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OSMAR MARINHO DE SANTANA

F.O.C.C.O.
Um caminho para o sucesso!
Passo a passo de uma consultoria!
Reflexões para felicidade!
Um modelo de sucesso!
1
CARO LEITOR,

Aqui estão os nossos contatos. Após a sua leitura


contate-nos, teremos o maior prazer em interagir
com todos.

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Facebook: luizamarinho@hotmail.com
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Gmail: osmarnatus@gmail.com

Tenha uma excelente leitura!

2
Autor
Osmar Marinho de Santana

Produção
Osmarnatus Consultoria Empresarial

Projeto Gráfico Editorial


Osmarnatus Consultoria Editorial

Diagramação
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Capa
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Revisão
Osmarnatus Consultoria Empresarial

Impressão
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Todos os direitos desta obra são reservados à


Osmar Marinho de Santana Consultoria Empresarial

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AGRADECIMENTOS

À Deus, na pessoa de Jesus Cristo, a quem toda honra, Glória e


louvor, Senhor dos senhores, Mestre dos mestres e
Administrador dos administradores.
Aos meus Pais e meus avós (In memoriam).
À minha esposa Maria Luiza, ou Luiza Marinho como ela tem
sua página no facebook, aos filhos (Gustavo e Moisés), aos
enteados (Janderson, Janara e Vitória), aos netos (Lara Evelyn,
Gabriel, Pedro Heitor e Bento Ricardo), e a todos os demais
familiares e parentes.
Ao amigo e parceiro cultural Nivaldo Moreira (Fundador e CEO
da Morelate Distribuidora de Autopeças), que tem sido um
incansável incentivador das nossas publicações.
Aos meus amigos e irmãos, em especial, Hermes Ribeiro dos
Santos.
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a
concretização desta obra.

“Disse-nos, Jesus Cristo: Vocês não sabem, quanto os compromissos


que Eu gerei, nas vossas vidas, vos guardaram, vos livraram e vos
trouxeram até aqui. ”

Ir. Osmar (Filho da Saudosa Irmã Joana)

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APRESENTAÇÃO

Sinto-me muito lisonjeado em poder fazer a apresentação desta


obra maravilhosa: F.O.C.C.O.

Aos empreendedores, profissionais e estudantes de todas as


áreas que abrangem as formas de negócios, apresento este livro,
que considero uma obra magnifica, deste Autor que considero
meu escritor preferido: Osmar Marinho.

Parabéns! Como te conheço, sei que você foi inspirado por Deus,
para presentear a todos nós com esta obra maravilhosa que traz
três conteúdos: Um caminho para o sucesso, com seus 07
(sete) trechos: Alvos, formas, pontos, sinalizadores,
circunstancias, fases e compromissos. Cada trecho será
representado por ações muito importantes para o sucesso de
qualquer tipo de negócio. Reflexões para felicidade, que é
destrinchado em 40 (quarenta) momentos que vem, com a ajuda
de Deus, trazer as formas de felicidade. Por último, um modelo
de sucesso que reflita numa só palavra: REALIZAÇÃO.

Um grande abraço, sucesso,

Deus abençoe,

Alaércio Antonio da Silva


Bacharel em Direito e empresário

5
6
SUMÁRIO

ABERTURA PRINCIPAL ........................................................


Um caminho para o sucesso
Abertura do conteúdo..............................................................
Trecho 01
Alvos.........................................................................................
Trecho 02
Formas......................................................................................
Trecho 03
Pontos.......................................................................................
Trecho 04
Sinalizadores.............................................................................
Trecho 05
Circuntâncias.............................................................................
Trecho 06
Fases .........................................................................................
Trecho 07
Compromissos...........................................................................
Encerramento do conteúdo.......................................................

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Passo a passo de uma consultoria
Abertura do conteúdo.....................................................................
AÇÃO 01
Definir o Modelo Operacional de atuação (MOA ...........................
AÇÃO 02
Criar e elaborar a planilha Excel de acompanhamento .................
AÇÃO 03
Criar e elaborar a Apresentação Gráfica .......................................
AÇÃO 04
Estruturar fluxograma da rotina diária PASSO A PASSO) ............
AÇÃO 05
Indicar, treinar e efetivar um colaborador ......................................
Encerramento do conteúdo ...........................................................

Reflexões para Felicidade


Abertura do conteúdo ...............................................................
Momento 01
A ajuda de deus ........................................................................
Momento 02
Não é porque eu mereço, é porque Deus é bom .....................

8
Momento 03
O difícil, não é sair e fazer qualquer coisa, é ficar e fazer a
coisa certa ............................................................................
Momento 04
O que tenho feito pelos meus sonhos? ....................................
Momento 05
A vida não é previsível, é projetável .........................................
Momento 06
Com paciência tudo se consegue .............................................
Momento 07
Se alguém falar de mim, para você, pede para ele vir falar
comigo ......................................................................................
Momento 08
As oportunidades não são para todos, são para os que
acreditam e investem ...............................................................
Momento 09
Uma caminhada, jornada, trajetória, nunca começa antes de
darmos o primeiro passo. E nunca termina antes de darmos o
último passo ...............................................................................
Momento 10
Você sabe o que é obediência?...................................................
Momento 11
É preciso saber esperar ..............................................................

9
Momento 12
O maior, melhor e mais belo de todos os diamantes, chama-se:
Minha esposa ..............................................................................
Momento 13
Importa quanto erramos. Mas importante mesmo é quanto
queremos melhorar .....................................................................
Momento 14
A disciplina é essencial para o alcance dos nossos objetivos ....
Momento 15
Desejamos o bem, mas não conseguimos impedir o mal ...........
Momento 16
Para ingratidão, tudo é insatisfatório ...........................................
Momento 17
Eu espero pela inspiração de Deus .............................................
Momento 18
Onde não há conselho, os projetos tornam-se vãos, mas com a
multidão de conselheiros se estabelecem ...................................
Momento 19
Erros acontecem. Mas devem ser corrigidos e não repetidos ….
Momento 20
A vida é uma estrada sinalizada. Siga as placas do seu destino ..

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Momento 21
Planejamento não é um sonho, não é um desejo, tampouco é
uma vontade ................................................................................
Momento 22
O sonho voltou ............................................................................
Momento 23
Superar, é ser grato ....................................................................
Momento 24
Nem tudo que é possível, significa que é provável .....................
Momento 25
Enfrentemos nossos medos, amemos as pessoas .....................
Momento 26
Na prática, a teoria se modifica ...................................................
Momento 27
Cada dia é um dia especial. Cada vida é uma vida especial ......
Momento 28

Mesmo sendo, dos últimos a saber, sejamos, dos primeiros a


fazer ...........................................................................................

Momento 29

O que não se renova, acaba? ....................................................

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Momento 30

O que nos limita, não nos destrói ...............................................


Momento 31

Ao invés de dizermos: não vejo a hora de... vamos dizer: já vejo


a hora de......................................................................................

Momento 32

Você não sabe o quanto ganharia, se ficasse calado .................


Momento 33

Faça o que eu mando, não faça o que eu faço ..........................

Momento 34

O que deixarmos para amanhã, poderá nunca ser feito .............


Momento 35

A coragem não nos impede de termos medo, faz que o


vençamos ....................................................................................

Momento 36

A permissão é de deus. O erro é sempre humano .....................

Momento 37

O mundo conspira para o que é ruim. A vida coopera para o que


é bom ...........................................................................................

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Momento 38

A busca da excelência da qualidade, elimina muitos defeitos ....

Momento 39

Não tenha pressa, tenha planos ..................................................

Momento 40

A liberdade, está após uma porta, chamada perdão, que só abre


com uma chave, chamada humildade .........................................

Encerramento do conteúdo ..........................................................


Um modelo de sucesso

Abertura do conteúdo ...................................................................

Ricardo roldão – só perdemos para nós mesmos .......................


Encerramento do conteúdo ...........................................................
ENCERRAMENTO TOTAL ...........................................................

DADOS BIBLIOGRÁFICOS ..........................................................

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ABERTURA PRINCIPAL

Para tudo na vida precisamos de um modelo. A concepção de um


modelo é, sem qualquer sombra de dúvidas, uma exigência para
cada coisa que existiu, existe e existirá.
A questão é sabermos quais modelos estamos replicando ou
replicaremos ao longo de nossa trajetória. Por mais que haja
pesquisas, estudos, conclusões sobre a origem e existência
humana, todos, sem exceção, somos resultados de modelos que
nos antecederam. Quer seja pessoal, profissional, empreendedor,
empresarial, espiritual, não há como negarmos, somos frutos de
modelos os quais existiram antes de cada um de nós.
Os primeiros modelos que copiamos são nossos pais, que nos
ensinam a replicarmos as coisas sem as quais perderíamos a
condição de raça superior: movimentação e comunicação. Em
seguida, para os que chegam às escolas são os professores e
assim, sucessivamente, vamos constituindo modelos no decorrer
de nossas vidas.
Aqui vamos nos ater aos modelos de negócios e nos negócios.
Como já fora dito há modelos para cada coisa e vamos precisar
construir nossos modelos que por certo replicarão algo já
existente por mais novos ou inovadores que sejam os modelos
que constituiremos.
Em minha opinião, o maior de todos os inventos chama-se:
LÂMPADA ELÉTRICA. Mesmo esta foi concebida para reproduzir
de forma inovadora as tochas, as velas, os lampiões e candeeiros.
Não pretendo, como jamais pretendi, abranger tudo com esta
obra, mas trazer o máximo possível, de forma que abra caminho
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para que cada um, que tenha acesso à mesma, passe a constituir
seus modelos com uma consistência melhor.
Aqui, veremos um caminho para o sucesso, quarenta
momentos de reflexão para felicidade e um modelo de
sucesso.
A pergunta que surge aqui é: o que é sucesso? A nossa resposta
é: realização. Quando conseguimos realizar o que planejamos,
inclusive o próprio planejamento, alcançamos o sucesso.
Vamos começar definindo alvos (principal e secundário), que são
destinos, objetivos, etc. Em seguida, pensaremos que forma
vamos aplicar: natural ou intencional. Há muitos negócios que se
concretizaram sem uma intenção previamente definida do
fundador.
A observação de alguns pontos como conhecimento exterior,
orientação externa e execução parceira vai, sem dúvida, ajudar a
manter o empreendedor na direção certa.
Em todo caminho há, sempre, algum tipo de sinalização, no
caminho para o sucesso não é diferente, precisaremos estar
atentos ao que dizem as pesquisas e o que orientam as
experiências para nos mantermos diligente e resilientemente em
direção aos alvos estabelecidos.
A aparição de obstáculos, barreiras e desafios é certa, como o
nascer do sol todos os dias.
Estabelecermos e cumprirmos metas será a tônica para a
obtenção do êxito em todo tempo.
E por fim a visão da relevância dos compromissos que já deve ter
começado desde o momento em que se acessou esta obra, para
levar até o final não apenas a sua leitura, mas o estudo, o

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reestudo, a aplicação e a reaplicação em busca de resultados
nunca antes atingidos.
Na sequência vamos pensar em felicidade começando pela ajuda
de Deus, passando por reflexões quanto à disciplina, a
obediência, a paciência, a renovação, aos sonhos, a superação,
o perdão, a liberdade, etc.
Por fim, chegamos a um modelo de sucesso que traz uma história
muito inspiradora, de um dos nossos (Brasileiros)
empreendedores, que com certeza nos estimulará a continuarmos
nesse grande e maravilhoso propósito, sonho, missão de
empreender e contribuir com outros.

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OSMAR MARINHO DE SANTANA

UM CAMINHO PARA O SUCESSO

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UM CAMINHO PARA O SUCESSO
ABERTURA DO CONTEÚDO

Traçarmos caminhos tem como finalidade alcançarmos destinos,


que aqui chamaremos de ALVOS. Estabelecer alvos (objetivos) é
a maneira coerente para construção de caminhos. Uma vez
definido os alvos, pensaremos agora nas FORMAS. Caminhos
podem ser formados naturalmente ou intencionalmente, isto
veremos no desenvolvimento deste conteúdo.
Outro componente necessário na preparação de um caminho são
os PONTOS. Vamos precisar observar alguns pontos importantes
no caminho. Teremos ainda, que considerarmos os
SINALIZADORES. Sem uma boa sinalização torna-se mais
ariscado trilharmos qualquer caminho.
Em todo caminho vamos ter que enfrentar e superar as
CIRCUNTANCIAS. Muitos modelos de negócio se perdem por
não conseguirem enfrentar e superar as diversas circunstancias
que são comuns em todo caminho.

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Também, de grande relevância são as FASES. Entender as fases
e agir de acordo cada uma, ajuda sobremaneira a transitar de
forma assertiva todo o caminho.
Por fim, o que consideramos a consolidação do alicerce, da
estrutura e da imagem de qualquer modelo de negócio, são os
COMPROMISSOS.
Todos os trechos do caminho são muito importantes, entretanto,
damos uma ênfase especial aos compromissos.
Que tenhamos um transito satisfatório ao trilarmos este caminho
para modelação dos negócios desejados.

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TRECHO 01
ALVOS

Quando pensamos em constituir um modelo temos que definir de


forma objetiva, clara e consistente qual o alvo principal e quais os
alvos secundários a serem atingidos.
Alvo principal
Por mais que haja a necessidade de sobrevivência, de renda
extra, de realização de um sonho, de aproveitar uma
oportunidade, de exercer uma vocação, de crescimento e
desenvolvimento ou de atingir um propósito, o modelo a ser
constituído não pode deixar de considerar como alvo principal o
cliente.
A primeira pergunta é:
O que é um cliente?
É a pessoa física ou jurídica que precisa e pode adquirir
(potencial), adquiriu (eventual), continua adquirindo (constante)
ou sempre vai adquirir (fidelizado) o seu produto ou serviço.
Cliente Potencial
Este, na verdade, ainda não comprou o produto ou serviço, no
entanto, é o que poderá fazer parte da sua relação de clientes
eventuais, constantes e fidelizados. Podemos dizer que é o
resultado de uma triagem realizada num público alvo geral.
Vamos pensar numa pescaria com rede, em que se está visando
alcançar uma determinada espécie, então a rede é lançada em
lugar provável da existência daquela espécie, entretanto, há
outras espécies naquele mesmo local, porém, ao erguer a rede os
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exemplares que são de espécies não correspondentes, à que se
está buscando, são devolvidos à agua. O mesmo deve ser
aplicado em relação à formação de uma carteira de clientes.

Cliente Eventual
Como a expressão já diz é aquele que comprou o produto uma ou
mais vezes, no entanto, foi um fato tão isolado que não dá para
conta-lo nas projeções de vendas. Poderá ser trabalhado para
tornar-se um cliente constante.

Cliente Constante
Este é o cliente que tem uma certa regularidade e que já pode ser
considerado nas projeções de vendas. Está apto para ser
conduzido ao próximo nível.

Cliente Fidelizado
É o nível top, que além de não trocar a marca ainda a defende e
propaga. Poderá receber incentivos para que cada vez mais
torne-se parceiro da marca.
A segunda pergunta é:
Quais as ações devo tomar para ter, constantemente, clientes
para o meu negócio:
Basicamente, serão necessárias três ações: Atrair – Introduzir –
Manter

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Ação 01
Atrair Clientes
No livro 7 JOÃOZINHOS 7 MARIAZINHAS – TRANSFORMANDO
ATITUDES EMPREENDEDORAS EM SUCESSO, há o conteúdo
CHAMADO PARA VENCER, no qual aborda sobre vendas e nele
está a seguinte afirmação: vender é consequência de anunciar,
apresentar, demonstrar, oferecer, ofertar etc., produtos e
serviços.
Ao olharmos para a afirmação citada vemos três ações de atração
que são: anunciar, apresentar e demonstrar e duas ações de
introdução (oferecer e ofertar). Vejamos a seguir:
Ação 01.1
- Anunciar
Existem diversas formas de anunciarmos um produto ou serviço.
A forma mais eficaz, ainda, é a conhecida e tão falada propaganda
boca a boca. No entanto, para que alguém fale de um produto ou
serviço, precisa conhecer o produto ou serviço. Para isto, o meio
mais objetivo de divulgação ainda é o anuncio, que pode se dar
por vários meios: os tradicionais (folhetos, folders, catálogos,
revistas, comerciais em rádios, televisão, etc.) e os modernos
(Sites, blogs, redes sociais, etc.).
Um dos meios modernos de anunciar um produto é através do
marketing de conteúdo. Inclusive indico um especialista em
marketing de conteúdo no Brasil, meu amigo Rafael Rez, da
www.marketingdeconteudo.com.br

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Ação 01.2
Apresentar
Há produtos e serviços que além de anunciar é necessário fazer
uma apresentação. São produtos e serviços mais complexos que
exigem um detalhamento maior o que só é possível através
apresentação. Normalmente, quem utiliza muito esta forma são
as empresas de marketing multinível. São as chamadas, APN –
Apresentação de Negócios.
Ação 01.3
Demonstrar
Ainda há produtos e serviços, os quais são necessários fazer
uma demonstração, além de anunciar e apresentar. Pois somente
com essa terceira forma é que o consumidor/cliente entenderá as
aplicações do produto ou serviço. Normalmente, as
demonstrações são utilizadas para produtos e serviços novos ou
diferenciados.

Ação 02
Introduzir Clientes
Consideraremos que a introdução do cliente se dá quando o
mesmo realiza a sua primeira compra. Neste momento ele se
configurará como um cliente eventual, pois não tem, ainda,
repetições de compra que o caracterize como cliente constante.
Em outras palavras, introduzir é levar o cliente potencial a realizar
a sua primeira compra. Para isto serão utilizadas as seguintes
ações:

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Ação 02.1
Oferecer
Este é momento de consolidar a decisão de compra pelo cliente.
Após ter feito as ações anteriores necessárias, chega a hora de
conduzir o cliente para o fechamento. Aqui deverão ser aplicadas
perguntas objetivas que levem o cliente a ação de compra.
Ação 02.2
Ofertar
Entenderemos como ofertar, a entrega de valor adicional (ou
valores adicionais) através bônus que reforcem a ação de compra
pelo consumidor/cliente.
Vale ressaltar, que cada uma dessas formas de atrair e introduzir
clientes tem seus próprios fluxos de processo, ou seja, seu passo
a passo.

Ação 03
Manter Clientes
Como tudo na vida, manter clientes, também, é um processo. E
este começa na fase mental da modelação (que veremos na
sequencia deste trabalho) quando pensamos em trazer algo para
o mercado. Além de visarmos atender às necessidades do cliente,
também, teremos o compromisso de atendermos seus desejos.
Para isto precisamos, a cada dia, conhecer melhor nossos
clientes através de um relacionamento personalizado que nos
possibilitará desenvolvermos produtos e serviços que resolvam
suas dores ou que atendam seus anseios.
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Alvos secundários
São todos os outros envolvidos diretamente (empreendedor,
colaboradores, fornecedores, parceiros, etc.) no negócio, mas
que dependem que o alvo principal seja atingido, pois caso
contrário, não alcançarão seus objetivos. Abordaremos mais
sobre estes alvos no TRECHO 07, no passo: compromisso com
as metas.

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TRECHO 02
FORMAS

A MODELAÇÃO pode ser apresentada, basicamente, de duas


formas: NATURAL e INTENCIONAL.

Modelação Natural
É a que acontece ao longo da nossa vida e que vamos
absorvendo pelas influencias causadas pelos contatos que temos
com pessoas, ambientes, situações, eventos, etc. Precisamos
estar atentos, quanto melhores forem as pessoas, os ambientes,
as situações, os eventos, etc. com os quais nos envolvamos,
melhores serão os modelos que replicaremos. O inverso não será
diferente. Quanto piores forem as pessoas, ambientes, situações,
eventos, etc., serão os modelos que replicaremos.
Muitas das nossas aspirações se formam por essas influencias.
Há muitas pessoas replicando modelos que não estão alinhados
com sua vocação, seus gostos pessoais, seus desejos e isto tem
causado muitas frustrações e perda de tempo e outros recursos.
Há muitas pessoas modelando negócios, influenciadas de forma
natural, sem perceberem, o que as tem levado à desistência,
provocando o fechamento desses negócios e criando medo
nessas pessoas em empreender novamente.

Modelação Intencional
No livro 7 JOÃOZINHOS 7 MARIAZINHAS, no conteúdo
ATITUDES EMPREENDEDORAS, aponto algumas intenções que
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levam as pessoas a pensarem na necessidade ou possibilidade
de ter um negócio, o que também as levam a necessidade de
terem um modelo.
Diante das constantes mudanças no mercado como um todo e
principalmente no mercado de trabalho, cada vez mais as
pessoas precisam de alternativas de trabalho e renda. Neste
momento, normalmente, aparecem muitas possibilidades e isto
termina confundindo e levando muitos a decisões infelizes.
A pergunta é: Quem não modelou algo que depois teve grande
trabalho para se livrar daquilo? Acredito que a maioria de nós. Por
isto estou trazendo esta reflexão e algumas dicas embutidas, para
que possamos nos conduzir o mais positivamente possível ao
modelarmos algo.

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TRECHO 03
PONTOS

Na modelação serão observados três pontos: Conhecimento


Exterior; Orientação Externa; e Execução Parceira.

Conhecimento Exterior (Te diz o que e como fazer)


Pode ser para informações e experiências que estão fora da
capacidade do empreendedor e/ou do negócio, para efetivação ou
ajuste de modelos.
Neste caso, o empreendedor poderá buscar estes conhecimentos
e experiências através estudos publicados em revistas, livros,
conteúdo na internet, etc., no entanto, haverá situações que terá
que acessar o segundo ponto.

Orientação Externa (Te diz e mostra como fazer)


Aqui significa que o empreendedor não conseguiu sozinho,
mesmo de posse do conhecimento adquirido (informações e
experiências) citados no ponto anterior, aplicar as possíveis
soluções. Ficaram dúvidas que impediram a aplicação das
medidas necessárias, precisando da orientação direta (presencial
ou online) do agente externo.

