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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
NATAL – RN
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
RESUMO
i
Araújo, Victor A. Climatization project of a residence in Natal/RN. 2018. 57 p.
Graduation Project (Graduate in Mechanical Engineering) - Federal University of Rio
Grande do Norte, Natal-RN, 2018.
ABSTRACT
iii
LISTA DE TABELAS
iv
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
v
LISTA DE SÍMBOLOS
𝑘𝑔𝑣
ωfora Umidade Absoluta externa ⁄𝑘𝑔
𝑎𝑟
𝑘𝑔⁄
ρ Massa específica 𝑚3
vii
SUMÁRIO
RESUMO...................................................................................................................... i
ABSTRACT ................................................................................................................. ii
LISTA DE ILUSTRAÇÕES.......................................................................................... iii
LISTA DE TABELAS ................................................................................................... iv
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ....................................................................... v
LISTA DE SÍMBOLOS ................................................................................................ vi
SUMÁRIO................................................................................................................. viii
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
1.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 3
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................. 3
2 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 4
2.1 HISTÓRIA DO AR CONDICIONADO ................................................................. 4
2.2 CLIMATIZAÇÃO DE AMBIENTES ..................................................................... 6
2.3 CONFORTO TÉRMICO ..................................................................................... 7
3 METODOLOGIA ....................................................................................................... 9
3.1 DADOS E CONSIDERAÇÕES INICIAIS ......................................................... 10
3.2 CARGA DE ILUMINAÇÃO ............................................................................... 10
3.3 CARGA DEVIDO PESSOAS ........................................................................... 12
3.4 CARGA DEVIDO AOS EQUIPAMENTOS ........................................................ 13
3.5 CARGA DEVIDO INFILTRAÇÃO ..................................................................... 14
3.6 CARGA DEVIDO À INSOLAÇÃO .................................................................... 15
3.7 CARGA DEVIDO À CONDUÇÃO PELAS PAREDES E TETO ........................ 16
3.8 CÁLCULO DA VAZÃO DA MÁQUINA .............................................................. 20
3.9 CARGA DEVIDO RENOVAÇÃO DE AR .......................................................... 21
4 RESULTADOS........................................................................................................ 26
4.1 SUÍTE 01 ......................................................................................................... 26
4.1.1 CÁLCULO DA CARGA DE ILUMINAÇÃO .................................................... 27
4.1.2 CÁLCULO DA CARGA DEVIDO ÀS PESSOAS ........................................... 28
4.1.3 CÁLCULO DA CARGA DEVIDO AOS EQUIPAMENTOS ............................. 28
viii
4.1.4 CÁLCULO DA CARGA DEVIDO INFILTRAÇÃO........................................... 28
4.1.4.1 FRESTAS DE PORTAS .......................................................................... 28
ix
1
1 INTRODUÇÃO
1
2
referidas usinas eram tidas como de reduzido impacto ambiental, ao passo que nos
dias atuais, é sabido que as áreas destinadas ao seu funcionamento ocasionam danos
sociais e ambientais, bem como alterações climáticas nas microrregiões, danos às
comunidades, alterações no fluxo migratório de peixes, liberação de gás metano e
desapropriação de áreas produtivas.
A ampliação do consumo e o potencial hidráulico com pouca previsão de
desenvolvimento proporciona a busca por maneiras diversas de suprir a demanda por
eletricidade, de modo que as usinas térmicas consistem em alternativas de curto prazo,
utilizando-se de combustíveis fósseis. Há, ainda, a opção das energias renováveis,
sendo essas, entretanto, a longo prazo.
A climatização de um ambiente tem o importante papel de proporcionar mais
conforto aos frequentadores de um ambiente, sejam casas, indústrias, escritórios,
hospitais, escolas, entre outros. Para garantir a qualidade do ar em ambientes
fechados é necessário controlar a temperatura, a umidade, e a renovação do ar.
Contudo, a climatização não é apenas acerca do controle da temperatura. A forma
como é feita a climatização pode variar em cada ambiente e exige um projeto
específico para atender cada demanda.
Segundo Morales (2015), 20% do consumo de energia elétrica comercial é
devido à necessidade de ar condicionado, ao passo que, no campo residencial,
enfatizado nesta pesquisa, o percentual é de 33%, bem como ambos os segmentos
manifestam 10% do consumo de energia elétrica do Brasil, sendo a refrigeração o
ponto crítico, devido ao elevado consumo do compressor.
