, auxilia no tratamento de acnes, espinhas,
podendo ser utilizadas em peles oleosas, secas e inflamadas. Quanto ao
emocional, ajuda a aliviar estresse, ansiedade, depressão, dor de cabeça, dentre
outros.

Entretanto, seu uso interno não deve acontecer uma vez que pequenas doses
já provocam violentas náuseas.

Limão Citrus limonum

O óleo essencial de limão é encontrado em pequenas bolsas na casca do


fruto, obtido por meio da prensagem a frio das cascas de frutos verdes. O
rendimento varia entre 0,1% a 0,3%, sendo necessários 4000 frutos para obter
1kg de óleo essencial. Sua coloração varia entre verde e verde-amarelado.
Este óleo é um dos mais riscos em vitaminas, sobretudo vitamina C,
funcionando como um ótimo antioxidante, e betacaroteno (precursor de vitamina
A). Possui forte ação bactericida, mas também estimula positivamente o sistema
imunológico, aumentando a síntese de leucócitos. Ao contrário da fruta, o óleo
Aromaterapia 22

possui ação alcalina no sistema digestivo, sendo capaz de equilibrar ácidos em


excesso no estômago e intestino. Além disso, possui propriedades reconhecidas
de ação reumática e carminativa.
Como indicações terapêuticas, pode ser utilizado em diversas infecções, para
reduzir temperatura corporal e febre, insuficiência hepática, artrite, reumatismo,
afecções da pele e varizes. É muito utilizado para atenuar manchas na pele,
inflamações, acne e queda de cabelo, por exemplo. Além disso, seu aroma
auxilia na depressão, ansiedade, desânimo e negativismo.

Manjericão Ocimum basilicum

Além de ser muito utilizado como tempero na culinária, o manjericão produz


um excelente óleo essencial. Possui diferentes quimiotipos, tendo alta variação
na sua composição química. De modo geral, possui como principais
propriedades seu potencial antioxidante, antisséptico, digestivo e respiratório,
além de repelir mosquitos. O óleo é extraído de suas folhas por destilação a
vapor, sendo necessários 160-300kg para obtenção de 1L de óleo.
Suas indicações terapêuticas contêm: indigestão, cólicas, tensão nervosa,
irregularidade no fluxo menstrual, depressão, ansiedade e insônia.

Usar sempre de modo externo, não podendo ser ingerido. Sempre diluir em
óleos vegetais antes de aplicar na pele, evitando seu uso concomitante com
paracetamol. Não deve ser usado por gestantes, crianças, alérgicos, epiléticos
e pessoas com distúrbios de coagulação.

Melaleuca Melaleuca alternifolia

Este óleo também é conhecido como tea tree oil. Possui diversas
propriedades mundialmente reconhecidas, podemos citar sua ação cicatrizante,
expectorante e antisséptica como principais. Para extrair 1L deste óleo são
necessárias 100kg de folhas. Na pele é indicado para cravos e espinhas, picadas
de insetos, podendo ajudar no combate a caspas no couro cabeludo. Ainda pode
ser usado em micoses, cistite, problemas respiratórios, aumentando também a
imunidade.
Aromaterapia 23

Palmarosa Cymbopogon martini

A palmarosa é uma espécie de capim muito aromático cultivado para extração


de óleo essencial, sendo também muito utilizado na Índia na produção de
insensos. Possui altas concentrações de geraniol, cerca de 70%, por isso tem
sido muito utilizado para adulterar o óleo de rosas, que possui este componente,
assim como está presente também no óleo de citronela e gerânio. O geraniol
possui diferentes propriedades terapêuticas, das quais podemos citar sua
eficácia contra insetos, sua ação antisséptica e antitumoral.
A extração ocorre por meio da destilação a vapor das folhas, sendo
necessários 40kg da planta para extração de 1L.
Demais indicações terapêuticas podem ser vistas na tabela abaixo:

