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ÍNDICE
2. Osciladores ..................................................................................................................12
2.1. Oscilador a transístores..............................................................................................
2.1.1. Pisca-pisca ....................................................................................................12
2.1.2. Besouro .........................................................................................................13
2.2. Osciladores com ICs...............................................................................................14
2.2.1. Oscilador com o IC 741 .................................................................................14
2.2.2. Oscilador com o IC 555 .................................................................................14
2.2.3. Osciladores com portas lógicas .....................................................................15
3. Temporizadores ...........................................................................................................17
INTERNET:
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http://automatos.planetaclix.pt
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Circuitos electrónicos
1. FONTES DE ALIMENTAÇÃO
As fontes de alimentação convencionais, obtidas a partir da rede, obedecem à seguinte
estrutura:
Circuito 1
230Vac Vo
Circuito 2
230Vac Vo
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Circuitos electrónicos
Exemplo:
Cálculo do valor dos componentes para uma alimentação de 12VDC com uma intensidade
de corrente de saída (Io) de 30mA.
Cálculo de C1
O condensador C1 é o elemento fundamental do circuito, a corrente de saída da fonte
depende, essencialmente, do valor da sua reactância capacitiva.
Como a q.d.t. em R1, R2, e nos díodos, face à q.d.t. em C1, é muito pequena pode-se
desprezar. Realizando o circuito rectificação de meia onda, podemos considerar a corrente
total no condensador (Ic) igual a duas vezes a corrente de saída (2xIo); soma da
alternância positiva com a alternância negativa.
Assim:
Vi
Vi = Xc.Ic Xc =
Ic
230V =3833Ω
Xc =
2x30mA
1 1 1
Sendo: Xc = C= = =0,83µF
2πfC 2πfXc 2x3,14x50x3833
A tensão de trabalho do condensador (VR) terá de ser 400V, visto o condensador estar
sujeito a uma tensão de pico de 2 x230 = 325V.
Outros componentes
R1 - Resistência que se destina a limitar a corrente de pico que atravessa o díodo Zener
no caso de, no momento da ligação, a tensão da rede passar por um valor elevado.
(Um condensador no momento da aplicação de tensão representa um curto-circuito.
Assim, se se ligar a alimentação no preciso momento em que a tensão é máxima,
2 x230), a totalidade dessa tensão, se não se utilizasse a resistência R1, seria
aplicada aos terminais do Zener o que o inutilizava).
António Francisco 3
Circuitos electrónicos
Como o díodo, para garantir a sua fiabilidade, deve possuir pelo menos o dobro da
potência calculada, o Zener a utilizar deve ter as seguintes características:
Dz = 12V / 1,5W
• No circuito 2 com a carga desligada, passa pelo Zener metade da corrente total, a que
corresponde a uma alternância. A corrente da outra alternância passa pelo díodo D2.
Daí, a potência máxima a que ele está sujeito valer:
Ic
Ptot = Vzx = 12x30mA = 0,36W
2
Pelas razões apontadas para o circuito 1, o díodo Zener, neste caso, terá as seguintes
características:
Dz = 12V, 1W
C2 - Condensador electrolítico que se destina a realizar a filtragem. O seu valor deve estar
compreendido entre 100 e 470µF e possuir uma tensão de trabalho (VR) superior ao
valor de Vz.
Nota:
Para se obter uma fonte de alimentação que forneça a mesma corrente, mas com tensão
de saída diferente, terá de se substituir, nos circuitos, o díodo Zener por outro com a
tensão Vz pretendida.
Atenção!
A tensão fornecida por estas fontes está ao potencial da rede, pelo que se devem
tomar as devidas precauções de isolamento e manuseamento nos circuitos com ela
alimentados.
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230Vac VS +
VR1
VBE
Vi VO
VZ
–
Funcionamento:
Pela analise da malha de saída do circuito verificamos que a tensão de saída (Vo) é igual
a:
Vo = Vz - VBE
Como a tensão Vz e VBE são valores praticamente constantes, a tensão de saída Vo varia
muito pouco. Deste modo, quer varie a corrente fornecida pela fonte ou a tensão de
entrada Vi, a tensão de saída (dentro de determinados limites) mantém-se praticamente
constante.
EXEMPLO:
Determinar os valores dos componentes para uma fonte de 12V, 400mA
Em primeiro lugar há que escolher a tensão Vz do díodo Zener para a tensão de saída
pretendida.
Como se pretende Vo=12V, o díodo Zener que possibilita o valor mais próximo é o que
possui Vz=13V, uma vez que a tensão VBE ≅0,7V.
Vo = Vz - VBE = 13 - 0,7 = 12,3V
A fonte, em vez de possuir uma tensão de saída de 12V, terá de possui uma tensão de
12,3V.