Execução Parceira (Faz para você)


Ainda há situações, em que será necessário que a execução seja
realizada por um agente parceiro, pois devido à complexidade do
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problema, para o empreendedor, o mesmo tem que contar com a
parceria, que poderá se caracterizar, também, como
terceirização.
Existem muitas atividades em que a aquisição da habilidade,
demanda tempo e investimentos que atrofiarão o empreendedor
caso o mesmo queira fazer tal aquisição, para implementar o
negócio.
Percebemos, no mercado, muitos negócios que ao serem
modelados incorporaram parcerias em forma de sociedade. Esta
alternativa é aceitável, entretanto, requer um cuidado muito
grande, pois uma vez formalizada a sociedade torna-se complexo
a sua dissolução
Além dos pontos citados há pouco, existe um fator extremamente
importante: a observação.
Para modelarmos algo precisamos conhecer o que vamos
modelar. Essa modelação passa obrigatoriamente pela
observação. Há, pelo menos, dois posicionamentos que
normalmente ocorrem na observação, que são: Posicionamento
Defensivo Necessário e Posicionamento Defensivo Excessivo.

Posicionamento Defensivo Necessário


É natural termos uma atitude de defesa toda vez que nos
deparamos com algo desconhecido.
Existe no mundo dos negócios uma expressão muito conhecida
chamada resistência a mudanças. Tanto o posicionamento

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defensivo necessário quanto o posicionamento defensivo
excessivo são vistos como resistência a mudanças.
Até antes da minha última experiência (2015/2016), que
aconteceu em uma empresa do segmento de autopeças para
veículos pesados, onde atuei como consultor empresarial e
logístico, também via dessa forma, não fazia a distinção aqui
referida, entretanto, após estes nove meses e meio integrais,
pude ter esta ampliação do meu entendimento em relação à
resistência a mudanças.
Há um momento, combinado com uma postura, que podemos
definir como posicionamento defensivo necessário. É na
introdução da possibilidade de mudanças, que normalmente
aquele que receberá o processo de mudança fica numa espécie
de retaguarda, o que é normal, necessitando que aquele que
introduzirá a provável mudança tire a desconfiança do seu
receptor, quebrando as objeções existentes e dando o tempo
necessário para que este receptor absorva as justificativas
apresentadas, evitando leva-lo para o posicionamento defensivo
excessivo.
Posicionamento Defensivo Excessivo
Pode ocorrer por diversos fatores. Vamos abordar aqui, três: Erro
de introdução da mudança, desgaste do receptor ou os dois
juntos.
No nosso livro 7 JOÃOZINHOS 7 MARIAZINHAS, abordamos
sobre implementação e orientamos que haja consulta, informação
e interação, como passos para evitar uma introdução de mudança
desajeitada. Erro na introdução da mudança pode levar o receptor
a um posicionamento defensivo excessivo.
Introdução adequada, é, sem nenhuma dúvida, um passo valioso
para que a mudança seja recebida com êxito. Como isto é
30
possível? Simplesmente, ouvindo, informando e, aí sim,
interagindo.
Ao utilizarmos os passos, consulta, informação e interação,
citados há pouco, além de termos uma introdução bem-sucedida,
vamos detectar se o nosso receptor está apto para mudança ou
se há algum fator de desgaste, seja intelectual, emocional, físico,
etc., o que nos proporcionará a oportunidade de tratar o receptor
e com isto evitarmos o posicionamento defensivo excessivo do
mesmo. Agindo assim, não teremos que enfrentar, de fato, a
resistência a mudanças que se consolida, na maioria das vezes,
quando a introdução é inadequada e o receptor já está
desgastado

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TRECHO 04
SINALIZADORES

Há dois sinalizadores muito importantes que devemos utilizar em


tudo que fizermos que são: pesquisa e experiência.
Antes de abordar sobre os sinalizadores citados acima, quero
fazer uma distinção que considero significativa para tudo na vida,
entre sugestão e decisão.

Sugestão X Decisão
Em todos os processos, sempre vamos nos depararmos com
sugestões de pessoas com as quais temos contato, isto é normal,
como também é normal que aquele que sugere deseje ver sua
sugestão aplicada. É aqui que temos que ter bastante cuidado,
pois não podemos impedir que as pessoas deem sugestões,
porque elas são importantes, mas, também não podemos aplicar
todas as sugestões que recebemos, porque elas podem estar em
desacordo com as decisões que precisamos tomar.
Sugestões não implicam em responsabilidade, ao passo que
decisões sim. É preciso, com sabedoria e humildade, separar
sugestões e decisões para que os processos de modelação não
resultem em sabotagem da modelação.
Agora vamos aos sinalizadores citados, começando por:

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Pesquisa
No conteúdo ADMINISTRAÇÃO PARA TODO TIPO DE
NEGÓCIO, do livro 7 JOÃOZINHOS 7 MARIAZINHAS, abordo
sobre pesquisa. O papel da pesquisa em qualquer fase dos
negócios é nos munir das informações necessárias para as
decisões e consequentes ações que tomaremos. Estas
informações vão confirmar ou não se estamos dando os passos
na direção certa. A pesquisa nos possibilita sondarmos o
passado, o presente e o futuro.
Sondar o passado
Pesquisar o passado, todos sabemos, é levantarmos informações
sobre o que já ocorreu em relação ao que queremos modelar. É
buscarmos o histórico disponível. É necessário estarmos cientes
sobre o que aconteceu com aquilo que pretendemos modelar,
tanto positivo quanto negativo. O positivo para podermos repetir e
o negativo para melhorarmos ou evitarmos, quando for o caso.
Sondar o presente
Pode parecer mais fácil sondar o presente de um negócio, no
entanto é mero engano. Há muitos negócios aparentemente bem-
sucedidos, mas sua realidade contábil é um verdadeiro desastre.
É preciso colher informações, ainda que informalmente, sobre o
real andamento do negócio, o que requer uma cautelosa
investigação, que pode ser feita sondando colaboradores,
fornecedores e até mesmo concorrentes.

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Sondar o futuro
A sondagem do futuro passa por checar as perspectivas quanto
às tendências mercadológicas, tecnológicas, políticas e,
principalmente de mão-de-obra qualificada, etc.
Ao modelarmos algo precisamos equilibrar dois componentes
fundamentais em toda trajetória. São eles: força e fôlego.
Exemplificando: mão-de-obra: iniciante e experiente; prazo: curto
e longo; capital: próprio e de terceiros; vendas: à vista e a prazo;
competências: técnica e prática; liderança: formal e informal;
desempenho: motivado e auto motivado; visão: micro e macro;
concorrência: direta e indireta; comando: ausente e presente; etc.
Em uma caminhada, corrida, num trecho a ser transcorrido a
nado, etc. é necessário força e fôlego, quando um dos dois faltar
o objetivo não será alcançado. Nos negócios não será diferente.
Sem o equilíbrio da força e do fôlego as atividades serão
interrompidas impedido que se atinja as metas e objetivos.
As tendências, são a sinalização na estrada dos negócios. É
preciso estarmos atentos a elas para podermos antecipar
decisões, atitudes e ações que nos darão vantagem competitiva
interna e externa.

Experiência
Definição: Todo conhecimento adquirido através da utilização dos
sentidos. Fonte: Dicionário Online de Português.

Vamos abordar três tipos de experiências: pessoal, profissional e


empreendedora.

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Ao modelarmos, precisamos pensar a experiência, seja pessoal,
profissional ou empreendedora, pelo menos, de dois ângulos: da
experiência adquirida e da necessária.

Da experiência adquirida
Acredito que todos nós já adquirimos algum tipo de experiência
que não tinha, naquele momento da aquisição, nenhum sentido.
Quando o tempo passou, vimos aquela experiência se encaixar
perfeitamente na nossa necessidade e isto foi motivo de grande
alegria. No entanto, o contrário também é uma realidade, ou seja,
muitas vezes temos uma experiência na vida que passamos a
utilizar constante e continuamente e de repente precisamos abrir
mão daquela experiência, nos sentimos frustrados e na maioria
das vezes resistimos, não aceitando a mudança.
Muitas vezes queremos conciliar o que sabemos com o que
vamos realizar e dependendo da oportunidade, isto não será
possível.
Experiência aqui é vivencia prática que necessita ser checada
para verificarmos se não se tornou hábito, ou até mesmo, vício.
Pois caso esta experiência seja desnecessária terá que ser
anulada ao efetivarmos o que foi modelado.
Da experiência necessária
Na modelação ocorrerá a necessidade de experiências
especificas, que dependendo da situação o próprio modelador
terá que as adquirir. Estas experiências são as de aplicação
imediata, pois uma vez que começou a modelar algo as
35
aquisições de novas experiências serão uma constante. Nos
tempos atuais de mudanças tão velozes todos temos de nos
remodelarmos a cada dia.

Experiência pessoal
Há algo extremamente decisivo e determinante na nossa vida que
muitas vezes passa despercebido que são as influencias que
sofremos dos nossos relacionamentos pessoais. Ao modelarmos
temos que estar atentos a estas influencias, pois elas poderão ser
um fator de alavancagem ou de obstrução do processo de
modelação.
Toda nossa experiência pessoal deve ser costurada por uma linha
de mesma cor do tecido chamado relacionamento, que é a linha
chamada interesse mútuo, ocorre que quando não há uma
harmonia entre o tecido relacionamento e a linha interesse mútuo
a costura tende a romper e com isso o propósito, que é a
apresentação de um modelo bem-sucedido, termina não sendo
alcançado.
Familiares, parentes, amigos, colegas de trabalho, de escola,
vizinhos, etc., são influenciadores pessoais e podem nos
impulsionar como também nos travar. Muitas vezes de forma
inconsciente um, ou mais, desses influenciadores emitem suas
opiniões e até apresentam atitudes que não estão de acordo com
os rumos e destino do nosso processo de modelação.
.

36
Experiência profissional
A experiência profissional pode ocorrer, basicamente, de duas
maneiras: formalizada e não formalizada.
Experiência profissional formalizada
Sabemos que é através do trabalho voluntário, estágio ou
emprego. Mesmo que esta experiência não seja diretamente na
área que se estar modelando, será útil para o processo de
modelação. Em toda experiência profissional teremos que praticar
valores, entre os quais estão os citados no livro 7 JOÃOZINHOS
7 MARIAZINHAS, como humildade, respeito, lealdade, paciência,
obediência, dignidade, simplicidade, determinação, coragem,
cooperação, honestidade, serenidade, superação e
responsabilidade.
Experiência profissional não formalizada
Há muitos negócios existentes que começaram por uma
experiência não formalizada. O importante é a aquisição de
saberes práticos que nos auxiliarão na concretização dos nossos
próprios modelos ao longo da nossa trajetória, quer seja pessoal,
profissional ou empreendedora.

Experiência empreendedora
Por mais que o ser humano tenha evoluído, há coisas que não
deixaram e não deixarão de existir. Duas delas são o cultivo de
alimentos (agricultura) e a criação de animais (pecuária).
A partir de um determinado tempo, três atividades se
consolidaram como básicas da ação de empreender, que são:
comercial, industrial e de serviços.

37
Independente do modelo que você estabeleça terá que negociar,
ou seja, vender sua mercadoria, produto ou serviço. No livro 7
JOÃOZINHOS 7 MARIAZINHAS, há o conteúdo CHAMADO
PARA VENCER que trata sobre vendas, considero uma boa
recomendação de leitura para quem deseja modelar algo.
A experiência empreendedora, também, pode se dá por dois
meios: informal e formal.

Experiência empreendedora informal


Mesmo após, no nosso país, ter sido instituído o MEI -
Microempreendedor Individual, ainda tem muitos
empreendedores iniciando suas atividades empreendedoras
como informal. Alguns por falta de informação, outros por não ter
convicção dos rumos da atividade, entre outros motivos. Ter
alguma experiência empreendedora é muito importante, no
entanto, é aconselhável que o empreendedor se formalize o mais
breve possível, pois estará se protegendo de diversas formas.

Experiência empreendedora formal


Tanto a experiência empreendedora informal quanto a formal
podem ocorrer, basicamente, de duas formas: Direta e Indireta
Direta
Acontece quando o empreendedor é o dono do negócio
(entendendo aqui, que o sócio minoritário também é dono).

38
Indireta
É a que ocorre quando se assume uma função de gerenciamento
em algum negócio. Normalmente o gerente é aquele que
responde pelo negócio na ausência do dono, tendo que tomar
atitudes relativas ao dono do negócio, fazendo assim, muitas
vezes o papel do empreendedor.

39
TRECHO 05

CIRCUNSTÂNCIAS

Obstáculos - Barreiras – Desafios

Obstáculo

É aquele grande buraco que você encontra na estrada e que


precisará de PRUDÊNCIA. Pois quando se deparar com ele, você
poderá diminuir a velocidade, parar o carro, pedir que todos
desçam e com cuidado passar pelo buraco evitando o pior, que
seria bater no buraco, danificar e até mesmo capotar o carro,
trazendo, ás vezes, consequências irreparáveis ás pessoas e ao
veículo.

Barreira

É aquela terra que rola do monte, morro ou montanha, e obstrui


totalmente a estrada. No entanto, com a COOPERAÇÃO, todos
resolvem conseguir ferramentas e equipamentos (pás, enxadas,
carrinhos de mão, etc.) e juntos arregaçam as mangas e removem
aquela terra, onde, após isto, não somente aquele grupo, mas
todos que passam por aquela estrada têm seu percurso
desobstruído e limpo.

Desafio

É aquela montanha que você encontra no caminho e que você


precisa escalar. Como você não é alpinista, terá que enfrentar seu
medo, quase desespero, e com CORAGEM vencer o desafio
escalando a montanha e alcançando o seu objetivo.

40
Enfim, a PRUDÊNCIA superou o obstáculo; a COOPERAÇÃO
eliminou a barreira; e a CORAGEM venceu o desafio.

41
TRECHO 06
FASES

Como todas as coisas, modelar, também, segue um fluxo, ou


passo a passo. Este passo a passo, vamos chamar de fases da
modelação, que, basicamente, são: mental e atitudinal.

Fase Mental
Há algum tempo atrás fiz um curso de oito horas e tive um
problema de saúde no qual não consegui ficar no local, mas uma
expressão eu guardei: pensamentos geram sentimentos que
geram comportamentos. Essa expressão me ajudou em muitos
momentos, pois passei a ter mais cuidados com os meus
pensamentos já que sabia que os mesmos iriam produzir meus
sentimentos e consequentemente meus comportamentos.
A pergunta necessária aqui é: o que alimenta a fase mental?
É possível afirmar que a fase mental é alimentada por coisas que
ouvimos, vemos, lemos, participamos, etc., então temos que ter
cuidado, pois é a partir disto que vamos está gerando nossos
modelos.
Aqui vai um exemplo: quando escrevi o meu primeiro conteúdo
ADMINISTRAÇÃO PARA TODO TIPO DE NEGÓCIO estava
trabalhando para uma empresa, preparando a mesma para
certificação e tinha encontrado o livro gerenciando sem recorrer
a soluções paliativas, do Ralph Killman, e terminei influenciado
pelos resultados que estávamos obtendo com a aplicação da
experiência, conhecimentos e informações adquiridos, como

42
também do novo conhecimento que estava adquirindo com o livro
citado.
No cotidiano, muitas vezes, fica difícil evitarmos certos ambientes,
situações, pessoas, etc., o que nos leva a introduzirmos, na nossa
mente, coisas que poderão nos influenciar, tanto positiva quanto
negativamente. Devido a isto precisamos triar nossos
pensamentos e focarmos naqueles que, de fato, estão de acordo
com o que é o melhor modelo para nós. Para isto vamos
implementar um processo que chamaremos de: Sintetização do
pensamento.
A sintetização do pensamento deverá ser feita em duas bases: a
verbal e a escritural.
Base Verbal
Esta é uma parte do processo de sintetização do pensamento
muito importante, pois consiste em atendermos uma necessidade
que todos temos, que é falar sobre o que pensamos e aqui
teremos que desenvolvermos uma capacidade de não dizermos
tudo para todos. Vamos precisar escolher as pessoas com as
quais dividiremos nossos pensamentos relativos ao que
queremos modelar.
Vale ressaltar que a verbalização pode ser falada ou escrita.
Posso colher informações, sugestões, instruções, etc., tanto
numa conversa direta quanto por e-mail ou outro meio escrito
qualquer.
Uma das formas de sabotarmos nossos processos de modelação
é falarmos para pessoas inconvenientes. Por isso precisamos ser
cuidadosos ao nos referirmos sobre aquilo que intencionamos
modelar.

43
As pessoas convenientes não são as que vão concordar conosco,
mas as que nos dirão o que precisamos saber, seja favorável ou
desfavorável ao nosso interesse, desde que seja algo coerente,
claro, consistente, etc. que contribua construtivamente para a
sintetização do pensamento.
Base escritural
Há muito tempo, trabalhei com um Gerente muito competente que
sempre me dizia: cabeça não é lugar para se guardar nada.
Chega um momento do processo de sintetização do pensamento
que precisaremos escrever, anotar, registrar, etc., o que estamos
pensando e falando, para quando voltarmos a pensar naquele
assunto não ficarmos dependente da memória, principalmente
nesses tempos de tanta informação e mudança rápida dos
eventos.
Existem duas coisas extraordinárias que nos ajudarão
sobremaneira a sintetizar o pensamento através da escrituração,
que são: histórico e história.
Base escritural como histórico
Será uma descrição fria dos pontos, em ordem sequencial, dos
pensamentos que estamos obtendo relativos ao modelo em
questão. Normalmente, esta descrição começará pela ideia:
montar um modelo X. Então, começamos a buscar as respostas
às diversas perguntas, entre as quais, estão:
O que montar?
Exemplo: Uma academia de ginástica.
Quando pretendo iniciar?
O que vou precisar?
De quem vou precisar?
44
Quanto vou precisar investir?
Quanto tempo pode levar?
Qual retorno quero ter?
Etc.

Base escritural como história


Aqui você vai se fazer as mesmas perguntas, no entanto sem a
frieza do tópico anterior. Aqui você vai precisar acrescentar em
cada pergunta mais duas perguntas e responde-las, que são:
porque e para que? Isto vai ocorrer da seguinte forma:
O que montar?
R.: estive caminhando neste bairro e notei que há uma carência
de academia de ginástica. Vi muitas pessoas se deslocando até
para outros bairros para se exercitarem. Acredito que a instalação
de uma academia em um ponto centralizado deste bairro pode
atrair muitas pessoas e trazer para elas bastante comodidade,
reduzir a perda de tempo com deslocamento e gerar economia de
recursos com combustível e passagens, além de dar mais
segurança aos que vão de bicicletas, pois não terão que se
deslocar para lugares mais distantes.
Esta é a fase mental, até aqui você está sintetizando o
pensamento para a partir disto poder tomar atitudes, caso se
considere preparado para isto.

Fase atitudinal
Após ter lido, e de preferência estudado, 7 JOÃOZINHOS 7
MARIAZINHAS – TRANSFORMANDO ATITUDES
45
EMPREENDEDORAS EM SUCESSO e considerado cada tópico
deste conteúdo, acredito que é o momento de começar a tomar
atitudes.
No livro citado acima trazemos três atitudes que consideramos
importantes para alcançarmos o sucesso: assumir riscos,
enfrentar responsabilidades e buscar resultados. Aqui vamos
trazer mais duas, também, muito importantes: Estabelecer metas
e cumprir metas.

Estabelecer metas
Todos sabemos que metas são passos em direção a um objetivo.
Ao decidir modelar um negócio teremos que estabelecer esses
passos e começarmos a caminhar em direção ao nosso modelo.
Para isto, as metas terão que ser, basicamente: pontuais,
quantificadas e datadas.

Metas pontuais
A pontualidade de uma meta visa atingir um ponto específico, que
não deixa espaço para desvio de direcionamento. Ela tem que ir
do ponto de partida até o ponto de chegada de forma bastante
clara e específica. Vejamos o exemplo a seguir.
Para uma meta anual de fidelização de 1200 clientes. Temos que
fragmentar esta meta para as quantidades mensais, semanais e
diárias. Sendo que a meta mensal, são 100 clientes, a meta
semanal, são 25 clientes e a meta diária, 5 clientes.
Todos os outros pontos relacionados a esta meta terão que
acompanhar a mesma proporção, ou seja, se para cada cliente
fidelizado precisamos de, por exemplo, 5 clientes introduzidos,
46
então, a nossa meta de introdução passa a ser a seguinte: meta
anual, 6000 clientes, mensal, 500 clientes, semanal, 125 clientes
e diária, 25 clientes.
Sucessivamente, se precisarmos, para cada cliente introduzido,
de, por exemplo, 5 clientes atraídos, então, a meta de atração
passa a ser: anual, 24000, mensal, 2000, semanal, 500 clientes e
diária, 100 clientes. Ilustrando:
Meta diária semanal mensal anual
Atração 100 500 2000 24000
Introdução 25 125 500 6000
Fidelização 5 25 100 1200

Metas quantificadas
No exemplo apresentado vemos a quantificação da meta,
seguindo paralela com à pontualidade.
Vale ressaltar que na prática haverão oscilações de resultados e,
consequentemente, de valores, daí a importância da
fragmentação da meta, pois através da mesma será possível
corrigirmos os rumos dos resultados, mantendo-os na direção
projetada.
Metas datadas
Estabelecer datas para o atingimento das metas, proporciona o
acompanhamento eficaz dos resultados.
É necessário enfatizar que a data de partida, ou seja, o início da
busca da meta tem a mesma importância que as datas
intermediarias e a data final. Esse é o processo conhecido como
cronograma.
47
Em suma, para tudo que formos realizar vamos precisar
estabelecer metas e o mais importante, cumpri-las. É o que
veremos a seguir.
Cumprir metas
Pensamos que alcançarmos objetivos é um fim em si mesmo.
Entretanto, a partir deste momento descubro que não, que tudo
se torna um começo. Mesmo o fato de um dia morrermos, nós
cristãos, entendemos que ali é o começo da espera pelo dia da
ressureição.
A semente precisa morrer para germinar. O cordão umbilical
precisa ser cortado para a vida se iniciar. Quando alcançamos um
objetivo, que um dia foi um sonho, um desejo, ou uma vontade,
chegamos a um ponto de reinicio.
Sonhamos em ter um negócio e quando alcançamos isso, começa
uma nova jornada. Quando alcançamos uma meta começa uma
nova etapa. Então, estamos lutando sempre pelo começo de algo,
isto é maravilhoso. Daí que nossos objetivos têm que ser os
melhores possíveis, pois eles serão a continuidade de nossas
vidas e, por certo, das pessoas que nos cercam. Como já
sabemos as metas são a divisão desses objetivos em partes as
quais teremos maiores condições de alcança-las, por se tornarem
passos, pois não se faz uma caminhada com apenas um passo,
pois isso não seria uma caminhada.
Não paramos parar pensar, mas nossa agenda diária é a mais
perfeita lista de metas que temos, então precisamos estar mais
conscientes na formulação dessa agenda. Precisamos identificar
os intrusos invasores, aqueles que penetram de forma sorrateira
na nossa agenda contaminando nossos pensamentos que se
tornarão nossos sentimentos e por certo nossos comportamentos,
como já fora apontado em outro momento desse trabalho, tirando

48
nosso foco do que realmente importa, do que realmente vai fazer
a diferença nos nossos resultados, sejam eles quais forem, ou
seja, de ordem familiar, pessoal, profissional, empreendedora,
espiritual, etc.
Neste ponto já estamos avançados, pois já passamos pelo
estabelecimento das metas e agora precisamos cumpri-las, este
agora é o nosso grande desafio.
No próximo tópico vamos falar de algo extraordinário para
alcançarmos tudo que nos referimos e mesmo para o que não nos
referimos. Algo que, sem dúvida, é a chave sem a qual não
trilharemos os trechos aqui apontados. Continue lendo e
descobrirá do que estou falando e poderá tirar suas próprias
conclusões, se não é, realmente, indispensável o próximo e último
trecho que trataremos neste trabalho.

