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Instituto industrial e comercial da Matola

MÓDULO DE CONTABILIDADE ANALÍTICA I

Certificado Vocacional de Contabilidade Nível 4


INDICE

INDICE DE EXEMPLOS 4
iNDICE DE CASOS PRATICOS 5
INDICE DE PESQUISAS 5
INTRODUÇÃ O À CONTABILIDADE ANALÍTICA 6
A Contabilidade Analítica: Objectivo e Ambito 6

Diferenciaçã o entre a contabiliadde Geral e a Analítica 7

Terminologia 8

Procedimentos gerais da Contabilidade Analítica, previstos na legislaçã o 10

CLASSIFICAÇÃ O DOS CUSTOS 12


Classificaçã o dos Custos Quanto ao objectivo de custo 12

Classificaçã o dos custos em relaçã o ao processo produtivo 13

Classificaçã o dos Custos em Relaçã o ao seu Comportamento 14

AS COMPONENTES DOS CUSTOS DE PRODUÇÃ O 19


Produçã o acabada e produçã o em curso 19

Componentes dos custos de Produçã o 20

A matéria-prima/Materiais Directos 20

A Mã o-de-obra 25

Os gastos Gerais de fabrico 31

APURAR O CUSTO INDUSTRIAL PRODUTO VENDIDO (CIPV) 34


Custo Industrial produçã o, custo industrial produto acabado e custo industrial do produto vendido
34

Custo industrial Produçã o 35

Apurar o Custo Industrial do Produto Vendido (CIPV) 39

O CUSTO TOTAL DE UM PRODUTO/SERVIÇO 41


REPARTIÇÃ O DOS CUSTOS INDIRECTOS 46
Base de Imputaçã o 46

Base de Imputaçã o Multipla 50

Quota teó rica e quota ideal 54

Metodo das secçõ es Homogeneas 57

Sistema ABC 66

BIBLIOGRAFIA 75
INDICE DE EXEMPLOS

EXEMPLO 1 – FLUXOS ECONÓ MICOS, FINANCEIROS E MONETÁ RIOS......................................................................9


EXEMPLO 2 – CLASSIFICAÇÃ O CUSTOS................................................................................................................................ 14
EXEMPLO 3 – CLASSIFICAÇÃ O DOS CUSTOS: COMPORTAMENTO............................................................................15
EXEMPLO 4 – PRODUTO ACABADO E PRODUTOS EM PROCESSO............................................................................19
EXEMPLO 5 - VALOR DA MATÉ RIA-PRIMA......................................................................................................................... 21
EXEMPLO 6 - CUSTO DE ARMAZENAGEM........................................................................................................................... 22
EXEMPLO 7 - VALORIMETRIA DAS EXISTÊ NCIAS............................................................................................................ 23
EXEMPLO 8 - ENCARGOS COM OS TRABALHADORES.................................................................................................... 26
EXEMPLO 9 - MÃ O-DE-OBRA DIRECTA E INDIRECTA................................................................................................... 27
EXEMPLO 10 - VALOR DA MÃ O-DE-OBRA........................................................................................................................... 27
EXEMPLO 11 - COMPONENTES DOS CUSTOS INDIRECTOS (GGF)............................................................................32
EXEMPLO 12 - CALCULO CIP (1)............................................................................................................................................. 36
EXEMPLO 13 - CÁ LCULO DO CIPA.......................................................................................................................................... 39
EXEMPLO 14 - CÁ LCULO DO CUSTO TOTAL....................................................................................................................... 41
EXEMPLO 15 – BASES DE IMPUTAÇÃ O (1)......................................................................................................................... 46
EXEMPLO 16 – BASES DE IMPUTAÇÃ O (2)......................................................................................................................... 47
EXEMPLO 17- BASE DE IMPUTAÇÃ O MÚ LTIPLA............................................................................................................. 51
EXEMPLO 18 - QUOTA REAL, QUOTA TEÓ RICA E QUOTA IDEAL..............................................................................54
EXEMPLO 19 - CENTROS DE CUSTOS (1)............................................................................................................................. 58
EXEMPLO 20 – CENTROS DE CUSTO(2)............................................................................................................................... 59
EXEMPLO 21 - SECCÇÕ ES HOMOGÉ NEAS........................................................................................................................... 61
EXEMPLO 22 - SECÇÕ ES HOMOGÉ NEAS- MÉ TODO DIRECTO E PASSO-A-PASSO...............................................63
EXEMPLO 23- SISTEMA ABC..................................................................................................................................................... 68
INDICE DE CASOS PRATICOS

.
Caso Prá tico 1 - AMBTITO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA.........................................................................................7
Caso Prá tico 2 – FLUXOS ECONÓ MICOS, FINANCEIROS E MONETÁ RIOS.................................................................9
Caso Prá tico 3 - CLASSIFICAÇÃ O DOS CUSTOS (1)........................................................................................................... 16
Caso Prá tico 4 - CLASSIFICAÇÃ O DOS CUSTOS (2)........................................................................................................... 16
Caso Prá tico 5 - CLASSIFICAÇÃ O CUSTOS (3).................................................................................................................... 17
Caso Prá tico 6 - CLASSIFICAÇÃ O CUSTOS (4).................................................................................................................... 17
Caso Prá tico 7 - PRODUTOS EM PROCESSO........................................................................................................................ 20
Caso Prá tico 8 – COMPONENTES DO CUSTO DA MATÉ RIA-PRIMA..........................................................................24
Caso Prá tico 9 - COMPONENTES DA MOD........................................................................................................................... 29
Caso Prá tico 10 - CÁ LCULO DO VALOR DA MOD (1)....................................................................................................... 30
Caso Prá tico 11 - CÁ LCULO DO VALOR DA MOD (2)....................................................................................................... 30
Caso Prá tico 12 - CÁ LCULO DO CIP (2)................................................................................................................................. 37
Caso Prá tico 13- CALCULO DO CUSTO TOTAL................................................................................................................... 42
Caso Prá tico 14 – BASE DE IMPUTAÇÃ O (3)....................................................................................................................... 49
Caso Prá tico 15- BASE DE IMPUTAÇÃ O MÚ LTIPLA......................................................................................................... 52
Caso Prá tico 16 - QUOTA TEÓ RICA E QUOTA REAL (1)................................................................................................. 55
Caso Prá tico 17 - QUOTA TEÓ RICA E QUOTA REAL (2)................................................................................................. 56
Caso Prá tico 18 - IDENTIFICAÇÃ O DE CENTROS DE CUSTO (1).................................................................................60
Caso Prá tico 19 - IDENTIFICAÇÃ O CENTROS DE CUSTOS (2).....................................................................................60
Caso Prá tico 20 - SECÇÕ ES HOMOGENEAS......................................................................................................................... 64
Caso Prá tico 21 - SISTEMA ABC............................................................................................................................................... 72

INDICE DE PESQUISAS

PESQUISA 1 – APLICAÇÃ O LEGAL DA CONTABILIDADE............................................................................................... 11


PESQUISA 2 – SOFTWARE DE CONTABILIDADE ANALITICA......................................................................................11
PESQUISA 3 – PRODUTOS ACABADOS E EM PROCESSO................................................................................................20
PESQUISA 4 - CENTROS DE CUSTO........................................................................................................................................ 66
AULA 1

A CONTABILIDADE ANALITICA: OBJECTIVO E AMBITO

A contabilidade Geral ou financeira, apresenta diversas limitaçõ es, pois ela reflecte o passado e este já
nã o nos interessa, o que queremos determinar como utentes das contas sã o os fluxos de caixa futuros da
empresa. No entanto, a contabilidade continua a dar ênfase ao relato e divulgaçã o de situaçõ es passadas,
ou seja, informaçã o histó rico-financeira

A insuficiência desta informaçã o, atendendo à crescente complexidade das empresas e à especificidade


dos problemas que enfrentam, conduziu à criaçã o de um sistema de contabilístico alternativo, interno,
capaz de produzir de informaçã o econó mica – financeira para a gestã o.

A Contabilidade Analítica consiste na aplicaçã o da técnica contabilística aos fenó menos internos da
empresa, que ocorrem na á rea da produçã o, comercial, administrativa, financeira, etc, com dois
objectivos principais:

1. Avaliaçã o dos bens produzidos e vendidos

2. Controlo das condiçõ es internas de exploraçã o

Com o primeiro objectivo, a empresa procura calcular o custo dos produtos fabricados bem como o custo
dos produtos vendidos à saída do armazém, o que lhe permite apurar resultados por produtos.

Com o segundo objectivo, a Contabilidade Analítica procura identificar todos os sectores internos que
originam custos, de forma a poderem ser acompanhados, analisados e controlados. Conhecimento de
todos os custos da empresa nos diferentes sectores (á rea fabril), comercial e administrativa e financeira,
com vista ao seu planeamento, controlo e racionalizaçã o.

Face aos grandes objectivos propostos pela Contabilidade de Analítica – apurar o valor do custo das
actividades da empresa e, fornecer informaçã o para o processo de planeamento e controlo da empresa –
a informaçã o produzida interessa quer internamente, pela sua contribuiçã o para a tomada de decisã o,
bem como externamente, aos agentes externos que se relacionam com a instituiçã o, nomeadamente as
instituiçõ es bancá rias.

A título exemplificativo apresentam-se algumas questões, para as quais, a Contabilidade de Analítica poderá
contribuir para a tomada de decisão:

 Qual a contribuição de cada secção/departamento/produto para o resultado da empresa?


 Qual o custo de cada produto vendido?
 Quais os custos de cada departamento? E Funções?
 Quais os resultados por produtos, sector, ou função
 Qual a rendibilidade dos departamentos e produtos
 Qual a previsão dos meus resultados para o próximo ano?
 Estamos a atingir os resultados propostos? Quais os desvios ao orçamento?
 …
DIFERENCIAÇÃ O ENTRE A CONTABILIADDE GERAL E A ANAL ÍTICA

Sumariamente, podemos esquematizar as principais divergências entre a Contabilidade de Analítica e a


Contabilidade Geral, através do seguinte quadro 1 :

TABELA 1 – DISTINÇÃ O ENTRE A CONTABILIDADE GERAL E ANALITICA

Contabilidade Geral Contabilidade de Analítica


 Informaçã o para o exterior (agentes externos);  Informaçã o interna (gestores) e externa;
 Limitada pelo sistema contabilístico e pelos  Elaborada à medida das necessidades da empresa
critérios definidos legalmente; e dos seus gestores,
 Apuramento de Resultados Globais;  Informaçã o detalhada para o Planeamento e
Controlo;
 Orientada para os Resultados e Obrigaçõ es  Orientada para a eficiência da organizaçã o e para a
fiscais; tomada de decisã o;
 Obrigató ria.  Facultativa.

ANALÍTICA

A Telma Matsingue está no ú ltimo Caso Prá tico 1 - AMBTITO DA CONTABILIDADE ano de Turismo e
Gestã o de Empresas Turísticas. Ela quer trabalhar para uma cadeia de hotelaria com o objectivo de
assumir a gestã o de um dos hotéis do grupo em Moçambique e por isso está a considerar a possibilidade
de tirar um curso de contabilidade Financeira ou de Gestã o de Custos (Contabilidade Analítica). Antes de
escolher pediu a sua opiniã o.

Pede-se que prepare uma explicaçã o sobre as diferenças e similaridades entre a contabilidade analítica e
a Financeira, descrevendo as vantagens que cada um deles oferece para a sua posiçã o de gestor de um
hotel.

R:

A similaridade é que ambas constituem sistemas de contabilidade, isto é, tratam as operaçõ es do ponto
de vista financeiro.

As diferenças estã o no â mbito de tratamento dessa informaçã o, (VER TABELA 1)

Para o posto que vai ocupar é mais vantajoso a formaçã o em contabilidade Analítica pois irá permitir
orientar a informaçã o para a tomada de decisã o enquanto gestora.

TERMINOLOGIA

O conceito de custo aparece muitas vezes confundido com outros conceitos, como por exemplo despesa,
pagamento ou perda. Importa, assim, que se consolide estes conceitos, tendo em conta o modo como são
utilizados na linguagem de Contabilidade de Gestão.
FIGURA 1 – FLUXOS FINANCEIROS, ECONÓ MICO E MONETÁ RTIO

As trocas entre clientes e fornecedores que motivam entradas e saídas de dinheiro, ou variações, originam
receitas e despesas, isto é, um dever de recebimento (Receita) ou uma obrigação de pagamento (despesa).
As trocas que se referem à formação das componentes positivas e negativas do resultado originam proveitos
e custos, respectivamente.

Enquanto os proveitos e custos respeitam a factos económicos, as receitas e despesas respeitam a factos
financeiros.

Vejamos, a compra de uma determinada matéria-prima não será um custo. Com efeito, a aquisição de um
recurso (compra da matéria prima) é para a empresa uma despesa, pois surge apenas a obrigação de
pagamento e uma receita para o fornecedor, pois desencadeia o direito a receber.

As condições estipuladas para a compra dos recursos condicionam o pagamento, que será coincidente com a
despesa, mas apenas no caso das compras a pronto. Da mesma forma, na venda do produto, a receita será
coincidente com o recebimento, quando há pronto pagamento.

Em relação à matéria-prima adquirida, a empresa terá um custo quando a “sacrificar”, tendo em vista o
objectivo que é a produção de uma unidade de produto acabado.

Caso a empresa estrague, esbanje ou deixe cair em desuso as unidades de matéria-prima, acaba por sacrificá-
las sem ter em vista qualquer proveito. Caso isso se verifique, diz-se que a empresa teve uma perda.

EXEMPLO 1 – FLUXOS ECONÓMICOS, FINANCEIROS E MONETÁRIOS

O Sr Armando pretende comprar um refresco à Barraca da Mama Rosa. Com a entrega do refrigerante nasce
a obrigação do pagamento, isto é estamos perante uma despesa por parte do consumidor (Sr. Armando) e
um proveito, por parte da Barraca da Mamã Rosa. Quando o Sr Armando bebe o refresco, irá sacrificar este
recurso e como tal, estamos perante um custo, que resultará no proveito de saciar a “sede”. O acto de
entrega de dinheiro, representa um pagamento para o consumidor (Sr. Armando) e um recebimento o
negócio da Mamã Rosa.

CASO PRÁTICO 2 – FLUXOS ECONÓMICOS, FINANCEIROS E MONETÁRIOS


De acordo com os conceitos expostos anteriormente comente o seguinte diá logo, entre o Sr. Simã o Nabo
e o Sr. Alberto Asneira, da empresa simplicidade:

Sr. Nabo: Ontem a empresa comprou 20.000,00 Mtn de uma mercadoria X.

Sr. Asneira: 20.000,00 Mtn?! Mas isso é um custo muito elevado para ser pago em 30 dias!

Sr. Nabo: Nã o, nesta compra o fornecedor concedeu um crédito de 90 dias, portanto a nossa empresa só
terá a despesa daqui a 3 meses.

Sr. Asneira: Estas condiçõ es oferecidas pelo fornecedor foram com certeza consequência daquela
grande despesa, que registá mos na semana passada, em que liquidá mos a dívida contraída 2 meses
antes.

Sr. Nabo: Em qualquer dos casos, a nossa empresa já está a ganhar 4.000,00 Mtn, pois prevê-se uma
subida de preços na mercadoria em cerca de 20%.

Sr. Asneira: É sempre a Ganhar!

R:

Sr. Nabo: Ontem a empresa comprou 20.000,00 Mtn de uma mercadoria X.

Sr. Asneira: 20.000,00 Mtn?! Mas isso é uma despesa (custo) muito elevado para ser pago em 30 dias! No
acto da compra a empresa tem uma despesa, compromisso de realizar o pagamento em 30 dias. Só haveria
um custo no momento do “sacrifício” da mercadoria para obtenção de um proveito.

Sr. Nabo: Não, nesta compra o fornecedor concedeu um crédito de 90 dias, portanto a nossa empresa só
terá a pagamento (despesa) daqui a 3 meses. Ver nota do ponto anterior

Sr. Asneira: Estas condições oferecidas pelo fornecedor foram com certeza consequência daquela grande
Pagamento (despesa) que registámos na semana passada em que liquidámos a dívida contraída 2 meses
antes. Ver nota do ponto anterior

Sr. Nabo: Em qualquer dos casos, a nossa empresa já está a ganhar 4.000,00 Mtn, pois prevê-se uma subida
de preços na mercadoria em cerca de 20%.

Sr. Asneira: É sempre a Ganhar!

PROCEDIMENTOS GERAIS DA CONTABILIDADE ANAL ÍTICA, PREVISTOS NA LEGISLAÇÃ O


Apesar da contabilidade Analítica nã o ser obrigató ria, o PGC de Moçambique prevê a sua utilizaçã o
através da classe 9 destinada à s contas da contabilidade analítica de exploraçã o (contabilidade
industrial), de forma a efectuar uma ligaçã o entre a contabilidade Interna (Analítica) e a Externa (Geral).

