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Curso: Mestrado em Desenvolvimento Humano e Educação

Influência de Autoestima no Processo de Aprendizagem dos Alunos numa visão


Psicopedagógica e de Relações entre Práticas Educativas Parentais.

Mestrando:
Armando Domingos

Beira, Outubro de 2020


Curso: Mestrado em Desenvolvimento Humano e Educação

Influência de Autoestima no Processo de Aprendizagem dos alunos numa visão


Psicopedagógica e de Relações entre Práticas Educativas Parentais.

Trabalho entregue à Faculdade de Educação

Mestrando: Docente:
Armando Domingos Prof. Doutor Paulo Zebo Bulaque

Beira, Outubro de 2020


Resumo

O presente ensaio, visa compreender a influência de autoestima no processo de aprendizagem


dos alunos numa visão psicopedagógica e de relações entre práticas educativas parentais. Para
materialização deste objetivo, recorremos minuciosamente a pesquisa bibliográfica, na qual foi
efectuada uma vasta revisão da literatura com vista a uma abordagem teórico-conceptual e das
evidências sobre estudo de autoestima na aprendizagem dos alunos. Os resultados de vários estudos
consultados revelam que, os problemas da aprendizagem podem provocar uma baixa autoestima, o que
significa que, a autoestima e a aprendizagem dos alunos na perspectiva psicopedagogica relacionam-se
de forma direta e complementar, no entanto, aqui tomar atenção à quando da entrada da criança pela
primeira vez na escola, ela necessita de uma visão que perceba a permutação de casa para a escola
podendo influenciar no seu processo de aprendizagem, pelo que, os professores precisam terem atitude
positiva, com vista a estimular autoestima positiva aos seus alunos que se traz em valorizar o que faz o
aluno, uma vez que, a postura negativa não traz resultados brilhantes e não menos importante a
influência das práticas educativas parentais que precisam repercutir no maior o envolvimento e a
frequência de relação e comunicação entre pais-filhos. Porém, é citada como sendo uma das causas de
depressão e baixa autoestima dos alunos, o modelo parental inadequado, ou seja, a negligência parental
ou comunicação negativa. Para facilitar a compressão, o presente trabalho está organizado de seguinte
maneira: introdução, revisão literária, conclusão e finalmente apresentamos, as referências
bibliográficas, de modo a ajudar no enriquecimento dos trabalhos dos estudantes e investigadores, que
de certa forma, poderão atravessar pela essa área do conhecimento.

Palavras-Chave: Aprendizagem, Autoestima e Família.


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INTRODUÇÃO

O presente ensaio, pretende compreender a influência de autoestima no processo de


aprendizagem doa alunos numa visão psicopedagógica e de relações entre práticas educativas
parentais. Para efetivação deste objetivo, recorremos a pesquisa bibliográfica que ajudou-nos
na consulta de vários artigos científicos que debruçam sobre autoestima.

É de salientar que, a autoestima positiva é extremamente importante para o sucesso de


aprendizagem dos alunos, visto que, a ausência de autoestima limita a capacidade de
aprendizagem, sendo um dos principais motivos do insucesso escolar, por derrotar a criança
mediante situações de dificuldade ou do baixo aproveitamento pedagógico. Pelo contrário,
tendo alta autoestima, consegue superar os fracassos e os problemas e, por conseguinte adquirir
comportamentos responsáveis, com capacidade de assumir compromissos. Partindo desse
pressuposto, a família assim como a escola é meramente importante para estimular a autoestima
positiva dos alunos.

Nesse contexto, Castelano, Martins & Andrade (2017, p.11), debruçam que, a infância
é o período de início de construção da autoestima. Esta é projetada na medida da convivência
da criança com seus pais, familiares, passando pelo convívio escolar, com os amigos e outras
pessoas próximas, a partir do tratamento que deles recebe.

Para facilitar a compressão, o presente trabalho está organizado de seguinte maneira:


introdução, revisão da literatura, conclusão e finalmente apresentamos, as referências
bibliográficas, de modo a ajudar em enriquecer os trabalhos dos estudantes e investigadores,
que de certa forma, poderão atravessar pela essa área do conhecimento.
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2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Conceito de autoestima

É importante analisar quando se pensa e se escreve a respeito da autoestima pois


necessário se faz tomar o cuidado de não torná-la parte da psicologia popular, considerando-a
algo corriqueiro, pois Aragón e Diez (2004) apud Dos Santos (2017) afirmam que “a palavra
autoestima significa tantas coisas para tanta gente e tão diferentes uma das outras”. Já para
Briggs (2002) autoestima “é a maneira pela qual uma pessoa se sente em relação a si mesmo.
É o juízo geral que faz de si mesmo, o quanto gosta de sua própria pessoa”. (apud Dos Santos,
2017)

A partir dessa reflexão, a autoestima pode ser conceitualizada de diversas maneiras, na


visão de vários autores, como observado, uma vez que a autoestima vai sendo formada desde o
nascimento da criança, ou seja, a partir do que é ouvido a seu respeito, elogios ou insultos são
os determinantes para que no futuro essa criança se torne um adolescente ou adulto com uma
boa/ou má autoestima na sua própria aceitação. Para Miras (2004) apud Dos Santos (2017) a
autoestima refere-se à representação da avaliação afetiva que a pessoa tem de suas
características em um determinado momento de sua vida.

Auto-estima é a avaliação que o indivíduo faz sobre si mesmo, que se expressa numa
atitude positiva ou negativa em função de si, em que este aprova ou não o resultado. (Rosenberg
apud Quintão et al., 2011). Esta ideia de auto-estima como atitude deve ter em conta tanto as
dimensões cognitivas como afectivas (Mruk apud Gouveia, 2003, p.13).

Schultheisz & Aprile, (2013), definem a autoestima como sendo à valoração intrínseca
que o indivíduo faz de si mesmo em diferentes situações e eventos da vida a partir de um
determinado conjunto de valores eleitos por ele como positivos ou negativos. (p. 36)

Para Tiba apud Dos Santos (2017) a autoestima: “É o sentimento que faz com que a
pessoa goste de si mesma. Aprecie o que faz e aprove suas atitudes. Trata-se de um dos mais
importantes ingredientes do nosso comportamento”. Verifica-se que a autoestima representa o
que se sente acerca de nós próprios, a afetividade, os sentimentos acerca do que realmente
somos.

Assim sendo:
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A autoestima pode ser entendida também como nossos sentimentos, o que sentimos em
relação a nós mesmos. Quando vista de um ângulo positivo, significa que as pessoas
têm uma boa imagem de si, espera-se que os outros gostem de nós e confiem em nossas
habilidades de lidar com seus próprios desafios, percebendo também, quando vista do
ponto negativo, pode causar sérios problemas, quando achamos que não merecemos o
amor de ninguém, não acreditamos em nosso potencial, que não somos capazes,
considerando que não sabemos fazer nada direito, imagine tais situações no ambiente
escolar, no processo ensino-aprendizagem das crianças (Gonçalves, apud Dos Santos,
2017).