49
TRECHO 07
COMPROMISSOS

Todos os dias vamos nos deparar com estes dois elementos: o


que queremos fazer (vontades) e o que devemos fazer
(compromissos). Ocorre que muitas vezes os dois vão entrar em
choque, pois teremos vontades opostas aos compromissos e vice-
versa. Nessa hora surge a necessidade de tomarmos uma
decisão e precisaremos escolher entre vontades e compromissos.
Um fator a ser considerado é que vontade é algo incontrolável. Ela
vem e vai quando bem quer, enquanto compromisso,
normalmente tem um prazo determinado. Quando a vontade
surge de um compromisso, torna-se mais fácil mantermos o
compromisso, entretanto quando o compromisso surge da
vontade, corremos o risco da vontade ir embora e ficar o
compromisso.
Para mantermos um compromisso em que não há mais a
presença motivadora da vontade precisaremos praticar a
disciplina. Só estabelecendo uma conduta disciplinar é que vamos
poder reagir positivamente às situações em que a nossa vontade
é contrária ao compromisso.
Há sete compromissos, os quais precisaremos assumir
diariamente para garantia de uma modelação de alto impacto, que
são: Com o modelo de negócio, com as metas, com os métodos,
com as ações, com as avaliações, com os méritos e com as
melhorias.

50
01 – Compromisso com o modelo de negócio

O compromisso com o modelo de negócio é o F.O.C.C.O. (Fluxo


Operacional Constante Contínuo Objetivo) que devemos dar.
Devemos assumir, basicamente, os compromissos de:
Tempo
Trabalho
Investimento

Aplicar TEMPO (próprio ou de terceiros), TRABALHO (interno ou


externo) e INVESTIMENTOS (dinheiro ou crédito) é, sem dúvida,
relevante para o alcance do sucesso em qualquer área de
negócios. Até aqui não há nenhuma novidade. A intenção deste
trecho não é apresentar novidades, mas levar cada um de nós
que empreendemos ou queremos empreender algo, a uma
utilização mais objetiva, produtiva, assertiva, conclusiva, etc., dos
fatores tempo, trabalho e investimentos.
É possível afirmarmos que, a combinação adequada no uso
destes e de outros fatores, como os que trataremos nos próximos
tópicos, pode aumentar a capacidade competitiva, e por que não
dizermos, também, cooperativa, no mercado.
Estamos tratando, de forma geral, de um caminho para
modelarmos um negócio, um produto/serviço ou, mesmo, um
processo.
Podemos ter um negócio e querermos modelar um
produto/serviço, um processo, ou mesmo, um novo negócio.

51
Podemos não ter nenhum negócio e querermos modelar um, o
que nos fará modelar, também, o produto/serviço e os processos.
Aqui precisaremos montar e resolver a equação: RD=TE+TR+IN.
Onde, RD é igual a Resultado Desejado, TE é igual a tempo, TR
é igual a trabalho e IN é igual a investimento.
Nos conteúdos ADMINISTRAÇÃO PARA TODO TIPO DE
NEGÓCIO e CHAMADO PARA VENCER, do livro 07
JOÃOZINHOS 07 MARIAZINHAS – TRANSFORMANDO
ATITUDES EMPREENDEDORAS EM SUCESSO, apresento dois
enfoques distintos para o fator tempo. O primeiro enfoque trata
da liderança do tempo, onde abordo administração,
aproveitamento e restrições do tempo. O segundo enfoque trata
da disponibilidade de tempo para alcançarmos os resultados de
vendas: Resultado Mínimo e Projeções de resultados. Aqui
começamos a desdobrar a aplicação do tempo.
Temos, no primeiro conteúdo citado acima, cinco áreas, as quais
precisaremos aplicar tempo que são: humana, financeira,
material, mercadológica e tecnológica. Cada uma dessas áreas
se desdobram em atividades comerciais, industriais e/ou de
serviços, que geram funções administrativas e operacionais.
O fator tempo deverá ser combinado com o fator trabalho. Um dos
grandes desafios de todo negócio é equilibrar a aplicação do
tempo com a aplicação do trabalho. É neste momento que entra
o fator qualificação. Quando a aplicação do trabalho não está
qualificada para realização da tarefa, compromete o fator tempo.
Exemplificando: Como já dissemos, todo negócio necessita
exercer a função de vendas. Normalmente, o empreendedor não
está apto para vender, alguns inclusive, ficam apavorados só em
ouvir a palavra vendas. Isto tem sido um ponto crítico para o
sucesso de muitos negócios. Por outro lado, encontramos muitos
empreendedores que não estão qualificados para cuidar da parte
52
administrativa do negócio. Em qualquer dos casos, o negócio vai
sofrer, até que a deficiência esteja sanada.
Quando o empreendedor não dispõe de tempo ou de qualificação
para atender a necessidade do negócio, ele terá que contratar
outras pessoas, neste momento, além do investimento que ele já
fez na estrutura material do negócio terá que fazer na contratação
de mão-de-obra, seja própria ou terceiros.
Em função disso, podemos reafirmar que o compromisso com o
modelo de negócio levará o empreendedor à busca incansável de
resolver cotidianamente a equação RD=TE+TR+IN.
Encontrar a porção certa para cada componente da equação
(tempo, trabalho e investimentos) será o diferencial que
manterá, alavancará e escalará o modelo de negócio.

02 - Compromisso com as metas

Quando pensamos em modelar um negócio, um produto/serviço,


ou mesmo um processo, temos que pensar em dois tipos de
públicos: o comprador e o fornecedor.
O público comprador (cliente), como todos sabemos, é o que paga
pelas suas aquisições, quer seja para seu uso (consumidor) ou
para repassarem para outros (revendedor, distribuidor, fabricante,
presenteador, etc.). Deste, já nos referimos no trecho 01: ALVOS.
O público fornecedor é o que recebe pelo que oferece (produtos,
serviços, mão de obra, etc.). Tanto um quanto outro é
representado por pessoas.
Além do compromisso que o empreendedor deve ter com as
metas de qualidade e produtividade, deve ter, ainda, um
53
compromisso especial com as quatro metas seguintes: Atrair
Pessoas, Introduzir Pessoas, Manter Pessoas e, o mais
desafiador, Alinhar Pessoas.
Atrair Pessoas
A partir do advento da internet, com seus mecanismos de buscas,
as formas de atração de pessoas tornaram-se bastante amplas.
Seja pelos meios tradicionais ou modernos de atração (atração
digital), o que vai prevalecer é a real performance (desempenho)
do negócio.
Quando o negócio cria uma imagem de oásis, baseada em uma
forte reputação real, isto, por si só atrai todo tipo de pessoas. O
que o negócio precisará ter, nesse caso, é uma forma de separar
pessoas necessárias de pessoas desnecessárias e trabalhar as
duas, de modo a transformar as pessoas necessárias, em
introduzidas e as pessoas desnecessárias, quando possível, em
necessárias.

Introduzir Pessoas
A partir do momento que o empreendedor começa a modelar seu
negócio, também, começa a necessitar de pessoas. A
participação de pessoas, no negócio, poderá se dá de duas
maneiras: Colaborativa e Remunerativa.
Participação Colaborativa
Todo processo de participação, em um negócio, sempre se inicia
pela colaboração. Ao utilizarmos o sinalizador PESQUISA na
modelação, estamos introduzindo, na maioria das vezes, pessoas
de forma colaborativa. A maior parte das pesquisas realizadas,
quer seja, pelo meio digital ou pessoal, são de participação
gratuitas dos pesquisados.
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Quando utilizamos os meios adequados de levantamento de
informações, conseguimos introduzir pessoas valiosas, de
maneira colaborativa, no negócio.
Então, podemos afirmar que a capacidade de interação tem papel
fundamental na constituição de modelos desejados. Num mundo
cada vez mais competitivo, a colaboração, ou seja, a entrega
gratuita de produtos e serviços em forma de bônus, tem se
tornado um diferencial para os negócios. Tudo depende da
capacidade Inter relacional e interativa dos negócios através das
pessoas que o compõem.
Como já dissemos, anteriormente, esse fenômeno acontece em
função da busca do interesse mútuo, que consideramos a linha
de mesma cor do tecido chamado relacionamento.
A qualidade de uma decisão está diretamente ligada à qualidade
da informação. Uma informação inadequada pode sabotar uma
decisão e agravar o nível de risco de um negócio a ponto de
provocar a sua insustentabilidade.
A introdução de pessoas com um nível de responsabilidade
acentuado, torna-se uma ação protecional, das mais relevantes,
na modelação de qualquer negócio.

Participação Remunerativa
Após o momento colaborativo, seja para introdução de um
fornecedor (produto/serviço), funcionário, parceiro, sócio, etc.,
chega o momento remunerativo. A partir daqui passa a existir uma
contrapartida financeira, em que as partes se disporão por um
lado e se obrigarão por outro, em contratos formais e informais,
que sustentarão a participação.

55
Sendo o mercado, como tudo que permeia as relações humanas,
um processo dinâmico e complexo (Ralph Killman), a
permanência saudável dessa participação passa a ser o desafio
continuo e constante (Deming) do relacionamento empreendedor.
Isto, veremos a seguir.

Manter Pessoas
Como já temos dito, vamos reafirmar: pessoas representam todas
as coisas, quer seja na vida, quer seja nos negócios.
Representam o alicerce, a estrutura e a imagem dos negócios.
Toda mudança, que afeta as pessoas, que constituem um
negócio, pode mexer no alicerce, na estrutura e na imagem dos
negócios. Entretanto, as probabilidades e possibilidades de
mudanças são uma realidade, em função da dinâmica e da
complexidade existente nos mercados. Os parceiros,
profissionais, fornecedores, etc. estão o tempo todo expostos aos
contatos do mercado que visa, também, atrai-los, introduzi-los,
mantê-los e alinha-los em suas organizações. Então, só resta um
passo que precisa ser dado com total maestria que é o
alinhamento.
Alinhar Pessoas
Após atrair, introduzir, manter, chega o momento de alinhar as
pessoas. Esse alinhamento vai se dar levando-se em conta tudo
que veremos nos compromissos a seguir, ou seja, com os
métodos, ações, avaliações, méritos e melhorias e com tudo que
já vimos até aqui.
Uma das coisas que dificultam, quando não impedem, o
crescimento e desenvolvimento dos diversos modelos de negócio,
sem dúvida, é a baixa capacidade de alinhamento das pessoas.

56
Exemplificando: um negócio desenvolve um ótimo produto,
excelentes processos, uma campanha agressiva de divulgação,
mas, a sua equipe de atendentes tem uma baixa automotivação,
isto, termina desfazendo todo trabalho anterior desenvolvido. Esta
baixa automotivação é considerada um desalinhamento que
precisa ser detectada a causa e eliminada, para que a equipe em
questão seja alinhada e, consequentemente, elimine-se a perda
de recursos, recuperando, dessa forma, o crescimento e
desenvolvimento do negócio.
A começar pela pessoa do empreendedor, todos precisam
sentir-se atraídos, introduzidos, mantidos e alinhados pelo
modelo de negócio, este será o constante e continuo desafio
do negócio como um todo.

03 - Compromisso com os métodos

Para tudo, há um método. Métodos, são sequências de passos


que damos em direção a algo. Aqui vamos focar os métodos como
estratégicos, táticos e operacionais.
Métodos Estratégicos
Existem diversas maneiras para metodificar uma estratégia,
particularmente, vamos tratar de uma que tenho aplicado e que
tem trazido resultados muito satisfatórios. Refiro-me a criação de
programas.
Exemplificando: em uma determinada empresa tínhamos, em
uma das filiais, uma inadimplência acima do índice desejável,
daquela organização e fomos incumbidos de reduzir o nível
daquele índice. Ao invés de, simplesmente, estabelecermos uma
cobrança mais eficiente e eficaz, criamos o PROGRAMA DE
57
RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO. A partir disto, foi possível, não
somente cobrar e receber as dívidas atrasadas, como reintegrar
os inadimplentes recuperados ao cadastro de clientes ativos da
empresa.
A efetivação do programa melhorou significativamente a
qualidade da concessão de crédito e do recebimento da carteira
de cobrança corrente.
Ao estabelecermos um programa como método estratégico,
trazemos junto os métodos táticos e operacionais, os quais
veremos a seguir.
Métodos Táticos
Como ação tática do programa citado, há pouco, desenvolvemos
planilhas eletrônicas atualizadas, automaticamente, conforme os
dias excediam o vencimento, de acordo com a taxa de correção
acordada nos boletos. Além das informações financeiras, as
planilhas traziam, também, outras informações adicionais, que
possibilitavam uma melhor análise e interação entre o programa
de recuperação e o inadimplente.
Métodos Operacionais
Aqui vou trazer um texto encontrado na internet, o qual achei
muito interessante.

Os métodos operacionais do Metrô/SP


J.D. Brito

Não há quem não se encante com o Metrô de São Paulo,


particularmente no que se refere a ordem, limpeza,
frequência e pontualidade, requisitos básicos exigidos
pelos usuários. Mas tal encanto tem um custo e uma razão
58
de ser. O custo é altíssimo: um km. de metrô pode custar
100 milhões de dólares. Além dos custos de construção,
tem os custos de operação e manutenção. Quanto custa
uma escada-rolante? E a segurança?

Em princípios da década de 1970 eu trabalhava lá, e


vendo a montagem de tantas escadas, questionei com
meu chefe:
- “Seishun, isso não é um luxo!? Se tivéssemos menos
escadas rolantes, não poderíamos fazer mais linhas e
estações com estes recursos? ”
- “Poderíamos, mas as estações não teriam condições de
evacuar todos os passageiros no tempo que precisamos
para operar toda a linha”. Foi a resposta curta e grossa,
pois japonês não gosta de falar muito.

A razão de ser são os procedimentos adotados na


implantação do Metrô, um novo meio de transporte. Nem
tão novo, pois surgiu em meados do século XIX, primeiro
que o automóvel; e, mesmo em São Paulo, já havia planos
de implantá-lo desde primórdios do século passado. Mas
não é desse atraso que queremos falar. Falemos de hoje:
o Metrô de São Paulo é um dos menores do mundo, mas
é o que o transporta mais passageiros por km. de linha
em todo o mundo.

Em 1973 fui contratado para organizar o arquivo


técnico do Departamento de Métodos Operacionais-OMT.
Ficava na Rua Vergueiro, no Centro de Controle
Operacional, um edifício muito moderno até para os dias
atuais. Creio que foi o primeiro a utilizar vidros espelhados
como “parede externa” na cidade de São Paulo. O
Departamento contava com cerca de 160 funcionários,
dos quais metade eram estagiários de diversas áreas.
59
Eram tantos estagiários, que, o lugar em certas ocasiões
tinha um “ar” de campus universitário. O estudante
entrava lá e ficava lendo os manuais técnicos durante
meses antes de começar a trabalhar efetivamente em
algum projeto.

Para completar o “ambiente universitário”, o OMT


tinha como uma das funções elaborar os manuais técnicos
para operar o Metrô, que seria inaugurado em 1974. Era
uma verdadeira editora, uma fábrica de manuais de todos
os tipos: de operação e de manutenção do trem, escadas
rolantes, sistema elétrico, ventilação, bloqueios (sistema
de arrecadação), iluminação, supervisão de estações,
estacionamento (pátio), terceiro trilho (alimentação
elétrica) etc. Dali saiam mais de 50 títulos de manuais
para serem entregues ao Departamento de Operação-
OPE, e daí aos operadores de cada sistema. Para realizar
esse trabalho, o OMT contava com uma sólida estrutura
montada em três subdivisões: OMT-C, responsável pelo
controle operacional, particularmente a parte
eletroeletrônica; OMT-P responsável pela produção de
novos equipamentos, arquitetura e comunicação visual e
OMT-O responsável pela edição e atualização dos
manuais. O resultado final de todo o trabalho não era
apenas a feitura dos manuais. Tinha também, como
missão, estabelecer os parâmetros de qualidade
operacional em todo o sistema metroviário.

Enquanto “editora”, fica evidente que a matéria-prima


principal utilizada pelo Departamento era a informação.
Não foi por outra razão que se fez necessário organizar
um Arquivo Técnico, logo transformado em “Centro de
Informações Técnicas”, o CITOMT, como passou a ser
chamado. Em pouco tempo o setor constituiu-se numa
60
ponte entre os funcionários do OMT e a Biblioteca, que
ficava na sede da empresa, na Rua Augusta. O volume e
a variedade de material arquivado passaram a ser
utilizado, também, por outros departamentos da Gerência
de Operações-GOP. Além de organizar os documentos e
estudos feitos pelo departamento, o CITOMT realizava
pesquisas bibliográficas sobre temas de interesse dos
técnicos e novas tecnologias necessárias à operação.

Certa vez Seishun me perguntou qual era a melhor


biblioteca de telecomunicações no Brasil. Verifiquei e
encontrei a Biblioteca do ITA-Instituto de Tecnologia
Aeronáutica, em São José dos Campos. Era preciso
instalar a telefonia móvel nos trens e não tínhamos
conhecimento tecnológico sobre os sistemas modernos,
de última geração, que o Metrô requeria. Fui até o ITA
com a missão de só voltar quando achasse alguns artigos
e relatórios técnicos sobre o que de mais novo houvesse
sobre o assunto. Fiquei hospedado nas instalações do
próprio ITA por 3 dias, vasculhando a Biblioteca o dia
inteiro. À noite, passava um “pente fino” nas publicações
encontradas, procurando especificar melhor o assunto
procurado. Voltei com 128 artigos, relatórios, estudos-de-
caso, etc. sobre telefonia móvel aplicada a sistemas
metroviários.

Outro caso sobre pesquisa de informações ocorreu


com um estagiário que me procurou para encontrar um
artigo que fornecesse todas as informações sobre o
funcionamento “ótimo” de um pátio de estacionamento.
Segundo ele, o artigo deveria conter tudo, mas tudo
mesmo, que não pode faltar num pátio moderno. Na
dificuldade de encontrar o tal artigo, fui conversar com o
engenheiro supervisor do estagiário para me inteirar
61
melhor do que ele queria. Fui informado que foi pedido ao
tal estagiário que pesquisasse todos os componentes
utilizados e sistemas adotados na organização de um
pátio moderno. Com o assunto “operação de pátios” em
mente, encontrei 34 artigos e estudos sobre o tema e
entreguei ao estagiário. Ele, de olhos arregalados na pilha
de copias de artigos, reclamou:
- “Mas eu queria apenas um artigo que contivesse todas
as informações sobre o pátio ótimo”.
- “Bem, talvez você tenha que escrever esse artigo a partir
da leitura do que você tem aí”. Foi o que pude responder
ao estagiário preguiçoso.

Este relato ficaria capenga para as pessoas que


trabalharam no OMT, se não fosse acrescido de algumas
linhas sobre o ambiente de trabalho reinante no
Departamento. Uma das coisas que prevalecia no local era
que não havia distinção de tratamento entre os
estagiários e os engenheiros; entre o pessoal
administrativo e os supervisores técnicos; entre as chefias
e os subordinados. O que prevalecia era um ambiente
amigável e cordial entre todos. Para se ter uma ideia do
nível de amizade entre os funcionários, todos os dias
algumas turmas se juntavam na hora do almoço para
comer fora, determinados pratos, não importando a
distância. Naquela época ainda não havia cartão de ponto
e, vez ou outra, chegávamos atrasados para o período da
tarde. Nunca ninguém foi repreendido por isso, pois o
trabalho não feito à tarde era complementado à noite.
Esse hábito de comer juntos em restaurantes especiais,
ficou tão marcado no pessoal, que mesmo depois que o
OMT foi extinto (1976), boa parte continuou se
encontrando para um jantar de confraternização ao final
do ano. Em dezembro do ano passado, 32 anos depois,
62
conseguimos reunir uns 30 amigos em torno da mesa,
alguns deles ainda trabalhando no Metrô.