Existindo as duas Contabilidades, com características referidas nos pontos anteriores é necessá rio que
se crie um sistema para que elas se interligam, ou seja, que defina como é que os dados de uma sã o
transferidos para a outra e vice-versa. Vejamos de uma forma geral, cada um destes sistemas

Sistemas de ligação Sistemas Nos sistemas monistas há uma ligaçã o efectiva entre as duas
Contabilidade Geral / Monistas
Contabilidades, pois podem debitar-se contas do geral por
Contabilidade
Analítica crédito em contas da Analítica e vice-versa. Trata-se de
sistemas integrados, com um plano de contas ú nico
abrangendo as classes de 1 à 9.
Se a liberdade de movimentos entre contas do plano é total, o
sistema monista diz-se indiviso ou radical.
Se os movimentos entre as duas Contabilidades sã o possíveis
apenas entre um nú mero muito limitado de contas, o sistema
monista diz-se diviso ou moderado.
Sistemas Nos sistemas dualistas as duas Contabilidades funcionam
Dualistas
independentes uma da outra, significando isso que nã o é
possível contabilizar movimentos na Contabilidade Geral por
contrapartida directa em contas da Contabilidade Analítica e
vice-versa.
O sistema dualista diz-se duplo-contabilístico se as duas
Contabilidades utilizarem digrafia. Neste caso a Contabilidade
Analítica tem necessidade de criar uma conta ou contas
especiais chamadas contas reflectidas, contas
compensató rias ou contas de ligaçã o, que sã o utilizadas
sempre que há movimentos entre as duas Contabilidades.
O sistema dualista diz-se duplo-misto se apenas a
Contabilidade Geral utilizar a digrafia. Neste caso a
Contabilidade Analítica atingirá os seus objectivos,
socorrendo-se de um apropriado conjunto de mapas, quadros,
tabelas de repartiçã o, etc.

PESQUISA 1 – aplicaçã o legal da contabilidade+: os estudantes devem fazer uma pesquisa junto da
repartiçã o de finanças da sua á rea, sobre as normas legais para a aplicaç ã o da contabilidade analítica /
custos na empresa.

PESQUISA 2 – SOFTWARE DE CONTABILIDADE ANALITICA


Pesquise os softwares de contabilidade que permitem a realizaçã o da contabilidade analítica, mais
vendidos em Moçambique e descreva a forma resumida como se interliga com a contabilidade geral
CLASSIFICAÇÃ O DOS CUSTOS

Resultado de Aprendizagem 3:
Apurar os custos intermédios de um produto ou serviço

Critério de Desempenho:

(a) Identifica a hierarquia dos custos, identificando os custos directos e indirectos de produçã o e os
custos nã o industriais
(b) Identifica os custos de produçã o relativos a Mã o-de-obra, matéria-prima, materiais e gastos gerais
de fabrico, classificando-os em custos fixos, variá veis, semi-variá veis, directos e indirectos

(AULA 6)

Na Contabilidade classificaçã o dos custos assume vá rios critérios. Para o efeito, iremos apenas abordar 3
critérios: face ao objectivo de custo, em relaçã o ao processo produtivo e comportamento.

CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS QUANTO AO OBJECTIVO DE CUSTO

O objectivo de custo pode ser definido como qualquer unidade, segmento ou departamento da empresa,
sobre o qual se pretenda obter o apuramento dos custos que lhe dizem respeito.

Assim, surgem dois tipos de objectivo de custo:

Objectivo de custo intermédio  referente aos departamentos ou secçõ es da empresa

Objectivo de custo final  produtos

Na quantificaçã o particularizada dos custos, relativamente ao objectivo de custo, surgem custos que
estã o mais ou menos ligados aos mesmos. Neste contexto, surgem duas categorias de custos, os custos
directos e os custos indirectos, conforme o grau de ligaçã o e de clara identificaçã o com os
departamentos (ou secçõ es) e/ou os produtos.

Vejamos um exemplo de classificaçã o dos seguintes custos: valor das matérias-primas, salá rio do
supervisor de produçã o e o salá rio de um operá rio de manutençã o que presta serviços a vá rios
departamentos da empresa:
TABELA 2 – CLASSIFICAÇÃ O DOS CUSTOS RELAÇÃ O AO OBJECTIVO DE CUSTO
Objectivo Custo DEPARTAMENTOS
Produto (Custo intermédio)
Custos (custo Final) Departamento
Departamento Produção
Manutenção
Valor das Matérias-Primas Custo Directo - -
Salá rio supervisor de produçã o Custo Indirecto Custo Directo -
Salá rio operá rio manutençã o Custo Indirecto Custo Indirecto Custo Directo

As matérias-primas sã o incorporadas directamente na fabricaçã o do produto final, pelo que é um custo


directo deste objectivo de custo (produto final). Relativamente ao salá rio do supervisor, já nã o é clara a
sua incorporaçã o no produto final, mas é claramente identificá vel com o departamento de produçã o,
logo será um custo indiretos face ao produto final e, um custo directo do departamento de produçã o.
Quanto ao salá rio do operá rio de manutençã o, é reconhecida a sua importâ ncia para a fabricaçã o do
produto final e para apoio ao departamento de produçã o, no entanto este contributo nã o é facilmente
quantificá vel pelo que se classifica como um custo indirecto face a estes dois elementos.

CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS EM RELAÇÃO AO PROCESSO PRODUTIVO

Numa empresa podemos ter dois tipos de Custos: Custos de Produçã o e Custos Período. Os custos de
Produçã o, como o pró prio nome indica sã o os custos que estã o directamente relacionados com o
processo de fabrico, enquanto os restantes sã o os que nã o estã o relacionados com as á reas nã o
produtivas, pelo que se consideram respeitantes ao período econó mico em que ocorrem.

De forma esquemá tica temos:

TABELA 3 – CLASSIFICAÇÃ O DOS CUSTOS DE ACORDO COM O PROCESSO


Tipos de
Definição Subdivisão Exemplos
Custo
Materiais –  Valor dos Matérias-Primas sacrificadas
Directos (MD) no Processo Produtivo

Mã o-de-Obra  Salá rio dos operá rios fabris,


Aqueles que estã o directamente Directa directamente relacionados com a
Custos de relacionados com a processo execução do produto final
Produção produtivo ou o seu produto (MOD)
Final.
Gastos Gerais de  Renda da unidade fabril
Fabrico  Salá rio do Director fabril
 Salá rio dos operá rios que garantem a
(GGF) manutençã o das má quinas do
processo fabril
Aqueles que nã o estã o Custos  Renda dos Escritó rios
relacionados com as á reas Administrativos  Salá rio da secretá ria
Custos do produtivas, pelo que se
Período consideram respeitantes ao Custos Comerciais  Publicidade e marketing
período econó mico em que  Salá rio director Comercial
ocorrem. Custos Financeiros  Juros do Empréstimo
O quadro anterior evidencia que a forma de divisão dos custos em cada uma das categorias não é uniforme.
Enquanto os custos do período se dividem por áreas funcionais (departamentos), os custos de produção têm
uma subdivisão mais complexa.

EXEMPLO 2 – CLASSIFICAÇÃO CUSTOS

Vejamos o exemplo da classificação dos custos de uma carpintaria que produz armários a partir de placas de
madeira:

 Valor da madeira utilizada é classificado com materiais directos, pois trata-se de um custo
sacrificado no processo produtivo e cuja incorporaçã o no produto final (armá rios) é física e
facilmente observá vel;

 Valor do salá rio dos operá rios que preparam a madeira e constroem os armá rios, é classificado
como mão-de-obra directa, por trata-se do valor do recurso “trabalho” utilizado no processo
produtivo e, cuja incorporaçã o no produto final (armá rios) é física e facilmente observá vel;

 Valor da energia gasta na serra eléctrica que corta a madeira, os salá rios dos supervisores fabris, a
renda do imó vel onde funciona o espaço fabril e os salá rios dos operá rios que fazem a manutençã o
das má quinas do processo produtivo, sã o gastos gerais de fabrico, por se tratar de custos
inerentes ao processo produtivo, mas cuja incorporaçã o no produto final (armá rios) nã o é física,
nem facilmente observá vel. Sã o assim, uma rubrica residual que diz respeito a todos os custos
indirectos do processo produtivo;

Nas empresas de serviços não existe um produto físico, pois o output destas empresas é o serviço prestado.
Assim, não fará muito sentido falar em custos de produção mas sim, em custos operacionais:

TABELA 4 – CLASSIFICAÇÃ O DOS CUSTOS – CASO DOS SERVIÇOS


Custos Directos, cuja identificação com o serviço prestado é facilmente observável.
Custos Operacionais Custos Indirectos, que, por exclusão, serão todos os custos que permitem a realização
do serviço mas que não se enquadram na definição de custos Directo
Custos Administrativos

Custos do Período Custos Comerciais


Custos Financeiros

CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS EM RELAÇÃO AO SEU COMPORTAMENTO

Os custos podem ser classificados com base na sua maneira de reagir às mudanças nas actividades que estão
a ser avaliados. Os custos que variam proporcionalmente à actividade são classificados como custos
variáveis, e outros que não se alteram com as flutuações do nível de actividade são denominados custos
fixos. Estas categorias de custos podem ser representadas graficamente através das figuras 6 e 7 :
O custo variável é aquele que é, em termos totais, é proporcional ao nível de actividade, mas fixo em termos
unitários.

EXEMPLO 3 – CLASSIFICAÇÃ O DOS CUSTOS: COMPORTAMENTO

Vejamos o exemplo de uma empresa que produz um determinado produto que possui rótulos. Se a empresa
produzir 100 unidades terá um custo de 2.000,00 meticais (100 x 20,00) em ró tulos. Se produzir 200
terá 4.000,00 e se nã o produzir nada o seu custo com ró tulos é nulo.(figura 5.)

O custo total dos rótulos é de 00,00 Mtn, 200,00 Mtn e 400,00 Mtn, para um nível de actividade de 0, 100 e
200 unidades, respectivamente. O custo variável unitário (Custo Total/ Nível de Actividade) mantém-se
constante em 20,00 Mtn o rótulo por produto.

FIGURA 2 – CUSTO VARIAVEL

Custo Total
(Mtn) Custo Variável
5.000,00

4.000,00

3.000,00

2.000,00

1.000,00

0,00
0 50 100 150 200

Nível de Actividade

O custo fixo, contrariamente aos custos variáveis, é aquele que, em termos totais é fixo, apesar das
flutuações no nível de actividade e, em termos unitários, é variável.

FIGURA 3 – CUSTO FIXO


Custo Total
(Mtn) Custo Fixo
20.000,00

10.000,00

0,00
0 50 100 150 200

Nível de Actividade

A empresa está situada na Matola e paga uma renda mensal de 10.000,00 independentemente de
produzir 100, 200 ou nenhum produto. Logo a renda é um custo fixo, pois nã o depende da actividade da
empresa.

Existem ainda, nas empresas, custos que não são totalmente variáveis, nem inteiramente fixos. Estes custos
são classificados como custos semi-variáveis. O comportamento dos custos semi-variáveis poderá ser
semelhante a um dos dois exemplos da figura 8 que se segue:
FIGURA 4 – CUSTOS SEMI-VARIÁ VEIS

Custo Total Custo Total


(Mtn) Custo Semi-variável (Mtn) Custo Semi-variável
30.000,00 30.000,00

20.000,00 20.000,00

10.000,00 10.000,00

0,00 0,00
0 50 100 150 200 0 50 100 150 200

Nível de Actividade Nível de Actividade

Um Custos com uma componente fixa e Um custo em escada é o custo de


variá vel é o custo com a electricidade. supervisã o. Cada supervisor pode
Existe uma taxa fixa e um custo que apenas controlar um nú mero limitado
varia com a quantidade de energia de pessoas. Se a empresa ultrapassar
consumida este limite terá que contratar outro
supervisor.

CASO PRÁ TICO 3 - CLASSIFICAÇÃ O DOS CUSTOS (1)

Podemos tratar como indirectos, para efeitos de alocaçã o aos produtos de algumas matérias-primas bem
como de alguns casos de mã o-de-obra directa? Em que circunstâ ncias isso ocorre

R: Sim. Quando é difícil quantificar o seu consumo ao produto. Vejamos por exemplo na restauraçã o, a
á gua utilizada no processo de confecçã o de uma refeiçã o. Ou um operá rio que trabalha simultaneamente
na fabricaçã o de mais do que um produto. No caso do custo directo da mã o-de-obra, temos ainda o caso

das horas improdutivas.

CASO PRÁ TICO 4 - CLASSIFICAÇÃ O DOS CUSTOS (2)

Indique se as afirmaçõ es sã o verdadeiras (V) ou Falsas (F)


Afirmaçõ es V F
1 O custo variá vel é aquele que é constante em termos unitá rios e variá vel em termos totais
2 Os custos semi-variá veis sã o apenas os custos com uma componente fixa e uma variá vel
3 O custo fixo é aquele que em termos totais é variá vel e em termos unitá rios fixo
4 Os custos directos sã o aqueles que estã o directamente relacionados com o processo de
fabrico
5 Os custos indirectos sã o aqueles que nã o estã o relacionados com a produçã o
6 Os custos industriais sã o os custos referentes ao processo de fabrico
r:
Afirmaçõ es Comentá rio
1 V
2 F Existem outros comportamentos de custos, como os em escada que também sã o
considerados semi-variá veis
3 F É exactamente ao contrá rio, em termos totais sã o fixos e em termos unitá rios sã o
variá veis
4 V
5 F Sã o custos industriais (produçã o) mas que de difícil quantificaçã o quanto ao seu consumo
no produto final
6 V

CASO PRÁ TICO 5 - CLASSIFICAÇÃ O CUSTOS (3)

De acordo com o comportamento dos custos, classifique-os assinalando com um X a (s) quadrícula (s)
correspondente (s):

Meses JAN FEV MAR ABR CUSTOS


Semi-
Nível de Actividade 30 60 100 60 Variável Fixo
variavel
Custo A 100,00 120,00 200,00 120,00
Custo B 80,00 96,00 160,00 96,00
Custo C 10,00 10,00 10,00 10,00
Custo D 45,00 45,00 45,00 45,00
Custo E 30,00 30,00 30,00 30,00
Custo F 80.00 90,00 130,00 90,00

R:
Meses JAN FEV MAR ABR CUSTOS
Semi-
Nível de Actividade 30 60 100 60 Variável Fixo
variavel
Custo A 100,00 120,00 200,00 120,00 X
Custo B 80,00 96,00 160,00 96,00 X
Custo C 10,00 10,00 10,00 10,00 X
Custo D 45,00 45,00 45,00 45,00 X
Custo E 30,00 30,00 60,00 30,00 X
Custo F 80.00 90,00 130,00 90,00 X

CASO PRÁ TICO 6 - CLASSIFICAÇÃ O CUSTOS (4)

Escolha a resposta mais adequada à questã o colocada

1. Em relaçã o ao comportamento “normal” dos custos variá veis, diga qual das frases lhe parece a mais
correcta:

a) Com a reduçã o da produçã o o custo variá vel unitá rio tende para zero;
b) Com a reduçã o da produçã o o custo variá vel total tende para zero;
c) Com a reduçã o da produçã o o custo variá vel total mantém-se constante;
d) Com a reduçã o da produçã o o custo variá vel unitá rio mantém-se constante.

2. A despesa com combustíveis directa ou indirectamente …

a) Nunca poderá ser incluída no custo de produçã o;


b) É sempre incluída no custo de produçã o;
c) Pode, em algumas situaçõ es, ser incluída no custo de produçã o;
d) Pode, em algumas situaçõ es, ser incluída no custo de produçã o mas apenas se for considerado
custo fixo.

R:
1.d); 2.c)
AS COMPONENTES DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO

Resultado de Aprendizagem 2:

Determinar o custo dos componentes do custo industrial dos produtos

Critérios de Desempenho:

(a) Identifica os custos de produçã o acabada e produçã o em curso


(b) Determina o custo das matérias-primas e materiais directos
(c) Determina o custo da Mã o-de-obra
(d) Determina a quota de gastos gerais de fabrico

(AULA 2, 3, 4 e 5)

PRODUÇÃO ACABADA E PRODUÇÃO EM CURSO

Numa empresa pode haver produçã o acabada, ou seja, produtos terminados e prontos a serem vendidos
ou produçã o em curso, produtos inacabados que necessitam de um processo de transformaçã o adicional
para ficarem aptos para venda.

EXEMPLO 4 – PRODUTO ACABADO E PRODUTOS EM PROCESSO

Vejamos um exemplo da produçã o de pã o, partindo do pressuposto que a empresa apenas vende o pã o


cozido.

FIGURA 5 – FLUXO DAS OPERAÇÕ ES DE FABRICAÇÃ O DE UM PÃ O

A farinha peneirada, a massa, as bolas de massa e as bolas de massa fermentada sã o produtos


inacabados, pois necessitam de produçã o adicional até poderem ser vendidos. O pã o é o produto
acabado.

