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Luta

Julho/Agosto 2006
Social
Boletim da Associação de Classe Interprofissional nº17/18

Editorial Líbano: mais uma guerra do império


Quando este número sair, nos
finais de Agosto de 2006,
estaremos envolvidos na
preparação da Assembleia Geral
da AC-Interpro, onde serão
aprovadas importantes
orientações deste sindicato anti-
autoritário e anti-capitalista, o
primeiro que surge no Portugal
pós-25 de Abril de 74. Estamos
também, enquanto «Luta Social»,
integrados na AC-Interpro, tendo
por isso assumido sermos o seu
boletim de apoio.

Desenham-se tempos de grande 1Israel alvejando o centro 2 Horas antes do cessar-fogo


aumento da exploração, com um da cidade libanesa de Tiro civis fogem de ataque israelita
crescimento do desemprego mas em Beirute
-sobretudo - da precariedade
laboral e social.
Dos dados estatísticos sobre
emprego, há um que não deverá
passar despercebido, pois ele é
sintomático de uma evolução: em
Portugal, nove em cada dez novos
contratos de trabalho são de
natureza precária.
Será difícil a luta contra o
alastramento da precariedade, 3 Bloqueio da entrada de base 4 mais de um milhar de civis
contra os contratos sem da força aérea israelita por libaneses e umas dezenas de
garantias, mantendo-nos libertários da AATW israelitas mortos, eis o resultado.
«provisórios» para a vida inteira
ou até que o patrão decida
despedir-nos. Mas isto não deve O COLECTIVO LUTA SOCIAL E A ASSOCIAÇÃO DE CLASSE
ser causa para baixarmos os
braços. INTERPROFISSIONAL ASSOCIARAM-SE À CAMPANHA CONTRA A
Temos soluções, na nossa GUERRA, TENDO PARTICIPADO NA MANIFESTAÇÃO FRENTE À
proposta de Caderno EMBAIXADA DE ISRAEL A 26 DE JULHO. SÃO CO-AUTORES E
Reivindicativo Geral, para este e
para outros problemas sociais e
SIGNATÁRIOS DO APELO PUBLICADO A 24 DE JULHO, COM MAIS
laborais. DE 40 SUBSCRITORES:

Aproveitando o alheamento total APELO INTERNACIONAL: PAREM O GENOCÍDIO!


dos sindicatos burocráticos, o BE
Não há perdão possível para este morticínio de civis!
promove uma partidária «marcha
contra o desemprego», para
capitalizar o descontentamento [ ler o apelo completo em :
dos trabalhadores, dos jovens . http://luta-social.blogspot.com/2006/07/apelo-internacional-parem-o-
Nós, AC-Interpro, como voz não genocdio.html ]
demagógica, responsável e
propriamente sindical, não iremos
na algazarra mediática, em jeito ****************************************************************
de romaria ou procissão política.
Saibamos distinguir lutas A ASSOCIAÇÃO DE CLASSE INTERPROFISSIONAL
sindicais e sociais, da luta
politiqueira. Não confundimos a está em vias de se tornar a primeira associação
nossa luta social, com manobras
partidárias e eleitorais.
sindical de base, anti-autoritária e anti-capitalista a
ser legalizada neste país.
(ver proposta de Caderno Reivindicativo Geral nas páginas 2, 3 e 4 deste boletim)
1
CRÓNICA DA
GUERRA DE CADERNO REIVINDICATIVO GERAL
CLASSES
ASSOCIAÇÃO DE CLASSE INTERPROFISSIONAL
Terça-feira, Agosto 22, -Aumento geral mensal igualitário de 10.000$00/50 Euros.
Demolição de Casas da Amadora
Enfrenta Resistência. Duas Os aumentos por percentagem, longe de diminuírem o fosso entre diversas categorias profissionais, vão sempre aumentá-lo.
Activistas da Associação Isto contraria a nossa aspiração básica por maior igualdade e justiça. Com efeito, um operário fabril e sua família, por
Solidariedade Imigrante Detidas exemplo, têm as mesmas necessidades humanas básicas que um engenheiro e família respectiva.
Se houver um aumento de percentagem igual entre as diferentes categorias profissionais, o aumento vai corresponder a algo
Sexta-feira, Agosto 18, insignificante, em termos de benefício real, para o poder de compra nas classes salariais mais baixas. Se o aumento for
Mercadona: A selvajaria patronal idêntico, a tendência será no sentido de diminuição do leque salarial, cujo alargamento causa muita injustiça social, além de
potenciar as clivagens e a falta de solidariedade entre os membros da classe trabalhadora.
Quinta-feira, Agosto 17,
e Desemprego entre licenciados -Semana de 30 horas de trabalho
cresceu 14% em doze meses
O trabalho é algo que escasseia nas nossas sociedades, porque essa escassez favorece a classe que detém os instrumentos
Domingo, Agosto 13,
de produção. Os capitalistas podem baixar tanto mais o preço do trabalho, logo maximizar os lucros, quanto maior for o
Líbano: As bombas israelitas
exército de reserva de desempregados.
antes da trégua
A sociedade pode beneficiar no seu conjunto com uma tal redução das horas de trabalho, sem que realmente diminua o bem-
Quarta-feira, Agosto 09, estar geral, permitindo assim que os trabalhadores consagrem uma parte mais substancial do seu tempo a tarefas muito
Acção directa em Israel contra importantes, mas que tendem a ser desvalorizadas nesta sociedade. O cuidar da família, a educação dos filhos, o convívio e a
base militar! formação serão mais fáceis numa sociedade que não viva “para o trabalho” mas sim “do trabalho”.