Segundo Frada (2015, p.16), a auto-estima é a apreciação do valor próprio sem


minimização nem superiorização em relação aos outros. A auto-estima traz satisfação e gera
autoconfiança que leva a enfrentar a vida com coragem. É um conjunto das atitudes do
indivíduo para consigo mesmo e não é um estado constante, podendo alterar-se conforme as
experiências pelas quais se vai passando.

Importa referir que, a autoestima não é estática, como diz Mosquera & Stobaus (2006,
p. 85) que:

As pessoas podem apresentar níveis altos e baixos, revelando-se nos acontecimentos


sociais, emocionais e psíquico-fisiológicos (psicossomáticos), emitindo sinais
detectáveis em vários graus. Ninguém deixa de pensar em si mesmo, todos temos
tendência a nos avaliar, porém o fazemos de um modo diferente, distinto, cada um à sua
maneira, levando em conta o mundo ao meu redor, mas ela de ser bem realista. Aí o
papel de um educador ou cuidador (amplo sentido), enquanto da área de Pedagogia,
Psicologia, Medicina, Serviço Social, Psicopedagogia, entre outros tantos profissionais
de ajuda.

Em harmonia com abordagem acima, importar salientar que, a autoestima tem tendência
a ser positiva ao longo do tempo e em diversos momentos na vida adulta. Visto que, a auto
estima não é estática como foi referenciado anteriormente, pois, ao longo da nossa vivencias
através de vários factores que intervém positivamente na vida, é possível estimular a alta estima.

Autoestima a maneira pela qual nós percebemos repercute em nossas acções, na vida
profissional e pessoal. Esse autor também afirma que existe uma relação entre nossas reações e
o que pensamos de nós mesmos. E enfatiza que “desenvolver a autoestima é expandir nossa
capacidade de ser feliz” (Branden, 1994, apud Andrade & Edinilsa, 2010, p.182)

A auto-estima parece estar também correlacionada com a satisfação, com a imagem


corporal, sendo o seu constructo mutidimensional responsável pelas alterações positivas na
imagem corporal (Melnick & Moorkerjee, 1991; Batista & Vasconcelos, 1991 apud Andrade
& Edinilsa, 2010, p.14).
Elucidando a abordagem acima, de facto, a autoestima está relacionada com satisfação
corporal, ainda que seja considerado feio, obeso, gênero feminino ou masculino, deve-se
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valorizar, na tentativa de considerar-se capaz de fazer algo espetacular que os outros também
fazem ou até superar, não necessariamente rebaixar-se tendo em conta as características
corporais.

Smith et al. (1998), apud Rocha (2003) definem a auto-estima:


Como sendo um termo geral para designar o modo como as pessoas pensam nelas
próprias e se vêem, podendo referir todos os aspectos do “eu” ou do indivíduo: aspecto
físico, a personalidade, a capacidade, a nacionalidade, a etnia. Acrescenta ainda que
todas as pessoas se comparam umas com as outras, atribuindo juízos de valor e que
estes juízos de valor que são emitidos são denominados pelos psicólogos como auto-
estima.
Olhando para vários conceitos em alusão, importa referir alguns termos meramente
importantes arrolados no conceito de autoestima como: autovalorização, capacidade pessoal,
autoconfiança, julgamento pessoal, pensamentos pessoal, entorno dos aspectos positivos e
negativos que devem ser tomados em conta quando precisamos perceber a autoestima.
2.2. Níveis de auto-estima

Os níveis de autoestima são classificados em baixo, médio e alto. (Rosenberg, 1965,


apud Sbicigo, Bandeira & Dell’Aglio, 2010)

Autoestima baixa:

 A baixa auto-estima se expressa pelo sentimento de incompetência inadequação e


incapacidade de enfrentar os desafios. (Rosenberg, 1965, apud Sbicigo, Bandeira &
Dell’Aglio, 2010)
 Não expõe de forma regular e consistente confiança, curiosidade, iniciativa e autonomia;
exemplos: os mesmos acima referidos mas pela negativa e ainda não participa,
simplesmente observa, desiste facilmente e põe-se de parte; (Laurent, 2015, p.6)
 Dificuldade em adaptar-se à mudança e ao stresse; exemplos: desiste facilmente quando
frustrada, reage ao stresse através de um comportamento imaturo e de forma inadequada
a situações inesperadas. ( idem)

Autoestima média:

 A média é caracterizada pela oscilação do indivíduo entre o sentimento de aprovação


e rejeição de si; (Rosenberg, 1965, apud Sbicigo, Bandeira & Dell’Aglio, 2010)
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Autoestima alta:
 E a alta consiste no autojulgamento de valor, confiança e competência. (Laurent, 2015,
p.6),
 Revela confiança, curiosidade, iniciativa e autonomia; exemplos: confia nas suas ideias,
aborda desafios com confiança, tem iniciativa, define metas autonomamente; é curiosa,
explora e questiona, gosta de experimentar coisas novas, descreve-se de forma positiva
e mostra orgulho nas suas produções; consegue adaptar-se à mudança e ao stresse:
exemplos: tolera frustrações, é perseverante, e é capaz de lidar com críticas. (idem)

Em conformidade com exposto acima, podem-se identificar níveis diferentes de


autoestima em áreas diferentes. A mesma pessoa pode ter uma elevada auto-estima expressão
físico-motor mas uma baixa auto-estima expressão plástica, enquanto outro indivíduo pode ter
uma baixa auto-estima em matemática mas uma elevada auto-estima social.
Entre os níveis de autoestima patentes acima, aconselhamos que os alunos com auxílio
dos seus pais e professores busquem auto estima alta ou positiva, visto que, uma pessoa com
autoestima alta mantém uma imagem constante de suas capacidades e de sua distinção como
pessoa. Tem maiores possibilidades para assumir papéis ativos em grupos sociais que
efetivamente expressam as suas visões. Menos preocupada por medos e ambivalências, essa
pessoa se orienta mais diretivamente e realisticamente para a consecução de suas metas.
Nesse contexto, os alunos que desenvolvem autoestima positiva tendem a ter nível de
comportamento considerado social aceite e o sucesso escolar enquanto que, os alunos com
baixa autoestima tendem a abster-se da escola como também tendem a ter baixo
aproveitamento.
a questão da autoestima melhora se enfatizarmos aos alunos que ninguém é bom em
tudo, que somos humanos e, portanto, imperfeitos; cada um é bom em alguma coisa e faz
alguma coisa melhor ou pior que os demais. Assim sendo, deve ser convencido que cada um
deve aceitar-se como é; por exemplo, se uma criança não se considera boa numa área, deve ser
direcionada para outra em que possa se destacar.
2.3. Formas de Autoestima

A auto-estima tem vindo a ser utilizada de três formas distintas: auto-estima global,
sentimentos de valor próprio, auto-avaliações: (Brown e Marshall, 2006, apud Schultheisz, &
Aprile, 2013, P. 41).
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Primeira, auto-estima global: os pesquisadores apelidam desta forma a auto-estima na


medida em que ela é relativamente persistente em situações e ao longo do tempo. Alguns
investigadores fazem uma abordagem cognitiva, presumindo que a auto-estima global é uma
decisão que as pessoas tomam acerca do seu valor como pessoa (Crocker & Park, 2004, apud
Schultheisz, & Aprile, 2013. P. 41).