Através deste exemplo podemos facilmente identificar que existe um fluxo de custos no processo de
fabricaçã o como se apresenta na figura 3.
FIGURA 6 – FLUXO DE CUSTOS

CASO PRÁ TICO 7 - PRODUTOS EM PROCESSO

Na fabricaçã o de batatas fritas em pacote. Identifique 2 produtos em processo.

R:

Produtos em Processo: Batata lavada, batata descascada, batata frita (antes de empacotar)

PESQUISA 3 – PRODUTOS ACABADOS E EM PROCESSO

Identifique numa empresa industrial da sua regiã o: O produto acabado, o fluxo de produçã o bem como
produtos em curso.

COMPONENTES DOS CUSTOS DE PRODUÇ Ã O

Concentremo-nos nos custos de Produçã o, no exemplo da padaria teríamos:

Matérias-Primas  Farinha, Sal, Agua, Aditivos, …


Mã o-de-obra Directa  Salá rio dos operá rios que fabricam o pã o
Gastos Gerais de Fabrico  Energia, a lenha, produtos de limpeza, o servente,

A MATÉ RIA-PRIMA/MATERIAIS DIRECTOS

Matérias, sã o todos os produtos que a empresa adquire com o objectivo de transformar em outros
produtos ou servirem de apoio a essa transformaçã o. Assim, temos dois tipos de Materiais: Matéria-
prima e as matérias subsidiá rias (Gastos Gerais de Fabrico).

Vejamos o caso de uma carpintaria. A madeira, os pregos e a cola sã o incorporados no produto final e
por isso, designados como matéria-prima. No entanto para fabricar o armá rio utilizamos lixas mas a sua
incorporaçã o no produto final (armá rios) nã o é física, nem facilmente observá vel, logo trata-se de uma
matéria subsidiá ria, ou seja um custo indirecto (gasto Geral de Fabrico)
Vamos agora nos concentrarmos apenas nas matérias-primas.

O custo da matéria-prima nã o se limita ao valor da factura do Fornecedor. Existem outros gastos


suportados até à saída das matérias para a produçã o, que devem ser incluídos para termos o valore real
da mesma:

 Custos de  Preço de compra  Valor da Factura


aquisiçã o

 Gastos suportados directa  Custos de transporte


ou indirectamente para  Custos de recepçã o
colocar os bens no seu  Custos de conferência
estado natural ou no local  Custos de
de armazém movimentaçã o e
armazenagem

EXEMPLO 5 - VALOR DA MATÉRIA-PRIMA

A padaria adquiriu 10 sacos de 50 kg de farinha de trigo por 1.000,00 meticais o saco.. Pagou o
transporte no valor de 500,00 meticais. Os custos de Armazenagem (salá rio do fiel de armazém,
amortizaçõ es, aluguer do armazém, energia do armazém, etc.) foram de 4.500,00 meticais. A empresa
demora 1 mês a consumir os 60 kgs de farinha:

Qual o custo da farinha?

Descrição Valor (meticais) Observação


Valor da factura 10.000,00 10 sacos x 1000,00
Custos de Transporte 500,00
Custos de Armazenagem 750,00 Se gasta 4.500, 00 para 60 sacos entã o o custo
por saco é de 75,00
Custo Total 11.250,00

O custo de 1 saco é de 1.125,00 Meticais

Muitas vezes as empresas, têm no armazém diversos tipos de materiais, ou diferentes tipos de matérias
ou matéria-prima e produto acabado, ou ambas, o que dificulta a afectaçã o do custo de armazenagem à
matéria-prima.

Neste caso é necessá rio criar uma forma de distribuir os custos por cada matéria. Nuns casos podemos
ponderar este custo com base na á rea ocupada pela Matéria-Prima, em outros casos, em funçã o da
quantidade, ou ainda, em funçã o do seu valor. O critério deverá ter em conta a funcionalidade do seu
apuramento e a maior aproximaçã o à realidade.
EXEMPLO 6 - CUSTO DE ARMAZENAGEM

Uma determinada empresa possui um armazém, cujos custos do período sã o 20.000,00 meticais. No
referido período, deram entrada no armazém, as seguintes quantidades:

Matérias M 200 toneladas por 16.000,00 meticais


Matérias N 140 toneladas por 60.000,00 meticais
Matérias O 60 toneladas por 4.000,00 meticais
400 80.000,00

1. Se utilizarmos a quantidade de entrada, como critério de imputaçã o (distribuiçã o) os custos das


matérias seriam:

Se deram entrada no total 400 toneladas, entã o o custo por tonelada será de 50,00 meticais a
tonelada (20.000,00/400 toneladas)

Custo em Custo
Matérias Custo à Entrada Armazenamento Armazenamento
Armazém
/tonelada
Matérias M 16.000,00 10.000,00 26.000,00 130,00
Matérias N 60.000,00 7.000,00 67.000,00 478,57
Matérias O 4.000,00 3.000,00 7.000,00 116,67

20.000,00 100.000,00

Nota o custo de Armazenagem da Matéria-Prima M será 200 x 50,00 (10.000,00), logo o custo o
total do custo será de 26.000,00 (16.000,00 + 10.000,00) e o custo unitá rio por tonelada seria de
130,00 (26.000,00 / 200 toneladas)

2. Se utilizarmos a o valor de entrada, como critério de imputaçã o (distribuiçã o) os custos das


matérias seriam:

Custo
Matérias Custo à Entrada Armazenamento Custo em Armazém Armazenamento
/tonelada

Matérias M 16.000,00 4.000,00 20.000,00 100,00

Matérias N 60.000,00 15.000,00 75.000,00 535,71

Matérias O 4.000,00 1.000,00 5.000,00 83,33


20.000,00 100.000,00

O exemplo ilustra que dependendo do critério de repartiçã o dos custos, o custo da Matéria a incorporar
na produçã o vai variar. Por exemplo, relativamente à matéria M, o seu valor, diminui se passarmos do
critério baseado na quantidade para o de valor por metical adquirido. Esta situaçã o deve-se ao facto da
matéria M ser a matéria com mais quantidade adquirida e por isso com um peso maior de armazenagem
no critério de repartiçã o por quantidade e com um menor valor de custo de aquisiçã o, logo com um
menor peso de custo de armazenagem a imputar.

Outro aspecto fundamental é o critério utilizado na valorimetria das existências:

Um factor de produçã o que é adquirido tem associado um valor que depende do preço e das condiçõ es
de compra; o mesmo acontece com a totalidade de produtos que dã o entrada em stock. Num
determinado período, é possível que sejam adquiridas diversas quantidades do mesmo factor ou
produto a diferentes preços. Se assim for, no momento em que se efectue a primeira saída de armazém
do item em causa, por que valor é que ele deverá sair? Qual o custo a imputar à secçã o à qual ele se
destina?

Existem três métodos valorimétricos usados no quotidiano empresarial para dar resposta a este
problema:

Métodos  FIFO  De acordo com o critério FIFO


Valorimétricos (FIRST IN, FIRST OUT considera-se que saem primeiro do
ou primeiro a entrar, armazém as existências que lá estã o à
primeiro a sair) mais tempo, isto é, as que foram as
primeiras a entrar

 LIFO  Ao contrá rio da situaçã o anterior,


(LAST IN, FIRST OUT iremos considerar que as primeiras
ou ú ltimo a entrar, unidades a sair sã o as que entraram em
primeiro a sair) ú ltimo lugar

 CUSTO MÉDIO  O critério do Custo Médio estabelece que


qualquer unidade que saia num
determinado momento do armazém
deverá sair com um custo associado que
exprima o custo médio desse factor em
armazém no momento da sua saída

EXEMPLO 7 - VALORIMETRIA DAS EXISTÊ NCIAS

Durante um determinado período adquiriram-se sementes de milho em diferentes datas: valorimetria

Descrição Tipo de Data Quantidade Custo


movimento (unidades) (meticais)
Semente de Milho Entrada 31/01 100 45,0
Semente de Milho Entrada 10/2 80 51,0
Semente de Milho Entrada 25/2 120 44,0
Semente de Milho Saída 7/3 110 ??

A Valorizaçã o segundo o critério FIFO:


Das 110 unidades em causa, 100 deverã o sair com um custo associado de 45,0 Mtn/unidade, pois este
foi o valor atribuído à s sementes que estã o há mais tempo em armazém e as restantes 10 a 51,00 Mtn/
Unidades ou seja um total de 5.010,00 meticais.

Lote Quantidade Custo unitário Valor


31-Jan 100 45,00 4.500,00
10-Fev 10 51,00 510,00
TOTAL 110   5.010,00

Valorizaçã o segundo o critério LIFO

As 110 unidades em causa deverã o sair com um custo associado de 44,0 Euros/unidade, pois este foi o
valor atribuído à s sementes que estã o há menos tempo em armazém.

Lote Quantidade Custo unitário Valor


25-Fev 110 44,00 4.840,00
TOTAL 120   5.350,00

Valorizaçã o segundo o critério Custo Médio Ponderado

C.M. = [(100 x 45,0) + (80 x 51,0) + (120 x 44,0)] / [100 + 80 + 120] = 46,2 meticais/unidade. Ou seja um
custo total de 5.082,00 meticais

Facilmente se observa, que cada um dos critérios apresentados origina um valor diferente para o custo
associado à saída do armazém, o que quer dizer que a escolha do critério, apesar de nã o ir afectar o
resultado final da empresa, tem alguma influência sobre os resultados das actividades e, em contra-
ponto, no valor da variaçã o de existências do período em causa. O valor unitá rio das existências em
armazém apó s cada saída (bem como apó s cada entrada) é também diferente, dependendo do critério
valorimétrico adoptado.

CASO PRÁ TICO 8 – COMPONENTES DO CUSTO DA MATÉ RIA-PRIMA

Assinale com um X os custos que devem ser considerados para o apuramento do Custo da matéria-
prima:

Afirmaçõ es (X)
1 O Custo de Transporte da Matéria-prima
2 O salá rio do Contabilista
3 As despesas de armazenamento
4 O combustível da carrinha que efectuou a viagem para levantar a matéria-prima
5 O custo de aquisiçã o, que conta da factura do fornecedor
6 O custo das despesas de telefone
7 O Custo do aluguer das Instalaçõ es da Empresa
8 O salá rio do fiel de armazém
R:
Afirmaçõ es (X)
1 O Custo de Transporte da Matéria-prima X
2 O salá rio do Contabilista Este é um custo administrativo
3 As despesas de armazenamento X
4 O combustível da carrinha que efectuou a viagem para X
levantar a matéria prima
5 O custo de aquisiçã o, que conta da factura do fornecedor X
6 O custo das despesas de telefone Custo administrativo
7 O Custo do aluguer das Instalaçõ es da Empresa Só as despesas referentes ao
armazém sã o que deveriam ser
consideradas
8 O salá rio do fiel de armazém X

A MÃO-DE-OBRA

O desenvolvimento normal das actividades das empresas nã o é possível sem o recurso a pessoas. Os
custos com pessoal representam uma parcela muito significativa nas empresas moçambicanas.

Quando se fala nos Custos de Mã o-de-Obra estamos a falar nos custos de Pessoal afectos à produçã o. O
custo da mã o-de-obra inclui:

Custos da mã o-de-obra  Remuneraçõ es  Ordenados


 Salá rios
 Horas Extraordiná rias
 Prémios e Incentivos

 Encargos Sociais  A taxa de INSS em Moçambique


é de 8% (valor pago pela
Empresa)

Nã o devemos confundir os encargos da empresa e os encargos por conta do trabalhador. Os encargos


com os trabalhadores sã o um custo adicional à remuneraçã o dos mesmos. Enquanto, apesar da empresa
reter o valor do INSS do trabalhador para entrega à s Finanças, este valor nã o é um custo para a empresa,
mas sim do trabalhador. Por isso se diz se fala em remuneraçã o liquida, isto é, a remuneraçã o apó s a
retençã o dos valores fiscais que o trabalhador terá que pagar ao Estado.

EXEMPLO 8 - ENCARGOS COM OS TRABALHADORES

Descrição Responsabilidade Valor


Ordenado bruto Empresa 10.000
Taxa de INSS da conta Trabalhador Trabalhador 4%
Taxa de INSS da Conta da Empresa Empresa 8%
Taxa de IRPS Trabalhador 24%
Os custos com Pessoal (responsabilidade da Empresa) serã o:

Custos com Pessoal


Remuneraçã o do Trabalhador 10.000,00
INSS 800,00
Total dos Custos Com Pessoal 10.800,00

As obrigaçõ es Fiscais do Trabalhador Perante o Estado serã o:

Obrigações Fiscais da responsabilidade do Trabalhador


INSS 400,00
IRPS 2.400,00
TOTAL 2.800,00

Logo, o Trabalhador quando recebe a sua remuneraçã o nã o será de 10.000,00, mas sim de 7.200,00
(Remuneraçã o - obrigaçõ es fiscais). A empresa retém os 2.800,00 e junta à s suas obrigaçõ es fiscais
(800,00) para devolver ao Estado nas datas previstas pela lei.

Uma distinçã o que é importante considerar á a divisã o da Mã o-de-Obra em Directa e Indirecta,


principalmente em empresas de mã o-de-obra intensiva como é o caso da Construçã o Civil, das oficinas
de automó veis, Confecçã o de Comidas (Restaurantes), hotéis, etc.

Mã o-de-Obra  Mã o-de-Obra Custos com o pessoal fabril  Operá rios,


Directa (MOD) directo, isto é, que trabalha  Cozinheira,
directamente na produçã o do  Pedreiro,
produto  Mecâ nico,
 Electricista,
 etc.

 Mã o-de-obra Custos com pessoal da fabrica  Chefia,


Indirecta (MOI) que apoia a laboraçã o  Pessoal do
gabinete de
manutençã o das
má quinas,
 Servente
limpeza,
 etc.

De salientar que a Mã o-de-Obra Indirecta é um custo indirecto (gasto geral de fabrico).

EXEMPLO 9 - MÃO-DE-OBRA DIRECTA E INDIRECTA

No fabrico de bolachas, temos:

Mã o-de-Obra Directa  Operá rios fabris que confeccionam as bolachas

Mã o-de-obra indirecta  Chefia de Produçã o


 Servente
 Técnicos de Manutençã o das Máquinas (electricista, mecânico9
 etc.

Esta classificaçã o é muito importante para o cá lculo do custo do produto, pois temos que calcular o
tempo de produçã o dos operá rios

EXEMPLO 10 - VALOR DA MÃO-DE-OBRA

Suponhamos que no departamento de pintura de uma determinada empresa haja 5 funcioná rios com
uma jornada de trabalho de 44 horas semanais. O salá rio é de 20,00 por hora de cada um. Os encargos
sociais por conta da empresa sã o de 8%. Durante o Mês de Junho houve 4 Domingos e 1 Feriado. Um dos
funcioná rios faltou 2 dias, que foram justificados e abonados.

1. Calculo dos dias de trabalho no mês


2. Cá lculo do nú mero médio de horas/dia
3. Calculo das horas disponíveis para trabalhar
4. Sabendo que a folha de produçã o foi a seguinte determine:

Produtos Tempo Total (horas)


A 120
B 270
C 225
D 210
Total horas Produtivas 825

a. Calculo dos salá rios do departamento


b. Calculo dos Encargos sociais
c. Calculo Custo da Mã o-de-obra do departamento
d. Custo por Hora/departamento:
e. Custo da Mã o-de-Obra Directa
f. Custo do tempo Improdutivo
g. Custo da Mã o-de-obra Directa por produto

R:
1. Calculo dos dias de trabalho no mês:

Dos funcioná rios que nã o faltaram Do Funcioná rio que faltou


30 Dias 25 Dias ú teis normais
4 Domingos 2 Faltas
1 Feriados    
25 Dias úteis 23 Dias úteis

2. Cá lculo do nú mero médio de horas/dia

44 horas semanais
= 7,33 Horas /dia
6 dias
3. Calculo das horas disponíveis para trabalhar

Dos funcioná rios que Do Funcioná rio


  nã o faltaram que faltou
Dias ú teis 25 23
(x) Horas /dia 7,3 7,3
(=) Horas /mês 183,3 168,7
(x) Funcioná rios 4 1
(=) Horas disponíveis para trabalhar 733,3 168,7

5 Trabalhadores disponibilizaram 902,0 horas por mês de trabalho (733 + 169)

4.
a. Calculo dos salá rios do departamento

Nº de Horas 902
Custo unitá rio 20,00
Valor 18.040,00

b. Calculo dos Encargos sociais

Salá rios 18.040,00


INSS 8%
Total Encargos 1.443,20

c. Calculo Custo da Mã o-de-obra do departamento

Remuneraçõ es 18.040,00
Encargos 1.443,20
Total MO 19.483,20

d. Custo por Hora/departamento:

19.483,20
= 21,6
902

e. Custo da Mã o-de-Obra Directa


Só as horas Produtivas:

Nº Horas Produtivas 825


Custo /hora 21,60
Valor da MOD 17.820,00

f. Custo do tempo Improdutivo (Gastos Gerais de Fabrico)

O Nú mero de Horas improdutivas = 902,0 -825,0 = 77 Horas

Nº Horas Improdutivas 77
Custo /hora 21,60
Valor da MOD Indirecta 1.663,20

g. Custo da Mã o-de-obra Directa por produto

Nº Horas
Produtos Custo/hora Custo MOD
Trabalho
A 120 21,6 2.592,00
B 270 21,6 5.832,00
C 225 21,6 4.860,00
D 210 21,6 4.536,00
Total horas Produtivas 825   17.820,00

CASO PRÁTICO 9 - COMPONENTES DA MOD

Indique se as afirmaçõ es sã o verdadeiras (V) ou Falsas (F)?