Sábado, Agosto 05,


Médio Oriente: uma situação que -Segurança social e sistema de saúde ao serviço do trabalho
mais séria não poderia ser.
Um dos pilares de uma sociedade democrática moderna é a solidariedade social, inter gerações.
Esta não pode ser confundida com uma função “caritativa”. Trata-se do reconhecimento de que as pessoas têm necessidades
como pessoas, que não são meros produtores/consumidores que servem enquanto for possível explorá-los e depois
simplesmente descartáveis. Além disso, a pensão de reforma corresponde a uma parte do salário do trabalhador que lhe é
retida, mas não retirada, pois ele ganha o direito a receber um determinado quantitativo de pensão, em função do tempo que
descontou para a Segurança Social.
A destruição deste sistema, baseado na contribuição constante e colectiva dos assalariados para uma “caixa comum” da
Segurança Social, não pode ser encarada como outra coisa senão como um roubo, planificado e executado friamente pelos
que, abusivamente, nos postos de comando do Estado, se foram servindo dos dinheiros que não lhes pertenciam.
Com as reformas por capitalização, que pretendem introduzir agora como regime obrigatório, fica a parte respeitante à
contribuição da Segurança Social reduzida a um mínimo.
Trata-se de um roubo do salário diferido que representam os descontos para a referida Segurança Social, além de ser um
por Pier Francesco Zarcone logro, visto que amarra os trabalhadores à economia especulativa, de «casino». Em vários países, como nos EUA ou no
Japão, os fundos de pensões dos trabalhadores, além de serem fonte de financiamento para a economia especulativa, estão
Estará o movimento Hezbollah sujeitos a falência, com frequência (caso ENRON nos EUA, apenas o mais conhecido), deixando os pensionistas na miséria.
agradecido ao Estado de Israel, pelo
reconhecimento que hoje goza no Por isso, defendemos um sistema de Segurança Social baseado na solidariedade entre trabalhadores de várias gerações,
mundo árabe, não só xiita, depois do com uma contribuição significativamente maior do patronato. Entendemos que a administração da Segurança Social deve
desatinado ataque ao Líbano? estar sob o controlo das organizações sindicais dos respectivos ramos de actividade, pois os trabalhadores não podem
tolerar mais as mentiras e a gestão danosa que é feita do dinheiro DELES, dos seus salários diferidos, abusivamente
Israel, de facto, demonstrou que: o apropriados pelo Estado.
rapto de dois soldados judeus vale a
vida de centenas e centenas de O sistema de saúde instituído não satisfaz os utentes e é dos mais caros «per capita» de toda a União Europeia. É portanto
árabes; não tem capacidade de evidente que o sistema é gerido no seu conjunto de maneira danosa pelos governantes propiciando sumarentos lucros a
vencer a guerrilha do Hezbollah; a empresas de saúde, consórcios capitalistas formados por bancos, seguradoras e a casta dos médicos patrões de clínicas,
sua política externa nasce dum laboratórios de análises, etc.
cocktail de medo e violência e, por Nós não estamos interessados numa gestão privatizada, nem numa gestão estatal burocrática, mas numa autogestão dos
isso, não tem saída. sistemas de saúde, com participação efectiva dos trabalhadores do sector e dos utentes organizados.
[…]
[ler continuação do artigo no blog do -Sistema público de educação gratuito, do jardim-de-infância à universidade.
«Luta Social»]
As oportunidades na educação não deveriam depender de se ter nascido num «berço de oiro» ou, pelo contrário, «numa
Sexta-feira, Agosto 04,
cabana» … Mas na procura do lucro os capitalistas encontram na educação uma «mina de oiro», apoiados em governos
Petição internacional para salvar
totalmente subservientes aos seus desígnios. Para tal, exploram duplamente os trabalhadores:
civis libaneses
- Os que trabalham nos colégios privados, estão sujeitos - mais que os outros - à precariedade, com o cortejo de violações
das leis do trabalho, como por exemplo, horas extraordinárias não pagas, abusos na atribuição de funções, utilização
abusiva de «recibos verdes».
- Os que, com dificuldade, pagam as propinas dos seus filhos nos ditos colégios.
Domingo, Julho 30, Os patrões do ensino privado não estão satisfeitos e querem sempre mais. É são para os satisfazer, as machadadas que o
Llamado Internacional: ¡Detener el Ministério da Educação vai dando no Ensino Público. Estamos perante uma ofensiva da maior gravidade desde que foi
Genocidio! instituído, há mais de trinta anos, o presente regime político: da destruição do Estatuto da Carreira Docente, ao fecho de cerca
[versão em castelhano do apelo de um quarto das escolas Básicas do Primeiro Ciclo, supostamente por falta de condições… que o próprio Governo tem
publicado a 24 de Julho] obrigação de fornecer!
Além de pública e gratuita, defendemos que a educação seja autogerida pelos trabalhadores da educação, pelos
Quinta-feira, Julho 27, encarregados de educação e pelos estudantes.
A atitude dos EUA e as hesitações
dos países da UE são criminosas 2
[…]
Condoleeza Rice continuou a
considerar que ainda não era altura -Prevenção, higiene e segurança no trabalho.
para apelar para um cessar-fogo
imediato. Isto significa claramente As mortes e incapacidades permanentes em acidentes laborais multiplicam-se, no silêncio e indiferença geral, ora
que os israelitas têm luz verde para escamoteadas, ora relatadas como se fossem fatalidade. Ora, não é assim; os acidentes laborais são devidos às precárias
continuar a sua empresa de condições de trabalho, por vezes acrescidas de uma pressão para intensificação das cadências, para além de qualquer
genocídio, de destruição e ocupação consideração humana. No campo da segurança e higiene do trabalho, a quase completa ausência de fiscalização, tanto por
de uma pobre nação que tem a parte do Ministério do Trabalho como da Saúde, mantêm as piores condições laborais num país da Europa ocidental.
infelicidade de fazer fronteira com Os trabalhadores têm de ter comissões de higiene e segurança no trabalho, que sejam operacionais e capazes de reivindicar,
Israel. em coordenação com os sindicatos do sector, as necessárias melhorias nesses aspectos, tendo sempre uma palavra a dizer
O primeiro-ministro libanês ofereceu no que toca a modificações dos processos tecnológicos. Devem ter em conta, não apenas a saúde e segurança dos
um plano de paz em vários pontos, trabalhadores, como também dos utentes e clientes dos produtos e serviços fornecidos pelas empresas.
incluindo desenvolver todos os Vamos promover a participação de todos os nossos associados nessas estruturas representativas dos trabalhadores, em
esforços para a entrega dos todos os locais de trabalho onde tenhamos influência.
soldados israelitas, guardados pelo Vamos promover debates públicos a nível geral, com vista a uma tomada de consciência para a gravidade dos problemas e
Hezbollah. Não foi ouvido. das graves lacunas que se observam neste país, sobretudo ao nível de mecanismos preventivos.
[…]
-Redução dos impostos sobre o trabalho.