Outros fazem uma abordagem através dos processos emocionais e presumem que se
trata de um sentimento por si mesmo e que não deriva do racional nem de processos de
julgamento (Brown & Marshall, 2001, apud Schultheisz, & Aprile, 2013. P. 41).

No entanto, a auto-estima global tem vindo a ser demonstrada como estável durante a
vida adulta com uma provável componente genética relacionada com o temperamento e o
neuroticíssimo (Neiss, Sedikides, & Stevenson, 2002, apud Schultheisz, & Aprile, 2013. P. 41).

A segunda, sentimentos de valor próprio:


A auto-estima também é utilizada para fazer referência a reacções emocionais de auto-
avaliação em eventos importantes. Por exemplo, uma pessoa pode dizer que está com
uma auto-estima elevadíssima se tiver experimentado algo prazeroso ou pode dizer que
a sua auto-estima baixou totalmente se experienciou um evento desagradável. Isto
implica uma diferença essencial entre dois construtos, a auto-estima global persiste,
enquanto os sentimentos de auto valorização são temporários (Brown & Marshall, 2006
apud Schultheisz, & Aprile, 2013, P. 41).

A terceira, auto-avaliações: a auto-estima é utilizada para se referir à forma como as


pessoas avaliam as suas capacidades e atributos. A pessoa que duvida de alguma capacidade
própria pode referir ter baixa auto-estima e uma pessoa que pensa ser boa em algo pode referir
uma elevada auto-estima. (idem)

2.4. Estratégias de promoção de auto-estima para assegurar uma vida saudável e benéfica

Existem diversas estratégias para assegurar uma vida saudável e benéfica, desde as que
são trabalhadas unicamente pela mente, até às que envolvem o físico. Autores como Harter
(1999, apud Cruz, 2016, p.21) indicam algumas, como a orientação diária para situações que,
à partida, resultem em sucesso e afecto positivo; o evitar domínios negativos que possam
resultar em fracasso; a auto-afirmação; ou a maximização do apoio e aprovação de quem rodeia
o indivíduo, tambem temos, as estratégias motivacionais .
Os professores que almejam melhorar a motivação de seus estudantes precisam ter uma
compreensão clara das causas específicas que subjazem os problemas motivacionais de seus
alunos, a fim de auxiliá-los na superação dos mesmos. Para tanto deve promover crenças
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positivas 8 e contextos de aprendizagem, que levem o aluno de uma orientação motivacional


mais extrínseca, para uma mais intrínsica. (Sviech, 2008, p.7)
Enunciado na área da gestão, mas aplicável ao nosso estudo, Harvey (1993), apud Cruz,
(2016, p.21) evidencia também esta questão através do que chama de ‘inversão do pensamento
limitativo’. A autora explica que este tipo de pensamento entra na mente das crianças, entre os
seis e os doze anos, quando o medo de falhar surge, e defende ser possível inverter os
pensamentos negativos que a nossa mente impõe, através da identificação dos desafios que cada
um quer atingir, dos possíveis obstáculos a enfrentar e da repetição, pelo próprio, de que é capaz
de lá chegar. Franklin (2014), apud Cruz (2016, p.21), utiliza a mesma estratégia na dança.
Segundo Mosquera & Stobaus (2006, p.85), os traços de uma auto-estima positiva:

 Ter segurança e confiança em si mesmo procurar a felicidade;


 Reconhecer nossas qualidades sem maiores vaidades;
 Não se considerar superior e nem inferior aos outros;
 Saber admitir limitações e aspectos menos favoráveis da personalidade;
 Ser aberto e compreensivo; ser capaz de superar os fracassos com categoria;
 Saber estabelecer relações sociais saudáveis;
 Ser crítico construtivo; e, principalmente,
 Ser coerente e conseqüente consigo mesmo e com os outros. (p.85)

Ao possuir melhor (mais real) e coerentes auto-imagem e auto-estima, temos a tendência


a gostar mais dos outros seres humanos, somos mais afetuosos e tentaremos trabalhar ou
mesmo cuidar muito mais de aspectos que considerarmos mais positivos em nós mesmos e nos
outros (Mosquera & Stobaus, 2006, p.85)
2.4.1. Pensamentos positivos de si (Funcionais)
 Sinto que sou uma pessoa de valor como as outras pessoas;
 Sou capaz de fazer tudo tão bem como as outras pessoas;
 Eu acho que tenho muitas boas qualidades;
 Eu tenho motivos para me orgulhar na vida;
 De um modo geral, eu estou satisfeito (a) comigo mesmo (a);
 Eu tenho uma atitude positiva com relação a mim mesmo (a) (Schultheisz, & Aprile,
2013)
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Acreditamos que, o conhecimento desses tópicos acima expostos e seu estudo possa
auxiliar para o melhor desenvolvimento do processo de ciclo vital de seus componentes, na sua
Saúde e na sua Educação, levando a uma melhor qualidade das nossas vidas.

2.5. A importância da autoestima

A autoestima assume um papel importante e decisivo no processo de desenvolvimento


e maturação pessoal, daí considerar-se extremamente pertinente a sua promoção constar de
forma clara e inalienável nos objetivos, programas e atividades escolares. “O desenvolvimento
pessoal e social assenta na constituição de um ambiente relacional, em que a criança é
valorizada e escutada, o que contribui para o seu bem-estar e autoestima” (Ministério da
Educação, 1997, apud Frada, 2015, p.21).

Nesta perspetiva, Alcántara (1991, apud frada, 2015, p.21):

Merece particular atenção a função estruturante da autoestima no processo de formação


pessoal e social da criança. A autoestima positiva é um bem em si mesmo, pela
felicidade de se gostar do seu próprio ser como ele é. Mas é também um substrato fulcral
para enfrentar a realidade, com as suas constantes mutações e dificuldades, por ser
essencial à aquisição da autoconfiança que permita enfrentar os desafios que ao longo
da vida se colocam. Por isso, a “condução” da criança, desde a sua mais tenra idade,
para ganhar uma autoestima positiva revela-se fundamental para o seu desenvolvimento
sadio e sustentável.

A existência de autoestima, pelo clima de confiança e de segurança que traduz, alimenta


a coragem para inovar, para ser diferente, para ser criativo - marca distintiva cada vez mais
importante-, habilita a agir e pensar com autonomia, sem permanente dependência de outros,
transmitindo no seu relacionamento com os outros uma atmosfera de energia positiva e
mobilizadora. (Frada 2015, p.21)

Dessa forma, a autoestima constitui uma base extremamente importante para o


indivíduo se projetar como pessoa, traçando metas e objetivos superiores e ambiciosos para a
sua vida futura, pelo que a educação para a aquisição de autoestima positiva atinge e constitui
uma tarefa prioritária para a formação do núcleo da personalidade da criança. Podemos afirmar
que a auto-estima é a ferramnta imprescindível para o êxito e felicidade das nossas vidas como
pessoas.