Afirmaçõ es V F
1 Caso um funcioná rio classificado como mã o-de-obra directa venha a executar um determinado
serviço na casa do dono da empresa em que trabalha, o custo correspondente ao período de
execuçã o desse serviço é classificado como directo
2 Apó s a identificaçã o do custo dos funcioná rios como mã o-de-obra directa esse custo será sempre
um custo directo
3 O custo de mã o-de-obra é composto pela remuneraçã o e pelos encargos sociais associados
4 A remuneraçã o é o somató rio de todos os pagamentos nã o fiscais que a empresa tem com
trabalhador
5 Os encargos sociais da conta do trabalhador sã o um custo adicional para a empresa
6 O valor da mã o-de-obra é igual ao valor apresentado na folha de pagamentos

R:
Afirmaçõ es Comentá rio
1 F Todo o período de nã o trabalho na fabricaçã o é considerado tempo ocioso e por isso nã o deve ser
incorporado no cá lculo da MOD
2 F Mesmo comentá rio anterior
3 V
4 V
5 F Os encargos fiscais por conta do trabalhador estã o incorporados na remuneraçã o. Apenas os
encargos por conta da empresa é que sã o adicionais
6 F É diferente pois a MOD apenas incorpora o trabalho efectivo na fabricaçã o e directo, excluindo-se
assim a mã o-de-obra directa e os restantes trabalhadores da empresa que nã o estã o afectos à
produçã o

CASO PRÁ TICO 10 - CÁ LCULO DO VALOR DA MOD (1)

Considere que num determinado departamento de uma empresa de fabricaçã o de batas haja 5 operá rios
a trabalhar directamente na confecçã o. No mês de Abril, de 30 dias, tivemos 5 domingos e 4 Sábados.
Nesse mês, ocorreram 3 faltas. A Jornada de trabalho é de 44 horas semanais, nã o se trabalhando aos
sá bados. Supondo que ocorreram 77 horas improdutivas nesse mês, determine o nú mero de horas
produtivas.

R:
Nº dias 30
Nº Domingos e Sá bados 9
Nº Feriados 0
Nº de Faltas 3
Nº úteis dias 18

Nº Médio Horas/dia 9
Nº Funcioná rios 5
Nº de Horas Disponíveis 792

Nº Horas Improdutivas 77
Nº De Horas Produtivas 715

CASO PRÁTICO 11 - CÁLCULO DO VALOR DA MOD (2)

Apure para a empresa Trabalha Bem, o custo da MOD, de acordo com a seguinte informaçã o::

 O Nú mero de funcioná rios e Salá rios pagos foram:

5 Operadores de Nível I com salá rios de 17,00 meticais/Hora


3 Operadores de Nível II com salá rios de 18,00 meticais/Hora
2 Operadores de Nível III com salá rios de 20,00 meticais/Hora

 O regime de trabalho é de 44 horas semanais e nã o se trabalha ao Sábado;


 Os Encargos Sociais sã o de 8%
 Num determinado mês com 31 dias, houve 2 feriados, numa sexta e numa Segunda, na Sexta-
feira anterior ao Feriado de Segunda, nã o houve expediente. Nesse mês houve 4 Sá bados e 4
Domingos;
 Ocorreram 2 faltas de operadores do Nível I que foram abonadas
 Nesse mês, 5% das horas disponíveis no departamento foram consideradas com nã o produtivas

R:

  Nível I Nível II Nível III TOTAL

Nº Dias Ú teis 98 60 40 198

Nº Médio de Horas Dia 8,8 8,8

Nº de Horas Disponíveis 862,4 528 352 1.742,4

Nº de Horas Improdutivas 43,12 26,4 17,6 87,12

Nº Horas Produtivas 819,28 501,6 334,4 1.655,3

Remuneraçã o 17,00 18,00 20,00

Encargos 1,36 1,44 1,60

Custo /Hora 18,36 19,44 21,60  


Valor da MOD 15.041,98 9.751,10 7.223,04 32.016,12
.

OS GASTOS GERAIS DE FABRICO

Com a reduçã o da utilizaçã o do recurso a pessoal na produçã o, os gastos gerais de fabrico têm assumido
um peso cada vez maior nos custos de produçã o.

As matérias-primas e a mã o-de-obra, sã o custos directos, pelo que sã o pela sua definiçã o aqueles cuja
incorporaçã o no produto final é fá cil ou fisicamente observá vel. Os Gastos Gerais de Fabrico (GGF) sã o
indirectos e como tal, exigem uma maior complexidade no cá lculo do valor a considerar para o custo de
produçã o:

Contrariamente à s matérias-primas e a mã o-de-obra, os GGF sã o atribuídos com base em estimativas. As


principais razõ es subjacentes à utilizaçã o de estimativas dos GGF sã o:

 Para poupar o custo do trabalho burocrá tico, de determinar quanto do custo real de cada item deve
ser atribuído a cada encomenda;

 Alguns GGF, como a manutençã o de prevençã o, incorrem num momento do tempo mas, beneficiam
encomendas feitas durante o ano todo.

Os custos indirectos podem ser subdivididos em três grupos:

Custos  Materiais  Materiais auxiliares empregados no processo de fabrico,


Indirectos Indirectos que nã o integram fisicamente o produto
 Os materiais directos que nã o têm mediçã o do consumo
nos produtos

 Mã o-de-obra  Mã o-de-obra que nã o trabalha directamente na


Indirecta (MOI) transformaçã o da Matéria-prima em produto ou da qual
nã o há condiçõ es para apontar o tempo gasto nos
produtos

 Outros Custos  Todos os demais custos indirectos incorridos na fá brica,


Indirectos que nã o sã o possíveis medir ou quantificar o consumo nos
produtos

EXEMPLO 11 - COMPONENTES DOS CUSTOS INDIRECTOS (GGF)

Os custos do mês de Março da Empresa ABOBORA, foram os seguintes:

  (meticais)
Operá rios afectos à fabricaçã o dos produtos 25.000,00
Técnicos de manutençã o das Má quinas 16.000,00
Lubrificantes 2.000,00
Serventes da fá brica 12.000,00
Abó bora 50.000,00
Açú car 8.000,00
Gás 3.000,00
Amortização das má quinas 7.500,00
Energia eléctrica 6.500,00
Aluguer da fá brica 32.000,00
Manutençã o 9.500,00
Telefones 6.000,00
Á gua 2.600,00
Seguros 2.000,00
TOTAL 182.100,00

Desta lista de custos podemos classificar os custos da seguinte forma:

Mã o- de- Outros
Materiais
obra Custos Total
Indirectos
  Indirecta indirectos
Operá rios afectos à fabricaçã o dos produtos
Técnicos de manutençã o das Má quinas 16.000,00
Lubrificantes 2.000,00
Serventes da fá brica 12.000,00
Abó bora
Açú car
Gás 3.000,00
Amortização das má quinas 7.500,00
Energia eléctrica 6.500,00
Aluguer da fá brica 32.000,00
Manutençã o 9.500,00
Telefones
Á gua 2.600,00
Seguros 2.000,00
TOTAL 2.000,00 28.000,00 63.100,00 93.100,00

O valor dos custos indirectos é de 93.000,00

Os restantes custos nã o sã o custos indirectos de produçã o:

Operá rios afectos à fabricaçã o dos produtos MOD


Abó bora MP Custos directos
Açú car MP
Telefones Gastos Administrativos

Dos seguintes custos podemos ainda fazer uma redistribuiçã o entre custos Fixos e variá veis:

Seguindo o exemplo temos:


Custos Fixos
Amortizaçã o das má quinas 7.500,00
Energia eléctrica 6.500,00
Aluguer da fábrica 32.000,00
Manutençã o 9.500,00
Á gua 2.600,00
Seguros 2.000,00
Técnicos de manutençã o das Má quinas 16.000,00
Serventes da fá brica 12.000,00
Total 88.100,00

Custos Variáveis
Lubrificantes 2.000,00
Total 2.000,00

Se durante o mês foram produzidos 4000 produtos entã o o custo variá vel unitá rio seria de 0,50 meticais
por unidade produzida. (2.000,00 / 4.000,00).
APURAR O CUSTO INDUSTRIAL PRODUTO VENDIDO (CIPV)

Resultado de Aprendizagem 3:

Apurar os custos intermédios de um produto ou serviço

Critério de Desempenho:

(c) Apura correctamente o valor das componentes do custo de produçã o/prestaçã o serviço aplicando os
procedimentos adequados e os diversos critérios de valorimetria,
(d) Apura correctamente o valor do custo industrial de fabrico, adicionando todos os custos de
produçã o

(AULA 7)

CUSTO INDUSTRIAL PRODUÇÃO, CUSTO INDUSTRIAL PRODUTO ACABADO E


CUSTO INDUSTRIAL DO PRODUTO VENDIDO

Um dos objectivo de estimar o custo de produçã o é para determinar qual o custo dos produtos que
vamos vender.

Este processo apesar de simples, envolve muitos passos, pois nem toda a produçã o de um determinado
período de aná lise é vendida, nem toda os custos de produçã o, dizem respeito a produtos acabados,
podendo existir produtos ainda em vias de fabrico.

Vejamos cada um destes passos:

(+) Matérias-Primas
(+) Mão-de-obra Directa
(+) Gastos Gerais de fabrico
(=) Custo Industrial de Produção

No entanto neste período podiam ter sido completados produtos que estavam no inicio inacabados e por
outro, lado existir produtos no final deste período de aná lise que se encontram por acabar.

Logo,

(+) Custos de terminar os produtos em vias de fabrico no inicio do período


(+) Custos dos produtos que se iniciaram e finalizaram
(+) Custos dos produtos que se iniciaram e não se finalizaram
(=) Custos Industriais de Produção
Entã o o Custo dos Produtos Acabados (produtos que se finalizaram, durante este período) será :

(+) Custo Industrial de Produção CIP


(+) Existências iniciais de Produtos em Vias de fabrico EI PVF
(-) Existências Finais de Produtos em Vias de fabrico EF PVF
(+) Custo Industrial do Produto Acabado CIPA

Para chegarmos ao objectivo final, encontrar o custo do produto que estamos a vender ainda é
necessá rio fazer alguns ajustes, pois nem sempre toda a produçã o é vendida e existem em stock alguns
produtos acabados.

Sem entrarmos na questã o da valorimetria dos produtos, podemos considerar que o produto que é
vendido, serã o:

(+) Produtos que se fabricaram CIPA


(+) Produtos que se encontram em stock no inicio do período EI PA
(-) Produtos que ficam no stock no final do período EF PA
(+) Custo Industrial do Produto Vendido CIPV

Resumindo agora todos os passos teremos:

PASSOS PROCEDIMENTOS
1. Apurar o Custo (+) Matérias-primas MP/MD
Industrial de
Produção (+) Mã o-de-obra Directa MOD
(+) Gastos Gerais de fabrico GGF
(=) Custo Industrial de Produção CIP
2. Apurar o Custo (+) Existências iniciais de Produtos em Vias de fabrico EI PVF
Industrial do Produto
Acabado (-) Existências Finais de Produtos em Vias de fabrico EF PVF
(+) Custo Industrial do Produto Acabado CIPA
3. Apurar O custo (+) Produtos que se encontram em stock no inicio do período EI PA
Industrial do Produto
Vendido (-) Produtos que ficam no stock no final do período EF PA
(+) Custo Industrial do Produto Vendido CIPV

Agora que vamos proceder ao apuramento de cada um destes passos com mais detalhe:

CUSTO INDUSTRIAL PRODUÇÃ O

Para apurar o custo de produçã o de um determinado período, basta adicionar ao custo da Matéria-prima
/Materiais Directos (MD) os Custos de Transformaçã o (Mã o-de-Obra + Gastos Gerais de fabrico) desse
período, desde que nã o haja produtos em vias de fabrico.

CP = MD + MOD + GGF
EXEMPLO 12 - CALCULO CIP (1)

A companhia de Mó veis FATAR, fá brica mó veis de vime, tanto mesas como cadeiras. As etapas bá sicas no
processo de produçã o da empresa sã o as seguintes:

FIGURA 7-PROCESSO DE FABRICO DA EMPRESA FATAR

Por uma questã o de simplificaçã o vamos considerar que a empresa abriu recentemente e ainda nã o tem
existências iniciais e só produz um estilo de mesa e nenhuma cadeira.

Durante o mês de Janeiro a empresa adquiriu os seguintes materiais:

 Materiais directos: (junco e cana-da-índia) 24.000,00


 Materiais Indirectos: (pregos, taxas, grampos, cola e solventes) 1.000,00

Utilizou, nesse período, na produçã o:

Materiais Directos: 20.000,00


Materiais Indirectos: 995,00

Os ordenados e salá rios do mês foram os seguintes:

Empregados da fá brica trabalhar directamente na confecçã o: 10.000,00


Supervisã o da fá brica: 3.500,00
Empregados ad ministrativos e de Vendas: 6.500,00

Considerando que as horas improdutivas sã o insignificantes, o custo de MO desse mês, seria:

Mã o-de-obra directa 10.000,00


Mã o-de-obra indirecta 3.500,00

A empresa estimou ainda os seguintes custos:


 Depreciaçã o:
o Edifícios afectos à produçã o na ordem dos 1.125,00
o Maquinas e equipamentos deste sector 1.250,00
 Energia 1.350,00
Total dos Outros Custos Indirectos
Quais os custos de Produçã o deste mês?

Descrição Valor
Materiais Directos 20.000,00
Mã o-de-obra Directa 10.000,00
Gastos Gerais de Fabrico
Materiais Directos 995,00
Mã o-de-obra Indirecta 3.500,00
Outros Custos Indirectos 3.725,00 8.220,00

Total dos Custos de Produção 38.220,00

Este exemplo foi bastante simplificado pois o valor dos custos era conhecido. Vejamos outro exemplo um
pouco mais complexo para o cá lculo do CIP:

CASO PRÁ TICO 12 - CÁ LCULO DO CIP (2)

Considere que uma determinada empresa apresentava a seguinte informaçã o relativamente ao mês de
Julho:

custo
MATERAIS Quantidade unitário Valor
Existência Inicial      
Matérias-primas 1.000 25 25.000,00
Compras      
Matéria-prima 10.000 26 260.000,00
Consumo      
Matérias subsidiá rios consumida 20.000,00
Matéria-prima consumida 8000 ? ?

custo
PESSOAL Quantidade unitário Valor
Horas de Trabalho efectivo 3000 20 60.000,00
Horas de Trabalho nã o produtivo 100 20 2.000,00
Remuneraçã o das chefias da fá brica 120.000,00
Remuneraçõ es dos técnicos de manutençã o 20.000,00
Remuneraçã o do administrador 30.000,00
Remuneraçõ es Pessoal escritó rio 15.000,00
Remuneraçõ es dos Vendedores     18.000,00

AMORTIZAÇÕES Valor
Equipamento fabril 20.000,00
Equipamento administrativo 6.000,00

OUTRAS DESPESAS E CUSTOS VALOR OBSERVAÇÕES


Aluguer das Instalaçõ es 50.000,00 A á rea da fá brica representa 90% da á rea Total
Energia 12.000,00 A energia é na sua maioria afecta à Produção
Agua 80.000,00 Igual energia  
Comunicaçõ es 6.000,00        

PEDE-SE:

Considerando que a empresa valoriza as suas saídas ao Custo médio ponderado, apure o custo industrial
de produçã o, faríamos:

MP
Custo Médio Ponderado  
25.000+260.000
CMP = = 25,91
1000+10.000
   
Valor da MP = 8.000 x 25,91 =   207.272,73

MOD  
Horas de Trabalho efectivo   60.000,00  

GASTOS GERAIS DE FABRICO  


MOI  
Horas de Trabalho nã o produtivo 2.000,00  
Remuneraçã o das chefias da fá brica 120.000,00  
Remuneraçõ es dos técnicos de manutençã o 20.000,00  
Total 142.000,00  
   
   
MATERIAIS INDIRECTOS  
Matérias subsidiários consumida   20.000,00  
   
   
OUTROS CUSTOS INDIRECTOS  
Amortizaçõ es 26.000,00  
Aluguer das Instalaçõ es fabris (90% valor) 45.000,00  
Energia 12.000,00  
Agua 80.000,00  
Total 163.000,00  
   
TOTAL DOS GGF 325.000,00  
         

DESCRIÇÃO VALOR
(+) Matérias-primas MP/MD 207.272,73
(+) Mã o-de-obra Directa MOD 60.000,00
(+) Gastos Gerais de fabrico GGF 325.000,00
(=) Custo Industrial de Produção CIP 592.272,73

APURAR O CUSTO INDUSTRIAL DO PRODUTO VENDIDO (CIPV)


Resultado de Aprendizagem 3:

Apurar os custos intermédios de um produto ou serviço

Critério de Desempenho:

(f) Apura correctamente o custo industrial do produto fabricado, deduzindo a variaçã o dos produtos

(AULA 8 e 9)

Vamos continuar com os Exemplos anteriores para apurar o custo industrial do Produto Vendido

EXEMPLO 13 - CÁ LCULO DO CIPA

Retome o exemplo 13. Considere que a produçã o no período foi de 1.000 mesas e que nã o existiam
existências iniciais no inicio do período nem produtos em vias de fabrico:

Em primeiro lugar vamos apurar o CIPA total e unitá rio:

Descrição Valor
Materiais Directos 20.000,00
Mã o-de-obra Directa 10.000,00
Gastos Gerais de Fabrico
Materiais Directos 995,00
Mã o-de-obra Indirecta 3.500,00
Outros Custos Indirectos 3.725,00 8.220,00

Total dos Custos de Produção 38.220,00


(+) Ei PVF 0,00
(-) EF PVF 0,00
(=) CUSTO INDUSTRIAL PA   38.220,00

CIPA unitá rio = 38.220,00/1000 = 38,22

Se a empresa vendesse neste mesmo período toda a produçã o quanto seria o custo de cada produto
vendido?

