Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FATORES CRÍTICOS
DA SUA EFICÁCIA
Autores
(participantes do MBA executivo, Católica Porto Business School, 2018-2020)
Albino Bruno da Silva Ramos
Alexandra Isabel Matias de Almeida Mendes Gonçalves
Alexandre Veiga Ribeiro
Ana Costa e Silva de Sousa Cruz
Ana Lia Duarte de Oliveira Ribeiro de Sousa
Ana Sofia Rei Barata San Romão
André António Sousa Machado
António Coimbra da Costa
Armando Filipe Ferreira Soares
Bernardo Morais Campos Pinto
Cidália Cristina Pimenta Neto
Helder Filipe Tavares Pinto
Hélder Renato Gonçalves de Amorim
Hugo Pedro Capelo Videira Gonçalves Monteiro
Inês Maia Campos Costa
João Fernando Monteiro Fernandes Martins
José Diogo Martins Magalhães Teles Teixeira
Luísa Margarida Figueiredo Duarte
Maria Antónia Ferreira das Neves Morgado Alves Casinhas
Maria Inês Ribeiro Guedes
Miguel Cabral de Almeida Summavielle
Nuno André Vaz Moreira da Silva
Nuno António Lopes dos Santos Nunes
Nuno Ricardo dos Santos Malheiro
Paulo Miguel Maia de Oliveira Pereira
Pedro Nuno Laranjo Ferreira Pinto
Rui Alberto Abreu de Sousa
Sandra Cristina da Rocha Gomes Paredes
Sílvia Alexandra Campos de Figueiredo Silva
Sofia Alexandra Martins Magalhães Pires
Sofia de Carvalho Lucas Castro Lopes
Vítor Manuel Guimarães Carvalho Lima
O segundo equívoco provém da equiparação entre consenso e bondade da decisão. Ou, na versão
simétrica: da equivalência entre conflito e pobreza da decisão. É comum considerar-se que uma decisão
rápida, tomada por consenso, é melhor do que uma decisão lenta emergente de um processo conflituoso.
Todavia, a evidência é clara: em decisões complexas, a divergência de opiniões, o conflito substantivo
e as grandes discussões são cruciais para que a decisão seja de melhor qualidade2. Se, na fase da
preparação da decisão, essa divergência não é estimulada, os riscos de pensamento grupal são maiores:
o grupo chega rapidamente a uma decisão mas, como a discussão negligenciou aspetos importantes da
situação, essa decisão é pobre e pode ser altamente perversa. Por conseguinte, a expressão de opiniões
divergentes, opostas à maioria, é uma bênção para as equipas: estimula a discussão das múltiplas facetas
de um problema ou oportunidade, facilita a identificação das qualidades e fraquezas de cada alternativa
decisória, e aumenta a probabilidade de a decisão ser de melhor qualidade.
2 Adaptado de Dinh & Salas (2017); Salas, Shuffler, Thayer, Bedwell, & Lazzara (2015). Uma versão desta adaptação é publicada em
Cunha, Rego, Simpson & Clegg (2020).
• A tecnologia é apropriada.
COOPERAÇÃO
A cooperação é uma condição óbvia, mas nem sempre assegurada. Em algumas equipas, os seus
membros estão fundamentalmente preocupados com as suas próprias tarefas e negligenciam a
cooperação com os restantes membros, assim dificultando a prossecução de objetivos coletivos. As
razões para essa conduta podem radicar na personalidade dos indivíduos – mas podem igualmente
provir de práticas de gestão. Por exemplo, sistemas de gestão por objetivos assentes exclusivamente no
desempenho individual conduzem os membros da equipa a sentirem que, se cooperarem com os outros,
perdem tempo necessário para a realização do seu próprio trabalho. Sentindo que serão penalizadas na
avaliação de desempenho, as pessoas preferem focar-se no seu trabalho individual e não cooperar. Uma
possível solução será assentar a avaliação no desempenho coletivo. Mas essa opção também contém
riscos, podendo conduzir ao free riding, ou preguiça social.
Daqui decorrem três importantes orientações. Primeira: importa selecionar e promover pessoas com
espírito cooperativo. Segunda: cabe aos líderes dar o exemplo e reconhecer/valorizar os comportamentos
de ajuda. Terceira: recomenda-se a instituição de sistemas de avaliação de desempenho que incorporem
tanto a componente individual quanto a coletiva.