Os impostos sobre o trabalho são profundamente injustos. Em Portugal, é essencialmente a contribuição de trabalhadores por
Sábado, Julho 22,
conta de outrem, os assalariados, que sustenta três quartos ou mais das receitas do Estado.
Concentração à frente da
Se somarmos ao IRS, os impostos directos (nomeadamente o IVA, igual para todos independentemente do rendimento),
Embaixada de Israel, 4ª Feira, 26
Julho, 18h30 verificamos que – praticamente - o capital é quase isento de impostos. Ainda assim, vai fugindo ao seu pagamento, por vários
estratagemas, legais ou ilegais, com o beneplácito dos senhores do governo.
Os impostos sobre rendimentos do capital deve representar uma fatia muitíssimo maior das receitas dos impostos, com a
correlativa diminuição dos impostos sobre o trabalho.
Sexta-feira, Julho 21, Esta inversão de tendência, além de justa, tem viabilidade, pois os trabalhadores, tendo mais dinheiro, irão consumir mais e
20/07/06 Relato do Protesto contra também aforrar/investir mais. Esses factores serão um bom estímulo à actividade económica. Esta tem sido artificialmente
Valter Lemos na ES António deprimida por uma política restritiva dos salários, enquanto o grande capital continua a auferir lucros astronómicos (vejam-se
Arroio os resultados da banca em Portugal, nos anos de 2004 e de 2005)

-Jubilação aos 45 anos de idade para profissões de grande desgaste.