Como o stock inicial e final de Produto acabado é nulo, entã o o CIPA = CIPV = 38.220,00. Logo o custo
unitá rio também seria de 38,22

Imaginemos agora a seguinte situaçã o:

 A empresa nã o tina terminado 200 mesas e já tinha gasto com as mesmas 4.000,00
 A empresa ficou com 50 acabadas em stock.
Com esta informaçã o qual o impacto nos custos acima calculados?

CUSTO INDUSTRIAL PRODUÇÃO (CIP) 38.220,00


(+) Ei PVF 0,00
(-) EF PVF 4.000,00
(=) CUSTO INDUSTRIAL PRODUTO ACABADO (CIPA) 34.220,00

Nº de Mesas Terminadas é de 800 mesas


Logo o CIPA unitá rio é de 42,775 ( 34.220,00 /800 mesas)

(=) CUSTO INDUSTRIAL PRODUTO ACABADO (CIPA) 34.220,00


(+) Ei PA 0,00
(-) Ef PA 2.138,75
(=) CUSTO INDUSTRIAL PRODUTO VENDIDO (CIPV) 32.081,25

Se ficaram 50 unidades em stock, entã o o custo do stock final é de 2.138,75 (42,78 x 50)
O CUSTO TOTAL DE UM PRODUTO/SERVIÇO

Resultado de Aprendizagem 3:
Apurar os custos intermédios de um produto ou serviço

Critério de Desempenho:

(g) Apura o custo total e unitá rio de um produto/serviço, incluindo todos os custos de produçã o e nã o
industriais,

Um dos objectivos da compreensã o dos custos é a possibilidade do gestor obter mais e melhor
informaçã o para o processo de tomada de decisã o. Desta forma, iremos abordar algumas decisõ es
empresariais que exigem informaçã o específica.

Uma das decisões que as empresas têm que tomar é a fixação do preço de venda. Para o efeito e tendo em
conta que o objectivo de uma empresa é a criação de riqueza e/ou obtenção de lucros, os custos relevantes a
considerar serão, nesta situação, todos os custos da empresa, sejam eles, fixos ou variáveis, de produção ou
do período.

O Custo Total de um Produto nã o é mais do que a soma de todos os custos incorridos deste a aquisiçã o
da matéria-prima até à colocaçã o do produto à disposiçã o do Cliente.

Custo Total (custo complexivo) = CIPV + Custos Comerciais + Custos Administrativos

EXEMPLO 14 - CÁ LCULO DO CUSTO TOTAL

A Carpintaria ESTANTENOSSA, fabrica e vende apenas um estantes de um determinado modelo. De


acordo com a sua aná lise de custos de produçã o para 100 estantes por mês é a seguinte:

Materiais Directos (madeira, cola, ferro, etc.): 150.000,00


Mã o-de-Obra Directa: 16.000,00
Custos Indirectos de Produçã o: 22.000,00
Despesas Administrativos: 60.000,00
Despesas Comerciais: 20.000,00
Qual seria o custo total de cada uma das estantes?

Cálculo:

CUSTO CUSTO
DESCRIÇAO
TOTAL UNITARIO
MD 150.000,00
MOD 16.000,00
Custos Fixos 22.000,00
Custo de Produção 188.000,00  
Custo Produção unitária   1.880,00
Custos Administrativos 60.000,00
Custos Comerciais 20.000,00
Total dos Custos Não Industriais 80.000,00
Custos Não industriais unitários   800,00
CUSTO TOTAL UNITÁRIO 2.680,00

CASO PRÁTICO 13- CALCULO DO CUSTO TOTAL

A empresa Industrial T.F.D dedica-se ao fabrico dos Produtos P1,P2 e P3, utilizando as matérias-primas
M1, M2 e M3, respectivamente.

As operaçõ es efectuadas no mês passado foram as seguintes:

 Compra de Matéria-prima:

3.000 kg de M1 a $ 100,00 /Kg


4.000 kg de M2 a $ 200,00 /Kg
2.000 kg de M3 a $ 150,00 /Kg

Despesas de compra foram de $180.000,00. A Repartiçã o é efectuada com base nas quantidades
compradas de Matéria-prima;

 Salá rios Directos

400 horas a $ 400,00/ Hora para fabricar P1

200 horas a $ 500,00 / Hora para fabricar P2

400 horas a $ 300,00 / Hora para fabricar P3

Encargos Sociais

$ 40.000,00 para fabricar P1

$ 20.000,00 para fabricar P2

$ 40.000,00 para fabricar P3


 Outros Custos e Despesas
Ordenados Fabris $ 300.000,00

Amortizaçã o Equipamento Fabril $ 80.000,00

Encargos sociais referentes ordenados Pessoal Fabril $ 200.000,00

Electricidade Agua (sector Fabril) $ 120.000,00

Ordenados Administraçã o $ 300.000,00

Ordenados do Pessoal Escritó rio $ 80.000,00

Encargos sociais referentes ord. Administraçã o e Escritó rio $ 120.000,00

Comissã o Vendedores $ 20.000,00

Consumo de Artigos Diversos da Fabrica $ 150.000,00

Correios e Telegramas $ 35.000,00

Embalagens e Fretes $ 25.000,00

Renda da Fabrica $ 150.000,00

Seguro da Fabrica $ 200.000,00


 Produçã o
2.000 unidades P1
1.000 unidades P2
2.000 unidades P3

 Vendas

1.500 unidades P1 a $ 700,00 / unidade

2.500 unidades P2 a $ 1.500,00 / unidade

2.000 unidades P3 a $ 800,00 / unidade

 Existências iniciais

Matéria-prima 1.000 kg de M1 a $ 80,00


1.500 kg de M2 a $ 100,00
4.000 kg de M3 a $ 120,00

Produto Acabado 1.000 unidades P1 $ 400,00


4.000 unidades P2 $ 1.000,00
3.000 unidades P3 $ 500,00

 Existências Finais

matéria-prima 2.000 kg de M1
1.500 kg de M2
3.000 kg de M3

Produto Acabado 1.500 unidades P1


2.500 unidades P2
3.000 unidades P3

 Observaçõ es

Considere que os GGF Fabrico e os custos Comerciais sã o igualmente distribuídos pelos Produtos
As Existências sã o valorizadas com base no LIFO

PEDE-SE:

1. O Custo de Aprovisionamento Total e unitá rio


2. O Custos Industrial de Produçã o (CIP)
3. O Custo Industrial do Produto Acabado (CIPA) Total e unitá rio
4. O Custo Industrial do Produto Vendido (CIPV)
5. O Custo Total (Custo Complexivo) Total e Unitá rio

R:

1.

  M1 M2 M3
Quantidade 3000 4000 2000
Cu $ 100,00 $ 200,00 $ 150,00
Valor $ 300.000,00 $ 800.000,00 $ 300.000,00
Despesas compras $ 60.000,00 $ 80.000,00 $ 40.000,00
Total das Compras $ 360.000,00 $ 880.000,00 $ 340.000,00
Quantidade 3000 4000 2000
Custo compras unitário $ 120,00 $ 220,00 $ 170,00

  M1 M2 M3 Total
Quantidade comprada 3000 4000 2000 9000
Coef Imputaçã o 33% 44% 22% 100%
Despesas Compras $ 60.000,00 $ 80.000,00 $ 40.000,00 $ 180.000,00

2. CIP

  P1 P2 P3
Consumo MP $ 240.000,00 $ 880.000,00 $ 460.000,00
MOD $ 200.000,00 $ 120.000,00 $ 160.000,00
GGF $ 480.000,00 $ 240.000,00 $ 480.000,00
CIP $ 920.000,00 $ 1.240.000,00 $ 1.100.000,00

Cá lculos Adicionais:
consumo de MP (LIFO)

Materia Existência Inicial Compras Consumo Existência Final


Prima Q Cu Valor Q Cu Valor Q Cu Valor Q Cu Valor
1000 $ 80,00 $ 80.000,00 3000 $ 120,00 $ 360.000,00 2000 $ 120,00 $ 240.000,00 1000 $ 120,00
1000 $ 80,00 $ 200.000,00
M1 2000
1500 $ 100,00 $ 150.000,00 4000 $ 220,00 $ 880.000,00 4000 $ 220,00 $ 880.000,00 1500 $ 100,00 $ 150.000,00
M2
4000 $ 120,00 $ 480.000,00 2000 $ 170,00 $ 340.000,00 2000 $ 170,00 3000 $ 120,00 $ 360.000,00
1000 $ 120,00 $ 460.000,00
M3 3000
Por diferença :
Consumo = Ei + Compras - Ef

Mã o-de-obra Directa
P1 P2 P3
Horas 400 200 400
Taxa horá ria $ 400,00 $ 500,00 $ 300,00
Salá rios Directos $ 160.000,00 $ 100.000,00 $ 120.000,00
Encargos $ 40.000,00 $ 20.000,00 $ 40.000,00
Total MOD $ 200.000,00 $ 120.000,00 $ 160.000,00

Gastos Gerais de Fabrico


Ordenados Fabris       $ 300.000,00
Amortização Equipamento Fabril $ 80.000,00
Encargos sociais referentes ordenados Pessoal Fabril $ 200.000,00
Electricidade Agua (sector Fabril) $ 120.000,00
Consumo de Artigos Diversos da Fabrica $ 150.000,00
Renda da Fabrica $ 150.000,00
Seguro da Fabrica $ 200.000,00
Total dos GGF $ 1.200.000,00
Logo, os Gastos Gerais de Fabrico = 400.000,00

MAPA DO CIP
  P1 P2 P3
consumo MP $ 240.000,00 $ 880.000,00 $ 460.000,00
MOD $ 200.000,00 $ 120.000,00 $ 160.000,00
GGF $ 400.000,00 $ 400.000,00 $ 400.000,00
CIP $ 840.000,00 $ 1.400.000,00 $ 1.020.000,00

3. CIPA

MAPA DO CIPA
P1 P2 P3
CIP $ 840.000,00 $ 1.400.000,00 $ 1.020.000,00
Ei PVF $ - $ - $ -
Ef PVF $ - $ - $ -
CIPA $ 840.000,00 $ 1.400.000,00 $ 1.020.000,00
Quantidade Produzida 2000 1000 2000
CIPA unitário $ 420,00 $ 1.400,00 $ 510,00

4. CIPV
Ficha de Armazém PA (LIFO)

Produto Existência Inicial Produção (CIPA) Vendas (CIPV) Existência Final


Acabado Q Cu Valor Q Cu Valor Q Cu Valor Q Cu Valor
P1 1000 $ 400,00 $ 400.000,00 2000 $ 420,00 $ 840.000,00 1500 $ 420,00 $ 630.000,00 500 $ 420,00
1000 $ 400,00 $ 610.000,00
1500
P2 4000 $ 1.000,00 $ 4.000.000,00 1000 $ 1.400,00 $ 1.400.000,00 1000 $ 1.400,00 2500 $ 1.000,00 $ 2.500.000,00
1500 $ 1.000,00 $2.900.000,00
2500
P3 3000 $ 500,00 $ 1.500.000,00 2000 $ 510,00 $ 1.020.000,00 2000 $ 510,00 $ 1.020.000,00 3000 $ 500,00 $ 1.500.000,00

5. Custo Total

Custos Comerciais
Comissã o Vendedores $ 20.000,00
Embalagens e Fretes $ 25.000,00
  $ 45.000,00

Os custos comerciais por produto = 15.000,00

Gastos Administrativos

Ordenados Administraçã o $ 300.000,00

Ordenados do Pessoal Escritó rio $ 80.000,00

Encargos sociais referentes ord. Administraçã o e Escritó rio $ 120.000,00


$ 35.000,00
Correios e Telegramas
Total $ 535.000,00
Os Custos Administrativos por produto = 178.333,33

  P1 P2 P3
CIPV $ 630.000,00 $ 2.900.000,00 $ 1.020.000,00
CC $ 15.000,00 $ 15.000,00 $ 15.000,00
CA $ 178.333,33 $ 178.333,33 $ 178.333,33
CC* $ 823.333,33 $ 3.093.333,33 $ 1.213.333,33
Quantidade Vendida 1500 2500 2000
cc* unitário $ 548,89 $ 1.237,33 $ 606,67

REPARTIÇÃO DOS CUSTOS INDIRECTOS

Resultado de Aprendizagem 4:

Aplicar os diversos métodos na repartição dos custos

Critério de Desempenho:

(a) Reparte correctamente os gastos gerais de fabrico, Identificando as bases de imputaçã o e


calculando os coeficientes de imputaçã o, numa base ú nica ou mú ltipla.
(b) Aplica as quotas teó ricas, normais e ideais na repartiçã o dos gastos gerais de fabrico

AULA 10
BASE DE IMPUTAÇÃO

Sendo os Custos Indirectos de difícil quantificaçã o do seu consumo final, é necessá rio encontrar uma
base de repartiçã o dos mesmos, o que nem sempre é uma tarefa fá cil.

EXEMPLO 15 – BASES DE IMPUTAÇÃ O (1)

O Sr. Amó s, o Sr Venâ ncio e o Sr. Chemane, foram trabalhar para o Chimoio e alugaram uma casa. Eles
pretendem efectuar a assinatura da TV CABO, que oferece os seguintes pacotes:

taxa mensal
Pacote (USD)
A. Notícias Bá sicas 32,00
B. Filmes Premium 25,00
C. Despertos Premium 30,00
D. Notícias bá sicas e Filmes Premium 50,00
E. Notícias bá sicas e Desportos Premium 54,00
F. Filmes Premium Desportos Premium 48,00
G. Notícias bá sicas, Filmes Premium e Desportos Premium 70,00

O Sr. Amó s é viciado nas notícias, algum interesse nos filmes e nenhum interesse em desporto. O Sr.
Venâ ncio nã o gosta muito de filmes, gosta de desportos e evita os noticiá rios

O Sr. Chemane, tem muito interesse nos desportos, interesse mediano por noticiais e nenhum interesse
em filmes. Os três consideram a hipó tese de assinar o Pacote G, como os três tipos de canal, cujo valor da
assinatura é de USD 70,00.

Cada qual trabalha em turnos diferentes, de 8 horas, de modo que sã o mínimos os conflitos quando
assistem televisã o.

Como repartir entre os três este valor tendo em conta o tipo de canais que cada um gostaria de assistir?

De uma forma simplificada poderíamos fazer uma ponderaçã o relativamente ao preço que cada um
pagaria de forma individualizada:

Taxa/Canal valor a Alocar


Canal %
  (USD) (USD)
Sr Amó s D 50,00 33% 23,03
Sr Venâ ncio F 48,00 32% 22,11
Sr. Chemane E 54,00 36% 24,87
Total   152,00 100% 70,00

Ou utilizar um coeficiente, vejamos:

O valor base para distribuir as despesas é soma das taxas de utilizaçã o individualizada: 152,00

Valor a distribuir é de 70,00,logo:

Coeficiente de imputaçã o 0,4605 (70,00/152,00)


Logo:
Sr Amós Sr Venâncio Sr. Chemane Total
Valor do canal utilizado 50,00 48,00 54,00 152,00
Coeficiente de imputaçã o 0,46 0,46 0,46
Valor a pagar 23,03 22,11 24,87 70,00

EXEMPLO 16 – BASES DE IMPUTAÇÃ O (2)

Vejamos uma empresa que pretende alocar a energia eléctrica da fá brica aos seus Produtos: Produto X,
Produto Y e o Produto Z. Se o custo de energia fosse de 6.000,00 meticais, qual o valor que caberia a cada
um deles?