Foi desse modo que o Metrô de São Paulo foi


construído, e este relato é de um ex-funcionário
alinhavando a memória na intenção de quem sabe, algum
dia, tenhamos a história do Metrô contada por quem a fez.
Está dada a partida neste espaço que dispomos aos
interessados.
___________________
José Domingos de Brito
Bibliotecário fundador do Sindicato dos Bibliotecários;
organizador da obra “Mistérios da criação literária” e
editor do site Tiro de Letra, trabalhou no OMT no período
de outubro/1973-novembro/1975.

A cada repetição da aplicação de um método, vamos nos


aperfeiçoando e os resultados tendem a ser cada vez
melhores.

04 - Compromisso com as ações

Estabelecer uma programação (cronograma) para executar as


ações, é um passo determinante para consolidar o compromisso
com as ações. Entretanto, muitas faltas vão se apresentar para
sabotar as realizações, ou seja, o fazer. Entre estas, podemos
citar três, que tentarão nos impedir de agirmos. São elas: falta do
saber, falta do gostar e/ou falta do querer.

63
Falta do saber
A falta de conhecimentos, informações e experiências
necessários em momentos oportunos tende a obstruir nossas
ações. No entanto, poderá ser suprida por três alternativas citadas
no TRECHO 03 - PONTOS, que são: conhecimento exterior,
orientação externa e execução parceira.

Falta do gostar
O talento, a vocação, o dom, são fatores que facilitam o
aprendizado e a aplicação de habilidades em qualquer área da
atividade humana. Ocorre que, ao modelarmos algo,
inevitavelmente, vamos nos deparar com ações que não
combinam com nossos talentos, vocações e dons. Então,
precisaremos nos predispormos a praticarmos ações contrárias
aos nossos gostos, até que possamos dispor de outrem para
realização de tais ações.
Falta do querer
Há uma expressão que diz: querer é poder. Ao modelarmos algo
vamos ter que desenvolver poder mesmo com a ausência do
querer. Em várias situações, teremos que contrariar nosso querer
para atendermos, o querer do que estamos modelando.
Superarmos a falta do saber, do gostar e do querer,
separadamente, é algo exigente. Entretanto, vencermos as três,
juntas, considero o ápice da superação. Ao assumirmos um
compromisso com as ações, estaremos criando uma força
poderosa, para realização das mesmas.

64
De nada adiantará termos um modelo, metas e métodos e
pensarmos em avaliações, méritos e melhorias se não
tomarmos as ações necessárias.

05 - Compromisso com as avaliações

Quando um negócio enxerga a necessidade e pode contratar um


Consultor Empresarial (Coach, Mentor, etc.) tem a oportunidade
de se conectar com algo extraordinário que é o diagnóstico. O
diagnóstico situacional é uma avaliação geral da organização de
forma imparcial. Tal ação leva a organização a pensar sobre algo
que muitas vezes não tem o devido tratamento que são as
avaliações de desempenho e resultados dentro das organizações.
Resultado e desempenho estão diretamente ligados. Avaliar o
desempenho e os resultados, proporciona acompanharmos
friamente os acontecimentos, sabermos onde estamos acertando
e onde estamos errando e podermos corrigir os rumos na direção
certa, entre outras vantagens.
As organizações que desenvolveram um compromisso com as
avaliações desde o seu início, conseguiram formar equipes
sólidas, pois as avaliações são a base para aplicação do
compromisso com os méritos (próximo tópico).
Uma organização pautada em um sério compromisso com as
avaliações, pode reconhecer e recompensar os méritos, não
somente dos seus clientes, alvo principal, mas, também, dos
colaboradores, fornecedores, parceiros, etc., de forma justa, o que
resulta em um alinhamento extraordinário, que culmina numa
fidelização excepcional.

65
A busca do adequado alinhamento entre desempenho e
resultados contribui significativamente para uma trajetória
saudável do negócio.

06 - Compromisso com os méritos

Há, basicamente, duas formas de mérito (merecimento):


Reconhecimento e Recompensa. Não há como aplaudir um
desempenho negativo nem como vaiar um desempenho positivo.
Quando o desempenho é adequado espera-se um
reconhecimento satisfatório, seguido de uma recompensa
motivadora.
As afirmações acima, nos levam a necessidade empreendedora
de resolvermos a seguinte equação: SA=RE1+RE2, onde, SA,
significa SATISFAÇÃO, RE1, significa RECONHECIMENTO, e
RE2, significa RECOMPENSA.
Esta é uma equação, aparentemente, simples. No entanto, em
muitos modelos de negócio não é resolvida de forma a alavancar
e escalar estes modelos. Tanto o alvo principal (Clientes), quanto
os alvos secundários (Empreendedores-Titular e Sócios,
Colaboradores, Fornecedores, Parceiros, etc.), precisam ser
alcançados pela aplicação adequada da equação acima.
Elogios, indicações e recomendações são as formas mais comuns
de reconhecimento.
Aumentos salarias, mudanças de cargos, participação nos
resultados, etc. são formas de recompensas.

66
A satisfação, que se torna combustível motivador e auto
motivador, depende, diretamente, de se encontrar a medida certa
para cada fator da equação.
O compromisso com todos os méritos (do Cliente, do
Empreendedor, do Colaborador, do Fornecedor, Do Parceiro,
etc.), de forma equilibrada, estabelece uma trajetória
saudável para qualquer modelo de negócio.

07 - Compromisso com as melhorias

Como já foi mencionado anteriormente, uma das formas de


estabelecermos um compromisso, seja com o modelo, com as
metas, com as melhorias, com ações, com as avaliações, com os
méritos e, sem dúvida, com as melhorias, é a criação de
programas. No livro 07 JOÃOZINHOS 07 MARIAZINHAS –
TRANSFORMANDO ATITUDES EMPREENDEDORAS EM
SUCESSO, desenvolvemos um conteúdo chamado PROANIMO
– PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO NIVELAMENTO E
MELHORIA ORGANIZACIONAL, baseado num programa de
melhoria implementado em uma das empresas que fizemos
consultoria.
No programa referido trazemos três ciclos, que são:
COMUNICAÇÃO – IMPLEMENTAÇÃO – RENOVAÇÃO.
Utilizamos este conteúdo como base para criação de um
programa de arrumação de estoque para preparação de uma
empresa para receber a certificação e hoje a mesma encontra-se
certificada com certificação ISO-9001.
O compromisso com as melhorias não é mais uma
necessidade do negócio, mas, uma exigência do mercado,
67
para garantir a sobrevivência dos novos modelos de
negócios e a manutenção e crescimento dos negócios já
consolidados.

Após nos referirmos de forma bastante sucinta sobre esses sete


(07) pontos, vamos trazer, como conclusão deste trecho, uma
alternativa que aplicada corretamente pode ajudar a consolidar o
sucesso nos diversos tipos de negócios: Três (03) passos para o
êxito nas oportunidades e O CIRCULOGRAMA DO FOCCO DOS
COMPROMISSOS.
Os três passos para o êxito nas oportunidades, são: conhecer,
investir e compartilhar.
Conhecer
Temos uma convicção muito forte de que um dos fatores que
tornam tão desastrosos os resultados no aproveitamento das
oportunidades é o conhecimento inadequado. Aqui vamos expor
o conhecer em três níveis: da informação, do conhecimento e da
experiência.
No nível da informação, é o conhecer por ouvir falar. Muitos
empreendedores têm tentado aproveitar oportunidades que
conheceram porque alguém lhe falou, sem sequer verificar o
conhecimento daquele que está apresentando a oportunidade. Na
maioria das vezes o apresentador da oportunidade é tão pouco
informado quanto o seu prospecto (a pessoa que está sendo
chamada para o negócio).
No nível do conhecimento, é quando lhe foi mostrado a
oportunidade funcionando, agora não é somente por ouvir falar,
mas também por ver acontecer, no entanto, ainda falta o terceiro
nível que vai fazer com que você, empreendedor, possa ter um
68
referencial mais concreto para, não somente iniciar, mas
permanecer por longo tempo aproveitando a oportunidade, é o
que veremos a seguir.
No nível da experiência, é quando o próprio empreendedor faz
acontecer. Nesse nível é importante verificar as possibilidades de
fazer essa experiência dentro de riscos calculados. O que
chamamos de riscos calculados são os riscos em que o
empreendedor compromete apenas pequenas porções de
investimentos de forma que vá ganhando confiabilidade na
oportunidade. Toda vez que alguém traz uma oportunidade e
tenta forçar a participação de maneira extremada e imediatista as
chances dessa oportunidade ser uma cilada são muito grandes.
Quando um cego guia outro cego, a tendência é que os dois
passem por situações embaraçosas. Para que isto não aconteça
precisaremos ir para o segundo passo, observando as formas que
serão apresentadas.

Investir
Este passo pode ser dado, basicamente, de três formas:
independente (sem auxílio de um Consultor, Coach, Mentor, etc.),
auxiliada e mista.
Na forma independente, é quando o empreendedor estará
depositando a sua confiabilidade em si mesmo, na qual
dependerá das informações, conhecimentos e experiências
próprios, ou seja, na sua própria preparação.
Essa forma normalmente acontece quando o empreendedor está
migrando da posição de profissional para a posição de
empreendedor, mesmo assim, tem áreas que o mesmo não
domina e precisa estar atento para isto.
69
Na forma auxiliada, é quando o empreendedor irá contar com
ajuda de profissionais, empresas, etc. que o auxiliará trazendo
informações, conhecimentos e experiências que o empreendedor
não dispõe para aproveitamento da oportunidade.
Aqui, o que vamos alertar é para o cuidado de o empreendedor
não estar acessando uma oportunidade em que ele foi induzido
por falsos profissionais, que é o que mais tem no mercado.
Na forma mista, é quando o empreendedor irá investir nas duas
formas, simultaneamente. Independente, no que domina e,
auxiliada, no que não domina.
Após ter dado esses dois passos, o empreendedor irá para, o que
hoje é a realidade do mercado, o compartilhamento. Tudo hoje
passa pelas redes e o caminho inevitável, que antes era chamado
de boca a boca, hoje chama-se celular a celular (smartphone,
notebook, tablet, etc.). Então, vamos ao terceiro e último passo.
Compartilhar
Aqui, vamos colocar três modos: orgânico, publicitário e misto. O
modo orgânico é o compartilhamento gratuito, normalmente, são
utilizadas as redes sociais e profissionais. O modo, que
chamamos, publicitário, é o modo pago, que é feito através de
anúncios, principalmente, nas redes sociais, mas, também, utiliza-
se outros meios, como sites, blogs, canais, etc. O modo misto é a
utilização dos dois modos anteriores usados simultaneamente, o
que é mais praticado.
O ponto que devemos destacar é que tanto no modo orgânico
(gratuito) quanto no modo publicitário) pago, é necessário a
criação de conteúdos que agradem o público que se deseja
alcançar.

70
A partir do surgimento e expansão da internet o marketing
também se expandiu e surgiram mais três formas que são
aplicadas atualmente e que, a cada dia, vão se tornando
imprescindíveis para a estruturação, manutenção e,
principalmente, consolidação dos negócios, que são conhecidas
como marketing digital, marketing de rede (multinível, de
relacionamento) e o marketing de conteúdo.

71
O CIRCULOGRAMA DO FOCCO DOS COMPROMISSOS está
representado na figura a seguir:

Esta foi a forma encontrada para demonstração do sétimo e último


trecho do caminho: COMPROMISSOS. Tudo que fazemos está
representado em ações, quando entendemos e procedemos
seguindo o F.O.C. C. O. (Fluxo Operacional Constante Contínuo
Objetivo), tendemos a modelar algo fora da caixa, fora da curva,
extraordinário.

72
UM CAMINHO PARA O SUCESSO
ENCERRAMENTO DO CONTEÚDO

Modelar algo é um processo que deve ser constante, contínuo e


objetivo. Após definir o alvo principal e os alvos secundários,
relativos ao modelo desejado, o empreendedor precisa trabalhar
as formas.
Sendo a modelação intencional, a forma predominante, também
será intencional, no entanto, paralelamente, vai ocorrer o
processo de modelação natural, o que é normal. Apenas, se faz
oportuno separar a influência desejável da indesejável.
A aplicação dos pontos apresentados no caminho da modelação,
também deve ocorrer dentro das necessidades reais. Muitas
vezes, vemos negócios utilizando conhecimento exterior,
orientação externa e, até mesmo, execução parceira de forma
inadequada, o que desestabiliza o compromisso com o modelo,
com as metas, com os métodos, com as ações, com avaliações,
com os méritos e com as melhorias.
A pesquisa, assim como, a experiência, como sinalizadores, têm
que ser acessados na proporção adequada da necessidade, de
cada momento organizacional.
O caminho cheio de circunstâncias, como vimos, proporciona ao
modelo exercitar valores que contribuirão para o aperfeiçoamento
do negócio.
Tratar as fases, observando os critérios apontados, vai direcionar
o negócio para atingir os alvos com uma precisão cirúrgica.
Tudo isso, assumindo os compromissos já abordados e
considerando os momentos de reflexão que vem a seguir, assim
73
como o modelo referencial de sucesso citado na continuidade
deste livro, bem como outros exemplos de sucesso que estão
disponíveis nas diversas plataformas na internet, contribuirão
para consolidação de modelos desejados com uma perspectiva
extraordinária de sucesso.
Acredito que o caminho apresentado em seus sete trechos,
possibilitou uma visibilidade mais clara para modelação de
negócios desejados.

74
OSMAR MARINHO DE SANTANA

PASSO A PASSO DE UMA


CONSULTORIA

75
PASSO A PASSO DE UMA CONSULTORIA
ABERTURA DO CONTEÚDO

Caro leitor, algo muito interessante aconteceu e estarei relatando


neste breve conteúdo.
Após começar a distribuir o original deste livro tive a oportunidade
de comentar um vídeo do canal motivação grid, canal que
acompanho e, inclusive, cito neste livro e tive a grata surpresa de
receber uma resposta muito interessante da pessoa que aparece
naquele vídeo, que é o Coach Iradj Eghrari. Então, enviei o original
do livro para ele e recebi o seguinte email:
Caro Osmar!

Parabéns pelo excelente trabalho! Três obras em uma, na realidade! Um


caminho para o sucesso! Reflexões para felicidade! Um modelo de sucesso!

Ainda assim, creio que seria muito interessante que você descrevesse um
caso atual da aplicação do seu modelo de “Um caminho para o sucesso”
como uma descrição didático-pedagógica, passo a passo, o que ajudará a
mais e mais pessoas e empresas se interessarem pela sua experiência.

Talvez você já tenha isto pronto e eu estou chovendo no molhado! Mas creio
que vale dar o exemplo da aplicação passo a passo. É a famosa “prova de
conceito” ( veja em https://pt.wikipedia.org/wiki/Prova_de_conceito )

Em função dessa preciosa sugestão estarei relatando nas


próximas linhas uma experiência real da aplicação do F.O.C.C.O.
(Fluxo Operacional Constante Contínuo Objetivo) em uma das
empresas que realizei o processo de consultoria.

76
Antes quero aqui acrescentar que o F.O.C.C.O. já acontece em
toda organização que está em atividade. O que queremos com o
conteúdo é apresentar este processo na forma literária.
Para demonstrar a aplicação do F.O.C.C.O., será usado um
roteiro que chamaremos de: DE AÇÃO EM AÇÃO.

Vamos descrever uma intervenção que foi intitulada PROGRAMA


DE REDUÇÃO DE ITENS NÃO ATENDIDOS.
Normalmente, nas organizações, os gestores, os executores e
alguns dos stakeholders (ver figura),

conhecem o problema, no entanto, em muitos casos,


desconhecem a (s) causa (s) e alternativa (s) de solução. Neste

77
momento é que entra a participação do Consultor (Coach, Mentor,
etc.). A seguir começaremos o desenvolvimento do nosso roteiro.

78
AÇÃO 01
Definir o Modelo Operacional de Atuação (MOA)

Uma vez que o problema já era conhecido e que já havia algumas


ações isoladas para resolve-lo, surgiu a oportunidade de assumir
o primeiro compromisso que é o compromisso com o modelo,
que neste caso era um compromisso operacional de atuação.
Aqui a empresa assumiu o compromisso de tempo, trabalho e
investimentos. Pois a mesma teve que utilizar o tempo, o
trabalho e custo (investimento) de um profissional consultor para
concretizar esta aplicação.
O setor financeiro gerava, diariamente, uma planilha em que
constavam os pedidos não atendidos (Itens Riscados). Até
então, como já mencionado, um profissional do setor de compras
fazia um levantamento e acertava os itens mais críticos de forma
esporádica. A partir da definição da aplicação do modelo
operacional de atuação, já referido, passamos a fazer a aplicação
F.O.C.C.O. do modelo citado.

79
AÇÃO 02
Criar e elaborar a planilha Excel de acompanhamento

Todos os dias o consultor recebia a planilha gerada pelo setor


financeiro e transferia para a planilha a seguir que fora criada para
o levantamento, acerto e acompanhamento do estoque.

CONTAGEM PARA INVENTÁRIO


EST
N° COD INT COD FABRICA END SIST FIS EST SIST DIFERENÇA AJUSTE C
1 068661 3843207050R-9 PD11-D2 6 68 -62 OK 16
2 023262 3843207050 PD-24B8 995 859 136 OK 16
3 023263 3843207050-9 PDP 11C4 66 88 -22 OK 16
4 009214 2RH498628-99 PF 3 4 -1 OK
5 009216 2RH498628M PF07-E1 70 70 0 OK
6 009218 2RH498628X PF-P6B2 51 48 3 OK
7 009212 2RH498628 PFS225B1 40 36 4 OK
8 009215 2RH498628K PFS225C1 6 6 0 OK
9 009213 2RH498628-9 PFS225C4 2 2 0 OK

Ficou estabelecido o novo modelo operacional de atuação, mas


devido não haver uma confiabilidade da direção para que fosse
feito o acerto no sistema os itens acertados na planilha acima
continuavam sujeitos a não serem atendidos em função da
divergência existente entre o físico e o sistema.
Para que fosse estabelecido um compromisso com as metas
que já estavam sendo atingidas, em parte, foi necessário gerar

80
uma documentação, que garantia transparência e segurança às
operações realizadas.
A partir da geração dessa documentação ficou consolidado,
também, os métodos operacionais, os quais a mesma
documentação estabelecia e garantia o compromisso com os
métodos.

81
AÇÃO 03
Criar e elaborar a apresentação gráfica
A partir daqui inserimos a apresentação gráfica a seguir, que
mostrava visualmente uma avaliação das operações que estavam
sendo realizadas.
Aqui fica estabelecido o compromisso com as avaliações. Pois
a partir do momento que passamos a fazer e encaminhar esta
apresentação gráfica para os demais setores e para a direção da
empresa tivemos que manter esta apresentação atualizada
mensalmente o que consolidou o compromisso com as avalições.

RESUMO FEVEREIRO/2016 - 19 DIAS

714

545

447

165
98

RISCADOS REPETIDOS A ACERTAR ACERTADOS PENDENTES

82
RESUMO - MARÇO/2016 - 22 DIAS

647

505

425

142
80

RISCADOS REPETIDOS A ACERTAR ACERTADOS PENDENTES

RESUMO - ABRIL/2016 - 20 DIAS

564

467
402

93 69

RISCADOS REPETIDOS A ACERTAR ACERTADOS PENDENTES 83


RESUMO - MAIO/2016 - 20 DIAS

578

426
379

159
46

RISCADOS REPETIDOS A ACERTAR ACERTADOS PENDENTES

RESULTADOS ALCANÇADOS (em 04 meses)


1943 itens verificados. Quase 500/mês;
São acertados 1653 itens; Média de mais de 400/mês;
Riscados caem de 714 para 578. Redução de mais de 20%;
As pendências caem de 98 para 46. Mais de 50% de queda.

84
AÇÃO 04
Estruturar fluxograma da rotina diária (PASSO A PASSO)
85
A definição da rotina diária em um fluxograma (passo a passo)
torna-se determinante para a consolidação da próxima ação
(transferir a continuidade do processo para alguém da
organização), vejamos a seguir:
PASSO 01
Verificar e-mail para confirmar recebimento de planilha enviada
pelo setor financeiro;
PASSO 02
Transferir dados para planilha de acompanhamento, após
confirmação de recebimento. Caso não houvesse recebimento,
era feito contato com setor financeiro para cobrar planilha;
PASSO 03
Imprimir planilhas por Piso (Setor do estoque);
PASSO 04
Visitar os Pisos (Setores) para verificação física (contagem do
estoque). Obs.: sempre que era constatado divergência se fazia
uma nova contagem com a presença de um colaborador do Piso
(Setor);
PASSO 05
Lançar informação de verificação (contagem do estoque) no
sistema;

PASSO 06
Emitir documento de Inventário Rotativo gerado no sistema;

86
PASSO 07
Pegar assinatura do Líder do Piso (Setor do estoque), no
documento de Inventário Rotativo;
PASSO 08
Arquivar documento de Inventário Rotativo; e
PASSO 09
Fazer e encaminhar a Apresentação Gráfica, mensalmente.

87
AÇÃO 05

Indicar, treinar e efetivar um colaborador


Após a aplicação do Modelo Operacional de Atuação (MOA) para
redução do índice de itens riscados, usando a planilha Excel de
acompanhamento e a apresentação gráfica e tendo estruturado a
rotina diária chegou o momento de indicar, treinar e efetivar um
colaborador para dar continuidade ao Programa de Redução de
Itens Riscados.
Aqui tivemos a oportunidade de colocar em ação o compromisso
com os méritos. Para chegarmos aos resultados, neste modelo
operacional, foi necessário passarmos por duas etapas
anteriores: DIAGNÓSTICO SITUACIONAL e aplicação de outro
programa que chamamos de PROGRAMA de ARRUMAÇÃO de
ESTOQUE.
Ao implementarmos o programa de arrumação de estoque
tivemos que formar uma equipe exclusiva de arrumação e foi
desta equipe que indicamos, treinamos e efetivamos um
colaborador, para assumir a continuidade da execução do
programa de redução de itens riscados, como forma de
reconhecimento pelo seu bom desempenho.