Nessa perspectiva, os resultados obtidos de Laurent (2015), sugerem que a promoção


da autoestima é de grande relevância para o desenvolvimento das crianças. Se estas se sentirem
estimadas e valorizadas desenvolverão mais confiança em si, uma maior iniciativa e autonomia
11

para se lançarem em novas aprendizagens e, por consequência um maior desenvolvimento


global.

2.6. Avaliação da autoestima

Durante algum tempo, a avaliação da autoestima enfrentou sérias críticas em função da


inexistência de instrumentos específicos para sua medição. No decorrer dos anos de 1990, uma
nova geração de psicólogos modificou e refinou a instrumentação destinada à avaliação da
autoestima. (Schultheisz, & Aprile, 2013. P. 41)

2.6.1. Escala de autoestima de Rosenberg

Os estudos realizados por Morris Rosenberg sobre autoestima são bastante representativos para
explicação das condições associadas à sua elevação ou diminuição. Com o objetivo de avaliar
a autoestima, em sentido global, Rosenberg propôs sua escala, conhecida por Escala de
Autoestima de Rosenberg (EAR) (Schultheisz, & Aprile, 2013. P. 42).
Segundo o autor, a autoestima é um componente fundamental da saúde mental e social do ser
humano. Indica o ajuste do indivíduo a sociedade em que vive. Refere-se à relação positiva ou
negativa que o indivíduo tem com um “objeto”. Traduz o próprio self. (idem)

A Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR) é constituída por dez assertivas: 5 (cinco) se


referem à autoimagem ou ao autovalor positivos e 5 (cinco) à autoimagem negativa ou auto
depreciação. As alternativas de respostas são apresentadas no formato Likert de quatro pontos,
alterando entre "concordo totalmente" e "discordo totalmente". (Schultheisz, & Aprile, 2013.
P. 42)
12

Fonte: (Dini & Ferreira apud Schultheisz, & Aprile, 2013. P. 42)

2.7.Fatores desencadeantes da baixa autoestima


Fraiman (2013), apud Lima e Rodrigues (2018, p.20):
Ressalta que “não existe um único elemento responsável pela formação da autoestima.
Ela é resultado da combinação de diferentes fatores biológicos, psíquicos e sociais”. Os
fatores que influenciam a autoestima estão relativamente ligados à genética, vida
intrauterina, aos primeiros meses de vida, ao relacionamento com os pais e familiares,
desempenho acadêmico, socialização com amigos, cultura de origem, dentre outros. A
criança quando tem uma autoestima elevada tem autonomia para resolver conflitos e
desafios.

"A autoestima pode ser ameaçada por muitas coisas. As causas podem ser internas, isto
é, próprias da pessoa, ou externas, ou seja, sociais, familiares, etc.; reais ou imaginárias;
passageiras ou duradoras". Portanto, o que pode afetar um indivíduo, porventura, não tem a
mesma causa e consequência na vida do outro, cada um tem uma maneira diferente de lidar
com seus conflitos sejam eles internos ou externos. (idem, p.16)
13

O juízo que a pessoa faz de si mesmo, mediante a qualquer situação, dependerá do que
foi trabalhado/estimulado em sua infância. De acordo com Schultheisz e Aprile (2013, p.1):
"A construção de uma autoestima está relacionada à identificação que cada indivíduo
estabelece com o mundo exterior". Sabendo que a autoestima é construída durante a
vida toda, atitudes pequenas podem proporcionar grandes consequências, a imposição
de padrões e rótulos da sociedade refletem até mesmo na vida das crianças,
influenciando no processo de formação de sua personalidade.
Outros factores externos que podem influenciar a auto-estima são características como
o género e a idade, mudanças corporais ou alterações psicológicas (Santos, apud Cruz, 2016).
No entanto, estudos recentes concluem que há mais semelhanças entre os dois géneros
relativamente ao modo como se valorizam, do que diferenças. (Sheehan, apud Cruz, 2016). Em
suma, as situações em que as variações na auto-estima são mais propícias, são aquelas que são
menos previsíveis ou controláveis (vanDellen, Bradfield & Hoyle, apud Cruz, 2016). 2010).

Oliveira (2017), apud Lima e Rodrigues (2018, p.17), afirma que: Ainda na infância a
maioria das pessoas são inferiorizadas e estigmatizadas através do uso de rótulos como
“tímido”, “medroso”, “esquisito”, “dramático”, “antissocial” e outros que contribuem para criar
esta sensação difusa de que “há algo errado comigo”, que muitos carregam pela vida afora.
Henriques (2003) apud Lima e Rodrigues (2018, p.17), ressalta que existem "muitas
vozes" ao nosso redor e que essas vozes dizem coisas que nos calam no fundo do coração.
Internalizadas, transformam-se, mais adiante, na nossa própria voz". O que a criança ouve
durante a sua infância contribuirá de forma significativa na percepção que ela tem de si mesmo.
Os pais assumem uma grande responsabilidade nesse processo de construção.
É uma boa ajuda admitirmos nossos próprios erros ou fracassos. Ela precisa saber que
também nós não somos perfeitos". A criança precisa entender que é normal errar e isso não
interfere em seu valor, nem nos sentimentos das pessoas para/com ela. Uma boa relação familiar
a possibilita um olhar diferente do mundo e a forma como se enxerga nele. (idem)
Explica Mello (2006), apud Lima e Rodrigues (2018, p.17):
A relação sendo positiva, possibilita uma vivência agradável entendida como um
convite à ampliação da relação com o mundo de pessoas e objetos ao redor. Sendo
negativa, inibe a iniciativa da criança. Em lugar de abrir-se para o mundo que se
descortina frente a ela, a criança se fecha. A forma como os pais tratam seus filhos,
servirá de base para situações que a criança irá enfrentar, o afeto torna a relação mais
saudável, fazendo com que haja confiança entre ambos.
Os pais tornam-se mediadores das emoções e sentimentos gerados na criança,
auxiliando-os como lidar com seus conflitos, proporcionando uma vida emocional equilibrada.
Algumas situações de conflito acontecem durante o dia a dia de todos os seres humanos, o afeto
14

auxilia na resolução dessas situações, quando o sujeito recebe o afeto de seus pais durante sua
infância, automaticamente estará propiciando em seu ser uma autoestima elevada.
Albuquerque (2016), apud Lima e Rodrigues (2018, p.17), explica: Uma criança quando
é rejeitada pelos pais, quando não recebe atenção e reconhecimento suficientes, nutre um
sentimento de não valor, ela acredita não ser merecedora de coisas boas e passa a rejeitar a si
mesma e a procurar reconhecimento no outro, isso gera um adulto sem confiança e que anseia
ser aceito por todos, deixando de lado aquilo que acredita, gosta e deseja.
A criança tem a necessidade da aprovação do outro, é preciso ensinar aos filhos
situações de esperar, negociar e ceder. Atitudes como estas contribuirão para o desenvolvimento
da autonomia e evitará que os mesmos se tornem adultos frustrados. (idem)
Segundo Campeiz & Aragão (2010); no seu estudo:

Dentre as temáticas suscitadas a Autoestima avaliou a perspectiva dos alunos sobre a


vida escolar, como sujeito de direitos, e a auto-aceitação enquanto ser humano. A
reduzida motivação em frequentar a escola foi reconhecida na baixa autoestima,
causada pelas violências moral, verbal e psicológica sofrida por colegas e professores;
a intolerância à diversidade (sexual e física) e a invisibilidade social. Reconheceu-se a
urgência de integrar o corpo técnico-administrativo e os docentes às atividades e
temáticas cotidianas com dos adolescentes. Estratégia que permite ampliar a análise das
causas da ruptura aluno-escola ao compreender os alunos não como problema em si
mesmo, reconhecendo a importância da construção de um auto-conceito positivo com
vista a ampliar sua capacidade de aprendizagem.