Alguns esforços vêm sendo empreendidos, com vistas a reduzir o consumo dos
condicionadores de ar, como o caso de a tecnologia inverter e dos sistemas de volume
de refrigerante variável, apresentando economia de aproximadamente 40% de
energia (MORALES, 2015). Os sistemas de condicionadores de ar apresentam-se
como impasses no que diz respeito à diminuição do consumo de energia elétrica, de
forma que as alternativas capazes de reduzir o consumo são de grande relevância
social, econômica e ambiental, corroborando com o intuito desta pesquisa, que é a
materialização de um projeto para climatização residencial.
2
3
3
4
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Foi somente com Stuart Cramer, em 1906, que surgiu o termo “ar
condicionado”. Ele criou o seu próprio aparelho visando descobrir formas de adicionar
umidade ao ar em sua fábrica de tecidos. Carrier acabou por adotar também o termo
e incorporou-o ao nome da sua empresa. Os inventores, inicialmente, não perceberam
o potencial daquele aparelho e, dessa forma, a invenção demorou a se popularizar.
Foi somente em 1914 que foi feita a primeira aplicação residencial do ar condicionado.
Também neste ano, Carrier instalou o primeiro condicionador de ar hospitalar, no
Allegheny General Hospital de Pittsburgh.
4
5
5
6
É possível perceber que a inovação nas tecnologias tem trazido muitos avanços
em relação aos modelos dos aparelhos de ar condicionado. A busca por equipamentos
cada vez mais potentes e econômicos indicam um futuro que visa eficiência e baixo
custo.
6
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7
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8
9
3 METODOLOGIA
9
10
O mês considerado para efeito de cálculo foi o mês de fevereiro, como visto na
Tabela 3.1, e segundo a norma ABNT NBR 16401-1:2008. As condições externas de
temperatura de bulbo seco (TBS) é de 32 °C, e temperatura de bulbo úmido (TBUc)
de 25,3 °C. A frequência anual de 1%. Com condições internas de TBS sendo 24 °C
e umidade relativa (ø) de 50%, conforme norma ISO 7730 (2005) para conforto térmico.
A residência é localizada na cidade de Natal-RN, aproximadamente 10° de latitude sul
(para efeitos de cálculos 10° graus de latitude sul).
10
11
11
12
Nível de
Potência
Local Tipos de iluminação iluminação
dissipada W/m2
[Lux]
Escritórios e bancos Fluorescente 500 16
Fluorescente 17
Lojas Fluorescente compacta 750 23
Vapor metálico 28
Fluorescente compacta 150 9
Residências
Incandescente 30
Fluorescente 1000 21
Supermercados
Vapor metálico 30
Armazéns Fluorescente 100 2
climatizados Vapor metálico 3
Fluorescente compacta 50 6
Cinemas e teatros
Vapor metálico 4
Fluorescente 200 5
Museus
Fluorescente compacta 11
Fonte: NBR 6401-1, 2008
12
13
Com base na Tabela 3.5, o cálculo da carga total devido aos equipamentos é
feito a partir da soma das potências dos equipamentos.
13
14
14
15
Segundo Pita (1998), a carga de insolação pode ser obtida pela multiplicação
da área da parede, pela a insolação (como visto na Tabela 3.8), pelo o coeficiente de
sombreamento, (como visto na Tabela 3.9). Com isso chegamos na Equação 3.9.
𝑄̇ insolação = A * I * C (3.9)
Tabela 3.8 – Valores de insolação em kcal/h para uma latitude de 10º sul.
15
16
16
17
Onde:
“a” Retirado da Tabela 3.11, são necessários os valores de variação da
temperatura exterior em um período de 24 horas e diferença da temperatura às 15
horas para mês considerado e temperatura interna.
“ΔTes” Retirado da Tabela 3.12 são necessários os valores de peso por trecho
de muro, horário. A orientação vai ser o lado de sombra.
“b” Retirado diretamente da Tabela 3.10.
“RS” Retirado da Tabela de insolação, são necessários os valores de latitude,
orientação (norte, nordeste, sul e etc), mês e horário.
