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Julho/Agosto 2006
Social
Boletim da Associação de Classe Interprofissional nº17/18
Os impostos sobre o trabalho são profundamente injustos. Em Portugal, é essencialmente a contribuição de trabalhadores por
Sábado, Julho 22,
conta de outrem, os assalariados, que sustenta três quartos ou mais das receitas do Estado.
Concentração à frente da
Se somarmos ao IRS, os impostos directos (nomeadamente o IVA, igual para todos independentemente do rendimento),
Embaixada de Israel, 4ª Feira, 26
Julho, 18h30 verificamos que – praticamente - o capital é quase isento de impostos. Ainda assim, vai fugindo ao seu pagamento, por vários
estratagemas, legais ou ilegais, com o beneplácito dos senhores do governo.
Os impostos sobre rendimentos do capital deve representar uma fatia muitíssimo maior das receitas dos impostos, com a
correlativa diminuição dos impostos sobre o trabalho.
Sexta-feira, Julho 21, Esta inversão de tendência, além de justa, tem viabilidade, pois os trabalhadores, tendo mais dinheiro, irão consumir mais e
20/07/06 Relato do Protesto contra também aforrar/investir mais. Esses factores serão um bom estímulo à actividade económica. Esta tem sido artificialmente
Valter Lemos na ES António deprimida por uma política restritiva dos salários, enquanto o grande capital continua a auferir lucros astronómicos (vejam-se
Arroio os resultados da banca em Portugal, nos anos de 2004 e de 2005)
É particularmente cruel ver trabalhadores sem forças nem saúde a arrastarem-se nos locais de trabalho, enquanto uma
Sexta-feira, Julho 14,
geração de jovens é mantida artificialmente fora dos empregos, com incomparáveis perdas sociais gerais.
Guerra criminosa dos sionistas na
Com efeito, os jovens são castigados apenas por serem jovens, não lhes servindo de grande coisa a formação obtida (há
faixa de Gaza e no Líbano
cada vez mais jovens desempregados ou em emprego precário com licenciatura). As famílias são obrigadas a sustentar
jovens adultos, com todos os inconvenientes sociais, familiares e pessoais que se podem imaginar. A sociedade em geral
está a perder o benefício da qualificação desses jovens, pois eles ao ficarem confinados no desemprego ou em empregos que
Quinta-feira, Julho 13, não têm que ver com a sua formação, não estão a aplicar o seu potencial criativo em nada, na generalidade dos casos.
General Motors - Opel: A Muitas vezes, os jovens perdem irreversivelmente a possibilidade de consolidar, com uma prática profissional, as bases
chantagem de uma transnacional teóricas adquiridas durante o curso.
A Assembleia Fundadora da AC
Interpro, realizou-se a 1 de Julho
2006, na Biblioteca-Museu da
República e Resistência,
Lisboa.
[ver os documentos na íntegra no
blog do «Luta Social»]
Sábado, Julho 01
Dados do IEPF sobre a inscrição
de professores nos centros de
emprego
Dar combate a situações de precariedade implica uma estratégia conjunta dos que estão nessas situações, procurando
sempre fornecer os meios para os trabalhadores nessas circunstâncias se poderem defender do arbítrio patronal.
Boletim «Luta Social» em: Teremos um consultório jurídico, para os nossos associados, além de editarmos brochuras com esclarecimentos sobre
legislação e com exemplos práticos e de como nos defendermos de situações ilegais.
As mulheres têm um “emprego” duplo ou triplo, muitas vezes, na nossa sociedade. Ao emprego generalizado das mulheres, a
partir dos anos 60 do século passado, não correspondeu a nenhuma libertação, mas antes um aprofundar da escravidão.
Elas têm, além do trabalho, as tarefas do lar e do cuidado com as crianças e/ou idosos. Sem apoios, muitas delas, quer dos
companheiros, quer de estruturas/instituições sociais que deveriam existir e apoiar devidamente os agregados familiares, são
frequentemente o único sustentáculo da subsistência económica da família. As mulheres continuam a ser geralmente mais
mal remuneradas e têm empregos com menor prestígio social. Porém, nos últimos decénios, as raparigas têm melhores
resultados escolares no secundário e são a maioria em vários cursos superiores.
A organização de creches e infantários cooperativos, a ajuda mútua entre membros de uma mesma família ou a organização
de redes de inter ajuda entre famílias, não apenas para apoio a crianças como a idosos, pode ser desenvolvida como uma
forma salutar, fora dos mecanismos estatais, ou capitalistas, de suprir essas lacunas. Mas devemos paralelamente reforçar a
reivindicação de abertura de mais locais públicos para a infância, assim como de lares de terceira idade, de apoio domiciliário
COLECTIVO ANTI-AUTORITÁRIO aos idosos, não virados para o lucro, da responsabilidade das autarquias ou doutras entidades públicas.
DE LUTA DE CLASSES Um real subsídio ou abono de família, como complemento efectivo tanto para menores a cargo, como de idosos com
necessidades de assistência ou ainda de deficientes, deve ser reivindicado, como factor de justiça social distributiva.
Actualmente, o subsídio familiar mais parece uma esmola e não tem qualquer valor significativo em termos de real apoio
«LUTA SOCIAL» económico. As condições de vida de grande parte da população são tão más que um aumento substancial destes apoios iria
permitir condições mais satisfatórias ao longo da infância ou adolescência.
Também o cuidar dos idosos na casa de família, solução muito mais humana, na generalidade dos casos, do que confiná-los
em «lares», deveria ser encorajado através dos necessários apoios financeiro, médico e social às famílias.