Neste tipo de fonte para que seja possível uma boa regulação do par transístor de
saída-díodo Zener é necessário que a tensão de entrada Vi seja superior, em pelo menos
3V, em relação à tensão de saída Vo.
Contudo, não é conveniente aumentar muito a tensão de entrada, através do aumento do
valor da tensão do secundário do transformador, porque isso aumenta e muito a
dissipação de potência no transístor.
Cálculo de C1
A tensão Vi possui ripple, que é tanto mais acentuado quanto maior for a corrente
fornecida pela fonte e menor o valor da capacidade C1. Portanto, este condensador tem
que assegurar, através do valor da sua capacidade, que a tensão Vi seja sempre superior
em, pelo menos 3V, à tensão Vo.
O valor da capacidade de C1 depende da finalidade da fonte. Se a carga a alimentar é
influenciada pelo ripple, este valor terá de ser pequeno, tipicamente 10% do valor da
tensão de saída.
Se o ripple não afecta grandemente a carga, este valor pode atingir os 40%.
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O valor da tensão de ondulação (ripple) pico a pico numa rectificação de ½ onda pode ser
calculada a partir da seguinte expressão:
I
VRpp =
fC
Se considerarmos para esta fonte um valor de ripple de 15% da tensão de saída temos:
VRpp = 12x15%=1,8V
Como:
I 0,4
C1 = = =1111µF 1000µF (série E12)
2VRppf 2x18
, x100
Cálculo de Tr1
Sendo a rectificação realizada por uma montagem em ponte, a corrente em cada
alternância passa por dois díodos rectificadores, daí existir uma q.d.t. de 2x0,7V. A esta
q.d.t. há ainda que somar a q.d.t. devida ao ripple.
Para garantir uma boa regulação do par díodo Zener-transístor é necessário que a tensão
Vi seja superior em pelo menos 3V à tensão Vo. Assim:
Vi ≥ 3+Vo ≥ 3+12,3 ≥ 15,3
Deste modo, opta-se pelo valor da tensão de entrada mínima de:
Vimin=16V
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P = VxI = 13,5x0,4=5,4VA
Cálculo de D1...D4
Estes díodos têm de possuir tensão inversa (VR) e corrente directa (IF) superiores aos
seguintes valores:
VR >Vsmáx VR >19,2V
IF >Io IF >400mA
Além disso, os díodos têm de ser capazes de suportar o pico de corrente que acontece no
momento da ligação (o condensador electrolítico de filtragem comporta-se como um
curto-circuito nesse momento se estiver descarregado).
Neste caso, analisando o catálogo do fabricante, podem ser escolhidos quaisquer díodos
da série:
1N 400X
Cálculo de R1
Assim, se o transístor escolhido tiver um ganho mínimo de 40, o valor de IBmáx será de:
Ic 400
IBmáx= = =10mA
hFE min 40
Mesmo na condição mais desfavorável temos que garantir IR1=15mA. Esta situação
acontece para o valor mínimo de Vi ou seja 16V. Assim:
16 - 13
R1 = = 200Ω 180Ω (série E12)
15mA
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Potência dissipada em R1
2 2
P=RxI = 180x0,015 =0,04W
R1=180Ω , 1/4W
Escolha de T1 no catálogo
T1 é um transístor tipo NPN que, para ser escolhido no catálogo, são necessárias as
seguintes características:
VCEmáx
Icmax
Ptot
hFE
Cálculo de VCEmáx
VCEmáx acontece quando a carga está ligada e T1 está ao corte (IB=0). O seu valor é igual a
Vimax.
VCEmáx=17,8V
Cálculo de ICmáx
ICmáx=400mA
Cálculo de Ptot
Ptot= VCEx IC
Ptot = 3,7x0,4=1,48W
Ptot=1,48W
Cálculo de hFE
VCEmáx=17,8V
Icmax=400mA
Ptot=1,48W
hFEmim=40
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Pela análise do catálogo, e tendo em conta as características e o preço, uma das opções
possíveis é o transístor NPN com o código BD 135, cujos valores são os seguintes:
VCEmáx=45V
Icmax=1A
Ptot=8W
hFEmim=40
Nota: Mesmo possuindo este transístor uma potência muito superior à necessária é
aconselhável, devido ao seu aquecimento, montá-lo num dissipador de calor.
Ptot=13x26,6mA=0,345W
A tensão de trabalho de C1 deve ser superior à tensão de pico a que o condensador está
sujeito, ou seja superior a Vimax.
Cálculo de C2
Ifuse=21mA 20mA
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Os reguladores de tensão integrados da série 78XX possuem três terminais, são muito
robustos, de muito fácil montagem e simplificam consideravelmente a realização de fontes
de alimentação convencionais. Um único componente (IC) substitui toda uma montagem
mais ou menos complexa.