Se nã o tivéssemos mais nenhuma informaçã o adicional, iríamos dividir equitativamente, ou seja, em


partes iguais o que daria um custo indirecto de 2.000,00 por produto. (6.000,00 / 3 produtos).

Se tivéssemos a informaçã o sobre a quantidade de produçã o de cada um, entã o o valor a distribuir
poderia ser com ponderado por estas quantidades.

Se a produção fosse a seguinte:

Unidades
Produto
Produzidas
X 50
Y 150
Z 200
Total 400  

Custo indirecto por unidade produzida seria de 15,00 meticais / Unidade Produzida (6.000,00 / 400).
Logo os Custos Indirectos a imputar a cada Produto seriam os seguintes:

Unidades Custos
Produto
Produzidas Indirectos
X 50 750,00
Y 150 2.250,00
Z 200 3.000,00
Total 400   6.000,00  

Esta repartiçã o parece mais real. No entanto se consideramos que o consumo de energia é proporcional
ao tempo de fabricaçã o a forma de repartir os custos deveria atender a esta variá vel.

Considere que se fez um levantamento do tempo de produçã o de cada Produto, tendo-se chegado aos
seguintes valores:

Tempo de
Produto
fabricaçã o/ Produto
X 8 h
Y 4 h
Z 11 h
Total 23 h

Logo o tempo Total de fabricaçã o de cada Produto seria:

Tempo de
Quantidade Tempo Total de
Produto fabricaçã o/
Produzida fabricaçã o
Produto (horas)
X 50 8 h 400 H
Y 150 4 h 600 H
Z 200 11 h 2.200 H
Total 400 23 h   3.200 H

Os custos indirectos por hora seriam de 1,875 meticais / hora (6.000,00 / 3.200)

Tempo
Produto Total de Custos Indirectos
fabricaçã o
X 400 750,00
Y 600 1.125,00
Z 2.200 4.125,00
Total 3.200   6.000,00

RESUMINDO:

A imputaçã o dos GGF (custos indirectos) realiza-se em seis passos fundamentais:

1. Apurar o total dos Gastos Gerais de Fabrico;

2. Escolha de uma base de imputaçã o de custos (por exemplo, as horas directas de trabalho, os
custos dos trabalhos ou as horas-má quina);

3. Apure o total da base escolhida (em 2);

4. Calcule o coeficiente de imputaçã o dos GGF, que será igual a

TOTAL DOS GGF (APURADO EM 1)


COEFICIENTE IMPUTAÇÃO DOS GGF
=TOTAL DA BASE ESCOLHIDA (APURADO EM 2)

5. Registe o valor da base escolhida em cada Ordem de serviço;

6. Impute a cada Ordem os GGF, que serã o iguais a:

GGF ordem x = Coef.Imputação (apurado 4) x Valor da base escolhida registado na ordem x (apurado 5)

Se verificarmos, a base de repartiçã o dos custos indirectos influencia o valor do custo do produto, pelo
que a sua selecçã o deverá ser muito criteriosa.
CASO PRÁ TICO 14 – BASE DE IMPUTAÇÃ O (3)

Uma oficina de automó veis que teve, no fim de Setembro, 100.000,00MTn de GGF (20.000,00 MTn no
departamento de Electricidade e 80.000,00 no departamento de Mecânica), deseja proceder à
distribuiçã o dos mesmos pelos três automó veis (N0 01; N0 02; N0 03), que reparou durante esse mesmo
período. Para isso recolheu-se a seguinte informaçã o:

    Informação sobre as Três Reparações Efectuadas  

    N0 01 NO 02 N0 03 Total

  H/MOD 30 50 20 100
Dep Valor MOD 60.000,00 100.000,00 40.000,00 200.000,00
Electricidade H/Má q 0 0 0 0
  Valor MD 10.000,00 5.000,00 15.000,00 30.000,00
  H/MOD 5 10 5 20
Dep Valor MOD 10.000,00 20.000,00 20.000,00 50.000,00
Mecâ nica H/Má q 50 40 10 100
  Valor MD 90.000,00 45.000,00 0,00 135.000,00

  H/MOD 35 60 25 120
  Valor MOD 70.000,00 120.000,00 60.000,00 250.000,00
Total H/Má q 50 40 10 100
  Valor MD 100.000,00 50.000,00 15.000,00 165.000,00

Suponhamos que era possível proceder à imputaçã o de GGF à s ordens de serviço de duas maneiras:

Hipó tese 1 : Base = Valor da MOD


Hipó tese 2 : Base = H/Maq (Horas /Máquina)

Vejamos os resultados obtidos:

PASSOS Hipóste 1 Hipóste 2


Passo 1 Total dos GGF 100.000,00 100.000,00
Passo 2 Base Escolhida Valor da MOD Horas/Má quina
Passo 3 Total da Base 250.000,00 100
c.i. = 100.000,00/250.000,00 c.i. = 100.000,00/100
Passo 4 Coef Imputaçã o
0,40 /MOD 1.000,00 / H/Maq
Valor da base de N001 N002 N003 N001 N002 N003
Passo 5
cada ordem 70.000,00 120.000,00 60.000,00 50 40 10
Imputação dos 70.000,00 x 0,40 120.000,00 x 0,40 60.000,00 x 0,40 50 x 1.000,00 40 x 1.000,00 10 x 1.000,00
Passo 6
GGF às ordens 28.000,00 48.000,00 24.000,00 50.000,00 40.000,00 10.000,00

Analisando os resultados verificamos que valor dos GGF atribuídos a cada ordem depende da base
escolhida. Com efeito, se repararmos na ordem de serviços N001, se a base de imputaçã o for o valor da
MOD , serã o imputados 28.000,00 de GGF, mas se a base escolhida for as horas/má quina, entã o o valor a
imputar passará para 50.000,00, o que encarece bastante a obra.

Este exemplo, evidencia a importâ ncia que deve ser dada na escolha da base de imputaçã o, se quisermos
ter valores reais de custos.
Pelo exposto, conclui-se que a base de imputaçã o a escolher, deverá ser aquela que melhor explica a
ocorrência desses custos indirectos, isto é, o factor produtivo preponderante no processo de fabrico. Por
exemplo, se num processo produtivo com mã o-de-obra intensiva, a base deve estar associada à MOD
(quer em valor, quer em horas ou em horas/má quina). Se o processo for de capital intensivo (má quinas
e tecnologia) entã o, a base deve estar associada a este factor, por exemplo as Horas/máquina.

BASE DE IMPUTAÇÃ O MULTIPLA

Na busca de um custo “perfeito”, podem ser utilizadas diversas bases de repartiçã o, uma para cada conta
de custos indirectos, bem como para cada departamento. Normalmente, utilizam-se as seguintes bases
de repartiçã o dos custos indirectos:

Custos Base de Repartição

 Renda, amortizaçõ es, imposto predial  Á rea ocupada

 Administraçã o da Fabrica  Nº de Funcioná rios

 Energia Eléctrica  Potencia instalada em quilowatts/ hora

 Departamento de Aprovisionamento  Nº de requisiçõ es de materiais

EXEMPLO 17- BASE DE IMPUTAÇÃ O MÚ LTIPLA

Uma determinada empresa produtora de sumos e compotas de fruta, pretende distribuir os custos
indirectos de fabricaçã o pelos seus 2 produtos.

  Sumo Compota Total


Quantidade Produzida (unidades) 10.000 500 10.500
Horas MOD / Unidade 0,25 1
Á rea Ocupada 30% 70%  

Custos Indirectos Valor Base de Imputação


Energia 8.000,00 Quantidade Produzida
Renda 30.000,00 Á rea ocupada
Manutençã o 15.000,00 Horas de MOD
TOTAL 53.000,00

Se utilizá ssemos uma base ú nica de imputaçã o com base nas unidades produzidas teríamos:

Total dos GGF 53.000,00


Base de Imputação Quantidade Produzida
Total da Base de Imputaçã o 10.500
Coeficiente Imputação 5,05
Por cada unidade produzida temos um custo de GGF de 0,76 meticais

  Sumo Compota Total


Valor da Base de Cada Produto 10.000 500
Coeficiente de Imputaçã o 5,05 5,05
Imputação aos Produtos 50.476,19 2.523,81 53.000,00

Aplicando agora a base mú ltipla de imputaçã o, teríamos:

ENERGIA

Total dos GGF 8.000,00


Base de Imputação Quantidade Produzida
Total da Base de Imputaçã o 10.500
Coeficiente Imputação 0,76

Por cada unidade produzida temos um custo de GGF de 0,76 meticais

  Sumo Compota Total


valor da Base de Cada Produto 10.000 500
Coeficiente de Imputaçã o 0,76 0,76
Imputação aos Produtos 7.619,05 380,95 8.000,00

RENDA

O coeficiente já é dado em forma de percentagem, entã o é uma aplicaçã o directa

  Sumo Compota Total


Coeficiente de Imputaçã o 30% 70%
Imputação aos Produtos 9.000,00 21.000,00 30.000,00

MANUTENÇÃ O

Temos que determinar o total da base de imputaçã o


  Sumo Compota Total
Quantidade Produzida 10000 500
Horas de MOD/Unidade 0,25 1
Horas Consumidas 2.500 500 3.000

Coeficiente Imputaçã o = 15.000,00 5 meticais


3000

  Sumo Compota Total


valor da Base de Cada Produto 2500 500
Coeficiente de Imputaçã o 5 5  
Imputação aos Produtos 12.500,00 2.500,00 15.000,00

CUSTOS IINDIRECTOS Sumo Compota Total


Energia 7.619,05 380,95 8.000,00
Renda 9.000,00 21.000,00 30.000,00
Manutençã o 12.500,00 2.500,00 15.000,00
TOTAL 29.119,05 23.880,95 53.000,00
CASO PRÁ TICO 15- BASE DE IMPUTAÇÃ O MÚ LTIPLA

Retome o Caso Pratico nº 3. Considere que:

 GGF repartidos proporcionalmente aos produtos com base nas horas de MOD utilizada
 Gastos Comerciais sã o repartidos aos produtos atendendo as seguintes percentagens
40% para P1 30% para P2 30% para P3

PEDE-SE:

Refaça as alíneas de 2) a 5)

Gastos Gerais de Fabrico

Ordenados Fabris   $ 300.000,00

Amortização Equipamento Fabril $ 80.000,00

Encargos sociais referentes ordenados Pessoal Fabril $ 200.000,00

Electricidade Agua (sector Fabril) $ 120.000,00

Consumo de Artigos Diversos da Fabrica $ 150.000,00

Renda da Fabrica $ 150.000,00

Seguro da Fabrica $ 200.000,00

Total dos GGF $ 1.200.000,00

P1 P2 P3 Total
Horas MOD 400 200 400 1000
Coef imputaçã o 40% 20% 40% 100%
GGF $ 480.000,00 $ 240.000,00 $ 480.000,00 $ 1.200.000,00

1. CIPA
  P1 P2 P3
Consumo MP $ 240.000,00 $ 880.000,00 $ 460.000,00
MOD $ 200.000,00 $ 120.000,00 $ 160.000,00
GGF $ 480.000,00 $ 240.000,00 $ 480.000,00
CIP $ 920.000,00 $ 1.240.000,00 $ 1.100.000,00
Ei PVF $ - $ - $ -
Ef PVF $ - $ - $ -
CIPA $ 920.000,00 $ 1.240.000,00 $ 1.100.000,00
Quantidade Produzida 2000 1000 2000
CIPA unitário $ 460,00 $ 1.240,00 $ 550,00

2. CIPV
Ficha de Armazém PA (LIFO)

Produto Existência Inicial Produção (CIPA) Vendas (CIPV) Existência Final


Acabado Q Cu Valor Q Cu Valor Q Cu Valor Q Cu Valor
P1 1000 $ 400,00 $ 400.000,00 2000 $ 460,00 $ 920.000,00 1500 $ 460,00 $ 690.000,00 500 $ 460,00
1000 $ 400,00 $ 630.000,00
1500
P2 4000 $ 1.000,00 $4.000.000,00 1000 $ 1.240,00 $1.240.000,00 1000 $ 1.240,00 2500 $ 1.000,00 $2.500.000,00
1500 $ 1.000,00 $2.740.000,00
2500
P3 3000 $ 500,00 $1.500.000,00 2000 $ 550,00 $1.100.000,00 2000 $ 550,00 $1.100.000,00 3000 $ 500,00 $1.500.000,00

3. Custo total
Custos Comerciais
Comissã o Vendedores   $ 20.000,00
Embalagens e Fretes   $ 25.000,00
      $ 45.000,00

  P1 P2 P3 Total
Coef. Imputaçã o 40% 30% 30% 100%
G Comerciais $ 18.000,00 $ 13.500,00 $ 13.500,00 $ 45.000,00

Gastos Administrativos
Ordenados Administraçã o     $ 300.000,00
Ordenados do Pessoal Escritó rio $ 80.000,00
Encargos sociais referentes ord. Administraçã o e Escritó rio $ 120.000,00
Correios e Telegramas $ 35.000,00
Total $ 535.000,00

  P1 P2 P3 Total
Coef. Imputaçã o 40% 30% 30% 100%
G Comerciais $ 214.000,00 $ 160.500,00 $ 160.500,00 $ 535.000,00

  P1 P2 P3
CIPV $ 690.000,00 $ 2.740.000,00 $ 1.100.000,00
CC $ 18.000,00 $ 13.500,00 $ 13.500,00
CA $ 214.000,00 $ 160.500,00 $ 160.500,00
CC* $ 922.000,00 $ 2.914.000,00 $ 1.274.000,00
Quantidade Vendida 1500 2500 2000
cc* unitário $ 614,67 $ 1.165,60 $ 637,00

QUOTA TEÓ RICA E QUOTA IDEAL

Como as empresas nã o podem esperar até ao final do período para saber quais os valores GGF para
determinar o custo dos produtos, assim como as variaçõ es ao longo dos meses podem originar
coeficientes de imputaçã o muito diferentes, muitas vezes utilizam-se quotas teó ricas de repartiçã o
destes custos.

Quando se utilizam os custos indirectos (GGF) reais estamos perante quotas reais quando utilizamos
valores estimados estamos perante quotas teó ricas.

Outra forma de imputaçã o é o recurso à quota ideal. A quota ideal toma como referencia a capacidade
ideal, ou seja, admitindo que a produçã o realiza-se sem qualquer desperdício. Geralmente as empresas
nunca atingem a sua capacidade má xima. A estimativa é de que a sua produçã o real esteja em cerca de
80% a 85% da sua capacidade total.

EXEMPLO 18 - QUOTA REAL, QUOTA TEÓ RICA E QUOTA IDEAL

Uma determinada empresa estima que os custos fixos de produçã o (logo custos indirectos) num
determinado período sã o de 150.000,00 mês e uma produçã o média para o mesmo período é de 30.000
unidades.

Sendo assim, a quota teoria de imputaçã o dos custos indirectos serial de 5,00, isto é, os custos indirectos
por unidade produzida seriam de 5,00.

Logo se a produçã o efectiva for de 10.000 unidades os custos indirectos serã o de 50.000,00 meticais
(10.000 x 5,00).

Tratando-se de estimativas, os valores destes custos indirectos dificilmente coincidem com a realidade.
Se os custos fixos fossem num determinado período de 65.000,00 e tivessem sido lançados apenas os
50.000,00 entã o a diferença 15.000,00 (65.000,00 -50.000,00) deverá ser ajustada na contabilidade,
através da conta da contabilidade analítica “custos Industriais nã o incorporados"

Vejamos agora se a capacidade ideal fosse de 40.000 unidades.

A quota ideal seria de 3,75 (150.000/40.000). Logo os custos indirectos seriam de 37.500,00 (10.000 x
3,75), muito abaixo do valor real (65.000).

CASO PRÁ TICO 16 - QUOTA TEÓ RICA E QUOTA REAL (1)

A empresa CONTASEMORDEM, produziu no mês de Maio 200.000 unidades e com a seguinte estrutura
de custos de fabricaçã o:

Descrição (meticais)
Encarregado da Produçã o 12.000,00
5 Operá rios 30.000,00
2 Técnicos de Manutençã o 16.000,00
2 Serventes 6.000,00
Matéria-prima A 3.200.000,00
Matéria-prima B 700.000,00
Matérias Subsidiá rias 10.000,00
Aluguer das Instalaçõ es 165.000,00
Amortizaçã o das Má quinas 4.500,00
Energia da Fabrica 25.000,00
Agua 5.000,00
Seguros 7.500,00
Total 4.181.000,00
1. Identifique os Custos Indirectos de fabricaçã o (GGF)
2. Determine o valor dos Custos Indirectos por unidade Produzida
3. Considere que a empresa utiliza um sistema de contabilidade Analítica. Para o efeito estimou os
Custos indirectos de 246.000,00. Qual o ajuste a ser contabilizado?
4. Considere que a empresa utilizou quotas teó ricas para a imputaçã o dos custos indirectos aos
produtos. Se empresa estimasse uma produçã o de 164.000 unidades qual seria a Quota Teó rica
a aplicar a cada produto acabado?