Sálvia Esclareia Salvia sclarea

Esta planta é utilizada desde a antiguidade pelos romanos. O óleo essencial


de sálvia esclareia é rico em acetato de linalila, compondo cerca 65% da sua
composição total. Este é responsável por grande parte de suas propriedades
como: antidepressivo, antisséptico, antiespasmódico, adstringente, carminativo,
digestivo, hipotensor, sedativo e uterino, dentre outros. A extração é feita por
destilação a vapor, sendo necessárias 70kg de planta para obter 1L de óleo.
Possui como indicações terapêuticas a capacidade de controlar o fluxo
irregular de menstruação, atuando também sobre cólicas, TPM, frigidez,
menopausa, dentre outros. Na pele, pode ser usado contra acnes, rugas, poros
Aromaterapia 24

abertos, atuando também sobre os cabelos, livrando o coro cabeço de caspas,


oleosidade e estimulando o crescimento das madeixas. No âmbito emocional,
sua aplicabilidade se limita à ansiedade, tensão nervosa, depressão, insônia e
dores de cabeça.

Tomilho Thymus vulgaris

O Tomilho QT timol é um poderoso antisséptico, usado com frequência em


formulações de pastas de dente e enxaguantes bucais. Suas principais
propriedades são: anti-infeccioso, expectorante, repelente de insetos, antibiótico
e analgésico. Para extração de 10ml de óleo de tomilho são necessários 4kg da
planta aproximadamente.

Estes são os principais e mais usados óleos essenciais, sendo que ainda
existem outros. Para entrar no mundo da aromaterapia, recomenda-se conhecer
a fundo primeiro cinco óleos e depois partir para os demais, por conta da alta
complexidade destas substâncias.
Aromaterapia 25

5. Aromaterapia aplicada a yoga e meditação


Como vimos, a aplicação dos óleos essenciais acontece em diversas áreas.
Atualmente, vêm sendo estudado a junção da aromaterapia na prática da yoga
e meditação, o maior benefício dos óleos essenciais no yoga é usá-los para
trazer a mente para um estado de foco, concentração e paz interior. Isso é
possível por meio da inalação do aroma disperso no ambiente por difusores ou,
como acontece na maioria das vezes, aplicar pouquíssimas gotas do óleo na
pele. Esta última abordagem geralmente acontece em aulas em grupo, uma vez
que nem todos podem apreciar ou se adaptar ao aroma da sala.
Podemos escolher várias categorias diferentes de odores e propriedades
quando se trata de óleos essenciais. Por exemplo, algumas categorias são óleos
cítricos (energizantes em sua maioria), óleos florais (calmantes) e óleos terrosos
(aterramento). Cada tipo de óleo pode desencadear diferentes energias ou
humores, e quando isso acontece, podemos tornar o corpo mais relaxado para
receber e aproveitar melhor todos os benefícios da yoga.
Para promover calma e relaxamento podem ser utilizados principalmente
quatro óleos essenciais. O óleo de cedro possui característica calmante, sendo
indicado para promover concentração. Já o de capim-limão é capaz
de promover relaxamento muscular leve e redução do estresse, além de ter
efeito desintoxicante para o organismo, como já mencionamos anteriormente. O
óleo essencial de eucalipto ajuda na melhoria da respiração, além de promover
clareza mental. Por fim temos o óleo de lavanda, o qual possui propriedades
antidepressivas e sedativas, sendo muito indicado para ansiedade, insônia e
estresse.
Existem óleos capazes de promover maiores índices de concentração, foco
e aumento de disposição e energia para realizar as atividades, podemos
destacar cinco. O óleo de laranja doce possui propriedades calmantes e anti-
inflamatórias, este óleo ajuda a promover um melhor humor, além de
relaxamento físico e mental. Há também o óleo hortelã-pimenta que conta com
propriedade expectorante e antiviral, além de propiciar sensação refrescante e
revigorante. O óleo essencial de melaleuca é um antisséptico e atributo
purificante, sendo importante para a limpeza e harmonização de ambientes. Já
o óleo essencial de olíbano promove um estado meditativo e relaxante profundo,
além de auxiliar na regeneração celular e desintoxicação do corpo. Por fim pode
ser utilizado o óleo de limão por sua capacidade de eliminar toxinas e estimular
a energia do corpo.
Além dos óleos que podem ser utilizados durante as aulas, existem aquele
que podem ser usufruídos depois da prática. Para alívio de tensões musculares
temos os óleos essenciais de manjerona, alecrim, capim-limão, cássia e
gengibre. Por outro lado, na meditação, podemos prolongar o estado meditativo
de relaxamento e calma com os óleos de melaleuca, lavanda, laranja, limão,
hortelã-pimenta, eucalipto e citronela.
Aromaterapia 26