Fraiman (2013), apud Lima e Rodrigues (2018, p.17), ressalta que, é importante
ressaltar que, apesar de todos esses fatores combinados construírem uma identidade pessoal,
uma pessoa é muito mais do que a simples soma dos elementos que a influenciam. Afinal, ela
pode decidir conscientemente agir de acordo como o que sua alma deseja. A criança necessita
de afeto, de receber palavras de carinho, amor e confiança, pois sua autoestima é construída
através das demonstrações de afeto que nelas são depositadas.

Segundo Argyle (1974), apud Lima e Rodrigues, (2018, p.17):


A interação social decorre dentro de um dispositivo cultural. Por cultura de um grupo
de pessoas significam-se seu modo global de vida, sua língua, seus modos de perceber,
classificar e pensar a respeito do mundo, formas de comunicação não-verbal e interação
social, normas e convenções sobre comportamento, valores morais e ideais. [...] Todos
esses aspectos da cultura afetam o comportamento social, direta ou indiretamente. O
meio de convívio do sujeito e as suas relações intrapessoais, o modo que ele encara os
“padrões” estabelecidos pela sociedade, a cultura onde ele é inserido,os grupos pelo
qual ele participa, as redes sociais, as relações familiares, tudo que se faz presente no
cotidiano influencia em atitudes, pensamentos, reações emocionais e até mesmo física,
o autoconceito e sua autoimagem contribuem continuadamente a autoestima. A omissão
de elogios no dia a dia, a falta do reconhecimento familiar, acadêmico, profissional,
dentre outros, desencadeia sentimentos negativos pois até mesmo um singelo elogio
pode transformar o dia do sujeito.
15

A baixa autoestima engloba vários fatores que contribuem para esse sentimento
negativo, dentre eles o Bullying. Fraiman (2013) apud Lima e Rodrigues (2018, p.17) afirma:
Enfrentar uma situação muito adversa é extremamente difícil, mas o impacto da
superproteção , do bullying, de crenças negativas ou de pais e professores pessimistas
talvez seja mais difícil de superar. Isso se dá porque esse ataques ao autoconceito são
invisíveis e ,muitas vezes, a criança nem as percebe. Por isso, pode se acomodar a elas
e passar a rebaixar sua autoestima. Saber enfrentar diversas situações sem prejudicar a
autoestima é o maior desafio que a vítima do bullying enfrenta. Essas agressões físicas,
verbais ou psicológicas são frequentes na vida da vítima.
Segundo Moraes, Simon (2004 apud Lima e Rodrigues (2018, p.17): É possível
identificar alguns fatores de risco que podem estar associados á ocorrência do bullying, como
fatores da personalidade, autoestima, dificuldades nas relações sócias, ser vitimizado na escola
ou fora dela, violência na escola ou fora dela, violência na comunidade, desajustes familiares,
praticas educativas parentais, contexto escolar, alienação escolar, violência na mídia e
percepção do problema.
O valor que o sujeito tem de si mesmo está diretamente ligado à sua autoestima que
pode ser alterada durante determinada situação em que ele se encontra. Em algumas ocorrências
de Bullying o sujeito poderá sofrer danos a sua saúde mental desencadeando problemas
psicológicos e emocionais. (idem)
Fraiman (2013, apud Lima e Rodrigues (2018, p.17) afirma:
Uma pessoa com elevada autoestima geralmente tem mais facilidade para se relacionar,
é mais produtiva, aprende melhor, tem uma vida mais saudável, pois se cuida e se
considera. Percebe-se digna de amor, respeito, sucesso, e faz o que for preciso para
obter isso. De acordo com diversos estudos, uma elevada autoestima favorece a
capacidade de adaptação ao meio e ao bem-estar emocional e permite recuperar-se mais
rapidamente de situações adversas. É somente por meio das vivências e experiências
que o sujeito consegue adquirir confiança em si mesmo. É importante ressaltar que essa
bagagem de vida é construída desde sua infância.

Compreendemos que tanto o professor assim com a família tem papel crucial para
estimular a autoestima positiva, visto que a criança necessita do adulto e ela acompanha o
caminho, se frustrando, entendendo seus limites. Nesse contexto, a importância da afetividade
é clara nas primeiras expressões da criança que ocorrem ao nascer. A falta de afeição com as
pessoas mais próximas poderá refletir pensamentos negativos sobre si mesmo, influenciando a
baixa estima na vida da criança.

2.7.1. Pensamentos negativos de si (disfuncionais)

 Eu sinto vergonha de ser do jeito que sou;


 Às vezes, eu penso que não presto para nada;
16

 Levando tudo em conta, eu me sinto um fracasso;


 Às vezes, eu me sinto inútil
 Fundamental: Auto-imagem e auto-estima realistas, no educador e no cuidador para
auxiliar educandos em desenvolvimento; acreditar mais em suas potencialidades;
 Propor mais motivação em sala de aula, na situação de cuidado (Schultheisz, & Aprile,
2013)
 Em contexto de interacção social, devemos ressaltar as qualidades das crianças,
educandos (Capaz, inteligente, social, amigável, criativo, tem iniciativa, boas
habilidades, podes um pouco mais, etc…) (Mosquera & Stobaus, 2006)

2.8. A influência da autoestima no processo de aprendizagem escolar uma visão


psicopedagógica

Segundo Cavalcanti apud Dos Santos (2017, p.1), a autoestima e a aprendizagem se


relaciona de maneira direta uma vez que as dificuldades do aprender podem provocar uma baixa
na autoestima e os problemas de baixa valorização pessoal culminam para desajustes e
dificuldades de aprendizagem. Entende-se que a criança ao ter o primeiro contato com a escola,
necessita de um olhar que perceba a transposição de casa para a escola podendo influenciar no
seu processo de aprendizagem.

Alves (2009, p.4486) na sua pesquisa que objetiva:

Diagnosticar a auto-estima de alunos de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental em uma


escola pública situada na região amazônica, no município de Belém do Pará, Brasil, Os
resultados da pesquisa mostram claramente que, a problemática mais complexa está
localizada no ambiente de sala de aulas, entretanto, constata-se cotidianamente nos
professores um sentimento de frustração, exaustão em relação ao trabalho
desempenhado, causando uma sensação de inquietação que aumenta à medida que as
exigências da sala de aula se acumulam. Os alunos, por sua vez, também se sentem
desmotivados, desinteressados e se irritam com os comportamentos dos professores que
os colocam em constante pressão psicológica, o que leva, muitas vezes, os alunos
apresentarem comprometimentos na sua aprendizagem. Enfim, tanto professores com
alunos apresentam um conjunto de conflitos que resultam em baixo nível de motivação
e auto-estima.