• A equipa é coesa?
• Existe segurança psicológica? Ou seja: as pessoas podem assumir que não sabem e pedir ajuda sem serem acusadas
de ignorantes? Podem ajudar os outros, sem receio de serem alvo de comportamentos oportunísticos? Podem assumir os
erros? Podem discordar da maioria e dos líderes?
CONFLITO
A ideia de conflito é frequentemente associada ao desconforto e a tensões desagradáveis. Para evitar
esses sentimentos, as pessoas evitam expressar opiniões contrárias às dos colegas, da maioria ou do
líder. O desejo de preservar a coesão e gerar consenso conduz à censura (resultante das pressões dos
pares e do líder) e à autocensura. Como consequência, as decisões são tomadas sem que a informação,
o conhecimento e os diversos ângulos de abordagem presentes na equipa sejam devidamente
considerados. Como resultado, as decisões são de pior qualidade.
Todas as opções tinham vantagens e riscos. E não era seguro que bin Laden residisse no suposto
edifício. Obama, ciente da necessidade de explorar todas as possibilidades e de não condicionar a equipa
decisória, não deu conta da sua opção. Embora a maioria se manifestasse em prol do raide executado
pela força de Navy SEALs, o vice-presidente, Joe Biden, e o secretário de estado da defesa, Robert Gates,
expressaram oposição. Obama acabou por optar pelo raide dos Navy SEALs – mas, durante o processo,
escondeu a sua inclinação e suscitou a discussão aberta das várias possibilidades de ação. Naturalmente,
quando chegou a hora de decidir, decidiu (levando Joe Biden a considerar que o presidente tinha revelado
cojones of steel). Mas fê-lo com base numa análise da situação tão apurada quanto possível. Em suma:
o conflito substantivo (não o conflito pessoal e emocional) em torno de ideias e soluções foi estimulado
para que a decisão tomada assentasse numa avaliação tão informada quanto possível da realidade.
Evidência sobre decisões políticas problemáticas também não falta. O ocorrido com a fracassada
invasão da Baía dos Porcos, em 1961, é emblemático6. O presidente norte-americano deu conta da sua
preferência: a invasão de Cuba, com a ajuda de exilados cubanos nos EUA. Favoreceu a expressão de
pontos de vista favoráveis à invasão e subestimou os argumentos dos mais céticos. Durante o processo
decisório, os intervenientes privilegiaram a evidência que confirmava a opção preferida – e subestimaram
factos e riscos que recomendariam outra via. Eis o resultado: um conjunto de pessoas inteligentes acabou
por tomar uma decisão pouco inteligente. O processo foi de tal modo enviesado que John Kennedy terá
comentado: “Como pude eu ser tão estúpido?”7. Kennedy terá aprendido, pelo que não cometeu os
mesmos erros aquando da crise dos mísseis soviéticos estacionados em Cuba. Evitou expressar a sua
opinião, não compareceu a várias reuniões e estimulou a expressão de pontos de vista divergentes. Essa
sabedoria terá contribuído para evitar o que poderia ter sido uma guerra nuclear.
• As pessoas são capazes de identificar pontos fortes nas perspetivas das outras? Evita-se a polarização – ou seja, que as
posições das fações se extremem?
A vida empresarial também está repleta de decisões complexas. Frequentemente, os líderes são
expeditos na expressão das suas preferências. Ficam satisfeitos com o consenso rápido. Os liderados,
por medo, comodidade ou mesmo respeito, silenciam as suas dúvidas. No processo conducente à
decisão, desconsideram-se as várias alternativas de ação e as respetivas vantagens e desvantagens.
Consequentemente, uma equipa de pessoas inteligentes pode acabar por tomar uma decisão muito
pouco inteligente. Diferentemente, quando os membros da equipa contribuem criticamente para
a avaliação das circunstâncias, não se inibem de expor dúvidas e sugerem soluções fora da caixa, a
probabilidade de a decisão ser de melhor qualidade aumenta consideravelmente. Em suma: a dissensão
é benéfica para a qualidade da decisão, e o consenso pode ser perigoso.