E S + 78XX
Vi Vo
-
Fabricam-se reguladores para vários valores de tensão; “XX” indica o valor de tensão que
o integrado fornece.
Para que estes integrados funcionem correctamente é necessário que à sua entrada a
tensão seja pelo menos superior em 3V ao valor “XX”, não podendo essa tensão de
entrada, na maioria dos casos, ultrapassar os 35V.
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E S +
LM 317T
Aj
Vo
A fonte deste circuito possui óptimas performances uma vez que é realizada com base
num IC específico para este tipo de aplicação, o regulador de tensão LM 317T.
Este integrado, quando colocado num dissipador de calor adequado, fornece correntes de
saída até 2A e tensões a partir de 1,25V.
O valor da tensão de saída (Vo) é obtido através do divisor de tensão formado pelas
resistências R1 e R2, e calculado a partir da seguinte expressão:
R2
Vo =1,25 x (1+ )
R1
As informações fornecidas para as fontes realizadas com os ICs 78XX também são
válidas para as fontes realizadas com o IC LM 317T.
Lista de material
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2. OSCILADORES
Os osciladores, também designados por multivibradores astáveis, são circuitos cuja saída
não tem um estado estável, muda ciclicamente (0-1-0-1-0-1.......).
Os osciladores são muito utilizados em electrónica e podem ser obtidos a partir de
circuitos com: transístores, portas lógicas, amplificadores operacionais ou ICs específicos.
O valor da frequência de oscilação é determinado normalmente a partir do valor de uma
resistência e de um condensador.
2 1. OSCILADORES A TRANSÍSTORES
Funcionamento
As resistências RB1 e RB2 devem possuir um valor que permita saturar os respectivos
transístores.
Se RB1=RB2=R e C1=C2=C o oscilador será simétrico, gera uma onda quadrada cujo
período vale:
T=1,4RC
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Cálculo de C1 e C2
T=1,4RB1C1
T 1
C1=C2 = = =3,9µF 4,7µF (série E12)
14
, RB1 1,4 x180k
C1=C2=4,7µF / 16V
2.1.2. Besouro
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741
3 7
6
2 4
As resistências R3 e R4 são necessárias para criar uma massa fictícia na entrada “+” do
IC, uma vez que o amplificador não é alimentado com tensão simétrica. Estas resistências
têm de ser iguais.
Com os valores indicados no esquema, o oscilador tem um período de 1seg.
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T=t0+t1 = 0,693(R1+2R2)C1
Ao quociente entre o tempo no estado alto e o período dá-se o nome de factor de ciclo “D”
(duty cycle).
t1
D=
T
T=1,4R1C1
E o factor de ciclo vale:
D=1/2=0,5 50%
a) Com inversores
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a) Com Nors
in
out
Se a entrada estiver a ”1” o oscilador está bloqueado, quando a entrada vai a ”0” o
oscilador começa a oscilar.
b) Com Nands
in
out
Se a entrada estiver a ”0” o oscilador está bloqueado, quando a entrada vai a ”1” o
oscilador começa a oscilar.
in
out
Se a entrada estiver a ”1” o oscilador está bloqueado, quando a entrada vai a ”0” o
oscilador começa a oscilar.
Notas:
• A resistência R’ pode ser ou não utilizada nas várias montagens. Ela destina-se a tornar
a frequência de oscilação independente da tensão de alimentação do IC, caso se utilize,
o seu valor deve ser: R’ >> R
• Nas montagens anteriores o período da oscilação sem a resistência R’ e no caso de se
utilizarem portas MOS vale: T ≅ 1,6RC
• Com a resistência R’≅10R o período vale: T ≅ 2,2RC
• Em todas as montagem o condensador ”C” é despolarizado. Se se necessitar de um
condensador de alguns “µF” esse valor pode ser obtido a partir de dois condensadores
electrolíticos iguais ligados em anti-série:
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3. TEMPORIZADORES
in
T≅1,1RC
out
Aplicando na entrada (in) um impulso “1→0”, a saída (out) vai a “1” durante um tempo que
vale:
T=1,1RC
a) Com Nors
in
T≅0,7RC
1
out
T ≅ 0,7RC
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b) Com Nands
in
T≅0,7RC
0
out
T ≅ 0,7RC
SD
in
CP
CD
T≅0,7RC
out
R1=1MΩ
T ≅ 0,7RC
Atenção!
Em todos as montagens atrás referidas e sempre que se trate de ICs de tecnologia MOS
(série 4000 e 74HC) não se podem deixar as entradas não utilizadas no “ar”. Isso provoca
a instabilização do circuito. As entradas não ligadas podem assumir o valor “0” ou “1”.
Assim, as entradas não utilizadas têm de ser ligadas directamente ou através de
resistências ao “+” ou “-” da alimentação, ou a saídas de outras portas lógicas.
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