PASSO A PASSO DE UMA CONSULTORIA


88
ENCERRAMENTO DO CONTEÚDO

Esta consultoria foi realizada em uma empresa com 30 anos de


mercado, cerca de 200 colaboradores, em sua matriz, tendo mais
07 filiais, um estoque com mais de 50.000 itens cadastrados,
sendo considerada o segundo maior parque de peças de veículos
pesados da américa latina, onde seu fundador é o CEO.
Entre o DIAGNÓSTICO SITUACIONAL, a implementação do
PROGRAMA de ARRUMAÇÃO do ESTOQUE e a implementação
do PROGRAMA de REDUÇÃO de ITENS RISCADOS, foram
nove meses e meio integrais de consultoria, com dedicação
exclusiva.
Falamos de compromisso com modelo de negócio, seja um
novo negócio, um novo produto, um novo processo, uma nova
ação, etc.
Falamos de compromisso com as metas, métodos,
avaliações, méritos e agora vamos falar de dois compromissos
que restaram que são: compromisso com as ações e
melhorias.
Tudo, absolutamente, tudo se consolida pelas ações e avançam,
crescem, se desenvolvem pelas melhorias e com este conteúdo
não foi diferente.
Como está declarado na abertura deste conteúdo, o mesmo
surgiu da ação de um comentário e se concretizou após uma
resposta, que também foi uma ação, do comentário referido a um
vídeo.
Não tenho nenhuma dúvida de que a recomendação, do Coach
Irajd Eghari, de apresentar uma prova de conceito, já referido

89
anteriormente, torna este livro mais significativo para quem o
acessar.
O próximo conteúdo REFLEXÕES PARA FELICIDADE, traz a
possibilidade de equilibrarmos SUCESSO E FELICIDADE.

OSMAR MARINHO DE SANTANA

90
REFLEXÕES PARA FELICIDADE

“A preparação de Deus um dia chega. ”


Ir. Cícero Lourenço da Silva

91
REFLEXÕES PARA FELICIDADE
ABERTURA DO CONTEÚDO

Nas próximas páginas, teremos 40 (quarenta) momentos de


reflexão. Acredito que cada uma, dessas reflexões, servirá como
balizador dos pensamentos, ao trilharmos o caminho rumo a um
modelo bem-sucedido.
Há uma diversidade de assuntos que serão tratados nestas
reflexões. Assuntos muito oportunos para manter os
pensamentos ativos e positivos, bloqueando, dessa forma, o
surgimento de pensamentos negativos que não desistem de
tentar se instalarem em nossas mentes.
Começaremos refletindo sobre a ajuda de Deus, passaremos pela
gratidão, sonhos, paciência, oportunidades, melhoria, disciplina,
desejos, inspiração, conselhos, correções, sinais, planejamento,
superação, possibilidades, probabilidades, amor, prática,
cotidiano, conhecimento, sabedoria, renovação, declarações,
silêncio, exemplo, prudência, coragem, permissão, cooperação,
qualidade, planos e terminaremos pela humildade, perdão e
liberdade.
As nossas decisões, atitudes e ações podem se tornar muito
melhores se pensarmos antes de agirmos. A reflexão é a melhor
maneira de chegarmos a pensamentos e soluções excelentes.
Que possamos aproveitar as reflexões a seguir para construirmos
pensamentos, sentimentos e comportamentos de qualidade, que

92
contribuam para uma vida melhor, não somente nos negócios,
mas em todas as demais áreas.

MOMENTO 01
93
A AJUDA DE DEUS

Nesta reflexão não vou falar sobre livros, mas gostaria de


compartilhar um pensamento sobre a ajuda de Deus.
O pensamento de que Deus não nos ajuda a seguirmos na
direção errada. Muitas vezes, fazemos coisas e elas não dão
certo, porque quando nós perdemos a ajuda de Deus, muitas
coisas simples se tornam complicadas, muitas coisas fáceis se
tornam difíceis. Mas, também, há o outro lado, pois quando
estamos indo na direção errada, recebemos a ajuda do lado
contrário, para alcançarmos coisas.
No entanto, quando estamos indo na direção certa, mesmo as
coisas que não dão certo vão nos levar ao destino que desejamos.
Então, hoje, gostaria de deixar esse pensamento sobre a ajuda
de Deus, nas nossas vidas, pois com a ajuda de Deus nós
vencemos todas as coisas.

MOMENTO 02
NÃO É PORQUE EU MEREÇO, É PORQUE DEUS É BOM

Hoje pude levantar e contemplar mais um dia. Pude ver mais um


nascer do sol.
Todos, que estamos lendo ou ouvindo esta reflexão podemos nos
enquadrarmos neste contexto. O autor da vida, a cada dia, nos
dar as oportunidades, possibilidades, e as probabilidades de
escrevermos, juntos com Ele, a nossa própria história. Que coisa
maravilhosa sabermos que somos coautores da nossa própria
história.

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O roteiro já foi dado, os capítulos e as cenas, estão dispostos,
porém, agora entra a nossa atuação. Temos autonomia para
mudarmos, no entanto, se o fizermos contrário ao que o soberano
e excelente Autor da vida, nos direcionou, podemos nos desligar
da sua boa, perfeita e agradável vontade.
Quando escrevia esta reflexão, neste exato momento, recebi a
notícia de que um ente querido havia nos deixado, nesta
madrugada. Quero aqui externar meus sentimentos e dizer que
este ente querido não mais poderá ler ou ouvir este texto, mas nós
continuamos aqui e devemos ter, não somente a
responsabilidade, mas o compromisso, de gerarmos frutos
positivos, para que quando não mais estivermos aqui, as
sementes que restarão dos nossos bons frutos, possam continuar
gerando bons frutos.
A vida é um presente. Que possamos a cada dia a valorizar.

MOMENTO 03
O DIFÍCIL, NÃO É SAIR E FAZER QUALQUER COISA, É
FICAR E FAZER A COISA CERTA

Quando nos sentimos pressionados e não vemos uma saída,


tendemos a jogar a toalha, ou seja, desistirmos ou trocarmos
nosso objetivo por uma coisa qualquer. Nestes momentos
precisaremos de uma dose extra de valores como humildade,
paciência, perseverança, etc., para nos mantermos sob as
pressões e de forma sábia e inteligente, as superarmos.
Em muitos momentos, como os que estamos nos referindo, tive
vontade de agir da forma errada, mas um dos antídotos, quero
dizer, remédios, que usei foi visualizar o que ocorreria depois e
95
conclui que em tudo vamos ter os momentos de pressão e se não
aprendermos a suporta-los e supera-los, vamos passar a vida
como um fugitivo de pressões.
No livro 7 JOÃOZINHOS 7 MARIAZINHAS, trago três situações
que nos desafiam, que são quando precisamos enfrentar
responsabilidades desagradáveis, inesperadas e inoportunas. As
desagradáveis são as que não queremos fazer e precisamos
fazer, por exemplo: quando passamos uma determinada tarefa
para alguém e nos desabituamos de executar aquela tarefa,
quando por algum motivo esse alguém não pode realizar a tarefa
e volta para nós, normalmente ficamos aborrecidos, e algumas
vezes perdemos, pois não cedemos e deixamos a tarefa sem ser
executada. Outras, são as inesperadas, que são aquelas que nos
pegam de surpresa e não estamos preparados, até passar a
insatisfação, tendemos a reagir de forma áspera com as pessoas
envolvidas na situação. E por fim, as situações inoportunas,
coisas que temos que realizar hoje, mas os benefícios só virão no
futuro, não sabemos lidar com isto, também.
Muitas vezes enfrentamos um terremoto, para evitar um pequeno
transtorno, que poderia ser resolvido com um pouco de
humildade, paciência, perseverança, etc.

MOMENTO 04
O QUE TENHO FEITO PELOS MEUS SONHOS?
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Todos nós crescemos sonhando com muitas coisas. Sonhamos
com uma vida cultural evoluída. Uns sonham em ser médicos,
outros em ser advogados, engenheiros, professores, dentistas,
escritores, e por aí a fora.
Sonhamos com uma vida familiar: casar, ter filhos, viajar, etc.
Sonhamos com uma vida profissional, empreendedora,
empresarial: ter um bom emprego, ter um negócio próprio, ter uma
empresa bem sucedida, etc.
Hoje, o que tenho feito pelos meus sonhos? Será que estou
avançando? Será que vou desistir? Quais sonhos já alcancei?
Tenho valorizado as minhas conquistas ou tenho esquecido?
Estou alimentando meus sonhos ou tenho alimentado a
desesperança? Quero dizer que estou prestes a realizar mais um
sonho, não o maior de todos eles, pois quando realizá-lo não
estarei mais aqui, estarão as lembranças, o que eles chamam de
legado.

MOMENTO 05
A VIDA NÃO É PREVISÍVEL, É PROJETÁVEL

É possível afirmarmos que a vida não é previsível, baseados na


palavra que diz: o futuro pertence a Deus. No entanto, fomos
dotados da capacidade de, não somente projetarmos algo, como
também, planejarmos os passos para realização do que
projetamos.
Um projeto que a maioria das pessoas são introduzidas é o da
formação cultural. Quando uma criança é colocada na escola aos
07 anos de idade, e precisa passar por 09 anos do ensino
fundamental, mais 03 anos do ensino médio e mais 04 anos de

97
uma faculdade, podemos projetar uma formação cultural em 16
anos, não havendo reprovação em nenhum dos anos. O que nos
leva a afirmarmos que aos 23 anos de idade, terá concluída sua
formação cultural. No entanto, se for reprovada um ano que seja,
a projeção, que para alguns é uma previsão, estará
comprometida.
Tentarmos prever o futuro poderá ser frustrante, mas projetarmos
e conseguirmos realizar o futuro desejável, por certo, será
maravilhosamente gratificante.

MOMENTO 06
COM PACIÊNCIA TUDO SE CONSEGUE

Há muitos anos alguém me disse: com paciência tudo se


consegue. Aquele era um momento extremamente exigente, em
que muitas coisas estavam dando erradas.
Passado todo esse tempo, cerca de 10 (dez) anos, posso dizer
que de fato a paciência tem sido uma companheira fundamental.
O mais legal de tudo é que ela, a paciência, não se deixa confundir
com coisas como preguiça, ociosidade, descaso, etc. Ela atua nos
dando a medida certa para não nos deixarmos atingir pela
ansiedade, que traz consigo medo, desespero, precipitação, etc.
Então, posso afirmar que a paciência é preciosa e como tal, não
será encontrada com facilidade.
Quantas situações se tornaram desastrosas pela ausência da
paciência?
Vamos buscar a paciência, com todo coração que a
encontraremos.

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MOMENTO 07
SE ALGUÉM FALAR DE MIM, PARA VOCÊ, PEDE PARA ELE
VIR FALAR COMIGO

Acredito que, tanto as críticas quanto os elogios, são importantes


para modelarmos nosso perfil. Sabermos onde e quando estamos
errando e onde e quando estamos acertando, pode fazer toda
diferença no alcance dos nossos objetivos.
Em uma empresa , que coordenei um processo de mudanças,
realizamos uma reunião, em que a pauta era crítica e auto crítica.
Ali foi possível notarmos que é fácil percebemos e avaliarmos os
outros, mas que é difícil percebemos e avaliarmos a nós mesmos.
Ocorre que muitas vezes essa percepção e avaliação, seja
positiva ou negativa é direcionada para outras pessoas,
principalmente a negativa, e não para nós, o que nos impede de
melhorarmos nosso comportamento, não nos fazendo avançar.
Por isso, surgiu a frase tema da reflexão de hoje, para que
pudesse saber as críticas e elogios sobre mim, ou seja, meus
erros e meus acertos, para assim, começar a corrigir os meus
erros e repetir os meus acertos.

MOMENTO 08
AS OPORTUNIDADES NÃO SÃO PARA TODOS, SÃO PARA
OS QUE ACREDITAM E INVESTEM

99
Há muitas coisas que ouvimos e que não processamos
conscientemente. Por isso, tenho feito e compartilhado estas
reflexões, pois assim aproveito a oportunidade de melhorar meu
entendimento sobre algumas coisas.
Quando digo que as oportunidades não são para todos, pode
parecer estranho, mas cada oportunidade, tem seus próprios
requisitos e muitas vezes, não estamos preparados, ou seja,
aptos, para atendê-los.
Um dos requisitos que nos deixa fora, muitas vezes, é o tempo,
pois a oportunidade, normalmente, não espera.
Outro requisito é a confiança, devido a surgirem muitas
oportunidades que são ciladas, golpes, etc., não acreditamos e
terminamos não investindo, quando temos recursos disponíveis..

MOMENTO 09
UMA CAMINHADA, JORNADA, TRAJETÓRIA, NUNCA
COMEÇA ANTES DE DARMOS O PRIMEIRO PASSO. E
NUNCA TERMINA ANTES DE DARMOS O ÚLTIMO PASSO

A nossa reflexão de hoje vai iniciar com seguinte pergunta: o que


é mais exigente para nós, começarmos ou terminarmos algo? Na
verdade, o exigente não é começarmos ou terminarmos, mas
fazer o que está por trás dos dois, que é decidirmos. Tanto darmos
partida em algo, como finalizarmos algo, passa por uma decisão
e esta, passa por um processo chamado de tomada de decisão.
Nós nunca vamos nos lembrar, mas o que, provavelmente, nos
fez darmos os primeiros passos, quando ainda éramos uma
criança, foi o desejo somado à necessidade de caminharmos que
nos levou a andarmos. Mesmo com as quedas que levamos, não
100
desistimos e hoje não somente andamos, mas, corremos,
saltamos, etc.
Na maioria das vezes, não decidimos dar o primeiro passo e não
conseguimos dar o último passo, porque não temos claro aonde
queremos chegar.

MOMENTO 10
VOCÊ SABE O QUE É OBEDIÊNCIA?

Tive a oportunidade de experimentar uma atitude de obediência


aos 14 anos de idade. Foi quando o meu saudoso Pai me disse
duas palavras como resposta a uma indagação que o havia feito.
Disse a ele que no meu colégio, que era o colégio onde ele havia
cursado administração, agora só tinha uma opção que era o
magistério, a escola normal como era conhecido. Ele
simplesmente me disse: FIQUE LÁ. Sem contestação, obedeci.
Não sabia que estava tomando uma das melhores atitudes da
minha vida, pois a partir daquela atitude pude aprender a coisa
mais bela que se pode aprender na vida: APRENDER A
APRENDER.
Ao estudar para me tornar um professor aprendi que para ensinar
é preciso saber e para saber é preciso aprender e para aprender
é preciso estudar.

Como bônus tive, logo cedo, a oportunidade de enfrentar um


grande gigante da minha vida, e da vida de muitos, que é falar em
público. Ao me tornar Professor, aos 17 anos de idade, enfrentei
e venci o grande gigante chamado timidez.

101
A partir dali a minha história não mais seria a mesma. Nunca
exerci diretamente a profissão de Professor, pois logo em seguida
comecei a estudar para me tornar Administrador, profissão que
exerço até hoje.

O mais maravilhoso de tudo isso é que além de ter estudado


administração no nível superior tive a oportunidade de
compartilhar isto com meu Pai quando ele tinha 80 anos de idade.
Mesmo tendo suas imperfeições, como todos temos, meu Pai
jamais me ensinou algo errado. Sabendo que era falho sempre
me disse: faça o que eu mando não faça o que eu faço, pois
sempre me mandou fazer o que era certo.
Agradeço a Deus pelo Pai que ele me deu, pois me ensinou a
praticar a OBEDIÊNCIA.

MOMENTO 11
É PRECISO SABER ESPERAR

A expressão: é preciso saber esperar, nos leva a constatação de


que há uma necessidade e uma sabedoria para que a espera de
algo se concretize de forma positiva.
Esperar porque, para que e como?
Então, é necessário e importante termos claros os motivos,
porquês, e causas, das nossas esperas. Também, indispensável
é estarmos conscientes das consequências (efeitos) de
esperarmos. E não menos necessário, importante e indispensável
é a forma ( maneira) como esperamos.
Há uma ilustração que circula na internet, de um caçador que
tinha uma raposa de estimação, ou seja, domesticada, e este
caçador saia e deixava seu bebê com a raposa. Os vizinhos vendo
102
aquilo, diziam que era perigoso e que algum dia quando voltasse
a raposa teria comido aquele bebê. O caçador defendia a raposa
dizendo que ela era mansa e dócil. Até que um dia quando chegou
em casa, encontrou a raposa na porta com a boca toda suja de
sangue. Imediatamente, o caçador entrou em desespero e deu
uma machadada matando a raposinha. Quando entrou no quarto
viu o bebê vivo e tranquilo e ao lado do berço uma grande cobra
morta pela raposa.
Infelizmente, o caçador não esperou a constatação dos fatos reais
e agiu precipitadamente, sem que pudesse voltar atrás.

MOMENTO 12
O MAIOR, MELHOR E MAIS BELO DE TODOS OS
DIAMANTES, CHAMA-SE: MINHA ESPOSA

Os meus filhos são diamantes, os meus enteados são diamantes,


os meus netos são diamantes, os meus irmãos são diamantes, os
meus amigos são diamantes, a minha esposa é um diamante.
Enquanto muitos estão lutando para serem ricos, eu estou lutando
para preservar os meus diamantes. Esta riqueza maravilhosa que
Deus me deu.
Se tudo que buscarmos, não preservar as coisas valiosas que já
temos, então, não adianta busca-las. Quantos seres humanos,
hoje, estão tendo atitudes que vão destruir os seus mais valiosos
tesouros? Quantos, hoje, não trocarão aquilo que de fato têm de
melhor, em suas vidas, por escolhas miseráveis? Quantos não
pagarão o bem com o mal de uma atitude infiel, desleal,
desonesta, violenta, etc.?
Vamos no dia de hoje, porque todo dia é hoje, cultivarmos o que

103
já temos e com certeza, este tesouro florescerá e frutificará e
poderemos dizer: eu sempre fui rico e aproveitei.

MOMENTO 13
IMPORTA QUANTO ERRAMOS. MAS IMPORTANTE MESMO
É QUANTO QUEREMOS MELHORAR

Em vários livros que autografei, coloquei a frase da reflexão de


hoje: Importa quanto erramos. Mas, importante mesmo é quanto
queremos melhorar.
Quando me refiro a erros nesta reflexão, não estou me referindo
a erros intencionais, produzidos por atitudes previamente
pensadas e que tem como objetivo cometer atos contra o próprio
semelhante. Quando me refiro a erros aqui, estou me referindo
aos erros naturais, que são consequentes da iniciativa, da
inovação, do inconformismo com a mediocridade. Por isso importa
quanto erramos.
Querermos melhorar é o que torna relevante nossas atitudes,
pois, quando temos um alvo, se não desistirmos, conseguiremos,
num dado momento, acertá-lo.
Que a busca da melhoria seja sábia, superando a ansiedade e
outras mazelas que tentarão nos parar.
Alguém me disse certo dia: se você tiver um crescimento
minúsculo, imperceptível aos olhos, todos os dias, se tornará tão
grande, quanto uma árvore gigantesca.

MOMENTO 14

104
A DISCIPLINA É ESSENCIAL PARA O ALCANCE DOS
NOSSOS OBJETIVOS

Na página 07, do capítulo DETERMINAÇÃO, do conteúdo


CHAMADO PARA VENCER, do livro 7 JOÃOZINHOS 7
MARIAZINHAS - TRANSFORMANDO ATITUDES
EMPREENDEDORAS EM SUCESSO, está escrito: Uma das
bases da determinação é a disciplina. Desenvolvermos uma
conduta disciplinar nos ajudará a resistirmos às diversas
influências negativas que surgirão ao longo da nossa jornada
diária, evitando danos pessoais, profissionais e financeiros.
A disciplina, não é apenas a base da determinação, mas também,
a base da educação. Podemos aplicar a disciplina de duas
formas, basicamente: Regressiva e Progressiva.
Após termos conseguido aplicar a disciplina em algo, podemos
aumentar ou diminuir a sua aplicação. Vejamos o exemplo a
seguir: Quero começar a escrever e não consigo manter uma
regularidade. A primeira coisa que terei que fazer é estabelecer
uma meta e assumir um compromisso com a mesma, do tipo: vou
escrever, ao menos, uma frase diariamente. Assim que perceber
que consegui manter a disciplina com naturalidade, passo a meta
para duas frases, e assim progressivamente, o que me leva a uma
disciplina progressiva.
Outro exemplo é o contrário: Quero reduzir a quantidade de
cafezinhos que tomo diariamente. Então, se tomo três vezes ao
dia, reduzo para duas e depois para uma vez, até eliminar o hábito
ou vício. Então, apliquei a disciplina regressiva.
Em tudo podemos ser disciplinados, para isto, bastam metas e
compromissos, que atingiremos o êxito.

105
MOMENTO 15
DESEJAMOS O BEM, MAS NÃO CONSEGUIMOS IMPEDIR O
MAL

Há uma lei natural, estabelecida por Deus que diz: o que homem
semear, certamente colherá.
Muitas vezes, queremos que coisas boas aconteçam às pessoas
ao nosso redor. No entanto, vemos acontecer, em diversas
situações, exatamente o contrário.
A verdade é que não basta o nosso desejo, ou desejo alheio, para
que algo aconteça. Tudo depende das nossas ações e das ações
alheias, ou seja, se desejamos que nossos filhos tenham um
futuro promissor, profissionalmente falando, e eles se destinam
para o mal, o nosso bom desejo será vencido pelas escolhas
erradas que eles fizerem.
O contrário, também, é verdadeiro. Se alguém nos desejar o mal,
mas nossas ações são boas, não colheremos o fruto do mal
desejo, mas os frutos das nossas boas ações.