Em harmonia com de Mendes et. al (2017, p.3), no qual aplicou-se um questionário as


112 crianças e adolescentes, de dez a 17 anos, do 5.º ano do ensino fundamental, e 28
professores de anos variados.
17

Nesse âmbito, os resultados mostraram, de um modo geral, pontuação mais elevada que
a média. Houve diferença estatística significante na pontuação de alunos de escolas públicas e
privadas. Porém, essas diferenças não foram significativas estatisticamente em relação ao
gênero e à idade. A maior parte dos alunos considerou a opinião de pais, professores e amigos
como um fator importante para a elevação da autoestima. (idem)

Segundo Sviech (2008, p.13):

As práticas educativas são influenciadas pelo ambiente em que ocorre e essa influência
positiva ou negativa interfere nos seus resultados, nisto inclui a relação professor-aluno,
a avaliação, a qualificação dos professores, a participação dos pais na vida escolar do
filho. O diálogo entre professor e aluno é uma condição essencial para que se obtenham
bons resultados na aprendizagem, no sentido de predispor os alunos ao que se quer
ensinar, proporcionando assim uma aprendizagem mais rápida e eficaz.

Acredita-se que para que o educador/professor consiga fomentar nas crianças o gosto
pela aprendizagem é fundamental que o mesmo trabalhe a autoestima destas. A autoestima é
uma atitude básica que determina o comportamento e o rendimento escolar do aluno. (Abreu,
2015, p.11)

A vida escolar exerce uma influência decisiva na configuração do autoconceito, que


acompanhará a pessoa ao longo de toda a sua vida (CFR, Alcántara, 2000 apud Abreu, 2015,
p.11). O mesmo autor classifica a autoestima em três componentes: cognitiva, afetiva e de
conduta. As três estão correlacionadas entre si uma vez que, uma modificação de uma delas
implica uma alteração nas outras.

O papel da escola não é focar somente no desenvolvimento cognitivo ou transmitir


conhecimento, mas sim, desenvolver, também, as potencialidades físicas e afetivas dos
educandos. Cada estudante possui a sua singularidade, cabe à escola e aos professores
respeitarem seus limites e sempre buscarem novos fundamentos. (Lima & Rodrigues, 2018),

Nesse âmbito:

A autoestima afeta o aprendizado. As pesquisas sobre a autoimagem e o desempenho


escolar mostram a forte relação entre a autoestima e a capacidade de aprender. A
elevada autoestima estimula a aprendizagem. O aluno que goza de elevada autoestima
aprende com mais alegria e facilidade. Enfrenta as novas tarefas de aprendizagem com
confiança e entusiasmo. Seu desempenho tende a ser um sucesso, pois a reflexão e o
sentimento precedem a ação, demonstrando “firmeza” e expectativas positivas,
diferente de um que se sente incompetente, fracassado (BEAN et al., 1995 apud Dos
Santos, 2017, p.1).

Lima & Rodrigues (2018), por meio dos resultados da pesquisa intitulada a relação da
autoestima com o fracasso escolar e a importância da mesma no processo de ensino e
18

aprendizagem, ressaltando sua influência no desenvolvimento do aluno., foi possível identificar


que quando a autoestima não é desenvolvida adequadamente desde a infância, revelam-se
resultados negativos na aprendizagem e na autoconfiança.

A autoestima se faz relevante na educação, pois influencia a forma como o indivíduo


estabelece suas metas e projeta suas expectativas para o futuro (Bednar; Peterson, apud Lima
& Rodrigues, 2018, p.29). A imagem que o indivíduo faz de si mesmo interfere diretamente em
seu desenvolvimento escolar. Se o mesmo se considera incapaz, consequentemente seu
desempenho será reduzido pela falta de confiança em sua capacidade de aprender, assumindo
o fracasso e a reprovação. (Lima & Rodrigues, 2018, p.29)

Oliveira (2019), diz que:

Quando falamos do processo de aprendizagem escolar, temos que a ter a consciência de


que a autoestima é um dos fatores primordiais para o sucesso do mesmo. Prontamente,
a aprendizagem humana não é um ato mecânico, logo, envolve aspectos cognitivos,
emotivos e sociais, constituindo uma dinâmica que acontece de modo gradativo. O
processo ensino-aprendizagem tem sido historicamente caracterizado de formas
diferentes, que vão desde a ênfase no papel do professor como transmissor do
conhecimento, até as concepções atuais que concebem o processo de ensino-
aprendizagem como um todo integrado, que destaca o papel do educando.

Uma criança que não confia em si mesma, que não se ama, que não se sente amada,
enxergada e valorizada vai ter muita dificuldade em aprender, em expressar suas emoções…
Vai sofrer e carregar consigo memórias que influenciarão em sua vida durante toda sua
existência. (Oliveira, 2019)

Segundo estudo de Weber, Stasiak,; Brandenburg, (2003):

Os resultados mostraram que as seguintes variáveis apresentaram relação significativa


e positiva com a auto-estima dos adolescentes: expressão afetiva, envolvimento,
regras, reforçamento, comunicação positiva, presença de modelo parental, clima
conjugal positivo e sentimentos positivos em relação aos pais. Punições inadequadas
e comunicação negativa estiveram significativamente e negativamente relacionados
com a auto-estima. A única exceção foi o clima conjugal negativo. Assim, um ambiente
familiar adequado contribuiu com o desenvolvimento de melhor auto-estima em
adolescentes.

“A relação que o educador estabelece com cada criança, a forma como a valoriza e
respeita, estimula e encoraja os seus progressos, contribuem para a auto-estima da criança”
(Ministério da Educação, 1997 apud Frada, 2015). À semelhança dos pais, também o papel do
educador é fundamental na aquisição da autoestima, “a auto-estima é a meta mais elevada do
19

processo educativo e o eixo e centro da nossa forma de pensar, sentir e actuar.” (Alcántara,
2000, apud Frada, 2015)

Segundo Alves (2009):

A problemática mais complexa está localizada no ambiente de ambiente de sala.


Constata-se cotidianamente nos professores um sentimento de frustração, exaustão em
relação ao trabalho desempenhado, causando uma sensação de inquietação que aumenta
à medida que as exigências da sala de aula se acumulam. Os alunos, por sua vez,
também se sentem desmotivados, desinteressados e se irritam com os comportamentos
dos professores que os colocam em constante pressão psicológica, o que leva, muitas
vezes, os alunos apresentarem comprometimentos na sua aprendizagem. Enfim, tanto
professores com alunos apresentam um conjunto de conflitos que resultam em baixo
nível de motivação e auto-estima.

Em harmonia com abordagens acima, quando justamente os professores estirem


motivados com a profissão, valorizam e encorajam os alunos poderão salvaguardar a autoestima
das crianças. Na mesma sequência, é preciso mudar a postura do professor na intervenção da
acção educativa, deixar do lado metodologia tradicional porque não auxilia bastante a
estimulação de autoestima.