“RM” Retirado da Tabela de insolação, como estamos no hemisfério sul,
devemos entrar com os valores de latitude 40°, mês de janeiro e retirar o maior valor
da tabela, variando apenas a orientação.
“ΔTem” Retirado de Tabela 3.13 são necessários os valores de peso por trecho
de muro, horário e orientação.
Cor b
Clara 0,55
Média 0,78
Escura 1,00
Fonte: CARRIER, 1990
17
18
18
19
19
20
Com base na norma NBR 16401, através da carga térmica de calor sensível
local, podemos calcular a vazão mínima necessária para a máquina a ser utilizada.
Para isso, usamos a Equação 3.12 para obter o resultado em m3/h e em seguida
20
21
convertemos o valor para L/s para facilitar a etapa seguinte, que seria a Carga devido
a renovação de ar.
21
22
Vz = Vef / Ez (3.13)
22
23
Configuração da distribuição de ar Ez
Insuflação de ar frio pelo forro 1.0
Insuflação de ar quente pelo forro e retorno pelo piso 1.0
Insuflação de ar quente pelo forro a menos de 8ºC ou mais acima
0.8
da temperatura do espaço e retorno pelo forro
Insuflação de ar quente pelo forro a menos de 8ºC ou mais acima
da temperatura do espaço pelo forro, desde que o jato de ar
1.0
insuflado alcance uma distância de 1,4m do piso à velocidade de
0,8 m/s
Insuflação de ar frio pelo piso e retorno pelo forro, desde que o jato
de ar insuflado alcance uma distância de 1,4m ou mais do piso à 1.0
velocidade de 0,8 m/s
Insuflação de ar frio pelo piso, com fluxo de deslocamento a baixa 1.2
velocidade e estratificação térmica, e retorno pelo forro
Insuflação de ar quente pelo piso e retorno pelo piso 1.0
Insuflação de ar quente pelo piso e retorno pelo forro 0.7
Ar de reposição suprido do lado oposto à exaustão ou ao retorno 0.8
Ar de reposição suprido à proximidade da exaustão ou do retorno 0.5
Fonte: NBR 6401, 2008
Com esses valores calculados, podemos fazer uso da Tabela 3.16 para retirada
do valor de Ev e posteriormente podemos preencher a tabela de renovação.
23
24
Zae máx. Ev
≤ 0,15 1.0
≤ 0,25 0.9
≤ 0,35 0.8
≤ 0,45 0.7
≤ 0,55 0.6
Fonte: NBR 6401, 2008
Caso a vazão calculada para cada um dos três diferentes níveis não supere o
valor adotado pela Portaria 3523 do Ministério da Saúde de 7,5 L/s para cada pessoa
no ambiente, é necessário a realização de um novo cálculo para renovação, assim
como previsto na Equação 3.15.
24
25
A partir do valor encontrado, caso ele seja positivo, faz-se necessário o cálculo
de uma tomada de renovação, e segundo a norma NBR 16401, a velocidade
recomendada para tomada de ar do ambiente exterior é de 2,5 m/s.
25
26
4 RESULTADOS
4.1 SUÍTE 01
26
27
Convertendo de “W” para “kcal/h” e considerando a carga devido aos reatores, temos:
27
28
Para transformar de “W” para “kcal/h” e considerando a carga devido aos reatores,
temos:
𝑄̇ iluminação = 0,86 * 220 * 1,2 = 227,04 kcal/h
𝑄̇ iluminação = 227,04 kcal/h (Esse será o valor considerado por ser o mais crítico
dos três).
𝑄̇ sensível = 65 * Npessoas
𝑄̇ latente = 30 * Npessoas
𝑄̇ sensível = 65 * 0,86 * 4 = 223,6 Kcal/h.
𝑄̇ latente = 30 * 0,86 * 4 = 103,2 Kcal/h.
29
30
30
31
𝑄̇ sensível (infiltração) = 𝑄̇ sensível (infiltração frestas Portas) + 𝑄̇ sensível (infiltração frestas Basculante) +
𝑄̇ latente (infiltração) = 𝑄̇ latente (infiltração frestas Portas) + 𝑄̇ latente (infiltração frestas Basculante) + 𝑄̇ latente
(infiltração frestas Guilhotina)
31
32
32
33
Então:
𝑄̇ Sinsolação = A * I * C
𝑄̇ Sinsolação = 0,807 * 40 * 0,56 = 18.08 kcal/h
𝑄̇ S(insolação) = 18,08 kcal/h
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34
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37
37
38
A Tabela 4.3 contém o resumo das cargas térmicas calculadas para a Suíte 01,
mostrando o total de calor sensível no ambiente.
