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2018
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Pena (2018) o Brasil, desde 2010, é o terceiro maior produtor e
exportador agrícola do mundo, atrás somente das duas grandes potências agrícolas
mundiais: os Estados Unidos e a União Europeia. Dos principais produtos agropecuários do
Brasil, cabe destaque para a cana-de-açúcar, o café e a laranja, dos quais somos os maiores
produtores mundiais; na segunda posição internacional, a soja, o fumo e a carne bovina; e o
milho, produto em que o Brasil é o terceiro país em volume de produção anual.
Apesar dos dados relativamente obsoletos, ainda são uteis para fins de comparação
pois o cenário de nossa economia teve suas proporções mantidas. O que mostra que o setor
da agropecuária é o segundo maior absorvedor de mão-de-obra no Brasil. Sendo assim tem
uma importância relevante quando do contexto de Acidente de Trabalho, pois afeta uma
considerável parcela da população.
Ainda a título de comparação, no setor qualitativo, quando acerca de índices de risco
conforme a Classificação Nacional de Atividades Econômicas e Grau de Risco de Acidente do
Trabalho Associado que pertence ao Ministério da Previdência, Construção Civil e a
Produção Florestal estas encontram-se no mesmo patamar, já se comparado, o setor
agrícola apresenta uma taxa de risco de aproximadamente 33% menor do que aquela
encontrada na Construção Civil.
Entrando no âmbito quantitativo de acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes
do Trabalho 2013 da Previdência Social a quantidade total de acidentes do trabalho no Brasil
foi de 717.911 ocorrências dessas sendo 17.853 no setor agrícola de lavoura e florestal, e de
61.889 ocorrências no setor da construção civil. O que mostra que apesar de não ter os
maiores números o setor agrícola ainda possui números expressivos.
Mas a cerca dos dados elencados acima é necessário ter cautela pois nem todos os
ocorridos são devidamente reportados e protocolados ao INSS – Instituto Nacional da
Seguridade Social - como deveriam ser. Dessa maneira é sabido que existem distorções nos
dados ora apresentados. Ainda existe um agravante para as atividades agrícolas que são em
sua maioria desenvolvidas nos campos e por consequência afastadas das cidades, de
maneira que a probabilidade de um acidente de trabalho acontecer e não ser reportado
cresce exponencialmente a medida que a distância da cidade aumenta.
A Classificação Nacional de Atividades Econômicas e Grau de Risco de Acidente do
Trabalho Associado que pertence ao Ministério da Previdência, que já foi aqui mencionada,
possui um Grau de Risco para cada atividade econômica, grau esse que é medido em
porcentagem. Dentro do setor agrícola esse fator é variável entre os ramos da atividade
entre 2% e 3%, adotando-se uma posição mais conservadora e atribuindo o valor de 2% e
multiplicando esse fator pelo número de postos de trabalho que foi aferido pelo censo do
IBGE de 2006 para o setor agropecuário, tem-se então 2% vezes 17 milhões, que resulta em
um valor esperado de 340.000 ocorrências/acidentes de trabalho. Percebe-se que há um
choque de realidade quando se compara o esperado (340.000) com o que foi de fato
reportado (17.853). Assim deixando uma lacuna que fica para reflexão.
ABNT NBR ISO 4254-1:2015 - Máquinas agrícolas - Segurança Parte 1: Requisitos gerais;
redução de riscos
gerais
NBR - ISO 3600 - Tratores, máquinas agrícolas e florestais, equipamentos motorizados para
A NR 12, elenca alguns conceitos gerais no que tange as medidas de segurança, sedo
dispostos a seguir.
Considera-se proteção o elemento especificamente utilizado para prover segurança
por meio de barreira física e pode ser dividido em:
Cuidado especial deve ser dados aos dispositivos de partida, acionamento e parada.
Pois podem ser proeminentes fontes de risco.
Adubadora Automotriz:
máquina destinada à aplicação de
fertilizante sólido granulado e
desenvolvida para o setor canavieiro.
Adubadora Tracionada:
implemento agrícola que, quando
acoplado a um trator agrícola, pode
realizar a operação de aplicar fertilizantes
sólidos granulados ou em pó.
Colhedora de cana-de-açúcar:
equipamento que permite a colheita de
cana de modo uniforme, por possuir
sistema de corte de base capaz de cortar
a cana-de-açúcar acompanhando o perfil
do solo. Possui um sistema de elevador
que desloca a cana cortada até a unidade
de transbordo.
Escavadeira hidráulica em aplicação
florestal: escavadeira projetada para
executar trabalhos de construção, que
pode ser utilizada em aplicação florestal
por meio da instalação de dispositivos
especiais que permitam o corte,
desgalhamento, processamento ou
carregamento de toras.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos o assunto pertinente ao setor agrícola, quanto aos dados coletados e as
normas que ditam as medidas de segurança são extensos. Sempre cabendo ao profissional
da área de SST – Saúde e Segurança do Trabalho o papel de se informar e adotar uma
postura que venha a ajudar a minimizar ao máximo os riscos e consequentemente os
acidentes de trabalho. Não obstante cabe também ao empregador bem como ao empregado
a responsabilidade de fazer parte desse processo de conscientização e melhorias para que
assim através de uma menos taxa de acidentes se obtenha maior produtividade e uma
melhor qualidade de vida.
6 REFERÊNCIAS