2.9. Estilos parentais nas Práticas Educativas


Há décadas o estudo das relações entre pais e filhos, tem recebido uma grande atenção
por parte da comunidade científica. A maneira pela qual os pais educam seus filhos é
fundamental na instauração e manutenção de comportamentos considerados socialmente
adequados. (Weber, 2017, p.158)
O modelo teórico de Baumrind (1966) apud Weber (2017, p.158):
Atinente aos tipos de controle parental, foi um marco nesses estudos que vêm sendo
feitos sobre a relação entre pais e filhos. Baumrind propôs um modelo de classificação
dos pais com três protótipos de controle: o controle autoritativo, o controle autoritário
e controle indulgente. Pais autoritativos são considerados o melhor modelo, sendo
aqueles que tentam direcionar as atividades de seus filhos de maneira racional e
orientada, incentivando o diálogo e compartilhando com a criança o raciocínio e as
conseqüências que existem na forma como ela se comporta.
 Os pais autoritativos - Estes pais reconhecem que seus filhos possuem interesses pró-
prios e maneiras particulares, e não tem como objetivo principal que os filhos sempre
lhes agradem, mas orientam suas decisões por meio do diálogo e não baseados naquilo
que representa o desejo da criança. Pais autoritativos preparam seu filho para a
autonomia, mas sabem viver e saborear as particularidades da infância e juventude dos
filhos. (idem)
 Os pais autoritários - modelam, controlam e avaliam o comportamento dos seus filhos
de acordo com regras de conduta estabelecidas e normalmente absolutas. Pais
autoritários estimam a obediência como uma virtude e são a favor de medidas punitivas
20

para lidar com os comportamentos da criança que consideram inadequados. (Weber,


2017, p.158)

 Pais indulgentes - tentam se comportar de maneira não punitiva e passiva frente aos
comportamentos dos seus filhos, evitando confrontações. Estes pais apresentam-se para
seus filhos como um recurso para realização de seus desejos e não como um agente
responsável por moldar ou direcionar seu comportamento de forma adequada.

Entre os modelos em alusão o modelo considerado mais adequado e alinha melhor o


nosso trabalho corresponde aos Pais Autoritativos porque são igualmente exigentes e
responsivos, assim, os filhos devem responder às regras dos pais, mas estes também aceitam a
responsabilidade de acatarem os pontos de vista e razoáveis exigências dos filhos (isso permite
uma importante reciprocidade na relação).

Além disso, as práticas descritas por Gomide (2004) apud Toni & Hecavel (2014), são
sete, que se dividem em positivas e negativas. As práticas positivas seriam a monitoria positiva
e o comportamento moral, e as práticas negativas, o abuso físico, a punição inconsistente,
disciplina relaxada, monitoria negativa e a negligência.
Entre as duas práticas educativas apresentadas acima, as que alinham melhor o nosso
trabalho são as práticas positivas, que consistem no monitoramento positivo e comportamento
moral adequado que de certa forma, trazem bons resultados nas crianças.
2.9.1. Relações entre práticas educativas parentais e a autoestima

Pesquisas realizadas em diferentes sociedades acerca das interações entre pais e filhos
face autoestima revelam, com clareza, as fortes relações entre o comportamento dos pais e o
desenvolvimento global dos filhos (Weber, 2017, p.158)
O estudo de Weber investigou, com adolescentes, as relações existentes entre as práticas
educativas parentais percebidas e sinais de depressão, autoestima e comportamentos
antissociais de adolescentes. Os resultados mostram que a grande maioria dos adolescentes que
apresentaram sinais de depressão indicaram alta freqüência de comunicação negativa da parte
de seus pais, ausência de regras claras e supervisão e consideram que o modelo parental é
inadequado, uma vez que os pais não cumprem as exigências que fazem aos filhos e tem pouco
envolvimento.(idem)
21

Os jovens que obtiveram escores elevados de autoestima consideram seus pais como
bons modelos parentais, uma vez que demonstram alta freqüência de envolvimento e
participação na vida dos filhos. Por outro lado, aqueles adolescentes que assinalaram alta
freqüência de comportamentos de desobediência aos pais e de comportamentos antissociais na
escola também relataram ausência de supervisão e monitoria na dinâmica familiar, bem como
baixo escore de envolvimento e alto nível de comunicação parental negativa e coercitiva. Por
meio dos dados, conclui-se que os estilos e as práticas educativas positivas estão relacionadas
à autoestima elevada. (idem)

Nessa perspectiva, a qualidade e a quantidade dos eventos de vida negativos


provenientes da família podem ser particularmente prejudiciais ao desenvolvimento de crianças
e adolescentes, bem como relações familiares funcionais favoreceriam a expressão de
características psicológicas positivas na adolescência (Steinberg, 2000; Wagner et al., 1999
apud Paixão, 2014, p.5).

Para melhor esclarecer o exposto acima, invocamos o estudo de Toni & Hecavel (2014)
que:
Teve objetivo de investigar as relações entre competência social, práticas educativas
parentais e rendimento acadêmico em adolescentes. Os resultados da pesquisa mostram
claramente que, os adolescentes com alto rendimento acadêmico tinham pais com mais
práticas educativas positivas e também eram vistos por seus pais como mais
competentes socialmente. Ainda, observou correlações mais fortes entre as práticas
educativas maternas e o desempenho acadêmico. Esse estudo demonstrou haver
diferenças nas práticas de pais de crianças com rendimentos acadêmicos diferentes,
porém, não teve como objetivo avaliar o quanto cada prática educativa parental poderia
predizer o rendimento acadêmico. (idem)

É o que o estudo de Cia, D’Affonseca e Barham (2004) apud Toni & Hecavel (2014)
propôs ao avaliar o impacto da qualidade do relacionamento pai-filho sobre o desempenho
acadêmico de crianças. A pesquisa realizou-se com 58 pais, o teve como resultados que, quanto
maior o envolvimento e a frequência de relação e comunicação entre pais-filhos, melhor foi o
desempenho acadêmico da criança.
Estudo de Mcbride, Schoppe-Sullivan e Ho (2005) apud in Toni & Hecavel (2014) com
1.334 famílias, buscou relacionar o envolvimento parental na mediação da aprendizagem das
crianças. Os autores apontam que há uma relação significativa do envolvimento paterno no
desenvolvimento acadêmico, e que este envolvimento media a relação entre escola, família e
comunidade. Ou seja, o acompanhamento, ou ao menos a ausência de negligência, parece
colaborar para um bom desempenho acadêmico.
22

Partindo das abordagens acima expostas, percebemos que, o estudo de Toni & Hecavel
(2014) e Weber (2017), convergem no que diz respeito, no maior o envolvimento e a frequência
de relação e comunicação entre pais-filhos permitem estimular a autoestima positiva nos alunos,
enquanto que, a negligencia parental ou comunicação negativa é citada como sendo a causa de
baixa autoestima dos alunos, pois é modelo parental inadequado.

Nesse contexto Maccoby (1994), apud Weber (2017, p.158), em um texto sobre a
história do papel dos pais para a socialização de uma criança, sinaliza que, embora o significado
de “adequado” seja variado quando se fala de comportamento de crianças e adolescentes, para
que elas se tornem adultos “adequados” devem adquirir certas habilidades, hábitos, valores e
motivações que os permitam:
 Evitar comportamento desviante e disruptivos;
 Contribuir com seu trabalho para seu sustento e de sua família;
 Formar relacionamentos próximos com outros e
 Também ser capaz de criar filhos.