5 Edmondson (2019).
6 Nemeth (2019).
7 Dalleck (2011).
Diferentemente, nas equipas que funcionam mais eficazmente, dois grandes mecanismos de
coordenação são adotados: explícitos e implícitos. A coordenação explícita significa que os membros da
equipa, intencionalmente, desenvolvem atividades de planeamento e comunicação. Após a concretização
dos planos, a equipa revê os procedimentos e os resultados, e ajusta os planos e os métodos de modo
condizente. A coordenação implícita representa o grau em que os membros da equipa antecipam as
necessidades dos outros e ajustam os seus comportamentos de modo condizente, sem necessidade de
instruções explícitas.
Naturalmente, estes dois mecanismos são afetados por todos os outros fatores. A coordenação é mais
frutuosa quando os membros da equipa possuem as características apropriadas, estão mais propensos
para cooperar, comunicam de modo franco, partilham informação, levam a cabo processos de conflito
construtivo. A própria dimensão da equipa releva, pois a coordenação é mais complexa e exigente quando
as equipas têm grande dimensão. Os espaços físicos também importam, na medida em que podem
facilitar ou dificultar as interações sociais. A este propósito, convém enfrentar esta realidade paradoxal:
a arquitetura de open space é um obstáculo à comunicação interpessoal cara-a-cara8! Para escaparem ao
ruído e concentrarem-se, as pessoas encerram-se no seu casulo, evitam interrupções e comunicam …
por meios eletrónicos. Esta evidência contraintuitiva requer que se repensem algumas ideias até agora
tomadas como adquiridas.
• As pessoas são capazes de antecipar as necessidades das outras e de ajustar os seus comportamentos de modo
condizente?
• As pessoas comunicam de modo franco e aberto? Ou têm receio de transmitir a má notícia e ferir “suscetibilidades”?
• Escutam-se mutuamente?
• A equipa dispõe de mecanismos formais e informais que asseguram que a informação está disponível para todos os seus
membros?
9 Pentland (2012).
10 Woolley, Chabris, Pentland, Hashmi & Malone (2010).
• Desafia a equipa e é exigente com ela – mas é também apoiante em momentos críticos?
• Cada membro da equipa sabe o que os outros fazem e o que dele se espera?
• Existem entendimentos partilhados acerca dos requisitos, procedimentos, papeis e responsabilidades de cada membro da
equipa?
• As normas de conduta são interpretadas de modo consistente pelos diferentes membros da equipa?
• A equipa reflete acerca dos objetivos, métodos e processos de trabalho – e atua em conformidade com essa
reflexividade?
COMPOSIÇÃO
A composição de uma equipa é crucial para o seu funcionamento e a sua eficácia. Mas daí não decorre
que exista uma composição ideal. De facto, diferentes equipas requerem pessoas com diferentes perfis
e capacidades. Algumas equipas necessitam de pessoas mais criativas e inventivas – mas estas mesmas
pessoas podem experimentar grandes frustrações se trabalharem em equipas em que o trabalho criativo
é menos necessário. Algumas equipas precisam de indivíduos mais extrovertidos – mas outras podem
beneficiar com membros mais introvertidos. Acresce que há perfis de personalidade que são mais
compatíveis do que outros – pelo que uma pessoa com determinado perfil pode ser mais frutuoso numa
equipa do que noutra.
A quantidade de membros de uma equipa também afeta as dinâmicas. Em equipas muito pequenas não
emerge suficiente variedade de perspetivas e competências. É mais difícil obter sinergias. Diferentemente,
em equipas de grande dimensão, as interações sociais podem ser dificultadas, dando origem a linhas de
fratura e a claques. A dimensão apropriada é a que evita qualquer um desses extremos.
• Foram selecionadas de acordo com essas caraterísticas? São formadas e desenvolvidas para que adquiram as
competências necessárias?
O tópico da diversidade adquire, aqui, especial relevância. À partida, a diversidade (sexual, etária, cultural
ou académica) é vantajosa, conduzindo à análise da situação a partir de diversos ângulos e à geração
de soluções mais ajustadas a cada realidade. Mas, se não for devidamente gerida, a diversidade pode
resultar em conflito interpessoal perverso. Ademais, se as pessoas sentirem insegurança psicológica13,
não exprimem essa diversidade. Ou seja, para que a diversidade gere bons frutos, é necessário que o
contexto seja acolhedor da diferença. Se não o for, o resultado será uma equipa adversativa (veja Figura
1): os membros da equipa são diferentes e encaram as situações a partir de perspetivas, mas receiam
expressar diferenças – ou, quando as expressam, emergem conflitos e linhas de fratura. Não vale a pena
constituir equipas diversas (em termo de género, idade, origem cultural, formação académica) se não
estiverem garantidas condições para que as pessoas discordem, contestem e exprimam pontos de vista
dissonantes dos da maioria ou do líder.
