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RESUMO: Este texto faz uma reflexão acerca do conceito de epistemologia, embasado na fala
de autores como Japiassu, Bachelard, Habermas, dentre outros, e busca contribuir de forma a
esclarecer a importância e finalidade da epistemologia da matemática para a educação pautado no
pensamento dos distintos autores que forneceram subsídios para o desenvolvimento desse estudo.
A partir da constatação do surgimento e do desenvolvimento da epistemologia da matemática,
este artigo discute as seguintes questões: Do que trata a epistemologia? Como surgiu e como se
expande, em particular, a epistemologia da matemática? Quais seriam suas possíveis
contribuições para o aperfeiçoamento na prática docente? Inicialmente, é empreendido um breve
panorama da epistemologia geral e suas linhas epistemológicas para em seguida identificar as
origens da epistemologia da matemática, seus desenvolvimento e desdobramentos mais
significativos, culminando com a apresentação de algumas reflexões sobre sua importância para
o ensino da matemática e prática docente.
ABSTRACT: This text makes a reflection about the concept of epistemology, based on the
speech of authors like Japiassu, Bacherlar, Habermas, among others, and seeks to contribute in
order to clarify the importance and purpose of the epistemology the mathematic for education
based on the thought of the different authors who provided the development of this study. From
the observation of the emergence and development of the epistemology of mathematics, this
article discusses the following questions: What is epistemology? How did the epistemology of
mathematics arise in particular? What would be their possible contributions to the improvement
in teaching practice? Initially, a brief overview of general epistemology and its epistemological
lines is followed, in order to identify the origins of the epistemology of mathematics, its
development and most significant developments, culminating with the presentation of some
reflections on its importance for the teaching of mathematics and teaching practice.
1.Introdução
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para tanto, iniciaremos com um breve resgate do processo histórico que deu vida a esse
ramo da filosofia que hoje rodeia nossos conhecimentos e influência a história da
civilização humana, seu desenvolvimento e seu futuro.
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Mais tarde, a turbulência política e social do final dos anos 60, culminando com o
advento da crise econômica nos países do Hemisfério Norte e a sua expansão gradual às
outras regiões do mundo, intensificaram o questionamento do saber científico,
estendendo-o também às ciências humanas.
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Dentro de suas funções a epistemologia tem o papel de propor soluções claras para
problemas, criticar programas e mesmo resultados errôneos, elucidar e sistematizar
conceitos filosóficos, participar das discussões sobre a natureza e o valor da ciência pura
e aplicada, ajudando a esclarecer as ideias a respeito dentre tantas outras atribuições.
Para tanto, os estudos desenvolvidos pelos ilustres filósofos tomam rumos e linhas
distintas abordando diferentes contextos pesquisados, com isso surgem algumas linhas
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epistemológicas voltadas para diversas problemáticas e que citaremos de forma breve nos
comentários a seguir.
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Através do método arqueológico, este filósofo aborda os saberes que falam sobre
o homem, as práticas discursivas, e não verdades em relação a este homem. Reivindica
uma independência de qualquer ciência, pois acredita não poder localizar o homem
através do que ela pode oferecer. Estabelece sim, inter-relações conceituais dos diferentes
saberes e não de uma ciência.
Japiassu (1977) afirma que “Popper considera as teorias científicas como livres
criações de nosso espírito, como o resultado de uma tentativa feita para compreendermos
intuitivamente as leis da natureza”.
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Segundo Aranha (2006), o termo epistemologia por ter adquirido um caráter mais
crítico sobre o estudo do conhecimento, é também denominada de filosofia das ciências
ou de teoria do conhecimento científico.
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Na educação, segundo Becker (2001, p. 19), o professor que tem uma concepção
apriorista, entende que o aluno traz um saber e que ele apenas precisa trazer à consciência,
organizar, ou ainda rechear de conteúdo. Ou seja, na pedagogia não diretiva o aluno é o
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O aluno é concebido como sendo dotado de potencialidades inatas, pela sua bagagem
genética, cabe ao professor despertar o que cada um já tem em potência.
Uma das ideias bem difundidas é aquela que concebe a inteligência como uma
capacidade, dom ou vocação que possuímos independentemente de nossos esforços ou
dos ensinamentos que recebemos na escola ou na vida (MACEDO, 2002).
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Por volta de 1908, surge a corrente construtivista, ligada à filosofia, e que admite a
existência de entidades abstratas, mas somente na medida que são construídas pela mente
do sujeito. O idealizador desta escola foi Brower, que admite um modelo kantiano de
conhecimento apriori, que o homem tem uma intuição particular que lhe permite
construções mentais a partir de uma percepção imediata.
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Na visão de Ferreira (2003) uma “tendência” pode ser compreendida como toda e
qualquer orientação de cunho filosófico e pedagógico que determina padrões e ações
educativas, mesmo que essas não contenham uma reflexão ou uma intencionalidade mais
apurada.
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geralmente não chega a ser tomado com reflexão nem pelo professor individualmente e,
menos ainda, pelo conjunto de professores que lecionam um dado curso
Através dos estudos epistemológicos e de uma prática docente voltada para esse
ramo da filosofia, estará sendo proporcionado aos alunos aprender de uma forma que lhes
permita a busca de elementos de diferentes áreas do conhecimento, e de engajar-se em
novos tipos de questionamentos, de formulação de problemas adequados para a
transformação da realidade educacional, assim como um novo paradigma de professor.
Antunes (2002) afirma que toda escola é um centro epistemológico por excelência,
pois constitui um local no qual se constrói saberes, solidifica os conhecimentos até então
acumulados, adquire conhecimentos, aprimora capacidades e aperfeiçoa competências.
Considerações finais
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GRIGOLI, J. A Sala de Aula na Universidade na Visão de seus Alunos. Um Estudo sobre a Prática
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MACHADO, Nilson José. Matemática e Realidade: análise dos pressupostos filosóficos que
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