Segunda-feira, Julho 17, -Jubilação aos 50 anos, para as outras profissões.
COMO COMBATER A
PRECARIZAÇÃO ? As pessoas não devem viver para o trabalho, mas devem trabalhar para contribuir com a sua quota-parte de esforço para a
[texto para uma discussão colectiva] sociedade, da qual beneficiam.
Os que trabalham em profissões de elevado desgaste, tanto em termos de saúde física, como psíquica (o aumento de
doenças profissionais do foro psíquico, é muito acentuado, embora esse facto seja ocultado), têm o direito de ir mais cedo
Domingo, Julho 16, para a reforma, pois realmente desgastaram o corpo e a mente em tarefas úteis à sociedade e como tal devem ter o justo
Quando falam os canhões, o reconhecimento.
cérebro deixa de funcionar! Os trabalhadores, em geral, deverão ter oportunidade de usufruir de algum tempo de vida, dedicando-se a outras actividades
e lazeres, ainda quando gozam de alguma saúde.
Com o actual sistema, o trabalhador é obrigado a trabalhar até à exaustão completa, sendo impossível, na maior parte dos
Sábado, Julho 15, casos, que ao fim de quarenta longos anos de trabalho, ainda lhe reste alguma saúde. É espremer o trabalhador como um
Portugal? País democrático à limão, deitando-o para o lixo como uma casca, quando já não pode dar mais sumo.
beira-mar plantado? O sistema actual é profundamente irracional, além de injusto. Muitos não se importariam de auferir uma pensão de reforma
mais modesta, se tivessem possibilidade de obter a jubilação sem serem penalizados. Ao contrário do sistema actual,
Abate de Milhafres (uma espécie reivindicamos o direito de um trabalhador com 50 anos, que descontou durante 30 anos para a Segurança Social, se retirar
protegida) por parte da com uma pensão de reforma proporcional aos descontos, sem qualquer penalização.
administração do Aeroporto de
Ponta Delgada - Não ao desemprego.

É particularmente cruel ver trabalhadores sem forças nem saúde a arrastarem-se nos locais de trabalho, enquanto uma
Sexta-feira, Julho 14,
geração de jovens é mantida artificialmente fora dos empregos, com incomparáveis perdas sociais gerais.
Guerra criminosa dos sionistas na
Com efeito, os jovens são castigados apenas por serem jovens, não lhes servindo de grande coisa a formação obtida (há
faixa de Gaza e no Líbano
cada vez mais jovens desempregados ou em emprego precário com licenciatura). As famílias são obrigadas a sustentar
jovens adultos, com todos os inconvenientes sociais, familiares e pessoais que se podem imaginar. A sociedade em geral
está a perder o benefício da qualificação desses jovens, pois eles ao ficarem confinados no desemprego ou em empregos que
Quinta-feira, Julho 13, não têm que ver com a sua formação, não estão a aplicar o seu potencial criativo em nada, na generalidade dos casos.
General Motors - Opel: A Muitas vezes, os jovens perdem irreversivelmente a possibilidade de consolidar, com uma prática profissional, as bases
chantagem de uma transnacional teóricas adquiridas durante o curso.

A GM decidiu unilateralmente e -Não à precariedade social e laboral.


rompendo todos os compromissos
firmados com o governo e com os A precariedade laboral é também social. O indivíduo que fica confinado a uma situação de procura permanente de um novo
trabalhadores encerrar a sua fábrica posto de trabalho, sem que esse posto corresponda a qualquer vocação, mas apenas visando a obtenção de um parco
da Azambuja até ao final do ano. ordenado, não apenas é super explorado, não apenas lhes são negados os direitos mais básicos, como -ainda por cima – fica
com a vida desestruturada em vários planos, desde ritmos de vida, afectos, relacionamentos sociais etc.
A precariedade é uma arma, colocada à disposição do patronato pelo governo, que permite assim que a classe patronal
Terça-feira, Julho 11, coloque os trabalhadores face a uma chantagem permanente.
Direito internacional ou "direito" Em cada dez contratos novos que se celebram neste país, nove são precários.
do mais forte ? Há, além disso, uma série de trabalhadores, que na verdade são trabalhadores assalariados, mas com ainda menos direitos,
pois vendem a sua força de trabalho mediante “contrato de prestação de serviços” (sistema do “recibo verde”). Isto permite
que o patrão os despeça sem qualquer custo ou incómodo, que lhes pague muito abaixo da tabela salarial para o sector,
pagando como indiferenciado um trabalho especializado, etc. [continua na pág. 4]
Segunda-feira, Julho 03,
ESTATUTOS, REGULAMENTO 3
INTERNO E CORPOS GERENTES
DA ACINTERPRO
Aprovados os Estatutos,
Regulamento Interno e Corpos
Gerentes pela
Assembleia Geral de Sócios
Fundacional da Associação de
Classe Interprofissional