R:

1. Custos Indirectos (meticais)


Encarregado da Produçã o 12.000,00
2 Técnicos de Manutençã o 16.000,00
2 Serventes 6.000,00
Matérias Subsidiá rias 10.000,00
Aluguer das Instalaçõ es 165.000,00
Amortizaçã o das Má quinas 4.500,00
Energia da Fabrica 25.000,00
Agua 5.000,00
Seguros 6.500,00
Total 250.000,00

2. 250.000,00
Custo Indirecto unitá rio = = 1,25 Meticais / Produto
200.000

3. Custos Indirectos Reais 250.000,00


Custos Indirectos Imputados 246.000,00
Diferença 4.000,00

Acréscimo de Custo

4. 246.000,00
Quota Teó rica = = 1,50 Meticais / Produto
164.000

CASO PRÁ TICO 17 - QUOTA TEÓ RICA E QUOTA REAL (2)

A empresa SOFAPERFEITO, produz três modelos de cadeira para escritó rio: FORMAL, TRADICIONAL,
LUXO. A empresa utiliza a quota teó rica para a imputaçã o dos seus Custos Indirectos industriais, aos
produtos, com base numa estimativa de custos indirectos industriais totais anuais de 6.720.000,00
meticais e uma Produçã o anual estimada de 4.800.000 unidades (30% FORMAL; 50% TRADICIONAL;
20% LUXO)

Durante o mês de Junho, os valores obtidos foram:

Custos Indirectos 450.000,00

QUANTIDADE PRODUZIDA
FORMAL 120.000
TRADICIONAL 180.000
LUXO 60.000
Total 360.000

PEDE-SE:

1) O valor da quota teó rica e real para imputar os custos indirectos


2) O valor total dos custos indirectos a imputar a cada produto
3) Como justifica a diferença encontrada na alínea anterior e qual o procedimento a adoptar.

R:

1)
Quota Teó rica = 6.720.000,00 = 1,40000
4.800.000,00

Quota Real = 450.000,00 = 1,25000


360.000,00

2)

Quota Teó rica

FORMAL 168.000,00 (120.000 X 1,40)


TRADICIONAL 252.000,00 (180.000 X 1,40)
LUXO 84.000,00 (60.000 X 1,40)
Total GGF Imputados 504.000,00

Quota Real

FORMAL 150.000,00 (120.000 X 1,25)


TRADICIONAL 225.000,00 (180.000 X 1,25)
LUXO 75.000,00 (60.000 X 1,25)
Total GGF Imputados 450.000,00

3) A diferença é de 54.000,00 . O procedimento correcto é proceder à sua contabilizaçã o, na conta de


"custos Industriais nã o incorporados"

METODO DAS SECÇÕ ES HOMOGENEAS


Resultado de Aprendizagem 4:

Aplicar os diversos métodos na repartiçã o dos custos

Critério de Desempenho:

(c) Identifica correctamente as funçõ es da organizaçã o e os centros de responsabilidade, de


acordo com o organigrama e as normas internas da organizaçã o,
(d) Aplica o método das secçõ es homogéneas na repartiçã o dos custos

(AULA 11)

Uma empresa organizada encontra-se dividida em segmentos organizacionais, constituindo cada um


deles um grupo humano de maior ou menor dimensã o, dispondo dos meios materiais necessá rios para
exercer as funçõ es e atingir os objectivos que lhe foram superiormente definidos.

O segmento organizacional é comandado por uma ú nica pessoa, que responde perante uma entidade
superior.

A contabilidade analítica, com uma periodicidade adequada, deve determinar os custos relativamente a
cada um destes centros de responsabilidade, analisá -los e transmiti-los aos responsá veis respectivos
para que possam controlá -los, verificar a sua adequaçã o aos objectivos definidos.

CENTROS DE CUSTOS:

A aná lise dos custos de determinado centro de responsabilidade e a sua imputaçã o, nem sempre sã o
possíveis sem se decompor o centro de responsabilidade em unidades contabilísticas mais pequenas,
designadas por centros de custos (unidades contabilísticas de apuramento de custos).

A natureza, a quantidade e a dimensã o dos centros de custos dependem da natureza da actividade da


entidade, da importâ ncia do apuramento mais correcto do custo dos produtos, do interesse da divisã o
para efeitos de controlo de gestã o, isto é, da sua maior ou menor sensibilidade à contabilidade analítica
enquanto ferramenta de gestã o.

Os centros de custos funcionam como repartiçõ es intermédias entre os custos por natureza e a sua
imputaçã o aos produtos (serviços) fabricados (prestados).

O apuramento dos custos de funcionamento por centros de custos é necessá rio para que se possa
efectuar o apuramento do custo dos produtos, sendo também este o método mais indicado para se
proceder à imputaçã o dos gastos gerais de fabrico pelos produtos fabricados.

EXEMPLO 19 - CENTROS DE CUSTOS (1)


A alocaçã o de custos é um aspecto inevitá vel da vida A Sra Deolinda descobriu isso quando partiu uma
perna e foi internada na Clínica BOASAUDE. A Sra. Deolinda ficou intrigada quando o valor do seu
internamento de 4 dias tinha atingido o valor de 10.000. A resposta estava na alocaçã o dos custos. Um
dos itens que lhe chamou à atençã o foi cobrança de 17,00 meticais por um quarto de agua destilada. Ela
apurou que o custo directo da á gua era apenas de 3,40 meticais, logo o valor pago excedia em 13,60 o
custo directo. Um funcioná rio da Clínica ofereceu a seguinte explicaçã o sobre este excedente:

4,25 Salá rio e equipamento do manuseamento da á gua destilada na Clinica


3,40 Custo do Seguro contra erro médico, custos de ensino e outros custos administrativos
5,10 Custo do tratamento de doentes sem seguro de saú de
0,85 Margem de lucro
13,60 Valor total de custos indirectos alocados ao consumo de á gua destilada

SECÇÕES HOMOGÉNEAS

As SECÇÕ ES HOMOGÉ NEAS sã o centros de custos que devem obedecer à s seguintes características:

 Responsabilizaçã o: um e um só responsá vel pela secçã o;


 Homogeneidade de funçõ es: os custos agrupados na secçã o devem respeitar a funçõ es ou
actividades idênticas;
 Existência de uma unidade de medida da actividade da secçã o, devendo servir para imputaçã o e,
se possível, também para controlo dos custos (hora-má quina; hora-homem; ….).

A divisã o da entidade em secçõ es deverá acompanhar a sua estrutura organizacional, tendo em conta as
delegaçõ es de autoridade e de responsabilidades.

No plano contabilístico, costumam distinguir-se:

 Secçõ es principais: as que concorrem directamente para o aprovisionamento, produçã o e venda;


 Secçõ es auxiliares: as que concorrem com os seus bens ou serviços para outras secçõ es;
 Secçõ es administrativas e financeiras …

EXEMPLO 20 – CENTROS DE CUSTO(2)

Vejamos o caso de fá brica de Confecçã o de Roupas com o seguinte organigrama:


FIGURA 8 – ORGANIGRAMA EMPRESA DE CONFECÇÃ O

Director Geral

Director
Director Fabril
Administrativo

Director Director de
Director
Aprovisioname Controlo Secretariado Contabilidade
Produção
nto Qualidade

Chefe de Chefe de
Chefe de Corte
Montagem Acabamento

Claramente podíamos identificar:

 Secçõ es principais:
o Departamento de Corte
o Departamento de Montagem
o Departamento de Acabamentos

 Secçõ es auxiliares:
o Departamento Aprovisionamento
o Departamento de Controlo de Qualidade
 Secçõ es administrativas e financeiras:
o Departamento Administrativo e Financeiro

CASO PRÁ TICO 18 - IDENTIFICAÇÃ O DE CENTROS DE CUSTO (1)

Com base no seguinte organigrama do restaurante COMIDABOA, identifique os possíveis centros de


custo, classificando-os em Secçõ es Principais, Auxiliares e Administrativas

Director Geral

Chefe do Director
Chefe de Cozinha
Restaurante Administrativo

Lavagem Confecção Armazém

R:

 Secçõ es principais:
o Lavagem
o Confecçã o
o Restaurante

 Secçõ es auxiliares:
o Departamento Aprovisionamento - Armazém
 Secçõ es administrativas e financeiras:
o Departamento Administrativo e Financeiro

CASO PRÁ TICO 19 - IDENTIFICAÇÃ O CENTROS DE CUSTOS (2)

Identifique os possíveis centros de custo, de uma empresa de fabricaçã o de sumos, classificando-os em


Secçõ es Principais, Auxiliares e Administrativas

R:

 Secçõ es principais:
o Preparaçã o da fruta
o Fabricaçã o
o Embalagem

 Secçõ es auxiliares:
o Departamento Aprovisionamento – Armazém
o Departamento de Controlo de Qualidade
o Departamento de Manutençã o de Má quinas

 Secçõ es administrativas e financeiras:


o Departamento Administrativo e Financeiro

EXEMPLO 21 - SECCÇÕ ES HOMOGÉ NEAS

Vejamos o caso de uma empresa possui três Secçõ es: 1 Secçã o Auxiliar: Secçã o A e 2 Secçõ es de
primá rias (produtivas): Secçã o B e Secçã o C

Os custos indirectos totais de energia sã o de $1.000,00.

Efectuando a repartiçã o pelas três secçõ es, segundo o método directo e com base no nú mero de
má quinas, c custo a atribuir a cada secçã o seria de 200,00, 300,00 e 500,00, respectivamente para a
Secçã o A, B e C

Secçã o A 200,00
Secçã o B 300,00
Secçã o C 500,00
Total 1.000,00

Redistribuindo o custo da secçã o auxiliar (secçã o A) pelas secçõ es primá rias, com base no tempo de
manutençã o dispendido seria de 50,00 para B e 150,00 para C:
Custo Directo Valor a Imputar Total
Secçã o B 300,00 50,00 350,00
Secçã o C 500,00 150,00 650,00
Total 200,00 1.000,00
Considerando que a empresa tem 2 produtos e imputa os custos indirectos aos produtos com base nas
unidades produzidas, o que iria representar a seguinte imputaçã o:

Produto 1 Produto 2 TOTAL


Secçã o B 210,00 140,00 350,00
Secçã o C 130,00 520,00 650,00
Total 340,00 660,00 1.000,00

De forma esquemá tica teríamos:

FIGURA 9 – METODO DAS SECÇÕ ES HOMOGENEAS

EMPRESA
CUSTOS = $ 1.000,00

DISTRIBUIÇÃO PRIMÁRIA

Secção A Secção B Secção C

200,00 300,00 500,00

50,00 150,00 DISTRIBUIÇÃO SECUNDÁRIA

Secção B Secção C

350,00 650,00
210,00 140,00 130,00 520,00
IMPUTAÇÃO

PRODUTO PRODUTO
1 2

340,00 660,00

Como vemos os custos indirectos totais que eram de 1.000,00 foram distribuídos pelos produtos no
montante de 340,00 e 660,00 respectivamente. Este método é muito mais realista que as bases
anteriores.

Quando temos mais do que uma secçã o de auxiliar podemos utilizar a imputaçã o de acordo com dois
métodos:

 MÉTODO DIRECTO: Todos os custos indirectos de cada um dos departamentos sã o


imputados directamente aos produtos;
FIGURA 10 – METODO DIRECTO
ITENS BASE CENTROS SECÇÕ ES SECÇÕ ES
VALOR PRODUTOS
CUSTO IMPUTAÇÃ O ADMINISTRATIVOS AUXILIARES PRINCIPAIS

 MÉTODO PASSO A PASSO: Distribuem-se os custos indirectos das secçõ es auxiliares para as
secçõ es principais e depois destas para o produto Final

FIGURA 11- METODO PASSO A PASSO


ITENS BASE CENTROS SECÇÕ ES SECÇÕ ES
VALOR PRODUTO
CUSTO IMPUTAÇÃ O ADMINISTRATIVOS AUXILIARES PRINCIPAIS

REPARTIÇÃO PRIMÁRIA

REPARTIÇÃO SECUNDÁRIA

EXEMPLO 22 - SECÇÕ ES HOMOGÉ NEAS- MÉ TODO DIRECTO E PASSO-A-PASSO

Uma determinada empresa possui os seguintes departamentos com os seguintes custos indirectos:

DEPARTAMENTOS DEPARTAMENTOS
APOIO OPERACIONAIS
Sistemas de
Manutençã o   Maquinaria Montagem TOTAL
  Informaçã o
Custos Indirectos de
fabricaçã o 600.000,00 116.000,00 400.000,00 200.000,00 1.316.000,00

Para efeitos de alocaçã o dos custos indirectos pelas secçõ es principais (operacionais) apurou-se a
seguinte informaçã o:

DEPARTAMENTOS APOIO DEPARTAMENTOS


OPERACIONAIS
Sistemas de
Manutenção Maquinaria Montagem TOTAL
Informação
Custos Indirectos de fabricaçã o 600.000,00 116.000,00 400.000,00 200.000,00 1.316.000,00
Suporte fornecido Dep. Manutenção (horas) - 1.600 2.400 4.000 8.000
Suporte fornecido Dep. Sistemas de Informção (horas) 200 - 1.600 200 2.000

Vamos proceder à imputaçã o dos custos indirectos pelos dois métodos:


MÈ TODO DIRECTO:
DEPARTAMENTOS
DEPARTAMENTOS APOIO
OPERACIONAIS
Sistemas de
Manutençã o Maquinaria Montagem TOTAL
Informaçã o
Custo Indirecto Manutençã o 600.000,00
Suporte Departamentos Operacionais 2.400 4.000 6.400
% Distribuiçã o do Custo de Manutençã o 38% 63% 100%
Valor a alocar 225.000,00 375.000,00 600.000,00

Custo Indirecto Sistemas de Informaçã o 116.000,00


Suporte Departamentos Operacionais 1.600 200 1.800
% Distribuiçã o do Custo de Manutençã o 89% 11% 100%
Valor a alocar 103.111,11 12.888,89 116.000,00

Custo Indirecto antes de alocação 400.000,00 200.000,00 600.000


Total do Custo Indirecto de Fabricação 728.111,11 587.888,89 1.316.000

MÈ TODO PASSO A PASSO:


DEPARTAMENTOS
DEPARTAMENTOS APOIO OPERACIONAIS
Sistemas de
Manutençã o Maquinaria Montagem TOTAL
Informaçã o
Custos Indirectos de fabricaçã o antes alocaçã o 600.000,00 116.000,00 400.000,00 200.000,00 1.316.000,00

Alocaçã o dos Custos de Manutençã o


% de Distribuiçã o (horas suporte) 20% 30% 50% 100%
Custos da manutençã o a alocar 120.000,00 180.000,00 300.000,00 600.000,00
Total Custos Indirectos após 1ª repartição 236.000,00 580.000,00 500.000,00 1.316.000,00

Alocaçã o dos Custos de Sistemas de informaçã o


% de Distribuiçã o (horas suporte) 89% 11% 100%
Custos da sistemas de Informaçã o a alocar 209.777,78 26.222,22 236.000,00
Total Custos Indirectos após 2ª repartição 789.777,78 526.222,22 1.316.000,00

CASO PRÁ TICO 20 - SECÇÕ ES HOMOGENEAS

A Empresa NORTEFRUTA possui 3 secçõ es de Produçã o e dois departamentos de apoio. Os custos de


cada secçã o, e as horas de suporte aos departamentos operacionais, foram os seguintes:

CUSTOS IINDIRECTOS
Valor (000
SECÇÕES Meticais)
ARMAZÉ M 50.000,00
FABRICAÇÃ O 250.000,00
SECAGEM 120.000,00
FORNO 80.000,00
SERVIÇOS GERAIS 100.000,00
Total 600.000,00

DEP APOIO DEP OPERACIONAIS


Serviços Prestados SERVIÇOS GERAIS ARMAZENAGEM   FABRICAÇÃO SECAGEM FORNO Total
SERVIÇOS GERAIS (Horas) 2.000 20.060 9.860 4.080 36.000
ARMAZÉ M (Horas) 1.000 24.500 14.700 9.800 50.000

1) Com base na informaçã o proceda à alocaçã o dos custos indirectos aos departamentos, aplicando
o método directo e Passo-a-passo.
2) Com intuito de alocar os custos indirectos aos produtos, a empresa utiliza coeficientes de
imputaçã o de base mú ltipla, como se apresenta:

FABRICAÇÂ O Horas Maquina


SECAGEM Horas MOD
FORNO Quantidade Produzida

Com base na informaçã o seguinte, proceda ao calculo dos custos indirectos a alocar aos
produtos, utilizando para o efeito o valor dos custos indirectos apurados segundo o método
PASSO-A-PASSO.