MOMENTO 16
PARA INGRATIDÃO, TUDO É INSATISFATÓRIO

Mais um dia nasceu. Aqui estamos nós, mais uma vez, que
maravilha.
Mais uma oportunidade de demonstrarmos a nossa gratidão.
Mais uma oportunidade de derrotarmos a ingratidão,
transformando o que ontem foi insatisfatório em desafio para hoje,
em caminho para satisfação, para realização.
106
Não faremos tudo hoje, mas podemos fazer mais do que ontem,
começando pelo reconhecimento de que somos privilegiados,
porque alguém se lembrou de nós, alguém está nos dizendo
agora: vá em frente, avance, lute, supere, conquiste, não desista.
Cansou, continue, chorou, já está passando, doeu, já vai aliviar,
confie, estamos apenas começando mais um dia, ontem foi
vencido, hoje também será. A ajuda está chegando, se olharmos
bem, ouvirmos com atenção, podemos dizer: ela já chegou, está
sacudindo nosso ser, vai haver transformação, obrigado,
obrigado, obrigado.

MOMENTO 17
EU ESPERO PELA INSPIRAÇÃO DE DEUS

Há muitos anos tive o desejo de apresentar umas músicas


evangélicas de minha autoria, em um determinado lugar. Quando
consegui o espaço, fiquei muito ansioso. De repente, me veio o
pensamento que venceu a ansiedade: esperar pela inspiração de
Deus.
Somos inspirados por muitas coisas, mas o que faz toda diferença
é a inspiração de Deus. Não gosto de fazer certas citações, mas
esta terei que fazer, pois acredito que tem um valor muito
especial.
Umas das formas de sermos inspirados por Deus é lendo e
meditando nas sagradas escrituras (Bíblia). Ao fazer uma leitura
para encerrar o dia fui levado a um trecho da Bíblia (Deuteronômio
8.3) onde está uma citação que Jesus Cristo fez quando foi levado
ao deserto para ser tentado, onde Ele diz: Nem só de pão viverá
o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.

107
Este exemplo me inspira, pois, ao jejuar por quarenta dias, o
Senhor Jesus já tinha vivido esta experiência de não ter
dependido do pão, mas, do sustento de Deus.
Quando a inspiração vem de Deus, podemos confiar plenamente
na sua realização. Todas as boas inspirações são valiosas, mas
só a inspiração de Deus é absolutamente poderosa.

MOMENTO 18
ONDE NÃO HÁ CONSELHO, OS PROJETOS TORNAM-SE
VÃOS

A expressão acima é um provérbio bíblico, que nos orienta sobre


a importância do conselho.
Por certo, você já ouviu a expressão: faça o que eu mando, não
faça o que eu faço. Normalmente, esta expressão é usada por
alguém que sabe que não é um bom exemplo e por isso tenta se
prevalecer de forma autoritária.
A palavra da verdadeira autoridade, tende a usar como melhor
conselho o próprio exemplo.
O apostolo Paulo, disse, em uma de suas cartas: sejam meus
imitadores como eu sou de Cristo.
Hoje, temos uma grande dificuldade de encontrarmos
conselheiros, mas se usarmos o conselho bíblico que diz: aquele
que busca, encontra, por certo, acharemos pessoas referenciais
para tomarmos delas, conselhos.
Uma das atitudes mais relevantes aos que estão qualificados a
nos aconselhar é a atitude de humildade. Pois, os de atitude
soberba, não têm tempo, nem sequer exemplos, para aconselhar
alguém.
Os conselhos espirituais, estão na bíblia, os conselhos naturais

108
(materiais) podem ser encontrados em bons livros, áudios, vídeos
e também no exemplo de pessoas ao nosso redor.
Com humildade, receberemos, das pessoas simples, mas sábias,
os conselhos, que precisamos para consolidarmos nossos
projetos.

MOMENTO 19
ERROS ACONTECEM. MAS DEVEM SER CORRIGIDOS E
NÃO REPETIDOS

Hoje quero refletir sobre três tipos de erros que acontecem em


toda trajetória, que são: estratégicos, administrativos e
operacionais.
Quando intencionamos realizar algo, por exemplo, uma viagem,
logo pensamos na forma, meios, prazos, etc.
Exemplificando: estava para retornar de São Paulo para Bahia e
ficou definido que retornaria de avião. Era algo muito simples.
Alguém, da empresa que estava prestando serviço, teria que ligar
para agencia e solicitar a compra da passagem. Isto, já havia sido
feito outras diversas vezes. No entanto, dessa vez, não deu certo.
Quando cheguei no aeroporto para fazer o check-in, a reserva
havia caído. Tive que aplicar uma ação corretiva. Comprei uma
nova passagem na hora e viajei, mas os custos não foram os
mesmos, aumentaram bastante.
A pergunta é: este foi um erro estratégico, administrativo ou
operacional?
O que vemos aqui, é que um erro pode ser corrigido independente
de sua identificação, basta que se tenha os recursos necessários,
para tal. O fato de ter perdido a reserva por um erro
administrativo/operacional, não mudou a estratégia de realizar a

109
viagem de avião.
A situação, normalmente, se complica, quando o erro compromete
os recursos disponíveis e não há como alcançar o objetivo, por
falta de recursos.
Outra questão importante é: será possível a repetição desse erro?
A resposta é sim. Os erros são imprevisíveis, eles ocorrem por
nossas falhas humanas, o que é natural. O que é preciso que se
faça é buscarmos identificá-los e aplicarmos ações preventivas.
Como diz o velho ditado: errar é humano, permanecer no erro é
burrice.

MOMENTO 20

A VIDA É UMA ESTRADA SINALIZADA. SIGA AS PLACAS DO


SEU DESTINO

Na vida temos muitos destinos, ou seja, objetivos. Lugares,


posições, situações, etc., que queremos chegar, ou chegaremos
independente do nosso querer.
Para cada um desses destinos, teremos uma estrada, um
caminho, uma pista, um trajeto, etc., neles, haverá formas de
sinalização que chamaremos de placas. Existem as estradas com
placas que são facilmente identificadas e interpretadas, não
necessitando de uma visão apurada. Outras, já exigirão uma
sensibilidade maior dos sentidos, para que aja uma percepção
adequada, que nos mantenha na direção do nosso destino.
Todo destino, está intimamente ligado ao tempo (prazo). Há
destinos imediatos, de curto, de médio e de longo prazo.
Precisamos conciliar no nosso dia a dia cada um desses destinos.
Há objetivos que são alcançados no mesmo dia, outros serão

110
alcançados com uma semana, com um mês, com um ano, ou, até
mesmo, em vários anos.
Uma das placas, de grande importância, na estrada da vida, sem
dúvida, chama-se: TENDÊNCIA. Quais tendências são
percebidas, hoje, nas diversas áreas de nossas vidas? Nas áreas,
espiritual, física, financeira, emocional, intelectual, profissional,
empreendedora, etc.
Exemplificando: Se hoje estou fazendo um curso a tendência é
que em breve eu me qualifique em alguma coisa. Se alguém está
solteiro e tem um compromisso sério com outra pessoa a
tendência é que se case. Se uma mulher está gestante a
tendência é que em breve dê a luz a um bebê, etc.
Então, a tendência está diretamente ligada ao nosso presente, ou
seja, aquilo que estou plantando e cultivando, hoje, é o que
colherei amanhã.

MOMENTO 21

PLANEJAMENTO NÃO É UM SONHO

Planejamento não é um sonho, não é um desejo e tampouco uma


vontade. É a transformação dos sonhos, desejos e vontades em
um objetivo, apontando os meios, os prazos e os motivos. É,
também, responder, antecipadamente, a todas as questões
necessárias para a realização de algo.
Há uma expressão que diz: sonhar não custa nada. No entanto
eu digo que tudo tem um custo, inclusive sonhar. No livro 07
Joâozinhos 07 Mariazinhas - Transformando Atitudes
Empreendedoras em Sucesso, está escrito: os sonhos, desejos
111
e vontades são construídos a partir das informações que
recebemos ou buscamos e das situações que vivenciamos, logo
este é o custo, ou seja, sonhos, desejos e vontades não vêm do
nada.
Entretanto, o custo maior é quando temos um sonho e não
conseguimos caminhar em direção a ele, isto ocorre, por duas
razões, basicamente: não termos um planejamento, ou não
estarmos conseguindo colocar o planejamento em ação, quando
temos um.
Em muitos momentos da vida, a ausência de ação por razões
aceitáveis, ou mesmo a omissão, termina alimentando um dos
maiores opositores para as nossas conquistas: a ansiedade.
Como afirmamos no nosso livro, citado há pouco, a ansiedade
provoca precipitação, que traz prejuízo às diversas áreas de
nossas vidas.
Ao modelarmos algo fazendo e aplicando um planejamento
adequado estamos agindo de forma decisiva para o alcance do
êxito.

MOMENTO 22
O SONHO VOLTOU

Acredito que todo ser humano nasce com talentos e vocações.


Basta olharmos para as pessoas que nos rodeiam para notarmos
as diferenças de perfis, o que atesta para existência de talentos e
vocações diferentes uns dos outros.
Acredito, também, que são nossos talentos e vocações, junto com
as informações e experiências, que geram em nós os sonhos.
A certeza percebida, não somente na minha vida, como na vida
de tantas outras pessoas, é que passamos por situações que

112
levam nossos sonhos para longe de nós. No entanto, muitos de
nós temos a oportunidade de nos reencontrarmos com nossos
sonhos.
Posso dizer que é muito gratificante quando vivemos a
experiência de retornarmos à busca de um sonho.
Quando percebemos que os caminhos da vida nos levaram ao
reencontro com um sonho que está intimamente ligado aos
nossos talentos e vocações, isto nos revigora, nos anima, nos
entusiasma, nos oxigena, e é maravilhoso. Pois, acredito que os
talentos e vocações são presentes e têm um propósito.
Conseguirmos realizar o sonho é podermos ver o cumprimento
desse propósito, o que nos fará permanecer, mesmo quando
desta vida partimos. Assim, deixaremos algo de valor para as
gerações vindouras.

MOMENTO 23
SUPERAR, É SER GRATO

Há muitos anos, eu estava vivendo um momento muito difícil e de


dentro do meu ser saltou um agradecimento que começa da
seguinte maneira: Tu realizas o teu querer, em nossas vidas fazes
o melhor, não entendemos teus caminhos, pois são mais altos que
os nossos, mas confiantes voltamos a dizer: obrigado Senhor,
obrigado, pelo teu imenso amor , obrigado.
Assim, comecei a repetir estes versos que fazem parte de um
poema que está nos bônus poéticos do meu mais recente livro.
No entanto, as coisas ficaram cada vez piores e cada vez mais eu
repetia o poema.
Acredito que as pessoas que enfrentam e vencem uma crise,
113
terminam passando por quatro momentos: murmuração,
reclamação, lamentação e, por fim, superação.
A murmuração, é aquela briga interna de nós com todos e com
tudo, só que dentro de nós.
A reclamação, já é a colocação da briga para fora, aqui tendemos
a atingir às pessoas que nos rodeiam.
A lamentação, é a aceitação da crise e começo da superação.
A superação, é o reconhecimento de que a vida é feita de crises
e conquistas, é onde surge a gratidão, que representa o começo
de uma nova conquista que levará a uma nova celebração.
Todos vivemos estas fases. Uns com mais intensidade, outros
com menos, mas todos passamos por crises e podemos obter
conquistas, vai depender de cada de um de nós.

MOMENTO 24
NEM TUDO QUE É POSSÍVEL, SIGNIFICA QUE É PROVÁVEL

Hoje vamos pensar um pouco sobre duas coisas que muitas


vezes confundimos: possibilidade e probabilidade.
O fato de algo ser possível, não necessariamente, significa que
será provável.
Muitas coisas terminam não se concretizando em nossas vidas
por querermos que elas sejam como as nossas mentes
projetaram, onde não consideramos, até porque não medimos, ou
porque não é possível medir, as probabilidades.
É possível, que se nós começarmos, hoje, a colocar um
determinado plano em ação, daqui a algum tempo, tenhamos
concluído este plano. Pensarmos assim, é importante, mas não
determinante. É diferente se eu afirmar da seguinte maneira: É
provável, ou, as probabilidades, de concluir o plano que pretendo

114
começar hoje, são de 90% (noventa por cento), mas para isto,
terei que cumprir todas as metas previamente estabelecidas.
Cada meta que não cumprir vai diminuir as minhas chances, por
isso, já sei que é possível, mas só se tornará provável ao cumprir
o que foi estabelecido, caso contrário, será possível, mas se
tornará improvável.
É possível perder 10 quilos em dois meses. No entanto, se não
fizer uma mudança nos meus hábitos, é provável que, além de
não perder nenhum quilo, ainda continue aumentando, a cada
mês.

MOMENTO 25
ENFRENTEMOS NOSSOS MEDOS, AMEMOS AS PESSOAS

A bíblia diz: o verdadeiro amor lança fora todo medo.


Em muitos momentos da vida, o nosso amor pelas pessoas, ao
nosso redor, é confrontado pelo nosso medo.
Pode ser que neste momento você e eu estejamos passando por
este dilema. Nos deparamos com algo que nos amedronta e ao
invés de enfrentarmos este medo, estamos enfrentando as
pessoas que tentam nos empurrar contra o medo.
O que posso dizer é, não se desespere, isto é normal e vai extrair,
do profundo do seu íntimo o que estiver lá. Ainda que salte algo
inesperado, ou seja, alguma reação negativa que você pensava
que não existia em você, este é o momento de reconhecer que
havia algo indesejável no teu ser, que precisava ser posto para
fora.

115
Se você teve alguma reação que atingiu alguém, assuma, retrate-
se, desculpe-se, liberte-se e siga em frente. No entanto, se saltou
algo bom, este é momento da sua aprovação, você está pronto(a)
para seguir adiante.
Os obstáculos, barreiras e desafios são geradores de medo, mas
servem para nos aperfeiçoar, porém, precisamos reagir da forma
adequada para não ficarmos presos a eles, mas superá-los.
Muitas vezes, inconscientemente, enfrentamos as pessoas, por
estarmos apavorados pelos nossos medos, mas a partir de hoje,
vamos enfrentar nossos medos e continuar ama as pessoas.

MOMENTO 26
NA PRÁTICA, A TEORIA SE MODIFICA

Por certo você já ouviu alguém dizer isto. Esta é, sem dúvida, uma
realidade. Toda vez que colocamos em prática uma teoria, por
mais simples que seja, esta tende a sofrer modificações. Mas,
qual o significado de teoria? Segundo o site:
www.significados.com.br, teoria é o conjunto de princípios
fundamentais de uma arte ou de uma ciência. Teoria é uma
opinião sintetizada, é uma noção geral.
Teoria, é também, uma hipótese, uma conjectura, uma opinião
formada de um fato. Uma teoria tenta explicar algo de difícil
concretização.
Quanto à pratica, entendemos que é a execução da teoria.
Exemplificando: alguém me diz que caminhar faz bem à saúde,
dar mais disposição, aumenta a resistência física, etc. De fato,
acredito nesta teoria, porém, daí até colocar em prática, há uma
grande distância. Saber estas coisas sobre caminhada não será
116
suficiente para colocar em prática. Este é um dos fatores que
modificam a teoria, de um modo geral, pois, toda teoria, por mais
completa e atualizada que seja, é afetada pelas condições
presentes, ou seja, qualquer alteração necessária para colocação
de uma teoria em prática, significa uma modificação. Para
convivermos satisfatoriamente com isto, é que fomos feitos seres
flexíveis e adaptáveis. Quando não procedemos assim,
terminamos entrando em choque com as circunstancias, o que,
muitas vezes, complica as situações.
De uma coisa não temos dúvidas: a vida é um círculo formado
por teorias e práticas.

MOMENTO 27
CADA DIA É UM DIA ESPECIAL. CADA VIDA É UMA VIDA
ESPECIAL

Há algum tempo, para evitar um confronto, fui impelido a escrever


uma frase e torna-la pública. Ao ter feito isto, uma pessoa ao ler
aquela frase, gostou tanto, que pegou o celular, fotografou a frase
e postou no seu grupo de watts zap. A partir daquela atitude,
passei vários dias escrevendo e publicando frases. O tempo
passou e comecei a gravar áudios com aquelas frases, passado
mais algum tempo comecei a escrever reflexões baseadas
naquelas frases, gravando áudios e postando na minha lista de
watts zap, bem como postando em outras redes sociais.
A partir do compromisso de gerar e postar uma reflexão,
diariamente, para minha rede de relacionamento, pude ir vendo
como cada dia e cada vida são especiais.

117
Talvez você não se dê conta, mas na simplicidade natural em
lidarmos com as pessoas, muitas vezes, ajudamos uns aos
outros. Isto nos torna especiais e faz nossos dias, também,
especiais.
No entanto, se após esta reflexão, não nos percebermos agindo
positivamente no nosso dia a dia, resta corrigirmos a nossa visão
da vida e termos como propósito a partir de agora enxergarmos e
praticarmos a busca pela condição de vermos os dias e as
pessoas como especiais.

MOMENTO 28

MESMO SENDO DOS ÚLTIMOS A SABER, SEJAMOS DOS


PRIMEIROS A FAZER

A pergunta é: quando é que sabemos algo a ponto de fazermos?


No conteúdo chamado para vencer, do livro 07 JOÃOZINHOS 7
MARIAZINHAS, uso um exemplo que considero muito bom, que
é o de ser habilitado para dirigir um veículo.
O processo de aquisição da habilitação é dividido em duas partes:
teórica e prática. O aprendizado teórico, é sem dúvida, importante,
mas não prepara o candidato para a execução, ou seja, para
dirigir. Será necessário o aprendizado prático. Muitas vezes
tomamos conhecimento de algo que, se fizermos uso, poderá
fazer grande diferença nas nossas vidas, mas, na maioria das
vezes, não colocamos em prática.
Aqui vem a segunda pergunta: quantas vezes soubemos de algo,
ou alguém soube, muito depois de nós e terminou obtendo
resultados que nós nunca conseguimos obter, pois não saímos da
teoria?

118
A diferença não está em quanto tempo tem, que passamos a
saber de algo, mas quanto tempo levamos para aplicarmos o que
passamos a saber.

MOMENTO 29

O QUE NÃO SE RENOVA, ACABA?

Passei muitos dias pensando se a frase tema desta reflexão


poderia ser uma afirmação, ao invés de uma pergunta.
A bíblia diz, em romanos, capítulo 12, verso 2, que não devemos
nos conformar com este mundo, mas transformá-lo, pela
renovação da nossa mente. Aqui, vemos que a transformação
passa pela renovação.
Em primeiro tessalonicenses, capítulo 5, versos 21 e 22, está
escrito, examinai tudo, retende o bem. Abstende-vos de toda
aparência do mal.
Nesta reflexão, podemos afirmar que renovar é importante, mas é
preciso observarmos os critérios apresentados, para não nos
deixarmos enganar, ou nos enganarmos na busca de nossos
desejos e necessidades.
A bíblia nos diz, ainda: há caminhos que ao homem parecem
bons, mas o seu final é amargo, ou seja ruim.
Ao buscarmos transformação, que passará pela renovação,
possamos fazê-lo de forma criteriosa.
Por isso, não vamos nos tornar ansiosos, mas desejosos pela
constante renovação.

119
MOMENTO 30

O QUE NOS LIMITA, NÃO NOS DESTRÓI

Há muitos momentos e situações que nos sentimos


extremamente limitados e tendemos a ficarmos frustrados.
No entanto, as limitações foram, são e serão uma constante em
nossas vidas.
A grande sacada é o que fazermos para que as limitações sejam
usadas em nosso favor.
As limitações são mesmo negativas, ou podem ter um propósito
positivo, conforme as reconheçamos, as definamos e as
canalizemos para o seu devido lugar?
Como podemos tratar as limitações de forma a torná-las úteis aos
nossos propósitos?
Acredito que a primeira coisa a ser feita é separarmos as
limitações em dois grupos: as favoráveis e as desfavoráveis.
O que podem ser limitações favoráveis?
Podemos definir como favoráveis as limitações que surgem, em
nossa trajetória, e que visam nos impedir de tomarmos decisões
prematuras, precipitadas, incoerentes, etc., que por certo nos
arrependeremos depois, muitas vezes tendo que voltarmos atrás,
quando é possível, pois há decisões que não podem ser corrigidas
devido ao estrago provocado.
Como vamos perceber isto? Fazendo um diagnóstico, ou seja,
uma avaliação da limitação em questão.
A limitação desfavorável, logicamente, é o contrário. É aquela que
tenta nos impedir de decidimos e prosseguirmos na direção certa.
Esta, também, deve passar por um diagnóstico, que visa a busca
de uma saída, ou seja, uma superação da limitação em questão.

120
MOMENTO 31

AO INVÉS DE DIZERMOS: NÃO VEJO A HORA DE... VAMOS


DIZER: JÁ VEJO A HORA DE...

É muito comum ouvirmos e expressarmos nossos pensamentos e


sentimentos com teor negativo. Quantas vezes não ouvimos uma
mãe dizer, não vejo a hora do meu filho(a) casar, para que vá ter
a sua própria vida, ou não vejo a hora do meu filho(a) conseguir
um emprego, para poder se sustentar, ou um aluno dizer, não vejo
a hora desse curso terminar para começar a trabalhar?
Expressões como essas, se repetem todo dia em nossas vidas e
ao nosso redor.
A pergunta que não se cala, é: o que nos leva a essas
declarações? A resposta é: muitos fatores, mas, o mais
determinante, acredito eu, é a herança adquirida. Como assim?
Vivemos num mundo que tem herdado das gerações passadas, o
hábito, se podemos chamar assim, de focar nas coisas negativas
ou no lado negativo das coisas, ao invés de focar no seu lado
positivo.
Me lembro, que um dia, ao ligar para uma empresa, a moça que
atendeu, me deixou perceber que ela estava abatida. Naquele
momento me lembrei de uma expressão que diz que recordar é
viver. Disse para ela o ditado e que se recordarmos as coisas boas
que nos aconteceram nos sentiríamos bem, ao passo que se
ficássemos recordando as coisas negativas iriamos nos sentir
maus.
Todos sabemos que precisamos ser realistas, mas somente na
hora de fazermos uma avaliação objetiva da realidade. No
demais, devemos deixar o passado negativo no arquivo morto e
nos focarmos no que é positivo.
O que nos leva a não enxergarmos ou declararmos que não
estamos vendo algo, ao invés de declararmos que já vemos o que
desejamos é estarmos sobrecarregados com as ocorrências
negativas, que muitas vezes nem são nossas, absorvemos de
121
contatos e conversas negativos que poluíram as nossas mentes.
Vamos fazer um pequeno exercício a partir de hoje, que nos
ajudará a visualizarmos os resultados que queremos alcançar,
declarando sempre: Já vejo a hora para cada coisa que espero
que aconteça.