A Assembleia Fundadora da AC
Interpro, realizou-se a 1 de Julho
2006, na Biblioteca-Museu da
República e Resistência,
Lisboa.
[ver os documentos na íntegra no
blog do «Luta Social»]

Sábado, Julho 01
Dados do IEPF sobre a inscrição
de professores nos centros de
emprego

Dar combate a situações de precariedade implica uma estratégia conjunta dos que estão nessas situações, procurando
sempre fornecer os meios para os trabalhadores nessas circunstâncias se poderem defender do arbítrio patronal.
Boletim «Luta Social» em: Teremos um consultório jurídico, para os nossos associados, além de editarmos brochuras com esclarecimentos sobre
legislação e com exemplos práticos e de como nos defendermos de situações ilegais.

-Apoio aos trabalhadores imigrantes.


http://luta-social.blogspot.com/
Os imigrantes são super explorados, muitas vezes com a complacência do Estado, quando não mesmo de outros
trabalhadores que, devido a preconceitos, não vêm nos imigrantes trabalhadores como eles.
Para combater a exploração que, além de atingir os próprios imigrantes, atinge igualmente o conjunto da classe trabalhadora,
vamos propor protocolos de colaboração com as associações de imigrantes em Portugal, tornando assim viáveis apoios ao
nível dos contratos laborais e integrando esses trabalhadores no nosso sindicato, em igualdade com os restantes membros,
como não poderia deixar de ser, numa verdadeira organização de trabalhadores.

-Apoio à maternidade, à infância e à família.

As mulheres têm um “emprego” duplo ou triplo, muitas vezes, na nossa sociedade. Ao emprego generalizado das mulheres, a
partir dos anos 60 do século passado, não correspondeu a nenhuma libertação, mas antes um aprofundar da escravidão.
Elas têm, além do trabalho, as tarefas do lar e do cuidado com as crianças e/ou idosos. Sem apoios, muitas delas, quer dos
companheiros, quer de estruturas/instituições sociais que deveriam existir e apoiar devidamente os agregados familiares, são
frequentemente o único sustentáculo da subsistência económica da família. As mulheres continuam a ser geralmente mais
mal remuneradas e têm empregos com menor prestígio social. Porém, nos últimos decénios, as raparigas têm melhores
resultados escolares no secundário e são a maioria em vários cursos superiores.
A organização de creches e infantários cooperativos, a ajuda mútua entre membros de uma mesma família ou a organização
de redes de inter ajuda entre famílias, não apenas para apoio a crianças como a idosos, pode ser desenvolvida como uma
forma salutar, fora dos mecanismos estatais, ou capitalistas, de suprir essas lacunas. Mas devemos paralelamente reforçar a
reivindicação de abertura de mais locais públicos para a infância, assim como de lares de terceira idade, de apoio domiciliário
COLECTIVO ANTI-AUTORITÁRIO aos idosos, não virados para o lucro, da responsabilidade das autarquias ou doutras entidades públicas.
DE LUTA DE CLASSES Um real subsídio ou abono de família, como complemento efectivo tanto para menores a cargo, como de idosos com
necessidades de assistência ou ainda de deficientes, deve ser reivindicado, como factor de justiça social distributiva.
Actualmente, o subsídio familiar mais parece uma esmola e não tem qualquer valor significativo em termos de real apoio
«LUTA SOCIAL» económico. As condições de vida de grande parte da população são tão más que um aumento substancial destes apoios iria
permitir condições mais satisfatórias ao longo da infância ou adolescência.
Também o cuidar dos idosos na casa de família, solução muito mais humana, na generalidade dos casos, do que confiná-los
em «lares», deveria ser encorajado através dos necessários apoios financeiro, médico e social às famílias.

Eis a proposta de caderno reivindicativo que a AC-Interpro,


Associação de Classe Interprofissional, irá discutir e
aprofundar com a tua colaboração, na próxima Assembleia
Geral de Sócio/as, Extraordinária.
Se quiseres participar com sugestões ou aderir, escreve
para: acinterpro@gmail.com

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