  PRODUTO A PRODUTO B PRODUTO C TOTAL


Horas Maquina 1.200.000 2.800.000 2.200.000 6.200.000
Horas MOD 220.660 108.460 45.000 374.120
Quantidade Produzida 180.000 20.000 600.000 800.000

R:
1)
Método Directo
DEP APOIO DEP OPERACIONAIS
Serviços Prestados SERVIÇOS GERAIS ARMAZENAGEM FABRICAÇÃO SECAGEM FORNO Total
Custo Indirecto SERV GERAIS 100.000,00
Suporte Departamentos Operacionais 20.060 9.860 4.080 34.000
% Distribuiçã o dos SERV GERAIS 59,00% 29,00% 12,00% 100%
Valor a alocar 59.000,00 29.000,00 12.000,00 100.000,00

Custos ARMAZEM 50.000,00


Suporte Departamentos Operacionais 24.500 14.700 9.800 49.000
% Distribuiçã o do Custo ARMAZEM 50,000% 30,000% 20,000% 100%
Valor a alocar 25.000,00 15.000,00 10.000,00 50.000,00

Total do Custo Indirecto Alocados 84.000,00 44.000,00 22.000,00 150.000


CUSTO INDIRECTO 250.000,00 120.000,00 80.000,00
TOTAL CUSTOS INDIRECTOS 334.000,00 164.000,00 102.000,00 600.000

Método Indirecto

DEP APOIO DEP OPERACIONAIS


Serviços Prestados SERVIÇOS GERAIS ARMAZENAGEM FABRICAÇÃO SECAGEM FORNO Total
Custos Indirectos de fabricaçã o 100.000,00 50.000,00 250.000,00 120.000,00 80.000,00 600.000,00

Custo Indirecto SERV GERAIS


% de Distribuiçã o (horas suporte) 6% 56% 27% 11% 100%
Custo Indirecto SERV GERAIS a alocar 5.555,56 55.722,22 27.388,89 11.333,33 100.000,00
Total Custos Indirectos após 1ª repartição 55.555,56 305.722,22 147.388,89 91.333,33 600.000,00

Alocaçã o dos Custos ARMAZEM


% de Distribuiçã o (horas suporte) 50% 30% 20% 100%
Custos ARAMAZEM alocar 27.777,78 16.666,67 11.111,11 55.555,56
Total Custos Indirectos após 2ª repartição 333.500,00 164.055,56 102.444,44 600.000,00

2)

FABRICAÇÂ O 0,054 (335.500/4.000.000)


Coeficiente Imputaçã o SECAGEM 0,439 (164.0556/375.000)
FORNO 0,128 (102.444/800.000)

PRODUTO A PRODUTO B PRODUTO C TOTAL


FABRICAÇÂ O 64.548,39 150.612,90 118.338,71 333.500,00
SECAGEM 96.761,73 47.560,85 19.732,97 164.055,56
FORNO 23.050,00 2.561,11 76.833,33 102.444,44
TOTAL CUSTOS INDIRECTOS 184.360,12 200.734,87 214.905,02 600.000,00

De uma forma resumida, os passos para a aplicaçã o do método das secçõ es Homogéneas, sã o os
seguintes:

1º. Separaçã o dos custos em itens;

2º. Divisã o da empresa em centros de custos;

3º. Identificaçã o dos custos com os centros (distribuiçã o primá ria);

4º. Redistribuiçã o dos custos dos centros indirectos até aos directos (distribuiçã o
secundá ria);

5º. Distribuiçã o dos custos dos centros directos aos produtos (distribuiçã o final).

PESQUISA 4 - CENTROS DE CUSTO

Sugerir aos formandos que identifiquem numa empresa industrial os departamentos existentes. Em
grupo, deverã o trazer uma proposta para a sala, com uma proposta de criaçã o de secçõ es auxiliares e
principais, justificando a sua pertinência.

SISTEMA ABC

Resultado de Aprendizagem 4:

Aplicar os diversos métodos na repartiçã o dos custos

Critério de Desempenho:

(e) Aplica o sistema de custos ABC na repartiçã o dos Custos.

(AULA 12)

A RELEVANCIA DO SISTEMA ABC

Como um dos objectivos da contabilidade analítica é o apuramento dos custos de funcionamento de uma
empresa, entã o é importante identificar os diferentes centros de responsabilidade e apurar os custos
inerentes ao seu funcionamento.
O Sistema Baseado nas Actividades (Activity Based Cost) surgiu para apoiar a tomada de decisã o. Este
sistema tem como base que uma actividade é um evento ou uma transacçã o que constitui um
direccionador de custos, isto é, algo que afecta os custos. Uma mudança no direccionador de custos
provocará assim, uma mudança no custo total do objecto de custo.

Numa empresa existem diversas actividades que afectam custos, tais como os ajustes das má quinas,
pedidos de compra, inspecçõ es de qualidade, exigências de manutençã o ou a energia consumida.

O ABC possui face aos restantes sistemas de custeio quatro vantagens:

 Permite aumentar o nú mero de centros de custos usados para calcular os GGF, tornado a sua
imputaçã o mais real. Em vez de reunir todos os GGF numa só unidade ou em departamentos, os
custos sã o acumulados por actividades. Por exemplo, os custos de preparaçã o, manipulaçã o de
materiais e mudanças de engenharia sã o alocados em centros de custo de forma particularizada;
 Introduz uma mudança da base usada para atribuir custos de GGF aos produtos. Em vez de atribuir
custos com base na mediçã o do volume (horas de mã o-de-obra directa ou horas/má quina), os
custos sã o atribuídos com base nas actividades que geram esses custos;
 Introduz a mudança na natureza de muitos custos de GGF. Custos que antes sã o associados a
actividades específicas, o que elimina a necessidade de imputaçã o;
 Permite identificar em que ponto da organizaçã o ocorreu o consumo de um recurso que foi
atribuído a produtos, clientes, etc.

COMPARAÇÃO SISTEMAS TRADICIONAIS E O ABC

As principais diferenças entre o sistema ABC e o Sistema Tradicional, podem resumir-se à s seguintes:

FIGURA 12 – COMPARAÇÃ O ENTRE OS DOIS SISTEMAS

Sistema Tradicional ABC


“Produtos consomem recursos “As actividades consomem
(Custos)” recursos e os produtos resultam
das actividades”
Técnica de absorçã o dos custos Identificando as actividades a um
nos produtos. nível elementar bem como os seus
geradores de custo, permite obter
a informaçã o da eficiência e
eficá cia da sua gestã o.
Custos indirectos imputados aos Custo Indirecto é assumido nas
produtos diversas actividades
Custos Indirectos
Recursos

Centros
Indirectos
Actividades

Centros
Directos Produtos
Mercados
...
Produtos

Produto Cadeia de valor


Assim, a classificaçã o dos custos será necessariamente diferente. No sistema tradicional os custos sã o
classificados da seguinte forma:

TABELA 5 – CLASSIFICAÇÃ O DOS CUSTOS NO SISTEMA TRADICIONAL

Custos Financeiros
Custos Administrativos
Custos Comerciais
Custo Total Gastos Gerais de Fabrico
Custos de
Custo Mã o-de-Obra Transformaçã o
Industrial Custo Directa
Primo
Consumo de Matérias

No sistema ABC, os custos sã o classificados face às actividades que os geram:


FIGURA 13 – CALSSIFICAÇÃ O DOS CUSTOS NO SISTEMA ABC

MERCADO PREÇO DE VENDA

MARGEM

Suporte Custos dos


ou Apoio Processos de Apoio
ao Negócio
P roce sso s

“Core” ou Custos dos


nucleares processos mais
directamente
relacionadas com o
negócio

PASSOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA ABC:

Existem 4 passos fundamentais para a implementaçã o do sistema:

1º. Identificar as actividades principais da organizaçã o (movimentaçã o de MP; compras, montagem,


etc.)
2º. Identificar os factores que determinaram os custos de cada actividade - Cost-Drivers (nú mero de
unidades compradas, nú mero de unidades montadas) e apurar os respectivos custos unitá rios;
3º. Agrupar os custos de cada actividade – “cost pooIs”
4º. Imputar os gastos gerais de fabrico cada “cost poll” aos produtos base na respectiva utilizaçã o
de cada actividade.

EXEMPLO 23- SISTEMA ABC

Uma determinada em empresa de Confecçã o, produz 3 tipos de produtos: camisetas, vestidos e calçõ es.
O seu organigrama parcial (só relacionado com a actividade principal) é o seguinte:
FIGURA 14- ORGANIGRAMA PARCIAL DA EMPRESA

1º. Identificar as actividades principais da organizaçã o (movimentaçã o de MP; compras, montagem,


etc.)
Nota: estes departamentos também sã o designados como secçõ es homogéneas.

Departamento Actividades
Compras Comprar material
  Desenvolver Fornecedores
Armazenagem Receber material
  Movimentar material
Administraçã o da Produçã o Programar produçã o
  Controlar a Produçã o
Corte e Costura Corte
  Costura
Acabamento Acabar
  Despachar Produtos

2º. Identificar os factores que determinaram os custos de cada actividade - Cost-Drivers (nú mero de
unidades compradas, nú mero de unidades montadas) e apurar os respectivos custos unitá rios

Direccionadores de Custos do Primeiro Estágio

Custos Indirectos Direccionador Recursos


Aluguer Á rea utilizada pela actividade
Energia Eléctrica Medidor nos departamentos e Horas/Má quina
Remuneraçã o Supervisã o Folha de Pagamento, Registo Tempos
Mã o-de-obra Indirecta Folha de Pagamento, Registo Tempos
Amortizaçõ es Valor Activos usados nas actividades
Material Consumo Directa Actividades / requisiçõ es
Seguros Valor dos Bens segurados

Departamento Actividades Custos Direccionadores


Compras Comprar material 16.000,00 Nº Pedidos
  Desenvolver Fornecedores 12.000,00 Nº Fornecedores
Armazenagem Receber material 12.350,00 Nº de recebimentos
  Movimentar material 16.000,00 Nº Requisiçõ es
Administraçã o da Programar produção 16.000,00 Nº Produtos
Produçã o Controlar a Produçã o 13.850,00 Nº Lotes
Corte e Costura Corte 29.000,00 Tempo Corte
  Costura 28.600,00 Tempo Costura
Acabamento Acabar 14.000,00 Tempo Acabamento
Despachar Produtos 32.200,00 Mapa dos Tempos
Total 190.000,00  

Atribuição dos Custos As Actividades

Factores de Consumo de Actividades


Direccionadores
Camisetas Vestidos Calças Total
Nº Pedidos 150 400 200 750
Nº Fornecedores 2 6 3 11
Nº de recebimentos 150 400 200 750
Nº Requisiçõ es 400 1500 800 2700
Nº Produtos 1 1 1 3
Nº Lotes 10 40 20 70
Tempo Corte 2.160 882 2.600 5.642
Tempo Costura 3240 2058 7800 13098
Tempo Acabamento 2.700 2.520 3.900 9.120
Mapa dos Tempos 25 50 25 100

3º. Agrupar os custos de cada actividade – “cost pooIs”

Actividades Custos Nº Custo/Direccionador


Comprar material 16.000,00 750 21,33 /Pedido
Desenvolver Fornecedores 12.000,00 11 1090,91 /Fornecedor
Receber material 12.350,00 750 16,47 /Recebimento
Movimentar material 16.000,00 2700 5,93 /Requisiçã o
Programar produção 16.000,00 3 5333,33 /Produto
Controlar a Produçã o 13.850,00 70 197,86 /Lote
Corte 29.000,00 5.642 5,14 /hora
Costura 28.600,00 13098 2,18 /hora
Acabar 14.000,00 9.120 1,54 /hora
Despachar Produtos 32.200,00 100 322,00 /hora
TOTAL 190.000,00      

4º. Imputar os gastos gerais de fabrico cada “cost poll” aos produtos base na respectiva utilizaçã o
de cada actividade.
Recursos (Custos)
Aluguer

AREA

Actividades

Compras

Nº de Pedidos de Compra (21,33/pedido)

Produtos

Actividades Camisetas Vestidos Calças Total

Comprar material 3.200,00 8.533,33 4.266,67 16.000,00

Desenvolver Fornecedores 2.181,82 6.545,45 3.272,73 12.000,00

Receber material 2.470,00 6.586,67 3.293,33 12.350,00

Movimentar material 2.370,37 8.888,89 4.740,74 16.000,00

Programar produção 5.333,33 5.333,33 5.333,33 16.000,00

Controlar a Produçã o 1.978,57 7.914,29 3.957,14 13.850,00

Corte 11.102,45 4.533,50 13.364,06 29.000,00

Costura 7.074,67 4.493,72 17.031,61 28.600,00

Acabar 4.144,74 3.868,42 5.986,84 14.000,00

Despachar Produtos 8.050,00 16.100,00 8.050,00 32.200,00

Total 47.905,94 72.797,61 69.296,45 190.000,00

Produçã o 18.000 4.200 13.000

Custo Indirecto / Produto 2,66 17,33 5,33

Custos
Produtos Custos Directos Indirectos Custo unitário
Camisetas 3,75 2,66 6,41
Vestidos 5,75 17,33 23,08
Calçõ es 4,25 5,33 9,58

De uma forma resumida, os passos a seguir serã o os seguintes:


FIGURA 15 – OPERACIONALIZAÇÃ O DP SISTEMA ABC

CASO PRÁ TICO 21 - SISTEMA ABC

Do levantamento das fichas técnicas dos produtos da empresa Beta obteve-se a seguinte informaçã o:

Custo uniá rio ($) Mã o-de-Obra Directa


Produtos Quantidade Custo/hora
Produzida Matéria-prima Hora/unidade ($)
A 400 2,00 1 1,00
B 500 4,00 1 1,00
C 200 6,00 2 1,00
D 1.000 10,00 2 1,00

Actividades Setup Compras Inspecção Total


Gastos Totais 50.000,00 70.000,00 35.000,00 155.000,00
Produtos (nº vezes) (nº vezes) (nº vezes)
A 40 20 20
B 50 50 50
C 50 80 80
D 60 200 200
Totais 200 350 350
Na produçã o dos seus produtos identificaram-se três actividades: Preparaçã o das má quinas (setup),
compras e inspecçã o.

Com base nos dados determine o custo unitá rio de produçã o de acordo com os dois sistemas abordados:
o sistema tradicional e o ABC.

R:

Custos directos
Mão-de-Obra
Matéria-prima Consumida Custos Directos
Produtos Utilizada
Unidades Valor ($) Horas Valor ($) Total Unitário
A 400 800,00 400 400,00 1.200,00 3,00
B 500 2.000,00 500 500,00 2.500,00 5,00
C 200 1.200,00 400 400,00 1.600,00 8,00
D 1.000 10.000,00 2.000 2.000,00 12.000,00 12,00
Total 2.100,00 14.000,00 3.300 3.300,00 17.300,00  

Sistema Tradicional:

Total dos GGF 155.000,00


Taxa de imputação GGF = = = 46,97
nº Total de horas utilizadas 3.300

Custos Indirectos (GGF)


Produto nº horas GGF GGF
utilizadas imputados unitário
A 400 18.787,88 46,97
B 500 23.484,85 46,97
C 400 18.787,88 93,94
D 2.000 93.939,39 93,94
Total   155.000,00  

Custo Produção unitário (Sistema Tradicional)


Produtos
Custos
A B C D
directos 3,00 5,00 8,00 12,00
indirectos 46,97 46,97 93,94 93,94
CIP u 49,97 51,97 101,94 105,94

Sistema ABC

Actividades Setup Compras Inspecção Total


Gastos Totais 50.000,00 70.000,00 35.000,00 155.000,00
nº vexes 200 350 350
Custo Indirecto u 250,00 200,00 100,00
Custos Indirectos (GGF)
Setup Compras Inspecção GGF
Produto nº GGF nº GGF nº GGF Total Unitário
vezes imputados vezes imputados vezes imputados
A 40 10.000 20 4.000,00 20 2.000,00 16.000,00 40,00
B 50 12.500 50 10.000,00 50 5.000,00 27.500,00 55,00
C 50 12.500 80 16.000,00 80 8.000,00 36.500,00 182,50
D 60 15.000 200 40.000,00 200 20.000,00 75.000,00 75,00
Total 50.000 70.000,00 35.000,00 155.000,00  

Custo Produção unitário (ABC)


Produtos
Custos
A B C D
directos 3,00 5,00 8,00 12,00
indirectos 40,00 55,00 182,50 75,00
CIP u 43,00 60,00 190,50 87,00
BIBLIOGRAFIA

 CAIADO, A. Pires (2003), Contabilidade de Gestão, Vislis Editores, Lisboa;

 HORNGREN, C., FOSTER, George e DAKAR, Srikant M., Contabilidade de Custos (2006), 10ª ediçã o,
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 CAIANO, Caiano. e FRANCO, Victor, (2001), Contabilidade Analítica, 7ª Ediçã o, Editora Rei dos
Livros.

 VANDERBECK, Edward, NAVY, Charles, (2001), Contabilidade de Custos, 11ª Ediçã o, Pioneira
Thomson Learning.

 BRUNI, Adriano (2006), A Administração de Custos, Preços e Lucros, Editora Atlas

 HASSEN, Don R. , Mowen, Maryanne M. (2001), Gestão de Custos, Pioneira Thomson Learning

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