MOMENTO 32

VOCÊ NÃO SABE O QUANTO GANHARIA, SE FICASSE


CALADO

A bíblia diz em Eclesiastes, no capítulo 3, verso 1, que há um


tempo determinado para todas as coisas debaixo do céu. Há
tempo de falar e tempo de calar.
Possivelmente, esta foi uma das lições mais difíceis que tive de
aprender de Deus. É muito comum nos atrapalharmos quanto à
melhor hora para falar e para calar. Muitas vezes, na hora que
deveríamos ficar calados é que queremos falar, é que não
conseguimos nos silenciarmos.
Há expressões que dizem que a palavra é como uma flecha, que
depois de atirada não tem como voltar atrás. Pensamos que
somente as palavras negativas pesam prejudicialmente, mas
qualquer coisa dita fora de tempo pode criar situações
embaraçosas, tanto para quem falou, quanto para quem ouviu.
Eu penso que a matemática do céu é: mal por mal dá tudo mal,
bem por bem dá tudo bem. No entanto, o crédito e o débito surgem
quando há uma resposta inversa, ou seja, quando você dá o bem
e recebe o mal, ou quando você recebe o bem e dá o mal. Pois
quando entregamos o bem e recebemos o mal, de uma mesma
pessoa, ou mesmo de outra e não reagimos negativamente,
temos um crédito, no céu. O contrário, também, é verdadeiro,
quando recebemos o bem e entregamos o mal temos um débito,
no céu.

122
A bíblia diz, em provérbios, capítulo 25, verso 11, que como
maças de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu
tempo.
Por isso, há sempre uma perda quando falamos indevidamente e
um ganho quando falamos na hora certa.
Como já disse, não é fácil conseguirmos nos posicionar da
maneira correta, mas acredito que com humildade, respeito e,
principalmente, amor fraternal, consigamos, na maioria das
vezes, procedermos positivamente.

MOMENTO 33

FAÇA O QUE EU MANDO, NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO

Relutei muito em escrever sobre isto. Porém, não posso me omitir.


Hoje não ouvimos com tanta frequência, esta expressão, como no
passado.
Acredito que, muito do que vemos, atualmente, é reflexo do uso
excessivo desta expressão nas gerações anteriores.
Os pais, patrões, chefes, e até mesmo, professores, etc.,
aplicavam e ainda aplicam, o que está embutido nesta expressão.
De um modo geral, as pessoas queriam que as outras seguissem
o que elas mandavam, diziam, orientavam, ensinavam, etc., no
entanto, elas mesmas não davam exemplo.
Fico feliz, pois cada coisa que sou inspirado a escrever é porque
já tive que colocar em prática, primeiro.
Na grande maioria das vezes, Deus, através da vida que Ele me
presenteou, me colocou em situações e experiências, para depois
me dar inspiração para escrever sobre as mesmas.
Sou muito grato, pois um dia fui levado a outra expressão que se
encontra na bíblia, nas cartas do apóstolo Paulo, onde ele diz:
sejam meus imitadores, como eu sou de Cristo. Aqui, vemos que
o mais importante é o exemplo e não somente as palavras.
123
Torna-se muito frustrante, quando descobrimos que alguém nos
mandou, disse, orientou, ensinou algo e pratica exatamente o
contrário daquilo. Quer honestidade, mas age desonestamente.
Quer respeito, mas não considera os outros. Quer lealdade, mas
ao primeiro sinal de caos, abandona o próximo. Quer fidelidade,
mas troca os compromissos, por qualquer migalha. Quer
humildade, mas comporta-se soberbamente. Muitas vezes o que
se requer é algo exigente e temos que realizar.
Que bom que, apesar de tantos rumores de tragédias, podemos
encontrar pessoas lutando para serem exemplos do que
expressam.

MOMENTO 34

O QUE DEIXARMOS PARA AMANHÃ, PODERÁ NUNCA SER


FEITO

Há um ditado que diz: o que se pode fazer hoje, não devemos


deixar para amanhã.
A pergunta que devemos nos fazer é: isto é uma verdade
absoluta? A resposta é, não. Nada que envolve a natureza
humana, é absoluto.
Acredito, profundamente, que há coisas que tem um momento
único para acontecerem e que se não percebermos este
momento, perderemos a oportunidade que não voltará jamais.
Entretanto, isto não vale para todas as coisas, o que faz a vida
surpreendentemente maravilhosa e desafiadora.
Maravilhosa porque sabemos que as oportunidades de
conquistas vão surgir e se nos agarrarmos a elas vamos viver
momentos, situações e experiências enriquecedores em todas as
áreas de nossas vidas.
Desafiadora, porque, também, teremos os momentos, situações
e experiências enfraquecedores e precisaremos praticar virtudes
para não sermos tragados por eles.
124
Então, o que temos que fazer, assim penso, é ponderarmos antes
de realizarmos algo no nosso dia a dia. Para que, ao tomarmos
uma decisão e efetuarmos uma ação, possamos estar convictos
do que estamos fazendo.
Há uma tendência muito forte a sermos impulsionados por
afirmações como a que citamos nas primeiras linhas desta
reflexão, para praticarmos coisas negativas, as quais se
deixarmos para amanhã ou nunca praticarmos será muito melhor
para nossas vidas.
Podemos perder uma boa oportunidade, por certo, outras
melhores virão. No entanto, algo negativo cometido, não
poderemos voltar atrás.

MOMENTO 35

A CORAGEM NÃO NOS IMPEDE DE TERMOS MEDO, FAZ


QUE O VENÇAMOS

Como tudo que há, de intocável e invisível, no nosso ser, a


coragem, também, é determinada por vozes internas e externas.
A coragem, como toda virtude, tem um opositor, que, também, é
determinado por vozes.
As vozes que determinam o opositor da coragem, são as vozes
do medo, que, também, são internas e externas.
Para enfrentarmos as vozes do medo é preciso que acreditemos
mais nas vozes da coragem do que nas vozes do medo.
Há uma virtude chamada prudência que muitas vezes é
confundida com o medo. A prudência mostra o perigo e os meios
de evita-lo ou de nos desviarmos dele. Enquanto o medo
transforma o perigo em um monstro destruidor e invencível.
Podemos dizer que a prudência é condutora, a coragem
mobilizadora e o medo paralisador. O medo vai se aliar a outros
opositores de virtudes, portanto temos que aliar a coragem a
outras virtudes, como a prudência.
125
Como podemos saber se estamos sendo levados pelas vozes da
coragem ou impedidos pelas vozes do medo?
Há um opositor de virtudes chamado estupidez, que muitas vezes
tenta se passar por coragem. A estupidez também mobiliza, no
entanto, ela não sabe o que é uma bela voz, que ultimamente
quase não é ouvida, chamada respeito. Quando percebermos que
nossas atitudes não levam em conta o respeito, podemos ter
certeza de que não é a voz da coragem que está falando ao nosso
ser, mais a voz da estupidez. Quando o medo não está
conseguindo nos paralisar ele tenta nos empurrar para a
estupidez.
Às vezes descemos ao nível mais baixo, para alcançarmos o nível
mais alto. A coragem, muitas vezes, se alia à voz da humildade.
Enquanto o medo sempre se alia a voz da arrogância. Quando
uma semente é lançada na terra, o que vai dar sustentação a
planta, sem dúvida, é a raiz que cresce para os lados e para baixo.
A coragem considera os outros ao seu redor. O medo tenta afastar
a todos.

MOMENTO 36

A PERMISSÃO É DE DEUS. O ERRO É SEMPRE HUMANO

Não cai uma folha de uma árvore, sem que Deus permita. Tudo,
absolutamente tudo, está no controle do nosso Deus. No entanto,
não entendemos quando algo indesejável nos sucede.
A bíblia já nos alerta para o fato de que o que se sucede ao ser
humano mal, também, pode se suceder ao que tem um coração
reto diante de Deus, pois Ele não faz acepção de pessoas.
Quando há um terremoto, maremoto, etc., atinge todos que estão
no mesmo ambiente. Com as dádivas, também. Quando há uma
chuva, ou mesmo o orvalho que rega a terra, vem para todos.
Os erros os quais estamos envolvidos, direta ou indiretamente,
são consequentes da nossa imperfeição.
126
Há, pelo menos, duas coisas que devemos considerar nos erros
que nos envolvemos: motivos e reações.
Quando ocorre um erro humano, há sempre um ou mais motivos.
Pode ser ignorância (desconhecimento), ingenuidade, excesso de
confiança, descuido, malicia, etc.
Há, também, uma ou mais reações que pode ser humilhação,
aceitação, conformação, correção, soberba, desespero, etc.
Os nossos erros, normalmente, testam os outros envolvidos.
Assim como, os erros dos outros, nos testam, quando nos
envolvem.
Alguém me disse certo dia, que nós não queremos dar uma
segunda chance a alguém que errou, mas quando erramos,
pensamos logo numa segunda chance.
Hoje, bilhões de pessoas vão se deparar com o que estamos
tratando aqui, fazemos parte deste número, por isso vamos ficar
atentos para evitarmos o máximo de erros possíveis.

MOMENTO 37

O MUNDO CONSPIRA PARA O QUE É RUIM. A VIDA


COOPERA PARA O QUE É BOM

Estava tendo um sonho em que uma pessoa me dizia que vinha


encontrando dificuldade para conseguir outras pessoas para fazer
parte de um simples negócio de cestas básicas.
Então, no sonho, eu dizia que a dificuldade é porque não há visão
para o que é bom.
Quantas pessoas você conhece que já fizeram esforços, quase
impossíveis, para participarem de negócios que eram pura ilusão
e que terminaram trazendo prejuízos para tantas pessoas?
O mundo conspira para o casamento ruim, para o curso ruim, para
a profissão ruim, para o negócio ruim, etc., mas a vida coopera
para o bom casamento, para o bom curso, para a boa profissão,
para o bom negócio, etc., entretanto, para alcançarmos o que é
127
bom, neste mundo, teremos que conquistar. Cristo, disse: Eu sou
a vida, Eu vim para que tenham vida, mas já havia deixado escrito:
esforça-te, batalha, luta, exercita-se no que é proveitoso e
produtivo.
O que é bom permanecerá, o que é ruim desaparecerá.
Não desista, não desanime, não esmoreça, não desfaleça,
acredite e trabalhe para o que é bom.

MOMENTO 38

A BUSCA DA EXCELÊNCIA DA QUALIDADE, ELIMINA


MUITOS DEFEITOS

Não poderia deixar de creditar parte da afirmação acima a uma


pessoa que estava fazendo um trabalho voluntário comigo, em um
dia de domingo.
Para alcançarmos a excelência da qualidade, teremos que subir
os degraus dessa maravilhosa escada.
Ao subirmos cada degrau, estaremos aperfeiçoando a nossa
qualidade, seja na escada espiritual, conjugal, profissional,
empreendedora, cultural, das amizades, etc.
O olhar crítico do bom senso, tende a levar ao consenso, que é
uma agradável concordância.
Quando a visão do defeito vem acompanhada de sugestões,
conselhos, instruções, orientações, e acima de tudo, de orações,
sem a menor sombra de dúvidas, o resultado é mais um degrau
alcançado, na escada da excelência da qualidade.
Devemos lutar contra o senso crítico negativo, em nós, e
incentivarmos, tanto em nós, quanto nos outros, a busca pelo
senso crítico positivo em direção à busca da excelência da
qualidade. Isto fará grande diferença nas nossas vidas e cada vez
mais vai consolidar a melhoria da nossa qualidade em todas as
coisas.
128
MOMENTO 39

NÃO TENHA PRESSA, TENHA PLANOS

Dizermos certas coisas, não é difícil. Entretanto, apresentarmos


considerações sobre algum assunto, que tenham sentido, não é
fácil. Ouvimos muitas afirmações, sobre muitos assuntos, nas
conversações que temos com as pessoas de nosso
relacionamento. Dizermos para alguém não ter pressa e ter
planos não é difícil, mas apresentarmos o sentido dessa
afirmação, não é fácil.
Como podemos levar alguém a optar por um plano ao invés da
pressa? Possivelmente, aquele que opta por usar a pressa, tem
seus motivos e suas justificativas. Acredito que, uma forma de
ajudarmos alguém nessa escolha é fazermos uma distinção
coerente entre plano e pressa.
Para mim, o plano considera o alvo (objetivo), os prazos, as
circunstancias, os recursos, os motivos, etc. a pressa atropela,
praticamente tudo.
A grande verdade, é que, às vezes, temos que fazer coisas às
pressas, pois somos surpreendidos por fatos que fogem ao nosso
cotidiano. No entanto, precisamos estar atentos, pois muitos se
aproveitam disto para nos levarem a utilizarmos a pressa nas
situações normais, as quais poderíamos planeja-las antes de
executá-las. Isto ocorre, na maioria das vezes, para que não
percebamos os interesses ocultos prejudiciais, por parte de quem
faz isto, tentando nos impedir de, ao optarmos por um plano,
chegarmos à conclusão de que aquilo não é para nós.
Este momento de reflexão tem a finalidade de nos conduzir a uma
atitude protecional que nos faça lembrarmos de nas situações
normais podermos trocar a pressa por um plano.

129
MOMENTO 40

A LIBERDADE, ESTÁ APÓS UMA PORTA, CHAMADA


PERDÃO, QUE SÓ ABRE COM UMA CHAVE, CHAMADA
HUMILDADE

É fácil percebermos as prisões físicas, no entanto, as prisões


emocionais são mais difíceis de serem, não somente percebidas,
como também, de serem superadas.
Há algum tempo atrás, tive contato com um estudo que falava de
quatro “R”, que são: Resistencia, Ressentimento, Rejeição e
Repressão (Anthony Robbins). A resistência não tratada, vira
ressentimento, que não tratado, vira rejeição, que não tratada, vira
repressão.
Uma forma de tratarmos qualquer sentimento ruim que nos invade
é perdoando quem nos ofendeu, é relevando as atitudes
desagradáveis que nos sobrevém. A grande verdade é que
perdoar não é uma tarefa fácil, apesar de ser simples, pois
depende do exercício da humildade.
Para praticarmos a humildade, precisamos vencer o orgulho, a
soberba, a inveja, entre outros sentimentos criadores de prisões
emocionais.
Muitas vezes a aceitação de um simples pedido de desculpa,
pode eliminar a formação de uma raiz de resistência que poderá
crescer e chegar até a um sentimento de repressão.
Nos predispormos a praticarmos a cordialidade, também, pode
ser uma forma de reduzirmos as possibilidades e probabilidades
do surgimento de rancores, magoas, raivas, iras, etc.
Quando começamos a nos desapegarmos da dureza emocional,
caminhamos em direção a conquista da liberdade interior, que
resultará, também, em liberdade exterior.
Normalmente as pessoas estão vinculadas por várias áreas da
vida e quando há um desentendimento, em uma área, não
resolvido, ou seja, onde não há o perdão, termina afetando as
demais áreas.
130
Então, vamos colocar em ação a chave humildade, abrindo a
porta do perdão e alcançando a tão desejada liberdade.

REFLEXÕES PARA FELICIDADE


ENCERRAMENTO DO CONTEÚDO

Encerro estes momentos de reflexão com total convicção de que,


se não fossem estas reflexões, não teria conseguido terminar este
livro. Cada reflexão chegou no momento preciso e me ajudou a
prosseguir até o final.

131
Como bônus de encerramento trago um poema, que escrevi há
muito tempo e que recordei quando escrevia este livro, o poema
chama-se:
REFLEXÃO
Começo a soltar meu pensamento, que estava sem poder de
criação
Reflito sobre os nossos problemas, tentando encontrar a solução
Ideias começam a surgir, esperanças aumentam sem cessar
Os problemas começam a sumir, refletir os faz desintegrar

As pessoas já estão acostumadas, a não quererem refletir


Pois se sentem desestimuladas, achando que nada vão
conseguir
Aceitam tudo sem nada ponderar, não usam a sua criticidade
E ficam o tempo todo a esperar, que tudo mude por sua própria
vontade

A reflexão é a dupla flexão do pensamento


Que vai tirar você de um sentimento
A um sentimento melhor vai te levar

A reflexão é a dupla flexão do pensamento


Que vai tirar você de um sentimento

132
E como águia te fazer voar.

OSMAR MARINHO DE SANTANA

133
UM MODELO DE SUCESSO
“Artigo transcrito do vídeo originalmente publicado no portal da Endeavor
Brasil, organização mundial de fomento ao empreendedorismo. Conheça mais
sobre a Endeavor e seus conteúdos em: https://endeavor.org.br”

UM MODELO DE SUCESSO

ABERTURA DO CONTEÚDO

Ao longo desses mais de trinta anos de carreira, conheci muitos


modelos de empreendedores e empresários de sucesso. Não
apenas sucesso financeiro, mas, principalmente, sucesso de

134
caráter. Acompanhei muitas histórias, as quais nos dignificam,
conta-las.
Tive a grata felicidade de iniciar a minha carreira no Sebrae, que
na época se chamava, Ceag-Ba. Iniciei como técnico-estagiário,
logo sair para uma empresa privada para atuar na área de
Recursos Humanos.
Mais recentemente conheci uma instituição muito interessante
que hoje atua em Parceria com o Sebrae, chamada Endeavor
Brasil. Foi acompanhando as histórias de sucesso, ou seja, o
DAY1, (dia inicial ou primeiro dia) dos empresários brasileiros, que
tomei conhecimento da história que vou compartilhar a seguir.
Quero dizer que fiquei muito entusiasmado com o relato a seguir
feito pelo próprio empreendedor e empresário, de uma forma
muito natural e com uma autenticidade e simplicidade típica de
quem realmente viveu o que está relatando.
Tenho certeza que todos que tiverem acesso a essa maravilhosa
experiência empreendedora e empresarial, também, vai se
entusiasmar.
Desde já indico a Endeavor Brasil, como canal do Youtube e
portal, onde há muitas histórias de sucesso disponíveis e muitas
opções de apoio ao empreendedorismo brasileiro.
O empreendedor e empresário ao qual me refiro é o Ilmo. Sr.
Ricardo Roldão, CEO do ATACADO ROLDÃO e Presidente da
ABAAS (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS ATACADISTAS DE
AUTOSSERVIÇO).

UM MODELO DE SUCESSO

RICARDO ROLDÃO – SÓ PERDEMOS PARA NÓS MESMOS

Eu acredito que não poderia começar falando da minha história


sem falar da história de outro Roldão, nesse caso o meu Pai. Ele
135
nasceu numa ilha de Portugal, na ilha da madeira, teve que
começar a empreender quando ainda era jovem, porque o Pai
dele era Presidente do Sindicato dos Estivadores e ficava muito
ausente de casa. Como ele era o filho mais velho de uma família
de cinco irmãos, o meu Pai começou trabalhando, vendendo
tremoço no campo da bola, como ele diz e ajudando as mulheres
a levarem suas compras. Ele tinha um avô que era pescador,
pescador de atum. Ele saia muito, também, para pescar com esse
Avô dele.
Meu Pai foi o primeiro da família dele a ter uma carta chamada
para vir para o Brasil. Naquela época, os imigrantes vinham para
o Brasil com uma carta chamada. Meu pai veio sozinho, ele tinha
onze anos e o interessante dessa história toda é que ele veio num
navio com um casal que deveria tomar conta dele. Na verdade,
ele que teve que tomar conta do casal, pois o casal, nos trinta dias
de viagem, passou mal a viagem inteira, o casal ficou na cama os
trinta dias, e o meu Pai como já era um homem do mar, que
pescava com o avô dele, acabou cuidando desse casal durante
toda viagem.
Quando meu Pai aportou aqui, no porto de Santos, o Tio Abel,
irmão do Pai dele, confundiu a data de chegada do navio, ele se
despediu do casal e ficou aguardando, o Tio Abel. Para surpresa
dele, o Tio Abel não apareceu. Então, o meu Pai teve que esperar
o Tio Abel, aos onze anos de idade, dois dias no porto de Santos.
Incrível, para um rapaz de onze anos. Hoje nem a minha filha
Paola de treze anos eu consigo deixar ela ir para a praia sozinha.
Enfim, ele chegou ao Brasil e foi trabalhar, com o Tio Abel, na
carvoaria, sempre pensando em crescer na vida. Aos dezesseis
anos de idade, ele foi emancipado e começou como motorista de
ônibus numa empresa chamada Tusa, em são Paulo. Não
contente, ele fez que fez, empreendeu e conseguiu comprar um

136
caminhão para puxar areia, depois começou a vender bananas,
até que na década de sessenta ele comprou uma barraca de feira,
conheceu minha Mãe, que eu acho que foi um dos momentos
mais felizes da vida dele.
Durante toda a minha infância, eu nasci em setenta, somos uma
família de quatro irmãos e pelo histórico dele, sempre foi um cara
que é mesa farta. Para vocês terem uma ideia a gente tomava
água, mas, ele comprou um espremedor de laranjas profissional
e comprava caixas de laranja para casa e cada dia ficava um dos
filhos para espremer as laranjas. Ficava um balde de cinco litros
na geladeira para nós tomarmos.
A minha Mãe, sempre muito amorosa, éramos conhecidos na
freguesia do Ó, pois a minha Mãe tinha um fusca e naquele fusca
era a minha Mãe e quatro cabecinhas dentro, que era eu e meus
irmãos. Como meu Pai era feirante ele fazia questão que
houvesse o jantar, que era sagrado, lá em casa. Um belo dia,
aconteceu algo que ninguém esperava, meu Pai adoeceu e a
partir daquela noite não jantaríamos mais com nosso Pai. Ele teve
tuberculose e precisou ficar quatro meses no hospital. Não
entendíamos muito bem a situação, não podíamos visita-lo, o que
para nós era uma questão bastante difícil, que não entendíamos
pois éramos muito crianças.
Então, começamos a sentir dificuldades e dois tios nossos tiveram
que nos ajudar. Um deles, tinha padaria, dava o pão e o leite e
outro dava a compra do mês. Até aí estava tudo bem, só que uma
noite estávamos jantando e a minha Mãe, sempre com aquela
história de nos manter animados, com muito amor, muito carinho,
quando meu irmão Eduardo levantou abriu a geladeira, que
estava vazia, perguntou para nossa Mãe: Mãe não tem nenhuma
frutinha? Uma pergunta que para nós poderia ser normal, fez
nossa Mãe chorar copiosamente. Foi nesse momento, que