No mesmo fio de pensamento, Peixoto (2014, p.235), salienta que:

A função que a família exerce na construção da auto-estima do adolescente pode ser


considerado a diferentes níveis. Por um lado, as avaliações que os diferentes membros
da família fazem acerca do adolescente relacionam- -se com as representações que o
adolescente constrói sobre si próprio por outro lado, as próprias dinâmicas das relações
familiares vão influenciar as diferentes dimensões do autoconceito. Um dos aspectos
das dinâmicas das relações familiares que surge frequentemente associado à construção
das representações sobre si próprio é o suporte emocional fornecido pela família.

Num estudo, Connel, Spencer e Aber (1994), apud Peixoto (2014, p.235) obtêm
resultados que indicam que o suporte emocional e social fornecido pelos pais está positivamente
associado com a percepção de competência, as relações com os pares e a motivação escolar.

Segundo Rocha (2003), para que a criança realmente tenha e queira manter um
comportamento de aprender, ela precisa sentir-se segura para aprender, sentir-se capaz de
aprender e para tanto, os pais têm papel fundamental.

Elogios sinceros a criança fortalecem sua auto-estima e mostra que ela por si só já tem
valor, que ela não precisa fazer nada para conquistar o amor dos pais e que aprender é,
inteiramente, gratificante para ela mesma; conseqüentemente, a criança terá bons resultados na
23

escola, pois não há cobranças, nem punições no que se refere à escola. Respeitar e aceitar os
sentimentos da criança é fundamental, ( Ginott, apud Rocha, 2003)

Segundo Ackerman (1986 apud Costa , 2018):

Além da perpetuação da espécie, do fornecimento de abrigo, alimento e proteção à


criança, garantindo assim a sua sobrevivência, a família deve assegurar a criação e
educação da prole, pois é no seio familiar que a criança terá suas primeiras trocas de
experiências, conhecerá seus primeiros sucessos e fracassos, medos e frustrações. É da
família a tarefa essencial de socialização e desenvolvimento da sua personalidade da
criança, configurando o seu percurso intelectual, emocional e social. Ainda assim, o
desenvolvimento das qualidades de humanidade não é garantido. A matriz para esse
desenvolvimento encontra-se na união de identidade de indivíduo e família, de família
e comunidade.

É nessa família, sob condições de unidade e cooperação, que a criança desenvolverá o


conceito de aprendizagem, a iniciativa e a criatividade. O senso de identidade pessoal da criança
está relacionado à sua identidade familiar. (idem)

De acordo com Jesus (2013), apud Dos Santos (2017), a família e outras pessoas que
convivem com a criança, fazem parte do seu primeiro grupo social representando neste
momento, seu contato afetivo, que pode ser positivo ou negativo, influenciando no futuro dela.
O autoconceito que essa criança terá de si refletirá em suas ações e na forma como será tratada
ou mesmo percebida pelos outros.

Segundo Souza (2014), apud Dos Santos (2017):

Observa-se assim, que a família ainda continua sendo a base de toda estrutura do ser,
pois quando a criança ingressa no ambiente escolar e tem uma visão negativa de si, isto
é, demonstra um comportamento diferente dos demais colegas como: agressividade ou
apatia e, na maioria das vezes é considerado preguiçoso, desatento, irresponsável, ou
seja, “aluno-problema”, é automaticamente, encaminhada pela professora para a
coordenação da escola, pois seu desempenho escolar apresenta-se comprometido

Sem sobra de dúvida a influência familiar positiva é decisiva na aprendizagem dos


alunos, no entanto, é na família onde a criança aprende uma língua, socializa-se, criatividade e
valores que vão repercutir no sucesso escolar e conduta aceite pela sociedade. Visto que a
família é alicerce extremamente importante para as crianças, neste contexto, ela precisa estar
atenta a forma pela qual educa (dialoga, coopera e respeita a criança) só assim ela pode adoptar
estratégias adequadas para estimular autoestima positiva.
24

Considerações finais

Através de desenvolvimento deste ensaio, ficou claro que, é possível estimular


autoestima dos nossos alunos até que consigam almejar níveis mais elevados, sendo assim, é
importante que os professores e os pais adoptem várias estratégias para assegurar uma vida
saudável, sucesso escolar, instauração e regulação de comportamentos socialmente adequados
dos alunos, visto que, autoestima positiva é uma conduta fundamental, de tal forma que, a
maneira pela qual os pais e professores educam seus alunos ou filhos é extremamente crucial.

Nessa perspectiva, na concessão do nosso objetivo deste ensaio, compreendemos que a


autoestima e a aprendizagem dos alunos na perspectiva psicopedagogica relacionam-se de
forma direta e complementar, visto que, os problemas da aprendizagem podem provocar uma
baixa autoestima, no entanto, a criança ao entrar pela primeira vez na escola, carece de uma
visão que perceba a permutação de casa para a escola podendo influenciar no seu processo de
aprendizagem.

Sugerimos a atitude positiva aos educadores, com vista a estimular autoestima positiva
aos seus alunos que se traz em valorizar o faz o aluno, uma vez que, a postura negativa não traz
resultados brilhantes.

Quanto à influência das práticas educativas parentais, vários estudos desenvolvidos


como de Toni & Hecavel (2014), também de Weber (2017), por exemplo, verificamos pontos
convergentes no que tange, no maior o envolvimento e a frequência de relação e comunicação
entre pais-filhos permitindo estimular a autoestima positiva nos alunos, enquanto que, a
negligência parental ou comunicação negativa é citada como sendo uma das causas de
depressão e baixa autoestima dos alunos, pois é modelo parental inadequado.
Nesse âmbito, gostaríamos de sugerir adaptação de práticas educativas parentais
positivas visto que, permitem a monitoria positiva e o comportamento moral, diferentemente
das práticas negativas que muitos pais tem perpetuados que se traduzem em o abuso físico, a
punição inconsistente, disciplina relaxada, monitoria negativa, como também a negligência
parental.
Também compreendemos que o desenvolvimento da criança é afetado por diversos
fatores, como: factores congênitos (genéticos), psicológicos, social e cultura que se manifestam
no ambiente familiar, escolar, assim como na comunidade, entretanto, sem descurar a função
25

de escola e comunidade, a família tem destaque nesse processo, visto que, ela é a base
extremamente importante na educação dos seus filhos, além de prover alimentos.

Como qualquer pesquisa, também neste ensaio, encontramos algumas limitações


relacionadas a escassez da revisão literatura moçambicana atinente aos programas de promoção
de auto-estima nos alunos, por outro lado, a construção da autoestima na adolescência, ainda é
pouco estudada especialmente no que se refere a grandes amostras, dificultando um melhor e
maior conhecimento dessa faixa populacional, esperamos que, este ensaio seja usado para
continua promoção de atitude positiva dos professores e dos pais para incrementar a autoestima
positiva nos alunos de maneira com que haja comportamento socialmente adequado e sucesso
escolar dos alunos.
26

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_por_adolescentes
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