6. Reações Adversas
Como já dissemos, os óleos essenciais são altamente concentrados e
complexos, sendo que uma gota de óleo corresponde a 30g do material vegetal.
A ação dos componentes é imediata no organismo humano. Existem diversas
reações adversas que podem acontecer, como fototoxicidade, irritação na pele
e reações alérgicas, envenenamentos e efeitos psicotrópicos. Falaremos sobre
cada uma deles detalhadamente a seguir.
Fototoxicidade
Compostos que contém furanocumarinas (LFC) podem causar algumas
reações na pele. Podem aparecer manchas escuras, queimaduras e, em casos
extremos, até mesmo câncer. Os óleos que possuem LFC são comumente os
cítricos como limão, grapefruit, bergamota, laranja, cominho, verbena, tagetes,
arruda, dentre outros.Pensando nisso, a indústria já possibilita a produção
destes óleos livres de furanocumarinas, mas não são todos que são feitos deste
modo.
Irritações e alergias
Todos as pessoas estão susceptíveis a estas reações, sendo que irão variar
de acordo com o organismo de cada um, e com os compostos presentes no óleo.
Substâncias como os aldeídos tendem a causarem mais irritação e queimadura
na pele, lembrando que eles estão presentes no óleo de canela.
Envenenamentos
Por mais que sejam reações mais raras, é possível de acontecer. O óleo de
eucalipto e outros possuem casos registrados de envenenamento. O que pode
prevenir isso de acontecer são os gotejadores presentes nos frascos em que são
vendidos, uma vez que impedirão a super-dosagem. Ainda assim, é preciso se
atentar com os óleos que possuem alta toxicidade conhecida, como é o caso do
óleo de erva-de-santa-maria que com apenas duas gotas é capaz de matar uma
criança de três anos.
Em caso de intoxicação por ingestão, é recomendado tomar água em
abundância e sucos de frutas não cítricas como mamão. Leite também
costumam a funcionar nesses casos. Por outro lado, intoxicações por inalação
são menos frequentes, mas também podem acontecer nos locais de produção.
Efeitos psicotrópicos
Alguns óleos possuem propriedades psicotrópicas conhecidas e já
estudadas, devendo ser usados com demasiada cautela quando realizada uso
por via oral. É o caso do óleo de noz-moscada, que possui dois compostos com
potencial alucinogênico quando ingerido em doses elevadas.
Aromaterapia 27

7. Cuidados e precauções

• O uso de óleos essenciais em bebês e crianças pequenas só deve ser feito


em pequenas quantidades, extremamente diluídos.

• Em gestantes, só devem ser utilizados conforme orientação médica, por mais


que durante a gestação e trabalho de parto venham a ser de extrema ajuda.
Isso acontece porque óleos como os de alecrim esclaréia, erva-doce, hortelã-
pimenta, hissopo, junípero, manjerona, poejo e sálvia, por exemplo, podem
induzir ao aborto ou até mesmo causar prejuízos ao feto.

• Indivíduos com epilepsia devem evitar óleos que podem desencadear um


ataque como os de alecrim, absinto, erva-doce, hissopo e sálvia.

• Ingestão oral nunca deve ser feita antes de haver alguma recomendação
médica.

• Os óleos essenciais são altamente inflamáveis, portanto, devem ser


manuseados com muita atenção perto de velas.

• Alguns óleos essenciais são solventes, devendo evitar o contato com


plásticos e borrachas.