137
mesmo criança, percebi que a situação não era muito boa, pois
quando nossa Mãe começou a chorar desesperadamente,
percebemos que havia algo errado. Esse para mim na verdade,
foi o meu DAY1 (primeiro dia/dia inicial).
Mesmo com dez anos de idade, senti a responsabilidade e a
necessidade de fazer algo. Não tivemos dúvidas, tanto eu como
meus irmãos. Então, fui para feira, onde o meu Pai fazia a sua
feira e encontrei um grande amigo dele, o seu José. O seu José,
falou para mim: Ricardo, você vem trabalhar, você vai vender
limão na ponta da barraca e eu vou te dar dois pastéis e um caldo
de cana, aquilo para mim era fantástico. Além de ser um dos
melhores vendedores que seu José teve na feira, no final do dia
ele me dava duas caixas de maçã, onde ele me dizia pode levar
o que consegui. Eu morava a uns dois quilômetros da feira, tinha
que levar duas caixas de maçã, como que um moleque de dez
anos vai carregar duas caixas de maçã de vinte quilos? Então, eu
ia levando de cem em cem metros, levava uma e voltava para
pegar a outra, ia assim até chegar em casa e a minha
sensação quando levei da primeira vez, que minha Mãe viu
essas frutas, tive certeza que era isso que eu queria na minha
vida, nunca mais fazer a minha mãe chorar por causa da falta
de uma fruta na geladeira.
Meu Pai se recuperou depois de três ou quatro meses, ele não
podia trabalhar, ainda. Ele vendeu a barraca de feira, o caminhão
e ficou mais três meses se recuperando em casa. Lembro-me que
as refeições dele eram feitas numa travessa, não eram feitas num
prato comum, pois ele queria se recuperar rápido. Foi quando meu
Pai comprou um fusca sessenta e seis (meia/meia), pintado a
pincel, trocou todo o assoalho do fusca, deixou só o banco do
motorista e nisso ele procurou um frigorifico, comprava linguiça e
fazia a freguesia perto dos clientes de feira que ele já conhecia.
Obvio, meu Pai, como um empreendedor nato, uma pessoa que
138
tem muita gana, muita raça, a empresa logo dobrou de tamanho,
então ele comprou uma Kombi e contratou o primeiro funcionário,
que era eu.
Se você perguntasse para ele, quando eu estivesse perto, porque
que me contratou, ele dizia que é porque sou comunicativo,
atendo bem os clientes, se eu não estivesse perto, ele dizia, foi o
que sobrou. Com isto, comecei a trabalhar com meu Pai, para mim
era muito divertido, pois com onze anos de idade, tinha a
freguesia e trabalhava o dia inteiro. Tinha um negócio, naquela
época, que cada um tinha o seu freguês. Você não poderia vender
para o freguês do outro, mas na minha cabeça era assim, se eu
vender mais, eu ganho mais, para mim não importava. Então,
comecei a ter alguns atritos com meu Pai e pensei, esse negócio
não vai dar certo, estava tendo conflitos de ideias, pensei: vou
arrumar um emprego, fui na Joana Angélica e tinha uma vaga de
office boy, passei pela seleção e a Nestlé me contratou. No dia
que eu ia começar, era uma segunda feira, o meu Pai me
acordava todo dia às cinco e meia para carregarmos a Kombi e
fazermos a freguesia, mas nesse dia ele me acordou uns vinte
minutos antes e disse, acorda, levanta que você vai comigo, eu
disse que tinha arrumado um emprego, ele disse, novamente,
levanta que você vai comigo.
A partir daí eu falei, eu quero mais, tínhamos um depósito,
que era na lavanderia da minha Mãe, fui e falei para o meu Pai,
Pai, vou fazer faculdade, ele me disse, menino, para que um
vendedor de linguiça quer ter faculdade? Eu disse, pelo
menos vou ser um vendedor de linguiça formado. Foi aí que
fui fazer faculdade.
A minha vida era acordar de manhã, carregar a Kombi, fazer a
freguesia, voltar, sabe aquele queijo de minas, da serra da
canastra, que hoje é uma coqueluche, aquilo, antigamente, na

139
minha época, era queijo para vender na periferia. Tinha um
mineiro, o Donizete, que trazia toda segunda feira, para nós. Ele
vinha direto de Piuí, da serra da canastra e descarregava uma
tonelada lá em casa, o meu Pai fazia eu lavar queijo por queijo,
antes de ir para a faculdade. Ainda tem muito amigo meu que me
liga lembrando do queijo, da época da faculdade. Não dava tempo
tomar banho, eu ia direto.
Foi, então, que eu tive a brilhante ideia, vamos parar de ir atrás,
carregar a Kombi, o freguês quer, não quer, eu vou antes tiro o
pedido e com isto acabamos por passar de ambulante para
distribuidor. Toda uma estratégia, plano, planejamento,
discutimos, eu e meu Pai, como seria a cultura da companhia
(risos), foi então que mudamos de ambulante para distribuidores.
Começamos a contratar os vizinhos da rua, motorista,
ajudante, de uma Kombi foi para duas, três, e em 1992,
tivemos outro atrito, eu e meu Pai, pois eu queria construir
uma loja nos moldes que hoje tem na Cantareira, inclusive foi
o meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) na faculdade.
Ainda em 1992, o meu irmão Eduardo veio trabalhar com a
gente e foi justamente ele que construiu a loja da Cantareira
e até hoje ele é o nosso responsável pela expansão.
De 1992 a 1998, crescemos e compramos um depósito de
cimento da Votorantim, quando conheci o Dr. Antônio Ermírio
e foi uma alegria imensa passar dez minutos da minha vida
com aquele homem, pessoalmente.
Ainda em 1998, descobri uma coisa chamada ERP (sistema
único integrando todos os departamentos), lembro até hoje, era
mês de março de 1998, eu tinha vinte e oito anos de idade, já tinha
minha esposa, dois filhos, no dia nove de março era meu
aniversário, resolvemos fazer a nova distribuidora, colocar o
ERP, e é obvio que não deu certo.
140
Passamos quatro dias sem faturarmos uma nota, sem atender um
cliente. Tive que ir para casa bater parabéns com as crianças e
minha esposa e fui. Sabe aquele filme em que o General passa
pela tropa para dizer que está tudo bem? Mas, na verdade estava
tudo ferrado. Cantei parabéns e voltei, passei a noite tentando
fazer aquele negócio funcionar, não conseguimos faturar uma
nota. Então eu e meu irmão, no dia seguinte desesperados, sem
sabermos o que fazermos, eis que aparece meu Pai, mais uma
vez ele, sempre ele. O meu Pai viu o nosso desespero e disse:
gente, calma, vou contar uma história para vocês, eu não
atravessei o oceano sozinho, aos onze anos de idade, para
temer o futuro. Olhei para o meu irmão, meu irmão olhou para
mim e ficamos até envergonhados. Então, eu disse, acho que
nosso Pai tem razão. Nisso conseguimos esfriar os ânimos e
tomarmos uma decisão. Voltamos ao sistema velho,
conseguimos faturar, muitos dos nossos clientes foram
buscar os produtos na antiga loja e ali solucionamos o nosso
problema.
Nisto continuamos crescendo, até que um belo dia, recebi uma
ligação da nossa Gerente de Crédito, depois que fizemos todo
aquele investimento em distribuição e etc., ela diz o seguinte para
mim, Ricardo, estou com aquele cliente muito importante, ele está
dizendo que vai pagar o boleto só na segunda feira. Mas, porque?
Você já falou para ele que se ele não pagar o boleto não vamos
entregar a mercadoria dele, amanhã? Já disse tudo isso. E o que
ele disse? Falou para você não se preocupar que se você não
entregar a mercadoria ele não vai pagar o boleto e vai no tal de
assaqui que abriu na zona norte. Eu falei, o que? É, um tal de
assaqui, assai, sei lá o que.
Era a segunda loja desse nosso concorrente, aí eu disse, vou ter
que rever os conceitos. Então, mais uma vez, discutimos
internamente toda aquela história de planejamento, e
141
concluímos: precisamos ir para o atacado de autosserviço.
Conseguimos em um ano e meio. Demorou um ano e meio, pois,
como Portugueses que somos, compramos o terreno para depois
contratar o Engenheiro e ele disse que não cabia uma loja naquele
terreno. Fomos atrás de outro terreno e conseguimos montar a
loja de autosserviço. A nossa primeira loja. O que é possível
perceber, o interessante, é que estávamos numa indecisão
muito grande, o software era o mesmo, mas, passa no PDV
(Ponto de Venda), não passa, contratamos um Gerente. Abre
a loja, não abre, um belo dia estou passando em frente à loja
e ela está aberta. Então, perguntei? Quem mandou você
abrir? Vocês não decidiram, eu decidi e abri a loja, está aí
aberta. Pode-se perceber que esta primeira loja na freguesia
do Ó, o logotipo ROLDÃO parecia uma roda, o que fez com
que clientes quisessem entrar na loja para trocar o
amortecedor, o pneu, e perguntavam: vocês fazem serviço de
mecânica também (risos)? Eu olhava para o meu irmão e falava,
meu Deus do Céu!
Mas, o mais interessante é que tínhamos seis milhões em
estoque, que era quatro vezes maior do que tínhamos na
distribuidora e no primeiro dia vendemos a quantia de doze mil
reais (R$ 12.000,00). Tínhamos uma dívida que era quatro vezes
mais do que estávamos acostumado e simplesmente vendemos
doze mil reais. Novamente, desespero, mais uma vez, nosso
Pai lembra: não atravessei o oceano sozinho, aos onze anos
de idade, para temer o futuro. Tivemos que correr atrás, mas,
muito mesmo, tivemos que nos desdobrarmos para
vendermos aquele estoque e para rodarmos, lembro que o
concorrente ficou quatro dias fechado, clientes migraram
para nós, da loja dele, conseguimos equalizar.
Equalizamos, entendemos o modelo, estávamos próximos de
abrirmos a nossa segunda loja, mas, tudo tem um custo. Todo
142
empreendedor tem um custo e esse custo pode ser alto.
Então, falei para minha esposa, esse ano nada de natal para
trezentas pessoas, seremos só eu e você e a família. Era 2002,
eu pesava cento e trinta e cinco quilos, fomos passar
rapidamente em um hotel da alameda Santos, vi um monte de
atletas e perguntei o que era aquilo, era a São Silvestre.
Fomos assistir à corrida. Fui no lugar da largada e vi pessoas
com cinquenta anos mais novas do que eu e pessoas com a
minha idade nem se fala, praticamente, fiquei meio
depressivo. Então, falei para minha esposa, o ano que vem vou
correr essa prova. Qualquer mulher em sã consciência falaria,
esse cara está maluco, com cento e trinta e cinco quilos, está
dizendo que vai correr a São Silvestre.
Dito e feito, não somente corri naquele ano, mas ao longo de
todos esses quatorze anos me dedico ao esporte.
Fiz várias provas, atravessei os Estados Unidos de bicicleta
e fiz uma prova na África do Sul. Esse ano fiz uma prova em
Marrocos, que diz muito sobre a questão da resiliência, que
eu acredito que todo empreendedor tem que ter sempre.
Como diz a minha filha Pietra, e aí Pai essa prova foi rutis, eu falei,
muito rutis, é uma prova no deserto do Marrocos, os meus não
entendem porque que eu faço isso, mas é uma prova de seis dias
no deserto do Marrocos, são praticamente, quase setecentos
quilômetros, mas tem uma história, no quinto dia rasgou o meu
pneu traseiro, por a prova ser muito rutis, não tem apoio na prova.
Então, nós estávamos debaixo de um sol de quarenta e cinco
graus, já tendo vertigem, uma hora e meia e não conseguimos
arrumar o pneu, eis que vem uma land rover da organização, que
é o “famoso” vassourinha. Quem faz prova sabe da vassourinha,
que sai pegando todos os retardatários e para minha sorte tinha

143
uma bicicleta em cima, o problema do cara era inverso do meu, o
meu era traseiro e o dele era dianteiro.
Então, bastava eu trocar a roda e continuar a prova. Só, que eu
não consegui trocar a roda. A bicicleta dele era tão antiga, tão
velha, que não cabia a roda dele na minha bicicleta. Então, tive
que tirar a minha roda traseira e pegar a bicicleta dele. Foi uma
das maiores lições que o empreendedor tem que ter.
Quando faltava cento e vinte quilômetros para etapa, nós
tínhamos perdido duas horas, eu subi na bicicleta, junto com um
parceiro meu e continuamos, ele perguntou para mim, não quer
trocar? Eu disse, não. Depois de trinta quilômetros, perguntou de
novo, não quer trocar? Eu disse não, depois de quarenta
quilômetros, perguntou mais uma vez, não quer trocar? Eu disse
não. Ele percebeu que a bicicleta era muito ruim e eu estava
ficando para trás, ele falou, da aqui essa porcaria agora e trocou
de bicicleta comigo e aí nós conseguimos terminar a prova.
Mas o que quero mostrar com isto, é que na sua vida, no seu
caminho de empreendedor, você tem que estar com gente boa do
seu lado. Você tem que estar com pessoas que te ajudem e outra
coisa, eu poderia ter entrado naquela land rover, porque? Tinha
ar condicionado, fresquinha e tinha dois caras lá dentro que já
tinham desistido, mas sabe qual foi o problema? A gente só
perde para nós mesmos. Nós não perdemos para os outros,
perdemos para nós mesmos e podemos perceber que o
fracasso é uma coisa muito mais confortável do que a vitória.
Porque no fracasso você se acomoda, não deu, estava quarenta
e cinco graus, a minha bicicleta quebrou, qual o problema de
desistir, mas o empreendedor de verdade, ele não desiste,
essa que é a verdade.
A mensagem que eu queria passar é essa. Hoje, a Roldão tem
trinta lojas, tem quatro mil funcionários, temos o Instituto Roldão,
144
que nessa primeira loja que fizemos, reformamos toda a parte de
cima, atendemos duzentas crianças, para nós é retribuirmos um
pouco o que somos abençoados.
Agradeço a todos os meus colaboradores, a minha família, e
também, agradecer ao homem que sempre me inspirou, a minha
Mãe, mas, principalmente, meu Pai. Incrível, uma história
interessante do meu Pai, ele chegou para mim, eu fazia a
freguesia, moleque, ainda, morto de fome, passava num lugar
comia uma coxinha, etc., um dia resolvi pedi um big xsalada super
hiper, ele olhou, falou para mim, meu filho, sabe quantos quilos
de linguiça vamos ter que vender para pagarmos esse sanduiche?
Então são esses os valores, que carregamos até hoje, de
integridade. Acho que se pudesse deixar uma mensagem para
todos os empreendedores, essa frase é de um grande amigo,
onde ele diz o seguinte: NADA, ABSOLUTAMENTE NADA,
RESISTE AO TRABALHO. Muito obrigado.
Fonte: YOUTUBE – Canal Endeavor Brasil.
“Artigo transcrito do vídeo originalmente publicado no portal da Endeavor
Brasil, organização mundial de fomento ao empreendedorismo. Conheça mais
sobre a Endeavor e seus conteúdos em: https://endeavor.org.br”
UM MODELO DE SUCESSO
ENCERRAMENTO DO CONTEÚDO

Caro Leitor, após a leitura dessa maravilhosa história de


empreendedorismo, tenho certeza que você tirou algumas lições
importantes como eu também tirei. Quero destacar três
momentos, que para mim foram muito importantes. O primeiro, é
quando o Sr. Ricardo, ainda criança resolve trabalhar para que
sua mãe tivesse um desejo insatisfeito, atendido. O segundo, é
quando resolve fazer faculdade, mesmo estando em uma
atividade que inicialmente não precisava de tal qualificação. E o
145
terceiro, é a declaração da frase do amigo: NADA,
ABSOLUTAMENTE NADA, RESISTE AO TRABALHO.
Este é um exemplo excelente de exercício de valores
fundamentais para construção de algo duradouro. Espero que
possamos, não somente tomarmos conhecimento, mas replicar o
aprendizado adquirido com este exemplo.
Esta matéria está em um vídeo do Youtube, no canal Endeavor
Brasil. A minha sugestão é que se você, Caro Leitor, ainda não
assistiu, que assista, pois vai agregar um valor extraordinário à
sua vida como um todo.
No canal Endeavor Brasil, tem outros vídeos, assim como
mentorias gratuitas que você pode está acessando. Além do canal
Endeavor Brasil, também, sugiro canais como: Motivação Grid,
Roger Oliveira, Conrado Adolpho, Érico Rocha, Patrícia
Meirelles TV, Anderson Ferro, entre outros, que você pode
acessar no Youtube.

ENCERRAMENTO TOTAL

Vamos começar esse encerramento com uma pergunta: QUE DIA


É HOJE? Como é interessante, hoje é o dia que você está lendo
esse encerramento, o dia em que você vai conhecer algumas
coisas, que mesmo tendo lido todo livro, você não conhecia.

A primeira coisa que quero compartilhar é como nasceu


F.O.C.C.O. Em agosto de 2016, fui convidado para participar de
um evento chamado IMPULSOR DIGITAL e vi a possibilidade de
unir o necessário, ver meu Filho Moisés, com o útil, participar do
146
evento. Assim foi feito. Após sair da cidade de Fortaleza-CE, lugar
do evento, fui à Natal-RN, onde estava residindo meu Filho e
quando ainda estava lá ele me sugeriu participar de um negócio e
foi aí que pegamos uma folha de papel para traçarmos as
primeiras ações.

Aquela folha de papel tornou-se o esboço de um roteiro que


resultou em tudo que você leu. As primeiras coisas que
conversamos foi sobre como atrair, introduzir, manter, fidelizar e
desenvolver pessoas para o modelo de negócio.

Logo, no dia seguinte, tive de retornar para a cidade que residia


(Feira de Santana-BA) e ao chegar comecei a pensar sobre
aquele roteiro e percebi que deveria escrever algo que pudesse
ser aplicado para qualquer modelo de negócio. Então, surgiu a
ideia dos sete M (emes) da transformação: modelos, metas,
métodos, movimentos, medições, méritos e melhorias.

Ao começar a escrever sobre modelos terminei concluindo que


precisaria criar um caminho e assim surgiu um caminho para o
sucesso, como vimos. Isto, levou ao estabelecimento e
desenvolvimento do conteúdo alvos (destinos), sem os quais não
chegamos a lugar algum.

Após tratarmos sobre alvos, veio a pergunta: de que forma vamos


atingir esses alvos? E de uma maneira bem resumida, tratamos
de formas, dos pontos, dos sinalizadores, das circunstâncias, das
fases e voltamos aos sete M, agora modificados para modelos,
metas, métodos, ações, avaliações, méritos e melhorias
acompanhados da palavra compromisso.

Após ter finalizado o livro, como sugestão do Coach IRADJ


EGHRARI, voltei para escrever passo a passo de uma
consultoria conteúdo bastante objetivo em que descrevo a
aplicação do Modelo Operacional de Atuação como prova de

147
conceito, pois foram as consultorias que alicerçaram a construção
de cada conceito apresentado em F.O.C.C.O.

Em seguida temos as reflexões para felicidade, pois temos uma


convicção plena que não adianta alcançarmos sucesso se ele não
vir acompanhado de felicidade, isto foi muito importante, pois as
reflexões mantinham a construção do caminho para o sucesso
sem perder de vista a manutenção e busca constante pela
felicidade.

Por fim, um modelo de sucesso. Após conhecer, por ouvir, ver e


fazer acontecer, diversas histórias de sucesso de
empreendedores, concluímos que traríamos o modelo que você
conheceu.

Aqui, fica a pergunta: Se uma folha de papel, que foi escrita para
atender o pedido de um Filho gerou um livro, o que não pode
acontecer se aproveitarmos tudo que tivemos acesso em
F.O.C.C.O.?

DADOS BIBLIOGRÁFICOS

Esta não é uma obra alicerçada em pesquisas literárias, não que


o conhecimento literário não seja fundamental para todos nós.
Nas outras publicações que editei e lancei apresentei algumas
obras literárias que li, estudei e apliquei e que continuam sendo
importantes para a minha trajetória. No entanto, no período em
que escrevi esta obra fiquei envolto em uma dinâmica tão intensa
que não tive como acessar e consultar obras literárias.

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Sem nenhuma sombra de dúvidas, o que experimentei, como
base de consultas, foram os diversos vídeos sobre histórias de
empreendedores e temas ligados ao empreendedorismo, os quais
já me referi em outra parte dessa obra.

Algumas experiências foram de grande relevância para a


concretização deste trabalho. Entre elas não poderia deixar de
mencionar a consultoria prestada à Morelate Distribuidora de
Autopeças, que só foi possível pela grande visão e capacidade
de gestão do seu CEO e Fundador, o empresário e
Empreendedor, Sr. Nivaldo Moreira.

A participação na preparação da empresa para o balanço


auditado e a obtenção da certificação I S O 9001, bem como a
implantação do programa de redução do índice de pedidos
não atendidos nos deu uma expressiva contribuição para
chegarmos aos conceitos que nesta obra foram apresentados.

Quero mencionar aqui duas obras literárias, ESTRATÉGIA EM


PERSPSCTIVA, de Carl W. Stern e George Stalk Jr., da Editora
CAMPUS, livro que já citei em outra publicação e a obra que não
poderia ficar de fora, a BIBLIA SAGRADA, minha leitura de todos
os dias.

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