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INTRODUÇÃO
JESUS é um personagem da história, isto é, existiu de fato. Um personagem que existiu antes de
haver alguma história para contar. Mais do que isto, Ele mesmo, segundo as Escrituras, é quem
construiu a história. Nada neste mundo acontece sem o seu conhecimento, nem mesmo pequenos
acidentes ocorridos com os fios de cabelo a cabeça ficam longe do olhar penetrante e perscrutador
de CRISTO. Precisamos conhecer mais de sua vida e ministério para sabermos como devemos nos
comportar diante dele.
Antes, porém, de falarmos qualquer coisa a respeito da vida de JESUS, precisamos responder às
seguintes perguntas: Quando começou a vida de CRISTO? Quando terminou a vida de CRISTO?
“No princípio era o Verbo” (João 1: 1). Nos Evangelhos possuímos um volume considerável de
informações a respeito da pessoa e da obra de Jesus Cristo (João 20:30)
“Eu sou o Alfa e o Ômega” (Apocalipse 22: 13).
Sua vida não começou com seu nascimento - Sua vida não terminou com sua morte.
JESUS CRISTO:
UM PERSONAGEM HISTÓRICO?
OU
UMA PESSOA VIVA?
Muitos intelectuais têm gasto uma grande parte de seu tempo para responderem a esta pergunta.
Creiamos, no entanto, que um exame honesto, cuidadoso e sobre tudo não preconceituoso e
espiritual da vida de CRISTO nos levará até DEUS. Foi JESUS mesmo que afirmou: “Quem vê a mim,
vê ao Pai...”.
1) FONTES HISTÓRICAS
Ao estudar a vida de CRISTO, devemos levar em conta que há fontes bíblicas (fontes internas) e
fontes não-bíblicas (fontes externas) que fornecem informações da vida de Nosso Senhor. As fontes
externas resumem-se a citações de historiadores, como Flávio Josefo, que era um historiador judeu
não-cristão, nascido em 37 d.C, e alguns documentos que de alguma maneira podem servir como
prova da existência de JESUS.
Plínio, o jovem (110 d.C), procônsul romano na Bitínia, escreveu a Trajano, o imperador romano, a
respeito de perseguições aos cristãos feitas por Nero durante os anos 54 a 68. Há ainda outras fontes
históricas como Suetônio (120 d.C), Clemente ( 95 d.C), Pápias (150 d.C) e tantos outros.
A grande fonte de informação, porém, está contida nos Evangelhos. Houve quem dissesse que
JESUS era um nome código dado a um cogumelo sagrado alucinógeno que fazia com que os
discípulos de uma determinada seita imaginassem um ser celestial encarnado. Fica difícil, porém,
imaginar como uma ilusão mudaria a história do mundo e tornar-se o centro da história, de tal modo
que essa história fosse dividida antes e depois dele.
2) PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO
Chamamos de período inter testamentário, o tempo entre o último escritor do Antigo Testamento e o
primeiro escritor do Novo Testamento, que foi de 400 anos. Foi um tempo em que cessou a revelação
e houve silêncio profético.
Ao terminar o Antigo Testamento, os judeus estão cativos na Babilônia (Salmo 137) e a Judeia era
província da Pérsia. Neste tempo o rei Ciro permitiu aos judeus voltarem para Jerusalém e
reconstruírem o Templo de Jerusalém, abrindo a porta para logo em seguida construírem as muralhas
(Neemias 2: 1-5).
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Os livros da Bíblia que correspondem a esse período são, inicialmente, Esdras, responsável pela
construção do templo (Esdras 1), que escreveu do ponto de vista de um sacerdote e os profetas Ageu
e Zacarias seus contemporâneos. O papel dos profetas era manter o povo ligado na tarefa. Logo em
seguida surgiu Neemias, que se tornou em grande líder político e religioso com a função de
reconstruir os muros de Jerusalém, e o profeta Malaquias, que era seu contemporâneo. Este período
foi marcado por muito trabalho, lutas e oposição, mas a vitória finalmente aconteceu (Neemias 1 e 2).
Daniel fala da ordem de reconstruir Jerusalém, passando a contar o tempo para que o Messias
finalmente viesse, a partir desta data, aproximadamente 458 a.C (Dn 9: 25). Este tempo foi dividido
cronologicamente em vários períodos como segue abaixo:
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Acreditava-se que os deuses tinham acesso à terra, vindos de sua capital, o monte Olimpo, na
Grécia. Apolo era um deus bastante popular, pois foi considerado inspirador dos poetas, videntes e
profetas. Hoje ele seria venerado pelas cartomantes e coisas do gênero. Cada cidade tinha um deus,
o que tornava o culto aos deuses uma necessidade política. Ártemis (Diana), por exemplo, era deusa
da cidade de Éfeso, um culto essencialmente erótico. Seu santuário era povoado pelas chamadas
sacerdotisas cultuais, que ofereciam seus corpos como se fossem santuários da deusa.
O culto ao imperador foi criado pelo senado romano e foi importado dos reinos helenísticos com os
selêucidas e os Ptolomeus, que durante anos, haviam elevado monarcas à posição de divindade. Era
costume aplicar aos imperadores títulos como “Kurios”, que significa “senhor”, e “Soper” (soer), que
tem o significado de “salvador”. Alguns imperadores levavam esta ideia excessivamente a sério.
Exemplo foi Calígula, que ordenou que sua estátua fosse erigida no templo de Jerusalém, mas foi
assassinado antes que acontecesse.
Havia ainda as chamadas religiões misteriosas. Cibele, “a grande mãe”, veio da Ásia; “Ísis” e “Osíris”
(Serápio) vieram do Egito e “Mitra”, da Pérsia. Estes eram deuses que, segundo contam, haviam
morrido e ressuscitado, prometendo a purificação imortalidade do indivíduo. Essas religiões eram
acompanhadas de ocultismo, feitiçarias, astrologia, superstições etc.
4) GENEALOGIAS - AS ORIGENS
Para entender melhor a vida de CRISTO, nada como começar com as origens, ou seja, com a
genealogia que se encontra em dois dos Evangelhos: Mateus e Lucas. Lucas enumera 56 nomes e
Mateus, 42. Lucas retrocede até Adão, Mateus até Abraão. Lucas apresenta Eli como pai de José e
Mateus apresenta Jacó. Há 7 diferentes antepassados imediatos de Zorobabel (Lc 3: 26 e 27 e Mt 1:
13 e 14). Em Lucas, a descendência de JESUS passa por Natã (Lc 3: 31), ao passo que em Mateus,
passa por Salomão (Mt 1: 7). Aparecem ainda na genealogia de JESUS, nomes como Rute, uma
moabita, Raabe, a prostituta, e Tamar, uma adúltera.
Talvez alguns fariseus tenham se espantado do fato de JESUS ser descendente de classe tão
inferior. A moabita nos aponta para o fato de que JESUS veio para todas as nações; as outras
demonstram ainda que Ele veio para todos, inclusive para os desprezados.
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