• Os óleos, como exceção do de lavanda, devem sempre ser diluídos em óleos


vegetais antes de serem utilizados em contato com a pele.

• Qualquer óleo é tóxico se for utilizado em altas dosagem

• Alguns óleos não podem ser utilizados concomitantemente com medicações,


especialmente fármacos homeopatas
Aromaterapia 28

8. Tabela de contraindicações

Evitar óleos de cânfora, tuia, sálvia, sálvia esclaréia, erva-


Grávidas
doce, anis estrelado, bétula
Hipertensos Evitar óleos que contenham cânfora
Hipotensos Evitar óleos de alho, cebola, lavanda, palmarosa, eucalipto
Evitar óleos de menta e hortelã, casca de canela, cássia, erva-
Distúrbios do fígado
doce, anis estrelado, cravo, savin e óleos ricos em LFC
Hemofilia Evitar óleos de wintergreen e bétula doce
Glaucoma e Evitar óleos de citronela, capim-limão e capim-cidreira
hiperplasia prostática
Depressão Evitar óleos de lavanda
Aromaterapia 29

Conclusão
Com tudo que vimos, podemos concluir que a Aromaterapia não é algo
relativamente novo, mas que vem ganhando cada vez mais espaço no mundo
moderno. O que foi descoberto na década de 1920 vem sendo cada vez mais
estudado e o conhecimento vem sendo enriquecido. Novas técnicas para a
extração dos óleos se mostraram melhor do que outras utilizadas antigamente,
sendo que algumas possibilitam a obtenção de óleos de melhor qualidade como
é o caso da destilação a vapor (óleos essenciais) e prensagem a frio (óleos
vegetais).
Vimos também que os óleos essenciais são extremamente concentrados e
complexos, repletos de compostos cada um com a sua finalidade. Cada um
possui diversas propriedades e podem ser utilizados em diversos distúrbios, mas
atualmente o que mais é explorado é a aplicação dos óleos na rotina de skincare,
em cosméticos. Além disso, eles não devem ser aplicados sem ser diluídos,
geralmente esta etapa ocorre em óleos vegetais, que por sua vez possuem
propriedades próprias que também são excelentes para combater alguns
desequilíbrios.
Exatamente por serem tão complexos e precisarem ser diluídos, todo cuidado
e atenção em sua manutenção é pouco. Existem reações adversas e precauções
a serem tomadas a fim de evitar problemas maiores como intoxicação.
Aromaterapia 30

Referências Bibliográficas
FERRAZ, ANDRÉ. Guia Completo da Aromaterapia Para Iniciantes. Como
Usar a Aromaterapia para Transformar sua Saúde e Equilibrar suas Emoções.
Viver de aromas, 2020.
CORREA, B. M.; SCHOTTEN, L. A.; MACHADO, M. AROMATERAPIA NA
SAÚDE E NA BELEZA: DESENVOLVIMENTO DE UM MANUAL PRÁTICO.
2018.
NETO, E. A. Curso Básico de Aromaterapia.
PHYTOTERÁPICA. Aromaterapia.
HOLOS. Entenda a Diferença Entre Aromaterapia e Aromatologia.
Disponível em: http://www.holos.com.br/diferenca-aromaterapia-e-aromatologia/
PETRY, DAIANA. Óleo essencial x Óleo vegetal – Você sabe a diferença?.
Disponível em: http://blog.harmoniearomaterapia.com.br/oleos-essenciais-e-
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TERRAFLOR. Principais práticas da aromaterapia na atualidade. Disponível
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NOVIDADE SAUDÁVEL. Aromaterapia e Yoga: Conheça os Principais Óleos
Essenciais para Yoga e Meditação. Disponível em:
https://novidadesaudavel.com.br/aromaterapia-e-yoga-oleos-essenciais-para-
meditacao/
REZENDE, BABI. Aromaterapia: Conheça os Principais Óleos Essenciais
para Yoga e Meditação. Disponível em:
https://equilibrioempratica.com/aromaterapia-oleos-essenciais-para-yoga-e-
meditacao/

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