Vazãomáquina = 2 12,11 m³/h * [(1.000 L / 1 m³) *(1 h/3.600 s)] = 58,92 L/s
Como visto na Tabela 4.2, para os níveis 1 e 2 a vazão calculada pela norma
ABNT NBR 16401 é maior que o valor da portaria 3523 do Ministério da Saúde. Foi
adotado o valor do nível 2, uma vez que como o ambiente deve ser bastante
confortável e a norma não consegue abranger os resultados para o nível 3.
39
40
IDENTIFICAÇÃO DA
IDENTIFICAÇÃO DO RECINTO OU ZONA Z1 – RESIDÊNCIA
ZONA
40
41
E sabendo que:
Temos:
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42
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4.2 SUÍTE 02
43
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Vazãomáquina = 𝑄̇ sensível, local / [0,29 * (Tdesejada – Tinsuflada)] = 1265,735 / [0,29 * (24 – 10)]
Vazãomáquina = 311,76 m³/h
Vazãomáquina = 311,76 m³/h * [(1.000 L / 1 m³) *(1 h/3.600 s)] = 86,60 L/s
Vazãomáquina = 86,60 L/s
44
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4.3 SUÍTE 03
45
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Tabela 4.5 – Resumo total das cargas térmicas para a Suíte 03.
Vazãomáquina = 𝑄̇ sensível, local / [0,29 * (Tdesejada – Tinsuflada)] = 1053,913 / [0,29 * (24 – 10)]
Vazãomáquina = 259,58 m³/h
Vazãomáquina = 259,58 m³/h * [(1.000 L / 1 m³) *(1 h/3.600 s)] = 72,10 L/s
Vazãomáquina = 72,10 L/s
46
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4.4 COZINHA
47
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Vazãomáquina = 𝑄̇ sensível, local / [0,29 * (Tdesejada – Tinsuflada)] = 1546 / [0,29 * (24 – 10)]
Vazãomáquina = 380,79 m³/h
Vazãomáquina = 380,79 m³/h * [(1.000 L / 1 m³) *(1 h/3.600 s)] = 105,78 L/s
Vazãomáquina = 105,78 L/s
48
49
4.5 ESCRITÓRIO
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50
Vazãomáquina = 𝑄̇ sensível, local / [0,29 * (Tdesejada – Tinsuflada)] = 1105,94 / [0,29 * (24 – 10)]
Vazãomáquina =272,40 m³/h
Vazãomáquina =272,40 m³/h * [(1.000 L / 1 m³) *(1 h/3.600 s)] = 75,67 L/s
Vazãomáquina = 75,67 L/s
50
51
4.6 CONSIDERAÇÕES
Tabela 21 – Total de cargas e vazão mínima necessária em cada ambiente da casa a ser refrigerado.
Vazão
Total de carga por ambiente
Ambiente necessária
kcal/h TR BTU/h kW m3/s L/s
51
52
53
54
CONCLUSÃO
54
55
REFERÊNCIAS
ASHRAE, Standard. HVAC and Power section highlights. Engineers Newsletter. V.4.
a.1. 2013.
CARRIER AIR CONDITIONING COMPANY. Split inverter Carrier X-Power. São Paulo.
2014.
55
56
MIDEA, Loja Midea modelo Ar Condicionado Split Springer Midea Inverter 9.000
Btus Frio Disponível em: <mideastore.com.br/ar-condicionados/inverter/ar-
condicionado-split-springer-midea-inverter-9-000-btus-frio/p> Acesso em: 31 Jul. 2018.
MIDEA, Loja Midea modelo Ar Condicionado De Janela Mecânico 7.500 Btus Frio
Disponível em: <mideastore.com.br/ar-condicionados/janela/ar-condicionado-de-
janela-mecanico-7-500-btus-frio/p> Acesso em: 31 Jul. 2018.
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YIN, Robert K. Estudo de caso - Planejamento e métodos. 5ª Ed. São Paulo. 2015.
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ANEXOS
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ANEXO A
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