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Wallon, assim como Piaget apresenta o desenvolvimento por estágios, porém para Wallon a
criança não se desenvolve de forma linear, para ele existem crises, questões individuais que
tornam esse processo único para cada indivíduo. Para Wallon a criança se desenvolve inserida
num meio social, para ele o ser humano desde o nascimento possui uma necessidade íntima
de convívio com os outros, nessa interação com as culturas surge a simbologia do sujeito com
o mundo, construindo assim o seu próprio Eu através dessa interação. Ele afirma que somos
“geneticamente sociais” e que é em um processo dialético com os grupos sociais que se
constrói a nossa humanidade. Um outro ponto estudado por esse autor é a importância da
afetividade, construída na interação com o outro e o conhecimento a partir da apropriação do
objeto.
Assim como Piaget e Wallon, Vygotsky não acredita que o conhecimento seja inato, nem tão
pouco que ele venha pronto para ser humano. Para Vygotsky o ser humano é um ser social que
estabelece suas relações com os outros através da linguagem, linguagem essa que se
desenvolve por meio da interação com os saberes dos outros. Ele diz que a relação do homem
com o mundo é mediada pelos signos e instrumentos que ajuda o homem a desenvolver suas
funções psicológicas, como a capacidade de representação e transformação da natureza. O
sistema simbólico deu ao homem a capacidade de abstrair, generalizar e classificar as coisas,
tudo isso só é possível através da linguagem que permitiu atribuir significado e interpretar o
meio . A relação linguagem e pensamento é outro ponto importante na definição de como
funciona o psicológico humano, mas essa não nasce com o sujeito é adquirida ao longo da
vida, nas relações sociais, sendo esse conhecimento marcado pelas condições sociais, culturais
e históricas em que o sujeito está inserido, dessa forma ele coloca que o desenvolvimento
humano como algo que se dá de fora para dentro, do social para o individual.