Elevada
Equipa adversativa Equipa generativa
CONTEXTO
As equipas não são ilhas. São integradas em organizações, e essa inserção afeta o modo como
trabalham, os recursos que recebem, o quadro cultural em que atuam. Podem ser reconhecidas pelos
seus contributos para a organização – mas podem também ser encaradas como obstáculos ou, pelo
menos, inconvenientes. Quando o contexto organizacional (e.g., liderança, políticas e práticas) muda,
a equipa também pode ter necessidade de mudar. Quando novas tecnologias emergem, a equipa pode
enfrentar a necessidade de se adaptar. Idealmente, as boas equipas são capazes de antecipar mudanças
e ajustar-se – e ajudam a organização a adaptar-se. Quanto mais uma organização necessita da equipa,
maior é o poder da equipa no contexto organizacional e maior a sua capacidade de negociar recursos e
condições favoráveis.
• Existe entendimento partilhado, no seio da equipa, acerca das políticas, práticas e procedimentos da organização?
CULTURA
A cultura é o software mental da equipa. É o modo de pensar da equipa, tal como partilhado (por
vezes de modo inconsciente) pelos seus membros. A parte mais alicerçada da cultura é constituída
pelas premissas – as normas e as crenças inquestionáveis, das quais as pessoas inconscientemente se
socorrem para reagir a dilemas e situações complexas. Se perguntarmos aos membros de uma equipa
quais são essas premissas, é muito provável que experimentem dificuldade em verbalizá-las. E essa
dificuldade será tanto maior quanto mais forte for a cultura – todas as pessoas encaram o mundo e as
regras de atuação desejáveis de modo similar, que não questionam.
• É expectável que as pessoas assumam os erros e os partilhem, e que aprendam com os mesmos?
• Assume-se que a qualidade de uma opinião depende da valia da opinião – e não do status ou da hierarquia de quem a
exprime?
COMENTÁRIOS FINAIS
As equipas são espaços emergentes da interação entre dois níveis: os indivíduos que as compõem e
as organizações de que fazem parte. A eficácia das equipas depende de uma quantidade considerável de
fatores inter-relacionados. Daqui não decorre, porém, uma abordagem universal segundo a qual existe
uma solução ótima para a liderança e a gestão das equipas. De facto, diferentes situações, diferentes
atividades, diferentes momentos e diferentes organizações podem requerer diferentes padrões de
atributos. Os estilos de liderança mais apropriados também dependem da situação, da natureza das
equipas e mesmo do quadro cultural. Por conseguinte, o que aqui sugerimos é que, para fomentar a
eficácia das equipas, convém considerar os nove fatores mencionados. Os membros da equipa denotam
espírito cooperativo? A comunicação é apropriada? As pessoas coordenam devidamente o seu trabalho
em prol dos objetivos coletivos? A equipa possui um repositório de conhecimento partilhado que torna a
equipa mais inteligente do que a soma das inteligências individuais? A liderança potencia e desenvolve as
capacidades individuais e as coletivas? A composição da equipa é apropriada – em termos de dimensão,
competências e diversidade? O contexto em que a equipa opera é munido de apoio e recursos suficientes?
A cultura da equipa e da organização fomenta a inteligência coletiva?
Para testar a validade do modelo de nove fatores antes citado, indagamos 20 líderes e 25 liderados,
em diversas organizações, sobre os fatores conducentes ao bom funcionamento das equipas, e sobre
os inibidores ou obstáculos desse funcionamento eficaz. Nos quadros seguintes, expomos exemplos de
expressões usadas pelas pessoas interrogadas. Para facilitar a sua interpretação, três comentários são
necessários:
• A arrumação das expressões dos nossos inquiridos não é estanque. Algumas afirmações poderiam
ter sido atribuídas a outras categorias/fatores. Esta porosidade é compreensível perante o que
antes ficou assinalado: os fatores influenciam-se mutuamente e a sua eficácia depende da presença
de outros fatores.
