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Aula Teórica de 18 – 09 – 2002

Princípios Fundamentais de RM

Teoria da Peças Lineares ou Barras. Hipóteses fundamentais de RM em termos do material (hip. da


continuidade, hip. da homogeneidade, hip. da isotropia) e das deformações (hip. da
proporcionalidade, hip. das pequenas deformações). Princípio geral do equilíbrio. Conceitos de
Esforço e Tensão. Princípio do Corte, princípio de Saint-Vennant e hipótese de Navier-Bernouilli.
Identificação dos esforços internos em Peças Lineares.

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FEUP - ENGENHARIA CIVIL Folha 2
RESISTÊNCIA DE MATERIAIS 1 Ano lectivo 2002/2003

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE “R M”

FOTO 1 – Edifício com estrutura linear.

FOTO 2 – Vigas de cobertura com secção variável (forma contínua).

FOTO 3 – Viga de apoio das longarinas de secção variável


(relação pequena da secção vs. vão).

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FEUP - ENGENHARIA CIVIL Folha 3
RESISTÊNCIA DE MATERIAIS 1 Ano lectivo 2002/2003

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE “R M”

1 – TEORIA DA PEÇAS LINEARES ou BARRAS

G
G G
x z

linha do eixo
y médio (C.G.)

Nocção de Peça linear;

• Sólido gerado por uma área plana “S” que se desloca ao longo de uma linha
GG´;

• O eixo médio da barra (linha GG´) é uma linha contínua, não apresenta pontos
singulares e a secção transversal é sempre prependicular a esta;

• A forma e a dimensão da secção transversal podem variar de modo lento e


contínuo;

• As dimensões da secção transversal são consideravelmente menores que o


comprimento do eixo da barra e que o raio de curvatura em qualquer ponto;

30 kN/m

50kN
E F G
F G H I J

3.0

A E HA A D
B C D B C
VA VD

1.0 4.0 1.0 [m]

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2 – HIPÓTESES FUNDAMENTAIS DE “RM”

• MATERIAL

• Hip. Continuidade: os sólidos reais são constituídos


por meios contínuos.

• Hip. Homogeneidade: as propriedade mecânicas são


as mesmas em qualquer ponto do
sólido.

• Hip. Isotropia: as propriedade mecânicas são iguais em


todas as direcções em torno de um ponto.

• DEFORMAÇÃO

• Hip. Proporcionalidade: num sólido contínuo as


deformações relacionam-se em
todos os seus pontos com as tensões,
em termos lineares e homogéneos.

• Hip. das Pequenas Deformações: os materiais


apresentam deformações pequenas
quando comparadas com as
dimensões das estruturas.

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RESISTÊNCIA DE MATERIAIS 1 Ano lectivo 2002/2003

3 – PRINCÍPIO GERAL DO EQUILÍBRIO

Acções
F G H I J

Esforços
Equilíbrio
A E Deformações
B C D

Reacções

6 equações Estruturas no espaço


• Equações gerais da estática
3 equações Estruturas plana

Hipo-estáticas Sem equilíbrio

• Estruturas Isostáticas
Com equilíbrio
Hiper-estáticas

• EXEMPLOS:

VB
VB VB HB

P P HA
HA HA

P
VA VA VA

HIPO - ESTÁTICA ISOESTÁTICA HIPER - ESTÁTICA

4 – ESFORÇOS E TENSÕES
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• Princípio do Corte – princípio da igualdade da acção e da reacção.

P1
P2
secção transversal genérica
G S
p

S
G

x z
y

• Princípio de Saint-Vennant – Quando uma secção de uma peça está suficientemente


afastada dos pontos de aplicação das forças exteriores, o estado de tensão nessa secção não
depende da forma como essas forças estão aplicadas, mas únicamente da resultante.

• Hipótese de Navier-Bernouilli – Uma secção plana de uma peça linear não deformada
mantem-se plana após a deformada.

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• Identificação dos esforços internos nas Peças Lineares

P1
P2
secção transversal genérica
G S
p

S
G

x z
y

P1
P2
Análise da secção S-S
G S

Vx N
Vx T M
z
Mx S M

My

Admitindo-se: Esforços:
• TEORIA DAS PEÇAS  N - Esforço Axial

LINEARES  Forças Vx

EQUILÍBRIO Esforço Transverso
Vy
• HIPÓTESES FUNDAMENTAIS
S-S
 Mx
DE RM.  Momento My
Momento Flector

• PRINCÍCIOS FUNDAMENTAIS
 T - Momento Torçor

DE RM

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RESISTÊNCIA DE MATERIAIS 1 Ano lectivo 2002/2003

Esforços reduzidos nos E.P.C.I. (x, y)

N 

Mx  ⇒ σ(x, y) = σ N + σ Mx + σ My ⇒ Tensões normais em flexão composta
M y 

V 
Vy  ⇒ τ( x, y ) = τ Vx + τ Vy + τ T ⇒ Tensões de corte

T 

 N - esforço axial

RESISTÊNCIA DE (Estuda-se) 
MATERIAIS - 1 S-S  Vy - esforço transverso vertical


 Mx - momento flector segundo XX

Vy = V

Mx = M
Mx N
Vy
x z
y eixo de solicitação (e. s.)

• Definição de tensão

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