• O facto de a quantidade de menções aos inibidores ser inferior à quantidade de alusões aos
facilitadores resulta do procedimento usado: os participantes no estudo foram mais frequentemente
indagados acerca dos fatores contributivos da eficácia das equipas do que sobre os fatores
geradores de ineficácia.
• A ausência de menções a uma condição influenciadora (cultura) não significa que os participantes
no estudo tenham subestimado essa condição. Pelo contrário, muitos elementos mencionados
adquirem valor cultural quando se transformam na “marca de água” da equipa ou da organização.
Sugerimos ao leitor que relacione as expressões constantes nos quadros com a discussão apresentada
no texto. Procure estabelecer pontes entre os vários fatores. Reflita sobre a sua equipa através dos
ângulos de observação facultados pelos fatores considerados.
• “Toda a equipa a ver o seu local de trabalho como seu.” • “Competição e ambição individuais.”
• “Excesso de comunicações.”
• “Chefia que valorize e seja um suporte efetivo.” • “Chefia que promove, ou não elimina, a intriga.”
• “A escolha das pessoas de forma a que se crie uma • “Entraram elementos que não se conseguiram identificar
equipa multidisciplinar e com objetivos bem definidos são a com a visão, a missão e os valores da empresa, e a equipa
base para o sucesso de uma equipa.” desmoronou-se.”
Bergen, P. L. (2012). Manhunt: The ten-year search for Bin Laden: from 9/11 to Abbottabad. Random House.
Cunha, M. P. Rego, A., Simpson, A. C. & Clegg, S. (2020). Positive organizational behavior. London: Routledge.
Cunha, M. P., & Rego, A. (2018). Gestão de Pessoas 4.0 – 10 tendências e desafios. Carcavelos: NOVA SBE Executive Education
(e-Book)
Dinh, J. V., & Salas, E. (2017). Factors that influence teamwork. In E. Salas, R. Rico, & J. Passmore (Eds), The Wiley Blackwell
Handbook of the Psychology of Team Working and Collaborative Processes (pp. 13-41). Chichester, West Sussex: Wiley
Blackwell.
Edmondson, A. C. (2018). The fearless organization: Creating psychological safety in the workplace for learning, innovation, and
growth. John Wiley & Sons.
Edmondson, A. C. & Lei, Z. (2014). Psychological safety: The history, renaissance, and future of an interpersonal construct.
Annual Review of Organizational Psychology and Organizational Behavior, 1, 23-43.
Esser, J. K. (1998). Alive and well after 25 years: A review of groupthink research. Organizational Behavior and Human Decision
Processes, 73(2-3), 116-141.
Esser, J. K., & Lindoerfer, J. S. (1989). Groupthink and the space shuttle Challenger accident: Toward a quantitative case analysis.
Journal of Behavioral Decision Making, 2(3), 167-177.
Garvin, D. A. (2013). How Google sold its engineers on management. Harvard Business Review, December, 74-82.
Harrell, M. & Barbato, L. (2018). Great managers still matter: the evolution of Google’s Project Oxygen. re:Work, February 27
(https://rework.withgoogle.com/blog/the-evolution-of-project-oxygen/).
Janis, I. (1982). Groupthink. Boston: Houghton Mifflin Company.
Pentland, A. S. (2012). The new science of building great teams. Harvard Business Review, 90(4), 60-70.
Rego, A. (2019). Devem os líderes esconder o que pensam? Revista Líder, 25 de julho
(https://lidermagazine.com.pt/devem-os-lideres-esconder-o-que-pensam/).
Reynolds, A. & Lewis, D. (2017). Teams solve problems faster when they’re more cognitively diverse. Harvard Business Review,
March 30 (https://hbr.org/2017/03/teams-solve-problems-faster-when-theyre-more-cognitively-diverse)
Salas, E., Shuffler, M. L., Thayer, A. L., Bedwell, W. L., & Lazzara, E. H. (2015). Understanding and improving teamwork in
organizations: A scientifically based practical guide. Human Resource Management, 54(4), 599-622.
Vickerg, S. M. J. & Christfort, K. (2017). Pionners, drivers, integrators & guardians. Harvard Business Review, March-April, 50-57.
Wiseman, L. & McKeown, G. (2010). Bringing out the best in your people. Harvard Business Review, May, 117-121.
2020